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| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 10 pág. 12 pág. 18 pág. 20 pág. 21 pág. 25 pág. 28 pág. 30 pág. 35 pág. 37 pág. 38 pág. 40 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > ESPECIAL > EDUCAÇÃO > SUPLEMENTO > ECONOMIA > ESPECIAL > DESPORTO > CULTURA > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRECTOR Paulo Neto Semanário 28 de Outubro a 3 de Novembro de 2011 Sexta-feira Ano 10 N.º 502 1,00 Euro Publicidade Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Foto Germano Ordem Soberana dos Cavaleiros de Sto. Urbano e S. Vicente Confraria dos Degustadores de Vinho do Dão XVI Aniversário Publicidade Publicidade

Jornal do Centro - Ed502

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Jornal do Centro - Ed502

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pág. 02pág. 06pág. 10pág. 12pág. 18pág. 20pág. 21pág. 25pág. 28pág. 30pág. 35pág. 37pág. 38pág. 40

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA> ABERTURA> À CONVERSA> REGIÃO> ESPECIAL> EDUCAÇÃO> SUPLEMENTO> ECONOMIA> ESPECIAL> DESPORTO> CULTURA> EM FOCO> SAÚDE> CLASSIFICADOS

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTORPaulo Neto

Semanário28 de Outubro a 3 de Novembro de 2011Sexta-feiraAno 10N.º 502

1,00 Euro

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licid

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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

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Ordem Soberana dos Cavaleiros de Sto. Urbano e S. Vicente∑ Confraria dos Degustadores de Vinho do Dão∑ XVI Aniversário

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praçapública

palavrasdeles

r Na actualidade, tudo parece cinzen-to... a esperança pare-ce desvanecer-se... O jornal televisivo é um festival de desgraças, se não fosse a nossa própria vida a estar em causa, quase daria para rir à gargalhada.”

Liliana DuarteDirectora, Ventos da Mogueira, Setembro

r Os recursos pare-cem diminuir e a espe-rança de dias melhores vai-se diluindo no cora-ção dos portugueses; e, antes que falte para nós e para vós, quem o tem vai poupando e quem não tem sente a revolta a fervilhar no seu coração amargurado e desiludido.”

Pe. Armando RibeiroDirector, Voz de Lamego, 25/10

rEra bom que quem ocupa lugares de responsabilidade com projecção na vida dos povos e das nações e não só, tivesse todo o cuidado e deixasse, uma vez por todas, de ser actor e ser um verdadeiro representante de seus súbditos.

João MendesProfessor, Gazeta do Sátão, 21/10

rPortugal viveu mui-tos anos num torpor, anestesiado por políti-cos que nunca agarra-ram o toiro pelos cor-nos. Por incompetência, cobardia ou canalhice de quem nos governou, as últimas décadas foram perdidas. E chegámos onde estamos, no fim da linha.”

António José LaranjeiraPsicólogo, Região de Leiria, 21/10

“O espírito viaja a pé” – disse um árabe, nada deslumbrado por ter sido transportado de avião, um dia, desde a sua aldeia até Meca. Viver depressa é con-solarmo-nos de não sa-bermos viver.

Extrai esta preciosi-dade, de A viagem dos

trezentos passos (1965), do livro de Agustina Bessa Luís, Conversações com Dimitri e Ou-tras Fantasias (Regra do Jogo, 1979).

De vez em quando, vou ressuscitar estas leituras antigas, como terapia para a folia encarniçada dos dias que correm. Bebericar estes pequenos textos, é bálsamo substanti-vo, para não desanimar perante a socieda-de de fangios, que todos os dias nos ultra-passam e nos deixam a léguas, em posição contemplativa e embasbacada. A quando da minha licenciatura, tive um professor, que se colocava em posição rígida de locutor e perante a turma, afirmava, com toda a con-fiança: “Não são os fortes que comem os fra-cos, são os rápidos que comem os lentos.”

Contudo, se assim é, há que dizer que, a pressa nunca foi boa conselheira. Reflectir, antes de decidir, é primordial, para evitar-mos acabar na goela de um qualquer velo-

cista social. Um daqueles, que não olha a meios para atingir fins. Zarpam a alta ve-locidade para sua meta, obnubilados pela prossecução do objectivo, indiferentes aos atropelos que possam provocar.

Daí, que temos de ter o nosso espírito de-vidamente tranquilizado, estabilizado, para decidirmos em clima de socialização, com respeito pelos outros. É verdade, que quan-do o espírito é entendido nesta perspectiva, o “querer universal” (Ferrater Mora, Dicio-nário de Filosofia, Dom Quixote, 1977), es-tamos no domínio da ética. E depois, não estamos bem?

Vivemos tempos exasperantes, onde inadvertidamente, quiçá, caldeamos sen-timentos e libertamos emoções ferventes. Jogamos febrilmente os mais elementares actos de vida, como se não fossem naturais. Decidimos em clima de irascibilidade. To-dos os estímulos externos que recebemos são interpretados, como ataques pessoais. É terrível. Já não descodificamos mensa-gens (esse prazer intelectual), defendemo-nos delas. Nas estradas berramos e buzina-mos loucamente, para cometermos o mes-mo despautério rodoviário a seguir. Nos hipermercados, nas instituições públicas, reclamamos por tudo e por nada, sem a medida do bom senso, nem a calma exigí-vel para perceber o acontecido. A nossa re-

tórica é a da veemência.Portanto, há que entender, que esta forma

de estar na vida, nada vai resolver.Temos de ostentar um espírito férreo,

enérgico, que torne o nosso modo de ser, activo e assertivo. E isso, passa por a qual-quer momento, termos a fina coragem, de nos sabermos contradizer. Nos seus Escri-tos Íntimos, Baudelaire, escreveu: “Entre os direitos de que tanto se tem falado nos últimos tempos há um que foi esquecido, e em cuja defesa todos estamos interessa-dos: o direito de nos contradizermos.” (Ed. Estampa, 1982.

Pessoas que cuidam do seu espírito, que carream para ele, energias revitalizantes, têm mais resistência em tempos de agrura. É isso que constata G. Flaubert, no seu Di-cionário de Ideias Feitas: “Espírito – Sem-pre seguido de brilhante. Corre as ruas. Os bons espíritos encontram-se.”

Também a criatividade e a inovação (as duas chaves para sair da crise), proclamam a vitalidade do espírito.

É certo, que em tempos de crise prevale-ce a desconfiança. E esta é má conselheira. Mas, é nestas conjunturas desgraçadas, que volatilizam os sentimentos humanos, pela integração do medo nas relações sociais, que devemos ter “corações ao alto”. Ou seja, assumir o espírito social (Alain Birou, Di-

cionário das Ciências Sociais, Dom Quixote, 1977), isto é, desenvolver uma atitude pesso-al e um comportamento, que nos conscien-cialize para nos sentirmos responsáveis pela solução dos problemas sociais. Ainda a perspectiva de Birou.

As mudanças que hoje nos afrontam (a mudança é sempre um desafio), são de na-tureza sistémica, originam convulsões nas mais diversas expressões da vida. Donde, temos de estar apetrechados com a neces-sária inteligência emocional, para poder-mos interpreta-las e integra-las, nos nossos modos de vida. As mudanças em cenário de crise, vêm, pelo que já escrevemos, apa-nhar-nos em situação débil e pusilânime.

Assim sendo, o espírito treinado e pre-parado, pode dar-nos uma ajuda preciosa, evitando o nosso suicídio, pelo desânimo e angústia.

Fernando Pessoa entendia, assim, o espí-rito: “é a inteligência concreta individuali-zada, tem a aparência e os gestos do génio. Por isso é que é tão fácil confundir grande espírito com génio positivo. O talento, por outro lado, está entre ambos e opõe-se por natureza a ambos.”

Portanto, maus caros, nada de quebrantar. Espírito ao alto.

E, não esqueçam, o espírito viaja a pé, dando mais sabor à vida.

Opinião O Espírito viaja a pé

José Lapa Técnico Superior do IPV

Decorreu de 20 a 27 de Outubro uma sema-na de luta organizada pela CGTP-IN e pelos sindicatos nela filiados. Caracterizou-se por uma forte dinâmica reivindicativa. As-sentou na realização de um vasto conjunto de greves e paralisações nos locais de tra-balho, quer no sector público, quer no sec-tor privado. Bem como em acções com ex-pressão de rua. Numa luta que tem de ser cada vez mais geral contra o pacto de agres-são imposto pelas troikas do PSD/CDS/PS e do BCE/FMI/União Europeia.

Portugal está confrontado com a apresen-tação pelo Governo PSD/CDS, de um novo e agravado programa de austeridade, sem pa-

ralelo desde o 25 de Abril. Este novo pacote de medidas não significa apenas a recessão económica, o empobrecimento generaliza-do da população e o aumento do desempre-go. Representa também um ataque brutal à democracia. Põe em causa princípios basi-lares e direitos e garantias fundamentais, consagrados na Constituição da República Portuguesa. Constituição, sublinhe-se, que Presidente da República e governantes jura-ram cumprir e fazer cumprir.

Estamos perante um verdadeiro pacto de agressão aos trabalhadores, ao povo e ao país. As medidas apresentadas são de-sastrosas, porque não só não resolvem a

crise da dívida, como a agravam. Estas me-didas, a concretizarem-se, mergulhariam ainda mais o país na recessão económica. Recessão que o Governo já admite venha a ser da ordem dos 3% em 2012. O que irá agravar, em vez de reduzir, o peso da dí-vida.

As medidas das troikas são inaceitáveis, porque criam um ciclo destrutivo de auste-ridade, de mais recessão e aumento da dívi-da. A exemplo aliás do que está a acontecer na Grécia, com os resultados desastrosos que hoje estão à vista de todos. O nosso país não tem futuro com uma política que su-bordina os interesses nacionais ao capital

Opinião Semana de luta

António [email protected]

Jornal do Centro28 | Outubro | 2011

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Acha que o dia 1 de Novembro devia serum dos feriados a retirar do calendário?

Importa-se de

responder?

Sou Católica, procuro situar-me, no meu ideal, calendário da Igreja e acho que ninguém deve invadir os preceitos da Igreja, que só a autoridade eclesiástica diz respeito. O Gover-no se tiver que tirar feriados, faça-o nos que lhe compete.

Eu acho que não se deve retirar. Devemos respeitar a tradi-ção dos nossos antepassados. Penso que o Governo não deve mexer em nenhum feriado, especialmente nos municipais.

Penso que não, porque toda a vida foi assim. Há que ter con-sideração pelos nossos santos e finados, eles merecem todo o nosso respeito. Este é um dos feriados que não se deve, de todo, retirar.

Não concordo porque temos direito aos feriados. Se eles exis-tem é para serem aproveitados. Não é pelo facto de retirarem feriados que o nosso país vai sair da crise.

Melizabeth Ribeiro Dentistaww

Jorge Oliveira Fotógrafo

Maria Marques Comerciante

Milene Tomás Estudante

estrelas

António CunhaDirector da Escola Básica e Secundária Engº Dionísio

Augusto

O autarca tondelense soma e segue. Desta feita, reuniu todas as sinergias para apresentar a sua candidatura, su-pra partidária, ao mais alto cargo do futebol nacional: presidente da Federa-ção Portuguesa de Futebol (FPF).

Marina ValeDirectora do Teatro Ribeiro

Conceição - Lamego

números

3220É o número de visitantes

que a Capela de Santo Antó-nio do Solar dos Condes de Prime recebeu desde que re-abriu ao público, no dia 13 de Junho.

Carlos MartaCandidato à presidência da

Federação Portuguesa de Futebol

Impulsionando de forma crescente as actividades culturais do teatro que dirige, desta feita, Marina Vale con-segue, com a cantora Rita Guerra, ga-rantir mais uma casa cheia a uma ins-tituição que há muito merecia sair do letargo em que se encontrava.

Ao colocar a escola da qual é direc-tor no “top 10” do ranking das melho-res escolas secundárias de Portugal, com alunos de condição sócio-econó-mica desfavorável, prova que nem só de explicações vive o ensino.

nacional e multinacional e à estratégia das grandes potências europeias.

O empobrecimento dos trabalhado-res, dos reformados e pensionistas e da população em geral é injusto e in-tolerável. Mas não só. A quebra do po-der de compra está a ter efeitos devas-tadores no mercado interno, levan-do ao encerramento de empresas e à consequente perda de postos de tra-balho. A generalidade da população, dos trabalhadores, dos jovens, dos de-sempregados e dos reformados e pen-sionistas está a pagar a factura de uma crise que não provocaram.

Falemos claro. Foram as políticas seguidas por sucessivos Governos PS, PSD, com ou sem o CDS, que levaram às perdas de competitividade da eco-nomia portuguesa. Que conduziram à destruição de parte significativa do nosso tecido produtivo. Que se tradu-ziram em contratos ruinosos para o Estado no âmbito das parcerias públi-co-privadas. Que criaram um buraco de mais de 7 mil milhões de euros no BPN. Que se expressaram na não cana-lização do crédito ao sector produtivo. Que acarretaram a falta de eficiência e a baixa produtividade de muitas em-

presas. Que amamentaram a corrup-ção, a fraude e evasão fiscais e a eco-nomia clandestina.

Os buracos de que Pedro Passos Co-elho e tutti quanti falam têm origem nestas políticas levadas a cabo por su-cessivos governos. E que este prosse-gue e agrava. Estamos perante uma política de autêntica terra queimada. A não ser travada, conduzirá a efei-tos desastrosos no desenvolvimento de Portugal.

O país precisa de uma outra política que exija a renegociação da dívida – dos prazos, dos juros e dos montantes

a pagar. E que promova o crescimento. Aposte na dinamização do sector pro-dutivo. Garanta o aumento dos salários e das pensões. Assegure a defesa e o reforço das Funções Sociais do Estado e dos serviços públicos. Valorize o tra-balho e dignifique os trabalhadores.

Por tudo isto faz todo o sentido a convocação de uma Greve Geral para o dia 24 de Novembro de 2011. Greve Ge-ral contra a exploração e o empobre-cimento. Greve geral por um Portugal desenvolvido e soberano. Greve Geral pelo emprego, pelos salários, pelos di-reitos, pelos serviços públicos.

Jornal do Centro28 | Outubro | 2011

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

1. Cada dia que passa maior é o desalento de quase todos os por-tugueses. A consciência do de-sastre nacional, finalmente assu-mido, começa a delinear-se nos seus contornos mais visíveis. A apreensão toma-nos. O receio in-vade-nos. A esperança arredou-se do horizonte. O cidadão co-mum balança, pendularmente, entre o deprimido e o quase-su-primido. E vai reprimindo na gar-ganta tensa o grito que os muitos anos de brandura ainda contêm.

O dia de amanhã há-de, decer-to, ser pior que o de hoje. Have-mos de saber mais alguma his-tória sobre ex-governantes prin-cipescamente subvencionados e actuais governantes a receberem subsídios indevidos. A bem do governo. Do seu governo, claro. Hoje percebemos porque há tan-tos candidatos ao carreirismo po-lítico-partidário. Porque uma vez lá chegados 70% deles têm 80% de probabilidades de não mais se preocuparem com o futuro, deles, claro!

Seria muito interessante fazer-se uma pesquisa sobre o que se-riam certos ex-governantes se não tivessem entrado na políti-

ca. E se calhar f icaríamos sur-preendidos ao percebermos que, o grosso da coluna, nunca teria sido mais que um anónimo Zé-Ninguém.

Estamos a pagar erros clamo-rosamente indecentes praticados com devoção por uma classe po-lítica incompetente. Alguns, até, mentirosos. Outros, mesmo, cri-minosos.

Dizem que pagaram nas urnas. Penso que não, que não é sufi-ciente. Deviam pagar numa pri-são, alguns deles, ao lado dos res-tantes colegas de delito comum. Assaltantes de multibanco, de bombas de gasolina, de ourivesa-rias, pedófilos, pirómanos, viga-ristas, carteiristas, homicidas…

Até hoje, se bem me lembro, prenderam um. Mas andam mi-lhares à solta. E essa constata-ção de impunidade ainda nos faz mais descrentes. Até da justiça, que já não se escreve com letra maiúscula.

2 . O ac t u a l G over no a nd a tão atarantado com o estado-de-quase-sítio que ainda nem tempo teve para substituir os comissários políticos do ante-r ior Governo, a inda em fun-

ções, num estado de graça bi-zarro, em lugares decisórios de cr ucia l impor tâ ncia , que ocupam, afanosos se na entre-ajuda quotidiana a um “com-p a d r e ”, e s t a n d o e m g e s t ã o corrente , se é preciso tomar decisões de fundo e com com-petência . Competência que , em boa verdade, não é abono de mu itos de les … M a s t a m-bém certo é que eles não de-têm a culpa deste estranho la-xismo que lhes permite quase tudo e mais alguma coisa. São os calhaus da engrenagem. E sê-lo-ão enquanto os “candi-dinhos” do Governo não per-ceberem a calinada cometida e as consequências profundas de tal situação. Em boa verdade, os ditos comissários, se vivês-semos num país menos tercei-ro-mundista, deveriam ser os primeiros a sa ir mal houves-se mudança do Governo, pelo seu próprio pé, com dignida-de, pela porta grande, antes de serem enxotados como moscas pasmadas, num Outono que se escoa propício à parasitagem.

3. Estive este sábado em Ser-nancelhe. No “Terra a Terra” da

DirectorPaulo Neto, C.P. n.º TE-251

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GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai às sextas-feirasMembro de:

Associação Portuguesapara o Controlo de Tiragem

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Estamos a pagar erros clamorosa-mente indecen-tes praticados com devoção por uma classe política incom-petente. Alguns, até, mentirosos. Outros, mesmo, criminosos”

Editorial Hoje deprimido; amanhã suprimido.

Paulo NetoDirector do Jornal do Centro

[email protected]

Desde sempre o Homem caçou. A necessidade de se defender das bestas que os atacavam fez com que surgissem as primeiras ar-mas. Logo, se as tinham, pas-saram a usá-las para granjear o sustento, em concomitância com a defesa. A defesa, por sua vez estendeu-se a um conceito que despontava com a necessidade de controlar território e banir as incursões de gente de outras tri-bos. Da desfesa ao ataque a dis-tância é, praticamente, nula.

Sustento, defesa e ataque, es-tavam de mãos dadas. Ataque e predação são conceitos afins que vistos sob prismas focados no mesmo objectivo se confun-dem. Junte-se-lhe a competição; a luta pela vitória; o espírito de sobrevivência e teremos um co-cktail interessantíssimo. O es-tado de permanente vigília e o contra-ataque tomaram conta do dia-a-dia do Homem e marcou-o cromossomaticamente. Fez dele, com a inteligência e as outras ca-

pacidades, o topo da cadeia. As-sim, na competição pela vida, superou os demais animais, in-cluindo os seus iguais de capa-cidades diminuídas em razão de potencial de defesa ou de índole menos guerreira ou aguerrida. A caça serviu, também, para man-ter o exercício, o treino e a apti-dão para a guerra. A competição é imanente, como se vê. O des-porto está-lhe colado. E assim surge a caça desportiva, filtrada, coada, cerzida pelos milénios de existência. A caça serviu, tam-bém, para manter o exercício, o treino e a aptidão para a guerra, cindindo-as como pano do mes-mo fato.

Regredindo, poderemos enten-der que, face às dificuldades ha-vidas, o despontar de todo este tema se faz através do uso de ar-madilhas. Possivelmente, as pri-meiras foram os fossos, naturais ou cavados e dissimulados. As presas aí caídas ficavam, natu-ralmente expostas e à mercê dos

homens. Havia, portanto, que sa-crif icar os que ali caíam. Mas precisavam de armas e, desta forma, surgem as primeiras, em pedra lascada e cajados de ma-deira por vezes incrustados de pedaços de osso ou pedras agu-çadas.

A esta fase, segue-se a do uso dos primeiros metais em simul-tâneo com os anteriores.

A necessidade, o engenho e arte fizeram o resto, evoluindo-se para a funda, o arco e flecha, a besta e o virotão e depois, o surgimento das pólvoras e as ar-mas de fogo. Hoje, uma arma de caça “topo-de-gama” pode cus-tar 75 000 euros! Mas uma outra arma, para a guerra, pode custar, facilmente, centenas de milhões de euros…

Concluindo, o que serve para a caça é, também, bom para a guerra e vice-versa. Os preços é que diferem. A Arte da Caça e a sua rival – a Arte da Guerra - têm inúmeros pontos de con-

Opinião Coisas da Caça

A propósito de “Coisas da Caça”, leia o especial Caça, nas páginas 28 e 29”

Jornal do Centro28 | Outubro | 2011

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

TSF, com os competentes editores, José Alvarez / Nuno Amaral, mais o autarca, José Mário Cardoso e dois produtores de castanha.

A castanha é hoje, em Sernancelhe, com Aquilino Ribeiro, um dos seus ex-libris. Duas formas diferentes de aproveitar a Natureza. A martainha nos seus gasalhados ouriços oriunda dos soutos de castanheiros que não param de crescer e são digníssimo modo de vida para muito sernance-lhense, embaixatriz económica por esse mundo fora e o grande Escri-tor, pujante fruto dessa terra sáfara, justamente aureolado com aumenta-do prestígio e revisitação, levando a toda a parte, cada vez mais actual, o seu vitalismo, a sua Ode à Nature-za das terras que baptizou do Demo, porque na sua pobreza, “ nunca Cris-to ali rompeu as sandálias, passou el-rei a caçar ou os apóstolos da Igual-dade em propaganda.”

Também em Mortágua a imagina-ção se enleia na tradição e a prova disso é-nos também dada na Semana Gastronómica da Lampantana, espé-cie de Xanfana (e não chanfana, de Mortágua e não da Bairrada) de ove-lha, com todas as qualidades gusta-tivas que lhe merecem o destaque da consagração gastronómica.

Também no Sátão o míscaro se al-teia da sua fofa caminha musgada e carumosa para se tornar uma refe-rência económica, além de um pitéu divino.

Também em Mangualde com os Santos vem a tradicional Feira e festa onde pontifica, com Vossas licenças, o sápido e variegado porco, nas suas tentadoras e gostosas carniças.

E não precisamos de ir mais além para percebermos o esforço cons-ciente, premente, contínuo, dinâ-mico, insistente destes e de outros autarcas que bem sabem encontrar na Terra Mãe os recursos que cada vez são mais escassos, em fontes já secas das frescas e cristalinas águas de outrora…

4. Carlos Marta candidatou-se ao mais alto lugar do futebol português. Soube rodear-se de figuras de pres-tígio. Ultrapassou as baias partidá-rias. Congregou sinergias e vontades. Pôs Tondela e o distrito nas bocas dos portugueses. Pela positiva e num projecto que só traz benesses para a região. Uma nova visão autárquica como modelo a ser seguido por todos. O Jornal do Centro, que quer o me-lhor para o Distrito de Viseu, apoia incondicional e fervorosamente esta candidatura.

5. A maioria das autarquias do dis-trito, para fazerem face aos aumen-tos do IVA e do preço da energia, têm forçosamente que pôr em práti-cas cortes na iluminação nocturna. Num momento em que, face ao bru-tal agravamento do nível de vida, provocado pelas pesadíssimas medi-das de austeridade, se prevê um dis-paro inquantif icável da criminali-dade, esta medida parecerá falha de bom senso. Mas não é. Dita-a a ne-cessidade e as dificuldades crescen-tes orçamentais das autarquias. E a bem dizer, como me confidenciava há dias um experiente autarca, esse problema diz respeito ao Ministério da Administração Interna e não ao Poder Local. E isto não é sacudir a “água do capote”, mas apenas uma das poucas atitudes consentâneas para enfrentar a crise sem fechar as portas camarárias… O Governo percebe mal e a más horas os efei-tos colaterais de muitas medidas es-tudadas nos confortáveis gabinetes da macrocefalia política. Depois… não se podem queixar. As queixas ficarão para nós, vítimas da falta de luz, dos futuros roubos dos crimi-nosos e dos presentes saques da go-vernação.

6. Cavaco Silva fez um discurso de

que até Mário Soares gostou… o que é muito, muito difícil. Qual deles es-tará errado? Ou será que, uma vez na vida, estão ambos de acordo e o erro será de outrem?

7. As portagens vêm dar a última machadada na economia do interior lusitano (se não no país inteiro). O rapace intuito de ir ”gadanhar” di-nheiro a tudo quanto bole, vai dar o golpe de misericórdia nos que ain-da se arrastam. No distrito de Viseu basta uma empresa transportadora como a Patinter decidir deslocalizar-se para a vizinha Espanha, onde além do combustível mais barato não tem estas absurdas portagens, para gerar aproximadamente mil desemprega-dos. Se a cada desempregado juntar-mos três dependentes, teremos mais quatro mil pessoas em crise no dis-trito e as fileiras da Segurança Social a engrossarem no pagamento de pen-sões e a emagrecerem no recebimen-to de impostos. Será que ninguém faz estas contas?

Até para a semana, Caro Leitor, mesmo com a bem-vinda chuva e com o menos desejado frio da época quase natalícia, este ano com raros presen-tes comprados no chinês, num notá-vel contributo para o f lorescimento económico do poente.

vergência. O que se faz com as ar-mas pode-se considerar como caça ou, como guerra. Este conceito fica por aqui. A sua exploração é ventre de outras ciências…!

A caça levada ao extremo e sem formas de controlo é pern ic io -sa, podendo causar catástrofes nos ecossistemas por desequilíbrio da biodiversidade. Por outro lado, é o único meio eficaz de controlar o oposto em termos de desequilíbrios, quando há excedentes duma determi-nada espécie.

O correcto balanço desta perma-nente sinusóide é melindroso e, con-trariamente ao que, empiricamente, se supõe, muito difícil.

Em Portugal, a caça, como tudo o demais, tem estado sujeitao às “mo-das” e aos apetites das mais (perdo-em!) alarves medidas. O que deveria ser uma “festa” de cerimónia e de-monstração do nosso distanciamen-to em relação aos longevos avós, pela conduta, ainda é “pasto” para uma sé-rie de “alanos” que, de arma na mão, são capazes das maiores atrocida-

des. Dão tiros a tudo o que mexe e não mexe. Disparam a torto e a esmo, sem cuidados de ordem alguma, nem respeito por quem quer que seja, ou o que quer que seja. Conceitos bási-cos de segurança e respeito são des-conhecidos ou ostracizados.

Os legisladores, amedrontados, põem legislação cá fora sem a menor possi-bilidade de a fazer cumprir minima-mente. As sucessivas leis de caça e de armamento são tão aberrantes quanto confusas. Castradoras na sua intenção, têm como que uma pedogénese que as marca, à nascença, e que não lhes per-mite evoluir e, consequentemente, não servir aos destinatários, nem a nin-guém. Desafio a que peguem na lei das armas e que tentem perceber ao que se destina e o como.

Entre zonas de caça de diversos ti-pos, áreas de ordenamento, zonas “francas” de caça, a panóplia é depri-mente. Os objectivos com que se cria-ram têm, a meu ver e de muitos mais caçadores, propósitos que servem, exclusivamente para (à semelhança de tudo o resto) extorquir dinheiro.

Em suma e como diz um grande ami-go, «arranjar dificuldades para de-pois poder vender facilidades».

O panorama é, no mínimo, aviltan-te para as espécies e para os caçado-res, ambos joguetes de um punha-do de incompetentes. O culminar de tudo, imaginem, fica-se por autorizar a que se cace, por dia, quarenta (40) melros! Já escrevi sobre isto neste jornal. A medida esteve legislada! Há bem pouco foi revogada sem que ti-vesse havido ocasião, por intempesti-vidade, de entrar em execução.

Houve espécies que estiveram ex-tintas, por cá, e que hoje são quase pragas, necessitando de controlo. É o caso dos javalis (javardo, porco do monte ou reco montez) que foram sujeitos a enorme pressão cinegéti-ca e que, para completo descontrolo, foram alvo da peste-suína-africana, facto que acelerou o processo de de-saparecimento completo nos finais do século XIX, início do século XX.

Dá-se como verídica a história da intervenção do Senhor Dom Carlos, enquanto caçador, na morte do úl-

timo espécime de javali em territó-rio nacional. Terá acontecido que, na Serra do Marão, num sítio conhecido como Farilhões (penedos escarpados em promontório) um caçador, dali, desferiu um tiro num desses bichos e matou-o. Sendo tão escassos, rapida-mente a notícia se espalhou e chegou à Corte Real, aos ouvidos de Sua Ma-jestade, que, por muito interesse no sucedido, decidiu ir a Trás-os-Mon-tes saber, de viva voz, pormenores do lance. Mandou saber que ali se iria deslocar e que gostaria de se encon-trar com o sortudo caçador, coisa que veio a acontecer. Daí, Sua Majestade encontrou-se, de facto, com o caça-dor a quem parabenizou pelo troféu alcançado e questionou-o:

- Informaram-me que esse javar-do foi morto com um tiro, nos Fari-lhões…?!

E o caçador, na sua imensa sabedo-ria respondeu:

- Está Vossa Majestade equivocada. Foi no pescoço que lhe acertei…!

Pedro Calheiros

Jornal do Centro28 | Outubro | 2011

5

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abertura

Quando se evoca a palavra Confra-ria entrevê-se um mundo misterioso deixando pensar num agrupamento de pessoas fechadas sobre si mesmas…

Na Idade Média, toda a terra per-tencia a um senhor; tanto os campos como as cidades. Rapidamente os bur-gueses sentiram o desejo de se orga-nizar e tomar sob controlo os desti-nos dos seus burgos. Formam então conselhos de comunas e obtêm dos seus senhores cartas de franquia co-munal.

As atribuições das comunas eram abrangentes e tais como, por exem-plo: Controle da qualidade para a de-gustação; repressão das fraudes; re-colha das taxas…. E idênticas às das autarquias actuais. Certas Confrarias, essencialmente vinícolas encontram, por exemplo em França, as suas ori-gens no final do século XII e durante o século XIII…

textos ∑ Paulo Netofotos ∑ Tiago Virgílio Pereira

A Ordem Soberana dosCavaleiros de Sto. Urbano e S. Vicente Confraria ∑ Degustadores de Vinho do Dão

A Ordem Soberana dos Cavaleiros de Sto. Ur-bano e S. Vicente é uma Confraria dos Degusta-dores de Vinho do Dão que conta com cinquenta confrades.

Está sedeada em Viseu e tem nos seus órgãos a Mesa do Conclave presidida por S. A. O Infante Dom Miguel de Bragança, Duque de Viseu.

Um Conselho Fiscal que tem à cabeça o Dr. Se-bastião Marques Antunes.

Uma Direcção encabeçada pelo Coronel Pedro Osório Bandeira Calheiros.

Colégio de Conselheiros dirigido pelo Prof. Dr. Luís Caldeira Canavarro de Morais.

A Hierarquia Actual da Ordem a seguinte:Grão-Mestre: S. A. o Infante Dom Miguel de

Bragança, Duque de ViseuVice Grão-mestre: Prof. Dr. Luís Caldeira Ca-

navarro de Morais.Mestre: Coronel de Cavª/GNR Pedro Osório

Bandeira Calheiros.Chanceler: Engenheiro Francisco António So-

ares Peixoto.Intendente: Horácio de Andrade e Silva Ra-

mos.

Jornal do Centro28 | Outubro | 20116

Page 7: Jornal do Centro - Ed502

A ORDEM SOBERANA DOS CAVALEIROS DE STO. URBANO E S. VICENTE | ABERTURA

No dia 22 de Outubro a Ordem Soberana dos Ca-valeiros de Sto. Urbano e S. Vicente festejou o XVIº aniversário, numa unida-de hoteleira da cidade de Viseu, contando com a presença, entre Confra-des e Convidados, de vá-rias dezenas de pessoas, tendo havido um Dão de Honra de Recepção segui-do da reunião do Concla-ve, com cerimónia de En-tronização e de um Jan-tar de Gala, após o qual se atribuíram distinções honoríficas à Adega Coo-perativa de Mangualde, à Casa de Mouraz, ao Res-taurante Retiro dos Car-valhos, ao Chefe Licínio

Marques, ao Senhor Fran-cisco Loureiro, ao Enge-nheiro Pedro Nuno Perei-ra, ao Dr. Luís Filipe Bes-sa Gusmão Rodrigues, ao Senhor Eurico Augusto Ponces Amaral, à D. Ra-quel Camargo Mendes Ferreira, à Dra. Maria Cristina Cunha Martins, o Comendador Mário Nuno dos Santos Ferreira, não conseguiu estar para a distinção que lhe foi destinada.

O Jornal do Centro es-teve presente como “part-ner” desta iniciativa e ou-viu em entrevista o Vice Grão Mestre da Ordem, Luís Canavarro de Mo-rais.

O XVIº aniversário...

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FRUCTU VITIS ET LABOR HOMINIS

A Elementos da Mesa do Conclave e da DirecçãoElementos da Mesa do Conclave e da Direcção

A José António Vasconcelos Ferreira, Ana Luísa Ramos José António Vasconcelos Ferreira, Ana Luísa Ramos e Elisabete Rodrigues (Rest. Retiro dos Carvalhos)e Elisabete Rodrigues (Rest. Retiro dos Carvalhos)

A João Ribeiro no momento da entronização pelo João Ribeiro no momento da entronização pelo Vice Grão Mestre Luís Canavarro de MoraisVice Grão Mestre Luís Canavarro de Morais

A Henrique Vilhena Pereira da Silva e Henrique Vilhena Pereira da Silva e Horácio A. S. Ramos (Intendente)Horácio A. S. Ramos (Intendente)

A Grau de Conselheiro a José Manuel Grau de Conselheiro a José Manuel Vilhena Pereira da SilvaVilhena Pereira da Silva

A Entidades distinguidas e convidadosEntidades distinguidas e convidados

A Álvaro Meneses, José Lemos de Álvaro Meneses, José Lemos de Carvalho e Mário Cerqueira CorreiaCarvalho e Mário Cerqueira Correia

A Suzana Carranca Suzana Carranca RedondoRedondo

Jornal do Centro28 | Outubro | 2011 7

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Como surgiu a ideia de criar uma nova confraria no Dão, sabendo-se da existência an-terior de uma outra?A mais antiga Confraria,

a dos Enólogos do Dão, a dada altura tinha atingido certa notoriedade, principal-mente centrada em figuras mediáticas, políticas e so-cialmente proeminentes, o que é perfeitamente correc-to e desejável, mas escasso. Assim, a nossa Ordem sur-giu para ocupar o nicho de influência junto de um sec-tor mais directamente en-volvido com o vinho, as Ar-tes e a Ciência, procurando ser diferente mas comple-mentar. Escusado será dizer que, nesta perspectiva, não há o menor antagonismo en-tre ambas, antes a noção de que, juntas, constituem um lobby mais abrangente, tra-balhando no mesmo senti-do. Se melhor prova fosse necessária, basta constatar que muitos Confrades e até dirigentes de uma são-no também da outra.

A designação da Confraria pode-se considerar como um pouco invulgar. É Ordem So-berana dos Cavaleiros de Sto Urbano e S. Vicente. Porquê?Ordem: Por ter uma es-

trutura, baseada nos méri-tos, aptidões e serviços pres-tados em prol dos objectivos estatutários, como factor de-finindo o lugar hierárquico de cada membro.

Soberana: Por recusar, em matéria de vinhos, qual-quer outra autoridade, influ-ência ou hierarquia que não a imanada da Ordem que é, especificamente, indepen-dente do poder político, eco-nómico ou qualquer outro.

Dos Cavaleiros: Por adoptar como sua condu-ta guia os preceitos das an-tigas Ordens de Cavalaria, designadamente no que se refere à Honra, Isenção, Le-aldade, Justiça e Verdade, bem assim como de abso-luto desinteresse por quais-quer vantagens materiais ou sociais que a condição de membro puder gerar. Na mesma linha de princípios, a Ordem acolherá fraternal-mente todas as organizações com finalidade semelhante ou complementar.

De Sto. Urbano e S. Vicente: Por serem estes os patronos dos Vinhatei-ros, dentro da antiquíssima tradição religiosa portugue-sa.”

O Grão-mestre da Ordem é o Senhor D. Miguel de Bragança. É-o por alguma razão especial, de ordem política ou outra?O Senhor Dom Miguel,

nosso Grão-mestre desde o início, cumula na sua pessoa vários predicados que o in-dicam para o cargo, nenhum deles de natureza política:

Primeiro, é um viticultor de mérito.

Segundo é descenden-te directo dos Reis de Por-tugal, que desde D. Afonso Henriques e, principalmen-te, desde D. Dinis, sem-pre foram os patronos da vitivinicultura portuguesa e defensores da sua quali-dade.

Terceiro porque, sendo Viseu a capital indiscutida da Região do Dão, justifica-se convidar o representante da mais alta hierarquia no-biliárquica, como vínculo à tradição. E o Senhor Dom Miguel é o Duque de Viseu.

Ora, tendo as confra-rias báquicas, a maioria, se não todas elas, um cunho vincadamente tradiciona-lista e heráldico, bem paten-te nos trajes, no cerimonial, na iconografia e até na se-mântica, dificilmente se en-contraria melhor figura para este cargo essencialmente honorífico.

Em que parâmetros de actua-ção faz a Ordem a divulgação dos vinhos do Dão?A Ordem Soberana, para

além de patrocinar regu-larmente a degustação dos mais interessantes vinhos do Dão, divulga-os pelo modo clássico de convidar a prová-los personalidades que, pela sua notoriedade e

preponderância, são líderes naturais de opinião. Apesar da sua intransigente inde-pendência, a Ordem rece-be regularmente autorida-des, membros do governo e da hierarquia militar e re-ligiosa, e colabora com ou-tras entidades, organiza-ções e autarquias, na medi-da em que tal seja útil para a divulgação do Vinho do Dão. Convida com frequên-cia membros do Corpo Di-plomático, por entender se-rem os melhores divulga-dores do vinho português junto dos seus povos. Em-baixadas há que têm um car-go denominado Encarrega-do de Negócios e que tem responsabilidade directa no estudo de mercado e na pro-moção dos negócios., vinho, naturalmente, incluído.

Para além disso, está presente em numerosas cerimónias, encontros e cer-tames de enologia e gastro-nomia e já realizou diversas provas e cursos de degusta-ção, que seguramente conti-nuará a fazer.

Estatutariamente, a Confraria refere-se à questão dos bens, que não pode acumular. Qual o propósito da inclusão desse preceito nos Estatutos?

De facto, a Ordem não tem, não pode e não quer acumular quaisquer tipos de bens, mantendo apenas uma verba insignificante para despesas de expedien-te. Tal prende-se com o de-sígnio de manter o nosso jul-gamento e opinião, quanto possível longe de influências materiais. A título de exem-plo, seria difícil ser objectivo com uma empresa ou um vi-nicultor generoso nas suas ofertas. Ou poderia haver a tentação de querer perten-cer a uma congregação que ostentasse uma magnificên-cia desproporcionada, ape-nas por razões sociais.

Assim, os nossos trajes são quase monásticos e as únicas honrarias são as nos-sas condecorações próprias – sempre premiando o méri-to e não as pessoas.

Artes, Ciência, Filantropia, Humanismo e Cultura, são áreas que distinguem, na vos-sa Confraria, entidades consi-deradas como merecedoras. Como se elegem essas perso-nalidades ou organismos?Todos os nossos agracia-

dos o foram por nomeação, geralmente partindo de um membro da direcção e de-pois de confrontado com muitos outros propostos em iguais moldes. De facto, pe-los encargos que representa, seria inviável convocar uma reunião geral, um Conclave, para debater estas propos-tas. Assim, os prováveis ho-menageados são escrutina-dos em reunião do colégio próprio, cujas decisões serão posteriormente ratificadas em Conclave.

Dado o alto estalão das personalidades já homena-geadas, é de referir que nun-ca houve, até hoje, qualquer nomeação que não fosse consensual e unânime.

A actual situação político-eco-nómica afecta a Confraria?A actual conjuntura é par-

ticularmente desfavorável à Confraria, como o é a todos nós, ou quase. Contudo, por-que os nossos pressupostos se cumprem sem vislumbres de lucros ou honrarias, tem sido possível manter intacto o nosso paradigma, de con-

tinuar a divulgar, promover e exaltar o consumo racio-nal e equilibrado do vinho, designadamente do da re-gião do Dão.

Como é compreensível, aquelas pequenas ajudas que recebíamos de entida-des públicas e privadas de-sapareceram na quase to-talidade, o que limita forte-mente algumas actividades, designadamente no que res-peita a convidados, por não ser exigível que os nossos Confrades suportem na to-talidade os encargos suple-mentares com esses convi-tes. Ao longo destes anos de actividade gratuita e bene-mérita, a nossa Ordem rea-lizou já iniciativas ímpares, conseguindo um nível cul-tural e de eficácia nunca an-tes atingido por organiza-ções similares.

Faço notar que reuniões houve em que estiveram presentes mais de duas de-zenas de Embaixadores es-trangeiros, incluindo os dos países maiores importado-res de vinhos portugueses e este aspecto operacional tão importante é, necessa-riamente, prejudicado pelas restrições financeiras.

Têm certamente planos para o futuro. Quais? A Ordem Soberana conti-

nuará, na medida das limita-ções apontadas, a sua activi-dade benévola, cultural, di-dáctica e gastronómica. Nos planos imediatos, surgem os cursos de provador, as reu-niões de degustação, o com-bate ao alcoolismo e ao con-sumo de bebidas nefastas, a iniciação de jovens, as pro-vas classificativas de vinhos, os convites a personalida-des de relevo e, enfim, tudo aquilo que cumpra o escopo da Confraria. Comparência em feiras e reuniões da espe-cialidade, sempre divulgan-do a imagem do Vinho do Dão. Organização de even-tos culturais temáticos. Di-fusão de conhecimentos so-bre temas de saúde relacio-nados com o vinho. E, como no caso vertente, colabora-ção com a Imprensa, na di-vulgação do correcto consu-mo deste bem precioso que é o vinho.

ABERTURA | A ORDEM SOBERANA DOS CAVALEIROS DE STO. URBANO E S. VICENTE

Luís Canavarro de Morais é médico psiquiatra. Especializado em Saúde Mental Juve-

nil. Estagiou em Washington onde foi convidado a prosseguir a formação e em 1994

doutorou-se em Psicologia Desenvolvimental, em Los Angeles.

Tem casa e quinta em Vilela, S. João de Lourosa, onde produz vinho.

É autor de várias obras publicadas, de cariz técnico e ficcional, tais como “O Capitão

do Fim” ( com pseudónimo Rui de Castilho);

. “Infância em Terra Pequena”;

. “Adolescentes - Pragmáticas da Abordagem Psicoterapêutica”.

Propõe-se agora a lançar outro livro, mas desta vez sobre a arte da Cozinha.

Tem, na Confraria, o cargo de Vice Grão Mestre, logo se seguindo ao senhor D. Miguel

de Bragança.

É co-fundador da Ordem e entusiasta assumido das questões enófilas e enológicas.

“Reuniões houve em que estiveram presentes mais de duas dezenas de Embaixadores estrangeiros”

Jornal do Centro28 | Outubro | 20118

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O que vai mudar no futebol português se for eleito no dia 10 de Dezembro?Vai mudar sobretudo a

atitude em relação ao fu-tebol nacional com uma grande preocupação pelo desenvolvimento de todo o futebol, não apenas o pro-fissional. Se merecer a con-fiança dos diferentes dele-gados, irei procurar ser um presidente para todo o fu-tebol, para clubes profis-sionais e não profissionais, para associações distritais, para árbitros, dirigentes, en-fermeiros, médicos, treina-dores, jogadores.

Ao longo da sua intervenção na cerimónia de apresenta-ção da candidatura frisou isso mesmo. É uma indirecta a Fernando Gomes (outro candidato) pelo facto de ser presidente de Liga Portuguesa de Futebol Profissional?Não. A minha candida-

tura não procura encontrar defeitos, dúvidas ou menos atributos nos adversários. É uma candidatura pela posi-tiva e quero participar nes-te grande debate que vai decorrer apenas com o ob-jectivo de tentar convencer os delegados de que tenho as melhores ideias, as me-lhores propostas, a melhor equipa e sobretudo a me-lhor liderança necessária para o desenvolvimento do futebol português.

O facto de ser homem de futebol é uma mais-valia para capitalizar apoios?Tenho estado afastado

do futebol nos últimos anos por ter ocupado cargos de responsabilidade política. Numa altura em que surjo com esta candidatura é im-portante explicar às pessoas que não caí de pára-quedas e que tenho um curriculum nesta matéria, em particu-lar no futebol, como muito poucos têm em termos na-cionais.

Personaliza-se muito a direc-ção da Federação Portuguesa de Futebol no presidente, mas a equipa é fundamental para o funcionamento da federação. Passa ou não por aí o segredo para ganhar terreno nestas eleições, sabendo-se que Fernando Seara (natural de Viseu e presidente da Câmara de Sintra), o treinador Toni e Augusto Inácio já estão na equipa?Para conseguir atingir as

metas e os objectivos a que me proponho são funda-mentais quatro premissas. O facto de o presidente es-tar a tempo inteiro na Fede-ração, ou seja, onde houver futebol o presidente tem que estar, o que significa proxi-midade. O presidente tem que ter organização, apro-veitar as potencialidades dos actuais funcionários da

federação para que seja uma casa bem organizada. De-pois, tem que ter uma equi-pa e espero escolher pesso-as com experiência para os diferentes órgãos e para a direcção, para me ajudarem nesta tarefa. Finalmente, o presidente tem que ter ca-pacidade de liderança e nos diferentes cargos que exer-ci tenho demonstrado que trabalho, que gosto de ouvir, que gosto de discutir, que gosto do contraditório, que faço boas equipas, que sou capaz de responsabilizar as pessoas que trabalham co-migo e, desta forma, conse-guir projectos que à partida parecem impossíveis e aca-bam por se concretizar por essa interligação, permitin-do atingir esses objectivos.

Está habituado a ganhar nos projectos que tem liderado e participado. Este é o maior desafio da sua vida, ou o mais difícil?Tenho consciência que

é uma tarefa muito difícil até porque comecei relati-vamente tarde em relação aos restantes candidatos. Entrando a perder há con-dições para muito rapida-mente conseguirmos empa-tar este desafio e na recta fi-nal durante a campanha de quase um mês poder con-seguir ser presidente da Fe-deração Portuguesa de Fu-tebol. É um desafio extraor-dinário muito difícil e talvez o maior desafio pessoal que vou enfrentar nos próximos tempos.

Se ganhar a presidência da federação vai ter que abdicar da autarquia de Tondela.Deixarei naturalmente a

presidência da Câmara Mu-nicipal de Tondela.

Os tondelenses vão enten-der?Tenho recebido das pes-

soas, das instituições, dos diferentes partidos políti-cos uma solidariedade e um apoio que queria registar,

como um factor muito po-sitivo. Os principais dirigen-tes dos partidos apoiam-me nesta candidatura, as forças políticas locais exactamen-te da mesma forma. As pes-soas têm-me incentivado a não desistir. As pessoas de Tondela e da região per-cebem que é um dos seus que está a fazer uma dispu-ta particularmente difícil do ponto de vista nacional, eventualmente, com muito menos recursos, meios e po-der, mas que não teve medo e que vai enfrentar este de-safio para deixar também bem representada a região onde está há muitos anos.

Não teme que a sua decisão possa ser vista como uma reforma dourada ao retirar-se da política?Este desafio advém tam-

bém do facto de os outros reconhecem que eu posso ser um bom presidente da federação e ser um bom lí-der do futebol nacional. Nesta altura entendi que estavam reunidas as con-dições. Não vejo que isso possa ser visto como uma oportunidade de obter uma reforma dourada, estou con-vencido que quando saísse da Câmara de Tondela teria condições para liderar ou-tros desafios na minha vida pessoal e profissional.

Como por exemplo candida-tar-se à Câmara de Viseu ocu-pando a cadeira que o autarca Fernando Ruas vai deixar vazia por força da lei da limitação de mandatos?Se pensasse nisso não se-

ria candidato à Federação Portuguesa de Futebol. Em relação a Viseu, dizem-me que essa matéria está defi-nida. São avançados vários candidatos a quem reconhe-ço competência e capacida-de para liderar uma lista de um determinado partido e qualquer delas vai receber o meu apoio.

O resultado de 10 de De-

zembro na federação não vai condicionar o seu futuro em termos políticos?Este é um extraordinário

desafio que considero muito difícil, mas nem tenho medo de perder, nem de ganhar.

Fernando Seara é uma escolha natural?Tinha um compromisso

pessoal com o dr. Fernan-do Seara, se ele entendesse em determinado momento ser candidato à federação, não seria candidato, mes-mo que me desafiassem. Se tivesse sido candidato ter-lhe-ia dado todo o apoio exactamente como ele ago-ra entendeu que me devia dar. Muitos não acredita-vam que isso fosse possível, mas concretizou-se e quero agradecer a solidariedade que demonstrou para com o amigo de sempre Carlos Marta.

Surpreendeu-o o facto de a Associação de Futebol de Vila Real ter manifestado o apoio a Fernando Gomes depois de ter impulsionado a sua can-didatura juntamente com o presidente da Associação de Futebol de Viseu?O presidente da Associa-

ção de Futebol de Viseu tem tido um papel extraordiná-rio, mas há mais de um ano que tinha sido convidado por uma outra associação a qual não vou revelar e na altura respondi que se reu-nissem condições poderia ponderar a possibilidade de me recandidatar. O proces-so evoluiu, apareceram ou-tros candidatos, e duas as-sociações e outras estrutu-ras entrarem em contacto comigo no sentido de saber da minha responsabilidade. Todos devemos sempre res-peitar a opção de cada um em determinado momento e respeito a posição de Vila Real.

Depois de algum mau estar na Associação de Futebol de Lisboa com a pressão dos

Carlos Marta, autarca de Tondela é candidato à presidência

da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). O ex-presidente

da Associação de Futebol de Viseu, de 54 anos, licencia-

do em Educação Física, a par da política, tem um longo

curriculum na área desportiva. Foi jogador de futebol de

topo, responsável pela Direcção-Geral dos Desportos de

Viseu, presidiu à comissão de Fiscalização do Euro 2004 e

ao Conselho Superior de Desporto.

Carlos Marta prepara-se agora para as eleições de 10 de

Dezembro, disputadas com mais dois candidatos, Fernando

Gomes, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissio-

nal e António Sequeira, ex-dirigente federativo. O candidato

deu ao Jornal do Centro a primeira grande entrevista depois

do anúncio formal da candidatura, que decorreu em Lisboa

na sexta-feira passada.

“A minha candidatura vai mexer com muita coisa”

Entrevista ∑ Gil PeresEdição∑ Emília Amaral Fotografia ∑ Nuno André Ferreira à conversa

Jornal do Centro28 | Outubro | 2011

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CARLOS MARTA | À CONVERSA

clubes por apoiar a sua candi-datura e o ruído no Sporting com o apoio pessoal de Luís Duque, tudo leva a crer que até Dezembro a disputa vai ser forte.Acho estranho pensa-

rem que não me podia can-didatar. A minha candida-tura é legítima. É natural que haja gente que discor-da dela e gente que concor-da. Vou tentar demonstrar nesta campanha que estou preparado para o desafio e quero ganhar pelas minhas qualidades, pelos projectos e pela equipa que tenho. Se assim for, é um bom salto para o debate do futebol e até para outras actividades. Agora, a minha candidatura veio mexer com muita coi-sa. O que à partida se previa que fosse um passeio, aca-ba por perceber em função da nova realidade de que a minha candidatura mexeu com o processo e que pode ser uma surpresa ao ganhar estas eleições.

Já tem o apoio de jogadores ou ex-jogadores internacionais com grandes carreiras no futebol?No futebol, os jogos não

se ganham com nomes e só se ganham no fim. Espe-ro ganhar esta eleição com uma boa equipa, porque é no fim que os delegados vão fazer a sua escolha. Come-cei há oito dias e, até agora (domingo, 23 de Outubro) fui o único candidato que apresentou o seu programa, os pressupostos de candida-tura, os seus compromisso e a estratégia que quer para o futebol português. Isto sig-nifica bem a preparação que temos.

Significa também que não é uma decisão de dias. Há muito tempo que se

pensava nisso, mas não es-tava a pensar sequer nas questões estratégicas do futebol. Antes de me reu-nir com as pessoas que me convidaram, voltei a pensar durante um dia em futebol. Julgo que na apresentação das minhas ideias às pesso-as que me convidaram con-segui convencê-las.

Que benefícios pode ter a sua eleição para o futebol do distrito de Viseu?Eu quero ser presidente da

federação e totalmente isen-to no exercício das minhas funções e serão todos iguais neste processo. A única van-

tagem que Viseu poderá ter é ter um beirão como presi-dente da Federação Portu-guesa de Futebol.

Qual é a sua ideia sobre os actuais e os futuros quadros competitivos?Uma das prioridades da

minha candidatura é a re-formulação dos quadros competitivos. Desde logo no diálogo que deve ha-ver com a Liga Portugue-sa de Futebol visto que é responsável pela organiza-ção das competições pro-fissionais, mas também a reformulação dos quadros competitivos não profissio-nais e, depois, um diálogo profundo com as associa-ções distritais no que diz respeito aos campeonatos distritais incluindo a este nível os escalões de forma-ção. Também defendo a va-lorização da Taça de Portu-gal, mas aquilo que importa nesta altura dizer é que pro-curaremos encontrar solu-ções para que se dê resposta à actual situação financeira do país, procurando proxi-midade, uma sadia rivali-dade e a competitividade. Estas serão as três palavras-chave da reformulação dos quadros competitivos em Portugal, para atrair mais pessoas e para rentabilizar os recursos que existem. É prematuro falar sobre a organização em si de cada uma das competições.

Os clubes podem ficar convic-tos que, se for eleito, vai ser tudo ponderado?Uma nova equipa na fe-

deração vai ter que avaliar tudo o que foi feito até agora e dialogar com as estruturas respectivas para encontrar soluções.

Que estratégias tem para desenvolver o futebol não profissional, e também para as próprias selecções?Nas minhas prioridades

está um capítulo destina-do às selecções nacionais, porque são a imagem do futebol nacional do ponto de vista internacional. Esta-mos a falar das melhores se-lecções do mundo em todos os escalões e, portanto, irão ter um papel central nesta estratégia com reforço do apoio logístico e financei-ro, com um seleccionador/treinador português a tem-po inteiro e contratado por ciclos e, neste domínio, também a construção no

Vale do Jamor, da casa do futebol nacional aprovei-tando as magnificas infra-estruturas que existem na-quele espaço no concelho de Oeiras. Face até às cir-cunstâncias financeiras do país, devemos aproveitar os excelentes equipamen-tos que existem e fazer não a casa das selecções, mas uma casa do futebol nacio-nal, onde todo o futebol te-nha o seu próprio espaço. Na nossa estratégia, as se-lecções têm um papel fun-damental, porque são a vi-sibilidade do futebol nacio-nal e é através delas que a federação tem uma das fon-tes de financiamento mais importantes que é a parti-cipação nos campeonatos da Europa e do Mundo. Te-mos uma outra priorida-de central, que é um plano de desenvolvimento para o futebol português e que passa por voltar a colocar o futebol no centro do des-porto das nossas crianças e dos nossos jovens, através de um programa integra-do. No fundo, desenvolver o futebol de rua, o futebol de 11, o feminino, o futsal, aproveitando muitos joga-dores e muitos treinadores desempregados e antigos árbitros que podem dar um contributo excepcional.

Onde está a pensar conseguir recursos financeiros para colo-car em prática este plano?Assumi o compromisso

público de retirar uma per-centagem das receitas que estão anualmente consigna-das em relação ao campeo-nato da Europa e ao campe-onato do mundo, dos jogos da selecção em Portugal, das verbas que são transfe-ridas do Instituto do Des-porto de Portugal e dos pa-trocinadores oficiais, retirar uma verba que fique consig-nada no orçamento anual da federação, de forma a colo-car este plano em funciona-mento. É um compromisso. É uma opção estratégica e politico desportiva em rela-ção ao que queremos fazer num futuro próximo.

Qual é a opinião sobre o actual treinador nacional?Uma excelente opinião.

Tem feito um trabalho mui-to positivo e merece da mi-nha equipa total confiança. Não tenho dúvida nenhuma que vai conseguir este ob-jectivo importante de qua-lificar Portugal para o cam-

peonato da Europa.

Qual é a sua perspectiva de de-senvolvimento para o futebol feminino?Dentro do plano de de-

senvolvimento do futebol português, conseguir que mais mulheres possam jo-gar futebol. Se conseguir-mos alargar esta base de praticantes significa ter mais clubes e mais compe-tição, com o futebol femini-no a crescer de uma forma mais sustentada.

E no Futsal?O que queremos neste do-

mínio é fazer dela a maior modalidade de pavilhão em Portugal. O andebol e o basquetebol vão ter que per-ceber que o futebol é a pai-xão do nosso povo e o gos-to das nossas crianças e dos jovens.

O que pensa da lei de base do sistema desportivo e do papel das associações de futebol em Portugal?Passou a imagem na opi-

nião pública de que este novo regime tinha como objectivo retirar o poder das associações distritais em relação às assembleias-gerais da FPF e desta forma distribuir de forma mais equitativa as respectivas percentagens de votação. Mas quando verifico o que vai acontecer na próxima assembleia-geral eleitoral, dou conta que as associa-ções por si só poderiam eleger o futuro presidente da Federação Portuguesa de Futebol.

É necessária uma melhor dis-tribuição das equipas pelas di-ferentes séries, para evitar que uma equipa de Viseu, como acontece, tenha por exemplo que ir jogar ao Algarve?A proximidade geográfica

é fundamental para encon-trar quadros competitivos que possam ser ajustados a essa realidade geográfica e que promovam a competi-tividade. Depois, uma coisa importante, é a rivalidade saída, porque permite pai-xão, permite que as pessoas vão aos estádios e permite que o futebol seja o que to-dos gostamos.

Faz tudo a pensar futebol?No final do dia faço uma

reflexão natural sobre aqui-lo que fui capaz de fazer e sobretudo se me senti reali-zado e uma pessoa feliz.

Jornal do Centro28 | Outubro | 2011

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região

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A comitiva do Clube de Futebol Lusitano, de Viseu, foi roubada durante a par-ticipação num torneio de sub-17, que se realizou em Arles, França, no passado fim-de-semana.

O episódio começou quando João Gomes, coor-denador da formação do clube, recebeu um telefo-nema do treinador da equi-pa a dar conta que “treina-dores e jogadores estavam trancados no balneário”. De imediato, João Gomes pe-diu explicações ao funcio-nário camarário responsá-vel, que abriu uma de duas portas que davam acesso ao balneário. Como estava qua-se a começar o jogo, a equi-pa dirigiu-se para o campo.

“Sugeri colocar os pertences

dos jogadores no autocar-ro, mas o funcionário garan-tiu que não iria abandonar o local e que estaria atento a qualquer movimentação suspeita”, referiu. Descan-sado, João Gomes dirigiu-se para o campo, a alguns me-tros do balneário, para assis-tir ao jogo. No final da parti-da, o “inesperado” aconte-ceu. “Quando voltámos, o funcionário, muito corado e atrapalhado, disse-nos que o balneário tinha sido assal-tado”, explicou. Cartões de cidadão, bilhetes de identi-dade, cartões de acesso aos quartos do hotel, dinheiro e telemóveis desapareceram e a comitiva de Viseu deixada sozinha, “sem que alguém da organização se preocu-passe”.

Contactaram a polícia que se recusou a deslocar ao local para prestar auxílio. No total, 1700 euros rouba-

dos em valores aos atletas. Duas horas depois do in-

cidente, decorreu uma ce-rimónia de entrega de lem-

branças, na autarquia de Arles, com as equipas envol-vidas no torneio. “Ninguém perguntou se estavamos bem, há excepção do pre-sidente da Câmara que la-mentou o episódio e garan-tiu actuar contra o funcioná-rio”, disse o coordenador.

No dia seguinte, o Lusi-tano apresentou-se para o último dia de torneio, mas o funcionário camarário, principal suspeito do roubo à equipa portuguesa, não apareceu. “No dia anterior, após ter dado o alerta do roubo, desapareceu miste-riosamente e ninguém mais o viu”, comentou João Go-mes. O torneio terminou com a equipa de Viseu em 4º lugar. Na despedida, o presidente do Arles suge-

riu que o Lusitano enviasse as facturas de tudo o que ti-nha sido roubado. “Com é que eu comprovo o dinhei-ro e as carteiras dos atletas”, questionou o coordenador.

“Entretanto apareceram alguns documentos nas imediações do campo de futebol, mas bilhetes de identidade ou cartões de cidadão, nada.” O comple-xo está situado num bair-ro social, habitado, maiori-tariamente, por argelinos e marroquinos.

O Lusitano FC ainda não sabe que medidas irá tomar, mas espera que tudo seja resolvido “com bom senso” por parte do clube francês.

Tiago Virgílio Pereira [email protected]

Equipa do Lusitano roubada em França Mistério∑ Alguém terá entrado no balneário e furtou os valores dos atletas Suspeita∑ Funcionário camarário, que entretanto “desapareceu”

A João Gomes, coordenador da formação do Lusitano

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Jornal do Centro28 | Outubro | 201112

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REGIÃO

Vale a pena dar cá um salto.

PREÇOS REDUZIDOS A 5 MINUTOS DE VISEUA25—SAÍDA 20

Preços reduzidos, para todos os gostos.

CAFETARIA

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O presidente da Asso-ciação Nacional de Mu-nicípios Portugueses (ANMP) defendeu que deveriam ser colocados à disposição das autarquias 2,5 mil milhões de euros dos 12 mil milhões que a troika destinou à recapi-talização da banca por-tuguesa.

Em declarações aos jor-nalistas em Viseu, Fer-nando Ruas (PSD) disse ter dado essa sugestão ao Governo, por saber que há esse dinheiro dispo-nível e a banca parecer não estar interessada em o usar.“Custava-nos que hou-

vesse necessidade de consolidar contas públi-cas, nomeadamente as nossas, e que não apro-veitássemos essa impor-tância”, justificou.

O também presidente da Câmara de Viseu ex-plicou que teriam de ser

“aplicadas regras impo-

sitivas claras” para que as autarquias usassem os 2 ,5 mil milhões de euros. Dessa forma, esse dinheiro “não ia aumen-tar o endividamento, ia servir para pagar dívida efectiva”, nomeadamente aos fornecedores.

O líder da ANMP con-siderou importante que a consolidação “possa tam-bém injectar mais meios na economia e, sobretu-do, num sector da econo-

mia que é indispensável: o das pequenas empresas, a maioria delas até em-presas individuais ou de carácter familiar”.

O autarca disse não ter sido correcto, por exem-plo, que o Governo ante-rior ter aplicado “um cor-te substancial em relação às transferências” para as autarquias e, no final do ano, se tivesse regista-do um aumento da dívida do Estado.

“Aquilo que nos foi tira-do não serviu para con-solidar as nossas contas, serviu ainda para o Es-tado gastar mais. É isso que nós não queremos”, afirmou.

Ruas reiterou que todos devem “fazer um esforço para a consolidação das contas, que é um deside-rato nacional”, ainda que entenda que devia haver um tratamento diferente em função do contributo para a dívida. Lusa

Ruas reivindica 2,5 mil milhões do dinheiro destinado à banca Um satense

na política da SuíçaMáxima∑ “Sou um operário que gosta de saber como é gas-

to o dinheiro dos impostos dos cidadãos”

O primeiro contacto que teve com o universo su-íço foi em 1984 para onde emigrou com 22 anos, de Águas Boas, Sátão, para a cidade de Lausana. Pintor no sector da decoração, a vida de António da Fonse-ca num país onde diz já es-tar por convicção é muito mais que trabalho. Há anos que sente o chamamento da política. Membro fun-dador do Mouvement Ci-toyen Voudois (MCVD) foi candidato a conseiller na-tional (deputado em Por-tugal) nas eleições federais da Suíça que decorreram no domingo passado.“Sou um operário que

gosta de saber como é gas-to o dinheiro dos impos-tos dos cidadãos” justifica António da Fonseca quan-do se lembra que sempre fez “política de café” nas

“discussões entre amigos”: “Mesmo em Portugal sem-pre gostei da política, mas não sou político”.

Numa conversa com o Jornal do Centro através das redes sociais que ele próprio usa para acom-panhar a vida do seu país, para fazer campanha elei-toral e para trocar opini-ões e experiências com amigos pessoais ou do fa-cebook, António da Fon-seca demonstra a sua ex-periência na política e o que quer com o movimen-to que ajudou a fundar na Suíça. “Não estou à espera de ser eleito, porque somos demasiado pequenos, mas estamos a crescer e nesta campanha já recebemos a adesão de muitos portu-gueses. O nosso objectivo é utilizar estas eleições como trampolim para as canto-nais (eleições autárquicas) de 2012”, revela António da Fonseca, lembrando que os estrangeiros só têm direito de voto nas eleições autár-quicas suíças.

António, de 49 anos, ca-sado, pai de dois filhos vem

a Portugal, em média, duas vezes por ano, como qual-quer emigrante visita a fa-mília, a sua terra de nascen-ça e descansa na casa que mandou construir na vila de Sátão. É telegráfico a responder a tudo isto, mas quando se lhe pergunta so-bre a crise vivida em Por-tugal, revela a sua alma de político:“A crise vive-se em Por-

tugal e no resto da Euro-pa. O sistema europeu fa-liu há muitos anos e só não está enterrado, porque a Alemanha e a França têm vergonha de dizer que fa-lharam e vão remendando cada vez que lhe convém”.

Já em relação a Portugal as críticas são ainda mais ferozes. Aponta o dedo a todos os Governos que geriram o país desde 1985.

“O povo foi engano pelos governantes, deixou-se le-var porque lhe diziam que na Europa era assim, não se cultivava mas recebia-se dinheiro, não se pescava mas eliminavam-se os bar-cos e ganhava-se dinheiro. Até nos diziam que eramos bons estudantes na Euro-pa”, lamenta, e dá exem-plos registados nas visitas ao país de nascença: “Já en-

contrei num supermerca-do de Viseu alho “made in China”. Será que Portugal tem necessidade de impor-tar alho de tão longe? No IP5 foram gastos milhões numa estrada mal feita e depois tiveram que cons-truir outra por cima gas-tando mais milhões que temos que pagar. Quem é o mais culpado, o ministro que mandou construir a primeira ou o que mandou construir a segunda?”.

Não divulga directamen-te as suas ambições políti-cas, mas coloca-se à defesa de um país onde quer as-sumir um papel cada vez mais activo, destacando as grandes diferenças em dois países que já conhece bem:

“Em Portugal, nas eleições legislativas vota-se pensan-do que se está a votar num primeiro-ministro e depois temos deputados eleitos em Trás-os-Montes que se calhar nunca puseram os pés na terra que os elegeu. Mas na Suíça, o nome do candidato a deputado está escrito nas listas de voto”, defende António da Fon-seca.

Emília [email protected]

A António da Fonseca foi candidato às eleições federais de domingo passado

Jornal do Centro28 | Outubro | 201114

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VISEU | MANGUALDE | S. PEDRO DO SUL | REGIÃO

A Associação de Solida-riedade Social, Cultural e Recreativa de Gumirães, em Viseu, vai organizar a Festa das Sopas’11, no dia 5 de Novembro, a partir das 18h00, na sede da as-sociação.

O objectivo passa pela promoção dos produtos regionais do Dão e dos sabores das sopas tradi-cionais de alguns restau-rantes locais. As cerveja-rias “Quinta do Galo” e “O Cambalro”, o café “Lima Bar” e os restaurantes “O Principal”, “O Milho Rei”,

“Santa Maria”, “O Viso”, “Tasquinha do Xico” e “Vi-sIpanema” serão as “casas”

participantes no evento. Para provar as iguarias,

os sócios pagam 4 euros e os não sócios 5. Este valor inclui um “kit sopas” do qual consta uma malga, sopas, bebida e boroa.

As inscrições deverão ser feitas até ao próximo dia 2 de Novembro atra-vés do e-mail [email protected], por te-lefone, na sede da Asso-ciação de Solidariedade Social, Cultural e Recre-ativa de Gumirães junto dos restaurantes aderen-tes.

As crianças com menos de 10 anos não pagam, mas terão de ser inscritas. TVP

Festa das Sopas em Gumirães

Arrancaram esta semana os trabalhos de restauro do Retábulo da Capela do Rebelo, em Mangualde. O monumento estilo barroco, do séc. XVIII, classificado como imóvel de interesse público, há muito que ins-pirava a necessidade de se proceder a sua salvaguarda do estado de conservação do retábulo e da imaginária do interior da capela.A Câmara Municipal deu início a esta intervenção após aprovação do pro-cesso junto do IGESPAR, através da Direcção Regio-nal de Cultura do Centro. O restauro está entregue à empresa especializada “Ouro Fino”, do mestre em Conservação e Res-

tauro Jorge Pereira. “En-tretanto, estão a ser produ-zidos esforços no sentido de se conseguir um Mece-nas que obvie este custo”, adiantou a autarquia em comunicado.Para o presidente, João Azevedo “é essencial saber gerir o património cultu-ral, criando e fomentando sinergias que potenciem a requalificação do mesmo”, porque «apoiar o patrimó-nio e a cultura é uma for-ma directa de manter sóli-das as raízes da terra e fo-mentar a economia local”.A intervenção agora inicia-da deverá estar concluída até ao final do ano.

Emília Amaral

Retábulo da Capela do Rebelo restauradoMangualde∑ Câmara procura mecenas para comparticipar a obra

AO imóvel está clas-sificado de interesse público

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NOVO CENTRO ESCOLAR EM S. PEDRO DO SUL

A Câmara de S. Pedro do Sul vai avançar com a construção do centro es-colar da cidade. A candi-datura apresentada pela autarquia foi aprovada recentemente, tendo já avançado o concurso pú-blico.

O novo equipamento, a construir junto à Escola Básica 2/3, terá capacida-de para receber 550 alunos do Pré-escolar e do 1º Ci-clo, oriundos das fregue-sias de Baiões, Bordonhos, Pinho, S. Félix, S. Pedro do Sul, Sul e Várzea.

O projecto de mais de quatro milhões de euros é comparticipado em 70 por cento pelo QREN, ca-bendo à autarquia pagar os restantes 30 por cento.

“A o b r a f a v o r e c e a melhoria da oferta educativa que conduzirá a uma maior integração das crianças na escola”, consi-dera o presidente da Câ-mara de S. Pedro do Sul, António Figueiredo. EA

Jornal do Centro28 | Outubro | 2011 15

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REGIÃO | RESENDE | VISEU

ASSALTOViseu. Um grupo de la-drões encapuzados partiu à marretada, na madruga-da de sexta-feira, uma das portas em vidro da loja Di-nâmica, em Viseu, furtan-do dez bicicletas. O estabelecimento, espe-cialista em venda e repara-ção de bicicletas, motas e motorizadas, registou um prejuízo do valor de 20 mil euros. O assalto aconteceu por volta das 4h30.

DETIDOViseu. Um homem, de 75 anos, foi detido pela GNR de Viseu por posse ilegal de uma arma de fogo e di-verso material explosivo. A detenção ocorreu no sá-bado, na sequência de uma chamada telefónica para o posto da GNR, dando con-ta que estava um homem armado num café, na loca-lidade de Fragosela.Os militares apreenderam uma pistola de calibre 6,35 mm e efectuaram uma busca domiciliária onde encontraram explosivos. Em casa, o suspeito guar-dava nove velas de gela-monite, cinco espoletas, vários metros de cordão detonante, 188 cartuchos calibre 12 mm e 64 muni-ções calibre 22 mm. A re-moção deste material foi feita com o apoio da equi-pa de inactivação de ex-plosivos da GNR.

DETIDOViseu. A PSP de Viseu de-teve quatro indivíduos du-rante uma acção de fisca-lização, realizada no fim-de-semana. Dois dos detidos encon-travam-se me situação ir-regular no país enquanto os outros dois pendiam mandados de captura. A operação que envolveu 27 elementos da PSP, resultou ainda na identificação de 20 pessoas, em seis casas de diversão nocturna e na apreensão de mais de 350 viaturas.

O mercado municipalEconomizar para fomentar ou

fomentar para economizar

Opinião

O valor gasto por cada agregado familiar com a alimentação é provavel-mente uma das despesas cada vez mais difíceis de contornar. Vários estudos apontam para montantes de centenas de euros gas-tos mensalmente, numa percentagem que repre-senta 30 a 50 por cento do orçamento familiar. Esta percentagem tende, por norma, a diminuir à me-dida que a condição eco-nómica melhora, uma vez que passam a existir ou-tras prioridades com cus-tos superiores.

A importância gasta com a alimentação de-pende muito do tipo e das rotinas de vida de cada agregado: almoços fora de casa, recurso a restau-rantes ao fim-de-semana, bem como o sistema take-away, cada vez mais utili-zado, entre outras. Todas estas situações conduzem a resultados bastante dife-rentes e distintos.

A nossa preocupante de-pendência externa de pro-dutos alimentares, com o enfoque notório ao nível dos cereais e a sua reper-cussão na fileira do leite e da carne, bem como o crescente aperto económi-co que vamos sentir, vão induzir uma alteração pre-ponderante nos comporta-mentos alimentares.

O sector da restaura-ção queixa-se de uma di-minuição acentuada da facturação e muitas casas ponderam mesmo fechar. Os preços das refeições não têm registado aumen-tos significativos na maior parte dos casos, dimi-nuindo progressivamente as suas margens de lucro. No entanto, esta conjuntu-ra tende a sofrer alterações muito importantes. A mo-dificação do valor do IVA nos bens alimentares, as-sim como o aumento dos tarifários da luz, gás, elec-tricidade e água vão re-percutir-se também, e de forma notória, nos servi-ços prestados. A retracção económica a este nível vai provavelmente acentuar-se. Tendo por base o actu-al cenário de recessão, não seria de equacionar a de-dução destes bens num va-lor substancialmente supe-rior, para efeitos de IRS?

Hoje assistimos a alte-rações importantes e pro-fundas no comportamen-to dos consumidores, ao nível da alimentação e do seu custo. É cada vez mais frequente as pessoas leva-

rem os seus almoços para os locais de trabalho (a chamada brigada da cai-xinha). Este novo compor-tamento poderá ter como fim a redução dos custos com a alimentação, a qual é efectiva (140 euros men-sais), mas tem também o propósito de permitir re-feições mais equilibradas, devido a um conhecimen-to cada vez mais eclético com a alimentação e as necessidades nutricionais humanas, com uma inci-dência notória no aumen-to substancial da ingestão de sopas e de fruta, de todo aconselhável.

Neste sentido, existirão procedimentos que pos-sam diminuir o peso que a alimentação tem em ter-mos económicos?

Parece evidente que o valor da aquisição de bens de qualidade é um factor determinante. Por um lado, a opção por produtos de marca branca surge como uma medida sensata, as promoções parecem tam-bém resultar como uma medida eficaz, mas relati-vamente a esta última su-gestão recomendo algum cuidado: “nem tudo o que luz é ouro”. Uma alterna-tiva também muito válida é a aquisição de uma par-te do cabaz alimentar no mercado municipal.

Esta última sugestão po-derá ter um duplo efeito: por um lado, vão economi-zar alguns euros e, por ou-tro lado, fomentam uma agricultura minifundiária que necessita de ser acari-nhada para poder sobrevi-ver. Esta é a melhor manei-ra de preservarmos uma arquitectura agrícola re-gional. Um novo conceito ou terminologia que tem sido alvo de estudos e de-bates e necessita de uma implementação efectiva. Um exemplo concreto do que se descreve, são as no-vas hortas comunitárias a proliferar por todas as ci-dades.

Se recuarmos até 1375, já o rei D. Fernando I ma-nifestava cuidadas preo-cupações com esta ma-téria ao promulgar a Lei das Sesmarias. Não será o momento da sua aplica-ção efectiva passados tan-tos séculos?

Economizar para fo-mentar ou fomentar para economizar?

Fica a questão.

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

[email protected]

O ministro da Ad-ministração Interna, Miguel Macedo inau-gurou na sexta-feira o novo quartel da GNR de Resende.

O novo equipamento com capacidade para receber 30 efectivos da GNR começou a ser construído em finais de 2009, em terreno cedi-do pela Câmara Muni-cipal. O investimento de um milhão e 300 mil euros é composto por dois edifícios.

A inaug uração da nova casa põe f im a uma situação que o autarca de Resende, António Borges consi-

derou de “indignidade” nas instalações até ago-ra ocupadas pela GNR no concelho.

Para o presidente so-cialista “a política da prevenção e da respos-ta eficaz em matéria de segurança é essencial a uma região” como aquela, como “um com-plemento decisivo en-quanto oferta turística de grande qualidade”.

Agora que estão ga-rantidas novas instala-ções condignas para a guarda no concelho, o autarca apontou a falta de efectivos como ou-tro problema a resolver, acreditando que tenha

uma resposta.O ministro da Admi-

nistração Interna re-conheceu que o novo quartel “é uma obra importante para o con-celho e para o país” ao admitir que a partir de agora tem “excelentes condições” para a GNR trabalhar.

O novo edifício faz parte do quadro de re-forço da autarquia de Resende na moderni-zação dos seus equi-pa mentos u rba nos , como salientou Antó-nio Borges.

Emília [email protected]

GNR tem novo quartel em ResendeInvestimento∑ A nova casa custou um milhão e 300 mil euros

A O equipamento foi inaugurado pelo ministro da Administração Interna

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especial Dia de Todos os Santos

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O Dia de Todos os San-tos e o Dia dos Finados são dois momentos que se con-ciliam e, muitas vezes, con-fundem. O primeiro recor-da todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados, en-quanto o segundo é o dia da celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. É uma data em que se comemora o Amor, por excelência.

Desde o século 1º que os cristãos rezam pelos fale-cidos, tendo o hábito de vi-sitar os túmulos dos márti-res nas catacumbas, para velar pelos que morreram sem martírio. No século IV, já é possível encontrar evo-cação dos mortos durante a celebração da missa. No século seguinte, a Igreja dedica um dia do ano para orar pelos que faleceram e foram esquecidos. Des-de o século XI, por inicia-tiva dos papas Silvestre II (1009), João XVIII (1009) e Leão IX (1015), que a comu-nidade é incitada a recordá-los. Mas a escolha de 2 de Novembro para esse efeito só foi feita no século XIII.

M a is r e ce n t e m e n t e, aproveitou-se a instaura-ção do feriado de 1 de No-vembro, Dia de Todos os Santos, para realizar as cerimónias de invocação dos entes queridos já pa-decidos.

Rezar pelos mortos é uma tradição antiga

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textos ∑ Andreia Mota

A deposição de flores nas campas é um gesto que demonstra o apre-ço e saudades que se tem pelos familiares e ami-gos que já partiram.

Nesta altura, os cri-sântemos são uma das espécies mais procura-das, quer pela sua bele-za como pela sua simbo-logia.

Cultivada há mais de 2 mil anos no Oriente, onde é tida como muito nobre, esta é uma plan-ta que possui muitos ti-

pos e cores, além de exi-gir alguns cuidados es-peciais, nomeadamente ao nível da irrigação e luminosidade.

Originário da Ásia, o Crisântemo é da família da Compositae, e possui mais de 100 espécies e mais de 800 variedades comercializadas mun-dialmente. A sua che-gada à Europa deu-se por volta de 1700, onde foi melhorado genetica-mente, para chegar às variedades actuais.

Crisântemos são flor de referência nesta época

Curiosidades

∑ O crisântemo repre-senta a protecção, a espe-rança e a compreensão dos limites da vida.

∑ No Japão foi adopta-da como símbolo do país, devido à sua semelhança com o sol nascente. De acordo com a lenda, uma única pétala da flor, co-locada no fundo de uma taça de vinho, traria vida longa e saudável.

∑ O nome foi-lhe atri-buído por Carolus Lin-naeus, combinando o pre-fixo grego chrys-, que sig-nifica dourado (a cor das

flores originais), e -anthe-mon, que significa flor. Em grego, crisântemo sig-nifica “flor de ouro”.

∑ Na Europa, está asso-ciado à morte, sendo co-mum vê-las em funerais.

No Brasil, esta f lor é usada para representar quer a vida quer a morte; o sol e a chuva. Os crisân-temos são também ofere-cidos no Dia de Todos os Santos e no de Finados.

∑ No México, oferecer crisântemos é uma decla-ração explícita de amor.

Jornal do Centro28 | Outubro | 201118

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DIA DE TODOS OS SANTOS | ESPECIAL

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O Dia de Todos os Santos – a Festum omnium sanctorum- é celebrada pela Igreja Católica a 1 de Novembro, se-guindo-se, a 2, o dia dos fiéis defun-tos.

Esta tradição tem a sua origem na composição do calendário litúrgico, onde constavam inicialmente as da-tas de aniversário da morte dos cris-tãos martirizados como testemunho

da sua fé, realizando-se nelas orações, missas e vigílias. Numa fase posterior surgiu o hábito de erigir, nesses locais, igrejas e basílicas em sua memória. O primeiro registo de um dia comum

para esta celebração remonta ao sé-culo IV e aconteceu em Antioquia, no domingo seguinte ao de Pentecostes. Esta data mantém-se como tradição nas igrejas orientais.

Rituais do Dia de Todos os Santos caíram em desuso

RituaisCom a entrada desta data católica para o calendário civil como

feriado nacional, no século XVlll, surgiu também a tradição de as pessoas acorrerem aos cemitérios para recordarem os familiares e amigos que já partiram e levarem as suas homenagens: flores, coroas, velas e preces. É igualmente característico mandar-se re-zar missas pela sua alma.

O culto aos mortos é um ritual antigo e que marcou presença em quase todas as religiões, sobretudo as mais antigas. Nos pri-mórdios estava associado ao cultivo da terra e à fertilidade, pois acreditava-se que, como as sementes, os mortos eram enterrados com vistas à ressurreição.

Como que antecipando o Dia dos Finados, este é um momento vivido com tristeza.

Crenças popularesNo nosso país, há algumas crenças, a maioria bastante antigas, que ainda hoje são

respeitadas. É o caso do lema “no dia de Finados não se caça nem se pesca”. Acre-dita-se também que, neste dia simbólico as almas dos afogados passeiam por cima das águas do mar e dos açudes, enquanto outras visitam os locais onde viveram ou morreram. Em tempos mais antigos, evitava-se passar nas encruzilhadas e em can-tos sombrios.

No Dia de Todos os Santos, era tradição as crianças saírem à rua e pedirem o pão-por-deus, de porta em porta, recitando versos e recebendo algumas oferendas, como pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes, amêndoas ou castanhas. Era uma for-ma de se minorar algumas carências sentidas ao longo do ano. Com o tempo, esta tradição caiu em desuso.

O costume de comer ‘caldo de castanha’ marcou gerações, sobretudo no Norte de Portugal. Nalgumas aldeias, havia também o hábito de, nos “santos”, se matarem as ovelhas que atingiram o ano de idade sem terem tido crias.

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educação&ciência

Teresa AlmeidaDocente de Físico-Química e coordenadora da equipa responsável pelo projecto educativo da Escola Básica e

Secundária Engº Dionísio Augusto

Pequena, modesta e a re-clamar obras. É assim a Es-cola Básica e Secundária Engº Dionísio Augusto, em Canas de Senhorim, no con-celho de Nelas.

Esta escola é um dos or-gulhos do distrito de Viseu. Segundo o ranking das me-lhores escolas de ensino se-cundário, divulgado no pas-sado dia 15 pelo Ministério da Educação, a Escola Básica e Secundária Engº Dionísio Augusto ocupa o décimo lu-gar a nível nacional, no que a escolas públicas diz respei-to. Se contarmos com o ensi-no privado, a escola alcança o quadragésimo quarto lu-gar, subindo 28 posições em relação ao ano passado (ver quadro).

Para o director, António Cunha, esta classificação não surpreende. “Há vá-rios anos que somos a me-lhor escola do distrito, temos as nossas limitações em re-

lações a outras escolas de Viseu, por exemplo, mas es-forçamo-nos para trabalhar bem”, explicou.

A base deste sucesso passa pelos alunos. “Os discentes são trabalhadores, estão mo-tivados e bem preparados, e isso torna tudo muito mais fácil”, referiu. O responsável pela instituição pública há 17 anos, disse ainda que “há um excelente ambiente e uma relação de cumplicida-de entre aluno e professor”. O corpo docente da escola é “estável, competente, exi-gente e experiente”, a maior parte lecciona na institui-ção há mais de 15 anos. Ape-sar desta vertente humana capaz, o director reconhe-ceu que a instituição preci-sa, com urgência, de obras de requalificação. “A escola tem 30 anos e é necessário compor o telhado, uma vez que chove em algumas salas de aula. O pavilhão gimno-

desportivo precisa de obras profundas contudo, a escola não foi definida como uma prioridade pela Parque Es-colar”, explicou. Ainda as-sim, há aspectos positivos, o aquecimento funciona e a biblioteca, considerada o ex-líbris da instituição, agrada a todos. “Os alunos sentem-se bem, a biblioteca é também um espaço de promoção de colóquios, debates e exposi-ções”, argumentou.

A Escola Básica e Se-cundária Engº Dionísio Augusto atrai muitos alu-nos de outras redes esco-lares, Nelas e Carregal do Sal constituem os exemplos mais evidentes. A tradição de bons resultados é um factor essencial para esta “captura”, que tem vindo a aumentar ano após ano. Este ano lectivo foram res-gatados 77 alunos do secun-dário a outras redes escola-res. A maior parte dos en-

carregados de educação são empregados fabris com sa-lários modestos. A comu-nidade, em geral, apresenta recursos limitados e carên-cias sócio-económicas. Este facto, não permite que os alunos frequentem centros de explicações pelo que, a escola dispõe de apoios in-tegrados no horário. No en-sino secundário, o ênfase recai nas disciplinas de Por-tuguês e Matemática e na preparação para os exames nacionais. “Apesar destas contrariedades, as pessoas de Canas de Senhorim são muito participativas e com forte espírito associativo e os pais confiam na escola”, reforçou o director.

A escola tem vindo a co-locar alunos nos cursos de Medicina – três no ano pas-sado - e Engenharia, “por-que ainda há empregabilida-de” e aposta forte no ensino profissional. Celebra muitos protocolos com instituições locais, IPSS, empresas, cen-tros de lazer e não regista ca-sos de indisciplina. O agru-pamento de Escolas de Ca-nas de Senhorim é pequeno, o que propicia um ambiente de maior entreajuda.

Tiago Virgílio Pereira

Escola de Canasé a melhor do distritoEnsino secundário∑ Instituição ocupa o décimo lugar a nível nacional

A António Cunha, director da Escola Básica e Secundária Engº Dionísio Augusto

Penso que a escola tem um bom clima entre pro-fessores e alunos, eles gos-tam de cá andar e sentem-se bem, por isso transmi-tem esse sentimento aos outros agrupamentos. A or-ganização escolar é o factor preponderante do suces-so. Aqui, trabalha-se mui-to em grupo, como acon-tece na Escola Secundária Alves Martins (ESAM), em Viseu, onde já dei aulas. Esta escola é mais pequena e os recursos escassos, mas os resultados são mais ho-nestos se compararmos as condições de uma e outra escola. Se fizermos a pro-porção comparativamen-te ao número de alunos e às entradas em Medicina, aqui até é superior.

Números

É o valor em euros do orçamento global da Escola Básica e Se-cundária Engº Dionísio Augusto.

97Professores que lec-

cionam na instituição, incluindo o ensino pro-fissional.

5É o número de tur-

mas do ensino secundá-rio regular, constituídopor 90 alunos.

700É o número total de

alunos da escola. Ensi-no básico e secundário regular e profissional.

32É a percentagem dos

alunos que são subsi-diados. Isto significa que mais de 200 têm escalão A ou B.

“Os resultados são mais honestos do que na ESAM”

Rafael Borges16 anos, estudante no 11º ano

A escola tem um exce-lente ambiente. Frequen-to-a desde o 5º ano de es-colaridade e a boa relação entre professores e alunos mantém-se. Acolhemos e integramos de igual forma todos os novos alunos. A biblioteca é o espaço que mais me agrada porque está muito bem equipada. Actualmente, a minha mé-dia é 18, 7 valores e não te-nho explicações, vou às au-las de apoio e nem sequer penso em explicações por-que não tenho possibilida-des económicas para tal. Penso entrar em Medicina mas tenho consciência que serão os exames nacionais a decidir o meu futuro.

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Total�Provas: 189.972 Média�Exames 10,33

2011 2010 Escola Concelho Nº�Provas Exame�Orig Exame Interna Final PUB�PRIV44 72 Escola Básica e Secundária Engº Dionísio Augusto Cunha Nelas 87 123,03 12,3 13,9 13,49 PUB

63 294 Escola Secundária de Carregal do Sal Carregal do Sal 116 118,93 11,89 12,9 12,69 PUB

67 255 Escola Secundária de Tondela Tondela 320 118,38 11,84 12,9 12,67 PUB

77 86 Escola Básica e Secundária de Oliveira de Frades Oliveira de Frades 243 116,65 11,67 13,7 13,21 PUB

87 124 Escola Secundária Alves Martins Viseu 1274 115,23 11,52 14,1 13,41 PUB

105 302 Escola Secundária Dra. Felismina Alcântara - Mangualde Mangualde 292 113,48 11,35 12,9 12,5 PUB

RANKING�ESCOLAS�ENSINO�SECUNDÁRIO�2011���Distrito�de�Viseu*

“A minha média é 18,7 e não tenho explicações”

Ranking das 6 Melhores Escolas Secundárias no Distrito de Viseu (2011)

Jornal do Centro28 | Outubro | 201120

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Textos: Andreia Mota

Grafismo: Marcos Rebelo

SUPLEMENTO

MUNICÍPIO DE

MANGUALDE

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SUPLEMENTOMUNICÍPIO DE MANGUALDE

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MANGUALDE:UM FUTURO COM TRADIÇÃO

Mangualde é terra de segredos, é um convite ao conví-vio, é uma proposta à descoberta... Aqui se misturam mil cores e sabores! História, monumentos, tesouros naturais, gastronomia, artesanato, feiras e romarias fazem parte do roteiro que o con-celho tem para oferecer. Outrora chamada Azurara da Beira ou simplesmente Azurara, é uma terra antiquíssima que se situa na margem esquerda do Rio Dão.

Os vestígios da presença humana estão bem vincados e reme-tem-nos para o neolítico. São exemplos as Antas da Cunha Baixa e de Padrões. Também da Idade do Bronze/ Ferro nos chegam marcas, como é o Castro do Bom Sucesso, enquanto da época de domínio romano se destacam a Citânia da Raposeira, alguns tro-ços de Vias Romanas, Marcos Miliários, Aras e Ruínas de Villae.

Da tradição do município faz parte o Castelo que, segundo reza a história, terá sido tomado por um chefe mouro, de seu nome Zurara. Posteriormente, foi conquistado aos Mouros por Fernan-do Magno, Rei de Leão, em 1058.

Já depois de o município ter recebido foral, atribuído pelos con-des D. Henrique e Dona Teresa em 1102, o castelo acabou por ser demolido e, no seu lugar, surgiu um santuário – a Ermida de Nossa Senhora do Castelo.

Mas há outros locais e monumentos antigos que convidam a uma visita atenta e demorada: o Palácio dos Condes de Anadia, a Casa dos Condes de Mangualde, o Real Mosteiro de Maceira Dão, a Ermida da Senhora de Cervães, a Igreja da Misericórdia e a Casa de Almeidinha.

Festas da CidadeFestas da Cidade

GastronomiaDepois de um passeio alargado pelas vias do passado e da histó-

ria é hora de recuperar forças e confortar o estômago com as delícias que o concelho tem para oferecer. E também aqui Mangualde, que foi elevada a cidade em 1986, se apresenta como uma proposta ímpar e… deliciosa!

Habituadas a trabalhar a terra e a aproveitar os seus recursos, as gentes da Beira aprenderam desde cedo a respeitar e agradecer as suas dádivas. A vinha assume especial destaque e dá origem aos famosos vinhos do Dão, enquanto das hortas e da pecuária resultam uma varie-dade de sabores que tornam a cozinha da região tão única.

A maçã – nomeadamente a variedade Bravo Mangualde lançada pela Cooperativa – a chouriça, os frutos secos e o queijo da serra são outras das iguarias que complementam o roteiro gastronómico. Mas há um sabor indissociável e muito característico que não podemos esquecer: os famosos Pastéis de Feijão do Patronato.

TradiçãoA não perder é também uma visita às Termas Sulfurosas de

Alcafache, enquadradas por uma paisagem de rara beleza, onde se pode desfrutar de momentos de descontracção ou descobrir caminhos tradicionais, onde pedras e muros encerram histórias guardadas ao longo do tempo.

Delicie-se também com a simpatia das gentes, sempre afáveis e prontas a receber bem, mostrando o que de melhor sabem fazer. As suas mãos hábeis e trabalhadoras aprenderam a transformar recursos em obras, como são exemplos os típicos bordados de Tibaldinho e as peças de olaria.

FestasAs festas fazem parte do cartaz turístico de

Mangualde e colocam, muitas vezes ao longo do ano, o município no centro das atenções. O mesmo irá acontecer no fim-de-semana de 5 e 6 de No-vembro, com a realização da tradicional Feira dos Santos. “Da Tradição à Modernidade” é o lema do certame que regressa ao centro da cidade.

A VI Mostra de Artesanato Nacional, a comercia-lização de produtos regionais e de agro-pecuária, a II exposição de pintura ao ar livre e a exibição de au-tomóveis são alguns dos momentos que compõe o cartaz da iniciativa que há três séculos dá nova vida ao município, atraindo milhares de visitantes.

Pastéis de FeijãoPastéis de Feijão

Feira dos SantosFeira dos Santos

Bordados TibaldinhoBordados Tibaldinho

Live Beach MangualdeLive Beach Mangualde

Biblioteca MunicipalBiblioteca Municipal

Centro da CidadeCentro da Cidade

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Jornal do Centro28 | Outubro | 2011

SUPLEMENTOMUNICÍPIO DE MANGUALDE

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“MANGUALDE É UMA POTÊNCIA NACIONAL NA INDÚSTRIA DO AUTOMÓVEL, DOS TRANSPORTES E DA LOGÍSTICA”

N a d o e c r i a d o e m Mangualde, João Azevedo assumiu o comando da au-tarquia há dois anos. Desde então tem trabalhado para co-locar o município na senda da modernidade e do empreen-dedorismo. O desenvolvimen-to económico, o emprego e a captação de pessoas são al-gumas das principais apostas deste mandato.

Durante a sua campa-nha defendeu valores como a modernidade e o futuro. Até esse momento, Mangualde es-tava de costas viradas para a inovação?

Não, mas tínhamos de preocupar-nos com o que era mais importante para as pessoas: em primeiro lugar, manter as que cá estão, com qualida-de de vida e emprego; e, em segundo, tentar captar gente de fora.

Isso significa que teríamos de inves-tir nos espaços industriais e na econo-mia local, captar novos investidores, e criar emprego. A modernização é, as-sim, fundamental, tal como a necessi-dade de dar um safanão no marasmo e nas perdas devido à passividade em que estivemos nos últimos 12 anos.

Tínhamos de recuperar o tempo perdido e foi isso que fizemos.

De que forma?Investimos na marca Mangualde,

nas formas de potenciar o concelho e tentámos vender os nossos melhores

argumentos: localização geoestra-tégica, implantação de grandes indústrias – nomeadamente

a metalomecânica, a automóvel e a logística – e capacidade de poder ser-vir bem, com bons recursos humanos e pessoas especializadas.

Como encontrou a autarquia em termos financeiros?

Numa situação catastrófica e re-cebemos do passado uma heran-ça dramática com o município em incumprimento por excesso de endividamento.

Para compensar o endividamento e resolver o problema da dívida, não aumentámos as taxas ou impostos, mas optámos por diminuir as despe-sas correntes. Mesmo assim, se tivés-semos o mesmo dinheiro e receita que outrora houve nesta câmara, teríamos feito muito mais obras.

Demos um salto qualitativo, mas aliadio à situação financeira, houve um corte de receitas, o que prejudica a au-tarquia.

Um dos grandes projectos foi a praia artificial. Que balanço faz do primeiro Verão?

Foi um sucesso, quer para o conce-lho como para a região. Cumprimos o desígnio do Presidente da República, quando fez o apelo para os autarcas criarem iniciativas próprias e atraírem pessoas para o Interior. Acredito que é uma alavanca muito importante para a economia local no Verão, durante o qual recebemos 300 mil visitantes. Espero que o sucesso se repita no próximo ano, pois alguns sectores da actividade económica de Mangualde - nomeadamente a restauração, a hotelaria e o comércio – já se senti-riam com algumas dificuldades se a praia não existisse.

Que outras obras foram feitas?Mangualde estava estagnado em

termos de obras públicas. Desde que assumimos a autarquia, considero que aplicámos bem o QREN e fizemos um bom trabalho, por exemplo, na Zona Industrial de Salgueiro. Esta interven-ção tem a ver com a nossa estratégia para o futuro, nomeadamente ao nível da vinda de novas empresas. Todos os lotes estão praticamente vendidos e candidatos não têm faltado para aqui-sição de mais lote se os tivéssemos.

A variante Norte – uma alternati-va à Citroën – está a ser desenvolvi-da, e as variantes da Corvaceira e de Abrunhosa do Mato já foram inaugu-radas. Também fizemos a estrada de acesso a Contenças de Cima, fregue-sia de Santiago de Cassurrães. Já lan-çámos o concurso para a Avenida da Senhora do Castelo, que é uma obra fundamental para a requalificação ur-bana. A ponte na freguesia de Espinho é também importante, pois permite a ligação a Nelas e melhores acessibili-dades para o desenvolvimento da in-dústria do vinho que naquela zona tem uma forte componente industrial.

Para mim outra grande obra, por ser estrutural, foi a cedência da es-trada à Citroën. A decisão foi funda-mental para a empresa se manter em Mangualde e ter capacidade de ex-pansão.

Colocámos água tratada da Barragem de Fagilde no alto do concelho, para servir centenas de habitantes que du-rante anos tiveram muitos problemas não só de abasteci-mento mas tam-

bém ao nível da qualidade.Iniciámos a Unidade de Saúde Fa-

miliar, indo de encontro às políticas da saúde, e que estará concluída breve-mente.

Estabelecemos laços de colabo-ração com entidades do concelho como é o caso da Santa Casa da Mi-sericórdia e Bombeiros Voluntários de Mangualde para o investimento em equipamentos de grande importância para as pessoas. A Unidade de Cuida-dos Continuados praticamente conclu-ída e a recente aprovação da candida-tura ao QREN da BAL- Base de Apoio Logístico dos Bombeiros são exemplos do esforço das entidades envolvidas neste processo.

Também criámos o Gabinete de Apoio ao Agricultor, no edifício da Câ-mara Municipal, por onde já passaram mais de 2000 ocorrências.

Depois temos apostado na manu-tenção dos equipamentos públicos, que tinham sido esquecidos nos últi-mos anos. A sua manutenção é funda-mental, porque um município tem que servir os seus munícipes com quali-dade e a imagem do seu património é o reflexo do exercício da sua gestão autárquica.

Dá especial enfoque à ques-tão económica e a verdade

é que Mangualde pos-sui muitas empresas

vocacionadas para a exportação. Qual é o segredo?

É uma questão histórica. A vin-da da Citroën para Mangualde na dé-cada de 60 foi fun-damental. A isso

acresce o facto de termos bons pro-fissionais, dedicados, trabalhadores e perfeccionistas.

O Instituto Nacional de Estatística re-velou que, pela primeira vez depois de 12 anos, em Mangualde houve uma redução do desemprego. É sinal de que a nossa aposta em políticas de emprego e de dinâmica económica tem dado resultados.

E não podemos esquecer que da-mos emprego aos concelhos vizinhos. A Citroën, por exemplo, tem cerca de 300 trabalhadores de Viseu e cerca de 150 de Penalva do Castelo. Se assim não fosse, teríamos níveis de desem-prego praticamente nulos ou apenas voluntário. Mangualde é uma potên-cia nacional na indústria do automóvel, dos transportes e da logística.

Esta é uma aposta para manter?

Sim, a criação de emprego no sec-tor privado são das apostas mais im-portantes se queremos que o concelho tenha um desenvolvimento económico sustentado.

Apesar de estarmos no Interior, te-mos de ser competitivos. As portagens também nos criam algumas limitações em termos de circulação, mas é pre-ciso encontrar alternativas e critérios para atrairmos pessoas. A A25, a A1 e A24 estão portajadas, pelo que o IC 12 acaba por ser uma mais-valia para a circulação. Assim como a ferrovia, pois abarca todo o Sul do concelho.

Aproxima-se a Feira dos San-tos. Quais são as grandes no-vidades da edição deste ano?

A mais importante será talvez o facto de irmos reviver o passa-

do, com a Feira a regressar ao cen-tro da cidade. Esta iniciativa tem um grande simbolismo para os mangual-denses como eu e é um momento em que as famílias se reúnem e convidam os amigos para as suas casas.

A vinda do certame para a urbe dá-lhe notoriedade e traz impacto para o comércio e para o turismo. Juntamen-te com a marca automóvel e a praia ar-tificial, a Feira dos Santos é outro dos ícones do município.

Paralelamente, estará a decorrer a “Feira dos Santos à Mesa”, com os restaurantes a apresentarem uma ementa especial, com pratos típicos regionais.

Que mensagem gostaria de deixar aos mangualdenses em relação ao futuro?

Uma mensagem de confiança. Es-tamos num momento muito difícil, em que todos temos de ser responsáveis para não consumir o que não podemos e pela forma como vamos gerir o bem público. Temos de dar sustentabilidade ao território, distribuir melhor os recur-sos, ter criatividade, espírito de sacri-fício e muita garra para defender os interesses da população.

Temos de acreditar que o futuro tem de ser melhor; e o desperdício, a de-sorganização, a falta de respeito pelos dinheiros públicos e a passividade que marcou o passado não vão repetir-se.

Desejo saúde e sorte a todos os mangualdenses e faço-lhes um ape-lo para que participem no esforço co-lectivo para que ultrapassemos o mo-mento de crise.

Temos capacidade para tornar Mangualde um concelho lideran-te na Região Centro. Um concelho com futuro!

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SUPLEMENTOMUNICÍPIO DE MANGUALDE

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A aposta na educação tem sido uma prioridade para o executivo camarário de Mangualde. Uma das gran-des obras, a este nível, foi a construção do Centro Escolar nº 1 de Mangualde, integrado no Agrupamento de Escolas de Mangualde, localizado no recinto da Escola EB2,3 Ana de Castro Osório. O estabelecimento de ensino acolhe actualmente 170 crianças, dispersas entre o 1º e 4º ano do ensino básico.

Composto por oito salas de aula equipadas com quadros interactivos, complementadas por outras duas dedicadas à Expressão Plástica e por duas áreas de trabalho, o Centro Escolar dispõe de anfiteatro, salas de convívio para alunos, professores e pessoal não docente, instalações sanitárias, logradouro e uma bi-blioteca. E porque as crianças marcam o início de uma nova geração, houve também a preocupação de criar salas multideficiência.

O projecto enquadrou-se no Programa Operacional Regional do Centro, inscrevendo-se no “Eixo 3 - Con-solidação e Qualificação dos espaços Sub-Regionais”, através do instrumento “Requalificação da Rede Es-colar do 1º Ciclo do ensino Básico e da Educação Pré-Escolar”.

O valor de adjudicação foi de cerca de 794 mil euros, sendo 70 por cento comparticipado pelo QREN.

CENTRO ESCOLAR DE MANGUALDE FOI UMA DAS APOSTAS DA AUTARQUIA

Dada a centralidade do município de Mangualde, a rede viária tem sido alvo de uma constante pre-ocupação, melhorando os acessos às diferentes localidades.

Uma das obras de reabilitação foi feita na Variante da Corvaceira, na freguesia de Chãs de Tavares. A requalificação, já concluída e inaugurada, representou um investimento municipal que rondou os 472 mil euros.

Alargamento, rectificação do traçado, reforço do pavimento e melhoramento das condições de drenagem e segurança foram alguns dos trabalhos levados a cabo na reestruturação da Estrada 615-2, troço que liga a Estrada Nacional 16 e o campo de futebol da Corvaceira.

A obra foi apresentada como um exemplo do que é essencial para o município, tendo em conta a melhoria da qualidade de vida das populações.

Estrada de QuintelaConcluídas estão também as obras de requalificação da Estrada de Quintela, na freguesia de

Quintela de Azurara. A obra incluiu a colocação de alcatrão, o levantamento de parte dos paralelos, a pavimentação

e a construção de uma rotunda à entrada da via de acesso a Quintela de Azurara. A intervenção permitiu requalificar uma estrada que apresentava más condições de circulação, essencialmen-te porque estava ainda em terra batida e apresentava inúmeras depressões no pavimento. Com estas obras, os automobilistas vão poder circular nas melhores condições de segurança.

No total, a reestruturação implicou um investimento superior a um milhão de euros.

CONCELHO TEMACESSOS MELHORADOS

O centro da cidade mereceu igualmente um olhar da autarquia. É exemplo a inter-venção da Quinta da Sampaia onde, até ao momento, foram investidos mais de 560 mil euros.

A requalificação do pavimento e dos passeios, a reestruturação da iluminação públi-ca e a instalação de equipamentos urbanos fazem parte da obra.

Até concluir a beneficiação da Quinta da Sampaia será ainda aplicada uma verba superior a 200 mil euros.

QUINTA DA SAMPAIAVAI TER CARA NOVA

28 | Outubro |

Centro EscolarCentro Escolar

Variante CorvaceiraVariante Corvaceira

Unidade de Saúde FamiliarUnidade de Saúde Familiar

Zona Industrial do SalgueiroZona Industrial do Salgueiro

Cedência da EN 16 - Estrada CintroënCedência da EN 16 - Estrada Cintroën

A rede viária do concelho saiu reforçada também com as obras no eixo rodoviário do Alto da Cruz – Abrunhosa do Mato, na freguesia de Cunha Baixa, que foram recentemente inauguradas. A intervenção representou um investimento de cerca de 276 mil euros por parte da autarquia e terá como principal mais-valia melhorar a qualidade de vida das populações e aumentar a competitividade.

A empreitada contemplou cerca de dois quilómetros de vias municipais, integradas no eixo viário da Estrada Municipal 645, permitindo a continua-ção desta via entre o entroncamento com o Caminho Municipal 1450 (Alto da Cruz) e a Estrada Nacional 329-2. Foram ainda assegurados cerca de 750 metros que constituem uma variante ao último troço da EM 645 e à povoação de Abrunhosa do Mato, que passa a ter um acesso norte. A obra

complementa ainda o eixo alternativo à EN 234 passan-do pela Cunha Baixa, Abrunhosa do Mato, e Contenças de Baixo e de Cima.

O novo eixo inclui medidas de reforço estrutural e superficial do pavi-mento, a melhoria das condições de drenagem, a colocação de equipa-mento de segurança e o aumento da visibilidade para automobilistas e transeuntes.

VARIANTE DE ABRUNHOSA DO MATO

Page 25: Jornal do Centro - Ed502

economia

A loja nails4us inaugurou novas instalações no centro comercial Forum Viseu.

A especialista na estéti-ca de unhas situa-se agora num espaço mais acolhe-dor, a pensar no bem-estar dos clientes. Ainda no que toca a mudanças, o núme-ro de funcionários da loja também aumentou, no sen-tido de servir com mais ra-

pidez e eficiência os clientes e com isso reduzir o tempo de espera.

Durante a inauguração, que aconteceu no passado Domingo, os clientes pre-sentes mostraram-se muito agradados com a mudança de instalações e felicitaram a proprietária pela sua ou-sadia e bom gosto na deco-ração do interior.

Nails4us abre novo espaço no Forum

impr imimos as tuas ide ias . . .

Mortáguae a LampantanaGastronomia ∑ Uma iguaria festiva

Nos dias 29, 30, 31 de Outubro e 1º de Novembro decorrerá em Mortágua, promovido pela autarquia, pela segunda vez, o “Fim de Semana da Lampantana”.

A Lampantana não anda dissociada da Xanfana ( e não chanfana), que é oriun-da deste concelho e não da Bairrada, como alguns re-ferem.

Segundo a tradição e a transmissão popular, du-rante as Invasões Francesas dos Exércitos Napoleónicos, entre 1808 e 1810, à passagem das tropas, a população lo-cal, sem armas para as de-frontar, decidiu envenenar as águas das fontes, ribeiros e córregos. Perante a neces-sidade de cozinharem e es-tando a água assim “trata-da”, terão recorrido ao vi-nho tinto.

Quanto à etimologia dos nomes, da Xanfana se diz ser oriunda de Sã Faina (com o “X” serrano foneti-camente bem marcado). E Lampantana, de Lana --» Pane; Lam --» Pam + Ana (abreviatura da Senho-ra Angelina que terá tido a ideia deste prato…).

Com algumas variedades pessoais, confeccionar-se-á em caçoila de barro preto de Molelos, onde é lançada em pedaços a carne da ovelha; cada camada recobrir-se-á com pimenta, colorau, ce-bola picada, alho esmaga-do, folha de louro, sal, salsa

e azeite. Assim se conser-va até o forno de lenha estar pronto à temperatura ide-al (a da cozedura do pão); a carne na caçoila será regada com bom vinho tinto, sem-pre que fique descoberta e até à assadura. Acompanha com a batata cozida com a casca – fardada – depela-da no acto de degustação e temperada com o escu-ro molho da carne. Acolita com grelos e só na sua falta com salada de alface e bom vinho tinto do Dão.

É um prato forte e sucu-lento que não se apresenta à mesa todos os dias. Pela sua riqueza e qualidade ga-nhou foros de iguaria fes-tiva. Hoje, nobilitado pela edilidade de Mortágua, a Lampantana é um ex-libris gastronómico da região, cada vez mais divulgado e

apreciado.Os restaurantes que se as-

sociaram a este evento gas-tronómico foram:

A Mó, no Barracão; A Roda, em Mortágua; Ace-pipe Real, em Mortágua; Floresta, em Vale da Mata; Magnólia, em Mortágua; O Nosso Lar, em Mortágua; Orlando, em Sula; Teu Ami-go, no Barracão; Aldeia Sol, em Vila Meã, Montebelo Aguieira, Vale d’Aguieira e O Madeireiro, no Barracão.

Nota: Todos os partici-pantes neste evento, por cada dose de Lampantana receberão um cupão que os habilitará a um sorteio cujo prémio é uma caixa de vi-nho tinto do Dão, produção da Sociedade Boas Quintas, série especial Lampantana.

Paulo Neto

A Mercearia Portugal, em Viseu, organizou mais uma degustação de iguarias bei-rãs e prova de vinhos.

Desta vez, a Herdade do Rocim, do baixo Alentejo, foi à prova. “Há sempre es-paço para introduzir outros vinhos nesta região do Dão”, disse Luís Jorge, do departa-mento comercial. “O difícil é atingir um equilíbrio en-tre o lado gastronómico e o lado vínico, independente-mente da região”, explicou. Luís Jorge está convicto que, numa altura economica-mente desfavorável, “a qua-lidade dos produtos é que irá conquistar o espaço”.

Carlos Cabo reconhece que estas iniciativas, onde

se pretende casar o vinho e a gastronomia “servem para divulgar os produtores e a loja”. A Mercearia Portu-gal celebrou, recentemente, dez meses de existência. “ É um desafio constante por-que a evolução dos merca-dos é desfavorável e coloca em risco o pequeno comér-cio”, comentou o merceeiro-mor. TVP

Prova e degustação na Mercearia Portugal

INTERMARCHÉ É O MAIS BARATO PARA A DECO

O estudo anual da Deco Proteste revela este ano que o Intermarché é o su-permercado mais bara-to no concelho de Viseu. Em segundo lugar sur-gem as superfícies Pingo Doce e Minipreço, e em terceiro lugar o Jumbo e o Continente Modelo.

A Deco Proteste visitou 578 lojas de todo o país para comparar preços e recolheu 64.950 preços. No distrito de Viseu vi-sitou os supermercados dos concelhos de Viseu (nove), Mangualde (qua-tro) e Lamego (três). A aplicação é baseada nos preços recolhidos em Abril de 2011. A loja mais barata obtém um índice 100. Os restantes são cal-culados em função desse índice. No concelho de Viseu só o Intermarché obteve o índice 100, os restantes oito estão aci-ma da base de cálculo.

O estudo conclui ainda que ir ao supermercado fica mais barato a Nor-te do que a Sul. “Dos 50 supermercados mais ba-ratos, apenas 12 moram no Sul”.

Na avaliação das mar-cas próprias dos super-mercados. Apesar de concluir que não há gran-des diferenças de preços, a Deco indica que o Con-tinente e o Pingo Doce são aqueles que permi-tem uma maior poupan-ça aos clientes.

A Deco disponibiliza um simulador na sua pá-gina da internet que per-mite ordenar os super-mercados das regiões do país por preços. EA

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A Autarquia reabilita pitéu tradicional

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25Jornal do Centro28 | Outubro | 2011

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ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

Sernancelhe - produção da Castanha 2011

A Entrevista com o produtor Daniel Azevedo

Daniel Azevedo é um dos produtores de cas-tanha de Sernancelhe. Este ano de 2011 foi pro-fundamente desfavo-rável a todos quantos nesta faina empenham o labor de um ano intei-ro. A escassez da chuva que veio tarde de mais; as doenças que afectam o castanheiro e um con-junto vasto de dificul-dades da conjuntura ex-terna, faz temer o pior a Daniel Azevedo.

Quantos castanheiros tem de momento em produ-ção?Três mil.

No total de qual área?Trinta hectares.

Quantas toneladas produz num ano normal?Vinte e cinco tonela-

das.

E este ano?Vou ter seis, no máximo

sete toneladas.

Quem são os seus principais compradores?A Cooperativa Agríco-

la de Penela da Beira e o MARL, mercado abaste-cedor de Lisboa.

Não exporta castanha?Não. Penso nisso, mas

os custos são altos e fal-tam-me conhecimento nessa área para fazer esse serviço com sucesso.

Como encara as doenças que afectam o castanheiro?Com muito pessimis-

mo, pois nestes últimos anos afectam-nos bastan-te. São duas as doenças: o cancro e a tinta e um bi-cho: o bichado.

Que tem feito para as com-bater?Têm-se atenuado com

pesticidas e fungicidas.

E isso não afecta a qualida-de ? Não, até a melhora.

Quantas pessoas traz na apanha?Seis pessoas e a máquina

que representa outro tanto. Uma máquina de apanhar denominada de aspiração.

De que modo as iniciativas da Câmara Municipal, como por exemplo a Festa da Cas-tanha, influenciam o vosso negócio?Muito positivamente.

Divulgam; dão o nosso

produto a conhecer; os vi-sitantes difundem a quali-dade da nossa castanha e dão-lhe projecção.

Dantes dizia-se acerca do castanheiro: “300 para nascer, 300 para ser e 300 para morrer”. Hoje, ao fim de quanto tempo produz o castanheiro?Dez anos. Mas só dá ren-

tabilidade aos vinte para pagar o investimento. É sempre cultura para a ge-ração seguinte. Por isso nos custa tanto ver morrer um castanheiro… demo-ra muito a criar-se e mor-re num instante. Em oito dias.

E quantos quilos produz ao fim desse tempo?Tudo depende do solo,

do tratamento e da varie-dade. Em média, uma ár-vore de vinte anos pro-duz trinta quilos de mar-tainha.

Como vai fazer face às difi-culdades deste ano de 2012?Sinceramente não sei o

que vou fazer. Vou ficar com dívidas que vou ter di-ficuldades em pagar para honrar o meu nome.

Paulo Neto

Turismo de Negócios – um produto de grande

importância para a regiãode Viseu

Clareza no Pensamento

A Região de Viseu vai ser palco de dois importantes eventos, aos qua is n ing uém consegue f icar indi-ferente:

1 No dia 26 de no-vembro realizar-se-á na Pousada de Viseu o TEDxViseu . Este evento organizado de forma independente é licenciado pelo TED (organização sem fins lucrativos dedicada às Ideas Worth Spre-ad i ng) e aber to ao p ú b l i c o e m g e r a l . Este ano apresenta como tema City R-evolution, exploran-do como a tecnologia, design, educação, ci-dadania, cultura, tu-rismo, urbanismo e entretenimento po-dem impulsiona r a cidade de Viseu nas próximas décadas.

Todas as informa-ções sobre o evento estão disponíveis no endereço http://www.tedxviseu.com/. Aqui fica o desafio, ao efe-tuar a inscrição, as receitas angariadas revertem a favor do CAT – Centro de Aco-lhimento Temporá-rio de Viseu, IPSS da Santa Casa da Miseri-córdia de Viseu.

2 Entre os dias 1 e 4 de Dezembro a cidade de Viseu recebe aque-le que é considerado pela generalidade da imprensa e do sector o principal fórum de debate turístico na-ciona l – o X X X V II Congresso da APA-VT (Associação Por-

tuguesa de Agências de Viagens e Turis-mo), a decorrer no Hotel Montebelo e na Aula Magna do Ins-tituto Politécnico de Viseu.

Em decisão recen-te, e, tendo em conta a situação económi-ca que se vive, actu-almente, no país, a di-reção da APAVT en-tendeu mudar o local do Congresso de For-ta leza (Brasi l) para território nacional . Sem perder tempo a TCP (Turismo Cen-tro de Portugal) logo conseguiu unir esfor-ços, para a apresenta-ção de uma candida-tura que não deixasse qualquer dúvida, so-bre o local ideal em Portugal, para a rea-lização do Congres-so, onde se esperam 300 a 400 participan-tes (http://www.apa-vtnet.pt/). A escolha de Viseu, em muito se deveu à colaboração e interação entre ini-ciativas públicas e pri-vadas na apresentação da melhor proposta.

Agora, cabe a cada um de nós contribuir um pouco para que estes eventos sejam um verdadeiro suces-so. Não podemos es-quecer que para além dos excelentes re -cursos turísticos da região, super-estru-turas modernas, in-fra-estruturas e boas acessibi l idades, um aspecto determinante de diferenciação é o acolhimento…

(http://clarezanopensamento.blogspot.com) FESTA DA CASTANHA DE VOLTA A SERNANCELHE

O secretário de Esta-do do Ambiente e Orde-namento do Território, Pedro Afonso de Pau-lo inaugura a Festa da Castanha de Sernance-lhe, esta sexta-feira, dia 28, às 17h30. O certame, organizado pela Câma-ra Municipal, decorre no Exposalão Sernancelhe durante três dias.

Sernancelhe é “Terra da Castanha”. O slogan escolhido pela autarquia, para lembrar que o fruto “assume hoje uma impor-tância fundamental na economia do Concelho, onde pontuam as varie-dades martaínha e longal, e todas as freguesias es-tão inseridas na Denomi-nação de Origem Prote-gida Soutos da Lapa, res-ponsável por 35 por cento da produção nacional”.

O presidente da Câma-ra, José Mário Cardoso considera a castanha o “produto que enobrece” o concelho no rol das suas potencialidades, e lembra que, “outrora quase des-prezível, é hoje o emble-ma de Sernancelhe”.

Até domingo a festa con-ta com mais de meia cen-tena de expositores, entre produtores e transforma-dores de castanha, juntas de freguesia e restauran-tes. Animada por grupos locais, o evento destaca-se ainda pela palestra o “Declínio do castanheiro devido aos problemas fi-tossanitários: que novas perspectivas e meios de luta”, por Luís Martins, da UTAD, pelos concur-sos da melhor castanha, melhor montra e melhor doce de castanha.

“Com este evento, con-seguimos promover não só o fruto, mas também o souto, e isso permitiu aumentar significativa-mente a sua plantação”, acrescenta o autarca.

BTT. Uma novidade no campo desportivo. No domingo decorre o Pas-seio BTT “Rota da Cas-tanha e do Castanheiro”, iniciativa que conta já com perto de meio mi-lhar de inscritos dos mais diversos pontos do país. EA

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Cristina BarrocoDocente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu

[email protected]

26 Jornal do Centro28 | Outubro | 2011

Page 27: Jornal do Centro - Ed502

INVESTIR & AGIR | ECONOMIA

McDonald’sda cidade reabre esta sexta-feira

Sushi servido numa pe-dra de xisto ou Gambas à Guilho são apenas duas de várias especialidades que se podem saborear ago-ra em Viseu, graças a um novo conceito de restaura-ção, servidas em pleno cen-tro histórico, num espaço emblemático da cidade, a antiga Casa do Lavrador.

Filipa Valença, Nuno Figueiredo, Nelson Sousa e Helena Fonseca criaram o restaurante Kome -Ta-pas & Sushi inspirado num conceito importado depaíses como o Brasil, em que se alia a comida japo-nesa com o modelo fast-food e se junta o conceito das tapas sempre acompa-nhadas por uma bebida de excelência.

Aqui, as pessoas provam um pouco de tudo e podem experimentar sabores di-ferentes”, adianta Filipa Valença, avançando que é um modelo diferente do que os viseenses estavam habituados nos chamados restaurantes tradicionais:

“Demorámos bastante tem-po a estudar o conceito até chegarmos a um consenso, mas valeu a pena”.

Desde o dia 7 de Outubro, data da inauguração, a ade-são “está a corresponder às expectativas” dos criado-res fazendo “acreditar que

se trata de uma novidade” que pode atrair um público jovem mas também outro tipo de clientes. Aberto de segunda a quinta-feira das 12h00 às 0h00, à sexta-fei-ra e ao sábado até às 2h00 da madrugada e ao do-mingo das 13h00 às 22h00, o Kome serve comida rá-pida, comida japonesa, ba-res de sushi, bares de tapas, comida vegetariana e di-ferentes serviços que vão do catering ao takeaway. Em breve , disponibilizará também música ao vivo e outros espectáculos “para fazer com que as pesso-as possa vir para além de quererem comer”, adianta Nuno Figueiredo.

Emília Amaral

União entre sushi e tapas faz a diferença em ViseuRestaurante ∑ Zona histórica recebe novo conceito inspirado no que se faz lá fora

O r e s t a u r a n t e McDonald s da cida-de de Viseu reabre ao público esta sex-ta-feira, dia 28, com uma nova imagem. O projecto de remode-lação promete ofere-cer aos cl ientes um novo espaço “ma is moderno, contempo-râneo e mais confor-tável”.

O franquiado, Rui Moiteiro explicou na con ferênci a de i m-prensa de apresenta-ção do projecto que a nova roupagem do restaurante surge in-tegrada nas comemo-rações dos 10 anos do McDonald s, e na se-quência do programa em curso da compa-nhia em Portugal e na Europa, mas para Rui Moiteiro a remodela-

ção “vai de encontro às necessidades senti-das pela população”.

Colo c ad a no g r u-po das melhores lo-jas a nível nacional, o McDonald s de Viseu (Rotunda Paulo VI) apresenta-se com um novo conceito tanto a nível interior como exter ior, com o ob -jectivo de abandonar a tendência de restau-rante de passagem e dar-lhe um ambiente

“mais acolhedor que seja sobretudo um lo-cal para estar”.

Menos esplanada , mas um espaço rea-daptado para as crian-ças, são pormenores, destacando-se os ma-teriais em madeira e em pele “mais confor-táveis e com nova so-fisticação”.

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A O Kome -Tapas & Sushi localiza-se na Rua do Comércio Em

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27Jornal do Centro28 | Outubro | 2011

Page 28: Jornal do Centro - Ed502

especial Caça

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textos ∑ Andreia Mota

“ É preciso ter umapostura que dignifique a caça”

Defende Mário Antunes

A época de caça está a “correr bem”, um dado para o qual contribui o facto de a re-produção de espécies se ter efectuado “me-lhor do que no ano passado”. O balanço é feito pelo presidente da Federação doa Clu-bes de Caça e Pesca do Distrito de Viseu, Mário Antunes.

O calendário Venatório arrancou a 1 de Junho e termina a 31 de Maio, mas é no tri-mestre de Outubro a Dezembro que esta modalidade tem o seu momento mais forte. É também neste período que começa uma verdadeira caça, literalmente falando, a es-pécies sedentárias como a perdiz, a lebre e o coelho bravo. “São as mais apetecíveis”, salienta Mário Antunes. Relativamente à última espécie, o responsável faz questão de frisar que, este ano, não se têm regista-do surtos infecciosos, o que tem contribu-ído para o sucesso da temporada.

Depois de, em 2010, se ter verificado al-guma contestação por parte dos pratican-tes da modalidade em todo o país, o presi-dente da Federação garante que os proble-mas – relacionados com o envio tardio do calendário venatório e com a inclusão do melro na listagem das espécies caçáveis – foram sanados.

137Números Actualmente, a FCCPViseu possui 137 associados, entre clubes e organizações que gerem zonas de caça, dispersos

não só pelo distrito mas abrangendo também a Guarda, Vale de Cambra, Coimbra e Aguiar da Beira. No territó-rio incluído no organismo existem cerca de 12 mil pessoas com carta para caçar, embora desses apenas 8 mil pra-tiquem.

A estes, Mário Antunes relembra que “caçar é um acto nobre quando praticado com nobreza e também um mo-mento de socialização e de convívio, em vez de predação e destruição”.

“É preciso ter uma postura que dignifique o sector”, alerta o presidente da Federação, frisando que a caça é “um bem renovável, que precisa de ser cuidado”. “Costumo dizer que devemos explorar os juros e não o capital, de modo a podermos fruir da natureza em todas as suas vertentes”, conclui o responsável.

Jornal do Centro28 | Outubro | 201128

Page 29: Jornal do Centro - Ed502

CAÇA | ESPECIAL

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Arroz de perdiz com míscaros e ja-vali na púcara são duas das iguarias que pode encontrar no Restaurante Clube Caçadores, localizado junto ao Aeródromo , em Viseu.

Tal como o nome indica, este é um retiro privilegiado para quem gos-ta de apreciar pratos de caça. E a lista de espécies confeccionadas é vasta: veado, perdiz, faisão, coelho bravo, lebre e javali. A estes é pre-ciso acrescentar uma outra ementa baseada nos sabores tradicionais da cozinha beirã.

Além dos paladares ricos – são cer-ca de 30 as sugestões do cardápio – há espaço para degustar produtos tão característicos da região, como o míscaro e a castanha, ingredien-tes que não podem faltar na mesa. A acompanhar, um vinho tinto gene-roso, de preferência do Dão.

Não podemos esquecer também as entradas que nos brindam ao início da refeição, nomeadamente os en-chidos tostados, que combinam na

perfeição com o pão regional. À so-bremesa, impõe-se a fruta e a doça-ria variada, mas quem nos conquista é o requeijão com doce de abóbora.

Com capacidade para perto de 150 pessoas, o Clube Caçadores dispõe de um ambiente intimista e de con-vívio. Diríamos que quase familiar. Para o aconchego que se sente em muito contribui a lareira que existe em cada uma das salas, e que faz as delícias dos clientes. Quem experi-menta acaba sempre por voltar e é frequente, graças às excelentes con-dições do espaço, encontrar grupos em amena confraternização. Esta é uma excelente proposta para almo-ços ou jantares de negócios, reuni-ões de grupo e até para uma ceia de Natal repleta de tentações.

O restaurante, enquadrado num recanto de grande beleza e onde se privilegia o contacto com a Nature-za, encerra apenas às quartas-feiras. No resto da semana, pode entregar-se aos prazeres de uma boa mesa.

Clube Caçadoresapresenta mais de 30 sugestões

A caça é cada vez mais um produto turístico. A região não é excepção e são cada vez mais os praticantes da modalidade que que se deslocam até cá em cada época venatória.

No caso de Viseu, integrado na 2ª Região Cinegética, este é um complemento a outras actividades, como a cultura, a gastronomia ou os monumentos.

Ainda assim, a forte influência do sector agrícola e a extensa mancha florestal de que dispomos fazem com que a caça se assuma como um enorme potencial.

Espécies como o coelho bravo, a lebre, a perdiz, os tordos, as codornizes e as rolas ‘povoam’ o nosso território, onde também é possível encontrar o javali, que se apresenta como um preponderante factor de atracção para largas cente-nas de caçadores.

A paisagem encerra, em si, um mundo surpresas que a modalidade permite descobrir. A habilidade e precisão do caçador conciliam-se com as propostas do meio envolvente, pejado de serras e vales, campos agrícolas e manchas ver-des. Um habitat fecundo para apostar numa actividade que tem vindo a crescer e que ajuda a promover o território.

Caça é um complemento para o turismo

Jornal do Centro28 | Outubro | 2011 29

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desporto

A Portugal teve dificuldades para ultrapassar a “agressiva” defesa das sérvias

Apuramento Europeu Andebol Feminino

Sérvia demasiado forteDerrota ∑ Portugal 21 - Sérvia 32

Pavilhão lotado em Moimenta da Beira para assistir a uma lição de bem defender e de melhor ata-car, em andebol.

Portugal defrontou a Sérvia, no segundo jogo d fase de apuramento para o Europeu da modaldida-de. Já se sabia que não ia ser fácil, até porque Por-tugal vinha de uma derro-ta pesada com a Roménia, eventualmente a forma-ção mais poderosa do grupo, pelo que ganhar à Sérvia seria fundamental para alimentar ambições no apuramento.

Mas as sérvias foram muito fortes. Demasiado

fortes. Uma equipa que demonstrou que é possí-vel conciliar poderio físi-co com criatividade e ca-pacidade na hora de atacar a baliza adversária.

Sérvia a mais para uma equipa portuguesa onde as suas jogadoras luta-ram, e muito, e até conse-guiram manter um equilí-brio, pelo menos aparente, no marcador ao longo da primeira parte.

A Sérvia foi com uma vantagem de 15 - 12 .

Para o segundo tempo, a Sérvia entrou muito for-te e, logo nos primeiros minutos, aumentou ain-da mais a diferença no

marcador. O resultado foi--se desnivelando até ter-minar numa diferença de 11 golos.

S o b r e o j o g o , o seleccionador Duarte Freitas considerava no fi-nal: “Ficámos aquém do que queríamos. Deverí-amos ter sido melhores para discutir o jogo. A di-ferença de nível e de ca-pacidade das jogadoras, foi bem evidente”, acres-centando ainda que “sabí-amos que íamos defrontar uma equipa que faria de-fesa 6-0 e tínhamos apos-tado em finalizar em re-mates de penetração e de pivot. No início ainda foi

possível, mas na segunda parte não o conseguimos fazer”.

Em relação às con-tas do apuramento, o seleccionador não escon-de que “é muito difícil pensar em estar na fase final do Europeu porque se aqui não fomos capa-zes de discutir o resultado com a Sérvia, fora muito dificilmente o consegui-remos”.

O objectivo é agora o 3º lugar, para que Portugal continue a ter um ranking que garanta a presença en-tre as melhores selecções.

Gil Peres

AGENDA FIM-DE-SEMANAFUTEBOL

II DIVISÃO NACIONAL - CENTRO

III DIVISÃO NACIONALSÉRIE B

7ª jornada - 30 Out - 15h00

Infesta - Vila Meã

Sp. Mêda - Alpendorada

Cesarense - Sp. Lamego

Vila Real - Rebordosa

Serzedelo - Leça

Grijó - Souzense

III DIVISÃO NACIONALSÉRIE C

7ª jornada - 30 Out - 15h00

Avanca - C. Senhorim

Valecambrense - Bustelo

P. Castelo - Sampedrense

Oliv. Frades - Alba

Sanjoanense - Nogueirense

Oliv. Hospital - Ac. Viseu

03ª jornada - 16 Out - 15h00

Carregal Sal - Nelas

Canas St. Maria - Farminhão

S. Cassurrães - Vila Chã Sá

Parada Gonta - Mangualde

Moimenta Dão - Nandufe

Sp. Santar - Campia

ASSOCIAÇÃO FUTEBOL DE VISEU DIVISÃO DE HONRA

Gil

Pere

s

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Visto e Falado

Vítor [email protected]

Cartão FairPlay Durante o «defeso»

era opinião generaliza-da que esta época seria menos forte e competi-tiva que as anteriores. Enganaram-se. A divi-são de Honra da AFV está bastante competi-tiva, com emoção e re-sultados inesperados. A época ainda vai no seu início e muitas sur-presas vão acontecer. Emoção garantida.

Cartão FairPlay O Viseu 2001 está de

novo uma equipa muito competitiva no nacional da 2.ª divisão de futsal. Época após a época o clube apresenta-se moti-vado e organizado para os novos desafios. No passado fim de semana, deslocou-se a Mogadou-ro para defrontar uma equipa que nas duas úl-timas temporadas este-ve na 1.ª divisão nacio-nal e ganhou. A equipa, treinada por Rui Almei-da, está isolada, no 2.º lugar do campeonato. O sonho continua.

Cartão Amarelo Ao perder em casa

por 2-0 com o Angren-se o Tondela surpreen-deu pela negativa. Ain-da em início de época esta derrota não é sig-nificativa. A exigência dos adeptos é grande, mas a equipa continua a fazer um excelente campeonato e não é este resultado que vai manchar esta cami-nhada.

Visto

Associação Futebol de ViseuDivisão Honra

FutsalViseu 2001

FutebolClube Desportivo Tondela

7ª jornada - 30 Out - 15h00

Oliv. Bairro - Madalena

Amarante - Operário

Angrense - Al. Lordelo

Paredes - Boavista

Cinfães - Sp. Espinho

Anadia - Gondomar

Padroense - Coimbrões

S.J. Ver - Tondela

I DIVISÃO NACIONALFEMININO

7ª jornada - 30 Out - 15h00

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Jornal do Centro28 | Outubro | 2011

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DESPORTO | AUTOMOBILISMO

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Rali de Mortágua

Lopes venceu na consagração de MouraVítor Lopes venceu o Rali de

Mortágua, mas a festa maior fê-la Ricardo Moura que com o segundo lugar garantiu, desde já, o título na-cional de pilotos. nada que não fosse esperado.

No domingo, limitou-se a gerir, e bem, o seu resultado pois sabia que lhe bastaria terminar entre os quatro primeiros para já não precisar de se preocupar com a ida ao Algarve, úl-tima prova da época.

Rali de Mortágua, organizado pelo Clube Automóvel do Centro, com for-te apoio da autarquia local, que voltou a ser uma grande sucesso de públi-co. Numa época em que a crise se re-flecte na qualidade, ou falta dela, do parque automóvel em competição, o público fez questão de marcar pre-sença, e foram sempre muitos os que acompanharam a prova nas bermas da estrada.

Mortágua, apesar de tudo, continua a ser uma espécie de oásis no Nacio-nal de Ralis, já que a sua lista de ins-critos foi bem superior a outras pro-vas do campeonato.

É urgente que os responsáveis da-FPAK repensem rapidamente o fu-turo da competição pois, nestes mol-des, o Nacional de Ralis estará com os dias contados.

Mortágua foi um bom exemplo de que é preferivel juntar campeonatos diferentes na mesma prova - Nacio-nal, Taça de Portugal, Regional - (e porque não também o Open?), pois a lista de inscritos apresenta logo “ou-tros números”.

Entre os inscritos no Regional do Centro estava a dupla viseense João Leonardo /Nuno Costa. O objectivo era terminar entre os três primeiros da categoria , resultado alcançado na edição do ano passado.

João Leonardo adianta que , apesar de “alguns problemas eléctricos no Skoda, pois o carro desligava-se nos ganchos para a esquerda, não se per-cebendo bem porquê, os objectivos foram amplamente conseguidos, pois recuperámos alguns lugares na clas-sificação final do CRRC 2011, conse-guindo repetir o pódio do ano passa-do, no Sábado, pois fomos novamente 3º Classificados da Classe 1.

No segundo dia, na Taça de Portu-gal de Ralis, concluíram o Rali em 13º e último lugar. “Uma escolha pouco acertada na dimensão dos pneus pe-nalizou-nos bastante nos troços a su-bir”, considerou o piloto. Quanto ao futuro, em 2012 a equipa deverá estre-ar um carro mais competitivo que o Skoda Favorit 136 L. GP

A Vitor Lopes

A Ricardo Moura A João Leonardo

Jornal do Centro28 | Outubro | 2011

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FUTEBOL | DESPORTO

Algum dia teria que ser, mas nem o mais pessimista adepto do Tondela espera-ria que a derrota fosse em casa, com o Angrense.

É comum dizer-se que “aconteceu futebol”, e a ver-dade é que há tardes assim.

Há jogos em que por mui-to que se corra, que se re-mate, que se procure o golo, ele não aparece.

O Tondela bem ten-tou, mas ou por desacer-to dos avançados, ou por-que o guarda-redes defen-dia, ou porque a bola batia na barra, o marcador ficou em branco. Do outro lado, uma equipa tremendamen-te eficaz. Dois contra-ata-ques, duas idas com perigo à baliza de Avelino, e dois golos.

Foi o fim de uma série vi-toriosa dos tondelenses – cinco triunfos para o cam-peonato e três na Taça de Portugal -, e que atirou com a equipa para o terceiro lu-

Derrota ∑ Tondela perde invencibilidade ao fim de oito jogos

A Tondelenses “cairam” frente ao Angrense

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Futebol - II Divisão Centro

Há tardes assim

gar da classificação da série Centro da II Nacional, a um ponto de um duo de líderes formado por Sporting de Espinho e São João de Ver.

Este domingo, em mais

uma jornada do campeona-to, um sério teste à capaci-dade anímica dos coman-dados de Vítor Paneira, com o Tondela a jogar no campo do São João de Ver.

Portugal está muito perto de se apurar para a Fase de Elite, onde se vai discutir a presença no Europeu de Futebol Sub-17, na Eslovénia, em 2012.

Este sábado, dia 29, a selecção orientada por Hélio Sousa vai defron-tar a Roménia, e um em-pate será suficiente para que a equipa Nacional fique numa das duas po-sições que dão acesso à Fase de Elite.

Isto porque, contas feitas, com os quatro pontos com que che-ga amanhã a Tondela - empate com a Rússia a 1 golo, e vitória sobre a Finlândia por 2 a 1 -, a selecção nacional, em caso de empate, soma-rá cinco pontos o que, na pior das hipóteses lhe dará o segundo lu-gar, caso a Rússia vença

A João Nunes, tem raízes familiares em Viseu

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Eur0peu Sub - 17

Basta um empatea Finlândia.

Portugueses e russos estão assim, nesta altura, muito perto de garanti-rem o apuramento.

Em caso de derrota,

tudo dependerá do resul-tado do outro jogo.

Portugal - Roménia, em Tondela, e Rússia - Fin-lândia, em Mangualde, jogam-se pelas 16h00.

Jornal do Centro28 | Outubro | 2011

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culturasD “Os Profetas”, por Alice Vieira

Hoje, pelas 18h30, a escritora Alice Vieira apresenta o seu primeiro romance não juvenil intitulado “Os Profetas”, na livraria Pretexto, em Viseu.

expos

roteiro cinemas Estreia da semana

A Lista dos Ex – Depois de contar o número de namorados que já teve e de ter lido numa re-vista que as mulheres com mais de 20 correm o risco de ficar solteiras para sempre, Ally começa a perder a esperança de alguma vez casar. Com o objetivo de não exceder o seu n.º atual, pede ajuda ao seu vi-zinho e fica obcecada em procurar o paradeiro dos seus ex para perce-ber se lhe escapou “o tal”.

Destaque Arcas da memória

“O Suave Milagre”

Eça de Queiroz, esse ge-nial escritor que nos dei-xou textos de uma tão rara actualidade, num livrinho publicado postumamente, em 1902, escreve um ino-cente conto – O Suave Mi-lagre – que bem pode ler-se como uma parábola. A história é a de uma pobre viúva que vive com seu filhito, sete desgraçados anos, prostrado, paralí-tico, numa enxerga, ma-gros caldos de ervas por manjar. Mas um dia pas-sa por ali, entre Enganim e Cesareia, um mendigo que reparte com os dois a esmola do bornal e lhes leva a notícia de um cer-to Rabi que andava, algu-res pela Galileia, multi-plicando o pão, curando males. E o menino ou-viu e se encheu de espe-rança. E insistentemente pede à mãe que procure o tal Rabi. E ela lhe diz que não o pode deixar sozi-nho. Mas o menino insis-te. E ela argumenta que o tal Rabi cuidará decerto só dos ricos. Não morre a esperança do menino e uma porta se abre e uma voz se anuncia: - Sou Jesus. Aqui estou.

Viúvas, mendigos, para-líticos, deserdados, multi-plicam-se por aí. Magros caldos de ervas da pará-

bola como sustento. E acu-diu-me que talvez pudes-se ouvir-se uma voz de es-perança e ver umas mãos alargando-se em partilha. Gestos simbólicos, gestos reais, que poderiam ser os de antigos Presidentes da República, ou do novo Presidente em exercício, dos ministros do Gover-no, dos ex-ministros, dos deputados, dos gestores públicos e privados, dos banqueiros, dessa muita gente com mordomias chorudas, gestos e voz que dissesse que no pró-ximo ano que se avizinha penoso, apareceriam, ao jeito do Mago Melchior, já não digo ao jeito de Jesus, oferecendo tudo quanto excede, vá lá, cin-co mil euros de cada um dos doze meses que o ano tem, para remedeio destas desgraças tão caladas que irão ainda agudizar-se. Es-timulante exemplo! Mas aqui vai tornar-se vão acreditar como acreditou o menino da parábola. O milagre não irá acontecer. E nesta pátria deserda-da como a viúva e o me-nino de um descampado da Galileia muitos ficarão, até que um Messias surja, muitos ficarão comendo o insípido caldo de ervas da sua desesperança.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

Comemora-se hoje o Dia Internacional do Cinema de Animação. O Cine Clu-be de Viseu (CCV) asso-cia-se a este dia com a ini-ciativa “Aprender em Fes-ta 2011”, que se realiza em Viseu e Mangualde, com actividades dirigidas a to-dos os níveis de escolari-dade, do 1º ciclo ao ensi-no superior, e público em geral.

Do programa constam workshops com diversos convidados e sessões de cinema de curtas e lon-gas-metragens, a propó-sito do universo da ani-mação. A organização do evento espera que milha-res de participantes adi-

ram à iniciativa e que no-vos públicos se juntem ao fantástico mundo do ci-nema e do audiovisual.

Decorre, até hoje, uma mostra de filmes, para o 1º ciclo, no IPJ de Viseu. Vão ser contadas peque-nas histórias animadas, cheias de lirismo e fan-tasia. Serão igualmente projectados filmes rea-lizados por crianças e jo-vens.

Ainda no IPJ, vão decor-rer oficinas de introdu-ção ao cinema de anima-ção, com orientação dos realizadores Graça Go-mes e Yann Thual. Serão dinamizados dois ateliês práticos de experimen-

tação de técnicas e ma-teriais de animação, que permitem um contacto rápido e interactivo com as tecnologias de capta-ção e edição de imagem animada.

Na Bibl iotec a Mu-nicipal de Mangualde va i ser projectado o documentário “Banksy-Pinta a Parede!”, assina-do pelo mítico artista de rua Banksy, que traça a história do movimento

“street art”. O “Aprender em Festa”

estende as suas activida-des até ao dia 12 de No-vembro.

Tiago Virgílio Pereira

Viseu e Mangualde vão “Aprender em Festa” Iniciativa do CCV∑ Até 12 de Novembro, workshops e sessões de cinema

VILA NOVA DE PAIVA

∑Auditório Municipal

Carlos Paredes

Até dia 30 de Novembro

Exposição de escultura

“Viver com Amor”, de

Isidro Baptista.

Até dia 30 de Novembro

Exposição de artesana-

to “Obrinhas da Marisa”,

de Marisa Rodrigues.

VISEU

∑Forum

Até dia 15 de Novembro

Exposição “Viseu Histó-

rico-Viseu Moderno”, da

Viseu Novo – Sociedade

de Reabilitação Urbana.

SANTA COMBA DÃO

∑Biblioteca Municipal

Até dia 30 de Novembro,

Exposição temática “Pri-

mórdios da Fotografia”.

∑Casa da Cultura

Até dia 25 de Novembro

Exposição de pintura

“Modos de Ver”, de Na-

tália Gromicho.

MANGUALDE

∑Biblioteca Municipal

Até dia 30 de Novembro

Exposição individual de

pintura de Maria D’Aires.

VISEUFORUM VISEUSessões diárias às 13h30, 16h10, 18h50, 21h30, 00h00* Os 3 Mosqueteiros(M12) (Digital)

Sessões diárias às 11h10*( Dom. e 3ª), 13h40, 16h05, 18h30, 21h10, 23h35*Não Tenhas Medo do Escuro(CB) (Digital)

Sessões diárias às 11h00* (Dom. e 3ª), 13h50, 16h20 As Aventuras de Tintin - o

Segredo do Licorne(CB) (Digital 3D) (VP)Sessões diárias às 19h00, 21h40, 00h20* As Aventuras de Tintin - o Segredo do Licorne(CB) (Digital) (VO)

Sessões diárias às 11h20*(Dom. e 3ª), 14h30, 16h55, 19h20, 21h50, 00h25*O Regresso de Johnny English (M6) (Digital)

Sessões diárias às 13h55, 16h25, 19h55, 21h20, 00h05*Identidade Secreta

(M12) (Digital)

Sessões diárias às 15h00, 17h15, 19h30, 22h00, 00h15*Não sei como ela Consegue(M12) (Digital)

PALÁCIO DO GELOSessões diárias às 14h20, 16h50,19h20, 21h50, 00h30*Contágio(M16) (Digital)

Sessões diárias às 14h10, 17h00, 21h20, 00h05*

Os 3 Mosqueteiros 3D(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h10, 18h40, 21h30, 00h00*O Regresso de Johnny English (M6) (Digital)

Sessões diárias às 13h20, 15h30, 17h40, 19h50, 22h00, 00h10*Actividade Paranormal(M16) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 16h25, 19h00, 21h40,

00h20* A Lista dos Ex(M16) (Digital)

Sessões diárias às 11h00* (Dom. e 3ª), 14h00, 16h40As Aventuras de Tintin - o Segredo do Licorne 3D(CB) (Digital 3D) (VP)

Sessões diárias às 21h10, 23h50* As Aventuras de Tintin - o Segredo do Licorne 3D(CB) (Digital 3D) (VO)

Legenda: * Sexta, Sábado e Segunda

Jornal do Centro28 | Outubro | 2011

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culturas A Expressart’ – Escola d’Artes do Município de Santa Comba Dão está a promover novas vertentes formativas – inglês e português para estrangeiros - para o ano lectivo 2011 / 2012.

D Promoção na formação

“Leituras Enfeitiçadas”. É esta a proposta da au-tarquia mangualdense e da Biblioteca Munici-pal Dr. Alexandre Alves para promover a leitura e aproximar e implemen-tar o gosto pelos livros nas crianças. A actividade está marcada para o dia 31 de Outubro, segunda-fei-ra, dia das bruxas, a partir das 20h30.

Baseado no Halloween, a acção dirige-se às crian-ças com idades compre-endidas entre os 6 e os 12 anos, acompanhadas pelos pais. A noite será preenchida com filmes, danças, leitura de contos, jogos, magia e muitas dia-bruras. E terminará com o desafio da “doçura ou travessura”, nos bairros próximos da biblioteca.

Noite de leitura, doçura e travessuras

Destaque

O Te a t r o R i b e i r o Conceição (TRC), em Lamego, recebe a consi-derada pela crítica como a “diva da pop portugue-sa”, na segunda-feira, pe-las 21h30.

Rita Guerra vai actuar a solo, num formato acústi-co e intimista. Num con-

certo que traduzirá uma viagem pela sua vida e carreira, com destaque para os temas que a in-fluenciaram a tocar pia-no e a cantar. “Noites ao Piano” promete encantar todos aqueles que marca-rem presença no auditó-rio do teatro.

O preço do bilhete as-cende aos 10 euros.

Nesta noite, a moda vai também associar-se à música com o desfile “Moda Lamego”, que visa a promoção do comércio tradicional.

Tiago Virgílio Pereira

Rita Guerra ao vivoem LamegoTRC∑ Cantora actua segunda-feira, dia 31

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O auditório do Centro Municipal de Cultura, em Castro Daire, recebe um Monte(muro) de Lei-turas, hoje e amanhã.

Este encontro de bi-bliotecas pretende ser um momento de forma-ção e de troca de expe-riências entre professo-res, professores-biblio-tecários e bibliotecários

municipais. A educação, a promoção do livro e da leitura, a reflexão à vol-ta das estratégias a uti-lizar na motivação para a utilização da biblio-teca como instrumen-to pedagógico e a par-tilha de boas práticas implementadas com sucesso em diversas bi-bliotecas são os objec-

tivos propostos.Oficinas aos montes,

boas práticas de media-ção da leitura, leituras di ferentes: poesia e contos são algumas das actividades que irão ser desenvolvidas num fim-de-semana dedicado aos livros e à sua importância no sentido de uma apren-dizagem contínua. TVP

Monte(muro) de Leituras em Castro Daire

Concurso de fotografia

A Casa da Sé está a promover um concur-so de fotografia sob o tema “Viseu – Cidade Histórica”.

O objectivo da mais recente unidade ho-teleira de Viseu passa por estimular os fotó-grafos profissionais e amadores a captarem a vida diária da cidade em várias dimensões: histórica, social e cul-tural. Promovendo e divulgando o patrimó-nio cultural e históri-co de Viseu pelo país e pelo mundo, através da fotografia.

As captações devem ser enviadas até ao dia 7 de Novembro, para o e-mail [email protected] e identificadas com o nome, contactos, tí-tulo, local e data da fo-tografia e o link para a página da rede social do Facebook do autor.

As imagens serão publ icadas num á l-bum específico, na pá-gina da Casa da Sé do Facebook (www.face-book.com/casadase), e a votação será proces-sada através do núme-ro de “gosto” de cada fotografia. São permi-tidas, no máximo, três por participante.

No dia 28 de Novem-bro serão conhecidos os vencedores, o me-lhor classificado terá direito a passar uma noite, com outra pes-soa, na suite D. Duarte da unidade hoteleira. TVP

Variedades

Literatura

Variedades

Foi com lotação esgotada que António Lobo Antunes apresentou o seu último livro “Comissão de Lágrimas”, na livraria Pretexto, em Viseu.

O autor (ao centro), aproveitou a ocasião para lem-brar a boa relação que mantém com o concelho de Ne-las. A actual situação do país foi outro dos temas que o autor não quis deixar de comentar.

foto legenda

Jornal do Centro28 | Outubro | 2011

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em focoJornal do Centro28 | Outubro | 2011 37

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Um grupo de alunos da escola de formação Schoo-lHouse de Viseu visitou o Jornal do Centro na sexta-feira, dia 21. A visita decorreu no âmbito do módulo “os media” que faz parte dos conteúdos da disciplina de Cidadania. Embora curiosos para saberem como tudo acontece até á fase do jornalista escrever a no-tícia, os jovens mostraram-se mais interessados no sector da paginação do jornal e nas diferenças entre o papel e o online.

Bombeiros de Moçambique recebem formação em Lisboa e em Viseu

Com a colaboração do Ministério da Defesa Nacional - Marinha Portuguesa, repre-sentada pelo general Sasseti, foi ministrado um Curso de Nadador Salvador de Mar a Bombeiros oriundos de várias províncias de Moçambique, na dependência do Minis-tério do Interior e do Serviço Nacional de Salvação Pública daquele país.

Decorreu de 3 a 21 de Outubro, no Instituto Nacional de Socorros a Naufrágos e teve como director o comandante Galhardo Leitão.

Na sequência da aprovação de todos os formandos, está a decorrer em Viseu, de 24 até 31 de Outubro, um Estágio Complementar ministrado pelo Núcleo de Mergulho dos Bombeiros Voluntários locais, com a colaboração logistica do Regimento de In-fantaria (RIV) e do Jornal do Centro.

Esta formação foi promovida pela SHI SGPS e pelo seu administrador Pedro Santia-go, culminando com a cerimónia de entrega de diplomas no próximo dia 31. PN

GENTE QUE NOS VISITA

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Timor recordado em ViseuEstava tudo preparado para Viseu recordar Timor, no fim-de-semana passado, e assim

aconteceu. O Seminário “Timor, uma década depois” teve lugar no Salão Nobre do So-lar do Vinho do Dão com a abertura a cargo do deputado, Adriano Rafael Moreira, presi-dente da delegação da Assembleia da República à Assembleia Parlamentar da CPLP em representação da sua presidente .

No domingo, a missa em honra de todos os militares do PORBATT, foi presidida pelo Bispo e Nobel da Paz D. Ximenes Belo, seguindo-se a concentração no RI 14.

Ao início da tarde, o Palácio de Gelo recebeu a embaixadora de Timor, Natália Carras-calão, para inaugurar a exposição do fotógrafo Vitor Cordeiro.

Há 10 anos, o 2º Batalhão de Infantaria/PORBATT saiu de Viseu para conduzir a missão da UNTAET a favor da independência timorense. Agora, o momento voltou a ser recorda-do na cidade, numa iniciativa liderada pelo coronel Fernando Figueiredo.

Page 38: Jornal do Centro - Ed502

saúde

As clínicas dentárias Vitaldent acabam de lan-çar a campanha “O Meu Primeiro Dente”. A ini-ciativa consiste na oferta de uma escova dentífrica júnior, a todas as crianças que entreguem um dente de leite numa das clínicas

Vitaldent em todo o país. Em vigor até ao final

do ano, a campanha visa incentivar as crianças para a prática da higie-ne oral, “a pensar na saú-de oral dos mais peque-nos”. “A Vitaldent oferece uma forma divertida de

efectuar a limpeza oral, com a escova do Ratinho Pérez, em material anti-deslizante, disponível em várias cores, concebidas para uma eficaz limpe-za dos dentes e da boca”, adianta a clínica em co-municado.

Vitaldent promove campanha para as crianças

Vamos falar de Psoríase – e tomar Medidas!

Opinião

Paulo Ferreira Dermatologista do Hospitalcuf Descobertas

A psoríase é uma doença inflamatória crónica, não contagio-sa, que pode aparecer em qualquer idade. É uma doença que afec-ta o organismo como um todo, com uma in-flamação generaliza-da envolvendo vários tipos de tecidos, ór-gãos e aparelhos: pele (o maior órgão do cor-po humano), articula-ções, vasos sanguíne-os, fígado, etc.

É neste contexto que se fala em comor-bilidades, ou seja, um conjunto de doenças associadas à psoría-se, como a obesidade, alterações dos lípidos sanguíneos, diabetes, hipertensão arterial, doença isquémica, fí-gado gordo, artrite, doença inflamatória intestinal, doença pul-monar obstrutiva cró-nica e determinados tipos de tumores.

Por isso, a psoríase não pode ser conside-rada uma “doença só da pele”.

É fundamental in-formar a população sobre esta doença, de modo a adoptar medi-das preventivas corre-lacionadas: combater a obesidade e os erros de dieta, incentivar o exercício físico diário, apelar para os perigos

do alcoolismo e do ta-bagismo.

Em Portuga l , es-t ima-se que 2 a 3% da população esteja afectada pela doença, isto é, cerca de 200 a 300 mil pessoas. Ape-sar de tão frequente, é ainda pouco conhe-cida do público em geral, que frequente-mente lhe atribui co-notações negativas e a confunde com doen-ças contagiosas.

Na pele, são carac-terísticas as lesões avermelhadas, des-camativas e com re-levo na superfície , envolvendo sobretu-do a cabeça, cotove-los, joelhos e região lombo-sagrada, em regra acompanhadas de desconforto (por secura excessiva da pele, bem como da in-flamação subjacente), por vezes com pruri-do. Nalguns doentes são patentes altera-ções nas unhas, com mais provável envol-vimento das articula-ções. Tende a tornar-se inestética e estig-matizante, com forte impacto psicológico e socia l , condicio-nando relações fami-liares, sociais e pro-fissionais.

Este sábado, dia 29 assinala-se o Dia Mundial da Psoríase

NOVOS PRESIDENTES DAS ARS TOMAM POSSE

José A zen h a Te -reso é o novo presi-dente da Administra-ção Regional de Saú-de (ARS) do Centro. O novo responsável pela saúde na região Centro vai ter a seu lado como vogais Fer-nando Lopes de Al-meida e Luís Mendes Cabral.

Os cinco novos pre-sidentes das adminis-trações regionais de saúde do Norte, Cen-tro, Lisboa, Alentejo e Algarve tomaram posse na quarta-feira, dia 26 numa cerimó-nia em Lisboa, na pre-sença do ministro da Saúde, Paulo Macedo.

Para presidir à ARS Norte, o Governo es-colheu Luís Casta-nheira Nunes, que terá como vogais Poncia-no de Oliveira e Rui Afonso Cernadas.

À frente da admi-nistração de Lisboa e Vale do Tejo ficou Luís Cunha Ribeiro, que tem na sua equi-pa Luís Pisco e Pedro Ventura Alexandre.

José Robalo tomou posse como presidente da ARS Alentejo e tem como vogais no conse-lho diretivo António Graça Lopes e Paula Ribeiro Marques.

A ARS do Algarve passa a ser adminis-trada por Gi ldásio Martins dos Santos e pelos vogais Ana Ma-ria Costa e Miguel Lopes Madeira.

Emília Amaral/Lusa

Inédito∑ Uma semana de sensibilização para o aneurisma da aorta abdominal

Campanhade sensibilização

Numa iniciativa inédi-ta, a campanha “Aorta é Vida” e o hospitalcuf , em Lisboa, promovem en-tre 7 e 11 de Novembro, a I Semana de Sensibiliza-ção para o Aneurisma da Aorta Abdominal. Duran-te a semana irão decorrer acções de conscienciali-zação e rastreio para esta doença considerada grave, progressiva e silenciosa.

A iniciativa tem como objectivo informar e ras-trear os utentes saúdecuf, sobretudo os homens, com idade igual ou superior a 65 anos e com historial de tabagismo.

O aneurisma da aorta abdominal é uma doença grave que, frequentemen-te não apresenta quais-quer sintomas. Trata-se de uma dilatação lenta

e progressiva da aorta, a maior artéria do orga-nismo que, quando rom-pe, origina uma perda de sangue muito grave que pode resultar em morte súbita.

Estima-se que, na Euro-pa, 80 milhões de pessoas com mais de 65 anos, es-tejam em risco de desen-volver um aneurisma da aorta abdominal.

A Cerrca de 80 milhões de euros com mais de 65 anos estão em risco

Jornal do Centro28 | Outubro | 201138

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SAÚDE

F. Nogueira MartinsNuno Nogueira Martins

Médicos Especialistas

Obstetrícia e Ginecologia

Av. Mon. Celso Tavares da Silva, Lote 10 Lj M 3504-514 VISEU (Qta do Seminário)

Marcação: 232 426 021963 024 808 / 915 950 532 / 939 524 958

Cinfães∑ A oferta tem dois anos mas ainda não atraiu clínicos

Câmara cede apartamentos a médicos

A Câmara a Munici-pal de Cinfães dispõe de dois apartamentos T2 e T3 equipados, para ceder a médicos que queiram fixar-se no concelho, na tentativa de atrair mais clínicos para o conce-lho.

A falta de médicos afecta cada mais fregue-sias do interior do país. Cinfães é um dos conce-lhos do distrito de Viseu a braços com o problema. Tendais, por exemplo, foi a última freguesia a rei-vindicar a contratação de um médico.

Mas, apesar da oferta tentadora, os apartamen-tos estão há dois anos de-sabitados por falta de in-teressados, mesmo loca-lizando-se a 200 metros do centro de saúde da vila e sendo cedidos a custo zero.

O presidente da Câ-mara de Cinfães, José

Manuel Pereira Pinto admite que os concelhos pequenos não são muito pretendidos, mas consi-dera que é importante fa-zer “este esforço”.

O concelho de Cinfães com mais de 240 quiló-metros quadrados e com populações dispersas dispõe de seis extensões de saúde e de um centro de saúde na sede do con-celho com um quadro clí-nico longe de estar pre-

enchido, o que cria difi-culdades no atendimento de utentes. Em Setembro fechou a extensão de saú-de Tendais.

O envelhecimento da população, estampa-do nos últimos sensos é uma preocupação cres-cente para o autarca, já que obriga a maiores cui-dados de saúde e à dispo-nibilidade de clínicos ge-rais que façam a cobertu-ra das aldeias.

PERSONALIDADES CRIAM FUNDAÇÃO DE AJUDA AO SNS

Sessenta e nove per-sonalidades, entre as quais um ex-presidente da República, vários ex-ministros da Saúde e especialistas do sector, são até agora os funda-dores da Fundação Ser-viço Nacional de Saúde, uma iniciativa de “cida-dania responsável”.

O ex-presidente da Re-pública Jorge Sampaio, os antigos ministros da Saúde, Arlindo Carva-lho, Paulo Mendo, Maria Belém Roseira, Luís Fili-pe Pereira, Ana Jorge, o “pai do Serviço Nacional de Saúde (SNS) António Arnaut e especialistas como Manuel Antunes, Fernando Regateiro, ou Álvaro de Carvalho são alguns dos nomes que aceitaram fazer parte desta fundação.

A iniciativa apresenta-da durante a quarta-fei-ra afirma-se como “in-dependente de qualquer outra entidade pública ou privada” e preten-de “promover e apoiar a modernização e a ino-vação no SNS e ajudar a divulgá-la no espaço na-cional e internacional”. Emília Amaral/Lusa

A Falta de médicos o atendimento aos utentes

A importância da correcção ortodôntica precoce

Opinião

A Organização Mun-dial de Saúde (OMS) considera a má oclusão como o 3º maior proble-ma dentário de saúde pública. Muitos destes problemas, podem já ser observados na den-tição decídua e caso não seja realizada nenhu-ma medida intercepti-va, irão permanecer na dentição mista (denti-ção em que há presença de dentes de leite e de-finitivos) e na dentição definitiva.

O tratamento realiza-do na época na dentição decídua ou no início da dentição mista (fase in-terceptiva) tem como objectivo minimizar ou eliminar problemas es-queléticos, dentários e musculares, antes que a

erupção da dentição de-finitiva esteja comple-ta. Este tratamento pode reduzir a necessidade de extracção de dentes definitvos e, por vezes, cirurgia ortognática. O tratamento precoce visa assim desenvolver as condições normais de crescimento e desen-volvimento da oclusão da criança, com o ob-jectivo de evitar futu-ramente, severos pro-blemas como, arcos dentários de pequeno tamanho, erupção in-correcta dos dentes da frente e mordida cruza-da (quando em contac-to, os dentes inferiores ficam por fora dos den-tes superiores, de um ou ambos os lados, diferen-temente do normal.

DR

Ana Granja da FonsecaOdontopediatra, médica dentista de crianças

[email protected]

Jornal do Centro28 | Outubro | 2011 39

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ADVOGADOSVISEUANTÓNIO PEREIRA DO AIDOMorada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500-135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560

CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029Fax 966 860 580

MARIA DE FÁTIMA ALMEIDAMorada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648

CATARINA DE AZEVEDOMorada Largo General Humberto Delgado, nº 1 – 3º Dto. Sala D, 3500-139 Viseu Telefone 232 435 465 Fax 232 435 465 Telemóvel 917 914 134 Email [email protected]

CARLA MARIA BERNARDESMorada Rua Conselheiro Afonso de Melo, nº 39 – 2º Dto., 3510-024 Viseu Telefone 232 431 005

JOÃO PAULO SOUSAMorada Lg. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666

ADELAIDE MODESTOMorada Av. Dr. António José de Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510-047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295JOÃO MARTINSMorada Rua D. A ntón io A lves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498

ANA PAULA MADEIRAMorada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email [email protected]

MANUEL PACHECOMorada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344

PAULO DE ALMEIDA LOPESMorada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500-401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email [email protected]

ANTÓNIO M. MENDESMorada Rua Chão de Mestre, nº 48, 1º Dto., 3500-113 Viseu Telefone 232 100 626 Email [email protected]

ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDESMorada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email [email protected] e [email protected]

MARQUES GARCIA Morada Av. Dr. António José de Almeida, nº 218 – C.C.S. Mateus, 4º, sala 15, 3514-504 Viseu Telefone 232 426 830 Fax 232 426 830 Email [email protected]

JOÃO NETO SANTOSMorada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500-134 Viseu Telefone 232 426 753FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITOMorada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email [email protected]

CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – AD VO GADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS INSTA L AÇÕES], 3510 - 043 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454

BRUNO DE SOUSAEsc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333Esc. 2 Morada Edif ício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria Nº14 2430 -300 Mar inha Grande Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas prefe-renciais Crime | Fiscal | Empresas

MANGUALDEJOSÉ MIGUEL MARQUESMorada Rua 1º de Maio, nº 12 – 1º Dto., 3530-139 Mangualde Telefone 232 611 251 Fax 232 105 107 Telemóvel 966 762 816 Email [email protected]

JOSÉ ALMEIDA GONÇALVESMorada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email [email protected]

NELASJOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email [email protected]

RESTAURANTES

VISEURESTAURANTE O MARTELOEspecialidades Cabrito na Gre-lha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Mora-da Rua da Liberdade, nº 35, Falor-ca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau.

RESTAURANTE BEIRÃOEspecialidades Bife à Padeiro, Pos-ta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refei-ção 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Tele-fone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970.

RESTAURANTE TIA IVAEspecialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domin-go. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições econó-micas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros.

RESTAURANTE O VISOEspecialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Car-vão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitam-se reservas para grupos.

CORTIÇOEspecialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Man-teiga, Arroz de Carqueja, Cabrito Assado à Pastor, Rojões c/ Morce-la como fazem nas Aldeias, Feijo-cas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 15 euros. Mora-da Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observa-ções Aceitam-se reservas; Take-way.

RESTAURANTE O CAMBALROEspecialidades Camarão, France-sinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ra-malhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500-825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros.

RESTAURANTE PORTAS DO SOLEspecialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Car-ne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Do-mingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira - Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia.

TORRE DI PIZZAEspecialidades Pizzas, Massas, Carnes. Folga Segunda-feira. Mo-rada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefo-ne 232 429 181 – 965 446 688. Observações Menu económico ao almoço – 4,90 euros.

RESTAURANTE CLUBE CAÇADORESEspecialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.SOLAR DO VERDE GAIOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Mariscos, Peixe Fresco. Fol-ga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardover-degaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail [email protected] Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco.

RESTAURANTE SANTA LUZIAEspecialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Casta-nhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Tele-fone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”.

PIAZZA DI ROMAEspecialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço.

RESTAURANTE A BUDÊGAEspecialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Bra-sa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Ob-servações Vinhos da Região e ou-tros; Aberto até às 02.00 horas.

COMPANHIA DA CERVEJAEspecialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos e outras. Preço médio refeição 12 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Tele-fone 232 184 637 - 918 680 845. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), exclusividade de cerveja em Viseu, fácil estaciona-mento, acesso gratuito à internet.

RESTAURANTE SAGA DOS SABORESEspecialidades Cozinha Tradicio-nal, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Ob-servações Serviço Take-Away.

O CANTINHO DO TITOEspecialidades Cozinha Regio-nal. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515-174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771.

RESTAURANTE BELOS COMERES (ROYAL)Especialidades Restaurantes Ma-risqueiras. Folga Não tem. Morada Cabanões; Rua da Paz, nº 1, 3500 Viseu; Santiago. Telefone 232 460 712 – 232 468 448 – 967 223 234. Observações Casamentos, bapti-zados, convívios, grupos.

TELHEIRO DO MILÉNIOQUINTA FONTINHA DA PEDRAEspecialidades Grelhados c/ Churrasqueira na Sala, (Ao Do-mingo) Cabrito e Aba Assada em Forno de Lenha. Folga Sábados (excepto para casamentos, bapti-zados e outros eventos) e Domin-gos à noite. Morada Rua Principal, nº 49, Moure de Madalena, 3515-016 Viseu. Telefone 232 452 955 – 965 148 341.

EÇA DE QUEIRÓSEspecialidades Francesinhas, Bi-fes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cida-dão). Telefone 232 185 851. Ob-servações Take-away.

GREENS RESTAURANTEEspecialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greens-restaurante.com

MAIONESEEspecialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959.

RESTAURANTE O POVIDALEspecialidades Arroz de Pato, Gre-lhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.

RESTAURANTE ROSSIO PARQUEEspecialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Ba-calhau à Casa, Massa c/ Baca-lhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500-211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económi-cas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros.

FORNO DA MIMIEspecialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamen-tos, Baptizados, Banquetes; Res-taurante Certificado.

QUINTA DA MAGARENHAEspecialidades Lombinho Pesca-da c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segun-da-feira. Preço médio por refei-ção 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Tele-fone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos.

CHURRASQUEIRA RESTAURANTE STº ANTÓNIOEspecialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Maris-co, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Tele-fone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banque-tes, Festas.

RODÍZIO REALEspecialidades Rodízio à Brasilei-ra. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefo-ne 232 422 232. Observações Ca-samentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado.

RESTAURANTE A COCHEIRAEspecialidades Bacalhau Roto, Medalões c/ Arroz de Carqueija. Folga Domingo à noite. Morada Rua do Gonçalinho, 84, 3500-001 Viseu. Telefone 232 437 571. Ob-servações Refeições económicas ao almoço durante a semana.

RESTAURANTE CACIMBOEspecialidades Frango de Chur-rasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 10 euros. Morada Rua Ale-xandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observa-ções Serviço Take-Away.

RESTAURANTE PINHEIRÃOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Carnes e Peixes Grelhados. Folga Domingo à noite e Segunda. Sugestão do dia (Almoço): 6,50 euros almoço. Morada Urb. da Misericórdia, Lt A4, A5, Cabanões, Ranhados. Telefone 232 285 210 Observações Serviço de grupo e baptizados.

PENALVA DO CASTELOO TELHEIROEspecialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 10 euros. Mora-da Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

TONDELARESTAURANTE BAR O PASSADIÇOEspecialidades Cozinha Tradi-cional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira , 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.

SÃO PEDRO DO SULRESTAURANTE O CAMPONÊSEspecialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vite-la à Manhouce (Domingos e Feria-dos), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miú-dos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por re-feição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Tele-fone 232 711 106 – 964 135 709.

OLIVEIRA DE FRADESOS LAFONENSES – CHURRASQUEIRAEspecialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Fol-ga Sábado (excepto Verão). Pre-ço médio por refeição 10 euros. Morada Rua D. Maria II, nº 2, 3680-132 Oliveira de Frades.

Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Observações Leitão por encomenda.

NELASRESTAURANTE QUINTA DO CASTELOEspecialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Ca-brito à Padeiro, Entrecosto Vi-nha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ gru-pos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Mora-da Quinta do Castelo, Zona In-dustrial de Nelas, 3520-095 Ne-las. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

VOUZELARESTAURANTE O REGALINHOEspecialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefo-ne 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros.

TABERNA DO LAVRADOREspecialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecos-to com Migas, Cabrito Acompa-nhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 - 917 463 656. Observações Janta-res de Grupo.

RESTAURANTE EIRA DA BICAEspecialidades Vitela e Cabrito Assado no Forno e Grelhado. Fol-ga 2ª Feira. Preço médio refei-ção 15 euros. Morada Casa da Bica - Touça - Paços de Vilhari-gues - Vouzela. Telefone 232 771 343. Observações Casamentos e Baptizado. www.eiradabica.com

FÁTIMARESTAURANTE SANTA RITAEspecialidades Bacalhau Espiri-tual, Bacalhau com camarão, Bacalhau Nove Ilhas, Bife de Atum, Alcatra, Linguiça do Pico, Secretos Porco Preto, Vitela. Fol-ga Quarta-feira. Preço médio refeição 10 euros. Morada R. Rainha Santa Isabel, em frente ao Hotel Cinquentenário, 2495 Fáti-ma. Telefone 249 098 041 / 919 822 288 Observações http://santarita.no.comunidades.net; Aceita grupos, com a apresenta-ção do Jornal do Centro 5% des-conto no total da factura.

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ADVOGADOS / DIVERSOSIMOBILIÁRIO

VENDE-SET0+2 Cidade c/120m2 área, aquec. completo, cozinha mob. e equipada. 70.000,00€T. 969 090 018

T1+3 Centro Cidade c/110m2 área, lareira, arrumos, varandas, garagem. 75.000,00€T. 917 921 823

T2 Dpx Centro Cidade c/180m2, cozi-nha mob. e equipada, lareira, arrumos. 103.000,00€T. 914 824 384

T2 Repeses c/ aquec. central, cozinha equipada, arrumos, óptimo estado. 91.500,00€T. 969 090 018

T3 Centro Cidade c/135m2, lareira, cozinha equipada, arrumos, garagem. 100.000,00€T. 917 921 823

T4 Dpx c/250m2, aquec. completo, lareira c/ recup., cozinha equipada, garagem. 122.500,00€T. 914 824 384

Moradia Ranhados c/ boas áreas, ane-xos, varanda, 500m2 área descoberta. 105.000,00€T. 969 090 018

Andar moradia Repeses c/ óptimas áreas, cozinha equipada, garagem, logradouro. 90.000,00€T. 917 921 823

Andar moradia Gumirães c/ cozinha mob. e equipada, A/C, lareira c/ recup., logradouro. 90.000,00€T. 914 824 384

IMOBILIÁRIOARRENDA-SE T2 Cidade c/ cozinha mob. e equipada, mobilado, arrumos. 275,00€T. 917 921 823

T2 Cidade mobilado e equipado, arrumos, boa exposição solar. 325,00€T. 914 824 384

T2 Duplex Cidade c/140m2 área, cozi-nha equipada, lareira, arrumos. 500,00€T. 969 090 018

T3 a 2 min. Cidade c/ 130m2 área, lareira c/ recup., cozinha equipada, garagem. 375,00€T. 969 090 018

T3 Jtº. Cidade c/aquec. central, lareira, cozinha equipada, garagem. 350,00€ T. 917 921 823

T3 Marzovelos c/130m2, cozinha equi-pada, lareira c/ recup., garagem, aquec. central. 430,00€T. 914 824 384

Moradia a 3 min. Cidade c/ aquec. cen-

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Andar moradia a 2 min. Cidade c/ boas áreas, varandas, arrumos, boa exposição solar. 250,00€T. 914 824 384

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CLASSIFICADOS Jornal do Centro28 | Outubro | 201140

Page 41: Jornal do Centro - Ed502

PRÉMIONACIONAL

D u a s a lu n a s d a Escola Profissional Mariana Seixas, de Viseu, receberam o prémio nacional de criatividade Gran-de C na categoria Design subcategoria de capa de DVD. As alunas do 3º ano de Multimédia, Joana L i n h a r e s e M a r -ta Marques criaram uma obra original denom i n ada “ So -nhos de Papel”. Mais dois alunos recebe-ram ainda uma men-ção honrosa.

Centro de Emprego de TONDELA(232 819 320)

Padeiro, em geral com experiên-cia. Tondela - Ref. 587744065

Pasteleiro. Carregal do Sal - Ref. 587779960

Mecânico de automóveis com experiência. Tondela - Ref. 587783077

Marceneiro com experiência. Carregal do Sal - Ref. 587783204

Empregado de balcão. Tondela - Ref. 587783486

Ajudante de cozinha. Santa Comba Dão - Ref. 587784769

Cabeleireiro. Pretende-se prati-cante de cabeleireiro com carteira e experiência profissional. Tondela - Ref. 587786598

Empregado de balcão. Carregal do Sal - Ref. 587788663

Empregado de mesa. Carregal do Sal - Ref. 587788802

Centro de Emprego de LAMEGO(254 655 192)

Cabeleireiro. Lamego - Ref. 587763573

Pedreiro. Lamego - Ref. 587767580

Motorista de veículos pesados – mercadorias. Sernancelhe - Ref. 587773926

Caixeiro. Lamego - Ref. 587776660

Operador de supermercado. Lamego - Ref. 587776673

Empregado de balcão. São João da Pesqueira - Ref. 587781497

Técnico de vendas. Lamego - Ref. 587785146

Mecânico de automóveis com experiência. São João da Pesqueira - Ref. 587781501

Escriturário de contabilidade. Lamego - Ref. 587785147

Servente - construção civil e obras públicas. Armamar - Ref. 587787092

Cozinheiro. Lamego - Ref. 587787301

Esteticista (visagista). Tarouca - Ref. 587787729

Electromecânico, em geral. Lamego - Ref. 587787955

Mecânico de automóveis. Tarouca - Ref. 587787985

Cozinheiro. São João da Pesqueira - Ref. 587788655

Empregado de mesa. São João da Pesqueira - Ref. 587789026

Empregado de mesa. Armamar - Ref. 587789364

Técnico de vendas. Armamar - Ref. 587789368

Fiel de armazém. São João da Pesqueira - Ref. 587789907

Técnico de vendas. Moimenta da Beira - Ref. 587789976

Ajudante de cozinha. Moimenta da Beira - Ref. 587790087

Centro de Emprego de S. PEDRO DO SUL

(232 720 170)Costureira, trabalho em série, com ou sem experiência. Vouzela – Ref. 587740785

Serralheiro civil, na área da serralharia. Oliveira de Frades – Ref. 587746650

Serralheiro mecânico / traba-lhador similar. Vouzela – Ref. 587748245

Servente – Construção civil e obras públicas. Oliveira de Frades – Ref. 587748278

Pedreiro / calceteiro. Oliveira de Frades – Ref. 587755887

Pasteleiro com conhecimentos e experiência. São Pedro do Sul – Ref. 587758014

Centro de Emprego de VISEU

(232 483 460)Servente - Construção Civil. Sátão - Ref. 587787972

Marceneiro/carpinteiro. Viseu - Ref. 587787716Estucador. Viseu - Ref. 587787639

Servente - Construção Civil. Viseu - Ref. 587786916

Pintor - Construção Civil. Viseu - Ref. 587786911

Pedreiro. Viseu - Ref. 587786876

Servente - Construção Civil. Mangualde - Ref. 587786353

Pedreiro. Nelas - Ref. 587778084

Serralheiro. Nelas - Ref. 587778068

Condutor/Manobrador. Mangualde - Ref. 587786391

Ajudante de cozinha/mesa. Viseu - Ref. 587788640

Escriturário/condutor de ligei-ros. Viseu - Ref. 587788442

Mecânico de automóveis. Viseu - Ref. 587788441

Empregado de mesa. Cepões - Ref. 587787476

Empregado de mesa 1º emprego. Viseu - Ref. 587780085

CLASSIFICADOS

EMPREGO & FORMAÇÃOOFERTAS DE EMPREGO

Os interessados deverão contactar directamente os Centros de Emprego

A Câmara de Vouzela, em colaboração com a Confederação Nacional das Cooperativas Agríco-las e do Crédito Agríco-la de Portugal (CONFA-GRI), vai promover de 5 a 25 de Novembro, o Curso de Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos (pesti-cidas e agroquímicos).

Com esta acção a orga-

nização pretende “capa-citar os formandos para a aplicação segura dos produtos fitofarmacêuti-cos, a fim de identificar os processos e aplicar os métodos mais frequentes de protecção de culturas, conduzindo, operando e regulando correctamen-te as máquinas e equipa-mentos agrícolas adequa-

dos às actividades a rea-lizar”.

As inscrições podem ser feitas no município de Vouzela ou pelo nú-mero de telefone 232 740 740. Os interessados de-vem fazer-se acompanhar do BI, nº de Contribuin-te, certificado de habili-tações e comprovativo de situação profissional.

Curso de aplicaçãode produtos fitofarmacêuticos

A escola FUN LAN-GUAGES procedeu à entrega de certif ica-dos da Universidade de Cambridge e do Insti-tuto Cervantes. A ceri-mónia decorreu no do-mingo á tarde no audi-

tório da Universidade Católica, em Viseu.

A F U N L A NGUA-GES é uma escola de l íng uas com or igem em Inglaterra a operar em Portugal há 13 anos. Em Viseu, a instituti-

ção dispõe de uma de-legação desde 1999 . Actualmente disponi-biliza formação para c r i a nç a s , adu l tos e para programas de for-mação integrados em empresas.

Entrega de certificados

Jornal do Centro28 | Outubro | 2011 41

Page 42: Jornal do Centro - Ed502

NECROLOGIA / INSTITUCIONAIS

NECROLOGIA

INSTITUCIONAIS

Maria Fernanda Lopes dos Santos, 73 anos, viúva. Natural de Parada, Carregal do Sal e residente em Póvoa de Santo Amaro, Carregal do Sal. O funeral reali-zou-se no dia 22 de Outubro, pelas 9.00 horas, para o cemitério de Parada.

Abílio Coelho de Moura, 96 anos, casado. Natural e residente em Beijós, Car-regal do Sal. O funeral realizou-se no dia 23 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Beijós.

Ernestina Rodrigues Pereira, 74 anos, viúva. Natural de Lageosa, Tondela e residente em Furadouro, Lageosa, Tondela. O funeral realizou-se no dia 24 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Lageosa.

Maria Lourenço Raimundo Cascalho, 98 anos, viúva. Natural de Castelo Bran-co e residente em Cabanas de Viriato, Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 26 de Outubro, pelas 12.00 horas, para o cemitério de Fiais da Telha.

Madalena de Figueiredo da Natividade, 90 anos, viúva. Natural e residente em Lageosa, Tondela. O funeral realizou-se no dia 26 de Outubro, pelas 16.00 ho-ras, para o cemitério de Lageosa.

Agência Funerária São BrásCarregal do Sal Tel. 232 671 415

Ilda Pereira Monteiro, 76 anos, casada. Natural de Ribas, Pinheiro, Castro Daire e residente no Lar de Santa Isabel, em Cêtos, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 15 de Outubro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Pinheiro.

Maria Rosa de Pinho Rodrigues, 86 anos, viúva. Natural e residente em Amei-xiosa, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 15 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Ameixiosa.

Maria Hália Almeida de Lemos Monteiro, 66 anos, casada. Natural de Mortolgos, Castro Daire e residente em Vale de Matos, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 20 de Outubro, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Castro Daire.

Agência MorgadoCastro Daire Tel. 232 107 358

António Cabral Correia, 63 anos, casado. Natural de Espinho e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 21 de Outubro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Mangualde.

Ilda de Jesus, 85 anos, solteira. Natural de Mangualde e residente em Água Levada, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 22 de Outubro, pelas 14.30 horas, para o cemitério de Espinho, Mangualde.

Prazeres de Jesus, 96 anos, solteira. Natural e residente em Mangualde. O fune-ral realizou-se no dia 23 de Outubro, pelas 15.30 horas, para o cemitério local.

Agência Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

Carlos Sampaio, 87 anos, casado. Natural e residente em Moreira, Nelas. O funeral realizou-se no dia 21 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemité-rio de Moreira.

Aurora Lopes, 82 anos, viúva. Natural do Brasil e residente em Lisboa. O fu-neral realizou-se no dia 25 de Outubro, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Silgueiros.

Agência Funerária Nisa, Lda.Nelas Tel. 232 949 009

José Rosa Peixeiro, 85 anos, casado. Natural e residente em Ribeiradio, Olivei-ra de Frades. O funeral realizou-se no dia 20 de Outubro, pelas 17.45 horas, para o cemitério de Ribeiradio.

Fernanda Augusta Rosa Dias Costa, 88 anos, casada. Natural de Campia, Vouzela e residente em Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 21 de Outubro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Campia.

Maria da Glória, 89 anos, casada. Natural e residente em São Vicente de Lafões, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 27 de Outubro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de São Vicente de Lafões.

João Tavares Roque, 90 anos, viúvo. Natural de Arões, Vale de Cambra e resi-dente em São João da Serra, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 27 de Outubro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Arões.

Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda.Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

Luís Alberto Almeida Martins, 44 anos, viúvo. Natural e residente em Penalva do Castelo. O funeral realizou-se no dia 24 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério local.

Agência Funerária Cruz e Costa, Lda.Penalva do Castelo Tel. 232 642 582

Ludovico José Francisco, 89 anos, viúvo. Natural de Vimieiro, Évora e residen-te em Beato, Lisboa. O funeral realizou-se no dia 21 de Outubro, pelas 16.30 horas, para o cemitério do Alto de São João, Lisboa.

Abílio Rodrigues de Almeida, 79 anos, casado. Natural e residente em Adsin-jo, Moçamedes. O funeral realizou-se no dia 23 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Moçamedes.

Joaquina Fernandes, 84 anos, viúva. Natural e residente em Carvalhal do Es-tanho, Queirã. O funeral realizou-se no dia 24 de Outubro, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Queirã.

Olinda de Jesus Pereira, 86 anos, viúva. Natural de Monteiras, Castro Daire e residente em Ponte Nova, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 25 de Outubro, pelas 10.00 horas, para o cemitério da Pedreira, São Pedro do Sul.

Margarida da Conceição de Almeida, 62 anos, solteira. Natural e residente em Fermontelos, Figueiredo de Alva. O funeral realizou-se no dia 27 de Outubro, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Figueiredo de Alva.

Maria da Luz Marques, 80 anos, viúva. Natural e residente em Fermontelos, Figueiredo de Alva. O funeral realizou-se no dia 27 de Outubro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Figueiredo de Alva.

Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda.S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 502 de 28.10.2011)

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 502 de 28.10.2011)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 502 de 28.10.2011)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 502 de 28.10.2011)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 502 de 28.10.2011)

Emília Rodrigues da Silva, 87 anos, viúva. Natural de Figueiredo, Guimarães e residente em Lordosa, Viseu. O funeral realizou-se no dia 21 de Outubro para o cemitério de São Lourenço de Selho, Guimarães. José Augusto da Cunha, 93 anos, viúvo. Natural e residente em Pindelo dos Milagres, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 22 de Outubro para o cemitério de Pindelo dos Milagres.

Agência Horácio Carmo & Santos, Lda.Vilar do Monte, Viseu Tel. 232 911 251

Firmino de Almeida, 80 anos, casado. Natural de Abraveses e residente em Pascoal, Viseu. O funeral realizou-se no dia 21 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Pascoal.

Celeste Coelho Cardoso, 77 anos, viúva. Natural de Santos Evos e residente em Corvos-à-Nogueira. O funeral realizou-se no dia 24 de Outubro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Santos Evos.

Américo Esteves de Almeida Ferreira, 73 anos, casado. Natural e residente em Abraveses. O funeral realizou-se no dia 24 de Outubro, pelas 18.00 horas, para o cemitério velho de Abraveses.

Maria das Conceição Rodrigues, 81 anos, casada. Natural e residente em Ca-vernães. O funeral realizou-se no dia 25 de Outubro, pelas 15.45 horas, para o cemitério local.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

Jornal do Centro28 | Outubro | 201142

Page 43: Jornal do Centro - Ed502

clubedoleitorJornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu.Ou então use o email: [email protected] As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor.O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os originais. Não se devolvem os originais dos textos, nem fotos.

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Quem tramou João Paulo Correia

no Académico de Viseu?

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

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| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTOR

Pedro Costa

Semanário

29 de Outubro de 2010

Sexta-feira

Ano 9

N.º 450

1,00 Euro

(IVA 5% incluído)

InovaçãoAlunos da Secundária

Alves Martins

“folgam” à quarta

à tardepágina 9

∑ Ex-treinador, em declarações exclusivas ao Jornal do Centro fala em “falta de solidariedade” | página 18

Distribuído com o Expresso. Venda inte

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Distrito95 atropelamentos

em nove meses

nas estradas

de Viseupágina 10

Semana do Caloiro

Festa dos estudantes

arranca domingo

com um custo

de 60 mil eurosúltima

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“O modelo de estar à espera da política

para tentar organizar a vida acabou”

Nesta edição

Especial

Avenida

da Bélgica

çãoAVENIDA DA BÉLGICA | VÁ ÀS COMPRAS

História e comércio convivem lado-a-lado

Negócios ∑ Apesar de alguma desertificação, a Avenida da Bélgica continua a ser espaço de transacções comercias

Remontando ao sécu-lo XIX, a Avenida da Bél-gica era, naquela época, um arruamento que atra-vessava algumas quintas existentes naquele lo-cal. Ligando Abraveses ao centro da cidade de Viseu, a Avenida da Bél-gica é uma extensa recta de cerca de três quilóme-tros que até à inaugura-ção da Avenida da Euro-pa era a mais concorrida entrada na cidade, por ser em grande parte já na área urbana, servindo de passagem a quem vinha de São Pedro do Sul, Cas-tro Daire ou Lamego.Historicamente, a Ave-

nida da Bélgica foi muitas vezes utilizada pela Rai-nha D. Amélia, quando a soberana fazia termas em São Pedro do Sul e foi lo-cal de início, no tempo do Infante D. Henrique, da tradicional Feira Franca, hoje Feira de S. Mateus.Com a abertura da Ave-nida da Europa, a Aveni-da da Bélgica deixou de ter o intenso trânsito que sempre a caracterizou, sendo este facto conside-rado negativo por alguns dos comerciantes da ave-nida, mas também posi-tivo por agora ser uma via mais desimpedida e com mais lugares de es-

tacionamento para quem pretende parar para fazer compras.

Áreas de negócio. Di-vidindo a sua extensão com edifícios de habi-tação, a Avenida da Bél-gica, apesar da notória desertificação, é palco de diversos espaços comer-ciais de áreas de negócio diferentes.Desde logo as grandes superfícies, como o Con-tinente, o primeiro hi-permercado a abrir em Viseu, a loja de bricolage Aki e a Moviflor, um es-paço de média dimensão que se dedica à venda de

mobiliário e decoração.Também na avenida, a presença do Hotel Du-rão e da Farmácia Viriato, lado a lado com as insta-lações da Lemos & Ir-mão, antiga Auto Justino, onde se comercializam viaturas.No sentido descenden-te da avenida, de desta-car a presença do café Parreira, antigo ponto de encontro de jovens, e do Paris, que enche em dias de futebol e a presença de negócio de ourivesaria, florista e pequenas mer-cearias, onde ainda é pos-sível comprar “à moda antiga”.

A Avenida estende-se por mais de três quilómetros

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Jornal do Centro22 | Outubro | 2010

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Jorge Azevedo, presidente da Comissão Política Concelhia do CDS-PP Viseu | página 8

EDIÇÃO 450 | 29 DE OUTUBRO DE 2010

∑ Jorge Azevedo foi eleito presidente da Comis-são Política Concelhia do CDS-PP Viseu. O or-gão concelhio do partido estava sem presidência desde as eleições autarquias.

∑ O autarca de Mangualde, João Azevedo to-mou posse como presidente da Federação de Viseu do Partido Socialista, substituindo José Junqueiro.

∑ João Paulo Correia demitiu-se do cargo de trei-nador do Académico de Viseu. O professor de educação física bateu com a porta alegando não ser “um mercenário do futebol”.

A propósito de austeridade: “O TOURO E AS CABRAS SELVAGENS” Preocupada com a actual situação do país e porque me interesso em particular pela vida animal e seus ensinamentos, decidi transcrever uma fábula de Esopo que ilustra bem a nossa realidade e nos enco-raja a aceitar as dificuldades que aí vêm dando-nos alento para pros-seguir: “O TOURO E AS CABRAS SEL-VAGENS” “Um touro pastava no campo, sem maiores preocupações, até que ou-viu um rugido que fez estremecer toda a região: era um leão enorme, e estava atrás dele! O touro correu como pôde para tentar escapar do felino e, para sua sorte, encontrou uma caverna no meio do caminho. O lugar era escuro, mas o touro não deu importância e entrou velozmen-te, procurando esconder-se. O leão perdeu a pista do touro, mas ainda ficou perto da caverna, de sobreavi-so, caso o outro aparecesse. O tou-ro, que se julgava a salvo dentro da gruta, teve uma terrível surpresa: algumas cabras selvagens não ti-nham gostado nada do intruso na

sua caverna e começaram a expul-sá-lo com cornadas cada vez mais potentes. O touro não arredou pé da caverna. Disse às cabras: -Estou aqui a aguentar-vos porque tenho medo, não de simples cabras, mas do que me espera na entrada da caverna.”

Moral da história: Em situações de crise, é fundamen-tal saber decidir qual a melhor linha de acção, mesmo que nenhuma das escolhas disponíveis nos agrade.

Isabel Azevedo Maia(Directora Clínica do H V V – Hospital Veterinário de Viseu)

FOTOS DA SEMANA

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Esta rubrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para [email protected]

Serra da Estrela, terça-feira. Os primeiros flocos de neve caíram com alguma intensidade, sobretudo na torre. Em poucos dias passámos do Verão para o In-verno, sem sair do Outono. Este ano, o primeiro nevão chegou uma semana mais cedo, comparativamente ao ano passado. Ninguém estava à espera, mas, já que caiu, alguns turistas aproveitaram para visitar a branca Ser-ra da Estrela e os mais novos brincaram e atiraram bo-las de neve.

Com a chegada da neve, a formação de nevoeiro cerra-do é a grande preocupação dos elementos de prevenção da montanha. “O nevoeiro provoca desorientação, que pode ser fatal”, disse Cláudio Quelhas, comandante do sub-agrupamento de montanha do GIPS. O objectivo desta força passa por garantir total segurança às pessoas que visitem a Serra da Estrela, numa atitude pró-activa de informação e cooperação.

tenho medo, não de simples cabras,mas do que me espera na entrada da caverna.”

Moral da história: Em situações de crise, é fundamen-tal saber decidir qual a melhor linha de acção, mesmo que nenhuma das escolhas disponíveis nos agrade.

Jornal do Centro28 | Outubro | 2011 43

Page 44: Jornal do Centro - Ed502

O 3º Festival de Gastro-nomia do Douro dá as boas vindas esta sexta-feira e promete gastronomia de excelência, unidades hote-leiras de referência e uma paisagem única, até 11 de Dezembro, em 40 restau-rantes de 19 concelhos da região.

O evento é uma organi-zação conjunta da Entida-de Regional do Turismo do Douro, das autarquias de Lamego, Vila Real e Peso da Régua e da Asso-ciação de Empresários de Hotelaria e Turismo do Douro (AE.HTFOURO). O objectivo é mostrar a gastronomia do Douro a outras regiões do país so-bretudo ao Litoral, Porto e Lisboa, mas também à vizinha Espanha e assim fazer crescer o turismo na região.

“Pretendemos criar em termos de gastronomia uma marca que seja com-petitiva, que faça o lança-mento da procura do tu-

rismo do Douro, principal-mente nas épocas baixas de Outubro a Dezembro, por-que o turismo pode crescer muito através da gastrono-mia”, afirma o presidente da AE.HTDOURO, José António Fernandes.

O festival tem registado uma adesão “significativa”, tendo sido vendidos 1.800 pratos na primeira edição, cerca de cinco mil na se-gunda e este ano esperam vender cerca de 15 mil pra-tos.

A organização está em-penhada em levar os trun-

fos do Douro ao país e or-ganizou o programa em semanas temáticas com enfoque em concelhos es-pecíficos, ao mesmo tem-po que o festival decorre nos 40 restaurantes. Para encerrar o festival foi pro-gramado um jantar de caça em que se vai reunir à mesa o património (a decorrer num convento), a gastro-nomia e a cultura com re-ferência à obra de Miguel Torga, natural do distrito de Vila Real.

Emília Amaral

JORNAL DO CENTRO28 | OUTUBRO | 2011Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 28 de Outubro, céu parcialmente nublado de manhã, tempo limpo para o resto do dia. Temperatura máxima de 18 e mínima de 7ºC. Amanhã, 29 de Outubro, céu parcialmente nublado durante o dia. Tempo limpo de noite.. Temperatura máxima de 20ºC e mínima de 9ºC. Domingo, 30 de Outubro, Tempo limpo de manhã, céu parcialmente nublado para o resto do dia.. Temperatura máxima de 22ºC e mínima de 10ºC. Segunda, 31 de Outubro, céu parcialmente nublado.. Temperatura máxima de 21ºC e mínima de 8ºC.

tempo: parcialmente nublado

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

Primavera no outonoNos início deste ano, Mohammed Bouazizi, um

licenciado tunisino impedido de ganhar a vida como vendedor ambulante, deitou fogo a si pró-prio. Esta tragédia fez acordar a rua árabe. Cen-tenas de milhares de pessoas encheram as praças de vários países com uma mensagem poderosa – queriam a liberdade.

A morte de Bouazizi deu início à “primavera árabe” que está a reconfigurar a paisagem polí-tica no médio oriente: já caíram Ben Ali (23 anos de poder na Tunísia), Hosni Mubarak (29 anos no Egipto) e Muammar Kadhafi (42 anos na Lí-bia). A seguir pode ser Bashar al-Assad, presiden-te sírio que está a massacrar o seu povo. Não era mau que ele fosse atingido por um qualquer sa-télite dos que andam a regressar desgovernados à mãe-terra.

Depois da secularização feita pelo “socia-lismo nacionalista” árabe até aos anos de 1970, passou a ganhar força o islamismo que im-pôs regimes confessionais. Começado em 1979 por Khomeini no Irão, este processo ace-lerou-se a partir da queda da União Soviética. Como diz Slavoj Žižek, os Estados Unidos fize-ram um erro terrível ao terem armado o islamis-mo radical contra os “socialismos” árabes. Ao fa-zerem isso, eles atiraram um boomerang para o ar, boomerang que, anos depois, deitou abaixo as torres gémeas.

Agora entrou-se noutro ciclo: a primavera árabe quer democracia e isso enfraquece a tese da “ex-cepção islâmica”: a tese que o islão é incompatível com a democracia e o estado de direito.

Para aprofundamento deste tema, é recomendá-vel a análise de Sami Zubalda intitulada “The arab spring in historical perspective” (é fácil de achar na internet e o link será posto no blogue Olho de Gato).Entre a morte de Mohammed Bouazizi e as pri-meiras eleições livres da história da Tunísia pas-saram 292 dias. Foram no passado domingo. Saú-de-se esta primavera no outono.

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

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Data ∑ Evento começa hoje e prolonga-se até 11 de Dezembro

Festival de gastronomia para levar turistas ao Douro

Sexta, 28Viseu∑ O Departamento de Engenharia Electrónica da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPV organiza o “Dia do DEE 2011”, a partir das 9h00.

Peso da Régua∑ O presidente da Federação Distrital de Bombeiros de Viseu, Rebelo Marinho é um dos candidatos às eleições para a Liga dos Bombeiros Portugueses, que decorrem durante o congresso que começa hoje e termina no domingo, em Peso da Régua.

Viseu∑ A Comissão de Utentes contra as Portagens na A25, A24 e A23, promove duas marchas lentas contra as portagens. A marcha da A25 está marcada para as 18h00 a partir da Avenida da Europa.

agenda∑

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A Organização espera servir cerca de 15 mil pra-tos nos 40 restaurantes aderentes