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Desde o começo do ano, a contestação às injustiças da Copa do Mundo vem ganhando força na opinião pública. Segundo a última pesquisa do Data- folha, hoje praticamente metade dos brasileiros se posicionam contrariamente à realização do megaevento. Os governos já não têm como esconder os gastos bilionários de dinheiro público em estádios e empresas privadas, as mortes de operários sujeitos a péssimas condições de trabalho para cumprir cronogra- mas da FIFA, as remoções de milhares de famílias em prol da especulação imobiliária, o aumento da exploração sexual das mulheres, a brutal escalada repressiva e militarista contra manifestações. Como resposta a esta situação, diversos movimentos sociais, organizações de juventude, comitês populares da copa, sindicatos e entidades estudantis estão organizando um dia nacional de indignação contra as injustiças da Copa. No dia 15 de Maio, o Brasil irá se manifestar contra esta Copa que não é nossa! Iremos nos manifestar contra o descaso com nossos direitos sociais e contra a inversão de prioridades imposta pelos governos. Nas universidades, nos locais de trabalho e nas ruas nos faremos ser ouvidos! O movimento estudantil da maior universidade do Brasil não pode ficar de fora dessa! Também aqui o 15M será de debate, mobilização e luta. Confira o calendário e venha construir conosco uma grande mobilização no 15M. A juventude e os trabalhadores nas ruas por seus direitos! Fifa Go Home! ESTUDANTE NÃO É MASSA DE MANOBRA! FORA NAKAO! Vimos de tudo nesse primeiro semestre. A última novidade foram as declarações absurdas do Superintendente de Estrutura Física da USP, Osvaldo Nakao, que alegou não ter contaminação no solo da USP Leste e que a permanência da interdição trata-se de uma articulação dos professores, na tentativa de usar os estudantes como massa de manobra para desgastar o governador do estado. O DCE vem repudiar tal afirmação. Lutamos pela EACH porque o projeto de educação construído nesse campus coloca em cheque o modelo elitista e meritocrático que predomina em muitos outros campi da USP. Lutar pela USP Leste significa brigar pelo campus onde se concentram o maior número de estudantes vindos de escola pública, e onde a interdisciplinaridade é construída, valorizada e vista como algo fundamental para uma formação completa e de qualidade. A congregação da EACH já se posicionou exigindo o afastamento do professor Nakao do cargo. Nós estudantes também endossamos este posicionamento que deixa claro a total falta de preparo da reitoria para lidar com os problemas da USP Leste. O DCE entende que a luta dos estudantes, professores e funcionários se dá com o intuito de reaver o campus descontaminado, e restabelecer as atividades acadêmicas no local. Fazemos um chamado a todos os estudantes da USP para que se somem a essa luta! Diretório Central dos Estudantes da USP Alexandre Vannuchi Leme Maio de 2014 Gestão Para Virar a USP do Avesso dceusp.org.br facebook.com/dcedausp 15M: o dia nacional de mobilização contra as injustiças da Copa! JORNAL DO DCE

Jornal do DCE - Maio de 2014

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Page 1: Jornal do DCE - Maio de 2014

Desde o começo do ano, a contestação às injustiças da Copa do Mundo vem ganhando força na opinião pública. Segundo a última pesquisa do Data-folha, hoje praticamente metade dos brasileiros se posicionam contrariamente à realização do megaevento. Os governos já não têm como esconder os gastos bilionários de dinheiro público em estádios e empresas privadas, as mortes de operários sujeitos a péssimas condições de trabalho para cumprir cronogra-mas da FIFA, as remoções de milhares de famílias em prol da especulação imobiliária, o aumento da exploração sexual das mulheres, a brutal escalada repressiva e militarista contra manifestações. Como resposta a esta situação, diversos movimentos sociais, organizações de juventude, comitês populares da copa, sindicatos e entidades estudantis estão organizando um dia nacional de indignação contra as injustiças da Copa. No dia 15 de Maio, o Brasil irá se manifestar contra esta Copa que não é nossa! Iremos nos manifestar contra o descaso com nossos direitos sociais e contra a inversão de prioridades imposta pelos governos. Nas universidades, nos locais de trabalho e nas ruas nos faremos ser ouvidos! O movimento estudantil da maior universidade do Brasil não pode ficar de fora dessa! Também aqui o 15M será de debate, mobilização e luta. Confira o calendário e venha construir conosco uma grande mobilização no 15M. A juventude e os trabalhadores nas ruas por seus direitos! Fifa Go Home!

ESTUDANTE NÃO É MASSA DE MANOBRA! FORA NAKAO! Vimos de tudo nesse primeiro semestre. A última novidade

foram as declarações absurdas do Superintendente de

Estrutura Física da USP, Osvaldo Nakao, que alegou não ter

contaminação no solo da USP Leste e que a permanência

da interdição trata-se de uma articulação dos professores,

na tentativa de usar os estudantes como massa de manobra

para desgastar o governador do estado.

O DCE vem repudiar tal afirmação. Lutamos pela EACH porque

o projeto de educação construído nesse campus coloca em cheque o

modelo elitista e meritocrático que predomina em muitos outros campi da

USP. Lutar pela USP Leste significa brigar pelo campus onde se

concentram o maior número de estudantes vindos de escola pública,

e onde a interdisciplinaridade é construída, valorizada e vista como

algo fundamental para uma formação completa e de qualidade.

A congregação da EACH já se posicionou exigindo o

afastamento do professor Nakao do cargo. Nós estudantes

também endossamos este posicionamento que deixa claro a total

falta de preparo da reitoria para lidar com os problemas da USP

Leste. O DCE entende que a luta dos estudantes, professores e

funcionários se dá com o intuito de reaver o campus descontaminado, e

restabelecer as atividades acadêmicas no local. Fazemos um chamado a

todos os estudantes da USP para que se somem a essa luta!

Diretório Central dos Estudantes da USP Alexandre Vannuchi Leme

Maio de 2014 ▪ Gestão Para Virar a USP do Avesso

dceusp.org.br ▪ facebook.com/dcedausp

15M: o dia nacional de mobilização contra as injustiças da Copa!

JORNAL DO DCE

Page 2: Jornal do DCE - Maio de 2014

CRISE NO ORÇAMENTO DA USP

Eu quero virar a USP do avesso

goo.gl/1dzgPQ

10 CONSELHO DE CENTROS ACADÊMICOS Com 4991 votos, a chapa “Para Virar a USP do Avesso!” foi eleita gestão do DCE. Agradecemos a confiança depositada em nós e convidamos todos para que construam conosco nossa entidade. Em 2014 vamos construir um movimento estudantil for-te e democrático para virar a USP do Avesso!

R.O. Toda sexta-feira às 18:00 acontece a Reunião Ordinária do DCE na sede da entidade (ao lado do bandejão central). A reunião é aberta; participe!

CALENDÁRIO - maio

15M! DIA INTERNACIONAL DE LUTAS CONTRA AS INJUSTIÇAS DA COPA

1º ENCONTRO LGBT DA USP

ASSEMBLÉIA GERAL DOS ESTUDANTES 18H - FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO (FAU)

OBRIGADO PELO SEU VOTO!

Sabemos que a verba destinada à educação pública pelo governo estadual e federal é insuficiente. Não bastasse isso, segundo a ADUSP de 2008 a 2013 os sucessivos governos do PSDB sonegaram recursos à universidade na casa de 2 bilhões (R$ 540,41 milhões só no ano passado!). Devemos pressionar por mais investimento na educação pública em todos os níveis, por 10% do PIB para a educação pública já! Queremos nos somar a todos os movimentos sociais, jovens e trabalhadores que estiveram nas ruas em Junho de 2013 exigindo “educação padrão FIFA” para lutar pela efetiva valorização da educação pública. Nas universidades estaduais paulistas, isto passa pela demanda reivindicada há anos pelos movimentos sociais de investimento de 11,6% do ICMS nas universidades (ao invés dos atuais 9,56%). É preciso ampliar o repasse das verbas já!

Todos pela educação: por mais investimento na educação pública em todos os níveis!

A única maneira de barrarmos os cortes orçamentários e a precarização da universidade é com a organização e mobilização. Nas próximas semanas o DCE irá se unificar com professores e funcionários de diversos cursos e campi para organizar atividades sobre a questão orçamentária e com os centros acadêmicos para definir iniciativas de mobilização. Fique ligado e participe!

Nenhum corte!

Se o reitor realmente quer mudanças, então mais do que apenas palavras Zago deveria implementar medidas concretas para a resolução desta situação. Em sua carta, afirma que as informações sobre as finanças da USP não eram compartilhadas com os pró-reitores (cargo que ocupava durante a gestão Rodas). Supondo que a afirmação seja verdadeira, Zago deveria questionar então o absurdo antidemocrático que é uma universidade pública na qual sequer o alto escalão do poder tem acesso a suas contas! A falta de transparência tem que acabar. Devemos exigir a abertura do livro de contas da universidade para que todos saibam para onde está indo o dinheiro da USP (a começar pelos supersalários ilegais de dezenas de professores recentemente denunciados pelo Tribunal de Contas do Estado)! Deve ser realizada uma auditoria dos gastos da universidade nos últimos anos! A caixa preta da USP não pode seguir existindo!

Transparência já!

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