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Jornal independente da manutenção e reparação de veículos ligeiros e pesados 107 outubro 2014 ANO X 3 euros PUB PUB Pirataria na reparação À margem da lei www.jornaldasoficinas.com Automechanika 2014 A grande montra do aftermarket 10º Aniversário Jornal das Oficinas SALÃO EFEMÉRIDE Agem pela calada. Sem lenços na cabeça, brincos nas orelhas, palas nos olhos ou pernas de pau. Ao introduzirem no mer- cado equipamentos, softwares e artigos contrafeitos, os piratas constituem uma séria ameaça ao setor da reparação. Tal como bis- cateiros e oficinas clandestinas, ao exercerem a sua atividade de forma ilícita, praticam a evasão fiscal e não cumprem as regras estabelecidas. Pág. 18 TÉCNICA & SERVIÇO Prevenir antes de tratar Os defeitos na pintura COMÉRCIO & INDÚSTRIA Volkswagen Golf Sportsvan 1.6 TDI Highline Prioridade à família Pág. 62 Mesmo que todo o processo de pintura tenha sido realizado de forma correta, podem surgir pequenos defeitos ou imperfeições no acabamento que mancham o produto final. Pág. 84 Escovas limpa-vidros Remover o indesejável MERCADO Elemento essencial em matéria de visibilidade e segurança, as escovas limpa-vidros têm a missão de remover tudo o que é indesejável (água e sujidade). Nesta edição, auscultámos o mercado destes componentes através de marcas e representantes. Pág. 58

Jornal das Oficinas 107

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Tema de Destaque: Pirataria na reparação

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Jornal independente da manutenção e reparação de veículos ligeiros e pesados

107outubro2014ANO X3 euros

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Pirataria na reparação

À margemda lei

www.jornaldasoficinas.com

Automechanika 2014 A grande montra do aftermarket

10º Aniversário Jornal das Oficinas

SALÃO EFEMÉRIDE

Agem pela calada.Sem lenços na cabeça, brincos nas orelhas, palas nos olhos ou pernas de pau. Ao introduzirem no mer-cado equipamentos, softwares e artigos contrafeitos, os piratas constituem uma séria ameaça ao setor da reparação. Tal como bis-cateiros e oficinas clandestinas, ao exercerem a sua atividade de forma ilícita, praticam a evasão fiscal e não cumprem as regras estabelecidas. Pág. 18

TÉCNICA & SERVIÇOPrevenir antes de tratar Os defeitos na pintura

COMÉRCIO & INDÚSTRIA

Volkswagen Golf Sportsvan 1.6 TDI Highline Prioridade à família

Pág. 62

Mesmo que todo o processo de pintura tenha sido realizado de forma correta, podem surgir pequenos defeitos ou imperfeições no acabamento que mancham o produto final.

Pág. 84

Escovaslimpa-vidrosRemovero indesejável

MERCADO

Elemento essencial em matéria de visibilidade e segurança, as escovas limpa-vidros têm a missão de remover tudo o que é indesejável (água e sujidade). Nesta edição, auscultámos o mercado destes componentes através de marcas e representantes. Pág. 58

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Mercado

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› A economia atual coloca desafios e dilemas frequentes. Um deles é o controlo dos custos, um dos temas mais acutilantes do momento, mas que levanta uma séria questão

Editorial

Controlar custos a qualquer preço? Em muitos casos, os “cortes” na “gordura” acertam em coisas sa-

gradas, como o serviço ao cliente, que ficam negativamente afetadas. Há em-presas que reduzem o pessoal ou as horas de laboração, para fazer face ao aumento dos custos, o que vai acertar em pessoas e atividades “não prioritá-rias”. Mesmo com boa vontade, o serviço ao cliente ressente-se e o cliente acaba por sentir isso mesmo.

No entanto, o serviço ao cliente é a ar-téria principal de qualquer empresa, quer acreditemos ou não. Uma versão atuali-zada do Harvard Management explica porquê: “Oitenta por cento das empresas pensam que estão a prestar um serviço ao cliente excelente, mas apenas 8% des-ses clientes sentem efetivamente que assim é”. A propósito, sabe qual é o índice de satisfação dos seus clientes? Preocupa--se em obter o feedback dos seus clientes?

Provavelmente estas perguntas ficam

A motivação é um ingrediente indispensável para assumirmos os projetos, para nos superarmos e para alcançarmos os objectivos que pretendemos e termos su-cesso. Quando estamos motivados, tornamo-nos mais dinâmicos in-teriormente e exteriormente e começamos a motivar todos à nossa volta. Os nossos empregados ficam motivados, os nossos clien-tes ficam motivados e até as pes-soas que passam na rua sentem essa motivação.

É óbvio que estamos motivados quando somos felizes. Talvez a melhor maneira para definir e ten-tar compreender melhor o que é a motivação seja pensar no que sentimos, quando imaginamos que vamos passar alguns dias num hotel de 5 estrelas. É uma sensação magnífica e só podemos começar a contar todos os segundos que faltam para lá chegar. Se nos sen-timos extraordinariamente moti-vados para ir a um hotel de 5 estrelas, onde encontramos a total satisfação das nossas mais elevadas expectativas, não podemos espe-rar que os nossos clientes se sintam motivados a ir a empresas sem atrativos e onde não existem as mínimas expectativas. Se estiver-mos realmente motivados e acre-ditarmos na motivação como motor da economia, temos a obri-gação moral e cívica de transformar as nossas empresas em autênticos templos da motivação, onde os clientes se sintam efetivamente príncipes e vejam integralmente contemplados todos os seus direi-tos, necessidades e expectativas.

É evidente que isto é um sonho e todos os sonhos têm o seu preço, cujos limites são a capacidade de investir e o retorno do investi-mento. Mas, isso não é o essencial. O essencial é a motivação. Sem motivação não há projetos.

DIRETOR: João Vieira - [email protected]

Redação: Bruno Castanheira - [email protected] / Jorge Flores - [email protected] Diretor Comercial: Mário Carmo - [email protected] Arte e Multimédia: António Valente

Serviços administrativos e contabilidade: [email protected]: Mensal Assinaturas: [email protected]

© COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do “JORNAL DAS OFICINAS”IMPRESSÃO: FIG, Indústrias Gráficas, SA – Rua Adriano Lucas – 3020-265 Coimbra Telef.: 239.499.922 N.º de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03 TIRAGEM: 10.000 exemplares

em muitos casos sem resposta. A culpa é do facto da experiência do cliente ser uma coisa quase imaterial, mágica. No entanto, ela resulta de ação e da atenção do ele-mento humano. Não esquecer nunca que o cliente tem sempre razão e que a nossa função é fazer com que esse cliente tenha cada vez mais razão.

Compromisso, resposta às necessidades dos clientes, preocupação e empatia emo-cional são ferramentas que não devem faltar no relacionamento que temos com os clientes. Há o risco dos negócios atual-mente se tornarem muito voltados para dentro de si próprios, esquecendo a óbvia obrigação de dar voz aos clientes e saber quais são na verdade as suas expectativas e necessidades.

É fundamental ter presente que, para ser bem sucedido a longo termo, a expe-riência do cliente tem que ser vista como o somatório dos fatores que comprome-tem o cliente com a empresa e a(s) sua(s) marca(s), ao longo de todo o ciclo da sua

AP COMUNICAÇÃO - PROPRIEDADE E EDITOR: João Vieira Publicações, Unipessoal, Lda. SEDE: Bela Vista Office, Sala 2.29 - Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A - 2735-336 Cacém - PortugalTel.: +351 219 288 052/4 - Fax: +351 219 288 053

E-mail: [email protected] GPS: 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W Parceiro em Espanha

.es

Serviço ao cliente Motivara motivação

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Mercado

Expectativas e necessidadesA chave para um óptimo serviço ao cliente é

F.O.C.U.S.F = Formalize as necessidades dos seus clientes.

O = Organize a empresa e os seus meios para cumprir os seus obje-tivos de serviço ao cliente.

C = Colha e analise toda a infor-mação e dados relativos aos seus clientes. Qual é o histórico de pro-duto de cada um?

U = Um bom gestor sabe ouvir os seus clientes, inteirando-se plena-mente das suas preocupações e das oportunidades que represen-tam para a empresa.

S = Selecione todos os meios ne-cessários para desenvolver um plano que atenda claramente as necessidades do cliente.

Está no bom caminho, mas não caia na armadilha de ser o “maior”. Quanto maior for a quota de mer-cado da empresa, maior é o risco dela cometer o erro de tomar os seus clientes como um dado adquirido e garantido. Os clientes são tudo, menos estatísticas. A nossa função é nunca deixar de demonstrar que nos preocupamos com eles, com o nosso pensamento mais positivo e com a nossa ação mais eficaz.

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Serviço ao cliente ● Nunca se queixe dos seus clientes, porque são eles afinal que pagam a fatura!● Nas reuniões da empresa, na falta dos próprios clientes, alguém devia estar designado para dar voz aos clientes.● Todas as decisões deviam ser tomadas na óptica de servir o cliente.● Mesmo que o cliente esteja errado, tem sempre razão.● Peça a um cliente com o qual tenha plena confiança para ir a uma reu-nião da empresa falar das suas expectativas em relação a ela.● Quando um cliente perde a paciência, eis uma grande oportunidade para a empresa e a sua equipa demonstrarem o seu propósito.● Antecipe as previsíveis questões, necessidades e problemas do cliente. Faça com que isso pareça natural, espontâneo e sem esforço. Todos sabe-mos que fazer parecer uma coisa mais simples do que é de facto, custa mais do que parece. ● Demonstre o valor da sua oferta e mantenha-se fiel a ele.● Desenvolva um processo de proporcionar excelência aos clientes, inde-finidamente. ● Faça uma avaliação regular dos clientes, a partir dos dados que eles fornecem. Isso irá dizer se os padrões do serviço estão em linha com o previsto ou não. Os grandes líderes utilizam todas as ferramentas formais e informais para saber se os clientes concretizam as suas expectativas. ● A empresa com o melhor serviço ao cliente é antecipadamente vencedora.● O cliente busca pontos de contacto humanos, uma voz que lhe dê apoio no outro lado da linha (as linhas de atendimento telefónico automático são uma invenção diabólica!), uma resposta no tempo certo a um sms ou uma mensagem de voz, um e-mail, assim como uma forma criativa de enfrentar uma crise do cliente. Eles pretendem um serviço ao cliente profissional, que seja capaz de escutar!

Tome Nota

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existência como cliente. O melhor serviço ao cliente começa desde logo pelo moral elevado dos empregados. Eles sentem-se efetivamente bem com o que fazem e como fazem? O pessoal do seu serviço ao cliente convive frequentemente com os clientes da empresa, ou limita-se a trocar mensagens electrónicas com eles? Há uma certa diferença, sabia?

Além disso, essa equipa entende com clareza e valoriza as necessidades da base de clientes da empresa? Eles consideram

o seu contributo decisivo para a empresa alcançar os seus objectivos? São aprecia-dos pelo trabalho que realizam? A sua empresa realmente valoriza adequada-mente o serviço ao cliente ou considera que se trata de um mal necessário? Ob-viamente, as empresas que tratam bem o seu pessoal estão em melhores condi-ções de pedir a essas pessoas que se preocupem e acarinhem os seus clientes. Essa é a grande força da pedagogia do exemplo.

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Efeméride

Por: Jorge Flores e Bruno Castanheira

› Numa edição em que comemora 10 anos de vida no mercado, o JORNAL DAS OFICINAS faz um balanço do caminho percorrido. Para isso, nada melhor do que ouvir a opinião dos seus parceiros de “viagem”

Uma década! Num mundo vivido ao segundo e num setor afterma-rket em contínua evolução, cele-

brar 10 anos de existência será sempre motivo redobrado de regozijo. Convida a refletir sobre o caminho já percorrido, mas também a olhar para a frente, para o futuro. Sempre em conjunto com os nossos parceiros de viagem.

Nesta edição comemorativa, o JORNAL

DAS OFICINAS (JO) auscultou a opinião daqueles que o tornam possível, passo a passo, mês a mês, ano a ano.

Pedro Proença, rosto da UFI Filters Ibé-ria, “enquanto leitor”, classifica de “positivo” o balanço dos primeiros 10 anos. Destaca a capacidade de adaptação à evolução do mercado. “Aqueles que se adaptam sobrevivem e há 10 anos existiam outras publicações que hoje não existem”.

Já Ricardo Kendall, administrador da Midas Portugal defende que o JO “é uma leitura essencial” no setor, apresentando “um conteúdo profissional e isento”, sempre com “informação atualizada” e com “vários e diferentes tipos de artigos muito interessantes e inovadores”, adianta.

“Muito interessante”, uma vez que per-mite uma “visão global do que é o mer-

cado português”, assim descreve o JO Salvador Grima, diretor comercial da Gates, que elogia ainda a “diversidade dos temas de atualidade” do jornal.

Balanço semelhante faz Jorge Sala, responsável da MANN+HUMMEL Ibérica: “O balanço não pode ser mais positivo. Trata-se de uma publicação de referên-cia no mercado português, que, por um lado, dá voz aos seus parceiros, como MANN+HUMMEL, e, por outro, mantém informado diariamente o setor do pós--venda”, sustenta.

■ UMA HISTÓRIA BONITA“O JO deixou de ser uma promessa há

muito tempo para se tornar no primeiro jornal de referência sobre o aftermarket no que diz respeito ao mundo do auto-móvel”, afirma, categórico Rui Lopes, responsável da RPL Clima.

Pedro Barros, managing partner da Tips4y, por sua vez, “há muito” que deixou de ver o JO como apenas um jornal, mas antes como “uma ferramenta de trabalho”, ou como “uma fonte de informação trans-versal aos vários canais de distribuição, que nos permite comunicar! O JO veio resolver um dos principais problemas do sector, a comunicação, o trabalho é bastante positivo, caso contrário não tinha nascido a concorrência!”, enfatiza.

Joaquim Candeias, responsável máximo da Automotive Distributors defende que “dez anos de sucesso são sempre uma história bonita de se contar”, mas, por “falta de espaço”, diz, limita-se a dizer que, desde que nasceu, o JO demonstrou

“como é possível estar no topo, com elevado nível de profissionalismo, sem-pre com distinta dignidade, com uma capacidade enorme de adaptação, com uma evolução própria sempre virada para

Parceiro entre Parceiros

Jornal das of icinas 10º. aniversário

“O JO deixou de ser uma promessa há muito tempo para se tornar no primeiro jornal de referência do

aftermarket”

Rui Lopes, RPL Clima

“Veio resolver um dos principais problemas do setor, a

comunicação. O balanço é bastante positivo ou não tinha

nascido concorrência”

Pedro Barros, Tips4Y

“O JO é um marco histórico na perceção do mercado do pós-

venda em Portugal. Ajuda-nos a ver as principais tendências do

setor”

Luís Santos, Impoeste

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o mercado em que está inserido e final-mente com uma invejável postura de dedicação ao mercado pós-venda auto-móvel independente em Portugal. É um exemplo a seguir, que eu muito considero e respeito, e que olho como uma refe-rência para o nosso mercado!”.

Teixeira Lopes, da ARAN, chama a aten-ção para o enfoque que o JO colocou, desde sempre, na “vida das empresas dedicadas ao pós-venda e acessórios”, tornando-se “parte indispensável da leitura dos empresários e de todas as pessoas interessadas nesta área de ne-gócio”, afirma, exemplificando: “Novida-des, conselhos práticos, partilha de experiência, eventos, informação perti-nente sobre gestão, reconhecimento de sucesso de empresas”, refere, “tem sido, durante estes anos, uma mais valia ao setor automóvel”.

“Uma referência no panorama jorna-lístico do mercado de reposição auto-móvel em Portugal, tem-se evoluído e adaptado”. É desta forma que Catherine Chatellard, responsável da ContiTech,

boas práticas para o mercado. Tem aju-dado a unir o mercado através da orga-nização dos vários congressos onde são debatidas e apresentadas várias situações para um melhor entendimento do mer-cado”.

“Penso que a publicação tem evoluído de acordo com as necessidades do mer-cado. Tanto na parte editorial, como nos meios em que é publicado, via newslet-ters, site e Apps para equipamentos móveis”, afirma Pedro Díaz, da TRW. Um pensamento, de resto, muito parecido com o de Alexandre Ferreira, vice-presi-dente executivo da ANECRA, que elogia o jornal pela informação “diversificada e pormenorizada, no respeitante ao pós--venda automóvel, sendo particular-mente orientada para as oficinas independentes, o que é tanto mais im-portante, quanto estas empresas têm um peso muito significativo, no universo do setor em apreço”, explica o responsável ao JO.

Responsável pelo departamento de Marketing da Liqui Moly Sadhna Mon-teiro reconhece que não acompanha o JO há tanto tempo, uma vez que entrou para a empresa há cerca de dois anos, mas assegura que, da sua experiência direta, “o que observo nos últimos anos é o esforço em serem dinâmicos e acom-panharem novas tendências. Julgo que tem sido uma boa evolução já que con-seguiram surpreender um mercado que se encontrava um pouco saturado”.

Por sua vez, Jorge Baptista, gestor co-mercial da Exposalão opta por salientar “o crescimento notável” da publicação” nos seus primeiros 10 anos. “É uma pu-blicação muito interessante e que aborda temas atuais”, conclui.

■ MAIS-VALIAS PARA EMPRESASMas um jornal só pode considerar-se

bem sucedido quando contribui para o sucesso dos seus parceiros de viagem. Pedro Proença, da UFI Filters Ibérica di-vide as mais-valias do JO em duas partes. “Para o Pedro leitor, permite ter uma panorâmica do setor, das principais no-tícias tanto relacionadas com oficinas como com a distribuição e fabricantes. Para o anunciante, é um suporte privi-legiado na divulgação das marcas já que atinge um grande leque daqueles que são o nosso alvo de comunicação”, ga-rante.

Aquilo que Ricardo Kendall, da Midas mais aprecia no JO são as “novidades” que encontra, “seja ao nível de equipa-mento e ferramenta seja ao nível  do mercado/ concorrência”. Mais ou menos o que sente Salvador Grima, da Gates. “O que mais vale é a informação da atua-lidade real do mercado e as novidades dos fabricantes. Também valem as solu-ções a tratar nos problemas diários do mercado atual.

É um jornal onde a visão atual do mer-cado está muito presente, procurando soluções”, afirma o responsável.

As “informações técnicas de relevo” são aquilo que Jorge Sala, da MANN+HUMMEL Ibérica mais aproveita do JO. Segundo acrescenta o mesmo interlocutor, o jor-

classifica a primeira década devida do JO., considerando-o um “meio muito útil na nossa vida da todos os dias para es-tarmos sempre informados das mudan-ças e desenvolvimentos no mercado português”.

■ PERCEÇÃO DO MERCADOO gestor da Berner, Carlos Esteves des-

creve como “importante” o papel do JO na “divulgação de empresas e produtos junto das oficinas, bem como na partilha de conhecimento entre parceiros forne-cedores”. Enquanto, por seu turno, Luís Santos, administrador da Impoeste, vai mais longe” e define-o como “extrema-mente positivo” e como “um marco na perceção do mercado”, o balanço dos 10 anos do jornal. “Foi e é um projeto no qual reconhecemos uma parte muito importante da divulgação dos desafios, obstáculos e necessária perceção das soluções para o negócio de milhares de empresas e trabalhadores em Portugal”, explica o responsável, que considera “gratificante ler o seu conteúdo e perce-

ber não só a complexidade do nosso negócio pós-venda, como, também, o ponto comum de partilha de informação que é o JO”, afirma. Mais opiniões?

Luís Serápio, da Auto Serápio acredita que informação especializada na área do aftermaket tem sido “bem tratada” nas páginas do JO., razão pela qual o “número de leitores tem aumentado gradualmente e os resultados estão à vista”.

Para Catarina Correia, da ACAP, o JO assumiu-se como uma publicação de referência, “onde podemos encontrar informação de qualidade relativa ao pós--venda automóvel”. E acordo com Amí-lcar Nascimento, diretor comercial da Exide Portugal, o jornal tem desempe-nhado um papel relevante “no desen-volvimento e notoriedade do setor”. Mais. Nas suas palavras, “tem contribuído para o conhecimento dos vários intervenien-tes no setor e algumas das suas opiniões. O JO tem sido o grande impulsionador no desenvolvimento do setor dando a conhecer muitos produtos e a divulgar

“Tem sido o grande impulsionador no desenvolvimento do setor,

dando a conhecer muitos produtos e divulgando boas

práticas para o mercado”

Amílcar Nascimento, Exide

“É um jornal onde a visão atual do mercado está muito presente.

Também valem as várias soluções para os problemas diários do

setor”

Salvador Grima, Gates

“Julgo que tem tido uma boa evolução, já que conseguiram

surpreender num mercado que se encontrava um pouco saturado”

Sadhna Monteiro, Liqui Moly

“As informações técnicas têm relevo. O JO tornou-se num

manual de consulta para o setor. Importante também por dar voz

aos parceiros”

Jorge Sala, MANN+HUMMEL

“Para o anunciante é um suporte privilegiado na divulgação das

marcas, já que atinge um grande leque daqueles que são o alvo da

comunicação”

Pedro Proença, UFI Filters

“Gosto de ler página por página e atualizar-me sobre tudo, porque

infelizmente não consigo dispensar o tempo que gostaria

para visitar o mercado”

Joaquim Candeias, Automotive Distributors

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08 Efeméride

Produzimos a primeira edição do JO com a am-bição de reunirmos numa única publicação todo o aftermarket nacional. Passados dez anos temos consciência de que há ainda muito para fazer, mas ficamos orgulhosos por ver que os diversos agen-tes económicos consideram o JO uma publicação de referência para divulgarem os seus produtos e serviços junto do público alvo do jornal: as oficinas automóveis.

Contar em poucas palavras a história do JO é di-fícil, pois o jornal tem passado por várias etapas, mas sempre com a preocupação de ser uma publi-cação dirigida às oficinas, com informação útil para os profissionais do sector da reparação e manuten-ção automóvel. O JO veio preencher uma lacuna existente no sector da comunicação social nacional, permitindo a todos os interessados na área do af-termarket terem um elo de ligação, comunicação, informação e de troca e partilha de experiências. Fomentámos uma “união” em prol de objectivos comuns, seja através das mesas redondas, workshops, conferências e simpósios que todos os anos organizamos, ou dos alertas e artigos sobre áreas relevantes para todo o negócio deste sector. Somos uma ferramenta que ajuda a conseguir ob-ter uma visão mais global do negócio, contribuindo para o aumento de conhecimentos nesta área que, como sabemos, se encontra em constante evolução.

Reconhecemos que o mercado tem ainda muitos profissionais carentes de informação que os auxilie a gerir melhor as suas empresas. Por outro lado, os automóveis estão a evoluir muito rapidamente e o acesso à informação técnica é imprescindível, o que obriga as oficinas a estarem melhor equipadas

e com profissionais cada vez mais competentes.Com a publicação de conteúdos formativos, não

só nas áreas técnicas, mas também de marketing, vendas e gestão em geral, temos dado o nosso contributo para ajudar os profissionais do sector a ficarem mais atualizados sobre as novas tecnologias e os novos modelos de negócios que vão surgindo no mercado.

Muitas das reportagens e entrevistas que publi-cámos ao longo das mais de 100 edições do JO, aconteceram porque as empresas nos contactaram, manifestando o seu interesse em aparecerem nas páginas do JO. Para nós é muito gratificante saber que as empresas valorizam o nosso trabalho e querem estar presentes no Jornal para divulgarem as suas organizações e o trabalho que estão a desenvolver nos sectores onde desenvolvem a sua atividade.

Temos o privilégio de conhecer bem a realidade do sector pós-venda automóvel em Portugal. Visi-tamos mensalmente muitas empresas de norte a sul do país e entrevistamos desde gestores e em-presários, a mecânicos, eletricistas e pintores. Todos têm contribuído para enriquecer a informação que publicamos, porque cada empresa que visitamos tem sempre algo de novo para apresentar, sejam novos produtos ou serviços, estratégias de marke-ting inovadoras, novas técnicas de reparação ou novos modelos de negócios.

Sem haver esta aproximação com as empresas e as pessoas que lá trabalham, seria impossível termos chegado até aqui, porque no jornalismo especia-lizado, tal como acontece nas outras profissões, o mais importante são as relações humanas e os

laços de amizade que se criam ao longo de muitos anos de convívio e de contactos profissionais.

Hoje, para além da edição em papel, o JO está também disponível em edição digital, que pode ser vista em computador, tablet ou smartphone. Para além disso conta com atualizações diárias no seu site da internet, uma aplicação móvel app dis-ponível para download gratuito na App Store, e o Jornal das Oficinas TV, um noticiário on-line onde damos voz e imagem aos protagonistas do setor e divulgamos as principais novidades lançadas no mercado. Também estamos presentes no facebook, onde contamos com cerca de 6.000 “amigos” pro-fissionais que nos seguem com assiduidade.

Para finalizar, quero deixar um agradecimento muito especial a todos os jornalistas que já passa-ram pelo Jornal, pois o sucesso do JO não seria possível sem o contributo dos seus artigos e opi-niões. E também às empresas que escolhem o JO para anunciar os novos produtos e serviços que lançam no mercado. Por fim, obrigado aos milhares de leitores que nos leem desde o primeiro número. São eles que nos motivam e incentivam para fazer-mos um JO cada vez melhor, mais informativo e inovador.

Vamos continuar a nossa missão de informar de forma livre, isenta e desligada de quaisquer inte-resses, fazendo a ponte de ligação entre os fabri-cantes/distribuidores/retalhistas e as oficinas, com o objectivo de levar a todos os que trabalham neste mercado informação atualizada sobre o que de mais importante se passa no aftermarket nacional e in-ternacional.

João Vieira

› Pioneiro na imprensa especializada dedicada ao aftermarket, o JORNAL DAS OFICINAS está atento às novas tendências da comunicação e às inovações do setor

Sempre com o aftermarketInformação profissional para as oficinas

nal “tornou-se num manual de consulta para o setor”.

Rui Lopes, da RPL Clima, destaca desde as “leituras técnicas” aos “possíveis for-necedores/clientes” que pode ficar a conhecer como os principais benefícios que extrai da leitura do JO. Pedro Barros, da Tips4y sublinha a importância de “ter acesso a informação que me permita antecipar ou reajustar estratégias de negócio, identificar oportunidades, co-nhecer melhor alguns produtos e o seu mercado”. Tal como Joaquim Candeias, da Automotive Distributors, que admite que pode demorar alguns dias até ter “disponibilidade” para ler o jornal, quando chega, todos os meses, mas mal consegue, fá-lo “adequadamente!”. Como explica, “não sou do tipo de folhear e já está… dois minutos foi suficiente! Eu gosto ver/ler página por página e atua-lizar-me sobre tudo, porque infelizmente não consigo dispensar o tempo que eu gostaria para visitar o mercado”, afirma. Por tudo isso, acrescenta que “a grande mais valia que o JO me oferece é uma

“O JO dá uma visão de que o futuro pode trazer-nos, com a

evolução do mercado. É também uma forma de entrar em contacto

com os vários players”

Catherine Chatellard, ContiTech

“A mais valia do JO é o conhecimento de potenciais

clientes, assim como de toda a transformação que se tem verificado no mercado das

oficinas”

Carlos Esteves, Berner

“Gostamos de estar a par das novidades do nosso setor. Daí

recorrermos à informação do JO sobre os novos produtos a

apresentar no mercado”

Luís Serápio, Auto Serápio

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Efeméride10

Estamos no início de uma nova dé-cada na vida do JO com a garantia de que o rumo que traçamos será pros-seguido. Com o nosso conhecimento e experiência, queremos continuar a produzir os melhores conteúdos para os profissionais do sector, divulgando as novidades e as melhores práticas, para os ajudar a manterem-se atuali-zados e assim criarem vantagens com-petitivas.

Hoje, mais do que nunca, o nosso contributo para o desenvolvimento do sector Pós-venda automóvel em Por-tugal assume uma importância vital. Temos uma estratégia, um projeto e uma equipa determinada em dar a melhor informação para o seu negócio.

A equipa que mensalmente produz o JO agradece a preferência e orgulha--se de ter os melhores leitores do mundo.

Fazer mais e melhor!Equipa JORNAL DAS OFICINAS

compilação de informação que me ajuda a manter atualizado e informado sobre o nosso setor”.

REVELAR POTENCIAIS CLIENTESOs conteúdos “bem pensados e prepa-

rados” são para Teixeira Lopes, da ARAN, uma boa ferramenta na gestão das em-

presas. “Os artigos de informação sobre produtos novos no mercado, boas prá-ticas de empresas, partilhadas com os leitores, o feedback dos eventos de alta qualidade organizados pelo JO (por exemplo o Simpósio Ibérico Aftermarket IAM no Estoril), sem sombra de dúvida, ajudam os empresários a tomarem de-

cisões acertadas e fornecem informação pertinente de uma forma constante – tendo em conta que a edição é mensal”. Catherine Chatellard, da ContiTech, por outro lado, realça o conhecimento que obtém em termos “dos agentes do mer-cado”, além da “visão do que o futuro pode trazer-nos, com a evolução do

mercado e para onde vai”, e, finalmente, representa uma forma de “entrar em contacto com os vários players deste mercado”.

“O conhecimento de potenciais clientes, assim como de toda a transformação que se tem verificado no mercado das oficinas. Nomeadamente, a sua organização e politicas de desenvolvimento. A entrada de novos operadores inclusive na esfera da nossa concorrência direta”. São estas as principais valias que Carlos Esteves, da Berner encontra, todos os meses, no JO. Luís Santos, da Impoeste prefere antes destacar “a constante atualização da in-formação e a importância dos temas abordados nas diversas edições. Também a perceção da evolução do negócio e os pontos de tendência que vamos aperce-bendo existirem”, afirma.

A necessidade de estar “a par” com as novidades do setor é o que faz Luís Será-pio, da Auto Serápio recorrer à informação do jornal. O interesse pelas “questões práticas” é algo que também não dispensa na sua leitura do JO.

“Numa perspetiva associativa, em que me encontro, de apoio à promoção e desenvolvimento do setor de atividade que a ACAP também representa”, adianta Catarina Correia, “é importante conhecer os problemas e desafios que se colocam aos empresários do pós-venda, para en-contrar soluções adequadas a um maior e melhor negócio”.

Ajudar a tirar o véu sobre alguns “secto-res de mercado que não conhecia tão bem”, a manter-se “a par do lançamento de novos produtos e a conhecer a opinião de alguns dos seus intervenientes” são as grandes vantagens que o JO leva mensalmente até Amílcar Nascimento, da Exide.

Pedro Díaz, da TRW admite que é essen-cial estar informado não apenas sobre as novidades, mas também sobre a concor-rência”. Por outro lado, acrescenta,“é um meio para divulgarmos novidades e no-tícias sobre os nossos produtos, bem como é um canal para fazermos publicidade”.

Para Alexandre Ferreira, da ANECRA, “o carácter informativo que se apresenta em cada edição, sistematicamente atualizado e a preocupação formativa que lhe é sub-jacente, porque está justamente ade-quada às necessidades genericamente sentidas pelos empresários e profissionais das Micro e PME´s deste segmento do setor automóvel, constitui, sem dúvida, um excelente valor acrescentado propor-cionado por este jornal”.

Além da “distribuição” que Sadhna Mon-teiro, elege como um “ponto forte, pois chega a todo lado”, a responsável da Liqui Moly aprecia o facto de o JO aproximar “muito o cliente oficina às marcas e não necessita necessariamente de ser através de notícias excepcionais. Eventos, lança-mentos de produtos, formações”, entre outros, “tudo vem referenciado num único meio de comunicação”, refere.

A pensar no “bom desempenho” da nossa atividade”, Jorge Baptista, respon-sável da Exposalão, destaca como mais valias as informações importantes” vei-culadas pelo JO, bem como o seu sólido “conhecimento e atualização”.

“Numa perspetiva associativa, é importante conhecer os

problemas e desafios que se colocam aos empresários do setor

do pós-venda”

Catarina Correia, ACAP

“Aprecio as novidades tanto ao nível de equipamento e

ferramentas como ao nível do próprio mercado e da

concorrência”

Ricardo Kendall, Midas

“É um meio para divulgar novidades e notícias sobre os

nossos produtos, bem como um canal para fazer publicidade”

Pedro Díaz, TRW

“O feedback dos eventos organizados pelo JO (Simpósio

Ibérico Aftermarket, por exemplo) ajudam empresários a tomar

decisões acertadas”

Teixeira Lopes, ARAN

“A informação é diversificada e pormenorizada, sendo orientada para as oficinas independentes, o

que é importante”

Alexandre Ferreira, ANECRA

“É uma publicação muito interessante e que aborda temas muito atuais. Nestes 10 anos teve

um crescimento notável”

Jorge Baptista, Exposalão

A equipa do Jornal das Oficinas está empenhada em prosseguir o rumo traçado desde o início do projeto fazendo do JO a ponte de ligação entre os fabricantes/distribuidores e as oficinas

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Peças unidas› O DPAI é o braço forte da ACAP para o setor das peças e acessórios independentes. Nesta edição, ouvimos Joaquim Candeias, presidente do organismo, realçar a importância do sentido de associativismo no meio. E medimos o pulso aos representantes das várias comissões especializadas que integram esta divisão

Por: Jorge Flores

Uma peça unida será sempre uma peça mais forte. É com este espírito de “co-munidade” que a Divisão de Peças e

Acessórios Independentes (DPAI) da ACAP trabalha todos os dias. Joaquim Candeias, presidente do organismo, eleito em 2013 para um mandato de três anos, garante ao JORNAL DAS OFICINAS que aquilo que o “motiva” nas suas funções é a oportunidade de dar “con-tinuidade” ao bom trabalho “desenvolvido dentro da ACAP nos últimos anos”. Um sen-timento de trabalho realizado, traduzível quer por uma “representatividade do setor muito mais abrangente na Divisão”, quer pelos “ob-jetivos bem definidos para o triénio, com

projetos partilhados por diferentes membros da Comissão e com grande envolvimento”, ou ainda pela “promoção e criação de Co-missões Especializadas (ver caixas nestas páginas) que já estão em plenas funções, e que certamente trarão grandes mais valias para o nosso setor no futuro”, revela.

Até 2015, altura em que terminará o seu mandato, Joaquim Candeias tem várias metas: “Representar os interesses do sector pós-venda independente, devidamente organizado nos seus diferentes canais, para garantir a conti-nuidade e o futuro dos seus agentes”. Mas não só. “Salvaguardar uma concorrência livre, eficaz e saudável entre os seus pares, dinamizar, pro-

DPAI / ACAP

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mover e credibilizar o sector junto do mercado pós-venda independente e da opinião pública”. Tudo isto, ao mesmo tempo que continuará a “defender os interesses do sector junto do Governo, Administração Pública e Comissão Euro-peia”, acrescenta o presidente da DPAI, que tratará ainda, se possível, “antecipar aos seus associados a informação sobre a legislação do sector que influenciará o seu negócio no presente e no futuro”.

■ LUGAR AO ASSOCIATIVISMOEntre as principais dificuldades da DPAI,

Joaquim Candeias sublinha os precon-ceitos existentes contra o “associativismo”. “Infelizmente é uma questão de menta-lidades, que demora imenso a mudar. Somos um povo que se fecha muito, não querendo partilhar com receio de ter dissabores ou perdas. Eu penso exata-mente ao contrário, que com a partilha e a força de todos, somos muito mais fortes e possivelmente invencíveis. Aprendemos todos uns com os outros, e isso só é pos-sível com o relacionamento e com a co-municação!”, sustenta.

O aftermarket nacional tem algumas necessidades específicas. E Joaquim Can-deias elenca-as facilmente: “direito à re-paração; livre acesso às peças, equipamentos, informação de manuten-ção e reparação; melhorar os recebimen-tos e consequentemente o cash-flow das empresas; estar preparado para um mer-cado cada vez mais complexo tecnologi-camente e competitivo (formação técnica, certificação, gestão e comportamental)”. Mais: “aumentar e melhorar a notoriedade do pós-venda independente junto do consumidor final; ter acesso a informação que permita monitorizar os dados globais do negócio; ter acesso a dados de gestão que permitam às empresas fazer bench-marking em relação às melhores práticas do sector e conhecer os dossiers atuais que vão influenciar, hoje e amanhã, o negócio do pós-venda automóvel”, cha-mando a atenção de “como isso pode afetar as suas empresas”, aponta.

■ DINAMIZAR SETOROs objetivos da DPAI até 2015 são mui-

tos, mas há um primordial. “Unir o setor para o fortalecer”, algo que “só poderá ser possível com a dinamização associativa!”, vaticina Joaquim Candeias. Só depois se poderão desenvolver outros projetos “imprescindíveis para a continuidade do nosso negócio, salvaguardando as boas práticas e essencialmente as boas renta-bilidades para todos os agentes envolvi-dos”. Ou pensar em tornar o pós-venda automóvel independente “num setor credível e muito considerado na sociedade portuguesa”, confessa.

Se pudesse implementar duas ou três medidas imediatas para dinamizar o af-termarket, Joaquim Candeias não hesi-taria. “Criava incentivos diversos para a dignificação do setor (de um modo cons-trutivo e nunca repressivo), promovendo as boas práticas, acabando com evasões fiscais ou outras práticas inaceitáveis e dando oportunidades a todos de igual modo”, assegura o presidente da DPAI.

› A criação de um observatório do setor, com publicação dos dados estatísticos das peças e pneus é uma missão assumida pela DPAI

› Como pode uma oficina manter-se competitiva a nível de conhecimentos técnicos e marketing, com os custos destes serviços a aumentar e as margens de lucro a diminuir?

“O tempo de navegar à vista acabou”

“É no presente que preparamos o futuro”

Pedro Barros, Comissão Executiva da DPAI

João Nunes, Representante das Oficinas Multimarca Independentes

Pedro Barros, representante da Comis-são Executiva do organismo explica como tudo começou. “Quando lançámos o estudo sobre os rácios do sector, preten-díamos disponibilizar uma ferramenta de gestão. Mais tarde, pensámos que seria importante desenvolver um obser-vatório, onde para além deste estudo, se pudesse incluir dados socio-económicos que pudessem auxiliar os gestores a su-portar os seus reports no enquadramento atual”. O projeto foi evoluindo, tendo os seus mentores decidido incluir posterior-mente a “caracterização e evolução do parque automóvel, os dados da atividade do pós-venda de peças e pneus”, adianta. No entanto, acrescenta Pedro Barros, “a maior parte destes dados são anuais e só fazem sentido analisar uma vez por ano!”...

Porquê? Com a “redução da atividade económica e de novas oportunidades ou modelos de negócio, somos obrigados a ter informação mais regular que nos possibilitem corrigir o rumo estratégico das empresas. O tempo da navegação à

João Nunes, responsável da Comissão Especializada das Oficinas Multimarca Independentes da DPAI responde à questão do “milhão de dólares”. “Bem, nesta área da informação existem vários operadores que têm efetuado um tra-balho de excelência, apesar das várias dificuldades com que se tem deparado. (A constante evolução tecnológica do automóvel a libertação de informação por parte dos fabricantes, entre outros)”, adianta. E acrescenta. “Apesar dos altos custos que todos estes processos acar-retam, não devemos deixar de conti-nuar de investir nos equipamentos e na formação essencial para continuar a proporcionar a continuidade de um bom serviço. Relembrando que é hoje no presente que preparamos o futuro”, sublinha.

João Nunes acredita que “a existência de um bom DMS, e de um colaborador com alguma dedicação à função poderá fazer a diferença” e será “sempre um bom investimento”. E exemplifica: “in-formar o cliente de uma reparação que ficou programada em espaço de tempo

vista já acabou. Neste momento estamos a desenvolver uma pool de dados auto--alimentada pelas empresas a ser inte-grada no observatório. A ideia é perceber a evolução e tendência do negócio”, afirma.

Separar para conhecerSó é possível saber para onde se vai

depois de se saber onde se está. E este

ou quilómetros, da possível revisão ou inspeção, até mesmo o relembrar da nossa existência. A boa implementação e gestão destas aplicações informáticas são neste momento uma mais valia a ter muito em conta”.

Atendimento personalizadoOs conceitos de serviço ao cliente

conseguirão manter-se no futuro com

é justamente o “ponto de partida” do acordo de parceria com Paulo Luz, da Tcagest, sobre a “Avaliação e Diagnós-tico Financeiro das Empresas do sector aftermarket”.

Segundo Pedro Barros, a ideia “é co-nhecer exatamente o ponto de partida para a minha estratégia; em que situa-ção me encontro! Separar os problemas de tesouraria dos de exploração, veri-ficar se existem pontos de debilidade a serem corrigidos, de forma a preparar a empresa a seguir a sua estratégia. Ajudar as empresas a medir, porque gerir é medir!”, afiança.

Outra das questões fundamentais da DPAI é a formação dos players do setor. Nesse sentido, diz o representante da Comissão Executiva, “a maior parte das empresas do nosso sector são familia-res”, e a “sucessão” é algo que preocupa. “É necessário assegurar a continuidade das boas empresas. Estamos a estudar a possibilidade de uma formação sobre Gestão e Continuidade das empresas familiares”, alerta.

custos enormes e reduzida taxa de fi-delização? João Nunes pensa que sim, “mas o mais provável é que nem todos operadores que existem no mercado, nas áreas da reparação automóvel, se consigam adaptar às exigências do futuro cliente, que está cada vez melhor informado e que exige um trabalho de qualidade e sem surpresas”. Segundo defende, é crucial “apostar num bom serviço na área da reparação, mas es-sencialmente devemos apostar cada vez mais num serviço de atendimento personalizado e diferenciado a cada cliente”.

João Nunes defende que “Todos os reparadores devem apostar na sua integridade e a formação e a atualiza-ção das ferramentas informáticas são um grande passo para o sucesso. Com uma regulamentação eficaz por parte das entidades competentes, obrigando a que todos os operadores de reparação automóvel fossem oficinas credíveis, ou seja, teriam que estar qualificadas para poderem operar no mercado de reparação automóvel”.

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Destaque

› Joaquim Regueira, da Comissão Especializada de Retalhistas de Peças considera que o retalho de peças automóvel tem sido prejudicado pela crise económica

“Importa aumentar capacidade de oferta”

“A manutenção dospneus cabe ao condutor”

“Portugal tem caraterísticas específicas”

Joaquim Regueira, Representante de Retalhistas de Peças

Ribeiro da Silva, Representante de Produtores de Pneus José Pires, Representante de Distribuidores de Peças

“O nosso negócio não é exceção e tem sido afectado como todos os outros”, mas, “mesmo assim, e no meu ponto de vista, não terá sido tanto, porque andamos em contramão relativamente à venda de carros novos”. Por outras palavras, quando se “vendem muitos carros novos a tendência do nosso negócio é baixar, mas, em contrapartida, se os carros novos não se vendem (como é o caso dos últimos anos), então a tendência do nosso negócio é de manter ou aumentar um pouco”, explica. Perante um cenário económico debilitado, como se podem defender os pequenos e médios re-talhistas dos grandes grupos de distribuição? “Da mesma forma como o fazem à generalidade da con-corrência”. Como? “Focando-se cada vez mais nas suas deficiências internas, trabalhando ativamente na

procura de soluções que aumentem o valor acrescen-tado ao seu cliente, reduzindo custos, aumentando a capacidade de oferta e beneficiando da proximidade com os clientes”, adianta.

Importância da formaçãoAs oficinas precisam de ações de formação técnica

e de marketing para evoluírem. Joaquim Regueira defende que os retalhistas de peças poderiam dar apoio às oficinas nestas áreas, apostando, “cada vez mais”, em ações de “formação, recorrendo a organismos especializados para o efeito, tendo em atenção as áreas de maior interesse para as ditas formações nas com-petências técnicas e de marketing e fazendo sentir aos responsáveis das oficinas que eles terão cada vez

mais de apostar nestas áreas, dando-lhes nós todo o apoio que pudermos”, sublinha. De acordo com Joa-quim Regueira, “muitos retalhistas já fazem este tipo de ações com enorme êxito e penso que isto será no futuro o que mais poderá dinamizar o nosso sector e contribuir de forma positiva para o enriquecimento técnico das oficinas independentes”, conta o respon-sável. Solução para reduzir os tremendos custos lo-gísticos da entrega rápida ao cliente, “um custo que poucos valorizam”, passaria, na opinião do responsá-vel da Comissão Especializada dos Retalhistas de Peças da DPAI, pela “redução de outros custos”. Apenas assim, enfatiza, “poderemos continuar a dar o melhor serviço, e dessa forma podermos contribuir com algum valor acrescentado aos nossos clientes”.

As campanhas realizadas pela Co-missão Especializada de Produtores (CEPP) com incidência sobre os pneus usados, etiquetagem e verificação de pneus tem-se revestido de grande importância para o setor. Ribeiro da Silva, representante deste braço da DPAI está optimista com os resultados. “As principais marcas de pneus pro-curam incessantemente fabricar pneus mais eficientes, seguros e du-radouros. No entanto, como qualquer ‘órgão’ de um veículo, os pneus, para poderem conservar as suas caraterís-ticas e propriedades, bem como pro-porcionarem prestações eficientes e seguras, necessitam de manutenção. E isso cabe ao condutor”. Por esse motivo, cada campanha tem uma “preocupação específica”: “Pneu Usado, de origem desconhecida, pode ser arriscado; A Nova Etiqueta dos Pneus; Pneus? Muito mais que um

Atualmente 30% do mercado é do-minado por um pequeno grupo de distribuidores. José Pires, represen-tante da Comissão Especializada de Distribuidores de Peças considera esta tendência dos últimos anos se verifica, sobretudo, “no norte da europa e no leste”. Na sua opinião, “a evolução dos mercados” indica que “continuará a existir uma procura de alguns fundos de investimento e de expansão por parte de algumas empresas, mas não ao nível do que tem acontecido nos últimos dois, três anos”. Transportando isso para o mercado nacional, Pedro Nascimento acredita que Portugal tem umas caraterísticas muito específicas. “Estamos num mercado muito frag-mentado, temos empresas com uma dimensão muito diferente”. A título de exemplo, uma empresa de pe-quena dimensão, a norte da europa, ou a leste, tem faturações de “100 a 200 milhões de euros anuais”, en-quanto, no nosso país, “no mercado independente, “não temos nenhuma acima dos 50 milhões de euros”.

Circuito de distribuiçãoPara José Pires, “haverá sempre mo-

delos diferentes de negócio”. Depende da política e da estratégia de cada uma das empresas. “Hoje em dia as funções quase que se interceptam e sobre-põem em alguns casos. Há empresas que fazem importação e exportação

acessório, a sua Segurança”, sendo que esta última campanha teve um “for-mato inovador”, face às restantes, “pois implicou diretamente os condutores através de ações de rua”, afirma.

“As ações de rua consistiram em diversas iniciativas, tais como, verifi-cação da pressão, profundidade do estado do pneu, entrega de folhetos informativos e oferta de manómetros de pressão”, adianta este responsável.

Regular atividadeRibeiro da Silva aguarda a conclusão

do documento de Regulação da Ati-vidade, mas antes disso, realça, “é necessário concluir o projeto de cer-tificação, pelas entidades competen-tes, do perfil criado e proposto de Técnico para o Sector (Responsável Técnico e Operador das casas de Pneus)”. Segundo adianta ainda, “atual-mente a CEPP encontra-se a aguardar e a acompanhar a conclusão desse processo e só após essa fase estar concluída é que irão ser diligenciados os passos seguintes para a regulação e certificação da atividade, no seu todo, com apresentação de iniciativas legislativas de regulação adaptadas à realidade e necessidades do sector”.

No plano de atividades da CEPP para os próximos anos, Ribeiro da Silva refere que está a ser programada uma campanha dirigida a condutores de veículos pesados”.

diretamente às oficinas, outras que seguem a distribuição tradicional. Há grupos de oficinas. Grupos de reta-lhistas que fazem também a impor-tação. Os que fazem a distribuição nacional funcionam como armazenis-tas nacionais, aqueles que são reta-lhistas e que fornecem os mercados locais e as oficinas que efetuam as reparações e que têm o contacto com o consumidor final, vão sempre exis-tir. A interação entre estas diversas áreas é que pode variar”, afirma.

José Pires recorda o facto da Comis-são fazer parte de uma Divisão que é 100% mercado independente. Por esse motivo, “temos a mesma ativi-dade, as mesmas necessidades e pro-blemas. Identificar essas situações é extremamente fácil, porque também é o nosso dia a dia”.

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Destaque

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› A defesa do direito à reparação é uma das grandes “causas” da Comissão Especializada de Fabricantes de Peças, da qual, Pedro Antão é o representante

“Necessitamos do envolvimento de todos”Pedro Antão, Representante de Fabricantes de Peças

A batalha tem corrido a preceito. “Conseguimos, na última campanha, distribuir mais de um milhão de exemplares, entre cartazes e folhetos. “Sabemos que chegámos a muita gente através das oficinas indepen-dentes”, mas “temos a noção de que muito há para fazer. Porque nem toda a gente tem conhecimento do direito que lhe assiste no direito à reparação”, reconhece.

No entender de Pedro Antão, as marcas estão suficientemente envol-vidas nestas ações de divulgação. “Se não fossem elas não teria sido pos-sível esta campanha. Para o futuro, o que entendemos é que terá que haver uma maior participação de todos, não só das marcas, mas de todos os atores do setor indepen-dente de peças, nomeadamente distribuidores, retalhistas e as pró-prias oficinas, porque o direito à re-paração é do interesse de todos, porque zela pelo próprio setor”, su-blinha o mesmo responsável.

“A qualidade das peças”, para Pedro Antão, continua a ser o aspeto mais valorizado pelas oficinas no momento da escolhas de peças aftermarket. “Todas as oficinas sabem reconhecer quais são as marcas que fabricam equipamento original, as que produ-zem peças equivalentes ao equipa-mento original. Mas, por outro lado, há outro fator que tem sido relevante nos últimos tempos: o preço. Não podemos esquecer que vivemos um período de crise e que ainda não saímos dele”, admite Pedro Antão. “O problema é que surgiram novas ofer-tas de preço que, sendo um critério importante para as oficinas na hora de escolher as peças, pode colocar em causa a qualidade da reparação. É contra isso que lutamos, porque sabemos que há peças de origem e de qualidade duvidosa. Tentamos que as oficinas possam eleger as peças com a melhor qualidade e que lhes dê maior confiança na hora de repa-rar o veículo”, remata.

Escolher o lado...Pedro Antão vê o futuro do setor

com otimismo. Temos muitas em-presas a operar em todos os canais: nas oficinas, retalhistas, apesar de, nos últimos tempos, existir algum fenómeno de concentração, pessoal-mente nos grandes centros. Por outro lado, e como tendência, gos-taria de destacar a segmentação da oferta dos produtos. Ou seja, temos cada vez mais dois tipos de ofertas: a de qualidade, de marcas premium, de fornecedores de equipamento original, marcas de topo, e que estão enraizadas na distribuição e às quais as oficinas estão habituadas a recor-rer. E por outro lado, a oferta low cost, que se baseia em pequenos lotes de referências, de grande ro-tação, produzidas com um custo inferior e com uma qualidade ob-viamente inferior, mas que têm so-frido algum incremento de oferta”. Para Pedro Antão, esse é e será o grande desafio dos fabricantes: “per-

› A criação de um observatório do setor, com publicação dos dados estatísticos das peças e pneus é uma missão assumida pela DPAI

“Queremos valorizar o retalho nacional”Pedro Nascimento, Representante de Retalhistas de Pneus

de desvio). Pedimos que que as tole-râncias fossem aumentadas (7 a 12 por quilómetro de desvio) para acabar de vez com esta situação”. Segundo conta, havia situações de condutores que “de-salinhavam o carro para irem à inspeção e voltavam a alinhar depois para irem para a estrada”.

O representante da CERP afiança que a tabela de preços nas oficinas de pneus “já está elaborada”. Mas reconhece que as empresas que participaram não fo-ram em “número suficiente”, razão pela qual é impossível dizer-se que se trata “de uma tabela de preços recomendada”. De momento, portanto, a CERP “aguarda parecer jurídico”, tendo-a designado por “tabela de preços médios recomenda-dos”. Uma ferramenta para que “todos se possam guiar por ela”. Contudo, Pe-dro Nascimento gostaria de ver “mais empresas a aderir a estes trabalhos”..

a regulamentação dos pneus usados, através da rotulagem, à semelhança dos novos. “O projeto de rotulagem do pneu usado foi elaborado por nós há um ano, quase dois, e apresentado no IMT (então IMTT) e foi aceite com agrado, mas até hoje ainda não saiu nada para o mer-cado. Infelizmente as coisas não rolam como gostaríamos. Temos que ter pa-ciência. Sabemos que está a ser tratado”, adianta Pedro Nascimento.

Problemas comunsA união dos retalhistas para uma luta

comum é um dos grandes trunfos da CERP. E permite ultrapassar problemas identificados, como o do ripómetro. “Tem havido algum problema entre as casas de pneus e os centros de inspe-ções na altura de verificar se o veículo está ou não alinhado. Existem ali algu-mas diferenças (5 a 10 por quilómetro

Pedro Nascimento não tem dúvidas sobre qual é o papel principal da Co-missão Especializada de Retalhistas de Pneus (CERP): “Valorizar o retalho em Portugal. Segundo representante deste ramo da DPAI dentro da ACAP, só assim se conseguirá transmitir a necessária confiança ao cliente final. “É o caminho que temos feito até agora”.

Uma das vias para valorizar o retalho é justamente o da formação. Específica para os retalhistas. “A nossa preocupa-ção é uma formação específica de fu-turo”, vocacionada para as “novas gerações de empresários do retalho”. No fundo, acrescenta, “prepará-los para o que aí vem”. E de uma forma muito concreta, desde princípios de gestão a técnicas de atendimento de clientes. Formações estas que se juntam a outras de cariz mais técnico.

Foco das atenções da CERP é também

ceber onde querem estar”. O objetivo da Comissão Especializada dos Fa-bricantes de Peças do DPAI é ajudá--los a encontrar o caminho... da qualidade.

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À margem da lei › Agem pela calada. Sem lenços

na cabeça, brincos nas orelhas, palas nos olhos ou pernas de pau. Ao introduzirem no mercado equipamentos, softwares e artigos contrafeitos, os piratas constituem uma séria ameaça ao setor da reparação. Tal como biscateiros e oficinas clandestinas, que fomentam a economia paralela

Pirataria na reparação

Por: Bruno Castanheira e Jorge Flores

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Considerada como o crime do século 21, a pirataria está presente em todas as áreas de negócio e em todos os

quadrantes da sociedade. Seja para gerar lucro de forma ilícita, seja para causar dolo. Depois, existem os casos em que a pirata-ria é utilizada para reivindicar posições ou, pior ainda, para cometer atos terroristas sustentados por doutrinas fundamenta-listas. No setor da reparação, é tão pirata aquele que introduz no mercado equipa-mentos, softwares e artigos ilegais, como o que permite que tal aconteça ou o que os utiliza no exercício da sua atividade.

Na área automóvel, os piratas moderni-zaram-se e apuraram as suas técnicas. Agem pela calada. Sem lenços na cabeça, brincos nas orelhas, palas nos olhos ou pernas de pau. Não necessariamente no silêncio da noite. E nem precisam de hastear bandei-ras com caveiras e ossos cruzados. Em tempos de crise, a introdução de artigos contrafeitos no mercado atinge maiores proporções.

A pirataria é um grave problema. Esta prática ilegal custa à economia portuguesa muitos milhões de euros por ano em im-postos, valor que beneficiaria toda a socie-dade. E faz com que deixem de ser criados empregos. Mais: os biscateiros e as oficinas clandestinas, ao exercerem a sua atividade de forma ilícita, praticam a evasão fiscal e não cumprem as regras estabelecidas.

■ VANTAGENS DOS ORIGINAISA aquisição de equipamentos, softwares

e artigos legais permite apoiar o desenvol-vimento e a inovação dos mesmos. E po-tencia a sua constante melhoria. Regra geral, o preço a que são comercializados os produtos originais está ajustado às exi-gências do mercado, em função da lei da oferta e da procura, da sua produção, da sua utilidade, da tecnologia que empregam e até do transporte.

A compra de equipamentos, ferramentas e componentes contrafeitos, bem como de softwares pirateados, coloca um sério entrave ao desenvolvimento. Em troca de um preço substancialmente mais baixo, os artigos ilegais entram no circuito comercial sem os padrões de qualidade, de eficácia ou de segurança dos originais. Para além, depois, das questões relacionadas com a falta de garantia e assistência.

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Destaque

› Para acabar com a concorrência desleal e inverter a crise em que o setor automóvel se encontra, a ANECRA tem apresentado várias medidas. Alexandre Ferreira, vice-presidente, e Jorge Neves da Silva, secretário-geral, falam sobre elas

Em nome da transparênciaANECRA

Desenganem-se aqueles que pensam que oficinas clandestinas e biscateiros têm os dias contados. Antes pelo con-trário. Estão a crescer. É que, em cenário de crise, são cada vez mais os que pro-curam serviços fora do canal oficial. E serão quase tantos os ilegais a operar em Portugal como os que estão licen-ciados para exercer a sua atividade. Apesar de ter vindo a perder associados devido ao encerramento de empresas, a Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA) está a recuperar muitos. Ao ritmo de 10 por mês. Alguns deles, es-tiveram, temporariamente, na clandes-tinidade.

Reforçar a fiscalizaçãoA concorrência desleal fomenta a eco-

nomia paralela e representa um entrave ao desenvolvimento do setor automó-vel. Jorge Neves da Silva considera que “a economia paralela, fomentada por oficinas clandestinas e biscateiros, que exercem a sua atividade à margem da lei, é um cancro. E no momento em que se fala do aumento da carga fiscal, dire-tamente sobre o automóvel e indireta-mente sobre o IVA, defendemos que tal aumentará a concorrência desleal.” O secretário-geral da ANECRA adianta mesmo que “quem necessitar de servi-ços de reparação procurará mais as oficinas clandestinas e os biscateiros, o que acabará por potenciar a atividade destes. Porquê? Porque os consumido-res querem evitar pagar mais pelos serviços de reparação devido à incidên-cia da carga fiscal. As oficinas clandes-tinas e os biscateiros praticam a evasão fiscal. Fogem ao fisco, não emitem fatura, não cobram IVA e não têm de responder em termos de IRC. E esta é uma postura oposta à das empresas nossas associa-das, que cumprem escrupulosamente as suas obrigações. As fiscais, ambientais e de segurança, mas, também, as rela-cionadas com boas práticas e concessão de garantia pelos serviços prestados e componentes instalados.”

A ANECRA tem apresentado várias medidas para por fim a esta situação. “Uma delas”, diz Jorge Neves da Silva, “passa pelo reforço da atividade fiscali-zadora de entidades como a ASAE (Au-toridade de Segurança Alimentar e Económica), IGAMAOT (Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território), SEPNA da GNR, BriPA da PSP, AT (Autoridade Tributária e Aduaneira), ACT (Autoridade

para as Condições do Trabalho) e Câma-ras Municipais.”

Já Alexandre Ferreira, entende que “não é a correr atrás do prejuízo que resolve-mos o problema. Para resolvê-lo, ele tem de ser colocado num outro nível e de outro modo. Temos de pensar de forma mais transversal, não obstante a ação fiscalizadora, que é sempre importante. Ou seja, numa forma que seja aplicada a montante e que permita que não se criem condições para a existência da-queles de quem estamos a falar. Os que utilizam ferramentas e formas pouco éticas no desenvolvimento da sua ativi-dade ou aqueles que estão no setor de forma totalmente marginal.”

Certificação é essencialO vice-presidente da ANECRA dá conta

que “uma das medidas que propomos no nosso Manifesto é que, efetivamente, no ato de Inspeção Periódica Obrigató-ria das viaturas, sejam exigível o cumpri-mento de pressupostos que têm a ver com a manutenção preconizada pelas marcas. As viaturas deverão passar pela assistência num operador oficial. Que emita faturas e que se responsabilize pela sua intervenção. O que colocamos é mais uma exigência, que permite uma triagem no ato da Inspeção Periódica Obrigató-ria, de modo a que muito daquilo que ocorre aquando da ida do veículo à ins-peção, deixe de acontecer. E existem

situações adotadas pelos proprietários das viaturas que configuram, também, concorrência desleal. Que pode passar até pelo empréstimo temporário de órgãos mecânicos para que os veículos não chumbem na inspeção. O que pre-judica seriamente empresas. Nomea-damente as de rent-a-car, que, em determinados momentos, ainda que de forma temporária, são vítimas destas práticas.”

Se existe área onde a ANECRA é espe-cialista e onde tem atuado de forma in-tensiva, é no licenciamento e na integração de oficinas. O projeto Oficina+, criado há uns anos, é disso o melhor exemplo. Sobre isto, Alexandre Ferreira não tem dúvidas: “A certificação das ofi-cinas que prestam serviços de reparação é absolutamente fundamental. Esta me-dida, colocada nos termos em que nós a colocamos (obrigatoriedade da apre-sentação do comprovativo da manuten-ção de acordo com as exigências da marca), leva a que o nível de segurança entre inspeções (dois em dois anos para determinados veículos) esteja assegu-rado. Sem esquecer o cumprimento das normas ambientais associadas aos ope-radores licenciados.” Jorge Neves acres-centa: “Nem sequer o consumidor fica com meios capazes, caso recorra a uma oficina clandestina, que lhe permitam fazer uma reclamação em garantia na eventualidade de algo não correr bem.”

A ANECRA não tem poupado esforços no combate à concorrência desleal. O objetivo não é acabar com os clandestinos, mas “trazê-los” para a legalidade

Pirataria na reparação

Um dos equipamentos de diagnóstico que mais tem sido pirateado é o Autocom. O JORNAL DAS OFICINAS falou com Pedro Antunes, diretor técnico da Iberequipe, empresa que tem a representação exclu-siva deste produto em Portugal, que dá conta que “o Autocom começou a ser copiado, sensivelmente, a partir de 2010. Quer o hardware quer o software. Depois, houve várias tentativas por parte do fa-bricante sueco de proteger o equipa-mento, através de updates ao software que bloqueavam as atualizações.

Só que, infelizmente, os hackers deram a volta ao assunto e conseguiram desblo-queá-las. Neste momento, com a versão 2014, lançada em Janeiro deste ano, o software está, aparentemente, protegido. Agora, qualquer equipamento Autocom necessita de ligação ao servidor, que ve-rifica não só o número de série do hard-ware como, também, algumas propriedades do software. Se o equipa-mento não estiver registado no servidor do Autocom, fica bloqueado. Esta foi uma medida do fabricante para ajudar a travar a pirataria.”

Até há poucos anos, o software do Au-tocom era disponibilizado em DVD e era enviado ao cliente uma senha, que, depois, a introduzia no ecrã. Ora, quem fosse es-pecialista em criar um gerador de códigos, uma vez feita a cópia do DVD, podia uti-lizar o Autocom clonado em qualquer parte. Hoje, já não é assim. Segundo afirma o responsável da Iberequipe, “a senha, atualmente, já não é enviada. O equipa-mento é, automaticamente, verificado online e começa a funcionar apenas se o cliente estiver registado e dispuser de um número de hardware válido. A única forma de os fabricantes de equipamentos so-breviverem é deixarem de disponibilizar os softwares em DVD”.

■ PARECE, MAS NÃO ÉDas inúmeras oficinas que trabalham

com o Autocom, serão cerca de 50 as que o adquiriram à Iberequipe. “A nível nacio-nal”, conta Pedro Antunes, “foram vendi-dos muitos milhares de clones. Todas as oficinas conhecem o Autocom. Mas não pelas melhores razões. Foi-lhes apresen-tado um produto de €200 ou €300, que, agora, anda a ser vendido por €100. Mui-tos clientes ligaram-nos a dizer que com-praram o Autocom por €1000 e €1500. Ou seja, os piratas obtiveram um lucro brutal, uma vez que os chineses vendem o Autocom clonado por €50. As próprias pessoas que compraram os equipamen-tos clonados foram enganadas.” O respon-sável da Iberequipe afirma mesmo que “o mercado nacional está todo contami-nado por isto. O que joga contra nós. O cliente tem, por exemplo, uma versão de 2013, pela qual pagou €100 ou €200 em vez dos cerca de €2500 que custava a li-cenciada. Fazê-lo ver que só existem vantagens em adquirir o Autocom origi-nal de 2014, é extremamente difícil. O grande problema aqui, a nível nacional, não só para nós mas para toda a concor-rência, é que o valor de mercado desapa-receu. Em 2007, um equipamento de diagnóstico multimarca rondava os €6000.

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Os piratas modernizaram-se e apuraram as suas técnicas. Conseguem “crackear” software e criar geradores de códigos. E introduzem no mercado equipamentos e artigos contrafeitos. Servindo-se de números de telefone anónimos e de endereços IP variáveis

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Hoje, o valor de referência para uma ofi-cina é €200. Se aparecermos com o preço atual de €2500, as oficinas dizem-nos que é caríssimo.”

O que muitos operadores desconhecem, até por não saberem aquilo que estão a comprar, é que os equipamentos de diag-nóstico clonados não são iguais aos ori-ginais. Nem em termos visuais (cor, logótipo, peso, material, número de série) nem no que à funcionalidade diz respeito. E isto passa-se quer para o hardware (desde a ficha até ao recetor que faz a comunicação e que transmite a informa-ção para o computador), quer para o software. “O que o utilizador do equipa-mento clonado deve perceber”, diz Pedro Antunes, “é que está a servir-se de um hardware que não é original num veículo que não lhe pertence. O que pode causar muitos danos. E causa. Para além da ques-tão relacionada com a qualidade do ma-terial, se for feita uma comunicação a nível eletrónico a partir de uma informa-ção errada a uma unidade de controlo, essa ordem incorreta que o interface re-cebe pode até danificar vários compo-nentes eletrónicos.”

Depois, há outro facto relevante. Neste momento, os fabricantes de equipamen-tos de diagnóstico conseguem dar um suporte que vai muito para além da venda. Como, por exemplo, na interpretação de uma avaria desconhecida. O fabricante pode ajudar o cliente final, independen-

temente de a empresa que vendeu o equipamento em Portugal prestar toda a assistência técnica.

■ NEGÓCIOS DA CHINAMais tarde ou mais cedo, chegaremos a

um ponto em que o Autocom pirateado deixará de ser funcional. No âmbito dos novos automóveis que chegarão ao mer-

cado e das novas funções mesmo para os veículos antigos. “As atualizações de software são para desenvolvimento de novas viatu-ras mas, também, para acrescentar aos modelos antigos novas funções, adaptações e correções de problemas que foram repor-tados por vários clientes a nível internacio-nal. E as oficinas tendem a esquecer-se disto”, afiança o diretor técnico da Iberequipe.

Se os equipamentos de diagnóstico são dos principais alvos da pirataria, em muito devem-no à China, que é, sem dúvida, dos principais responsáveis pela expor-tação de produtos contrafeitos. Ao des-locarem a produção para este país, com o intuito de obter mão-de-obra mais barata, os fabricantes abriram a porta a este tipo de práticas ilegais. E o que é

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facto é que têm vindo a ser afetados com a situação, como demonstra a diminuição da venda de equipamentos originais.

Quem adquire equipamentos contra-feitos, sejam particulares sejam empresas, para, depois, introduzi-los no mercado nacional, requisita-os em sites específicos. “A encomenda vem para a morada sele-cionada. Não com o nome do artigo ori-ginal, mas com a inscrição “peça de hardware”. Quando chega ao nosso país, a alfândega deixa-a passar. Mesmo que a abra para verificação, a falta de conhe-cimento que existe por parte dos serviços alfandegários sobre este equipamento não lhes permite distinguir o original da cópia, impedindo, assim, que a enco-menda fique retida. Depois, o artigo é vendido em Portugal como hardware. Se o comprador for fiscalizado, na fatura consta a designação hardware - cabos. Quem joga este jogo conhece bem as suas regras”, conta Pedro Antunes. E acrescenta: “A ASAE também não conhece bem o

equipamento de diagnóstico original para poder travar este esquema ardiloso”.

Ainda de acordo com o responsável da Iberequipe, “há várias empresas do setor automóvel no nosso país que vendem, juntamente com outros produtos, equi-pamentos de diagnóstico clonados. Sejam multimarca, como o Autocom, sejam de uma marca. E como a moda é vender equipamentos clonados, que, no fundo, é o que o mercado pede, continuam a fazê-lo. E não são fiscalizados. Esta prática afeta todo o setor da reparação. Quer as oficinas multimarca, quer as de conces-sionários. Vendendo-se menos veículos e fazendo-se menos intervenções, as oficinas veem-se na contingência de des-pedir pessoas ou fechar as portas. A única forma de combater isto é através da ASAE e da Polícia Judiciária.”

■ RÉPLICAS NÃO AUTORIZADASDa experiência da Tecniverca, o pro-

blema maior são as “cópias não autoriza-

das”, não tanto a pirataria como acontece com o aftermarket. Alexandre Corricas, diretor-geral da empresa adianta que a maior dor de cabeça é a “falta de respeito pelas patentes”. Nomeadamente os oriun-dos dos países asiáticos, que não hesitam em “replicar” produtos distribuídos pela Tecniverca. Um exemplo significativo: em tempos, uma marca representada pela Tecniverca criou e patenteou a chave pneumática mais pequena do mundo. Mas não tardou a que a China inundasse o mercado com várias réplicas, “com al-terações mínimas”. Mas nem por isso ir-relevantes para a necessária importância do produto. A fiscalização? “Não conheço quem a faça. Tirando as multinacionais que fazem essas buscas e delatam os ca-sos que encontram, não vejo ninguém a controlar. As autoridades não o fazem”, lamenta Alexandre Corricas. Mas o caso mais grave de total inexistência de fisca-lização é o que se passa com os elevado-res, o core business da Tecniverca. O

responsável conta que chegou a ser cha-mado pelas autoridades para saber a origem de umas canetas provenientes do mercado asiático, se seriam de metal ou plástico, mas sem que ninguém se inte-ressasse oficialmente com a restante maquinaria. Essa sim, mais preocupante até em termos de segurança: imagine-se que um elevador deixa cair o veículo.... “Se formos ver, das pequenas oficinas, mais de metade tem elevadores com certificados falsos. Ou mais...”, afirma.

■ COPIAR SOFTWAREO software oficinal e os manuais técni-

cos têm sido, nos últimos anos, outro dos alvos da cópia pirata por parte das oficinas em Portugal. Situação que se deve à cres-cente necessidade de obter informação técnica atualizada e de qualidade, uma vez que o parque automóvel é cada vez mais complexo e variado. Os fabricantes, ao renovarem os modelos com muita frequência, obrigam a uma atualização sistemática da informação técnica.

De acordo com um estudo efetuado, no final de 2013, pela Infortrónica, distribui-dor oficial do Autodata em Portugal, apenas cerca de 30% das oficinas inde-pendentes no nosso país utilizam infor-mação técnica oficial licenciada. Significa isto, portanto, que a maioria estará a utilizar outras fontes de informação sem a garantia de qualidade do canal oficial, correndo o risco de estar a exercer a sua atividade com base em informações de-satualizadas ou mesmo incorretas. E, em qualquer negócio, não se pode correr o risco diário de efetuar um serviço técnico baseado em informação sem garantia da origem e sem fonte reconhecida.

Para garantir a qualidade de informação e a disponibilização da mesma em tempo útil, o Autodata decidiu, em 2010, dispo-nibilizar aos seus clientes a base de dados através da Internet, garantindo, assim, o acesso aos dados oficiais em tempo real e sempre atualizados. Com este novo formato online, o Autodata veio proteger os clientes das possíveis faltas e atrasos na obtenção de informação técnica fiável e em tempo útil, situação impossível em DVD ou em suporte de papel. Outra van-tagem dos utilizadores licenciados é po-derem aceder ao serviço técnico adicional de forma gratuita.

Para além das atualizações em tempo real e mensais, e de introduzir novas in-formações de forma amiúde (como, por exemplo, defeitos de peças detetados pelos fabricantes de veículos ou diferen-ças nos binários  de  aperto), o serviço Autodata Online oferece aos seus utiliza-dores os módulos adicionais necessários para a manutenção de veículos elétricos, híbridos, com filtros de partículas e siste-mas start/stop, que não estão disponíveis em DVD ou suporte de papel.

■ PARTILHAR E “CRACKEAR”O serviço online permite aceder, através

de computadores ou dispositivos móveis, como smartphones e PDA´s, a equipa-mentos de diagnóstico com ligação à Internet. Ao fornecer uma senha a quem o adquire, passou a proteger os seus

› “Há coisas muito graves a acontecerem”. Quem o garante é António Teixeira Lopes, presidente da ARAN

“Muitas oficinas fecharam a portae continuaram a trabalhar”

António Teixeira Lopes, presidente da ARAN

Na sua opinião, é insusten-tável que as entidades responsáveis continuem a ignorar a existência de “peças sem a devida homologação” a entrarem no mercado. E reclama “transparência a todos os operadores”, uma vez que, se a lei refere que as peças têm de ter “qualidade equivalente, estas terão de ter, também, o respetivo certificado”, sublinha. Segundo o mesmo responsá-vel, o pior é que nem o facto de a peça ter certificado de homologação de qualidade equivalente significa muito. “Temos aqui peças certifica-das e de qualidade muito duvidosa”, acusa o presidente da ARAN.

António Teixeira Lopes acredita que, hoje, existem perto de “6.000 oficinas legais e 4.000 ilegais. Mais de metade”. A explicação, para si, é simples. “Há um ano, existiam umas 11.000 oficinas. Mais de metade fecharam “apenas” a porta e continuaram a trabalhar na clandestinidade. Em óbvia concorrência desonesta”.

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clientes dos piratas informáticos. Como explica José Cardoso, da Infortrónica, “a licença é concedida unicamente a profis-sionais, uma por oficina e utilizador. No entanto, podem ser atribuídas mais licen-ças de utilização para oficinas com ne-cessidades de mais consultas.” De acordo com este responsável, “a licença é regis-tada sempre para uma morada e está parametrizada com os dados da empresa, bem como com o seu logótipo.”

Caso o proprietário de uma licença de-cida partilhar a sua senha, acabará por herdar um problema. No momento em que alguém aceder ao Autodata Online a partir de outro local com o mesmo user-name e a mesma password, ficará regis-tado no sistema um novo acesso a partir de outra localização e o proprietário que adquiriu legalmente o software verá que este deixa de funcionar.

Depois, conta José Cardoso, “a  ofi-cina que pensa ter beneficiado com a partilha da senha ficará limitada, uma vez que nas páginas do software constará sempre o nome da oficina que o adqui-riu legalmente e não o nome da que está ilicitamente a utilizá-lo. Diria que a di-vulgação  da  senha é, hoje, a única forma de tentar utilizar ilegalmente o Autodata Online. Contudo, quem o fizer, corre o risco de ver a sua conta bloqueada e de ser responsabilizado.”

Situação bem diferente verificava-se antes de 2010.  O Autodata em DVD, sendo reconhecido como uma ferra-menta de informação técnica de elevada qualidade e abrangência, foi, porventura, a base de dados mais copiada deste 2004. Mais tarde, o software original era “cra-ckeado” (na maioria das vezes nos paí-ses de Leste) para, depois de colocado na Internet, ser descarregado atra-vés de “torrents” pelos utilizadores ilícitos. O software pirateado tanto era introdu-zido no mercado por adolescentes que vendiam cópias dos DVD aos fins-de--semana para ganhar uns trocos como por piratas mais difíceis de apanhar, que utilizavam números de telefone anóni-mos e endereços IP variáveis.

E, há uns anos, fazia-se tudo. Como, por exemplo, a venda de versões pira-teadas anunciadas como novas, mas que eram precisamente iguais às ante-riores. Os piratas alteravam apenas a numeração da página inicial do soft-ware, sendo o resto igual. E foram mui-tos os que caíram neste esquema fraudulento. Até porque julgavam estar a comprar versões em português que nem sequer saíram, como foi o caso da 3.40, que apenas existiu em inglês. Con-tudo, as oficinas em Portugal estão a ser cada vez mais geridas por profissio-nais com responsabilidade e qualidade. E que procuram obter, em primeira mão, as melhores fontes de informação e conhecimento para os seus negócios,

Pirataria na reparação

(Fonte: Comisión Antipiratería Para el Automóvil)

● Procure informações acerca do produto: motores de busca online, revistas técnicas, outras plataformas Realize uma pesquisa do produto pelos distribuidores autorizados● Solicite informação sobre as características do produto às diferentes fontes que o tenham● Consulte os serviços associados ou vinculados ao produto● Realize pesquisas em fóruns ou redes sociais sobre o produto e seus distribuidores● Desconfie do preço baixo comparativamente à restante oferta existente para o mesmo produto● Solicite demonstração ou teste do equipamento/software que pretende adquirir ● Caso efetue uma compra em segunda mão, verifique o número de série com o revendedor oficial, de modo a comprovar o registo da venda

8 passos para conhecer o produto original

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recusando o risco acrescido de utiliza-rem dados técnicos de origem não re-conhecida e sem garantia.

■ PAPEL DA ASAEA ASAE (Autoridade de Segurança

Alimentar e Económica), órgão de po-lícia criminal, é a autoridade adminis-trativa nacional especializada no âmbito da segurança alimentar e da fiscalização económica. É responsável pela avaliação e comunicação dos riscos na cadeia alimentar, bem como pela disciplina do exercício das atividades económicas nos setores alimentar e não alimentar, me-diante a fiscalização e prevenção do cumprimento da legislação reguladora das mesmas. No exercício da sua missão, a ASAE rege-se pelos princípios da in-dependência científica, da precaução, da credibilidade e transparência e ainda da confidencialidade. Contactada pelo JORNAL DAS OFICINAS, a ASAE começa por explicar que a sua atividade se de-senvolve em três áreas. São elas “a pro-teção da saúde pública, na defesa dos direitos dos consumidores e na salva-guarda das regras do mercado e da leal concorrência dos operadores económi-cos, onde se enquadra o exercício da atividade de oficinas de manutenção e reparação de veículos automóveis e motociclos”, refere a responsável da Unidade Nacional de Operações da ASAE, Ana Cristina Caldeira.

Segundo a mesma fonte, “nos dois últi-mos anos, a ASAE fiscalizou 830 operado-res económicos com a atividade supra referida, tendo sido apreendidas 527 peças e acessórios de automóveis, sendo as in-frações de natureza contraordenacional mais detetadas no âmbito dos regimes jurídicos de licenciamento zero, afixação de preços, livro de reclamações e gestão

de resíduos”, revela. Quanto ao Código da Propriedade Industrial, a ASAE destaca as seguintes infrações: “contrafação, imitação e uso ilegal de marca, venda, circulação ou ocultação de produtos ou artigos e violação dos direitos exclusivos relativos a desenhos ou modelos.”

De acordo ainda com a responsável da ASAE, “no enquadramento do combate

à contrafação importa referir a criação, em 2010, do Grupo Anti-Contrafação (GAC), pela portaria n.° 882/2010, de 10 de Setembro, do qual a ASAE faz parte, juntamente com a Autoridade Tributária e Aduaneira, Guarda Nacional Republi-cana, Instituto Nacional da Propriedade Industrial, I.P., Polícia Judiciária e Polícia de Segurança Pública”. Posto isto, ao

Quem trabalha na clandestinidade, corre o risco de ser fiscalizado. Mesmo que legalmente “não exista”. Basta haver uma denúncia. Nos dois últimos anos, a ASAE fiscalizou 830 oficinas de veículos, tendo sido apreendidas 527 peças e acessórios de automóveis

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GAC, cumpre levar a cabo “ações conjun-tas com vista à prevenção e repressão da contrafação, com respeito pelas compe-tências das várias entidades que o cons-tituem, bem como cooperar com o Observatório da Contrafação e Pirataria”, sublinha ainda Ana Cristina Caldeira, cha-mando a atenção para “a existência do Portal Anti-Contrafação, disponível em www.anti-contrafacao.org, onde está alojado um sistema de queixa eletrónica que permite, de forma segura, a apresen-tação de queixas relativamente aos crimes previstos no código da propriedade in-dustrial.”

■ EXEMPLO DO PAÍS VIZINHOSe existe área onde a nossa vizinha Es-

panha está bastante desenvolvida, é no combate à pirataria. Tanto mais que criou, em 2011, a C.A.P.A. (Comisión Antipirate-ría Para el Automóvil), cuja função é com-bater a colocação no mercado de artigos contrafeitos. A C.A.P.A. é liderada pelas ANCERA (Asociación Nacional de Comer-ciantes de Equipos, Recambios, Neumá-ticos y Accesorios para Automoción) e AFIBA (Asociación de Fabricantes e Im-portadores de Bienes de equipo para la Automoción). E é composta por 15 mem-bros, estando aberta a outros grupos, tais como associações de oficinas e marcas de automóveis. Em Espanha, o setor in-dependente multimarca decidiu unir-se e intervir para tentar pôr termo a este grave problema, criando uma comissão especializada.

A C.A.P.A. desempenha um papel deci-

sivo no combate à pirataria. A esta asso-ciação chegam inúmeras denúncias. E têm sido muitas as notícias que dão conta de inspeções e detenções por parte da Po-licía Nacional del Ministerio del Interior e da SEPRONA (Servicio de Protección de la Naturaleza) da Guardia Civil. Para além de apreensões de equipamentos, softwa-res e componentes contrafeitos, as auto-ridades espanholas têm levado a cabo várias detenções de pessoas acusadas de práticas ilícitas. E têm fiscalizado inúme-ras oficinas. Desde operadores não licen-ciados a empresas que desenvolvem a sua atividade com licenças caducadas, apanham de tudo um pouco. Até quem faz manipulação de conta-quilómetros nos veículos usados para que estes pos-sam ser vendidos por preços superiores, que, nalguns casos, chegam, imagine-se, ao dobro.

■ OPERAR NA ILEGALIDADEVisitadas pelo nosso jornal, quase todas

as oficinas clandestinas que abordámos não se mostraram, como era expectável, disponíveis para falar. Apenas três, depois de alguma insistência, acederam ao nosso pedido. Mas desde que mantivéssemos o anonimato. E que desligássemos tele-móveis, gravadores e máquinas fotográ-ficas. Assim fizemos. De acordo com F., proprietário de uma pequena oficina em Lisboa, “a atividade que desenvolvo na garagem da minha residência são apenas biscates que faço à noite e aos fins-de--semana. Tenho acesso a peças e produ-tos da marca para a qual trabalho. Além

disso, consigo arranjar no mercado ma-terial para qualquer automóvel.”

A operar sem qualquer tipo de licença, F. afirma que “para aquilo que faço, não se justifica abrir atividade. Os custos são demasiado elevados. Além disso, teria de passar fatura e não podia praticar os pre-ços que pratico. Se tenho receio de alguma fiscalização? Caso haja uma denúncia, tendo eu a porta fechada, só com um mandado judicial alguém poderia entrar. Não se arrombam portas só porque sim. Além do mais, se não estou licenciado, legalmente não existo. Logo, é mais difí-cil ser fiscalizado.”

Já para A., dono de uma oficina situada na Margem Sul do Tejo a operar sem li-cença, “não deixa de ser um risco operar nesta modalidade, mas a necessidade fala mais alto. Claro que pode sempre haver uma denúncia, mas quem comigo traba-lha e me procura conhece bem as regras do jogo. Até à data, nunca fui alvo de qualquer fiscalização.

Aliás, é difícil não estando registado.” De A. quisemos, também, saber se utiliza equipamentos contrafeitos no exercício da sua atividade. A resposta foi elucidativa: “Tenho alguns, sim senhor. Principal-

mente, equipamentos de diagnóstico. Reconheço que possam não ser iguais aos originais, mas é-me impossível pagar o que custam os verdadeiros, havendo, depois, que somar ainda a subscrição anual. Já os tenho há anos e nunca deram problemas.”

Mais a Sul, concretamente no Algarve, M. desenvolve a sua atividade numa pe-quena oficina. Também sem licença. E já o faz há anos. Fiscalizações? Como o pró-prio afirma, “não é fácil dar com este sítio. Só cá vem quem conhece muito bem a zona. Eu e os meus clientes funcionamos como uma espécie de sociedade secreta”, conta entre risos. Depois, acrescenta: “Como não estou licenciado, legalmente não existo. Faturas? Nem pensar. Registo eletrónico de resíduos? Muito menos. Equipamentos pirateados? Tenho vários. Regras ambientais? Não coloco o óleo usado na sarjeta nem despejo peças ve-lhas no pinhal. Coloco tudo separado em caixas. Quando ficam cheias, levo-as para junto dos contentores de reciclagem. Ao contrário de alguns, não faço manipulação de conta-quilómetros. Diria que desem-penho a minha atividade de forma séria dentro da ilegalidade.”

Os equipamentos de diagnóstico e os softwares oficinais têm sido dos principais alvos da pirataria. Das oficinas nacionais que trabalham com o Autocom, serão cerca de 50 as que o adquiriram à Iberequipe. No caso do Autodata, segundo a Infortrónica, apenas cerca de 30% das oficinas independentes nacionais utilizam informação técnica oficial licenciada

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› Após mais de cinco anos de crise europeia, com graves prejuízos para o sector da reparação automóvel, o mercado está finalmente em recuperação. Quem o diz são os maiores fabricantes mundiais de peças, equipamentos e serviços presentes na Automechanika

Automechanika 2014

E depois da crise…

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A edição deste ano superou todas as expectativas. Com 4.631 expositores (mais 38 do que

em 2012), a feira alemã bateu de novo o seu recorde, numa área com 305.000 metros quadrados. Durante 5 dias (menos 1 do que em 2012, sendo sá-bado o último dia, em vez de domingo – outras feiras, como Autopromotec e EquipAuto, mantiveram este último dia nas suas edições 2013), o sector pós-venda esteve focado no maior salão aftermarket do mundo e nas muitas novidades apresentadas pelas marcas presentes. Motivos de inte-resse não faltaram aos muitos milha-res de profissionais que visitaram o salão à procura de novas oportunida-des de negócio. Para os expositores é uma oportunidade única de receber, num curto espaço de tempo, clientes de todo o mundo. O ambiente é favo-rável ao negócio e por isso, a maioria dos stands tinha salas privadas para reunir com os clientes. Por estes dias, a agenda dos responsáveis das marcas está totalmente preenchida, o que torna quase impossível reunir sem marcação. Apesar das dificuldades, conseguimos falar com muitos dire-tores de empresas, que foram unâni-mes a afirmar que o aftermarket está a recuperar, embora ainda de forma ténue.

■ ÁREAS INOVADORASA mobilidade sustentável, que foi

um dos pilares da edição 2012, este ano contou com um pavilhão exclu-sivo, onde construtores automóveis e fornecedores de peças apresentaram soluções, produtos e conceitos de mobilidade automóvel para o futuro. A área dos lubrificantes mereceu tam-bém um destaque especial, com a presença de mais de 100 empresas que ocuparam o pavilhão 9, onde se destacava a presença da Petronas. O sector das tintas, que durante muitos anos esteve ausente dos salões after-market, voltou a estar presente com algumas marcas do grupo Axalta. Na área da formação, houve workshops durante toda a feira, sendo que nos últimos dias (sexta e sábado) fabri-cantes como a ZF, Hella ou Philips, incrementaram o número de ações de formação específica para os me-cânicos que nestes dias visitaram a feira. Houve também o “Truck Com-petence”, um espaço reservado aos veículos pesados, que contou com mais de 1.000 expositores.

A Automechanika 2014 refletiu a enorme dinâmica que o aftermarket vive atualmente, que segundo as pre-visões dos principais players, se irá manter. Devido à crescente variedade de modelos automóveis e às comple-xas tecnologias que os equipam, ve-rifica-se um aumento de empresas no mercado e de referências de peças. O sector que em 2013 valia 101 mil mi-lhões de euros em todo o mundo (venda de peças) vai crescer 3 a 4 por cento até ao final deste ano.

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› A presença na feira mais importante do sector aftermarket é uma oportunidade que as marcas aproveitam para lançar novos produtos e serviços. Destacamos a seguir algumas novidades, das muitas que foram apresentadas.

Novidades para todos

A Philips lançou a WhiteVision, uma gama de lâmpadas com 40% mais de luz branca. A novidade no stand da Bosch foi a realidade aumentada para ajudar a oficina a fazer um diagnóstico mais rápido e preciso: objetos em 3D, textos explica-tivos e imagens vídeo, sobrepõem-se à imagem real que o técnico vê nos tablets ou smartphones.

A ContiTech lançou uma nova app que mostra em 3D os componentes de trans-missão. Federal Mogul Motorparts reve-lou os êmbolos mais leves Elastothermic da Nural, pastilhas de travão Eco Friction

sem cobre da Ferodo e chumaceiras sem chumbo Glyco. A Varta apresentou a nova bateria Promotive EFB, com um disposi-tivo de circulação de ácido especialmente desenhada para veículos comerciais.

Novos sensores de temperatura de gases de escape, foram a novidade no stand da NGK. A ZF Services estava pre-sente com 3 stands onde destacava os amortecedores modulares e as soluções de conectividade para as oficinas. Na TRW a novidade era a pastilha de travão DTEC mais limpa, que permite manter as jantes sem sujidade, sem afetar o rendimento

da pastilha. A Sogefi apresentou os ca-tálogos de filtros para 2015, com um total de 450 páginas e 150 novas refe-rencias.

Saleri lançou a nova bomba de água variável, que ganhou o prémio 'Innova-tion Award' na categoria de produtos e serviços OE. A Brembo divulgou uma nova gama de pinças de travão recons-truídas, que inclui 4.000 referências com-patíveis com mais de 2.000 modelos de veículos.

SATA jet 5000 B é a nova pistola de alto rendimento da Sata, que se destaca pela

alta versatilidade e ergonomia melho-rada. O fabricante de tintas Spies Hecker lançou um novo software de cor online, que permite a ligação das ferramentas de gestão de cor digital, como o espec-trofotómetro ColorDialog Delta-Scan.

A Hella apresentou os faróis auxiliares Luminator X LED, com tecnologia de duplo refletor, destinados a veículos TT. Na Hella Gutmman a novidade era um sistema de calibração dos pára-brisas que incorporam câmaras de filmagem.

A Tenneco mostou a plataforma TADIS com informação técnica on-line, módu-los de aprendizagem interativos, vídeos e guias de reparação. No stand da Meyle, destaque para os Kits de braços de sus-pensão para BMW e Mini e para as bom-bas de água.

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Salão

Workshops práticosA Automechanika organizou um total de 11 workshops práticos de colisão. As ações de for-mação incluiram todas as fases de uma repara-ção de carroçaria, nomeadamente bate chapa, lixagem, pintura e secagem.

Diretório Verde25 expositores foram selecionados para cons-

tarem no guia "Directório Verde". O concurso foi aberto a todos os expositores da Automechanika 2014. Ao todo, foram recebidos 44 pedidos de inclusão. A pontuação mais alta na avaliação foi atingida pela Robert Bosch pelo seu sistema de reconstrução de componentes automóveis ele-trónicos.

Prémios Automechanika InnovationA exemplo do que tem acontecido nas ante-

riores edições, a organização voltou a premiar os produtos mais inovadores presentes no salão. Os vencedores foram selecionados entre 120 inscrições.

Categoria: Peças e componentes● Continental - VDO REDI-SensorCategoria: Electrónica e sistemas● Texa TMD MK3Categoria: Acessórios e Tuning● Pannex - Selante para pneusCategoria: Reparação & Diagnóstico● Texa - Óculos de realidade aumentadaCategoria: Reparação e Manutenção● Maha – Dinamómetro MFP 3000 Categoria: IT & Gestão● Car-O-Liner - Vision 2Categoria: Produtos OE e Serviços● Saleri – Bomba de água variável

15 expositores portuguêsEste ano, Portugal esteve representado com

15 expositores, que levaram até Frankfurt diver-sos tipos de produtos e serviços: Cortigon; CTEQ; DGA; Diamantino Perpétua & Filhos; Fabriscape; Hispanor; Incomcar; Indasa; J. Deus; KIYU; Linex-tras; MF Pinto; Soc. Irmãos Miranda; Valente Lopes e Veneporte.

Automechanika em númerosTotal de expositores

Peças e componentes

Reparaçãoe manutenção

Estações serviço e Car Wash

Expositores alemães

Acessórios e Tuning

Electrónica e sistemas

Países presentes

Expositoresportugueses

Expositoresinternacionais

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71 291

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Salão

DATA30 de Outubro

a 2 de Novembro 2014HORÁRIO 

Dias 30, 31 de Outubroe 1 de Novembro

(5.ª, 6.ª e sábado): 14h-23hDia 2 de Novembro(Domingo): 14h-20h

LOCALEXPOSALÃO

Centro de ExposiçõesBatalha

Telefone: 244 769 480E-mail: [email protected]

Internet: www.exposalao.pt

Salão Mecânica

› A cerca de um mês de abrir as suas portas, o que acontecerá no próximo dia 30 de Outubro, a feira da Batalha ganha cada vez mais motivos de interesse. A área de exposição será de 8000 m2. E até ao fecho desta edição, eram 54 os expositores confirmados

A organização da 4.ª edição da Me-cânica, pretende superar os nú-meros de 2013. A feira da Batalha,

que se realiza de 30 de Outubro a 2 de Novembro, reunirá fabricantes, impor-tadores e representantes de equipa-mento oficinal, peças, mecânica, componentes, lubrificantes e acessórios para o setor automóvel. O objetivo será o mesmo das anteriores edições: esta-belecer a ponte entre a oferta e a pro-cura.

Tendo contado com 110 expositores ligados ao pós-venda automóvel, a edi-ção do ano transato recebeu cerca de 25.000 visitantes, 75% dos quais profis-sionais. E afirmou-se como o ponto de encontro de excelência do aftermarket

4ª Edição da Mecânica

Batalha para ganharserá alvo de uma intensa campanha de divulgação junto dos meios de comu-nicação nacional (spots nas rádios na-cionais; rede de outdoors; comunicados e publicidade em imprensa especiali-zada; Internet; redes sociais; envio de convites aos profissionais do setor). O JORNAL DAS OFICINAS volta a ser a pu-blicação oficial do certame e continua a destacar as novidades dos expositores.

EXTRASECURITYwww.extrasecurity.pt

A Extrasecurity irá promover na 4.ª edição da Mecânica a marca Quixx, uma vez que é o importador oficial para Por-tugal. A Quixx destina-se a tratamento/recuperação de pintura, polimento/reparação de faróis, acrílicos e metais. Já no que toca a sensores de estaciona-mento, alarmes e módulos, iluminação e produtos de manutenção, a empresa revelará as inovações gerais e dará a conhecer as novidades para modelos específicos. Que constarão no catálogo Car Gift. Relativamente ao car áudio, a Extrasecurity dispõe de novidades da Phonocar, com novas frentes e cabos para novos modelos.

INTERESCAPEwww.interescape.com

A empresa especialista em sistemas de escape e catalisadores, exibirá, à se-melhança do que aconteceu na edição do ano passado, um pouco de toda a sua linha de produtos das marcas que comercializa: Walker, Imasaf, Eberspa-cher, iecat, iepower e As. Ainda que duas delas sejam marcas próprias: iecat (ca-talisadores) e iepower (escapes despor-tivos com duas ponteiras). Mas não só. A Interescape apostará num dos temas que está “na moda”: limpeza e reparação de filtros de partículas Diesel (FAP ou DPF). E para demonstrar as vantagens dos sistemas que utiliza face aos da con-corrência, a empresa de Vila do Conde

em Portugal. Pelo que a Batalha foi a montra do que de melhor existe em termos de equipamento oficinal e peças para as oficinas de reparação automóvel. E assim continuará na edição de 2014.

Apresentando-se como uma excelente oportunidade para dar a conhecer as novidades, estabelecer novos contactos e parcerias e ainda concretizar negócios, constituindo uma plataforma para todos os profissionais, a 4.ª edição da Mecânica

PUBLICAÇÃO OFICIAL

da Mecânica 2014

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IV Workshop JORNAL DAS OFICINASAuditório ExpoSalão - Batalha – 1 novembro

Formação para Oficinas

montará mesmo uma bancada, onde os visitantes poderão constatar as diferen-ças no que toca à limpeza de filtros de partículas Diesel.

MASTERSENSORwww.mastersensor.com

A empresa de importação e distribuição de acessórios automóvel, localizada em Aveiro, levará ao certame da Região Cen-tro a nova gama de escovas Heyner para veículos ligeiros (a metálica chama-se alca universal; a traseira dá pelo nome de alca rear), camião (alca truck) e autocarro (alca bus). Para além de diversas novidades no domínio dos acessórios, como, por exem-plo, sensores de estacionamento, lâm-padas de halogénio e material de ajuda à instalação de car áudio da marca TCP (fácias, cabos, fichas, interfaces). E quando se apresentar na feira da Batalha, a Mas-tersensor já poderá mesmo ter lançado o seu novo site, que contempla uma sé-rie de novas ferramentas, áreas de con-sulta, download de manuais e histórico de faturação dos clientes.

NÉLSON TRIPAwww.nelsontripa.pt

No espaço reservado à empresa de Torres Vedras, os visitantes poderão apreciar um pouco daquela que é a sua gama no mercado nacional. Desde va-

Dando seguimento à série de quatro Workshops que o JORNAL DAS OFI-CINAS propôs realizar em 2014, Batalha foi a cidade escolhida para acolher a 4ª edição deste evento.Mercado, Cliente, Recursos Humanos e Organização, são os temas centrais que serão desenvolvidos pelos formadores e debatidos num modelo de grande interatividade com os participantes, em que estes terão de realizar alguns trabalhos de reflexão estratégica. Com esta ação de formação, os participantes e as suas organizações ob-terão mais conhecimentos de como interpretar o mercado, melhorar o relacionamento com os clientes, aumentar a motivação e organização interna.

Todos os participantes sairão do workshop “Gestão Estratégica e Opera-cional do seu Negócio” com um Plano de Ações a desenvolver internamente.A participação nestes Workshops é aberta a todos os profissionais do aftermarket, nomeadamente, Retalhistas de Peças, Oficinas de Reparação e de Pneus, Serviços Rápidos e a todos os que sintam necessidade de saber como gerir as áreas críticas do seu negócio.Os Workshops serão apresentados por Dário Afonso e Jorge Cancella de Abreu, dois formadores certificados e especialistas na área do Pós-Venda Automóvel. Para mais informações e inscrições visite o site www.eventosap.com

riadores de velocidade até evaporadores, passando por condensadores. Mas o grande destaque será dado às embraia-gens para autocarros, bem como aos novos compressores. Na feira da Batalha, esta empresa, que tem já dimensão in-ternacional, uma vez que exporta para diversos países, sendo Espanha e Emi-rados Árabes Unidos apenas dois, dará a conhecer o seu novo site, que apresenta uma imagem reformulada e novas fun-cionalidades.

PBS – PORTUGALBATERIA SERVIÇO

www.portugalbateriaservico.pt

Sediada em Camarate, Lisboa, a PBS apresentar-se-á na 4.ª edição da Me-cânica com uma posição reforçada no mercado dos veículos pesados, área que a empresa considera estratégica e onde a afinidade com marcas de pe-sados e a ligação com fábricas de pri-meiro equipamento desempenha um papel decisivo. Com um forte investi-mento em termos de comunicação na marca Energia, especificamente criada para o nosso país, a PBS revelará, tam-bém, a forma como os seus distribui-dores podem ter acesso à gama de baterias para motos.

No stand da Portugal Serviço Bateria, estarão em exibição várias produtos em comercialização, das marcas Energia,

Steco, Tudor, Varta, Global, Fulbat, Powe-road, Powersonic e Trojan. Com especial destaque para as baterias dotadas de tecnologia AGM para veículos equipados com sistemas start/stop e para as bate-rias reforçadas nos valores elétricos de arranque, de forma a responder às exi-

gências de primeiro equipamento de vários automóveis Diesel. Sem esquecer a bateria com tecnologia de descarga lenta para autocaravanas e barcos, a máquina de diagnóstico para testar ba-terias/alternadores e o carregador de baterias.

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Osram lança nova Tabela de PreçosNotíciasTECNIVERCA APRESENTA CORMACH MEC LINE

Super rápida e precisa› A Tecniverca apresentou à rede de distribuidores nacionais, a nova linha de máquinas de equilibrar rodas Cormach MEC, que se destacam pela rapidez e precisão de funcionamento

A apresentação das máquinas decorreu nas instalações da Tecniverca, na Moita, e contou com a presença de Grazia Iori,

Diretora de Marketing da Cormach, que referiu “A nova linha, composta por 4 modelos (MEC 5, MEC 10, MEC 15 E MEC 20), foi totalmente desen-volvida pelos técnicos da Cormach. Toda a tec-nologia incorporada na MEC LINE é fabricada pela Cormach.”Por sua vez, Alexandre Corricas, administrador da Tecniverca, diz “A MEC LINE tem uma gama muito abrangente, com versões destinadas a oficinas pequenas, com pouco serviço de pneus, até às versões de topo (MEC 20), con-cebidas para trabalhar muitas vezes ao dia. Como principais características destaca-se o programa específico para veículos todo o terreno e motociclos, com mais precisão e rapidez no cálculo do desequilíbrio; Código QR, com ligação direta aos manuais de utili-zação e manutenção; Atualizações de software através de pen USB; Função especial para selecionar o tipo de peso mais indicado, entre ferro e zinco, para uma maior precisão; e fun-ção stand-by, para economizar energia.Este nova linha de máquinas MEC LINE, per-mite o equilíbrio de rodas até 44 polegadas de diâmetro e graças à utilização de um ace-lerómetro, as leituras dos dados são muito mais rápidas.Como pontos fortes da linha de equilibrado-ras MEC, destacamos o sensor externo para medir a largura da jante, o pedal de travão mecânico, que simplifica as operações de bloqueio da roda e aplicação de pesos, a ilu-minação LED para uma melhor visibilidade na colocação de pesos e ainda o generoso espaço para trabalho. A grande distância en-tre a roda e o corpo da máquina, facilita a operação de colocação dos pesos.Os dados são visualizados num monitor com teclado incorporado, que foi concebido para permitir uma seleção rápida e intuitiva do modo de equilíbrio e das funções de trabalho.

Campanha de promoçãoPara assinalar o início de comercialização da nova linha de máquinas de equilibrar rodas MEC, a Tecniverca, representante exclusivo da Cormach para Portugal, está a promover uma Campanha com descontos muito van-tajosos.Assim, na aquisição de uma nova máquina

de equilibrar rodas MEC + máquina de mon-tagem / desmontagem de pneus Cormach, o cliente consegue uma poupança muito significativa. Como exemplo, podemos referir que, o mo-delo MEC15 + máquina montagem pneus F32A, fica com o preço de promoção em: 4.380,00 €.Para mais informações contactar diretamente a Tecniverca para o telefone: 219 584 273

A apresentação das novas máquinas de equilibrar rodas MEC LINE foi realizada nas instalações da Tecniverca por técnicos da Cormach

Sogilub obtém registo EMAS

● Acaba de ser atribuído à So-gilub, empresa gestora dos óleos lubrificantes usados em Portugal, pela APA - Agência Portuguesa do Ambiente, I.P, o registo no sistema Comunitário de Ecoges-tão e Auditoria (EMAS). Desta forma, a Sogilub passou a inte-grar a restrita lista de organiza-ções, às quais foi concedida esta condição. O âmbito da atribui-ção: “Prestação de serviços de gestão integrada de óleos lubri-ficantes usados, incluindo a or-ganização da recolha, transporte, armazenagem, tratamento e valorização, a realização de es-tudos, campanhas, promoções e ações de comunicação, bem como o desenvolvimento e ma-nutenção informática de base de dados” engloba toda a atividade do Sistema Integrado de Gestão de óleos Lubrificantes Usados. Com a obtenção do registo no EMAS, que coincide com a pu-blicação da sua Declaração Am-biental devidamente validada pela SGS ICS – Serviços Interna-cionais de Certificação, a Sogilub reafirma o seu compromisso com o ambiente e espelha o seu de-sempenho com rigor e transpa-rência.

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BESA muda de instalações PUB

De forma a alargar horizontes, a SKF introduziu códigos QR na embala-gem dos kits de correias de distribuição. Os códigos podem ser “scaneados” usando um smartphone ou tablet, de forma a aceder a um guia específico de montagem.

Cada código tem um link para um download automático que contém toda a informação necessária e atualizada para esse kit específico. A introdução do código QR garante acesso imediato aos técnicos das oficinas, onde quer que estejam, e informação técnica de fácil compreensão.

De forma a evitar danos dispendiosos e insatisfação do consumidor como resultado de montagem incorreta, os guias incluem: ● Instruções detalhadas em todos os passos críticos bem como remontagem do sistema de distribuição;● Valores de binário;● Desenhos ilustrados de forma clara;Imagens ampliadas a mostrar o posicionamento dos componentes;● Ferramentas necessárias para a reparação.

A fábrica da Osram em Berlim está a celebrar um marco histórico muito especial. Desde o lançamento da tecnologia xénon, em 1970, foram produzidas 100 milhões de lâmpadas nesta unidade fabril. A tecnologia xénon tem sido muito importante para a indústria da ilu-minação há mais de quatro décadas e, atual-mente, continua a ser considerada uma das tecnologias de topo no sector automóvel. Lan-çadas em 1970, as lâmpadas de xénon conhe-ceram o seu ponto alto em 1991 quando foram lançadas no BMW Série 7. Nessa época, o cora-ção da lâmpada, o filamento de xénon, já era produzido em Berlim. Atualmente, a Osram é líder mundial neste tipo de produto. Quando comparadas com as lâmpadas de halogéneo consomem menos 50% de energia.

Osram produz lâmpada100 milhões em Berlim

Componentes SKFintegram códigos QR

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Extrasecurity representa Quixx em PortugalNotícias

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Spies Hecker renova siteCentro Feu Vert inaugurado em Coimbra● A Feu Vert, rede de Centros-Auto, está presente desde o passado dia 30 de Julho na cidade de Coim-bra. Localizado no Centro Comercial Dolce Vita de Coimbra, junto ao Estádio Cidade de Coimbra, este novo Centro-Auto encontra-se dotado de excelentes instalações e de qualificados profissionais para que os automobilistas possam efetuar a manutenção dos seus automóveis, a substituição de pneus e a compra e instalação dos acessórios que desejem com rapidez, comodidade e garantia durante um horário de aber-tura alargado (9h00 – 22h00), sete dias por semana. Este Centro-Auto oferece, nos seus mais de 800 m2, uma atrativa loja de produtos para o automóvel com mais de 4.000 artigos e uma moderna oficina com equipamento de última tecnologia e capacidade para 10 viaturas. Os clientes podem aceder às promoções em vigor através da página web www.feuvert.pt .

Com uma nova imagem online, a Spies Hecker proporciona aos seus clientes uma visão ge-ral simples da sua gama de produtos, aplica-

ções e serviços. O site é destinado a pintores profissionais que procuram informação que os possa ajudar no seu trabalho diário. A Spies Hecker intro-duziu uma ferramenta de pesquisa online totalmente nova – o localizador de produto. Através de uma simples seleção de menu o pintor pode localizar

rapidamente os produtos certos. O site reserva também mais espaço para testemunhos de espe-cialistas, técnicos e clientes, que fornecem exemplos práticos concretos. O sistema Speed Repair, por exemplo, tem uma ligação direta para a formação fornecida pela Spies Hecker. Através de vídeos são fornecidas dicas práticas que ajudam os pintores com questões relacionadas com pesquisas de cor e aplicações de pintura.

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Sage Retail melhora gestão das oficinas

Rede TOP TRUCK assina parceria com a DEKRA

● A Rede TOP TRUCK associou-se à Dekra - líder mun-dial na prestação de serviços técnicos, certificação e consultoria para o sector Automóvel - com o intuito de promover junto da sua Rede de Oficinas uma melhor e mais consciente utilização dos recursos e materiais dis-poníveis. O projeto denominado “LIFE!”, prevê uma completa e detalhada análise da situação atual de cada oficina, seguida da apresentação de um plano de cor-reções e melhorias, elaborado por técnicos experientes e devidamente certificados. Além da análise do cumprimento das normas ambien-tais (bacias de retenção, separação de resíduos, preen-chimento e arquivo de documentação, etc.) que pretende proteger a oficina de pesadas multas, o projeto “LIFE!” vai mais longe e analisa também a utilização dos con-sumíveis habituais (sprays, fitas, plásticos de isolamento para pintura, etc.), propondo uma utilização mais eficiente destes recursos aumentando assim a rentabilidade do negócio.

Para dinamizar o sector das Oficinas automóveis, a Sage Portugal lançou uma campanha de subs-tituição de software, com o mote “Já fez a revisão

ao seu software!” Sem custos iniciais e por apenas 24€/mês, as oficinas podem adquirir uma solução para mo-dernizar e gerir de forma mais eficiente o seu negócio, proporcionando-lhe rapidez, flexibilidade e facilidade de utilização. O Sage Retail permite a optimização e especificidade das oficinas, uma gestão avançada, um controlo eficaz, robustez e simplicidade, aumento da rentabilidade, o que por sua vez permite a fidelização dos clientes.Algumas das funcionalidades do Sage Retail para me-lhorar a gestão das Oficinas:

● Tratamento de Franquias das Seguradoras;● Gestão e Registo de Intervenções por viatura/ matrícula;● Histórico de todas as intervenções por viatura;● Possibilidade de personalizar campos para questões relacionadas com a viatura;● Gestão de contratos por cliente;● Bancos /Faturação/ Contas Correntes;● Ferramentas de fidelização dos clientes.De acordo com Ana Teresa Ribeiro, SMB Business Unit Manager da Sage Portugal “Ao subscrever o Sage Retail, as oficinas adquirem uma solução que lhe garante todas as atualizações funcionais, legais e fiscais, para além de um controlo eficaz, robustez e simplicidade no serviço a prestar ao cliente.”

Notícias

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Garmin lança nova série avançada nüvi

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Comma revela mau estadodos sistemas de travagem

Notícias

A Comma, especialista em fluídos de travões realizou um estudo que revela que as oficinas independen-tes podem estar a desperdiçar mi-lhares de euros de margem de lucro, de acordo com um novo relatório que revela que os travões em 61% de todos os carros em Portugal podem falhar a qualquer momento. A marca testou a qualidade do fluido de travões em oficinas de todo o país e apurou que três em cada cinco condutores portugueses conduzem com sistemas de trava-gem em mau estado, sendo que 17% arriscam involuntariamente a sua vida sempre que conduzem. A Comma recomenda a substituição do fluido de travões quando o ponto de ebulição atinge os 200 graus Celsius, mas alguns dos veí-culos testados pela Comma tinham fluido de travões com o ponto de ebulição aos 160 graus.

As aquisições de veículos por em-presas de rent-a-car aumentaram nos primeiros oito meses de 2014 e re-presentam mais de 20% de todas as viaturas ligeiras vendidas em Portu-gal. As viaturas ligeiras de passageiros adquiridas pelas empresas de rent--a-car no primeiro semestre de 2014 ascenderam a 25.282 viaturas, o que se traduz num crescimento de 38% face ao período homólogo do ano anterior. O total de viaturas de rent--a-car em frota em Agosto situou-se

em mais de 60.000 unidades, o que traduz uma renovação das frotas levada a cabo pelas empresas do sector. Também o mercado de veí-culos de ocasião atravessa um bom período, o qual tem comercializado um grande número de viaturas com idade superior a 1 ano provenientes de empresas de rent-a-car, as quais se estão vendendo muito bem, o que proporciona também uma “impor-tante” renovação do parque automó-vel das empresas de rent-a-car.

Aquisições de rent-a-car aumentam

Fuchs lança TITAN GT1 EVO SAE 0W-20

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Notícias Delphi lança tablet de diagnóstico

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A nova atualização Autodata Online adicionou 55 novos modelos, com destaque para: BMW série 3 Gran Turismo, Mercedes-Benz classe E Coupé/Cabrio (207), Peugeot 308 (13-), BMW série 4 Cabrio, Opel Insignia, BMW série 4 Gran Coupé, Opel Movano-B. Foram acrescentados 232 novos códigos de avaria - gestão do motor, para as seguintes marcas: Audi, Fiat, Ford, Kia, Mercedes, Opel, Peugeot, Seat, Skoda, Volkswagen e Volvo. E adicionados mais de 100 novos esquemas elétricos. Mais informações adicio-

nadas: Tempos de Reparação, Planos de Revisão, Carretos, Correntes e Carretos de Distribuição, Intervalos de Revi-são, Gestão do motor, testar componentes, Gestão do motor, dados sobre os pinos, Localização dos componen-tes, Sistema de monitorização da pressão dos pneus. O serviço Autodata Online tem atualizações em tempo real que permitem trabalhar nos últimos modelos, assim que são lançados pelos fabricantes, e numerosas alterações em modelos já existentes.

Autodata Online adiciona 55 novos modelos Novas juntasDT Spare Parts

● A DT Spare Parts oferece uma ampla gama de produtos para camiões, semi--reboques e autocarros. A sua vasta oferta passa a incluir as juntas do cabeçote de cilindro mais utilizadas. As juntas do cabe-çote de cilindro têm como função isolar entre si e até do exterior, substâncias como o arrefecimento, óleo ou gases de com-bustão do motor. Foram projetadas para trabalhar a uma temperatura de até 300°C. Nas câmaras de combustão resistem aos gases de combustão com temperatu-ras que oscilam entre 1800° C e os 2500° C. As juntas são resistentes a gases e lubri-ficante e assumem baixa deformação a altas temperaturas.

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Colas Loctite mais resistentes a gorduras e calorA Henkel desenvolveu duas colas anaeróbicas

da Loctite que resistem a temperaturas de até 180º e mostram uma secagem confiável em su-perfícies oleadas e em metais passivos. A Loctite 638 e 648 oferecem maior fiabilidade assim como uma maior resistência térmica. As colas Henkel da última geração garantem uma adesão segura em superfícies que não estejam suficientemente limpas, proporcionando a solução de um pro-blema típico em processos de produção.

Estes produtos apresentam excelentes carac-

terísticas de secagem em todos os metais, in-cluindo superfícies metálicas passivas como o aço inoxidável. As colas melhoradas mantêm as propriedades das suas antecessoras como a ve-locidade de secagem a resistência, a resistência química e a vida útil. Utilizadas para fixar e colar rolamentos, engrenagens e cilindros, as colas Loctite 638 e 648 permitam uma maior transmis-são de carga e uma distribuição mais uniforme das tensões e ao mesmo tempo eliminam a cor-rosão a esfregar.

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Notícias

A 22ª edição do salão EquipAuto realizar-se-á de terça-feira 13, a sábado 17 de outubro de 2015 no Parque das Exposições de Paris-Nord Villepinte. Uma nova identidade vi-sual será o reflexo das evoluções do mercado do pós-venda e dos serviços assim como da capacidade do EquipAuto em anteci-par as necessidades dos profissionais. A nova di-nâmica gráfica, reflete os valores e ambições do EquipAuto, ilustra a von-tade de juntar todos os atores internacionais da fileira do aftermarket e apresenta uma oferta com-pleta e inovadora. Esta

oferta será proposta por 1.500 expositores, numa área de 100.000 m2 dedi-cada aos mais de 100 mil visitantes profissionais internacionais esperados nos 5 dias de feira. O salão confirma assim a sua prin-cipal missão de reunir os profissionais do pós-venda criando condições favorá-veis ao crescimento dos seus negócios, a fim de desenvolver a sua fideli-dade à marca e a sua am-bição de ser o evento de referência para o pós--venda e para os serviços ligados a todos os veículos, reunindo os diferentes atores, especialistas na zona EMEA.

EquipAuto 2015de 13 a 17 outubro

Após o lançamento no passado mês de Julho da sua página web para Portugal, a Hella continua a reforçar a sua presença no mercado português, tornando a sua gama de produtos mais acessível aos pro-fissionais do nosso país. A Hella encontra-se num processo de me-lhoria e optimização da sua estru-tura em Portugal, adaptando a sua oferta e os seus produtos às carac-terísticas do sector aftermarket em

Portugal. Fiel à sua política de con-solidação e constante inovação, a HELLA realizou diversas parcerias com empresas especializadas para colocar à disposição do mercado. A ampla gama do catálogo Hella, conta com mais de 38.000 referên-cias nas suas diversas gamas de produtos, que incluem Lâmpadas, Escovas, Sistema de Travagem, Ilu-minação, Eletrónica, Eletricidade, Ar Condicionado e Pintura.

HELLA reforça posiçãoem Portugal

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A TecDoc decidiu introduzir uma nova variante no seu Catálogo de Peças em DVD no segundo trimestre de 2015, por uma necessidade premente dos utili-zadores do catálogo que procuram maior flexibilidade na instalação.

Atualment são necessários 6 DVDs para cobrir a base de dados internacio-nal do Catálogo TecDoc, o que já requer bastante espaço em disco e tempo de instalação para um funcionamento

adequado. Estas condicionantes podem agora ser facilmente ultrapassadas com a nova opção do Catálogo TecDoc, onde se retiraram todos os ficheiros de ima-gem e se moveram os mesmos para o servidor na web. Isto significa que acede exactamente ao mesmo nível de infor-mação, instalando apenas 2 DVDs, po-dendo rap idamente visualizar todas as imagens dos produtos através da inter-net.

Catálogo TecDoccom apenas 2 DVD

Notícias O lançamento do site www.pe-casauto.acap.pt vai permitir aos associados da Divisão de Peças e Acessórios Independentes (DPAI), aceder a informação atualizada sobre a atividade desta Divisão, assim como, a notícias, legislação, serviços de apoio ao negócio e es-tudos de mercado, especificamente dirigidos às empresas do Pós-venda Independente (IAM). As empresas associadas da DPAI poderão, ainda, aceder aos conteúdos reservados, através de login e password.

Brevemente, será também lan-çada a Newsletter da DPAI, na qual serão periodicamente selecionados e divulgados os temas com maior impacto na atividade deste Sector. O domínio www.pecasauto.acap.pt pretende afirmar-se como uma referência para todos os players do aftermarket independente, assim como, para os públicos-alvo aos quais a DPAI apresentará as suas posições públicas, em defesa e pro-moção do futuro do Pós-venda Independente.

DPAI lança site

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Combinando um design compacto junta-mente com a sua ergonomia e funções inte-ligentes a nova lixadeira orbital Festool ETS EC 150, revela-se uma das melhores escolhas da atualidade para trabalhos de lixagem. Gra-ças ao motor de alta performance com tec-nologia EC-TEC, a nova lixadeira é mais pequena, mais leve e compacta, tornando-se mais fácil de lixar apenas com uma mão, pe-quenas áreas, bordas ou faixas estreitas.

Graças às funções de “Assistência Inteligente”, os operadores podem trabalhar sem prejudi-car a sua saúde, em segurança e sem outras

preocupações. A nova ETS EC 150 alcança um desempenho ideal. Se os valores de vi-bração são muito altos, o sistema “Vibration Control” entra automaticamente em desace-leração. Isso protege o utilizador porque reduz o risco de dano para o sistema músculo-es-quelético e ajuda a evitar futuros distúrbios circulatórios.

Para a nova ETS, a Festool oferece o “SERVICE all-inclusive”, que inclui 36 meses de proteção em relação aos custos de reparação, à proteção contra roubo e ainda 15 dias de teste.

Imporfase aconselhamais f iscalização

Nova lixadeira orbital Festool

A Imporfase, fabricante e dis-tribuidor de diversas marcas de escapes, alerta para a fraca fisca-lização que existe em Portugal no controlo do uso do filtro de partículas nas viaturas a Diesel a partir de 2009. Segundo esta empresa, atualmente não existe qualquer controlo nos centros de inspeção em Portugal na me-dição dos gases dos veículos diesel.

No entanto, tem surgido no mercado automóvel um apare-cimento de empresas dedicadas à remoção destes elementos.

Um veículo equipado de ori-gem com o catalisador e/ou filtro

de partículas respeitando as normas europeias na sua classe de emissões pode passar na ins-peção mesmo se o proprietário da viatura retirar esses mesmos componentes ilegalmente. A implementação da legislação em vigor - que controla as emissões de monóxido de carbono (CO), partículas, óxidos de azoto (NOx) e emissões combinadas de hi-drocarbonetos e de óxidos de azoto produzidas pelas viaturas automóveis a diesel -, junto dos Centros de Inspeção Automóvel, iria com certeza não só ajudar a economia mas também o am-biente.

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KYB celebra 25 anos no aftermarket Notícias

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A TIPS 4Y estará presente na Expo-mecânica, de 3 a 5 de Outubro, na Exponor, com o objetivo de promover a sua oferta de produtos e soluções na área dos sistemas de informação para o pós-venda automóvel. A em-presa vai apresentar uma solução inovadora que permite aos reparado-res fazer um orçamento em 4 cliques e 4 segundos. A solução incorpora um cálculo inteligente para avançar dire-tamente para a próxima revisão atra-

vés da introdução da matrícula. Outra novidade é uma solução para os ges-tores de produto que calcula a cober-tura de gama de uma determinada marca para o parque circulante por-tuguês definido pelo utilizador. O utilizador pode comparar duas marcas para o mesmo parque, conhecer as principais referências nesse parque ou qual o parque não coberto e quais as marcas e referências que resolvem esse “gap”.

As operações de retificação e de polimento são exigentes em mão-de-obra, podendo comprometer a produtividade e rentabilidade do processo de reparação que as oficinas procuram maximizar. Com o novo sistema Rhynocell, a Indasa cria uma nova dimensão na preparação de superfícies para as opera-ções de polimento.

Desenvolvido em conjunto com as prin-cipais marcas de tintas e produtos de poli-mento, este processo de pré-polimento incorpora uma inovadora tecnologia desen-volvida pela Indasa. A uniformidade e con-sistência do risco facilitam significativamente o processo de polimento, tornando-o mais fácil, eficiente e económico.

Indasa lança novo discoRhynocell

TIPS4Y participana Expomecânica

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Tendênciasde cores BASF

Retificação● Os designers da divisão de Produtos de Pintura da BASF publicaram as ten-dências que preveem para as cores de automóveis em 2014/2015. O desenvol-vimento dos efeitos especiais está a trazer novas gamas de cores. Os designers da BASF acreditam que tal irá tornar as cores dos automóveis mais complexas e indi-viduais. A nova gama deste fabricantes contém a recém-desenvolvida tinta com efeito especial XSpark.O XSpark contém partículas de vidro muito finas que refletem a luz, criando assim um brilho distinto particularmente eficaz, apenas debaixo de luz. Graças a um efeito especial direcionado, as cores clássicas como o azul e o prateado apresentam um comportamento cromático totalmente individual, contribuindo para um reforço visual da geometria da carroçaria do au-tomóvel e dando vida às suas amplas superfícies com um brilho reluzente.

Campanha Solidária GlassdriveJuntos, renovamos a

Esperança de Muitos! é o mote da campanha de

solidariedade que a Glassdrive promove de 1 a 31 de outubro. Este

ano, a empresa pretende superar o êxito alcançado na

campanha de 2013, na qual conseguiu angariar

um total de 15 tonela-das de vestuário e

brinquedos, posterior-mente entregues a 180 instituições de solida-

riedade social de todo o país previamente

selecionadas pelas Câmaras Municipais e

Juntas de Freguesia das localidades onde se

encontram localizados os 130 Centros

Glassdrive.

Dayco lança catálogo BIO 2015Notícias

● Na edição Nº 106 do Jor-nal das Oficinas, referente ao mês de setembro 2014, foi referido no artigo Check Up 24, publicado na página 38, que António Mateus, Area Sales Manager da TMD Fric-tion Portugal, é responsável pela comercialização da marca Pagid. Ora desde o início de 2013 que isso já não é uma reali-dade, uma vez que a Pagid agora faz parte de uma joint venture com a Hella, sendo que o responsável pela Pa-gid em Portugal é a própria Hella SA.. Pedimos desculpa às empresas por este en-gano.

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Vendas Automóveis cresce em agosto

Site de peçasLand Rover foi

remodelado

WD-40 Company GT85 Limited 

Novo centro Precision na Guarda

Krautli lança Campanha de Escovas SWF

RPL Clima alarga gama de

compressores

Fafediesel e Dieselsys PME Líder

Alpine X800D-ML vence prémio

● No mês de Agosto de 2014 foram vendidos em Portugal 9.363 veículos automóveis ligeiros e pesados, ou seja, mais 31,1 por cento do que em igual mês do ano anterior. Em termos acumulados, nos primeiros oito meses do ano, foram vendidos em Portugal 115.025 veículos automóveis, o que representou uma variação homóloga positiva de 38,7 por cento. Conforme a ACAP tinha previsto, confirma-se a desaceleração do cresci-mento do mercado que se vinha a veri-ficar nos primeiros meses do ano, a qual se deve ao facto do mercado automóvel ter iniciado a sua recuperação na se-gunda metade do ano anterior.

● O site www.pecaslandrover.com fez um refresh à sua imagem passa a estar ainda mais intuitivo para todos os apai-xonados pelos veículos da marca adqui-rirem peças e outros componentes para os seus modelos LR.O acesso passa a ser mais e rápido com preços sob consulta, há novos meios de pagamento como o multibanco e o paypal, a pesquisa de peças foi facilitada, a área do cliente passa a ter mais e novas funcionalidades, a linguagem e imagem do site estão mais “clean” e há mais pro-dutos online para comprar. O renovado site passa a incluir um novo separador Outlet onde poderá encontrar boas opor-tunidades de compra de produtos mais baratos.

● O acordo através do qual a WD-40 Company adquiriu 100% do negócio da GT85, foi fechado no passado dia 4 de Setembro de 2014 e inclui a compra das marcas GT85 e SG85 que a empresa bri-tânica comercializa em diversos merca-dos. Com esta adquisição a WD-40 Company reforça a sua posição e oferta no sector da bicicleta já que incorpora uma marca de reconhecido prestígio entre os ciclistas no seu atual portfolio que inclui as já prestigiadas marcas WD-40 e 3-EN-UNO. A WD-40 Company re-força assim a sua aposta no mercado da bicicleta já por si evidente com a gama WD-40 Bike lançada recentemente nos EUA e vários países de Europa.

● A Precision abriu mais uma loja, desta feita na cidade da Guarda em uma das principais avenidas da cidade, Avenida da estação. Com esta abertura a Precision passa a contar com 18 centros da rede própria e com 7 franchisados. Segundo Manuel Lima, diretor geral da Precision, “Prevemos novas aberturas até ao final do ano, mantemos uma vontade enorme de fazer crescer a nossa rede de oficinas, sendo a nossa aposta neste momento o franchising  já que possuímos uma ima-gem consolidada”. A Precision é uma rede de oficinas multimarca que lhe garante todos os serviços de diagnóstico, manu-tenção e reparação automóvel, desde as operações mais simples, como as mu-danças de óleo, até serviços mais com-plexos, como as revisões recomendadas pelos próprios fabricantes de automóveis e serviços de chapa e pintura.

● Como vem sendo hábito nesta altura do ano, a KRAUTLI acaba de lançar uma campanha de Escovas Limpa-Vidros SWF, garantindo descontos especiais aos seus clientes, em função de diferentes pata-mares de compra. Com uma forte posição no segmento dos sistemas limpa-vidros, a SWF é uma das marcas históricas da KRAU-TLI e oferece uma gama alargada de es-covas limpa-vidros para veículos ligeiros e pesados. Esta campanha está em vigor até 31 de Outubro.

● A RPL Clima, empresa portuguesa que se dedica à comercialização de sistemas de ar condicionado para veículos, acres-centou dois novos compressores à sua vasta lista de opções. As novas referên-cias são: APCOMNI003 Compressor para todos os motores 1.6 e 1.6 D do Mini de 2007 e APCODW0001 Compressor para o motor 1.5 do Daihastu Terios de 2006.

● A Fafediesel e a Dieselsys voltaram a ser distinguidas com o Estatuto de PME Líder! Estas empresas destacaram-se pelos bons desempenhos económico--financeiros e de gestão, tendo apresen-tado rácios de solidez financeira e de rendibilidade acima da média nacional. Têm sabido manter altos padrões com-petitivos num contexto particularmente exigente e estão a conseguir ultrapassar a crise com crescimento, consolidação de resultados, e contributos ativos na criação de riqueza e de emprego na re-gião onde se inserem.

● No passado dia 15 de Agosto foram concedidos os prémios EISA AWARD, prémios de prestígio mundial, em que participam 50 publicações de 20 países europeus especializadas na tecnologia da imagem e do som. Graças ao esforço e ao trabalho desenvolvido pelos de-partamentos de I&D para os veículos Mercedes Benz ML/GL, a Alpine obteve o prémio para o melhor produto do ano de 2014-2015 na categoria IN-CAR PREMIUM UPGRADE, com o modelo X800D-ML.

Breves

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Classificados

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Se existem acessórios que se revestem de extrema importância e sobre os quais ninguém tem dúvidas quanto

à função que desempenham, são as esco-vas limpa-vidros. A sua missão é remover água e sujidade que se acumulam nos pára-brisas e óculos traseiros. Daí o papel decisivo que desempenham em matéria de visibilidade e segurança. De pouco serviriam os faróis e a mecânica sem as escovas limpa-vidros. Tanto assim é, que, hoje, é impensável conceber-se um auto-móvel sem estes “adereços”, a menos que se tratem de concept-cars, veículos de competição ou desportivos sem tejadilho e pára-brisas. Como os Renault Sport Spi-der de 1996 e Mercedes-Benz SLR Stirling Moss de 2009, só para citarmos dois exem-plos, nos quais condutor e acompanhante usavam capacete com viseira.

■ INVENÇÃO COM 111 ANOSA origem das escovas limpa-vidros re-

monta a 1903. A invenção pertenceu à norte-americana Mary Anderson, que decidiu conceber um mecanismo de lim-peza de vidros (haste com um rodo bati-zado de limpa pára-brisas) depois de constatar que os maquinistas dos com-boios abriam diversas vezes a janela para remover a neve dos vidros e que os con-dutores de veículos tinham de parar cons-tantemente para limpar manualmente os

pára-brisas. Esta invenção foi patenteada em 1905 e fez com que Mary Anderson entrasse para a história como a primeira mulher a desenvolver um acessório para automóvel.

A solução idealizada pela norte-ameri-cana (lâmina de borracha presa a um braço metálico, que era movimentado por uma haste) foi adotada por Henry Ford, funda-dor da marca com o seu apelido, para equipar o modelo T. Oito ano mais tarde, todos os veículos norte-americanos pas-saram a sair de fábrica com limpa pára--brisas. O sistema de limpeza, a vácuo, estava ligado ao coletor de admissão. Apesar da vantagem deste mecanismo, existia uma deficiência grave: quando se aumentava a velocidade do motor, a rapi-dez do mecanismo era reduzida.

Já o temporizador do sistema de limpeza do pára-brisas, foi criado e desenvolvido, em 1964, pelo engenheiro e professor universitário norte-americano Robert Kearns. Contudo, só seria comercializado em 1969, pelo simples facto de o seu in-ventor ter passado por uma conturbada batalha judicial contra a Ford Motor Com-pany, o que motivou até o aparecimento, em 2008, do filme “Flash of Genius”, rea-lizado por Marc Abraham, que retrata esta história verdadeira. Sem ter sido repre-sentado por qualquer advogado, uma vez que foi essa a sua intenção, Robert Kearns

Escovas limpa-vidros

Remover o indesejável

A manutenção do automóvel passa, também, pelo reabastecimento do líquido do limpa pára-brisas

Mercado

› De pouco serviriam os faróis ou a mecânica sem as escovas limpa-vidros. Elemento essencial em matéria de visibilidade e segurança, são elas que têm a missão de remover tudo o que é indesejável (água e sujidade). Nesta edição, auscultámos o mercado destes componentes através de marcas e representantes

Por: Bruno Castanheira

ganhou o processo em tribunal contra a Ford, que foi condenada por se ter apo-derado desta invenção.

■ SUBSTITUIR CADA 12 MESESNão obstante a evolução sofrida ao nível

das escovas (materiais utilizados; eficácia de limpeza; design aerodinâmico), o sistema pouco mudou na sua essência. Ganhou, sobretudo, um mecanismo de acionamento com diferentes velocidades (chuva forte, leve ou fraca), que, hoje, é ativado, na grande maioria dos automóveis, através de um sensor, bastando apenas que caia uma gota de água no pára-brisas para que funcione de forma automática.

O sistema de limpeza do pára-brisas e do óculo traseiro consiste num dispositivo mecânico cuja missão é manter a transpa-rência dos vidros em caso de chuva ou neve, eliminando o excesso de água através de escovas de borracha fixadas a suportes metálicos, que fazem o movimento “es-querda-direita”. O sistema de limpeza é acionado através de um motor elétrico. Caso a chuva não seja muito intensa ou em situações de sujidade (poeira e lama), a eficácia do sistema pode ser melhorada com a aplicação simultânea de jatos de água (não corrente) ou de produto próprio sobre a superfície a limpar.

A função das escovas limpa-vidros não

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Um limpa pára-brisas não funcio-nará eficazmente se a sua escova ou braço estiver em mau estado. Uma inspeção regular assegurará um correcto funcionamento.

1. Comprove se as escovas se en-contram desgastadas, se existe corrosão nas uniões articuladas e se os braços estão inclinados ou retorcidos.

2. Verifique que a borracha da es-cova se move livremente, e está em contato com o pára-brisas du-rante todo o varrimento.

3. Não utilize os limpa pára-brisas numa superfície com gelo ou gea-da, para não danificar o rebordo da borracha das escovas.

4. Os limpa pára-brisas funcionam melhor com um pára-brisas limpo. Limpe regularmente o pára-brisas com um limpador não abrasivo e água quente.

Como detetaro desgastedas escovas

A substituição das escovas limpa-vidros, apesar de ser uma operação relativamente simples, requer atenção e delicadeza. De modo a evitar danos

se limita à sua utilização em condução com chuva. No tempo seco, o pára-brisas e o óculo traseiro sujam-se e as escovas em mau estado, em vez de limpar, estendem a camada de sujidade pelos vidros, preju-dicando seriamente a visibilidade. Logo, aumentam o risco de acidente. Para além disso, as escovas desgastam-se mais rapi-damente no Verão do que no Inverno, em virtude de o calor endurecer a borracha. Ainda que a geada seja outro dos fatores de deterioração. A duração média das es-covas é de cerca de um ano. Daí ser acon-selhável mudá-las cada 12 meses. Para já não falar no caso de existirem riscos no pára-brisas, altura em que se deve proceder à substituição imediata das escovas, de modo a não provocar danos graves no vidro.

■ SINTOMAS DE DESGASTEAs escovas limpa-vidros desgastadas ou

danificadas podem dar origem a chumbos nas Inspeções Periódicas Obrigatórias e aumentam, como acima referimos, o risco de acidente. Que sintomas de desgaste indicam a necessidade de substituí-las? Simples: caso deixem faixas de água, estrias ou zonas húmidas na superfície a limpar; produzam vibrações ou pequenos ressaltos; não lavem nos cantos ou façam barulho; apresentem rugosidades e/ou cortes ao deslizar o dedo pelo fio da escova; emitam ruídos durante o seu funcionamento.

E o que se deve ter em atenção? Remoção

de sujidade (insetos, resina, poeiras); resis-tência ao calor e ao frio; remoção de gelo e neve; resistência a substâncias orgânicas e inorgânicas; resistência a substâncias corrosivas e agressivas; resistência mecânica a pressão de vento e neve. Como conselhos para cuidar das escovas limpa-vidros, po-dem ser apontados três: não acioná-las quando existir neve acumulada no pára--brisas, uma vez que o peso da mesma pode

provocar deformações no braço; não utili-zar água corrente como líquido limpa pára--brisas, uma vez que tal pode congelar e danificar a bomba, para além do calcário da água poder entupir os orifícios do pul-verizador; não utilizar produtos com álcool como líquido limpa pára-brisas, uma vez que ataca a borracha do fio da escova.

As escovas podem ser de vários tipos, em função do veículo a que se destinam e da

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Mercado

Escovas limpa-vidros

tecnologia que empregam. Podem ser convencionais, planas ou podem ser for-necidas com adaptador para o braço do limpa pára-brisas pré-montado na escova, caso a intenção seja substituir as escovas originais dos veículos. O aconselhamento técnico reveste-se, por isso, de extrema importância.

■ MERCADO COMPETITIVOPara auscultar o mercado das escovas

limpa-vidros em Portugal e perante a au-sência de dados estatísticos que permitam sustentar uma análise objetiva, socorremo--nos de marcas a representantes. Come-çando por Peter Bloemberg. O Diretor de Vendas e Marketing da Kavo Parts, que comercializa as escovas NWB, salienta que “as escovas NWB são utilizadas por 90% dos construtores japoneses de automóveis. A Toyota e a Mitsubishi utilizam-nas a 100%, percentagem que desce para 73% no caso

da Honda, 57% na Mazda e 45% na Nissan.” Já Carles Santacreu, Iberia Sales Manager da Doga Parts, afirma que é “um mercado muito competitivo, que reúne as principais marcas, mas que oferece, também, espaço para novas gamas, que podem acrescentar--lhe valor.” Segundo este responsável, “cerca de 90% da faturação em escovas é assegu-rada pelos veículos ligeiros. Mas existem demasiadas marcas. Nos últimos quatro, cinco anos, entraram no mercado muitas importadas, principalmente da Ásia, cujo único argumento de venda é o preço.”

Nicolás Pageot, Responsável do Depar-tamento de Produtos de Manutenção e Gestor de Produto de Escovas da Hella, assegura que o “mercado português é muito competitivo, existindo uma grande quan-tidade de marcas. Mas a atual situação económica pode levar o consumidor a escolher produtos de baixas prestações, onde o preço é a principal preocupação.” Este responsável considera que “ao nível das marcas de escovas, o mercado está bastante equilibrado relativamente à pro-cura. Porém, penso que a evolução inclina--se mais para as marcas premium. Como a Hella.”

Por seu turno, Christine Reinke, da Marein, que comercializa as marcas Flennor e Me-rit, destaca que “a Marein oferece ao con-sumidor uma gama de escovas de classe superior, que podem ser colocadas, de forma rápida e simples, em quase todas as viaturas.” Já André Martinho, Gestor de Produto da TRW, que comercializa a marca Lucas, é assertivo: “Trata-se de um mercado ainda muito sazonal e muito atomizado, com inúmeras marcas a lutar por quota nos vários segmentos. Em nossa opinião, nunca existem marcas a mais ou a menos. O mer-cado autorregula-se no sentido de suprimir determinadas marcas mal posicionadas. Seja por preço ou qualidade, abrangência de gama, aplicabilidade, embalagem e

design. Desconhecemos quanto vale o mercado português.”

■ OPORTUNIDADES E DESAFIOSDe marcas e empresas quisemos, tam-

bém, saber que oportunidades consideram elas existirem neste negócio e quais as ameaças que se lhe colocam. Carles San-tacreu, da Doga Parts, foi o primeiro a pronunciar-se: “A gama de potenciais com-pradores, de retalhistas de peças de repo-sição em Portugal, também diminuiu. O que nos afeta a todos. De qualquer forma, a incorporação de uma nova gama e a melhoria das existentes, permite-nos au-mentar as vendas. Acreditamos que ainda há espaço para melhorar e estamos em conversações com vários distribuidores.” Quanto aos desafios, Carles Santacreu afirma que é “a luta contra a má qualidade de algumas marcas importadas, cuja venda se baseia apenas no factor preço. Como fabricante de escovas de qualidade, esta-mos preocupados com esta questão, pois entendemos que a escova é um elemento essencial em matéria de segurança, tal como pneus e travões.”

Já Nicolás Pageot, da Hella, refere que “o objetivo que temos é chegar ao Top 5 das marcas de escovas mais vendidas em Por-

tugal. Mas, para isso, é preciso ter-se um produto de muita qualidade a um preço muito competitivo.” E acrescenta: “O nosso desafio é dar a conhecer ao mercado que, dentro do nosso vasto leque de produtos, a Hella dispõe de uma gama de escovas completa e atrativa que, aliás, responde às exigências atuais do mercado.” Nicolás Pa-geot completa a sua opinião afirmando que “a taxa de substituição de escovas continua a ser baixa em Portugal (cada três anos). Há muito potencial de crescimento. Assim sejamos capazes de consciencializar todas as partes interessadas (oficinas e consumidores) sobre a importância deste produto para uma boa visibilidade.”

Mais parco em palavras, André Martinho, da TRW, defende que “para que uma marca se mantenha ou cresça no mercado, torna--se essencial que acompanhe a evolução do parque automóvel. Se bem que sabemos que o nosso não tende a alterar-se de forma abrupta. Mantém-se, por exemplo, a tran-sição para as escovas flat-blade, inclusiva-mente em regime de retro-fit.” E termina: “Tratando-se um produto de desgaste, as escovas terão sempre procura, mesmo em anos de menor pluviosidade que poderão afetar o consumo.”

As escovas limpa-vidros são essenciais em matéria de visibilidade e segurança

Marca Empresa

AD AD LogisticsBosch Robert Bosch, SAChampion FCV CostaDenso Denso Doga A. NascimentoDoga Doga PartsFlennor MareinHella Hella, Sucursal Em Portugal, SALucas TRWMagneti Marelli Stand AslaPaul Journeé JG NetoSWF AZ AutoSynkra KrautliTecauto DavasaTrico Sonicel / KrautliValeo ValeoNWB Atlantic PartsBerner BernerWurth Wurth PortugalNipparts Auto DeltaBlue Print Automotive DistributorsDyna DynaMotorcraft Ford Lusitania, SaMacos Macos, LdaKavo Vários DistribuidoresCharme car Charme Car, Lda

O aconselhamento de um especialista é fundamental para desfazer dúvidas e optar pelo modelo correto

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Comércio & Indústria

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Prioridade à família› A carroçaria mais versátil da sétima geração do Golf aqui está. Dá total prioridade à família. Ao dispor de um habitáculo espaçoso, que aposta em inúmeros locais de arrumação e em bancos traseiros deslizáveis, inclináveis e rebatíveis, o Sportsvan vem ocupar o lugar do antecessor Golf Plus

Quando, em 2005, a Volkswagen lançou o primeiro Golf Plus, ba-seado no Golf V, foram muitos

os que, desde logo, elegeram este mo-novolume compacto como a alternativa ideal às carroçarias de cinco portas (Ha-tchback) e carrinha (Variant). Depois, em 2009, o Golf Plus conheceu a sua segunda geração, concebida a partir do Golf VI. Já este ano, chegou ao mercado o Golf Sportsvan. Se o conceito deste mono-volume, baseado no Golf VII, se mantém fiel ao de 2005, o conteúdo tecnológico e a imagem evoluíram substancialmente. Não admira, pois, que a Volkswagen pretenda demarcá-lo do Golf Plus. Prin-cipais rivais? BMW Série 2 Active Tourer e Mercedes-Benz Classe B.

■ AR DE FAMÍLIASe existe área onde a variante Sportsvan nada fica a dever aos restantes Golf é no design. Baseado na plataforma modular transversal (MQB), este monovolume compacto apresenta uma distância entre eixos cerca de 50 mm superior face aos modelos de cinco portas e carrinha. E, para baralhar ainda mais as contas, o Golf Sportsvan é 134 mm mais largo do que o anterior Golf Plus, sendo 83 mm mais comprido do que o Golf e 224 mm mais

Por: Bruno Castanheira

curto do que o Golf Variant.Equipado, de série, com jantes “Dijon” de 17” com dez raios, por via da especi-ficação Highline, o agrado visual da ter-ceira geração do Golf monovolume deve-se às proporções robustas da car-roçaria, sublinhadas quer pelos vincos do capot e portas quer pelo desenho dos grupos óticos e pára-choques. A opcio-nal cor prata “Tungsten” (€410) resulta bem. Na traseira, a chapa BlueMotion Technology indica que este familiar in-tegra várias soluções destinadas a au-mentar a eficiência, reduzindo, com isso, consumos e emissões: sistema start/stop; indicador de mudança a engrenar; rela-ções de caixa otimizadas; recuperação de energia em travagem; dicas de con-dução.Face aos restantes Golf, o Sportsvan acrescenta maior funcionalidade e uma versatilidade superior. Para além de um posto de condução, ergonómico, ligei-ramente mais elevado. A bagageira não é tão ampla quanto a da carrinha, é certo, mas nas cotas de habitabilidade este monovolume leva a melhor: maior com-primento para as pernas e altura superior para a cabeça. Depois, os bancos trasei-ros deslizáveis num curso de 180 mm, cujas costas reclinam e rebatem, as me-sas na parte de trás dos bancos da frente,

o cinzeiro amovível, o porta-óculos, a gaveta no topo do tablier, as luzes de leitura, os porta-copos, o porta-luvas bastante razoável e as bolsas em todas as portas, fazem do Sportsvan o Golf mais funcional de que há memória. A quali-dade de construção elevada e o apetre-chado equipamento proposto de série são outros trunfos.

■ SOLIDEZ GERMÂNICANa especificação Highline, para além de

jantes de 17” com pneus de medida 225/45, a suspensão tem uma afinação mais desportiva face à versão Confortline. O que contribui sobremaneira para o agrado da condução. Sem ser propria-mente desconfortável, o Golf Sportsvan exibe uma postura mais firme que vai ao encontro das preferências dos con-dutores adeptos de um desempenho seguro, previsível e à prova de erro. A boa solidez do conjunto enaltece a ele-vada competência dinâmica deste mo-novolume compacto. Para mais, a caixa

Volkswagen Golf Sportsvan 1.6 TDI Highline

O motor 1.6 TDI de 110 cv, que traz acoplada caixa manual de cinco velocidades e dispõe de sistema start/stop, carece de maior fulgor mas apresenta invejáveis níveis de consumo

AVALIAÇÃO obrigatória

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Volkswagen Golf Sportsvan 1.6 TDI HighlineMOTORTipo 4 cilindros em linha Diesel, transversal, dianteiroCilindrada (cc) 1598Diâmetro x curso (mm) 79,5x80,5Taxa de compressão 16,2:1Potência máxima (cv/rpm) 110/3200-4000Binário máximo (Nm/rpm) 250/1500-3000Distribuição 2 v.e.c., 16 válvulasAlimentação injeção common-railSobrealimentação turbo VTG + intercooler

TRANSMISSÃOTração dianteira com ESPCaixa de velocidades manual de 5+ma

DIREÇÃOTipo pinhão e cremalheiraAssistência sim (elétrica)Diâmetro de viragem (m) 11,1

TRAVÕESDianteiros (ø mm) discos ventilados (n.d.)Traseiros (ø mm) discos maciços (n.d.)ABS sim, com EBV+BAS+Auto Hold

SUSPENSÕESDianteira McPherson com triângulos sobrepostosTraseira Fourlink com molas separadas dos amortecedoresBarra estabilizadora frente/trás sim/sim

PERFORMANCES ANUNCIADASVelocidade máxima (km/h) 1920-100 km/h (s) 11,3

CONSUMOSExtra-urb./comb./urb. (l/100 km) 3,7/4,1/4,6Emissões de CO2 (g/km) 106Nível de emissões Euro 6

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADESComprimento/largura/altura (mm) 4338/1807/1578Distância entre eixos (mm) 2685Largura de vias frente/trás (mm) 1543/1514Capacidade do depósito (l) 50Capacidade da mala (l) 500 a 1520Peso (kg) 1420Relação peso/potência (kg/cv) 12,9Jantes de série 7Jx17”Pneus de série 225/45R17Pneus da unidade testada Bridgestone Turanza ER300, 225/45R17 91W

GARANTIASMecânica 2 anosPintura 3 anosAnticorrosão estrutural 12 anos

ASSISTÊNCIA1.ª revisão 30 000 kmCusto 1.ª revisão (c/ IVA) €213Intervalos 2 anos ou 30 000 km

Imposto Único Circulação (IUC) €141,58Preço (s/ despesas) €31 332Unidade testada €31 742

Em qualidade, design e equipamento, o Sportsvan mantém os pergaminhos dos restantes Golf. Mas acrescenta maior funcionalidade

manual de cinco velocidades tem um comando pre-ciso e nada ruidoso, a direção dispõe de assistência correta e os travões cumprem a sua missão com efi-cácia. Tal como os pneus Bridgestone Turanza ER300.Dos inúmeros dispositivos de segurança presentes no Golf Sportsvan, destacam-se os sete airbags, os encostos de cabeça dianteiros ativos e o sistema de detecção de fadiga. Este último, identifica um menor grau na concentração do condutor e alerta-o através de um sinal acústico que tem a duração de cinco se-gundos. E emite, também, uma mensagem visual no painel de instrumentos. Se o condutor não parar nos 15 minutos seguintes, o aviso é repetido para relem-brar que deve ser feita uma pausa na condução.Quanto aos travões multi-colisões, outra solução disponível de série, detêm o veículo acidentado, au-tomaticamente, com a finalidade de reduzir ao máximo

a energia cinética ainda disponível. A sua ativação baseia-se no reconhecimento de uma colisão primá-ria, através do sistema de sensores do airbag. A de-saceleração do veículo por intermédio dos travões multi-colisões está limitada a um valor máximo de 0,6 g através da unidade de controlo do ESP. Este va-lor corresponde ao grau de desaceleração do “Front Assist”, que assegura que o condutor continue a ter controlo sobre o veículo, inclusivamente no caso de ser desencadeada uma travagem automática.Para o final, deixámos o aspeto menos positivo do Golf Sportsvan: o motor 1.6 TDI de 110 cv. Os consu-mos são apelativos, mas as prestações deixam a de-sejar. Falta-lhe, por isso, vivacidade para conferir aos 1420 kg de peso (em vazio) maior desenvoltura. Mas, para isso, existe a versão 2.0 TDI de 150 cv, que custa mais €6886.

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Alegria de viver› O novo Citroën C1, já disponível no mercado, é muito mais do que a mais pequena proposta da marca francesa. É, também, aquela que mais vende dos “trigémeos” da parceria PSA/Toyota. Nesta evolução, a “alegria de viver” é um assunto levado a sério

De pequeno, o novo Citroën C1, já à venda em Portugal, tem apenas a sua aparência exterior, de resto,

muito mais apelativa. O modelo que dá continuidade à parceria entre o Grupo PSA e a Toyota e que é o melhor sucedido dos “trigémeos” (e que esteve sempre entre os três citadinos mais vendidos na Europa…) faz, nesta evolução, a apolo-gia da alegria de viver. “Em grande”. E tudo nele parece querer recordar essa bela máxima de vida.O design do C1 está “em dia” com a nova linguagem estilística da marca francesa,

Por: Jorge Flores

exibindo umas óticas divididas em dois segmentos e com uma forte ligação vi-sual entre os pára-brisas e os vidros la-terais. Mas apresenta outros elementos que o diferenciam dos demais, nomea-damente através de oito cores muito “trendy”, entre as quais se encontram duas exclusivas: “Sunrise Red” e “Oliver Brown”. Novidade absoluta é ainda a variante Airscape, com teto de abrir (dis-ponível nas carroçarias de três e cinco portas), cuja capota pode ter três cores possíveis. A personalização é uma aposta da Citroën.

■ REFORÇO TECNOLÓGICODentro do habitáculo, a sensação é a de que o C1 “cresceu” ligeiramente, e que disponibiliza, agora, mais espaço para os passageiros, graças a uma inteligente habitabilidade para os quatro (reais) lu-gares. O ambiente interior é jovial, com pormenores coloridos nos bancos, e plásticos no tablier, mas vale-se de uma maior maturidade na escolha dos mate-riais, sobretudo, se fecharmos os olhos a alguns botões no painel de instrumen-tos de qualidade mais duvidosa. O vo-lante dispõe, agora, de regulação em altura, o que se agradece.A bagageira tem uma capacidade de 196 litros e pode chegar aos 780 litros caso

se rebatam os bancos traseiros. Um au-mento de 40% da capacidade que se explica pelos 3 cm que o C1 ganhou em comprimento. Outra melhoria verificada no C1 foi a insonorização. Quase não se ouvem ruídos parasitas, nem a conduzir de capota aberta.A adoção de uma consola central com ecrã tátil de 7’’, dotada de Mirror Screen (que duplica no visor as Apps que sejam acedidas via smartphone) é uma das novidades em termos de tecnologia disponível. Outras duas são a câmara de apoio ao estacionamento traseiro e o sistema Hill Assist, que facilita o ar-ranque em subida em inclinações su-periores a 3%.

■ NOVOS MOTORESAs ligações ao solo também foram revis-tas. E com o intuito de obter melhor desempenho na estrada, existem nova suspensão, novos amortecedores, nova barra anti-rolamento e ainda uma nova direção assistida elétrica. De modo a torná-lo mais manobrável e ágil em ci-dade, a marca francesa esculpiu o novo C1 com as seguintes medidas: 3,46 m de comprimento, 1,62 m de largura e 1,45 m de altura.A animar o C1, debaixo do capot estão duas motorizações: 1.0 de três cilindros VTi de 68 cv (permite como opcional a transmissão pilotada ETG, bem como o sistema start & stop) e regista um con-sumo combinado de 3,6 l/100 km. Dis-ponível está ainda o motor 1.2 PureTech de 82 cv, que, no mesmo ciclo, gasta 3,7 l/100 km.Os níveis de equipamento são três: Live, Feel e Pure. A versão mais acessível do C1 é a 1.0 VTi de 68 cv Live, disponível por €10 500, sendo a mais elitista a va-riante 1.2 PureTech de 82 cv: €14 270.

Apresentação Citroën C1

Ficha TécnicaCitroën C1 1.0 VTi 68 1.2 PureTech 82

Motor 3 cilindros em linha, transversal, dianteiroCilindrada (cc) 998 1199Potência máxima (cv/rpm) 68/6000 82/5750Binário máximo (Nm/rpm) 96/4800 116/2750Velocidade máxima (km/h) 155 1700-100 km/h (s) 14,5 12,1Consumo combinado (l/100 km) 3,6* 3,7Emissões de CO2 (g/km) 95* 99Preço €11 500** €12 270***

* Valores com sistema start & stop: 3,5 l/km em regime combinado; 88 g/km de emissões de CO2 ** Versão Feel e carroçaria de três portas *** Versão Feel e carroçaria de cinco portas

A consola central dispõe de ecrã tátil de 7”

A variante Airscape, dotada de capota de lona, é um dos ex-líbris do novo Citroën C1

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Novo Skoda Fabia chega em 2015

Ford realizou estudo sobre distrações

● A terceira geração do Fabia chega ao mercado no início de 2015. Para além de um estilo mais apurado, um dos grandes destaque, este no in-terior, vai para a tecnologia Mirror Link, que permite que o condutor aceda a aplicações do seu smar-tphone através do ecrã tátil do sis-tema de infoentretenimento, depois de estabelecida a ligação via USB.Para além de espaços de arrumação presentes em número superior, este novo utilitário checo anuncia uma bagageira superior em 15 litros (315 para 330), valor que chega aos 1195 litros caso se rebatam assimetrica-mente os bancos traseiros. No que aos motores diz respeito, a gama contará com opções de três e qua-tro cilindros a gasolina, com potên-cias de 60 a 110 cv e cilindradas de 1,0 e 1,2 litros. Para além de opções Diesel 1.4 e 1.6 TDI, com potências de 75 a 105 cv. A variante 1.4 TDI de 75 cv poderá receber o pacote GreenLine. Numa fase posterior, chegará a versão RS, bem como a variante carrinha (Fabia Break).

Nissan Pulsar: em Outubro desde €17 800

Suzuki levará novo Vitara a Paris

● A nova geração do Suzuki Vitara, que herda um nome com 25 anos de história, será apresentado no próximo dia 2 de Outubro, no Salão de Paris, e deverá ser produzido na fábrica de Esztergom, na Hungria.Destinado ao segmento B, este pe-queno SUV, que será lançado na Primavera de 2015, deriva do iv-4 Concept, apresentado na edição de 2013 do Salão de Frankfurt.O novo Vitara poderá mesmo par-tilhar a plataforma com o modelo SX4 S-Cross, dispor de tração integral (Allgrip) e contar com uma gama eficiente de motores. Assim como várias opções de personalização.

A conclusão do novo estudo realizado pela Ford não deixa de ser preocupante e de causar reflexão: um em cada quatro jovens na Europa já tiraram uma “selfie” durante o exercício da condução. E quase metade dos jovens condutores admiti-ram ter utilizado o seu smar-tphone para tirar uma fotografia enquanto estavam ao volante.Este estudo, levado a cabo em toda a Europa, incidiu sobre 7000 jovens utilizadores de smartphones, com idades com-preendidas entre os 18 e os 24

anos. E revelou, também, que uma em cada quatro pessoas já consultou as redes sociais ao volante. Mais: os jovens condu-tores do sexo masculino são os que mais ignoram esses riscos. Ainda que quase todos os in-quiridos tivessem classificado este comportamento de peri-goso. Os condutores britânicos são os que mais propensão têm para tirar uma “selfie” quando estão a conduzir (33%), à frente dos alemães (28%), dos france-ses (28%), dos romenos (27%), dos italianos (26%), dos espa-nhóis (18%) e dos belgas (17%).

Land Rover apresentou Discovery SportÉ anunciado como o primeiro mem-bro da nova família de veículos Dis-covery. O novo Discovery Sport estreia um conjunto de inovações, como eixo traseiro multibraço da

nova geração, tecnologia avançada de airbag para peões, sistema de infoentretenimento com novo com ecrã tátil e carroçaria produzida em alumínio e aço de elevada resistên-

cia.Este SUV premium pode ser requi-sitado em versões Diesel de 2,2 litros (TD4 de 150 cv; SD4 de 190 cv) ou nas variantes a gasolina de 2,0 litros (Si4 de 240 cv). Em meados de 2015, estará disponível o mais acessível Diesel eD4.Disponível com 12 cores exteriores, jantes de 19” ou 20”, tejadilho de cor contrastante, várias opções de per-sonalização, níveis de equipamento S, SE, HSE e HSE Luxury e lotação de cinco ou sete lugares, o novo Disco-very Sport poderá ser encomendado a partir do próximo mês de Outubro, com preços que se iniciam nos €47.738. As primeiras entregas aos clientes realizar-se-ão no início de 2015.

O alvo é assumido: VW Golf! Quando o novo Pulsar chegar ao mercado nacional, já em Outubro, terá no modelo alemão o grande rival que enfrentará no semento C – do qual a Nissan andava há muito dis-tante, desde o lançamento do Almera.

Na fase de lançamento, o novo Pulsar será animado por dois motores: 1.2 DIG-T de 115 cv (caixa manual ou

XTronic); 1.5 dCi de 110 cv. Para o final deste ano, ficará a variante turbo, de 190 cv, que faz uso do motor 1.6 a gasolina. Os níveis de equipamento, por seu turno, serão quatro: Visia, Acenta, n-tec e Tekna.

Para medir o “pulso” à concorrência, o Nissan Pulsar terá uma campanha especial de lançamento, que permitirá

aos interessados adquirir a versão 1.2 DIG-T Acenta por €17 800, poupando, assim, cerca de €3000 num modelo equipado, entre muitos outros itens, com jantes em liga leve de 16’’, ar con-dicionado automático dual-zone, faróis de nevoeiro, sensor de chuva, compu-tador de bordo e limitador de veloci-dade.

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Citroën C4 Cactus 1.2 VTi

Paixão viral● Conviver durante uns dias com o Ci-troën C4 Cactus convida à reflexão. Não há quem não se abeire para melhor o espreitar, para o tentar fotografar ou apenas para perguntar o preço. Há mo-delos que se tornam virais. O C4 Cactus é um deles. Talvez seja devido às barras no tejadilho ou aos faróis que recordam o Evoque. É provável que sejam os Air-bumps a servirem de proteção lateral das portas contra os pequenos toques quo-tidianos. Ou tudo junto. Dispõe de 4157 mm de comprimento e menos 200 kg do que um C4 “tradicional”. O habitáculo dispensa superficialidades. Apenas o monitor com as informações básicas, duas saídas de ar e um ecrã de 7’’.

Com o motor a gasolina 1.2 VTi de 82 cv e caixa manual de cinco velocidades, o C4 Cactus é um fiel companheiro de es-trada. A suspensão é algo dura, mas já os consumos médios de 4,6 l/km são “suaves” para a carteira.

Por: Jorge Flores

Citroën C4 Cactus 1.2 VTi

MOTOR 3 cil. em linha transv., diant.Cilindrada (cc) 1199Potência máxima (cv/rpm) 82/5750Binário máximo (Nm/rpm) 118/2750Velocidade máxima (km/h) 1670-100 km/h (s) 12,9Consumo combinado (l/100 km) 4,6Emissões de CO2 (g/km) 107

Preço €19 637IUC €103,82

Mazda2 MZR 1.3 Advanced Navi

Mais conectividade● Em equipa vencedora mexe-se muito pouco. Trabalha-se apenas para melho-rar alguns pontos-chave, atualizando conceitos. Foi o que fez a Mazda com o seu “2”, introduzindo na gama uma edi-ção especial, designada Advanced Navi. O objetivo desta variante é otimizar a conectividade do modelo com o exterior. Para isso, o Mazda2 recorre a um sistema de navegação com GPS integrado, sis-tema Bluetooth com controlo vocal e leitor de DVD. A juntar a estes elementos, esta edição especial traz ainda jantes em liga leve de 16’’, faróis de nevoeiro, sen-sores de iluminação, de chuva e de apoio ao estacionamento traseiro e ar condi-cionado automático.

Disponível apenas na carroçaria de cinco portas, o Mazda2 Advanced Navi surge no mercado com uma única opção em termos de motores: o MZR 1.3 de 75 cv. Um propulsor a gasolina que regista um consumo combinado de 5,0 l/100 km e emissões de CO2 de 115 g/km.

Por: Jorge Flores

Mazda2 MZR 1.3 Advanced Navi MOTOR 4 cil. em linha ransv., diant.Cilindrada (cc) 1349Potência máxima (cv/rpm) 75/6000Binário máximo (Nm/rpm) 119/3500Velocidade máxima (km/h) 1680-100 km/h (s) 10,7Consumo combinado (l/100 km) 5,0Emissões de CO2 (g/km) 115

Preço €12 900IUC €141,47

Nissan Qashqai 1.6 dCi Visia

Manter a forma● O sucesso do Qashqai dispensa consi-derações: é um facto. Já muito foi escrito sobre o poder do seu design revolucio-nário. Mas até um modelo que figura entre os 10 mais vendidos da Europa tem de se atualizar. E foi o que a Nissan fez com o este crossover, apurando, de forma muito discreta, as suas linhas e dotando--o de um maior conteúdo tecnológico. O sistema Nissan Connect . Um sistemae seis velocidades e que conta agora com e se atualizar. ularidade do pavimento, mantendo a pataforma o mais plana pé disso exemplo: trata-se de um ecrã tátil anti-reflexo, de alta resolução, com 7’’, que combina as funções de navegação e rádio, sendo compatível com os smar-tphones.

Testámos a unidade equipada com o conhecido motor 1.6 dCi de 130 cv, as-sociado a uma caixa manual de seis ve-locidades. Para mais, conta com controlo de estabilidade. Sistema que atua sobre os travões (em velocidades acima dos 40 km/h), equilibrando as oscilações do chassis devido às irregularidades do piso, mantendo a plataforma plana… De resto, conforto, eficácia e agradabilidade são as notas mais dominantes da segunda geração do Qashqai.

Por: Jorge Flores

Nissan Qashqai 1.6 dCi Visia

MOTOR 4 cil. em linha Diesel transv., diant.Cilindrada (cc) 1598Potência máxima (cv/rpm) 130/4000Binário máximo (Nm/rpm) 320/1750Velocidade máxima (km/h) 1900-100 km/h (s) 10,3Consumo combinado (l/100 km) 3,9Emissões de CO2 (g/km) 115

Preço €28 100IUC €141,47

Renault Captur TCe Exclusive

Personalidade forte● O Renault Captur tem uma personali-dade forte. Partilha muitos componentes com o Clio (caixas de velocidades, mo-tores e suspensão), mas é muito mais do que uma simples variante encorpada e mais aventureira desse utilitário. Trata-se de um crossover bem resolvido. E com um design que impõe a sua individuali-dade. A posição de condução é alta. Face ao Clio, a distância ao solo é 200 mm superior, o que permite ao Renault Cap-tur algumas investidas mais ousadas em terrenos mais “rugosos”.

O habitáculo é personalizável e tem al-gumas soluções curiosas, como o facto de as capas dos bancos poderem ser facilmente retiradas de modo a serem lavadas à parte. Os instrumentos estão colocados de forma inteligente e ao alcance do con-dutor – o modelo testado incluía o op-cional R-Link que integra a navegação, rádio e Bluetooth. O motor de três cilindros a gasolina, com 900 cc e 90 cv, associado a uma compe-tente caixa manual de cinco velocidades permitem uma condução agradável e suave. Sem consumos elevados.

Por: Jorge Flores

Renault Captur TCe Exclusive

MOTOR 3 cil. em linha transv., diant.Cilindrada (cc) 898Potência máxima (cv/rpm) 90/5250Binário máximo (Nm/rpm) 135/2500Velocidade máxima (km/h) 1710-100 km/h (s) 12,9Consumo combinado (l/100 km) 4,9Emissões de CO2 (g/km) 119

Preço €103,82IUC €18 560

EM ESTRADA Novos modelos lançados no mercado

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USO PROFISSIONAL Sexta geração implicou um investimento de 700 milhões

O ano de 2014 foi escolhido pela maio-ria dos construtores de veículos co-

merciais para lançarem a renovação dos seus furgões e a Fiat não ficou de fora. A sexta geração do Ducato, modelo que apareceu no mercado em 1981 e que con-tou com renovações em 1990, 1994, 2002 e 2006, tem conseguido manter uma per-formance de vendas muito interessante na Europa, posição que pretende conservar a partir de uma produção de 133 mil uni-dades/ano. O novo furgão italiano, que chega ao mercado nacional em Setembro de 2014, implicou um investimento de 700 milhões de euros e demorou cinco anos a ser desenvolvido. A Fiat procu-rou um design moderno por fora e funcional por dentro, sem fazer con-cessões no domínio do conforto para o condutor. O coeficiente de penetração aerodi-nâmica, de 0,31, está praticamente ao nível de um veículo familiar, sinal do empenho em reduzir a força do ar contra a carroçaria, o que, aliado a um conjunto de pneus de baixa resistên-cia ao rolamento, pressupõe resultados importantes no em termos de con-sumo de combustível.O Ducato da nova geração assenta em quatro pilares fundamentais: du-rabilidade, eficiência, novas tecnolo-gias e desenho orientado para o

cliente. A gama de motorizações é um verdadeiro exemplo destes quatro pontos fundamentais que serviram de inspiração para o desenvolvimento deste novo furgão transalpino. ■ POTÊNCIAS DE 110 A 180 CVOs propulsores de serviço começam no 2,0 litros de 115 cv (6,3 l/100 km) e avan-çam para o bloco de 2,3 litros com três níveis de potência: 110 (6,3 l/100km), 130 e 150 cv. Para tarefas mais pesadas que exijam outro nível de performance, a Fiat disponibiliza um bloco de 3,0 litros com... 180 cv! Às caixas manuais de cinco e seis velocidades, junta-se, em opção, uma solução robotizada que dá pelo nome de Confort-Matic.O JORNAL DAS OFICINAS conduziu uma variante do novo Ducato equipada com motor de 150 cv e caixa robotizada. Não será uma das escolhas preferenciais dos portugueses, mas foi o suficiente para perceber que a qualidade de construção melhorou substancialmente, em espe-cial na cabina, onde a posição de con-dução continua a ser demasiado elevada, apesar dos muitos acertos e regulações do banco e do volante.O motor de 150 cv tem um equilíbrio ótimo em toda a faixa de regime e a caixa Confort-Matic revela enorme efi-cácia, sempre com rapidez e suavidade na engrenagem, transformando-se num excelente aliado para quem se preocupa com consumos e eficiência. O sistema start/stop integrado consegue reduzir o consumo em 10%. Outro aspeto muito importante nas contas deste novo Du-cato são os intervalos de assistência, que passam a acontecer a cada 48 mil km, posicionando o Ducato como um dos mais rentáveis do seu segmento. A versão 2.0 MJet de 115 cv, a mais pe-quena de todas, com 8 m3, tem um preço de entrada de €27.843.

› A sexta geração do Ducato chega ao mercado em Setembro de 2014 e pretende colocar a Fiat na liderança de um segmento que conhece como “a palma da sua mão”. Na oferta de 10 mil configurações diferentes existirá, seguramente, uma adaptada ao seu negócio

Por: José Silva

O novo furgão de grandes dimensões da Fiat está disponível em quatro comprimentos de carroçaria, três distâncias entre-eixos e três alturas, oferecendo volumes úteis de carga de 8 a 17 m3. A gama será constituída por furgões fechados e vidrados, chassis-cabina simples e dupla, com três e sete lugares, res-petivamente, além de versões para transfor-mação pelos carroçadores (chassis despidos; cabina dupla). Para facilitar as operações de carga e descarga, as portas laterais deslizan-tes dispõem de uma largura máxima de 1,25 m e as portas traseiras apresentam uma altura máxima de 2,03 m. Estas últimas abrem a 96°, sendo extensível a 180° através de um tirante escamoteável, podendo, em opção, alcançar os 270°. A altura ao solo situa-se entre os 49,3 e os 60,2 cm.

Muitas, mas mesmo muitas, soluçõesVolumes úteis de carga de 8 a 17 m3

Fiat Ducato

Um novo Ducato para cada negócio

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› A Seat orgulha-se dos automóveis que produz. E da assistência que presta a todos os que os adquirem. Profissionalismo, eficácia e transparência, são três dos pilares em que assenta o seu serviço pós-venda. Até porque o cliente está primeiro e é ele a razão da sua existência

Assim como as pessoas não são todas iguais, também cada marca tem a sua própria identidade. A

da Seat rege-se pelo profissionalismo, eficácia, pontualidade, envolvimento, informação, transparência, garantia, mobilidade, verificação e assistência. Uma espécie de dez mandamentos do pós-venda, portanto. Aos quais se po-dem juntar a seriedade e a formação. Sem esquecer, claro está, as ferramentas de marketing e as novas tecnologias.

Ao estar integrada num grande Grupo, como o Volkswagen, a Seat beneficia de um nível de sinergias muito interes-saante. “Mas na última década”, afirma Luís Rosa, responsável do pós-venda, “sofremos, porventura, as duas maiores alterações que a marca teve no nosso país. A primeira, no ano de 2003/2004, quando nasce a Seat Portugal. A segunda, nos últimos dois anos, mercê de algumas mudanças de índole essencialmente económica, que levaram a que tivésse-mos tido os dois piores anos da nossa existência.”

■ ESTRUTURA SUI GENERISNão é fácil para uma marca que estava

habituada a ter uma quota de mercado na ordem dos 5 ou 6% (entre 10 a 14 mil veículos/ano), ver-se a vender entre 2000 e 3000 automóveis no mesmo período. E tal tem repercussões, também, no pós--venda. Contudo, atendendo ao facto de a marca espanhola ter, atualmente, entre 150 a 160 mil veículos a circular em Por-tugal com menos de 15 anos de idade, existe, por isso, um enorme potencial de negócio que permite manter as oficinas

Pós-venda Seat

Motivo de orgulho

Por: Bruno Castanheira

a funcionar. E esta tem sido a estratégia da marca para compensar a quebra re-gistada nas vendas de modelos novos. O que a obrigou a praticar preços mais acessíveis, “lutando”, assim, contra os re-paradores independentes multimarca.

A Seat dispõe de uma estrutura sui generis. Conta com 22 distribuidores de automóveis e com uma rede Seat Service. Em Portugal, são cerca de 50 as unidades Seat Service. Conforme explica Luís Rosa, “com dois ou três níveis de execução: Service Partner (integram chapa e pin-tura); Service Center (não integram chapa e pintura); Express Service (unidades criadas em determinados locais que es-tão vocacionadas para todo o tipo de manutenção e de alteração, desde que

tal não implique reparação). Cada Seat Service é autónomo. Faz o seu planea-mento e coloca as encomendas direta-mente à fábrica de Martorell.”

O abastecimento de peças provém de três armazéns secundários, todos loca-lizados em Espanha: Leon, Madrid e Caen. O de Martorell fica em back office. E caso se tratem de peças comuns a outras marcas do Grupo, poderá mesmo ser o armazém de Kassel, na Alemanha, a fornecê-las. Todos os pedidos de stock são entregues num prazo de 72 horas. A este nível, a Seat tem um grau de res-posta (picking) na ordem dos 96%.

Os pedidos urgentes são colocados até às 17h e entregues no dia seguinte. Tendo, claro está, um custo adicional face

às encomendas de stock. Se for identifi-cado que uma determinada peça não existe nos quatro armazéns em Espanha (Martorell – 650.000 referências; Madrid – 150.000; Leon – 50.000; Caen – 25.000), é desencadeado um alerta que inicia a busca em todos os Seat Service e em todos os armazéns do Grupo, caso a peça não seja exclusiva da Seat.

■ IMPORTÂNCIA DAS CAMPANHASO departamento pós-venda da Seat

integra cinco pessoas diretas (Luís Rosa incluído), duas indiretas e dois call cen-ters geridos pela IP Assistance da AXA, que se chamam Seat Responde. Depois, existe uma estrutura em Espanha que está ao dispor para todas as áreas. “Em termos práticos”, explica Luís Rosa, “o pós-venda da Seat é praticamente um field office da fábrica. Tem gestores de área que andam no terreno e que acom-panham os clientes. Depois, estão asse-guradas todas as funções ditas normais do pós-venda. A única diferença é que o são remotamente. Não temos uma função de garantias, uma vez que as mesmas são todas automáticas. Dispo-mos de vários centros de atendimento técnico, divididos por vários níveis, onde os gestores de área fazem a ponte entre o cliente e a fábrica, deslocando-se ao terreno.”

Essenciais são, também, as campanhas. Há três anos, a marca lançou o “Fator 3” (desconto = 3x a idade do modelo), que serviu para trazer à rede quem nunca tinha ido. Adicionalmente ao “Fator 3”, caso o proprietário de um Seat com mais de cinco marque um test drive, receberá um vou-cher de €25 para utilizar em serviços pós--venda, acessórios ou peças durante um

● SEAT PORTUGALPós-venda: Luís RosaSede: Edifício Expo 98Av.ª D. João II, Lote 1.07.2.1., R/C, Ala A1998 - 014 LisboaTelefone: 218 918 000Fax: 218 918 940Email: [email protected]: www.seat.pt

O elevado grau de conhecimento e a total transparência são apenas dois dos pilares em que assenta a estratégia do pós-venda da Seat

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3 perguntas a...

Que análise faz do departamento que lidera?Em 2013, acabámos por fazer um volume praticamente igual ao de 2012. O que, para nós, foi ótimo. Estávamos a prever uma queda na ordem dos 10 ou 12% e, através das campanhas de vendas de peças, con-seguimos estancá-la. Este ano, no primeiro semestre, estivemos prati-camente ao nível do ano passado. Apesar de as linhas vendidas serem diferentes. Enquanto há dois ou três

anos tínhamos um peso de vendas no segmento 1 (veículos até quatro anos de idade) muito mais elevado, isso, hoje, está a transferir-se um pouco para os segmentos 2 e 3. Este ano, mercê até das condições clima-téricas, tem havido uma dificuldade acrescida que não era expectável. Fundamentalmente no negócio de chapa e pintura. O que, para nós, é uma área que tem algum peso. Ape-sar disso, estamos ao nível de 2013, sendo de décimas as variações. No

ano transato, atingimos um volume de faturação de 17,5 milhões de eu-ros. Estamos a prever fechar 2014 com a mesma ordem de grandeza.

Como chegam as vossas peças ao setor independente?As peças Seat chegam ao setor in-dependente multimarca através de vendas externas efetuadas pelas unidades Seat Service que optam por ter este serviço. As peças tanto podem ser vendidas a clientes par-ticulares como profissionais. As vendas externas reúnem 30% do nosso volume de peças em Portugal.

A Seat está inserida no portal www.partslink24?Estamos, diria, ainda numa fase embrionária de adesão ao parts-link24. A grande dificuldade prende-se exatamente com a tipo-logia dos operadores independen-tes que existem em Portugal. É que

LUÍS ROSA, Responsável Pós-venda

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determinado período de tempo. De acordo com Luís Rosa, “através das cam-panhas de recuperação daqueles que classificamos de segmentos 2 e 3, conse-guimos estancar a previsão de queda que tínhamos para 2013 face a 2012. No pós--venda, existe um hiato de tempo até as campanhas começarem a ter alguma aceitação. É preciso insistir constante-mente. Não é como nas vendas de auto-móveis. Por isso, é que mantivemos o “Fator 3”.”

E como cada vez mais o pós-venda deixa de ser uma questão técnica para passar a ser, fundamentalmente, uma relação com o cliente, a Seat alargou para 10 anos o seu serviço de mobilidade. Além disso, lançou a Seat App, vocacio-nada especificamente para o pós-venda. Sem esquecer ainda a mais-valia da linha Economy Parts, gama de peças que foi criada para modelos com mais de cinco anos, sendo cerca de 15% mais acessível.

grande parte deles não está ainda disponível para entrar num sistema, identificar uma peça e encomendá--la como se de um Seat Service se tratasse. O telefone ainda continua a ser a via preferida. Muitos ope-radores independentes não estão disponíveis, muitas vezes, para entrar neste nível de informatização ou tecnologia. Até por falta de tempo.

Na assistência ao cliente, nada, mas mesmo nada, passa despercebido aos profissionais da Seat

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Of icina do Mês

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Polivalência é a palavra que melhor descreve as funções de Luís Moita na South Cars, no Barreiro. “Sou

chefe de oficina, mas faço de tudo, e se alguém faltar na lavagem, lavo eu”, co-meça por adiantar ao JORNAL DAS OFI-CINAS. Apaixonado desde sempre pelos automóveis e com experiência comercial dentro das marcas do setor, o responsá-vel está nesta oficina há 14 anos, apenas menos três do que a data de abertura de portas da empresa neste espaço e com o atual modelo de atividade: oficina e stand de vendas. A possibilidade de juntar duas áreas “complementares” do negócio foi justamente o que mais agra-dou nestas instalações de 2.000 m2 de área coberta. “Começámos como um stand. A oficina era apenas para consumo interno, para as reparações dos carros que vendíamos. Mas este espaço permi-tiu-nos funcionar de maneira mais ampla. Reunir tudo no mesmo espaço, vendas e assistência, era fundamental”, conta. Hoje, o trabalho da oficina divide-se em 70% para os clientes exteriores e apenas 30% para os serviços afetos ao stand.

■ NÍVEL SUPERIORNa opinião de Luís Moita, o início da crise económica revelou-se positivo para as contas da South Cars, aumentando o volume de reparações na oficina. Os portugueses deixavam de comprar veí-culos novos e viam-se obrigados a con-servar os que tinham. “Mas rapidamente as marcas abarcaram esse mercado, apresentando custos muito reduzidos”, esclarece Luís Moita.Segundo o responsável, é impossível

› Com 2.000 m2 de área coberta, a oficina South Cars, no Barreiro, mantém a sua filosofia independente num setor dominado pelas redes. O stand de vendas, no mesmo espaço, é forte argumento comercial

Filosof ia própria

Por: Jorge Flores

South Cars

aumento das vendas de veículos novos prejudica as reparações. E este ano isso está a acontecer. Tem sempre reflexo”. A oficina assegura todos os serviços desde a mecânica, colisão, pintura, ar condicionado, subcontratando apenas na área dos pneus. “Costumamos dizer que são nossos colegas, porque estão a três passos da oficina”, afirma. Para Luís Moita, o facto de ter a venda e a assistência no mesmo espaço tem van-tagens evidentes para o cliente. “É um bom argumento comercial, também”, até porque, enfatiza, “quem compra um carro connosco pode fazer a garantia (que não é obrigatória) e sabe que temos um livro com o histórico todo do veículo. Quando fazem aqui os serviços, no mesmo sítio, recebem sempre um miminho da nossa parte”.

competir com determinados valores praticados pelas marcas. “Não temos aqui ninguém a receber menos de 1.000 euros. E não baixamos os preços dos serviços, ou, por exemplo, dos óleos, que são sem-pre de qualidade. Apostamos sempre na qualidade”. Ainda assim, acrescenta, “con-seguimos ficar nivelados um pouco acima, mais próximos dos concessionários”.Pela mesma linha de raciocínio, Luís Moita explica que a oficina não tem qualquer acordo com companhias de seguros ou gestoras de frotas. “Temos até clientes que contrariam as seguradoras” para fazerem as reparações dos seus carros connosco.

“É mais difícil manter um cliente do que conquistar um novo”, garante. Aderir a uma rede também não está nos planos da empresa. “Temos que combater pela qualidade. E muitas vezes, na colisão, sobretudo, esse aspeto é relegado para segundo plano”.

■ MIMAR CLIENTESNestes 17 anos de existência no mercado, a South Cars possui já uma base de dados com 4.000 clientes, dos quais, acredita Luís Moita, “metade” serão ativos. “Esti-vemos muitos anos sempre a crescer. Este ano deveremos manter a faturação. O

● FICHA TÉCNICASouth CarsQuinta das Rebelas, Lote 152830-222 BarreiroChefe de Oficina: Luís MoitaTelefone: 212 148 520E-mail: [email protected]

Luís Moita, chefe de oficina da South Cars

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› A Safetykleen, multinacional prestadora de um serviço global de gestao ambiental, que inclui desde o fornecimento de sistemas de limpeza de peças, a sua manutenção, assistência 24H, assessoramento, até à recolha do resíduo, lançou no mercado uma nova solução que permite limpar filtros de partículas eliminando a necessidade de os substituir

O Jornal das Oficinas esteve à con-versa com Pedro Miguel, respon-sável de assistência técnica do

polo do Cacém da Santogal, que nos ex-plicou de uma forma sucinta o funciona-mento desta nova solução que dá pelo nome de Sonickleen, máquina que é for-necida, instalada e assistida pela Safetyk-leen, bem como as vantagens para uma oficina, em possuir uma solução como esta.

O Grupo Santogal, empresa dedicada ao comércio e ao retalho automóvel, tem nas suas fileiras uma máquina que faz “milagres” com os filtros de partí-culas dos automóveis, esse compo-nente que tantas dores de cabeça dá às oficinas e aos proprietários dos veículos. A dificuldade dos primeiros em dizer aos segundos que é preciso trocar o filtro e pagar uma fatura pró-xima do milhar de euros é grande.

Pedro Miguel diz-nos que se trata de “uma ideia completamente inovadora. É uma máquina que através de ultras-sons faz aos filtros de partículas o que o automóvel já não consegue fazer, ou seja regenerá-los. Temos uma má-quina como esta numa das oficinas da Santogal e podemos utilizá-la para veículos oriundos de todas as oficinas do grupo.” Pedro Miguel assegura que a máquina trabalha com uma tempe-ratura mais baixa quando comparada com as temperaturas a que os filtros de partículas são regenerados nos automóveis. A ideia é simples. O filtro de partículas é retirado do veículo e é mergulhado numa solução aquosa colocada na máquina que tem a par-ticularidade de produzir uma reação através do produto aquoso que faz um efeito de cavitação dento das cavida-des minúsculas do filtro, onde o acesso seria impossível de outro modo. O constante vibrar ultrassónico nas pa-redes da máquina, que é totalmente estanque, provoca a limpeza do inte-rior dos orifícios que contêm restos de carvão, gases queimados, massas, óleos e acaba por microfaturar esses sedimentos, limpando externa e in-ternamente o filtro.

De acordo com Pedro Miguel, para além desta funcionalidade, que é a principal da Sonickleen, a máquina tem uma aplicação mais ampla do que isso. Serve também para renovar, por

exemplo, a válvula EGR, que fica sem-pre suja com sedimentos de carvão, ou limpar a cabeça do motor, que acu-mula todos os resíduos que derivam da combustão e que se transformam em carvão e aderem com facilidade ao alumínio ou ao ferro.

■ VANTAGENS REAIS O responsável de assistência técnica

do Grupo Santogal falou-nos também das muitas vantagens da Sonickleen e menciona, inclusivé, alguns exemplos concretos. Diz-nos que se trata de uma solução perfeita, porque não é preciso substituir o filtro de partículas, uma vez que a máquina faz a regeneração,

● SAFETYKLEEN PORTUGALEN 10, Quinta da Bassaqueira2926-901 AzeitãoGestor Conta Clientes: Telo RomãoTelemóvel 916 627 410e-mail: [email protected]: www.safetykleeneurope.com

Sonickleen

Máxima ef icácia

A Safetykleen oferece uma gama de vários modelos, que permite cobrir as diferentes necessidades duma oficina, bem como o tamanho das pe-ças a limpar. A Sonickleen permite a redução dos custo de mão-de-obra, uma vez que a peça é introduzida na máquina e não é preciso a presença de qualquer mecânico enquanto a limpeza está a ser realizada, deixando mais tempo livre para realizar outras tarefas. A qualidade da limpeza é microscópica, uma vez que os ultrassons permitem ao liquido aceder a locais praticamente inacessíveis manualmente.Por fim, a Safetykleen encarrega-se do fornecimento da máquina, do produto, da limpeza, da manutenção, do assessoramento e da recolha e da gestão dos resíduos.

Sistema adequadoàs necessidades das oficinas

“O Sonickleen tem a vantagem de conseguir fazer a regeneração do filtro de partículas quando ele próprio já não deixa o carro regenerá-lo. Temos uma máquina destas que utilizamos para peças oriundas de todas as oficinas do grupo”, diz Pedro Miguel, responsável de assistência técnica do polo do Cacém da Santogal

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Ou seja seriam duas despesas adicio-nais, a causa e o efeito.

■ FUNCIONAMENTO SIMPLESO funcionamento da Sonickleen é

muito simples. Basta extrair o filtro a Particulas (FAP) e mergulhá-lo na má-quina que o regenera. Em seguida, coloca-se de novo o filtro no carro e continua-se o diagnóstico. É uma mais valia porque em caso de avaria, tal como já foi mencionado, nem sequer se consegue fazer as regenerações forçadas. Depende da marca do carro, mas quando os entupimentos são acima dos 80% começa a ser difícil o próprio veículo regenerar o filtro. De-pois de passar na máquina, um filtro entupido a 80% passa para 10 a 15% de “entupimento”, ou seja, é pratica-mente novo por menos de metade do preço. Se se substituir o filtro por um novo claro que o percentual baixa, mas o efeito para o motor é o mesmo... ou seja, está limpo e já não tem sujidade.

■ NÃO COMPRE, ALUGUEPara ter uma Sonikleen como esta em

qualquer oficina basta pagar um ser-viço mensal que engloba a manuten-ção e a troca do líquido com a periodicidade necessária. Segundo Pedro Miguel, o custo médio mensal da máquina ronda os 800 euros. Como cada utilização normal da máquina por veículo custa 200 euros, são necessá-rios quatro carros por mês para justi-ficar o investimento. No caso de se tratar de uma oficina pequena, é pre-ciso fazer algumas contas. Já a Santo-gal, com um máquina centralizada, as contas são muito fáceis de fazer e o investimento estará pago. “Como as pessoas mantêm os veículos cada vez mais tempo, é muito fácil propor-lhes gastar 200 euros em vez de 800 ou 1.000 euros”, remata Pedro Mi-guel. Quanto à reciclagem do produto aquoso, tudo é feito pela Safetykleen que coloca a máquina na oficina, faz a substituição do líquido quando for necessário e faz, obviamente, a sua reciclagem.

A limpeza baseia-se no princípio de ondas de alta frequência pro-duzidas no líquido em que as várias peças são submersas. A molécula da água implode,aproximadamente 40 mil vezes por segundo, provo-cando uma micro-escovagem que atua sobre qualquer elemento que é introduzido nesse banho.Esse efeito recebe o nome de ca-vitação ultra-sónica e elimina a sujidade da superfície das peças submersas, inclusivé nos pontos de acesso mais difícil.

Como funcionaa limpeza?

Marcas automóveis diferentes, o mesmo preço

Esta nova solução pretende mudar a forma de pensar das oficinas. Ao invés de se fazer a substituição imediata de uma determinada peça ou componente, porque não

pensar na sua reparação. E isto pode acontecer não só com os filtros, mas também com outros componentes. Para Pedro Miguel, esta máquina pode funcionar como catalisador desta ideia. Os custos inerentes à substituição são enormes. É preciso ajustar o custo à realidade. A garantia nunca será posta em causa, mesmo reparando e não substituindo. Tendo em conta

que os carros mecanicamente são muito idênticos, a diferença pode residir apenas no preço da mão de obra, isto é, na difi-culdade em retirar o filtro do local onde está posicionado. A ideia é que um BMW, um Peugeot ou um Citroën paguem exatamente o mesmo pelo mesmo serviço. O objetivo passa por uniformizar as coisas. Se se colocar um filtro de partículas a rentabilidade é maior, mas o melhor é ir ao encontro da realidade do país onde vivemos e se é possível reparar, porque não fazê-lo?

Telo Romão, Gestor de conta de clientes da Safetykleen, explica o modo de funcionamento da Sonickleen

O princípio de funcionamento do

sistema Sonickleen é simples. O filtro de

partículas é retirado do veículo e é mergulhado

numa solução aquosa colocada na máquina que tem a particularidade de

produzir uma reação através do produto aquoso que faz um efeito de cavitação

dento das cavidades minúsculas do filtro, onde o acesso seria impossível de outro

modo

não da forma tradicional, com a própria eletrónica do carro, onde normalmente existe uma fatura para o filtro, que se desgasta, para o combustível, uma vez que teria que gastar gasolina ou ga-soleo até ter as condições necessárias para conseguir uma regeneração, e até para o ambiente, já que como não anda, o carro não emite CO2.

A Sonickleen tem ainda a vantagem de conseguir fazer a regeneração do filtro quando ele próprio já não deixa o carro regenerá-lo, e aí o mecânico

teria de dar a má notícia ao cliente e dizer-lhe que... a substituição do filtro seria obrigatória.

Assim sendo, os custos inerentes a esta regeneração são francamente diferentes quando comparados com os da substituição total do filtro de partículas. Em média, o preço de uma regeneração feita pela máquina custa 200 euros com IVA, enquanto qualquer filtro de partículas custa, no mínimo, três vezes mais. Por outro lado, a nível do diagnóstico, por vezes o filtro é só

a consequência de um dano que pode não ter diretamente a ver com o filtro, e o que traz o cliente à oficina é apenas a luz do filtro ou do motor acesa no painel.

Assim, primeiro é preciso saber o que aconteceu para que o filtro tenha en-tupido, nesse caso, a máquina também dá uma ajuda, porque em situação normal seria necessário colocar um filtro novo e depois dizer ao cliente: o filtro é apenas consequência da avaria, mas a causa é este ou aquele sensor.

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Empresa NOVO CENTRO MIDAS

Namoro antigo› Com a inauguração da nova loja no centro comercial Alegro, em Setúbal, a Midas passa a contar com um total de 60 postos: 58 em Portugal e dois em Angola. 2014 não terminará sem mais duas novas apostas

O namoro foi longo e tumultuoso, mas teve um final feliz. Na inau-guração do novo centro da Mi-

das, no Centro Comercial Alegro (que abrirá apenas em Novembro), em Setú-bal, Ricardo Kendall, administrador da marca em Portugal contou ao JORNAL DAS OFICINAS a dificuldade da empresa na conquista do novo espaço. “A histó-ria é interessante. No antigo Jumbo de Setúbal havia uma loja de pneus e nós andámos, sem exagero, 10 ou 12 anos a cobiçá-la! O problema era que essa oficina de pneus pertencia ao Jumbo e vendia cerca de 200 mil euros por ano”, razão pela qual, “o diretor do hipermer-cado nunca a quis vender, alugar ou dar para exploração”, revelou Ricardo Ken-dall.

■ DISTRITO A DISTRITOMas a história mudou quando o Grupo

Auchan decidiu avançar para o novo cen-tro comercial. “Fizeram um concurso e ficámos finalmente com esta oficina”, referiu o responsável da Midas.

Além da parte “emocional” que o novo centro de Setúbal representa para a Midas, existe uma outra mais “racional”, relacio-nada com “números”, como explicou Ri-cardo Kendall. “A Midas está em praticamente todas as capitais de distrito (falta-nos ainda Leiria e Aveiro) e faltava--nos Setúbal. É uma cidade fortíssima, onde fazia todo o sentido estarmos pre-sentes. E cá estamos, hoje, a inaugurar a nossa 60º oficina. São já 58 em Portugal e mais duas em Angola”.

■ MAIS DUAS LOJAS EM 2014Os números correm a favor da Midas

no presente ano. “Com esta oficina cum-primos o objectivo de 2014, que era abrir cinco oficinas. Achamos que vamos con-seguir abrir mais duas até ao final do ano,

Por: Jorge Flores

porque estão na calha, dependentes apenas de autorizações camarárias”, avan-çou Ricardo Kendall, acrescentando ainda os locais previstos: “uma na zona de Sin-tra e outra dentro de Lisboa”.

O objectivo da Midas para 2014 será alcançar as 60 lojas em Portugal (62 no total), sendo que, para 2015, estão pla-neados outros cinco centros. “Seria uma boa meta. Isto em Portugal. Em Angola queríamos abrir mais uma loja até ao final de 2014, e no próximo ano, mais três ou quatro”, sublinhou ainda Ricardo Kendall.

O novo centro da Midas em Setúbal terá uma equipa inicial de cinco funcionários (que passará a seis em breve) e corres-pondeu a um forte investimento da marca no nosso país. Numa primeira fase, a loja dispõe de três elevadores, mas o espaço está pensado para quatro.

Ricardo Kendall, adiantou que a loja está muito bem apetrechada em termos de equipamento e que possui um “bom stock”, o que lhe permite alimentar a ex-pectativas de que este se venha a tornar num centro “fantástico”.

Segundo o responsável da Midas em Portugal, a empresa tem já uma grande experiência de oficinas junto dos centros comerciais e hipermercados, “e isso tem--se traduzido em muito bons resultados”.

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Ambiente

É possível reduzira fatura da energia!

O encargo com a energia é incon-tornável numa oficina – desde as luzes, às águas quentes dos

sanitários, aos sistemas de aquecimento e refrigeração, passando pelos equipa-mentos usados em todo o tipo de diag-nóstico dos veículos, ao combustível necessário para colocar em funciona-mento a secção de pintura.

Numa oficina de reparação automóvel temos diferentes formas de energia, como eletricidade, gasóleo e gás, mas a questão é saber se o que gasta em ener-gia está dentro ou acima do que seria normal. A existência de maquinaria so-bredimensionada para uma oficina ou aparelhos com um consumo exacerbado, por exemplo, prejudicam o lucro que pode extrair da oficina que gere. São, pois gastos – desnecessários – que é importante corrigir. Pense sempre nesta divisa: a energia que não é consumida é sempre a mais barata. A implementa-ção de medidas de racionalização e de boas práticas de gestão de energia é meio caminho andado para evitar perder dinheiro.

› Os consumos energéticos fazem parte inevitável dos encargos mensais de uma oficina. Mas será que já fez tudo para reduzir esta fatura? Damos-lhe algumas dicas que podem fazer com que torne o seu negócio mais rentável

Poupança energética nas oficinas

O modo mais simples de resolver o pro-blema da energia reativa passa pela liga-ção de condensadores em paralelo com a carga. Estes controladores de energia são filtros ativos que reduzem o consumo elétrico através da eliminação das inter-ferências trazidas pela rede de distribui-ção para as instalações. Cerca de um terço da eletricidade que entra numa instalação é desperdiçada por carga indutiva. Os controladores promovem o consumo eficiente de energia elétrica recebida, reaproveitam a energia desperdiçada e estabilizam a tensão da fonte de corrente, o que se traduz no prolongamento da vida útil dos equipamentos elétricos, na proteção do meio ambiente e na redução da fatura de eletricidade.

O que são controladores de energia?

O conhecimento da energia reativa que absorvem os equipamentos elétricos é um procedimento eficaz para medir também a energia que se perde numa oficina

Todos os consumos somados afetam o negócio e, quando excessivos, até podem

contaminar a rentabilidade da oficina

Ao contratar uma potência superior às suas necessidades irá pagar uma fatura mais elevada do que o necessário

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Dica 1: Analise o consumoPara compreender se está a entregar ao seu forne-

cedor de eletricidade, mais dinheiro do que seria necessário é importante fazer a análise do consumo da sua oficina. Para tal, há que proceder a uma revisão das instalações e dos instrumentos de trabalho, já que só depois desse relatório ser feito é que ficará a per-ceber onde ocorrem perdas de energia, qual é a efi-cácia energética dos equipamentos que tem e qual é a necessidade de investir na renovação de algum material por outro de uma classe energética mais avançada.

Dica 2: Tenha a potência de acordo com asnecessidades

Verifique também se a potência instalada está de acordo com as suas necessidades. Veja o consumo global de todos os seus equipamentos (considerando o número e tipo de equipamentos que possui) e cruze esse dado com a potência que tem contratada. Solicite, por isso, uma medição para ter esta variável devida-mente quantificada. Embora quanto mais intensa for a simultaneidade de uso de equipamentos maior potência terá que contratar (pois a potência a contra-tar deve permitir uma utilização normal dos seus equipamentos), deve, no entanto, ter presente que a uma elevada potência contratada corresponde ao pagamento de um termo fixo na tarifa de energia elétrica, logo não deve ser escolhido um valor dema-siado elevado, pois pagará mais. A escolha de valores de potência contratada superiores às necessidades dos consumidores conduz ao pagamento de uma fatura mais elevada e também a um desnecessário sobredimensionamento da rede de distribuição elé-trica. E este sobredimensionamento representa um desperdício.

Dica 3: Estude as opções que o mercado ofereceEstude as várias opções que o mercado lhe oferece.

Há diferentes operadores de fornecimento de serviço energético e de gás. Escolha o mais indicado. Se ne-cessário recorra a um especialista para o ajudar a analisar e escolher.

Dica 4: Invista no isolamentoNas áreas cobertas por aquecimento ou ar condi-

cionado (A/C), reduza o tempo de utilização desses aparelhos, isolando bem portas e janelas para manter o calor e o frio dentro de quatro paredes. Tenha o equipamento de ar condicionado regulado para uma

temperatura de 22ºC no inverno e 24ºC no verão. No escritório, se tiver o A/C ligado, feche as portas.

Dica 5: Introduza mais luz natural Se houver possibilidade, pode ser útil investir nal-

guma intervenção que permita que as instalações passem a ter uma melhor relação com a iluminação exterior. Por outras palavras, uma oficina com boa luz natural pode ter menos lâmpadas ligadas (os níveis de iluminação recomendados para um local dependem das atividades que ali se realizam) e as luzes que estão ligadas estão-no durante menos tempo. Uma oficina com claraboias (novamente, se tal for possível), com montras amplas, dotada de pinturas claras terá con-dições para ter uma redução do consumo de energia.

Dica 6: Instale balastros electrónicosOs balastros electrónicos melhoram o rendimento

das lâmpadas fluorescentes, convertendo a frequên-cia 50 Hz da rede em alta frequência, geralmente entre 25 kHz e 40 kHz. O funcionamento das lâmpadas a estas frequências mais elevadas produz a mesma quantidade de luz, com menos 12 a 25 % de energia. Outra vantagem dos balastros electrónicos: as lâm-padas podem produzir cerca de mais 10% de luz para a mesma potência absorvida ou alternativamente a potência absorvida pode ser reduzida, para a mesma saída de luz; já com o funcionamento da lâmpada a alta frequência a emissão de luz é contínua, elimi-nando-se o efeito “flicker” que provoca cansaço visual devido ao facto de uma lâmpada que funcione a 50 Hz, a luz extingue-se duas vezes por ciclo na passagem da corrente por zero. Também com esta solução elec-trónica, desaparece o familiar ruído dos balastros convencionais e aumenta-se a duração de vida da lâmpada, devido ao pré-aquecimento dos elétrodos que é feito antes de aplicar um impulso controlado de tensão.

Dica 7: Troque as lâmpadasDepois das lâmpadas fluorescentes (que permitem

aforros de energia de 80% face às de incandescência), estude a relação preço/benefício de instalar umas mais modernas lâmpadas de LED. É a solução mais ecoló-gica do mercado. Uma lâmpada LED tem uma vida útil de 50 mil horas, o que equivale a 22 anos para uma oficina que trabalhe 10 horas por dia, durante 230 dias. Outra virtude dos díodos é garantirem uma melhor qualidade de luz, a qual se pauta pela ausên-cia de radiações UV.

Dica 8: Instale aparelhos mais eficientesOpte pela utilização de equipamentos de classe

energética mais eficiente, incluindo computadores e monitores com a designação Energy Star. E evite dei-xar equipamentos a carregar toda a noite e depois de carregados, nunca deixe o carregador na tomada, caso contrário vai continuar a consumir energia. E se prever ausências de utilização superiores a trinta minutos, desligue mesmo os aparelhos que entram em modo “standby”. Aliás, desligue todas as luzes (armazém, WC, etc.) e aparelhos (impressora, fax, fotocopiadora, etc.) que se encontram ligados desnecessariamente.

Dica 9: reduza a energia reativaAs instalações elétricas consomem energia reativa

(medida em kVArh) que não produz trabalho útil, mas é imprescindível para o bom funcionamento dos equipamentos. As instalações que não incorporam sistemas para compensação de energia reativa, ou em que o mesmo esteja mal dimensionado ou obso-leto, provocam deterioração dos equipamentos pro-dutivos e encargos excessivos e desnecessários na fatura de energia elétrica. Estes encargos podem ser evitados com a instalação de baterias de condensa-dores, fixas ou automáticas, dimensionadas de acordo com as características de cada instalação (ver caixa sobre controladores de energia).

Há empresas que fazem estudos personalizados às instalações e propõem soluções dimensionadas com vista à eliminação dos encargos com energia reativa que, a partir de Janeiro de 2011, com a entrada em vigor do Despacho 7253/2010 e do Despacho 12605/2010, se tornaram ainda mais penalizadores para todo o tipo de instalações que não disponham de um sistema de compensação de energia recativa. As alterações aplicam-se à energia reativa indutiva medida nas horas fora de vazio e podem originar um aumento na fatura de energia elétrica.

9 dicas para reduzir a despesa com a energia

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Técnica & Serviço

› A escala (Bareme) de tempo e materiais para pintar jantes em liga leve da CESVIMAP vem abordar um tema que, até agora, ninguém tinha explicado objetivamente. Combina os tempos de pintura e o custo dos materiais de

última geração, assegurando a qualidade do trabalho final

As jantes são um dos componen-tes do automóvel mais exposto. Sofrem danos com facilidade,

principalmente toques ou pancadas no passeio que, como consequência, estragam a capa de pintura que as protege. Para lhes devolver o aspeto original, pode realizar-se um processo

1º – Tamanho da jante, medida pelo seu diâmetro. 2º – Forma da jante, medida pelo número de raios.3º – Acabamentos especiais, duas ou mais cores ou jantes com acabamento cromado.4º – Nível do dano, medido pela super-fície danificada.

Por causa da vasta diversidade de jan-tes que equipam os automóveis moder-nos, os três primeiros parâmetros foram agrupados num só capítulo ao qual se chamou grau de dificuldade. Existem cinco graus de dificuldade para a pintura das jantes:

Grau 1 – Este grupo inclui todas as jantes cujo diâmetro nominal seja menor que 15”.

Grau 2 – Agrupa as jantes com um diâmetro nominal compreendido entre 15” e 17”.

Grau 3 – Inclui todas as jantes cujo diâmetro nominal seja superior a 17”.

Grau 4 – Engloba todas as jantes de liga leve, independentemente do seu diâmetro, que tenham 13 ou mais raios. São considerados raios todos os que chegam ao rebordo das jantes ou ao perímetro da circunferência que esta descreve, sejam eles raios inteiros ou meios raios que se dividam em dois ou mais.

Grau 5 – Inclui todas as jantes em liga leve, independentemente do seu diâ-metro, que apresentem duas ou mais cores. Também são consideradas as jan-tes com um acabamento cromado.

■ NÍVEISPara valorizar os trabalhos de repintura

de jantes é aconselhável utilizar, como acontece em outros relatórios de pintura da CESVIMAP, um método de avaliação universal, que tenha por base a dimensão da superfície a pintar em cada elemento e que, para o caso das jantes, corresponda à superfície exterior. Da extensão do dano vão depender também, de forma direta, o consumo de materiais de pintura, de preparação ou de fundo (massas, apa-relhos, etc.) e, evidentemente, os tempos do processo de preparação da superfície reparada (calafetagem, preparado, areado, etc.).

Os níveis da escala de pintura de jan-tes de liga leve podem ser:

Nível II – Superficial ou mudança de cor – pintura de jantes que necessitem de trabalho de repintura para trocar de cor, e ainda de trabalhos nas capas de acabamento (cor ou verniz).

Nível III – Dano leve – Pintura de jan-tes com danos leves, como são pequenos toques, riscos profundos, esfoladelas ou golpes. As reparações incluídas neste nível precisam de cumprir o requisito de

Jantes de liga leve

Avaliação da pintura de jantes

Colaboração

CESVIMAPwww.cesvimap.com

Dependendo dos tamanhos, as jantes podem ter diferentes níveis de dificuldade

de pintura muito semelhante ao que se faz em algumas secções de aço da carroçaria do veículo. Por isso, a ava-liação económica da pintura obriga à utilização de um sistema específico que vem bem explicado no Bareme de Tempos e Materiais da pintura da CESVIMAP para jantes em liga leve. Tal

como a escala utilizada para a chapa, é baseado na superfície a pintar e tam-bém na dimensão do toque ou da pancada.

A avaliação económica da pintura de jantes, segundo o documento da CES-VIMAP, processa-se de acordo com os seguintes parâmetros:

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que a relação em termos de superfície danificada, não exceda o limite de 8% com respeito à superfície a ser pintada (superfície exterior da jante).

Nível IV – Dano médio – Formado por um ou mais danos, cuja superfície total danificada seja superior em 8% ao esta-belecido para danos leves e nunca su-perior a 25%.

Nível V – Dano grande. Este nível é aplicado aos danos cuja superfície seja superior a 25% da área a pintar. Nesta classificação não se encontram as peças novas, uma vez que essas mesmas já estão pintadas de origem. Os níveis de pintura expostos são válidos para jantes em liga leve destinadas aos mais variados tipos de automóveis como: ligeiros, todo--o-terreno, monovolumes, furgões, chassis-cabina. Não estão incluídas as jantes para camiões ou motos.

O bareme de pintura de jantes inclui um tempo de preparação de 0,80 horas e materiais para preparação da cor com um preço de cerca de 4,55 euros. Ainda é preciso somar, e dependendo do grau de dificuldade e do nível do dano, um determinado tempo por cada jante a pintar. A preparação da cor seria somada apenas uma vez, independentemente do número de jantes pintadas.

■ VALORIZAÇÃOCOM AUDATEX E GT ESTIMATE

Quando se utilizam os sistemas da Audatex ou da GT Estimate para ava-

liação dos danos em jantes em liga leve, basta indicar o nível do dano, já que o parâmetro do grau de dificul-dade vem implícito na identificação da medida da jante.

Outros aspetos a ter em conta são o tempo e os materiais de preparação da cor, que se somam ao tempo utilizado para preparar a cor da carroçaria e da textura, no caso de se verificar esta si-tuação. O mesmo procedimento é reque-rido tanto para a Audatex como para a GT Estimate. Ao tempo de pintura de cada jante somar-se-á a duração da pin-tura da carroçaria e dos plásticos; sucede o mesmo no caso da Audatex.

Para a GT Estimate, como é habitual na pintura de peças metálicas e plásti-cas, vai indicar o tempo e os materiais utilizados para pintar cada jante. Outra questão a ter em conta na avaliação das jantes é o facto de ser necessário reali-zar a pintura com a roda desmontada e o pneu ligeiramente vazio, com o objetivo de poder colocar-lhe uma pe-lícula de proteção à volta. Os tempos do bareme não contemplam a desmon-tagem da jante, operação que terá de ser realizada e contabilizada à parte, nem mesmo a desmontagem do pneu e a posterior equilibragem da roda. Atualmente estão contempladas nesta escala (Manual, Bareme) as jantes em liga leve de cerca de 81% dos veículos mais envolvidos em perícias, ficando as restantes jantes em aço e liga leve com uma superfície única por jante de 12 dm2 e com as mesmas fórmulas de pin-tura utilizadas na carroçaria.

Nível II Superficial

Nível III Dano Leve

Nível IV Dano Médio

Jantes de nível de dificuldade V. A primeira tem duas cores e a segunda é cromada

Nível IV Dano Grande

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Técnica & Serviço

Para evitar defeitos, é muito impor-tante saber escolher os processos de trabalho. A utilização correta de

determinados produtos de pintura, o respeito pelos tempos de secagem, a utilização adequada dos equipamentos, as instalações e ferramentas, o asseio e a limpeza são muito importantes para que não surjam defeitos na pintura.

A qualidade final do acabamento não dá apenas uma indicação sobre a quali-dade do pintor, mas também sobre as condições e instalações onde realiza o seu trabalho. ■ INSTALAÇÕES,EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS

É preciso saber evitar os defeitos para que estes não apareçam. Assim, evitam--se perdas de tempo a corrigi-los e os trabalhos deixam de ser improdutivos.

A cabina de pintura deve estar em per-feito estado de limpeza e asseio. As pa-

› Mesmo que todo o processo de pintura tenha sido realizado de forma correta, podem surgir pequenos defeitos ou imperfeições no acabamento que mancham o produto final

Prevenir antes de tratar

Os defeitos na pintura

Colaboração

CESVIMAPwww.cesvimap.com

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redes e o piso têm de estar limpos, sem excessos de pulverizações de outras pin-turas e os filtros do teto e do piso devem ser trocados após as horas de utilização indicadas. Desta forma, evitam-se man-chas de pó, sujidades, contaminações com óleos e humidades.

Outros equipamentos que podem fazer com que apareçam defeitos durante a pintura são as próprias pistolas aerográ-ficas. Convém fazer-lhes uma boa limpeza imediatamente depois de cada utilização. Fazer a sua manutenção periódica tam-bém se revela de extrema importância. As imperfeições provocadas pelos equi-pamentos aerográficos mal limpos e com pouca manutenção podem originar: sombras em forma de leque, projeções de pintura seca de trabalhos anteriores sobre tinta recém aplicada; alterações na tonalidade da cor, entre outros.

Os equipamentos de secagem também influenciam e podem causar defeitos na pintura; por exemplo, uma má escolha da temperatura de secagem pode oca-sionar linhas desfocadas ou até bolhas. Assim, é necessário manter um controlo perfeito sobre a distância e a potência da aplicação da tinta, dependendo do pro-duto que se vai secar ou até da sua cor.

■ PROCESSO DE TRABALHOOutro aspeto que pode causar defeitos

na pintura são os próprios métodos de trabalho. Os fabricantes das tintas acon-selham processos idóneos para pintar peças e painéis de chapa e de plástico, proporcionando à reparação uma quali-dade final de bom nível. Para que tal aconteça é necessário respeitar todas as indicações constantes nas fichas técnicas e cingir-se às recomendações dos fabri-cantes no que respeita à preparação e aplicação das diferentes misturas de tinta, respeitar os tempos de secagem e os de evaporação, os filtros e as espessuras re-comendadas. Desta forma vai ser possível evitar os defeitos.

Por exemplo: diferenças de cor, sombras, rachas, humidades, secagem deficiente, erros na hora de misturar os produtos da tinta ou até de eleger o catalisador e o diluente, tudo isto pode ocasionar falta de opacidade, ou bolhas, entre outros defeitos.

A aplicação errada dos produtos, o au-mento da capa da pintura, o desrespeito dos tempos de evaporação ou pintar com pistola à distância errada da chapa, pode originar defeitos como sombras, altera-ções de cor, bolhas, fissuras ou até pe-quenos defeitos nas camadas de tintas inferiores.

Outra parte importante do processo de pintura, e com influência direta na apari-ção de defeitos, é a lixagem das superfícies antes da aplicação da cor final. A utilização

indevida da lixadora, das respetivas lixas, da espessura dos pratos ou até de discos mais abrasivos vai manifestar-se na forma de pequenos caracóis ou marcas de lixa. Este tipo de defeitos só tem uma solução: começar o trabalho de novo.

Os trabalhos de mascaragem são outro fator de aparecimento de defeitos na pintura. Podem deixar restos de cola, riscos ou pequenas manchas da pulve-rização do verniz em peças que não deveriam receber tinta, manchas de pó ou de sujidade.

Evitar estes defeitos vai depender dire-tamente da perícia do pintor na hora de realizar as tarefas de mascaragem e da correta utilização dos materiais e das fer-ramentas.

Materiais como fitas específicas para as tintas de água, papéis e plásticos ou es-puma para calafetagem são de grande utilidade na hora de pintar.

Em trabalhos de pintura de plásticos também podem surgir, com o tempo,

alguns defeitos, como a perda de aderên-cia ou até rachas na tinta. Para resolver estes defeitos será preciso aplicar produ-tos que promovam a aderência da tinta sobre o plástico ou aplicar verniz 2K.

Eliminar determinados defeitos vai obri-gar a somar um tempo extra à reparação, reduzindo a eficácia e a produtividade com o consequente aumento dos custos da reparação.

■ CONDIÇÕES DE APLICAÇÃOOs defeitos na pintura também podem

ser originados pelas más condições at-mosféricas onde é realizada a aplicação da tinta. Uma temperatura e humidade excessiva fará com que os produtos 2K se tornem mais sensíveis à redução do brilho, enquanto com a temperatura muito baixa corre-se o risco da secagem ser mais lenta. Assim, podem utilizar-se equipamentos auxiliares de temperatura ou desumidificadores, com o objetivo de trabalhar com temperaturas e humidades

idóneas, próximas dos valores recomen-dados na ficha técnica.

■ LIMPAR E DESENGORDURARPara poder evitar ou minimizar o risco

de defeitos, o pintor deverá limpar profun-damente a carroçaria para inviabilizar o aparecimento de manchas. Os processos de trabalho, os equipamentos e as insta-lações influenciam de forma direta a rea-lização de bons trabalhos de pintura. É preciso ter em linha de conta que uma mesma causa pode dar lugar à formação e ao aparecimento de vários defeitos dis-tintos e, por sua vez, o mesmo defeito pode aparecer por causas diferentes. Assim, o pintor deverá realizar um trabalho minu-cioso e de máxima precisão. Se o defeito reincidir, existe no mercado um infindável leque de produtos e equipamentos espe-cíficos para a sua eliminação e correção, como os polish, as lâminas de corte, os toalhetes e os discos de polimento de di-ferentes densidades, entre outros.

A limpeza da pistola é essencial para um trabalho perfeito. A falta de aderência da tinta é outro problema que pode acontecer

O uso correto dos matérias de mascaragem é importante

Um mascaramento defeituoso pode dar origem a pinturas imperfeitas, com as borrachas pintadas como se mostra nas imagens

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Técnica & Serviço

Chanfro do cilindro correto

No bloco motor de automóveis de passageiros, cujos cilindros foram retificados, para eliminar danos

ou deformações derivadas do desgaste, os êmbolos são danificados com fre-quência durante a sua montagem, de-vido ao facto do chanfro da parede do cilindro na sua extremidade superior ser demasiado largo. Os segmentos mais estreitos do êmbolo prendem-se no chanfro, quando o êmbolo é enfiado no cilindro. Como é habitual “ajudar” os êmbolos a entrar no cilindro com algu-mas pancadas de um martelo manual (Fig. 1), se o segmento estiver preso no chanfro, mesmo pressões relativamente moderadas podem causar danos no segmento (ruptura da camada de mo-libdénio, fissuras ou mesmo ruptura).

A coroa do êmbolo e a caixa do seg-mento também podem não suportar o esforço e partir-se. Mesmo que a ruptura não ocorra no momento da montagem, poderá suceder em qualquer altura com o motor em funcionamento (Figuras 4 e 5). Esse facto pode não provocar a pri-são do êmbolo, mas ocasiona alterações na compressão, fraco rendimento do motor e elevado consumo de óleo, tor-nando inevitável nova reparação a curto prazo.

■ SOLUÇÃOO chanfro da parte superior do cilindro

não facilita a inserção do êmbolo no

respectivo cilindro, porque possui geral-mente uma fraca inclinação, com um ângulo de 45º. O verdadeiro objectivo do chanfro é regularizar a extremidade do bloco do motor e eliminar possíveis rebarbas de metal que tenham ficado após a rectificação do cilindro. No en-tanto, o corte de cerca de 0,5mm ou menos é suficiente para corrigir as irre-gularidades que possam existir (Fig. 3).

Como regra prática, o chanfro não deve exceder 1/3 ou no máximo metade da altura do segmento mais pequeno do êmbolo. De qualquer modo, nunca deve exceder o limite de 0,5mm. Com o chan-fro correto, o êmbolo monta-se apenas com a pressão de um dedo (Fig. 2).

› A altura dos segmentos dos êmbolos de motores dos veículos tem vindo a ser reduzida ao longo dos últimos anos, como forma de contribuir para a redução do atrito interno dos motores, que tem um impacto direto no consumo de combustível e nas consequentes emissões de CO2

Retificação de motores

Chanfros mais profundos podem dar melhor aspecto ao bloco do motor, mas irão dificultar a montagem dos êmbolos e provocar os problemas atrás referidos. Além disso, chanfros excessivos reduzem a compressão do motor e alteram o seu funcionamento, Nos motores diesel, o arranque a frio torna-se mais difícil e o rendimento do motor fica diminuído. Nos motores a gasolina, o espaço morto criado pelo chanfro enche-se de depó-sitos carbonizados, que provocam a auto ignição da mistura, gerando emissões de escape mais nocivas (nível superior de HC) e consumo de combustível mais elevado.

Fonte: MS – Motor Service

fig. 1

fig. 5

fig. 4

fig. 3

Chanfro excessivamente largo dificulta a montagem do êmbolo e provoca danos neste

Martelo manual

Ferramenta de montagem do êmbolo

Bloco motor

Êmbolo

Margem de tolerância correta para realizar o chanfro

Imagens elucidativas de danos na coroa do êmbolo ocorridos com o

motor em funcionamento. Embora estes danos não provoquem

geralmente a prisão do êmbolo, os resíduos do material que se

desprendeu podem causar danos nas válvulas, nas sedes das válvulas

e no catalisador, tornando a reparação mais cara

Com um chanfro corretamente realizado, o êmbolo monta-se facilmente e sem riscos de causar danos

fig. 2

Ferramenta de montagem do êmbolo

Bloco motor

Êmbolo

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Jornal independente da manutenção e reparação de veículos ligeiros e pesados

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Pirataria na reparação

À margemda lei

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Automechanika 2014 A grande montra do aftermarket

10º Aniversário Jornal das Oficinas

SALÃO EFEMÉRIDE

Agem pela calada.Sem lenços na cabeça, brincos nas orelhas, palas nos olhos ou pernas de pau. Ao introduzirem no mer-cado equipamentos, softwares e artigos contrafeitos, os piratas constituem uma séria ameaça ao setor da reparação. Tal como bis-cateiros e oficinas clandestinas, ao exercerem a sua atividade de forma ilícita, praticam a evasão fiscal e não cumprem as regras estabelecidas. Pág. 18

TÉCNICA & SERVIÇOPrevenir antes de tratar Os defeitos na pintura

COMÉRCIO & INDÚSTRIA

Volkswagen Golf Sportsvan 1.6 TDI Highline Prioridade à família

Pág. 62

Mesmo que todo o processo de pintura tenha sido realizado de forma correta, podem surgir pequenos defeitos ou imperfeições no acabamento que mancham o produto final.

Pág. 84

Escovaslimpa-vidrosRemovero indesejável

MERCADO

Elemento essencial em matéria de visibilidade e segurança, as escovas limpa-vidros têm a missão de remover tudo o que é indesejável (água e sujidade). Nesta edição, auscultámos o mercado destes componentes através de marcas e representantes. Pág. 58

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0204 Jornal das Of icinas

Mercado

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02

› A economia atual coloca desafios e dilemas frequentes. Um deles é o controlo dos custos, um dos temas mais acutilantes do momento, mas que levanta uma séria questão

Editorial

Controlar custos a qualquer preço? Em muitos casos, os “cortes” na “gordura” acertam em coisas sa-

gradas, como o serviço ao cliente, que ficam negativamente afetadas. Há em-presas que reduzem o pessoal ou as horas de laboração, para fazer face ao aumento dos custos, o que vai acertar em pessoas e atividades “não prioritá-rias”. Mesmo com boa vontade, o serviço ao cliente ressente-se e o cliente acaba por sentir isso mesmo.

No entanto, o serviço ao cliente é a ar-téria principal de qualquer empresa, quer acreditemos ou não. Uma versão atuali-zada do Harvard Management explica porquê: “Oitenta por cento das empresas pensam que estão a prestar um serviço ao cliente excelente, mas apenas 8% des-ses clientes sentem efetivamente que assim é”. A propósito, sabe qual é o índice de satisfação dos seus clientes? Preocupa--se em obter o feedback dos seus clientes?

Provavelmente estas perguntas ficam

A motivação é um ingrediente indispensável para assumirmos os projetos, para nos superarmos e para alcançarmos os objectivos que pretendemos e termos su-cesso. Quando estamos motivados, tornamo-nos mais dinâmicos in-teriormente e exteriormente e começamos a motivar todos à nossa volta. Os nossos empregados ficam motivados, os nossos clien-tes ficam motivados e até as pes-soas que passam na rua sentem essa motivação.

É óbvio que estamos motivados quando somos felizes. Talvez a melhor maneira para definir e ten-tar compreender melhor o que é a motivação seja pensar no que sentimos, quando imaginamos que vamos passar alguns dias num hotel de 5 estrelas. É uma sensação magnífica e só podemos começar a contar todos os segundos que faltam para lá chegar. Se nos sen-timos extraordinariamente moti-vados para ir a um hotel de 5 estrelas, onde encontramos a total satisfação das nossas mais elevadas expectativas, não podemos espe-rar que os nossos clientes se sintam motivados a ir a empresas sem atrativos e onde não existem as mínimas expectativas. Se estiver-mos realmente motivados e acre-ditarmos na motivação como motor da economia, temos a obri-gação moral e cívica de transformar as nossas empresas em autênticos templos da motivação, onde os clientes se sintam efetivamente príncipes e vejam integralmente contemplados todos os seus direi-tos, necessidades e expectativas.

É evidente que isto é um sonho e todos os sonhos têm o seu preço, cujos limites são a capacidade de investir e o retorno do investi-mento. Mas, isso não é o essencial. O essencial é a motivação. Sem motivação não há projetos.

DIRETOR: João Vieira - [email protected]

Redação: Bruno Castanheira - [email protected] / Jorge Flores - [email protected] Diretor Comercial: Mário Carmo - [email protected] Arte e Multimédia: António Valente

Serviços administrativos e contabilidade: [email protected]: Mensal Assinaturas: [email protected]

© COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do “JORNAL DAS OFICINAS”IMPRESSÃO: FIG, Indústrias Gráficas, SA – Rua Adriano Lucas – 3020-265 Coimbra Telef.: 239.499.922 N.º de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03 TIRAGEM: 10.000 exemplares

em muitos casos sem resposta. A culpa é do facto da experiência do cliente ser uma coisa quase imaterial, mágica. No entanto, ela resulta de ação e da atenção do ele-mento humano. Não esquecer nunca que o cliente tem sempre razão e que a nossa função é fazer com que esse cliente tenha cada vez mais razão.

Compromisso, resposta às necessidades dos clientes, preocupação e empatia emo-cional são ferramentas que não devem faltar no relacionamento que temos com os clientes. Há o risco dos negócios atual-mente se tornarem muito voltados para dentro de si próprios, esquecendo a óbvia obrigação de dar voz aos clientes e saber quais são na verdade as suas expectativas e necessidades.

É fundamental ter presente que, para ser bem sucedido a longo termo, a expe-riência do cliente tem que ser vista como o somatório dos fatores que comprome-tem o cliente com a empresa e a(s) sua(s) marca(s), ao longo de todo o ciclo da sua

AP COMUNICAÇÃO - PROPRIEDADE E EDITOR: João Vieira Publicações, Unipessoal, Lda. SEDE: Bela Vista Office, Sala 2.29 - Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A - 2735-336 Cacém - PortugalTel.: +351 219 288 052/4 - Fax: +351 219 288 053

E-mail: [email protected] GPS: 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W Parceiro em Espanha

.es

Serviço ao cliente Motivara motivação

04 Jornal das Of icinas

Mercado

Expectativas e necessidadesA chave para um óptimo serviço ao cliente é

F.O.C.U.S.F = Formalize as necessidades dos seus clientes.

O = Organize a empresa e os seus meios para cumprir os seus obje-tivos de serviço ao cliente.

C = Colha e analise toda a infor-mação e dados relativos aos seus clientes. Qual é o histórico de pro-duto de cada um?

U = Um bom gestor sabe ouvir os seus clientes, inteirando-se plena-mente das suas preocupações e das oportunidades que represen-tam para a empresa.

S = Selecione todos os meios ne-cessários para desenvolver um plano que atenda claramente as necessidades do cliente.

Está no bom caminho, mas não caia na armadilha de ser o “maior”. Quanto maior for a quota de mer-cado da empresa, maior é o risco dela cometer o erro de tomar os seus clientes como um dado adquirido e garantido. Os clientes são tudo, menos estatísticas. A nossa função é nunca deixar de demonstrar que nos preocupamos com eles, com o nosso pensamento mais positivo e com a nossa ação mais eficaz.

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Serviço ao cliente ● Nunca se queixe dos seus clientes, porque são eles afinal que pagam a fatura!● Nas reuniões da empresa, na falta dos próprios clientes, alguém devia estar designado para dar voz aos clientes.● Todas as decisões deviam ser tomadas na óptica de servir o cliente.● Mesmo que o cliente esteja errado, tem sempre razão.● Peça a um cliente com o qual tenha plena confiança para ir a uma reu-nião da empresa falar das suas expectativas em relação a ela.● Quando um cliente perde a paciência, eis uma grande oportunidade para a empresa e a sua equipa demonstrarem o seu propósito.● Antecipe as previsíveis questões, necessidades e problemas do cliente. Faça com que isso pareça natural, espontâneo e sem esforço. Todos sabe-mos que fazer parecer uma coisa mais simples do que é de facto, custa mais do que parece. ● Demonstre o valor da sua oferta e mantenha-se fiel a ele.● Desenvolva um processo de proporcionar excelência aos clientes, inde-finidamente. ● Faça uma avaliação regular dos clientes, a partir dos dados que eles fornecem. Isso irá dizer se os padrões do serviço estão em linha com o previsto ou não. Os grandes líderes utilizam todas as ferramentas formais e informais para saber se os clientes concretizam as suas expectativas. ● A empresa com o melhor serviço ao cliente é antecipadamente vencedora.● O cliente busca pontos de contacto humanos, uma voz que lhe dê apoio no outro lado da linha (as linhas de atendimento telefónico automático são uma invenção diabólica!), uma resposta no tempo certo a um sms ou uma mensagem de voz, um e-mail, assim como uma forma criativa de enfrentar uma crise do cliente. Eles pretendem um serviço ao cliente profissional, que seja capaz de escutar!

Tome Nota

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existência como cliente. O melhor serviço ao cliente começa desde logo pelo moral elevado dos empregados. Eles sentem-se efetivamente bem com o que fazem e como fazem? O pessoal do seu serviço ao cliente convive frequentemente com os clientes da empresa, ou limita-se a trocar mensagens electrónicas com eles? Há uma certa diferença, sabia?

Além disso, essa equipa entende com clareza e valoriza as necessidades da base de clientes da empresa? Eles consideram

o seu contributo decisivo para a empresa alcançar os seus objectivos? São aprecia-dos pelo trabalho que realizam? A sua empresa realmente valoriza adequada-mente o serviço ao cliente ou considera que se trata de um mal necessário? Ob-viamente, as empresas que tratam bem o seu pessoal estão em melhores condi-ções de pedir a essas pessoas que se preocupem e acarinhem os seus clientes. Essa é a grande força da pedagogia do exemplo.

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Efeméride

Por: Jorge Flores e Bruno Castanheira

› Numa edição em que comemora 10 anos de vida no mercado, o JORNAL DAS OFICINAS faz um balanço do caminho percorrido. Para isso, nada melhor do que ouvir a opinião dos seus parceiros de “viagem”

Uma década! Num mundo vivido ao segundo e num setor afterma-rket em contínua evolução, cele-

brar 10 anos de existência será sempre motivo redobrado de regozijo. Convida a refletir sobre o caminho já percorrido, mas também a olhar para a frente, para o futuro. Sempre em conjunto com os nossos parceiros de viagem.

Nesta edição comemorativa, o JORNAL

DAS OFICINAS (JO) auscultou a opinião daqueles que o tornam possível, passo a passo, mês a mês, ano a ano.

Pedro Proença, rosto da UFI Filters Ibé-ria, “enquanto leitor”, classifica de “positivo” o balanço dos primeiros 10 anos. Destaca a capacidade de adaptação à evolução do mercado. “Aqueles que se adaptam sobrevivem e há 10 anos existiam outras publicações que hoje não existem”.

Já Ricardo Kendall, administrador da Midas Portugal defende que o JO “é uma leitura essencial” no setor, apresentando “um conteúdo profissional e isento”, sempre com “informação atualizada” e com “vários e diferentes tipos de artigos muito interessantes e inovadores”, adianta.

“Muito interessante”, uma vez que per-mite uma “visão global do que é o mer-

cado português”, assim descreve o JO Salvador Grima, diretor comercial da Gates, que elogia ainda a “diversidade dos temas de atualidade” do jornal.

Balanço semelhante faz Jorge Sala, responsável da MANN+HUMMEL Ibérica: “O balanço não pode ser mais positivo. Trata-se de uma publicação de referên-cia no mercado português, que, por um lado, dá voz aos seus parceiros, como MANN+HUMMEL, e, por outro, mantém informado diariamente o setor do pós--venda”, sustenta.

■ UMA HISTÓRIA BONITA“O JO deixou de ser uma promessa há

muito tempo para se tornar no primeiro jornal de referência sobre o aftermarket no que diz respeito ao mundo do auto-móvel”, afirma, categórico Rui Lopes, responsável da RPL Clima.

Pedro Barros, managing partner da Tips4y, por sua vez, “há muito” que deixou de ver o JO como apenas um jornal, mas antes como “uma ferramenta de trabalho”, ou como “uma fonte de informação trans-versal aos vários canais de distribuição, que nos permite comunicar! O JO veio resolver um dos principais problemas do sector, a comunicação, o trabalho é bastante positivo, caso contrário não tinha nascido a concorrência!”, enfatiza.

Joaquim Candeias, responsável máximo da Automotive Distributors defende que “dez anos de sucesso são sempre uma história bonita de se contar”, mas, por “falta de espaço”, diz, limita-se a dizer que, desde que nasceu, o JO demonstrou

“como é possível estar no topo, com elevado nível de profissionalismo, sem-pre com distinta dignidade, com uma capacidade enorme de adaptação, com uma evolução própria sempre virada para

Parceiro entre Parceiros

Jornal das of icinas 10º. aniversário

“O JO deixou de ser uma promessa há muito tempo para se tornar no primeiro jornal de referência do

aftermarket”

Rui Lopes, RPL Clima

“Veio resolver um dos principais problemas do setor, a

comunicação. O balanço é bastante positivo ou não tinha

nascido concorrência”

Pedro Barros, Tips4Y

“O JO é um marco histórico na perceção do mercado do pós-

venda em Portugal. Ajuda-nos a ver as principais tendências do

setor”

Luís Santos, Impoeste

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o mercado em que está inserido e final-mente com uma invejável postura de dedicação ao mercado pós-venda auto-móvel independente em Portugal. É um exemplo a seguir, que eu muito considero e respeito, e que olho como uma refe-rência para o nosso mercado!”.

Teixeira Lopes, da ARAN, chama a aten-ção para o enfoque que o JO colocou, desde sempre, na “vida das empresas dedicadas ao pós-venda e acessórios”, tornando-se “parte indispensável da leitura dos empresários e de todas as pessoas interessadas nesta área de ne-gócio”, afirma, exemplificando: “Novida-des, conselhos práticos, partilha de experiência, eventos, informação perti-nente sobre gestão, reconhecimento de sucesso de empresas”, refere, “tem sido, durante estes anos, uma mais valia ao setor automóvel”.

“Uma referência no panorama jorna-lístico do mercado de reposição auto-móvel em Portugal, tem-se evoluído e adaptado”. É desta forma que Catherine Chatellard, responsável da ContiTech,

boas práticas para o mercado. Tem aju-dado a unir o mercado através da orga-nização dos vários congressos onde são debatidas e apresentadas várias situações para um melhor entendimento do mer-cado”.

“Penso que a publicação tem evoluído de acordo com as necessidades do mer-cado. Tanto na parte editorial, como nos meios em que é publicado, via newslet-ters, site e Apps para equipamentos móveis”, afirma Pedro Díaz, da TRW. Um pensamento, de resto, muito parecido com o de Alexandre Ferreira, vice-presi-dente executivo da ANECRA, que elogia o jornal pela informação “diversificada e pormenorizada, no respeitante ao pós--venda automóvel, sendo particular-mente orientada para as oficinas independentes, o que é tanto mais im-portante, quanto estas empresas têm um peso muito significativo, no universo do setor em apreço”, explica o responsável ao JO.

Responsável pelo departamento de Marketing da Liqui Moly Sadhna Mon-teiro reconhece que não acompanha o JO há tanto tempo, uma vez que entrou para a empresa há cerca de dois anos, mas assegura que, da sua experiência direta, “o que observo nos últimos anos é o esforço em serem dinâmicos e acom-panharem novas tendências. Julgo que tem sido uma boa evolução já que con-seguiram surpreender um mercado que se encontrava um pouco saturado”.

Por sua vez, Jorge Baptista, gestor co-mercial da Exposalão opta por salientar “o crescimento notável” da publicação” nos seus primeiros 10 anos. “É uma pu-blicação muito interessante e que aborda temas atuais”, conclui.

■ MAIS-VALIAS PARA EMPRESASMas um jornal só pode considerar-se

bem sucedido quando contribui para o sucesso dos seus parceiros de viagem. Pedro Proença, da UFI Filters Ibérica di-vide as mais-valias do JO em duas partes. “Para o Pedro leitor, permite ter uma panorâmica do setor, das principais no-tícias tanto relacionadas com oficinas como com a distribuição e fabricantes. Para o anunciante, é um suporte privi-legiado na divulgação das marcas já que atinge um grande leque daqueles que são o nosso alvo de comunicação”, ga-rante.

Aquilo que Ricardo Kendall, da Midas mais aprecia no JO são as “novidades” que encontra, “seja ao nível de equipa-mento e ferramenta seja ao nível  do mercado/ concorrência”. Mais ou menos o que sente Salvador Grima, da Gates. “O que mais vale é a informação da atua-lidade real do mercado e as novidades dos fabricantes. Também valem as solu-ções a tratar nos problemas diários do mercado atual.

É um jornal onde a visão atual do mer-cado está muito presente, procurando soluções”, afirma o responsável.

As “informações técnicas de relevo” são aquilo que Jorge Sala, da MANN+HUMMEL Ibérica mais aproveita do JO. Segundo acrescenta o mesmo interlocutor, o jor-

classifica a primeira década devida do JO., considerando-o um “meio muito útil na nossa vida da todos os dias para es-tarmos sempre informados das mudan-ças e desenvolvimentos no mercado português”.

■ PERCEÇÃO DO MERCADOO gestor da Berner, Carlos Esteves des-

creve como “importante” o papel do JO na “divulgação de empresas e produtos junto das oficinas, bem como na partilha de conhecimento entre parceiros forne-cedores”. Enquanto, por seu turno, Luís Santos, administrador da Impoeste, vai mais longe” e define-o como “extrema-mente positivo” e como “um marco na perceção do mercado”, o balanço dos 10 anos do jornal. “Foi e é um projeto no qual reconhecemos uma parte muito importante da divulgação dos desafios, obstáculos e necessária perceção das soluções para o negócio de milhares de empresas e trabalhadores em Portugal”, explica o responsável, que considera “gratificante ler o seu conteúdo e perce-

ber não só a complexidade do nosso negócio pós-venda, como, também, o ponto comum de partilha de informação que é o JO”, afirma. Mais opiniões?

Luís Serápio, da Auto Serápio acredita que informação especializada na área do aftermaket tem sido “bem tratada” nas páginas do JO., razão pela qual o “número de leitores tem aumentado gradualmente e os resultados estão à vista”.

Para Catarina Correia, da ACAP, o JO assumiu-se como uma publicação de referência, “onde podemos encontrar informação de qualidade relativa ao pós--venda automóvel”. E acordo com Amí-lcar Nascimento, diretor comercial da Exide Portugal, o jornal tem desempe-nhado um papel relevante “no desen-volvimento e notoriedade do setor”. Mais. Nas suas palavras, “tem contribuído para o conhecimento dos vários intervenien-tes no setor e algumas das suas opiniões. O JO tem sido o grande impulsionador no desenvolvimento do setor dando a conhecer muitos produtos e a divulgar

“Tem sido o grande impulsionador no desenvolvimento do setor,

dando a conhecer muitos produtos e divulgando boas

práticas para o mercado”

Amílcar Nascimento, Exide

“É um jornal onde a visão atual do mercado está muito presente.

Também valem as várias soluções para os problemas diários do

setor”

Salvador Grima, Gates

“Julgo que tem tido uma boa evolução, já que conseguiram

surpreender num mercado que se encontrava um pouco saturado”

Sadhna Monteiro, Liqui Moly

“As informações técnicas têm relevo. O JO tornou-se num

manual de consulta para o setor. Importante também por dar voz

aos parceiros”

Jorge Sala, MANN+HUMMEL

“Para o anunciante é um suporte privilegiado na divulgação das

marcas, já que atinge um grande leque daqueles que são o alvo da

comunicação”

Pedro Proença, UFI Filters

“Gosto de ler página por página e atualizar-me sobre tudo, porque

infelizmente não consigo dispensar o tempo que gostaria

para visitar o mercado”

Joaquim Candeias, Automotive Distributors

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Produzimos a primeira edição do JO com a am-bição de reunirmos numa única publicação todo o aftermarket nacional. Passados dez anos temos consciência de que há ainda muito para fazer, mas ficamos orgulhosos por ver que os diversos agen-tes económicos consideram o JO uma publicação de referência para divulgarem os seus produtos e serviços junto do público alvo do jornal: as oficinas automóveis.

Contar em poucas palavras a história do JO é di-fícil, pois o jornal tem passado por várias etapas, mas sempre com a preocupação de ser uma publi-cação dirigida às oficinas, com informação útil para os profissionais do sector da reparação e manuten-ção automóvel. O JO veio preencher uma lacuna existente no sector da comunicação social nacional, permitindo a todos os interessados na área do af-termarket terem um elo de ligação, comunicação, informação e de troca e partilha de experiências. Fomentámos uma “união” em prol de objectivos comuns, seja através das mesas redondas, workshops, conferências e simpósios que todos os anos organizamos, ou dos alertas e artigos sobre áreas relevantes para todo o negócio deste sector. Somos uma ferramenta que ajuda a conseguir ob-ter uma visão mais global do negócio, contribuindo para o aumento de conhecimentos nesta área que, como sabemos, se encontra em constante evolução.

Reconhecemos que o mercado tem ainda muitos profissionais carentes de informação que os auxilie a gerir melhor as suas empresas. Por outro lado, os automóveis estão a evoluir muito rapidamente e o acesso à informação técnica é imprescindível, o que obriga as oficinas a estarem melhor equipadas

e com profissionais cada vez mais competentes.Com a publicação de conteúdos formativos, não

só nas áreas técnicas, mas também de marketing, vendas e gestão em geral, temos dado o nosso contributo para ajudar os profissionais do sector a ficarem mais atualizados sobre as novas tecnologias e os novos modelos de negócios que vão surgindo no mercado.

Muitas das reportagens e entrevistas que publi-cámos ao longo das mais de 100 edições do JO, aconteceram porque as empresas nos contactaram, manifestando o seu interesse em aparecerem nas páginas do JO. Para nós é muito gratificante saber que as empresas valorizam o nosso trabalho e querem estar presentes no Jornal para divulgarem as suas organizações e o trabalho que estão a desenvolver nos sectores onde desenvolvem a sua atividade.

Temos o privilégio de conhecer bem a realidade do sector pós-venda automóvel em Portugal. Visi-tamos mensalmente muitas empresas de norte a sul do país e entrevistamos desde gestores e em-presários, a mecânicos, eletricistas e pintores. Todos têm contribuído para enriquecer a informação que publicamos, porque cada empresa que visitamos tem sempre algo de novo para apresentar, sejam novos produtos ou serviços, estratégias de marke-ting inovadoras, novas técnicas de reparação ou novos modelos de negócios.

Sem haver esta aproximação com as empresas e as pessoas que lá trabalham, seria impossível termos chegado até aqui, porque no jornalismo especia-lizado, tal como acontece nas outras profissões, o mais importante são as relações humanas e os

laços de amizade que se criam ao longo de muitos anos de convívio e de contactos profissionais.

Hoje, para além da edição em papel, o JO está também disponível em edição digital, que pode ser vista em computador, tablet ou smartphone. Para além disso conta com atualizações diárias no seu site da internet, uma aplicação móvel app dis-ponível para download gratuito na App Store, e o Jornal das Oficinas TV, um noticiário on-line onde damos voz e imagem aos protagonistas do setor e divulgamos as principais novidades lançadas no mercado. Também estamos presentes no facebook, onde contamos com cerca de 6.000 “amigos” pro-fissionais que nos seguem com assiduidade.

Para finalizar, quero deixar um agradecimento muito especial a todos os jornalistas que já passa-ram pelo Jornal, pois o sucesso do JO não seria possível sem o contributo dos seus artigos e opi-niões. E também às empresas que escolhem o JO para anunciar os novos produtos e serviços que lançam no mercado. Por fim, obrigado aos milhares de leitores que nos leem desde o primeiro número. São eles que nos motivam e incentivam para fazer-mos um JO cada vez melhor, mais informativo e inovador.

Vamos continuar a nossa missão de informar de forma livre, isenta e desligada de quaisquer inte-resses, fazendo a ponte de ligação entre os fabri-cantes/distribuidores/retalhistas e as oficinas, com o objectivo de levar a todos os que trabalham neste mercado informação atualizada sobre o que de mais importante se passa no aftermarket nacional e in-ternacional.

João Vieira

› Pioneiro na imprensa especializada dedicada ao aftermarket, o JORNAL DAS OFICINAS está atento às novas tendências da comunicação e às inovações do setor

Sempre com o aftermarketInformação profissional para as oficinas

nal “tornou-se num manual de consulta para o setor”.

Rui Lopes, da RPL Clima, destaca desde as “leituras técnicas” aos “possíveis for-necedores/clientes” que pode ficar a conhecer como os principais benefícios que extrai da leitura do JO. Pedro Barros, da Tips4y sublinha a importância de “ter acesso a informação que me permita antecipar ou reajustar estratégias de negócio, identificar oportunidades, co-nhecer melhor alguns produtos e o seu mercado”. Tal como Joaquim Candeias, da Automotive Distributors, que admite que pode demorar alguns dias até ter “disponibilidade” para ler o jornal, quando chega, todos os meses, mas mal consegue, fá-lo “adequadamente!”. Como explica, “não sou do tipo de folhear e já está… dois minutos foi suficiente! Eu gosto ver/ler página por página e atua-lizar-me sobre tudo, porque infelizmente não consigo dispensar o tempo que eu gostaria para visitar o mercado”, afirma. Por tudo isso, acrescenta que “a grande mais valia que o JO me oferece é uma

“O JO dá uma visão de que o futuro pode trazer-nos, com a

evolução do mercado. É também uma forma de entrar em contacto

com os vários players”

Catherine Chatellard, ContiTech

“A mais valia do JO é o conhecimento de potenciais

clientes, assim como de toda a transformação que se tem verificado no mercado das

oficinas”

Carlos Esteves, Berner

“Gostamos de estar a par das novidades do nosso setor. Daí

recorrermos à informação do JO sobre os novos produtos a

apresentar no mercado”

Luís Serápio, Auto Serápio

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Estamos no início de uma nova dé-cada na vida do JO com a garantia de que o rumo que traçamos será pros-seguido. Com o nosso conhecimento e experiência, queremos continuar a produzir os melhores conteúdos para os profissionais do sector, divulgando as novidades e as melhores práticas, para os ajudar a manterem-se atuali-zados e assim criarem vantagens com-petitivas.

Hoje, mais do que nunca, o nosso contributo para o desenvolvimento do sector Pós-venda automóvel em Por-tugal assume uma importância vital. Temos uma estratégia, um projeto e uma equipa determinada em dar a melhor informação para o seu negócio.

A equipa que mensalmente produz o JO agradece a preferência e orgulha--se de ter os melhores leitores do mundo.

Fazer mais e melhor!Equipa JORNAL DAS OFICINAS

compilação de informação que me ajuda a manter atualizado e informado sobre o nosso setor”.

REVELAR POTENCIAIS CLIENTESOs conteúdos “bem pensados e prepa-

rados” são para Teixeira Lopes, da ARAN, uma boa ferramenta na gestão das em-

presas. “Os artigos de informação sobre produtos novos no mercado, boas prá-ticas de empresas, partilhadas com os leitores, o feedback dos eventos de alta qualidade organizados pelo JO (por exemplo o Simpósio Ibérico Aftermarket IAM no Estoril), sem sombra de dúvida, ajudam os empresários a tomarem de-

cisões acertadas e fornecem informação pertinente de uma forma constante – tendo em conta que a edição é mensal”. Catherine Chatellard, da ContiTech, por outro lado, realça o conhecimento que obtém em termos “dos agentes do mer-cado”, além da “visão do que o futuro pode trazer-nos, com a evolução do

mercado e para onde vai”, e, finalmente, representa uma forma de “entrar em contacto com os vários players deste mercado”.

“O conhecimento de potenciais clientes, assim como de toda a transformação que se tem verificado no mercado das oficinas. Nomeadamente, a sua organização e politicas de desenvolvimento. A entrada de novos operadores inclusive na esfera da nossa concorrência direta”. São estas as principais valias que Carlos Esteves, da Berner encontra, todos os meses, no JO. Luís Santos, da Impoeste prefere antes destacar “a constante atualização da in-formação e a importância dos temas abordados nas diversas edições. Também a perceção da evolução do negócio e os pontos de tendência que vamos aperce-bendo existirem”, afirma.

A necessidade de estar “a par” com as novidades do setor é o que faz Luís Será-pio, da Auto Serápio recorrer à informação do jornal. O interesse pelas “questões práticas” é algo que também não dispensa na sua leitura do JO.

“Numa perspetiva associativa, em que me encontro, de apoio à promoção e desenvolvimento do setor de atividade que a ACAP também representa”, adianta Catarina Correia, “é importante conhecer os problemas e desafios que se colocam aos empresários do pós-venda, para en-contrar soluções adequadas a um maior e melhor negócio”.

Ajudar a tirar o véu sobre alguns “secto-res de mercado que não conhecia tão bem”, a manter-se “a par do lançamento de novos produtos e a conhecer a opinião de alguns dos seus intervenientes” são as grandes vantagens que o JO leva mensalmente até Amílcar Nascimento, da Exide.

Pedro Díaz, da TRW admite que é essen-cial estar informado não apenas sobre as novidades, mas também sobre a concor-rência”. Por outro lado, acrescenta,“é um meio para divulgarmos novidades e no-tícias sobre os nossos produtos, bem como é um canal para fazermos publicidade”.

Para Alexandre Ferreira, da ANECRA, “o carácter informativo que se apresenta em cada edição, sistematicamente atualizado e a preocupação formativa que lhe é sub-jacente, porque está justamente ade-quada às necessidades genericamente sentidas pelos empresários e profissionais das Micro e PME´s deste segmento do setor automóvel, constitui, sem dúvida, um excelente valor acrescentado propor-cionado por este jornal”.

Além da “distribuição” que Sadhna Mon-teiro, elege como um “ponto forte, pois chega a todo lado”, a responsável da Liqui Moly aprecia o facto de o JO aproximar “muito o cliente oficina às marcas e não necessita necessariamente de ser através de notícias excepcionais. Eventos, lança-mentos de produtos, formações”, entre outros, “tudo vem referenciado num único meio de comunicação”, refere.

A pensar no “bom desempenho” da nossa atividade”, Jorge Baptista, respon-sável da Exposalão, destaca como mais valias as informações importantes” vei-culadas pelo JO, bem como o seu sólido “conhecimento e atualização”.

“Numa perspetiva associativa, é importante conhecer os

problemas e desafios que se colocam aos empresários do setor

do pós-venda”

Catarina Correia, ACAP

“Aprecio as novidades tanto ao nível de equipamento e

ferramentas como ao nível do próprio mercado e da

concorrência”

Ricardo Kendall, Midas

“É um meio para divulgar novidades e notícias sobre os

nossos produtos, bem como um canal para fazer publicidade”

Pedro Díaz, TRW

“O feedback dos eventos organizados pelo JO (Simpósio

Ibérico Aftermarket, por exemplo) ajudam empresários a tomar

decisões acertadas”

Teixeira Lopes, ARAN

“A informação é diversificada e pormenorizada, sendo orientada para as oficinas independentes, o

que é importante”

Alexandre Ferreira, ANECRA

“É uma publicação muito interessante e que aborda temas muito atuais. Nestes 10 anos teve

um crescimento notável”

Jorge Baptista, Exposalão

A equipa do Jornal das Oficinas está empenhada em prosseguir o rumo traçado desde o início do projeto fazendo do JO a ponte de ligação entre os fabricantes/distribuidores e as oficinas

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Peças unidas› O DPAI é o braço forte da ACAP para o setor das peças e acessórios independentes. Nesta edição, ouvimos Joaquim Candeias, presidente do organismo, realçar a importância do sentido de associativismo no meio. E medimos o pulso aos representantes das várias comissões especializadas que integram esta divisão

Por: Jorge Flores

Uma peça unida será sempre uma peça mais forte. É com este espírito de “co-munidade” que a Divisão de Peças e

Acessórios Independentes (DPAI) da ACAP trabalha todos os dias. Joaquim Candeias, presidente do organismo, eleito em 2013 para um mandato de três anos, garante ao JORNAL DAS OFICINAS que aquilo que o “motiva” nas suas funções é a oportunidade de dar “con-tinuidade” ao bom trabalho “desenvolvido dentro da ACAP nos últimos anos”. Um sen-timento de trabalho realizado, traduzível quer por uma “representatividade do setor muito mais abrangente na Divisão”, quer pelos “ob-jetivos bem definidos para o triénio, com

projetos partilhados por diferentes membros da Comissão e com grande envolvimento”, ou ainda pela “promoção e criação de Co-missões Especializadas (ver caixas nestas páginas) que já estão em plenas funções, e que certamente trarão grandes mais valias para o nosso setor no futuro”, revela.

Até 2015, altura em que terminará o seu mandato, Joaquim Candeias tem várias metas: “Representar os interesses do sector pós-venda independente, devidamente organizado nos seus diferentes canais, para garantir a conti-nuidade e o futuro dos seus agentes”. Mas não só. “Salvaguardar uma concorrência livre, eficaz e saudável entre os seus pares, dinamizar, pro-

DPAI / ACAP

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mover e credibilizar o sector junto do mercado pós-venda independente e da opinião pública”. Tudo isto, ao mesmo tempo que continuará a “defender os interesses do sector junto do Governo, Administração Pública e Comissão Euro-peia”, acrescenta o presidente da DPAI, que tratará ainda, se possível, “antecipar aos seus associados a informação sobre a legislação do sector que influenciará o seu negócio no presente e no futuro”.

■ LUGAR AO ASSOCIATIVISMOEntre as principais dificuldades da DPAI,

Joaquim Candeias sublinha os precon-ceitos existentes contra o “associativismo”. “Infelizmente é uma questão de menta-lidades, que demora imenso a mudar. Somos um povo que se fecha muito, não querendo partilhar com receio de ter dissabores ou perdas. Eu penso exata-mente ao contrário, que com a partilha e a força de todos, somos muito mais fortes e possivelmente invencíveis. Aprendemos todos uns com os outros, e isso só é pos-sível com o relacionamento e com a co-municação!”, sustenta.

O aftermarket nacional tem algumas necessidades específicas. E Joaquim Can-deias elenca-as facilmente: “direito à re-paração; livre acesso às peças, equipamentos, informação de manuten-ção e reparação; melhorar os recebimen-tos e consequentemente o cash-flow das empresas; estar preparado para um mer-cado cada vez mais complexo tecnologi-camente e competitivo (formação técnica, certificação, gestão e comportamental)”. Mais: “aumentar e melhorar a notoriedade do pós-venda independente junto do consumidor final; ter acesso a informação que permita monitorizar os dados globais do negócio; ter acesso a dados de gestão que permitam às empresas fazer bench-marking em relação às melhores práticas do sector e conhecer os dossiers atuais que vão influenciar, hoje e amanhã, o negócio do pós-venda automóvel”, cha-mando a atenção de “como isso pode afetar as suas empresas”, aponta.

■ DINAMIZAR SETOROs objetivos da DPAI até 2015 são mui-

tos, mas há um primordial. “Unir o setor para o fortalecer”, algo que “só poderá ser possível com a dinamização associativa!”, vaticina Joaquim Candeias. Só depois se poderão desenvolver outros projetos “imprescindíveis para a continuidade do nosso negócio, salvaguardando as boas práticas e essencialmente as boas renta-bilidades para todos os agentes envolvi-dos”. Ou pensar em tornar o pós-venda automóvel independente “num setor credível e muito considerado na sociedade portuguesa”, confessa.

Se pudesse implementar duas ou três medidas imediatas para dinamizar o af-termarket, Joaquim Candeias não hesi-taria. “Criava incentivos diversos para a dignificação do setor (de um modo cons-trutivo e nunca repressivo), promovendo as boas práticas, acabando com evasões fiscais ou outras práticas inaceitáveis e dando oportunidades a todos de igual modo”, assegura o presidente da DPAI.

› A criação de um observatório do setor, com publicação dos dados estatísticos das peças e pneus é uma missão assumida pela DPAI

› Como pode uma oficina manter-se competitiva a nível de conhecimentos técnicos e marketing, com os custos destes serviços a aumentar e as margens de lucro a diminuir?

“O tempo de navegar à vista acabou”

“É no presente que preparamos o futuro”

Pedro Barros, Comissão Executiva da DPAI

João Nunes, Representante das Oficinas Multimarca Independentes

Pedro Barros, representante da Comis-são Executiva do organismo explica como tudo começou. “Quando lançámos o estudo sobre os rácios do sector, preten-díamos disponibilizar uma ferramenta de gestão. Mais tarde, pensámos que seria importante desenvolver um obser-vatório, onde para além deste estudo, se pudesse incluir dados socio-económicos que pudessem auxiliar os gestores a su-portar os seus reports no enquadramento atual”. O projeto foi evoluindo, tendo os seus mentores decidido incluir posterior-mente a “caracterização e evolução do parque automóvel, os dados da atividade do pós-venda de peças e pneus”, adianta. No entanto, acrescenta Pedro Barros, “a maior parte destes dados são anuais e só fazem sentido analisar uma vez por ano!”...

Porquê? Com a “redução da atividade económica e de novas oportunidades ou modelos de negócio, somos obrigados a ter informação mais regular que nos possibilitem corrigir o rumo estratégico das empresas. O tempo da navegação à

João Nunes, responsável da Comissão Especializada das Oficinas Multimarca Independentes da DPAI responde à questão do “milhão de dólares”. “Bem, nesta área da informação existem vários operadores que têm efetuado um tra-balho de excelência, apesar das várias dificuldades com que se tem deparado. (A constante evolução tecnológica do automóvel a libertação de informação por parte dos fabricantes, entre outros)”, adianta. E acrescenta. “Apesar dos altos custos que todos estes processos acar-retam, não devemos deixar de conti-nuar de investir nos equipamentos e na formação essencial para continuar a proporcionar a continuidade de um bom serviço. Relembrando que é hoje no presente que preparamos o futuro”, sublinha.

João Nunes acredita que “a existência de um bom DMS, e de um colaborador com alguma dedicação à função poderá fazer a diferença” e será “sempre um bom investimento”. E exemplifica: “in-formar o cliente de uma reparação que ficou programada em espaço de tempo

vista já acabou. Neste momento estamos a desenvolver uma pool de dados auto--alimentada pelas empresas a ser inte-grada no observatório. A ideia é perceber a evolução e tendência do negócio”, afirma.

Separar para conhecerSó é possível saber para onde se vai

depois de se saber onde se está. E este

ou quilómetros, da possível revisão ou inspeção, até mesmo o relembrar da nossa existência. A boa implementação e gestão destas aplicações informáticas são neste momento uma mais valia a ter muito em conta”.

Atendimento personalizadoOs conceitos de serviço ao cliente

conseguirão manter-se no futuro com

é justamente o “ponto de partida” do acordo de parceria com Paulo Luz, da Tcagest, sobre a “Avaliação e Diagnós-tico Financeiro das Empresas do sector aftermarket”.

Segundo Pedro Barros, a ideia “é co-nhecer exatamente o ponto de partida para a minha estratégia; em que situa-ção me encontro! Separar os problemas de tesouraria dos de exploração, veri-ficar se existem pontos de debilidade a serem corrigidos, de forma a preparar a empresa a seguir a sua estratégia. Ajudar as empresas a medir, porque gerir é medir!”, afiança.

Outra das questões fundamentais da DPAI é a formação dos players do setor. Nesse sentido, diz o representante da Comissão Executiva, “a maior parte das empresas do nosso sector são familia-res”, e a “sucessão” é algo que preocupa. “É necessário assegurar a continuidade das boas empresas. Estamos a estudar a possibilidade de uma formação sobre Gestão e Continuidade das empresas familiares”, alerta.

custos enormes e reduzida taxa de fi-delização? João Nunes pensa que sim, “mas o mais provável é que nem todos operadores que existem no mercado, nas áreas da reparação automóvel, se consigam adaptar às exigências do futuro cliente, que está cada vez melhor informado e que exige um trabalho de qualidade e sem surpresas”. Segundo defende, é crucial “apostar num bom serviço na área da reparação, mas es-sencialmente devemos apostar cada vez mais num serviço de atendimento personalizado e diferenciado a cada cliente”.

João Nunes defende que “Todos os reparadores devem apostar na sua integridade e a formação e a atualiza-ção das ferramentas informáticas são um grande passo para o sucesso. Com uma regulamentação eficaz por parte das entidades competentes, obrigando a que todos os operadores de reparação automóvel fossem oficinas credíveis, ou seja, teriam que estar qualificadas para poderem operar no mercado de reparação automóvel”.

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› Joaquim Regueira, da Comissão Especializada de Retalhistas de Peças considera que o retalho de peças automóvel tem sido prejudicado pela crise económica

“Importa aumentar capacidade de oferta”

“A manutenção dospneus cabe ao condutor”

“Portugal tem caraterísticas específicas”

Joaquim Regueira, Representante de Retalhistas de Peças

Ribeiro da Silva, Representante de Produtores de Pneus José Pires, Representante de Distribuidores de Peças

“O nosso negócio não é exceção e tem sido afectado como todos os outros”, mas, “mesmo assim, e no meu ponto de vista, não terá sido tanto, porque andamos em contramão relativamente à venda de carros novos”. Por outras palavras, quando se “vendem muitos carros novos a tendência do nosso negócio é baixar, mas, em contrapartida, se os carros novos não se vendem (como é o caso dos últimos anos), então a tendência do nosso negócio é de manter ou aumentar um pouco”, explica. Perante um cenário económico debilitado, como se podem defender os pequenos e médios re-talhistas dos grandes grupos de distribuição? “Da mesma forma como o fazem à generalidade da con-corrência”. Como? “Focando-se cada vez mais nas suas deficiências internas, trabalhando ativamente na

procura de soluções que aumentem o valor acrescen-tado ao seu cliente, reduzindo custos, aumentando a capacidade de oferta e beneficiando da proximidade com os clientes”, adianta.

Importância da formaçãoAs oficinas precisam de ações de formação técnica

e de marketing para evoluírem. Joaquim Regueira defende que os retalhistas de peças poderiam dar apoio às oficinas nestas áreas, apostando, “cada vez mais”, em ações de “formação, recorrendo a organismos especializados para o efeito, tendo em atenção as áreas de maior interesse para as ditas formações nas com-petências técnicas e de marketing e fazendo sentir aos responsáveis das oficinas que eles terão cada vez

mais de apostar nestas áreas, dando-lhes nós todo o apoio que pudermos”, sublinha. De acordo com Joa-quim Regueira, “muitos retalhistas já fazem este tipo de ações com enorme êxito e penso que isto será no futuro o que mais poderá dinamizar o nosso sector e contribuir de forma positiva para o enriquecimento técnico das oficinas independentes”, conta o respon-sável. Solução para reduzir os tremendos custos lo-gísticos da entrega rápida ao cliente, “um custo que poucos valorizam”, passaria, na opinião do responsá-vel da Comissão Especializada dos Retalhistas de Peças da DPAI, pela “redução de outros custos”. Apenas assim, enfatiza, “poderemos continuar a dar o melhor serviço, e dessa forma podermos contribuir com algum valor acrescentado aos nossos clientes”.

As campanhas realizadas pela Co-missão Especializada de Produtores (CEPP) com incidência sobre os pneus usados, etiquetagem e verificação de pneus tem-se revestido de grande importância para o setor. Ribeiro da Silva, representante deste braço da DPAI está optimista com os resultados. “As principais marcas de pneus pro-curam incessantemente fabricar pneus mais eficientes, seguros e du-radouros. No entanto, como qualquer ‘órgão’ de um veículo, os pneus, para poderem conservar as suas caraterís-ticas e propriedades, bem como pro-porcionarem prestações eficientes e seguras, necessitam de manutenção. E isso cabe ao condutor”. Por esse motivo, cada campanha tem uma “preocupação específica”: “Pneu Usado, de origem desconhecida, pode ser arriscado; A Nova Etiqueta dos Pneus; Pneus? Muito mais que um

Atualmente 30% do mercado é do-minado por um pequeno grupo de distribuidores. José Pires, represen-tante da Comissão Especializada de Distribuidores de Peças considera esta tendência dos últimos anos se verifica, sobretudo, “no norte da europa e no leste”. Na sua opinião, “a evolução dos mercados” indica que “continuará a existir uma procura de alguns fundos de investimento e de expansão por parte de algumas empresas, mas não ao nível do que tem acontecido nos últimos dois, três anos”. Transportando isso para o mercado nacional, Pedro Nascimento acredita que Portugal tem umas caraterísticas muito específicas. “Estamos num mercado muito frag-mentado, temos empresas com uma dimensão muito diferente”. A título de exemplo, uma empresa de pe-quena dimensão, a norte da europa, ou a leste, tem faturações de “100 a 200 milhões de euros anuais”, en-quanto, no nosso país, “no mercado independente, “não temos nenhuma acima dos 50 milhões de euros”.

Circuito de distribuiçãoPara José Pires, “haverá sempre mo-

delos diferentes de negócio”. Depende da política e da estratégia de cada uma das empresas. “Hoje em dia as funções quase que se interceptam e sobre-põem em alguns casos. Há empresas que fazem importação e exportação

acessório, a sua Segurança”, sendo que esta última campanha teve um “for-mato inovador”, face às restantes, “pois implicou diretamente os condutores através de ações de rua”, afirma.

“As ações de rua consistiram em diversas iniciativas, tais como, verifi-cação da pressão, profundidade do estado do pneu, entrega de folhetos informativos e oferta de manómetros de pressão”, adianta este responsável.

Regular atividadeRibeiro da Silva aguarda a conclusão

do documento de Regulação da Ati-vidade, mas antes disso, realça, “é necessário concluir o projeto de cer-tificação, pelas entidades competen-tes, do perfil criado e proposto de Técnico para o Sector (Responsável Técnico e Operador das casas de Pneus)”. Segundo adianta ainda, “atual-mente a CEPP encontra-se a aguardar e a acompanhar a conclusão desse processo e só após essa fase estar concluída é que irão ser diligenciados os passos seguintes para a regulação e certificação da atividade, no seu todo, com apresentação de iniciativas legislativas de regulação adaptadas à realidade e necessidades do sector”.

No plano de atividades da CEPP para os próximos anos, Ribeiro da Silva refere que está a ser programada uma campanha dirigida a condutores de veículos pesados”.

diretamente às oficinas, outras que seguem a distribuição tradicional. Há grupos de oficinas. Grupos de reta-lhistas que fazem também a impor-tação. Os que fazem a distribuição nacional funcionam como armazenis-tas nacionais, aqueles que são reta-lhistas e que fornecem os mercados locais e as oficinas que efetuam as reparações e que têm o contacto com o consumidor final, vão sempre exis-tir. A interação entre estas diversas áreas é que pode variar”, afirma.

José Pires recorda o facto da Comis-são fazer parte de uma Divisão que é 100% mercado independente. Por esse motivo, “temos a mesma ativi-dade, as mesmas necessidades e pro-blemas. Identificar essas situações é extremamente fácil, porque também é o nosso dia a dia”.

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› A defesa do direito à reparação é uma das grandes “causas” da Comissão Especializada de Fabricantes de Peças, da qual, Pedro Antão é o representante

“Necessitamos do envolvimento de todos”Pedro Antão, Representante de Fabricantes de Peças

A batalha tem corrido a preceito. “Conseguimos, na última campanha, distribuir mais de um milhão de exemplares, entre cartazes e folhetos. “Sabemos que chegámos a muita gente através das oficinas indepen-dentes”, mas “temos a noção de que muito há para fazer. Porque nem toda a gente tem conhecimento do direito que lhe assiste no direito à reparação”, reconhece.

No entender de Pedro Antão, as marcas estão suficientemente envol-vidas nestas ações de divulgação. “Se não fossem elas não teria sido pos-sível esta campanha. Para o futuro, o que entendemos é que terá que haver uma maior participação de todos, não só das marcas, mas de todos os atores do setor indepen-dente de peças, nomeadamente distribuidores, retalhistas e as pró-prias oficinas, porque o direito à re-paração é do interesse de todos, porque zela pelo próprio setor”, su-blinha o mesmo responsável.

“A qualidade das peças”, para Pedro Antão, continua a ser o aspeto mais valorizado pelas oficinas no momento da escolhas de peças aftermarket. “Todas as oficinas sabem reconhecer quais são as marcas que fabricam equipamento original, as que produ-zem peças equivalentes ao equipa-mento original. Mas, por outro lado, há outro fator que tem sido relevante nos últimos tempos: o preço. Não podemos esquecer que vivemos um período de crise e que ainda não saímos dele”, admite Pedro Antão. “O problema é que surgiram novas ofer-tas de preço que, sendo um critério importante para as oficinas na hora de escolher as peças, pode colocar em causa a qualidade da reparação. É contra isso que lutamos, porque sabemos que há peças de origem e de qualidade duvidosa. Tentamos que as oficinas possam eleger as peças com a melhor qualidade e que lhes dê maior confiança na hora de repa-rar o veículo”, remata.

Escolher o lado...Pedro Antão vê o futuro do setor

com otimismo. Temos muitas em-presas a operar em todos os canais: nas oficinas, retalhistas, apesar de, nos últimos tempos, existir algum fenómeno de concentração, pessoal-mente nos grandes centros. Por outro lado, e como tendência, gos-taria de destacar a segmentação da oferta dos produtos. Ou seja, temos cada vez mais dois tipos de ofertas: a de qualidade, de marcas premium, de fornecedores de equipamento original, marcas de topo, e que estão enraizadas na distribuição e às quais as oficinas estão habituadas a recor-rer. E por outro lado, a oferta low cost, que se baseia em pequenos lotes de referências, de grande ro-tação, produzidas com um custo inferior e com uma qualidade ob-viamente inferior, mas que têm so-frido algum incremento de oferta”. Para Pedro Antão, esse é e será o grande desafio dos fabricantes: “per-

› A criação de um observatório do setor, com publicação dos dados estatísticos das peças e pneus é uma missão assumida pela DPAI

“Queremos valorizar o retalho nacional”Pedro Nascimento, Representante de Retalhistas de Pneus

de desvio). Pedimos que que as tole-râncias fossem aumentadas (7 a 12 por quilómetro de desvio) para acabar de vez com esta situação”. Segundo conta, havia situações de condutores que “de-salinhavam o carro para irem à inspeção e voltavam a alinhar depois para irem para a estrada”.

O representante da CERP afiança que a tabela de preços nas oficinas de pneus “já está elaborada”. Mas reconhece que as empresas que participaram não fo-ram em “número suficiente”, razão pela qual é impossível dizer-se que se trata “de uma tabela de preços recomendada”. De momento, portanto, a CERP “aguarda parecer jurídico”, tendo-a designado por “tabela de preços médios recomenda-dos”. Uma ferramenta para que “todos se possam guiar por ela”. Contudo, Pe-dro Nascimento gostaria de ver “mais empresas a aderir a estes trabalhos”..

a regulamentação dos pneus usados, através da rotulagem, à semelhança dos novos. “O projeto de rotulagem do pneu usado foi elaborado por nós há um ano, quase dois, e apresentado no IMT (então IMTT) e foi aceite com agrado, mas até hoje ainda não saiu nada para o mer-cado. Infelizmente as coisas não rolam como gostaríamos. Temos que ter pa-ciência. Sabemos que está a ser tratado”, adianta Pedro Nascimento.

Problemas comunsA união dos retalhistas para uma luta

comum é um dos grandes trunfos da CERP. E permite ultrapassar problemas identificados, como o do ripómetro. “Tem havido algum problema entre as casas de pneus e os centros de inspe-ções na altura de verificar se o veículo está ou não alinhado. Existem ali algu-mas diferenças (5 a 10 por quilómetro

Pedro Nascimento não tem dúvidas sobre qual é o papel principal da Co-missão Especializada de Retalhistas de Pneus (CERP): “Valorizar o retalho em Portugal. Segundo representante deste ramo da DPAI dentro da ACAP, só assim se conseguirá transmitir a necessária confiança ao cliente final. “É o caminho que temos feito até agora”.

Uma das vias para valorizar o retalho é justamente o da formação. Específica para os retalhistas. “A nossa preocupa-ção é uma formação específica de fu-turo”, vocacionada para as “novas gerações de empresários do retalho”. No fundo, acrescenta, “prepará-los para o que aí vem”. E de uma forma muito concreta, desde princípios de gestão a técnicas de atendimento de clientes. Formações estas que se juntam a outras de cariz mais técnico.

Foco das atenções da CERP é também

ceber onde querem estar”. O objetivo da Comissão Especializada dos Fa-bricantes de Peças do DPAI é ajudá--los a encontrar o caminho... da qualidade.

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À margem da lei › Agem pela calada. Sem lenços

na cabeça, brincos nas orelhas, palas nos olhos ou pernas de pau. Ao introduzirem no mercado equipamentos, softwares e artigos contrafeitos, os piratas constituem uma séria ameaça ao setor da reparação. Tal como biscateiros e oficinas clandestinas, que fomentam a economia paralela

Pirataria na reparação

Por: Bruno Castanheira e Jorge Flores

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Considerada como o crime do século 21, a pirataria está presente em todas as áreas de negócio e em todos os

quadrantes da sociedade. Seja para gerar lucro de forma ilícita, seja para causar dolo. Depois, existem os casos em que a pirata-ria é utilizada para reivindicar posições ou, pior ainda, para cometer atos terroristas sustentados por doutrinas fundamenta-listas. No setor da reparação, é tão pirata aquele que introduz no mercado equipa-mentos, softwares e artigos ilegais, como o que permite que tal aconteça ou o que os utiliza no exercício da sua atividade.

Na área automóvel, os piratas moderni-zaram-se e apuraram as suas técnicas. Agem pela calada. Sem lenços na cabeça, brincos nas orelhas, palas nos olhos ou pernas de pau. Não necessariamente no silêncio da noite. E nem precisam de hastear bandei-ras com caveiras e ossos cruzados. Em tempos de crise, a introdução de artigos contrafeitos no mercado atinge maiores proporções.

A pirataria é um grave problema. Esta prática ilegal custa à economia portuguesa muitos milhões de euros por ano em im-postos, valor que beneficiaria toda a socie-dade. E faz com que deixem de ser criados empregos. Mais: os biscateiros e as oficinas clandestinas, ao exercerem a sua atividade de forma ilícita, praticam a evasão fiscal e não cumprem as regras estabelecidas.

■ VANTAGENS DOS ORIGINAISA aquisição de equipamentos, softwares

e artigos legais permite apoiar o desenvol-vimento e a inovação dos mesmos. E po-tencia a sua constante melhoria. Regra geral, o preço a que são comercializados os produtos originais está ajustado às exi-gências do mercado, em função da lei da oferta e da procura, da sua produção, da sua utilidade, da tecnologia que empregam e até do transporte.

A compra de equipamentos, ferramentas e componentes contrafeitos, bem como de softwares pirateados, coloca um sério entrave ao desenvolvimento. Em troca de um preço substancialmente mais baixo, os artigos ilegais entram no circuito comercial sem os padrões de qualidade, de eficácia ou de segurança dos originais. Para além, depois, das questões relacionadas com a falta de garantia e assistência.

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Destaque

› Para acabar com a concorrência desleal e inverter a crise em que o setor automóvel se encontra, a ANECRA tem apresentado várias medidas. Alexandre Ferreira, vice-presidente, e Jorge Neves da Silva, secretário-geral, falam sobre elas

Em nome da transparênciaANECRA

Desenganem-se aqueles que pensam que oficinas clandestinas e biscateiros têm os dias contados. Antes pelo con-trário. Estão a crescer. É que, em cenário de crise, são cada vez mais os que pro-curam serviços fora do canal oficial. E serão quase tantos os ilegais a operar em Portugal como os que estão licen-ciados para exercer a sua atividade. Apesar de ter vindo a perder associados devido ao encerramento de empresas, a Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA) está a recuperar muitos. Ao ritmo de 10 por mês. Alguns deles, es-tiveram, temporariamente, na clandes-tinidade.

Reforçar a fiscalizaçãoA concorrência desleal fomenta a eco-

nomia paralela e representa um entrave ao desenvolvimento do setor automó-vel. Jorge Neves da Silva considera que “a economia paralela, fomentada por oficinas clandestinas e biscateiros, que exercem a sua atividade à margem da lei, é um cancro. E no momento em que se fala do aumento da carga fiscal, dire-tamente sobre o automóvel e indireta-mente sobre o IVA, defendemos que tal aumentará a concorrência desleal.” O secretário-geral da ANECRA adianta mesmo que “quem necessitar de servi-ços de reparação procurará mais as oficinas clandestinas e os biscateiros, o que acabará por potenciar a atividade destes. Porquê? Porque os consumido-res querem evitar pagar mais pelos serviços de reparação devido à incidên-cia da carga fiscal. As oficinas clandes-tinas e os biscateiros praticam a evasão fiscal. Fogem ao fisco, não emitem fatura, não cobram IVA e não têm de responder em termos de IRC. E esta é uma postura oposta à das empresas nossas associa-das, que cumprem escrupulosamente as suas obrigações. As fiscais, ambientais e de segurança, mas, também, as rela-cionadas com boas práticas e concessão de garantia pelos serviços prestados e componentes instalados.”

A ANECRA tem apresentado várias medidas para por fim a esta situação. “Uma delas”, diz Jorge Neves da Silva, “passa pelo reforço da atividade fiscali-zadora de entidades como a ASAE (Au-toridade de Segurança Alimentar e Económica), IGAMAOT (Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território), SEPNA da GNR, BriPA da PSP, AT (Autoridade Tributária e Aduaneira), ACT (Autoridade

para as Condições do Trabalho) e Câma-ras Municipais.”

Já Alexandre Ferreira, entende que “não é a correr atrás do prejuízo que resolve-mos o problema. Para resolvê-lo, ele tem de ser colocado num outro nível e de outro modo. Temos de pensar de forma mais transversal, não obstante a ação fiscalizadora, que é sempre importante. Ou seja, numa forma que seja aplicada a montante e que permita que não se criem condições para a existência da-queles de quem estamos a falar. Os que utilizam ferramentas e formas pouco éticas no desenvolvimento da sua ativi-dade ou aqueles que estão no setor de forma totalmente marginal.”

Certificação é essencialO vice-presidente da ANECRA dá conta

que “uma das medidas que propomos no nosso Manifesto é que, efetivamente, no ato de Inspeção Periódica Obrigató-ria das viaturas, sejam exigível o cumpri-mento de pressupostos que têm a ver com a manutenção preconizada pelas marcas. As viaturas deverão passar pela assistência num operador oficial. Que emita faturas e que se responsabilize pela sua intervenção. O que colocamos é mais uma exigência, que permite uma triagem no ato da Inspeção Periódica Obrigató-ria, de modo a que muito daquilo que ocorre aquando da ida do veículo à ins-peção, deixe de acontecer. E existem

situações adotadas pelos proprietários das viaturas que configuram, também, concorrência desleal. Que pode passar até pelo empréstimo temporário de órgãos mecânicos para que os veículos não chumbem na inspeção. O que pre-judica seriamente empresas. Nomea-damente as de rent-a-car, que, em determinados momentos, ainda que de forma temporária, são vítimas destas práticas.”

Se existe área onde a ANECRA é espe-cialista e onde tem atuado de forma in-tensiva, é no licenciamento e na integração de oficinas. O projeto Oficina+, criado há uns anos, é disso o melhor exemplo. Sobre isto, Alexandre Ferreira não tem dúvidas: “A certificação das ofi-cinas que prestam serviços de reparação é absolutamente fundamental. Esta me-dida, colocada nos termos em que nós a colocamos (obrigatoriedade da apre-sentação do comprovativo da manuten-ção de acordo com as exigências da marca), leva a que o nível de segurança entre inspeções (dois em dois anos para determinados veículos) esteja assegu-rado. Sem esquecer o cumprimento das normas ambientais associadas aos ope-radores licenciados.” Jorge Neves acres-centa: “Nem sequer o consumidor fica com meios capazes, caso recorra a uma oficina clandestina, que lhe permitam fazer uma reclamação em garantia na eventualidade de algo não correr bem.”

A ANECRA não tem poupado esforços no combate à concorrência desleal. O objetivo não é acabar com os clandestinos, mas “trazê-los” para a legalidade

Pirataria na reparação

Um dos equipamentos de diagnóstico que mais tem sido pirateado é o Autocom. O JORNAL DAS OFICINAS falou com Pedro Antunes, diretor técnico da Iberequipe, empresa que tem a representação exclu-siva deste produto em Portugal, que dá conta que “o Autocom começou a ser copiado, sensivelmente, a partir de 2010. Quer o hardware quer o software. Depois, houve várias tentativas por parte do fa-bricante sueco de proteger o equipa-mento, através de updates ao software que bloqueavam as atualizações.

Só que, infelizmente, os hackers deram a volta ao assunto e conseguiram desblo-queá-las. Neste momento, com a versão 2014, lançada em Janeiro deste ano, o software está, aparentemente, protegido. Agora, qualquer equipamento Autocom necessita de ligação ao servidor, que ve-rifica não só o número de série do hard-ware como, também, algumas propriedades do software. Se o equipa-mento não estiver registado no servidor do Autocom, fica bloqueado. Esta foi uma medida do fabricante para ajudar a travar a pirataria.”

Até há poucos anos, o software do Au-tocom era disponibilizado em DVD e era enviado ao cliente uma senha, que, depois, a introduzia no ecrã. Ora, quem fosse es-pecialista em criar um gerador de códigos, uma vez feita a cópia do DVD, podia uti-lizar o Autocom clonado em qualquer parte. Hoje, já não é assim. Segundo afirma o responsável da Iberequipe, “a senha, atualmente, já não é enviada. O equipa-mento é, automaticamente, verificado online e começa a funcionar apenas se o cliente estiver registado e dispuser de um número de hardware válido. A única forma de os fabricantes de equipamentos so-breviverem é deixarem de disponibilizar os softwares em DVD”.

■ PARECE, MAS NÃO ÉDas inúmeras oficinas que trabalham

com o Autocom, serão cerca de 50 as que o adquiriram à Iberequipe. “A nível nacio-nal”, conta Pedro Antunes, “foram vendi-dos muitos milhares de clones. Todas as oficinas conhecem o Autocom. Mas não pelas melhores razões. Foi-lhes apresen-tado um produto de €200 ou €300, que, agora, anda a ser vendido por €100. Mui-tos clientes ligaram-nos a dizer que com-praram o Autocom por €1000 e €1500. Ou seja, os piratas obtiveram um lucro brutal, uma vez que os chineses vendem o Autocom clonado por €50. As próprias pessoas que compraram os equipamen-tos clonados foram enganadas.” O respon-sável da Iberequipe afirma mesmo que “o mercado nacional está todo contami-nado por isto. O que joga contra nós. O cliente tem, por exemplo, uma versão de 2013, pela qual pagou €100 ou €200 em vez dos cerca de €2500 que custava a li-cenciada. Fazê-lo ver que só existem vantagens em adquirir o Autocom origi-nal de 2014, é extremamente difícil. O grande problema aqui, a nível nacional, não só para nós mas para toda a concor-rência, é que o valor de mercado desapa-receu. Em 2007, um equipamento de diagnóstico multimarca rondava os €6000.

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Os piratas modernizaram-se e apuraram as suas técnicas. Conseguem “crackear” software e criar geradores de códigos. E introduzem no mercado equipamentos e artigos contrafeitos. Servindo-se de números de telefone anónimos e de endereços IP variáveis

PUB

Hoje, o valor de referência para uma ofi-cina é €200. Se aparecermos com o preço atual de €2500, as oficinas dizem-nos que é caríssimo.”

O que muitos operadores desconhecem, até por não saberem aquilo que estão a comprar, é que os equipamentos de diag-nóstico clonados não são iguais aos ori-ginais. Nem em termos visuais (cor, logótipo, peso, material, número de série) nem no que à funcionalidade diz respeito. E isto passa-se quer para o hardware (desde a ficha até ao recetor que faz a comunicação e que transmite a informa-ção para o computador), quer para o software. “O que o utilizador do equipa-mento clonado deve perceber”, diz Pedro Antunes, “é que está a servir-se de um hardware que não é original num veículo que não lhe pertence. O que pode causar muitos danos. E causa. Para além da ques-tão relacionada com a qualidade do ma-terial, se for feita uma comunicação a nível eletrónico a partir de uma informa-ção errada a uma unidade de controlo, essa ordem incorreta que o interface re-cebe pode até danificar vários compo-nentes eletrónicos.”

Depois, há outro facto relevante. Neste momento, os fabricantes de equipamen-tos de diagnóstico conseguem dar um suporte que vai muito para além da venda. Como, por exemplo, na interpretação de uma avaria desconhecida. O fabricante pode ajudar o cliente final, independen-

temente de a empresa que vendeu o equipamento em Portugal prestar toda a assistência técnica.

■ NEGÓCIOS DA CHINAMais tarde ou mais cedo, chegaremos a

um ponto em que o Autocom pirateado deixará de ser funcional. No âmbito dos novos automóveis que chegarão ao mer-

cado e das novas funções mesmo para os veículos antigos. “As atualizações de software são para desenvolvimento de novas viatu-ras mas, também, para acrescentar aos modelos antigos novas funções, adaptações e correções de problemas que foram repor-tados por vários clientes a nível internacio-nal. E as oficinas tendem a esquecer-se disto”, afiança o diretor técnico da Iberequipe.

Se os equipamentos de diagnóstico são dos principais alvos da pirataria, em muito devem-no à China, que é, sem dúvida, dos principais responsáveis pela expor-tação de produtos contrafeitos. Ao des-locarem a produção para este país, com o intuito de obter mão-de-obra mais barata, os fabricantes abriram a porta a este tipo de práticas ilegais. E o que é

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facto é que têm vindo a ser afetados com a situação, como demonstra a diminuição da venda de equipamentos originais.

Quem adquire equipamentos contra-feitos, sejam particulares sejam empresas, para, depois, introduzi-los no mercado nacional, requisita-os em sites específicos. “A encomenda vem para a morada sele-cionada. Não com o nome do artigo ori-ginal, mas com a inscrição “peça de hardware”. Quando chega ao nosso país, a alfândega deixa-a passar. Mesmo que a abra para verificação, a falta de conhe-cimento que existe por parte dos serviços alfandegários sobre este equipamento não lhes permite distinguir o original da cópia, impedindo, assim, que a enco-menda fique retida. Depois, o artigo é vendido em Portugal como hardware. Se o comprador for fiscalizado, na fatura consta a designação hardware - cabos. Quem joga este jogo conhece bem as suas regras”, conta Pedro Antunes. E acrescenta: “A ASAE também não conhece bem o

equipamento de diagnóstico original para poder travar este esquema ardiloso”.

Ainda de acordo com o responsável da Iberequipe, “há várias empresas do setor automóvel no nosso país que vendem, juntamente com outros produtos, equi-pamentos de diagnóstico clonados. Sejam multimarca, como o Autocom, sejam de uma marca. E como a moda é vender equipamentos clonados, que, no fundo, é o que o mercado pede, continuam a fazê-lo. E não são fiscalizados. Esta prática afeta todo o setor da reparação. Quer as oficinas multimarca, quer as de conces-sionários. Vendendo-se menos veículos e fazendo-se menos intervenções, as oficinas veem-se na contingência de des-pedir pessoas ou fechar as portas. A única forma de combater isto é através da ASAE e da Polícia Judiciária.”

■ RÉPLICAS NÃO AUTORIZADASDa experiência da Tecniverca, o pro-

blema maior são as “cópias não autoriza-

das”, não tanto a pirataria como acontece com o aftermarket. Alexandre Corricas, diretor-geral da empresa adianta que a maior dor de cabeça é a “falta de respeito pelas patentes”. Nomeadamente os oriun-dos dos países asiáticos, que não hesitam em “replicar” produtos distribuídos pela Tecniverca. Um exemplo significativo: em tempos, uma marca representada pela Tecniverca criou e patenteou a chave pneumática mais pequena do mundo. Mas não tardou a que a China inundasse o mercado com várias réplicas, “com al-terações mínimas”. Mas nem por isso ir-relevantes para a necessária importância do produto. A fiscalização? “Não conheço quem a faça. Tirando as multinacionais que fazem essas buscas e delatam os ca-sos que encontram, não vejo ninguém a controlar. As autoridades não o fazem”, lamenta Alexandre Corricas. Mas o caso mais grave de total inexistência de fisca-lização é o que se passa com os elevado-res, o core business da Tecniverca. O

responsável conta que chegou a ser cha-mado pelas autoridades para saber a origem de umas canetas provenientes do mercado asiático, se seriam de metal ou plástico, mas sem que ninguém se inte-ressasse oficialmente com a restante maquinaria. Essa sim, mais preocupante até em termos de segurança: imagine-se que um elevador deixa cair o veículo.... “Se formos ver, das pequenas oficinas, mais de metade tem elevadores com certificados falsos. Ou mais...”, afirma.

■ COPIAR SOFTWAREO software oficinal e os manuais técni-

cos têm sido, nos últimos anos, outro dos alvos da cópia pirata por parte das oficinas em Portugal. Situação que se deve à cres-cente necessidade de obter informação técnica atualizada e de qualidade, uma vez que o parque automóvel é cada vez mais complexo e variado. Os fabricantes, ao renovarem os modelos com muita frequência, obrigam a uma atualização sistemática da informação técnica.

De acordo com um estudo efetuado, no final de 2013, pela Infortrónica, distribui-dor oficial do Autodata em Portugal, apenas cerca de 30% das oficinas inde-pendentes no nosso país utilizam infor-mação técnica oficial licenciada. Significa isto, portanto, que a maioria estará a utilizar outras fontes de informação sem a garantia de qualidade do canal oficial, correndo o risco de estar a exercer a sua atividade com base em informações de-satualizadas ou mesmo incorretas. E, em qualquer negócio, não se pode correr o risco diário de efetuar um serviço técnico baseado em informação sem garantia da origem e sem fonte reconhecida.

Para garantir a qualidade de informação e a disponibilização da mesma em tempo útil, o Autodata decidiu, em 2010, dispo-nibilizar aos seus clientes a base de dados através da Internet, garantindo, assim, o acesso aos dados oficiais em tempo real e sempre atualizados. Com este novo formato online, o Autodata veio proteger os clientes das possíveis faltas e atrasos na obtenção de informação técnica fiável e em tempo útil, situação impossível em DVD ou em suporte de papel. Outra van-tagem dos utilizadores licenciados é po-derem aceder ao serviço técnico adicional de forma gratuita.

Para além das atualizações em tempo real e mensais, e de introduzir novas in-formações de forma amiúde (como, por exemplo, defeitos de peças detetados pelos fabricantes de veículos ou diferen-ças nos binários  de  aperto), o serviço Autodata Online oferece aos seus utiliza-dores os módulos adicionais necessários para a manutenção de veículos elétricos, híbridos, com filtros de partículas e siste-mas start/stop, que não estão disponíveis em DVD ou suporte de papel.

■ PARTILHAR E “CRACKEAR”O serviço online permite aceder, através

de computadores ou dispositivos móveis, como smartphones e PDA´s, a equipa-mentos de diagnóstico com ligação à Internet. Ao fornecer uma senha a quem o adquire, passou a proteger os seus

› “Há coisas muito graves a acontecerem”. Quem o garante é António Teixeira Lopes, presidente da ARAN

“Muitas oficinas fecharam a portae continuaram a trabalhar”

António Teixeira Lopes, presidente da ARAN

Na sua opinião, é insusten-tável que as entidades responsáveis continuem a ignorar a existência de “peças sem a devida homologação” a entrarem no mercado. E reclama “transparência a todos os operadores”, uma vez que, se a lei refere que as peças têm de ter “qualidade equivalente, estas terão de ter, também, o respetivo certificado”, sublinha. Segundo o mesmo responsá-vel, o pior é que nem o facto de a peça ter certificado de homologação de qualidade equivalente significa muito. “Temos aqui peças certifica-das e de qualidade muito duvidosa”, acusa o presidente da ARAN.

António Teixeira Lopes acredita que, hoje, existem perto de “6.000 oficinas legais e 4.000 ilegais. Mais de metade”. A explicação, para si, é simples. “Há um ano, existiam umas 11.000 oficinas. Mais de metade fecharam “apenas” a porta e continuaram a trabalhar na clandestinidade. Em óbvia concorrência desonesta”.

Pirataria na reparação

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clientes dos piratas informáticos. Como explica José Cardoso, da Infortrónica, “a licença é concedida unicamente a profis-sionais, uma por oficina e utilizador. No entanto, podem ser atribuídas mais licen-ças de utilização para oficinas com ne-cessidades de mais consultas.” De acordo com este responsável, “a licença é regis-tada sempre para uma morada e está parametrizada com os dados da empresa, bem como com o seu logótipo.”

Caso o proprietário de uma licença de-cida partilhar a sua senha, acabará por herdar um problema. No momento em que alguém aceder ao Autodata Online a partir de outro local com o mesmo user-name e a mesma password, ficará regis-tado no sistema um novo acesso a partir de outra localização e o proprietário que adquiriu legalmente o software verá que este deixa de funcionar.

Depois, conta José Cardoso, “a  ofi-cina que pensa ter beneficiado com a partilha da senha ficará limitada, uma vez que nas páginas do software constará sempre o nome da oficina que o adqui-riu legalmente e não o nome da que está ilicitamente a utilizá-lo. Diria que a di-vulgação  da  senha é, hoje, a única forma de tentar utilizar ilegalmente o Autodata Online. Contudo, quem o fizer, corre o risco de ver a sua conta bloqueada e de ser responsabilizado.”

Situação bem diferente verificava-se antes de 2010.  O Autodata em DVD, sendo reconhecido como uma ferra-menta de informação técnica de elevada qualidade e abrangência, foi, porventura, a base de dados mais copiada deste 2004. Mais tarde, o software original era “cra-ckeado” (na maioria das vezes nos paí-ses de Leste) para, depois de colocado na Internet, ser descarregado atra-vés de “torrents” pelos utilizadores ilícitos. O software pirateado tanto era introdu-zido no mercado por adolescentes que vendiam cópias dos DVD aos fins-de--semana para ganhar uns trocos como por piratas mais difíceis de apanhar, que utilizavam números de telefone anóni-mos e endereços IP variáveis.

E, há uns anos, fazia-se tudo. Como, por exemplo, a venda de versões pira-teadas anunciadas como novas, mas que eram precisamente iguais às ante-riores. Os piratas alteravam apenas a numeração da página inicial do soft-ware, sendo o resto igual. E foram mui-tos os que caíram neste esquema fraudulento. Até porque julgavam estar a comprar versões em português que nem sequer saíram, como foi o caso da 3.40, que apenas existiu em inglês. Con-tudo, as oficinas em Portugal estão a ser cada vez mais geridas por profissio-nais com responsabilidade e qualidade. E que procuram obter, em primeira mão, as melhores fontes de informação e conhecimento para os seus negócios,

Pirataria na reparação

(Fonte: Comisión Antipiratería Para el Automóvil)

● Procure informações acerca do produto: motores de busca online, revistas técnicas, outras plataformas Realize uma pesquisa do produto pelos distribuidores autorizados● Solicite informação sobre as características do produto às diferentes fontes que o tenham● Consulte os serviços associados ou vinculados ao produto● Realize pesquisas em fóruns ou redes sociais sobre o produto e seus distribuidores● Desconfie do preço baixo comparativamente à restante oferta existente para o mesmo produto● Solicite demonstração ou teste do equipamento/software que pretende adquirir ● Caso efetue uma compra em segunda mão, verifique o número de série com o revendedor oficial, de modo a comprovar o registo da venda

8 passos para conhecer o produto original

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recusando o risco acrescido de utiliza-rem dados técnicos de origem não re-conhecida e sem garantia.

■ PAPEL DA ASAEA ASAE (Autoridade de Segurança

Alimentar e Económica), órgão de po-lícia criminal, é a autoridade adminis-trativa nacional especializada no âmbito da segurança alimentar e da fiscalização económica. É responsável pela avaliação e comunicação dos riscos na cadeia alimentar, bem como pela disciplina do exercício das atividades económicas nos setores alimentar e não alimentar, me-diante a fiscalização e prevenção do cumprimento da legislação reguladora das mesmas. No exercício da sua missão, a ASAE rege-se pelos princípios da in-dependência científica, da precaução, da credibilidade e transparência e ainda da confidencialidade. Contactada pelo JORNAL DAS OFICINAS, a ASAE começa por explicar que a sua atividade se de-senvolve em três áreas. São elas “a pro-teção da saúde pública, na defesa dos direitos dos consumidores e na salva-guarda das regras do mercado e da leal concorrência dos operadores económi-cos, onde se enquadra o exercício da atividade de oficinas de manutenção e reparação de veículos automóveis e motociclos”, refere a responsável da Unidade Nacional de Operações da ASAE, Ana Cristina Caldeira.

Segundo a mesma fonte, “nos dois últi-mos anos, a ASAE fiscalizou 830 operado-res económicos com a atividade supra referida, tendo sido apreendidas 527 peças e acessórios de automóveis, sendo as in-frações de natureza contraordenacional mais detetadas no âmbito dos regimes jurídicos de licenciamento zero, afixação de preços, livro de reclamações e gestão

de resíduos”, revela. Quanto ao Código da Propriedade Industrial, a ASAE destaca as seguintes infrações: “contrafação, imitação e uso ilegal de marca, venda, circulação ou ocultação de produtos ou artigos e violação dos direitos exclusivos relativos a desenhos ou modelos.”

De acordo ainda com a responsável da ASAE, “no enquadramento do combate

à contrafação importa referir a criação, em 2010, do Grupo Anti-Contrafação (GAC), pela portaria n.° 882/2010, de 10 de Setembro, do qual a ASAE faz parte, juntamente com a Autoridade Tributária e Aduaneira, Guarda Nacional Republi-cana, Instituto Nacional da Propriedade Industrial, I.P., Polícia Judiciária e Polícia de Segurança Pública”. Posto isto, ao

Quem trabalha na clandestinidade, corre o risco de ser fiscalizado. Mesmo que legalmente “não exista”. Basta haver uma denúncia. Nos dois últimos anos, a ASAE fiscalizou 830 oficinas de veículos, tendo sido apreendidas 527 peças e acessórios de automóveis

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GAC, cumpre levar a cabo “ações conjun-tas com vista à prevenção e repressão da contrafação, com respeito pelas compe-tências das várias entidades que o cons-tituem, bem como cooperar com o Observatório da Contrafação e Pirataria”, sublinha ainda Ana Cristina Caldeira, cha-mando a atenção para “a existência do Portal Anti-Contrafação, disponível em www.anti-contrafacao.org, onde está alojado um sistema de queixa eletrónica que permite, de forma segura, a apresen-tação de queixas relativamente aos crimes previstos no código da propriedade in-dustrial.”

■ EXEMPLO DO PAÍS VIZINHOSe existe área onde a nossa vizinha Es-

panha está bastante desenvolvida, é no combate à pirataria. Tanto mais que criou, em 2011, a C.A.P.A. (Comisión Antipirate-ría Para el Automóvil), cuja função é com-bater a colocação no mercado de artigos contrafeitos. A C.A.P.A. é liderada pelas ANCERA (Asociación Nacional de Comer-ciantes de Equipos, Recambios, Neumá-ticos y Accesorios para Automoción) e AFIBA (Asociación de Fabricantes e Im-portadores de Bienes de equipo para la Automoción). E é composta por 15 mem-bros, estando aberta a outros grupos, tais como associações de oficinas e marcas de automóveis. Em Espanha, o setor in-dependente multimarca decidiu unir-se e intervir para tentar pôr termo a este grave problema, criando uma comissão especializada.

A C.A.P.A. desempenha um papel deci-

sivo no combate à pirataria. A esta asso-ciação chegam inúmeras denúncias. E têm sido muitas as notícias que dão conta de inspeções e detenções por parte da Po-licía Nacional del Ministerio del Interior e da SEPRONA (Servicio de Protección de la Naturaleza) da Guardia Civil. Para além de apreensões de equipamentos, softwa-res e componentes contrafeitos, as auto-ridades espanholas têm levado a cabo várias detenções de pessoas acusadas de práticas ilícitas. E têm fiscalizado inúme-ras oficinas. Desde operadores não licen-ciados a empresas que desenvolvem a sua atividade com licenças caducadas, apanham de tudo um pouco. Até quem faz manipulação de conta-quilómetros nos veículos usados para que estes pos-sam ser vendidos por preços superiores, que, nalguns casos, chegam, imagine-se, ao dobro.

■ OPERAR NA ILEGALIDADEVisitadas pelo nosso jornal, quase todas

as oficinas clandestinas que abordámos não se mostraram, como era expectável, disponíveis para falar. Apenas três, depois de alguma insistência, acederam ao nosso pedido. Mas desde que mantivéssemos o anonimato. E que desligássemos tele-móveis, gravadores e máquinas fotográ-ficas. Assim fizemos. De acordo com F., proprietário de uma pequena oficina em Lisboa, “a atividade que desenvolvo na garagem da minha residência são apenas biscates que faço à noite e aos fins-de--semana. Tenho acesso a peças e produ-tos da marca para a qual trabalho. Além

disso, consigo arranjar no mercado ma-terial para qualquer automóvel.”

A operar sem qualquer tipo de licença, F. afirma que “para aquilo que faço, não se justifica abrir atividade. Os custos são demasiado elevados. Além disso, teria de passar fatura e não podia praticar os pre-ços que pratico. Se tenho receio de alguma fiscalização? Caso haja uma denúncia, tendo eu a porta fechada, só com um mandado judicial alguém poderia entrar. Não se arrombam portas só porque sim. Além do mais, se não estou licenciado, legalmente não existo. Logo, é mais difí-cil ser fiscalizado.”

Já para A., dono de uma oficina situada na Margem Sul do Tejo a operar sem li-cença, “não deixa de ser um risco operar nesta modalidade, mas a necessidade fala mais alto. Claro que pode sempre haver uma denúncia, mas quem comigo traba-lha e me procura conhece bem as regras do jogo. Até à data, nunca fui alvo de qualquer fiscalização.

Aliás, é difícil não estando registado.” De A. quisemos, também, saber se utiliza equipamentos contrafeitos no exercício da sua atividade. A resposta foi elucidativa: “Tenho alguns, sim senhor. Principal-

mente, equipamentos de diagnóstico. Reconheço que possam não ser iguais aos originais, mas é-me impossível pagar o que custam os verdadeiros, havendo, depois, que somar ainda a subscrição anual. Já os tenho há anos e nunca deram problemas.”

Mais a Sul, concretamente no Algarve, M. desenvolve a sua atividade numa pe-quena oficina. Também sem licença. E já o faz há anos. Fiscalizações? Como o pró-prio afirma, “não é fácil dar com este sítio. Só cá vem quem conhece muito bem a zona. Eu e os meus clientes funcionamos como uma espécie de sociedade secreta”, conta entre risos. Depois, acrescenta: “Como não estou licenciado, legalmente não existo. Faturas? Nem pensar. Registo eletrónico de resíduos? Muito menos. Equipamentos pirateados? Tenho vários. Regras ambientais? Não coloco o óleo usado na sarjeta nem despejo peças ve-lhas no pinhal. Coloco tudo separado em caixas. Quando ficam cheias, levo-as para junto dos contentores de reciclagem. Ao contrário de alguns, não faço manipulação de conta-quilómetros. Diria que desem-penho a minha atividade de forma séria dentro da ilegalidade.”

Os equipamentos de diagnóstico e os softwares oficinais têm sido dos principais alvos da pirataria. Das oficinas nacionais que trabalham com o Autocom, serão cerca de 50 as que o adquiriram à Iberequipe. No caso do Autodata, segundo a Infortrónica, apenas cerca de 30% das oficinas independentes nacionais utilizam informação técnica oficial licenciada

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Salão

› Após mais de cinco anos de crise europeia, com graves prejuízos para o sector da reparação automóvel, o mercado está finalmente em recuperação. Quem o diz são os maiores fabricantes mundiais de peças, equipamentos e serviços presentes na Automechanika

Automechanika 2014

E depois da crise…

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A edição deste ano superou todas as expectativas. Com 4.631 expositores (mais 38 do que

em 2012), a feira alemã bateu de novo o seu recorde, numa área com 305.000 metros quadrados. Durante 5 dias (menos 1 do que em 2012, sendo sá-bado o último dia, em vez de domingo – outras feiras, como Autopromotec e EquipAuto, mantiveram este último dia nas suas edições 2013), o sector pós-venda esteve focado no maior salão aftermarket do mundo e nas muitas novidades apresentadas pelas marcas presentes. Motivos de inte-resse não faltaram aos muitos milha-res de profissionais que visitaram o salão à procura de novas oportunida-des de negócio. Para os expositores é uma oportunidade única de receber, num curto espaço de tempo, clientes de todo o mundo. O ambiente é favo-rável ao negócio e por isso, a maioria dos stands tinha salas privadas para reunir com os clientes. Por estes dias, a agenda dos responsáveis das marcas está totalmente preenchida, o que torna quase impossível reunir sem marcação. Apesar das dificuldades, conseguimos falar com muitos dire-tores de empresas, que foram unâni-mes a afirmar que o aftermarket está a recuperar, embora ainda de forma ténue.

■ ÁREAS INOVADORASA mobilidade sustentável, que foi

um dos pilares da edição 2012, este ano contou com um pavilhão exclu-sivo, onde construtores automóveis e fornecedores de peças apresentaram soluções, produtos e conceitos de mobilidade automóvel para o futuro. A área dos lubrificantes mereceu tam-bém um destaque especial, com a presença de mais de 100 empresas que ocuparam o pavilhão 9, onde se destacava a presença da Petronas. O sector das tintas, que durante muitos anos esteve ausente dos salões after-market, voltou a estar presente com algumas marcas do grupo Axalta. Na área da formação, houve workshops durante toda a feira, sendo que nos últimos dias (sexta e sábado) fabri-cantes como a ZF, Hella ou Philips, incrementaram o número de ações de formação específica para os me-cânicos que nestes dias visitaram a feira. Houve também o “Truck Com-petence”, um espaço reservado aos veículos pesados, que contou com mais de 1.000 expositores.

A Automechanika 2014 refletiu a enorme dinâmica que o aftermarket vive atualmente, que segundo as pre-visões dos principais players, se irá manter. Devido à crescente variedade de modelos automóveis e às comple-xas tecnologias que os equipam, ve-rifica-se um aumento de empresas no mercado e de referências de peças. O sector que em 2013 valia 101 mil mi-lhões de euros em todo o mundo (venda de peças) vai crescer 3 a 4 por cento até ao final deste ano.

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Salão

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› A presença na feira mais importante do sector aftermarket é uma oportunidade que as marcas aproveitam para lançar novos produtos e serviços. Destacamos a seguir algumas novidades, das muitas que foram apresentadas.

Novidades para todos

A Philips lançou a WhiteVision, uma gama de lâmpadas com 40% mais de luz branca. A novidade no stand da Bosch foi a realidade aumentada para ajudar a oficina a fazer um diagnóstico mais rápido e preciso: objetos em 3D, textos explica-tivos e imagens vídeo, sobrepõem-se à imagem real que o técnico vê nos tablets ou smartphones.

A ContiTech lançou uma nova app que mostra em 3D os componentes de trans-missão. Federal Mogul Motorparts reve-lou os êmbolos mais leves Elastothermic da Nural, pastilhas de travão Eco Friction

sem cobre da Ferodo e chumaceiras sem chumbo Glyco. A Varta apresentou a nova bateria Promotive EFB, com um disposi-tivo de circulação de ácido especialmente desenhada para veículos comerciais.

Novos sensores de temperatura de gases de escape, foram a novidade no stand da NGK. A ZF Services estava pre-sente com 3 stands onde destacava os amortecedores modulares e as soluções de conectividade para as oficinas. Na TRW a novidade era a pastilha de travão DTEC mais limpa, que permite manter as jantes sem sujidade, sem afetar o rendimento

da pastilha. A Sogefi apresentou os ca-tálogos de filtros para 2015, com um total de 450 páginas e 150 novas refe-rencias.

Saleri lançou a nova bomba de água variável, que ganhou o prémio 'Innova-tion Award' na categoria de produtos e serviços OE. A Brembo divulgou uma nova gama de pinças de travão recons-truídas, que inclui 4.000 referências com-patíveis com mais de 2.000 modelos de veículos.

SATA jet 5000 B é a nova pistola de alto rendimento da Sata, que se destaca pela

alta versatilidade e ergonomia melho-rada. O fabricante de tintas Spies Hecker lançou um novo software de cor online, que permite a ligação das ferramentas de gestão de cor digital, como o espec-trofotómetro ColorDialog Delta-Scan.

A Hella apresentou os faróis auxiliares Luminator X LED, com tecnologia de duplo refletor, destinados a veículos TT. Na Hella Gutmman a novidade era um sistema de calibração dos pára-brisas que incorporam câmaras de filmagem.

A Tenneco mostou a plataforma TADIS com informação técnica on-line, módu-los de aprendizagem interativos, vídeos e guias de reparação. No stand da Meyle, destaque para os Kits de braços de sus-pensão para BMW e Mini e para as bom-bas de água.

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Workshops práticosA Automechanika organizou um total de 11 workshops práticos de colisão. As ações de for-mação incluiram todas as fases de uma repara-ção de carroçaria, nomeadamente bate chapa, lixagem, pintura e secagem.

Diretório Verde25 expositores foram selecionados para cons-

tarem no guia "Directório Verde". O concurso foi aberto a todos os expositores da Automechanika 2014. Ao todo, foram recebidos 44 pedidos de inclusão. A pontuação mais alta na avaliação foi atingida pela Robert Bosch pelo seu sistema de reconstrução de componentes automóveis ele-trónicos.

Prémios Automechanika InnovationA exemplo do que tem acontecido nas ante-

riores edições, a organização voltou a premiar os produtos mais inovadores presentes no salão. Os vencedores foram selecionados entre 120 inscrições.

Categoria: Peças e componentes● Continental - VDO REDI-SensorCategoria: Electrónica e sistemas● Texa TMD MK3Categoria: Acessórios e Tuning● Pannex - Selante para pneusCategoria: Reparação & Diagnóstico● Texa - Óculos de realidade aumentadaCategoria: Reparação e Manutenção● Maha – Dinamómetro MFP 3000 Categoria: IT & Gestão● Car-O-Liner - Vision 2Categoria: Produtos OE e Serviços● Saleri – Bomba de água variável

15 expositores portuguêsEste ano, Portugal esteve representado com

15 expositores, que levaram até Frankfurt diver-sos tipos de produtos e serviços: Cortigon; CTEQ; DGA; Diamantino Perpétua & Filhos; Fabriscape; Hispanor; Incomcar; Indasa; J. Deus; KIYU; Linex-tras; MF Pinto; Soc. Irmãos Miranda; Valente Lopes e Veneporte.

Automechanika em númerosTotal de expositores

Peças e componentes

Reparaçãoe manutenção

Estações serviço e Car Wash

Expositores alemães

Acessórios e Tuning

Electrónica e sistemas

Países presentes

Expositoresportugueses

Expositoresinternacionais

4.631 2.26794 3.909

707532

71 291

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Salão

DATA30 de Outubro

a 2 de Novembro 2014HORÁRIO 

Dias 30, 31 de Outubroe 1 de Novembro

(5.ª, 6.ª e sábado): 14h-23hDia 2 de Novembro(Domingo): 14h-20h

LOCALEXPOSALÃO

Centro de ExposiçõesBatalha

Telefone: 244 769 480E-mail: [email protected]

Internet: www.exposalao.pt

Salão Mecânica

› A cerca de um mês de abrir as suas portas, o que acontecerá no próximo dia 30 de Outubro, a feira da Batalha ganha cada vez mais motivos de interesse. A área de exposição será de 8000 m2. E até ao fecho desta edição, eram 54 os expositores confirmados

A organização da 4.ª edição da Me-cânica, pretende superar os nú-meros de 2013. A feira da Batalha,

que se realiza de 30 de Outubro a 2 de Novembro, reunirá fabricantes, impor-tadores e representantes de equipa-mento oficinal, peças, mecânica, componentes, lubrificantes e acessórios para o setor automóvel. O objetivo será o mesmo das anteriores edições: esta-belecer a ponte entre a oferta e a pro-cura.

Tendo contado com 110 expositores ligados ao pós-venda automóvel, a edi-ção do ano transato recebeu cerca de 25.000 visitantes, 75% dos quais profis-sionais. E afirmou-se como o ponto de encontro de excelência do aftermarket

4ª Edição da Mecânica

Batalha para ganharserá alvo de uma intensa campanha de divulgação junto dos meios de comu-nicação nacional (spots nas rádios na-cionais; rede de outdoors; comunicados e publicidade em imprensa especiali-zada; Internet; redes sociais; envio de convites aos profissionais do setor). O JORNAL DAS OFICINAS volta a ser a pu-blicação oficial do certame e continua a destacar as novidades dos expositores.

EXTRASECURITYwww.extrasecurity.pt

A Extrasecurity irá promover na 4.ª edição da Mecânica a marca Quixx, uma vez que é o importador oficial para Por-tugal. A Quixx destina-se a tratamento/recuperação de pintura, polimento/reparação de faróis, acrílicos e metais. Já no que toca a sensores de estaciona-mento, alarmes e módulos, iluminação e produtos de manutenção, a empresa revelará as inovações gerais e dará a conhecer as novidades para modelos específicos. Que constarão no catálogo Car Gift. Relativamente ao car áudio, a Extrasecurity dispõe de novidades da Phonocar, com novas frentes e cabos para novos modelos.

INTERESCAPEwww.interescape.com

A empresa especialista em sistemas de escape e catalisadores, exibirá, à se-melhança do que aconteceu na edição do ano passado, um pouco de toda a sua linha de produtos das marcas que comercializa: Walker, Imasaf, Eberspa-cher, iecat, iepower e As. Ainda que duas delas sejam marcas próprias: iecat (ca-talisadores) e iepower (escapes despor-tivos com duas ponteiras). Mas não só. A Interescape apostará num dos temas que está “na moda”: limpeza e reparação de filtros de partículas Diesel (FAP ou DPF). E para demonstrar as vantagens dos sistemas que utiliza face aos da con-corrência, a empresa de Vila do Conde

em Portugal. Pelo que a Batalha foi a montra do que de melhor existe em termos de equipamento oficinal e peças para as oficinas de reparação automóvel. E assim continuará na edição de 2014.

Apresentando-se como uma excelente oportunidade para dar a conhecer as novidades, estabelecer novos contactos e parcerias e ainda concretizar negócios, constituindo uma plataforma para todos os profissionais, a 4.ª edição da Mecânica

PUBLICAÇÃO OFICIAL

da Mecânica 2014

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IV Workshop JORNAL DAS OFICINASAuditório ExpoSalão - Batalha – 1 novembro

Formação para Oficinas

montará mesmo uma bancada, onde os visitantes poderão constatar as diferen-ças no que toca à limpeza de filtros de partículas Diesel.

MASTERSENSORwww.mastersensor.com

A empresa de importação e distribuição de acessórios automóvel, localizada em Aveiro, levará ao certame da Região Cen-tro a nova gama de escovas Heyner para veículos ligeiros (a metálica chama-se alca universal; a traseira dá pelo nome de alca rear), camião (alca truck) e autocarro (alca bus). Para além de diversas novidades no domínio dos acessórios, como, por exem-plo, sensores de estacionamento, lâm-padas de halogénio e material de ajuda à instalação de car áudio da marca TCP (fácias, cabos, fichas, interfaces). E quando se apresentar na feira da Batalha, a Mas-tersensor já poderá mesmo ter lançado o seu novo site, que contempla uma sé-rie de novas ferramentas, áreas de con-sulta, download de manuais e histórico de faturação dos clientes.

NÉLSON TRIPAwww.nelsontripa.pt

No espaço reservado à empresa de Torres Vedras, os visitantes poderão apreciar um pouco daquela que é a sua gama no mercado nacional. Desde va-

Dando seguimento à série de quatro Workshops que o JORNAL DAS OFI-CINAS propôs realizar em 2014, Batalha foi a cidade escolhida para acolher a 4ª edição deste evento.Mercado, Cliente, Recursos Humanos e Organização, são os temas centrais que serão desenvolvidos pelos formadores e debatidos num modelo de grande interatividade com os participantes, em que estes terão de realizar alguns trabalhos de reflexão estratégica. Com esta ação de formação, os participantes e as suas organizações ob-terão mais conhecimentos de como interpretar o mercado, melhorar o relacionamento com os clientes, aumentar a motivação e organização interna.

Todos os participantes sairão do workshop “Gestão Estratégica e Opera-cional do seu Negócio” com um Plano de Ações a desenvolver internamente.A participação nestes Workshops é aberta a todos os profissionais do aftermarket, nomeadamente, Retalhistas de Peças, Oficinas de Reparação e de Pneus, Serviços Rápidos e a todos os que sintam necessidade de saber como gerir as áreas críticas do seu negócio.Os Workshops serão apresentados por Dário Afonso e Jorge Cancella de Abreu, dois formadores certificados e especialistas na área do Pós-Venda Automóvel. Para mais informações e inscrições visite o site www.eventosap.com

riadores de velocidade até evaporadores, passando por condensadores. Mas o grande destaque será dado às embraia-gens para autocarros, bem como aos novos compressores. Na feira da Batalha, esta empresa, que tem já dimensão in-ternacional, uma vez que exporta para diversos países, sendo Espanha e Emi-rados Árabes Unidos apenas dois, dará a conhecer o seu novo site, que apresenta uma imagem reformulada e novas fun-cionalidades.

PBS – PORTUGALBATERIA SERVIÇO

www.portugalbateriaservico.pt

Sediada em Camarate, Lisboa, a PBS apresentar-se-á na 4.ª edição da Me-cânica com uma posição reforçada no mercado dos veículos pesados, área que a empresa considera estratégica e onde a afinidade com marcas de pe-sados e a ligação com fábricas de pri-meiro equipamento desempenha um papel decisivo. Com um forte investi-mento em termos de comunicação na marca Energia, especificamente criada para o nosso país, a PBS revelará, tam-bém, a forma como os seus distribui-dores podem ter acesso à gama de baterias para motos.

No stand da Portugal Serviço Bateria, estarão em exibição várias produtos em comercialização, das marcas Energia,

Steco, Tudor, Varta, Global, Fulbat, Powe-road, Powersonic e Trojan. Com especial destaque para as baterias dotadas de tecnologia AGM para veículos equipados com sistemas start/stop e para as bate-rias reforçadas nos valores elétricos de arranque, de forma a responder às exi-

gências de primeiro equipamento de vários automóveis Diesel. Sem esquecer a bateria com tecnologia de descarga lenta para autocaravanas e barcos, a máquina de diagnóstico para testar ba-terias/alternadores e o carregador de baterias.

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Osram lança nova Tabela de PreçosNotíciasTECNIVERCA APRESENTA CORMACH MEC LINE

Super rápida e precisa› A Tecniverca apresentou à rede de distribuidores nacionais, a nova linha de máquinas de equilibrar rodas Cormach MEC, que se destacam pela rapidez e precisão de funcionamento

A apresentação das máquinas decorreu nas instalações da Tecniverca, na Moita, e contou com a presença de Grazia Iori,

Diretora de Marketing da Cormach, que referiu “A nova linha, composta por 4 modelos (MEC 5, MEC 10, MEC 15 E MEC 20), foi totalmente desen-volvida pelos técnicos da Cormach. Toda a tec-nologia incorporada na MEC LINE é fabricada pela Cormach.”Por sua vez, Alexandre Corricas, administrador da Tecniverca, diz “A MEC LINE tem uma gama muito abrangente, com versões destinadas a oficinas pequenas, com pouco serviço de pneus, até às versões de topo (MEC 20), con-cebidas para trabalhar muitas vezes ao dia. Como principais características destaca-se o programa específico para veículos todo o terreno e motociclos, com mais precisão e rapidez no cálculo do desequilíbrio; Código QR, com ligação direta aos manuais de utili-zação e manutenção; Atualizações de software através de pen USB; Função especial para selecionar o tipo de peso mais indicado, entre ferro e zinco, para uma maior precisão; e fun-ção stand-by, para economizar energia.Este nova linha de máquinas MEC LINE, per-mite o equilíbrio de rodas até 44 polegadas de diâmetro e graças à utilização de um ace-lerómetro, as leituras dos dados são muito mais rápidas.Como pontos fortes da linha de equilibrado-ras MEC, destacamos o sensor externo para medir a largura da jante, o pedal de travão mecânico, que simplifica as operações de bloqueio da roda e aplicação de pesos, a ilu-minação LED para uma melhor visibilidade na colocação de pesos e ainda o generoso espaço para trabalho. A grande distância en-tre a roda e o corpo da máquina, facilita a operação de colocação dos pesos.Os dados são visualizados num monitor com teclado incorporado, que foi concebido para permitir uma seleção rápida e intuitiva do modo de equilíbrio e das funções de trabalho.

Campanha de promoçãoPara assinalar o início de comercialização da nova linha de máquinas de equilibrar rodas MEC, a Tecniverca, representante exclusivo da Cormach para Portugal, está a promover uma Campanha com descontos muito van-tajosos.Assim, na aquisição de uma nova máquina

de equilibrar rodas MEC + máquina de mon-tagem / desmontagem de pneus Cormach, o cliente consegue uma poupança muito significativa. Como exemplo, podemos referir que, o mo-delo MEC15 + máquina montagem pneus F32A, fica com o preço de promoção em: 4.380,00 €.Para mais informações contactar diretamente a Tecniverca para o telefone: 219 584 273

A apresentação das novas máquinas de equilibrar rodas MEC LINE foi realizada nas instalações da Tecniverca por técnicos da Cormach

Sogilub obtém registo EMAS

● Acaba de ser atribuído à So-gilub, empresa gestora dos óleos lubrificantes usados em Portugal, pela APA - Agência Portuguesa do Ambiente, I.P, o registo no sistema Comunitário de Ecoges-tão e Auditoria (EMAS). Desta forma, a Sogilub passou a inte-grar a restrita lista de organiza-ções, às quais foi concedida esta condição. O âmbito da atribui-ção: “Prestação de serviços de gestão integrada de óleos lubri-ficantes usados, incluindo a or-ganização da recolha, transporte, armazenagem, tratamento e valorização, a realização de es-tudos, campanhas, promoções e ações de comunicação, bem como o desenvolvimento e ma-nutenção informática de base de dados” engloba toda a atividade do Sistema Integrado de Gestão de óleos Lubrificantes Usados. Com a obtenção do registo no EMAS, que coincide com a pu-blicação da sua Declaração Am-biental devidamente validada pela SGS ICS – Serviços Interna-cionais de Certificação, a Sogilub reafirma o seu compromisso com o ambiente e espelha o seu de-sempenho com rigor e transpa-rência.

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BESA muda de instalações PUB

De forma a alargar horizontes, a SKF introduziu códigos QR na embala-gem dos kits de correias de distribuição. Os códigos podem ser “scaneados” usando um smartphone ou tablet, de forma a aceder a um guia específico de montagem.

Cada código tem um link para um download automático que contém toda a informação necessária e atualizada para esse kit específico. A introdução do código QR garante acesso imediato aos técnicos das oficinas, onde quer que estejam, e informação técnica de fácil compreensão.

De forma a evitar danos dispendiosos e insatisfação do consumidor como resultado de montagem incorreta, os guias incluem: ● Instruções detalhadas em todos os passos críticos bem como remontagem do sistema de distribuição;● Valores de binário;● Desenhos ilustrados de forma clara;Imagens ampliadas a mostrar o posicionamento dos componentes;● Ferramentas necessárias para a reparação.

A fábrica da Osram em Berlim está a celebrar um marco histórico muito especial. Desde o lançamento da tecnologia xénon, em 1970, foram produzidas 100 milhões de lâmpadas nesta unidade fabril. A tecnologia xénon tem sido muito importante para a indústria da ilu-minação há mais de quatro décadas e, atual-mente, continua a ser considerada uma das tecnologias de topo no sector automóvel. Lan-çadas em 1970, as lâmpadas de xénon conhe-ceram o seu ponto alto em 1991 quando foram lançadas no BMW Série 7. Nessa época, o cora-ção da lâmpada, o filamento de xénon, já era produzido em Berlim. Atualmente, a Osram é líder mundial neste tipo de produto. Quando comparadas com as lâmpadas de halogéneo consomem menos 50% de energia.

Osram produz lâmpada100 milhões em Berlim

Componentes SKFintegram códigos QR

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Extrasecurity representa Quixx em PortugalNotícias

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Spies Hecker renova siteCentro Feu Vert inaugurado em Coimbra● A Feu Vert, rede de Centros-Auto, está presente desde o passado dia 30 de Julho na cidade de Coim-bra. Localizado no Centro Comercial Dolce Vita de Coimbra, junto ao Estádio Cidade de Coimbra, este novo Centro-Auto encontra-se dotado de excelentes instalações e de qualificados profissionais para que os automobilistas possam efetuar a manutenção dos seus automóveis, a substituição de pneus e a compra e instalação dos acessórios que desejem com rapidez, comodidade e garantia durante um horário de aber-tura alargado (9h00 – 22h00), sete dias por semana. Este Centro-Auto oferece, nos seus mais de 800 m2, uma atrativa loja de produtos para o automóvel com mais de 4.000 artigos e uma moderna oficina com equipamento de última tecnologia e capacidade para 10 viaturas. Os clientes podem aceder às promoções em vigor através da página web www.feuvert.pt .

Com uma nova imagem online, a Spies Hecker proporciona aos seus clientes uma visão ge-ral simples da sua gama de produtos, aplica-

ções e serviços. O site é destinado a pintores profissionais que procuram informação que os possa ajudar no seu trabalho diário. A Spies Hecker intro-duziu uma ferramenta de pesquisa online totalmente nova – o localizador de produto. Através de uma simples seleção de menu o pintor pode localizar

rapidamente os produtos certos. O site reserva também mais espaço para testemunhos de espe-cialistas, técnicos e clientes, que fornecem exemplos práticos concretos. O sistema Speed Repair, por exemplo, tem uma ligação direta para a formação fornecida pela Spies Hecker. Através de vídeos são fornecidas dicas práticas que ajudam os pintores com questões relacionadas com pesquisas de cor e aplicações de pintura.

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Sage Retail melhora gestão das oficinas

Rede TOP TRUCK assina parceria com a DEKRA

● A Rede TOP TRUCK associou-se à Dekra - líder mun-dial na prestação de serviços técnicos, certificação e consultoria para o sector Automóvel - com o intuito de promover junto da sua Rede de Oficinas uma melhor e mais consciente utilização dos recursos e materiais dis-poníveis. O projeto denominado “LIFE!”, prevê uma completa e detalhada análise da situação atual de cada oficina, seguida da apresentação de um plano de cor-reções e melhorias, elaborado por técnicos experientes e devidamente certificados. Além da análise do cumprimento das normas ambien-tais (bacias de retenção, separação de resíduos, preen-chimento e arquivo de documentação, etc.) que pretende proteger a oficina de pesadas multas, o projeto “LIFE!” vai mais longe e analisa também a utilização dos con-sumíveis habituais (sprays, fitas, plásticos de isolamento para pintura, etc.), propondo uma utilização mais eficiente destes recursos aumentando assim a rentabilidade do negócio.

Para dinamizar o sector das Oficinas automóveis, a Sage Portugal lançou uma campanha de subs-tituição de software, com o mote “Já fez a revisão

ao seu software!” Sem custos iniciais e por apenas 24€/mês, as oficinas podem adquirir uma solução para mo-dernizar e gerir de forma mais eficiente o seu negócio, proporcionando-lhe rapidez, flexibilidade e facilidade de utilização. O Sage Retail permite a optimização e especificidade das oficinas, uma gestão avançada, um controlo eficaz, robustez e simplicidade, aumento da rentabilidade, o que por sua vez permite a fidelização dos clientes.Algumas das funcionalidades do Sage Retail para me-lhorar a gestão das Oficinas:

● Tratamento de Franquias das Seguradoras;● Gestão e Registo de Intervenções por viatura/ matrícula;● Histórico de todas as intervenções por viatura;● Possibilidade de personalizar campos para questões relacionadas com a viatura;● Gestão de contratos por cliente;● Bancos /Faturação/ Contas Correntes;● Ferramentas de fidelização dos clientes.De acordo com Ana Teresa Ribeiro, SMB Business Unit Manager da Sage Portugal “Ao subscrever o Sage Retail, as oficinas adquirem uma solução que lhe garante todas as atualizações funcionais, legais e fiscais, para além de um controlo eficaz, robustez e simplicidade no serviço a prestar ao cliente.”

Notícias

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Garmin lança nova série avançada nüvi

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Comma revela mau estadodos sistemas de travagem

Notícias

A Comma, especialista em fluídos de travões realizou um estudo que revela que as oficinas independen-tes podem estar a desperdiçar mi-lhares de euros de margem de lucro, de acordo com um novo relatório que revela que os travões em 61% de todos os carros em Portugal podem falhar a qualquer momento. A marca testou a qualidade do fluido de travões em oficinas de todo o país e apurou que três em cada cinco condutores portugueses conduzem com sistemas de trava-gem em mau estado, sendo que 17% arriscam involuntariamente a sua vida sempre que conduzem. A Comma recomenda a substituição do fluido de travões quando o ponto de ebulição atinge os 200 graus Celsius, mas alguns dos veí-culos testados pela Comma tinham fluido de travões com o ponto de ebulição aos 160 graus.

As aquisições de veículos por em-presas de rent-a-car aumentaram nos primeiros oito meses de 2014 e re-presentam mais de 20% de todas as viaturas ligeiras vendidas em Portu-gal. As viaturas ligeiras de passageiros adquiridas pelas empresas de rent--a-car no primeiro semestre de 2014 ascenderam a 25.282 viaturas, o que se traduz num crescimento de 38% face ao período homólogo do ano anterior. O total de viaturas de rent--a-car em frota em Agosto situou-se

em mais de 60.000 unidades, o que traduz uma renovação das frotas levada a cabo pelas empresas do sector. Também o mercado de veí-culos de ocasião atravessa um bom período, o qual tem comercializado um grande número de viaturas com idade superior a 1 ano provenientes de empresas de rent-a-car, as quais se estão vendendo muito bem, o que proporciona também uma “impor-tante” renovação do parque automó-vel das empresas de rent-a-car.

Aquisições de rent-a-car aumentam

Fuchs lança TITAN GT1 EVO SAE 0W-20

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Notícias Delphi lança tablet de diagnóstico

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A nova atualização Autodata Online adicionou 55 novos modelos, com destaque para: BMW série 3 Gran Turismo, Mercedes-Benz classe E Coupé/Cabrio (207), Peugeot 308 (13-), BMW série 4 Cabrio, Opel Insignia, BMW série 4 Gran Coupé, Opel Movano-B. Foram acrescentados 232 novos códigos de avaria - gestão do motor, para as seguintes marcas: Audi, Fiat, Ford, Kia, Mercedes, Opel, Peugeot, Seat, Skoda, Volkswagen e Volvo. E adicionados mais de 100 novos esquemas elétricos. Mais informações adicio-

nadas: Tempos de Reparação, Planos de Revisão, Carretos, Correntes e Carretos de Distribuição, Intervalos de Revi-são, Gestão do motor, testar componentes, Gestão do motor, dados sobre os pinos, Localização dos componen-tes, Sistema de monitorização da pressão dos pneus. O serviço Autodata Online tem atualizações em tempo real que permitem trabalhar nos últimos modelos, assim que são lançados pelos fabricantes, e numerosas alterações em modelos já existentes.

Autodata Online adiciona 55 novos modelos Novas juntasDT Spare Parts

● A DT Spare Parts oferece uma ampla gama de produtos para camiões, semi--reboques e autocarros. A sua vasta oferta passa a incluir as juntas do cabeçote de cilindro mais utilizadas. As juntas do cabe-çote de cilindro têm como função isolar entre si e até do exterior, substâncias como o arrefecimento, óleo ou gases de com-bustão do motor. Foram projetadas para trabalhar a uma temperatura de até 300°C. Nas câmaras de combustão resistem aos gases de combustão com temperatu-ras que oscilam entre 1800° C e os 2500° C. As juntas são resistentes a gases e lubri-ficante e assumem baixa deformação a altas temperaturas.

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Colas Loctite mais resistentes a gorduras e calorA Henkel desenvolveu duas colas anaeróbicas

da Loctite que resistem a temperaturas de até 180º e mostram uma secagem confiável em su-perfícies oleadas e em metais passivos. A Loctite 638 e 648 oferecem maior fiabilidade assim como uma maior resistência térmica. As colas Henkel da última geração garantem uma adesão segura em superfícies que não estejam suficientemente limpas, proporcionando a solução de um pro-blema típico em processos de produção.

Estes produtos apresentam excelentes carac-

terísticas de secagem em todos os metais, in-cluindo superfícies metálicas passivas como o aço inoxidável. As colas melhoradas mantêm as propriedades das suas antecessoras como a ve-locidade de secagem a resistência, a resistência química e a vida útil. Utilizadas para fixar e colar rolamentos, engrenagens e cilindros, as colas Loctite 638 e 648 permitam uma maior transmis-são de carga e uma distribuição mais uniforme das tensões e ao mesmo tempo eliminam a cor-rosão a esfregar.

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Notícias

A 22ª edição do salão EquipAuto realizar-se-á de terça-feira 13, a sábado 17 de outubro de 2015 no Parque das Exposições de Paris-Nord Villepinte. Uma nova identidade vi-sual será o reflexo das evoluções do mercado do pós-venda e dos serviços assim como da capacidade do EquipAuto em anteci-par as necessidades dos profissionais. A nova di-nâmica gráfica, reflete os valores e ambições do EquipAuto, ilustra a von-tade de juntar todos os atores internacionais da fileira do aftermarket e apresenta uma oferta com-pleta e inovadora. Esta

oferta será proposta por 1.500 expositores, numa área de 100.000 m2 dedi-cada aos mais de 100 mil visitantes profissionais internacionais esperados nos 5 dias de feira. O salão confirma assim a sua prin-cipal missão de reunir os profissionais do pós-venda criando condições favorá-veis ao crescimento dos seus negócios, a fim de desenvolver a sua fideli-dade à marca e a sua am-bição de ser o evento de referência para o pós--venda e para os serviços ligados a todos os veículos, reunindo os diferentes atores, especialistas na zona EMEA.

EquipAuto 2015de 13 a 17 outubro

Após o lançamento no passado mês de Julho da sua página web para Portugal, a Hella continua a reforçar a sua presença no mercado português, tornando a sua gama de produtos mais acessível aos pro-fissionais do nosso país. A Hella encontra-se num processo de me-lhoria e optimização da sua estru-tura em Portugal, adaptando a sua oferta e os seus produtos às carac-terísticas do sector aftermarket em

Portugal. Fiel à sua política de con-solidação e constante inovação, a HELLA realizou diversas parcerias com empresas especializadas para colocar à disposição do mercado. A ampla gama do catálogo Hella, conta com mais de 38.000 referên-cias nas suas diversas gamas de produtos, que incluem Lâmpadas, Escovas, Sistema de Travagem, Ilu-minação, Eletrónica, Eletricidade, Ar Condicionado e Pintura.

HELLA reforça posiçãoem Portugal

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A TecDoc decidiu introduzir uma nova variante no seu Catálogo de Peças em DVD no segundo trimestre de 2015, por uma necessidade premente dos utili-zadores do catálogo que procuram maior flexibilidade na instalação.

Atualment são necessários 6 DVDs para cobrir a base de dados internacio-nal do Catálogo TecDoc, o que já requer bastante espaço em disco e tempo de instalação para um funcionamento

adequado. Estas condicionantes podem agora ser facilmente ultrapassadas com a nova opção do Catálogo TecDoc, onde se retiraram todos os ficheiros de ima-gem e se moveram os mesmos para o servidor na web. Isto significa que acede exactamente ao mesmo nível de infor-mação, instalando apenas 2 DVDs, po-dendo rap idamente visualizar todas as imagens dos produtos através da inter-net.

Catálogo TecDoccom apenas 2 DVD

Notícias O lançamento do site www.pe-casauto.acap.pt vai permitir aos associados da Divisão de Peças e Acessórios Independentes (DPAI), aceder a informação atualizada sobre a atividade desta Divisão, assim como, a notícias, legislação, serviços de apoio ao negócio e es-tudos de mercado, especificamente dirigidos às empresas do Pós-venda Independente (IAM). As empresas associadas da DPAI poderão, ainda, aceder aos conteúdos reservados, através de login e password.

Brevemente, será também lan-çada a Newsletter da DPAI, na qual serão periodicamente selecionados e divulgados os temas com maior impacto na atividade deste Sector. O domínio www.pecasauto.acap.pt pretende afirmar-se como uma referência para todos os players do aftermarket independente, assim como, para os públicos-alvo aos quais a DPAI apresentará as suas posições públicas, em defesa e pro-moção do futuro do Pós-venda Independente.

DPAI lança site

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Combinando um design compacto junta-mente com a sua ergonomia e funções inte-ligentes a nova lixadeira orbital Festool ETS EC 150, revela-se uma das melhores escolhas da atualidade para trabalhos de lixagem. Gra-ças ao motor de alta performance com tec-nologia EC-TEC, a nova lixadeira é mais pequena, mais leve e compacta, tornando-se mais fácil de lixar apenas com uma mão, pe-quenas áreas, bordas ou faixas estreitas.

Graças às funções de “Assistência Inteligente”, os operadores podem trabalhar sem prejudi-car a sua saúde, em segurança e sem outras

preocupações. A nova ETS EC 150 alcança um desempenho ideal. Se os valores de vi-bração são muito altos, o sistema “Vibration Control” entra automaticamente em desace-leração. Isso protege o utilizador porque reduz o risco de dano para o sistema músculo-es-quelético e ajuda a evitar futuros distúrbios circulatórios.

Para a nova ETS, a Festool oferece o “SERVICE all-inclusive”, que inclui 36 meses de proteção em relação aos custos de reparação, à proteção contra roubo e ainda 15 dias de teste.

Imporfase aconselhamais f iscalização

Nova lixadeira orbital Festool

A Imporfase, fabricante e dis-tribuidor de diversas marcas de escapes, alerta para a fraca fisca-lização que existe em Portugal no controlo do uso do filtro de partículas nas viaturas a Diesel a partir de 2009. Segundo esta empresa, atualmente não existe qualquer controlo nos centros de inspeção em Portugal na me-dição dos gases dos veículos diesel.

No entanto, tem surgido no mercado automóvel um apare-cimento de empresas dedicadas à remoção destes elementos.

Um veículo equipado de ori-gem com o catalisador e/ou filtro

de partículas respeitando as normas europeias na sua classe de emissões pode passar na ins-peção mesmo se o proprietário da viatura retirar esses mesmos componentes ilegalmente. A implementação da legislação em vigor - que controla as emissões de monóxido de carbono (CO), partículas, óxidos de azoto (NOx) e emissões combinadas de hi-drocarbonetos e de óxidos de azoto produzidas pelas viaturas automóveis a diesel -, junto dos Centros de Inspeção Automóvel, iria com certeza não só ajudar a economia mas também o am-biente.

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KYB celebra 25 anos no aftermarket Notícias

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A TIPS 4Y estará presente na Expo-mecânica, de 3 a 5 de Outubro, na Exponor, com o objetivo de promover a sua oferta de produtos e soluções na área dos sistemas de informação para o pós-venda automóvel. A em-presa vai apresentar uma solução inovadora que permite aos reparado-res fazer um orçamento em 4 cliques e 4 segundos. A solução incorpora um cálculo inteligente para avançar dire-tamente para a próxima revisão atra-

vés da introdução da matrícula. Outra novidade é uma solução para os ges-tores de produto que calcula a cober-tura de gama de uma determinada marca para o parque circulante por-tuguês definido pelo utilizador. O utilizador pode comparar duas marcas para o mesmo parque, conhecer as principais referências nesse parque ou qual o parque não coberto e quais as marcas e referências que resolvem esse “gap”.

As operações de retificação e de polimento são exigentes em mão-de-obra, podendo comprometer a produtividade e rentabilidade do processo de reparação que as oficinas procuram maximizar. Com o novo sistema Rhynocell, a Indasa cria uma nova dimensão na preparação de superfícies para as opera-ções de polimento.

Desenvolvido em conjunto com as prin-cipais marcas de tintas e produtos de poli-mento, este processo de pré-polimento incorpora uma inovadora tecnologia desen-volvida pela Indasa. A uniformidade e con-sistência do risco facilitam significativamente o processo de polimento, tornando-o mais fácil, eficiente e económico.

Indasa lança novo discoRhynocell

TIPS4Y participana Expomecânica

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Tendênciasde cores BASF

Retificação● Os designers da divisão de Produtos de Pintura da BASF publicaram as ten-dências que preveem para as cores de automóveis em 2014/2015. O desenvol-vimento dos efeitos especiais está a trazer novas gamas de cores. Os designers da BASF acreditam que tal irá tornar as cores dos automóveis mais complexas e indi-viduais. A nova gama deste fabricantes contém a recém-desenvolvida tinta com efeito especial XSpark.O XSpark contém partículas de vidro muito finas que refletem a luz, criando assim um brilho distinto particularmente eficaz, apenas debaixo de luz. Graças a um efeito especial direcionado, as cores clássicas como o azul e o prateado apresentam um comportamento cromático totalmente individual, contribuindo para um reforço visual da geometria da carroçaria do au-tomóvel e dando vida às suas amplas superfícies com um brilho reluzente.

Campanha Solidária GlassdriveJuntos, renovamos a

Esperança de Muitos! é o mote da campanha de

solidariedade que a Glassdrive promove de 1 a 31 de outubro. Este

ano, a empresa pretende superar o êxito alcançado na

campanha de 2013, na qual conseguiu angariar

um total de 15 tonela-das de vestuário e

brinquedos, posterior-mente entregues a 180 instituições de solida-

riedade social de todo o país previamente

selecionadas pelas Câmaras Municipais e

Juntas de Freguesia das localidades onde se

encontram localizados os 130 Centros

Glassdrive.

Dayco lança catálogo BIO 2015Notícias

● Na edição Nº 106 do Jor-nal das Oficinas, referente ao mês de setembro 2014, foi referido no artigo Check Up 24, publicado na página 38, que António Mateus, Area Sales Manager da TMD Fric-tion Portugal, é responsável pela comercialização da marca Pagid. Ora desde o início de 2013 que isso já não é uma reali-dade, uma vez que a Pagid agora faz parte de uma joint venture com a Hella, sendo que o responsável pela Pa-gid em Portugal é a própria Hella SA.. Pedimos desculpa às empresas por este en-gano.

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Vendas Automóveis cresce em agosto

Site de peçasLand Rover foi

remodelado

WD-40 Company GT85 Limited 

Novo centro Precision na Guarda

Krautli lança Campanha de Escovas SWF

RPL Clima alarga gama de

compressores

Fafediesel e Dieselsys PME Líder

Alpine X800D-ML vence prémio

● No mês de Agosto de 2014 foram vendidos em Portugal 9.363 veículos automóveis ligeiros e pesados, ou seja, mais 31,1 por cento do que em igual mês do ano anterior. Em termos acumulados, nos primeiros oito meses do ano, foram vendidos em Portugal 115.025 veículos automóveis, o que representou uma variação homóloga positiva de 38,7 por cento. Conforme a ACAP tinha previsto, confirma-se a desaceleração do cresci-mento do mercado que se vinha a veri-ficar nos primeiros meses do ano, a qual se deve ao facto do mercado automóvel ter iniciado a sua recuperação na se-gunda metade do ano anterior.

● O site www.pecaslandrover.com fez um refresh à sua imagem passa a estar ainda mais intuitivo para todos os apai-xonados pelos veículos da marca adqui-rirem peças e outros componentes para os seus modelos LR.O acesso passa a ser mais e rápido com preços sob consulta, há novos meios de pagamento como o multibanco e o paypal, a pesquisa de peças foi facilitada, a área do cliente passa a ter mais e novas funcionalidades, a linguagem e imagem do site estão mais “clean” e há mais pro-dutos online para comprar. O renovado site passa a incluir um novo separador Outlet onde poderá encontrar boas opor-tunidades de compra de produtos mais baratos.

● O acordo através do qual a WD-40 Company adquiriu 100% do negócio da GT85, foi fechado no passado dia 4 de Setembro de 2014 e inclui a compra das marcas GT85 e SG85 que a empresa bri-tânica comercializa em diversos merca-dos. Com esta adquisição a WD-40 Company reforça a sua posição e oferta no sector da bicicleta já que incorpora uma marca de reconhecido prestígio entre os ciclistas no seu atual portfolio que inclui as já prestigiadas marcas WD-40 e 3-EN-UNO. A WD-40 Company re-força assim a sua aposta no mercado da bicicleta já por si evidente com a gama WD-40 Bike lançada recentemente nos EUA e vários países de Europa.

● A Precision abriu mais uma loja, desta feita na cidade da Guarda em uma das principais avenidas da cidade, Avenida da estação. Com esta abertura a Precision passa a contar com 18 centros da rede própria e com 7 franchisados. Segundo Manuel Lima, diretor geral da Precision, “Prevemos novas aberturas até ao final do ano, mantemos uma vontade enorme de fazer crescer a nossa rede de oficinas, sendo a nossa aposta neste momento o franchising  já que possuímos uma ima-gem consolidada”. A Precision é uma rede de oficinas multimarca que lhe garante todos os serviços de diagnóstico, manu-tenção e reparação automóvel, desde as operações mais simples, como as mu-danças de óleo, até serviços mais com-plexos, como as revisões recomendadas pelos próprios fabricantes de automóveis e serviços de chapa e pintura.

● Como vem sendo hábito nesta altura do ano, a KRAUTLI acaba de lançar uma campanha de Escovas Limpa-Vidros SWF, garantindo descontos especiais aos seus clientes, em função de diferentes pata-mares de compra. Com uma forte posição no segmento dos sistemas limpa-vidros, a SWF é uma das marcas históricas da KRAU-TLI e oferece uma gama alargada de es-covas limpa-vidros para veículos ligeiros e pesados. Esta campanha está em vigor até 31 de Outubro.

● A RPL Clima, empresa portuguesa que se dedica à comercialização de sistemas de ar condicionado para veículos, acres-centou dois novos compressores à sua vasta lista de opções. As novas referên-cias são: APCOMNI003 Compressor para todos os motores 1.6 e 1.6 D do Mini de 2007 e APCODW0001 Compressor para o motor 1.5 do Daihastu Terios de 2006.

● A Fafediesel e a Dieselsys voltaram a ser distinguidas com o Estatuto de PME Líder! Estas empresas destacaram-se pelos bons desempenhos económico--financeiros e de gestão, tendo apresen-tado rácios de solidez financeira e de rendibilidade acima da média nacional. Têm sabido manter altos padrões com-petitivos num contexto particularmente exigente e estão a conseguir ultrapassar a crise com crescimento, consolidação de resultados, e contributos ativos na criação de riqueza e de emprego na re-gião onde se inserem.

● No passado dia 15 de Agosto foram concedidos os prémios EISA AWARD, prémios de prestígio mundial, em que participam 50 publicações de 20 países europeus especializadas na tecnologia da imagem e do som. Graças ao esforço e ao trabalho desenvolvido pelos de-partamentos de I&D para os veículos Mercedes Benz ML/GL, a Alpine obteve o prémio para o melhor produto do ano de 2014-2015 na categoria IN-CAR PREMIUM UPGRADE, com o modelo X800D-ML.

Breves

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Classificados

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Se existem acessórios que se revestem de extrema importância e sobre os quais ninguém tem dúvidas quanto

à função que desempenham, são as esco-vas limpa-vidros. A sua missão é remover água e sujidade que se acumulam nos pára-brisas e óculos traseiros. Daí o papel decisivo que desempenham em matéria de visibilidade e segurança. De pouco serviriam os faróis e a mecânica sem as escovas limpa-vidros. Tanto assim é, que, hoje, é impensável conceber-se um auto-móvel sem estes “adereços”, a menos que se tratem de concept-cars, veículos de competição ou desportivos sem tejadilho e pára-brisas. Como os Renault Sport Spi-der de 1996 e Mercedes-Benz SLR Stirling Moss de 2009, só para citarmos dois exem-plos, nos quais condutor e acompanhante usavam capacete com viseira.

■ INVENÇÃO COM 111 ANOSA origem das escovas limpa-vidros re-

monta a 1903. A invenção pertenceu à norte-americana Mary Anderson, que decidiu conceber um mecanismo de lim-peza de vidros (haste com um rodo bati-zado de limpa pára-brisas) depois de constatar que os maquinistas dos com-boios abriam diversas vezes a janela para remover a neve dos vidros e que os con-dutores de veículos tinham de parar cons-tantemente para limpar manualmente os

pára-brisas. Esta invenção foi patenteada em 1905 e fez com que Mary Anderson entrasse para a história como a primeira mulher a desenvolver um acessório para automóvel.

A solução idealizada pela norte-ameri-cana (lâmina de borracha presa a um braço metálico, que era movimentado por uma haste) foi adotada por Henry Ford, funda-dor da marca com o seu apelido, para equipar o modelo T. Oito ano mais tarde, todos os veículos norte-americanos pas-saram a sair de fábrica com limpa pára--brisas. O sistema de limpeza, a vácuo, estava ligado ao coletor de admissão. Apesar da vantagem deste mecanismo, existia uma deficiência grave: quando se aumentava a velocidade do motor, a rapi-dez do mecanismo era reduzida.

Já o temporizador do sistema de limpeza do pára-brisas, foi criado e desenvolvido, em 1964, pelo engenheiro e professor universitário norte-americano Robert Kearns. Contudo, só seria comercializado em 1969, pelo simples facto de o seu in-ventor ter passado por uma conturbada batalha judicial contra a Ford Motor Com-pany, o que motivou até o aparecimento, em 2008, do filme “Flash of Genius”, rea-lizado por Marc Abraham, que retrata esta história verdadeira. Sem ter sido repre-sentado por qualquer advogado, uma vez que foi essa a sua intenção, Robert Kearns

Escovas limpa-vidros

Remover o indesejável

A manutenção do automóvel passa, também, pelo reabastecimento do líquido do limpa pára-brisas

Mercado

› De pouco serviriam os faróis ou a mecânica sem as escovas limpa-vidros. Elemento essencial em matéria de visibilidade e segurança, são elas que têm a missão de remover tudo o que é indesejável (água e sujidade). Nesta edição, auscultámos o mercado destes componentes através de marcas e representantes

Por: Bruno Castanheira

ganhou o processo em tribunal contra a Ford, que foi condenada por se ter apo-derado desta invenção.

■ SUBSTITUIR CADA 12 MESESNão obstante a evolução sofrida ao nível

das escovas (materiais utilizados; eficácia de limpeza; design aerodinâmico), o sistema pouco mudou na sua essência. Ganhou, sobretudo, um mecanismo de acionamento com diferentes velocidades (chuva forte, leve ou fraca), que, hoje, é ativado, na grande maioria dos automóveis, através de um sensor, bastando apenas que caia uma gota de água no pára-brisas para que funcione de forma automática.

O sistema de limpeza do pára-brisas e do óculo traseiro consiste num dispositivo mecânico cuja missão é manter a transpa-rência dos vidros em caso de chuva ou neve, eliminando o excesso de água através de escovas de borracha fixadas a suportes metálicos, que fazem o movimento “es-querda-direita”. O sistema de limpeza é acionado através de um motor elétrico. Caso a chuva não seja muito intensa ou em situações de sujidade (poeira e lama), a eficácia do sistema pode ser melhorada com a aplicação simultânea de jatos de água (não corrente) ou de produto próprio sobre a superfície a limpar.

A função das escovas limpa-vidros não

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Um limpa pára-brisas não funcio-nará eficazmente se a sua escova ou braço estiver em mau estado. Uma inspeção regular assegurará um correcto funcionamento.

1. Comprove se as escovas se en-contram desgastadas, se existe corrosão nas uniões articuladas e se os braços estão inclinados ou retorcidos.

2. Verifique que a borracha da es-cova se move livremente, e está em contato com o pára-brisas du-rante todo o varrimento.

3. Não utilize os limpa pára-brisas numa superfície com gelo ou gea-da, para não danificar o rebordo da borracha das escovas.

4. Os limpa pára-brisas funcionam melhor com um pára-brisas limpo. Limpe regularmente o pára-brisas com um limpador não abrasivo e água quente.

Como detetaro desgastedas escovas

A substituição das escovas limpa-vidros, apesar de ser uma operação relativamente simples, requer atenção e delicadeza. De modo a evitar danos

se limita à sua utilização em condução com chuva. No tempo seco, o pára-brisas e o óculo traseiro sujam-se e as escovas em mau estado, em vez de limpar, estendem a camada de sujidade pelos vidros, preju-dicando seriamente a visibilidade. Logo, aumentam o risco de acidente. Para além disso, as escovas desgastam-se mais rapi-damente no Verão do que no Inverno, em virtude de o calor endurecer a borracha. Ainda que a geada seja outro dos fatores de deterioração. A duração média das es-covas é de cerca de um ano. Daí ser acon-selhável mudá-las cada 12 meses. Para já não falar no caso de existirem riscos no pára-brisas, altura em que se deve proceder à substituição imediata das escovas, de modo a não provocar danos graves no vidro.

■ SINTOMAS DE DESGASTEAs escovas limpa-vidros desgastadas ou

danificadas podem dar origem a chumbos nas Inspeções Periódicas Obrigatórias e aumentam, como acima referimos, o risco de acidente. Que sintomas de desgaste indicam a necessidade de substituí-las? Simples: caso deixem faixas de água, estrias ou zonas húmidas na superfície a limpar; produzam vibrações ou pequenos ressaltos; não lavem nos cantos ou façam barulho; apresentem rugosidades e/ou cortes ao deslizar o dedo pelo fio da escova; emitam ruídos durante o seu funcionamento.

E o que se deve ter em atenção? Remoção

de sujidade (insetos, resina, poeiras); resis-tência ao calor e ao frio; remoção de gelo e neve; resistência a substâncias orgânicas e inorgânicas; resistência a substâncias corrosivas e agressivas; resistência mecânica a pressão de vento e neve. Como conselhos para cuidar das escovas limpa-vidros, po-dem ser apontados três: não acioná-las quando existir neve acumulada no pára--brisas, uma vez que o peso da mesma pode

provocar deformações no braço; não utili-zar água corrente como líquido limpa pára--brisas, uma vez que tal pode congelar e danificar a bomba, para além do calcário da água poder entupir os orifícios do pul-verizador; não utilizar produtos com álcool como líquido limpa pára-brisas, uma vez que ataca a borracha do fio da escova.

As escovas podem ser de vários tipos, em função do veículo a que se destinam e da

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Mercado

Escovas limpa-vidros

tecnologia que empregam. Podem ser convencionais, planas ou podem ser for-necidas com adaptador para o braço do limpa pára-brisas pré-montado na escova, caso a intenção seja substituir as escovas originais dos veículos. O aconselhamento técnico reveste-se, por isso, de extrema importância.

■ MERCADO COMPETITIVOPara auscultar o mercado das escovas

limpa-vidros em Portugal e perante a au-sência de dados estatísticos que permitam sustentar uma análise objetiva, socorremo--nos de marcas a representantes. Come-çando por Peter Bloemberg. O Diretor de Vendas e Marketing da Kavo Parts, que comercializa as escovas NWB, salienta que “as escovas NWB são utilizadas por 90% dos construtores japoneses de automóveis. A Toyota e a Mitsubishi utilizam-nas a 100%, percentagem que desce para 73% no caso

da Honda, 57% na Mazda e 45% na Nissan.” Já Carles Santacreu, Iberia Sales Manager da Doga Parts, afirma que é “um mercado muito competitivo, que reúne as principais marcas, mas que oferece, também, espaço para novas gamas, que podem acrescentar--lhe valor.” Segundo este responsável, “cerca de 90% da faturação em escovas é assegu-rada pelos veículos ligeiros. Mas existem demasiadas marcas. Nos últimos quatro, cinco anos, entraram no mercado muitas importadas, principalmente da Ásia, cujo único argumento de venda é o preço.”

Nicolás Pageot, Responsável do Depar-tamento de Produtos de Manutenção e Gestor de Produto de Escovas da Hella, assegura que o “mercado português é muito competitivo, existindo uma grande quan-tidade de marcas. Mas a atual situação económica pode levar o consumidor a escolher produtos de baixas prestações, onde o preço é a principal preocupação.” Este responsável considera que “ao nível das marcas de escovas, o mercado está bastante equilibrado relativamente à pro-cura. Porém, penso que a evolução inclina--se mais para as marcas premium. Como a Hella.”

Por seu turno, Christine Reinke, da Marein, que comercializa as marcas Flennor e Me-rit, destaca que “a Marein oferece ao con-sumidor uma gama de escovas de classe superior, que podem ser colocadas, de forma rápida e simples, em quase todas as viaturas.” Já André Martinho, Gestor de Produto da TRW, que comercializa a marca Lucas, é assertivo: “Trata-se de um mercado ainda muito sazonal e muito atomizado, com inúmeras marcas a lutar por quota nos vários segmentos. Em nossa opinião, nunca existem marcas a mais ou a menos. O mer-cado autorregula-se no sentido de suprimir determinadas marcas mal posicionadas. Seja por preço ou qualidade, abrangência de gama, aplicabilidade, embalagem e

design. Desconhecemos quanto vale o mercado português.”

■ OPORTUNIDADES E DESAFIOSDe marcas e empresas quisemos, tam-

bém, saber que oportunidades consideram elas existirem neste negócio e quais as ameaças que se lhe colocam. Carles San-tacreu, da Doga Parts, foi o primeiro a pronunciar-se: “A gama de potenciais com-pradores, de retalhistas de peças de repo-sição em Portugal, também diminuiu. O que nos afeta a todos. De qualquer forma, a incorporação de uma nova gama e a melhoria das existentes, permite-nos au-mentar as vendas. Acreditamos que ainda há espaço para melhorar e estamos em conversações com vários distribuidores.” Quanto aos desafios, Carles Santacreu afirma que é “a luta contra a má qualidade de algumas marcas importadas, cuja venda se baseia apenas no factor preço. Como fabricante de escovas de qualidade, esta-mos preocupados com esta questão, pois entendemos que a escova é um elemento essencial em matéria de segurança, tal como pneus e travões.”

Já Nicolás Pageot, da Hella, refere que “o objetivo que temos é chegar ao Top 5 das marcas de escovas mais vendidas em Por-

tugal. Mas, para isso, é preciso ter-se um produto de muita qualidade a um preço muito competitivo.” E acrescenta: “O nosso desafio é dar a conhecer ao mercado que, dentro do nosso vasto leque de produtos, a Hella dispõe de uma gama de escovas completa e atrativa que, aliás, responde às exigências atuais do mercado.” Nicolás Pa-geot completa a sua opinião afirmando que “a taxa de substituição de escovas continua a ser baixa em Portugal (cada três anos). Há muito potencial de crescimento. Assim sejamos capazes de consciencializar todas as partes interessadas (oficinas e consumidores) sobre a importância deste produto para uma boa visibilidade.”

Mais parco em palavras, André Martinho, da TRW, defende que “para que uma marca se mantenha ou cresça no mercado, torna--se essencial que acompanhe a evolução do parque automóvel. Se bem que sabemos que o nosso não tende a alterar-se de forma abrupta. Mantém-se, por exemplo, a tran-sição para as escovas flat-blade, inclusiva-mente em regime de retro-fit.” E termina: “Tratando-se um produto de desgaste, as escovas terão sempre procura, mesmo em anos de menor pluviosidade que poderão afetar o consumo.”

As escovas limpa-vidros são essenciais em matéria de visibilidade e segurança

Marca Empresa

AD AD LogisticsBosch Robert Bosch, SAChampion FCV CostaDenso Denso Doga A. NascimentoDoga Doga PartsFlennor MareinHella Hella, Sucursal Em Portugal, SALucas TRWMagneti Marelli Stand AslaPaul Journeé JG NetoSWF AZ AutoSynkra KrautliTecauto DavasaTrico Sonicel / KrautliValeo ValeoNWB Atlantic PartsBerner BernerWurth Wurth PortugalNipparts Auto DeltaBlue Print Automotive DistributorsDyna DynaMotorcraft Ford Lusitania, SaMacos Macos, LdaKavo Vários DistribuidoresCharme car Charme Car, Lda

O aconselhamento de um especialista é fundamental para desfazer dúvidas e optar pelo modelo correto

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Comércio & Indústria

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Prioridade à família› A carroçaria mais versátil da sétima geração do Golf aqui está. Dá total prioridade à família. Ao dispor de um habitáculo espaçoso, que aposta em inúmeros locais de arrumação e em bancos traseiros deslizáveis, inclináveis e rebatíveis, o Sportsvan vem ocupar o lugar do antecessor Golf Plus

Quando, em 2005, a Volkswagen lançou o primeiro Golf Plus, ba-seado no Golf V, foram muitos

os que, desde logo, elegeram este mo-novolume compacto como a alternativa ideal às carroçarias de cinco portas (Ha-tchback) e carrinha (Variant). Depois, em 2009, o Golf Plus conheceu a sua segunda geração, concebida a partir do Golf VI. Já este ano, chegou ao mercado o Golf Sportsvan. Se o conceito deste mono-volume, baseado no Golf VII, se mantém fiel ao de 2005, o conteúdo tecnológico e a imagem evoluíram substancialmente. Não admira, pois, que a Volkswagen pretenda demarcá-lo do Golf Plus. Prin-cipais rivais? BMW Série 2 Active Tourer e Mercedes-Benz Classe B.

■ AR DE FAMÍLIASe existe área onde a variante Sportsvan nada fica a dever aos restantes Golf é no design. Baseado na plataforma modular transversal (MQB), este monovolume compacto apresenta uma distância entre eixos cerca de 50 mm superior face aos modelos de cinco portas e carrinha. E, para baralhar ainda mais as contas, o Golf Sportsvan é 134 mm mais largo do que o anterior Golf Plus, sendo 83 mm mais comprido do que o Golf e 224 mm mais

Por: Bruno Castanheira

curto do que o Golf Variant.Equipado, de série, com jantes “Dijon” de 17” com dez raios, por via da especi-ficação Highline, o agrado visual da ter-ceira geração do Golf monovolume deve-se às proporções robustas da car-roçaria, sublinhadas quer pelos vincos do capot e portas quer pelo desenho dos grupos óticos e pára-choques. A opcio-nal cor prata “Tungsten” (€410) resulta bem. Na traseira, a chapa BlueMotion Technology indica que este familiar in-tegra várias soluções destinadas a au-mentar a eficiência, reduzindo, com isso, consumos e emissões: sistema start/stop; indicador de mudança a engrenar; rela-ções de caixa otimizadas; recuperação de energia em travagem; dicas de con-dução.Face aos restantes Golf, o Sportsvan acrescenta maior funcionalidade e uma versatilidade superior. Para além de um posto de condução, ergonómico, ligei-ramente mais elevado. A bagageira não é tão ampla quanto a da carrinha, é certo, mas nas cotas de habitabilidade este monovolume leva a melhor: maior com-primento para as pernas e altura superior para a cabeça. Depois, os bancos trasei-ros deslizáveis num curso de 180 mm, cujas costas reclinam e rebatem, as me-sas na parte de trás dos bancos da frente,

o cinzeiro amovível, o porta-óculos, a gaveta no topo do tablier, as luzes de leitura, os porta-copos, o porta-luvas bastante razoável e as bolsas em todas as portas, fazem do Sportsvan o Golf mais funcional de que há memória. A quali-dade de construção elevada e o apetre-chado equipamento proposto de série são outros trunfos.

■ SOLIDEZ GERMÂNICANa especificação Highline, para além de

jantes de 17” com pneus de medida 225/45, a suspensão tem uma afinação mais desportiva face à versão Confortline. O que contribui sobremaneira para o agrado da condução. Sem ser propria-mente desconfortável, o Golf Sportsvan exibe uma postura mais firme que vai ao encontro das preferências dos con-dutores adeptos de um desempenho seguro, previsível e à prova de erro. A boa solidez do conjunto enaltece a ele-vada competência dinâmica deste mo-novolume compacto. Para mais, a caixa

Volkswagen Golf Sportsvan 1.6 TDI Highline

O motor 1.6 TDI de 110 cv, que traz acoplada caixa manual de cinco velocidades e dispõe de sistema start/stop, carece de maior fulgor mas apresenta invejáveis níveis de consumo

AVALIAÇÃO obrigatória

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Volkswagen Golf Sportsvan 1.6 TDI HighlineMOTORTipo 4 cilindros em linha Diesel, transversal, dianteiroCilindrada (cc) 1598Diâmetro x curso (mm) 79,5x80,5Taxa de compressão 16,2:1Potência máxima (cv/rpm) 110/3200-4000Binário máximo (Nm/rpm) 250/1500-3000Distribuição 2 v.e.c., 16 válvulasAlimentação injeção common-railSobrealimentação turbo VTG + intercooler

TRANSMISSÃOTração dianteira com ESPCaixa de velocidades manual de 5+ma

DIREÇÃOTipo pinhão e cremalheiraAssistência sim (elétrica)Diâmetro de viragem (m) 11,1

TRAVÕESDianteiros (ø mm) discos ventilados (n.d.)Traseiros (ø mm) discos maciços (n.d.)ABS sim, com EBV+BAS+Auto Hold

SUSPENSÕESDianteira McPherson com triângulos sobrepostosTraseira Fourlink com molas separadas dos amortecedoresBarra estabilizadora frente/trás sim/sim

PERFORMANCES ANUNCIADASVelocidade máxima (km/h) 1920-100 km/h (s) 11,3

CONSUMOSExtra-urb./comb./urb. (l/100 km) 3,7/4,1/4,6Emissões de CO2 (g/km) 106Nível de emissões Euro 6

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADESComprimento/largura/altura (mm) 4338/1807/1578Distância entre eixos (mm) 2685Largura de vias frente/trás (mm) 1543/1514Capacidade do depósito (l) 50Capacidade da mala (l) 500 a 1520Peso (kg) 1420Relação peso/potência (kg/cv) 12,9Jantes de série 7Jx17”Pneus de série 225/45R17Pneus da unidade testada Bridgestone Turanza ER300, 225/45R17 91W

GARANTIASMecânica 2 anosPintura 3 anosAnticorrosão estrutural 12 anos

ASSISTÊNCIA1.ª revisão 30 000 kmCusto 1.ª revisão (c/ IVA) €213Intervalos 2 anos ou 30 000 km

Imposto Único Circulação (IUC) €141,58Preço (s/ despesas) €31 332Unidade testada €31 742

Em qualidade, design e equipamento, o Sportsvan mantém os pergaminhos dos restantes Golf. Mas acrescenta maior funcionalidade

manual de cinco velocidades tem um comando pre-ciso e nada ruidoso, a direção dispõe de assistência correta e os travões cumprem a sua missão com efi-cácia. Tal como os pneus Bridgestone Turanza ER300.Dos inúmeros dispositivos de segurança presentes no Golf Sportsvan, destacam-se os sete airbags, os encostos de cabeça dianteiros ativos e o sistema de detecção de fadiga. Este último, identifica um menor grau na concentração do condutor e alerta-o através de um sinal acústico que tem a duração de cinco se-gundos. E emite, também, uma mensagem visual no painel de instrumentos. Se o condutor não parar nos 15 minutos seguintes, o aviso é repetido para relem-brar que deve ser feita uma pausa na condução.Quanto aos travões multi-colisões, outra solução disponível de série, detêm o veículo acidentado, au-tomaticamente, com a finalidade de reduzir ao máximo

a energia cinética ainda disponível. A sua ativação baseia-se no reconhecimento de uma colisão primá-ria, através do sistema de sensores do airbag. A de-saceleração do veículo por intermédio dos travões multi-colisões está limitada a um valor máximo de 0,6 g através da unidade de controlo do ESP. Este va-lor corresponde ao grau de desaceleração do “Front Assist”, que assegura que o condutor continue a ter controlo sobre o veículo, inclusivamente no caso de ser desencadeada uma travagem automática.Para o final, deixámos o aspeto menos positivo do Golf Sportsvan: o motor 1.6 TDI de 110 cv. Os consu-mos são apelativos, mas as prestações deixam a de-sejar. Falta-lhe, por isso, vivacidade para conferir aos 1420 kg de peso (em vazio) maior desenvoltura. Mas, para isso, existe a versão 2.0 TDI de 150 cv, que custa mais €6886.

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Comércio & Indústria

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Alegria de viver› O novo Citroën C1, já disponível no mercado, é muito mais do que a mais pequena proposta da marca francesa. É, também, aquela que mais vende dos “trigémeos” da parceria PSA/Toyota. Nesta evolução, a “alegria de viver” é um assunto levado a sério

De pequeno, o novo Citroën C1, já à venda em Portugal, tem apenas a sua aparência exterior, de resto,

muito mais apelativa. O modelo que dá continuidade à parceria entre o Grupo PSA e a Toyota e que é o melhor sucedido dos “trigémeos” (e que esteve sempre entre os três citadinos mais vendidos na Europa…) faz, nesta evolução, a apolo-gia da alegria de viver. “Em grande”. E tudo nele parece querer recordar essa bela máxima de vida.O design do C1 está “em dia” com a nova linguagem estilística da marca francesa,

Por: Jorge Flores

exibindo umas óticas divididas em dois segmentos e com uma forte ligação vi-sual entre os pára-brisas e os vidros la-terais. Mas apresenta outros elementos que o diferenciam dos demais, nomea-damente através de oito cores muito “trendy”, entre as quais se encontram duas exclusivas: “Sunrise Red” e “Oliver Brown”. Novidade absoluta é ainda a variante Airscape, com teto de abrir (dis-ponível nas carroçarias de três e cinco portas), cuja capota pode ter três cores possíveis. A personalização é uma aposta da Citroën.

■ REFORÇO TECNOLÓGICODentro do habitáculo, a sensação é a de que o C1 “cresceu” ligeiramente, e que disponibiliza, agora, mais espaço para os passageiros, graças a uma inteligente habitabilidade para os quatro (reais) lu-gares. O ambiente interior é jovial, com pormenores coloridos nos bancos, e plásticos no tablier, mas vale-se de uma maior maturidade na escolha dos mate-riais, sobretudo, se fecharmos os olhos a alguns botões no painel de instrumen-tos de qualidade mais duvidosa. O vo-lante dispõe, agora, de regulação em altura, o que se agradece.A bagageira tem uma capacidade de 196 litros e pode chegar aos 780 litros caso

se rebatam os bancos traseiros. Um au-mento de 40% da capacidade que se explica pelos 3 cm que o C1 ganhou em comprimento. Outra melhoria verificada no C1 foi a insonorização. Quase não se ouvem ruídos parasitas, nem a conduzir de capota aberta.A adoção de uma consola central com ecrã tátil de 7’’, dotada de Mirror Screen (que duplica no visor as Apps que sejam acedidas via smartphone) é uma das novidades em termos de tecnologia disponível. Outras duas são a câmara de apoio ao estacionamento traseiro e o sistema Hill Assist, que facilita o ar-ranque em subida em inclinações su-periores a 3%.

■ NOVOS MOTORESAs ligações ao solo também foram revis-tas. E com o intuito de obter melhor desempenho na estrada, existem nova suspensão, novos amortecedores, nova barra anti-rolamento e ainda uma nova direção assistida elétrica. De modo a torná-lo mais manobrável e ágil em ci-dade, a marca francesa esculpiu o novo C1 com as seguintes medidas: 3,46 m de comprimento, 1,62 m de largura e 1,45 m de altura.A animar o C1, debaixo do capot estão duas motorizações: 1.0 de três cilindros VTi de 68 cv (permite como opcional a transmissão pilotada ETG, bem como o sistema start & stop) e regista um con-sumo combinado de 3,6 l/100 km. Dis-ponível está ainda o motor 1.2 PureTech de 82 cv, que, no mesmo ciclo, gasta 3,7 l/100 km.Os níveis de equipamento são três: Live, Feel e Pure. A versão mais acessível do C1 é a 1.0 VTi de 68 cv Live, disponível por €10 500, sendo a mais elitista a va-riante 1.2 PureTech de 82 cv: €14 270.

Apresentação Citroën C1

Ficha TécnicaCitroën C1 1.0 VTi 68 1.2 PureTech 82

Motor 3 cilindros em linha, transversal, dianteiroCilindrada (cc) 998 1199Potência máxima (cv/rpm) 68/6000 82/5750Binário máximo (Nm/rpm) 96/4800 116/2750Velocidade máxima (km/h) 155 1700-100 km/h (s) 14,5 12,1Consumo combinado (l/100 km) 3,6* 3,7Emissões de CO2 (g/km) 95* 99Preço €11 500** €12 270***

* Valores com sistema start & stop: 3,5 l/km em regime combinado; 88 g/km de emissões de CO2 ** Versão Feel e carroçaria de três portas *** Versão Feel e carroçaria de cinco portas

A consola central dispõe de ecrã tátil de 7”

A variante Airscape, dotada de capota de lona, é um dos ex-líbris do novo Citroën C1

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Novo Skoda Fabia chega em 2015

Ford realizou estudo sobre distrações

● A terceira geração do Fabia chega ao mercado no início de 2015. Para além de um estilo mais apurado, um dos grandes destaque, este no in-terior, vai para a tecnologia Mirror Link, que permite que o condutor aceda a aplicações do seu smar-tphone através do ecrã tátil do sis-tema de infoentretenimento, depois de estabelecida a ligação via USB.Para além de espaços de arrumação presentes em número superior, este novo utilitário checo anuncia uma bagageira superior em 15 litros (315 para 330), valor que chega aos 1195 litros caso se rebatam assimetrica-mente os bancos traseiros. No que aos motores diz respeito, a gama contará com opções de três e qua-tro cilindros a gasolina, com potên-cias de 60 a 110 cv e cilindradas de 1,0 e 1,2 litros. Para além de opções Diesel 1.4 e 1.6 TDI, com potências de 75 a 105 cv. A variante 1.4 TDI de 75 cv poderá receber o pacote GreenLine. Numa fase posterior, chegará a versão RS, bem como a variante carrinha (Fabia Break).

Nissan Pulsar: em Outubro desde €17 800

Suzuki levará novo Vitara a Paris

● A nova geração do Suzuki Vitara, que herda um nome com 25 anos de história, será apresentado no próximo dia 2 de Outubro, no Salão de Paris, e deverá ser produzido na fábrica de Esztergom, na Hungria.Destinado ao segmento B, este pe-queno SUV, que será lançado na Primavera de 2015, deriva do iv-4 Concept, apresentado na edição de 2013 do Salão de Frankfurt.O novo Vitara poderá mesmo par-tilhar a plataforma com o modelo SX4 S-Cross, dispor de tração integral (Allgrip) e contar com uma gama eficiente de motores. Assim como várias opções de personalização.

A conclusão do novo estudo realizado pela Ford não deixa de ser preocupante e de causar reflexão: um em cada quatro jovens na Europa já tiraram uma “selfie” durante o exercício da condução. E quase metade dos jovens condutores admiti-ram ter utilizado o seu smar-tphone para tirar uma fotografia enquanto estavam ao volante.Este estudo, levado a cabo em toda a Europa, incidiu sobre 7000 jovens utilizadores de smartphones, com idades com-preendidas entre os 18 e os 24

anos. E revelou, também, que uma em cada quatro pessoas já consultou as redes sociais ao volante. Mais: os jovens condu-tores do sexo masculino são os que mais ignoram esses riscos. Ainda que quase todos os in-quiridos tivessem classificado este comportamento de peri-goso. Os condutores britânicos são os que mais propensão têm para tirar uma “selfie” quando estão a conduzir (33%), à frente dos alemães (28%), dos france-ses (28%), dos romenos (27%), dos italianos (26%), dos espa-nhóis (18%) e dos belgas (17%).

Land Rover apresentou Discovery SportÉ anunciado como o primeiro mem-bro da nova família de veículos Dis-covery. O novo Discovery Sport estreia um conjunto de inovações, como eixo traseiro multibraço da

nova geração, tecnologia avançada de airbag para peões, sistema de infoentretenimento com novo com ecrã tátil e carroçaria produzida em alumínio e aço de elevada resistên-

cia.Este SUV premium pode ser requi-sitado em versões Diesel de 2,2 litros (TD4 de 150 cv; SD4 de 190 cv) ou nas variantes a gasolina de 2,0 litros (Si4 de 240 cv). Em meados de 2015, estará disponível o mais acessível Diesel eD4.Disponível com 12 cores exteriores, jantes de 19” ou 20”, tejadilho de cor contrastante, várias opções de per-sonalização, níveis de equipamento S, SE, HSE e HSE Luxury e lotação de cinco ou sete lugares, o novo Disco-very Sport poderá ser encomendado a partir do próximo mês de Outubro, com preços que se iniciam nos €47.738. As primeiras entregas aos clientes realizar-se-ão no início de 2015.

O alvo é assumido: VW Golf! Quando o novo Pulsar chegar ao mercado nacional, já em Outubro, terá no modelo alemão o grande rival que enfrentará no semento C – do qual a Nissan andava há muito dis-tante, desde o lançamento do Almera.

Na fase de lançamento, o novo Pulsar será animado por dois motores: 1.2 DIG-T de 115 cv (caixa manual ou

XTronic); 1.5 dCi de 110 cv. Para o final deste ano, ficará a variante turbo, de 190 cv, que faz uso do motor 1.6 a gasolina. Os níveis de equipamento, por seu turno, serão quatro: Visia, Acenta, n-tec e Tekna.

Para medir o “pulso” à concorrência, o Nissan Pulsar terá uma campanha especial de lançamento, que permitirá

aos interessados adquirir a versão 1.2 DIG-T Acenta por €17 800, poupando, assim, cerca de €3000 num modelo equipado, entre muitos outros itens, com jantes em liga leve de 16’’, ar con-dicionado automático dual-zone, faróis de nevoeiro, sensor de chuva, compu-tador de bordo e limitador de veloci-dade.

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Citroën C4 Cactus 1.2 VTi

Paixão viral● Conviver durante uns dias com o Ci-troën C4 Cactus convida à reflexão. Não há quem não se abeire para melhor o espreitar, para o tentar fotografar ou apenas para perguntar o preço. Há mo-delos que se tornam virais. O C4 Cactus é um deles. Talvez seja devido às barras no tejadilho ou aos faróis que recordam o Evoque. É provável que sejam os Air-bumps a servirem de proteção lateral das portas contra os pequenos toques quo-tidianos. Ou tudo junto. Dispõe de 4157 mm de comprimento e menos 200 kg do que um C4 “tradicional”. O habitáculo dispensa superficialidades. Apenas o monitor com as informações básicas, duas saídas de ar e um ecrã de 7’’.

Com o motor a gasolina 1.2 VTi de 82 cv e caixa manual de cinco velocidades, o C4 Cactus é um fiel companheiro de es-trada. A suspensão é algo dura, mas já os consumos médios de 4,6 l/km são “suaves” para a carteira.

Por: Jorge Flores

Citroën C4 Cactus 1.2 VTi

MOTOR 3 cil. em linha transv., diant.Cilindrada (cc) 1199Potência máxima (cv/rpm) 82/5750Binário máximo (Nm/rpm) 118/2750Velocidade máxima (km/h) 1670-100 km/h (s) 12,9Consumo combinado (l/100 km) 4,6Emissões de CO2 (g/km) 107

Preço €19 637IUC €103,82

Mazda2 MZR 1.3 Advanced Navi

Mais conectividade● Em equipa vencedora mexe-se muito pouco. Trabalha-se apenas para melho-rar alguns pontos-chave, atualizando conceitos. Foi o que fez a Mazda com o seu “2”, introduzindo na gama uma edi-ção especial, designada Advanced Navi. O objetivo desta variante é otimizar a conectividade do modelo com o exterior. Para isso, o Mazda2 recorre a um sistema de navegação com GPS integrado, sis-tema Bluetooth com controlo vocal e leitor de DVD. A juntar a estes elementos, esta edição especial traz ainda jantes em liga leve de 16’’, faróis de nevoeiro, sen-sores de iluminação, de chuva e de apoio ao estacionamento traseiro e ar condi-cionado automático.

Disponível apenas na carroçaria de cinco portas, o Mazda2 Advanced Navi surge no mercado com uma única opção em termos de motores: o MZR 1.3 de 75 cv. Um propulsor a gasolina que regista um consumo combinado de 5,0 l/100 km e emissões de CO2 de 115 g/km.

Por: Jorge Flores

Mazda2 MZR 1.3 Advanced Navi MOTOR 4 cil. em linha ransv., diant.Cilindrada (cc) 1349Potência máxima (cv/rpm) 75/6000Binário máximo (Nm/rpm) 119/3500Velocidade máxima (km/h) 1680-100 km/h (s) 10,7Consumo combinado (l/100 km) 5,0Emissões de CO2 (g/km) 115

Preço €12 900IUC €141,47

Nissan Qashqai 1.6 dCi Visia

Manter a forma● O sucesso do Qashqai dispensa consi-derações: é um facto. Já muito foi escrito sobre o poder do seu design revolucio-nário. Mas até um modelo que figura entre os 10 mais vendidos da Europa tem de se atualizar. E foi o que a Nissan fez com o este crossover, apurando, de forma muito discreta, as suas linhas e dotando--o de um maior conteúdo tecnológico. O sistema Nissan Connect . Um sistemae seis velocidades e que conta agora com e se atualizar. ularidade do pavimento, mantendo a pataforma o mais plana pé disso exemplo: trata-se de um ecrã tátil anti-reflexo, de alta resolução, com 7’’, que combina as funções de navegação e rádio, sendo compatível com os smar-tphones.

Testámos a unidade equipada com o conhecido motor 1.6 dCi de 130 cv, as-sociado a uma caixa manual de seis ve-locidades. Para mais, conta com controlo de estabilidade. Sistema que atua sobre os travões (em velocidades acima dos 40 km/h), equilibrando as oscilações do chassis devido às irregularidades do piso, mantendo a plataforma plana… De resto, conforto, eficácia e agradabilidade são as notas mais dominantes da segunda geração do Qashqai.

Por: Jorge Flores

Nissan Qashqai 1.6 dCi Visia

MOTOR 4 cil. em linha Diesel transv., diant.Cilindrada (cc) 1598Potência máxima (cv/rpm) 130/4000Binário máximo (Nm/rpm) 320/1750Velocidade máxima (km/h) 1900-100 km/h (s) 10,3Consumo combinado (l/100 km) 3,9Emissões de CO2 (g/km) 115

Preço €28 100IUC €141,47

Renault Captur TCe Exclusive

Personalidade forte● O Renault Captur tem uma personali-dade forte. Partilha muitos componentes com o Clio (caixas de velocidades, mo-tores e suspensão), mas é muito mais do que uma simples variante encorpada e mais aventureira desse utilitário. Trata-se de um crossover bem resolvido. E com um design que impõe a sua individuali-dade. A posição de condução é alta. Face ao Clio, a distância ao solo é 200 mm superior, o que permite ao Renault Cap-tur algumas investidas mais ousadas em terrenos mais “rugosos”.

O habitáculo é personalizável e tem al-gumas soluções curiosas, como o facto de as capas dos bancos poderem ser facilmente retiradas de modo a serem lavadas à parte. Os instrumentos estão colocados de forma inteligente e ao alcance do con-dutor – o modelo testado incluía o op-cional R-Link que integra a navegação, rádio e Bluetooth. O motor de três cilindros a gasolina, com 900 cc e 90 cv, associado a uma compe-tente caixa manual de cinco velocidades permitem uma condução agradável e suave. Sem consumos elevados.

Por: Jorge Flores

Renault Captur TCe Exclusive

MOTOR 3 cil. em linha transv., diant.Cilindrada (cc) 898Potência máxima (cv/rpm) 90/5250Binário máximo (Nm/rpm) 135/2500Velocidade máxima (km/h) 1710-100 km/h (s) 12,9Consumo combinado (l/100 km) 4,9Emissões de CO2 (g/km) 119

Preço €103,82IUC €18 560

EM ESTRADA Novos modelos lançados no mercado

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USO PROFISSIONAL Sexta geração implicou um investimento de 700 milhões

O ano de 2014 foi escolhido pela maio-ria dos construtores de veículos co-

merciais para lançarem a renovação dos seus furgões e a Fiat não ficou de fora. A sexta geração do Ducato, modelo que apareceu no mercado em 1981 e que con-tou com renovações em 1990, 1994, 2002 e 2006, tem conseguido manter uma per-formance de vendas muito interessante na Europa, posição que pretende conservar a partir de uma produção de 133 mil uni-dades/ano. O novo furgão italiano, que chega ao mercado nacional em Setembro de 2014, implicou um investimento de 700 milhões de euros e demorou cinco anos a ser desenvolvido. A Fiat procu-rou um design moderno por fora e funcional por dentro, sem fazer con-cessões no domínio do conforto para o condutor. O coeficiente de penetração aerodi-nâmica, de 0,31, está praticamente ao nível de um veículo familiar, sinal do empenho em reduzir a força do ar contra a carroçaria, o que, aliado a um conjunto de pneus de baixa resistên-cia ao rolamento, pressupõe resultados importantes no em termos de con-sumo de combustível.O Ducato da nova geração assenta em quatro pilares fundamentais: du-rabilidade, eficiência, novas tecnolo-gias e desenho orientado para o

cliente. A gama de motorizações é um verdadeiro exemplo destes quatro pontos fundamentais que serviram de inspiração para o desenvolvimento deste novo furgão transalpino. ■ POTÊNCIAS DE 110 A 180 CVOs propulsores de serviço começam no 2,0 litros de 115 cv (6,3 l/100 km) e avan-çam para o bloco de 2,3 litros com três níveis de potência: 110 (6,3 l/100km), 130 e 150 cv. Para tarefas mais pesadas que exijam outro nível de performance, a Fiat disponibiliza um bloco de 3,0 litros com... 180 cv! Às caixas manuais de cinco e seis velocidades, junta-se, em opção, uma solução robotizada que dá pelo nome de Confort-Matic.O JORNAL DAS OFICINAS conduziu uma variante do novo Ducato equipada com motor de 150 cv e caixa robotizada. Não será uma das escolhas preferenciais dos portugueses, mas foi o suficiente para perceber que a qualidade de construção melhorou substancialmente, em espe-cial na cabina, onde a posição de con-dução continua a ser demasiado elevada, apesar dos muitos acertos e regulações do banco e do volante.O motor de 150 cv tem um equilíbrio ótimo em toda a faixa de regime e a caixa Confort-Matic revela enorme efi-cácia, sempre com rapidez e suavidade na engrenagem, transformando-se num excelente aliado para quem se preocupa com consumos e eficiência. O sistema start/stop integrado consegue reduzir o consumo em 10%. Outro aspeto muito importante nas contas deste novo Du-cato são os intervalos de assistência, que passam a acontecer a cada 48 mil km, posicionando o Ducato como um dos mais rentáveis do seu segmento. A versão 2.0 MJet de 115 cv, a mais pe-quena de todas, com 8 m3, tem um preço de entrada de €27.843.

› A sexta geração do Ducato chega ao mercado em Setembro de 2014 e pretende colocar a Fiat na liderança de um segmento que conhece como “a palma da sua mão”. Na oferta de 10 mil configurações diferentes existirá, seguramente, uma adaptada ao seu negócio

Por: José Silva

O novo furgão de grandes dimensões da Fiat está disponível em quatro comprimentos de carroçaria, três distâncias entre-eixos e três alturas, oferecendo volumes úteis de carga de 8 a 17 m3. A gama será constituída por furgões fechados e vidrados, chassis-cabina simples e dupla, com três e sete lugares, res-petivamente, além de versões para transfor-mação pelos carroçadores (chassis despidos; cabina dupla). Para facilitar as operações de carga e descarga, as portas laterais deslizan-tes dispõem de uma largura máxima de 1,25 m e as portas traseiras apresentam uma altura máxima de 2,03 m. Estas últimas abrem a 96°, sendo extensível a 180° através de um tirante escamoteável, podendo, em opção, alcançar os 270°. A altura ao solo situa-se entre os 49,3 e os 60,2 cm.

Muitas, mas mesmo muitas, soluçõesVolumes úteis de carga de 8 a 17 m3

Fiat Ducato

Um novo Ducato para cada negócio

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› A Seat orgulha-se dos automóveis que produz. E da assistência que presta a todos os que os adquirem. Profissionalismo, eficácia e transparência, são três dos pilares em que assenta o seu serviço pós-venda. Até porque o cliente está primeiro e é ele a razão da sua existência

Assim como as pessoas não são todas iguais, também cada marca tem a sua própria identidade. A

da Seat rege-se pelo profissionalismo, eficácia, pontualidade, envolvimento, informação, transparência, garantia, mobilidade, verificação e assistência. Uma espécie de dez mandamentos do pós-venda, portanto. Aos quais se po-dem juntar a seriedade e a formação. Sem esquecer, claro está, as ferramentas de marketing e as novas tecnologias.

Ao estar integrada num grande Grupo, como o Volkswagen, a Seat beneficia de um nível de sinergias muito interes-saante. “Mas na última década”, afirma Luís Rosa, responsável do pós-venda, “sofremos, porventura, as duas maiores alterações que a marca teve no nosso país. A primeira, no ano de 2003/2004, quando nasce a Seat Portugal. A segunda, nos últimos dois anos, mercê de algumas mudanças de índole essencialmente económica, que levaram a que tivésse-mos tido os dois piores anos da nossa existência.”

■ ESTRUTURA SUI GENERISNão é fácil para uma marca que estava

habituada a ter uma quota de mercado na ordem dos 5 ou 6% (entre 10 a 14 mil veículos/ano), ver-se a vender entre 2000 e 3000 automóveis no mesmo período. E tal tem repercussões, também, no pós--venda. Contudo, atendendo ao facto de a marca espanhola ter, atualmente, entre 150 a 160 mil veículos a circular em Por-tugal com menos de 15 anos de idade, existe, por isso, um enorme potencial de negócio que permite manter as oficinas

Pós-venda Seat

Motivo de orgulho

Por: Bruno Castanheira

a funcionar. E esta tem sido a estratégia da marca para compensar a quebra re-gistada nas vendas de modelos novos. O que a obrigou a praticar preços mais acessíveis, “lutando”, assim, contra os re-paradores independentes multimarca.

A Seat dispõe de uma estrutura sui generis. Conta com 22 distribuidores de automóveis e com uma rede Seat Service. Em Portugal, são cerca de 50 as unidades Seat Service. Conforme explica Luís Rosa, “com dois ou três níveis de execução: Service Partner (integram chapa e pin-tura); Service Center (não integram chapa e pintura); Express Service (unidades criadas em determinados locais que es-tão vocacionadas para todo o tipo de manutenção e de alteração, desde que

tal não implique reparação). Cada Seat Service é autónomo. Faz o seu planea-mento e coloca as encomendas direta-mente à fábrica de Martorell.”

O abastecimento de peças provém de três armazéns secundários, todos loca-lizados em Espanha: Leon, Madrid e Caen. O de Martorell fica em back office. E caso se tratem de peças comuns a outras marcas do Grupo, poderá mesmo ser o armazém de Kassel, na Alemanha, a fornecê-las. Todos os pedidos de stock são entregues num prazo de 72 horas. A este nível, a Seat tem um grau de res-posta (picking) na ordem dos 96%.

Os pedidos urgentes são colocados até às 17h e entregues no dia seguinte. Tendo, claro está, um custo adicional face

às encomendas de stock. Se for identifi-cado que uma determinada peça não existe nos quatro armazéns em Espanha (Martorell – 650.000 referências; Madrid – 150.000; Leon – 50.000; Caen – 25.000), é desencadeado um alerta que inicia a busca em todos os Seat Service e em todos os armazéns do Grupo, caso a peça não seja exclusiva da Seat.

■ IMPORTÂNCIA DAS CAMPANHASO departamento pós-venda da Seat

integra cinco pessoas diretas (Luís Rosa incluído), duas indiretas e dois call cen-ters geridos pela IP Assistance da AXA, que se chamam Seat Responde. Depois, existe uma estrutura em Espanha que está ao dispor para todas as áreas. “Em termos práticos”, explica Luís Rosa, “o pós-venda da Seat é praticamente um field office da fábrica. Tem gestores de área que andam no terreno e que acom-panham os clientes. Depois, estão asse-guradas todas as funções ditas normais do pós-venda. A única diferença é que o são remotamente. Não temos uma função de garantias, uma vez que as mesmas são todas automáticas. Dispo-mos de vários centros de atendimento técnico, divididos por vários níveis, onde os gestores de área fazem a ponte entre o cliente e a fábrica, deslocando-se ao terreno.”

Essenciais são, também, as campanhas. Há três anos, a marca lançou o “Fator 3” (desconto = 3x a idade do modelo), que serviu para trazer à rede quem nunca tinha ido. Adicionalmente ao “Fator 3”, caso o proprietário de um Seat com mais de cinco marque um test drive, receberá um vou-cher de €25 para utilizar em serviços pós--venda, acessórios ou peças durante um

● SEAT PORTUGALPós-venda: Luís RosaSede: Edifício Expo 98Av.ª D. João II, Lote 1.07.2.1., R/C, Ala A1998 - 014 LisboaTelefone: 218 918 000Fax: 218 918 940Email: [email protected]: www.seat.pt

O elevado grau de conhecimento e a total transparência são apenas dois dos pilares em que assenta a estratégia do pós-venda da Seat

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3 perguntas a...

Que análise faz do departamento que lidera?Em 2013, acabámos por fazer um volume praticamente igual ao de 2012. O que, para nós, foi ótimo. Estávamos a prever uma queda na ordem dos 10 ou 12% e, através das campanhas de vendas de peças, con-seguimos estancá-la. Este ano, no primeiro semestre, estivemos prati-camente ao nível do ano passado. Apesar de as linhas vendidas serem diferentes. Enquanto há dois ou três

anos tínhamos um peso de vendas no segmento 1 (veículos até quatro anos de idade) muito mais elevado, isso, hoje, está a transferir-se um pouco para os segmentos 2 e 3. Este ano, mercê até das condições clima-téricas, tem havido uma dificuldade acrescida que não era expectável. Fundamentalmente no negócio de chapa e pintura. O que, para nós, é uma área que tem algum peso. Ape-sar disso, estamos ao nível de 2013, sendo de décimas as variações. No

ano transato, atingimos um volume de faturação de 17,5 milhões de eu-ros. Estamos a prever fechar 2014 com a mesma ordem de grandeza.

Como chegam as vossas peças ao setor independente?As peças Seat chegam ao setor in-dependente multimarca através de vendas externas efetuadas pelas unidades Seat Service que optam por ter este serviço. As peças tanto podem ser vendidas a clientes par-ticulares como profissionais. As vendas externas reúnem 30% do nosso volume de peças em Portugal.

A Seat está inserida no portal www.partslink24?Estamos, diria, ainda numa fase embrionária de adesão ao parts-link24. A grande dificuldade prende-se exatamente com a tipo-logia dos operadores independen-tes que existem em Portugal. É que

LUÍS ROSA, Responsável Pós-venda

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determinado período de tempo. De acordo com Luís Rosa, “através das cam-panhas de recuperação daqueles que classificamos de segmentos 2 e 3, conse-guimos estancar a previsão de queda que tínhamos para 2013 face a 2012. No pós--venda, existe um hiato de tempo até as campanhas começarem a ter alguma aceitação. É preciso insistir constante-mente. Não é como nas vendas de auto-móveis. Por isso, é que mantivemos o “Fator 3”.”

E como cada vez mais o pós-venda deixa de ser uma questão técnica para passar a ser, fundamentalmente, uma relação com o cliente, a Seat alargou para 10 anos o seu serviço de mobilidade. Além disso, lançou a Seat App, vocacio-nada especificamente para o pós-venda. Sem esquecer ainda a mais-valia da linha Economy Parts, gama de peças que foi criada para modelos com mais de cinco anos, sendo cerca de 15% mais acessível.

grande parte deles não está ainda disponível para entrar num sistema, identificar uma peça e encomendá--la como se de um Seat Service se tratasse. O telefone ainda continua a ser a via preferida. Muitos ope-radores independentes não estão disponíveis, muitas vezes, para entrar neste nível de informatização ou tecnologia. Até por falta de tempo.

Na assistência ao cliente, nada, mas mesmo nada, passa despercebido aos profissionais da Seat

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Of icina do Mês

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Polivalência é a palavra que melhor descreve as funções de Luís Moita na South Cars, no Barreiro. “Sou

chefe de oficina, mas faço de tudo, e se alguém faltar na lavagem, lavo eu”, co-meça por adiantar ao JORNAL DAS OFI-CINAS. Apaixonado desde sempre pelos automóveis e com experiência comercial dentro das marcas do setor, o responsá-vel está nesta oficina há 14 anos, apenas menos três do que a data de abertura de portas da empresa neste espaço e com o atual modelo de atividade: oficina e stand de vendas. A possibilidade de juntar duas áreas “complementares” do negócio foi justamente o que mais agra-dou nestas instalações de 2.000 m2 de área coberta. “Começámos como um stand. A oficina era apenas para consumo interno, para as reparações dos carros que vendíamos. Mas este espaço permi-tiu-nos funcionar de maneira mais ampla. Reunir tudo no mesmo espaço, vendas e assistência, era fundamental”, conta. Hoje, o trabalho da oficina divide-se em 70% para os clientes exteriores e apenas 30% para os serviços afetos ao stand.

■ NÍVEL SUPERIORNa opinião de Luís Moita, o início da crise económica revelou-se positivo para as contas da South Cars, aumentando o volume de reparações na oficina. Os portugueses deixavam de comprar veí-culos novos e viam-se obrigados a con-servar os que tinham. “Mas rapidamente as marcas abarcaram esse mercado, apresentando custos muito reduzidos”, esclarece Luís Moita.Segundo o responsável, é impossível

› Com 2.000 m2 de área coberta, a oficina South Cars, no Barreiro, mantém a sua filosofia independente num setor dominado pelas redes. O stand de vendas, no mesmo espaço, é forte argumento comercial

Filosof ia própria

Por: Jorge Flores

South Cars

aumento das vendas de veículos novos prejudica as reparações. E este ano isso está a acontecer. Tem sempre reflexo”. A oficina assegura todos os serviços desde a mecânica, colisão, pintura, ar condicionado, subcontratando apenas na área dos pneus. “Costumamos dizer que são nossos colegas, porque estão a três passos da oficina”, afirma. Para Luís Moita, o facto de ter a venda e a assistência no mesmo espaço tem van-tagens evidentes para o cliente. “É um bom argumento comercial, também”, até porque, enfatiza, “quem compra um carro connosco pode fazer a garantia (que não é obrigatória) e sabe que temos um livro com o histórico todo do veículo. Quando fazem aqui os serviços, no mesmo sítio, recebem sempre um miminho da nossa parte”.

competir com determinados valores praticados pelas marcas. “Não temos aqui ninguém a receber menos de 1.000 euros. E não baixamos os preços dos serviços, ou, por exemplo, dos óleos, que são sem-pre de qualidade. Apostamos sempre na qualidade”. Ainda assim, acrescenta, “con-seguimos ficar nivelados um pouco acima, mais próximos dos concessionários”.Pela mesma linha de raciocínio, Luís Moita explica que a oficina não tem qualquer acordo com companhias de seguros ou gestoras de frotas. “Temos até clientes que contrariam as seguradoras” para fazerem as reparações dos seus carros connosco.

“É mais difícil manter um cliente do que conquistar um novo”, garante. Aderir a uma rede também não está nos planos da empresa. “Temos que combater pela qualidade. E muitas vezes, na colisão, sobretudo, esse aspeto é relegado para segundo plano”.

■ MIMAR CLIENTESNestes 17 anos de existência no mercado, a South Cars possui já uma base de dados com 4.000 clientes, dos quais, acredita Luís Moita, “metade” serão ativos. “Esti-vemos muitos anos sempre a crescer. Este ano deveremos manter a faturação. O

● FICHA TÉCNICASouth CarsQuinta das Rebelas, Lote 152830-222 BarreiroChefe de Oficina: Luís MoitaTelefone: 212 148 520E-mail: [email protected]

Luís Moita, chefe de oficina da South Cars

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› A Safetykleen, multinacional prestadora de um serviço global de gestao ambiental, que inclui desde o fornecimento de sistemas de limpeza de peças, a sua manutenção, assistência 24H, assessoramento, até à recolha do resíduo, lançou no mercado uma nova solução que permite limpar filtros de partículas eliminando a necessidade de os substituir

O Jornal das Oficinas esteve à con-versa com Pedro Miguel, respon-sável de assistência técnica do

polo do Cacém da Santogal, que nos ex-plicou de uma forma sucinta o funciona-mento desta nova solução que dá pelo nome de Sonickleen, máquina que é for-necida, instalada e assistida pela Safetyk-leen, bem como as vantagens para uma oficina, em possuir uma solução como esta.

O Grupo Santogal, empresa dedicada ao comércio e ao retalho automóvel, tem nas suas fileiras uma máquina que faz “milagres” com os filtros de partí-culas dos automóveis, esse compo-nente que tantas dores de cabeça dá às oficinas e aos proprietários dos veículos. A dificuldade dos primeiros em dizer aos segundos que é preciso trocar o filtro e pagar uma fatura pró-xima do milhar de euros é grande.

Pedro Miguel diz-nos que se trata de “uma ideia completamente inovadora. É uma máquina que através de ultras-sons faz aos filtros de partículas o que o automóvel já não consegue fazer, ou seja regenerá-los. Temos uma má-quina como esta numa das oficinas da Santogal e podemos utilizá-la para veículos oriundos de todas as oficinas do grupo.” Pedro Miguel assegura que a máquina trabalha com uma tempe-ratura mais baixa quando comparada com as temperaturas a que os filtros de partículas são regenerados nos automóveis. A ideia é simples. O filtro de partículas é retirado do veículo e é mergulhado numa solução aquosa colocada na máquina que tem a par-ticularidade de produzir uma reação através do produto aquoso que faz um efeito de cavitação dento das cavida-des minúsculas do filtro, onde o acesso seria impossível de outro modo. O constante vibrar ultrassónico nas pa-redes da máquina, que é totalmente estanque, provoca a limpeza do inte-rior dos orifícios que contêm restos de carvão, gases queimados, massas, óleos e acaba por microfaturar esses sedimentos, limpando externa e in-ternamente o filtro.

De acordo com Pedro Miguel, para além desta funcionalidade, que é a principal da Sonickleen, a máquina tem uma aplicação mais ampla do que isso. Serve também para renovar, por

exemplo, a válvula EGR, que fica sem-pre suja com sedimentos de carvão, ou limpar a cabeça do motor, que acu-mula todos os resíduos que derivam da combustão e que se transformam em carvão e aderem com facilidade ao alumínio ou ao ferro.

■ VANTAGENS REAIS O responsável de assistência técnica

do Grupo Santogal falou-nos também das muitas vantagens da Sonickleen e menciona, inclusivé, alguns exemplos concretos. Diz-nos que se trata de uma solução perfeita, porque não é preciso substituir o filtro de partículas, uma vez que a máquina faz a regeneração,

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Sonickleen

Máxima ef icácia

A Safetykleen oferece uma gama de vários modelos, que permite cobrir as diferentes necessidades duma oficina, bem como o tamanho das pe-ças a limpar. A Sonickleen permite a redução dos custo de mão-de-obra, uma vez que a peça é introduzida na máquina e não é preciso a presença de qualquer mecânico enquanto a limpeza está a ser realizada, deixando mais tempo livre para realizar outras tarefas. A qualidade da limpeza é microscópica, uma vez que os ultrassons permitem ao liquido aceder a locais praticamente inacessíveis manualmente.Por fim, a Safetykleen encarrega-se do fornecimento da máquina, do produto, da limpeza, da manutenção, do assessoramento e da recolha e da gestão dos resíduos.

Sistema adequadoàs necessidades das oficinas

“O Sonickleen tem a vantagem de conseguir fazer a regeneração do filtro de partículas quando ele próprio já não deixa o carro regenerá-lo. Temos uma máquina destas que utilizamos para peças oriundas de todas as oficinas do grupo”, diz Pedro Miguel, responsável de assistência técnica do polo do Cacém da Santogal

veja

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Ou seja seriam duas despesas adicio-nais, a causa e o efeito.

■ FUNCIONAMENTO SIMPLESO funcionamento da Sonickleen é

muito simples. Basta extrair o filtro a Particulas (FAP) e mergulhá-lo na má-quina que o regenera. Em seguida, coloca-se de novo o filtro no carro e continua-se o diagnóstico. É uma mais valia porque em caso de avaria, tal como já foi mencionado, nem sequer se consegue fazer as regenerações forçadas. Depende da marca do carro, mas quando os entupimentos são acima dos 80% começa a ser difícil o próprio veículo regenerar o filtro. De-pois de passar na máquina, um filtro entupido a 80% passa para 10 a 15% de “entupimento”, ou seja, é pratica-mente novo por menos de metade do preço. Se se substituir o filtro por um novo claro que o percentual baixa, mas o efeito para o motor é o mesmo... ou seja, está limpo e já não tem sujidade.

■ NÃO COMPRE, ALUGUEPara ter uma Sonikleen como esta em

qualquer oficina basta pagar um ser-viço mensal que engloba a manuten-ção e a troca do líquido com a periodicidade necessária. Segundo Pedro Miguel, o custo médio mensal da máquina ronda os 800 euros. Como cada utilização normal da máquina por veículo custa 200 euros, são necessá-rios quatro carros por mês para justi-ficar o investimento. No caso de se tratar de uma oficina pequena, é pre-ciso fazer algumas contas. Já a Santo-gal, com um máquina centralizada, as contas são muito fáceis de fazer e o investimento estará pago. “Como as pessoas mantêm os veículos cada vez mais tempo, é muito fácil propor-lhes gastar 200 euros em vez de 800 ou 1.000 euros”, remata Pedro Mi-guel. Quanto à reciclagem do produto aquoso, tudo é feito pela Safetykleen que coloca a máquina na oficina, faz a substituição do líquido quando for necessário e faz, obviamente, a sua reciclagem.

A limpeza baseia-se no princípio de ondas de alta frequência pro-duzidas no líquido em que as várias peças são submersas. A molécula da água implode,aproximadamente 40 mil vezes por segundo, provo-cando uma micro-escovagem que atua sobre qualquer elemento que é introduzido nesse banho.Esse efeito recebe o nome de ca-vitação ultra-sónica e elimina a sujidade da superfície das peças submersas, inclusivé nos pontos de acesso mais difícil.

Como funcionaa limpeza?

Marcas automóveis diferentes, o mesmo preço

Esta nova solução pretende mudar a forma de pensar das oficinas. Ao invés de se fazer a substituição imediata de uma determinada peça ou componente, porque não

pensar na sua reparação. E isto pode acontecer não só com os filtros, mas também com outros componentes. Para Pedro Miguel, esta máquina pode funcionar como catalisador desta ideia. Os custos inerentes à substituição são enormes. É preciso ajustar o custo à realidade. A garantia nunca será posta em causa, mesmo reparando e não substituindo. Tendo em conta

que os carros mecanicamente são muito idênticos, a diferença pode residir apenas no preço da mão de obra, isto é, na difi-culdade em retirar o filtro do local onde está posicionado. A ideia é que um BMW, um Peugeot ou um Citroën paguem exatamente o mesmo pelo mesmo serviço. O objetivo passa por uniformizar as coisas. Se se colocar um filtro de partículas a rentabilidade é maior, mas o melhor é ir ao encontro da realidade do país onde vivemos e se é possível reparar, porque não fazê-lo?

Telo Romão, Gestor de conta de clientes da Safetykleen, explica o modo de funcionamento da Sonickleen

O princípio de funcionamento do

sistema Sonickleen é simples. O filtro de

partículas é retirado do veículo e é mergulhado

numa solução aquosa colocada na máquina que tem a particularidade de

produzir uma reação através do produto aquoso que faz um efeito de cavitação

dento das cavidades minúsculas do filtro, onde o acesso seria impossível de outro

modo

não da forma tradicional, com a própria eletrónica do carro, onde normalmente existe uma fatura para o filtro, que se desgasta, para o combustível, uma vez que teria que gastar gasolina ou ga-soleo até ter as condições necessárias para conseguir uma regeneração, e até para o ambiente, já que como não anda, o carro não emite CO2.

A Sonickleen tem ainda a vantagem de conseguir fazer a regeneração do filtro quando ele próprio já não deixa o carro regenerá-lo, e aí o mecânico

teria de dar a má notícia ao cliente e dizer-lhe que... a substituição do filtro seria obrigatória.

Assim sendo, os custos inerentes a esta regeneração são francamente diferentes quando comparados com os da substituição total do filtro de partículas. Em média, o preço de uma regeneração feita pela máquina custa 200 euros com IVA, enquanto qualquer filtro de partículas custa, no mínimo, três vezes mais. Por outro lado, a nível do diagnóstico, por vezes o filtro é só

a consequência de um dano que pode não ter diretamente a ver com o filtro, e o que traz o cliente à oficina é apenas a luz do filtro ou do motor acesa no painel.

Assim, primeiro é preciso saber o que aconteceu para que o filtro tenha en-tupido, nesse caso, a máquina também dá uma ajuda, porque em situação normal seria necessário colocar um filtro novo e depois dizer ao cliente: o filtro é apenas consequência da avaria, mas a causa é este ou aquele sensor.

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Empresa NOVO CENTRO MIDAS

Namoro antigo› Com a inauguração da nova loja no centro comercial Alegro, em Setúbal, a Midas passa a contar com um total de 60 postos: 58 em Portugal e dois em Angola. 2014 não terminará sem mais duas novas apostas

O namoro foi longo e tumultuoso, mas teve um final feliz. Na inau-guração do novo centro da Mi-

das, no Centro Comercial Alegro (que abrirá apenas em Novembro), em Setú-bal, Ricardo Kendall, administrador da marca em Portugal contou ao JORNAL DAS OFICINAS a dificuldade da empresa na conquista do novo espaço. “A histó-ria é interessante. No antigo Jumbo de Setúbal havia uma loja de pneus e nós andámos, sem exagero, 10 ou 12 anos a cobiçá-la! O problema era que essa oficina de pneus pertencia ao Jumbo e vendia cerca de 200 mil euros por ano”, razão pela qual, “o diretor do hipermer-cado nunca a quis vender, alugar ou dar para exploração”, revelou Ricardo Ken-dall.

■ DISTRITO A DISTRITOMas a história mudou quando o Grupo

Auchan decidiu avançar para o novo cen-tro comercial. “Fizeram um concurso e ficámos finalmente com esta oficina”, referiu o responsável da Midas.

Além da parte “emocional” que o novo centro de Setúbal representa para a Midas, existe uma outra mais “racional”, relacio-nada com “números”, como explicou Ri-cardo Kendall. “A Midas está em praticamente todas as capitais de distrito (falta-nos ainda Leiria e Aveiro) e faltava--nos Setúbal. É uma cidade fortíssima, onde fazia todo o sentido estarmos pre-sentes. E cá estamos, hoje, a inaugurar a nossa 60º oficina. São já 58 em Portugal e mais duas em Angola”.

■ MAIS DUAS LOJAS EM 2014Os números correm a favor da Midas

no presente ano. “Com esta oficina cum-primos o objectivo de 2014, que era abrir cinco oficinas. Achamos que vamos con-seguir abrir mais duas até ao final do ano,

Por: Jorge Flores

porque estão na calha, dependentes apenas de autorizações camarárias”, avan-çou Ricardo Kendall, acrescentando ainda os locais previstos: “uma na zona de Sin-tra e outra dentro de Lisboa”.

O objectivo da Midas para 2014 será alcançar as 60 lojas em Portugal (62 no total), sendo que, para 2015, estão pla-neados outros cinco centros. “Seria uma boa meta. Isto em Portugal. Em Angola queríamos abrir mais uma loja até ao final de 2014, e no próximo ano, mais três ou quatro”, sublinhou ainda Ricardo Kendall.

O novo centro da Midas em Setúbal terá uma equipa inicial de cinco funcionários (que passará a seis em breve) e corres-pondeu a um forte investimento da marca no nosso país. Numa primeira fase, a loja dispõe de três elevadores, mas o espaço está pensado para quatro.

Ricardo Kendall, adiantou que a loja está muito bem apetrechada em termos de equipamento e que possui um “bom stock”, o que lhe permite alimentar a ex-pectativas de que este se venha a tornar num centro “fantástico”.

Segundo o responsável da Midas em Portugal, a empresa tem já uma grande experiência de oficinas junto dos centros comerciais e hipermercados, “e isso tem--se traduzido em muito bons resultados”.

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Ambiente

É possível reduzira fatura da energia!

O encargo com a energia é incon-tornável numa oficina – desde as luzes, às águas quentes dos

sanitários, aos sistemas de aquecimento e refrigeração, passando pelos equipa-mentos usados em todo o tipo de diag-nóstico dos veículos, ao combustível necessário para colocar em funciona-mento a secção de pintura.

Numa oficina de reparação automóvel temos diferentes formas de energia, como eletricidade, gasóleo e gás, mas a questão é saber se o que gasta em ener-gia está dentro ou acima do que seria normal. A existência de maquinaria so-bredimensionada para uma oficina ou aparelhos com um consumo exacerbado, por exemplo, prejudicam o lucro que pode extrair da oficina que gere. São, pois gastos – desnecessários – que é importante corrigir. Pense sempre nesta divisa: a energia que não é consumida é sempre a mais barata. A implementa-ção de medidas de racionalização e de boas práticas de gestão de energia é meio caminho andado para evitar perder dinheiro.

› Os consumos energéticos fazem parte inevitável dos encargos mensais de uma oficina. Mas será que já fez tudo para reduzir esta fatura? Damos-lhe algumas dicas que podem fazer com que torne o seu negócio mais rentável

Poupança energética nas oficinas

O modo mais simples de resolver o pro-blema da energia reativa passa pela liga-ção de condensadores em paralelo com a carga. Estes controladores de energia são filtros ativos que reduzem o consumo elétrico através da eliminação das inter-ferências trazidas pela rede de distribui-ção para as instalações. Cerca de um terço da eletricidade que entra numa instalação é desperdiçada por carga indutiva. Os controladores promovem o consumo eficiente de energia elétrica recebida, reaproveitam a energia desperdiçada e estabilizam a tensão da fonte de corrente, o que se traduz no prolongamento da vida útil dos equipamentos elétricos, na proteção do meio ambiente e na redução da fatura de eletricidade.

O que são controladores de energia?

O conhecimento da energia reativa que absorvem os equipamentos elétricos é um procedimento eficaz para medir também a energia que se perde numa oficina

Todos os consumos somados afetam o negócio e, quando excessivos, até podem

contaminar a rentabilidade da oficina

Ao contratar uma potência superior às suas necessidades irá pagar uma fatura mais elevada do que o necessário

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Dica 1: Analise o consumoPara compreender se está a entregar ao seu forne-

cedor de eletricidade, mais dinheiro do que seria necessário é importante fazer a análise do consumo da sua oficina. Para tal, há que proceder a uma revisão das instalações e dos instrumentos de trabalho, já que só depois desse relatório ser feito é que ficará a per-ceber onde ocorrem perdas de energia, qual é a efi-cácia energética dos equipamentos que tem e qual é a necessidade de investir na renovação de algum material por outro de uma classe energética mais avançada.

Dica 2: Tenha a potência de acordo com asnecessidades

Verifique também se a potência instalada está de acordo com as suas necessidades. Veja o consumo global de todos os seus equipamentos (considerando o número e tipo de equipamentos que possui) e cruze esse dado com a potência que tem contratada. Solicite, por isso, uma medição para ter esta variável devida-mente quantificada. Embora quanto mais intensa for a simultaneidade de uso de equipamentos maior potência terá que contratar (pois a potência a contra-tar deve permitir uma utilização normal dos seus equipamentos), deve, no entanto, ter presente que a uma elevada potência contratada corresponde ao pagamento de um termo fixo na tarifa de energia elétrica, logo não deve ser escolhido um valor dema-siado elevado, pois pagará mais. A escolha de valores de potência contratada superiores às necessidades dos consumidores conduz ao pagamento de uma fatura mais elevada e também a um desnecessário sobredimensionamento da rede de distribuição elé-trica. E este sobredimensionamento representa um desperdício.

Dica 3: Estude as opções que o mercado ofereceEstude as várias opções que o mercado lhe oferece.

Há diferentes operadores de fornecimento de serviço energético e de gás. Escolha o mais indicado. Se ne-cessário recorra a um especialista para o ajudar a analisar e escolher.

Dica 4: Invista no isolamentoNas áreas cobertas por aquecimento ou ar condi-

cionado (A/C), reduza o tempo de utilização desses aparelhos, isolando bem portas e janelas para manter o calor e o frio dentro de quatro paredes. Tenha o equipamento de ar condicionado regulado para uma

temperatura de 22ºC no inverno e 24ºC no verão. No escritório, se tiver o A/C ligado, feche as portas.

Dica 5: Introduza mais luz natural Se houver possibilidade, pode ser útil investir nal-

guma intervenção que permita que as instalações passem a ter uma melhor relação com a iluminação exterior. Por outras palavras, uma oficina com boa luz natural pode ter menos lâmpadas ligadas (os níveis de iluminação recomendados para um local dependem das atividades que ali se realizam) e as luzes que estão ligadas estão-no durante menos tempo. Uma oficina com claraboias (novamente, se tal for possível), com montras amplas, dotada de pinturas claras terá con-dições para ter uma redução do consumo de energia.

Dica 6: Instale balastros electrónicosOs balastros electrónicos melhoram o rendimento

das lâmpadas fluorescentes, convertendo a frequên-cia 50 Hz da rede em alta frequência, geralmente entre 25 kHz e 40 kHz. O funcionamento das lâmpadas a estas frequências mais elevadas produz a mesma quantidade de luz, com menos 12 a 25 % de energia. Outra vantagem dos balastros electrónicos: as lâm-padas podem produzir cerca de mais 10% de luz para a mesma potência absorvida ou alternativamente a potência absorvida pode ser reduzida, para a mesma saída de luz; já com o funcionamento da lâmpada a alta frequência a emissão de luz é contínua, elimi-nando-se o efeito “flicker” que provoca cansaço visual devido ao facto de uma lâmpada que funcione a 50 Hz, a luz extingue-se duas vezes por ciclo na passagem da corrente por zero. Também com esta solução elec-trónica, desaparece o familiar ruído dos balastros convencionais e aumenta-se a duração de vida da lâmpada, devido ao pré-aquecimento dos elétrodos que é feito antes de aplicar um impulso controlado de tensão.

Dica 7: Troque as lâmpadasDepois das lâmpadas fluorescentes (que permitem

aforros de energia de 80% face às de incandescência), estude a relação preço/benefício de instalar umas mais modernas lâmpadas de LED. É a solução mais ecoló-gica do mercado. Uma lâmpada LED tem uma vida útil de 50 mil horas, o que equivale a 22 anos para uma oficina que trabalhe 10 horas por dia, durante 230 dias. Outra virtude dos díodos é garantirem uma melhor qualidade de luz, a qual se pauta pela ausên-cia de radiações UV.

Dica 8: Instale aparelhos mais eficientesOpte pela utilização de equipamentos de classe

energética mais eficiente, incluindo computadores e monitores com a designação Energy Star. E evite dei-xar equipamentos a carregar toda a noite e depois de carregados, nunca deixe o carregador na tomada, caso contrário vai continuar a consumir energia. E se prever ausências de utilização superiores a trinta minutos, desligue mesmo os aparelhos que entram em modo “standby”. Aliás, desligue todas as luzes (armazém, WC, etc.) e aparelhos (impressora, fax, fotocopiadora, etc.) que se encontram ligados desnecessariamente.

Dica 9: reduza a energia reativaAs instalações elétricas consomem energia reativa

(medida em kVArh) que não produz trabalho útil, mas é imprescindível para o bom funcionamento dos equipamentos. As instalações que não incorporam sistemas para compensação de energia reativa, ou em que o mesmo esteja mal dimensionado ou obso-leto, provocam deterioração dos equipamentos pro-dutivos e encargos excessivos e desnecessários na fatura de energia elétrica. Estes encargos podem ser evitados com a instalação de baterias de condensa-dores, fixas ou automáticas, dimensionadas de acordo com as características de cada instalação (ver caixa sobre controladores de energia).

Há empresas que fazem estudos personalizados às instalações e propõem soluções dimensionadas com vista à eliminação dos encargos com energia reativa que, a partir de Janeiro de 2011, com a entrada em vigor do Despacho 7253/2010 e do Despacho 12605/2010, se tornaram ainda mais penalizadores para todo o tipo de instalações que não disponham de um sistema de compensação de energia recativa. As alterações aplicam-se à energia reativa indutiva medida nas horas fora de vazio e podem originar um aumento na fatura de energia elétrica.

9 dicas para reduzir a despesa com a energia

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Técnica & Serviço

› A escala (Bareme) de tempo e materiais para pintar jantes em liga leve da CESVIMAP vem abordar um tema que, até agora, ninguém tinha explicado objetivamente. Combina os tempos de pintura e o custo dos materiais de

última geração, assegurando a qualidade do trabalho final

As jantes são um dos componen-tes do automóvel mais exposto. Sofrem danos com facilidade,

principalmente toques ou pancadas no passeio que, como consequência, estragam a capa de pintura que as protege. Para lhes devolver o aspeto original, pode realizar-se um processo

1º – Tamanho da jante, medida pelo seu diâmetro. 2º – Forma da jante, medida pelo número de raios.3º – Acabamentos especiais, duas ou mais cores ou jantes com acabamento cromado.4º – Nível do dano, medido pela super-fície danificada.

Por causa da vasta diversidade de jan-tes que equipam os automóveis moder-nos, os três primeiros parâmetros foram agrupados num só capítulo ao qual se chamou grau de dificuldade. Existem cinco graus de dificuldade para a pintura das jantes:

Grau 1 – Este grupo inclui todas as jantes cujo diâmetro nominal seja menor que 15”.

Grau 2 – Agrupa as jantes com um diâmetro nominal compreendido entre 15” e 17”.

Grau 3 – Inclui todas as jantes cujo diâmetro nominal seja superior a 17”.

Grau 4 – Engloba todas as jantes de liga leve, independentemente do seu diâmetro, que tenham 13 ou mais raios. São considerados raios todos os que chegam ao rebordo das jantes ou ao perímetro da circunferência que esta descreve, sejam eles raios inteiros ou meios raios que se dividam em dois ou mais.

Grau 5 – Inclui todas as jantes em liga leve, independentemente do seu diâ-metro, que apresentem duas ou mais cores. Também são consideradas as jan-tes com um acabamento cromado.

■ NÍVEISPara valorizar os trabalhos de repintura

de jantes é aconselhável utilizar, como acontece em outros relatórios de pintura da CESVIMAP, um método de avaliação universal, que tenha por base a dimensão da superfície a pintar em cada elemento e que, para o caso das jantes, corresponda à superfície exterior. Da extensão do dano vão depender também, de forma direta, o consumo de materiais de pintura, de preparação ou de fundo (massas, apa-relhos, etc.) e, evidentemente, os tempos do processo de preparação da superfície reparada (calafetagem, preparado, areado, etc.).

Os níveis da escala de pintura de jan-tes de liga leve podem ser:

Nível II – Superficial ou mudança de cor – pintura de jantes que necessitem de trabalho de repintura para trocar de cor, e ainda de trabalhos nas capas de acabamento (cor ou verniz).

Nível III – Dano leve – Pintura de jan-tes com danos leves, como são pequenos toques, riscos profundos, esfoladelas ou golpes. As reparações incluídas neste nível precisam de cumprir o requisito de

Jantes de liga leve

Avaliação da pintura de jantes

Colaboração

CESVIMAPwww.cesvimap.com

Dependendo dos tamanhos, as jantes podem ter diferentes níveis de dificuldade

de pintura muito semelhante ao que se faz em algumas secções de aço da carroçaria do veículo. Por isso, a ava-liação económica da pintura obriga à utilização de um sistema específico que vem bem explicado no Bareme de Tempos e Materiais da pintura da CESVIMAP para jantes em liga leve. Tal

como a escala utilizada para a chapa, é baseado na superfície a pintar e tam-bém na dimensão do toque ou da pancada.

A avaliação económica da pintura de jantes, segundo o documento da CES-VIMAP, processa-se de acordo com os seguintes parâmetros:

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que a relação em termos de superfície danificada, não exceda o limite de 8% com respeito à superfície a ser pintada (superfície exterior da jante).

Nível IV – Dano médio – Formado por um ou mais danos, cuja superfície total danificada seja superior em 8% ao esta-belecido para danos leves e nunca su-perior a 25%.

Nível V – Dano grande. Este nível é aplicado aos danos cuja superfície seja superior a 25% da área a pintar. Nesta classificação não se encontram as peças novas, uma vez que essas mesmas já estão pintadas de origem. Os níveis de pintura expostos são válidos para jantes em liga leve destinadas aos mais variados tipos de automóveis como: ligeiros, todo--o-terreno, monovolumes, furgões, chassis-cabina. Não estão incluídas as jantes para camiões ou motos.

O bareme de pintura de jantes inclui um tempo de preparação de 0,80 horas e materiais para preparação da cor com um preço de cerca de 4,55 euros. Ainda é preciso somar, e dependendo do grau de dificuldade e do nível do dano, um determinado tempo por cada jante a pintar. A preparação da cor seria somada apenas uma vez, independentemente do número de jantes pintadas.

■ VALORIZAÇÃOCOM AUDATEX E GT ESTIMATE

Quando se utilizam os sistemas da Audatex ou da GT Estimate para ava-

liação dos danos em jantes em liga leve, basta indicar o nível do dano, já que o parâmetro do grau de dificul-dade vem implícito na identificação da medida da jante.

Outros aspetos a ter em conta são o tempo e os materiais de preparação da cor, que se somam ao tempo utilizado para preparar a cor da carroçaria e da textura, no caso de se verificar esta si-tuação. O mesmo procedimento é reque-rido tanto para a Audatex como para a GT Estimate. Ao tempo de pintura de cada jante somar-se-á a duração da pin-tura da carroçaria e dos plásticos; sucede o mesmo no caso da Audatex.

Para a GT Estimate, como é habitual na pintura de peças metálicas e plásti-cas, vai indicar o tempo e os materiais utilizados para pintar cada jante. Outra questão a ter em conta na avaliação das jantes é o facto de ser necessário reali-zar a pintura com a roda desmontada e o pneu ligeiramente vazio, com o objetivo de poder colocar-lhe uma pe-lícula de proteção à volta. Os tempos do bareme não contemplam a desmon-tagem da jante, operação que terá de ser realizada e contabilizada à parte, nem mesmo a desmontagem do pneu e a posterior equilibragem da roda. Atualmente estão contempladas nesta escala (Manual, Bareme) as jantes em liga leve de cerca de 81% dos veículos mais envolvidos em perícias, ficando as restantes jantes em aço e liga leve com uma superfície única por jante de 12 dm2 e com as mesmas fórmulas de pin-tura utilizadas na carroçaria.

Nível II Superficial

Nível III Dano Leve

Nível IV Dano Médio

Jantes de nível de dificuldade V. A primeira tem duas cores e a segunda é cromada

Nível IV Dano Grande

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Técnica & Serviço

Para evitar defeitos, é muito impor-tante saber escolher os processos de trabalho. A utilização correta de

determinados produtos de pintura, o respeito pelos tempos de secagem, a utilização adequada dos equipamentos, as instalações e ferramentas, o asseio e a limpeza são muito importantes para que não surjam defeitos na pintura.

A qualidade final do acabamento não dá apenas uma indicação sobre a quali-dade do pintor, mas também sobre as condições e instalações onde realiza o seu trabalho. ■ INSTALAÇÕES,EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS

É preciso saber evitar os defeitos para que estes não apareçam. Assim, evitam--se perdas de tempo a corrigi-los e os trabalhos deixam de ser improdutivos.

A cabina de pintura deve estar em per-feito estado de limpeza e asseio. As pa-

› Mesmo que todo o processo de pintura tenha sido realizado de forma correta, podem surgir pequenos defeitos ou imperfeições no acabamento que mancham o produto final

Prevenir antes de tratar

Os defeitos na pintura

Colaboração

CESVIMAPwww.cesvimap.com

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redes e o piso têm de estar limpos, sem excessos de pulverizações de outras pin-turas e os filtros do teto e do piso devem ser trocados após as horas de utilização indicadas. Desta forma, evitam-se man-chas de pó, sujidades, contaminações com óleos e humidades.

Outros equipamentos que podem fazer com que apareçam defeitos durante a pintura são as próprias pistolas aerográ-ficas. Convém fazer-lhes uma boa limpeza imediatamente depois de cada utilização. Fazer a sua manutenção periódica tam-bém se revela de extrema importância. As imperfeições provocadas pelos equi-pamentos aerográficos mal limpos e com pouca manutenção podem originar: sombras em forma de leque, projeções de pintura seca de trabalhos anteriores sobre tinta recém aplicada; alterações na tonalidade da cor, entre outros.

Os equipamentos de secagem também influenciam e podem causar defeitos na pintura; por exemplo, uma má escolha da temperatura de secagem pode oca-sionar linhas desfocadas ou até bolhas. Assim, é necessário manter um controlo perfeito sobre a distância e a potência da aplicação da tinta, dependendo do pro-duto que se vai secar ou até da sua cor.

■ PROCESSO DE TRABALHOOutro aspeto que pode causar defeitos

na pintura são os próprios métodos de trabalho. Os fabricantes das tintas acon-selham processos idóneos para pintar peças e painéis de chapa e de plástico, proporcionando à reparação uma quali-dade final de bom nível. Para que tal aconteça é necessário respeitar todas as indicações constantes nas fichas técnicas e cingir-se às recomendações dos fabri-cantes no que respeita à preparação e aplicação das diferentes misturas de tinta, respeitar os tempos de secagem e os de evaporação, os filtros e as espessuras re-comendadas. Desta forma vai ser possível evitar os defeitos.

Por exemplo: diferenças de cor, sombras, rachas, humidades, secagem deficiente, erros na hora de misturar os produtos da tinta ou até de eleger o catalisador e o diluente, tudo isto pode ocasionar falta de opacidade, ou bolhas, entre outros defeitos.

A aplicação errada dos produtos, o au-mento da capa da pintura, o desrespeito dos tempos de evaporação ou pintar com pistola à distância errada da chapa, pode originar defeitos como sombras, altera-ções de cor, bolhas, fissuras ou até pe-quenos defeitos nas camadas de tintas inferiores.

Outra parte importante do processo de pintura, e com influência direta na apari-ção de defeitos, é a lixagem das superfícies antes da aplicação da cor final. A utilização

indevida da lixadora, das respetivas lixas, da espessura dos pratos ou até de discos mais abrasivos vai manifestar-se na forma de pequenos caracóis ou marcas de lixa. Este tipo de defeitos só tem uma solução: começar o trabalho de novo.

Os trabalhos de mascaragem são outro fator de aparecimento de defeitos na pintura. Podem deixar restos de cola, riscos ou pequenas manchas da pulve-rização do verniz em peças que não deveriam receber tinta, manchas de pó ou de sujidade.

Evitar estes defeitos vai depender dire-tamente da perícia do pintor na hora de realizar as tarefas de mascaragem e da correta utilização dos materiais e das fer-ramentas.

Materiais como fitas específicas para as tintas de água, papéis e plásticos ou es-puma para calafetagem são de grande utilidade na hora de pintar.

Em trabalhos de pintura de plásticos também podem surgir, com o tempo,

alguns defeitos, como a perda de aderên-cia ou até rachas na tinta. Para resolver estes defeitos será preciso aplicar produ-tos que promovam a aderência da tinta sobre o plástico ou aplicar verniz 2K.

Eliminar determinados defeitos vai obri-gar a somar um tempo extra à reparação, reduzindo a eficácia e a produtividade com o consequente aumento dos custos da reparação.

■ CONDIÇÕES DE APLICAÇÃOOs defeitos na pintura também podem

ser originados pelas más condições at-mosféricas onde é realizada a aplicação da tinta. Uma temperatura e humidade excessiva fará com que os produtos 2K se tornem mais sensíveis à redução do brilho, enquanto com a temperatura muito baixa corre-se o risco da secagem ser mais lenta. Assim, podem utilizar-se equipamentos auxiliares de temperatura ou desumidificadores, com o objetivo de trabalhar com temperaturas e humidades

idóneas, próximas dos valores recomen-dados na ficha técnica.

■ LIMPAR E DESENGORDURARPara poder evitar ou minimizar o risco

de defeitos, o pintor deverá limpar profun-damente a carroçaria para inviabilizar o aparecimento de manchas. Os processos de trabalho, os equipamentos e as insta-lações influenciam de forma direta a rea-lização de bons trabalhos de pintura. É preciso ter em linha de conta que uma mesma causa pode dar lugar à formação e ao aparecimento de vários defeitos dis-tintos e, por sua vez, o mesmo defeito pode aparecer por causas diferentes. Assim, o pintor deverá realizar um trabalho minu-cioso e de máxima precisão. Se o defeito reincidir, existe no mercado um infindável leque de produtos e equipamentos espe-cíficos para a sua eliminação e correção, como os polish, as lâminas de corte, os toalhetes e os discos de polimento de di-ferentes densidades, entre outros.

A limpeza da pistola é essencial para um trabalho perfeito. A falta de aderência da tinta é outro problema que pode acontecer

O uso correto dos matérias de mascaragem é importante

Um mascaramento defeituoso pode dar origem a pinturas imperfeitas, com as borrachas pintadas como se mostra nas imagens

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Técnica & Serviço

Chanfro do cilindro correto

No bloco motor de automóveis de passageiros, cujos cilindros foram retificados, para eliminar danos

ou deformações derivadas do desgaste, os êmbolos são danificados com fre-quência durante a sua montagem, de-vido ao facto do chanfro da parede do cilindro na sua extremidade superior ser demasiado largo. Os segmentos mais estreitos do êmbolo prendem-se no chanfro, quando o êmbolo é enfiado no cilindro. Como é habitual “ajudar” os êmbolos a entrar no cilindro com algu-mas pancadas de um martelo manual (Fig. 1), se o segmento estiver preso no chanfro, mesmo pressões relativamente moderadas podem causar danos no segmento (ruptura da camada de mo-libdénio, fissuras ou mesmo ruptura).

A coroa do êmbolo e a caixa do seg-mento também podem não suportar o esforço e partir-se. Mesmo que a ruptura não ocorra no momento da montagem, poderá suceder em qualquer altura com o motor em funcionamento (Figuras 4 e 5). Esse facto pode não provocar a pri-são do êmbolo, mas ocasiona alterações na compressão, fraco rendimento do motor e elevado consumo de óleo, tor-nando inevitável nova reparação a curto prazo.

■ SOLUÇÃOO chanfro da parte superior do cilindro

não facilita a inserção do êmbolo no

respectivo cilindro, porque possui geral-mente uma fraca inclinação, com um ângulo de 45º. O verdadeiro objectivo do chanfro é regularizar a extremidade do bloco do motor e eliminar possíveis rebarbas de metal que tenham ficado após a rectificação do cilindro. No en-tanto, o corte de cerca de 0,5mm ou menos é suficiente para corrigir as irre-gularidades que possam existir (Fig. 3).

Como regra prática, o chanfro não deve exceder 1/3 ou no máximo metade da altura do segmento mais pequeno do êmbolo. De qualquer modo, nunca deve exceder o limite de 0,5mm. Com o chan-fro correto, o êmbolo monta-se apenas com a pressão de um dedo (Fig. 2).

› A altura dos segmentos dos êmbolos de motores dos veículos tem vindo a ser reduzida ao longo dos últimos anos, como forma de contribuir para a redução do atrito interno dos motores, que tem um impacto direto no consumo de combustível e nas consequentes emissões de CO2

Retificação de motores

Chanfros mais profundos podem dar melhor aspecto ao bloco do motor, mas irão dificultar a montagem dos êmbolos e provocar os problemas atrás referidos. Além disso, chanfros excessivos reduzem a compressão do motor e alteram o seu funcionamento, Nos motores diesel, o arranque a frio torna-se mais difícil e o rendimento do motor fica diminuído. Nos motores a gasolina, o espaço morto criado pelo chanfro enche-se de depó-sitos carbonizados, que provocam a auto ignição da mistura, gerando emissões de escape mais nocivas (nível superior de HC) e consumo de combustível mais elevado.

Fonte: MS – Motor Service

fig. 1

fig. 5

fig. 4

fig. 3

Chanfro excessivamente largo dificulta a montagem do êmbolo e provoca danos neste

Martelo manual

Ferramenta de montagem do êmbolo

Bloco motor

Êmbolo

Margem de tolerância correta para realizar o chanfro

Imagens elucidativas de danos na coroa do êmbolo ocorridos com o

motor em funcionamento. Embora estes danos não provoquem

geralmente a prisão do êmbolo, os resíduos do material que se

desprendeu podem causar danos nas válvulas, nas sedes das válvulas

e no catalisador, tornando a reparação mais cara

Com um chanfro corretamente realizado, o êmbolo monta-se facilmente e sem riscos de causar danos

fig. 2

Ferramenta de montagem do êmbolo

Bloco motor

Êmbolo

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