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JORNAL DO DEFENSOR - ANO VIII - Nº 38 - JUNHO/JULHO DE 2012 1 Diretoria da ADEP-MG abre espaço para que os seus associados apresentem sugestões que poderão integrar o documento que irá reger a Defensoria Pública em Minas Gerais. As propostas foram votadas na Convenção realizada em Belo Horizonte no dia 29 de junho. PÁGINA 3 ELEIÇÃO DE DPG Apenas dois candidatos se apresentaram PÁGINA 5 DIA NACIONAL DA DEFENSORIA PÚBLICA Confira a cobertura completa PÁGINA 8 IDOSOS Defensores levam atendimento no Dia Nacional de Combate à Violência PÁGINA 18

Jornal do Defensor - Edição 38

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Jornal do Defensor Edição 38 - Associação dos Defensores Públicos de Minas Gerais

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JORNAL DO DEFENSOR - ANO VIII - Nº 38 - JUNHO/JULHO DE 2012

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Diretoria da ADEP-MG abre espaço para que os seus associados apresentem sugestões que poderão integrar o documento que irá reger a Defensoria Pública em Minas Gerais. As propostas foram votadas na Convenção realizada em Belo Horizonte no dia 29 de junho. PÁGINA 3

ElEIção dE dPGApenas dois candidatos

se apresentaramPÁGINA 5

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Confira a cobertura completaPÁGINA 8

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atendimento no Dia Nacional de Combate à Violência

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Inegavelmente a Defensoria Pública vem avançando em todo o Brasil a

passos largos. E também em Minas Gerais temos todos o que comemorar, e mais ainda que nos encher de esperança em dias melhores para os Defensores e seus assistidos em todas as Alterosas.

Evoluímos muito, não apenas no as-pecto material da instituição, que hoje se revela mais fortalecida em sua infraestru-tura física e de pessoal, com mais sedes bem instaladas, mais defensores em ativi-dade. É de se ressaltar, sobretudo, o grau de maturidade institucional e política da instituição. Hoje os Defensores Públicos conhecem melhor o papel de cada uma das entidades: da Associação, da Defenso-ria Pública e de seus órgãos –Corregedo-ria, Defensoria Geral e Conselho Superior.

Existem, é claro, os problemas, mas estes são resolvidos institucionalmente sem maiores crises, sem personalismos. Assim como, atualmente, cada vez mais interlocutores no cenário público e priva-do conhecem a força, as possibilidades

e as necessidades da Defensoria Pública mineira. Bom para todos, e melhor ainda para os nossos assistidos, que contam com uma Defensoria Pública mais forte e consciente de seu papel social.

Entre nós, tudo bem encaminhado, para mais um momento de democracia interna, candidatos qualificados, regras bem delineadas pela comissão eleitoral, tudo tranquilo. Mas é preciso algo mais.

Se a instituição vai bem, os Defensores ainda merecem uma atenção extra da Administração Superior e do Governo. O excesso de serviço continua, haja vista a defasagem de 50% de pessoal, vale dizer, continuamos a trabalhar por dois. Trabalhamos por dois, e ainda recebemos quase o que recebe meio Defensor Público de outros estados. Tivemos melhoras, sim, mas nossa remuneração continua inferior à média nacional. É hora de mobilizar a classe para cobrar dos candidatos a dirigente um compromisso sério, claro e objetivo para prioridade absoluta para a revisão de subsídio ainda no governo Antônio Anastasia.

Sabemos que a aprovação da reforma de nossa lei orgânica é importante, e o debate de seu conteúdo com os colegas produzirá um anteprojeto melhor do que aquele já debatido internamente na Defensoria. Mas a prioridade da classe, definitivamente, não é essa.

Assim, somos pela assunção imediata de compromisso com prioridade absoluta, em relação a todos os outros, pelos can-didatos à Defensoria Pública Geral: um cronograma objetivo de revisão de subsídio para os Defensores Públicos de Minas Ge-rais ainda no Governo Antônio Anastasia.

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lC 65/2003

ADEP-MG abre espaço parase discutir o futuro da classe

Ampla discussão e espírito democrá-tico marcaram a Convenção para

Avaliação do Anteprojeto de Reforma da lei Complementar 65/2003 realizada pela ADEP--MG, na sexta-feira (29/06), no Teatro Pio XII, em Belo Horizonte. Durante todo o dia, defensores públicos associados votaram as propostas encaminhadas à Coordenadoria da Convenção.

Aglutinadas pela Coordenadoria, as propos-tas foram apresentadas ao público por sequência de artigos. Para maior facilidade, antes da con-venção, foi encaminhado a todos os defensores públicos associados o conteúdo reunido das propostas, separadas por temas. Dessa forma, os associados tiveram a oportunidade de conhecer as proposições antes da votação.

Com a participação de defensores públicos de todo o estado, foi aberto, em cada proposta, o tempo de defesa da proposição ou manuten-ção da redação original do anteprojeto.

Para o defensor público de Ribeirão das Neves, Bruno Cesar Canola, as discussões acerca do anteprojeto foram fundamentais para a classe debater o futuro. “É uma oportunidade ímpar para a carreira discutir o que ela quer e o que nós esperamos que seja a Defensoria Pública no futuro”, avaliou o defensor.

A organização do evento também foi destacada pelos defensores. “A Convenção foi extremamente organizada, fortaleceu muito a classe e deu oportunidade a todos de manifes-tar opinião”, destacou a defensora pública de Belo Horizonte, Darle Gonçalves.

“A importância deste evento é inegável. Tivemos a oportunidade de discutir democrati-camente, com todos interessados e integrantes da carreira, notadamente associados, uma lei que vai reger o futuro da Instituição e a vida profissional de cada um de nós”, avaliou o defensor público de Belo Horizonte, Guilherme lisboa Tambasco.

De acordo com o Coordenador da Conven-ção para Avaliação do Anteprojeto de Reforma da lei Complementar 65/2003, Eduardo Cava-lieri, o evento foi um exercício da democracia. “O próprio princípio da existência da Defensoria Pública é também para assegurar a democra-cia. De nada adiantaria nós termos a previsão abstrata de direitos sem que a pessoa sem condições financeiras não pudesse exercê-la. Nós, como defensores públicos, como cida-dãos, temos este direito de opinar a respeito das normas que vão reger nossa carreira”, afirmou Cavalieri.

O coordenador destacou ainda que a Comissão foi formada de maneira ampla e democrática. Além disso, destacou Eduardo Cavalieri, a Convenção mostrou a força e importância da classe. “Todo este processo mandou um recado: que nós somos defensores

públicos, nós defendemos o hipossuficiente, nós, como classe, também sabemos defender nossos direitos e nós queremos que nossa voz seja ouvida”, afirmou o defensor.

O presidente da ADEP-MG, Felipe Soleda-de, também pontuou o espaço democrático e a necessidade de que a classe opine nas matérias legislativas. “Acredito que, a partir

deste evento, os próximos processos legislati-vos dentro da Defensoria Pública exijam uma etapa prévia de participação da classe, que tem competência, conteúdo e direito para opinar”, afirmou Soledade.

O documento final será remetido à Defen-soria Pública, e a ADEP-MG continuará acom-panhando os desdobramentos do anteprojeto.

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Lembrando o casoO anteprojeto de reforma da lei Com-

plementar nº 65/2003 seria entregue pela Defensora Pública Geral, Andréa Abrit-ta Garzon Tonet, ao Governador Antonio Anastasia na segunda-feira, 11 de junho. A ADEP-MG, assim como membros eleitos do Conselho Superior da Defensoria Pública de Minas Gerais não acompanharam a produção do anteprojeto e nem tiveram tempo hábil para análise do documento.

No dia 04 de junho, a associação recebeu da chefia de Gabinete da Defensoria Pública--Geral e-mail com o texto-convite para reunião de discussão do anteprojeto, designada para o dia seguinte. O texto dizia ainda que a DPG já havia agendado uma reunião com o Go-vernador para a segunda-feira, 11 de junho, a fim de apresentar o anteprojeto.

Devido ao pouco prazo para análise, a ADEP-MG não formulou juízo de valor sobre o conteúdo integral do documento,

solicitando maior tempo para avaliação pela classe. Diante dos desdobramentos, o anteprojeto não foi entregue ao chefe do Executivo estadual.

A Associação dos Defensores Públicos de Minas Gerais iniciou imediatamente um trabalho para que a alteração da lei Com-plementar 65/2003 atenda aos anseios da classe. Para isso, criou regulamento, instituiu uma Comissão e lançou uma pesquisa junto a outras Associações e Defensorias buscando informações sobre as formas como foram feitas as adequações da lei estadual em consonância com a lei federal. Antes disso, em maio de 2011, a ADEP-MG já havia apre-sentado à Defensoria Pública Geral sugestões sobre as principais demandas classistas, destacando a redução do número de classes e a criação de verbas indenizatórias para o acúmulo de cargos.

Certa de que ninguém melhor que o pró-

prio Defensor para dizer o que é importante para a classe, a diretoria da ADEP-MG propôs a consulta, abrindo espaço para que os asso-ciados enviassem por e-mail, criado para este fim ([email protected]), sugestões a serem analisadas pela Coordenadoria da Convenção composta pelos seguintes De-fensores Públicos: Eduardo Cavalieri Pinheiro - Coordenador-geral; Flávio Rodrigues lélles; Fernando Campelo Martelleto; Ana Paula Machado Nunes; José Henrique Maia Ribeiro; Crysthiane Andrade linhares; luana lagares Cortes Costa; Vanessa Mendonça.

À Coordenadoria da Convenção coube a tarefa de reunir as propostas apresentadas pelos associados, aglutinando as sugestões idênticas ou semelhantes e divulgar seu conteúdo por e-mail. Também foi criado um Regulamento para a Convenção marcada para 29 de junho, no auditório do Colégio Pio XII, em Belo Horizonte.

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Com eleição marcada para o dia 19 de ju-lho de 2012, na capital, e duas semanas

mais cedo para aqueles que atuam nas comar-cas do interior do estado, a Defensoria Pública de Minas Gerais vive mais um processo eleitoral, com vistas ao biênio 2012-2014. Disposta a concorrer à reeleição, Andreá Abritta Garzon Tonet, renunciou ao cargo, exonerando-se em 15/06, de acordo com os ditames da lei. Apta a concorrer, a ex-DPG disputa a reeleição com um único candidato, o defensor público classe especial, Horácio Vanderlei Tostes.

Em circunstancias normais, os defensores públicos elegeriam nomes que iriam compor a lista tríplice para a escolha do novo Defensor Público Geral (DPG). lista esta que, poste-

riormente, seria submetida ao governador do estado que, por sua vez, nomearia o novo Defensor Público Geral. Concorrendo com apenas um candidato, Andréa Tonet integrará lista dupla, todavia, deverão ser observadas as mesmas determinações de voto plurinominal, obrigatório, direto e secreto de todos os mem-bros da Defensoria Pública em exercício, sendo vetado o sufrágio por meio de procuração.

Na segunda-feira, 02 de julho, o material para votação - envelope próprio, cédula oficial e sobrecarta de endereçamento-, já havia chegado a várias comarcas e, com isso, foi ini-ciada a votação. Para os defensores públicos da capital, eleição de 9h às 18h, na sede da Defensoria Pública (Rua Paracatu, 304, Barro

Andréa Abritta Garzon Tonet é ca-sada, tem dois filhos e se formou

em Direito pela UFMG. Ingressou na Defensoria Pública no concurso de 1994. Atuou no I Tribunal do Júri e na 6ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte. Desde 1998 está lotada no TJMG, onde é titular da 2ª Defensoria Especializada de 2ª Instância e Tribunais Superiores – Criminal. Foi vice-presidente e membro do Conselho Consultivo da ADEP-MG. Integrou o primeiro Conselho Superior da Defensoria Pública (biênio 2003/2005), exerceu o segundo mandato no biênio 2007/2009 e em novembro de 2009 foi reconduzida para o cargo, sempre na con-dição de membro eleito. É palestrante e foi professora universitária e de cursos prepa-ratórios para concursos jurídicos, até ser eleita em primeiro lugar em lista tríplice e nomeada Defensora Geral. Empossada em 18/08/2010, exerceu o cargo por 22 meses, do qual se desincompatibilizou para concorrer à recondução. Durante esse período, foi eleita e exerceu o cargo

de presidente do Conselho Nacional de Defensores Públicos Gerais - CONDEGE.

Apresentação Apresento minha candidatura ao cargo

de Defensora Pública-Geral, visando ser reconduzida ao posto. O processo eleitoral já começou, e alguns colegas, lotados no interior já devem ter votado. Desculpe-me por não ter me manifestado antes, mas não o fiz devido a luto na família.

Embora haja apenas dois candidatos para compor uma lista tríplice, e tendo sido Defensora Geral, o que torna minha gestão sujeita à avaliação, considero indispensável o contato com a classe, para renovar com-promissos e legitimar minha candidatura. Assim como fiz há dois anos, submeto minha pretensão ao escrutínio dos colegas, por meio do contato direto, por escrito e em trocas de mensagens.

A Defensoria Pública do Estado de Mi-nas Gerais é complexa e heterogênea, com elevado e crescente nível de demandas e responsabilidades, que exige dirigentes experientes, com clareza de propósitos e sintonizados com os interesses institucio-nais e da classe. A partir do conhecimento acumulado, dos vínculos estabelecidos e da respeitabilidade conquistada, madura e consciente das possibilidades e dificuldades, me sinto preparada e em condições para fazer a Defensoria Pública de Minas Gerais avançar mais, com ênfase em questões primordiais.

Propostas de gestão Se for eleita e nomeada, sendo novamen-

te legitimada pela vontade da classe, além da manutenção das políticas de fortalecimento

institucional e da conclusão dos projetos em andamento, com a renovada represen-tatividade, considero viável implementar os seguintes compromissos prioritários para a próxima gestão, sem prejuízo das novas contribuições dos Defensores Públicos:

Revisão do subsídio, por meio de um cro-nograma negociado, que estabeleça prazos e valores, possibilitando projetar no tempo a simetria remuneratória com as Defensorias Públicas que praticam o regime de subsídio e já superaram essa questão, estabilizando a carreira e dando tratamento compatível com a dignidade da função. A matéria já foi posta em tese ao governo, na gestão que encerrou, como medida necessária para a pacificação da classe, e agora será o momento de concretizá-la.

Implantação urgente da reforma da lC 65, com os acréscimos ou alterações ad-vindas das consultas em andamento, que aperfeiçoem o anteprojeto apresentado pela Administração, visando suprir as lacunas legais para o eficiente exercício da autono-mia da Defensoria Pública e para efetivar as necessárias reformas de interesse da classe e da Defensoria Pública.

Realização do VII e do VIII Concursos Públicos, oferecendo menos vagas de cada vez, para torná-los mais ágeis, com banca constituída de Defensores Públicos, valori-zando os membros da Defensoria Pública e selecionando candidatos com o perfil adequado para a Instituição, o que aliviará a carga dos que já estão na carreira, ampliará os serviços e lhes dará mais qualidade e eficiência.

Implementar a lei da atividade meio, a partir da consultoria prestada pela Fun-dação João Pinheiro, criando as carreiras

Preto-Belo Horizonte).A apuração imediata e pública dos votos

colhidos na capital e dos recebidos por corres-pondência ocorre normalmente após encerrado o prazo de votação. Um eventual recurso do resultado da votação deverá ser julgado pela Comissão Eleitoral.

A Defensora Pública Geral em exercício, Ana Claudia Alexandre, enviará a lista dupla ao governador do estado, mediante registro, na forma do art. 7º, §S 8º, para os fins do art. 8º, da lei Complementar nº. 65/03.

O Jornal do Defensor abriu nesta edição espaço para que os candidatos registrassem suas propostas e respondessem a um breve questionário proposto pela ADEP-MG. Confira.

Andréa Abritta Garzon Tonet

ElEIÇÃO 2012

Defensores Públicos vão às urnas

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administrativas da Defensoria Pública, com as respectivas funções, e o plano de cargos e salários dos seus servidores, em patamar compatível com as exigências e necessidades da Instituição, dando condições para abrir o indispensável I Concurso Público.

Fortalecimento dos métodos extrajudiciais para a composição de conflitos, como a con-ciliação e a mediação, inclusive em matéria penal, para ampliar e desjudicializar os servi-ços, desafogar o Judiciário e, principalmente, distinguir positivamente a Defensoria Pública das demais funções do Sistema de Justiça, com iniciativa que lhe é própria e prioritária.

Estruturação da Defensoria Pública, com a conclusão das instalações de sedes em an-damento, no interior e na capital, equipadas com mobiliário e instrumentos adequados; ampliação da política de ocupação de es-paços próprios, independentes do Poder Municipal e dos fóruns, e o planejamento das futuras construções de sedes próprias, em imóveis doados ou por adquirir, propi-ciando condições dignas de trabalho para os Defensores Públicos e servidores, e meios para atender melhor aos assistidos.

Reafirmo a importância do voto uni-nominal, para fortalecer a Instituição e a aprovação das nossas demandas, e renovo o pedido do prestigioso apoio que já me foi depositado, no propósito de continuar servindo à Defensoria Pública e contribuir para que ela, seus membros e servidores se tornem cada vez mais valorizados e respei-tados, em favor dos assistidos, razão de sua existência, e de uma sociedade mais justa, fraterna e solidária.

AdEP-MG - Qual é o nível de prioridade que a senhora dá em relação à revisão do subsidio?

Andréa Tonet - Dou prioridade máxima. Desde meu ingresso na Defensoria Pú-blica participei de todas as lutas da classe, o que inclui a luta por uma remuneração digna. O subsídio é imperativo constitucional e deve ser entendido como aquele compatível com as exigências, vedações e a natureza do cargo de Defensor Público. Não obstante os avanços, a matéria já foi posta ao governo, na gestão que encerrou, como medida necessária para a pacificação da classe, para estabilizar a carreira e para dar dignidade à função. Entendo que a questão está madura e que estamos em condições de concretizá-la, por meio de um cronograma negociado, que estabeleça prazos e valores, possibilitando projetar no tempo a simetria remuneratória com as Defensorias Públicas e demais instituições do sistema de Justiça que praticam o regime de subsídio e já o fixaram no montante adequado.

AdEP-MG - Qual é a importância, na sua opinião, das contribuições da categoria ao anteprojeto de lei complementar 65/2003 realizada via con-venção promovida pela AdEP-MG?

A reforma da lC 65/03 é demanda urgente, que já foi submetida ao escrutínio da classe, às contribuições dos órgãos da Defensoria Pública e à própria ADEP. O ante-projeto apresentado pela Administração reflete essa discussão e as propostas apre-sentadas pela ADEP foram integralmente acatadas. Avaliei que o momento político era agora e que entregá-lo diretamente em mãos do governador potencializaria sua tramitação, sem prejuízo dos eventuais ajustes durante o processo, advindos de uma reflexão sobre o seu conteúdo. No entanto, refletindo sobre o assunto, conclui que a predisposição em renovar a discussão, agora sobre o texto consolidado, primeiro pela ADEP, e agora também pelo Conselho Superior, permitiu que os que ingressaram na carreira depois do processo inicial de consulta, também pudessem dar sua opinião. Assim, minha expectativa é de que as propostas de acréscimos ou alterações advin-das das consultas em andamento aperfeiçoem o anteprojeto apresentado, que visa, sobretudo, suprir as lacunas legais para o eficiente exercício da autonomia, além de efetivar as necessárias reformas de interesse da classe e da Defensoria Pública.

Horácio Vanderlei Tostes

Defensor Público de Minas Gerais des-de 10 de junho de 1996, aprovado

no concurso público de 1994. Assumiu funções institucionais na Comarca de Ubá, julho de 1996. Atuou por quase dez anos no interior do estado, na comarca de Ubá e prestou auxílio nas comarcas de Viçosa, Cataguases e Visconde do Rio Branco, prin-cipalmente em Plenário do Júri e varas cri-minais. Desde janeiro de 2006 na Comarca de Belo Horizonte, onde exerceu atribuições institucionais na 11ª Vara Criminal, Juizado Especial Cível da UFMG, atuação na 2.ª

Instância, junto a 4.ª Câmara Criminal do antigo Tribunal de Alçada, posteriormente lotado na Infância e Juventude Cível e atual-mente Titular da 1ª Defensoria Pública junto ao 1º. Tribunal do Júri de Belo Horizonte. Foi integrante da banca examinadora de Direito Penal do IV e VI Concurso de Ingresso na carreira. Exerceu o magistério por muitos anos no interior. Na capital fui professor substituto, por concurso de provas e títu-los, da Faculdade de Direito da UFMG, na cadeira de Processo Civil. Integrou, como membro, a Comissão Permanente Criminal do CONDEGE, quando teve a oportunidade de acompanhar o trâmite final do PlS 0156, Projeto de lei do Senado do Código de Processo Penal, hoje adormecido na Câmara dos Deputados.

Apresentação Como candidato à formação de lista trí-

plice para Defensor Público Geral na eleição que se avizinha, num certame em que ape-nas dois candidatos concorrem ao pleito, a apresentação desta candidatura se faz como contraponto ao continuísmo da candidatura oficial.

Não se faz necessário, uma crítica à gestão

que se finda, pois esta crítica há de ser feita pelos colegas nas urnas no próximo dia 19 de julho de 2012.

Integro o quadro de Defensor Público de Minas Gerais desde 10 de junho de 1996, tendo sido aprovado no concurso público de 1994. Assumi minhas funções institucionais na Comarca de Ubá, julho de 1996, onde as condições de trabalho eram precárias, sem sala adequada, máquina de escrever manual etc. Com muita luta conseguimos fazer pre-sente a Defensoria Pública naquela comarca. Naquela oportunidade, não havia sequer lei orgânica, num pleito que só se consolidou no início de 2003. A partir de então dois grandes movimentos paredistas foram deflagrados, a greve de 2003, se não estiver errado, primeira realizada por Defensores Públicos no Brasil. Poucos foram os avanços nesta greve, mas o movimento nos fortaleceu para um segundo movimento, em 2007.

Na nossa história recente, vários foram os avanços, mas também alguns retroces-sos. Muitas das conquistas efetuadas pelos Defensores Públicos nesses anos têm como marco a nossa luta e os avanços derivados dos movimentos nacionais, como a EC 45/04, a lC 132/09.

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Com atuação por quase dez anos no in-terior do estado, comarca de Ubá e prestado auxílio nas comarcas de Viçosa, Cataguases e Visconde do Rio Branco, atuando principal-mente em Plenário do Júri e varas criminais, conheço a realidade da atuação no interior. Desde janeiro de 2006 atuo na Comarca de Belo Horizonte, onde exerci minhas atri-buições institucionais na 11ª Vara Criminal, Juizado Especial Cível da UFMG, atuação na 2.ª Instância, junto a 4.ª Câmara Criminal do antigo Tribunal de Alçada, posteriormente lotado na Infância e Juventude Cível e atual-mente Titular da 1ª Defensoria Pública junto ao 1º. Tribunal do Júri de Belo Horizonte.

Fui integrante da banca examinadora de Direito Penal do IV e VI Concurso de Ingresso na carreira, no V Concurso fui excluído da banca, sem qualquer direito de defesa, situa-ção derivada de minha combatividade. Exerci o magistério por muitos anos no interior. Na capital fui professor substituto, por concurso de provas e títulos, da Faculdade de Direito da UFMG. Integrei, como membro, a Comissão Permanente Criminal do CONDEGE, quando tive a oportunidade de acompanhar o trâmite final do PlS 0156, Projeto de lei do Senado do Código de Processo Penal, que hoje se encontra adormecido na Câmara dos Deputados. Mas neste projeto, junto com colegas Defensores Públicos de vários entes da Federação (Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Pernambuco, Rorai-ma, Rio Grande do Sul, Brasília) conseguimos vencer a obstinação do senador Demóstenes Torres em retirar do projeto as conquistas em relação a Defensoria Pública.

Propostas de GestãoDefender intransigentemente a autonomia

da Defensoria Pública com estrita obser-vância a legalidade, pautando a condução da administração de forma participativa e democrática.

Reforma da lei Orgânica – no debate em curso junto aos Defensores Públicos, elaborar um anteprojeto condizente com a importância da Instituição e lutar pela aprovação na casa legislativa e sanção governamental, com obje-tivo de sacramentar uma legislação moderna e vanguardista para a Defensoria Pública do estado de Minas Gerais, conforme anteprojeto substitutivo que enviei a Convenção da ADEP.

O substitutivo apresentado prevê diversas mudanças significativas, como:

• Redução do número de classes na car-reira;

• Redução do percentual entre as classes de 10% para 5%;

• Distribuição dos cargos por classe;• Não suspensão do estágio probatório em

licença gestante, em respeito aos princípios constitucionais da igualdade e valorização da maternidade;

• Criação do Fundo de Aparelhamento da Defensoria Pública;

• Criação da Escola da Defensoria Pública. • Estruturação administrativa:• Criação de assessores jurídicos para os

Defensores Públicos;• Criação de lotação mínima de pessoal

auxiliar nos diversos órgãos de atuação.

• Política remuneratória – pagamento de verbas indenizatórias, como de cumulação de função, entre outras.

Elaborar, de forma participativa, o regi-mento interno da Defensoria Pública, pro-messa de diversas gestões anteriores que não foi efetivada.

Buscar a autonomia financeira com a aprovação da reforma da lC 101, projeto de lei complementar já aprovado no Senado e em votação na Câmara dos Deputados.

Implementar política remuneratória con-dizente à função Institucional dos Defenso-res Públicos e dos servidores auxiliares, com implantação de plano de cargos e salários.

Promover o efetivo aparelhamento e es-truturação de todos os órgãos de atuação da Defensoria Pública, propiciando condições de

Qual é o nível de prioridade que o senhor dá em relação à revisão do subsidio?

R- Defensores Públicos de diversos entes federados, como Bahia, Rio Grande do Sul, Alagoas, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Tocantins, Distrito Federal, Amazonas, Mato Grosso do Sul entre outros, remuneram, por subsídios ou vencimentos, seus membros em patamar muito superior ao pago aos Defensores Públicos Mineiros, sendo certo que somos o segundo estado da Federação em importância econômica, financeira, populacional e política, porém o subsídio dos Defensores Públicos é um dos mais desprestigiados do país. O momento político que se avizinha, com uma provável candidatura do ex-governador e atual Senador da República como candidato a Presidente da República, temos de lutar para a imediata implantação do subsidio do Defensor Público ao teto constitucional, de forma que o Defensor Público de Classe Especial tenha seu subsídio correspondente a 90,25% (noventa vírgula vinte e cinco por cento) do teto constitucional e as demais classes com subsídio corresponde a 5% (cinco por cento) da classe superior, subsequentemente. Essa é a prioridade da minha gestão, pois não mais ficaremos à mercê de negociação política para o reajuste do subsídio, já que o com essa medida o nosso subsídio acompanhará o teto constitucional, dando aos Defensores Públicos Mineiros o reconhecimento que merecem e, principalmente, tranquilidade remuneratória para desenvolver seu im-prescindível mister de defesa da grande maioria da população mineira que necessita da atuação do Defensor Público.

Qual é a importância das contribuições da categoria ao anteprojeto de lei complementar 65/2003 realizada via convenção promovida pela AdEP-MG?

Conforme já firmado publicamente, tenho que a proposta votada pelos colegas na convenção da ADEP é de suma importância aos anseios da classe, pelo que, caso seja Defensor Público Geral irei levar ao Conselho Superior a referida proposta e de-monstrar aos nobres conselheiros superiores a importância de manter o anteprojeto enviado pela ADEP, pois legitimado pelos Defensores Públicos em assembléia.

É certo que devemos estar aberto a consulta reazziada pelo Conselho Superior, principalmente se novas e pertinentes propostas vierem de colegas que não integram o quadro de associados da ADEP.

Reafirmo publicamente meu compromisso de lutar pelo anteprojeto democratica-mente elaborado pela ADEP, mas não vejo este compromisso com a outra candidatura, o que demonstra a falta de compromisso com associação de classe e os colegas que ajudaram a eleborar o anteprojeto apresentado pela ADEP.

trabalho condizentes com a importância da Instituição.

Priorizar a absoluta transparência dos gastos e da gestão administrativa, financeira e contábil da Defensoria Pública com divulgação no sistema CASA.

Fortalecer e estruturar o Setor de Projetos para o desenvolvimento de pesquisa, conti-nuidade e ampliação de convênios na área de atuação da Defensoria Pública sem compro-meter sua capacidade laborativa.

Implementar a estruturação das Coordena-dorias Regionais no Interior, provendo-as de pessoal necessário para o desenvolvimento de suas atribuições.

Normatizar junto ao Conselho Superior a licença para capacitação e aperfeiçoamento do Defensor Público.

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O Dia Nacional da Defensoria Pública, comemorado em 19 de maio, data reservada no calendário católico à

Santo Ivo, o patrono do defensor público, mobilizou a categoria e levou às ruas de todo o estado uma série de eventos voltados para a população. A programação incluiu palestras, mutirões de atendimentos em espaços públicos, prestação de serviços, orientações e distribuição de material informativo acerca da atuação extrajudicial dos defensores públicos.

Em Belo Horizonte, cerca de 600 pessoas estiveram na Rodoviária, no centro da cidade, na sexta-feira, 18 de maio, véspera do Dia Nacional da Defensoria Pública. Muitos saíram de casa bem cedo, ansiosos pelo atendimento.

No espaço montado no saguão do Terminal, encontraram 30 defensores públicos vestindo, ao invés dos costumeiros paletós e gravatas, a camiseta da campanha nacional orquestrada pela ANADEP, e levada às ruas de todo o país pelas associações de classe.

Defensores Públicos de Minas levam às ruas campanha que enfocaa atuação extrajudicial

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Respeito e confiançaO evento estava marcado para

as 9 horas, porém, às 8 horas, já havia uma grande fila de pessoas de todas as idades, confiantes de que sairiam com, pelo menos, uma orientação para a situação que vivem no momento. No rosto e nas palavras de todos, viam-se impressos, a esperança, o respeito e a confiança naqueles profissionais.

Afonso de Miranda Carvalho saiu do bairro Ribeiro de Abreu, após assistir à entrevista do pre-

sidente da ADEP-MG, na Rede Record. Sentado na primeira fileira de cadeiras , próximo às mesas de atendimento, contou que vem tentando resolver, há tempos, uma questão junto a uma instituição bancária que lhe cobra taxas de juros abusivas. “Ouvindo aquele caboclo ali (aponta para Felipe So-ledade) senti que aqui eu poderia conseguir pelo menos uma orien-tação”, contou o cidadão antes de ser atendido por um defensor.

O apoio da mídiaEntrevistas concedidas pelos

defensores a emissoras de rádio e de televisão da capital mineira, ao longo da semana, e ainda pelo presidente da ADEP-MG, Felipe So-ledade, ao vivo, logo às primeiras horas da manhã da sexta-feira, ao

programa Alerta Geral, comandado pelo jornalista Eduardo Costa, na Rede Record, levaram até o local gente de toda parte: bairros da periferia, municípios vizinhos, co-marcas desprovidas, todos com as mais diferentes demandas.

A divulgação, por meio de outdoor, cartazes, e a presença dos defensores públicos na mídia, divulgando o evento, resultaram na presença de um grande número de cidadãos já cientes da existência da atuação extrajudicial na Defen-soria Pública.

Casos como o da mãe que tenta reaver o imóvel do filho alcoólatra, invadido enquanto este se recu-perava no hospital de ferimentos à faca, de que foi vítima em uma briga de bar; da aposentada que fez um empréstimo consignado para ajudar uma filha e hoje, dos R$ 1.300,00 que deveria receber mensalmente, leva para casa ape-nas R$ 300,00, como também o

Resultado positivode uma outra mulher, cujo vizinho avançou cerca de dois metros em seu terreno e se recusou a fazer um acordo amigável foram levados aos defensores públicos.

Para o presidente da ADEP-MG, o evento superou as expectativas. “Pudemos ver aqui, com muita alegria, que a sociedade vem se apoderando desse direito que é seu, de buscar o acesso à Justiça via Defensoria Pública”, avaliou Felipe Soledade.

A campanha cujo tema este ano é “Ensinar,prevenir, conciliar, Defensores Públicos pela garantia extrajudicial dos direitos” conti-nuará em destaque ao longo de todo este ano e até maio de 2013.

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Utilizando materiais disponibilizados pela ADEP-MG re-ferentes à campanha 2012 “Ensinar, prevenir, conciliar:

Defensores Públicos pela garantia extrajudicial dos direitos”, defensores públicos do interior do estado promoveram orien-tações jurídicas e participaram de eventos para prestação de serviços à comunidade.

Nos mutirões de atendimento, os cidadãos tiveram acesso a orientações iniciais em diversas áreas e puderam tirar dúvidas em questões como pensão alimentícia, guar-da de filhos, problemas de consumo, moradia, direitos das mulheres, dos idosos, dos portadores de necessidades especiais e outros.

ItuiutabaCom o objetivo de divulgar o trabalho da Defensoria Pública de Minas Gerais, os defensores públicos de Ituiutaba foram ao

calçadão da cidade e falaram sobre as ações da instituição. Além disso, foi realizada uma palestra com os alunos do Curso de Direito da Fundação Educacional da cidade, com o tema “A atuação da Defensoria Pública na Execução Penal”.

Ponte NovaA Defensor ia Públ ica de

Ponte Nova reprisou o sucesso do seu Dia da Cidadania que chegou este ano à 4ª edição. Centenas de pessoas compa-receram à Praça das Palmeiras, onde a Defensoria Pública, em parceria com o Rotary Clube, oferecia atendimento jurídico, prestação de serviços e apre-sentações culturais.

Defensorias do interiortambém comemoram

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Varginha Palco da ação foi o Calçadão da Praça Wenceslau Braz, no

centro da cidade. Ali, os defensores públicos prestaram orien-tação jurídica e distribuíram materiais da campanha do Dia Nacional da Defensoria Pública.

CataguasesCom uma intensa programação,

os defensores públicos de Cataguases realizaram audiência pública na Câma-ra Municipal. Como parte da agenda, foi realizado um debate público no Hospital da cidade sobre a Judicializa-ção da Saúde. Os defensores também participaram do evento Manhã de Cidadania, da Polícia Militar. O presi-dente da ADEP-MG, Felipe Soledade, acompanhou a audiência pública na Câmara Municipal.

Curvelo Os defensores públicos Ana Flávia de Sousa e Adalberto Pelli

aproveitaram a data para destacar o trabalho da Defensoria na comarca. No dia 18 de maio, estiveram no presídio regional onde distribuíram cartilhas sobre direitos e deveres aos reeducandos.

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Santo DumontAções programadas em comemoração ao Dia Nacional da

Defensoria Pública foram levadas à população durante seis dias, na comarca de Santos Dumont. Com várias entrevistas à imprensa local e diversos atendimentos especiais à população, os defensores públicos chamaram a atenção para o trabalho da instituição. Ponto alto do calendário de eventos foi a tarde de conciliação extrajudicial promovida pelos defensores que também contaram, em alguns atendimentos, com a participação de estudantes da Faculdade de Direito do Município.

Juiz de ForaHouve atendimento no CRAS (Centro de Referência em Assis-

tência Social) e Bairro Benfica. Para os dois eventos, os defensores contaram com parcerias de peso. No CRAS, trabalharam lado a lado com a Defensoria Pública da União, já no Bairro Benfica, tiveram como parceira a TV Integração, afiliada da Rede Globo na região.

Unaí Com vários parceiros, a Defensoria Pública levou às ruas o muti-

rão de atendimento à população. Informações acerca do trabalho desenvolvido diariamente nas Defensorias de todo o estado e ainda sobre a atuação extrajudicial foram reforçadas com a distribuição de panfletos e cartilhas da campanha de 2012.

São LourençoOs Defensores Públicos Alessandro Carvalho, Roger Feichas e

João Henrique Rennó Matos comemoraram o Dia Nacional da Defensoria Pública com o grupo de cantores Vozes da Cela do presídio municipal. Os cantores apresentaram, na Praça Brasil, um repertório de MPB. Baterista nos momentos de folga, o defensor João Henrique juntou-se ao grupo durante a apresentação.

Ribeirão das NevesFoi na praça principal do município que os defensores públicos

da comarca prestaram atendimento à população de Ribeirão das Neves. E como o clima era também de festa, o evento contou com a participação dos adolescentes reeducandos do Centro Socioeducativo de Justinópolis e do grupo das Meninas do Vila Martinha que fizeram uma apresentação musical. Além disso ,houve apresentação teatral do grupo formado por detentos do Presídio José Maria Alkimim. Apoiaram o evento além da ADEP-MG, a Copasa; as Secretarias Municipais de Saúde, de lazer e Cultura e de Segurança e Transporte; a Câmara Municipal e Secretaria de Segurança Pública Estadual.

Uberlândia A terceira edição do projeto “Mutirão do Direito a ter pai”,

realizado pela Defensoria Pública de Uberlândia, comprovou o sucesso da iniciativa. Exames de DNA e providências para o reconhecimento de paternidade foram oferecidos à população, na ocasião.

Em Ituiutaba, a defensora pública Mônica Alves da Costa ministrou

palestra com o tema “A atuação da Defensoria Pública na Execução Penal” para os alunos do curso de Direito da FEIT/UEMG. Ela falou sobre a importân-cia da atuação da Defensoria Pública nos estabelecimentos prisionais, o que contribui na redução da tensão dentro do cárcere, uma vez que o acesso ao Ju-diciário é uma das principais demandas da população encarcerada. O Programa libertas Quae Sera Tamen realizado pela Defensoria Pública também foi divulgado.

Em Juiz de Fora, o defensor públi-co Márcio Baesso proferiu palestra do

Círculo Restaurativo “Além da Culpa”. Em parceria com a DPU, o defensor pú-blico Ruben Resende Soares de Oliveira palestrou para os alunos dos cursos de Direito e Serviço Social da Universidade Salgado de Oliveira.

Já a defensora Maria Aparecida Coelho falou aos alunos do Instituto Granbery. Com o tema «Conhecendo a Defensoria Pública», Maria Apa-recida apresentou a Instituição ao meio acadêmico, abordando suas leis Orgânicas, a previsão constitucional e diversos diplomas legais. Na oca-sião, a defensora ressaltou a impor-tante missão da Instituição, que é a promoção de um Estado com maior

justiça social, por meio das diversas ações desenvolvidas pelos órgãos de execução.

Com a palestra “Defensoria Pública: Direito do cidadão”, o defensor público Geraldo Magela Metri Pinto encerrou, no dia19, as comemorações da Semana da Defensoria Pública na comarca de Santos Dumont.

Em Sete lagoas, as defensoras públicas Danielle Fróes Soares dos Santos e Maria Cecília Pinto e Oliveira falaram sobre direitos e deveres aos recuperandos do presídio do Município. O defensor Frederico Newman F. Araújo realizou, durante o período, mediações na área de Família.

Palestras levam conhecimento aassistidos e acadêmicos de Direito

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Como já dizia o criador do colunismo social no Brasil, Ibrahim Sued, referindo-se à necessidade de se intercalar, com o trabalho, o lazer e

o ócio, “pernas para o alto que ninguém é de ferro”, foi pensando nessa velha frase cunhada pelo colunista que a diretoria da ADEP-MG decidiu, este ano, oferecer, aos associados e seus familiares, um dia inteiro de lazer, em 19 de maio. A opção, aprovada pela maioria, foi por um churrasco de confraternização.

Para tanto, a associação saiu em campo na busca de um local que reunisse todos os requisitos necessários: cenário perfeito, área de lazer dotada de quadra esportiva, piscina espaço e muito verde. Após varias visitas técnicas em diferentes regiões da Grande BH, foi escolhida uma casa de campo no Condomínio Nossa

Fazenda, no município de Esmeraldas. Maior condomínio horizontal fechado, na Grande Belo Horizonte, o Condomínio possui 12 lagos e diversos bosques de preservação ambiental com uma rica variedade de espécies de flora e fauna, e ainda conta com completa infraestrutura em espaços comunitários, e centros recreativos para o lazer e entretenimento.

Os defensores se esbaldaram ao longo de toda a tarde. Alguns arriscaram uma partida de futebol, outros optaram pela mesa de truco, enquanto as crianças, sob o olhar atentos de dois bombeiros contratados para a segurança, iam da piscina aos brinquedos montados no jardim. É o que você confere nas fotos de Paulo Valle, da Refinaria da Imagem.

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“Pernas para o alto que ninguém é de ferro”

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ARTIGO

Vamos pintar MinasGerais toda de Justiça

Exatamente agora, em um lugar qualquer do interior

de Minas Gerais, acontecem as seguintes cenas: Uma jovem mãe, em busca de pensão alimentícia para seu pequeno filho ouve de um advogado que infelizmente não poderá atendê-la porque ele, advogado, vive de seus honorários, e ela pobre não pode pagá-los. Um pai de um jovem preso pede auxí-lio ao delegado de polícia, já que seu filho jura que nada fez, e foi preso por engano ou apenas por ser pobre, e ouve da autoridade que esta não é a sua função. Tam-bém, um aposentado idoso lesado por um prestamista de emprés-timo consignado não consegue auxílio com o promotor de justiça para suspender os descontos inde-vidos e receber de volta os valores pagos. A esposa não sabe quais são os seus direitos em caso de divórcio e decide continuar a viver com seu esposo violento, por não ter a quem perguntar sobre isso de graça. O filho assiste à morte lenta do pai já idoso, porque não existe o medicamento necessário no posto de saúde, e a família não pode comprá-lo em farmácia.

Mas hoje também, em Minas Gerais, vemos cenas muito diferen-tes que nos enchem de esperança: Em Itajubá, Uberaba e Juiz de Fora, dezenas de acordos sobre pensão alimentícia são fechados toda semana, sem qualquer custo para a cidadã que procura a Defensoria Pública local. Em Belo Horizonte e logo em Governador Valadares, to-dos os presos que declaram não ter condições de pagar um advogado têm o ato de prisão em flagrante analisado por Defensor Público, e, se for devido o direito de aguar-dar o julgamento em liberdade, o acusado tem acesso a serviços de desintoxicação de álcool e dro-gas e de inserção no mercado de

trabalho. Em São lourenço e Três Pontas, os muitos casos de lesão aos aposentados levou os Defen-sores Públicos dessas Comarcas a ajuizar ações individuais e coletivas buscando defender os direitos dos idosos em face aos bancos consig-nantes. Neste mês, quem foi à feira em Montes Claros ou Viçosa levou para casa verduras e legumes, mas também cartilhas e orientações sobre os direitos da mulher pela atuação de Defensores Públicos em praça pública. Em Minas Gerais, a Defensoria Pública, por convênio com as Secretarias de Saúde do Estado e de vários Municípios, irá buscar amigavelmente solução para os inúmeros casos de falta de medicamentos ou cirurgias que são relatados aos Defensores Públicos todos os dias em Belo Horizonte.

Qual é a razão de tal diferença

entre cidadãos mineiros? Por que alguns contam com um agente público interessado, independente e preparado para a defesa gratuita de seus direitos, e outros ainda mendigam auxílio pontual e emer-gencial a advogados?

A resposta é simples, Vivemos ainda um paradoxo em Minas e no Brasil. A Constituição Federal de 1988 criou a Defensoria Pública como instituição essencial à Justiça, ou seja, diz a lei maior que sem Defensoria Pública não há justiça no Brasil. Mas ainda hoje, passados mais de 20 anos de sua edição, ain-da não se instalaram efetivamente as Defensorias Públicas em todas as Minas Gerais e em todo o Brasil. Assim, ainda existem aqueles que têm direito a ter direito e os que esperam a chegada da Defensoria.

Em verdade, reconheça-se,

muito tem sido feito, em Minas e no Brasil para mudar esse cenário. Entre nós, o cenário ainda é difícil, ainda faltam 700 Defensores em Minas e mais de 10 mil em todo o Brasil, para igualarmos ao número de juízes e promotores. Mas hoje quase não se lembram mais dos dias de falta de papel e de uma fuga de profissionais da carreira. Os avanços nos enchem de esperança de ver dias muito melhores em Minas para todos.

Vimos e vivemos o modelo pú-blico de assistência jurídica que é um sucesso retumbante em todo o Brasil e nas Américas. Ao ponto de vermos hoje, sociólogos do porte do português Boaventura Souza Santos defender o modelo de Defensorias Públicas como al-ternativa para a democratização da justiça, e tantos outros juristas pregarem a importação do nosso modelo público para a Europa e para o mundo, em função dos altos custos e da falta de controle no modelo terceirizado de assistência judiciária.

Sabemos que o modelo funcio-na, agora queremos atender mais e melhor.

Esperamos um comprometi-mento e compromisso de todos (Governo, Parlamentares, Socieda-de Civil) com a construção, ainda que a médio prazo, para que, quem sabe em 10 anos, haja Defensores Públicos em todas as comarcas de Minas e do Brasil. Para que nunca mais alguém seja vítima da reali-dade cinza de milhões de mineiros e brasileiros que são vítimas da in-justiça e da discriminação, porque não podem pagar os serviços de um advogado. Vamos colorir Minas Gerais de esperança verde na justi-ça e na dignidade de todos. Vamos pintar Minas Gerais toda de Justiça.

Felipe Soledade, Presidente da Associação dos Defensores

Públicos de Minas Gerais

Felipe Soledade

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A Campanha Nacional da Defensoria Pública “Crianças – e adolescentes –

Primeiro!” conquistou o Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça 2012 na categoria Pro-jeto Institucional. A cerimônia de premiação ocorreu durante o encerramento oficial do Congresso Brasileiro dos Assessores de Comu-nicação da Justiça (Conbrascom), realizado em Fortaleza, Ceará, de 27 a 29 de junho.

Produzida pela ANADEP com importan-te contribuição da ADEP-MG, que lançou a semente, intermediou toda a negociação e criação com o cartunista Ziraldo e sua equipe, a campanha foi desenvolvida em 2011, com a participação efetiva do Conselho Nacional dos Defensores Públicos Gerais (Condege), da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e da Secretaria de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça e o Governo do Estado do Ceará.

Ziraldo e Miguel Mendes, da Megatério, elaboraram uma cartilha especial para conscien-tizar a população sobre os direitos da criança e do adolescente. A Comissão de Criança e Adolescente do Condege, da qual faz parte o coordenador da Defensoria da Infância e da Juventude em Minas Gerais, e diretor da ADEP-MG, Wellerson Eduardo da Silva Correa, foi responsável pela coordenação científica da publicação. A assessora de Comunicação da ADEP-MG, Edilma Dias, é uma das jornalistas responsáveis pela publicação.

A partir da cartilha foram desenvolvidas todas as peças da campanha que integra o

Plano Nacional de Educação em Direitos da ANADEP, e que foi levada a todo o país por Associações e Defensorias Públicas, a partir de seu lançamento em 19 de maio, data em que se comemora o Dia Nacional da Defen-soria Pública.

Prêmio de comunicação e JustiçaO Prêmio Nacional de Comunicação e Justi-

ça, criado em 2003, tem como proposta con-tribuir para o aperfeiçoamento dos produtos e serviços das assessorias de comunicação a partir das experiências bem sucedidas em cada área.

Concorreram, em diversas categorias, repre-

“CRIANÇAS - E ADOlESCENTES - PRIMEIRO!”

Campanha criada por Ziraldo leva prêmio Nacional de Comunicação e Justiça

sentantes do Judiciário, do Ministério Público, das Defensorias Públicas, dos Tribunais de Contas, instituições afins.

conbrascom O Conbrascom é promovido pelo Fórum

Nacional de Comunicação e Justiça e nasceu a partir do Encontro Brasileiro dos Assessores de Comunicação da Justiça. O evento conta com edições anuais com debates, painéis e conferên-cias, para estimular o desenvolvimento de uma política de comunicação voltada para esclarecer o cidadão, contribuindo para a democratização das instituições e o acesso à Justiça

Assessores de comunicação de Defensorias e Associaçõesde Defensores Públicos de várias regiões do País estiveram presentes

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Defensores Públicos em DiaMundial de Enfrentamento à

Violência contra a Pessoa IdosaQuinze de junho é a data reservada no ca-

lendário ao Dia Mundial do enfrentamento à violência contra a pessoa idosa. Em Belo Ho-rizonte, a Coordenadoria Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, vem realizando desde o mês de maio eventos variados. O ponto alto da progra-mação, entretanto, foi a tarde de quarta-feira, 04 de julho, quando centenas de idosos lotaram o Centro de Referencia da pessoa Idosa, no bairro Caiçara, na região Noroeste da capital. Ali, uma série de atividades comemorativas foram desen-volvidas com o intuito de promover e incentivar ações que prezem pelo envelhecimento saudável dessa parcela da sociedade e que combatam a violência contra a pessoa idosa.

A Associação dos Defensores Públicos, parceira de primeira hora, desde o ano de 2010, montou estrutura, disponibilizou material de divulgação e deu suporte aos defensores públicos da Defensoria Especializada do Idoso, Estêvão Machado de Assis Carvalho e Fernanda Milagres.

O movimento na tenda dos defensores públicos foi intenso, durante toda a tarde. Dezenas de idosos levaram uma grande variedade de casos que vão de

conflitos domésticos a dúvidas sobre aposentadoria. Algumas questões tiveram encaminhamento com possibilidade de resolução imediata, outras tiveram a recomendação de busca de solução na própria Defensoria Pública.

Fazendo um balanço da ação, o defensor Estê-vão Machado que é também membro da diretoria da ADEP-MG, destacou a semelhança nas demandas apresentadas no atendimento no Centro de Referen-cia, com aquelas que chegam a Defensoria Pública.

“São muitos conflitos familiares ou casos mais graves de violência contra o idoso. Violência física, psíquica, ou de abandono material a esse idoso, quando a família deixa o idoso doente, sem auxílio alimentar ou de saúde” , exemplifica o defensor.

Para casos como os já citados, Estêvão Carvalho explica que as vezes se faz necessário um pedido de medidas protetivas.

Satisfeito com o atendimento na tenda dos de-fensores públicos, ,Domingos Santos Madureira, 67 anos, disse considerar muito útil, muito importante a participação desses profissionais nos eventos dos idosos. “Eles orientam, defendem nossos direitos. É muito louvável, muito meritório esse trabalho

deles. Hoje por exemplo, consegui orientação deles e fiquei muito satisfeito”.

A defensora pública Fernanda Milagres, que também não parou um minuto desde a chegada ao Centro de Referência do Idoso, observou que o resultado pratico dessas ações é a conscientização de direitos. “Nós esclarecemos dúvidas, , fornecemos a cartilha e com isto , o idoso vai tomando cons-ciência de seus diretos e aprendendo a reivindicar”.

Dr. Estevão, a Defensoria , junto com a associa-ção, vem participando desses eventos do Centro de Referencia do Idoso desde 2010. Já se pode perceber lá dentro da Defensoria , no trabalho diário reflexos dessa participação aqui?

Um dos motivos da participação da Defen-soria com o apoio da ADEP-MG, é justamente divulgar o papel da instituição, fazer com que esses idosos saibam o que a Defensoria pode fazer para auxiliá-los. Na medida em que a gente vem atendendo aqui , nesses eventos, as pessoas vão tendo consciência de seus direitos, do papel da Defensoria e tem nos procurado mais , lá. Muita gente que atendemos aqui, depois nos procura na Defensoria.

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