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Vitória, Espírito Santo - Terça-feira, 28 de Junho de 2016 - Edição N° 7 Design e sua harmonia com o meio ambiente Conhece EcoDesign? O Ecodesign é caracterizado como responsável pela concepção de produtos que sejam ecologicamente sustentáveis em todo o seu ciclo de vida, favorecendo o meio ambiente. PÁG. 06 Processos de impressão e de acabamentos podem ser a solução ideal Saiba a importância do Grid no seu projeto gráfico e como fazer um bom Grid Conheça um pouco da história dos processos de impressão e veja como funcionam oito deles, além de quatro maneiras de acabamento para as folhas O grid é uma malha composta por uma série de linhas ou curvas que se interceptam entre si afim de dar ordem e consistência visual ao conteúdo PÁG. 09 PÁG. 04 Cor: teoremas, dimensões, sistemas e harmonias Compreender a física e a filo- sofia da cor é uma coisa; usar cores em obras de arte é outra. Para combinar cores, você precisa de uma referência PÁG. 12 Tipografia Papel Tipos e funções PÁG. 08 PÁG. 02 Legibilidade e leiturabilidade

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Vitória, Espírito Santo - Terça-feira, 28 de Junho de 2016 - Edição N° 7

Design e sua harmonia com o meio ambienteConhece EcoDesign? O Ecodesign é caracterizado como responsável pela concepção de produtos que sejam ecologicamente sustentáveis em todo o seu ciclo de vida, favorecendo o meio ambiente. PÁG. 06

Processos de impressão e de acabamentos podem ser a solução ideal

Saiba a importância do Grid no seu projeto gráfico e como fazer um bom Grid

Conheça um pouco da história dos processos de impressão e veja como funcionam oito deles, além de quatro maneiras de acabamento para as folhas

O grid é uma malha composta por uma série de linhas ou curvas que se interceptam entre si afim de dar ordem e consistênciavisual ao conteúdo PÁG. 09PÁG. 04

Cor: teoremas, dimensões, sistemas e harmoniasCompreender a física e a filo-sofia da cor é uma coisa; usar cores em obras de arte é outra. Para combinar cores, você precisa de uma referência PÁG. 12

Tipografia

PapelTipos e funções

PÁG. 08

PÁG. 02

Legibilidade e leiturabilidade

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Design Diário - Terça-feira, 28 de Junho de 201602

EXPEDIENTEDESIGN DIÁRIOCNPJ: 12.345.678/0001-01Presidente: Geyza Dalmásio Muniz. Editor Chefe: Taeiou Y.Diretor Comercial: Laeiou Kaeiou. Editor de Arte: Caeiou B.Diretor Administrativo: Paeiou Raeiou. Transportador: Vaeiou Diretor de Redação: Saeiou Maeiou.Colaboradores e diagramadores: Betina Rezende, Hellen Kelly, Karoline Lyrio e Letícia Perin.

ENDEREÇO: Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES - Brasil

FALE [email protected]

Tipografia: o sangue do textoO conhecimento da tipografia é essencial aos designers. O discernimento adequado do uso da tipografia é fundamental aos designers que trabalham com diagramação.Tipografia é a conhecida como a arte ou processo que cria acomposição de um texto, digital ou físico. Na maioria dos casos, o principal obje-tivo da tipografia é dar ordem estrutural e pas-sar as informações de um texto de forma clara. Nessa situação, uma composição tipográfica deve ser legível e tam-bém visualmente at-raente, sem esquecer o contexto em que é lido e os objetivos da sua

publicação. Em tra-balhos de design gráfico experimentá-los objeti-vos formais extrapolam a funcionalidade do texto, portanto questões como legibilidade, ness-es casos, podem acabar sendo relativas. Antes da tecnolo-gia impressa, os livros eram produzidos por escribas. O processo da escrita de um livro era manual, muito tra-balhoso e demorado. Os chineses foram os

primeiros a criar um sistema de tipografia. Os tipos eram feitos em argila cozida, ma-deira e até bronze e eram dispostos numa tábua, a huóban, tábua viva. Mas o grande e conhecido inventor da tipografia, feita através da prensa com tipos em metal, foi o famoso Johann Gutenberg no ano de 1450. A invenção de Gutenberg levou-nos a possibilidade de repro-

dução em série dos tex-tos. No século XV, em 1456, ele imprimiu a “Bíblia de 42 linhas”, o primeiro livro impres-so e a primeira com-provação da eficiência da tipografia. No início deste sé-culo XXI, já existe a impressão digital que elimina a etapa das montagens em filme e também as chapas de alumínio, a impressão é feita diretamente do computador.

Legibilidade e leiturabilidade?

CÉLIA ANDRADEREDATORA DO DESIGN DIÁRIO

A legibilidade refere-se à escolha do projetista pelo desenho da fonte e a habilidade do leitor de distinguir as letras umas das outras. Vários são os fatores que influenciam na legibilidade de um tipo, como espaçamento, contraste, ta-manho, formas, cor dos caracteres, cor do fundo, tipo do papel, tipo da impressão, entre outros. A leiturabilidade refere-se ao aspecto geral, e leva em conta fatores como o a composição dos tipos nas colunas, o corpo, a entrelinha, a largura da linha, etc.

“LEGIBILIDADE”

“LEGIBILIDADE”

Exemplo de boa leiturabilidade

Exemplo de péssima legibilidade

“le I TuR abIL daDe”

“LEITURABILIDADE“

Exemplo de boa legibilidade

Exemplo de péssima leiturabilidade

FABRÍCIO SOARESREDATOR DO DESIGN DIÁRIO

Então, ao escrever algum texto, não pres-te atenção somente na fonte que você vai es-colher, mas também em como esta fonte está sendo usada e como ela está relacionada a toda a peça, pois má diagramação por trazer pesa-delos. Tomar cuidado com estes dois aspectos pode ser o diferencial entre um trabalho bom e um trabalho excelente.

Tipos móveis foram um dos primeiros avanços na utillização tipográfica ao redor do mundo. | Foto: Reprodução

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Fontes não latinas?Você com certeza as conhece mas dificilmente as entende SIMONE LIMA

REDATORA DO DESIGN DIÁRIO

Fontes latinas são essas com os caracteres que conhecemos, uti-lizadas nesta frase, por exemplo.a

Já as fontes não latinas são aquelas cuja escrita não gera caracteres do alfabeto que utilizamos no dia a dia.

Alguns dos exemplos de fon-tes não latinas são as japonesas, chinesas, coreanas e árabes.

Apesar disso, muitas famílias tipográficas ainda são criadas para essas formas de escrita.

Além das não latinas, algumas outras podem não utilizar nosso alfabeto, como as simbológicas.

LARISSA MARTINSREDATORA DO DESIGN DIÁRIO

Eixos da tipografiaÉ a angulação do traço. Diz respeito ao eixo de inclinação principalmente das letras b, c, e, g, o, p e q.

Eixo Humanista: é o eixo oblíquo e que condiz com a inclinação da escrita manual.

Eixo Racionalista: é o eixo vertical. Condiz com as formas neoclássicas e românticas.

Sem eixo: é eixo vertical presumido. Condiz com o traço não modulado ou a ausência de eixo.

Cada um dos tipos de fonte com diferentes eixos pode ser utilizada se escolhida da maneira certa.

A tipografia também pode ser arte JOÃO PEDRO

REDATOR DO DESIGN DIÁRIO

Se engana quem acredi-ta que a tipografia natu-ralmente só possui uma função: proporcionar a leitura. Esta pode até ser sua função primária mas certamente não é a

única. A arte tipográfica vem se tornando comum entre designer e ilustra-dores, que utilizam das letras e efeitos visuais para formar ilustrações das mais diversas.

Famílias tipográficas e fontes SIMONE LIMA

REDATORA DO DESIGN DIÁRIO

Fonte é um conjunto de tipos de letras for-mado pelo alfabeto e caracteres com as mes-mas características em sua anatomia. As fon-tes possuem famílias tipográficas que são um conjunto de variações

dessa mesma fonte em negrito, itálico, versalete e algumas outras. As fontes com serifas são usadas em blocos de texto , pois tendem a guiar o olhar através do texto: o ser humano lê palavras ao invés de

letras individuais, as-sim as letras serifadas parecem juntar-se. As fontes sem serifa costumam ser usadas em títulos e chamadas, pois valorizam cada palavra individualmen-te e tendem a ter maior

peso e presença para os olhos, já que parecem mais limpas. Elas são perfeitas para exibição de textos no monitor, pois transmitem sensação de organização fatores pri-mordiais para atrair o visitante à leitura.

Caixa contendo vários tipos móveis de uma mesma família tipográfica. | Foto: Reprodução

Cantora Beyonce ilustrada através da tipografia, por artista desconhecido.| Foto: Reprodução

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GRIDSDesign Diário - Terça-feira, 28 de Junho de 201604

Técnicas de Diagramação

Entenda como o Grid pode auxiliar nos seus projetos gráficos

• Técnica do “L” - utilizado em diversas mídi-as, em que a mancha de texto acaba criando o formato da letra “L” em relação a imagem.

• Técnica do “T”, pode estar disposto de diver-sas maneiras também, ela ajuda a dar sentido de continuidade.

• Técnica de suporte, o texto se mantém abaixo ou acima da imagem, é uma configuração um pouco pobre mas que funciona na web.

MARIA GABRIELAREDATORA DO DESIGN DIÁRIO

No Design Gráfico, o grid é um recurso estrutural utilizado recorrentemente na composição e orga-nização de elementos gráficos, presentes em revistas, jornais, car-tazes, sites, logos e in-úmeros outros. O grid é uma malha com-posta por uma série de linhas ou curvas que se interceptam entre si a fim de dar ordem e consistência visual ao conteúdo.

Historicamente,o grid já vinha sendo utilizado, tanto no campo das artes e ar-quitetura como no campo da editoração

dos primeiros impres-sos, antes mesmo de existir uma definição técnica e estudo pro-fundo sobre ele. No campo das Artes, as pinturas de Mondrian, buscam a simplici-dade máxima e são um exemplo da fun-cionalidade dos grids, que atr avés de linhas que se interceptam, cria-se uma estrutura que simplifica a com-preensão das infor-mações em módulos.

Na arquitetura an-tiga, também muito se especula o uso de grid e da proporção áurea na concepção de templos gregos data-

dos do século V a.C., estudos sugerem que a secção áurea foi am-plamente utilizada por arquitetos gregos a fim de buscar medidas perfeitas nos templos dedicados aos Deuses.

A difusão em larga escala dos conceitos de grid no Design Gráfico, veio em con-sequência da 2ª Guer-ra Mundial e com propagação dos con-ceitos da Bauhaus. Os ideais de simplici-dade e racionalização difundiram-se entre os jovens designers da época e, com a 2ª Guerra, inúmeros re-fugiados intelectuais e

designers, que hoje são grandes nomes do design moderno, como Jan Tschichold e Herbert Bayer, se exilaram na Suíça. Lá ajudaram a formalizar e promover o uso de grids que, através prin-cipalmente de seus cartazes, tornaram-se ícones do design, famosos até hoje.

Os grids podem ser apresentados em di-versas configurações, asquais podemos de-stacar: o grid de uma coluna o de duas colunas, o de três co-lunas (dá ainda mais flexibilidade que as anteriores, utilizado

bastante em jornais, revistas e websites), o de grid modular (para projetos mais com-plexos, os módulos ga-rantem maior controle do conteúdo e dos es-paços menores) e o de grid hierárquico (di-vide a tela ou impresso em colunas horizon-tais, com tamanhos di-versos, muito utilizado em websites, pois faz uma organização hi-erárquica do conteúdo).

É preciso conce-ber o grid analisan-do inúmeros fatores, deve-se ser levado em conta o tipo do pro-jeto, se é impresso ou não, o seu propósito,

e até o público-alvo. O grid do conteúdo

de um livro (do tex-to corrido), não deve ser o mesmo grid que é estruturado na capa desse mesmo livro, são propósitos diferentes apesar de ser o mesmo projeto.

Muitos designers criam seus grids através da Proporção Áurea, criando secções áureas. Um jeito fácil de criar através des-sa proporção, é divi-dindo o layout em 3 partes iguais, usando a regra dos terços, e achar os 4 pontos áu-reos de intersecção.

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Entendendo o Grid1

AS MARGENS São os espaços em branco entre os limites da página (borda) e o início do conteúdo - as margens enquadram o texto.

GUIAS HORIZONTAIS Elas que quebram o espaço horizontalmente e servem para orientar os olhos na leitura.

AS CALHAS São os espaços em branco entre uma coluna e outra.

2

1

3

AS COLUNAS Elas são as estruturas verticais, que vão desde a margem superior à inferior, dispostas horizontalmente e delimitadas pelas calhas.

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OS MÓDULOS Os espaços retangulares da coluna que se for-mam através da delimitação pelas guias horizontais; 5

ZONAS ESPECIAIS São os conjuntos de módulos que formam uma unidade.6

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O Ecodesign aparece no contexto da criação doprocesso de Análise do Ciclo de Vida, que surgiu nadécada de 60 e foi impulsionada pela crise do petróleoda década de 70, como uma ferramenta para analisaropções para redução de custos operacionaisrelacio-nados ao consumo de energia e de matérias-primas de processos produtivos, com o ob-jetivo debuscar fontes alternativas ao uso de combustíveis emateriais de fontes fósseis.

AMANDA MIGUELREDATORA DO DESIGN DIÁRIO

Desenvolvendo Produtos Inovadores e Sustentáveis Fotógrafo: Claudio Roberto.

Tijolos do Projeto Ecodesign Mariana. Transformando lama, em alegria, após a tragédia do Rio Doce.

EcoDesign presente na reutilização de rolha de frascos de vinho.Crédtios: André Souza.

EcoDesign

hEcoDesign presente nos produtos da empresa Natura. Créditos: Anderson Moraes.

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Tipos de papelO papel e a sua importância

Estima-se que o ancestral do papel, o papiro, foi criado por volta de 2500 a.C. no Antigo Egito. O pa-piro era feito utili-zando a parte interna, branca e esponjosa do caule do papiro (tipo de planta). Esse caule era cortado em tiras que eram molhadas, sobrepostas, cruzadas e prensadas. Um pouco depois a folha resul-tante era alisada e co-lada ao lado de outras folhas, formando uma longa fita. O pergaminho, sucessor do papiro, era normalmente folhas feitas de peles de an-imais (cabras, cord-eiro, ovelhas, carnei-ros, etc) que eram limpadas, prensadas e preparadas para a es-crita na pele que era

bem clara o que facili-tava o processo. Após o rolo de pergaminho houve também o surgimen-to do códice, pedaços de madeira que eram talhados para registrar as mensagens. O papel de fato, feito de fi-bras vegetais, surgiu na China em 123 a.C. Diz-se que utilizavam a fibra vegetal (da árvore Morus papyr-ifer), uma erva chinesa (Boehmeria) e o bam-bu em sua fabricação. O papel foi se es-palhando pela Ásia e a primeira fábrica de papel surgiu na Turquia em 795 d.C. No Brasil, a primei-ra fábrica surge em 1810 com a vinda da família real portugue-sa. E com o tempo ele foi aperfeiçoado.

“No Brasil, a primeira

fábrica surge em 1810 com

a vinda da família real

portuguesa”.

O papel possui grande importância em nossas vidas. Se não fosse por ele não tería-mos livros, revistas e jornais impressos, não teríamos objetos práti-cos para escrever, de-senhar ou até mesmo para realizar simples anotações. Sem contar em pa-péis fabricados para usos pessoais como o papel higiênico. Além disso, papéistambém são utilizados

em decoração de festas, na confecção de em-balagens de diversos produtos como doces, leite, sucos, entre ou- tros alimentos. Você parou para pen-sar se ele não existisse? Coisas simples tam-bém não existiriam. Atualmente, várias técnicas existem para a fabricação de pa-pel. A matéria prima principal é a celulose, retirada de vegetais e da madeira de ár-vores. Outras matérias primas existem para a fabricação de papel como o algodão, o li-nho, cânhamo (tecido bem parecido com o linho) e outras plantas retiradas e descobertas da natureza. Afinal, o homem não para de descobrir a cada dia coisas novas!

Existem diversos tipos de papel, cada um cri-ado com uma finalidade específica. Há os tipos mais conhecidos como: sulfite, cartolina, almaço, couchê, higiênico, crepom, reciclato e reciclado, celofane, laminado, cartão, jornal, entre outros. Além disso, também existem aqueles tipos de papel que são muito usados (ou não), no entanto podem não serem muito conhecidos pelo nome específico, como: papel químico, autocopiativo, mata-borrão, supremo, kraft, vergê, velino, bíblia, papel de arroz e papel manteiga, entre outros. Ou seja, percebe-se que há uma infinidade de tipos de papel destinados para diferentes aplicações.

Os diversos tipos de papel que existem não foram criados por qualquer motivo, cada um de-les têm uma ou mais finalidades específicas. Por exemplo, existem papéis mais destinados para uso comercial como o couchê e supremo, que são mui-to usados para a elaboração de cartões de visita, folders, calendários, panfletos, marcadores de pá-ginas e ímãs. O papel jornal e moeda, como o próprio nome já diz, têm suas finalidades específicas. O autoco-piativo e o químico são utilizados juntos normal-mente em lojas para descrição de recibos. Temos o offset, que é o mais utilizado para impressão no comércio. Há ainda aqueles papéis usados comumente no dia a dia como o sulfite, a cartolina, o higiênico, papelão ou duplex. E ainda há aqueles usados com alimentos como o papel de arroz e o papel manteiga.

As aplicações do papel no dia a dia

Você já parou para pensar na importância do papel no seu dia a dia? Saiba também um pouco sobre a sua história, tipos e principais aplicações HELLEN KELLY RANGEL

REDATORA DO DESIGN DIÁRIO

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

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Design Diário - Terça-feira, 28 de Junho de 2016 xx

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Entendendo a xilogravura

A xilogravura é uma antiga técnica de ori-gem chinesa em que o artesão utiliza um pe-daço de madeira para entalhar um desenho, deixando em relevo a parte que pretende fa-zer a reprodução. Em seguida, utiliza tinta para pintar a parte em relevo do desenho. Na fase final, é utilizado um tipo de prensa para

exercer pressão e reve-lar a imagem no papel ou outro suporte. Um detalhe importante é que o desenho sai ao contrá-rio do que foi talhado, o que exige um maior trabalho ao artesão. A xilogravura po-pular é uma permanên-cia do traço medieval da cultura portuguesa transplantada para o Brasil e que se desenvol-

veu na literatura de cordel. Quase todos os xi-lógrafos populares bra-sileiros, principalmente no Nordeste do país, provêm do cordel. En-tre os mais importan-tes presentes no acervo da Galeria Brasiliana estão Abraão Batis-ta, José Costa Leite, J. Borges, Amaro Fran-cisco, José Lourenço e Gilvan Samico.

GABRIELA BELLREDATORA DO DESIGN DIÁRIO

Mas e a rotogravura?O processo de im-pressão rotogravura é chamado também de processo em baixo re-levo, porque a imagem na matriz é um baixo relevo em relação à su-perfície do cilindro. No processo de impressão, o cilindro é instalado na máquina é imerso num tinteiro que contém tintas e solventes de secagem

rápida. Uma racle re-move o excesso de tin-ta, permitindo assim, que apenas a área de grafismo permaneça com tinta. Depois de estar

devidamente entintado, o cilindro entra em con-tato com o papel, que em pressão com o cilindro pressor vai imprimir.

MAURO SOUZADIRETOR DE REDAÇÃO

Uma olhada na vida do tipógrafo Alan KitchingA impressão tipográfica em relevo é o processo de im-pressão mais antigo de todo o mundo. E ele é conhecido por ser um grande mestre no que faz. AMÉLIA MARIA

REDATORA DO DESIGN DIÁRIO

O processo nasceu na Chi-na durante o século V depois de Cristo. Mas foi na Europa, concretamente, na Alemanha que Gutenberg (1395 - 1468) iniciou a arte de imprimir com tipos móveis introduzindo o método tipográfico. A matriz é composta de pequenos tipos (carimbos reaproveitáveis com letras e símbolos diversos) co-locados em uma grade que os mantém na ordem desejada. Os quartos na casa de Alan Kitching estão dispostas como uma de suas impressões tipo-grafia. Alguns são empilhados, alguns são firmadas, alguns não estão no lugar certo. Uma domi-na, enquanto outros se curvar. Mas cada quarto, como cada letra, faz um impacto e tem um propósito. Do lado de fora, é óbvio que esta não é uma casa comum: três grandes painéis de vitrine de es-tilo apresentar impressões em-blemáticos de Kitching - ima-gens baseadas em palavras em tipo grande, negrito. Um quarto está entregue aos avisos locais: vendas acamadas e mostras de arte do estudante. “Isso foi idéia de Celia”, diz Kitching. “Ela era

mais sociável do que eu.” Celia Sto-thard, sua falecida esposa, comprou a propriedade há 19 anos. Ela es-colheu a sua flexibilidade: um lugar para eles para viver e realizar pales-tras, exposições e performances. Ela era um designer e artista, também, bem como uma cantora de jazz.

O edifício é uma antiga cervejaria em Kennington, no sul de Londres, apoiado contra um tribunal (fol-clore local diz que Charlie Chaplin costumava vir aqui para buscar jar-ras de cerveja para sua mãe). arre-cadações em cascata para fora da parte de trás do piso térreo, onde Kitching corre o Workshop de Ti-pografia, em uma adega repleta de sua extensa, coleção de tipos do sé-culo 19. No andar de cima, um me-zanino de teto alto tem um recanto de leitura acessível apenas pelo giro de uma escada biblioteca.

Eu gosto de es-tar limitado, por-que liberta-o de ter que pensar muito sobre tudo isso que produz.

“”

Cilindro compressor utilizadona impressão em rotogravura.Foto: Reprodução

Imagem reproduzível de um gato, feita com a técnica da xilogravura. | Foto: Reprodução

Alan Kitching realizando um de seus trabalhos de impressão tipográfica.| Foto: Reprodução

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Design Diário - Terça-feira, 28 de Junho de 201610

Por que encadernação é o método mais comum dentre tantos acabamentos? LAIS COSTA

REDATORA DO DESIGN DIÁRIO

Quando temos várias páginas e desejamos unir todas elas em um único objeto, vamos atrás de encadernar. Seja com grampos, es-pirais, cola, ou até cos-tura, a encadernação se tornou o método mais comum de acabamento

para folhas impressas. É pensando nisso que o Museu Tem-postal, localizado no Pelourinho, em Salva-dor, está com inscrições abertas para a segunda edição da oficina de en-cadernação criativa, que acontece nos dias 2 e 9

de junho, das 14h às 17h.As inscrições podem ser realizadas através do e-mail [email protected]. Para parti-cipar, é necessário ter no mínimo 15 anos, devido à utilização de materiais cortantes.

A atividade será minis-trada pela professora Melissa Santos, ba-charel em museologia e artesã, e tem como objetivo ensinar técni-cas modernas de ela-boração de cadernos e agendas de forma criativa e artesanal.

Serigrafia: silk screenO processo de impres-são consiste em vazar a tinta – pela pressão de um rodo ou puxador – através da tela previa-mente preparada. A tela é estica-da em um quadro de madeira, alumínio ou aço. A matriz é gra-vada pelo processo de fotosensibilidade,

onde é preparada com uma emulsão fotosen-sível e colocada sobre um fotolito e, poste-riormente, sobre uma mesa de luz. Para cada cor de impressão é utilizada uma matriz, resultando em um impresso com grande densidade de cor, saturação e textura.

LUIS MARTEREDATOR DO DESIGN DIÁRIO

Confira nas gráficas o melhor acabamento para o seu projeto

Os acabamentos de impressão ideaispara o seu projeto e para o seu bolsoLaminaçãoAcabamento de super-fície utilizado em ca-pas de livros, revistas, folhetos e embalagens assim como em painéis impressos por plota-gem. Consiste na apli-cação de uma película plástica sobre a super-fície impressa. Tem como finalida-de melhorar a estética do material, aumentar a durabilidade e resistir contra riscos e impac-tos. Papéis com grama-

tura inferior a 180 gr/m2 enrugam ao plas-tificar; A plastificação geralmente é brilhante ou fosca. A laminação é um processo muito bara-to e que pode ajudar muito na proteção do material impresso. O custo por folha A4 la-minada a quente com BOPP brilho pode ser de menos de R$ 0,10. Já o custo para lamina-ção a frio dependerá do preço do metro corrido

do adesivo que você pretende usar.Corte e vincoÉ utilizada uma ferra-menta chamada faca especial, com lâminas que cortam e vincam o papel. Utilizado para envelopes, caixas, em-balagens e impressos que sejam especiais.VernizAplicação tanto esté-tica quanto para pro-teção da imagem im-pressa. Evita desgaste, é impermeabilizante, e

para melhor aparência utiliza-se acabamentos brilhantes, também do tipo fosco ou UV.EncadernaçãoAção de unir os cader-nos que acompanham uma publicação, for-mando a lombada do livro ou revista. Espiral: Até 50 folhas = R$2,50. A cada 50 fo-lhas inseridas, o preço é acrescido em R$2,00.Capa dura: R$60,00, independente da quan-tidade de folhas.

HUMBERTO FLORESREDATOR DO DESIGN DIÁRIO

Impressão em offsetTHAÍS MOTTACOLUNISTA DO DESIGN DIÁRIOFormada em Design Gráfico na UISN, com mestrado em Letras - Inglês. Trabalhou por 5 anos em escritórios, produzindo materiais para impressão em offset, principalmente materiais com texto.

A impressão feita em off-set é o prin-

cipal processo de im-pressão desde a segunda metade do século 20, e o mais usado no mun-do, tanto para emba-lagens ao quanto para impressos, garantindo boa qualidade para médias e grandes ti-ragens e praticamente em qualquer tipo de papel e alguns tipos de plástico (especialmente o poliestireno). O nome off-set - fora do lugar - vem do facto da impressão ser indireta, ou seja, a tinta passa por um ao cilindro intermediário (blanqueta) antes. Todo o processo acaba tornando a impressão de alto cus-to mas que é dissolvido

devido a sua grande tira-gem. Hoje em dia, com as novas tecnologias, os pro-cessos analógicos já não são mais tão utilizados, dando lugar aos CTP’s, que agilizam o processo e geram menos material como fotolito etc. O off-set faz uma impressão indireta: há um objeto entre a ma-triz e o papel, que é chamado de blanqueta. A imagem que está na matriz (que é metáli-ca e é simplesmente chamada de chapa) é transferida para um cilindro coberto com borracha (a blanque-ta) e, daí, para o papel. Em resumo: a matriz imprime a blanqueta e esta imprime o papel.Encadernação de costura e tecido, muito utilizada para impressos mais formais. | Foto: Reprodução

A serigrafia é muito comum em estamparias artesanais. | Foto: Reprodução

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Design Diário - Terça-feira, 28 de Junho de 2016 11

Teoremas, sistemas e harmonias da CorCompreender a física e a filosofia da cor é uma coisa; usar cores em obra de arte é outra. Para se-lecionar e combina cores, criar paletas agradáveis e predizer interações cromáticas, você precisará de uma referência visual. HELLEN KELLY RANGEL

REDATORA DO DESIGN DIÁRIO

Teorema das cores No início do sécu-lo XX o físico Thomas Youngpostulou afir-mou que o olho devia ter receptores feitos de partículas que oscila-vam com determinado comprimento de onda de luz. Um infinito número de partículas seria necessário para cobrir totalmente o espectro, mas isso era claramente impossível, Por isso, os receptores deveriam ser sensíveis a um número limitado de cores. A razão para usar cores primárias para mistura é que, com as proporções corre-tas podemos produ-

zir qualquer cor com precisão dentro do espectro visível. Ao misturar tintas ou pig-mentos estamos indi-retamente manipulan-do a luz. Quando a luz bate na superfície pig-mentada, alguns com-primentos de ondas são absorvidos e outros refletidos, o refletido determina a cor que podemos ver. A combinação das 3 cores primárias da luz para o espectro e chamada hoje de mis-tura aditiva. A luz de cada cor primária é adicionada para pro-duzir progressivamente tons mais leves variando

a proporção pra criar cores diferentes. Mis-turando a mesma quan-tidade de cada uma das cores primárias obtém- se a luz branca.

Sistema de cor Compreender a físi-ca e a filosofia da cor é uma coisa; usar cores em obra de arte é outra. Para selecionar e com-binar cores, criar paletas agradáveis e predizer interações cromáticas, você precisará de uma referência visual. Vári-os sistemas de cor foram concedidos para fornecer isso, incluindo círculos e diagramas mais complexos. Entremeadas as cores

primárias no círculo cromático, há 3 se-cundárias cada uma delas representando a mistura das primárias e 6 terciárias para dar o total de 12 matizes. Qualquer que seja o círculo cromático que você usa, seu objeti-vo principal é indicar matizes que funcio-narão bem junta. As relações mais simples no círculo são entre cores análogas, que es-tão lado a lado e entre-complementares que estão em lados opos-tos. Mas várias outras relações podem indi-car esquemas de cores agradáveis.

Harmonia das cores- Harmonia análogaFormada por uma cor primária e duas outras cores adjacentes.Pros: Fáceis de serem criadas e ricas combi-nações, quando compara-das as monocromáticas.Contras: Carece de cores de contraste, assim não é tão vibrante como as complementares.- Harmonia Comple-mentarCores opostas en-contrados no círculo cromático.Pros: Combinação de alto contraste, ideal para extrair máxima atenção.Contras: Difícil de balancear cores mono-cromáticas e análogas, especialmente quando utilizado cores quentes e saturadas.

- Harmonia do com-plemento divididoUma mistura entre uma tonalidade e duas outras adjacentes a sua complementar.Pros: Oferece mais nu-ances do que o esquema complementar, retendo força e contraste visual.Contras: Difícil o ba- lanceamento de cores.- Harmonia dupla complementarConseguida por dois pares de complementares.Pros: Maior variedade de combinação.Contras: Harmonia difícil de se trabalhar.- Harmonia triádicaTrês cores equidistan-tes no círculo cromático.Pros: Alto contraste mantendo harmonia.Contras: Mais difícil de balancear as harmonias.

Dimensões das cores O comprimento de onda da luz envolvida é ape-nas uma das maneira pelas quais diferenciamos as cores. A tinta azul pode ser claro ou escuro, em qualquer dos casos a cor por ser viva e forte ou opaca e acinzentada, o que dita essas nuanças de cor são sua matriz, saturação e brilho. A matriz é a escala de cores com suas variações formando a transição entre tons. As cores mais saturadas podem ser definidas como mais fortes ou mais vivas. As não sa- turadas são as mais acinzentadas. A desatu-rização ocorre com a adição de branco ou de preto. Variação no valor confere luz e sombra. Os valores mais escuros e mais claros podem ser usados para adicionar sombra e realce, dando a ilusão de objetos tridimensionais sob a tela bidimensional. As misturadas com cinza são chamadas de tons. Também podemos referir o brilho de uma cor como valor. Um pigmento pode ser clareado ou escurecido adicionando-se branco ou preto, dando uma matriz.

Foto: Reprodução

Harmonia triádicaHarmonia das cores

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Design Diário - Terça-feira, 28 de Junho de 201612

CinemaA Cor Púpura (1985)Direção Steven SpielbergRoteiro Menno MeyjesElenco Danny Glover Whoopi Goldberg Margaret Avery Oprah Winfrey Willard E. PughGênero DramaIdioma Inglês

Azul É A Cor Mais Quente (2013)Direção Abdellatif KechicheRoteiro Julie Maroh Ghalia Lacroix Abdellatif KechicheElenco Adèle Exarchopoulos Léa SeydouxGênero Drama RomanceIdioma FrancêsOrçamento € 4 milhões

Duração: 2h34mAvaliação: 7,8

Duração: 3h7mAvaliação: 7,8

As Cores daViolência (1988)Direção Dennis HopperRoteiro Richard Di Lello Michael SchifferElenco Sean Penn Robert Duvall María Conchita Alonso Grand L. BushGênero Drama PolicialIdioma Inglês

Duração: 2hAvaliação: 6,7

A Cor do Tempo (2016)Direção Edna Luise Biesold Sarah-Violet BlissElenco James Franco Mila Kunis Jessica ChastainGêneros Drama BiografiaIdioma Inglês

Duração: 1h13Avaliação: ?

Para mais informações, procure pela pro-gramação de bolso do Design Diário at-ravés de designdiário.com.br/cinema, ou entre em contato conosco em [email protected]

Horóscopo das CoresÁriesTome cuidado com as cores quentes que andam muito presentes em sua vida.

TouroEvite alimentos que possuam muitoscorantesartificiais,es-tas cores te fazem mal.

GêmeosEste é o momento em que suas cores favoritas entram em foco, aproveite!

CâncerTome cuidado para não se deixarlevarpelainfluênciadecores muito frias no inverno.

LeãoTente levar em conta as esco-lhas de tintas dos outros além de você, para aprender mais.

VirgemDia propenso para organizar o seu círculo cromático na or-dem certa, aproveite!

LibraSe você estiver sentindo difi-culdades para escolher a cor ideal, sua família pode ajudar.

EscorpiãoO dia está favorável para exa-gerar nas cores, então não te-nha medo e experimente!

SagitárioCuidado para não ser muito superficial na escolha dosseus novos pigmentos.

CapricórnioAquela tinta vai custar mais do que você esperava, mas é importante não abrir mão dela.

AquárioÀs vezes escolher cores opos-tas demais à proposta pode ser perigoso, controle seu coração.

PeixesTome cuidado para não levar tempo demais no site da Pan-tone, isto pode lhe atrasar.

ENEM 2009 - Sabe-se que o olho humano não consegue diferenciar componentes de cores e vê apenas a cor resultante, diferentemente do ouvido, que consegue distinguir, por exemplo, dois instrumentos dife-rentes tocados simultaneamente. Os raios luminosos do espectro visível, que têm comprimento de onda entre 380 nm e 780 nm, incidem na cornea, passam pelo cristalino e são projetados na retina. Na retina, encontram-se dois tipos de fotorreceptores, os cones e os bastonetes, que convertem a cor e a intensidade da luz recebida em impulsos nervosos. Os cones distinguem as cores primárias: vermelho, verde e azul, e os bastonetes diferenciam apenas níveis de intensidade, sem separar comprimentos de onda. Os impulsos nervosos produzidos são enviados ao cérebro por meio do nervo optico, para que se dê a percepção da imagem.Um individuo que, por alguma deficiencia, nao consegue captar as informacoes transmitidas pelos cones, perceberá um objeto branco, iluminado apenas por luz vermelha, comoA) um objeto indefinido, pois as células que captam a luz estão inativas.B) um objeto rosa, pois haverá mistura da luz vermelha com o branco do objeto.C) um objeto verde, pois o olho não consegue diferenciar componentes de cores.D) um objeto cinza, pois os bastonetes captam luminosidade, porém não diferenciam cor.E) um objeto vermelho, pois a retina capta a luz refletida pelo objeto, transformando-a em vermelho.

Exercite a memória através da leitura diáriaAgora que você já leu tudo sobre cores, experimente resolver uma questão!

Resolução: D