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JORNAL DO CREMERJ ABRIL DE 2013 • Nº 259 PUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ISSN 1980-394x Médicos em campanha pela valorização dos salários

JORNAL DO - Cremerj

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JORNAL DO

CREMERJABRIL DE 2013 • Nº 259

PUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ISSN

1980-3

94x

Médicos emcampanha pelavalorizaçãodos salários

Page 2: JORNAL DO - Cremerj

JORNAL DO CREMERJ Abril de 20132

Praia de Botafogo, 228, loja 119BCentro Empresarial RioBotafogo - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22250-145Telefone: (21) 3184-7050 - Fax: (21) 3184-7120www.cremerj.org.brHorário de funcionamento:de segunda a sexta, das 9 às 18 horas

SEDESEDESEDE

DIRETORIAMárcia Rosa de Araujo - PresidenteVera Lucia Mota da Fonseca - Primeira Vice-PresidenteErika Monteiro Reis - Segunda Vice-PresidentePablo Vazquez Queimadelos - Diretor Secretário GeralSergio Albieri - Diretor Primeiro SecretárioKássie Regina Cargnin - Diretora Segunda SecretáriaArmindo Fernando Costa - Diretor TesoureiroSerafim Ferreira Borges - Primeiro TesoureiroNelson Nahon - Diretor de Sede e RepresentaçõesMarília de Abreu Silva - CorregedoraRenato Graça - Vice-CorregedorCONSELHEIROSAbdu Kexfe, Alexandre Pinto Cardoso, Alkamir Issa, Aloísio Tibiriçá Miranda, Armindo FernandoMendes Correia da Costa, Arnaldo Pineschi de Azeredo Coutinho, Carlindo de Souza Machadoe Silva Filho, Carlos Américo Paiva Gonçalves, Celso Corrêa de Barros, Edgard Alves Costa, ErikaMonteiro Reis, Felipe Carvalho Victer, Fernando Sergio de Melo Portinho, Francisco ManesAlbanesi Filho (✝), Gilberto dos Passos, Guilherme Eurico Bastos da Cunha, Hildoberto Carneirode Oliveira (licenciado), Jano Alves de Souza, J. Samuel Kierszenbaum, Jorge WanderleyGabrich, José Marcos Barroso Pillar, José Maria de Azevedo, José Ramon Varela Blanco, JúlioCesar Meyer, Kássie Regina Neves Cargnin, Luís Fernando Soares Moraes, Makhoul Moussalem,Márcia Rosa de Araujo, Marcos Botelho da Fonseca Lima, Marília de Abreu Silva, Matilde Antunesda Costa e Silva, Nelson Nahon, Pablo Vazquez Queimadelos, Paulo Cesar Geraldes, Renato Britode Alencastro Graça, Ricardo José de Oliveira e Silva (licenciado), Rossi Murilo da Silva, SerafimFerreira Borges, Sergio Albieri, Sérgio Pinho Costa Fernandes, Sidnei Ferreira e Vera Lucia Motada Fonseca

CREMERJ SECCIONAISCREMERJCREMERJ SECCIONAISSECCIONAIS

* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores, não representando, necessariamente, a opinião do CREMERJ.

Publicação Oficial do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de JaneiroConselho Editorial - Diretoria e Ângela De Marchi • Jornalista Responsável - Nicia Maria - MT 16.826/76/198Reportagem - Nicia Maria, Beatriz Pinheiro, Jodie Rodrigues e Regina Castro • Fotografia - José Renato, Edilaine Matos, Henrique Huber, Paulo Silva e Bruno SpadaProjeto Gráfico - João Ferreira • Produção - Foco Notícias • Impressão - Ediouro Gráfica e Editora S.A. • Tiragem - 60.000 exemplares • Periodicidade - Mensal

Central de RelacionamentoTelefones: (21) 3184-7142,3184-7179, 3184-7183,3184-7267 e [email protected]:na sede do Conselho, das 9h às 18h

Uma política questionável e falaciosa

ssumindo sua incompetência em gerir asaúde, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduar-do Paes, e o secretário municipal de Saú-de, Hans Dohmann, deixam os hospitais e

postos de saúde à míngua.É notória a progressiva desativação dos servi-

ços. Prova disso é que diversos setores do Hospitalda Piedade estão sendo fechados e seus chefes,destituídos, deixando os serviços acéfalos.

Grande parte das UPAs e clínicas da família mu-nicipais não tem médicos.

A Maternidade Praça XV foi fechada sorrateira-mente na sexta-feira de carnaval, impedindo qual-quer tipo de reação dos médicos, dos funcionáriose das entidades médicas e mesmo qualquer tipo derepercussão na mídia.

Como se não bastasse, os serviços de ginecolo-gia e cirurgia geral do Hospital Raphael de PaulaSouza, no bairro de Curicica, tiveram suas ativida-des encerradas e outras áreas poderão ser fechadas,

A

EDITORIAL • CREMERJ continua a denunciar a progressiva desativação de serviços e a terceirização no município do Rio

• Angra dos Reis - Tel: (24) 3365-0330Coordenadora: Yone de Oliveira Di SarliRua Professor Lima, 160 - sls 506/507

• Barra do Piraí - Tel: (24) 2442-7053Coordenador: Sebastião Carlos Lima BarbosaRua Tiradentes, 50/401 - Centro

• Barra Mansa - Tel: (24) 3322-3621Coordenador: Abel Carlos de BarrosRua Pinto Ribeiro, 103 - Centro

• Cabo Frio - Tel: (22) 2643-3594Coordenador: José Antonio da SilvaAvenida Júlia Kubitscheck,39/111

• Campos - Tel: (22) 2722-1593Coordenador: Makhoul MoussalemPraça Santíssimo Salvador, 41/1.405

• Duque de Caxias - Tel.: (21) 2671-0640Coordenador: Benjamin Baptista de AlmeidaRua Marechal Deodoro, 557, salas 309 e 310

• Itaperuna - Tel: (22) 3824-4565Coordenador: Carlos Eugênio Monteiro de BarrosRua 10 de maio, 626 - sala 406

• Macaé - Tel: (22) 2772-0535Coordenador: Gumercino Pinheiro Faria FilhoRua Dr. Luís Belegard, 68/103 - Centro

• Niterói - Tel: (21) 2717-3177 e 2620-9952Coordenador: Alkamir IssaRua Cel. Moreira César, 160/1210

• Nova Friburgo - Tel: (22) 2522-1778Coordenador: Thiers Marques Monteiro FilhoRua Luiza Engert, 01, salas 202/203

• Nova Iguaçu - Tel: (21) 2667-4343Coordenador: José Estevan da Silva Filho

Rua Dr. Paulo Fróes Machado, 88, sala 202

• Petrópolis - Tel: (24) 2243-4373Coordenador: Jorge Wanderley Gabrich

Rua Alencar Lima, 35, sls 1.208/1.210

• Resende - Tel: (24) 3354-3932Coordenador: João Alberto da Cruz

Rua Guilhot Rodrigues, 145/405

• São Gonçalo - Tel: (21) 2605-1220Coordenador: Amaro Alexandre Neto

Rua Coronel Serrado, 1000, sls. 907 e 908

• Teresópolis - Tel: (21) 2643-3626Coordenador: Paulo José Gama de Barros

Av. Lúcio Meira, 670/516 - Shopping Várzea

• Três Rios - Tel: (24) 2252-4665Coordenador: Ivson Ribas de Oliveira

Rua Manoel Duarte, 14, sala 207 - Centro

• Valença - Tel: (24) 2453-4189Coordenador: Fernando Vidinha

Rua Padre Luna, 99, sl 203 - Centro

• Vassouras - Tel: (24) 2471-3266Coordenadora: Leda Carneiro

Av. Exp. Oswaldo de Almeida Ramos, 52/203

• Volta Redonda - Tel: (24) 3348-0577Coordenador: Olavo Guilherme Marassi Filho

Rua Vinte, 13, sl 101

SUBSEDESSUBSEDESSUBSEDES

• Barra da TijucaTel: (21) 2432-8987Av. das Américas 3.555/Lj 226

• Campo GrandeTel: (21) 2413-8623Av. Cesário de Melo, 2623/s. 302

• Ilha do GovernadorTel: (21) 2467-0930Estrada do Galeão, 826/Lj 110

• JacarepaguáTel: (21) 3347-1065Av. Nelson Cardoso, 1.149/s. 608Taquara

• MadureiraTel: (21) 2452-4531Estrada do Portela, 29/Lj 302

• MéierTel: (21) 2596-0291Rua Dias da Cruz, 188/Lj 219

• TijucaTel: (21) 2565-5517Praça Saens Pena, 45/Lj 324

como a de tratamento de câncer, HIV e tuberculose.Vivenciamos, ao longo de décadas, a formação

da maioria esmagadora dos médicos feita no servi-ço público, em residências disputadíssimas de ser-viços altamente especializados, onde as técnicaseram desenvolvidas dando prioridade inclusive aospacientes do SUS.

Mas a maioria dos médicos estatutários está seaposentando e nenhuma reposição é feita nessesquadros. Como o município não oferece mais con-curso público com salários dignos, várias unidadescom clínicas especializadas estão deixando de ofere-cer tais consultas. Ambulatórios já estão se desfazen-do, entre eles os de alergia, pneumologia, psiquiatriade adulto e infantil, de infectologia e até de aids.

As poucas contratações no município estão se dan-do através das Organizações Sociais (OSs), que pagamsalários superiores aos recebidos pelos estatutários.

Nas unidades administradas por OSs, seus em-presários insistem na redução dos quadros médicosporque querem mostrar ao governo municipal quepodem enxugar custos explorando ainda mais ospoucos médicos contratados.

Com essas gerências terceirizadas, por um lado seoferece melhores salários aos médicos, por outro, hádiminuição do número de médicos por plantão e porserviços, fazendo com que eles circulem pelas unida-des dependendo de onde há falta de profissionais.

Os recursos que hoje são usados para gerir as atuais

unidades com médicos concursados estatutários estãosendo passados para empresas privadas. Quanto o go-verno pagará por médico a essas empresas? Qual será olucro dessas empresas em cima da exploração do traba-lho médico? Qual o controle social que irá conferir orepasse de verbas públicas para essas empresas?

Além de tudo, as OSs não fixam os médicos, nãotêm condições de manter uma formação de quali-dade, o que é necessário para a qualificação de to-dos os profissionais, mesmo àqueles que vão exer-cer sua profissão no setor privado.

É louvável a criação de um maior número declínicas de família se não fosse a falta de médicosem 80% delas, assim como nas UPAs municipais.

Estamos vivendo no Rio de Janeiro uma morteanunciada com a desativação de serviços na redepública (vide os plantões de emergência à noite emqualquer hospital). No entanto, escondendo sua in-competência, o secretário Hans Dohmann lidera en-tidades da sociedade para implementar uma políticaquestionável e falaciosa.

É um escárnio com a população, à qual é ofere-cido um arremedo de atendimento médico, um ver-dadeiro engodo!

Os médicos repudiam o desmonte da saúde pú-blica, que prioriza a terceirização.

O CREMERJ condena a política de saúde genoci-da imposta à população do Rio de Janeiro pelo pre-feito Eduardo Paes e pelo secretário Hans Dohmann.

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JORNAL DO CREMERJAbril de 2013 3

O CREMERJ enviou uma notificação extrajudici-al à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)sobre contratos que estão em desacordo com as re-soluções da própria agência. Entre eles estão os daGolden Cross, Porto Seguro, Amil e Dix.

No documento, o Conselho detalha algumas dascláusulas consideradas leoninas. Veja abaixo:

PORTO SEGUROPORTO SEGUROPORTO SEGUROPORTO SEGUROPORTO SEGUROa) Na cláusula 4.8 é apresentado um critério do

reajuste muito baixob) A cláusula 6 “e” é renúncia a um pagamento

devidoc) A cláusula 7.11 precisa ser negociadad) A cláusula 10.3.1 deve ser mais clara e estipu-

lar prazoe) O foro deve ser o do local da prestação de

serviços

DIX E SMILDIX E SMILDIX E SMILDIX E SMILDIX E SMILf) “Cláusula 3.3.1 - As faturas entregues fora do

prazo acima previsto e não sendo acordado, entre aspartes, novo prazo para entrega e pagamento dasmesmas, serão recusadas e devolvidas ao credencia-do (a) para processamento no mês subsequente.” –O credenciante deve indicar nesta cláusula prazo paradevolução ao credenciado das faturas entregues forado prazo estipulado no caput da cláusula 3.3

g) “Cláusula 3.7.1 – A revisão se dará na forma derecurso de divergências, com a apresentação das jus-tificativas e documentos comprobatórios pelo (a)credenciado(a), que serão objeto de análise e, apósconsenso mútuo, caso haja algum valor a ser credita-do ao credenciado(a), este ocorrerá em prazo a ser

SAÚDE SUPLEMENTAR • Médicos devem consultar a Comssu ou sua sociedade de especialidade antes de assinar contratos

CREMERJ notifica ANS sobrecontratos com cláusulas leoninas

“Solicitamos que asempresas referenciadassejam convocadas a prestaresclarecimentos quanto àsirregularidades ante oflagrante abuso impostoaos médicos pertencentes àsredes credenciadas.”Márcia Rosa de Araujo,presidente do CREMERJ

negociado entre as partes.” – Nessa cláusula, deveráser indicado prazo para revisão da divergência

h) “Cláusula 6.5 – No atendimento, o credenciado (a)deverá priorizar o atendimento para os casos de urgênciaou emergência, assim como às pessoas com mais de 65anos de idade, gestantes, lactantes, lactentes e criançasaté 5 anos de idade.” – A cláusula deverá ser excluída,uma vez que o critério de atendimento deve ser indicadopelo credenciado (a), e não pelo credenciante

i) Na cláusula 8, deverá ser indicado o valor cor-respondente a UPA a ser aplicado aos contratos, pre-ferencialmente no Anexo I.

GOLDEN GROSSGOLDEN GROSSGOLDEN GROSSGOLDEN GROSSGOLDEN GROSSj) No item 5.1, alínea j, não houve a acordada

exclusão da responsabilização “integral e exclusiva-mente” do (a) referenciado

k) Na cláusula 7.4, não foi, mais uma vez, obser-

vado o disposto no parágrafo único do art. 4º daInstrução Normativa 49/2012, restando sem previ-são a hipótese de não haver acordo até o termofinal para a efetivação do reajuste

l) Na cláusula 8.4, não houve a exclusão da par-te final do texto, que, segundo ficou acordado, fin-daria em “... relacionado a tais matérias”

– Solicitamos que as empresas referenciadas se-jam convocadas a prestar esclarecimentos quantoàs irregularidades ante o flagrante abuso impostoaos médicos pertencentes às redes credenciadas –solicita a presidente do CREMERJ, Márcia Rosa deAraujo, na notificação.

O CREMERJ alerta aos colegas que não assinemesses contratos e que sempre consultem a Comissãode Saúde Suplementar (Comssu) ou sua sociedadede especialidade.

DE ACORDO COM A RESOLUÇÃO NORMATIVA 305/2012 DA AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR (ANS),A DATA LIMITE PARA ADOÇÃO DO PADRÃO TISS (TROCA DE INFORMAÇÕES NA SAÚDE SUPLEMENTAR)

PARA PESSOA FÍSICA É 30 DE NOVEMBRO DE 2013.

Grupo Memorial inaugura universidade para capacitar gestores de saúdeO Grupo Memorial, que já conta com 24 unidades hospitalares no Rio de Janeiro,

inaugurou, no dia de 23 de março, a Universidade Corporativa Memorial, um projetocujo objetivo é capacitar os gestores de hospitais e de operadoras de planos de saúdenuma abordagem corporativa, com foco nas gestões administrativa, financeira, médi-ca e comercial. A presidente do CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo, participou dasolenidade.

De acordo com o presidente do grupo, Aziz Chidid, a previsão é de que sejamqualificados cerca de 300 executivos por ano.

Os presidentes da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ) e daConfederação Nacional de Saúde (CNS), Paulo Sardinha e José Carlos Abrahão, res-pectivamente, também compareceram à inauguração da universidade.

Mansur José Mansur, Armando Amaral, Gianfranco Fazzini, Márcia Rosa deAraujo, José Carlos Abraão e Aziz Chidid

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JORNAL DO CREMERJ Abril de 20134

As sociedades de especialidadese reuniram com a Comissão de Saú-de Suplementar (Comssu) do CRE-MERJ, no dia 8 de abril, para deba-ter as propostas de negociação doMovimento de Convênios para2013. Entre as reivindicações estãoo valor mínimo da consulta a R$70,00, pagamento das consultas ematé 30 dias, valores de procedimen-tos com base na 5ª edição da CBHPMplena; a equiparação entre os pla-nos individuais e coletivos e entreos honorários do atendimento mé-dico em quarto e enfermari; e pres-sionar a aprovação do PL 6964/2010,que determina reajuste anual paraos honorários médicos, que hoje tra-mita na Comissão de Constituição eJustiça da Câmara dos Deputados

A presidente do Conselho, MárciaRosa de Araujo, também coordenado-ra da Comssu, ressaltou que os médi-cos não devem assinar nenhum con-trato sem consultar o Conselho, poisalgumas operadoras de saúde não es-tão seguindo as regras e padrões exi-gidos pela Agência Nacional de SaúdeSuplementar (ANS).

– Temos que lutar por nossos di-reitos e por uma remuneração salarialmais digna. Trabalhamos intensamen-

SAÚDE SUPLEMENTAR • Propostas de negociação nos convênios para este ano são debatidas no CREMERJ

Médicos reivindicam R$ 70 para consultas eCBHPM 5ª edição plena para procedimentos

Márcia Rosa de Araujo e Armindo Fernando da Costa durante sessão da Comissão deSeguridade Social e de Família da Câmara dos Deputados no dia 4 de julho, quando foiaprovado, por unanimidade, o parecer do relator, deputado Eleuses Paiva, pela aprovaçãodo Projeto de Lei 6.964/2010, que garante reajustes anuais aos médicos credenciados aosplanos de saúde. Na foto, os conselheiros com o relator e com o presidente da Comissão,deputado Luiz Henrique Mandetta.

Médicos endoscopistas se reuniram no dia 20 demarço, em assembleia na sede do CREMERJ, com acomissão mista de negociação com as operadoras desaúde, formada por membros da Câmara Técnica doConselho e da Sociedade Brasileira de Endoscopia –Regional do Rio de Janeiro (Sobed-RJ). Durante o en-contro, que contou com a presença dos conselheirosErika Reis e Alkamir Issa, foram apresentados os valoresnegociados para os procedimentos da especialidade.

Segundo a presidente da Sobed, Ana MariaZuccaro, que falou sobre os resultados conquista-dos com a SulAmérica, a Unidas, a Golden Cross ea Unimed, as operadoras concordaram em promo-ver reajustes, que se aproximaram dos valores apro-vados pelos médicos na última assembleia.

– Podemos considerar que as negociações fo-ram vitoriosas. Pela primeira vez, as operadorasaceitaram se reunir conosco numa mesa de nego-ciações. Os novos valores começam a ser pagos apartir deste mês – observou.

O conselheiro Alkamir Issa ressaltou a impor-

Endoscopistas têm reajustes nos procedimentos

te pela valorização da nossa categoriae não podemos aceitar que nos enga-nem – disse.

Ela ainda solicitou às sociedadesque enviem a lista dos cinco procedi-mentos mais realizados em cada es-pecialidade, já que alguns médicosreclamaram que os planos de saúdesó aumentam os valores dos procedi-mentos de menor demanda.

Também participaram da reuniãorepresentantes da Associação Médicado Estado do Rio de Janeiro (Somerj)e das associações médicas de bairro.

A pauta de reivindicação será apre-sentada na assembleia do dia 24 de abrile na manifestação do Rio no dia 25, Diade Alerta contra os Planos de Saúde.

tância do respaldo do CREMERJ nas negociações.– Há mais de dez anos não tínhamos qualquer

reajuste. A parceria do CREMERJ, através de suaCâmara Técnica de Endoscopia e da Comissão deSaúde Suplementar (Comssu), com a Sobed foi fun-damental para que as operadoras viessem negociar

valores conosco e essencial para o sucesso dasnegociações – enfatizou.

Ainda durante a assembleia, os médicos apro-varam a tabela apresentada por Ana Maria parafuturas negociações de valores a serem pagos apartir de 2014.

Aloísio Tibiriçá, Márcia Rosa e José Ramon com representantes de sociedades e entidades médicas

“Temos que lutar pornossos direitos e poruma remuneração salarial

mais digna. Trabalhamosintensamente pelavalorização da nossa

categoria e não podemosaceitar que nos enganem.”Márcia Rosa de Araujopresidente do CREMERJ

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JORNAL DO CREMERJAbril de 2013 5

* Bradesco - Os 2.640 procedimentos foram enquadrados em uma tabela de apenas cem portes. Os valores variam de R$ 7,30 a R$ 2.386,41. Reajuste de8% para os procedimentos de SADT, radiologia simples, ultrassonografia, ergometria e fisioterapia.** Amil, DIX e Medial - Reajustes diferenciados para procedimentos específicos: 30% para ginecologia e obstetrícia, cirurgia geral, assistência do pediatraem sala de parto e berçário e postectomia; 100% para otorrino (exceto sinusectomias, reajustadas em 20%)

FAÇA AS CONTAS E LIVRE-SE DO SEU PIOR CONVÊNIOCONSULTAS PROCEDIMENTOS

VALOR VIGENTE PROPOSTA VALOR VIGENTE PROPOSTA

PETROBRAS 100,00 3ª Ed. CBHPM -10% 3ª Ed. CBHPM PLENADesde 01.01.12 - Desde 01.01.12 A partir de 01.01.13

3ª Ed. CBHPM -5%Desde 01.07.12

UNIMED-RIO 62,00 67,00 4ª Ed. CBHPM +15% 5ª Ed. CBHPM PLENAA partir de 01.09.12 A partir de 01.01.13

70,00A partir de 01.01.13

BRADESCO 56,00 60,00 Aumento de 5% nos valores*A partir de 01.09.12 anteriores. Honorários diferentes

GOLDEN CROSS 55,70 60,00 0,46 0,49A partir de 01.08.12 A partir de 01.08.12

0,50A partir de 01.10.12

SULAMÉRICA 54,00 60,00 Aumento de 7% nos Aumento de 7,5% nos valores anterioresA partir de 01.09.12 valores anteriores A partir de 01.09.12

Equiparação dos honorários0,50Desde 01.01.12

A partir de 01.11.12CASSI 54,00 60,00 3ª Ed. CBHPM -10% 3ª Ed. CBHPM -7%

Desde 02.01.12 A partir de 01.10.12 Desde 01.02.12 - 20% para UCO, exceto SADTA partir de 01.08.12

3ª Ed. CBHPM PLENAA partir de 01.01.13

BNDES-FAPES 54,00 60,00 3ª Ed. CBHPM -10% 3ª Ed. CBHPM -7%Desde 01.01.12 A partir de 01.10.12 Desde 15.01.12 A partir de 01.08.12

4ª Ed. CBHPM PLENAA partir de 01.10.12

CAIXA 54,00 60,00 3ª Ed. CBHPM -10% 4ª Ed. CBHPM -7%ECONÔMICA Desde 02.01.12 A partir de 01.10.12 -20% para a UCOFEDERAL A partir de 01.08.12FURNAS 57,23 62,47 4ª Ed. CBHPM PLENA 4ª Ed. CBHPM PLENA

A partir de 01.10.12 UCO PLENA

5ª Ed. CBHPMem análise para 2013

ASSIM 50,00 54,00 0,44 0,47A partir de 01.08.12 A partir de 01.08.12

60,00 0,50A partir de 01.10.12 A partir de 01.10.12

CORREIOS 54,00 60,00 3ª Ed. CBHPM -10% 3ª Ed. CBHPM -7%A partir de 01.10.12 A partir de 01.08.12

3ª Ed. CBHPM PLENAA partir de 01.01.13

CABERJ 65,00-

0,42 0,50Desde 01.04.12 A partir de 01.11.12

AMIL 60,00 64,00 0,46 0,50 **A partir de 01.10.12 A partir de 01.10.12

DIX 50,00 54,00 0,46 0,50 **A partir de 01.10.12 A partir de 01.10.12

60,00A patir de 01.03.13

MEDIAL 50,00 54,00 0,36 0,50 **A partir de 01.10.12 A partir de 01.10.12

60,00A partir de 01.03.13

MARÍTIMA 50,00 e 54,00 60,00 Aumento de 6% nos valores anteriores Aumento de 10% nos valores anterioresA partir de 18.10.12 A partir de 18.10.12

CAC 50,00 56,00 0,40 0,44A partir de 01.12.12 A partir de 01.12.12

60,00 0,50 (Pessoa Física)A partir de 01.03.13 A partir de 01.03.13

FIOSAÚDE 47,00 54,00 3ª Ed. CBHPM -15% 3ª Ed. CBHPM -7%A partir de 01.07.12 - 20% para a UCO - 20% para a UCO

60,00 Porte SADT: - 20% A partir de 01.11.12

A partir de 01.11.12 ou CH 0,38 3ª Ed. CBHPM PLENAA partir de 01.01.13

GEAP 54,00 60,00 3ª Ed. CBHPM -12,5% 3ª Ed. CBHPM -10%Desde 01.02.12 A partir de 01.01.13 A partir de 01.01.13

Page 6: JORNAL DO - Cremerj

JORNAL DO CREMERJ Abril de 20136

Cerca de 500 pessoas, entre médi-cos, acadêmicos de medicina, repre-sentantes de sociedades de especiali-dade e de associações médicas de bair-ro e de entidades civis ocuparam par-te do calçadão da Avenida Atlântica,em Copacabana, no dia 7 de abril -Dia Mundial da Saúde - para mostrarà população o real cenário da saúdepública. Eles também distribuíram pan-fletos e butoons com o slogan “Omédico vale muito”.

– Nossa comemoração do DiaMundial da Saúde é acompanhada daluta por condições adequadas de tra-balho, qualidade da formação médicano país e também por salários dignospara os médicos. A saúde pública viveum momento de desmonte, com a faltade concursos públicos e consequenteterceirização da gestão dos hospitais.Serviços estão sendo desativados, comoaconteceu com a ginecologia e a ci-rurgia geral do Hospital de Curicica.Não podemos ficar calados diante des-sa situação – ressaltou a presidente doCREMERJ, Márcia Rosa de Araujo.

Ela lembrou ainda a decepção e arevolta das entidades médicas duran-te a reunião com o ministro da Saúde,Alexandre Padilha, realizada na sema-na anterior, no dia 2.

– Infelizmente, ele não mostrouqualquer interesse pela maioria dasnossas reivindicações, o que nos mo-

SAÚDE PÚBLICA • Médicos fazem manifestação e passeata para alertar a população sobre o caos na saúde

Protestos marcam o Dia Mundial da Saúde

tivou ainda mais a realizar esse pro-testo para mostrar a força dos médi-cos. Temos que nos unir para lutarpelos nossos direitos – salientou.

Promovida pelo CREMERJ, pelaFenam, pela Somerj, pelo Sinmed-RJe pelo Sindprev-RJ, a manifestaçãoseguiu em passeata, na qual médicose estudantes caminharam com faixase cartazes, alertando a população so-bre o caos da rede pública de saúde.

Para o conselheiro do CREMERJAloísio Tibiriçá, também vice-presiden-te do Conselho Federal de Medicina(CFM), o volume de tributos arreca-dados pela União possibilita que asautoridades governamentais invistammais recursos na saúde.

– Somos submetidos a condiçõesprecárias de trabalho e a população acondições que violam os direitos hu-manos, como constatamos no Hospi-

tal Geral de Bonsucesso. Temos umprojeto de iniciativa popular em defe-sa da saúde pública que exige que 10%do PIB bruto do país seja investido nosetor. A sociedade é nossa aliada nes-se pleito, que só vai terminar quandotodas as nossas reivindicações forematendidas – destacou Tibiriçá.

O vice-presidente da FederaçãoNacional dos Médicos (Fenam), OttoFernando Baptista, que participoudo ato, destacou que a manifesta-ção no Rio era muito significativapara os médicos federais, que cons-tituem mais de 50% do segmentono país. Ele falou ainda sobre o en-contro com a presidente DilmaRousseff, ocorrido no dia 4.

– Denunciamos a situação de cala-midade por qual passam os hospitais eos médicos federais para a presidente,que se comprometeu a realizar encon-tros frequentes com representante dasentidades médicas. Essa mobilização éessencial para mobilizar também a po-pulação – disse Otto Fernando.

O conselheiro Pablo Vazquez aler-tou para a necessidade urgente de re-posição de recursos humanos nos ser-viços de referência.

– Com o fechamento dos serviços,população e novos médicos são prejudi-cados. Os pacientes ficam sem atendimentoe os residentes, sem condições para suaformação – disse Pablo Vazquez.

População se uniu aos médicos na passeata na Praia de Copacabana, tendo à frente conselheiros do CREMERJ e representantes de sociedades de especialidade

Márcia Rosa e Pablo Vazquez

“Nossa comemoração do Dia Mundial da Saúde éacompanhada da luta por condições adequadas de trabalho,

qualidade da formação médica no país e tambémpor salários dignos para os médicos. A saúde pública vive ummomento de desmonte, com a falta de concursos públicos e

consequente terceirização da gestão dos hospitais.”Márcia Rosa de Araujo, presidente do CREMERJ

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JORNAL DO CREMERJAbril de 2013 7

Com faixas e cartazes, alunos daUniversidade Gama Filho (UGF) e seusfamiliares também se uniram à mani-festação. Eles estão sem aulas devidoà falta de pagamento aos professorespela mantenedora da instituição. Opresidente da Associação de Pais e Alu-nos da UGF, Paulo Fernandes, afirmouque o Ministério da Saúde está seomitindo diante dessa situação.

– Lutamos contra a Galileo desdeque ela assumiu a gestão da Gama Fi-lho, há dois anos. Os laboratórios es-tão fechados e os professores não es-tão recebendo salários, apesar de asmensalidades estarem sendo pagas. Hátrês semanas tentamos nos reunir como ministro da Educação, Aloizio Mer-cadante, mas ele sempre desmarca asreuniões, nos encaminhando para as-sessores – obervou Rafael Callado, pre-sidente do Centro Acadêmico de Me-dicina da Universidade Gama Filho.

Márcia Rosa lembrou a contraditó-ria política do governo de querer im-portar médicos estrangeiros, alegandonão haver profissionais suficientes, e, aomesmo tempo, não cuidar das boas ins-tituições de ensino que existem no país.

– O governo quer facilitar a entra-da de médicos estrangeiros no Brasil,entretanto não valoriza nossos médi-cos. Tampouco garante condições paraa boa formação aos nossos estudan-tes. Não estão faltando médicos em

Estudantes se unem ao movimento

nosso país. O que falta é competênciaadministrativa. A população tem direi-to a uma saúde de qualidade. Não va-mos esmorecer na nossa luta – salien-tou Marcia Rosa.

Os médicos ainda alertaram a popu-lação sobre a não abertura de concursospúblicos com salários dignos; a falta deuma carreira de estado para os médicos;e a privatização da gestão da saúde.

“Os laboratórios da Gama Filho estão fechados e os professores

não estão recebendo salários, apesar de as mensalidades estarem

sendo pagas. Há três semanas tentamos nos reunir com o

ministro da Educação, Aloizio Mercadante, mas ele sempre

desmarca as reuniões, nos encaminhando para assessores.”Rafael Callado, presidente do Centro Acadêmico de Medicina da UGF

“Denunciamos a situação de

calamidade por qual passam os

hospitais e os médicos federais

para a presidente Dilma Housseff,

que se comprometeu a realizar

encontros frequentes com

representantes

das entidades médicas.”Otto Fernando Baptista,

vice-presidente da Fenam

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JORNAL DO CREMERJ Abril de 20138

A nova diretoria do corpo clínico doHospital Federal de Bonsucesso (HGB),formada pelos médicos Flávio Sá, Vini-cius Castro, Valter Javaroni, Maria CéliaPereira e Abílio Santa Rosa, tomou pos-se no dia 14 de março. A presidente doCREMERJ, Márcia Rosa de Araujo, e oconselheiro Armindo Fernando da Cos-ta participaram da cerimônia.

O diretor do corpo clínico, Flávio Sá,afirmou que irá trabalhar em defesa dosmédicos e a favor da residência médicana unidade, que está ameaçada, por con-ta da desativação de alguns serviços.

– Queremos ouvir os médicos emanter um discurso franco com a di-reção do hospital. A situação é precá-ria e se agrava ainda mais com a faltade recursos humanos e a infraestrutu-ra deficiente. Sabemos de todos osproblemas e vamos trabalhar paramudar – destacou.

Após a posse, foi realizada uma as-sembleia que abordou a falta de recursoshumanos, a desativação do centro detransplantes, a superlotação da emergên-cia e a paralisação das obras na unidade.

Márcia Rosa propôs reunir umacomissão de médicos e residentes decada hospital federal para, no dia 2 deabril, ir ao Senado, em Brasília, a fimde mostrar a força dos médicos na lutapela saúde pública brasileira.

– Temos que ir para as ruas mos-trar a nossa indignação com a gestãoda saúde no Rio. Os médicos e a popu-lação estão sendo desrespeitados. Te-

SAÚDE PÚBLICA • CREMERJ propõe formar comissão de médicos e residentes para movimento em Brasília

Bonsucesso: nova diretoria no corpo clínico

mos que impedir o fechamento e a ter-ceirização dos hospitais públicos, exi-gir condições dignas de funcionamen-to e o reajuste das gratificações devi-

Márcia Rosa, presidente do CREMERJ, e o conselheiro Armindo Fernando da Costa participaram da posse do corpo clínico do HGB

Relatório de fiscalização é apresentado a procuradorO CREMERJ havia apresentado, no dia 5 de março, ao procurador da

República no Estado do Rio de Janeiro, Jaime Mitropoulos, o relatório dasúltimas fiscalizações ocorridas no Hospital Federal de Bonsucesso (HGB),que relatam o péssimo estado da unidade com a falta de recursos humanose a superlotação. Participaram da reunião os conselheiros Pablo Vazquez eArmindo Fernando da Costa e a representante do corpo clínico, RosângelaMagalhães, integrante da Comissão de Ética Médica do hospital.

De acordo com o relatório, a emergência continua funcionando emcontêineres há mais de dois anos em razão de obras que estão paralisadas.Conforme um acordo entre a direção do hospital e o Nerj (Núcleo Estadualno Rio de Janeiro do Ministério da Saúde) com o CREMERJ, estabelecidono dia 13 de novembro de 2012, a capacidade de internação é de 25pacientes, o que não vem sendo respeitado.

O procurador informou que existem petições em trâmite na Justiça quebuscam respostas e resoluções para o caos no HGB. Todas aguardam julga-mento. A procuradora Roberta Trajano também participou da reunião. Ocaso continua sendo acompanhado pelo CREMERJ.

Pablo Vazquez, Rosângela Magalhães e Armindo Fernando da Costa em reunião com oprocurador da República Jaime Mitropoulos

das aos médicos federais – ressaltou.Márcia Rosa sugeriu que seja rea-

lizada uma manifestação no Rio paramostrar à população que os médicosestão revoltados com a situação.

– Vamos continuar lutando para queo médico seja valorizado e para que osnossos hospitais ofereçam um atendimen-to digno à sociedade – acrescentou.

Participaram ainda da solenidadede posse e da assembleia o diretor doHGB, Flávio Silveira; o diretor adjunto,Moyses Rechtman; o ex-diretor docorpo clínico, Baltazar Fernandes; re-presentantes da Comissão de Ética daunidade, do Sinmed e da Associaçãodo Movimento dos Renais Vivos eTransplantados (Amorvit-RJ).

“Queremos ouvir osmédicos e manter umdiscurso franco com adireção do hospital.A situação é precária

e se agrava ainda maiscom a falta de recursos

humanos e ainfraestrutura deficiente.”Flávio Sá, diretor do corpo clínico

“Temos que ir para as ruasmostrar a nossa

indignação com a gestãoda saúde no Rio. Os

médicos e a populaçãoestão sendo

desrespeitados. Temos queimpedir o fechamento e a

terceirização doshospitais públicos e exigiras gratificações devidasaos médicos federais. ”

Márcia Rosa, presidente doCREMERJ

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JORNAL DO CREMERJAbril de 2013 9

Membros do corpo clínico do Hospital Federal deBonsucesso (HGB) se reuniram, no dia 21 de março,para elaborarem propostas com vistas à melhoria dosserviços do hospital, a serem apresentadas ao diretordo Departamento de Gestão Hospitalar do Núcleo Es-tadual do Rio de Janeiro (Nerj) do Ministério da Saúde,João Marcelo Ramalho. O conselheiro Armindo Fer-nando da Costa também participou da reunião.

Dentre as propostas debatidas foram destacadas,como medidas imediatas, a reativação do núcleo detransplante renal e hepático, fechado desde dezembrode 2012; o cronograma físico e financeiro do hospital

e o planejamento de recursos humanos.– Os problemas da emergência, das obras ina-

cabadas e principalmente do setor de transplantesprecisam ser resolvidos. Existe uma articulação con-tra a saúde que afeta não só o HGB, mas todos oshospitais federais. A população é quem sofre comisso. O CREMERJ está cobrando do Ministério daSaúde uma reunião para que possamos debater es-sas questões – disse Armindo Fernando.

Participaram ainda da assembleia representantes daAssociação dos Movimentos dos Renais Vivos e Trans-plantados (Amorvit-RJ), do Sindicato dos Trabalhadores

Propostas serão entregues ao Nerj

SAÚDE PÚBLICA • Justiça determina que Hospital de Bonsucesso reative o serviço de transplantes

Transplantes: Mais uma vitória do CREMERJ

Públicos Federais em Saúde e Previdência Social (Sinds-prev-RJ) e do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro(Sinmed-RJ) e as deputadas Janira Rocha (Psol), Luci-nha (PSDB), Rejane de Almeida (PCdoB) e RosângelaGomes (PRB), representando a Comissão de Saúde daAssembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

Antes da reunião, as deputadas fiscalizaram asinstalações do hospital, juntamente com o conse-lheiro Armindo Fernando, o presidente do corpoclínico, Flávio Sá, membros da comissão de ética edo Sinmed-RJ. O grupo constatou as irregularida-des na emergência e no setor de transplantes.

A 11ª Vara Federal do Rio de Janeirodeu prazo de 15 dias (a partir de 20 deabril) para que o Hospital Federal de Bon-sucesso (HGB) retome as cirurgias detransplante renal e hepático, interrompi-das desde dezembro. O defensor públicofederal Daniel Macedo, com quem o CRE-MERJ se reuniu várias vezes para tratardo caso, é o responsável pela ação.

Defensoria Pública cobra ações do MS

Crianças inscritas na fila de transplantes fizeram manifestação exibindo cartazes durante a reunião na Defensoria Pública

A juíza federal Fabíola Utzig Hase-lof determinou que, enquanto não forregularizado o serviço de transplantesno hospital, havendo doador, o paci-ente em fila deve ser encaminhado àqualquer outra unidade credenciada.

Na ação, o defensor argumenta queo HGB fazia 80% dos transplantes re-nal e hepático no Estado e era o único

do Rio a fazer transplantes em criançasaté o mês passado, quando foi inaugu-rado o Hospital Estadual da Criança. Deacordo com Macedo, por conta da sus-pensão das cirurgias, em fevereiro duascrianças morreram.

– Isso mostra o quanto é importantea mobilização dos médicos para que se-jam obtidas vitórias nas medidas judici-

ais. A Justiça, mais uma vez, garantiu amanutenção dos bons serviços de saú-de que existem no Estado. O HGB é umareferência em transplante e esse serviçodeve continuar – comemorou a presidentedo CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo.

A decisão foi concedida em caráter li-minar e estabelece pena por descumpri-mento e por atraso nos procedimentos.

Em coletiva de imprensa com a participação doCREMERJ, no dia 20 de março, o defensor públicoDaniel Macedo anunciou ter pedido tutela antecipadaao Ministério da Saúde para a recomposição da equipecirúrgica do serviço de transplantes do Hospital Fede-ral de Bonsucesso (HGB) e o custeio da transferênciada criança que está na fila de espera e de seu respon-sável para outra localidade que realize a cirurgia.

Em 2012, o HGB realizou cerca de 180 trans-plantes renais e, além disso, é o único hospital doRio de Janeiro que realiza transplantes renais pediá-tricos, mas desde dezembro o serviço está paralisa-do. Duas crianças que estavam na fila de espera,aguardando a cirurgia, foram a óbito.

– Há dois meses acompanho a situação dos trans-plantes em Bonsucesso e é um caso que me comovemuito. Já cobramos respostas do Ministério da Saú-de, mas, infelizmente, essa espera resultou na mortedessas crianças. Quero evitar que outras criançasmorram por negligência e, por isso, estou tomandoprovidências – destacou Daniel Macedo.

O defensor público, em visita recente à unidade,constatou que não existem irregularidades nas ins-talações onde os transplantes são realizados.

– Bonsucesso é referência em transplantes e nãohá justificativas para que o serviço seja fechado ourealocado em outros hospitais – observou.

Representando o CREMERJ na coletiva, a segundavice-presidente do CREMERJ, Erika Reis, ressaltou que oprincipal problema da rede pública de saúde é a falta derecursos humanos, o que leva ao fechamento de serviços.

– De modo geral, muitos médicos estão se apo-sentando sem que haja reposição. O último concursodo Ministério da Saúde foi em 2010, mas não supriu

a deficiência das unidades. Os salários e as condiçõesde trabalho não são atrativos, o que acaba não fixan-do o médico nas equipes. Não sabemos qual é a po-lítica de recursos humanos das autoridades que desa-tivam importantes serviços, prejudicando, inclusive,a residência médica, já que muitos desses hospitaissão escolas de formação – salientou.

Os pais das crianças que morreram, Dricielle e AnaPaula, estavam presentes e lamentaram o estado emque se encontra a saúde pública do Estado. Crianças

que fazem parte da Associação dos Movimentos dosRenais Vivos e Transplantados (Amorvit-RJ) e aguar-dam na fila para serem transplantadas, levaram carta-zes para sensibilizar os governantes.

Participaram ainda da coletiva o conselheiro Ar-mindo Fernando da Costa; a presidente da Associa-ção Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), Bea-triz Costa; e representantes do Sindicato dos Médi-cos do Rio de Janeiro (Sinmed-RJ) e do Sindicatoda Saúde e Previdência (Sindsprev).

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JORNAL DO CREMERJ Abril de 201310

CREMERJ e Comissão de Saúde da Alerjvisitam Hospital São Francisco de Assis

Conselheiros Pablo Vazquez e Armindo Fernando da Costa em reunião no Hospital São Francisco de Assis

Conselheiros do CREMERJ e representantes daComissão de Saúde da Assembleia Legislativa doEstado do Rio de Janeiro (Alerj) visitaram, no dia 26de março, as instalações do Hospital São Franciscode Assis, onde foi criado serviço de transplantes, paraverificar a infraestrutura da unidade.

Participaram da visita os conselheiros Pablo Vaz-quez e Armindo Fernando da Costa; e os deputadosMárcio Pacheco (PSC-RJ) e Janira Rocha (Psol-RJ).

– Nosso objetivo é unir forças para sensibilizar ogoverno para os problemas da rede pública, dosmédicos e, principalmente dos pacientes, que seencontram em difícil situação. Defendemos o Siste-ma Único de Saúde (SUS) e a totalidade do seu fun-cionamento – disseram os visitantes.

O coordenador do Programa Estadual de Trans-plantes (PET), Rodrigo Sardo, também esteve pre-sente e apresentou algumas propostas e ações dogoverno estadual referentes ao serviço. Ele explicouque o PET pretende aumentar o número de doado-res, reestruturando a Central de Doadores e recru-tando cirurgiões captadores.

O diretor técnico da área do Hospital São Fran-cisco de Assis que atende o SUS, Waldir Leopércio,relatou que foi criado serviço de transplantes, trata-mento cirúrgico de traumatismo ortopédico, de ci-rurgia cardíaca e de terapia intensiva.

O conselheiro Armindo Fernando da Costa, que tam-bém faz parte do corpo clínico do Hospital de Bonsuces-so, ressaltou o descaso do governo com a saúde pública.

– A falta de recursos humanos tem afetado to-

dos os hospitais. Só abrir serviços não resolve o pro-blema, é preciso investimento também na manuten-ção e em melhorias do que já temos – destacou.

A Comissão de Saúde da Alerj afirmou que conti-nuará buscando soluções para o serviço de trans-plantes e pediu à diretoria da unidade para que envi-asse o contrato do Estado com a Organização Social(OS) responsável por gerir o núcleo de transplantes.

Estavam presentes ainda a diretora médica e odiretor geral do São Francisco de Assis, Laura Arrudae Frei Paulo Fernandes Batista; e representantes doHospital Federal de Bonsucesso, do Sinmed-RJ e daAssociação do Movimento dos Renais Vivos e Trans-plantados (Amorvit-RJ).

“A falta de recursos humanos

tem afetado todos os

hospitais. Só abrir serviços

não resolve o problema,

é preciso investimento

também na manutenção e

em melhorias do que já temos.”Conselheiro Armindo Fernando da Costa

Conselho participa de audiência pública sobre transplantesO CREMERJ participou, no dia 13 de abril,

de audiência pública solicitada pelos médicosdo Hospital Federal de Bonsucesso (HGB) à Co-missão Permanente de Higiene e Saúde, SaúdePública e Bem Estar da Câmara Municipal doRio de Janeiro, sobre os serviços de nefrologiae transplantes da unidade.

No encontro, o conselheiro Pablo Vazquez res-saltou a importância da manutenção e do fortale-cimento desses serviços na unidade.

– O Hospital Geral de Bonsucesso é refe-rência em transplantes, com bons resultados.Não somos contra a criação de outros serviçosno Estado, mas é preciso que se encontre ocaminho para assegurar e viabilizar aquelesserviços que já estão em funcionamento nasunidades – observou.

De acordo com médicos da unidade, desdedezembro não são realizados transplantes de rinsno hospital de Bonsucesso – as cirurgias foramtransferidas para o recém-inaugurado HospitalEstadual da Criança.

Membro da Comissão Permanente, o verea-

dor Carlos Eduardo lamentou a ausência do re-presentante do Ministério da Saúde, embora te-nha sido convidado.

– Várias questões apresentadas durante a audi-ência precisam ser explicadas, como quais são os

impeditivos para que o Hospital de Bonsucesso con-tinue fazendo os transplantes. Vamos convidar odiretor do Departamento de Gestão Hospitalar doRio de Janeiro, João Marcelo Ramalho, para umareunião, para que ele possa nos dar essas respostas.

Pablo Vazquez Vereador Carlos Eduardo

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JORNAL DO CREMERJAbril de 2013 11

O CREMERJ se reuniu com o se-cretário municipal de Saúde de Duquede Caxias, Camillo Junqueira, no dia21 de março, para avaliar e discutir aspropostas para a saúde pública da re-gião e entregar os relatórios das últi-mas fiscalizações no município.

Nelson Nahon, diretor de Sede eRepresentações do Conselho, destacouque o principal problema da região éa falta de médicos, já que no HospitalMoacyr do Carmo, referência no mu-nícipio, as equipes estão incompletas.

– Há muito tempo estamos fiscali-zando e acompanhando a Saúde deCaxias. Vamos continuar lutando poruma saúde pública de qualidade nacidade e esperamos contar com o apoiodesta nova gestão – frisou.

A situação se agravou após a saídada Organização Social Civil Pública(Oscip), que não recebia a verba daprefeitura anterior e, por essa razão,deixava de pagar os médicos. Alémdisso, muitos profissionais estão seaposentado, sem que haja a respecti-va reposição.

– A medida para não faltar médi-cos foi a contratação através de coo-perativas, autorizada pela Justiça, noperíodo de seis meses. No futuro, emconjunto com a prefeitura, planejamos

lançar um plano de cargos, carreiras esalários. Atualmente, não iremos reali-zar concursos públicos, pois não hádisponibilidade de verba – afirmouCamillo Junqueira.

De acordo com o secretário, aindaeste ano duas Unidades de ProntoAtendimento (UPAs) serão construídas:uma nos fundos do Hospital Munici-pal Moacyr do Carmo, para receber osatendimentos de menor complexida-de, e outra que receberá os pacientesdo Hospital Municipal Ismélia da Sil-veira. Já a internação pediátrica serárealocada para o Moacyr do Carmo,

enquanto uma nova unidade pediátri-ca é construída.

– Antes de assumir a Secretaria,sabíamos que havia problemas, masencontramos uma situação três vezespior. Aos poucos vamos conseguir re-cuperar a saúde de Caxias. Queremosinvestir na atenção básica para desa-fogar as emergências – garantiu o se-cretário.

Nahon perguntou ao secretáriosobre as obras da maternidade em San-ta Cruz da Serra, mas Camillo afirmouque ainda não existe um prazo para ainauguração da unidade.

O secretário ainda afirmou que amaior dificuldade da Secretaria é comrelação ao orçamento, mas que já entroucom ações no Ministério Público e temconversado com o Ministério da Saúde,a fim de reequilibrar o repasse de verbas.

Estavam presentes na reunião ocoordenador da secional de Duque deCaxias, Benjamin Baptista, e os repre-sentantes Marcos Rogério Almeida eCésar Danilo Leal; o secretário de Saú-de adjunto, Sílvio da Costa Júnior; osubsecretário de Saúde, LeonardoMenezes; e o assessor da secretariaMário Luchese.

SAÚDE PÚBLICA • CREMERJ discute com secretário de Saúde de Caxias propostas para a saúde na região

Moacyr do Carmo: equipes médicas incompletas“Há muito tempoestamos fiscalizando eacompanhando a Saúdede Caxias. Vamoscontinuar lutando poruma saúde pública dequalidade na cidade eesperamos contar com oapoio desta nova gestão.”Nelson Nahon, diretor de Sede eRepresentações do ConselhoNelson Nahon entrega ao secretário Camillo Junqueira relatórios das fiscalizações feitas

pelo Conselho no município

Azevedo Lima: emergência e maternidade podem ser fechadasO CREMERJ realizou uma fis-

calização, no dia 25 de março, noHospital Estadual Azevedo Lima,em Niterói, após denúncia de queestariam faltando médicos na uni-dade, além de não haver fio cirúr-gico para as cesarianas.

Na ocasião, verificou-se que, nodia 15 de abril, será encerrado ocontrato do hospital com a Fun-dação para o Desenvolvimento Ci-entífico e Tecnológico em Saúde(Fiotec) para 13 obstetras, 10 neo-natologistas, 11 neurocirurgiões eseis ortopedistas. Com isso, a emer-gência e a maternidade correm sé-rio risco de serem fechadas, umavez que os plantões ficarão des-cobertos de tais especialidades.

Durante a fiscalização, os médi-cos se mostraram muito preocupa-

dos, pois ainda não foi informadauma alternativa para o problema. ASecretaria Estadual de Saúde disseque os médicos contratados pelaFundação Estadual de Saúde iriamrepor o déficit, mas o banco de re-servas acabou e a maioria dos pro-fissionais contratados já saiu emdecorrência das precárias condiçõesde trabalho. Antes com 14 obste-tras, a unidade hoje conta com ape-nas quatro, sendo que duas médi-cas estão em licença-maternidade.

- Diante da grave situação apre-sentada, o CREMERJ vai enviar orelatório de fiscalização ao secre-tário estadual de Saúde e as provi-dências serão discutidas em reu-nião que está marcada para abril -aponta Márcia Rosa de Araujo, pre-sidente do Conselho.

“Diante da grave situação apresentada, o CREMERJ vaienviar o relatório de fiscalização ao secretário

estadual de Saúde e as providências serão discutidasem reunião que está marcada para abril.”Márcia Rosa de Araujo, presidente do Conselho

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JORNAL DO CREMERJ Abril de 201312

SAÚDE PÚBLICA • A atual crise na saúde pode ser vencida com o aumento do financiamento e a valorização dos médicos

Médicos promovem manifestação em Brasília

Conselheiros Erika Reis, Armindo Fernando da Costa, Sidnei Ferreira, Pablo Vazquez, Márcia Rosa de Araujo e Aloísio Tibiriçá na primeira filado auditório Petrônio Portela, no Senado Federal, onde ocorreu a manifestação dos médicos

Cerca de 500 médicos de todo opaís e parlamentares participaram, nodia 2 de abril, de uma mobilizaçãono auditório Petrônio Portela, no Se-nado Federal, para cobrar soluçõespara os problemas da saúde pública.Para os manifestantes, a atual crisepode ser vencida com o aumento dofinanciamento do setor e da valori-zação dos médicos.

O encontro contou com a partici-pação do CREMERJ e de várias enti-dades médicas – como o ConselhoFederal de Medicina (CFM), a Asso-ciação Médica Brasileira (AMB), a Fe-deração Nacional dos Médicos (Fe-nam) e a Associação Nacional de Re-sidência Médica (ANMR) –, deputa-dos federais, senadores, médicos eestudantes de medicina. O Conselhofoi representado pela sua presidente,Márcia Rosa de Araujo, e pelos con-selheiros Erika Reis, Armindo Fernan-do da Costa, Pablo Vazquez, AloísioTibiriçá e Sidnei Ferreira.

– Queremos o reajuste das gratifi-cações dos médicos federais, que nosfoi prometido no movimento da MP568, e até hoje não concedido – fri-sou Márcia Rosa.

A concentração dos médicos emBrasília mostrou a insatisfação daclasse com as ações anunciadas, re-centemente, pelo governo federal.Entre elas, destacam-se a possívelentrada de médicos com diplomasde medicina obtidos no exterior semrevalidação; a falta de uma carreirade Estado para os médicos do SUS;e a possibilidade de o governo ofe-recer subsídios e destinar recursospúblicos para as operadoras de pla-nos de saúde.

Para Aloísio Tibiriçá, também co-ordenador da Comissão Nacional Pró-SUS e segundo vice-presidente doCFM, o encontro foi um marco na his-tória do movimento médico.

– A responsabilidade pelas maze-las da saúde não pode ser transferidaaos médicos, mas à falta de financia-mento do setor e a uma política deestado voltada para a terceirização detoda a rede do SUS, incapaz de dis-tribuir e valorizar os profissionais daárea – salientou.

No dia 25 de março, as entida-des médicas se reuniram com os mé-dicos federais no auditório do Colé-gio Brasileiro de Cirurgiões (CBC),para debater as propostas para o atopúblico que seria realizado no dia 2de abril, em Brasília. Os médicos pre-tendiam, durante a mobilização, sen-sibilizar o Ministério da Saúde comrelação às gratificações, já que to-das as outras categorias profissio-nais de saúde de nível superior tive-ram maior reajuste que os médicoscom a sanção da Medida Provisória(MP) 568/2012.

Durante a assembleia, a presi-dente do Conselho, Márcia Rosade Araujo, pediu aos colegas paranão desanimarem e ressaltou aimportância da união para sensi-bilizar o ministro e mostrar a for-ça da categoria.

– O problema dos hospitais fede-rais é grave. Já tentamos nos reunirdiversas vezes com o ministro, masas reuniões sempre são desmarcadaspor ele. No Andaraí, por exemplo, aresidência das especialidades cirúr-gicas entraram em diligência por fal-ta de anestesistas, comprometendoa residência médica. Nossa luta é

grande e temos que mostrar nossovalor – destacou.

O conselheiro Aloísio Tibiriçá,também segundo vice-presidentedo Conselho Federal de Medicina(CFM), afirmou que, com a tercei-rização dos hospitais, os médicosestão sendo afastados da adminis-tração direta.

– Infelizmente, precisamos nosconfrontar com o governo. A uniãoda categoria é fundamental, pois sóassim conseguiremos avançar nasnegociações – frisou.

Para o presidente da FederaçãoNacional dos Médicos (Fenam), Ge-raldo Ferreira, é preciso que o Mi-nistério da Saúde se conscientizepara a causa dos médicos, com so-

luções imediatas.– Caso o Ministério não se sen-

sibilize com a manifestação, a con-sequência será partir para um con-flito. Se não obtivermos respostas,apoiaremos uma paralisação. Temosque fazer pressão e marcar presen-ça em Brasília – salientou.

Participaram ainda da assembleiaos conselheiros Sidnei Ferreira, Pa-blo Vazquez, Armindo Fernando daCosta, Erika Reis e Marcos Botelho; apresidente da Associação Nacional dosMédicos Residentes (ANMR), BeatrizCosta; o presidente do CBC, Arman-do de Oliveira e Silva; o vereador Pau-lo Pinheiro (PSOL); o deputado fede-ral Alessandro Molón (PT); e o presi-dente do Sinmed-RJ, Jorge Darze.

Médicos federais se mobilizaram para sensibilizar o MS

Aloísio Tibiriçá, Beatriz Costa, Sidnei Ferreira, Márcia Rosa de Araujo, Jorge Darze,Armando de Oliveira e Silva e Geraldo Ferreira

“Queremos o reajuste das gratificações dos médicos federais, que nosfoi prometido no movimento da MP 568, e até hoje não concedido.”

Márcia Rosa de Araujo, presidente do CREMERJ

Page 13: JORNAL DO - Cremerj

JORNAL DO CREMERJAbril de 2013 13

N

e-mail: [email protected]

ALOÍSIO TIBIRIÇÁ MIRANDAConselheiro do CREMERJ e do CFM

COLUNA DOCONSELHEIRO FEDERAL

DIA 2 DE ABRIL:A VOZ DOS MÉDICOS

ão é somente na saúde em que encontra-mos o governo federal como protagonistade um verdadeiro “desmonte”. Auditoria,

aprovada em março pelo TCU e realizada entre agostode 2011 e abril de 2012, revela nos institutos fede-rais de ensino profissionalizante, além de elevadoíndice de evasão de alunos, um déficit de 7.966 pro-fessores ( 20% do total necessário) e 5.702 técnicosde laboratório (25% da necessidade). O TCU apontaesses como os principais fatores que afetam a quali-dade do aprendizado e que atingem, com maioresníveis de carência, os estados do Acre, Distrito Fede-ral, Mato Grosso do Sul, Amapá e São Paulo, comíndices que vão de 30 a 40%.

Na área da saúde, encontramos no Rio de Ja-neiro a maior rede pública do país. Em nosso esta-do, temos, também, o maior numero de hospitaisfederais, desta que já foi uma rede de referêncianacional. Hoje, essas unidades sofrem um processode agudização da crônica carência de médicos ede outros profissionais de saúde. Essa carência atingenotadamente os hospitais que atendem as emer-gências, mas não é exclusiva destes locais.

Serviços foram fechados no Cardoso Fontes;

no Andaraí, são emitidos sinais de alerta; e, no Bon-sucesso, são suspensos os transplantes hepáticos erenais por falta de médicos. Em todos eles, a quali-dade da formação dos futuros colegas, através daresidência, é comprometida.

Apesar da visita, em novembro de 2012, do secre-tário de Assistência à Saúde do Ministério, a situação,em abril deste ano, permanece a mesma, apesar dosrenovados anúncios de contratação de médicos “tem-porários”, o que, por si só, demonstra a improvisação ea falta de planejamento ou uma intencionada medidade sucateamento que antecede as “criativas soluções”.

Diante dos problemas, cotidianamente aponta-dos, parece que os governos, “jogam a toalha”,demonstram sua incapacidade administrativa eabrem mão de governar.

Apesar dos tímidos desmentidos do Ministérioda Saúde, avança a anunciada proposta de repas-sar parte da atenção básica no país para os planosde saúde(!). Não é outra a notícia que vem de SãoPaulo, onde o prefeito quer levar postos privadospara a periferia, em troca de isenção de impostos.Isto é, com o repasse de verbas que seriam do SUSpara planos de saúde vendidos a “baixo custo”,

com baixa cobertura e médicos mal remunerados.Se as operadoras vendem seus planos e não têmrede para atender seus pacientes, esses vão parao SUS. As empresas que agem assim deveriam serfechadas e não incentivadas pelo poder público.Deste, é esperado o reforço da atenção pública.Da outra forma, parece que os governos estão es-colhendo seus descaminhos...

Diante da falta de incentivo público e de pers-pectivas de carreira e condições de trabalho, nointerior mais longínquo e nas periferias das gran-des cidades, nossos geniais gestores propõem im-portar médicos portugueses e espanhóis num casoe financiar setores privados no outro caso, ao invésde implementar soluções que possam ser duradou-ras e que respeitem e valorizem os médicos, os pro-fissionais de saúde e o povo brasileiro.

Dia 2 de abril nós demos o nosso recado no Con-gresso Nacional. É hora de implementar uma políticade estado na saúde pública. Chega de improvisação,de desmonte do setor, de profissionais mal remunera-dos e de pessoas desassistidas. O Brasil não precisade importação de médicos. Precisa é de maior finan-ciamento público e de gestão qualificada.

Ministro se mostra insensível às reivindicações dos médicosEm audiência pública com o ministro da Saúde, Ale-

xandre Padilha, realizada no dia 2 de abril, a presidentedo CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo, representantes deentidades médicas nacionais e parlamentares reivindica-ram soluções para a situação caótica em que se encon-tra a saúde pública no país. Eles questionaram a impor-tação de médicos estrangeiros sem a revalidação do di-ploma, a falta de recursos humanos, o financiamento dasaúde, os baixos salários pagos aos médicos, a ausênciade concurso público com remuneração digna, o núme-ro cada vez mais reduzido de vagas de residência médi-ca, a aposentadoria e a gratificação de desempenho(GDM) dos médicos federais.

O caos provocado pela ausência de recursos hu-manos, que se torna mais evidente no Rio de Janei-ro, já que o Estado sedia o maior número de hospi-tais federais, foi destacado por Márcia Rosa e pelosconselheiros Sidnei Ferreira e Pablo Vazquez. Elesfalaram sobre o fechamento de vários serviços e oquanto isso tem prejudicado a residência médica,afetando diretamente a população.

Padilha disse que o Ministério da Saúde sabe queexistem áreas que precisam de aprimoramento, masque a pasta tem trabalhado por melhorias no setor.

No entanto, os representantes das entidadesmédicas não notaram qualquer empenho do minis-tro para resolver os problemas.

– O ministro não mostrou nenhum interesse quantoàs reivindicações da categoria médica. Aliás, o Ministé-rio tem agido assim há bastante tempo. Falamos sobre arecusa da aposentadoria para médicos com 40 horas nofederal e sobre o outro vínculo de 24 horas no estado

ou município. Citamos os compromissos não cumpridosde melhorias que o representante do ministério firmara,em novembro, quanto ao Cardoso Fontes e ao HGB.Relatamos os problemas que os residentes vêm enfren-tando no Rio com a desativação de serviços, além donão aumento das gratificações dos médicos federais – amenor em nível superior – relatou Márcia Rosa.

Para a presidente do CREMERJ, cabe à categoria e àpopulação exigir os seus direitos, com união e protestos.

– O governo deve oferecer condições para que nós,médicos, possamos exercer a medicina de forma éticae para que os pacientes tenham atendimento de qua-lidade. O Conselho não deixará de lutar e de desmas-carar a política do ministro Padilha – enfatizou.

Márcia Rosa, Sidnei Ferreira, Armindo Fernando da Costa e Beatriz Costa em audiência com o ministro Alexandre Padilha

“O ministro não mostrou nenhuminteresse quanto às reivindicações dacategoria médica. Aliás, o Ministériotem agido assim há bastante tempo.

O governo deve oferecercondições para que nós, médicos,

possamos exercer a medicina de formaética e para que os pacientes

tenham atendimento de qualidade.O Conselho não deixará de lutar.”

Márcia Rosa de Araujo, presidente do CREMERJ

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JORNAL DO CREMERJ Abril de 201314

A Comissão Estadual de Residência Médica doRio de Janeiro (Ceremerj) esteve no Hospital Federaldo Andaraí, no dia 28 de março, para verificar ascondições da unidade para a continuidade do pro-grama de ensino da residência médica.

Membro da Ceremerj, o conselheiro Júlio Meyer,que estava acompanhado do conselheiro Luís Fer-nando Moraes, representando o CREMERJ, e da pre-sidente da Associação Nacional dos Médicos Resi-dentes (ANMR), Beatriz Costa, reuniu-se com o corpoclínico e os residentes para discutir o cumprimentodo programa de residência médica no hospital. Osmédicos relataram o empenho de todos para a ma-nutenção da residência na unidade.

SAÚDE PÚBLICA • Médicos estão se aposentando e os terceirizados enfrentam o fim dos contratos

Hospital reconquista residência médica“Mesmo com as dificuldades,

os serviços continuam

trabalhando e produzindo,

inclusive, em casos de

alta complexidade.”Conselheiro LuísFernando Moraes

Andaraí: falta de médicos ameaça todos os serviçosA falta de reposição dos médicos no

Hospital do Andaraí, tal como ocorre emtodos os hospitais da rede federal, estáameaçando todos os serviços da unida-de e chegou a colocar os programas deresidência médica em diligência.

Ao passo que muitos médicos

estão se aposentando, os terceiri-zados enfrentam também o fim doscontratos.

O Centro de Tratamento de Quei-mados (CTQ) do hospital, um exem-plo de serviço que é referência noEstado do Rio de Janeiro, atualmen-

te conta com 18 médicos, sendo dezestatutários. Destes, oito pediramaposentadoria e dois terão mais tem-po de serviço. Os outros oito sãocontratados, cujos contratos estão nofim da vigência.

No dia 2 de abril, a presidente do

CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo, emaudiência pública com o ministro daSaúde, Alexandre Padilha, ressaltou quea situação que enfrenta o Andaraí, bemcomo todos os hospitais federais, éabsurda e é emblemático o possívelfechamento do CTQ.

CREMERJ apoia manifestação em defesa do Hospital de CuricicaA manhã do dia 10 de abril foi marcada por

uma intensa manifestação, em frente ao HospitalMunicipal Raphael de Paula Souza (HMRPS), emCuricica, contra o possível fechamento da unida-de devido à falta de recursos humanos. A presi-dente do CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo, junta-mente com os conselheiros Erika Reis, Sergio Albi-eri e Armindo Fernando da Costa participaram damobilização que também contou com a presençamaciça de representantes da sociedade civil.

Durante o ato público, os médicos e demaisfuncionários denunciaram o sucateamento dohospital, que, desde 2011, vem sofrendo com acarência de provimentos e de pessoal em diver-sos setores. O caos se instaurou no dia 1º deabril, quando os serviços de ginecologia e cirur-gia geral foram fechados devido à falta de anes-tesistas. A região não possui outro centro de re-ferência, apenas uma clínica da família que aten-de baixa complexidade.

- A população, muito mais do que clínicas dafamília, precisa de hospitais e maternidades comcondições dignas para atendimento. O hospital deCuricica é importante para essa região. É respon-sabilidade da Prefeitura realizar concurso público,com salários dignos, para manter a unidade emfuncionamento. O CREMERJ vai lutar por isso -disse Márcia Rosa, em meio a faixas e cartazeslevantados na manifestação.

Ela destacou sua preocupação quanto ao fe-chamento de hospitais, como foi a Maternidadeda Praça XV, na sexta-feira de Carnaval. Informou,ainda, que o Conselho está lutando pela aprova-ção de um projeto de lei que prevê o investimento

Na visita foi verificado que o quadro de anes-tesistas foi parcialmente reposto, após a contrata-ção de quatro especialistas, o que atende à de-manda de cirurgias realizadas no hospital nos pro-gramas da residência.

– Mesmo com as dificuldades, os serviços conti-nuam trabalhando e produzindo, inclusive, em casosde alta complexidade. Vemos uma dedicação de todaa unidade com o atendimento de qualidade para apopulação e um forte compromisso na formação dosresidentes, o que foi fundamental para a recuperaçãoda residência do hospital junto com o trabalho doCREMERJ, da Amererj, da ANMR, da Ceremerj e doSinmed-RJ – salientou Luís Fernando Moraes.

de 10% das receitas brutas da União na saúde.O conselheiro Armindo Fernando lembrou, durante

o movimento, que o fechamento dos serviços tem afe-tado também a residência médica, como já haviaacontecido no Hospital Cardoso Fontes.

- Esta unidade é uma escola para formar especi-alistas. Mas os residentes estão sendo arbitrariamentetransferidos para outras unidades, comprometendoo atendimento do polo de Patologia Cervical do Riode Janeiro. Essa manifestação é importante para darvoz às nossas reivindicações e, ainda, para mostrar àpopulação nosso repúdio sobre a desativação doshospitais - disse Armindo Fernando.

Também participaram da manifestação a deputada

estadual Janira Rocha (Psol); a diretora estadual doSindsprev/RJ Cristiane Gerardo; e o presidente doconselho distrital de saúde, Azaury Alencastro.

Após o ato público, os conselheiros do CRE-MERJ se reuniram com a direção do hospital, quenegou a desativação da unidade. Segundo o diretorgeral, Flávio Tanure, o hospital requer investimen-tos financeiros para o suprimento de insumos e re-cursos humanos para a reestruturação dos serviços.Sobre os setores de ginecologia e cirurgia geral, adireção afirmou que foi solicitado à Secretaria Mu-nicipal de Saúde a contratação de cinco aneste-sistas - mínimo para o funcionamento do serviço -,o que não ocorreu, ocasionando o seu fechamento.

Márcia Rosa durante manifestação em frente ao Hospital Municipal Raphael de Paula Souza

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JORNAL DO CREMERJAbril de 2013 15

O CREMERJ se reuniu no dia 27 demarço com o diretor executivo da Funda-ção Estatal de Saúde, Christian Ferreira, parater informações sobre a implantação daFundação nos institutos estaduais.

A reunião contou com a participa-ção de representantes dos institutosestaduais de Cardiologia Aloysio deCastro (Iecac), de Diabetes e Endocri-nologia Luiz Capriglione (Iede), deHematologia Arthur de Siqueira Caval-vanti (Hemorio); e dos hospitais esta-duais Getúlio Vargas e Carlos Chagas.

Os médicos expuseram suas dúvi-das e questionamentos sobre a transi-ção da gestão dos institutos para aFundação Saúde, a equiparação sala-rial, o funcionamento do ponto bio-métrico e a carga horária.

Eles também relataram os problemasque as unidades ainda passam, como adeficiência de insumos básicos e faltade reposição de recursos humanos.

O Iecac foi o primeiro instituto areceber os novos concursados pelaFundação Saúde. Christian Ferreira fri-sou que a implementação já está sen-do realizada nos outros institutos e queos médicos concursados chegam apartir de abril no Iede e no Hemorio.

No Hemorio, o contrato com a Fun-dação ainda não foi assinado, mas odiretor assegurou que já está em pro-cesso de finalização.

- Essas entidades formaram e for-mam médicos com um conhecimentoque são valiosos para toda a categoriamédica. Uma das nossas propostas éque esse conhecimento se propaguepara toda a rede estadual - comentou.

O diretor executivo disse que suagestão irá fazer um resgate da comu-nicação com os institutos e que suaintenção é ouvir os médicos do corpoclínico dessas unidades para construiro melhor caminho para todos.

- O que nós vemos nas três esferasde governo é uma falta de profissionaise uma desvalorização do médico sob oponto de vista da remuneração e da as-

SAÚDE PÚBLICA • Médicos expõem dúvidas sobre equiparação salarial, ponto biométrico e carga horária

Diretor da Fundação Saúde fala sobresua implantação nos institutos estaduais

sistência. Esperamos que essa situaçãocaótica nas unidades, que perdura pormais de 10 anos, possa ser revertida -salientou Erika Reis, vice-presidente emembro da Comissão de Saúde Públicado CREMERJ.

Participaram da reunião MárciaRosa de Araujo, presidente do CRE-MERJ, e os conselheiros Aloísio Ti-biriçá, Marília de Abreu, Luís Fer-nando Moraes, Sergio Albieri e Car-lindo Machado.

O CREMERJ agendou uma reuniãocom o secretário estadual de Saúde,Sérgio Côrtes, para tratar da situaçãodas unidades estaduais.

“O que nós vemosnas três esferas de

governo é uma falta deprofissionais e uma

desvalorização do médicosob o ponto de vista

da remuneração eda assistência.”

Erika Reis,vice-presidente do CREMERJ

Christian Ferreira frisou que os médicos concursados começam a chegar a partir de abril no Iede e no Hemorio

Secretaria quer reduzir número de médicos no Getúlio VargasA Secretaria Estadual de Saúde, com o apoio da

direção do Hospital Getúlio Vargas, quer reduzir onúmero de médicos plantonistas do turno da noitena unidade. O CREMERJ esteve, no dia 14 de março,no hospital, onde conversou com membros do cor-po clínico que discordaram da sugestão.

Atualmente, o plantão funciona com 10 clíni-cos gerais pela manhã e outros 10 à noite. Apósuma avaliação no número de atendimentos reali-zados em ambos os turnos, a Secretaria Estadualde Saúde entendeu que quatro clínicos gerais se-riam suficientes para atender a quantidade de pa-cientes na parte da noite.

Esse cálculo faz parte de um projeto de re-dimensionamento da rede, que busca adequar

o quantitativo de médicos à real necessidade decada hospital, segundo a Secretaria de Saúde. NoGetúlio Vargas, os membros do corpo clínico nãosão favoráveis à redução por entenderem que ototal atual precisa ser mantido.

Os conselheiros Carlindo Machado e Gilberto dosPassos, que visitaram a unidade, também falaramsobre a questão da superlotação das alas masculi-nas e femininas, conhecidas como Salas Verdes. Essaemergência tem capacidade para internar 20 paci-entes, mas costuma ter cerca de 40. Sobre esse caso,a Secretaria justifica que o Getúlio Vargas possui lei-tos de retaguarda em dois hospitais – o São Francis-co de Assis, na Usina, e o Eduardo Rabello, em Cam-po Grande – que, no entanto, não são suficientes.

Após uma avaliação no

número de atendimentos

realizados em ambos os

turnos, a Secretaria

Estadual de Saúde está

reduzindo o número de

clínicos gerais. Corpo

clínico da unidade discorda

Page 16: JORNAL DO - Cremerj

JORNAL DO CREMERJ Abril de 201316

SALÃO 1 - TEMAS CLÍNICOSSALÃO 1 - TEMAS CLÍNICOSSALÃO 1 - TEMAS CLÍNICOSSALÃO 1 - TEMAS CLÍNICOSSALÃO 1 - TEMAS CLÍNICOS

8H ÀS 9H – MÓDULO I8H ÀS 9H – MÓDULO I8H ÀS 9H – MÓDULO I8H ÀS 9H – MÓDULO I8H ÀS 9H – MÓDULO IACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICOACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICOACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICOACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICOACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICOCoordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador: Jupiracy Gomes Damasceno - INTOCarlos Henrique Melo Reis – H. de Nova IguaçuFelipe da Rocha Schmidt – H. Pedro Ernesto e H. de BonsucessoSoraya Pulier da Silva – H. Getúlio Vargas

9H ÀS 10H - MÓDULO II9H ÀS 10H - MÓDULO II9H ÀS 10H - MÓDULO II9H ÀS 10H - MÓDULO II9H ÀS 10H - MÓDULO IIDIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DO COMADIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DO COMADIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DO COMADIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DO COMADIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DO COMACoordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador: Jano Alves de Souza – H. Antônio PedroHenryk Maultasch – H. Clementino Fraga FilhoRafaela Vasconcelos Barbosa da Silva – H. de BonsucessoMárcio Duarte Viçoso Barcellos – H. Evandro Freire

10H ÀS 11H – MÓDULO III10H ÀS 11H – MÓDULO III10H ÀS 11H – MÓDULO III10H ÀS 11H – MÓDULO III10H ÀS 11H – MÓDULO IIIREANIMAÇÃO CARDIOPULMONARREANIMAÇÃO CARDIOPULMONARREANIMAÇÃO CARDIOPULMONARREANIMAÇÃO CARDIOPULMONARREANIMAÇÃO CARDIOPULMONARCoordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador: Vinicio Elia Soares – H. Miguel CoutoHelder Konrad de Melo – H. Miguel Couto e H. da MulherHeloneida StudartRafael Campos do Amaral e Vasconcellos – CBMERJ

11H ÀS 11H15 - INTERVALO PARA CAFÉ11H ÀS 11H15 - INTERVALO PARA CAFÉ11H ÀS 11H15 - INTERVALO PARA CAFÉ11H ÀS 11H15 - INTERVALO PARA CAFÉ11H ÀS 11H15 - INTERVALO PARA CAFÉ

11h15 às 12h4511h15 às 12h4511h15 às 12h4511h15 às 12h4511h15 às 12h45ABERTURA OFICIALABERTURA OFICIALABERTURA OFICIALABERTURA OFICIALABERTURA OFICIALHOMENAGENS DOS HOSPITAIS DE EMERGÊNCIAHOMENAGENS DOS HOSPITAIS DE EMERGÊNCIAHOMENAGENS DOS HOSPITAIS DE EMERGÊNCIAHOMENAGENS DOS HOSPITAIS DE EMERGÊNCIAHOMENAGENS DOS HOSPITAIS DE EMERGÊNCIA

12H45 ÀS 13H30 - INTERVALO PARA ALMOÇO12H45 ÀS 13H30 - INTERVALO PARA ALMOÇO12H45 ÀS 13H30 - INTERVALO PARA ALMOÇO12H45 ÀS 13H30 - INTERVALO PARA ALMOÇO12H45 ÀS 13H30 - INTERVALO PARA ALMOÇO

13H30 ÀS 14H30 – MÓDULO IV13H30 ÀS 14H30 – MÓDULO IV13H30 ÀS 14H30 – MÓDULO IV13H30 ÀS 14H30 – MÓDULO IV13H30 ÀS 14H30 – MÓDULO IVSEPSESEPSESEPSESEPSESEPSECoordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador: Clávio Luis Ribeiro Filho – H. Getúlio VargasFabio Picciani Cardoso – H. Aristarcho PessoaMarcelo Muniz Lamberti – H. Miguel CoutoTeresa Cristina Vivas Navarro – H. do Andaraí

14H30 ÀS 15H30 – MÓDULO V14H30 ÀS 15H30 – MÓDULO V14H30 ÀS 15H30 – MÓDULO V14H30 ÀS 15H30 – MÓDULO V14H30 ÀS 15H30 – MÓDULO VARRITMIAARRITMIAARRITMIAARRITMIAARRITMIACoordenadora:Coordenadora:Coordenadora:Coordenadora:Coordenadora: Martha Demetrio Rustum – Santa Casade Misericórdia do RJClaudio Munhoz da Fontoura Tavares – IECACLeila Maria Catucá Ribeiro Pastore – H. Naval MarcílioDias / H. Miguel CoutoNilson Araújo de Oliveira Junior – Laboratório Eletrofisio-logia da Rede D’Or

15H30 ÀS 15H45 - INTERVALO PARA CAFÉ15H30 ÀS 15H45 - INTERVALO PARA CAFÉ15H30 ÀS 15H45 - INTERVALO PARA CAFÉ15H30 ÀS 15H45 - INTERVALO PARA CAFÉ15H30 ÀS 15H45 - INTERVALO PARA CAFÉ

15H45 ÀS 16H45 – MÓDULO VI15H45 ÀS 16H45 – MÓDULO VI15H45 ÀS 16H45 – MÓDULO VI15H45 ÀS 16H45 – MÓDULO VI15H45 ÀS 16H45 – MÓDULO VIINSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIAINSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIAINSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIAINSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIAINSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIACoordenadora:Coordenadora:Coordenadora:Coordenadora:Coordenadora: Maria Teresa Brasil de Souza – H. do AndaraíRaphael Zenatti Monteiro da Silva – H. do AndaraíJuan Carlos Rosso Verdeal – INCA

16H45 ÀS 17H45 – MÓDULO VII16H45 ÀS 17H45 – MÓDULO VII16H45 ÀS 17H45 – MÓDULO VII16H45 ÀS 17H45 – MÓDULO VII16H45 ÀS 17H45 – MÓDULO VIIINFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIOINFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIOINFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIOINFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIOINFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIOCoordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador: Antônio Ribeiro Pontes Neto – IECACMarco Antônio Costa de Araújo – H. Souza AguiarMárcio José Montenegro da Costa – IECACWilson Braz Correa Filho – H. Aristarcho Pessoa

7h às 8h – INSCRIÇÕES7h às 8h – INSCRIÇÕES7h às 8h – INSCRIÇÕES7h às 8h – INSCRIÇÕES7h às 8h – INSCRIÇÕES

EMERGÊNCIAS CLÍNICAS E CIRÚRGICASEMERGÊNCIAS CLÍNICAS E CIRÚRGICASEMERGÊNCIAS CLÍNICAS E CIRÚRGICASEMERGÊNCIAS CLÍNICAS E CIRÚRGICASEMERGÊNCIAS CLÍNICAS E CIRÚRGICASCoordenadores: Coordenadores: Coordenadores: Coordenadores: Coordenadores: Cons. Aloísio Tibiriçá Miranda e Consª Erika Monteiro Reis

SALÃO 2 - TEMAS CIRÚRGICOSSALÃO 2 - TEMAS CIRÚRGICOSSALÃO 2 - TEMAS CIRÚRGICOSSALÃO 2 - TEMAS CIRÚRGICOSSALÃO 2 - TEMAS CIRÚRGICOS

8H ÀS 9H – MÓDULO I8H ÀS 9H – MÓDULO I8H ÀS 9H – MÓDULO I8H ÀS 9H – MÓDULO I8H ÀS 9H – MÓDULO IATENDIMENTO NO PRÉ-HOSPITALAR/ATENDIMENTO NO PRÉ-HOSPITALAR/ATENDIMENTO NO PRÉ-HOSPITALAR/ATENDIMENTO NO PRÉ-HOSPITALAR/ATENDIMENTO NO PRÉ-HOSPITALAR/HOSPITALAR À MÚLTIPLAS VÍTIMASHOSPITALAR À MÚLTIPLAS VÍTIMASHOSPITALAR À MÚLTIPLAS VÍTIMASHOSPITALAR À MÚLTIPLAS VÍTIMASHOSPITALAR À MÚLTIPLAS VÍTIMASCoordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador: Fernando Suarez Alvarez – CBMERJAtendimento no Pré-hospitalar - Rosemary ProvenzanoThami - CBMERJAtendimento no Intra-hospitalar – Cleopatra de OliveiraGringauz – H. Souza AguiarClaudia Vieira de Rezende – H. Albert Schweitzer / UPACampo GrandeDebatedores:Debatedores:Debatedores:Debatedores:Debatedores:Antônio Araújo da Costa – SISREGRodrigo Pires Ferreira – SAMU

9H ÀS 11H – MÓDULO II9H ÀS 11H – MÓDULO II9H ÀS 11H – MÓDULO II9H ÀS 11H – MÓDULO II9H ÀS 11H – MÓDULO IIPOLITRAUMATIZADOS - SESSÃOPOLITRAUMATIZADOS - SESSÃOPOLITRAUMATIZADOS - SESSÃOPOLITRAUMATIZADOS - SESSÃOPOLITRAUMATIZADOS - SESSÃOPROFESSOR EVANDRO FREIREPROFESSOR EVANDRO FREIREPROFESSOR EVANDRO FREIREPROFESSOR EVANDRO FREIREPROFESSOR EVANDRO FREIRE

11H ÀS 11H15 - INTERVALO PARA CAFÉ11H ÀS 11H15 - INTERVALO PARA CAFÉ11H ÀS 11H15 - INTERVALO PARA CAFÉ11H ÀS 11H15 - INTERVALO PARA CAFÉ11H ÀS 11H15 - INTERVALO PARA CAFÉ

11H15 ÀS 12H4511H15 ÀS 12H4511H15 ÀS 12H4511H15 ÀS 12H4511H15 ÀS 12H45ABERTURA OFICIALABERTURA OFICIALABERTURA OFICIALABERTURA OFICIALABERTURA OFICIALHOMENAGENS DOS HOSPITAIS DE EMERGÊNCIAHOMENAGENS DOS HOSPITAIS DE EMERGÊNCIAHOMENAGENS DOS HOSPITAIS DE EMERGÊNCIAHOMENAGENS DOS HOSPITAIS DE EMERGÊNCIAHOMENAGENS DOS HOSPITAIS DE EMERGÊNCIA

12H45 ÀS 13H30 - INTERVALO PARA ALMOÇO12H45 ÀS 13H30 - INTERVALO PARA ALMOÇO12H45 ÀS 13H30 - INTERVALO PARA ALMOÇO12H45 ÀS 13H30 - INTERVALO PARA ALMOÇO12H45 ÀS 13H30 - INTERVALO PARA ALMOÇO

13H30 ÀS 14H30 – MÓDULO IV13H30 ÀS 14H30 – MÓDULO IV13H30 ÀS 14H30 – MÓDULO IV13H30 ÀS 14H30 – MÓDULO IV13H30 ÀS 14H30 – MÓDULO IVDIAGNÓSTICO E CONDUTA INICIAL NO TCE,DIAGNÓSTICO E CONDUTA INICIAL NO TCE,DIAGNÓSTICO E CONDUTA INICIAL NO TCE,DIAGNÓSTICO E CONDUTA INICIAL NO TCE,DIAGNÓSTICO E CONDUTA INICIAL NO TCE,TRM E TRAUMA DE FACETRM E TRAUMA DE FACETRM E TRAUMA DE FACETRM E TRAUMA DE FACETRM E TRAUMA DE FACECoordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador: Ivan Martinelli Junior – H. Souza AguiarGianne Leite Lucchesi – H. Miguel CoutoEduardo Carlos Barreto – H. da UNIMEDRicardo José Lopes da Cruz – INTO

14H30 ÀS 15H30 – MÓDULO V14H30 ÀS 15H30 – MÓDULO V14H30 ÀS 15H30 – MÓDULO V14H30 ÀS 15H30 – MÓDULO V14H30 ÀS 15H30 – MÓDULO VDIAGNÓSTICO E CONDUTA NO ABDOME AGUDODIAGNÓSTICO E CONDUTA NO ABDOME AGUDODIAGNÓSTICO E CONDUTA NO ABDOME AGUDODIAGNÓSTICO E CONDUTA NO ABDOME AGUDODIAGNÓSTICO E CONDUTA NO ABDOME AGUDOCoordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador: Ary Nascimento Bassous – H. Antônio PedroClaudio de Saboya David – H. do AndaraíGuilherme Lemos Cotta Pereira – H. Salgado FilhoMarcelo Bravo Carneiro – H. Cardoso Fontes / H. Clemen-tino Fraga Filho

15H30 ÀS 15H45: INTERVALO PARA CAFÉ15H30 ÀS 15H45: INTERVALO PARA CAFÉ15H30 ÀS 15H45: INTERVALO PARA CAFÉ15H30 ÀS 15H45: INTERVALO PARA CAFÉ15H30 ÀS 15H45: INTERVALO PARA CAFÉ

15H45 ÀS 16H45 – MÓDULO VI15H45 ÀS 16H45 – MÓDULO VI15H45 ÀS 16H45 – MÓDULO VI15H45 ÀS 16H45 – MÓDULO VI15H45 ÀS 16H45 – MÓDULO VIABORDAGEM INICIAL NOS TRAUMAS DE TÓRAX,ABORDAGEM INICIAL NOS TRAUMAS DE TÓRAX,ABORDAGEM INICIAL NOS TRAUMAS DE TÓRAX,ABORDAGEM INICIAL NOS TRAUMAS DE TÓRAX,ABORDAGEM INICIAL NOS TRAUMAS DE TÓRAX,MÚSCULO ESQUELÉTICOS E VASCULARESMÚSCULO ESQUELÉTICOS E VASCULARESMÚSCULO ESQUELÉTICOS E VASCULARESMÚSCULO ESQUELÉTICOS E VASCULARESMÚSCULO ESQUELÉTICOS E VASCULARESCoordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador: Savino Gasparini Neto – H. Miguel CoutoWashington Sérgio Gonçalves Milezi – H. Souza Aguiar /H. Miguel CoutoVincenzo Giordano Neto – H. Miguel CoutoRossi Murilo da Silva – H. da Lagoa

16H45 ÀS 17H45 – MÓDULO VII16H45 ÀS 17H45 – MÓDULO VII16H45 ÀS 17H45 – MÓDULO VII16H45 ÀS 17H45 – MÓDULO VII16H45 ÀS 17H45 – MÓDULO VIIBALEADOS, AFOGADOS E QUEIMADOSBALEADOS, AFOGADOS E QUEIMADOSBALEADOS, AFOGADOS E QUEIMADOSBALEADOS, AFOGADOS E QUEIMADOSBALEADOS, AFOGADOS E QUEIMADOSCoordenadora:Coordenadora:Coordenadora:Coordenadora:Coordenadora: Adriana Zanini de Almeida – H. Rocha FariaArmando Porto Carreiro de Souza – H. da Polícia MilitarDavid Szpilman – H. Miguel CoutoMaria Cristina do Valle Freitas Serra – H. do Andaraí

SALÃO 3 - SALÃO 3 - SALÃO 3 - SALÃO 3 - SALÃO 3 - EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICASEMERGÊNCIAS PEDIÁTRICASEMERGÊNCIAS PEDIÁTRICASEMERGÊNCIAS PEDIÁTRICASEMERGÊNCIAS PEDIÁTRICASCoordenador: Coordenador: Coordenador: Coordenador: Coordenador: Cons. Sidnei Ferreira

8H ÀS 8H40 – MÓDULO I8H ÀS 8H40 – MÓDULO I8H ÀS 8H40 – MÓDULO I8H ÀS 8H40 – MÓDULO I8H ÀS 8H40 – MÓDULO ICONFERÊNCIACONFERÊNCIACONFERÊNCIACONFERÊNCIACONFERÊNCIAPresidente:Presidente:Presidente:Presidente:Presidente: Carlindo de Sousa Machado e Silva Filho -CREMERJO que há de novo em Reanimação Cardio-Pulmonar?O que há de novo em Reanimação Cardio-Pulmonar?O que há de novo em Reanimação Cardio-Pulmonar?O que há de novo em Reanimação Cardio-Pulmonar?O que há de novo em Reanimação Cardio-Pulmonar?Jesuíno Ramos Filho – H. Miguel Couto

9H ÀS 11H – MÓDULO II9H ÀS 11H – MÓDULO II9H ÀS 11H – MÓDULO II9H ÀS 11H – MÓDULO II9H ÀS 11H – MÓDULO IIMESA REDONDA: DOR ABDOMINALMESA REDONDA: DOR ABDOMINALMESA REDONDA: DOR ABDOMINALMESA REDONDA: DOR ABDOMINALMESA REDONDA: DOR ABDOMINAL– ABORDAGEM NA EMERGÊNCIA– ABORDAGEM NA EMERGÊNCIA– ABORDAGEM NA EMERGÊNCIA– ABORDAGEM NA EMERGÊNCIA– ABORDAGEM NA EMERGÊNCIACoordenadora:Coordenadora:Coordenadora:Coordenadora:Coordenadora: Maria Angélica Barcellos Svaiter – H.Rocha Faria / H. Pedro IISecretária: Secretária: Secretária: Secretária: Secretária: Juliana Pina Metzner – PAM Rodolpho Rocco• Gastro - Ana Paula Tavares de Souza – Instituto de Puericultu-ra e Pediatria Martagão Gesteira• Cirurgia Pediátrica - Danielle Nunes Forny – H. ClementinoFraga Filho• Imagem - Claudia Renata S. Paio Rezende Penna – H. JesusColóquio

11H ÀS 11H15 - INTERVALO PARA CAFÉ11H ÀS 11H15 - INTERVALO PARA CAFÉ11H ÀS 11H15 - INTERVALO PARA CAFÉ11H ÀS 11H15 - INTERVALO PARA CAFÉ11H ÀS 11H15 - INTERVALO PARA CAFÉ

11H15 ÀS 12H4511H15 ÀS 12H4511H15 ÀS 12H4511H15 ÀS 12H4511H15 ÀS 12H45ABERTURA OFICIALABERTURA OFICIALABERTURA OFICIALABERTURA OFICIALABERTURA OFICIAL

12H45 ÀS 13H30 - INTERVALO PARA ALMOÇO12H45 ÀS 13H30 - INTERVALO PARA ALMOÇO12H45 ÀS 13H30 - INTERVALO PARA ALMOÇO12H45 ÀS 13H30 - INTERVALO PARA ALMOÇO12H45 ÀS 13H30 - INTERVALO PARA ALMOÇO

13H30 ÀS 14H10 - MÓDULO III13H30 ÀS 14H10 - MÓDULO III13H30 ÀS 14H10 - MÓDULO III13H30 ÀS 14H10 - MÓDULO III13H30 ÀS 14H10 - MÓDULO IIICONFERÊNCIACONFERÊNCIACONFERÊNCIACONFERÊNCIACONFERÊNCIAPresidente:Presidente:Presidente:Presidente:Presidente: Maria Helena Coutinho Esteves – H. Salgado FilhoCetoacidose diabéticaCetoacidose diabéticaCetoacidose diabéticaCetoacidose diabéticaCetoacidose diabéticaAna Paula Neves Bordallo – H. Pedro Ernesto / H. da Lagoa

14H10 ÀS 15H30 – MÓDULO IV14H10 ÀS 15H30 – MÓDULO IV14H10 ÀS 15H30 – MÓDULO IV14H10 ÀS 15H30 – MÓDULO IV14H10 ÀS 15H30 – MÓDULO IVMESA REDONDA:MESA REDONDA:MESA REDONDA:MESA REDONDA:MESA REDONDA:Coordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador: Gil Simões Batista – H. dos Servidores doEstadoSecretário:Secretário:Secretário:Secretário:Secretário: Paula do Nascimento Maia – Centro de SaúdeNecker Pinto• Dengue - Marisa Aloe Capitani de Castro e Silva – H. Jesus• Febre em Lactente Jovem - Márcia Faria da Cunha – H.Cardoso Fontes• Crise de Asma Grave: Identificação de risco de evoluçãoquase fatal em menores de 5 anos - Ana Alice Amaral Ibia-pina Parente – H. Gaffrée e GuinleColóquio

15H30 ÀS 15H45 - INTERVALO PARA CAFÉ15H30 ÀS 15H45 - INTERVALO PARA CAFÉ15H30 ÀS 15H45 - INTERVALO PARA CAFÉ15H30 ÀS 15H45 - INTERVALO PARA CAFÉ15H30 ÀS 15H45 - INTERVALO PARA CAFÉ

15H45 ÀS 17H45 - MÓDULO V15H45 ÀS 17H45 - MÓDULO V15H45 ÀS 17H45 - MÓDULO V15H45 ÀS 17H45 - MÓDULO V15H45 ÀS 17H45 - MÓDULO VMESA REDONDA: SITUAÇÕESMESA REDONDA: SITUAÇÕESMESA REDONDA: SITUAÇÕESMESA REDONDA: SITUAÇÕESMESA REDONDA: SITUAÇÕESCOMUNS E COMPLICADASCOMUNS E COMPLICADASCOMUNS E COMPLICADASCOMUNS E COMPLICADASCOMUNS E COMPLICADASCoordenadora:Coordenadora:Coordenadora:Coordenadora:Coordenadora: Cassia Freire Vaz – H. Albert SchweitzerSecretária:Secretária:Secretária:Secretária:Secretária: Roberta Gonçalves Ribeiro de Souza• Crise Convulsiva- Flávia Nardes dos Santos – InstitutoFernandes Figueira• TCE - Claudia Beatriz Oliveira C. Medina Coeli – H. daPolícia Militar / H. Cardoso Fontes• A proteção da criança e do adolescente em eventos -Fernando Suarez Alvarez – CBMERJ• Queimadura - Bianca Maria Barros Ohana – H. Pedro II

Page 17: JORNAL DO - Cremerj

JORNAL DO CREMERJAbril de 2013 17

8H ÀS 11H – MÓDULO I8H ÀS 11H – MÓDULO I8H ÀS 11H – MÓDULO I8H ÀS 11H – MÓDULO I8H ÀS 11H – MÓDULO IEMERGÊNCIAS EM GINECOLOGIAEMERGÊNCIAS EM GINECOLOGIAEMERGÊNCIAS EM GINECOLOGIAEMERGÊNCIAS EM GINECOLOGIAEMERGÊNCIAS EM GINECOLOGIA

8H ÀS 8H45 - VIOLÊNCIA8H ÀS 8H45 - VIOLÊNCIA8H ÀS 8H45 - VIOLÊNCIA8H ÀS 8H45 - VIOLÊNCIA8H ÀS 8H45 - VIOLÊNCIACONTRA A MULHERCONTRA A MULHERCONTRA A MULHERCONTRA A MULHERCONTRA A MULHERKaren Soto Perez Panisset – Perinatal da Barra

8H45 ÀS 9H30 – DOENÇA8H45 ÀS 9H30 – DOENÇA8H45 ÀS 9H30 – DOENÇA8H45 ÀS 9H30 – DOENÇA8H45 ÀS 9H30 – DOENÇAINFLAMATÓRIA PÉLVICA AGUDAINFLAMATÓRIA PÉLVICA AGUDAINFLAMATÓRIA PÉLVICA AGUDAINFLAMATÓRIA PÉLVICA AGUDAINFLAMATÓRIA PÉLVICA AGUDAYara Lúcia Mendes Furtado de Melo – H. Gaffrée e Guinle

9H30 ÀS 10H15 – MASTITES9H30 ÀS 10H15 – MASTITES9H30 ÀS 10H15 – MASTITES9H30 ÀS 10H15 – MASTITES9H30 ÀS 10H15 – MASTITESEduardo Bruno Giordano – H. dos Servidores do Estado eH. da Polícia Militar

10H15 ÀS 11H10H15 ÀS 11H10H15 ÀS 11H10H15 ÀS 11H10H15 ÀS 11HHEMORRAGIAS GENITAISHEMORRAGIAS GENITAISHEMORRAGIAS GENITAISHEMORRAGIAS GENITAISHEMORRAGIAS GENITAISMário Vicente Giordano – H. Gaffrée e Guinle

11H ÀS 11H15 – INTERVALO PARA CAFÉ11H ÀS 11H15 – INTERVALO PARA CAFÉ11H ÀS 11H15 – INTERVALO PARA CAFÉ11H ÀS 11H15 – INTERVALO PARA CAFÉ11H ÀS 11H15 – INTERVALO PARA CAFÉ

11H15 ÀS 12H4511H15 ÀS 12H4511H15 ÀS 12H4511H15 ÀS 12H4511H15 ÀS 12H45ABERTURA OFICIAL – SALÃO 1ABERTURA OFICIAL – SALÃO 1ABERTURA OFICIAL – SALÃO 1ABERTURA OFICIAL – SALÃO 1ABERTURA OFICIAL – SALÃO 1

12H45 ÀS 13H4512H45 ÀS 13H4512H45 ÀS 13H4512H45 ÀS 13H4512H45 ÀS 13H45INTERVALO PARA ALMOÇOINTERVALO PARA ALMOÇOINTERVALO PARA ALMOÇOINTERVALO PARA ALMOÇOINTERVALO PARA ALMOÇO

13H45 ÀS 16H45 – MÓDULO II13H45 ÀS 16H45 – MÓDULO II13H45 ÀS 16H45 – MÓDULO II13H45 ÀS 16H45 – MÓDULO II13H45 ÀS 16H45 – MÓDULO IIEMERGÊNCIAS EM OBSTETRÍCIAEMERGÊNCIAS EM OBSTETRÍCIAEMERGÊNCIAS EM OBSTETRÍCIAEMERGÊNCIAS EM OBSTETRÍCIAEMERGÊNCIAS EM OBSTETRÍCIA

13H45 ÀS 14H30 – HEMORRAGIAS13H45 ÀS 14H30 – HEMORRAGIAS13H45 ÀS 14H30 – HEMORRAGIAS13H45 ÀS 14H30 – HEMORRAGIAS13H45 ÀS 14H30 – HEMORRAGIASDO PRIMEIRO TRIMESTREDO PRIMEIRO TRIMESTREDO PRIMEIRO TRIMESTREDO PRIMEIRO TRIMESTREDO PRIMEIRO TRIMESTRECarlos Eduardo Novaes – Santa Casa de Misericórdia do RJ

14H30 ÀS 15H15 – GRAVIDEZ ECTÓPICA14H30 ÀS 15H15 – GRAVIDEZ ECTÓPICA14H30 ÀS 15H15 – GRAVIDEZ ECTÓPICA14H30 ÀS 15H15 – GRAVIDEZ ECTÓPICA14H30 ÀS 15H15 – GRAVIDEZ ECTÓPICAGlaucio de Moraes Paula – H. de Bonsucesso

15H15 ÀS 16H – TRABALHO15H15 ÀS 16H – TRABALHO15H15 ÀS 16H – TRABALHO15H15 ÀS 16H – TRABALHO15H15 ÀS 16H – TRABALHODE PARTO PREMATURO EDE PARTO PREMATURO EDE PARTO PREMATURO EDE PARTO PREMATURO EDE PARTO PREMATURO EAMNIORREXE PREMATURAAMNIORREXE PREMATURAAMNIORREXE PREMATURAAMNIORREXE PREMATURAAMNIORREXE PREMATURALuís Guilherme Pessoa da Silva – H. da Mulher Marisca Ribeiro

16H ÀS 16H4516H ÀS 16H4516H ÀS 16H4516H ÀS 16H4516H ÀS 16H45SÍNDROMES HIPERTENSIVASSÍNDROMES HIPERTENSIVASSÍNDROMES HIPERTENSIVASSÍNDROMES HIPERTENSIVASSÍNDROMES HIPERTENSIVASAntônio Rodrigues Braga Neto – H. Antônio Pedro

SALA 5SALA 5SALA 5SALA 5SALA 5ATIVIDADES PRÁTICAS – OFICINA DE SUPORTEATIVIDADES PRÁTICAS – OFICINA DE SUPORTEATIVIDADES PRÁTICAS – OFICINA DE SUPORTEATIVIDADES PRÁTICAS – OFICINA DE SUPORTEATIVIDADES PRÁTICAS – OFICINA DE SUPORTEBÁSICO DE VIDA EM CARDIOLOGIABÁSICO DE VIDA EM CARDIOLOGIABÁSICO DE VIDA EM CARDIOLOGIABÁSICO DE VIDA EM CARDIOLOGIABÁSICO DE VIDA EM CARDIOLOGIA8h às 8h45/9h às 9h45/10h às 10h45/11h às 11h45/14h às 14h45/15h às 15h45/16h às 16h45/17h às 17h45

SALA 6SALA 6SALA 6SALA 6SALA 6ATIVIDADES PRÁTICAS – OFICINA DE SUPORTEATIVIDADES PRÁTICAS – OFICINA DE SUPORTEATIVIDADES PRÁTICAS – OFICINA DE SUPORTEATIVIDADES PRÁTICAS – OFICINA DE SUPORTEATIVIDADES PRÁTICAS – OFICINA DE SUPORTEAVANÇADO DE VIDA EM CARDIOLOGIAAVANÇADO DE VIDA EM CARDIOLOGIAAVANÇADO DE VIDA EM CARDIOLOGIAAVANÇADO DE VIDA EM CARDIOLOGIAAVANÇADO DE VIDA EM CARDIOLOGIA8h às 8h45/9h às 9h45/10h às 10h45/11h às 11h45/14h às 14h45/15h às 15h45/16h às 16h45/17h às 17h45

SALÃO 4 - SALÃO 4 - SALÃO 4 - SALÃO 4 - SALÃO 4 - EMERGÊNCIASEMERGÊNCIASEMERGÊNCIASEMERGÊNCIASEMERGÊNCIASGINECOLÓGICAS E OBSTÉTRICASGINECOLÓGICAS E OBSTÉTRICASGINECOLÓGICAS E OBSTÉTRICASGINECOLÓGICAS E OBSTÉTRICASGINECOLÓGICAS E OBSTÉTRICASCoordenadora:Coordenadora:Coordenadora:Coordenadora:Coordenadora: Consª Vera Fonseca

SALA 7SALA 7SALA 7SALA 7SALA 7ATIVIDADES PRÁTICAS – OFICINA DEATIVIDADES PRÁTICAS – OFICINA DEATIVIDADES PRÁTICAS – OFICINA DEATIVIDADES PRÁTICAS – OFICINA DEATIVIDADES PRÁTICAS – OFICINA DEIMOBILIZAÇÃO DO PACIENTE POLITRAUMATIZADOIMOBILIZAÇÃO DO PACIENTE POLITRAUMATIZADOIMOBILIZAÇÃO DO PACIENTE POLITRAUMATIZADOIMOBILIZAÇÃO DO PACIENTE POLITRAUMATIZADOIMOBILIZAÇÃO DO PACIENTE POLITRAUMATIZADO8h às 8h45/9h às 9h45/10h às 10h45/11h às 11h45/14h às 14h45/15h às 15h45/16h às 16h45/17h às 17h45

SALA 8SALA 8SALA 8SALA 8SALA 8CURSO BÁSICO DE SUTURA DAS LIGASCURSO BÁSICO DE SUTURA DAS LIGASCURSO BÁSICO DE SUTURA DAS LIGASCURSO BÁSICO DE SUTURA DAS LIGASCURSO BÁSICO DE SUTURA DAS LIGASDO TRAUMA NO RJDO TRAUMA NO RJDO TRAUMA NO RJDO TRAUMA NO RJDO TRAUMA NO RJ8h às 10h/10h às 12h/12h às 14h/14h às 16h/16h às 18h

SALA 9SALA 9SALA 9SALA 9SALA 9IMAGEM NA EMERGÊNCIA (100 alunos por aula)IMAGEM NA EMERGÊNCIA (100 alunos por aula)IMAGEM NA EMERGÊNCIA (100 alunos por aula)IMAGEM NA EMERGÊNCIA (100 alunos por aula)IMAGEM NA EMERGÊNCIA (100 alunos por aula)Coordenadores:Coordenadores:Coordenadores:Coordenadores:Coordenadores: Alexandre Velasco dos Santos – H. daPolícia Militar/ H. Cardoso FontesPaulo Roberto Valle Bahia – H. Clementino Fraga Filho/Centro de Diagnóstico por Imagem

8H ÀS 9H - AVALIAÇÃO POR IMAGEM8H ÀS 9H - AVALIAÇÃO POR IMAGEM8H ÀS 9H - AVALIAÇÃO POR IMAGEM8H ÀS 9H - AVALIAÇÃO POR IMAGEM8H ÀS 9H - AVALIAÇÃO POR IMAGEMNO PACIENTE CRÍTICONO PACIENTE CRÍTICONO PACIENTE CRÍTICONO PACIENTE CRÍTICONO PACIENTE CRÍTICOAlexandre Velasco dos Santos – H. da Polícia Militar/ H.Cardoso Fontes

9H ÀS 10H – URGÊNCIAS CARDIOVASCULARES9H ÀS 10H – URGÊNCIAS CARDIOVASCULARES9H ÀS 10H – URGÊNCIAS CARDIOVASCULARES9H ÀS 10H – URGÊNCIAS CARDIOVASCULARES9H ÀS 10H – URGÊNCIAS CARDIOVASCULARESAna Luiza Castello – CEDI-SES / FIOCRUZ / H. de Cardio-logia de Laranjeiras

10H ÀS 11H - URGÊNCIAS NEUROLÓGICAS I10H ÀS 11H - URGÊNCIAS NEUROLÓGICAS I10H ÀS 11H - URGÊNCIAS NEUROLÓGICAS I10H ÀS 11H - URGÊNCIAS NEUROLÓGICAS I10H ÀS 11H - URGÊNCIAS NEUROLÓGICAS I- TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO- TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO- TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO- TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO- TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICOPaulo Roberto Valle Bahia - H. Clementino Fraga Filho /Centro de Diagnóstico por Imagem

11H ÀS 12H - URGÊNCIAS NEUROLÓGICAS II11H ÀS 12H - URGÊNCIAS NEUROLÓGICAS II11H ÀS 12H - URGÊNCIAS NEUROLÓGICAS II11H ÀS 12H - URGÊNCIAS NEUROLÓGICAS II11H ÀS 12H - URGÊNCIAS NEUROLÓGICAS II- LESÕES CRANIANAS NÃO TRAUMÁTICAS- LESÕES CRANIANAS NÃO TRAUMÁTICAS- LESÕES CRANIANAS NÃO TRAUMÁTICAS- LESÕES CRANIANAS NÃO TRAUMÁTICAS- LESÕES CRANIANAS NÃO TRAUMÁTICASPaulo Roberto Valle Bahia - H. Clementino Fraga Filho /Centro de Diagnóstico por Imagem

14H ÀS 15H - URGÊNCIAS NEUROLÓGICAS III14H ÀS 15H - URGÊNCIAS NEUROLÓGICAS III14H ÀS 15H - URGÊNCIAS NEUROLÓGICAS III14H ÀS 15H - URGÊNCIAS NEUROLÓGICAS III14H ÀS 15H - URGÊNCIAS NEUROLÓGICAS III- LESÕES DA COLUNA VERTEBRAL- LESÕES DA COLUNA VERTEBRAL- LESÕES DA COLUNA VERTEBRAL- LESÕES DA COLUNA VERTEBRAL- LESÕES DA COLUNA VERTEBRALMárcio Vieira Peixoto Almeida / Centro de Diagnóstico porImagem

15H ÀS 16H15H ÀS 16H15H ÀS 16H15H ÀS 16H15H ÀS 16HURGÊNCIAS TORÁCICASURGÊNCIAS TORÁCICASURGÊNCIAS TORÁCICASURGÊNCIAS TORÁCICASURGÊNCIAS TORÁCICASSilvana Guimarães Trigo - H. Albert Schweitzer / H. Adão Perei-ra Nunes - Saracuruna / Centro de Diagnóstico por Imagem

16H ÀS 17H - URGÊNCIA ABDOMINAL16H ÀS 17H - URGÊNCIA ABDOMINAL16H ÀS 17H - URGÊNCIA ABDOMINAL16H ÀS 17H - URGÊNCIA ABDOMINAL16H ÀS 17H - URGÊNCIA ABDOMINALTRAUMÁTICATRAUMÁTICATRAUMÁTICATRAUMÁTICATRAUMÁTICAAlexsandro Antonio Depianti – INCA/ H. Rocha Faria/Cen-tro de Diagnóstico por Imagem

17H ÀS 18H - URGÊNCIA ABDOMINAL NÃO17H ÀS 18H - URGÊNCIA ABDOMINAL NÃO17H ÀS 18H - URGÊNCIA ABDOMINAL NÃO17H ÀS 18H - URGÊNCIA ABDOMINAL NÃO17H ÀS 18H - URGÊNCIA ABDOMINAL NÃOTRAUMÁTICATRAUMÁTICATRAUMÁTICATRAUMÁTICATRAUMÁTICAAlexsandro Antonio Depianti - INCA/ H. Rocha Faria/Cen-tro de Diagnóstico por Imagem

AVALIAÇÃO E CONDUTAINICIAL EM EMERGÊNCIA

SALA 10SALA 10SALA 10SALA 10SALA 10COMO EU TRATO (100 LUGARES)COMO EU TRATO (100 LUGARES)COMO EU TRATO (100 LUGARES)COMO EU TRATO (100 LUGARES)COMO EU TRATO (100 LUGARES)8H ÀS 9H - MÓDULO I - DENGUE8H ÀS 9H - MÓDULO I - DENGUE8H ÀS 9H - MÓDULO I - DENGUE8H ÀS 9H - MÓDULO I - DENGUE8H ÀS 9H - MÓDULO I - DENGUECoordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador: Claudia Regina Chefer Maranhão – H. Mi-guel CoutoSônia Maris Oliveira Zagne – Secretaria de Saúde de NiteróiRogério Casemiro da Silva – Secretaria Estadual de SaúdeAlexandre Otavio Chieppe – Secretaria Estadual de Saúde

9H ÀS 10H – MÓDULO II9H ÀS 10H – MÓDULO II9H ÀS 10H – MÓDULO II9H ÀS 10H – MÓDULO II9H ÀS 10H – MÓDULO IITROMBOEMBOLISMO PULMONARTROMBOEMBOLISMO PULMONARTROMBOEMBOLISMO PULMONARTROMBOEMBOLISMO PULMONARTROMBOEMBOLISMO PULMONARCoordenadora:Coordenadora:Coordenadora:Coordenadora:Coordenadora: Lorenza Baptista Diogo – H. Souza AguiarRenan Xavier Figueiredo Ramalho de Oliveira – H. de NovaIguaçuDomenico Capone – H. Clementino Fraga Filho / H. PedroErnestoHugo Tristão – H. Miguel Couto

10H ÀS 11H - MÓDULO III10H ÀS 11H - MÓDULO III10H ÀS 11H - MÓDULO III10H ÀS 11H - MÓDULO III10H ÀS 11H - MÓDULO IIIHemorragia Digestiva AltaHemorragia Digestiva AltaHemorragia Digestiva AltaHemorragia Digestiva AltaHemorragia Digestiva AltaCoordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador: Luiz Carlos Liborio da Costa – H. Salga-do FilhoJoão Alberto Assed Estefan Nametala – H. Clementino Fra-ga FilhoRoberta Cabral Marchiori – H. Carlos ChagasCândice Rosito Mercio e Vasconcelos – PAM Rodolpho Rocco

11H ÀS 11H15 - INTERVALO PARA CAFÉ11H ÀS 11H15 - INTERVALO PARA CAFÉ11H ÀS 11H15 - INTERVALO PARA CAFÉ11H ÀS 11H15 - INTERVALO PARA CAFÉ11H ÀS 11H15 - INTERVALO PARA CAFÉ

11H15 ÀS 12H4511H15 ÀS 12H4511H15 ÀS 12H4511H15 ÀS 12H4511H15 ÀS 12H45ABERTURA OFICIALABERTURA OFICIALABERTURA OFICIALABERTURA OFICIALABERTURA OFICIALMESA DE ABERTURAMESA DE ABERTURAMESA DE ABERTURAMESA DE ABERTURAMESA DE ABERTURAHOMENAGENS DOS HOSPITAIS DE EMERGÊNCIAHOMENAGENS DOS HOSPITAIS DE EMERGÊNCIAHOMENAGENS DOS HOSPITAIS DE EMERGÊNCIAHOMENAGENS DOS HOSPITAIS DE EMERGÊNCIAHOMENAGENS DOS HOSPITAIS DE EMERGÊNCIA

12H45 ÀS 13H30 - INTERVALO PARA ALMOÇO12H45 ÀS 13H30 - INTERVALO PARA ALMOÇO12H45 ÀS 13H30 - INTERVALO PARA ALMOÇO12H45 ÀS 13H30 - INTERVALO PARA ALMOÇO12H45 ÀS 13H30 - INTERVALO PARA ALMOÇO

13H30 ÀS14H30 – MÓDULO IV13H30 ÀS14H30 – MÓDULO IV13H30 ÀS14H30 – MÓDULO IV13H30 ÀS14H30 – MÓDULO IV13H30 ÀS14H30 – MÓDULO IVCETOACIDOSE DIABÉTICACETOACIDOSE DIABÉTICACETOACIDOSE DIABÉTICACETOACIDOSE DIABÉTICACETOACIDOSE DIABÉTICACoordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador: Aloysio Bitencourt Soares – H. Miguel CoutoKatia Vencato Piazi – H. Salgado FilhoMaria Luisa Azevedo Toscano Cunha – H. Miguel CoutoIvan dos Santos Ferraz – IEDE

14H30 ÀS 15H30 - MÓDULO V14H30 ÀS 15H30 - MÓDULO V14H30 ÀS 15H30 - MÓDULO V14H30 ÀS 15H30 - MÓDULO V14H30 ÀS 15H30 - MÓDULO VINSUFICIÊNCIA RENAL NA EMERGÊNCIAINSUFICIÊNCIA RENAL NA EMERGÊNCIAINSUFICIÊNCIA RENAL NA EMERGÊNCIAINSUFICIÊNCIA RENAL NA EMERGÊNCIAINSUFICIÊNCIA RENAL NA EMERGÊNCIACoordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador: Renato Torres Gonçalves – H. Clementino Fraga FilhoOlavo Santos Cabral – SAMU-RJOlavo Mattos Cabral – H. Santa Cruz

15H30 ÀS 15H45 - INTERVALO PARA CAFÉ15H30 ÀS 15H45 - INTERVALO PARA CAFÉ15H30 ÀS 15H45 - INTERVALO PARA CAFÉ15H30 ÀS 15H45 - INTERVALO PARA CAFÉ15H30 ÀS 15H45 - INTERVALO PARA CAFÉ

15H45 ÀS 16H45 - MÓDULO VI15H45 ÀS 16H45 - MÓDULO VI15H45 ÀS 16H45 - MÓDULO VI15H45 ÀS 16H45 - MÓDULO VI15H45 ÀS 16H45 - MÓDULO VIINTOXICAÇÃO EXÓGENA E USO DE DROGASINTOXICAÇÃO EXÓGENA E USO DE DROGASINTOXICAÇÃO EXÓGENA E USO DE DROGASINTOXICAÇÃO EXÓGENA E USO DE DROGASINTOXICAÇÃO EXÓGENA E USO DE DROGASCoordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador:Coordenador: Pedro Iencarelli – Centro Psiquiátrico Riode Janeiro / SESMax Pinheiro de Farias Junior – CER CentroSergio Alarcon – H. Pedro IIHenrique dos Santos Pazzini – CAPS de Macaé

16H45 ÀS 17H45 - MÓDULO VII16H45 ÀS 17H45 - MÓDULO VII16H45 ÀS 17H45 - MÓDULO VII16H45 ÀS 17H45 - MÓDULO VII16H45 ÀS 17H45 - MÓDULO VIICRISE HIPERTENSIVACRISE HIPERTENSIVACRISE HIPERTENSIVACRISE HIPERTENSIVACRISE HIPERTENSIVACoordenadora:Coordenadora:Coordenadora:Coordenadora:Coordenadora: Lilian Soares da Costa – IECACRafael Neder dos Santos – H. de Ipanema / H. Miguel CoutoLuiz Felix Cotias de Mattos – H. CEMERUThaís Lips de Oliveira Duarte – IECAC

SALA 11SALA 11SALA 11SALA 11SALA 11ELETROCARDIOGRAMAELETROCARDIOGRAMAELETROCARDIOGRAMAELETROCARDIOGRAMAELETROCARDIOGRAMANA EMERGÊNCIANA EMERGÊNCIANA EMERGÊNCIANA EMERGÊNCIANA EMERGÊNCIACoordenadores:Coordenadores:Coordenadores:Coordenadores:Coordenadores: Martha Demetrio Rustum– Santa Casa de Misericórdia do RJMarcelo Muniz Lamberti – H. Miguel CoutoBruno Rustum Andrea – H. Clementino Fraga Filho8h às 9h/9h às 10h/10h às 11h/14h às 15h/15h às 16h/16h às 17h

Informações e inscrições no site www.cremerj.org.br

Page 18: JORNAL DO - Cremerj

JORNAL DO CREMERJ Abril de 201318

A situação dos setores de saúdepública e suplementar no Rio deJaneiro e no Brasil foi debatida, nosdias 1º, 2 e 3 de março, durante o21º Seminário Interno do CREMERJ.Ao longo das reuniões, osconselheiros apresentaram as açõesdo Conselho e os coordenadores dasseccionais e subsedes relataram asdificuldades de suas regiões, com oobjetivo de solucionar os problemasenfrentados pelos médicos e pelapopulação.

Na abertura do evento, ocoordenador das Seccionais eSubsedes, Abdu Kexfe, ressaltou quea união dos colegas é fundamentalpara a valorização da categoria.

– Nossa luta já é vitoriosa, masprecisamos continuar buscandomelhores condições de trabalho esalários dignos. Com a CausaMédica, mostramos que somosfortes – disse.

A presidente do Conselho,Márcia Rosa de Araujo, relatou oestado calamitoso em que seencontram os hospitais do Rio.

– A população não merece essedescaso. Todos têm direito àassistência médica de qualidade enós estamos batalhando para isso –assegurou.

SEMINÁRIO INTERNO • Conselheiros conclamam a categoria a se unir na luta contra as arbitrariedades queafetam os médicos e a população de um modo geral

CREMERJ discute situação da saúde pública edo movimento de convênios no Estado e no país

Conselheiros, coordenadores e representantes das seccionais do CREMERJ

O coordenador da Comissão deSaúde Pública do CREMERJ, PabloVazquez, apresentou um panoramada saúde pública no Rio de Janei-ro, destacando a situação do Hos-pital Federal Cardoso Fontes, em Ja-carepaguá, onde a falta de médicosestá provocando a desativação devários serviços, prejudicando a as-sistência à população e a residên-cia médica.

– Muitos médicos estão pedin-do aposentadoria no Cardoso Fon-tes e novos médicos não estão sen-do contratados. Os leitos estão sen-do fechados, deixando a popula-ção desassistida – observou o con-selheiro, que ainda citou o funcio-namento insalubre da emergênciado Hospital Federal de Bonsuces-so (HGB), que há mais de doisanos recebe os pacientes em umcontêiner improvisado.

A situação no Centro de Tratamentode Queimados (CTQ) do Hospital Fe-deral do Andaraí, de acordo com oconselheiro, também não é diferente.

As Organizações Sociais (OSs) e aFundação Saúde também foram pau-tas do encontro. O CREMERJ é contraa terceirização da saúde pública e acre-dita que esse tipo de contratação não

fixa os médicos nas equipes.O coordenador da Comissão de Fis-

calização (Cofis), Nelson Nahon, lem-brou que, durante as visitas às unida-des, é possível constatar a falta de mé-dicos em quase todos os hospitais. Elesalientou que a rede de assistência bá-sica na Baixada Fluminense é defici-ente e que não existem hospitais ge-rais na maioria dos municípios, pro-vocando um efeito cascata na saúde,já que os pacientes acabam indo paraa capital em busca de atendimento.

– A falta de verbas e médicos na

Baixada é preocupante. Nossa luta édifícil, já que estão querendo privatizara saúde pública. Os baixos salários nãofixam os médicos nas emergências. Épreciso que sejam realizados concur-sos públicos com vencimentos dignos.Não vamos abrir mão da carreira de es-tado e de condições dignas de traba-lho. Nosso objetivo é garantir uma saú-de de qualidade – enfatizou, informan-do que em Teresópolis e Volta Redon-da ainda existem médicos recebendopor Recibo de Pagamento a Autôno-mo (RPA), o que é proibido por lei.

Faltam médicos em todos os hospitais e serviços são desativados

“Muitos médicos estãopedindo aposentadoriano Cardoso Fontes enovos médicos não estãosendo contratados. Osleitos estão sendofechados, deixando apopulação desassistida.”Pablo Vazquez, coordenador daComissão de Saúde Pública do CREMERJ

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JORNAL DO CREMERJAbril de 2013 19

A conselheira Vera Fonseca lamen-tou o fechamento da maternidade daPraça XV, que atendia gestantes de altorisco e frisou a importância da unidadepara a especialização dos residentes.

– O fechamento de mais uma ma-ternidade foi uma grande perda. Paranós é menos uma instituição públicapara especialização e atendimento àpopulação – disse.

Luís Fernando Moraes, coordenadorda Comissão de Médicos Recém-For-mados, reforçou a preocupação do CRE-MERJ com o cenário da saúde no Esta-do, pois a tradição na formação dos re-sidentes está se perdendo.

O conselheiro citou a fraude na pro-va do concurso para a residência mé-dica no Rio de Janeiro, onde 20 can-didatos foram acusados de burlar osistema que corrige os cartões-respos-

ta. Os classificados deveriam iniciar aresidência no dia 30 de abril, entre-tanto, com o cancelamento do con-curso, as 470 vagas oferecidas corremrisco de não serem preenchidas.

– Estamos abraçando as lutas dosnovos médicos. Entramos com uma li-minar na Justiça para manter e resguar-dar a residência médica e esperamos quetodas as vagas sejam preenchidas atéabril – afirmou.

Márcia Rosa garantiu que o CRE-MERJ vai dar o suporte necessário aoscolegas, para que o bom exercício damedicina seja mantido.

– O Conselho tem conseguido ele-var o ânimo dos médicos, fazendo comque eles não desistam de lutar pela suavalorização. Não aceitamos mais que anossa categoria seja denegrida. Juntosvamos alcançar a vitória – concluiu.

A formação na residência está se perdendo

A saúde suplementar e o movi-mento de convênios, liderado peloCREMERJ, em conjunto com associedades de especialidade, a As-sociação Médica do Estado do Riode Janeiro (So-merj) e a CentralMédica de Con-vênios foramanalisados porMárcia Rosa.

A presidentedo Conselho afir-mou que muitasvitórias já foramconquistadas,como o reajusted i f e r e n c i a d opara procedi-mentos específi-cos, o aumentode 100% dosvalores para aassistência dopediatra em salade parto e berçá-rio e para os pro-cessos de otorri-nolaringologia.

– Diferentede outros Esta-dos, o Rio de Janeiro conquistoumuitos dos objetivos traçados pelomovimento em 2012. Agora, temosque dar continuidade ao nosso tra-balho, exigindo o reajuste anualdos planos de saúde – ressaltou.

Este ano, o movimento de con-

vênios busca igualar os valores pa-gos aos médicos em quarto e en-fermaria, a equiparação das tabelasdos procedimentos e recebimentopelas consultas em até 30 dias.

Márcia Rosaainda observouque tambémfaltam leitosnos hospitaisparticulares, jáque serviços dealgumas espe-cialidades sãodesativados pornão darem lu-cro, além deque, com o des-monte da saú-de pública, ademanda au-mentou com aabertura de ummercado paraos novos pla-nos de saúdede valores irri-sórios.

– Queremosuma propostaconcreta para a

periodicidade dos reajustes e comoserão feitas as correções desses va-lores. Além disso, exigimos contra-tos politicamente corretos. A uniãoé muito importante. Precisamos tra-zer os colegas para as lutas da cate-goria – ponderou.Vera Fonseca Luís Fernando Moraes

Na saúde suplementar, omovimento tem que ser contínuo

“Diferente de outrosEstados, o Rio de

Janeiro conquistoumuitos dos objetivos

traçados pelomovimento em 2012.”

Márcia Rosa de Araujo,presidente do CREMERJ

CREMERJ como exemplo nacionalNo segundo dia de seminário, 2 de

março, o conselheiro do CREMERJ e

2º vice-presidente do Conselho Fede-

ral de Medicina (CFM), Aloísio Tibiri-

çá, abordou o quadro nacional da saú-

de pública. Na sua opinião, a situação

é grave, pois o Ministério da Saúde só

propõe medidas provisórias.

– Os gestores nacionais estão que-

rendo trazer médicos do exterior para

atender as regiões mais longínquas e as

periferias das grandes cidades, com a

desculpa de que faltam médicos. Não fal-

tam médicos no Brasil, e sim um plano

de cargos, carreira e salário e condições

de infraestrutura, que motivem o médico

a se fixar nesses locais – exclamou.

Aloísio ainda lembrou que a presi-

dente Dilma Rousseff propôs que al-

gumas operadoras de saúde aumen-

tassem o número de planos popula-

res, com valores baixos, para ampliar

o acesso à saúde.

– Esses planos, que já existem, não

asseguram aos usuários atendimento

adequado, muitas vezes negando au-

torização para exames e tratamentos

necessários. Ou seja, o governo está

andando na contramão, porque ao in-

vés de fortalecer a saúde, está no ca-

minho da terceirização. Nós lutamos

por uma saúde pública de qualidade

com salários dignos. O CREMERJ é um

exemplo nacional, uma entidade com-

bativa e influenciadora. Temos que

manter o foco e nos mobilizar – disse.

O coordenador das Seccionais e

Subsedes, Abdu Kexfe, lembrou que há

quase 20 anos a Causa Médica luta

em prol da assistência médica de qua-

lidade à população.

– Nosso trabalho tem como obje-

tivo a reestruturação da saúde pública

e condições dignas para o ético exer-

cício da medicina – completou. Aloísio Tibiriçá

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JORNAL DO CREMERJ Abril de 201320

SEMINÁRIO INTERNO • Problemas graves também além da capitalAinda durante o encontro, os co-

ordenadores das seccionais e subse-des relataram que os principais pro-blemas enfrentados em suas regiõesreferem-se à falta de recursos huma-nos, aos baixos salários e à precarie-dades da infraestrutura nas unidades.

– Os baixos salários não são um pro-blema somente do Rio de Janeiro, mas detodo o Brasil. Nosso foco é organizar mo-vimentos nacionais, com a participação detodos, a fim de orientar a população –explanou o conselheiro Abdu Kexfe.

Em Itaperuna, segundo os repre-sentantes da seccional, as UPAs estãocontratando médicos recém-formados,sem residência e especialização, paraatender aos casos que chegam à uni-dade, sem que eles tenham suporte decolegas mais experientes.

O coordenador da seccional de Pe-

trópolis, Jorge Gabrich, relatou que aCasa da Providência fechou os leitosda maternidade, causando transtornosnas emergências da região, já que oserviço foi realocado para o HospitalAlcides Carneiro.

Já em São Gonçalo, segundo o coor-denador Amaro Neto, será aberta umasindicância individual para averiguar asmortes dos bebês no Hospital da Mulher,ocorridas no ano passado. A seccionalvai avaliar os resultados e encaminhar umrelatório aos órgãos competentes.

Em Três Rios, não existem médi-cos no Programa Saúde da Família e,por isso, enfermeiros estão realizandoo atendimento primário e solicitandoexames. Ivson Oliveira, coordenador daseccional, explicou que esteve na uni-dade, orientando os enfermeiros quan-to à legislação. O CREMERJ pedirá es-

clarecimentos aos gestores e encami-nhará ofício ao Ministério Público in-formando sobre essa ilegalidade queafeta diretamente a população.

O conselheiro Nelson Nahon refor-çou que os colegas precisam continu-ar unidos e mobilizados por uma saú-de pública de qualidade através do Sis-tema Único de Saúde (SUS).

– O CREMERJ continua contribu-indo com a organização e o fortaleci-mento do movimento médico. Temosque montar uma força tarefa em ou-tros municípios, com a ajuda das sec-cionais, para que as unidades hospi-talares das suas regiões sejam fiscali-zadas. A presença e o apoio do Con-selho são incondicionais. Estamos tra-balhando em parceria com o Ministé-rio Público e todas essas questões se-rão encaminhadas para lá – explanou.

Márcia Rosa de Araujo encerrou asatividades afirmando que o Conselhoestá sempre disposto a atender e ou-vir os colegas e que está ampliandosua relação com a Ordem dos Advo-gados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ) e com a Secretaria de Direitos Hu-manos da presidência da República.

– Esse tipo de reunião não acon-tece em outros Conselhos do Brasil,mas o CREMERJ tem como políticatrocar ideias, sugestões e críticas, como objetivo de melhorar a qualidade daassistência médica. Os gestores estãodesrespeitando a categoria e a popu-lação. Estamos somando forças e te-mos ao nosso lado a Comissão de Di-reitos Humanos da OAB-RJ e a minis-tra Maria do Rosário. Precisamos arre-gaçar as mangas e fazer o “caldeirãoferver” – completou.

Abdu Kexfe Jorge Gabrich Amaro Neto Nelson Nahon

A Prefeitura de Três Rios anun-ciou em março que realizará um con-curso público para médicos. Confor-me o edital 001/2013, o salário ofe-recido aos aprovados será de R$1.046,22 – muito abaixo do piso sa-

larial proposto pela Federação Naci-onal dos Médicos (Fenam). O CRE-MERJ repudia a realização de con-curso público com salários indignose recomenda que os médicos não par-ticipem desta seleção.

“Não sei como alguém tem a ou-sadia de divulgar um edital desse ní-vel. O médico se prepara duranteanos, precisa de atualização constan-te, e o que vemos é uma desvaloriza-ção cada vez maior do médico. Esta-

mos indignados e somos totalmentecontra esse tipo de concurso. Cole-gas, não aceitem esse absurdo”, aler-tou o coordenador da seccional doCREMERJ de Três Rios, Ivson Ribasde Oliveira.

Concurso: Três Rios quer pagar R$ 1.046,22 aos médicos

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JORNAL DO CREMERJAbril de 2013 21

ESTADO AFORA • Secretaria de Saúde do município ofereceu aumento de 6% para os estatutários

Médicos de Volta Redonda se reúnem em assembleia

No dia 8 de março, representantes do CREMERJ e membros da comis-são de médicos de Volta Redonda tinham se reunido com o prefeito domunicípio, Antonio Francisco Neto, e a secretária municipal de Saúde,Suely Pinto, para cobrar as reivindicações feitas desde 2012: fim do pa-gamento por RPA e a contratação com direitos trabalhistas; implantaçãode plano de carreira; aumento no número de médicos nas emergências,conforme a resolução 100 do CREMERJ, entre outras.

Durante a reunião, o prefeito garantiu que as reivindicações estavam sendoavaliadas e reconheceu que a prefeitura “está em dívida com os médicos”.

Na ocasião, Nelson Nahon afirmou haver uma grave crise na saúde emVolta Redonda, provocada pela falta de recursos humanos, salários baixose outras questões.

– Não aceitamos esse desrespeito com a categoria – ressaltou.O coordenador da seccional do CREMERJ em Volta Redonda, Olavo

Marassi, também participou da reunião, além de outros sete médicos queatuam nas unidades de saúde da cidade.

Os médicos de Volta Redonda sereuniram em assembleia, no dia 21 demarço, para discutir propostas para oPlano de Cargos, Carreira e Salário(PCCS) e o aumento de 6% para osestatutários, oferecido pela SecretariaMunicipal de Saúde.

– A infraestrutura dos hospitaisestá precária, faltam médicos e o pre-feito não chega a um acordo que va-lorize o trabalho do médico – salien-tou o diretor de Sede e Representa-ções do CREMERJ, Nelson Nahon, aoabrir a assembleia.

O coordenador da seccional de Vol-ta Redonda, Olavo Marassi, anotou aspropostas dos colegas, para que fos-sem repassadas ao prefeito. Além dis-so, uma comissão de médicos ficouresponsável por reunir sugestões paraserem incluídas no contrato da Fun-dação da Saúde, que, de acordo como prefeito, ainda este ano irá passar agerir as unidades da cidade.

– Vamos marcar uma reunião como prefeito e apresentar todas as pro-postas discutidas pelos médicos emassembleia. Temos que mostrar queestamos organizados e mobilizadose exigir que o médico seja valoriza-do – disse.

Os médicos do Programa Saúde daFamília (PSF) decidiram exigir um pisosalarial de R$ 10.500, o mesmo pagopela prefeitura de Piraí. Eles sugeriramcomo opção, caso a Secretaria Muni-cipal de Saúde não pague o valor so-licitado, que a carga horária de traba-lho seja reduzida.

Aproveitando a oportunidade, os

pelo não pagamento dos salários háquatro meses.

Em ofício, o coordenador geral doSamu – Regional Médio Paraíba, Mau-ricio Rossi Moreira, relatou que há fal-ta de recursos humanos nas unidadesmóveis e na Central de RegulaçãoMédica de Urgência (CRMU), viaturasque necessitam de reparos/manuten-

Nelson Nahon e Olavo Marassi em reunião com o prefeito de Volta Redonda

Prefeito reconhece que está em dívida com os médicos

médicos relataram a diferença salarialque existe entre os serviços, às vezesaté na mesma unidade.

Outro assunto discutido na assem-bleia foi a greve das equipes do Servi-ço de Atendimento Móvel de Urgên-cia (Samu) em 11 cidades do Sul Flu-minense, que foi deflagrada pela faltade condições para o atendimento e

ção, além de carência de medicamen-tos e insumos.

A gestão do serviço é feita peloConsórcio Intermunicipal de Saúde doMédio Paraíba, junto aos órgãos mu-nicipais, estadual e federal.

De acordo com Maurício, não hácomo manter todos os recursos, quese encontram atrasados por parte dasesferas estadual e federal, que só re-passou uma parcela da verba, desdesua implantação em julho de 2012.

– Vamos analisar todas as queixasdos colegas e formular uma denúnciaao Ministério Público. O Conselho semanterá alerta a esse movimento e farátudo que estiver ao seu alcance parasolucionar a situação – frisou Olavo.

Entre os problemas relatados pelos médicos também está a diferença salarial que existe entre colegas que têm a mesma função

“A infraestrutura dos hospitais está precária, faltam

médicos e o prefeito não chega a um acordo que

valorize o trabalho do médico.”Nelson Nahon, diretor de Sede e Representações do CREMERJ

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JORNAL DO CREMERJ Abril de 201322

SAÚDE PÚBLICA • Palestra durante reunião da Cocem reforça a importância das visitas do CRM às unidades

CREMERJ mostra papel das Comissões de Ética

Filho, cujos alunos estão sem aulaspor falta de pagamento aos profes-sores e de um hospital escola paraas matérias práticas. Não vamos acei-tar o que estão fazendo com a saú-de pública e com os médicos – afir-mou o coordenador da Comissão deSaúde Pública, Pablo Vazquez.

Ainda durante a reunião, a presi-dente da Comissão de Ética do Hos-pital Federal Cardoso Fontes, MagaliLuppo, informou que após o movi-mento dos médicos da unidade, quecontou com o apoio do Conselho paradenunciar a superlotação da emer-gência e a falta de recursos huma-

Depois da palestra, os membrosdas comissões de ética presentes de-bateram assuntos como a contrata-ção de médicos estrangeiros para arede pública de saúde e o Progra-ma de Valorização da Atenção Bási-ca (Provab), que incentiva os recém-formados a trabalhar em regiões dointerior em troca de pontuação naprova de residência médica.

– O governo tem planos de fa-cilitar a entrada de médicos es-trangeiros no Brasil, mas não ofe-rece estrutura para as escolas demedicina do país. É o caso, porexemplo, da Universidade Gama

nos, o Ministério da Saúde garan-tiu a contratação temporária de mé-dicos, válida por até dois anos, comsalários de R$ 5 mil.

– A notícia é boa, pois queriamcontratar médicos por R$ 1.500,mas a solução é temporária. Que-remos que sejam realizados con-cursos públicos, com salário dig-no. O CREMERJ vai continuar lu-tando para que o trabalho do mé-dico seja valorizado – ressaltouPablo Vazquez.

Ainda estavam presentes osconselheiros Luís Fernando Mora-es e Erika Reis.

Governo tem solução temporária para o Cardoso Fontes

O papel da Comissão de Fiscali-zação (Cofis) do CREMERJ nas uni-dades de saúde foi tema de pales-tra na reunião da Coordenadoria dasComissões de Ética Médica (Co-cem), realizada no dia 19 de mar-ço. A médica fiscal Simone Assalieressaltou a importância das fiscali-zações do Conselho nas unidadeshospitalares para garantir condi-ções dignas ao exercício da medi-cina e um atendimento de qualida-de à população e mostrou como asComissões de Ética podem contri-buir nesse trabalho.

– A Cofis tem como objetivo ga-rantir que o Código de Ética Médicaseja cumprido nas unidades de saúdee que o trabalho dos médicos sejaexercido corretamente. Também que-remos assegurar que outros profissi-onais não desempenhem o ato médi-co – observou.

A médica fiscal esclareceu que sealgo estiver em desacordo com asnormas, após as fiscalizações, é en-tregue um termo de notificação à di-retoria do hospital, que deve ser cum-prido em até 30 dias. Passado esseprazo, caso não haja adequação, umprocesso ético pode ser aberto con-tra o diretor da unidade.

De acordo com Simone, no casode infraestrutura precária, os relatóriossão encaminhados para a Agência Na-cional de Vigilância Sanitária (Anvisa);

quando se tratar de falta recursos hu-manos, ao Ministério Público (MP).

– Nosso papel não é criticar, mascolaborar com a direção dos hospi-

tais, orientando e sugerindo medidaspara o ajuste às regras – disse.

Em 2012, a Cofis realizou 210 vi-sitas, sendo 119 em unidades públi-

cas e 91 em instituições privadas.Dessas, 113 foram feitas por iniciati-va da diretoria do CREMERJ e 75, porsolicitação do MP.

Simone Assalie, Erika Reis, Pablo Vazquez e Luís Fernando Moraes

A vice-presidente do CREMERJ, Vera Fonseca, par-ticipou, no dia 5 de março, da solenidade de forma-tura dos residentes de ginecologia e dos alunos doscursos de pós-graduação em ginecologia e em mas-tologia, no auditório geral do Instituto de Ginecolo-gia do Hospital Moncorvo Filho. Vera Fonseca inte-grou a mesa de abertura da cerimônia, junto com odiretor em exercício do Instituto de Ginecologia, Ja-cir Balen, o representante da Maternidade Escola daUFRJ, Ivo Basílio, e os professores Ricardo Bruno Vas-concelos e José Augusto Machado.

– O CREMERJ acredita que a residência é a melhorforma de especialização médica, e isto se torna mais evi-dente quando estamos falando em uma instituição comoo Hospital Moncorvo Filho. O Conselho luta também pelaqualidade de ensino em nossas universidades e dá todoapoio aos médicos recém-formados – destacou Vera Fon-seca, que é também presidente da Associação de Gineco-logia e Obstetrícia do Rio de Janeiro (Sgorj).

Na oportunidade, quatro formandos receberam os certi-ficados de conclusão de curso e prestaram homenagem amembros do corpo docente e do corpo clínico do hospital.

Jacir Balen destacou a importância do instituto paraa especialidade.

– O instituto é o berço da ginecologia, por ondepassaram os primeiros professores da especialidade. Aquios recém-formados são lapidados e recebem os ensina-mentos clínicos e cirúrgicos necessários para a práticaginecológica – ressaltou.

Residentes e alunos doscursos de pós-graduação

em ginecologia e emmastologia, no auditório

para sua formatura

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JORNAL DO CREMERJAbril de 2013 23

Com o objetivo de contribuir paraa formação médica, o CREMERJ pro-moveu, entre os dias 1º e 4 de abril, oII Fórum CREMERJ e Ensino Médico.Ao abrir o evento, a coordenadora daComissão de Ensino Médico do Con-selho, Vera Fonseca, ressaltou a im-portância da educação médica conti-nuada, principalmente na formaçãodos novos médicos.

– O foco desse fórum é abordartemas fundamentais para a nossa ca-tegoria, como educação e ética pro-fissional. O Conselho tem um compro-misso com o ensino e uma preocupa-ção grande com a qualidade dos fu-turos médicos. Cada vez mais investi-mos na atualização médica – afirmou.

Vera Fonseca frisou também a im-portância de trazer para o debate to-dos os envolvidos no processo da for-mação, entre eles a Associação Brasi-leira de Educação Médica (Abem).

– O CRM não se sente responsávelapenas por registrar e fiscalizar os mé-dicos, mas por participar da formaçãodos colegas, tanto em nível de gradua-ção como de especialização. É funda-mental que estejamos aqui falando so-bre essas questões, com a participaçãode professores e alunos. E agradece-

mos à Abem pela grande parceria como CREMERJ, nos eventos e no suportenecessário para nossas lutas em defesada qualidade do ensino – salientou.

Vice-presidente da Abem, Francis-co Barbosa Neto parabenizou o CRE-MERJ pela iniciativa e destacou que oensino médico se tornou um desafio,após a abertura indiscriminada de es-colas de medicina. Segundo ele, esteano serão mais de 20 mil médicos for-mados em um dos 200 cursos exis-tentes no Brasil, embora só haja 175hospitais-escolas certificados.

– Prezamos pela qualidade do en-sino e a Abem tem se reunido com oCREMERJ e outras entidades médicaspara debater a importância da gradua-ção e da residência médica. As escolasde medicina precisam repensar e dina-mizar seus currículos para que haja umaformação de qualidade – ressaltou.

A conselheira Erika Reis lembrou quea agenda de cursos deste ano está lota-da e que, em 2012, foram realizadosmais de 100 eventos, entre as temáticascientíficas, administrativas e de ética.

– Valorizamos o ensino médico enão abrimos mão de promover fórunsem todo o Estado, contribuindo com oaperfeiçoamento dos colegas – disse.

ENSINO MÉDICO • Evento debateu temas como qualidade da formação e ética profissional

CREMERJ promove fórum sobreformação médica e mercado de trabalho

No primeiro dia do evento, oCentro de Pesquisa e Documenta-ção (Cpedoc) do CREMERJ apre-sentou a palestra “Contribuindopara a formação médica: uso raci-onal da biblioteca”, ministrada pelabibliotecária Pâmela Braga e pelogerente regional da Ebsco BrasilRenan Neves.

“Ética e humanidade: jovenscom a vida (dos outros) nas mãos”foi o tema das palestras de SérgioRego, do conselheiro Carlindo Ma-chado e de Carlos Henrique Silva,

que abordaram, respectivamente,responsabilidade ética, relação mé-dico-paciente e conflitos bioéticos.

Já no segundo dia, a residên-cia médica e a busca e análise daliteratura foram os assuntos prin-cipais. A conselheira Vera Fonse-ca, Carla Albuquerque e DeniseHerdy participaram de uma mesaredonda sobre residência.

Silvia Reis explicou como po-dem ser feitas as buscas na litera-tura médica e como analisar ostextos com excelência.

No dia 3 abril, a importância dasligas acadêmicas na complementa-ção da educação médica foi temade palestra que contou com a par-ticipação dos acadêmicos ViniciusBelinati e Joyce Alves.

Dhiana Santini, professora deendocrinologia da UniversidadeFederal do Rio de Janeiro (UFRJ),salientou a seriedade do trabalhodas ligas.

– As ligasacadêmica stêm por obje-tivo aprofun-dar o conheci-mento e a prá-tica para de-senvolver ashabilidades deextensão empesquisa, as-sistência eap ro funda-mento científico em determinadasespecialidades. Precisamos nos uniràs entidades médicas, a fim de au-mentar a valorização das ligas –destacou.

Nesse dia, ainda proferiram pa-lestras Angélica Bicudo, Rosana Al-ves e o conselheiro e segundo vice-presidente do Conselho Federal deMedicina (CFM), Aloísio Tibiriçá.

Tibiriçá apresentou a visão doCFM acerca do teste e lembrou queo Brasil é o segundo país com maisescolas médicas no mundo, com 197instituições. De acordo com ele, nadécada de 90, a abertura indiscrimi-nada de cursos de medicina come-

çou a ser motivo de preocupação.– As pesquisas do CFM mos-

tram que após esse “boom” de es-colas médicas, faltam professoresqualificados e hospitais-escolaspara o ensino dos alunos. A boaformação passou para o segundoplano, para dar lugar ao lucro –observou.

O mercado de trabalho foi otema central daspalestras noquarto dia do fó-rum. FranciscoBarbosa proferiua conferência“Mercado de Tra-balho e o inte-resse do estu-dante de medici-na: a formaçãodo médico gene-ralista é a solu-ção?”. Claudia

Midao coordenou a mesa sobre aavaliação do estudante e suas habi-lidades e atitudes; Lúcia Pezzi falouda avaliação prática em ambiente si-mulado; e Rosana Alves, da avalia-ção prática em ambiente real. Já An-tônio Flávio Meirelles ensinou comomontar e apresentar um portfólio.

A presidente do CREMERJ,Márcia Rosa de Araujo, encerrouo evento afirmando que o fórumreforçava a importância do ensinomédico de qualidade.

– O bom ensino é a base paraque os futuros médicos prestemum atendimento de qualidade àpopulação – concluiu.

Angélica Bicudo, Rosana Alves, Marcos Vianna e Aloísio Tibiriçá

Ligas Acadêmicas e teste de progresso

“As pesquisas do CFMmostram que após esse

boom de escolas médicas,faltam professores

qualificados e hospitais-escolas para o ensino

dos alunos.”Aloísio Tibiriçá, Segundo

vice-presidente do ConselhoFederal de Medicina

Carlos Henrique Silva, Sérgio Rego, Nilo Jorge e Carlindo Machado

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JORNAL DO CREMERJ Abril de 201324

Estudantes de medicina da Uni-versidade Gama Filho (UGF), do Riode Janeiro, realizaram protesto nodia 2 de abril, em Brasília, contra asituação caótica da instituição deensino, que é mantida pela empre-sa Galileo Educacional. Mesmo pa-gando em dia suas mensalidades, osalunos estão sem aulas e sem hos-pital-escola. Eles pediram a interven-ção do Ministério da Educação(MEC) na universidade, ação que éapoiada pelo CREMERJ.

Após o ato público, os alunos sereuniram com o secretário Jorge Ro-drigo Messias, da Seres (Secretaria deRegulação e Supervisão da Educa-ção Superior), para denunciar os pro-blemas decorrentes da má gestão daGalileo. Messias reconheceu que a si-tuação na instituição é gravíssima emvários cursos, principalmente no demedicina. No dia 28 de março, as-sessores do ministério fiscalizaram aunidade e constataram várias irregu-laridades, conforme os estudantes játinham relatado.

O Ministério estuda ainda alterna-tivas para que o problema seja soluci-onado e informou que criará uma co-missão mista com a participação dealunos, funcionários e professores paraapurar melhor o caso.

Ainda estava prevista uma audiên-cia com o ministro da Educação, Aloi-zio Mercadante, no próprio dia 2, masfoi adiada, sem data para acontecer.

– Finalmente tivemos nossos pro-blemas expostos. A reunião com a Se-res foi produtiva. Conseguimos que oMEC se comprometesse a criar umacomissão de fiscalização que fará, en-tão, um relatório para avaliação doministro. Lutaremos para que esse re-latório fundamente a intervenção naGama Filho – disse Rafael Callado, pre-sidente do Centro Acadêmico de Me-dicina da Gama Filho.

ENSINO MÉDICO • Estudantes denunciam que estão sem aulas porque os professores não recebem salários

Alunos da Gama Filho protestam em Brasília

Conselheiros Erika Reis, Márcia Rosa e Pablo Vazquez e a presidente da ANMR, Beatriz Costa, com alunos da Gama Filho que foram à Brasília

A reunião com o ministro Mer-cadante fora solicitada pelo CRE-MERJ, por meio de ofício, no dia 15de março, após encontro com osestudantes no Conselho, e recebeuapoio da União Nacional e Estadualdos Estudantes (UNE e UEE), doCentro Acadêmico Albert Sabin, doDiretório Central dos Estudantes daUGF, do Sindicato dos Professoresdo Ensino Privado (Sinpro), do se-nador Lindbergh Farias, da deputa-da federal Jandira Feghali e dos de-putados estaduais Robson Leite,Paulo Ramos e Enfermeira Rejane.

Os estudantes apresentaram umdossiê em que denunciam todos osproblemas que a instituição vem so-frendo com a gestão do grupo Ga-lileo Educacional, mantenedora des-de 2012. Ano passado, as aulas prá-ticas dos alunos de medicina esta-vam sendo ministradas em sala deaula com projeções em tela e, des-de o início deste ano, não há pro-fessores devido à greve causada porfalta de pagamento. Além disso, acoordenação do curso tem sido

substituída constantemente.Eles contaram que já procuraram

a mantenedora diversas vezes,que afirma estar passando por umacrise financeira. No entanto, as men-salidades estão sendo pagas.

– O ministério não pode se isentardiante do caos e do escândalo esteliona-tário que os alunos da UGF e suas famí-lias estão passando. O governo quer faci-litar a entrada de médicos do exterior no

“Lutaremos para que o

relatório da comissão

fundamente a

intervenção do MEC na

Gama Filho.”Rafael Callado, presidente do Centro

Acadêmico de Medicina da Gama Filho

Audiência com ministro fora solicitada pelo CREMERJ

Brasil, mas não cuida das escolas demedicina que existem no país – des-tacou Pablo Vazquez na ocasião.

Em 2012, os estudantes já havi-am informado ao Ministério da Edu-cação sobre a situação caótica da uni-versidade. O MEC, na época, orien-tou que eles procurassem órgãos dedefesa do consumidor, como o Pro-con, caso se sentissem lesados peloserviço prestado pela Gama Filho.

Alunos da Gama Filho em reunião com diretores do CREMERJ

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JORNAL DO CREMERJAbril de 2013 25

A Associação de Pais e Alunos daUniversidade Gama Filho se reuniuem assembleia, no dia 6 de abril, nasede do CREMERJ, para formalizar aentidade, além de deliberar açõespara tentar solucionar o problemados estudantes, que estão há quatromeses sem aulas.

O estatuto da associação, que foidivulgado anteriormente aos pais ealunos, foi aprovado por unanimida-de. Paulo Fernandes, representante dospais dos estudantes, foi designado pre-sidente provisório da entidade. A as-sociação terá três meses para promo-ver eleição para a diretoria permanen-te e conselho fiscal.

Presente à assembleia, o conselheiroPablo Vazquez elogiou a iniciativa, res-saltando que é preciso manter uma pres-são política constante para comover osgovernantes a buscar uma solução ime-diata para o caso da universidade.

– O CREMERJ apoia a causa dosestudantes de medicina da Gama Fi-lho. A mobilização precisa ser mantidaaté que o MEC interfira e solucione esteproblema. O ministério tem obrigaçãode resolver a situação – concluiu.

Criada Associação de Pais e Alunos

Pais e alunos da UniversidadeGama Filho estiveram na sede do CREMERJ

para discutir a situação. Pablo Vazquez(foto à direita) manifesta o apoio do

Conselho às reivindicações dos estudantes

A presidente do CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo, e o conselheiro AloísioTibiriçá, que também é vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, participa-ram, no dia 21 de março, da solenidade de posse do novo presidente da AgênciaNacional de Saúde Suplementar (ANS), André Longo.

– Esta agência estará cada vez mais a serviço da sociedade brasileira,com compromisso com prazos e metas claras, para que haja mais eficiêncianos serviços e nos produtos oferecidos aos usuários, empresas e prestado-res de serviços – disse André Longo.

Aloísio Tibiriçá afirmou que a saúde suplementar têm um papel relevante naSaúde do Brasil e falou sobre a expectativa em relação à nova fase da ANS.

– Esperamos que a nova diretoria consiga equilibrar, da melhor forma possível,todos os setores que representam a saúde suplementar no país – disse.

Márcia Rosa frisou que na nova gestão a agência não deveria ter umapolítica de denunciar o movimento médico ao Conselho Administrativo de De-fesa Econômica (Cade), forçando a instituição a multar as entidades médicaspor liderarem a mobilização por reajuste de honorários, e sim colaborar naregulação do setor.

– Também gostaríamos que a ANS não interferisse contrariamente à aprova-ção da lei 6.964/2010, que torna obrigatória a existência de contratos escritosentre as operadoras e seus prestadores de serviços – complementou.

Entre as autoridades que participaram da solenidade estavam o ministro daSaúde, Alexandre Padilha; ossecretários estadual e muni-cipal de Saúde do Rio deJaneiro, Sérgio Côrtes e HansDohmann; os diretores daANS Bruno Sobral e Eduar-do Sales, o ex-presidente daagência Maurício Ceschin; osecretário estadual de Saú-de de Pernambuco, AntonioCarlos Figueira; e o secretá-rio da Ciência e Tecnologiado Ministério da Saúde, Car-los Gadelha.

A Associação Médica de Jacare-paguá e Adjacências (Ameja) promo-veu sua reunião científica em 10 deabril, reunindo mais de 70 médicos.A presidente do CREMERJ, MárciaRosa de Araujo, e a conselheira Kás-sie Cargnin participaram do evento.

O presidente da Ameja, CarlosEnaldo Araújo, destacou que a enti-dade está ao lado do CREMERJ naluta em defesa dos médicos.

– A nossa região é muito signifi-cativa. Abrange toda a Baixada deJacarepaguá, que reúne diversosbairros, como Vargem Grande, VilaValqueire, Recreio dos Bandeirantes,Barra da Tijuca, Praça Seca, Taquara,entre outros. Temos cerca de 12 milmédicos nessa área, onde também seencontram importantes unidades pri-vadas, além de hospitais da redemunicipal, estadual e federal, em ra-zão da importância dessa localidade.Por isso precisamos nos manter uni-

Ameja promove reunião científicaKássie Cargnin e Márcia Rosa com diretores da Associação Médica de Jacarepaguá e Adjacências

ANS tem novo presidente

Aloísio Tibiriçá, Roberto D´Ávila e André Longo

Ao fechar esta edição, o Conselho foiinformado que as aulas teóricas haviamsido retomadas. Entretanto, continuam osproblemas em relação ao hospital-esco-la, que precisam ser solucionados.

dos e organizados em busca de me-lhores condições de trabalho e de va-lorização profissional – afirmou ele.

Márcia Rosa parabenizou a Amejapor sua organização. Ela ressaltouque as reuniões promovidas pela as-sociação são fundamentais para queos colegas possam se conhecer efortalecer o movimento médico.

Depois de citar as principais lu-tas do CREMERJ em prol dos inte-resses da categoria, entre elas as gra-tificações dos médicos federais, aimportação de médicos estrangeirose as negociações com as operado-ras de planos de saúde, Márcia Rosaafirmou que o Conselho sempreapoia as iniciativas das associaçõesmédicas de bairro, bem como as detodas as demais entidades médicas.

– Vamos enfrentar juntos todasas dificuldades e lutar para que te-nhamos as nossas reivindicaçõesatendidas – frisou.

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JORNAL DO CREMERJ Abril de 201326

Novos Especialistas Consulte se seu CRM consta da lista. Casonão o encontre, entre em contato com aCentral de Relacionamento do CREMERJONCOLOGIA CIRÚRGICA

Patricia Burda Costa - 96879-0

ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIACamilo Rodrigues Junior - 88029-9Carla da Silva Freire Cantisano - 54566-6Guilherme Martins de Aguiar - 85841-2Rafael Carvalho de Souza Rodrigues - 96927-3

OTORRINOLARINGOLOGIAMarcele Pires da Silva - 88471-5Priscila Castricini Mendonça Pimentel - 87953-3

PATOLOGIARoberta Acar Pereira Albieri - 78030-8

PEDIATRIACintia Mello de Carvalho - 89245-9Claudia Reis Miliauskas - 72954-0Laura Monteiro Alves Moreira - 95200-1Sonia Bordalo Di Luccio - 44444-2

PSIQUIATRIAClaudia Reis Miliauskas - 72954-0Felipe Kenji Sudo - 77115-5Guilherme Gonçais Lopes Almeida - 87120-6

O CREMERJ promoveu, no dia20 de março, a palestra “O Médicoe o Imposto de Renda”, ministradapelo mestre em ciências contábeisda Universidade Estadual do Rio deJaneiro (Uerj) José Miguel da Silva.O evento contou com a participa-ção de mais de cem médicos, quepuderam esclarecer suas dúvidascom relação à declaração, que esteano deverá ser entregue até as23h59m do dia 30 de abril.

Ao dar início ao encontro, a se-gunda vice-presidente do CREMERJ ecoordenadora da Educação MédicaContinuada, Erika Reis, agradeceu apresença dos colegas e ressaltou queo Conselho tem investido cada vez maisna atualização dos médicos.

– Em 2012, realizamos mais de cemeventos, e este ano não será diferente.Aliás, pretendemos ampliar ainda maiso número de cursos e abordar temasgerais, como finanças também – disse.

José Miguel iniciou a palestraafirmando que, segundo pesquisa daUniversidade de São Paulo (USP), oBrasil é o primeiro país do mundoem custos, com a maior carga tribu-tária. Ele ainda ressaltou que os mé-dicos são os que mais contribuemindividualmente para a Receita Fe-deral, apesar de serem os que me-nos recebem incentivos do governo.

O palestrante alertou para a impor-tância de fazer a declaração correta-mente, já que o cruzamento dos dadosé feito através do número do CPF docontribuinte, e frisou que é imprescin-dível guardar todos os comprovantes

O médico e o imposto de renda

Acima, José Miguelda Silva durante palestrano dia 20 de março.À esquerda, durante aabertura da segundaedição da palestra, com avice-presidente e apresidente do CREMERJ,Vera Fonseca e MárciaRosa de Araujo

Jose Marcello Cordeiro - 15810-3Área de Atuação: PsicogeriatriaFelipe Kenji Sudo - 77115-5

RADIOLOGIA E DIAGNÓSTICO POR IMAGEMEduardo da Silva Bon - 87965-7Renato Correa Machado Junior - 83606-0

RADIOTERAPIAGuilherme Rocha Melo Gondim - 93930-7

REUMATOLOGIACarlos Spingola Junior - 81624-8

TERAPIA INTENSIVAFrancisco José Valladares do Nascimento - 43581-6

ULTRA-SONOGRAFIA GERALLucia Maria Rita Maciel Leite - 50239-0

UROLOGIACassio Vilela Faria - 75994-5Eduardo Moussa de Jabur Leze - 79596-8

O CREMERJ recebeu um ofício da Secretaria Municipal de Saúde

do Rio de Janeiro (SMS-RJ) informando que alguns formulários de

declaração de óbito devem ser substituídos. Daqueles entregues pelo

Conselho, precisam ser trocados os identificados entre os números

16076100 e 16899373, que atingem 615 médicos.

O problema teve início na falsificação de alguns formulários, o que

levou a SMS-RJ a modificar o conteúdo e desconsiderar todos os do-

cumentos. Após esse equívoco da secretaria, os cartórios foram orien-

tados pela SMS-RJ a não aceitar os documentos.

Os médicos que tiverem declarações com a numeração exposta

acima devem vir ao Conselho para fazer a substituição.

DECLARAÇÃO DE ÓBITOFormulário deve ser substituído

de operações financeiras, como recibosde pagamento e de recebimento dealuguel, escola dos filhos e de gastoscom saúde do ano anterior, de formaorganizada, para que possam fazer suadeclaração com tranquilidade.

– O sistema da Receita Federal estáinterligado com todas as instituiçõesque prestam serviços. Portanto, a or-ganização de documentos e a com-

provação das deduções é fundamen-tal – assegurou.

Para o conselheiro Luís Fernan-do Moraes, a palestra deu um pa-norama completo da Declaração doImposto de Renda.

– Tivemos um debate com grandenúmero de inscritos e pudemos escla-recer nossas dúvidas. Foi uma pales-tra muito produtiva – definiu, ao en-

cerrar o evento.Também participaram do encon-

tro os conselheiros Pablo Vazquez,Armindo Fernando da Costa e Sid-nei Ferreira.

No dia 8 de abril, o CREMERJ pro-moveu novamente a palestra, atenden-do aos pedidos dos médicos que nãohaviam conseguido se inscrever noevento do dia 20 de março.

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JORNAL DO CREMERJAbril de 2013 27

Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, oCREMERJ promoveu, no dia 14 de março,um evento em parceria com a Associação de Ginecolo-gia e Obstetrícia do Rio de Janeiro (Sgorj). A presidentedo CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo, e a primeira vice-presidente, Vera Fonseca, abriram o evento.

– O Conselho faz questão de prestar esta home-nagem. Afinal, as mulheres trabalham para firmar asua posição profissional no mercado e lutam porremuneração digna e igualitária na medicina e emoutras áreas do mercado – salientou Márcia Rosa.

A professora adjunta da faculdade de educaçãoda UFRJ e autora de diversos livros sobre a educaçãode filhos Tânia Zagury proferiu a palestra “Mulher,Médica, Mãe... E o que mais?”. Durante sua apresen-tação, ela destacou as multifunções da mulher con-temporânea e o impacto disso nas suas relações.

– É fundamental que as mulheres reflitam sobreos seus deveres e funções, não só como as profissi-onais que são, mas também como mulheres, espo-sas e mães. A condição de jornada dupla, de muitasresponsabilidades e tarefas trouxeram uma angústiaao universo feminino e precisam ser pensadas e tra-balhadas em cada uma de nós – salientou.

Tânia ressaltou que a mulher precisa estabeleceruma parceria com a família, para a divisão das obri-gações, vencer a culpa e organizar sua rotina.

– Também é muito importante que o lazer seja pre-servado, principalmente no caso de vocês, que têm umaprofissão que exige muito tempo e dedicação – frisou.

A conselheira Vera Fonseca finalizou o eventodizendo que, ao promover uma palestra com umaespecialista na área da educação, o CREMERJ des-pertava, principalmente nas mulheres médicas, umavisão comportamental mais ampla.

Também participaram os conselheiros Kássie Carg-nin, Luís Fernando Moraes, Pablo Vazquez, Serafim Bor-ges, Nelson Nahon, Sidnei Ferreira e Carlindo Machado.

EVENTO • CREMERJ promove palestra saudando as médicas, que são incansáveis no exercício profissional

Uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher

CREMERJ realiza debate sobre alterações no Código de Processo Ético-ProfissionalO CREMERJ promoveu uma plenária temáti-

ca, no dia 13 de março, sobre as alterações noCódigo de Processo Ético Profissional (Resolu-ção CFM nº 1.897/2009).

Na palestra, ministrada pela conselheira Maríliade Abreu, foram apresentadas as mudanças sugeri-das na resolução pelos Conselhos Regionais, du-rante reunião realizada em Brasília. A mudança nocódigo ainda está sendo analisada pelo ConselhoFederal de Medicina (CFM).

– Nós temos sugestões a apresentar, principal-mente na redação, para que todas as orientaçõesfiquem bem claras e não deem margem a dúbiasinterpretações. Vamos levá-las ao CFM, porque éde extrema importância que o código seja renova-do conforme as necessidades que temos ao longodo tempo – ressaltou. Marília de Abreu durante sua dissertação

Palestraabordou odia a dia damulhermoderna

Vera Fonseca,Márcia Rosa,

Tânia Zagury eKássie Cargnin

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EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA • CREMERJ continua a promover cursos e fóruns gratuitos

Cirurgia bariátrica O CREMERJ promoveu, no dia 18

de março, o fórum “Critérios de priori-dade da fila de espera para cirurgiabariátrica”, visando debater com os mé-dicos da especialidade e gestorespúblicos propostas para fundamentar ehierarquizar a realização da cirurgiabariátrica. A presidente do CREMERJ,Márcia Rosa de Araujo, e os conselhei-ros responsáveis pelo Grupo de Traba-lho Sobre Cirurgia Bariátrica e Metabó-lica e pela Câmara Técnica de Endocri-nologia, Armindo Fernando da Costa eKássie Cargnin, e o presidente da Soci-edade Brasileira de Cirurgia Bariátrica eMetabólica - Capítulo RJ, Mário VictorNogueira abriram o fórum.

- Enquanto não houver um plane-jamento de recursos humanos para arede pública de saúde, os pacientesvão ficar à mercê na fila de espera.Isso não pode acontecer. A obesidadeé uma doença. A cirurgia bariátrica nãoé um procedimento estético, e sim umanecessidade. O conselho vai cobrar so-luções do Ministério da Saúde sobre acirurgia bariátrica - observou MárciaRosa.

Na primeira mesa de debates do fó-rum, os especialistas Fernando de Bar-ros, Cid Pitombo, Marco Antonio Lei-te, Daniel Ferreira e Antonio Augustode Souza, respectivamente chefes deserviço dos hospitais Andaraí, CarlosChagas, Ipanema, Servidores do Esta-do e Clementino Fraga Filho,apresentaram o funcionamento dossetores de cirurgia bariátrica das redes.A exposição apontou como grave opanorama da especialidade no Rio de

Janeiro. Todos os hospitais, exceto oCarlos Chagas, sofrem com a falta derecursos humanos e de investimento emsalas para cirurgias e em leitos adequa-dos.

- Observamos que existe uma difi-culdade nos hospitais federais quantoà realização de procedimento cirúrgi-co em pacientes obesos. Nosso obje-tivo é encontrar soluções para que ospacientes na fila de espera não sejamprejudicados - disse Armindo Fernan-do da Costa.

Os secretários estadual e munici-pal de Saúde, Sérgio Côrtes e HansDohmann, respectivamente, e o repre-sentante do Ministério da Saúde noRio, João Marcelo Alves, foram convi-dados para apresentar o compromissodos gestores públicos com a cirurgiabariátrica no estado, mas apenas a re-presentante da Secretaria de Estadualde Saúde Ana Lúcia Eiras compareceuao evento. Ela reconheceu como defi-ciência a existência de duas filas, mu-nicipal e estadual.

Para o presidente da Federação

Latino-Americana das Sociedades deObesidade, Walmir Coutinho, que co-ordenou a mesa juntamente com ocirurgião Fernando Luiz Barroso, a si-tuação dos obesos mórbidos é dramá-tica no Rio.

- Em uma estimativa, com o nú-mero de cirurgias que é feito no Esta-do, vamos resolver o caso desses pa-cientes somente nos próximos 20 anos.Hoje, temos cerca de 5 mil pessoasaguardando a cirurgia bariátrica no Riode Janeiro. Queremos saber qual é asolução dos nossos gestores públicospara esse problema - questionou.

Para a segunda mesa de debates,que foi coordenada pela presidente Márcia Rosa de Araujo e pelo vice-pre-sidente do CFM Aloísio Tibiriçá, os se-cretários estadual e municipal de Saú-de, Sérgio Côrtes e Hans Dohmann,respectivamente, e o representante doMinistério da Saúde no Rio, João Mar-celo Alves, foram convidados paraapresentar o compromisso dos gesto-res públicos com a cirurgia bariátricano estado, mas apenas a representan-

te da Secretaria Estadual de Saúde AnaLúcia Eiras compareceu ao evento. Elareconheceu como deficiência a exis-tência de duas filas, municipal e esta-dual.

A conselheira Kássie Cargnin lamen-tou a falta dos gestores públicos.

– A ausência dos gestores nosleva a crer que eles não consideramque a situação dos obesos mórbi-dos, que tanto nos preocupa, é gra-ve. Marcamos uma reunião para odia 15 de abril com os três nova-mente e esperamos que eles com-pareçam – declarou.

Na última mesa do evento,coordenada por Paulo Roberto Pinhoe Cid Marco David, o cirurgião MarcoAntonio Leite, membro do Grupo deTrabalho Sobre Cirurgia Bariátrica, apre-sentou uma proposta com sugestão decritérios de prioridade para a fila deespera.

Ao final do evento, ficou definidoque será enviado um ofício ao Minis-tério da Saúde relatando as dificulda-des expostas nos debates.

Fernando Barroso, Walmir Coutinho, Armindo Fernando, Márcia Rosa de Araujo, Kássie Cargnin e Mário Victor Nogueira

Kleber Moreira, Arnaldo Pineschi, Carlindo Machado e Marcos Botelho

“A bioética alcança todas as especialidades. Cabe a cadauma destrinchar assuntos específicos do ponto de vista

ético. Por isso, é fundamental a parceria que o CREMERJdesenvolve com as sociedades de especialidade.”

Conselheiro Arnaldo Pineschi

A Câmara Técnica de Cirurgia Pedi-átrica do CREMERJ, em parceria com aAssociação de Cirurgia Pediátrica doEstado do Rio de Janeiro (Ciperj), pro-moveu, no dia 23 de março, o “6º Cur-so de Educação Médica Continuada emCirurgia Pediátrica Ética: Assuntos Im-portantes para um Cirurgião Pediátrico”.Abriram o evento os conselheiros Arnal-do Pineschi, Carlindo Machado e Mar-cos Botelho, que proferiram palestra aolongo do curso, e o coordenador daCâmara Técnica, Kleber Moreira.

- Além do tratamento clínico ecirúrgico, é importante conhecer alegislação para saber até que pon-to o médico pediatra pode intervir

Cirurgia pediátricano tratamento de uma criança - dis-se Kleber Moreira.

No evento, os especialistas apre-sentaram aos médicos e acadêmicosde medicina temas como bioética,mal formações congênitas, processoséticos e erros evitáveis na medicina.A programação incluiu ainda debatecom os palestrantes.

- A bioética alcança todas as es-pecialidades. Cabe a cada uma des-trinchar assuntos específicos do pon-to de vista ético. Por isso, é funda-mental a parceria que o CREMERJ de-senvolve com as sociedades de es-pecialidade para promoção destes fó-runs - destacou Arnaldo Pineschi.

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JORNAL DO CREMERJAbril de 2013 29

A presidente do CREMERJ, Már-cia Rosa de Araujo, e a segunda vice-presidente, Erika Reis, foram recebi-das, no dia 26 de março, no gabi-nete do desembargador Sylvio Ca-panema para elaborar os temas queserão desenvolvidos no Fórum deResponsabilidade Civil e Penal doMédico, a ser realizado nos dias 14e 15 de junho, pelo Conselho.

Dentre os assuntos, foram lem-brados alguns referentes à relaçãomédico-paciente e à responsabili-dade do médico com vínculos con-tratuais diferentes.

O fórum, destinado aos médicos eespecialistas, irá abordar as diferençasentre responsabilidade penal e civil àluz da legislação e da jurisprudência.

Márcia Rosa apontou ser propí-cio debater esses assuntos devidoao novo Código Civil e à situaçãode crise por qual passam os hospi-tais públicos.

– Nossos colegas devem man-ter-se informados sobre suas respon-sabilidades dentro dos hospitais darede pública e privada. Este fórumirá possibilitar que os médicos co-nheçam melhor as leis, para que sai-bam lidar com as diversas situações,evitando serem responsabilizados in-devidamente – disse.

O CREMERJ vai marcar agendasperiódicas com o desembargadorSylvio Capanema para elaborar aprogramação do evento e definir ospalestrantes.

CREMERJ prepara fórum sobre processo civil e penal do médico

OftalmologiaO CREMERJ, através da sua Câma-

ra Técnica de Oftalmologia, promoveu,no dia 16 de março, o primeiro cursode Educação Médica Continuada(EMC) de 2013: o fórum “Dúvidas econtrovérsias em oftalmologia”. Abri-ram o evento a segunda vice-presiden-te do Conselho, Erika Reis; o conse-lheiro responsável pela Câmara Técni-ca, Sérgio Fernandes; e o conselheiroGilberto dos Passos.

Erika Reis destacou o sucesso doscursos de Educação Médica Continu-ada e anunciou as novidades para2013.

– Em 2012, o CREMERJ realizoumais de cem atividades de atualiza-ção, e a agenda deste ano já está pra-ticamente completa. Vamos implantarum sistema de leitura biométrica parafacilitar e agilizar a entrada nos even-tos e a emissão dos certificados. OConselho tem se empenhado em de-

senvolver serviços ágeis que tragampraticidade ao dia a dia dos médicos –ressaltou Erika.

O programa incluiu temas comoolho seco, catarata, glaucoma e reti-

O CREMERJ realizou, no dia 23 demarço, através da sua seccional deVolta Redonda, o curso de educaçãomédica continuada em traumatologia.Foram abordados temas como reani-mação cardiopulmonar, trauma torá-cico e abdominal.

O coordenador da seccional, Ola-vo Marassi, afirmou que o CREMERJestá empenhado em garantir a atuali-zação do médico.

Traumatologia em Volta Redonda– Os colegas se sentem prestigia-

dos com os fóruns que o CREMERJrealiza aqui na nossa região. Nossa lutapor melhores condições de trabalho éconstante e é importante que os mé-dicos percebam a presença do Conse-lho, como forma de valorizar o traba-lho médico – destacou.

Foram palestrantes Marcelo Lam-berti, Fernando César David e SavinoGasparini Neto.

nopatia diabética. Durante as palestras,os especialistas apresentaram aspec-tos relevantes na condução dessaspatologias.

– A Câmara Técnica procura abor-

dar nos fóruns diversos temas relati-vos à especialidade, disponibilizando,ainda, tempo para um debate apóscada palestra. Desta forma, propicia-mos a troca de experiências e esclare-cimento de dúvidas – disse Sérgio Fer-nandes.

Oswaldo Moura Brasil, um dos co-ordenadores do evento, junto comGilberto dos Passos, destacou a dina-micidade do evento:

– A ideia é fazer uma reunião inte-rativa com os colegas, com exemplosde situações frequentes no dia a diado consultório, para que o oftalmolo-gista saiba como lidar nestas situações.

Ministraram palestras os especia-listas Luiz Alberto Molina, Marcus Sa-fady, Frederico Pena, Luiz Felipe Al-ves, Evandro Lucena, Armando Crema,Thais Silveira, Ana Paula Gralf, IsraelRosenberg, Moysés Zajdenweber eMichel Bethlem.

Erika Reis, Sylvio Capanema e Márcia Rosa

“Este fórum irá possibilitar que os médicos conheçam melhor

as leis, para que saibam lidar com as diversas situações,

evitando serem responsabilizados indevidamente.”Márcia Rosa de Araujo, presidente do CREMERJ

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JORNAL DO CREMERJ Abril de 201330

SBHM-RJ promove congresso sobre nefrologiaEm parceria com o CREMERJ, a

Sociedade Brasileira de História daMedicina - Capítulo do Estado do Riode Janeiro (SBHM-RJ) promoveu, nodia 11 de março, o congresso “A Ne-frologia no Rio de Janeiro - Evolu-ção Histórica”. O evento foi abertopelo presidente da sociedade, Orlan-do Marques Vieira, e contou com aparticipação do secretário-executi-vo da entidade, Antonio Braga; doconselheiro Armindo Fernando daCosta; e dos acadêmicos Sérgio Agui-naga e Carlos Alberto Basílio, da Aca-demia Nacional de Medicina (ANM).

– A aliança entre o CREMERJ e aSBHM-RJ é fundamental para o de-senvolvimento do nosso trabalho –disse Orlando Marques Vieira.

Na ocasião, foram expostos 16trabalhos de pesquisa, em forma depôster, sobre a história da medicina,realizados por graduandos da UFRJ,UFF, Gama Filho, Severino Sombra eSanta Casa da Misericórdia. Cinco pro-jetos – “Professor Deolindo NunesCouto”, “Manoel de Abreu”, “Chapot-

Prevost e a separação das xipófagas”,“História da Santa Casa de Saúde deMisericórdia do Rio de Janeiro” e“História do Hospital Universitário An-tonio Pedro” – foram selecionados.Os três primeiros receberam o Prê-mio Ivolino de Vasconcelos e aosoutros dois últimos foram conferidasmenções honrosas.

Ainda durante o evento foi ou-torgada a Comenda do Mérito D.João VI aos médicos Deise Rosa deBoni, Sérgio Monteiro de Carvalho eCarlos Alberto Mandarim.

A programação incluiu também pa-lestras sobre a história da nefrologia edo transplante renal no Rio de Janeiro,proferidas pelos especialistas Deise Rosa

de Boni e Edison Régio de Souza.– A história da medicina é o ali-

cerce para o futuro e para a dignida-de da categoria. O Conselho faz ques-tão de preservar e participar destemomento de homenagem à nossaherança histórica. Parabenizo os co-legas pelo merecido reconhecimento– ressaltou Armindo Fernando.

A conselheira Kássie Cargnin proferiu, no dia 8 de março, palestrasobre o “Código de Ética Médica” durante o Fórum Prática Médica,incluído na semana de aulas inaugurais do curso de especializaçãoem endocrinologia da PUC/Iede.

– Infelizmente, as faculdades não oferecem disciplinas de ética.Essa iniciativa do Iede deveria ser seguida por outros cursos – afir-mou Kássie, que também destacou os valores éticos do endocrinolo-gista em sua participação.

Também participaram do encontro o advogado Luiz Augusto Sil-va, que falou sobre “O Código de Ética Médica e a visão judicial doabandono de tratamento do paciente”, e o juiz Álvaro Henrique Al-meida, que ministrou a palestra sobre “A responsabilidade civil dosmédicos residentes, pós-graduandos e preceptores”.

Após as apresentações, foi realizado um debate entre os pales-trantes, mediado pelo diretor do Iede, Ricardo Meirelles.

O Rio de Janeiro sediou o II Con-gresso de Ortopedia e Traumatologiada Academia Brasileira de MedicinaMilitar, durante os dias 8 e 9 de mar-ço. A cerimônia de abertura (foto) con-tou com a participação da presidentedo CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo.

– A saúde do Rio de Janeiro pas-sa por uma crise, e o Conselho temintensificado o seu trabalho em bus-ca de soluções e da valorização dosprofissionais de medicina. Esse con-gresso é um exemplo de motivaçãopara os médicos e para a saúde doestado. O CREMERJ faz questão deestar presente nos bons eventos para

incentivá-los ainda mais – afirmou.Além de palestras, o evento in-

cluiu mesas redondas, formadas porortopedistas e traumatologistas dasForças Armadas e especialistas daSociedade Brasileira de Ortopedia eTraumatologia do Rio de Janeiro ede São Paulo. Autoridades militarestambém prestigiaram o congresso.

– A profissão do médico exigeum aperfeiçoamento constante e umevento desse tipo contribui bastan-te para a qualificação. Ortopedistase traumatologistas ganharam muitocom a realização desse congresso –acrescentou Márcia Rosa.

Ricardo Meirelles, Álvaro Henrique Almeida, Luiz Augusto Silva e Kássie Cargnin

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JORNAL DO CREMERJAbril de 2013 31

O presidente da Associação Médica Brasileira(AMB), Florentino Cardoso, discorreu sobre a saúdepública brasileira na reunião mensal da diretoria daAssociação dos Médicos do Estado do Rio de Janei-ro (Somerj), no dia 16 de março, na Sociedade deMedicina e Cirurgia do Rio de Janeiro (SMCRJ).

- O rumo da saúde pública brasileira tem que mu-dar. Precisamos de políticas de Estado, que tenhamcomo foco de gestão a qualidade no atendimentomédico à população - ressaltou Florentino Cardoso.

O presidente da AMB condenou a contrataçãode médicos da Espanha e Portugal, proposta peloMinistério da Saúde, como saída para a falta derecursos humanos nos hospitais brasileiros. Segundoele, é preciso aumentar os investimentos na infra-estrutura das unidades, além de oferecer um salá-rio digno aos profissionais.

- A classe médica defende a medicina de quali-dade. Temos médicos em nosso país, mas é difícilfixá-los na rede, uma vez que os salários e as con-dições de trabalho não são atrativos - disse.

Florentino também falou sobre a saúde suple-mentar e afirmou que a classe obteve grandes vi-tórias perante às operadoras de saúde. Para ele, amaior conquista foi a CBHPM, já que antes delacada plano de saúde tinha a sua tabela.

- Lutamos e conseguimos implantar a CBHPMe não vamos aceitar que a negociação dos valoresseja feita pela Agência Nacional de Saúde Suple-mentar (ANS). A vitória é das entidades e das soci-edades de especialidade. Toda discussão sobre in-clusão, exclusão e hierarquização será feita com acategoria - garantiu.

Representando o CREMERJ na reunião, o conse-lheiro Armindo Fernando da Costa relatou as dificul-dades enfrentadas pelos médicos no Rio de Janeiro,como o fechamento de alguns serviços dos hospitaisfederais, entre eles Cardoso Fontes, Andaraí e Bonsu-

EVENTOS • CREMERJ presente congressos e solenidades de sociedades de especialidades e de entidades médicas

Presidente da AMB participa de reunião da Somerj

cesso, por conta da falta de recursos humanos.- O salário oferecido aos médicos é irrisório.

Não aceitamos, também, trabalhar em condiçõesprecárias. O governo precisa solucionar esse pro-blema, que afeta principalmente a população, quebusca um atendimento digno - observou.

Beatriz Costa, presidente da Associação Nacionaldos Médios Residentes (ANMR), destacou sua preocu-pação com a residência médica nos hospitais federais.

- O residente precisa de incentivos. Os serviçosnos hospitais estão fechando e reduzindo o núme-ro de vagas para a residência. Faltam anestesistasno Hospital do Andaraí e, no Cardoso Fontes, aclínica médica foi fechada por falta de preceptoria.A ANMR vai continuar lutando - afirmou.

José Ramon Blanco, presidente da Somerj , finali-zou a reunião afirmando que a saúde pública passapor um momento difícil, razão pela qual é funda-mental a união e a mobilização da categoria.

- Não queremos mais soluções simplistas. Nos-sa luta é por uma saúde de qualidade para a popu-lação e pelo bom exercício da medicina, e só con-seguiremos alcançar isso se estivermos juntos e or-ganizados - completou.

Participaram do evento a presidente da SMCRJ,conselheira Marília de Abreu; o conselheiro Carlin-do Machado; o secretário geral e o tesoureiro daSomerj, Glauco Barbieri e Benjamin Baptista.

“Não queremos mais soluções simplistas.Nossa luta é por uma saúde de qualidadepara a população e pelo bom exercício damedicina, e só conseguiremos alcançar

isso se estivermos juntos e organizados.”José Ramon Blanco, presidente da Somerj

e conselheiro do CREMERJ

José Ramon durante sua explanação

Cirurgiões, representantes deentidades médicas e ex-alunosprestaram homenagem, no dia 28de março, ao baluarte da cirurgiacrânio-maxilo-facial Edgard Costa,no Centro de Convenções do Co-légio Brasileiro de Cirurgia (CBC),pelo trabalho realizado ao longode 40 anos de atuação.

Edgard Costa é conselheiro, mem-bro da Câmara Técnica de CirurgiaGeral e Trauma do CREMERJ, do CBC,da Academia Fluminense de Medicinae da Sociedade Brasileira de CirurgiaPlástica e titular da Sociedade Brasilei-ra de Cirurgia Crânio Maxilo-Facial.

Durante a solenidade, o especi-alista Ricardo Cruz apresentoua história da cirurgia cranio-facial,destacando o pioneirismo do pro-fessor Edgard na especialidade.

O conselheiro, por sua vez, fez uma

exposição sobre a cirurgia crânio ma-xilo-facial e agradeceu a homenagem.

– Cada aluno e colega que fez par-te da minha trajetória, com certeza,

contribuiu muito para minha experiên-cia. É emocionante reencontrar aque-les que começaram comigo essa cami-nhada que ainda não terminou, e não

Edgard Costa recebe homenagem pelos 40 anos dedicados à cirurgiavai terminar tão cedo – disse Edgard.

Constituíram a mesa de honra dacerimônia a presidente do CREMERJ,Márcia Rosa de Araujo; os presiden-tes das sociedades brasileira e regio-nal de Cirurgia Plástica, José Abou-dib e Henrique Radwansky, respecti-vamente; e representantes dos ex-alu-nos Luiz Fontoura, da AssociaçãoBrasileira de Cirurgia Crânio-maxilo-facial Diógenes Rocha, e da Acade-mia Fluminense de Medicina conse-lheiro Guilherme Eurico da Cunha.

– É uma homenagem importan-te para a valorização do trabalhode Edgar, um exemplo para gera-ções de cirurgiões. Ele contribuiupara o avanço da cirurgia crânio-maxilo-facial no país e também naformação de cirurgiões, sempre comdedicação, sabedoria e alegria – dis-se Márcia Rosa.

Edgar Costa com ex-alunos

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JORNAL DO CREMERJ Abril de 201332

Os médicos da turma de 1962 da UniversidadeFederal do Rio de Janeiro (UFRJ) foram homenage-ados em cerimônia promovida pelo CREMERJ, nodia 19 de março. Mais de 90 médicos receberam oreconhecimento público do Conselho por seus maisde 50 anos de formados.

A presidente do Conselho, Márcia Rosa de Araujo,enalteceu a contribuição dos colegas na luta pela va-lorização do médico e do exercício pleno da profissão.

– Temos certeza que ainda podemos contarcom vocês, pois sabemos que não fugirão à luta.Nós temos um compromisso muito forte, já que,a cada dia, percebemos que a medicina está so-frendo um golpe muito grande. Mas juntos, eaproveitando a experiência de vocês, vamos re-verter esse cenário – ressaltou.

Entre os homenageados estavam David Szpa-cenkopf e Renan Tinoco, que foram conselhei-ros do CREMERJ.

Durante a solenidade, a pediatra e epidemiologis-ta Meri Baran falou em nome dos colegas de turma,relembrando momentos das décadas de 60 e 70.

JUBILADOS • CREMERJ prestou homenagem aos médicos da turma de 1962 da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Um tributo aos que dedicaram 50 oumais anos ao exercício da medicina

Absalom Lima FilgueiraAdalmir Mortera DantasAdelson Vilela CostaAdherbal Guernelli de Oliveira MaiaAdolpho Carvalho FilhoAdolpho Eurico SelmiAlberto Frederico da RochaAlvio PalmiroArany de Lima MartinsAry Jaques Zveiter AverbugCarlos AcselradCarlos Alberto LeiteCarlos Ernesto Eslava BobadillaCarlos Modesto Solano TorresCesar Augusto Gouvea PintoCesar Augusto Matta SeminarioCicero Duque de MendonçaClodualdo de YuanDavid SzpacenkopfDiracy Nunes BandeiraDirceu de Santa RosaDomingos Lourenço Penna LacombeEddy BensoussanEdmir Laurindo de Cerqueira ShackletonElba Bastos PessoaElenio TolomeiEli Veloso de OliveiraEliasz Engelhardt

Eneida Correia Lima AzevedoEsther Lemos ZaborowskiFernando BevilacquaGeraldo LonguiniGerson Canedo de MagalhãesGetulio Francisco de VasconcellosGlycério Proba SoaresGuido Manoel Vidal SchafferHelcio Villaça SimõesHugo Palmeiro de CastroHygino de Carvalho HerculesIsaac José NigriJaci Lemos FalletJacintho Luiz Alvares da Silva CamposJardim Leite de SouzaJayme Brandão de MarsillacJoão Baptista Duarte RodriguesJoão MachadoJosé Antonio Mora y Araujo de Couto e SilvaJosé Cid ChavesJosemar da Silveira ReisLuís Liberato CabralLuiz Alberto Jardim da MottaLuiz Rodolpho Raja Gabaglia TravassosLuiz Victor Santos de CarvalhoMaria José Ferreira dos SantosMauricio GoldbachMeri BaranMilton Godoy e Godoy

Myrthes Correa TorriniNabil MassadNahman ArmonyNelson de Magalhães Feitosa JuniorOlavo Augusto de RezendeOnofre Lopes AmadoOscar Vieira FerreiraPaulo Carneiro RibeiroPaulo Linhares PintoPaulo Vieira da Costa LopesPedro MintzPedro Rocha LimaReginaldo Sorrenti MarcelloRenam Catharina TinocoRoberto Bittencourt MartinsRoberto Carneiro HortaRoberto Reis VieiraRogerio Gonçalves LeoniRuben Ramon Balbuena MernesRui PortugalSalomão Theodoro da SilvaSebastião Dias FerreiraSergio Moraes FernandesStanislaw SzanieckiSylvio Augusto RegallaTherezinha Lucy Monteiro PennaUeliton ViannaVicente SanchezWaldemar Schaffel

Os homenageados○

– Enfrentamos muitas dificuldades na época daditadura. Tivemos muitas greves, mas me recordo quequeríamos estar nos hospitais até nas férias, para po-der aprender. Foi um tempo muito rico e nosso ensi-no era de excelência. Agradecemos ao Conselho pornos ter proporcionado esse encontro após todos es-

ses anos e, principalmente, pela homenagem – disse.Estavam presentes na cerimônia os conselheiros

Vera Fonseca, Marília de Abreu, Kássie Cargnin, Re-nato Graça, Sergio Albieri, Luís Fernando Moraes,Armindo Fernando da Costa, Carlindo Machado, Ar-naldo Pineschi e Sidnei Ferreira.

Homenageados, familiares e convidados durante a execução do hino nacional

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JORNAL DO CREMERJAbril de 2013 33

“Assim que me formei, voltei para a minhacidade, Itaperuna, e lá eu comecei trabalhando

no Hospital São José do Havaí, do qual soupresidente há 30 anos. Ainda estou na ativa,inclusive operando. É de grande valor receberessa homenagem. O papel do Conselho e suaatuação são muito importantes para a classe,

pois sabemos que podemos contar com alguémpara nos defender.”

Renan Catarino Tinoco (cirurgião geral)

“Essa homenagem é muito gratificante. Para mim, é comoreviver minha época de faculdade. Formei-me há mais de 50 anos econtinuo me vendo como um estudante, por conta das dificuldades,vitórias, perdas e empecilhos da nossa profissão. Comecei atrabalhar na Santa Casa e ia fazer clínica médica no HospitalClementino Fraga Filho, mas optei pela ginecologia.Fui professor titular de ginecologia da UFRJ, mas já me aposenteihá 10 anos. Trabalho atualmente com medicina ortomolecular.Antigamente, o médico era extremamente conceituado, e hojeem dia isso mudou. Mas o CREMERJ é muito atuante e luta pelanossa categoria, contribuindo para que a medicina ocupe o seulugar na sociedade. A luta do Conselho é digna e oportuna.”Paulo Vieira da Costa Lopes (ginecologista e obstetra)

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“Assim que me formei, entrei para a Marinha,depois passei para a reserva. Fui ainda professorda Faculdade Souza Marques e chefe de serviçona Santa Casa. Ainda trabalho a todo vapor no

meu consultório e, graças a Deus, tenho muitospacientes e faço meu trabalho com toda

satisfação. Essa homenagem do CREMERJ é umreconhecimento por todo o trabalho prestado

nesses 50 anos. O Conselho tem nos prestigiadosempre e lutado pela nossa valorização.”

Sylvio Augusto Regalla (cardiologista)

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“Dediquei alguns anos da minha carreira aos pacientes no Acre. No Rio de

Janeiro, atuei na saúde do Corpo de Bombeiros e fui legista da polícia. Em

seguida, trabalhei no setor de cirurgia do Hospital São José, em

Teresópolis, e na Santa Casa da Misericórdia. Depois de 50 anos dedicados

à medicina, é muito importante, principalmente para os mais velhos, serem

lembrados pelo órgão que nos representa. Meu sentimento é de felicidade.

O CREMERJ é necessário na luta da causa médica.”Paulo Carneiro Ribeiro (cirurgião geral)

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JORNAL DO CREMERJ Abril de 201334

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“Essa homenagem me pegou de surpresa e fiqueibastante emocionado. Sempre faço campanha para oConselho, pois é um órgão que valoriza a classe. Quandome formei, trabalhei na Santa Casa e no Inca, mas fuidemitido por ser de esquerda, já que vivíamos na épocana ditadura. Prestei serviço no Hospital São Francisco dePaula e, depois que foi fechado, no Hospital deIpanema, onde me aposentei depois de oito anos detrabalho. Infelizmente, desde muito tempo, os governosfecham hospitais e o São Francisco foi um dos primeiros.Ainda clinico e realizo cirurgia toda semana, além de serdiretor de empreendimentos hospitalares da Unimed Rio.”David Szpacenkopf (cirurgião geral)

“Tive uma trajetória de muito trabalho no Rio de Janeiro. Trabalheidurante 35 anos no Hospital Municipal Herculano Pinheiro e

também na maternidade-escola da UFRJ, em Laranjeiras, ondecontinuo até hoje. Está muito difícil melhorar a saúde, tanto do

Rio, como em todo o país. Mas o CREMERJ tem feito tudo o que épossível. Sou da Comissão de Ética Médica e participo da Câmara

Técnica de Anestesiologia no Conselho, assistindo ao trabalhoinsano que os conselheiros desenvolvem para melhorar as condições

que temos agora. Estamos todos muito contentes com oreconhecimento do CREMERJ pela nossa trajetória.”

Alvio Palmiro, anestesiologista

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“Formei-me na UFRJ, mas fui trabalhar na Uerj, onde juntocom Nicola Albeno inaugurei a maternidade e o berçário.Trabalhei também no Instituto Municipal Fernando Magalhãese também no Corpo de Bombeiros. Agora estou aposentado esó tenho atividade na Sociedade Brasileira de Pediatria, ondesou coordenador do título de especialista em pediatria. OCREMERJ tem que continuar batalhando pela nossa profissão.A minha especialidade, que foi muito desvalorizada há algunsanos, começa hoje a reconquistar o seu espaço. A luta temque ser contínua e sem trégua. Estou recebendo essahomenagem com muita alegria e gratidão.”(Helcio Villaça Simões, pediatra)

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“Fiz uma trajetória interessante e construtiva na medicina. Fuidiretor da clínica Bambina e formei mais de 25 cirurgiões.

Agora sou preceptor da residência do Hospital Silvestre. Soufeliz na minha profissão e me sinto lisonjeado em receber essa

homenagem. É brilhante a iniciativa de promover umreencontro entre colegas de outras especialidades, que 50 anosatrás iniciaram a carreira médica. A luta diária e incessante do

Conselho, através da nossa presidente Márcia Rosa, tem sidofundamental para a toda classe médica.”

Adolpho Carvalho Filho (neurocirurgião)

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JORNAL DO CREMERJAbril de 2013 35

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JORNAL DO CREMERJ Abril de 201336

Reunidos em assembleia no dia 21 demarço, os residentes dos hospitais fede-rais do Rio de Janeiro debateram as difi-culdades que enfrentam nas suas unida-des e votaram, por unanimidade, três açõespara mostrar ao governo que a situaçãoestá insustentável: realizar um ato públi-co, protocolar um manifesto nos Ministé-rios da Saúde e da Educação e denunciarao Ministério Público todos as falhas gra-ves e crescentes que prejudicam e amea-çam a residência médica e a população.

Residentes dos hospitais Andaraí,Servidores do Estado, Bonsucesso, NovaIguaçu e Cardoso Fontes relataram osprincipais problemas de suas unidadese compartilharam sua revolta com aspromessas de melhoria não cumpridaspelos gestores, a falta de recursos hu-manos, as condições inadequadas deaprendizagem e a deficiência de pre-ceptores, fatores que acabaram levan-do à diligência dos programas de resi-dência médica no Hospital do Andaraí.

No caso do Andaraí, como já houve acontratação emergencial de anestesistas,está sendo solicitada à Comissão Estadualde Residência Médica do Rio de Janeiro

RECÉM-FORMADOS • Residentes debatem em assembleia as dificuldades que enfrentam nas suas unidades

Mobilização em defesa da residência

José Ramon, Pablo Vazquez, Beatriz Costa, Diego Puccini, José Romano, Suzana Maciel eCarlos Henrique Tibiriçá

(Ceremerj) nova visita para reavaliação dascondições da unidade e a revogação dadiligência, abrindo a oportunidade de osresidentes, preceptores e a Comissão deResidência Médica (Coreme) do hospitalapontarem todas as deficiências para quesejam corrigidas pelos gestores.

A presidente da Associação Nacionalde Médicos Residentes (ANMR), Beatriz

Costa, que participou da mesa diretora daassembleia, pediu que os colegas se man-tivessem mobilizados para as batalhas.

– Todos sabemos que a residênciaé a melhor forma de especializaçãomédica e vamos lutar por ela. Nãopodemos deixar que a má administra-ção e o descaso dos gestores acabemcom tudo aquilo que já foi conquista-

do pelos médicos – disse.Novo presidente da Associação dos

Médicos Residentes do Estado do Riode Janeiro (Amererj), eleito no dia 18 demarço, Diego Puccini ressaltou que aorganização do movimento é essencialpara que a categoria conquiste vitórias.

– Estou assumindo a Amererj como compromisso de lutar pela manuten-ção e pela excelência da nossa especi-alização. Sei que terei muito trabalhopela frente, mas com o apoio de vocês,vamos atrás do nosso objetivo maior:poder fazer a residência com qualida-de e dignidade – salientou.

Os residentes farão um levanta-mento das dificuldades enfrentadas emsuas unidades, que serão a base deum manifesto para o Ministério daSaúde e também serão formalizadas emuma denúncia ao Ministério Público.

A manifestação, que ainda não temdata marcada, irá reunir residentes queatuam em unidades das três esferas degoverno e deverá ocorrer entre o Mi-nistério da Educação no Rio e o Nú-cleo Estadual do Ministério da Saúde(Nerj), no centro da capital.

“Todos sabemos que a residência é a melhor formade especialização médica e vamos lutar por ela.”

Beatriz Costa, presidente da ANMR

60 anos de luta médica, de Eduardo Augusto Bordallo

e a luta continua...

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Coremes precisam ser fortalecidasO conselheiro Pablo Vazquez

chamou a atenção para a importân-cia do fortalecimento das Coremes.

– A situação que vemos hoje noshospitais, não só nos federais, é la-mentável. O governo dá seu atesta-do de incompe-tência na gestão esegue o caminhoda terceirização dasaúde. Mas preci-samos resistir. Osresidentes devemmanter-se unidose mobilizados,porque essa luta éfundamental, nãosó para o fortale-cimento da resi-dência como paraa reestruturaçãodos hospitais. As entidades médicasapoiam o movimento em defesa daresidência de qualidade e de umamedicina digna e de excelência à po-pulação – declarou.

Susana Maciel, que preside a Ce-remerj, explicou aos participantescomo funciona o processo de avali-

ação para a existência dos progra-mas e solicitou que os residentes re-latem e enviem para a Ceremerjquaisquer dificuldades que estejamenfrentando imediatamente.

Representando a deputada fede-ral Jandira Fegha-li, o assessor Car-los Henrique Tibi-riçá frisou que elahavia pedido umaaudiência com oministro da Saúdecom a ANMR, abancada parla-mentar do Rio deJaneiro e mem-bros do CREMERJ,marcada para odia 19 de março,mas cancelada e

prometida para a semana seguinte.(A reunião ocorreu no dia 2 de abril.Leia na página 13)

Também participaram da assem-bleia os conselheiros Armindo Fernan-do da Costa, Luís Fernando Moraes,José Ramon Blanco (presidente da So-merj) e José Romano, do Sinmed-RJ.

“Os residentes devemmanter-se unidos emobilizados, porque

essa luta éfundamental, não sópara o fortalecimentoda residência como

para a reestruturaçãodos hospitais.”

Conselheiro Pablo Vazquez