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Jornal de grande informação para os portugueses na Suíça PUBLICIDADE Ano 2 - N° 10 - Agosto 2008 Distribuição gratuita Director: António Veloso — Direcção: Postfach 108 - 6083 Hasliberg Hohfluh - T. 079 622 80 57 - Email: [email protected] CCP – Candidato à liderança do conse- lho quer “uma verdadeira democracia” Pág. 13 Portugal Suíça Custo de Vida e Poder de Compra O custo de vida tem vindo a subir a ritmo ace- lerado um pouco por todo o lado e a Suíça não foge à regra. Pág. 7 Antigos Combatentes Alargamento nos pagamentos dos benefícios a antigos combatentes emigrantes e a profis- sionais liberais. Pág. 14 Comunidades 6 Comissão de Pais de Neu- châtel pretende ver incenti- vada e divulgada a Língua e a Cultura de Portugal, existin- do como elo de ligação entre pais, alunos e professores. Desporto 17 Jogos Olímpicos Serão 78 os atletas Portugue- ses em competição a partir de 8 de Agosto, em busca das medalhas… O MUNDO NÃO TEM FRONTEIRAS A NOVA GERAÇÃO DE EMIGRANTES Nuno Gonçalves, de Ourém, trocou o curso de Estudos Superiores de Comércio, na Uni- versidade de Aveiro, pela cozinha de um estabelecimento hospitalar no cantão de Berna. Pag. 10-11

Jornal de grande informação para os portugueses na Suíça · interpretação dos sinais que nos são enviados permanentemente e de que nos podemos aperceber ... que nos acontece

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Jornal de grande informação para os portugueses na Suíça

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Ano 2 - N° 10 - Agosto 2008 Distribuição gratuitaDirector: António Veloso — Direcção: Postfach 108 - 6083 Hasliberg Hohfluh - T. 079 622 80 57 - Email: [email protected]

CCP – Candidato à liderança do conse-lho quer “uma verdadeira democracia”

Pág. 13

Portugal

Suíça

Custo de Vida e Poder de CompraO custo de vida tem vindo a subir a ritmo ace-lerado um pouco por todo o lado e a Suíça não foge à regra.

Pág. 7

Antigos CombatentesAlargamento nos pagamentos dos benefícios a antigos combatentes emigrantes e a profis-sionais liberais. Pág. 14

Comunidades 6Comissão de Pais de Neu-châtel pretende ver incenti-vada e divulgada a Língua e a Cultura de Portugal, existin-do como elo de ligação entre pais, alunos e professores.

Desporto 17Jogos OlímpicosSerão 78 os atletas Portugue-ses em competição a partir de 8 de Agosto, em busca das medalhas…

O MUNDO NÃO TEM FRONTEIRAS

A NOVA GERAÇÃO DE EMIGRANTESNuno Gonçalves, de Ourém, trocou o curso de Estudos Superiores de Comércio, na Uni-

versidade de Aveiro, pela cozinha de um estabelecimento hospitalar no cantão de Berna. Pag. 10-11

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SuíçaN° 10 - Agosto 2008 - Ano 2

O Portuga 3

jornaloportuga.com

Tempo de fériasO mês de Agosto é, por excelência, o mês das férias e do regresso à terra natal, para a maioria dos nossos leitores. É tempo de dividir experiên-cias e de “matar saudades”, de Portugal, da família e dos amigos. Como eles, esperamos que esta pausa nos refresque a cabeça, nos deixe

mais inspirados, e com as pilhas carregadas para fazermos do “ O PORTUGA” um jornal ainda melhor, mais perto de si. Pode esperar por ele nos primeiros dias de Setembro, e é em Setembro que vamos comemorar o primeiro aniversário do “O PORTUGA”. Vá ficando de olhos bem abertos, e quando vir o nosso/vosso, jornal inconfundível, sorria e festeje connosco. Não se esqueça que mesmo que esteja longe da Suíça, pode sempre matar saudades através de uma visita ao nosso site. Clique em www.jornaloportuga.com, e mantenha-se informa-do.Não posso ficar insensível á excelente ideia da associação de jovens luso-descendentes Cap Magellan, França, que promoveu uma campanha de sensibilização sobre segurança rodovi-ária, junto dos portugueses que viajam de carro para Portugal nesta altura do ano e que teve inicio no dia 24 de Julho.A Cap Magellan é uma Associação que conta com cerca de 6500 membros e é a maior as-sociação de jovens portugueses e luso-descendentes em França. Seria certamente um bom exemplo a seguir, um sujeito de reflexão sobre qual é o verda-deiro papel e quais devem ser os verdadeiros princípios e objectivos de uma Associação e que passam com toda a certeza (ou deveriam passar…) pela promoção e defesa do bem comum.

Muito Sol! António Veloso

Director

EDITORIAL

Mais de mil obras suspensas

DÊ-NOS A SUA OPINIÃO !

Construção Civil - A Autoridade para as Condições do Trabalho re-fere que, entre Janeiro e Junho de 2008, foram inspeccionados 9.736 esta-leiros

A autoridade ins-pectiva do tra-balho anunciou

ter ordenado, no primeiro semestre deste ano, 1.027 suspensões de obras da construção civil, por diver-sas irregularidades, e apu-rado dívidas de mais de 150 mil euros a trabalhadores e Segurança Social.Em comunicado, a Autori-dade para as Condições do Trabalho refere que, entre Janeiro e Junho de 2008, foram inspeccionados 9.736 estaleiros da construção ci-vil.Das acções de fiscalização,

que visavam verificar a se-gurança e saúde no traba-lho, a integração de operá-rios imigrantes, o trabalho não declarado e temporário e cedência ou colocação de trabalhadores, resultaram 8.391 notificações para to-mada de medidas e apresen-tação de documentos.Foram lavrados 2.165 autos de notícia e 834 advertên-cias, tendo os inspectores das cinco direcções regio-nais e dos serviços centrais da Autoridade aplicado 1.027 suspensões de obras e apurado dívidas de 115.330 euros a trabalhadores e

37.006 euros à Segurança Social. O comunicado adianta que 411 trabalhadores estavam em situação irregular: não foram declarados às entida-des competentes ou tinham contratos dissimulados e com termo caducado.Riscos de queda em altura e de objectos, soterramentos, riscos eléctricos, ausência ou falta de entrega do plano de segurança e saúde foram outras irregularidades de-tectadas nos estaleiros.A fiscalização decorreu no âmbito do Plano de Acção Inspectiva 2008-2010. n

PODE RECEbER O jORNAl «O Portuga» em sua casa…Pode receber comodamente o jornal “O Portuga” em sua casa pelo período de 1 ano (12 números) por CHF 40.- (valor para suportar as despesas de envio). Para tal preencha e envie o formulário abaixo.

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Enviar para:O PortugaDir. António VelosoPostfach 108 6083 HasliBerg Hohfluh

O PORTUGA é distribuído na Suíça porLUSOMEDIA – Distribuidor em toda a Suíça da imprensa portuguesa

Telefone: 076 324 67 28

Jornal de grande informação para os portugueses na Suíça

Director: António VelosoColaboradores: Cristina Gameiro – Manuel de Melo David Margarido – Armando Miranda Rogério Sampaio – Álvaro Oliveira Benjamim Ferreira Manuel Vasconcelos - José Martinho Arlete Kaufmann – Nuno de CarvalhoPublicidade: António Veloso Tel. 079 622 80 57Fotografia: Álvaro Oliveira – António VelosoPaginação: Ricardo MichaelImpressão: Tipografia CorazeContactos: O Portuga Dir. António Veloso Postfach 108 6083 hasliberg Hohfluh Telefone: 079 622 80 57 Fax: 033 971 08 31 Email: [email protected] www.jornaloportuga.comTiragem: 2.500 exemplares

Todos os artigos assinados e opiniões avulso expressas em reportagem são da inteira responsabilidade dos seus autores, quer o seu conteúdo esteja ou não de harmonia com a linha de orientação deste jornal.O PORTUGA pretende ser uma tribuna plural de opinião e com direito a um diálogo constante dos mais diversos quadrantes da sociedade.O conteúdo das publicações são da inteira responsabilidade dos anunciantes.

Ano 2 - N° 10 - Agosto 2008O Portuga4 Suíça

N° 10 - Agosto 2008 - Ano 2O Portuga 5

O Estado do TempoA vida é feita de histórias. De finais com pouco sentido. De desfe-

chos pouco sentidos. O príncipe já não tem um cavalo branco. Não é só a madrasta da Cinderela que é má e o Lobo Mau rouba-nos os sonhos e o tempo. A vida é feita de histórias mas deixámos de acreditar que possam ser de encantar. O tempo prega-nos partidas. De vez em quando, de tempos a tempos. O tempo é cada vez menos. Foge-nos a cada instante, escapa-se sorrateira-

mente por entre todas as formas que vamos criando para o controlar. Temos cada vez mais a vida facilitada. Vivemos na Era da Tecnologia, fazemos tudo, ou quase tudo, sem sequer precisarmos de sair de casa. E apesar disso, não temos tempo para nada. Nem sequer para nós. Muito menos para nós. O tempo dá para tão pouco que nem sequer chega para apreciar o que vamos conquis-tando. Um dia destes nem sequer o estado do tempo teremos tempo para comentar. Se bem que vai sendo o que nos resta...ouvir os comentários, comentar, dar “achegas”... mas e conversas? Tertúlias? Serões à lareira? Histórias antes de adormecer? Não. Não temos tempo para tanto. Onde pára a magia das palavras divididas, da partilha dos bocados de sonho, do encanto dos heróis de capa e espada que resgatavam princesas? Onde páram as fadas das histórias ou mesmo os avôs com tanto para contar? Estamos cada vez mais mudos. Até somos capazes de nos fazer ouvir, mas não fazemos ouvir coisa nenhuma. Temos dificuldade em trocar as nossas experiên-cias, falta-nos coragem, vontade ou simplesmente tempo. E isto num mundo onde cada vez mais tudo se troca, se vende, se compra. A vida é feita de histórias, mas temos tanto que fazer e tão pouco tempo que já não acreditamos nelas. Precisamos de voltar a falar uns com os outros. Precisamos de arranjar tempo para as palavras. Para as conversas. Para as histórias onde se transmitem conselhos, vivências, onde se partilham sonhos, experiências, dores e sorrisos. Falar de nós e do que nos vai na alma. Só assim poderemos “ir para fora, cá dentro”. n

Cristina GameiroRedactora

Sonho de uma noite de VerãoE ncontrei a Saudade num passeio deste Verão e paramos a falar das

nossas vidas e da nossa prima Memória que, como sabem, cose as experiências do nosso passado comum. Procurava interpretar os sinais que nos rodeiam e que só são mais evidentes nas coincidências e nos factos extraordinários que povoam a nossa existência. Recordamos com prazer a

nossa infância onde toda a aprendizagem era constituída por factos emocionantes. Depressa com-preendemos que a falta de coisas novas (ou inovação) nos pode afastar rapidamente da procura da interpretação dos sinais que nos são enviados permanentemente e de que nos podemos aperceber ou não... Claro que também falamos de sinais simples e singelos que podemos observar no dia-a-dia como sentir a água de um duche a inundarmos da cabeça aos pés logo pela manhã! É um privilégio a que uma pequena parte da população do mundo tem acesso e uma pequeníssima parte consegue desfrutar vivendo esse momento como único e interpretando esse gesto tão simples de higiene com Felicidade! Tudo na nossa vida é único e merece ser vivido no presente, sentindo o que nos acontece como os sinais que regulam a nossa existência. Parar para sentir este momento com a Saudade também nos permitiu sonhar no Futuro Aí começamos a projectar uma ligação muito recente entre a Arte, a Técnica e a Política que nos está a permitir promover o País como um local seguro e atraente. Um local onde a confiança nos corre nas veias e onde desenvolvemos produtos apreciados globalmente. Interpretamos sinais associados à nossa matriz empreendedora e a sentimentos de observação, ordem e progresso que nos são característicos.Já no fim do nosso encontro, eu, a Saudade, a Memória, a Felicidade, o Futuro, a Arte, a Técnica, a Política e o País também ficamos de acordo que o desperdício e o excesso têm de ser definitiva-mente banidos das nossas vidas.Observámos bem a nossa realidade e verificamos que temos uma oportunidade única de continuar sempre a eliminar o desperdício e o excesso e que o exemplo desta atitude tem de vir de cima. Sempre! Nesta altura da conversa nos despedimos e a Política e o País lá seguiram juntos a remoer nesta ideia inovadora. n Armando de Miranda

Engenheiro

Por Armando de MirandaEngenheiro

por Cristina Gameiro,Redactora

Uma Verdadeira EscolaEstou há 24 anos na Suiça e preparo-me para regressar a Portugal, mas regresso com um maior conhecimento do país onde ainda vivo, das suas instituições políticas e do funcio-namento das mesmas. Graças ao artigo do Sr. Benjamim Ferreira, publicado pelo vosso jornal e escrito de forma sim-ples e clara, foi-me dada a oportunidade de melhor perceber o funcionamento dessas instituições. Uma verdadeira “esco-la” ao serviço da comunidade que espero que saiba aprovei-tar a disponibilização destas informações. Quando cheguei à Suiça não existia nenhum tipo de informação para a comu-nidade portuguesa e quero agradecer a todas as pessoas que colaboram neste jornal de grande importância para todos os portugueses que aqui residem.

António Silva – Wil (SG)

OpiniãoGostei imenso da entrevista feita à Psicóloga Marta Gonçal-ves e gostaria de saber se não seria possível introduzirem no jornal um consultório sobre a área em que ela é especialista, pois estou convencida que seria uma mais valia para toda a comunidade. Como a Dr. Marta Gonçalves já conhece a rea-lidade da emigração, seria bom poder criar um espaço de di-álogo que pudesse orientar, ajudar e encaminhar as famílias portuguesas. Todos nós temos conhecimento de um amigo, de um familiar que tem problemas com os filhos, com a vida profissional, etc. Obrigada e felicidades para todos os colaboradores.

Sónia Costa – Visp (VS)

ReparoUma vez mais visitei “O Portuga” na sua página Internet e mais uma vez fiquei maravilhado. Li com particular in-teresse o artigo sobre Lucerna, onde habito (Littau) e onde trabalho e tenho um pequeno reparo a fazer: O lago a que se refere não se chama “Lago de Lucerna” mas sim “Lago dos Quatro – Cantões” (ou “Vierwaldstädtersee” em alemão). De resto, está de parabéns toda a equipa d’ “O Portuga”.Parabéns.

Manuel da Silva – Littau (LU)

OPINIÃO

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ÁGUAS MIl...“Quer água”? Uma pergunta que faz parte do quotidiano de qualquer pes-soa e que é enunciada com a maior naturalidade do mundo. Assim aconte-ce, porque a água é um produto abundante e indispensável à sobrevivência dos seres vivos e, consequentemente, de cada um de nós.

“Fomos a águas”! Eis uma afirmação que, apesar do seu ar “aristocrático,” ainda pode ser ouvida, em situações frequentes: “ir a águas” significa uma viagem, uma estadia numa das numerosas estância termais que o país possui. O regresso a casa imagina-se mais saudável e com um acréscimo de harmonia entre o corpo e a natureza.

“Ir a banhos,” outra expressão frequente, mais vulgarmente conhecido por ir à praia, signifi-ca uma “voltinha” pelas praias do país, um momento de lazer à beira-mar, o aproveitamento de um tempo de férias no qual a água e o mar são pretexto de encontros, assunto de conversa e acréscimo de bem-estar.

Tanto a pergunta feita mais acima como as afirmações enunciadas pressupõem a existência de um elemento natural que usamos e do qual abusamos, sem nos colocarmos a mínima questão sobre a sua existência, o seu custo, o seu “ciclo de vida”, a sua disponibilidade, o seu estado de saúde, a sua total e universal forma de ser e de existir.

Mas os tempos que correm vão-nos obrigar a tomar consciência de que a água, além de ser um elemento fundamental para a nossa sobrevivência, começa a ser um produto raro e caro.

A exposição universal de Zaragoza de 2008, em terras de Espanha, a decorrer até finais de Setembro, chama a atenção de todos os visitantes para este fenónemo, como outrora aconteceu com a exposição universal de Lisboa, há 10 anos, centrada sobre a temática dos “Oceanos”.

Na bela cidade de Zaragoza, o tema central da Exposição considera a água como um ele-mento imprescindível para a vida. O seu objectivo e finalidade tem a ver com “a participação activa do homem no compromisso ético da sustentabilidade”. Imenso desafio! Além disso, a nossa imaginação pode navegar por 4 subtemas, capazes de nos provocarem um acréscimo de beleza e de consciência cívica:

* Água, recurso único;* Água para a Vida;* Paisagens da Água;* Água, elemento de ligação entre povos.

O “Planeta Azul”, feliz expressão sobre a Terra quando vista do espaço, continu-ará a ser azul por muitos séculos, devido aos oceanos que nos cercam e dos quais tiramos pedaços de vida e de riquezas. Mas o “Planeta Verde” no qual pomos os pés, todos os dias, só continuará a sê-lo, se houver inteligência para reconstruir o que já foi destruído, sensibilidade para sentir os queixumes e as desgraças que a “natureza” nos envia e vontade colectiva para diminuir as ameaças que lhe lançamos à cara. Ou seja, o “Planeta Verde” que é esta nossa Terra, sê-lo-á por muitos séculos se houver, de parte dos governos e dos cidadãos, consciência da sua fragilidade, decisões relativas à salvaguarda da sua precariedade e comportamentos exigentes sobre a economia de um produto/elemento cada vez mais difícil de tratar e de encontrar.

A água é uma riqueza económica e um produto estratégico. É um elemento estruturante da corrente da vida, frágil fio de ouro que cada um de nós pendurou, ao pescoço, mesmo antes de nascer. Mas a água começa a ser uma preocupação dos governos e dos cidadãos conscien-tes e será, brevemente, uma moeda de troca e um factor de “combate” entre Estados e na-ções. Possui-la, em abundância, é sinónimo de poder, riqueza e de bem-estar. Desperdiçá-la, como tem sido feito, até agora, é sinónimo de desrespeito pela vida, de tolice a pagar, com juros acrescidos e, sobretudo, é sinónimo de total irresponsabilidade social e cívica. n

por benjamim Ferreira,Tripoli - Líbia

http://www.expo2008-portugal.com/PresentatinLayer/homepage.aspx#expo-zaragoza VER:

A sua opinião conta!Participe, elogie, denuncie e partilhe as suas opiniões...

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A Questão da Pedofilia Quero antes de mais felicitar-vos pela excelente ideia e pelo trabalho que desenvolvem para editar este jornal. Felicito em particular o Director António Veloso e o colaborador Álvaro Oliveira que sempre se mostram próximos e envolvidos com a comunidade de Interlaken, seja por questões profissionais ou por empenho no meio associativo. Acompanho o jornal desde a primeira edição e fiquei extre-mamente sensibilizado com as notícias em torno da ques-tão dos arquivos informáticos sobre pedofilia, descobertos na RSR pelo português Jorge Resende. Gostaria de saber que tipo de apoio houve da parte das entidades portuguesas e o que se passa actualmente com este nosso compatriota. Quero também lançar um desafio a todas as associações e colectividades para participarem nesta causa.

Ana Pires – Interlaken (BE)

OPINIÃO

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Ano 2 - N° 10 - Agosto 2008Suíça6 Suíça

N° 10 - Agosto 2008 - Ano 2Suíça 7

Tensão entre a Suíça e a LíbiaGenebra - O Governo de Muhamar Kadahfi ameaçou exercer represálias sobre o Estado helvético e exige um pedido oficial de desculpas.Na origem do desentendimento está um incidente que levou à detenção de Hannibal Khadafi, filho do líder líbio, em Genebra no passado dia 15.Em retaliação, as autoridades líbias suspenderam a concessão de vistos a cidadãos suíços e ameaçaram inter-romper a as exportações de petróleo.

Os prémios dos seguros de saúde aumentam consideravelmenteSeguro de Doença - A Santé Suisse afirmou em comunicado que os pré-mios dos Seguro de Doença tenderão a aumentar consideravelmente nos próximos anos.O aumento dos custos dos prémios de Base, foi em 2007 de 4,7% em re-lação a 2006. No topo das prestações atingidas por este aumento estão os tratamentos ambulatórios, cujo custo cresceu cerca de 8,8%. Os números do primeiro semestre de 2008 deixam prever, segundo a Santé Suisse que os acréscimos de custo serão ainda maiores do que no ano passado.

Protesto diário em frente ao Parlamento suíço

Pedofilia - O por-tuguês residente na Suíça demitido após denunciar um caso de pedo-filia na rádio onde trabalhava vai pro-cessar a empresa

por despedimento ilegal e iniciar um protesto diário frente ao Parlamento suíço a partir do final do mês. Entretanto, um grupo de colabora-dores da RSR lançou uma petição on-line (www.petitionresende.ch) pela reintegração do emigrante na empre-sa, tendo já reunido mais de duas mil assinaturas.

Jorge Resende

BREVES

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“Emigração” no Festival de locarno

A UBS publicou em Março deste ano o seu famoso estudo “Prices and Earnin-

gs”, que classifica as grandes capi-tais do mundo em termos de custo de vida, de salários e de poder de compra. Lisboa, 33ª cidade mais cara do mundo aparece só em 44º lugar no que diz respeito ao poder de compra. Oslo, Londres e Cope-nhaga são as três cidades mais ca-ras do mundo, e Dublin registou a maior subida, desde o precedente ranking que foi feito em 2006. No que se refere ao poder de com-pra, Zurique e Genebra ocupam respectivamente o 1º e 2º lugar desta classificação (tendo em conta salários líquidos e custos de habita-ção). Nas duas cidades, os habitan-tes têm um poder de compra 35 a 40 % superior ao poder de compra dos nova-iorquinos. Mas nos últimos doze meses a in-flação têm atingido valores record. O custo de vida tem vindo a subir a ritmo acelerado um pouco por todo o lado e a Suiça não foge à regra. O BFS (Departamento Federal de Estatísticas) afirma que, no último ano, o custo de vida aumentou cer-ca de 3,1%. Trata-se do índice de inflação mais elevado registado desde 1993, quando atingiu 3,4%. Esta subida está intimamente rela-cionada com o aumento do preço

Custo de Vida e Poder de Compra

Aumento acelerado do custo de vida

do barril de petróleo, que chegou a 147 dólares/barril em Julho passa-do e traduz-se na subida de preços dos bens de primeira necessidade, da gasolina, energia e do mazout. Tal como a Suiça, também a vizinha Alemanha registou em Julho o índi-ce mais alto de inflação dos últimos 15 anos, cerca de 3,3%. A classe trabalhadora é a mais atingida por este aumento. Na maior parte dos países europeus, boa parte dos au-

mentos obtidos através dos acordos colectivos, é corroída pelo aumento do custo de vida.Na Suiça tudo indica que o ano de 2008 chegará ao fim com uma per-da real do poder de compra. O au-mento efectivo dos salários, acer-tado nos acordos colectivos, é de 2,2% (os salários mínimos aumen-tam apenas 1,8%), enquanto que a inflação prevista para este ano é de 2,5%. n C.G.

Dois filmes exibidos no Festival de Cinema de Locarno retratam temas relacionados com a emigração.

“Um franco igual a 14 pe-setas” do cineasta espanhol Carlos Iglesias, filho de emi-grantes que viveu seis anos na Suiça alemã, retrata a vida de uma família espanhola emi-grante e das suas decepções aquando do retorno à Espanha de Franco na década de 60. Iglesias guarda na memória uma Suiça dos seus tempos de

criança e pretende com este fil-me lembrar aos jovens de hoje que a Espanha também já ex-portou emigrantes e que estes têm obrigações em relação aos que hoje chegam ao país, prin-cipalmente oriundos de África.

“Das Fräulein”, da Cineasta suíça de origem jugoslava An-drea Staka, retrata o sentimento

de três mulheres (uma bósnia, uma sérvia e uma croata) que vivem na Suiça urbana, divi-didas entre o país em que se pretendem integrar e o país de origem para onde guardam o desejo de voltar um dia. O dia – a – dia da integração em-balado pela música, pela sau-dade e pelas tradições do país natal. n

Situada em pleno coração da Europa Ocidental, fronteira

das línguas germânicas e latinas, Neuchâtel é uma terra de desa-fios em perpétuo movimento. Capital do cantão com o mesmo nome, penúltimo a entrar para a Confederação Helvética há 155 anos, a cidade nunca cessou de cultivar a arte de viver à medida do homem. Com uma excelente localização geográfica, contou desde sempre com uma popu-lação empreendedora e pronta a aceitar novos desafios. O seu es-pírito progressista e audacioso é comprovado pelo direito de voto que é concedido aos estrangei-ros que residam há mais de 10 anos no cantão, direito garantido desde 1849! Com cerca de 32 mil habitantes, Neuchâtel é uma cidade viva! A hospitalidade que lhe é caracte-rística respira-se onde quer que se vá e a qualquer hora do dia ou da noite. Na verdade, nas suas ruas, num dos tantos palcos que nelas parecem nascer a cada instante, podemos ver os seus artistas, admirar talentos, sentir progresso, história e moderni-dade e encontrar a porta de um estabelecimento público sempre aberta. A mais alegre e popular das ma-nifestações da cidade é a Festa das Vindimas que no último fim-de-semana de Setembro atrai perto de 100 000 visitantes. Mas Neuchâtel, na comunhão perfeita entre a cidade, o lago e as colinas do Jura, oferece muito mais oportunidades e ocasiões de partilha, convívio e alegria. Às numerosas e diversificadas ofertas culturais, juntam-se pa-tinoires, piscinas, terrenos de jogo, e uma infindável panóplia de infra-estruturas desportivas modernas. O desporto constitui igualmente um agente turístico essencial e o Neuchâtel-Xamax, a equipa vermelha e preta da casa, permitiu à cidade adquirir uma fama internacional. A descoberta de Neuchâtel não deixa ninguém indiferente e, si-tuada à beira da água, nas mar-gens do lago homónimo oferece um conjunto de ruas estreitas

Neuchâtel – Cidade em movimentoCidade – alma da Europa, recebeu da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, em 1998, o diploma pelo seu incentivo e a promoção do ideal de União Europeia.

pedonais que conduzem os seus visitantes de descoberta em des-coberta, a Place des Halles, o Hotel DuPeyrou, o Quai Oster-val e as suas inúmeras fontes. Construções mais recentes, na periferia, completam o leque das atracções, como o Latenium ou o Centro Dürrenmatt. Reconhecida pelo mundo relojo-eiro, cidade universitária e ninho de investigações tecnológicas Neuchatel apresenta-se como um porto de paz nas margens do maior lago inteiramente suíço.

O cantão de Neuchâtel com cerca de 169 mil habitan-tes, conta com perto de 40 mil estrangeiros residentes, dos quais 28% (10.838) são portugueses, na sua maio-ria jovens, 78% com menos de 45 anos. Trabalhando em grande parte nos sec-tores da construção civil, na indústria, na hotelaria, gastronomia e serviços de limpeza, constituem uma relevante força activa determinante para a econo-mia do cantão.

O Centro Português de Neu-châtel serve de ponto de encon-tro aos emigrantes desde 1972. Com cerca de 300 sócios fomen-ta actividades desportivas e pos-sui ainda uma biblioteca, mas acima de tudo é um dos locais onde se podem matar saudades dos aromas e paladares da cozi-nha tradicional portuguesa. Para os simpatizantes do clube e

para a comunidade em geral, a Casa do Benfica de Neuchâtel, com 300 associados e fundada em 1996 oferece, igualmen-te, um serviço de restauração e bar tipicamente português bem como actividades desportivas que vão desde o futebol aos ma-traquilhos passando pelo bilhar.O Grupo de Veteranos e Lusí-adas, assegura desde 1989, tor-neios de futebol, diversas festas e ocupa-se ainda da organização de passeios e outras actividades culturais. A comunidade portuguesa pode ainda contar com o apoio e a dedicação da Missão Católica,

que assegura a celebração da Missa, todos os sábados às 17 horas, na Igreja de Notre Dame de L’Assomption, vulgarmente conhecida por Igreja vermelha devido à cor da fachada do secu-lar edifício. Padre da numerosa comunidade católica portugue-sa e residente no cantão desde 2000, Alcino Fraga é uma refe-rência que cativa todos os que o conhecem. Todos os sábados cerca de meio milhar de fiéis assistem à Celebração, núme-ro idêntico ao de crianças luso descendentes que frequentam a catequese.

Comissão de Pais de Neuchâtel A Comissão de Pais de Neu-châtel, fundada em 1974, é a mais antiga da Suiça e assegu-ra o apoio e o diálogo entre os pais e os professores dos cerca de 600 alunos que frequentam a Escola Portuguesa, entre o 2º e o 12º ano. Actualmente com cerca de 50 sócios, a comissão de pais conta com o apoio de algumas empresas portuguesas e com a boa vontade dos pais e segundo o seu presidente, António Pene-la, “o que falta é reconhecimen-

to por parte das autoridades por-tuguesas”. Perseguindo os seus esforços, segundo os ideais de Joaquim Fontes, o seu fundador, a Comis-são de Pais de Neuchâtel preten-de ver incentivada e divulgada a Língua e a Cultura de Portugal, existindo como elo de ligação entre pais, alunos e professores. António Penela, agradece às ins-tituições de ensino cantonal e a todos os professores o apoio que têm sabido dar e lembra que a Língua e a Cultura são os pilares da Identidade de um povo e que cabe a todos nós, individualmen-te, contribuir para a preservação e divulgação da mesma.

Foi eleito, no dia 20 de Abril deste ano, Carlos Ra-mos, como Conselheiro das Comunidades. Natural do distrito de Viseu, a residir há vários anos no cantão de Neuchâtel, apresenta como objectivo o acompanhamen-to dos problemas da comuni-dade, e promete estar atento às suas principais dificulda-des e expectativas. n

Ano 2 - N° 10 - Agosto 2008Suíça8 Suíça

N° 10 - Agosto 2008 - Ano 2Suíça 9

Drama familiar em Basel Basel - Um português de 36 anos a residir em Basel, assassinou a esposa e suicidou-se em seguida. No passado dia 28 de Julho, a policia juntamente com o advogado do estado Markus Melzl encontraram uma portu-guesa de 30 anos, na escadaria do pré-dio onde residia, atingida por dois tiros. Esta foi levada imediatamente para o hospital, vindo a falecer pouco tempo depois, vítima dos ferimentos.O corpo do marido foi encontrado no interior do apartamento, ao lado da arma de fogo. O casal, que segundo consta chegou à Suiça em 1997, não resistiu a vários pro-blemas conjugais e este drama ocorre na sequência do processo de separação. Os trabalhos de investigação estão em curso.

Estrangeiros batem recorde na Suíça Emigrantes - Segundo dados do Departamento Federal de Estatística, nunca viveram tantos estrangeiros na Suíça. Cerca de 1,6 milhões de emigran-tes não possui passaporte suíço. O es-pecialista em emigração, Etienne Piquet afirma que esta situação “é proveitosa para a Suíça, uma vez que quanto maior for a força de trabalho maior será o cres-cimento económico”

Itália – 290 000, Alemanha – 214 500, Portugal – 188 500, Sérbia – 186 400,França – 80 900, Turquia – 72 400, Espanha – 64 800(Fonte: Departamento Federal de Estatística, Abril 2008)

Estudo suíço sugere que infectados com carga viral muito baixa deixam de ser transmissores do HIVSida - As pessoas infectadas com VIH mas com carga viral muito baixa por causa de medicação eficaz podem não transmitir o vírus e até dispensar o preservativo, tendo por base o “risco negligenciável” e o “princípio do prazer”, segundo um estudo suíço, realizado por Bernard Hirschel responsável da área do VIH/Sida dos Hospitais Universitários de Genebra.

BREVES

No artigo anterior falamos sobre a estrutura do poder político suíço

-Instituições Políticas, Federalismo e Poderes Cantonais - e sobre as for-mas de funcionamento desses mes-mos poderes. Hoje vamos discorrer, de maneira mais directa, sobre a de-mocracia e as formas que a Suíça tem de a pôr em prática. Como nasceu a constituição do país no qual vivemos e cuja festa nacional celebrada a 1 de Agosto pretende reafirmar o seu “nas-cimento” e a sua coesão nacional

1 - A CONSTITUIÇÃO SUÍÇA - PEQUENO PERCURSO DE UMA GRANDE AVENTURAPara os apaixonados pela história das ideias e das “revoluções”, ler um simples livro de história da Suíça é deveras interessante. Vejam só: Para se chegar à Suíça Federal e Demo-crática dos nossos dias e à sua consti-tuição, os cidadãos deste país fizeram um longo, longo caminho:• “Pacto Federal” em 1291 no qual já existe uma Confederação de Estados, sem governo central• “Constituição” em 1798. O Estado unitário é uma realidade, - capital em Berna e os cantões foram designados por departamentos (22). • “Acto de Mediação,” em 1803 na altura em que a Suíça se encontrava sob um protectorado francês. O Es-tado confederal, em princípios do século XIX, era constituído pela as-sociação de 19 cantões.

Retirado do livro «Institutions Politi-ques Suisses»

• “Pacto Federal” em 1815, na se-quência da queda de Napoleão. Os cantões (22, nessa altura) retomam poder e influência criando um esta-do profundamente descentralizado. Início do princípio de “neutralidade”, tão querido das autoridades suíças e ainda existente nos nossos dias.• “Primeira Constituição Federal” em 1848, com uma guerrinha civil pelo meio. Os vencedores da guerra civil que durou 3 semanas, (os cantões in-dustriais e protestantes), impuseram a criação de um Estado Federal com a capital em Berna. Esta foi a primeira

constituição da Suíça moderna: exis-tência de um Parlamento eleito pelos cidadãos e garantia da separação de poderes. As instituições existentes, nos dias de hoje, datam dessa altura: • Parlamento com duas Câmaras (Conselho Nacional e Conselho dos Estados), a quem compete o poder legislativo; • Conselho Federal, a quem compete o poder executivo; * Tribunal Fede-ral, a quem compete o poder judicial.• “Segunda Constituição Federal” em 1874. As estruturas de funciona-mento democrático são as mesmas mas foram reforçados os poderes do Estado central: gestão dos caminhos de ferro, dos correios e das forças ar-madas.• “Terceira Constituição Federal” em 1999. Esta “Terceira Constituição Federal” mais não fez do que integrar as numerosas modificações introdu-zidas durante os 115 anos de vigência da “Segunda Constituição Federal”.

2 - DIREITOS E DEVERES DOS CIDADÃOSQualquer Constituição de qualquer estado democrático consagra, no seu articulado, princípios gerais sobre os cidadãos e a cidadania, sobre as insti-tuições e as formas de governo e, lo-gicamente, sobre os direitos e os de-veres dos cidadãos. Direitos e deveres encontram-se sempre, articulados, dado que a liberdade pessoal e cívi-ca exige, sempre, responsabilidade cívica e pessoal. Mas convém referir que a Constituição apenas “enuncia” os direitos e os deveres. Outros docu-mentos, tais como o “Código Civil” e o “Código das Obrigações” apro-fundam e regulamentam, de maneira prática, os direitos e os deveres dos cidadãos.Vejamos os direitos e os deveres fun-damentais que a Constituição enun-cia.

DIREITOS / DEVERES

DIREITO À VIDA E À LIBERDA-DE PESSOALDireito à vida, interdição da pena de morte, direito à liberdade pessoal (in-tegridade física e psíquica).

DEVER DE RESPEITAR A LEIO cidadão deve respeitar as leis e não cometer actos contra os interesses do Estado e os direitos de outras pesso-as.

DIREITO À PROTECÇÃO DAS CRIANÇAS E DOS JOVENSDireito a uma protecção mais cuida-da relativa à integridade e ao enco-rajamento para um desenvolvimento harmonioso.

DEVER DE PAGAR OS IMPOSTOSO cidadão maior de 18 anos que te-nha uma actividade lucrativa é obri-gado a declarar os rendimentos e a pagar impostos.

DIREITO A OBTER AJUDA EM SITUAÇÕES DIFÍCEISQualquer pessoa que estiver em situ-ação difícil e for incapaz de encontrar meios de subsistência têm direito a ajuda e assistência...”

DEVER DE CUMPRIR O SERVIÇO MILITARQualquer cidadão é obrigado ao cum-primento do serviço militar e ao pa-gamento de taxas militares.

DIREITO AO ENSINO - DEVER ESCOLARO ensino é obrigatório, acessível a to-das as crianças e gratuito em todas as escolas públicas.

DIREITO AO USO DE DIREITOS POLÍTICOS E DIREITO À PRO-TECÇÃO DA ESFERA PRIVADADireito ao respeito da vida privada, da família, do domicílio e do sigilo relativo às telecomunicações e à cor-respondência.

DEVER CÍVICOOs cidadãos devem participar na vida política votando e elegendo os seus representantes.

3 - DIREITOS TIPICAMENTE SUÍÇOSAs formas de organização política existentes no mundo são variadas e nem sempre respeitadoras das liber-

INSTITUICÕES POlÍTICAS SUÍCAS (2)

Constituição, direitos e deveres dos cidadãos

dades, direitos e garantias dos cidadãos. Mas na Suíça, além dos direitos e deveres consa-grados na Constituição, os ci-dadãos ainda têm direito a duas coisas tipicamente suíças: • Iniciativa popular;• Referendo (facultativo /ou obrigatório).

DIREITO DE INICIATIVAPara se poder andar para a fren-te com uma Iniciativa é preciso que exista um “Comité de Ini-ciativa”. Esse Comité pode pro-por a revisão da Constituição Federal através da modificação, da supressão ou do acrescento de um artigo ou de artigos da Constituição.Para que a Iniciativa seja acei-te, o Comité dispõe de 18 me-ses para recolher 100.000 (cem mil) assinaturas.Caso a mesma seja aceite, o Conselho Federal é obrigado a organizar um acto de “Votação Popular”, podendo o Parlamen-to propor um “Contra Projec-to”. Para que a Iniciativa seja adop-tada no momento da votação, é

preciso que a mesma seja aceite com dupla maioria: a dos can-tões e a dos cidadãos.

REFERENDO FACULTATIVOA adopção de uma Lei, de um Despacho Federal ou de um Tratado Internacional feita pelo Parlamento pode ser contestada através de um referendo.Para isso é preciso o seguinte:• Um Comité de Referendo;• Cem dias (100) para a recolha de assinaturas:• Cinquenta mil (50.000) as-sinaturas para que o Conselho Federal organize uma “Votação Popular”Se a maioria do povo aceitar ou rejeitar o referendo relativo à Lei, ao Despacho Federal ou ao Tratado Internacional, adop-tado pela Parlamento, o Conse-lho Federal é obrigado a aceitar essa decisão popular e a agir em consequência do resultado da votação.

REFERENDO OBRIGATÓRIOSe o Parlamento decidir modifi-

car a Constituição, o Conselho Federal é obrigado a organi-zar uma “Votação Popular”, O mesmo acontece se houver uma Iniciativa que preveja a adesão a Comunidade Supra-nacional” como é o caso da União Euro-peia.Neste caso, a modificação cons-titucional só poderá ser aceite se houver uma dupla maioria: a dos cantões e a dos cidadãos, como acontece no direito de Iniciativa Popular.

4 - ORGANIZAÇÃO DAS COMUNIDADES HUMANASTudo o que foi dito no primeiro artigo e afirmado neste mesmo texto só tem sentido quando as comunidades humanas se orga-nizam naquilo a que chamamos de Estado.

MAS O QUE É O ESTADO?A Suíça é um dos 198 Estados existentes no mundo. Dito de outra forma, a Suíça reúne, ao mesmo tempo, as três caracte-rísticas fundamentais de uma organização humana chamada

Estado:• Tem uma população que vive e reside no país;• Tem um território, ou seja, um espaço reconhecido e respeita-do pelos outros países, no qual vive e reside essa população;• Tem uma autoridade política capaz de proteger os seus cida-dãos e, caso necessário, servir-se da “força” para os obrigar a respeitar as leis.Por isso, o Estado tem obriga-ções face aos cidadãos e aos outros Estados soberanos, no-meadamente:• Manter a ordem para assegu-rar o bem-estar dos cidadãos e a sua própria sobrevivência;• Garantir a protecção social, prever e impedir o aparecimen-to de crises sociais e económi-cas;• Responder às expectativas da população usando da sua legiti-midade política.

CONCLUSÃOA organização das comunidades humanas em Estados de Direito tem sido uma constante através da história das ideias e dos po-

vos. Mas nem sempre os Esta-dos se organizaram no respeito dos direitos dos seus cidadãos e na afirmação de princípios uni-versais regidos pela ética, pela moral e pelas leis construídas pelos povos e pelos poderosos. Uma rápida passagem pela his-tória de Grécia e de Roma avi-sam-nos de que a democracia é uma conquista de todos os dias e que a barbárie pode aparecer em qualquer momento. Nesta Europa na qual moramos, ain-da há bem poucos anos houve violação dos direitos humanos e genocídios organizados entre os povos da ex. Jugoslávia. Para que as nossas democracias se afirmem cada vez mais, me-lhor será conhecermos as for-mas organizacionais dos 3 po-deres que regem as democracias modernas: o poder legislativo, o pode executivo e o poder judi-cial. Será o assunto do próximo artigo. n

Retirado do livro «Institutions Politiques Suisses»

Benjamim Ferreira

O Dia Nacional da Suíça está relacionado com o

Pacto Federal dos Waldstätten (“cantões florestais”), conclu-ído em princípios de Agosto de 1291. É o primeiro pacto escrito de que há registo, mas hoje sabe-se que não foi essa a primeira aliança entre as três comunidades envolvidas - Uri, Schwytz e Unterwald - os mais antigos cantões da Suíça.Este pacto foi quase ignorado durante séculos e a criação de uma festa nacional nunca foi considerada. É evidente que sempre houve festas e cerimonias patrióticas. Em Agosto de 1805, por exemplo, realizou-se a primeira “Festa Suíça dos Pastores” nos cam-pos de Unsprunnen. Vieram espectadores de todas as re-giões da Confederação, bem como do estrangeiro, para as-sistir às diversas competições: tiro ao alvo, trompa alpina, luta “à la culotte” (luta tipica-mente suíça) e lançamento de pedra. Porém, foi unicamente

Só é livre quem utiliza a sua liberdade”O chefe do Executivo Su-

íço, Pascal Couchepin, convidou, no seu discurso por ocasião do Dia Nacio-nal, o seu povo a enfrentar juntos os desafios do futuro e a preservar os valores de solidariedade. “ A oposição sistemática não funciona na Suíça, tra-dição significa também mudança e só é livre aquele que utiliza a sua liberdade”, afirmou o Presidente da Confederação Helvética. No discurso tradicional, trans-mitido pela rádio e televi-são, Couchepin lembrou os suíços que vivem fora do país e que são cerca de 670 000 que tal como os que aqui residem se enrique-cem com as experiências e com os conhecimentos e outras culturas. Destacou ainda que “a Su-íça precisa de amigos para fazer valer a sua posição no

mundo” e dirigindo-se aos expatriados disse que estes “representam uma impres-sionante legião de embai-xadores”.Lembrou que é preciso que “todos participem na vida pública”, uma vez que “po-demos estar orgulhosos do nosso país e das nossas instituições, mas nada é se-guro para sempre e todos devemos cumprir a nossa parte”. Terminou ainda de-sejando uma “linda festa a todos, com ou sem passa-porte suíço!”. n

Dia Nacional da Suíça - 1 de Agostono século XIX que se manifes-tou a vontade de “oficializar” uma verdadeira festa nacional, celebrada ao mesmo tempo em toda a Confederação. Em 1889/90, com a aproximação do 600º aniversário do Pacto, o Governo e o Parlamento decidi-ram finalmente que a fundação da Confederação seria festejada

de artifício, muitas vezes or-ganizados a título privado. Alguns discursos, exibições de bandas e o toque dos sinos das igrejas completam o pro-grama. Pela sua estrutura política, a Suíça é um Estado federativo que se formou no decurso da história e cujos 26 Estados membros (cantões e semi-cantões) conservam grande parte da sua autonomia. Os municípios suíços, chamados comunas, possuem igualmen-te competências administrati-vas bem amplas.No país exis-tem quatro línguas nacionais e oficiais: o alemão (falado por cerca de 65 % da popula-ção), o francês (18%), o italia-no (10%) e o romanche (1%). As duas principais religiões cristãs da Suíça possuem um número praticamente igual de adeptos: 48 % de católicos e 44% de protestantes. Os 8% restantes correspondem a ou-tras comunidades cristãs ou religiões (judaismo e islamis-mo). n

no 1º dia de Agosto.Desde então, esta celebração é organizada anualmente pelos municípios com a colaboração das comunidades locais. Mas durante muito tempo ainda, esta data continuou a ser um dia de trabalho em muitos cantões pois a festa é, por tradição, uma fes-ta nocturna. Ao cair da noite, o espetáculo é constituído pelas fogueiras acesas nos cumes, nas cidades e aldeias, e pelos fogos

Ano 2 - N° 10 - Agosto 200810 Suíça

N° 10 - Agosto 2008 - Ano 211Grande Entrevista Grande Entrevista

“O mundo é tanto nosso como vosso mas, no fundo, per-tence-vos. Vocês, os jovens, são dinâmicos, estão em ple-no desabrochar como o sol da manhã. É em vós que reside a esperança”. Eram estas as palavras de Mao Tsé- Tung que se podiam ler num dos folhetos distribuídos em Pa-ris durante o Maio de 68. Hoje, 40 anos depois, continua a fazer sentido olhar a juventude desta forma, sobretudo aquela que se mostra disposta e com coragem para enfren-tar um desafio como o da Emigração. O fenómeno da emigração suscita múltiplas abordagens, compõe histórias de muitas vidas e preenche o imaginário de milhões de pessoas. Os portugueses desde sempre se fi-zeram ao mundo, desde tempos que a memória e as escrita guardam até hoje. Se as Descobertas se fizeram por sede de conhecimento ou de poder, se as Conquistas nasceram da fome de troca de culturas e experiências, à Emigração faltou, na maior parte dos casos a vontade e o desejo, tra-tando-se quase sempre de uma questão de necessidade.

“Não foi por vontade nem por gosto que deixei a mi-nha terra” cantava José Mário Branco. De facto, houve sempre uma espécie de ruptura dolorosa com o país que se comportava como “padrasto dos seus filhos” e que os levou a ir procurar noutras paragens o que aí lhes faltava. Fizeram-no por motivos económicos mas igualmente por

razões políticas. Fugiam à miséria nos campos, fugiam de uma pátria que lhes negava a felicidade ou que os mobili-zava para guerras alheias. Todos à procura de um mundo melhor, todos com a Esperança espelhada no olhar e com a saudade nas malas que chegaram a ser de “cartão”. Na década de 60 o surto migratório teve como destino os países desenvolvidos da Europa. A França, a Alemanha, o Luxemburgo e a Suiça, foram, entre outros, os países de acolhimento dos portugueses. A maior parte destes sonha-dores não falava a língua do país que o recebia, não pos-suía qualificações profissionais e não dispunha que da sua força de vontade, de trabalho e de sacrifício. Sujeitavam-se a trabalhos pesados, na agricultura, nas obras públicas, na construção civil. Juntavam a sua pequena fortuna à custa de muitas privações e sonhavam durante 11 meses com o “Agosto”. Moravam em bairros nos subúrbios e trabalhavam horas a fio, em condições que hoje em dia deixariam muito a desejar, muitas vezes sem direitos nem segurança. Eram uma mão-de-obra dócil, esforçada, cum-pridora e barata. Passámos a outro século mas continuam por solucionar os diversos problemas que motivam a emigração económica. Há, ainda hoje, quem parta pelos mesmos motivos, a pro-cura de um emprego que lhe é recusado no seu país, ou de uma remuneração que lhe permita dar uma vida e um futuro diferente aos filhos. Depois há aqueles para quem o país parece continuar a ser padrasto em vez de pai, aque-les que partem à conquista de um admirável mundo novo, repleto de promessas e sonhos de intercâmbio cultural. Aquilo que parece ter mudado é o que esses jovens levam nas bagagens. Se os motivos que estão na origem deste fenómeno pa-recem não ser muito diferentes, os novos “guerreiros da emigração”, esses, são hoje em dia, mais “esclarecidos” relativamente aos seus direitos e à maneira como podem e devem fazer-se aceitar pela sociedade de acolhimento. E se a Saudade continua a abraça-los de vez em quando, o desejo de regressar um dia ao seu país, esse, parece correr o risco de ser adiado.

Falta de trabalho em Portugal leva os jovens a conhecer o mundo

“Estou certa que os licenciados são a nova geração de emigrantes”. É desta forma que Maria Santos, de Aveiro, resume a fuga dos jovens portugueses para outros países. Saiu do país para “conhecer outra cultura” e, principal-mente, porque foi confrontada com o “excesso de habi-litações literárias”(!) nas várias tentativas que fez para

O MUNDO NÃO TEM FRONTEIRAS

arranjar trabalho concluído e estágio profissional no Departamento de Co-municação de uma Câmara Munici-pal. “Cansei-me de tentar perceber porque é que a minha licenciatura em vez de me abrir portas parecia fun-cionar como uma pedra no caminho”. Maria chegou à Suiça há pouco mais de 5 anos. Veio de “férias, visitar uma amiga”, mas trazia com ela a ideia de, pelo menos, tentar arranjar um traba-lho. Acabou por dar por si a trocar o computador pela bandeja de serviço e começou a testar “in loco” os seus conhecimentos de francês. Longe da Licenciatura em Comunicação, se hoje lhe perguntarem o que sen-te, ela responde que “aprendeu tanto

ou mais em cinco anos de emigração que durante os cinco anos passados na Universidade”. Apesar do “aper-to no peito” sempre que se lembra dos esforços e das noites passadas em branco a estudar para os exames, Maria está convencida que tem “um trabalho engraçado, uma outra forma de comunicar, que permite acumular experiências e histórias, para além de estar a aperfeiçoar as línguas es-trangeiras”. Regressar é algo que não projecta num futuro próximo, mas “talvez, dentro em breve, começar a procurar integrar-me dentro da minha área de formação, uma vez adquirido o domínio da língua e da cultura des-te país”.

Este é um dos muitos exemplos de jovens, professores, advogados, gestores, que se lançam à conquista de outros mercados de trabalho, fugindo à parca oferta de emprego que existe em Portugal. Nuno Gonçalves, de Ourém, trocou o curso de Estudos Superiores de Comércio, na Universidade de Aveiro, pela cozinha de um estabelecimento hospitalar no cantão de Berna. Chegou à Suiça em 2004, trazendo nas malas, o desejo de encontrar um novo rumo e casacos quentes, porque sempre associou este país “à imagem do frio, da neve e do Ski. Aliás foi por causa deste último que me decidi pela Suiça” deixa escapar com um sorriso aberto. Na verdade, antes de optar por terras helvéticas, o Nuno já tinha estabelecido vários contactos com colegas de escola que, também eles tinham resolvido tentar a sorte noutras paragens, em países como a Holanda, a Inglaterra ou An-dorra. Aos 26 anos explica que um dos principais motivos que o levou a embarcar nesta aventura foi o facto de ter quase a certeza que “se tivesse ficado em Portugal depois do curso me iria acontecer o mesmo que a tantos companheiros de escola. Passar meses, senão anos a viver à custa dos pais sem conseguir encontrar um trabalho indo adiando sempre a minha independência financeira”. Além de que, segundo ele, “correria sérios riscos de estar neste momento a traba-lhar numa área tão distinta da minha, como agora estou”. Em forma de balanço desta experiência Nuno Gonçalves afirma ainda que “as saudades estão presentes no dia a dia, mas este começa a ser preenchido pelos sorrisos da minha filha que, entretanto já nasceu aqui. É também um dos motivos pelos quais penso agora duas vezes relativa-mente à questão do regresso a Portugal. Terei que pesar muito bem os prós e os contras e ter em conta as melhores garantias em termos de futuro”.

“São várias as razões que levam os jovens licenciados a procurar uma experiência de formação no estrangeiro”, assegura Elsa de Sousa. “Novas metodologias de trabalho, relacionamento inter cultural, aprendizagem de línguas e um teste à capacidade de enfrentar desafios e realidades diferentes”, são algumas das razões enumeradas por esta jornalista que trocou, há 2 anos, um semanário de Coimbra pela magia das paisa-gens e pela paz de Kiental (BE). Apesar das saudades “do mar e do sol da Figueira da Foz” diz-se conquistada pelos “amanheceres da montanha e pela nova experiência “rica em partilha de valores, conhecimentos” e, sobretudo, pela oportunidade que está a ter de se “pôr a prova em termos pessoais, aproveitando para me conhecer melhor a mim mesma no confronto com novos cenários e diferentes cul-turas”. “A falta de oportunidades de trabalho é uma realidade mas, penso que, a nova vaga de emigrantes não sai do país só por questões económicas, mas também pela necessidade de conhecer novas culturas, viajar e alargar horizontes”, afirma ainda Nuno Gonçalves.

“Foi preciso chegar à Suiça para perceber o que signi-fica, verdadeiramente, a palavra “licenciado”!”, ironi-za Maria Santos. Para estes três jovens, a hipótese de regresso não está de forma alguma hipotecada mas corre sérios riscos de ir sendo adiada. Mesmo a trabalharem em áreas tão distintas daquelas para que se prepararam, são apenas um exem-plo da nova geração de emigrantes, qualificada, aberta, com sede de experiências e sobretudo para quem a pala-vra “Integração” parece, definitivamente, não rimar com “Papão”.

Grande Reportagempor Cristina GameiroRedactora

A NOVA GERAÇÃO DE EMIGRANTESSão jovens ambiciosos que procuram no estrangeiro o que não encontraram em Portugal. Desiludidos pela falta de oportu-nidades, fazem parte de uma nova geração de emigrantes, para os quais o país se tornou demasiado pequeno.

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SuíçaN° 10 - Agosto 2008 - Ano 2

Portugal 13

Militares lusos com novo Centro de Formação e EmpregoTrabalho - Os militares que preten-dem ingressar na vida civil activa vão poder aconselhar-se sobre as ofertas de trabalho e formação profissional no Centro de Informação e Orienta-ção para a Formação e o Emprego, que foi inaugurado no passado dia 29 de Julho. Este espaço vai prestar apoio na informação e orientação de empre-go tanto para militares como para ex-militares. A inauguração foi presidida pelo ministro da Defesa Nacional.

Ponte 25 de AbrilPortagens vão ser gratuitas em Agosto

Portagens - Mais uma vez, durante o mês de Agosto, não se pagam porta-gens na Ponte 25 de Abril. A medida tem vindo a ser tomada desde 1996. Durante este período, o Estado com-pensa a Lusoponte pela perda de re-ceitas das portagens. Esta medida não é alargada à ponte Vasco da Gama, a outra travessia sobre o Tejo em Lis-boa.

Preço das casas cai 4,6% em Julho

Habitação – O va-lor médio da ava-liação da habi-tação feita pelos bancos em Portu-gal recuou, no se-gundo trimestre, 2,8% face ao tri-mestre anterior e

4,6% em relação ao período homólo-go de 2007, sinalizando que o preço das casas está em queda e que as ins-tituições bancárias estão a ser mais criteriosas na concessão do crédito à habitação. Segundo dados divulga-dos pelo Instituto Nacional de Esta-tística (INE), o preço médio da avalia-ção bancária no primeiro trimestre foi de 1186 euros por metro quadrado, abaixo dos 1243 euros de um ano an-tes e dos 1220 euros dos três primei-ros meses de 2008.

BREVESQuanto vale a língua Portuguesa?

ELEIÇÕESCandidato à liderança do conselho quer “uma verdadeira democracia”

O candidato à presidência do Conselho das Comunida-

des Portuguesas (CCP), Eduardo Dias, admitiu no passado dia 30 de Julho não existir “uma verda-deira democracia” no órgão que espera liderar e cujas eleições ainda não têm data marcada. Em declarações à Agência Lusa, Eduardo Dias sustentou que, “no actual quadro legislativo, já não existe uma verdadeira democra-cia” no CCP “porque se extinguiram os conselhos locais e regionais”. “É necessário valorizar o papel do conselho das comunidades e

dos próprios conselheiros”, frisou, propondo a criação do estatuto do conselheiro “que lhe dê, de facto, competências e verdadeira capacidade para poder actuar”. Segundo Eduardo Dias, que faz parte do actual Conselho Perma-nente das Comunidades Portu-guesas, “acabou-se por constituir um órgão que é sobretudo uma cúpula, onde várias pessoas se reúnem em Lisboa sem as ba-ses que são as comunidades”. “É preciso dar de novo poder às bases e que os conselheiros sejam os verdadeiros porta-vozes das co-

munidades que os elegeram”, disse. “Nunca houve da parte dos sucessivos governos uma polí-tica clara e uma visão global do que é que são as comunidades. Não existe, por exemplo, um in-ventário sobre como elas são ou como estão organizadas. E isso é preciso fazer”, acrescentou. O candidato à presidência do CCP – natural de Abrantes e radi-cado no Luxemburgo há 19 anos - falava à margem da I Convenção Mundial das Comunidades Portu-guesas, que decorreu em Santa Maria da Feira. n

O Governo tem pronto um pro-jecto de promoção e ensino

de língua portuguesa no estrangeiro, uma medida que, segundo o autor de um estudo encomendado pelo Exe-cutivo, deve seguir o exemplo do Instituto Cervantes, em Espanha. Em declarações à agência Lusa, o reitor da Universidade Aberta, Car-los Reis, considerou que Portugal devia analisar o exemplo de outros países, nomeadamente de Espanha,

para elaborar a sua política de inter-nacionalização da língua portugue-sa. Carlos Reis foi convidado pelos mi-nistérios dos Negócios Estrangeiros e da Educação para elaborar um estudo sobre a língua portuguesa. De acordo com o reitor da Univer-sidade Aberta, o Instituto Cervantes é um organismo para o qual tem de se olhar «em termos de orgânica, de filosofia, de articulação com o poder político e de utilização de mecanis-

mos simbólicos de valorização da língua». Afirmando que Portugal já está a tra-balhar para a internacionalização da língua portuguesa, o reitor destacou a criação de um fundo para a língua portuguesa no estrangeiro, a refun-dação do Instituto Camões (IC) e a concentração neste instituto de todo o ensino da língua no estrangeiro como medidas «muito positivas». Carlos Reis voltou a frisar que o

número de falantes de português no mundo «não é proporcional à efec-tiva importância internacional» da língua portuguesa. «Se a questão fosse apenas dessa ordem, o português seria incom-paravelmente mais importante in-ternacionalmente do que o francês ou o alemão ou italiano», afirmou o reitor, acrescentando que não o é «porque alguns dos países onde se fala português são países que vivem graves problemas de desenvolvi-

mento e afirmação internacional». «Quando isso for superado, a situa-ção do português muda», garantiu, afirmando que o «poder da língua só se manifesta efectivamente quando essa língua é uma língua de poder». Carlos Reis iniciou o estudo sobre a língua portuguesa em Fevereiro, tendo como base documentos sobre o ensino de português no estran-geiro, da Assembleia da República, da Fundação Luso Americana para

o Desenvolvimento e da Fundação Calouste Gulbenkian. Além do Instituto Camões e do Conselho das Comunidades Por-tuguesas, o reitor da Universidade Aberta contactou também com al-guns coordenadores do ensino de português no estrangeiro, nomeada-mente na Suíça, Reino Unido, Espa-nha e África do Sul, considerando estes testemunhos como dos mais importantes para se aperceber desta realidade. n

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Ano 2 - N° 10 - Agosto 2008Portugal14 Suíça

N° 10 - Agosto 2008 - Ano 2Portugal 15

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Governo indexa benefícios dos antigos comba-tentes ao tempo e perigosidade da missão

juros no crédito à habitação voltam a subir em junhoBanca - A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos do crédito à habitação voltou a subir em Junho, interrompendo assim uma época de descidas destas taxas que se verificava desde Fevereiro deste ano, infor-mou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

banif conquista 15 mil clientes em Viseu

Banco Internacional do Funchal – Banif conquis-tou 15 mil clientes em Viseu, nos últimos 20 anos,

através da abertura de cinco agências no distrito e prepara-se para pôr a funcionar um novo balcão em Lamego, ainda este mês.O anúncio foi feito pelo vice-presidente do Banif SGPS, Manuel Vaz durante uma cerimónia comemo-rativa dos 20 anos do banco, que decorreu em Viseu na passada quarta-feira, dia 23 de Julho. O responsá-vel adiantou que o resultado do alcance dos 15 mil clientes na região “demonstra que o Banif é um grupo financeiro sólido”.O Banif está presente no distrito desde 1992, com a abertura de uma agência em Mortágua. Em Viseu, dis-põe de dois balcões e um centro de empresas que dá apoio a empresários da região. As restantes agências encontram-se em Mangualde e Oliveira de Frades, sendo Lamego a próxima aposta da instituição ban-cária. n

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Finanças

Em Junho, a taxa de juro implícita no cré-dito à habitação em

Portugal atingiu os 5,574%, mais 0,072 pontos percen-tuais que no mês anterior. A taxa de juro implícita nos contratos celebrados nos últi-mos três meses subiu também 0,179 pontos fixando –se em 5,437%. O capital mévdio em dívida nos empréstimos à ha-bitação aumentou em Junho 762 euros para 54154 euros, acentuando a sua trajectória de crescimento dos últimos meses, refere o INE. Nestes últimos, os contratos para

aquisição de habitação atingi-ram um valor médio de 58186 euros, mais 944 euros que no mês anterior. Os contratos de construção de habitação fixara-se num valor médio de

41460 euros, mais 222 euros que o verificado em Maio. O montante médio em dívida para os contratos celebrados nos útimos meses aumentou para 88.363 euros. n

Segundo o Governo, ape-sar das alterações, é man-

tido o universo de beneficiá-rios deste complemento, tal como foi definido em 2004.No entanto, verifica-se até um alargamento nos paga-mentos dos benefícios a anti-gos combatentes emigrantes e a profissionais liberais.Uma das principais mudanças introduzidas pelo diploma é que os benefícios deixam de estar indexados ao valor da reforma de cada antigo combatente, o que, segundo

o executivo, criou situações de “injustiça relativa”.Com a entrada em vigor da proposta do Governo, que terá ainda de ser sujeita à aprovação por parte do Par-lamento, o benefício passa a estar indexado “ao tempo e à penosidade do serviço pres-tado”.Na sequência desta altera-ção, “fica assim garantido que quem prestou serviço nas mesmas condições [e com o mesmo tempo de missão] passa auferir o mesmo mon-

tante”, sublinha o executivo.Outra alteração considerada significativa é que o paga-mento do benefício deixa de estar a cargo do Ministério da Defesa para ser processado pelo Orçamento do Estado.Segundo fonte do Governo,

“trata-se de uma medida sim-bólica, ficando claro que o pagamento destes benefícios aos antigos combatentes é uma responsabilidade do Es-tado Português e não apenas do Ministério da Defesa”. Por outro lado, se o diploma

do executivo for aprovado no Parlamento, elimina-se a existência de prazo para a entrega de requerimentos a solicitar o pagamento do complemento, podendo estes ser entregues a qualquer mo-mento. n

Politica - O Governo aprovou no passado dia 24 de Julho uma alteração aos benefícios concedidos aos antigos combatentes no Ultramar, que passam a variar em função do tempo de duração das mis-sões e do seu grau de perigosidade e penosidade.

Movimento Esperança Portugal reconhecido como partido pelo Tribunal Constitucional

Partidos

“Um dos objectivos desta convenção é estabelecer os parâmetros para a criação de um ciclo anual de deba-tes, em forma de congresso, que vai discutir os principais problemas das comunidades portuguesas no estrangeiro e propor soluções”, disse à Agência Lusa Gabriel Fer-nandes, secretário-geral da Associação dos Portugue-ses no Estrangeiro (APE), entidade que patrocina o evento, em conjunto com a autarquia de Santa Maria da Feira.A convenção integrará de-legados indicados pelas

O Movimento Es-perança Portu-gal (MEP) foi

reconhecido como parti-do político pelo Tribunal Constitucional, informou na passada Quarta Feira dia 30 de Julho a estrutura lide-rada por Rui Marques, que tinha entregado o processo de reconhecimento, subs-crito por 9.888 assinaturas, a 27 de Junho.

“Entre os subscritores verifi-cou-se uma presença maciça de jovens com menos de 30 anos e uma presença maiori-tária de mulheres (55 por cen-to)”, revela em nota de im-prensa o partido liderado pelo antigo alto-comissário para a Imigração.Assumindo-se como “um par-tido de centro”, o Movimento Esperança Portugal afirma que essa opção se evidencia “na

sua visão do Estado e do mer-cado”, além de o definir como um projecto político “entusias-ta da União Europeia e empe-nhado na sua construção”.O símbolo - um círculo verde com um ‘E’ no centro - preten-de representar “a centralidade

da esperança, mas também do empenho, do entusiasmo e da energia que o projecto quer protagonizar”.O novo partido, o 16º a sur-gir no espectro nacional, rea-liza o seu primeiro congresso nos dias 04 e 05 de Outubro

no Hotel Vila Galé, na Eri-ceira, “freguesia do País onde mais assinaturas do Movimento foram recolhi-das (385)”.Isso reflecte-se “na perma-nente preocupação de ‘não deixar ninguém para trás’, ‘criar riqueza para todos’, ‘vencer com os outros e não contra os outros’”, sendo esta “a principal bandeira” do Movimento. n

Convenção em Santa Maria da Feira pretende debater problemas dos portugueses na diásporaDiáspora - A I Convenção Mundial das Comunidades Portuguesas, que decorreu no passado dia 30 de Julho a 1 de Agosto, em Santa Maria da Feira, pretende criar um congresso anual para debater os principais problemas das comuni-dades portuguesas na diáspora.

comunidades portuguesas, especialistas na matéria da emigração e membros do Governo português.A reunião contou, entre outros, com a participação da professora Maria Beatriz Rocha Trindade, da Univer-sidade Nova de Lisboa, de Manuela Marujo, da Uni-versidade de Toronto, do Comendador José João Mo-rais, presidente da APE, da ex-secretária de Estado das Comunidades Portuguesas Manuela Aguiar, e com a intervenção do Secretário de Estado das Comunida-des Portuguesas, António

Braga, no encerramento do evento. A APE vai organizar os

próximos congressos anuais sempre numa cidade portu-guesa e pretende contar com

apoio de entidades como universidades e centros de pesquisa. n

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SuíçaN° 10 - Agosto 2008 - Ano 2

17Desporto

Breves

Marítimo terá novoestádio por 46 milhões

Liga - O Marítimo publicou em Julho um edital que pretende a abertura de concurso para a construção do novo Estádio dos Barreiros. A construção do Arena Marítimo-Madeira terá custos de 46,5 milhões de euros e capacidade para 9 mil pessoas

UEFA com lucro recordeA União Europeia de Futebol (UEFA) re-gistou um lucro recorde de 250 milhões de euros com o Campeonato da Europa de 2008, aumentando em 27 milhões os ganhos alcançados com o Euro 2004. Durante o Euro 2008, que se realizou na Áustria e Suíça, a UEFA facturou 1,3 mil milhões de euros.

Scolari quer um ou dois Troféus por época

Inglaterra - Luiz Feli-pe Scolari quer entrar na história do Chel-sea. Para isso diz que o clube, que conta agora com Deco e Bosingwa, «necessita de ganhar uma ou duas competições por ano, no mínimo. Este é o meu sonho», confessou o técnico.

Marca FC Porto vale 291 milhões

A marca FC Porto foi avaliada em 291 milhões de euros pela

My-Brand, noticiou o Portugal Diá-rio. Esta avaliação do valor econó-mico acrescentado do Grupo abran-ge as unidades de negócio SAD, F.C. Porto, Porto Comercial, Porto Está-dio e Euro Antas, bem como uma análise do papel e força da marca no mercado, explica o clube em co-municado.Em relação ao papel que a marca detém no mercado, os factores de maior valor são a qualidade da equi-

pa de futebol (dos seus jogadores), dos jogos, da equipa técnica e do Estádio. Na ponderação destes fac-tores foi tido em conta o peso dos 111 mil sócios e dos 2,8 milhões de adeptos.Foram, ainda, considerados os va-lores financeiros de exploração e de capital alocados à marca, infor-mação relativa à marca no que se refere aos principais drivers de ima-gem (satisfação, qualidade e comu-nicação) e informação de mercado, ou seja, a performance da marca FC

Porto no seu sector e no sector das marcas concorrentes. n

Portugueses em buscadas medalhasSerão 78 os atletas portugueses em competição a partir de 8 de Agosto

ra foi campeão do mundo do triplo salto no ano passado e nos últimos meetings internacionais ficou em 1ºem Atenas e 2º

P ortugal e as medalhas nos Jogos Olímpicos têm uma relação que

tem vindo a crescer. O Comité por-tuguês já participou por 21 vezes nas Olimpíadas, algo que começouem1912, em Estocolmo.Neste período foram conquistadas 20 medalhas – três de ouro, seis de prata e 11 de bronze –, em sete modalidades: atletismo, vela, hipismo, tiro, esgrima,

de prata, uma de bronze e 10 finalistas (em 82 atletas). Este ano e com78 parti-cipantes, o desafio é o de conseguir su-perar os resultados do passado e, quem sabe, acrescentar mais uma medalha de ouro ao palmarés português. São cin-co os portugueses que, aparentemente, mais garantias dão de chegar ao ouro. Vanessa Fernandes corre na frente. A triatleta conta com 20 vitórias em Taças

judo e ciclismo. Foi preciso esperar 72 anos pela primeira medalha de ouro, um triunfo obtido por Carlos Lopes na maratona, em Los Angeles (1984). Era a medalha que faltava e o feito foi re-petido em Seul, quatro anos depois, por Rosa Mota, também na maratona e por Fernanda Ribeiro, nos 10 mil metros em Atlanta 1996. O melhor resultado conjunto foi na última edição dos Jogos Olímpicos, em Atenas: duas medalhas

do Mundo de Triatlo, igualando o núme-ro de vitórias da lendária Emma Carney. Em 2006, chegou à primeira posição do ranking mundial de triatlo e é a grande favorita da competição. Naide Fernan-des é outra possível favorita no salto em comprimento. Conquistou este ano o título de campeã do mundo em pista coberta em Valência em Julho, e em Es-tocolmo, teve a melhor marca mundial do ano. Já o outro favorito, Nélson Évo-

no Mónaco. Depois de aos 18 anos ter Obtido um 9ª em Atenas, ajudoca Telma Monteiro reuniu o ano passado três me-dalhas de ouro em Taças do Mundo.Já Francis Obikwelu, que representou A Nigéria em1996 e 2000, com as co-res nacionais brilhou em 2004: vice-campeão dos 100 metros e 5º nos 200 metros. O melhor Resultado deste ano foi a vitória nos 100 metros, no meeting de Roma. n

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Ano 2 - N° 10 - Agosto 2008O Portuga18

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O filme «Um Amor de Perdição», de Mário Barroso, foi seleccio-

nado para a competição internacional do festival de cinema de Locarno, que decorrerá em Agosto na Suíça e se es-treará em Portugal a 2 de Outubro. Segundo a produtora Clap Filmes, o filme do realizador português terá es-treia mundial na 61.ª edição do festi-val suíço, que decorrerá de 6 a 16 de Agosto. «Um Amor de Perdição» tem argu-mento de Carlos Saboga a partir do romance de Camilo Castelo Branco, numa adaptação para a actualidade do trágico amor entre Simão Botelho e Teresa de Albuquerque. Do elenco fazem parte Tomás Alves, Patrícia Franco, William Brandão, Catarina Wallenstein, Ana Moreira, Virgílio Castelo, Dinarte Branco, Ana Padrão e Rui Morrison. A música é de Bernardo Sassetti, que voltou a colaborar com Mário Barroso

Uma amiga especial

Tens nos olhos a expressão doceque alimenta a vontade e o desejo tímido guardado no mais profundo segredo de um beijo.

Sinto-te como uma melodia na primavera a florir, na esperança de um verão de calor e luz que há-de vir.E tudo em isto faz de ti uma mulher presente capaz de tudo ultrapassar, seguindo em frente com o ideal de mãe permanente.

Teu andar ondulante, como seara ao vento, contagiante na suavidade dos teus gestos, espanto meu olhar, em teus movimentos fixando-me em ébrios pensamentos.

Acredita em ti própria, como o aclarar do dia e escuta o chilrear dos passarinhos na tua janela, cantando-te o hino da alegria.

Julho 2008Álvaro Oliveira

POESIACinema Português

«Um Amor de Perdição» em Locarno

depois de «Milagre segundo Salomé». A programação integral do festival de Locarno, que atribui o Leopardo de Ouro, já está disponível e sabe-se já

que será atribuído um prémio de exce-lência à actriz Anjelica Huston e que o cinema latino-americano estará em destaque. n

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