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Jornal de Negócios - suplemento Semana Informatica - Entrevista
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1
CIO of the Year 2014 Entrevista Semana Informtica*
Rui Gomes [email protected]
Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca E.P.E
ISCTE-IUL *artigo para suplemento Dirio Econmico (Semana Informtica)
1* Quais os principais desafios que o
Hospital Fernando Fonseca enfrenta
actualmente?
Tendo em conta a conteno econmica e
financeira atual em todos os setores, e que
esta unidade uma parte da estrutura do
Servio Nacional de Sade, eu diria que os
desafios gerais no so diferentes das
outras unidades de sade, em que se
procura fazer mais com menos, para
garantir a sustentabilidade da actividade,
mas sem condicionar, e sempre que
possvel melhorando os nveis e a
qualidade da prestao dos cuidados de
sade. A falta de investimento e os
constrangimentos relativos contratao e
revitalizao de profissionais qualificados,
ou mesmo a morosidade, ainda que
justificada, das reformas na sade, escalam
os nveis de exigncia, obrigando a uma
constante necessidade de reengenharia nos
processos de trabalho nas organizaes.
Assumir o mesmo nvel de produo de
actividade assistencial sem deixar
depreciar nveis de qualidade certamente
o maior desafio. Ao mesmo tempo, abre o
ensejo inovao e criatividade sem
igual, tal como a necessidade de
reaproveitamento de recursos que nunca
em outro momento se estimariam uteis.
Felizmente, eu diria que se olharmos de
forma desperta para todo o ecossistema,
encontraremos sempre um mar de
oportunidades no qual as nossas
organizaes podem beneficiar em prol da
sua atividade.
2* Que papel desempenham as
Tecnologias de Informao e
Comunicao (TIC) para responder a
esses desafios?
Completamente estruturante. Nunca
testemunhei tanto essa evidncia como o
momento atual, em que os rgos centrais,
nomeadamente os Servios Partilhados do
Ministrio da sade (SPMS), esto numa
restruturao profunda na sua orgnica e
governao TIC do SNS, mas ao mesmo
tempo deparamo-nos com algum
estrangulamento e escrutnio das medidas
de racionalizao e reduo de custos nas
Tecnologias da Informao e da
Comunicao na Administrao Pblica
previsto na Resoluo de Conselho de
Ministros n. 12/2012 de 7 de Fevereiro.
Eu diria que por mais nobre que seja a
resoluo, e importante no mbito de um
controlo, normalizao e governao TIC
da AP, a verdade que so exatamente os
bens e servios que conseguiriam ajudar as
organizaes a mudar comportamentos,
procedimentos e a gerar eficincia, que
no esto a ser estimulados.
Ao contrrio do que se esperaria, penso
que isto vai ter efeitos para os prximos 10
anos. por este contexto que as
administraes das unidades do SNS,
principalmente dos hospitais, devem
apostar e investir na capacidade de gesto,
resilincia e expertise dos seus
departamentos de TIC, de forma a facilitar
as mudanas com base em meios
2
informatizados, regenerando assim as
atividades dos servios que prestam desde
os cuidados primrios, continuados e
diferenciados.
Precisa-se de energia positiva, viso,
credibilidade, resilincia, know-how e
muito empenho para dar celeridade aos
processos. Existe um momento para tudo.
Faa-se luz agora.
3 * Quantas pessoas trabalham na rea
dos sistemas de informao no Hospital
Fernando Fonseca?
A unidade composta por 19 elementos,
entre os quais equipa para o atendimento
de primeira linha, especialistas tcnicos de
suporte, especialistas de infra-estruturas,
Inovao, desenvolvimento e no topo
desta estrutura de maturidade
complementam gestores de informatizao
clnica. No entanto o Hospital incorpora
uma Unidade de Investigao e
Criatividade em Informtica no qual
alunos de vrias universidades e
investigadores colaboram, de forma
voluntria, em projectos de transferncia
de tecnologia em engenharia, robtica,
mining, medicina translacional e
investigao para a rea da sade.
4 * O departamento de TI conta com
quantos parceiros em outsourcing?
So 20 os principais parceiros TIC da
Direo de Gesto de Tecnologias e da
Informao, em regime de contratao de
servios.
5* Em mdia, quantos projectos de
sistemas de informao desenvolvem?
Qual a durao mdia dos projectos e
quantas pessoas esto alocadas, em
mdia, a cada projecto?
Desde que o Hospital Fernando Fonseca
em 2009, abraou o projeto do Servio
Nacional de Sade, que a minha direco
induziu como titnico objectivo uma pool
de 53 projetos para realizar em 2 anos,
muitos deles estruturantes e de alguma
complexidade que no meu entender
acabaram por se estender demasiado no
tempo. A equipa na altura era de 4
tcnicos, mas foi de uma dedicao e
destreza, que foi possvel concluir em
tempo til os mais estruturantes e vitais
que vieram a apoiar o exerccio da
actividade do hospital. Atualmente a
minha direco desenvolve projectos em 3
areas principais. Care delivery, support
delivery e infraestruturas. Poderamos
contar com 30 projetos principais.
Contudo, se contabilizarmos que a
quantidade de projectos desta organizao
no so medidos pelo seu nvel de
concluso mas sim pelo nvel de maturidade adquirido aps terem entrado
em produo, posso deduzir que s o
projeto de desenvolvimento interno do
Processo Clinico Eletrnico se
desmultiplicaria em aproximadamente
mais 15 a 20 projetos uma vez que alm de
cobrir umas 20 especialidades mdicas
distintas, qualquer alterao pode ter
impato direto nas operaes num universo
de mais de 500 profissionais de sade.
6* Abrem concurso para todos os
projectos que iniciam?
O Hospital Fernando Fonseca E.P.E.,
segue os procedimentos legais previstos na
contratao publica. O Decreto lei N149
de 2012 revoga a possibilidade das EPEs j no poderem utilizar o cdigo at ao
limiares comunitrios em vigor. O que
significa que a legislao bsica da
contratao publica (DL 18/2008), obriga
a formalismos prvios a partir de compras
superiores de 5.000 e formalismos posteriores onde a consulta a vrios
3
fornecedores, como a abertura de
concursos so procedimentos obrigatrios.
7* Quantos projectos correm em mdia
em simultneo?
O nmero mdio de projectos principais a
decorrer em simultneo superior a 30.
8* Qual o oramento anual que
possuem para TI?
O oramento estimado para 2013 era na
ordem de 1m. Contudo, e a juntar necessidade de conteno absoluta junto
dos objectivos delineados pelo ministrio
da sade, tal como as directivas de
racionalizao da administrao pblica,
no executamos 50% deste valor.
9* Esse oramento aumentou ou
diminuiu face a 2013? Quanto?
A tendncia do oramento para diminuir,
ou no melhor dos cenrios ficar igual.
10* Desse montante qual o valor
destinado a OPEX e a CAPEX?
Em anos anteriores por regra 60% era
destinado a CAPEX. Atualmente j s
conseguimos executar OPEX, para
garantir a sustentabilidade de servios e
operaes. O valor em CAPEX executado
aproximadamente 10% do oramento
total.
11* Quais os ltimos trs projectos de
TI que desenvolveram? Pode explicar o
que fizeram em cada projecto e para
que serviu cada iniciativa?
Os trs dos ltimos projetos de TI que
foram desenvolvidos na organizao
foram:
::Informatizao Clinica Transversal -
procurou-se fechar o ciclo do doente com
uma nica e transversal plataforma de
apoio prestao de cuidados
especializados, normalmente denominado
de Projeto da pirmide impossvel, com custos rudimentares, para a dimenso do
projeto, e capaz de cuidar melhor e gerar
eficincia nas operaes entre todas as
especialidades do hospital, reduzindo
custos e preservando cada vez melhor a
informao clnica do doente e a
continuidade nos seus cuidados.
:: Projeto de Interoperabilidade global -
Atravs de uma nica camada de software
de middleware, agregador de todo e
qualquer meio de conectividade entre as
aplicaes de care delivery e da
componente administrativa, realizou-se
alm da conectividade interna entre
sistemas e equipamentos, tambm a
ligao Plataforma de Dados de Sade
nacional, e a ligao internacional ePSOS
(europeu), viabilizando assim que
qualquer outro hospital nacional ou
europeu, possa aceder, no mbito da
prestao de cuidados de sade, e com
mecanismos de segurana e privacidade
assegurada, a elementos clnicos dos
doentes to importantes como: relatrios
de imagiologia de todas as especialidades
produtoras de imagem mdica; anlises de
laboratrio, diagnsticos, triagem de
doentes, alergias, receitas de
medicamentos, dados de ECGs, notas de
altas mdicas, notas de alta de
enfermagem , registos para o exterior
(Consulta, Internamento, Urgncia),
registos de altas da Urgncia e protocolos
cirrgicos.
::Plano de Continuidade de Negcio Estabelecimento e adopo de politicas,
procedimentos e mecanismos, atravs de
meios informatizados redundantes, e em
4
offline, para suporte a um plano global de
continuidade de negcio no caso de quebra
total ou parcial dos sistemas de
informao.
12* Que projectos de TI esto a
desenvolver actualmente? Pode explicar
o que esto a fazer em cada projecto e
para que serve cada iniciativa?
Tal como nos demos a perceber a
dimenso de projectos actualmente em
curso considervel e embora alguns dos
mais importantes j tenham sido listados,
devemos compreender que uma
organizao com uma dimenso que serve
cerca de 750.000 habitantes e que tende a
elevar no seu mximo expoente qualquer
actividade com base em meios
electrnicos, ter em curso no s a
evoluo de dezenas componentes de
software, como tambm outras iniciativas
de apoio e suporte actividade que no
so menos absorventes tais como:
Evoluo transversal da gesto de Identidades;
Armazns Avanados da Farmcia;
Desenvolvimento de Percursos Clnicos;
Balco nico do Utente;
Projecto de IT Service and Security Management;
Prescrio Nacional Eletrnica de Medicamentos;
Projetos de disponibilizao de informao a todas as plataformas
nacionais;
Upgrade e actualizao das suas instncias de ERP SAP;
Informatizao das suas Unidades de Cuidados Intensivos;
Informatizao da sua unidade departamental de Anatomia
Patolgica;
Informatizao da sua unidade departamental de Oncologia Mdica;
Sistema de radiologia integrado para outros MCDT (Gine, Neuro, Pneumo,
Oftal e Gastro);
Substituio do sistema administrativo de Admisso, Altas, Transferncias e
Facturao;
Substituio do seu sistema de recursos humanos e vencimentos.
13* Qual a vossa viso sobre o cloud
computing? Esto a olhar para essa
tecnologia?
Penso que se trata de um caminho
indeclinvel. E por isso, j a perspectivar
essa tendncia, desde 2009 que se
procurou converter toda a componente de
servidores e postos clientes em ambientes
virtualizados e edificando, nomeadamente
por questes de convergncia futura, um
Centro de Dados de reduzidas dimenses.
Como j se perspetivava a confluncia
para a cloud computing para a
administrao publica uma transio
quase orgnica e que no pode evoluir sem
que antes haja uma consolidao de base
de dados e servios, ao mesmo tempo que
os ambientes aplicacionais tm de ser
regenerados para arquitecturas e
plataformas para essa tecnologia. O Plano
global estratgico de racionalizao e
reduo de custos nas TIC, na
Administrao Pblica (PGERRTIC)
converge nesse sentido. Porm, data de
hoje cabe s instituies e nomeadamente
aos departamentos de TI, a viso e as
iniciativas necessrias para que no mnimo
edifiquem as suas Clouds Privadas seja de servidores, clientes e aplicaes de
negcio, posicionando-se desde j para
que na altura da grande onda dentro da AP, essa convergncia possa ser facilitada.
14* Em matria de big data, o que que
o Hospital Fernando Fonseca pode fazer
5
para melhorar o servio que presta?
Possuem algum projecto nesta rea?
Embora se esteja a procurar consolidar 3
anos de informao clnica para inferncia
e gesto em bloco de dados no sentido de
extraco de conhecimento, o hospital
ainda caminha para ter a sua
datawarehouse verstil, antes de poder
beneficiar de qualquer projeto orientado a
BIG Data.
15* As redes sociais so uma prioridade
para o Hospital Fernando Fonseca?
As redes sociais para a nossa organizao
no so uma prioridade mas sim uma
ferramenta de trabalho e divulgao
cientfica. Desde a Internet ou a rede de
socializao corporativa baseada em
sharepoint, at utilizao do facebook ou
LinkedIN, so alguns dos meios
colaborativos utilizados internamente entre
funcionrios ou no mbito da divulgao
de projectos, casos de estudo ou mesmo na
angariao de alunos e investigadores para
colaborar no mbito das tecnologias da
informao.
16* Quem lidera os investimentos nas
redes sociais e quem as gere, o
departamento de marketing ou a rea
tecnolgica?
O hospital no possui um departamento de
marketing. A divulgao cientfica
realizada normalmente pelo Centro de
Documentao e informao ou o Centro
de Investigao e Criatividade em
informtica, enquanto as divulgaes mais
generalistas so feitas pelo Gabinete de
Comunicao e Imagem.
17* Que poltica de uma poltica de
BYOD implementada?
Reconhecemos que o mundo mudou e a
plena necessidade de implementar
sistemas de MDM (Mobile Device
Management), seja para ambientes ios ou
windows phone, mas principalmente
android (por haver maior vulnerabilidade).
Temos estudado solues com a SYBASE,
AirWatch, Symantec entre outras, no
entanto mantemos a conteno de s
disponibilizar acessos sync email, para
ambientes mobile, at que o ecossistema
aplicacional necessite efetivamente de
mudar ou nossa infraestrutura j esteja
segura atravs de uma dessas camadas de
software.
18* Em que direco esto a evoluir
tecnologicamente e como pretendem
complementar a vossa infra-estrutura
tecnolgica? Que projectos de TI
pretendem desenvolver em 2014 e em
2015?
A convergncia procura dispensar o mais
possvel a componente das tecnologias e
crescer em matria de governao TIC
com servios e apoio na reengenharia dos
processos de negcio. Contudo, para alm
da eminente necessidade de fazer evoluo
a mais do que 50% das solues em
produo, eu diria que 2014 e 2015 ser
certamente um perodo em que
contaramos com:
projetos de mining e explorao avanada de dados clnicos;
migrao de Infraestrutura de rede de dados;
projectos para a gesto de risk IT;
sistemas de controlo convergncia de BYOD;
19* H alguma tecnologia, sistema,
servio ou aplicao que gostaria de
implementar e que no encontra no
mercado nacional?
6
Os projectos que so desenvolvidos no
Centro de Investigao e Criatividade em
Informtica (www.ci2.pt), so iniciativas
lanadas em que por regra geral no se
encontram no mercado, ou ento
percebemos que so impossveis de
sustentar e/ou adaptar.
20* Como v o mercado nacional de TI?
Revejo o mercado das TI de forma
preocupante. necessrio, seno urgente a
sua revitalizao. Temo no entanto pelas
pequenas empresas. Aquelas que
normalmente considero serem as mais
geis, criativas, com custos para os
clientes financeiramente mais interessantes
e quando vistas numa long tail seriam as revitalizadoras de uma economia mais
sustentvel e equilibrada para o nosso
mercado de TI. Os constrangimentos
oramentais, quase que tm convidado as unidades pblicas mais dinmicas, a
incorporarem iniciativas de software-
house, diminuindo a necessidade de
recurso a bens e servios externos. Esta
tendncia pode ser arriscada e com efeitos
nocivos a longo prazo, principalmente
sobre as peas de software no qual podem
vir a ser condicionada a sua manuteno,
evoluo e escalabilidade.
21* Que conselhos daria a outro CIO?
Pelo que revejo em muitas das iniciativas
(ou falta delas) por esta comunidade de
colegas, eu teria 9 conselhos a dar a outro
CIO.
::Mude de atitude
Antes de si pense nos outros e na
organizao. Seja humilde e simptico,
divertido, tolerante e paciente. No se
foque no dinheiro e d mais do que recebe
pois s assim marcar a diferena e em
tudo o que mexer vai conseguir deixar
uma arte final. Estude sempre, a vida
inteira sem parar e leve consigo a sua
equipa e vai ver que ter um distinto
retorno.
:: Nunca receie em ser substitudo
(prepare o caminho para esse efeito)
Quanto sentir que j no consegue dar
mais, est limitado seja por cansao,
incapacidade ou desgastado pela rotina, e
que a sua organizao tem a possibilidade
de incorporar outro elemento mais gil, em
seu lugar, deve partir de si a iniciativa. Se
possvel mude de funes internamente
onde seja bom e se sinta confortvel mas
facilite nessa transio, as organizaes
necessitam disso, no conseguimos ser os
melhores uma vida inteira.
:: O meu cliente tem sempre razo
Procure convencer-se de que o seu cliente
interno, mesmo o mais difcil, tem sempre
algum lado da razo. Ele a coerncia
para a sua existncia. Tenha um bom
jogo de cintura e um estomago de ferro. Muitos projectos no foram oportunamente bem sucedidos porque no
fomos hbeis em engenharia social nem a
dialogar com os keyusers.
:: No seja contra estratgias macro.
Seja influente nas mesmas
Todos achamos que somos e faramos melhor do que todos os outros. Seja na
negociao, na viso estratgica, na
gesto, etc.. No diga mal por dizer.
Acredite em primeiro lugar que podemos
ainda no ser melhor do que os outros. Se
por acaso vive na rvore, lembre-se que
mais difcil ver toda a floresta, por isso
Influencie no bom sentido e se acha que a
estratgia global est correta, contribua
7
para a melhorar, seno, facilite a sua
passagem e influencie na orientao.
:: Resilincia sem limites
Ganhe resilincia e no olhe a meios
diplomticos ou estratgias francas para
conseguir as coisas. Se for para o bem
comum, ter certamente foras para o
fazer. Seja arrojado e arrisque se acredita
no que est a fazer, nem que tenha de ser
repreendido superiormente. Lembre-se!
Feito melhor do que perfeito.
:: Seja rpido e simplifique
No perca tempo com demasiados
detalhes, simplificar e rapidez a palavra
de ordem. Trabalhe duro. No deixe o que
no gosta de fazer para depois, pois vai
ressentir isso na sua gesto.
:: Promova e d as melhores condies
sua equipa. Viva como eles.
Se acha que so exageradas, liberte-se das
mordomias do gabinete grande, do ar
condicionado, da gravata e do exerccio de
poder. Promova todos os que trabalham
consigo, obrigue-os a estudar. Procure
com todas as foras contratar para junto de
si os melhores do mundo e desafie-os para o superarem. Aprenda com eles e
fique ainda melhor.
:: Arrisque mas nem tanto.
Faa muito com pouco dinheiro, e aposte o
melhor que puder nos parceiros
tecnolgicos. Podemos recriar nas nossas
organizaes e at nos procuramos
substituir a especialistas externos. Mas
lembre-se. Avalie o risco e no deixe que
as operaes crticas para o negcio da sua
organizao e a evoluo futura fiquem
dependentes, de escassos recursos
internos.
::Deferncia e estima pelos parceiros
tecnolgicos
nas empresas que se encontra o know-
how necessrio para as boas prticas de
gesto dos SI/TI. Um parceiro, que numa
determinada altura, nos parece
insignificante ou at inconveniente,
algures no tempo poder ter para ns um
valor inestimvel. Abusar, subestimar,
culpabilizar ou desconsiderar qualquer
empresa pode ser um erro estratgico.
Estes agentes so uma pea de suporte
essencial inovao e implementao
das TIC, para alm de se avalizarem como
seguros dando suporte a incidentes de
indisponibilidade de servios ou
assegurando planos de continuidade de
negcio.
22* O papel do CIO est a mudar
dentro das organizaes? O que se
procura junto de um CIO? Como sente
essa evoluo?
A adopo e a dependncia que cada vez
mais temos aos meios informatizados para
toda e qualquer actividade exercida dentro
das empresas transforma certamente a
dimenso e a exigncia no qual as
organizaes necessitam de se alinhar com
as TIC ou vice-versa. medida que esta
dimenso de gesto aumenta, j no
difcil encontrar uma nova gerao de
CEOs e de administradores em geral com
largas competncias e capacidades para o
exerccio de algumas das funes de um
CIO. Contudo, podemos sempre rever que
no contexto tradicional o CIO o
especialista que atravessou vrios estgios
de maturao TIC e que cada vez mais
obrigado a pensar em governao em vez
de gesto, deve focar-se na estratgia em
vez das operaes e desviar-se o mais
8
rapidamente possvel da engenharia para
pensar sobre a arquitectura de processos.