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pág. 12 Coronavírus (COVID-19) deixa a todos um difícil desafio e trava Sintra e o mundo Jornal de Sintra vai encerrar a sua actividade, no período sugerido pela Associação de Imprensa e pelo Governo. O nosso site www.jornaldesintra.com e facebook irão, dentro possibilidades existentes noticiando o que de mais importante se passando no concelho. Este será, portanto, o último número no período COVID-19. As nossas palavras de hoje são de profundo agrade- cimento ao Grupo de Médicos Internos de Medicina Geral e Familiar de Sintra que muito se têm empenhado na divulgação de medidas de Saúde através do Jornal. Englobamos no agradecimento todos os Profissionais de Saúde que generosamente estão em luta com a situação vivida em todo o País e que certamente deixaram marcas em toda a população mundial. pág. 8 pág. 7 pág. 5 Cultura Liberto Cruz – Uma figura da Cultura de Sintra pág. 9 Sociedade Os 50 anos do Liceu Nacional de Sintra Opinião A caminho de uma vida outra “não há planeta b” A vida efémera e o corona virús Desporto / BTT Sport União Colarense apresenta equipa para 2020 JORNAL DE SINTRA SEMANÁRIO REGIONALISTA INDEPENDENTE • DIRECTORA: IDALINA GRÁCIO DE ANDRADE • ANTÓNIO MEDINA JÚNIOR (fundador) e JORNAL DE SINTRA galardoados com a Medalha de Mérito Municipal (Grau Ouro) • PROPRIEDADE: TIPOGRAFIA MEDINA, SA Taxa Paga Portugal Sintra Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico ou papel. Publicações Periódicas Prioritário ANO 87 - N.º 4298• PREÇO AVULSO 0,60 (c/ IVA) SEXTA-FEIRA, 20 DE MARÇO DE 2020 PUB. Todas as actividades desportivas e recreativas no concelho de Sintra foram suspensas devido à pandemia do Crovid 19, nomeadamente o Troféu Sintra a Correr. A prova de Agualva-Mira Sintra agendada para o passado domingo, dia 15, foi cancelada. Outras se seguirão… págs.3, 4, 8, 13, 14, 16

JORNAL DE SINTRA Periódicas...El-Rei [D. Carlos], quando seguia anteontem à noite, de carruagem, da estação de Sintra para o Palácio da Pena, acompanhado pelo Senhor Capitão

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Page 1: JORNAL DE SINTRA Periódicas...El-Rei [D. Carlos], quando seguia anteontem à noite, de carruagem, da estação de Sintra para o Palácio da Pena, acompanhado pelo Senhor Capitão

pág. 12

Coronavírus (COVID-19) deixa a todosum difícil desafio e trava Sintra e o mundo

Jornal de Sintra vai encerrar a sua actividade, noperíodo sugerido pela Associação de Imprensa epelo Governo. O nosso site www.jornaldesintra.come facebook irão, dentro possibilidades existentesnoticiando o que de mais importante se passando noconcelho.Este será, portanto, o último número no períodoCOVID-19.As nossas palavras de hoje são de profundo agrade-cimento ao Grupo de Médicos Internos de MedicinaGeral e Familiar de Sintra que muito se têmempenhado na divulgação de medidas de Saúdeatravés do Jornal. Englobamos no agradecimentotodos os Profissionais de Saúde que generosamenteestão em luta com a situação vivida em todo o País eque certamente deixaram marcas em toda a populaçãomundial.

pág. 8pág. 7pág. 5

CulturaLiberto Cruz– Uma figurada Culturade Sintra

pág. 9

SociedadeOs 50 anosdo LiceuNacionalde Sintra

OpiniãoA caminhode uma vidaoutra

“não há planeta b”A vidaefémerae o coronavirús

Desporto / BTTSport UniãoColarenseapresenta equipapara 2020

JORNAL DE SINTRASEMANÁRIO REGIONALISTA INDEPENDENTE • DIRECTORA: IDALINA GRÁCIO DE ANDRADE • ANTÓNIO MEDINA JÚNIOR (fundador) e JORNAL DE SINTRA galardoados com a Medalha de Mérito Municipal (Grau Ouro) • PROPRIEDADE: TIPOGRAFIA MEDINA, SA

Taxa PagaPortugalSintra

Autorizado a circularem invólucro fechadode plástico ou papel.

PublicaçõesPeriódicas

Prioritário

ANO 87 - N.º 4298• PREÇO AVULSO 0,60 (c/ IVA) SEXTA-FEIRA, 20 DE MARÇO DE 2020

PUB.

Todas as actividades desportivas e recreativas noconcelho de Sintra foram suspensas devido à pandemiado Crovid 19, nomeadamente o Troféu Sintra a Correr.A prova de Agualva-Mira Sintra agendada para opassado domingo, dia 15, foi cancelada. Outras seseguirão…

págs.3, 4, 8, 13, 14, 16

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2 JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 20 DE MARÇO DE 2020

LENDAS E FACTOS LENDÁRIOS DE SINTRA

Miguel Boim

Muito mais haveria por dizer, maspoderá encontrar mais informações,vivências e referências, no livro“Sintra Lendária – Histórias e Len-das do Monte da Lua”, que tambémse encontra à venda no Jornal deSintra.

NA Estação de Sintra e... (2.ª parte)

a 1.ª parte do artigo A Estação deSintra e... falei de como o caminhode Lisboa a Sintra era feito no sé-culo XIX. Do ambiente desse,daquilo que se observava, de co-

mo as diligências (carruagens puxadas acavalo) saíam da Rua do Ouro, na Baixa, emdireção a Sintra, de como surgiu o termo BUSque utilizamos nos dias de hoje, e até comofuncionava um comboio monocarril – num

único carril, ao invés dos dois carris que ve-mos hoje em comboios, metro e eléctricos –que saía da zona próxima a onde hoje temos aestação de comboios de Entrecampos.

Também falei de como as coisas mudaramdesde o século XIX até aos dias de hoje emtermos de turismo, tendo abordado inclu-sivamente o termo tourist, surgido no iníciodos anos de 1800. E houve partes do turismo,cá em Sintra, que não mudaram, tendo porvezes apenas ficado escondidas para teremvoltado a aparecer nos últimos anos: nessesanos de 1800 já existiam guias que, com osseus serviços, abordavam os tourists, sendoassim uma parte importante do que Sintra foi,do que Sintra continua a ser.

Vimos ainda que, aquilo que para nós hoje éapenas uma estação de comboios, comnormais cidadãos no dia-a-dia, no passadorecebeu as pessoas que a maior parte dasgentes nos dias de hoje não imagina. E étambém isso que aqui veremos hoje. Mas nãoapenas a presença ou passagem dessas, masuma aventura que se deu, daí partindo.

E é isso que encontramos logo numa notíciado ano de 1893, publicada em Itália:

Ontem à noite o rei, regressando de umarepresentação teatral no palácio real em Sintra,surpreendeu um indivíduo que tentavacometer um homicídio. O rei e um seu oficialde ordenança prenderam o assassino commuita dificuldade. A pessoa ferida encontra-se em estado grave.

No entanto, se fizermos aquilo que na pes-quisa em História importante é – não nosficarmos por aquilo com que nos deparamose nos fascina – começamos a perceber que as

coisas não foram bem assim. Não no sentidode desmérito do Rei D. Carlos, nada disso;antes, em termos de como as coisas se deram.

No Reino Unido, enquanto Arthur ConanDoyle continuava a escrever os seus episó-dios de Sherlock Holmes – com as imagensdo sucedido em Sintra, tão ao seu estilo –, otelegrama da Reuters rapidamente se espa-lhou por jornais de várias cidades, chegandoaté Glasgow, os seus títulos variando: ACourageous King, em Coventry; A MurderPrevented by the King of Portugal,em Liverpool; em Londres, somente The Kingof Portugal; e como não podia deixar de ser,também o título The King of Spain and theAssassin, em Devon.

Mesmo na Escócia, em Glasgow, surgia osuave Rescue by the King of Portugal,falando da volta que o Rei tinha ido dar, dadificuldade em dominar o assassino, e na visitaque o Rei depois ao longo do dia seguintetinha feito à hospitalizada vítima.

E até no novo mundo, nos Estados Unidos –e mais precisamente na Los Angeles de então(muito diferente dos dias de hoje, massemelhante nos actuais pistoleiros) -, a notíciado assassínio tentado lá chegava, com o título:A King’s Heroic Act. Porém, não apenas aLos Angeles, pois no Connecticut encon-trávamos o título Bully for King Carlos – He

Fought and Overpowered a Big Ruffian, etambém Saved by the King na Pensilvânia.Notícias essas vibrantes, como já era ca-racterístico na personalidade norte americanade então, em que foram acrescentadospormenores que davam corpo de conto ànotícia.

Pode no entanto perguntar-se porque distofalo se em nada disto que acabei de escreveré mencionada a estação de Sintra. É aqui, emcasos como este, que não nos devemos ficarapenas pelo sentir do deslumbre que a Histórianos provoca, e que devemos ir mais fundopara ter mais detalhes – e assim mais compre-ender das pessoas que no passado viveram

na terra que pisamos, com diferentes neces-sidades, sentires e viveres.

Ao fazê-lo, encontramos de forma detalhada,aquilo que se passou – e ainda mais -, numapublicação portuguesa

El-Rei [D. Carlos], quando seguia anteontemà noite, de carruagem, da estação de Sintrapara o Palácio da Pena, acompanhado peloSenhor Capitão Malaquias de Lemos, foisurpreendido, próximo a São Pedro , por unsgritos de umas senhoras que estavam numajanela.

– Acudam, que estão matando um homem! –gritavam as aflitas senhoras.Ao mesmo tempo de uma valeta fronteirapartiam uns gemidos, e a voz de um homemque dizia:– Ainda hoje te hei-de matar.Nessa valeta lutavam dois indivíduos.Sua Majestade e o Senhor Malaquias deLemos saltaram da carruagem, correram parao local, conseguindo libertar das mãos doagressor o homem que este tinha prostrado.O desordeiro atirou-se ao Senhor CapitãoMalaquias, e derrubá-lo-ia se não é Sua Ma-jestade subjugá-lo com uma forte bengalada,obrigando-o a largar o seu oficial.Voltou o agressor à carga contra o SenhorMalaquias de Lemos, que se defendeu dan-do-lhe com os copos da espada. Finalmentefoi preso e entregue à polícia que o envioupara Sintra.El-Rei e o seu oficial viram depois o agredido,que estava em estado deplorável, e quecertamente sucumbiria na luta se não é aqueleauxílio providencial.

O malfeitor foi então levado para onde temoshoje, na Vila de Sintra, o posto de correiosdos CTT. Era aí que se situava a antiga prisãode Sintra. Olhando através das grades, oculpado veria no passeio defronte – onde sesitua a loja Artnis – ou o alpendre do antigomercado de Sintra, ou a demolição do mesmo,que ocorreu nesse ano de 1893.

A fonte de São Pedro, elaborada por RaulLino, que apareceria entre a populaçãoquatro anos depois dos Animais Ferozes(a falar em breve, e que se encontra noSintra Lendária) o terem feito, e quequinze anos depois era abençoada pelaneve. Fevereiro de 1944. Arquivo Pessoaldo Autor.

A estação de comboios de Sintra aguar-dando a chegada do rápido da tarde.1906. Arquivo Pessoal do Autor.

Um eléctrico da Praia das Maçãs (naépoca pintado de azul) passando pelaestação de comboios de Sintra, com ostáxis à direita. Primeiras décadas de1900. Arquivo Pessoal do Autor.

À direita, na actual porta fechada daestação de comboios de Sintra, o Rei D.Carlos e o Príncipe da Dinamarca. 1905.Arquivo Pessoal do Autor.

A estação de comboios de Sintra, porCazellas e João Ribeiro Christino da Silva.1887. Arquivo Pessoal do Autor.

Os noivos, D. Amélia, e D. Carlos, antesdo casamento, gravados por FranciscoPastor. 1886. Arquivo Pessoal do Autor.

Para a História de São Pedro – Vila nasmontanhas de Sintra, colada à Vila de Sintra,e na qual eu e o Gatinho residimos – fica umahistória da História na qual o Rei D. Carlos e oCapitão Malaquias conseguiram travar umassassinato.

Mas esta história da História mostra tambémque quem passou na estação de Sintra nãoforam simples cidadãos, como tambémmostrei – em palavras e em imagem – naprimeira parte deste artigo. E há que ter bempresente que na estação de Sintra não passamhoje apenas meros cidadãos: entre eles, hámuitos de nós que lá passam e que pretendemfazer o melhor pelas nossas vidas, pela nossacultura, pela nossa História, mesmo que todas

essas vontades sejam concretizadas emsilêncio, mesmo que todas essas vontadessejam concretizadas no auto-reconhecimentodas nossas vidas, que a nós nos traz a maiorfelicidade e realização.

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3JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 20 DE MARÇO DE 2020

SOCIEDADE

DIRECTORAIdalina Grácio de Andrade (TE-596 A)[email protected]

REDACÇÃOPaulo Aido (CPJ n.º 1613 A)Bernardo de Brito e Cunha (CPJ n.º 1425 A)Graça PedrosoCulturaFilomena Oliveira, João Cachado, Luís Martins,Sérgio Luís de Carvalho, Afonso Almeida BrandãoOpiniãoJoão CachadoJosé Jorge LetriaHistória LocalF. Hermínio Santos, Miguel BoimDesportoAntónio José, Ventura [email protected]

Av. Heliodoro Salgado, n.º 6, 2710-572 SINTRATelef. 21 910 68 31 / 30Telem. 96 243 14 [email protected]

GRAFISMOJosé Manuel FigueiredoPAGINAÇÃOPaula [email protected]

LOJA / COMERCIAL / PUBLICIDADECristina Amaral (Loja)[email protected]. 21 910 68 30 (Loja)

ASSINATURASCristina AmaralTelef. 21 910 68 [email protected] Anual (15,10 euros)Assinatura - Estrangeiro (20,00 euros)Preço avulso (0,60 euros)DISTRIBUIÇÃONuno Pedro Marta (Colaborador)

JORNAL DE SINTRATIPOGRAFIA MEDINA SAAv. Heliodoro Salgado, n.º 6, 2710-572 SINTRAwww.jornaldesintra.com

Impressão na Empresa GráficaFunchalense, SARua da Capela Nossa Sra. da Conceição, 50- Morelena - 2715-028 Pero PinheiroTelef. 21 967 74 50

PROPRIETÁRIO E EDITORTIPOGRAFIA MEDINA, S.A.COM O CAPITAL SOCIAL DE 50.000,35 EurosNIPC - 501087036 - Conselho de Administração:Idalina Grácio de Andrade, Maria MadalenaAlegre Miguel, Maria da Graça da Costa Pedroso

Mesa da Assembleia Geral – Francisco HermínioPires dos Santos e Vanessa Alexandra LopesSilvestre

Detentores de mais de 10% do capital daempresa – Idalina Grácio de Andradee Veredas – Cooperativa Cultural de Sintra CRL.(Em processo de extinção)

ESTATUTO EDITORIALO Estatuto Editorial do Jornal de Sintra foipublicado em 7 de Janeiro de 1934, mantendo-seinalterável. Encontra-se disponível paraconhecimento público na páginawww.jornaldesintra.com

REGISTO N.º 100128Tiragem média: 6.000 exemplaresDepósito Legal n.º 371272/14

Os artigos assinados são da responsabilidadedos seus autores. As opiniões expressas nosmesmos não são, necessariamente, a opinião dadirecção e da redacção.

JORNAL DE SINTRA

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESADA IMPRENSA REGIONAL

O Conselho de Ministros aprovou um conjunto de medidas extraordinárias ede caráter urgente de resposta à situação epidemiológica do novo Coronavírus– COVID 19.

Atendendo à emergência de saúde pública de âmbito internacional, declaradapela Organização Mundial de Saúde no dia 30 de janeiro de 2020, bem comoà classificação do vírus como uma pandemia, no dia 11 de março de 2020,importa acautelar, estrategicamente, a previsão de normas de contingênciapara a epidemia SARS-CoV-2, e assegurar o tratamento da doença no ServiçoNacional de Saúde (SNS), através de um regime legal adequado a esta realidadeexcecional, em especial no que respeita a matéria de contratação pública e derecursos humanos.

Neste sentido, o Conselho de Ministros tomou um conjunto de medidas paragarantir o estado de prontidão do SNS:Regime excecional em matéria de recursos humanos, que contempla:(i) suspensão de limites de trabalho extraordinário;(ii) simplificação da contratação de trabalhadores;(iii) mobilidade de trabalhadores;(iv) contratação de médicos aposentados sem sujeição aos limites de idade.Regime de prevenção para profissionais do setor da saúde diretamenteenvolvidos no diagnóstico e resposta laboratorial especializada.Regime excecional para aquisição de serviços por parte de órgãos, organismos,serviços e entidades do Ministério da Saúde.Regime excecional de composição das juntas médicas de avaliação dasincapacidades das pessoas com deficiência.O Conselho de Ministros aprovou ainda medidas de apoio à proteção socialdos trabalhadores e das suas famílias:a atribuição de faltas justificadas para os trabalhadores por conta de outreme trabalhadores independentes que tenham de ficar em casa a acompanhar osfilhos até 12 anos;o apoio financeiro excecional aos trabalhadores por conta de outrem quetenham de ficar em casa a acompanhar os filhos até 12 anos, no valor de 66%da remuneração base (33% a cargo do empregador, 33% a cargo da SegurançaSocial);o apoio financeiro excecional aos trabalhadores independentes que tenhamde ficar em casa a acompanhar os filhos até 12 anos, no valor de 1/3 daremuneração média;o apoio extraordinário à redução da atividade económica de trabalhadorindependente e diferimento do pagamento de contribuições;a criação de um apoio extraordinário de formação profissional, no valor de50% da remuneração do trabalhador até ao limite do Salário Mínimo Nacional,acrescida do custo da formação, para as situações dos trabalhadores semocupação em atividades produtivas por períodos consideráveis;a garantia de proteção social dos formandos e formadores no decurso dasações de formação, bem como dos beneficiários ocupados em políticas ativasde emprego que se encontrem impedidos de frequentar ações de formação;a equiparação a doença da situação de isolamento profilático durante 14 diasdos trabalhadores por conta de outrem e dos trabalhadores independentesdo regime geral de segurança social, motivado por situações de grave riscopara a saúde pública decretado pelas entidades que exercem o poder deautoridade de saúde. Com esta alteração, os trabalhadores a quem sejadecretada, pela autoridade de saúde, a necessidade de isolamento profiláticoterão assegurado o pagamento de 100% da remuneração de referência durante

Comunicado do Conselho de Ministrosde 12 de março de 2020

o respetivo período;a atribuição de subsídio de doença não está sujeita a período de espera;a atribuição de subsídios de assistência a filho e a neto em caso de isolamentoprofilático sem dependência de prazo de garantia.O Conselho de Ministros aprovou ainda um conjunto de medidas destinadasa assegurar a mitigação dos impactos económicos, quer do lado do apoio àtesouraria das empresas quer da proteção dos postos de trabalho,nomeadamente através da criação de:linha de crédito de apoio à tesouraria das empresas de 200 milhões •;linha de crédito para microempresas do setor turístico no valor de 60 milhões• ;lay off simplificado: Apoio extraordinário à manutenção dos contratos detrabalho em empresa em situação de crise empresarial, no valor de 2/3 daremuneração, assegurando a Segurança Social o pagamento de 70% dessevalor, sendo o remanescente suportado pela entidade empregadora;bolsa de formação do IEFP;promoção, no âmbito contributivo, de um regime excecional e temporário deisenção do pagamento de contribuições à Segurança Social durante o períodode lay off por parte de entidades empregadoras;medidas de aceleração de pagamentos às empresas pela Administração Pública;PT 2020:i) Pagamento de incentivos no prazo de 30 diasii) Prorrogação do prazo de reembolso de créditos concedidos no âmbito doQREN ou do PT 2020.iii) Elegibilidade de despesas suportadas com eventos internacionais anulados.incentivo financeiro extraordinário para assegurar a fase de normalização daatividade (até um Salário Mínimo por trabalhador).reforço da capacidade de resposta do IAPMEI e do Turismo de Portugal naassistência ao impacto causado pelo COVID-19.prorrogação de prazos de pagamentos de impostos e outras obrigaçõesdeclarativas.O CM decidiu ainda tomar diversas medidas de organização e funcionamentodos serviços públicos e outro tipo de estabelecimentos:a suspensão de todas as atividades letivas e não letivas presenciais nasescolas de todos os níveis de ensino a partir de segunda-feira dia 16 demarço;a organização dos serviços públicos, nomeadamente o reforço dos serviçosdigitais, o estabelecimento de limitações de frequência para assegurarpossibilidade de manter distância de segurança e a centralização de informaçãoao cidadão sobre funcionamento presencial de serviços;a aceitação, por parte das autoridades públicas, e para todos os efeitos legais,da exibição de documentos cujo prazo de validade expire durante o períodode vigência da presente legislação ou nos 15 dias imediatamente anterioresou posteriores;a restrição de funcionamento de discotecas e similares;a proibição do desembarque de passageiros de navios de cruzeiro, exceto dosresidentes em Portugal;a suspensão de visitas a lares em todo o território nacional;os centros comerciais e supermercados vão estabelecer limitações defrequência para assegurar possibilidade de manter distância de segurança.Finalmente, o MAI e MS vão declarar hoje o estado de alerta em todo o País,colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança emprontidão.

Na sequência do Estado de Alerta em Portugal e as consequentes medidasaplicadas devido ao surto de coronavírus, em particular no que toca ànecessidade de garantir que são seguidas as recomendações da Direçãogeral de Saúde relativas à concentração de pessoas, foi decidido, sexta-feira,dia 13 de março, numa reunião entre o presidente da Câmara Municipal deSintra, Basílio Horta, a Fundação Cultursintra e a Parques de Sintra Monte daLua, o encerramento imediato da Quinta da Regaleira, Parque e Palácio Nacionalda Pena, Castelo dos Mouros, Palácio Nacional de Sintra, Palácio Nacional eJardins de Queluz, Parque e Palácio de Monserrate, Chalet e Jardim daCondessa d’Edla e Quinta da Ribafria, tendo em conta a afluência econcentração de pessoas no espaço público envolvente e no interior dosmesmos.

Monumentos de Sintra encerrados

foto arquivo/jornal de sintra

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4 JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 20 DE MARÇO DE 2020

SOCIEDADEPUB. JORNAL DE SINTRA, 20-03-2020

UNIÃO DAS FREGUESIAS DE SINTRA(SANTA MARIA E SÃO MIGUEL, SÃO MARTINHO

E SÃO PEDRO DE PENAFERRIM)

EDITAL N.º 07/UFS/2020

Manuel Fernando Alves Pereira, Presidente da Junta de Freguesia da União das Freguesias deSintra (Santa Maria e São Miguel, São Martinho e São Pedro de Penaferrim).FAZ PÚBLICO, nos termos do n.º 2 do art.º 31 do Regulamento do Cemitério de Nossa Senhoradas Graças, e para cumprimento do disposto no n.º 1 do art.º 56 da Lei n.º 75/2013, de 12 desetembro, ficam notificados os interessados com familiares inumados em sepulturas temporáriasno Talhão Norte e Sul, cujo prazo de inumação já se encontra ultrapassado, que deverão no prazode 10 dias, a contar da data da publicação do presente edital, requerer na Delegação desta Autarquia,sita na Calçada de S. Pedro, 58 – São Pedro – Sintra, no horário (9h00-12h30-14h00-17h30), aexumação das ossadas, e informar do destino a dar às mesmas, bem como o destino a dar àscantarias e/ou ornamentos se existirem.Decorrido o prazo fixado, sem que os interessados promovam qualquer diligência, consideram-seas mesmas abandonadas, podendo a União das Freguesias de Sintra, utilizar as sepulturas parafuturas inumações, conforme estipulado no n.º 4 do artigo 31.º do citado Regulamento.

Maria Luísa Alves S.S.M.R.Cancela 05/01/2011 303Carlos Nunes Ferreira 18/01/2011 304Maria Cândida Loureiro Diogo José 28/01/2011 305Artur Gonçalves Prudêncio 12/03/2011 306Emília de Oliveira Marques Carvalho 25/03/2011 308Ester da Conceição 27/03/2011 309Maria de Jesus Varão 07/04/2011 310Maria Fernanda Barreira Facote 11/04/2011 311Maria de Jesus Lopes 25/04/2011 312Emília Lopes dos Reis 06/05/2011 313Vitória Maria Rodrigues 07/05/2011 314Maria Joana Vinhinha Cardoso Marques 04/06/2011 315Manuel Eduardo Maria Nunes 17/06/2011 316António dos Santos Vicente 28/06/2011 317Lucinda Rodrigues da Silva Costa 09/07/2011 318Fernando Manuel dos Santos Jorge 23/07/2011 319Maria de Ramos Fortes 24/07/2011 320Ana do Carmo Pereira 31/07/2011 321António Lopes 11/08/2011 322Maria Ludovina Martins Caseira 23/08/2011 323Fernando Adão Nunes da Silva Eva 28/08/2011 324Encarnação Benvinda dos Reis Escobar 07/09/2011 325Ana Bernarda Ramos 14/09/2011 326Zulmira da Costa Reis de Jesus Costa 23/09/2011 327Rosinha Maria Vitorino dos Santos 24/09/2011 328Olena Denysenko 07/10/2011 329Albertino Batista Marques 11/10/2011 330Maria Augusta Pereira 11/10/2011 331Maria José Lourenço André 22/10/2011 332Manuel Gomes Ferreira dos Santos 13/11/2011 333Maria José Vinha 24/11/2011 334Isabel de Lurdes de Jesus 26/11/2011 335

TALHÃO SULDavid Alves 01/12/2011 1Ana Rosa Carola Lopes 12/12/2011 2

Para constar se lavrou o presente Edital e outros de igual teor que serão afixados nos lugares de estilo.

Rua Câmara Pestana, n.º 29/A/B - 2720-546 Sintra • Telf: 219100390 Fax: [email protected]

TALHÃO NORTE

N.I.DATA DE ENTERRAMENTONOME

A declaração de pandemiamundial provocada peloCOVID-19 veio expor emPortugal as fragilidades donosso país, como conse-quência das políticas dedireita executadas pelo PS epelo PSD/CDS nos últimos30 anos que fragilizaram oSNS. Encerraram-se hos-pitais, fecharam-se centros desaúde, não se contratarammédicos, enfermeiros e ou-tros profissionais de saúde,apostando-se no desenvol-vimento de uma rede privadade hospitais que agora serecusam a enfrentar estapandemia. Os sucessivos governosPSD/CDS-PP/PS negaram e,continuam, a negar a cons-trução de um hospital públi-co, de gestão pública, emSintra, forçando os seus400.000 habitantes a deslo-carem-se ao Hospital Ama-dora-Sintra e ao Hospital deCascais, que se encontramdesde há vários anos emruptura por incapacidade deresposta ao universo deutentes que utiliza estas duasunidades. Acresce ainda queem recentes casos de rupturadas urgências, os utentesforam encaminhados para oshospitais de Santa Maria e S.Francisco Xavier, em Lisboa.

Para a construção de um hospitalpúblico em SintraConcelhia de Sintra do PCP defende Hospital Público com 300 camas

Encerra àQuinta-feira

Avenida Miguel Bombarda, 3-A2710-590 SINTRA – Telef. 219 231 804

Snack-Bar, Restaurante

Especialidadesda casa:

– Arroz de Tamboril

– Açorda de Marisco

– Bacalhau à Apeadeiro

– Escalopes à Archiduck

– Bifes à Café

– Arroz-Doce

– Taça do Chefe

O PCP defende, há mais de 20anos, a construção de umHospital Público, com gestãopública, de plataforma B (300camas de internamento), noconcelho de Sintra, tal comoestá previsto no plano dis-trital de cuidados de saúde. O COVID-19 veio expôr as fra-gilidades do SNS e a neces-sidade de construção de umverdadeiro hospital e não ologro escondido no nome de“hospital de proximidade”que o Governo PS, o PS-Sintra/Basílio Horta, o PSD/CDS e o Bloco de Esquerdadefenderam nas últimaseleições autárquicas pro-curando dividendos políti-cos. Apenas o PCP teve acoragem de denunciar estamentira e votamos contra aconstrução do “Hospital deProximidade” com 60 camasde convalescença, sem todasas valências hospitalaresprioritárias (por exemplo:maternidade-obstetrícia!). Esta solução de mini-hospitalbeneficia os grupos privadosde saúde que investiram naconstrução de equipamentosno concelho, como é o casoda Cintramédica, da CUF e daTrofa Saúde (em processo delicenciamento). O PCP considera que é noSNS que os portugueses têm

a solução para os problemascausados pela epidemia viral,e por isso exige do Governosoluções que passam peloreforço da estrutura de saúdepública fundamental nadirecção do combate aosurto; pelo aumento dofinanciamento para fazer faceàs necessidades de investi-mento dos serviços; pelacontratação de mais profis-sionais agilizando o processode contratação; pela reaber-tura de camas entretantoencerradas. Em Sintra, contra o PS, o PSD/CDS e o Bloco de Esquerda,continuaremos a denunciar ologro que é o hospital deproximidade, que mais não édo que um serviço de urgên-cia de dimensão média, e aexigir um hospital público,com 300 camas de interna-mento e com todas as valên-cias de uma estrutura deplataforma B.

PUB. JORNAL DE SINTRA, 20-3-2020

ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROSVOLUNTÁRIOS DE QUELUZ

REUNIÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA-GERALC O N V O C A Ç Ã O

Nos termos do disposto na alínea a) do art.º 19.º, capitulo III dos Estatutos, convoco a AssembleiaGeral da ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DEQUELUZ, a reunir em Sessão Ordinária, na Sede Social, em Queluz, na Rua D. Pedro IV n.º 1, nodia 25 de Março, pelas 20.30, com a seguinte Ordem de Trabalhos:APRECIAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DO BALANÇO, RELATÓRIO E CONTASDA DIRECÇÃO E PARECER DO CONSELHO FISCAL, REFERENTES AO EXERCÍCIODE 2019Conforme determina o n.º 1 do art. 22.º dos Estatutos, se à hora marcada não estiver presente amaioria legal dos sócios com direito a voto, a ASSEMBLEIA-GERAL reunirá, em segundaconvocação, meia hora depois, com qualquer número de sócios presentes.

QUELUZ, 05 de Março de 2020O VICE-PRESIDENTE DA MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL

Amável Jesus Ramos Tenera

NOTA: O relatório e contas encontra-se à disposição dos Associados na Secretaria de Direcção apartir do dia 18 de Março, pf.

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5JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 20 DE MARÇO DE 2020

SOCIEDADE

O Teatro Politeama informa quedevido à situação que o paísatravessa com o COVID-19 iremoscancelar todas as sessões doespectáculo “A Rainha da Neve” atéao final do mês de Março.Por este motivo pedimos acompreensão de todos e em brevedaremos notícias.Obrigado pela atenção.Comunicação| Teatro Politeama

“A Rainhada Neve”cancelado

im, gostei muito doLiceu de Sintra, por-que estava apaixo-nada…” disse-me aCarla.

(50 anos do Liceu de Sintra)

Carla Vasconcelos: de papelem papel, sem medos…

“SEla que, proximamente, se passará achamar Gisela Goulart e que an-teriormente se chamou Rosa Ro-meiro de Santa Barbara. Já ganhoua vida alugando quartos e explo-rando um bar de praia, ou dandoinjecções com a sua amiga PaulaLobo Antunes. Um dos seus horá-rios favoritos foi 5 para a Meia-Noite, talvez por ser noctívaga.Os seus amigos conhecem-na porCarlota mas, geralmente, referimo-nos a ela como Carla Vasconcelos,que já entrou em casa de Portugalinteiro em horário nobre e não nobre,consoante a faixa etária dos teles-pectadores que ligam o televisor.E adianta a nossa camaleónica ami-ga: “Estava apaixonada e continuoapaixonada. Era no Liceu de Sintraque tinha o meu namorado e aindatenho… O liceu, o sítio, a serra, asfolhas… Faltava às aulas para ir paraa serra, para subir e descer a serra, anossa serra é única, pelas folhas,pela cor, pelo cheiro.” E continua:“Quando vivia em Nova Iorque(enquanto frequentou o One YearProgram no American ComedyInstitute sob a orientação de Ste-phen Rosenfield) a minha mãe disse-me uma vez que a serra estava aarder e não consegui acabar o tele-fonema, desatei a chorar convul-sivamente, porque onde estava nãoconseguia fazer nada. Lembro-mede uma vez, quando vivia no Alguei-

rão, numa noite à janela a ver a serraa arder com o meu padrinho que naaltura estava comigo, a dizer-mecomo é que um espectáculo podiaser tão belo e agonizante e destrui-dor… é isso é único.”Sim é ela mesma, a imensa actriz(formou-se na Comuna – Teatro dePesquisa sob a orientação de JoãoMota e esteve posteriormente naEscola de Teatro e Cinema – Con-servatório Nacional), que frequen-tou o Liceu de Sintra. Os mais novosconheciam-na como Maria da Con-ceição, a Papoila dos Morangoscom Açúcar, papel que lhe valeu osmais diversos elogios e a obrigou atrilhar o sucesso, os mais velhos eassíduos na cusquice das novelasda noite, arrepiavam-se quando emSanta Bárbara a enfermeira Rosamatava meio elenco mas, papéis àparte, Carla reconhece que “terandado na Portela foi muito impor-tante” para ela… “Pelos amigos quearranjei e que ainda hoje são meus

amigos, a gente da minha turmacontinua ligada a mim, continuo como mesmo namorado, hoje é namorido(e pais da linda Matilde), com o meumelhor amigo que é o meu cunhadoe os professores que apanhei… oAlvim, por exemplo, que foi meuprofessor de teatro… Um dia está-vamos a ensaiar um texto doAntónio José da Silva “o judeu” eele chamou-me à parte e disse-mepara ir fazer teste à Comuna e dizerao João Mota que tinha sido ele aaconselhar-me a ir, mas eu não liguei,queria era estudar línguas, Grego porexemplo.”Até que um dia descobriu a impor-tância do Liceu na sua vida: “Estavana fila para me matricular na Uni-versidade Nova e havia muita genteà minha frente e, para matar o tempo,peguei nuns papéis que estavamnum escaparate e de repente donada, encontro um que informavaque estavam abertas as inscriçõespara o curso de teatro da Comuna…

Lembrei-me do Alvim, pensei que aPraça de Espanha era já ali e fui, atéhoje tenho feito da representação aminha vida, de facto o liceu de Sintramudou a minha vida…”E recorda uma cena caricata… “Umdia, no final do ano lectivo chegueia minha casa e disse à minha mãe,‘gosto tanto do Liceu de Sintra queresolvi repetir o nono ano’. A minhamãe nem sabia o que havia de dizer,nem reacção teve… e foi esse oúnico ano que reprovei.”“Claro que vou à festa, estou mor-tinha para reencontrar pessoas quenão vejo há muito tempo e a quemme encontro ligada ainda. Levo oCarlos, meu companheiro de sempree co-autor da obra-prima Matilde,linda menina de 6 anos”, pelo menosnum dos dias. “Ele é mais intro-vertido do que eu, mas tenho acerteza que quer ir para ver os seusamigos, para estar com eles. E secalhar levo também a minha mãe,vamos ver…”Em Junho vai segura da diversão,dizem-lhe Levanta-te e Ri, encon-trará os seus Contemporâneos,como ela Santos da Casa, dentrodo recinto da festa, não terá qual-quer Jardim Proibido e quando seaproximar dos 5 para a Meia-Noitenão brindará com a Senhora dasÁguas, talvez um tinto ou uma“bejeca” seja mais aconselhável. Eem vez de ser uma Doce Fugitivaestará certa que irá Amar Demais oreencontro, o beijo e o abraçodaqueles que não farão dos 50 anosdo Liceu de Sintra uma telenovela.

José Rosinha

Mais uma marca de prestígio queestará presente na Festa do Liceu!Os CTT estarão presentes com olançamento de uma emissão de umInteiro Postal Comemorativo e

Para mais esta jornada, André Rosinha, o jovemsintrense que será mais conhecido como o contrabai-xista de Salvador Sobral, de Júlio Resende ou de JoãoBarradas, mais do que propriamente como compositordas suas formações, teve a companhia do experientepianista João Paulo Esteves da Silva, uma das grandesreferências do piano português e até mesmo europeue do irreverente baterista Marcos Cavaleiro que desde2007 integra a Orquestra de Jazz de Matosinhos, quiçáa maior referência portuguesa de Big Bands e uma

André Rosinha Trio em disco e ao vivo em Sintra

CTT associam-se aos 50 Anos do Liceurespetivo carimbo. Acontecerá namanhã do dia 20 de Junho em hora aanunciar e o facto não só atrairá aolocal grande número de filatelistas,ao mesmo tempo que dará mais

dignidade, visibilidade e relevo àiniciativa, que para já se mostrainédita na história das escolasnacionais.Estuda-se, entretanto, a viabilidade

da realização de um posto de correioespecial, no local das comemo-rações, o que seria também umoutro motivo de curiosidade.

COVID-19:Elétricode Sintraencerrado

Com vista à contenção da pro-pagação do Coronavírus COVID-19,em Portugal, informa-se que seencontra suspensa a circulação doElétrico de Sintra.Agradecemos a vossa contribuiçãopara o esforço global de contençãodesta pandemia e esperamos re-tomar a nossa atividade breve-mente.

Fonte: CMS

foto: pm

das mais sonantes da Europa. O reportório do trio foipensado para este formato e escrito por André Rosinhapara estes músicos, não perdendo de vista a relaçãomusical e apetência por novas abordagens à música,com a capacidade de improvisação de cada um doselementos do trio.A 16 de Maio no Centro Cultural de Belém - Lisboa, oua 18 de Junho na festa dos 50 Anos do Liceu de Sintra,poderá ver ao vivo o trio.

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6 JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 20 DE MARÇO DE 2020

OPINIÃO

o passado fim desemana, durantetodo o dia de sába-do (07-03-20) rea-lizou-se, no ISEG,

Manuela Silva planeou, outros não quiserem aprender:uma lição para os dias de hoje

de Estado do Planeamento.Na Secretaria de Estado e doPlaneamento, para além daorgânica de Planeamento queimplementou, deixou-nos umvalioso Plano de Desenvol-vimento a Médio Prazo que,infelizmente, as instâncias po-líticas de então desvaloriza-ram, o que levou à sua de-missão. Depois disso nuncamais se voltou a falar de pla-neamento macroeconómicocom princípio meio e fim.Tentarei, mais abaixo, ensaiaruma explicação para que isso

tivesse acontecido. São, hoje,várias as figuras de progra-mação de políticas que utili-zam a designação de “planea-mento ou programa” (gran-des Opções do Plano, Planode Desenvolvimento Regio-nal, Programas Operacionais)que, de planeamento apenastêm o nome ou o aroma.

Porquê, hoje,o planeamento?Mas que relevância tem es-

tarmos, hoje, aqui, a falar deplaneamento? Para melhor ocompreendermos, tentemoscaracterizar o que é o planea-mento e depois ver porque éque voltamos ao assunto.Planear significa antecipar oque se prevê possa vir aacontecer no futuro, em razãodas nossas escolhas, ou decircunstâncias que não de-pendem de nós, e organizaros meios necessários paraque a sua realização possa vira acontecer, com o máximo deeficácia e eficiência. A neces-sidade de planearmos tantose coloca ao nível das reali-zações individuais, como doque pretendemos realizarenquanto sociedade.Há uma justificação adicionalpara a necessidade do planea-mento. No planeamento so-cioeconómico, a prossecuçãode objectivos comuns implicaque todos os que estão en-volvidos, quer com os obje-ctivos, quer com os meios,consensualizem, os objecti-vos que querem atingir e aforma de mobilizar os meiosnecessários à sua realização.A vida em sociedade é, ne-cessária e inevitavelmente,uma gestão permanente deinterdependências, que po-dem ter graus diversos, masnão deixam, por isso, de exis-tir. A imagem mais perfeita doque entendo ser a vida emsociedade é a do funciona-mento do corpo humano, emque tudo está ligado e depen-dente de tudo. O mau funcio-namento de um órgão, directaou indirectamente, tem con-sequências sobre o funcio-namento dos restantes, o quetem consequências sobre asobrevivência do conjunto. Aanálise sistémica desde hámuito que nos alertou eensinou que assim é.

A construçãode infraestruturasEntre as componentes essen-ciais de uma vida em socie-dade encontra-se a constru-ção de infraestruturas, por ex.um aeroporto, um porto, umterminal de contentores, uma

linha ferroviária, as estradase autoestradas, etc. Poderá adecisão sobre a construçãode qualquer destas infraes-truturas ser tomada inde-pendentemente das decisõesque são implementadas sobreas restantes?O que fica dito, atrás, mostrabem que não. Mais clara-mente o mostram, as polé-micas que temos visto surgirem torno da construção doaeroporto do Montijo, do ter-minal de contentores do Bar-reiro, da infraestruturaçãoferroviária do país e tantosoutros. O que pode justificarque se tenha chegado a umponto em que os principaisdecisores políticos actuamcomo que independente-mente uns dos outros? Oexercício do planeamentoteria permitido estabelecercoerência entre as váriasiniciativas.

A destruiçãoda orgânicade planeamentoe do capitalde conhecimentoadquiridoAcontece que o planeamentofoi, propositada e irrespon-savelmente, arredado dosnossos horizontes, enquantoindispensável instrumento deracionalidade das decisõespúblicas.Vários têm sido os argumen-tos avançados para o jus-tificar:– Num mundo em mudança eincerteza permanente, a exis-tência do planeamento ape-nas serve para criar rigidezesque dificultam a necessidadede grande flexibilidade noajustamento das várias deci-sões a ser tomadas; o argu-mento é falso; a incerteza e amudança são as razões prin-cipais para a existência do pla-neamento; por isso o planea-mento sempre foi caracte-rizado com processo deredução de incertezas;– O planeamento é um resquí-cio do funcionamento de

economias de direcção cen-tral que. como está mais queprovado, caiu em colapso;aos que assim argumentamapenas podemos chamarignorantes; enquanto existiaplaneamento de direcçãocentral, existia, também, e comcaracterísticas completamen-te diferentes, o planeamentonas economias de mercado.Vale a pena perguntar, se asfamílias e as empresas pla-neiam a sua actividade, quevírus estranho é que pode im-pedir que tal não possa acon-tecer no âmbito das decisõespúblicas? Há uma explicaçãoque tem características degrande mesquinhez.A experiência portuguesa deplaneamento, embora muitorica, se excluirmos o PlanoManuela Silva, construiu-seainda antes do 25 de abril.Porque é que não continuoua desenvolver-se com meto-dologias próprias dos novostempos.Tenho uma explicação. Osurgimento de novos actorespolíticos, económicos esociais fez que cada um delesquisesse construir o seu pró-prio protagonismo, indepen-dentemente das condicio-nantes que o planeamentolhes poderia impor. Por isso,de forma determinada, se deuinício à destruição de toda aorgânica de planeamento, nosvários ministérios e, por essavia, também, a desqualifica-ção da máquina do Estado.Quem ganhou com isso?Para além da falsa liberdadecom que se dotaram os go-vernantes, ganharam os ga-binetes privados de proje-ctistas, de advogados, deengenheiros de arquitectos,etc. Muitos anos serão ne-cessários para recuperar oque perdemos, mas enquantotal não for conseguido, odesperdício de recursos e aineficiência colectiva terãocampo aberto para continua-rem a manifestar-se. Osportugueses continuarãomais pobres.

Manuel Brandãoin A Areia dos Dias

CERTIFICADO

CERTIFICO, para fins de publicação, que por escritura de doze de março dedois mil e vinte, iniciada a folhas sessenta, do Livro de Notas para EscriturasDiversas número quatro, deste Cartório, foi lavrada uma escritura dejustificação, na qual: a) ALMERINDA CLEMÊNCIA PEDROSO FERREIRA, casada, natural dafreguesia de Almargem do Bispo, concelho de Sintra, e aí residente na Rua da Sociedade, n.º 2,em Negrais; b) OLÍVIA JOAQUINA CLEMÊNCIA, viúva, natural da freguesia de Almargem doBispo, concelho de Sintra e aí residente na Travessa das Tocas, n.º 5, em Negrais, declararamque são donas e legítimas possuidoras, em comum e sem determinação de parte ou direito, doprédio urbano de habitação, composto de casa de rés-do-chão com 103,40m2, com umlogradouro com 283,10m2, sito na Travessa das Tocas, n.º 5, em Negrais, concelho de Sintra,inscrito na matriz da união das freguesias de Almargem do Bispo, Pero Pinheiro e Montelavarsob o artigo 1353. Que este prédio enquanto tal não se encontra descrito na respectivaConservatória do Registo Predial, sendo certo que o terreno com 386,50m2, que constitui o seusolo e logradouro, faz ainda parte do prédio rústico com 1.000,00m2, denominado “Cerrado doMoledo”, sito em Negrais, concelho de Sintra, descrito na 2.ª Conservatória do RegistoPredial de Sintra sob o número 4104, da freguesia de Almargem do Bispo, e inscrito na matrizsob o artigo 146 da secção C, registado a favor de Olívia Joaquina Clemência e de Maria daConceição Antunes Fradique Raposo Simões e Irina Andreia Fradique Simões, em comum e semdeterminação de parte ou direito, por sucessão de Joaquina Maria. Que no entanto justificamo direito de propriedade sobre o identificado prédio urbano inscrito na matriz sob o artigo1353, invocando a usucapião como causa da aquisição do direito de propriedade sobre aqueleseu prédio, e que a parcela de terreno com 386,50m2 que constitui o seu solo e logradouro,deve ser destacada da referida descrição registal número 4104. (Qualquer interessadoque se sinta lesado nos seus direitos ao mencionado prédio deverá impugnarjudicialmente esta justificação, no prazo de trinta dias, após a publicação).

Está conforme. Cartório Notarial de Diovana Barbieri, sito na Rua João de Deus, n.º 23-A, Sintra.

Sintra, doze de março de dois mil e vinte.

Rua João de Deus, n.º 23-A, 2710-580 Sintra | Tel. 21 911 91 40 | Fax: 21 911 91 49Tlm. 92 762 37 66 | [email protected]

PUB. JORNAL DE SINTRA, 20-3-2020

Numa evocação da vida e obrade Manuela Silva, que se fi-nalizou com a atribuição pós-tuma, pelo Sr. Presidente daRepública, da Grã-Cruz da Or-dem de Instrução Pública.

A inspiraçãoForam muitas as facetas deManuela Silva que foram evo-cadas, sempre na perspectivado que elas dizem, para os di-as de hoje e para o futuro. Umadelas, que, porventura, temsido menos falada, foi a doplaneamento. Pela sua actua-lidade, importa, aqui, trazê-laà reflexão. Sobre o planea-mento, Manuela Silva deixou-nos inspiração através, so-bretudo, dos ensinamentosque deixou, no ISEG, na dis-ciplina de Teoria e Técnicasde Planeamento e do legadoque permanece, depois dasua passagem pela Secretaria

Manuela Silva

JORNAL DE SINTRAO SEMANÁRIO DO CONCELHOO SEMANÁRIO DO CONCELHOO SEMANÁRIO DO CONCELHOO SEMANÁRIO DO CONCELHOO SEMANÁRIO DO CONCELHO

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7JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 20 DE MARÇO DE 2020

OPINIÃO

Assim vai, assim vamosSintra, Portugal,Europa, Mundo – XLIIVítor Hugo Neto

“O Centro em Sintra/Tem sido assim há vários anos” é o títulona página 91 da revista E/A Revista do Semanário Expresso,de 14 de Março. Neste texto o enófilo enólogo João PauloMartins alude elogiosamente às já tradicionais iniciativas dedivulgação, promoção e conhecimento dos nobres, muito

nobres, inigualavelmente nobres vinhos da Madeira e do Portoprogramadas e realizadas pelo empresário sintrense Paulo Cruz no seuprestigiado estabelecimento Bar do Binho sito junto ao nosso Terreiro doPaço, vulgo Largo do Palácio da Vila.O redactor deste série de textos que mensalmente têm tentado muito maiselogiar (e agradecer) do que criticar (mesmo que construtivamente)participou já nalguns destes memoráveis eventos, com destaque para umespecialíssimo, de raro oportunidade e felicidade, intitulado nada menosque Quatro Século de Vinho do Porto. Sim, foi em Sintra que duas dezenasde privilegiados provaram Porto de finais do século XVIII (e no Douroainda há quem guarde algum), dos séculos XIX e XX e remataram a celestialdiacronia com uma novidade já deste terceiro milénio.Se tudo isto é prestar alto serviço a Sintra (que bem o merece) é também, enão menos, prestar serviço a Portugal (que bem dele necessita e igualmenteo merece), atendendo ao preocupante défice nacional no conhecimento econsumo dos nossos inigualáveis e identitários vinhos generosos oufortificados. Que país pode mostrar uma panóplia de néctares aristocráticoscomo a nossa de (ordem alfabético) Carcavelos, Madeira, Moscatéis ePorto?Entre as tarefas ou missões que impedem sobre os portugueses, cabe-nosassumir os nossos vinhos, património invulgar em “apenas” 93 000 km2de território. Em frente.

E ainda sobre Sintra, fique aqui também o registode possível, embora não para já, lesão ambientalde fundo geológico nas nossas magníficaspraias, por mor da prevista e já iniciada subidado nível médio das águas do mar. De Norte paraSul: S. Julião, Vigia, Samarra, Magoito, Aguda,Azenhas do Mar, Maçãs, Pequena, Grande,Adraga e Ursa, conjunto de onze no extremoocidental do maior maciço continental domundo, a Eurásia.Não faltam aos sintrenses motivos para júbilo epara cuidados.Mais a gosto para uns do que para outros, averdade é que estamos geograficamente eculturalmente na Europa, realidade a assumir egerir sem deixar de ter em conta a ubiquidade

ecuménica dos portugueses realizada ao longo de muito significativo eimportante elenco de séculos. É por isso recomendável a leitura de doislivros, um já com um quarto de século e outro já com década e meia:1) A Europa contada aos jovens, ediçãoGradiva / Público, do historiador Jacques LeGoff, texto vincadamente didático e pedagógicosem peso de tipo académico mas com ricasubstância. O espírito presidente é o da Europadas Pátrias, como não pode deixar de ser, semracismos nem xenofobias. Merece reedição, quetarda.2) A Ideia de Europa, Relógio de Água, 2017

para a versão portu-guesa, um trabalhointelectivo e emotivo,afectivo, do recente-mente falecido pensa-dor, verdadeiramente francês de nascimento enorte-americano de aculturação George Steiner.Longo e controverso pode ser, e é, o percurso daEuropa, mas nenhum continente, nenhuma culturagerou, em acidentado processo globel, tantasoutras culturas e civilizações. Nem sempre damelhor maneira, mas em balanço de maneiramundialmente determinante.Num mundo cada vez mais conflitualmente mul-

ticêntrico. Oxalá o quebra-cabeças não degenere em quebra-ossos.

A caminho de uma vida outraJoão Cachado

o desassossego provo-cado por esta perversapeste, afinal, que tipo desossego, que desertotomou conta das nossas

N

Em período de tanta conturbação, Sintra é apenas mais um exemplar microcosmo daglobal situação que o mundo atravessa. Assim sendo, nesta oportunidade que o Jornalde Sintra me oferece, partilharei uma ou outra reflexão que também se aplicam aopresente e futuro desta terra.

ruas, estradas, parques, jardins? Atéque ponto chegará o grau daperversão do compositor que seestá a revelar através daorquestração do covid19e de que artes se serviu elepara compor, por exemplo,a suspensão do turismodesenfreado? Se é possível conhecer aimplícita resposta a estasquestões, o que me levoua formulá-las foi a convic-ção de que, afinal, não setrata de um conjunto dequaisquer dúvidas retó-ricas, antes fazendo partede sintomas consequentesdo fenómeno da globa-lização. É neste contexto que, pe-rante tais evidências, nãopode fazer-se letra mortadas opiniões de peritos eacadémicos a que vamostendo acesso praticamentediário, nos termos dasquais, ultrapassado quefor o período de circuns-tância perfeitamente in-vulgar – enfrentando e es-tando a responder, em to-das as latitudes, umas ve-zes mais acertadamente doque outras – que entrare-mos num tempo de mu-danças radicais, lentasmas previsíveis. Até parece que terá sidonecessário chegar ao pon-to de saturação que continuamos aviver, afogados por ondas de turis-mo desenfreado e massacrados porum quotidiano tão só obediente aoritmo desalmado dos grandesfinanceiros e decisores mundiais. Até parece que, ainda dependentedo anual e constante aumento dopib, aquela que é entendida como aestratégia para a felicidade geral,teria de sofrer a ameaça destatremenda conjectura de um grandearquitecto universal, que nosapresenta o desafio global para umanova etapa da vida no planeta maisconsentânea com os interesses doHomem e da Natureza.

A resposta, cada vez mais siste-mática, à provocação que nos foiimposto pelas circunstâncias datempestade, verdade é que suscitaa tentação de concluir que, maistarde ou mais cedo, a nível global,já durante a bonança, se passará àtentativa da instalação de um dis-

positivo estrutural que provocaráprofundas alterações. Para já, de facto, é inegável verificar-se que, afinal, em todo o mundo,através das actuais tecnologias desuporte digital, é bem possível quecentenas de milhões de trabalha-dores, a partir das suas residências,consigam produzir uma incomen-surável quantidade de trabalho semas nefastas consequências dasagressões ambientais provocadaspela utilização dos transportes e poroutros factores igualmente perti-nentes.

Na realidade, será impossível avan-

çar sem ter em consideração osbenefícios, imediatamente avaliadose constatáveis, em consequênciadas práticas de combate entretantodesencadeadas, por exemplo, naChina, em Itália, onde já se verificaum concreto alívio e desanuvia-mento da poluição atmosférica.

Uma autêntica mudança deparadigma será previsívelnas actividades relaciona-das com turismo, no mun-do das viagens e de todasas deslocações, desde asde casa para o trabalho àsde lazer, quer para destinosmais próximos quer para osmais longínquos. Gostaria que, das minhaspalavras, não se inferisseuma visão de optimismosimplista na medida emque, tal como José Gil, noestupendo texto, datadode 15 de Março de 2020,que subscreveu para oPúblico, subordinado aotítulo Ensaio Coronavírus,O medo, também consideroque “(…) esta terrível expe-riência que estamos a viverconstitui apenas uma ante-cipação, e um aviso, do quenos espera com as alte-rações climáticas.” E, finalmente, na conclusãoque me parece mais apro-priada, sempre destacandoos problemas da globali-zação, não poderia deixarde continuar a citá-lo:

“(…) Um fenómeno inéditoestá a surgir: a pandemiatransforma a percepção

que se tinha da globalização.Sabíamos que ela existia, conhe-cíamos os seus efeitos (financeiros,climáticos, turísticos), mas só rarostinham dela uma experiência vivida.Graças ao coronavírus, e pelaspiores razões, o homem comum temagora, ao longo do seu tempo quoti-diano, a experiência da globalização.Deixou de ser abstracta, tornou-seuma globalização existencial. Vi-vemos todos, simultaneamente, omesmo tempo do mundo. (…)”

[João Cachado escreve de acordocom a antiga ortografia]

Av. Heliodoro Salgado. Em dia que seria deazáfama, que tipo de sossego, que desertotomou conta das nossas ruas

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8 JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 20 DE MARÇO DE 2020

SOCIEDADE

m casa de qua-rentena ou qua-se dou comigo aorganizar as es-tantes dos livros

“não há planeta b”

A vida efémera e o corona virús

Ee eis que me saltam de ládois títulos “Primavera si-lenciosa” de Rachel Car-son sobre o qual me de-bruçarei futuramente. Ooutro que já li há bastantetempo e do qual me tenholembrado vezes sem contano decorrer desta crise“Ensaio sobre a cegueira”de José Saramago, há mes-mo quem diga que foi essaa obra publicada em 1995 econsiderada uma das obrasprimas do autor que o terácatapultado para o nobeltrês anos mais tarde. Cons-tato passados dois dias en-quanto escrevo esta cróni-ca que as vendas do livrodispararam em Itália em180%. Por cá também au-mentaram mas não nessapercentagem que nós ain-da não estamos de quaren-tena obrigatória mas paralá caminhamos. O livrorelata a história de um tipode cegueira muito conta-giosa que levou ao co-lapso coletivo de todas asestruturas sociais, econó-micas e humanas trazendoà tona o melhor e o pior decada um. Não será isso oque temos observado nosúltimos dias?Este terror de ter de por-ventura ficar fechado emcasa sem comida. Este me-do de nos encontrarmosno mesmo espaço com al-guém que possa estar con-tagiado. Este desassosse-go de não sabermos o quefazer com tanto tempolivre.Confesso que passei on-tem sexta feira 13 no super-mercado onde costumoabastecer-me e que não éuma grande superfície àsquais sou bastante reativae evito a todo o custo. Umsupermercado de tamanhoaceitável para os meusstandards ou seja um pou-co maior que a mercearia daaldeia e com uma maioroferta de produtos bioló-gicos. Ia apenas comprarcomida para o gato. Come-ço a reparar que as prate-leiras das massas e do arroze dos enlatados (que nãoconsumo), estavam todasdesfalcadas. Os produtosfrescos e os produtos bio-lógicos não tinham sido

alvo desta sofreguidão. Ufa!!!Lembrei-me do artigo que ti-nha lido no dia anterior doRicardo Araújo Pereira sobrea relação dos portuguesescom o seu rabo, lembrando ovelho ditado de “Quem temcu tem medo” .Fui espreitar a prateleira dopapel higiénico e não conse-gui conter uma incrédula gar-galhada.

Qual será mesmo a ideia decomprar tanto papel higiéni-co? Será para se assoarem?Sempre é um pouco maisbarato e ecológico do que oslencinhos descartáveis empequenas embalagens deplástico ou será mesmo comosugeria o Ricardo para que ovírus caso ande por perto osapanhe de rabo asseado? Oque também é muito questio-nável pois ouso de água emvez de papel higiénico é umaatitude bem mais saudável eamiga do ambiente.Esta ida ao supermercadoonde não havia filas, apenasprateleiras vazias foi tambémim portante para fazer umaanálise dos hábitos de consu-mo dos portugueses.Oxalá esta crise sirva para nosrepensarmos, reequacionar-mos as nossas vidas voláteis,o nosso tempo tão, mas tãoefémero, a nossa relação como outro e com o mundo. Tem-po não nos falta para reflexão,assim saibamos também calardentro de nós todo o ruidomediático e a catadupa de in-formação e de contrainfor-mação, de notícias repetidasaté à exaustão, de teorias daconspiração…Manter-se informado é im-portante mas caramba umpouco de silêncio e quietudedentro de nós só ajudará amanter os níveis de stressecontrolados. Uma pessoastressada é sempre muitomais vulnerável e permeávelao ataque do que quer queseja

Ousarei afirmar que grandeparte das pessoas fica estres-sado se não tiver nada parafazer, nada para comprar, ne-nhum lugar para ir. Tal é adesconfiança e o medo seconfrontarem com os seuspróprios fantasmas, de pen-sarem pelas suas própriascabeças e talvez de chegaremà preocupante conclusão doquão dependentes somos

desta máquina capitalista econsumista que nos suga atéao tutano.Tudo parado, a grande fábricaque abastece o ocidente, pa-rada, será tudo isto assim tãoinocente? Tão ao acaso?Saberemos viver sem a Chinae tudo o que de lá chega aténós direta e indiretamente,quer queiramos quer não.Que é feito do 5G também eleimposto pela China? Nuncamais se ouviu falar, assim co-mo nunca mais se ouviu falarde crises de refugiados, nemda desflorestação da Amazó-nia, nem das alterações cli-máticas, nem na guerra naSíria, nem da Greta.Sobre alterações climáticassoube hoje que os níveis deco2 na atmosfera reduziramconsideravelmente. Porqueserá?O ritmo frenético com que asnossas vidas são conduzidasmuitas vezes sem nos darmosconta, emaranhados que es-tamos nesta urgência de fazerdinheiro e manter a máquinaa funcionar sem parar. Esseritmo não é sustentável paraninguém e muito menos parao planeta. Mas acontece quea máquina abrandou, quaseparou, talvez páre mesmo, ese parar? E se o dinheiro dei-xar de ser a grande força quefaz o mundo girar? E se a saú-de passar a ser mais impor-tante do que a economia?O certo é que haverá um an-tes e um depois do COVID 19.O que virá a seguir é umaincógnita.

Deixo-vos com um extrato deum poema do grande CarlosDrummond de Andrade

E agora, José?A festa acabou,a luz apagou,o povo sumiu,a noite esfriou,e agora, José?e agora, você?você que é sem nome,que zomba dos outros,você que faz versos,que ama, protesta?e agora, José?

Está sem mulher,está sem discurso,está sem carinho,já não pode beber,já não pode fumar,cuspir já não pode,a noite esfriou,o dia não veio,o bonde não veio,o riso não veio,não veio a utopiae tudo acaboue tudo fugiue tudo mofou,e agora, José?

E agora, José?Sua doce palavra,seu instante de febre,sua gula e jejum,sua biblioteca,sua lavra de ouro,seu terno de vidro,sua incoerência,seu ódio – e agora?

Com a chave na mãoquer abrir a porta,não existe porta;quer morrer no mar,mas o mar secou;quer ir para Minas,Minas não há mais.José, e agora?

Se você gritasse,se você gemesse,se você tocassea valsa vienense,se você dormisse,se você cansasse,se você morresse...Mas você não morre,você é duro, José!

Sozinho no escuroqual bicho-do-mato,sem teogonia,sem parede nuapara se encostar,sem cavalo pretoque fuja a galope,você marcha, José!José, para onde?

Fernanda BotelhoSintra sem herbicidas

NR: Por lapso, a última crónicado jornal digital desta coluna“Banzão em que ficamos” é daautoria de Paulo Ferrero e não deFernanda Botelho como estáassinalado.

PUB. JORNAL DE SINTRA, 20-03-2020

CARTÓRIO NOTARIAL DE SINTRADA NOTÁRIA ANA SOFIA VALADA ROQUE

JUSTIFICAÇÃO NOTARIALAna Sofia Valada Roque, Notária do Cartório Notarial sito naAvenida Heliodoro Salgado, n.º 36, Sintra:Certifico, para efeito de publicação, que, por escritura outorgadaao dia dezoito de Março de dois mil e vinte, neste Cartório Notarial,exarada a folhas quarenta e sete do livro de notas para Escriturasdiversas número cento e quarenta e cinco, os Senhores: ADELINOMANUEL MARTINS RIBEIRO, NIF 202 982 025, natural dafreguesia de Alcaria, concelho do Fundão, e SUSANA VAZ DEOLIVEIRA RIBEIRO, NIF 202 982 033, natural da freguesia deS. Sebastião da Pedreira, concelho de Lisboa, casados um com ooutro sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na RuaVictor Domingos número 9 Lourel, Sintra, declararam que são,com exclusão de outrem, donos e legítimos possuidores do seguintebem:Fracção autónoma designada pela letra “N”, correspondente àSÉTIMA CAVE – parqueamento n.º 13, pertencente ao prédiourbano constituído em propriedade horizontal pela apresentaçãocento e sessenta e um de dois de Junho de mil novecentos enoventa e nove, sito em Tapada das Mercês, Rua Florbela Espancanúmero 15, 31, 31-A e 31-B, freguesia de Algueirão Mem Martins,concelho de Sintra, descrito na Primeira Conservatória do RegistoPredial de Sintra sob o número MIL SETECENTOS E QUARENTAE SEIS, da freguesia de Algueirão Mem Martins, com registo deaquisição a favor da “Sociedade de Construções Salvado & Irmãos,Lda.”, pela apresentação noventa e cinco de vinte e quatro deOutubro de mil novecentos e noventa e seis, inscrito na matrizpredial urbana sob o artigo 10806 da freguesia de Algueirão MemMartins.Que justificam o direito de propriedade sobre fracção autónomaacima descrita invocando como causa da sua aquisição, dado estarna sua posse, contínua, pública e pacífica, há mais de vinte anos,em resultado da compra verbal que foi feita à Sociedade deConstruções Salvado & Irmãos, Lda. Com última sede conhecidana Av. Conde Castro Guimarães, n.º 12, r/c Esq.º Reboleira, Amadora,por volta do ano mil novecentos e noventa e nove, data que nãoconsegue precisar.ESTÁ CONFORME

Sintra, 18 de Março de 2020

A Notária

Aos colaboradorese leitoresdo Jornal de SintraO Jornal de Sintra vai encerrar todas as actividades (Lojaincluída) no sentido de seguir com rigor as directivas que vãosendo instituídas pelo órgãos directivos do País, devido aosurto do Coronavírus, para salvaguarda da saúde de toda apopulação.Jornal de Sintra recomenda a todos, a leitura dos artigospublicados nesta edição dedicados à situação existente, comespecial relevo o artigo da última página na qual são fornecidasindicações precisas do funcionamento da actividade do Centrode Saúde de Sintra.Jornal de Sintra, no entretanto irá, dentro das possibilidadesexistentes, manter o exercício da informação concelhia atravésdo site www.jornaldesintra.com e do facebook.Nesse sentido pedimos aos nossos colaboradores e leitoresque prossigam o envio das suas notícias para os e-mailshabituais.

Quanto aos serviços:Da Loja, nomeadamente publicidade poderão os interessadosutilizar o e-mail: [email protected] outros serviços de carácter geral:[email protected] coordenação geral dos artigos e demais informação serãoda responsabilidade da direcção:[email protected]

Esperamos muito sinceramente que tudo se resolva de formabreve e positiva e que esta paragem não prejudique o futurodeste órgão de comunicação social que enfrenta o maiordesafio de sempre, ou seja desde 1934, data da sua fundação.

Estaremos também disponíveis através do telemóvel doJornal, ou seja 962431418.

Idalina Grácio de Andrade

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9JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 20 DE MARÇO DE 2020

CULTURA

iberto Cruz nasceuem Sintra, em 1935,e licenciou-se emFilologia Românica,em 1959, na Facul-

Liberto Cruz– Uma figurada Cultura de Sintra O Liberto Cruz é uma figura da vida cultural portuguesa

ligado igualmente a Sintra. Como vê o seu contributo nessaárea e como define a sua obra literária?Creio que o meu contributo não deve por mim ser avaliado.Quanto à minha obra literária vejo-a como uma consequênciada minha própria vida. O terrível tempo salazarista, a guerraem Angola, o exílio, a ausência da Pátria, o amor e a morteforam factores predominantes que me marcaram profunda-mente e são detectáveis na minha obra.Há um sentido trágico em Sintra ou exacerbações român-ticas derivadas dos mitos que a ela se associam, hoje emretorno acentuado?Creio que há simultaneamente um sentido trágico e ro-mântico, alimentado por mitos vários que certamente nuncahão-de cessar e que a literatura irá utilizar continuamente.Costuma dizer-se que depois de Sartre a pós-modernidadecolocou os intelectuais numa posição descentrada. O queé ser intelectual hoje? Se o intelectual nasceu com a Cidade,hoje, com a globalização, terá virado funcionário? O inte-lectual é um “escriba obscuro”, como escreveu Foucault?Agora e sempre os intelectuais hão-de ser substituídos poroutros intelectuais. Mudam-se os tempos… como já lembra-va Camões... e mudam-se as áreas do pensamento. Sartrecomeça a ser contestado e Georges Stein, há pouco falecido,uma figura maior nossa contemporânea, poderá correrá orisco, também, de um dia ser posto em causa. Intelectualtornou-se um termo demasiado genérico. Creio que a designa-ção de intelectual a que se refere Foucault é muito restrita.Quem escreve e relata mundos de imagens, uma vez escritor,alguma vez deixa de ser escritor? Há uma Morte nos escri-tores?Um escritor nunca deixa de ser escritor. Só a morte física oaniquila.A sua obra é classificável, ou classificar é limitar? Qual asua obra mais conseguida? Já se zangou por ter escritoalguma delas?É difícil classificar uma obra porque não pode existir umpadrão. Há sempre algo que nos escapa. Lembremos UmbertoEco. Há dois livros que nunca esqueço: Jornal de Campanhae Gramática Histórica. Só me zango por não ter escrito mais.

Ldade de Letras de Lisboa,exercendo a função de pro-fessor do ensino secundárioaté 1966. Entre 1967 e 1968lecionou Literatura Portu-guesa na Universidade deAlta Bretanha, em Rennes,onde, em 1969, criou a cadeirade Literatura Angolana. Entre1971 e 1973, dirigiu na Uni-versidade de Vincennes,Paris, um curso de Literatura Angolana. Em 1975, foi nomeadoconselheiro cultural da Embaixada de Portugal em Paris, cargoque ocupou até 1988, data a partir da qual assumiu a direçãoda Fundação Oriente. Poeta, romancista, ensaísta, traduziutambém Samuel Beckett, Blaise Cendrars, Jean Husson, RobertPinget, Le Clézio, Duras e Sade. Em 1961, fundou a revistaliterária Sibila; dirigiu, entre 1964 e 1966, a coleção Poesia eEnsaio da Ulisseia e, entre 1965 e 1966, colaborou na rubricade crítica literária do Jornal de Letras e Artes. Colaborou nasrevistas Poesia Experimental (1964-66) e Hidra (1966-69) e,desde 1971, na revista Colóquio-Letras.As suas primeiras obras poéticas, Momento, 1956, A TuaPalavra, 1958, Névoa ou Sintaxe, 1959, e Itinerário, 1962, vindasà luz na viragem da década de 50 para a década de 60, refletemum momento de transição na poesia portuguesa, peloreequacionamento da relação entre a linguagem poética e arealidade. Após as tendências contraditórias de uma poesiade intenção social, na linha do neorrealismo, ou de uma poesiaque cultiva a liberdade imaginativa, na senda das experiênciassurrealistas, assiste-se então a um momento de crescentevalorização da linguagem na criação poética, aliada, por vezes,a um experimentalismo, assumido por este autor apenas, esob o pseudónimo de Álvaro Neto, em Gramática Histórica.Entre essas primeiras obras e Distância (1976) ou Caderno deEncargos (1994), medeia um percurso marcado pela busca deuma cada vez maior contenção imagística e metafórica, mastambém discursiva, num itinerário de conquista de uma“sabedoria apaziguadora” (MARTINHO, Fernando J. B., pref.a Caderno de Encargos, 1994).A Alagamares promoveu já em Outubro de 2014 o lançamentoem Sintra da sua obra Felicidade na Austrália, onde muitasfiguras familiares de S. Pedro do passado não passamdespercebidas a quem viveu nesse local há várias décadasSobre a sua obra, dissertou a já desaparecida HelenaLangrouva no III Encontro de História de Sintra, promovidopela Alagamares em 2007 (e onde o próprio Liberto Cruz falou

da obra de M.S. Lourenço, por sinal disfarçado na assistência,a ouvir) num texto que reproduzimos em:https://www.alagamares.com/a-obra-de-liberto-cruz/

Falámos com ele, por estes dias. Entrevista de Fernando Morais Gomes“Um escritor nunca deixa de ser escritor.Só a morte física o aniquila”.

Pode dizer-se que o escritor escreve sempre o mesmo livroe toda a obra é autobiográfica?O escritor escreve normalmente o livro da sua própria vidaO Liberto Cruz atravessou várias gerações de escritores evários regimes políticos, sendo um dos fundadores do Par-tido Socialista, na Alemanha, em 1973. Como vê hoje apolítica e o país?Em 19 de Abril de 1973 ao fundarmos o Partido Socialista naAlemanha é inegável que contribuímos para o ressurgimentodo nosso País e ver Portugal democrático é uma alegriaindescritível.

A literatura pode salvar?A literatura pode salvar e tem salvo muita gente.Acha que há um panorama cultural sintrense, ou apenasepifenómenos de franja?Creio que há um lento desabrochar que virá, sem dúvida, adesenvolver-se.Jacinto Prado Coelho dizia que ensinar a ler é facultaraos estudantes os instrumentos mentais para a análise dotexto literário. O que pensa que procura o Leitor quandobusca uma obra literária? Redenção, Contestação, Cum-plicidade ou Conhecimento?Há diversos tipos de leitores e a cultura e o ambiente decada um são factores importantes para a compreensão e oseguimento das suas leituras. Assim cada leitor procura en-contrar-se ou desencontrar-se através das leituras a que vaiprocedendo.

Liberto Cruz, segundo da fila de cima, na fundaçãodo PS em Bad Münstereifel, na então RFA

CERTIFICADO

Vera Araújo Arnaut, Notária, com Cartório Notarial emLisboa - Rua Tierno Galvan, T. 3, 4.º, 401, certifica quepor escritura de 06/03/2020, a fls. 70 do Livro de Notas125A, foi outorgada uma escritura de Justificação,sendo Justificante “Boavista SA”, sociedade doPanamá, com sede no Edificio Ogra, Calle Aquilino de laGuardia, nº 8, Panamá com o número de entidadeequiparada 281. 555. 486, no sentido de que esta é aúnica dona do prédio rústico, não descrito, compostopor cultura arvense e leitos de curso de água, Estacada,com a área de 1320m2, em Colares Sintra inscrito namatriz sob o número 19 Sec. J. O prédio foi compradoverbalmente a Domingos Pedro Caetano há mais decinquenta anos, em finais de 1969, não tendo a comprasido formalizada por escrito. Desde essa data, aSociedade entrou na posse do identificado prédio,cultivando-o como vinha e colhendo seus frutos, deforma pública e sem oposição, tendo assim uma possepública, pacífica, contínua e de boa-fé, há mais decinquenta anos, pelo que desta forma justifica aaquisição do direito de propriedade, por usucapião.Conforme o original.Lisboa, 06 de março 2020

CERTIFICADO

Vera Araújo Arnaut, Notária, com Cartório Notarial emLisboa - Rua Tierno Galvan, T. 3, 4.º, 401, certifica quepor escritura de 06/03/2020, de fls. 67 do Livro de Notas125A, foi outorgada uma escritura de Justificação,sendo Justificante “Boavista SA”, sociedade doPanamá, com sede no Edificio Ogra, Calle Aquilino de laGuardia, nº 8, Panamá com o número de entidadeequiparada 281. 555. 486, no sentido de que esta é aúnica dona do prédio rústico, composto por pomar evinha em Chão da Eguaria, Colares, Sintra, descrito naSegunda Conservatória do Registo Predial de Sintra,daquela freguesia, sob o numero 7287, registada aaquisição a favor de Raúl Domingos, inscrito na matrizsob o número 73 Sec. J. O prédio foi compradoverbalmente a Raúl Domingos em Dezembro de milnovecentos e oitenta e três, não tendo sido formalizadapor escritura, existindo contrato promessa de compra evenda e comprovativo de pagamento da totalidade dopreço. Desde essa data, a Sociedade entrou na possedo identificado prédio, cultivando-o como vinha,semeando e limpando a terra, de forma pública e semoposição, tendo assim uma posse pública, pacífica,contínua e de boa-fé, há mais de vinte anos, pelo quedesta forma justifica a aquisição do direito depropriedade, por usucapião. Conforme o original.Lisboa, 06 de março 2020

PUB. JORNAL DE SINTRA, 20-3-2020PUB. JORNAL DE SINTRA, 20-3-2020

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10 JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 20 DE MARÇO DE 2020

DESPORTO

Campeonatos da Associação de Futebol de Lisboa em suspenso até data a determinar

Modalidade de futsal com as contas trocadas no campeonato e taçaVentura Saraiva

C

Sporting Vila Verde e Novos Talentos nas duas frentes de decisão nas provas da AFLfoto: ventura saraiva

omecemos pelo distritalda 1.ª Divisão: nove jorna-das para terminar a pri-meira fase do campeonato,e o Sporting Clube Vila

Estava agendada para amanhã, dia 21, oinício da fase de apuramento do campeãodistrital da 2.ª Divisão da Associação deFutebol de Lisboa (AFL), mas está tudo emsuspenso devido à pandemia do CoronaVírus (Covid 19). Assim, a competição seráreatada em data que as Entidades Oficiaisda Saúde, julguem conveniente, um cenárioque até ao momento não tem qualquerprevisão. A ronda inaugural começa com a USC MiraSintra (1.º Séria 2) a jogar em Odivelas, com oClub Desporto Jardim da Amoreira (1.º Série 1).Da poule fazem parte as equipas, FundaçãoSalesianos, Associação Desportiva do Carre-gado, Juventude Salesiana, faltando aindadefinir a outra equipa que sairá da dupla, SM 3

Ginástica – Campeonatoda EuropaDiogo Vilela e DiogoGomes com mínimosOs ginastas da Gimnoanima, uma dasassociações desportivas de Algueirão-Mem Martins, Diogo Vilela, e DiogoGomes, garantiram já os mínimos parasparticipar no Campeonato da Europa deGinástica, competição agendada parao próximo mês de Maio, em Gotem-burgo (Suécia).Todavia, no processo de apuramento,estão ainda Matilde Santos, e IsabelBorba, que participaram no recenteprocesso realizado no dia 7, no pavilhãoda Escola Ferreira de Cstro, em MemMartins.

A pandemia do vírus “Crovid 19” que afecta o movimento desportivo mundial, também se revela no nosso país, com as associações do Porto e deLisboa a serem as primeiras a determinar jogos à porta fechada nos seniores, mas prontamente revogada no sentido de cancelar todos os campeonatos.O Futsal, com os campeonatos e taça, será o que mais mexe com os clubes concelhios, nomeadamente, o Sporting Vila Verde, Novos Talentos, e UniãoSport Mira Sintra.

Verde e Novos Talentos perfilam-secada vez mais como candidatos à“final four” para o título de campeão.No clube da União de Freguesiasde São João das Lampas-Terrugem,a entrada do treinador RogérioFerreira, teve o condão de catapul-tar a equipa para um ciclo de vitó-rias, somando apenas uma derrotacom o líder, Torreense, ao fim de seteconsecutivas. No total, a conquistade 21 pontos permitiu ao conjuntoleonino entrar para os lugares do“play-off” para a decisão do títulodistrital, e da subida de divisão.Recorde-se que na ronda que ante-cedeu a suspensão dos campeo-natos, foi ao concelho de Louresderrotar a Associação Manjoeira,por 3-6, com golos de Luiz Freitas(2), André Fernandes (2), e BunoBatista (2). Uma vitória que conso-lida o 3.º lugar, com três pontos devantagem do Futsal Oeiras (4.º), equatro do 5.º classificado, Quintados Lombos-B

Novos Talentos– Uma equipa lideradacom pessoas experientesCom um plantel de enorme experiên-cia na modalidade, e onde sobressaiuma das referências do futsal, PauloSousa, mais conhecido por “Xavi”que até começou no futebol 7, arepresentar o Recreios Desportivos

Taça AFLem suspensoAgendada para os dias 10 e 11de Abril, a “Final Four” da TaçaAssociação de Lisboa, dificil-mente será realizada na dataanunciada, dadas as consequên-cias colaterais da suspensão detoda a actividade desportiva, e areorganização das jornadas emfalta.Ainda assim, recorde-se que na“Final Four” estão as equipas,GSC Novos Talentos, Carrega-do, Torreense, e Sporting VilaVerde que se defrontam por estaordem nas meias-finais.

concelhios, a Juventude Operáriade Monte Abraão (JOMA) perdeuem Torres Vedras, por 6-1, com o co-mandante da prova, S.U. Torreense.

Classificação actual:1.º Sport União Torreense, 56pontos2.º GSC Novos Talentos, 493.º Sporting Vila Verde, 454.º Futsal Oeiras, 425.º Quinta dos Lombos-B, 416.º Académico Desportos, 357.º AM Portela, 288.º Manjoeira, 259.º DO Rangel, 2510.º J.O.M.A., 2311.º Académico Ciências, 2012.º GSD Cascais, 1813.º Olival Basto, 1814.º Centro Ribamar, 1515.º GD Vialonga, 1316.º GRF Murches, 7

do Algueirão. O primeiro clube ondeiniciou a prática do futsal, foi noSporting Vila Verde, em 1999 (Junio-res A), e esteve no clube leoninodurante cinco épocas, transferindo-se para o Estrela da Amadora.Seguiu-se o Sporting, “Os Bele-nenses”, o Melilla (Espanha), Leõesde Porto Salvo, Estoril Praia, Tires,entre outros. Foi campeão nacional,venceu uma taça de Portugal, e aos37 anos de idade, “Xavi” aindacontribui para a promoção do futsal,do clube de Agualva-Cacém, e naformação de jovens atletas.No comando técnico do GrupoSócio Cultural Novos Talentos, está

“Nelito” (Vitor Manuel SimõesBernardo), uma das glórias do futsalnacional. Atingiu o desiderato naentão equipa do Correio da Manhã,campeã nacional e europeia, e ter-minou a carreira no Benfica, inte-grando a equipa técnica ( 7 anos),com a curiosidade de passar por VilaVerde (2000) quando este clubeestava na 1.ª Divisão Nacional.É com estes dois nomes de referên-cia na modalidade, e um conjuntode jovens jogadores, que o clubepresidido por Maria de Lour-des Diogo, volta a entrar na corridapela subida aos nacionais de fut-sal

Novos Talentos segue no 2.ºlugar de vitória em vitóriaNa jornada que se realizou no pas-sado dia 7, Já se previam as dificul-dades da equipa de Agualva-Cacémfrente a um dos candidatos à fasefinal. No pavilhão da Escola MatiasAires, em Mira Sintra, e com zero-zero, ao intervalo, a turma visitanteadiantou-se no marcador aos 30minutos, por Pedro Mesquita, masem menos de um minuto (!) a for-mação sintrense virou o resultadopor Wilson Silva, e Fábio Pinto.Quanto aos restantes emblemas

Campeonato Distrital de Futsal da 2.ª DivisãoMira Sintra fica na lista de espera para campeão

de Agosto (Marvila), ou Sporting Clube deTorres.

Mira Sintra-goleada triunfal naderradeira jornada do campeonato

A equipa do União Sport Clube de Mira Sintraterminou de forma triunfal a primeira fase doCampeonato Distrital da 2.ª Divisão da AFL emfutsal, ao golear no sábado, dia 7, no pavilhãoda Escola Matias Aires, o Dramático de Cascais-B, por 16-1, com 8-0, ao intervalo.Ao longo dos 60 minutos de jogo, os golosforam a aparecendo para todos os gostos efeitio. João Jesus, iniciou a soma ao minuto de

jogo, aumentando para 2-0, aos 8’. Mas a tardeseria de Telmo Cunha, com uma “manita”,seguido de Vítor Balouta, com “hat-trick”, e um“bis” de Fábio Oliveira, e Rafael Silva. RicardoCrombez, Ricardo Pereira, também fizeram ogosto ao pé.Na classificação, a equipa de Mira Sintra foi avencedora da Série 2, com um total de 41 pontos,seguido da Juventude Salesiana (32), eFundação Salesianos (26). Estas três equipas,juntam-se às apuradas na Série 1 (Jardim daAmoreira, Carregado, e por definir, a SM 3 deAgosto de Marvila), ou o Sporting de Torres,para a poule de apuramento do campeão.

VS

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11JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 20 DE MARÇO DE 2020

DESPORTO

A Escola Secundária Leal daCâmara, em Rio de Mouro,acolheu no passado mês deFevereiro, o encontro local debasquetebol 3x3 nas escolasdo concelho de Sintra.Estiveram presentes 10 es-colas, tendo participado cercade 160 alunos a jogar, e 40 naorganização do encontro, 20professores a acompanhar osalunos e um total de 40 equi-pas com 62 jogos realizados.As equipas/escolas apuradaspara o encontro regionalforam:Infantis A femininos – EB

Duzentos alunos envolvidos na acção realizada na Escola Leal da Câmaraem Rio de Mouro

Encontro local de basquetebol 3x3 em Sintra200 Alunos envolvidos na organização

Escultor Francisco SantosInfantis A masculinos – EBEscultor Francisco Santos +EB2,3 Mestre DomingosSaraivaInfantis B femininos – EB M.Alberta Menéres + EB Escul-tor Francisco SantosInfantis B masculinos – EBPadre Alberto Neto + EBEscultor Francisco SantosIniciados femininos – ESStuart de Carvalhais + EBEscultor Francisco SantosIniciados masculinos – EBEscultor Francisco Santos +EB M. Alberta Menéres

Juvenis femininos –ES MemMartins + ES Stuart de Car-valhaisJuvenis masculinos – ESSanta Maria + ES Leal daCâmaraNo balanço dos organiza-dores, “a atividade decorreumuito bem, com bastantealegria e com muito fair play”.O próximo encontro regionalserá organizado pela CLDELisboa Cidade, no dia 4 demaio, na Escola Secundária D.Dinis, em Chelas, durantetodo o dia.

Fonte: FBP

Na ronda do passado dia 8, nãohouve mexidas na Zona Sul. Aequipa do Queluz/Consilcarcontinua líder com margemfolgada, depois de superar o Algés,ao passo que no segundo posto daclassificação, está o Clube Basketde Queluz. O Queluz/Consilcar prossegue otrajecto quase sem mácula (averbouapenas uma derrota até à data),tendo desta feita vencido comautoridade o Algés – 86-54 -, des-fecho com a marca de Jorge Tati(20pts, 7res, 2ast, 4rb, 1dl).No segundo posto mantém-se oClube Basket de Queluz (CBQ), quetambém saldou a jornada com umavitória, na visita ao campo da Físicade Torres Vedras – 77-86 -, êxitoalicerçado no excelente desempe-nho de João Embaló (16pts, 18res,2dl). Beneficiando do desaire daFísica de Torres Vedras, o CBC/Co-raçãodoRibatejo recuperou o últimolugar do pódio, mercê do triunfocategórico face ao MBA/Montisis-temas por 73-50, onde se evidenciou

VI Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Masculina– Zona SulClubes de Queluz vencem,e estão no topo

Pedro Afonso (6pts, 18res, 3ast,2rb). Já o BAC/Inimiga da Fuligemcimentou a sua posição entre os oitoprimeiros, garantia de acesso aoplayoff, ao impor-se em casa frenteao Portimonense – 84-77 (não háestatística individual). No frente-a-frente entre SCS/Tasca Chico Canae AC Moscavide, prevaleceram osvisitantes por margem confortável– 45-57 -, alavancando-se na pres-tação de Cipriano Cardoso (17pts,12res). Mesmo ao dispor de umencontro em atraso, o triunfo ante oEstoril BC – 59-71 – bastou à UniãoSportiva para ultrapassar os cana-rinhos na tabela. Diogo Miguelassumiu as despesas da partida nosinsulares (23pts, 9res, 5ast, 3rb). Classificação:1.º Queluz/Consilcar, 41 pontos2.º C.B. Queluz, 383.º CBC/CoraçãodoRibatejo, 354.º Física Torres Vedras, 355.º BAC/INIMIGA DA FULIGEM, 35(…)14.º Odisseia Basket, 26

Fonte: FPB/VS

Ventura Saraiva

os critérios adoptados,relevam-se os clubes quetenham tido um papel dedestaque na sua activida-de, nomeadamente ao

“Melhor Projecto Desportivo – Pós 1985”

Clube Basket de Queluz apresenta candidatura

Promovido pelo jornal desportivo “O Jogo” que se encontra a celebrar 35 anos deexistência, o “Melhor Projecto Desportivo-Pós 1985, tem como objectivo dar visibilidadea clubes com menos de 35 anos, desde logo, fundados depois do ano 1985 e que estejamem actividade desde essa data.

Clube Basket de Queluz – celebrar 14 anos de actividadecom 7 títulos nacionais

Nnível de resultados desportivos,formação de jovens atletas, ou naárea da Acção Social.A primeira lista de projectos entre-gues, conta com 40 clubes que nes-ta primeira fase serão avaliados ecolocados em votação on-line pelojornal promotor da iniciativa. À se-gunda fase passam os 10 mais vota-dos, e será eleito o projecto ven-cedor.O Clube Basket de Queluz, por seintegrar nos critérios, apresentoutambém a sua candidatura, e é comexpectativa que aguarda a eventualpassagem aos grupo dos dez, paraentrar na votação final.

Uma décadade títulos nacionaisno sectorda formação

Registe-se que o “CBQ” foi fundadono ano de 2005, mas começou a suaactividade no ano seguinte (Fe-vereiro de 2006) estando assim acelebrar o 14.º Aniversário. Come-çou com uma equipa do escalão deseniores, e no presente, conta comas de, Minibasquete (Mini8, Mini10e Mini12) / Femininos: Sub14F,Sub16F e Seniores / Masculinos:Sub14M, Sub16M, Sub18M, Se-

Covid 19Competições suspensas“O Comunicado 137-2019/2020 suspendeu, até ao dia 3 de Abril de2020, todas as competições nacionais e regionais dos escalões deformação e todas as atividades de minibasquete e o Comunicado 138-2019/2020 suspendeu todas as competições de seniores até data aindicar. Não existindo, neste momento, qualquer previsão científicaquanto à evolução do surto epidemiológico, impõe-se a suspensãode todas as competições e actividades de Basquetebol até data aindicar. A FPB tem sido questionada por várias entidades relativamente àconclusão da época desportiva” 2019/2020 e sobre a próxima época2020/2021.Importa informar que a Direção da FPB através dos seus responsáveisse encontra a analisar diversos cenários sobre esta questão,auscultando vários agentes da nossa modalidade.Comunicado da FPB de 16 de Março

niores e Veteranos. Do seu pal-marés, constam 7 títulos nacionais,a saber: Sub 14 masculinos (2); Sub

16 masculinos (2), Sub 16 femininos,e Seniores masculinos e femininos.

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12 JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 20 DE MARÇO DE 2020

DESPORTO

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Sport União Colarense arranca com ambições para a temporada de 2020

Um quarto de século em actividade e a fazer campeõesVentura Saraiva

AFoto de familia do Sport União Colarense na apresentação do plantel ciclista

nova época do ci-clismo todo-o-ter-reno, mais conhe-cido por BTT, e navariante olímpica

A apresentação do plantel para a temporadade 2020 decorreu na Sede do clube na Ruados Marinheiros, em Colares, no final do mêsde Fevereiro, e juntou ciclistas, todo o “staff”técnico e logístico, convidados e representan-tes de patrocinadores. A correr para os 25anos de actividade, a equipa BTT TeamS.U.Colarense/CS Treino/Delta Q, quer melho-rar os resultados de 2019, a manter a apostana formação de jovens ciclistas de todo-o-terreno…

Plantel para a temporada de 2020 da FPC-UVP

do XCO, arrancou no pas-sado dia 8, em Vila Franca do

Lima, no concelho de Vianado Castelo, com a primeiraprova pontuável para a Taçade Portugal em Cross Coun-try Olímpico (XCO). Foi aprova de fogo para os ciclis-tas orientados por Carlos

Sousa, o grande impulsiona-dor do BTT no concelho deSintra, e no clube da freguesiade Colares. Com um dia soa-lheiro (sábado), no reconhe-cimento do traçado, os parti-cipantes enfrentaram um dia

invernoso na manhã seguinte(domingo), alterando porcompleto os objectivos de ca-da um. No sector feminino,Ana Fernandes (sub 23)classificou-se no 12.º lugar,sendo a 5.ª portuguesa, umavez que a prova minhota con-tou para o quadro de quali-ficação para os Jogos Olímpi-cos de Tóquio, de classe 1UCI. Foi a melhor prestaçãoda equipa do S.U.Colarense/CS Treino/Delta Q,na provainaugural da temporada 2020.A segunda etapa da Taça dePortugal estava calendariza-da para o próximo dia 29, emMarrazes (Leiria), mas foi can-celada devido ao cenáriomundial do Covid-19 (vercaixa).

Plantel e “staff”para 2020José Feixeira – PresidenteCarlos Sousa – TreinadorJoão Massena – DirectorDesportivoRui Paixão – Director Des-

portivoCarina Cortes – LogísticaJuvenis:Daniel FrancoManuel FerreiraDiogo BichoCadetes:Pedro PinheiroDiogo MiguelJoão Mano

Leandro SantosJuniores:Diogo Pereira- JúniorFrederico MassenaManuel SequeiraSub 23:Ana FernandesTomás CortesMaster 40:Mário Guterres

Covide-19Actividade suspensa até 3 de Abril“(…) Face aos desenvolvimentos das últimas horas e àsrecomendações recebidas das entidades com responsa-bilidades sanitárias no país, a Federação Portuguesa deCiclismo decidiu suspender toda a atividade desportivadesde hoje até ao dia 3 de abril.Na última semana de março, a Federação Portuguesa deCiclismo, tendo em conta a evolução que o COVID-19tenha no país, irá reunir-se com as Associações Regionaisde Ciclismo e com os diferentes organizadores e demaisentidades afetadas pela suspensão da atividade despor-tiva, no sentido de recalendarizar os eventos que sejapossível reagendar, procurando manter, tanto quantopossível, a coerência desportiva dos calendáriosvelocipédicos de 2020”.

Do comunicado de 11 de março da FPC/UVP

Taça de Portugal BTT/XCOMariana Viaisperto do pódioEm Viana do Castelo, e na primeira prova pontuável para aTaça de Portugal na vertente de XCO, realizada no passadodia 8, a equipa de Rio de Mouro, a AEBTT Rio/Mr. Printmarcou presença em vários escalões, destacando-se aprestação da Júnior, Mariana Viais que ficou a trinta segundosdo pódio, conquistado pela húngara, Csenge Bokros.Nas restantes categorias, as melhores classificações foramobtidas por Ivo Pais, em Master 30, com um 11.º lugar, AiresBarros, 14.º, M40, José Domingos, 14.º, M50, e DiogoMagalhães, 17.º em Cadetes, numa corrida que teve 71finalistas.No sector feminino, Sandra Costa, classificou-se em 6.º lugar,em Master 40, e Lara Fernandes, terminou em 17.º, em CadetesNo “ranking” das equipas, após a primeira prova, e formaçãode Rio de Mouro totaliza 19 pontos, e está no 7.º lugar entreas 20 equipas que conseguiu pontuar em Vila Franca do Lima,Viana do Castelo. VS

fotos cortesia: SUC

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13JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 20 DE MARÇO DE 2020

SOCIEDADE

NUCASE/EMPRESAPUB.

Medidas de proteção social por contágio do COVID-19

CALENDÁRIO FISCALABRIL

DATALIMITE OBRIGAÇÃO FISCAL

Até o dia13

Até o dia15

Até o dia20

Até o dia22

Até o dia30

IVA – Envio da declaração periódica mensalSEGURANÇA SOCIAL – Envio da DeclaraçãoMensal de RemuneraçõesIRS – DMR – Envio da Declaração Mensal deRemunerações – ATComunicação dos elementos das faturas

SISTEMA INTRASTAT – Envio ao InstitutoNacional de EstatísticaMapa de férias – Elaboração e fixação peloempregadorRelatório Único – Atividade Social da empresaCES – Pagamento da contribuição extraordináriade solidariedadeModelo 11 – Notários e entidades quedesempenhem funções notariaisIVA – Pagamento do IVA mensalIVA – Opção pelo pagamento do IVA dasimportações através da declaração periódicado IVA

Comunicação à CGA, IP dos montantes pagosnesse mês referentes a pensõesSegurança Social – Pagamento das contri-buiçõesFCT e FGCT – Entregas do mês anteriorreferente aos trabalhadores admitidos a partirde outubro de 2013IVA – Envio da Declaração RecapitulativaIVA – Mini Balcão Único (MOSS) – DeclaraçãoIRS/IRC – Entrega das quantias retidasImposto do Selo – Entrega do imposto cobrado

Seg. Social – Independentes (Cat.B) - Entregada declaração do total dos rendimentos obtidosnos três meses imediatamente anteriores.AIMI – Todos os herdeiros da herança indivisadevem entregar individualmente a “Declaraçãode Confirmação – Herdeiros de HerançaIndivisa”Modelo 30 – Entrega da declaraçãoIUC – Pagamento do Imposto Único deCirculaçãoIVA – Pedido de restituição de IVA suportadonoutro Estado Membro ou país terceiroIVA – Pedido de restituição IVA pelas IPSS

Banco de Portugal – COPE

Nota: Início no dia 1 de abril da entrega da Modelo 3 do IRS-Declaração de Rendimentos de 2019 (todas as categorias).

Estes subsídios não se aplicam à prestação de trabalhoem regime de teletrabalho ou programas de formação àdistância ou que sejam decretados voluntariamente peloempregador.A certificação do impedimento é efetuada em formuláriopróprio, disponível no sítio da segurança social, substitui odocumento justificativo da ausência ao trabalho devendoinstruir, quando aplicável, os requerimentos do subsídiopara assistência a filho e do subsídio para assistência aneto.As ausências dos trabalhadores que não possamcomparecer ao trabalho, por motivos de doença ou porassistência a filho, neto ou membro do agregado familiar,seguem o regime previsto na lei para proteção dessaseventualidades.Para efeitos do reconhecimento da situação perante asegurança social derivado ao COVID-19, o trabalhadorremete à sua entidade empregadora a declaração paraefeitos de isolamento profilático emitida pela respetivaautoridade de saúde (delegado de saúde), devendo aentidade empregadora remeter, através da SegurançaSocial Direta no prazo máximo de 5 dias, a declaraçãoentregue pelo trabalhador e o formulário referente a listagemde trabalhadores em situação de isolamento.

Base legal:

• Despacho n.º 2875-A/2020, de 03 de março - Adotamedidas para acautelar a proteção social dos beneficiáriosque se encontrem impedidos, temporariamente, doexercício da sua atividade profissional por ordem daautoridade de saúde, devido a perigo de contágio peloCOVID-19.• Despacho n.º 3103-A/2020, de 09 de março -

Operacionaliza os procedimentos previstos no Despachon.º 2875-A/2020, no âmbito do contágio pelo COVID-19.

Carcavelos, 11 de março de 2020

José António Mestre - Supervisor

NUCASE – Departamento de Gestão AdministrativaRecursos Humanos

Até 30 dias 55%

De 21 a 90 dias 60%

De 91 a 365 dias 70%

Mais de 365 dias 75%

No dia 03 de março de 2020, os gabinetes das ministrasdo trabalho, solidariedade e segurança social e da saúdepublicaram em diário da república o despacho n.º 2875-A/2020, de 03 de março, com medidas para acautelar aproteção social dos beneficiários do setor privadoimpedidos do exercício da sua atividade profissionaldevido a perigo de contágio pelo COVID-19.O conjunto de ações têm por objetivo diminuir os impa-ctos sociais e económicos da epidemia adotando me-didas para acautelar a proteção social dos beneficiáriosque se encontrem impedidos, temporariamente, do exer-cício da sua atividade profissional por ordem da auto-ridade de saúde, devido a perigo de contágio pelo COVID-19, equiparando às situações de maior proteção socialem caso de doença.O impedimento temporário do exercício da atividadeprofissional dos beneficiários é equiparado a doençacom internamento hospitalar não ficando a atribuição dosubsídio de doença sujeita a prazo de garantia, (ter 6meses civis, seguidos ou interpolados, com registo deremunerações) índice de profissionalidade, (ter traba-lhado pelo menos 12 dias nos primeiros quatro mesesdos últimos seis) e período de espera, (primeiros 3 diasde inatividade) sendo o montante diário do subsídio dedoença calculado pela aplicação à remuneração dereferência a percentagem de 100% nos 14 dias iniciaisde impedimento.Nos dias seguintes são aplicadas as seguintes percen-tagens:

Duração da doença Remuneraçãode referência

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14 JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 20 DE MARÇO DE 2020

ALMANAQUE

UrgênciaCentro de Saúde de SintraHospital Amadora/SintraG.N.R. (Sintra)PSPPolícia MunicipalSMASE.D.PTurismo - Est. de SintraCâmara Municipal de SintraCentro Regional Seg. SocialTribunal Judicial de Sintra

11221 924 77 7021 434 82 0021 325 26 2021 765 42 4221 910 72 10800 204 781805 506 50621 924 16 2321 923 85 00808 266 26621 910 48 00

Espaço Cidadão - SintraRua Dr. Alfredo Costa, SintraTel: 21 923 85 50 - Fax: 21 923 85 51.Linha Azul: 21 924 16 86 - 2ª a 6ª feira das 9hàs 16h30 (aberto à hora do almoço)

TELEF.URGÊNCIAS

ANIVERSÁRIOSOs assinantes são parte importante nesta e em qualquer publicaçãoperiódica. Desde sempre, vêm assumindo não só a expressão deapoiantes como de fiéis leitores, a quem, naturalmente, estamosgratos.Por ocasião de mais um aniversário natalício e porque as relaçõesde cooperação têm base afectiva, o JS apresenta, aos assinantesabaixo mencionados, sinceros parabéns.

FEIRASFeira de Almoçageme (Freguesiade Colares)3.º Domingo de cada mês

Feira de Levante de AgualvaTodas as quartas-feiras

Feira de Monte AbraãoTodos os Sábados

Feira de S. João das Lampas1.º Domingo de cada mês

Feira de S. Pedro de Penaferrim2.º e 4.º Domingos de cada mês

Feira da Terrugem3.º e 5º. Domingo de cada mês

Mercado de Montelavar3.ª a 6.ª de cada mês. Todos Sábados.

Mercado da Tapada das MercêsTodos os Sábados

FARMÁCIASDE SERVIÇO

Importância a transferir: ,

NIB – 0035 0786 00066858630 07 (CGD)

Anual - 15,10

Anual . Estrangeiro -20,00

Multibanco – Seleccionar – Transferências Transferências bancárias

No Jornalde Sintra - Loja

Cheque

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Bombeiros VoluntáriosAgualva-CacémAlgueirão-M. MartinsAlmoçagemeBelasColaresMontelavarQueluzSão Pedro de SintraSintra

21 914 00 4521 922 85 0021 928 81 7121 431 17 1521 929 00 2721 927 10 9021 434 69 9021 924 96 0021 923 62 00

Sexta-feira, 20 de Março –Mafalda Barra Cavalheiro, de S. Miguel de Odrinhas, Isabel Costa Vital, daRibeira de Sintra, Dália das Neves, de Bolembre, Maria Odete Parracho Bernardes, Maria Cândida de AssunçãoCosta Regueira, do Mucifal, Liliana dos Santos Ângelo; António Guimarães da Cruz Rato, do Penedo, ConstantinoSantos Lopes, Levy Guerreiro, Álvaro Jalles, João Fernandes Costa, de Pero Pinheiro, João Alexandre Cristóvão, deOdrinhas,Pedro Miguel Parracho Bernardes, António da Silva Monteiro, de Albogas, Francisco Santos, João Filipeda Luz Mano, Luís Guilherme Figueiredo Rocha da Fonseca, António Calado Madeira, de Lyon, Mário João MechasChiolas, Alfredo Feio Galhardo, José Eduardo Jesus Tomás, João Alves, de Colares, Bruno Miguel Querido dos Santos,Luís Guilherme Fonseca, de Vila Verde.

Sábado, 21– Melissa Ferreira Carela, de Geneve, Patrícia Vanessa Lavrador, Gracinda de Jesus Amaral Santos,Gertrudes Nunes Pinto, de Almoçageme, Maria Helena Adão, Maria Teresa da Silva Marujo, Marília Fernanda dosSantos Luís de Figueiredo de Almeida Ribeiro, de Lourel, Fernanda Maria de Matos Pena, de Francos, Maria TeresaHipácio Louçada Mechas, deVila Verde, Teresa Lino, Ana Maria Martins Araújo dos Santos, Fernanda Maria MatosPena, do Magoito; Álvaro Francisco Simões, António Manuel Soares Barreto, José Manuel Madeira Faria, José ManuelLourenço Coelho, de Mafra, António Florido Luís Gonzaga, de Vale de Lobos, Manuel Lopes Júnior, do Fação,JoséManuel Cortegaça Viana Ruas, de Montelavar, Vítor Manuel da Assunção Louro, do Mucifal, Augusto FariasMarques, do Linhó, eng. João Manuel Silva da Conceição e Mateus Ramalhete Grilo, da Maceira, André Cachado Alves,de Lisboa.

Domingo, 22– Ana Luísa Silvério Maneira, de Morelena, Maria do Carmo Paraíso Ferreira, de Lisboa; AntónioJosé dos Santos Silva, António Fernando Julião Clemente, do Magoito, Alberto Fernando Coelho, Eduardo RuiMiranda Galrão, António Jorge da Fonseca Manata e Manuel Freire de Liz.

Segunda-feira, 23 – Ana Luísa Rodrigues Batista, de Galamares, Carla Maria S. Raio, de Morelinho, MarianaCorreia Gonzaga da Silva, Maria Luísa Varelas de Carvalho, Cidália Ribeiro da Cruz Cosme, Helena Figueiredo da SilvaMedina, de Tavarede-Figueira da Foz, Maria Laura de Jesus Torres, da Suiça, Vitória Sebastião Calaim PereiraLourenço, de Vila Verde - Sintra; Américo Conde, de Albogas, José António de Oliveira Baptista,Domingos CristóvãoDuarte, de Campo Raso, Joaquim Alves de Freitas, de Lisboa, Samuel Filipe de Carvalho e Pedro Miguel Gomes dosSantos Vicente, Tiago Alexandre Lopes Antº P. Ferreira, de Almargem do Bispo, Diogo Sebastião Calaim Lourenço,de Vila Verde - Sintra.

Terça-feira, 24 – Ana Filipa Maceira Fonseca, Irene Passos de Mesquita, da Venda Nova, Maria Alice Raio,Ana Maria Garcia Seixas, de Mem Martins, Maria Helena da Conceição de Freitas, de Cascais, Maria da Luz Rosalina,de Cortegaça, Ana Gertrudes Rolo Duarte, de Cortegaça, Maria da Conceição Ferreira, de Rio de Mouro, GracieteVistas Tomásio Lopes, de Morelena, Clotilde Pedroso de Oliveira Broncas, da Pedra Furada, Alice Saraiva, deNafarros; António da Conceição Miguel Ministro, de Pero Pinheiro, Armindo Tojeira Pires, de Vila Verde, SilvérioSebastião Garcia, de Vila Verde, Lúcio Cristóvão da Silva, de Lourel, José Alberto Lopes da Silva, de Lourel,EduardoJosé Eugénio, do Algueirão, Carlos Alberto da Silva Ribeiro, de Lisboa, eng. Luís Ângelo Botelho Pires, Miguel FilipeMartins Caetano, do Mucifal.

Quarta-feira, 25 – Helena Maria Chilreira, de Pero Pinheiro, Maria Augusta Duarte do Canto e Cunha, MariaAlice da Conceição Vieira Jordão, Dina Neto Lamelas, de Queluz, Emília Simões Duarte, de Pedra Furada, AuroraMaria Adrião, de Fação, Maria Gertrudes Cristóvão, Maria D’Anunciação Pires dos Santos Capote, Rui Miguel CostaPedroso, de Colares, José Manuel da Cruz, Pedro Marques Maldonado Cordeiro, do Cacém, António Ferreira, daIdanha, Guilherme Vasco da Silva, de Rio de Mouro, António Manuel Morais Ramos,Circuliano da Silva Mendes,de Ranholas, Gustavo de Melo Meneses e Vasconcelos, do Estoril, Norberto Gomes Pantana, de Nafarros, FranciscoAlberto Sadio Garcia, Ricardo Manuel Silva Vicente, de Sta. Susana, Ricardo Barra Cavalheiro, de S. Miguel deOdrinhas.

Quinta-feira, 26 – Maria Cristina Almeida de Barros Queirós, Maria Emília Taful Pires, da Terrugem, CéliaBeatriz Casinhas Urmal, de Montelavar,. Belarmino Caetano Vida Larga, de Pero Pinheiro, Ludgero António Pedro,de Alvarinhos, Agostinho da Conceição Alberto, do Mucifal, Eduardo Miguel António, da Codiceira, Vitor ManuelFernandes Falcão, de Sintra, António José Baleia dos Santos, de Nafarros, Alfredo Nunes Martins, da Godigana.

Sexta-feira, 27 – Emilia Fernandes S. Raio, de Morelinho, Ivone Marina Nunes Carriço, de Pero Pinheiro,Emília Monteiro Henriques, Marcelina da Silva França, Maria Cristina Lopes da Costa, de Pero Pinheiro, AldaCristina Inácio Moreira, Isabel Maria Monteiro Germano, de Albogas, Susana Cristina de Oliveira Broncas, de PedraFurada, Fernanda Maria dos Santos Regueira, da Várzea de Sintra; Afonso Simplício Moucheira, de Pero Pinheiro,Jorge Alexandre Romaneiro Costa Santos, João dos Santos, de Manique de Cima, eng. Augusto Fernandes Mestre,do Algueirão.

Sábado, 28 – Ana Cristina Matias Caetano, de Sacotes, Maria do Rosário Galrão, de Pero Pinheiro, OdíliaRomaneiro da Costa Santos, Maria Augusta Coelho Costa, do Carrascal, Maria Olinda Cavalheiro Albano, deMontelavar, Maria José Gomes de Almeida, de Vila Verde, Júlia dos Santos Bertassoni; Domingos Lavos Júnior, dePero Pinheiro, João Paulo Bento Alves, Ezequiel Luís Jorge, António Alexandre Baleia, de Bolembre e DuarteCorredoura Martins.

Domingo, 29 – Maria Adelaide Matos Dias, de Mem Martins, Lobélia Maria Neto Magalhães, de Sintra, MariaOriol Pena, Maria da Luz Teles Perpétuo, de São João das Lampas, Maria José Ferreira da Costa, do Linhó, Hirondinade Jesus Matias Laranjo, de Mem Martins, Ana Moreira Rato, do Casal de Santo Amaro; Artur Pedro Franco AnjosTeixeira, José Martins Mata, Ricardo Pires Mateus, de Lameiras, José Eduardo Fernandes,José Luís Ferreira Duarte,de Mem Martins,José Manuel Cosme, Mário João Gonçalves Filipe, de Vila Verde, Rui Helder Correia Peres, de VilaVerde, Miguel Nuno Dias Botelho Alves Pedro.

Segunda-feira, 30 – Ana Aragão Teixeira Aguiar de Matos,. Maria Isabel de Assunção, do Mucifal, AméliaBeatriz Bruno Basto Pimenta, do Porto, Ana Margarida Baptista, Isabel Maria Baptista Carrera, Maria Inácia Pires,da Terrugem, Susete Maria Simões da Silva, de Fação; António Marques das Neves, de Vila Verde, Amado Moreira,de Mem Martins, Francisco Maximino Oriol Pena, Henrique Rodrigues da Silva, coronel eng. Carlos Amaro de SáTeixeira de Azevedo Ferraz, Joaquim Manuel Corredoura, de Pero Pinheiro, Vasco Miguel Dias Marques de Lemos;João Miguel Ladeiro Taurino, de Sintra.

Terça-feira, 31 – Ana Isabel Rodrigues Pires, de Fontanelas, Maria de Jesus Duarte, Edite Corvo MendesPereira Forjaz, Maria Albertina Raio Martins, da Várzea de Sintra, Ema Justina dos Santos Vicente, de Maniquede Cima, Maria Palmira Monteiro Germano, de Albogas, Maria João Lourenço Francisco, de Sintra; Valdemar Correiada Silva, Francisco Caetano Baptista, Albano Duarte Martins, de Albogas, José Augusto Duarte Caneira, de SantaSusana.

Quarta-deira, 1 de Abril – Susana Emanuel Santos da Conceição Costa Marques, de Carnaxide, Virgínia Cid,de Lisboa, Maria João Ferreira Magro Jacinto, de Rio de Mouro, Susete Figueiredo Torres, da Praia da AdragaMariado Céu Ribeiro Albuquerque; Domingos V. Caracol, de Bolembre, José da Silva Santana, de Mem Martins, LourençoAntónio Torres, da Praia da Adraga,José Marcos, de Odrinhas, Norberto de Almeida Martins, de Mem Martins, NunoCarlos Baptista Mendes, de S. Pedro de Sintra, Vasco Fontaínha da Fonseca, de Vila Verde.

Quinta-feira, 2 – Maria Emília d’Oliveira, Alda Maria Henriques Vieira, Elvira Morgado Miguel, do Ral, AméliaMaria Ferreira da Costa, Maria Benvinda de Carvalho, Paula Matias Louro, Maria de Lurdes de Sousa PinhoGuilherme, de Campo, Caldas da Rainha; Manuel Pereira de Macedo, António Manuel Carrasqueira da CostaMartins, de Pero Pinheiro, Rodrigo Oliveira Gomes, Luís Manuel Aniceto Henriques, de Mem Martins, António Joséde Castro Simões, João Manuel Amaro Nabais, de Montelavar, André Filipe Saraiva Louro.

Sexta-feira, 20 de Março: RodriguesRato, Algueirão (219212038); André, Queluz(214350043); Clotilde Dias, S. Marcos(214262576).

Sábado, 21: Silveira, Mem Martins(219229164); Portela, Monte Abraão(214377619); Garcia, Cacém (219142181).

Domingo, 22: Marrazes, Estefânia, Sintra(219230058); Azeredo, Pendão (214350879);Araújo e Sá, Cacém (219140781).

Segunda-feira, 23: De Fitares, Fitares -Rinchoa (219167461); O’Neil Pedrosa, Massamá(214307407); Guerra Rico, Cacém (219138003).

Terça-feira, 24: Químia, Mem Martins(219210012); Correia, Queluz (214350905);Rodrigues Garcia, Cacém (219138052).

Quarta-feira, 25: Medeiros, Mem Martins(219214103); Baião Santos, Monte Abraão(214375566); Campos, Cacém (219180100).

Quinta-feira, 26: Simões, Estefânia, Sintra(219230832); Simões Lopes, Queluz(214350123); Caldeira, Cacém (219147542).

Sexta-feira, 27: Cargaleiro Lourenço,Rinchoa (219162006); Pinto Leal, ShoppingCenter de Massamá (214387580); Mira Sintra,Mira Sintra (219138290).

Sábado, 28: Fidalgo, Casal S. José - MemMartins (219200876); Vasconcelos, MonteAbraão (214372649); Ascensão Nunes, Agualva(214323020).

Domingo, 29: Claro Russo, Mercês(219228540); De Belas, Belas (214310031); SilvaDuarte, Cacém (219148120).

Segunda-feira, 30: Tereza Garcia,Portela Sintra (219106700); Quinta das Flores,Massamá (214302063); São Francisco Xavier, S.Marcos (214260615).

Terça-feira, 31: Silveira - Forum Sintra,Rio de Mouro (219154510); Gil, Queluz(214350117); Rico, Agualva (214312833).

Quarta-feira, 1 de Abril: Vitória,Algueirão (219266280); Idanha, Idanha(214328317/8); Central, Cacém (219140034).

Quinta-feira, 2: Tapada das Mercês, Mercês(219169907); Zeller, Queluz (214350045);Clotilde Dias, S. Marcos (214262576).

SOCIEDADE

PUB. JORNAL DE SINTRA, 20-3-2020

Associação de Reformados, Pensionistas e IdososMontelavar

INSTITUIÇÃO PARTICULAR DE SOLIDARIEDADE SOCIALN.I.P.C 501 879 005

Assembleia Geral OrdináriaNos termos do n.º 1 do art.º 31 dos Estatutos e na competência que meconfere o art.º 28 dos mesmos Estatutos, convoco todos os associadosda Associação de Reformados Pensionistas e Idosos de Montelavar, empleno gozo dos seus direitos associativos, para reunirem em AssembleiaGeral Ordinária no dia 28 de Março de 2020 (sábado) pelas 14:30h noCentro de Convívio da Associação, com a seguinte Ordem de Trabalhos:PONTO 1 – Apresentação, discussão e votação das Contas de 2019;PONTO 2 – Outros assuntos de interesse para a Associação.Não estando presentes sócios em número suficiente para ofuncionamento da Assembleia, esta terá lugar meia hora depois (15:00h)deliberando então com qualquer número de sócios presentes.Montelavar, 09 de Março de 2020.

Sede: Rua Maestro Álvaro Augusto de Sousa, 3 - 1.º - 2715-666 MONTELAVARTelef. 21 927 10 61 - Fax: 21 927 10 61

Regras de Atendimentonos Espaços do Cidadãoe Loja do CidadãoDevido ao surto do novo coronavírus (COVID 19), as regrasde atendimento prestado pelo Gabinete de Apoio ao Munícipenos Espaços do Cidadão e Loja do Cidadão do concelho deSintra vão ser temporariamente alteradas. Assim, seguem-se as informações a disponibilizar aoscidadãos:• Os pedidos de informação serão prestados, exclusivamente,pela via telefónica e online;• O atendimento presencial com fins não informativos seráprestado, exclusivamente, através de pré-agendamento paraos serviços não disponíveis por via eletrónica e para atosurgentes;• O número de cidadãos que pode estar no interior dasinstalações é limitado ao número de postos de atendimentoem funcionamento;• O pagamento deverá ser efetuado, preferencialmente, porvia eletrónica;• O apoio à utilização de serviços públicos digitais e oatendimento presencial através de pré-agendamento poderáser efetuado através do portal e-portugal (https://eportugal.gov.pt//) e das linhas de contacto: – Centro de Contacto Cidadão - 300 003 990 (segunda a sexta-feira das 9h às 18h)– Centro de Contacto Empresas - 300 003 980 (segunda asexta-feira das 9h às 18h)

Tratando-se de serviços municipais os contactos são:Espaço Cidadão Sintra – tel. 21 923 86 [email protected]ço do Cidadão de Pêro Pinheiro – tel. 21 923 88 [email protected] Espaço do Cidadão de Rio de Mouro – Tel.: 21 923 69 [email protected]ço Cidadão Cacém – tel. 21 923 69 [email protected]ço do Cidadão de Massamá – Tel.: 21 923 69 [email protected]ço Cidadão Queluz – Tel: 219 236 [email protected] A Câmara Municipal de Sintra acionou o plano de contingênciapara o surto do COVID-19, que tem como missão acompanhara evolução da propagação do vírus, antecipar e implementaras medidas e ações adequadas de prevenção, intervenção erecuperação a fim de assegurar a continuidade das atividadesessenciais e prioritárias da Câmara Municipal e do municípiode Sintra, apoiar as populações e restabelecer, caso sejustifique, a normalidade.

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(Esta crónica, por desejo expresso do seu autor, não respeita o novo Acordo Ortográfico.)

É

HÁ DEZ ANOS ESCREVIA

15JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 20 DE MARÇO DE 2020

TELEVISÃO PASSATEMPOS

Bernardode Brito e Cunha

SOPA DE LETRAS

PALAVRAS CRUZADAS

SUDOKU

SOLUÇÕES

Nível de Dificuldade: FÁCIL

RUI FERNANDESComércio e reparação de motos

Rua João Crisóstomo de Sá, n.º 9 – 2745-034 QUELUZ - Tlm 966 076 095/ 933 426 402

J

A flor no clima adversodo deserto

AHORIZONTAIS

1 - Fôssemos para o interior. 2 - Dança nacionaldos Gregos modernos. 3 - Motivo, provoco.Anotam, reparam. 4 - Abreviatura de Asso-ciação de Tenistas Profissionais. Horacanónica. Abreviatura de Área Metropoli tanado Porto. 5 - Puxar com o rodo. Mulher decostumes duvidosos. 6 - Símbolo químico doárgon (Quím.). Atrevem-se. Ástato (s.q.). 7 -Parto em migalhas. Administrei. 8 - Lugar ondese tomam bebidas. Esvoaça. A faculdade defalar. 9 - Colocava asas. Doze dúzias. 10 -Cão do grupo dos dogues, próprio para caçaros animais que vivem em tocas. 11 - Apertaracom parafuso.

VERTICAIS1 - Ato de escarambar-se. 2 - Apertarias comnó. 3 - Imitativa de pancada (Interj.). Agra-decida. 4 - Letra grega (pl.). Corto com osdentes. Experimentar. 5 - Deus egípcio. Hastedelgada e comprida. 6 - Apelido. Oponho-me.República Federal (abrev.). 7 - Fado, sorte.Operou. 8 - Repetidor das palavras de outrem(Fig.). Tempo Médio de Greenwich (abrev.).Raso, rente. 9 - Assassinai. Capital do AltoAlentejo. 10 - Escora, proteção (pl.). 11 - Tinhasimpatia.©

em altura de crise como esta que atravessamos, quemuitos de nós, pela idade, nunca tínhamos sentido napele, que a palavra “milagre” parece ganhar um novosignificado. E como posso classificar, a não ser comomilagre, o caso do bebé cuja mãe infectada pelo coro-

«Terá começado ontem, na TVI, a sexta temporada de “House”. Dada a antecipaçãocom que escrevo, não vos garanto que tal tenha acontecido, nem sei dizer a que horasfoi transmitida: mas certamente foi respeitada a dose diária de novelas e a estreia só teráacontecido depois da meia-noite. Vem com atraso de meses e, quem não a acompanhouno cabo, ter-se-á deparado com o inusitado de um episódio duplo, de mais de uma horae meia. Mas, quem aguentou a pé firme até às duas da manhã, não terá dado por mal-empregue o seu tempo.»

a altura em que me lêem já saberão mais do que eu, isto é, se o Estado deEmergência de que Marcelo Rebelo de Sousa falou entrou em fase de execuçãoou não. É um instrumento previsto na Constituição da República Portuguesa,mas que foi apenas usado uma vez, antes de existir Constituição, em Novembrode 1975. Por isso mesmo, não há jurisprudência sobre a matéria e mesmo a

elena tem, como primeiro desafio, que lutar contra a forte resistência dos jogadorese dos adeptos do clube Varg Il, enquanto procura equilibrar a vida pessoal demãe solteira de uma filha adolescente e provar que as mulheres são tão boascomo os homens no campo de futebol. O seu maior inimigo é o craque Ellingsenque está disposto, no máximo, a aceitá-la como seu técnico-adjunto. Mas a

melhor de todas é Deadwind, a história de Sofia Karppi, uma detective na casados 30 que está a tentar ultrapassar a morte do marido ao mesmo tempo quedescobre o corpo de uma jovem assassinada num local de construção. Umasérie finlandesa que mistura o thriller com o drama pessoal. E também uma sériedramática norueguesa da RTP2: o seu nome é Jogar em Casa e conta a luta de

á vos disse, julgo, como me tenho interessado por séries escandinavas, e até poruma chamada Shetland e que é passada, como se está mesmo a ver, nas ilhasShetland, mais ao norte da Escócia. Os falares de todas elas (mesmo o inglês deShetland) são muito curiosos: seria de supor que os nórdicos tivessem pontosem comum ou, pelo menos, muito parecidos – assim como nós e os espanhóis ou

navírus e internada, nasceu sem sinais de vírus e com um primeiroteste negativo. E embora este bebé-milagre, se me permitem estalamechice, ainda tenha de fazer um novo teste para se ter a certeza de que está livre dadoença. Sobretudo quando os dois pais estão, na altura em que vos escrevo estas linhas,ainda internados e infectados. E este caso faz-me recordar a imagem da flor que brota noclima adverso do deserto…

os galegos. Mas não: aquilo é tudo uma algaraviada pegada e muito diferente uns dosoutros. Da Noruega (onde se passa a série Wisting, que o canal AMC está a exibir) àFinlândia, passando pela Suécia, o takk norueguês dá lugar ao tack sueco, que é parecidoem escrito mas diferente na pronúncia, mas depois chegamos à Finlândia e deparamos comum estranho kiitos, que parece não ter qualquer relação com os vizinhos do Norte – e tudopara dizer “obrigado”...

uma mulher para se tornar treinadora de uma equipa masculina de futebol – a primeira nahistória do futebol europeu, numa altura em que o tema do sexismo no desporto salta paraas primeiras páginas dos jornais.

Htreinadora consegue alguns bons resultados, descobre na pequena cidade um jovem epotencial craque e faz com que o clube, de praticamente condenado a descer de divisão, semantenha na primeira liga.

Ndoutrina pouco se tem debruçado sobre o assunto. De acordo com a lei fundamental, adeclaração do Estado de Emergência pode ocorrer “no todo ou em parte do territórionacional, nos casos de agressão efectiva ou iminente por forças estrangeiras, de graveameaça ou perturbação da ordem constitucional democrática ou de calamidade pública”.

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JORNAL DE SINTRA Av. Heliodoro Salgado, n.º 6 – 2710-572 SINTRA | Redacção: 21 910 68 31 | Publicidade: 21 910 68 30

O que é o COVID-19?É o nome atribuído pela Organiza-ção Mundial da Saúde, à doençaprovocada pelo novo coronavírusSARS-COV-2, que pode causar in-feção respiratória grave como apneumonia. Este vírus foi identifi-cado pela primeira vez em humanos,no final de 2019, na cidade chinesade Wuhan, província de Hubei.

Quais são os sinais e sintomas?Os sintomas mais frequentes asso-ciados à infeção são: febre, tosse,dificuldade respiratória (falta de ar).Também pode surgir dor de gargan-ta, corrimento nasal, dores de cabe-ça e/ou musculares e cansaço. Emcasos mais graves, pode levar apneumonia grave com insuficiênciarespiratória aguda, falência renal ede outros órgãos, e eventual morte.Também é possível estar infetado enão ter quaisquer sintomas, man-tendo a possibilidade de trans-missão.

E nas Crianças?Os sintomas são semelhantes emcrianças e adultos. No entanto, à se-melhança de outras doenças viraiscomo a varicela e o sarampo, o qua-dro é geralmente mais leve nascrianças. Os sintomas relatadosnesta faixa etária incluem sintomasgripais, como febre, corrimento na-sal e tosse. Vómitos e diarreia tam-bém foram relatados. Ainda não sesabe se algumas crianças podemestar em maior risco de doença gra-ve, por exemplo, crianças com con-dições médicas subjacentes enecessidades especiais de saúde.No entanto, ainda há muito para des-cobrir sobre a doença nas crianças.

Como se transmite a doença?A COVID-19 transmite-se por con-tacto próximo com pessoas infe-tadas pelo vírus, ou superfícies eobjetos contaminados. Esta doençatransmite-se através de gotículaslibertadas pelo nariz ou boca quan-do tossimos ou espirramos, quepodem atingir diretamente a boca,nariz e olhos de quem estiver próxi-mo. As gotículas podem depositar-se nos objetos ou superfícies querodeiam a pessoa infetada. Por suavez, outras pessoas podem infetar-se ao tocar nestes objetos ousuperfícies e depois tocar nos olhos,nariz ou boca com as mãos.

Qual é o período de contágio?Estima-se que o período de incu-

S A Ú D ES A Ú D ES A Ú D ES A Ú D ES A Ú D E *Dra. Mónica Justino

bação da doença (tempo decorridodesde a exposição ao vírus até aoaparecimento de sintomas) seja en-tre 2 e 14 dias. A transmissão porpessoas assintomáticas também épossível.

Os animais domésticos podemtransmitir o vírus?Não. De acordo com informação daOrganização Mundial da Saúde(OMS), não há evi-dência de que osanimais domésti-cos, tais como cã-es e gatos, tenhamsido infetados eque, consequente-mente, possamtransmitir o CO-VID-19.

O clima quente vaiparar o surto doCOVID-19?Ainda não é co-nhecido se o clima ou a temperaturaafetam a propagação do COVID-19.Outros vírus, por exemplo, os quecausam a gripe, têm uma maiorpropagação durante os meses maisfrios. Contudo, isso não significaque não se fique doente devido aestes vírus durante os restantes me-ses. De momento, não há evidênciade que a propagação do COVID-19irá diminuir quando o clima ficarmais quente. Ainda há muito paraaprender sobre o modo de transmis-são, a gravidade e outras informa-ções relacionadas com o COVID-19,e há investigações em curso.

Qual é a diferença entre epidemiae pandemia?Uma epidemia é quando uma doen-ça ocorre com frequência invulgarnuma determinada região e por umperíodo limitado. Já a pandemia éuma epidemia que se alastra aomesmo tempo em vários países.

Devo ser testado para COVID 19?Se estiver com febre, tosse ou difi-culdade respiratória e tiver estadoem contacto com uma pessoainfetada por COVID-19, deve ligarpara o SNS24 (808 24 24 24).Após este contacto e validação dahistória clínica, os profissionais desaúde irão determinar se é neces-sário ser testado para COVID-19.

Qual é o tratamento?Não existe tratamento dirigido aovírus, no entanto, os sintomas po-

dem ser controlados com medica-ção como o paracetamol, no casoda febre, e se houver falta de arpoderão ser necessárias outras me-didas terapêuticas a nível hospitalar.

Os antibióticos são importantespara tratar o COVID-19?Não, os antibióticos são dirigidos abactérias, não tendo efeito contravírus. O COVID-19 é um vírus e,

como tal, os antibióticos não devemser usados para a sua prevenção outratamento. Não terá resultado epoderá contribuir para o aumentodas resistências a antimicrobianos(antibióticos).

O que são medidas de higiene eetiqueta respiratória?A Organização Mundial da Saúde(OMS) recomenda:• Medidas de etiqueta respiratória:tapar o nariz e a boca quandoespirrar ou tossir, com um lenço depapel ou com o antebraço, nuncacom as mãos, e deitar sempre o lençode papel no lixo;• Lavar as mãos frequentemente.Deve lavá-las sempre que se assoar,espirrar, tossir ou após contactodireto com pessoas doentes. Develavá-las durante 20 segundos comágua e sabão ou com solução à basede álcool a 70%;• Evitar contacto próximo com pes-soas com infeção respiratória;• Evitar tocar na cara com as mãos;• Evitar partilhar objetos pessoaisou comida em que tenha tocado.

As Unidades de Saúde Familiar(Centros de Saúde) de Sintra conti-nuam a funcionar normalmentedurante este surto?Não. Tendo em conta o momentoque atravessamos, a Direção doAgrupamento de Centros de Saúdede Sintra (ACES), tomou a decisãode desmarcar todas as atividades/consultas programadas sem data de

reprogramação.Ou seja, serão apenas prestados osseguintes serviços:

Consulta de adultos– Doença aguda– Atendimento telefónico de doen-tes crónicos ou com descompen-sação que pretendam discutiralguns resultados de exames oualteração de medicação.

– Assistência autentes que estejammedicados com in-sulina há poucotempo e que tenhamdúvidas.– Emissão de certi-ficados de incapa-cidade temporáriapara o trabalho (bai-xas) por DOENÇA àpedidos realizadospreferencialmentepor via email ou te-lefone.

– Renovação de receituário cró-nico – preferencialmente solicitadopor via email ou via telefónica.

Consulta de Planeamento Familiar– Fornecimento de métodos contra-cetivos, incluindo os de emergência.– Resposta ao pedido de referen-ciação para interrupção voluntáriada gravidez.– Consulta de planeamento apósinterrupção voluntária da gravidez.

Consulta de Saúde Materna– Primeira consulta da gravidez;Realização de pelo menos umaconsulta por trimestre de gravidez.– Avaliação de intercorrências nagravidez (por exemplo vómitos,infeções urinárias, infeções vagi-nais) em qualquer fase da gravidez.– Administração de vacinas àgrávida (imunoglobulina às 28semanas e/ou vacina da tosseconvulsa às 30 semanas).– Referenciação para consultahospitalar de obstetrícia.– Consulta de revisão de Parto.

Consulta de Saúde Infantil e Juvenil– Rastreio metabólico do recém-nascido (Teste do Pezinho).– Primeira consulta do recém-nascido (até aos 7 dias de vida).– Consulta de saúde infantil até aos18 meses (consultas em que hajaadministração de vacinas de acordocom o Plano Nacional de Vacinação,ou seja, consulta de 2 meses, 4 me-ses, 6 meses, 12 meses e 18 meses).

– Cuidados em situação de doençaaguda na criança.

Cuidados de Enfermagem– Administração de medicação erealização de tratamentos inadiá-veis (por exemplo realização depensos de feridas crónicas).- Atualização inadiável do PlanoNacional de Vacinação.

Cuidados ao DomicílioCuidados em situação de tratamen-tos de feridas ou gestão da tera-pêutica ao domicílio.

Que serviços as unidades de saúdede cuidados primários não poderãoprestar?– Consultas de rotina – exceto asacima referidas.– Renovação de atestados de cartade condução, atentados para ativi-dade desportiva, licença de porte dearma.– Renovação de pedidos de fisio-terapia.– Rastreios do cancro da mama,cancro do colo do útero, cancro dointestino, rastreio de retinopatiadiabética.

Como serão orientados os casossuspeitos no ACES de Sintra?

Nos próximos dias, serão criados noACES Sintra, Áreas Dedicadas aoCOVID-19 (ADC) que prestarãoserviços médicos e de enfermagemaos casos suspeitos de infeção poreste vírus, ficando os doentes refe-renciados a esses locais, exceto setiverem sinais de alarme que exijamuma rápida avaliação em serviço deurgência hospitalar (falta de ar,prostração).Aguardamos pela divulgação dosADC e quais os critérios para recor-rer aos mesmos.

Informações com base no site daDireção Geral da Saúde e Normasde Orientação Clínica (001/2020COVID-19: Primeira Fase deMitigação)

*Grupo de Médicos Internos deMedicina Geral e Familiar das

Unidades de Saúde FamiliarCynthia, Colares, Monte da Lua,

LápiasACES Sintra

Grupo de Médicos Internos de Medicina Geral e Familiar das Unidades de Saúde Familiar Cynthia, Colares, Monte da Lua, Lápias, ACES Sintra

Indicações à população de Sintrarelativamente ao Coronavírus (COVID19)