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De 16 a 31 de maio de 2013 • Ano 7 • Edição 129 São Francisco JORNAL DO A VOZ DE INTEGRAÇÃO DO OESTE BAIANO jornaldosaofrancisco.com.br • 77 3612 3066 • R$ 2,00 (77) 3628 5855 LEM E BARREIRAS Quanto custa a segurança ESPECIAL PÁGINA 08 Recarga de celular em 20 segundos TECNOLOGIA PÁGINA 13 Justiça baiana em colapso, no Oeste REGIÃO PÁGINA 19 PÁGINA 39 Ataque da helicoverpa pode ser bioterrorismo Suspeitas foram levantadas pelo secretário estadual de Agricultura PÁGINA 36 Produtores da região retomam campanha SOS Seca Meta é superar marca de 1 mil toneladas AGRONEGÓCIO Bahia Farm será um show Em cinco dias de evento, expectativa é de giro financeiro de R$ 675 milhões, com crescimento real de 7% PÁGINA 47 ENTREVISTA A mISSÃO DE ESTRUTURAR A AGROPECUÁRIA DO ESTADO FOTO BAHIA FARM SHOW REPRODUÇÃO

Jornal do São Francisco - Edição 129

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BAHIA FARM SERÁ UM SHOW

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Page 1: Jornal do São Francisco - Edição 129

Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013 1Jornal do São Francisco

De 16 a 31 de maio de 2013 • Ano 7 • Edição 129

São FranciscoJORNAL DO

A VOZ DE INTEGRAÇÃO DO OESTE BAIANO

jornaldosaofrancisco.com.br • 77 3612 3066 • R$ 2,00

(77) 3628 5855LEM E BARREIRAS

Quanto custa a segurança

ESPECIAL

PÁGINA 08

Recarga de celular em 20 segundos

TECNOLOGIA

PÁGINA 13

Justiça baiana em colapso, no Oeste

REGIÃO

PÁGINA 19

PÁGINA 39

Ataque da helicoverpa pode ser bioterrorismoSuspeitas foram levantadas pelo secretário estadual de Agricultura

PÁGINA 36

Produtores da região retomam campanha SOS SecaMeta é superar marca de 1 mil toneladas

AGRONEGÓCIO

Bahia Farm será um showEm cinco dias de evento, expectativa é de giro financeiro de R$ 675 milhões, com crescimento real de 7%

PÁGINA 47

ENTREVISTA

A mISSÃO dE EStruturAr A AGroPEcuÁrIA do EStAdo

FOTO BAHIA FARM SHOW

REPRODUÇÃO

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Jornal do São Francisco2 Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013

Editora: Heloíse Steffens | Repórteres: Ivana Dias, Virgília Vieira, Raul Marques, Luciano Demetrius | Diagramador: Nicélio Ramos | Colunistas: Durval Nunes, Carlos Augusto, Tizziana Oliveira e Romênia Mariani | Publicidade: Angélica Rambo e Aline MelloSecretária: Priscila Pereira | Impressão: Imprima Gráfica | Tiragem: 15 mil exemplares

Praça Dr. Augusto Torres, 38 - Centro HistóricoBarreiras - Bahia - CEP 47.805-230FONE/FAX: (77) 3612-3066

[email protected]@jornaldosaofrancisco.com.br

jornaldosaofrancisco.com.brSão Francisco

JORNAL DO

Jornal do São Francisco

OPINIÃO

O Oeste da Bahia passa a ser a capital da economia das regiões Norte e Nordes-te neste final de maio e início de junho.

Acontece, neste período, a edição 2013 da Bahia Farm Show. O evento atrai integrantes de toda a cadeia produtiva, além de empresas fornecedoras de máquinas, veículos, defensi-vos, fertilizantes e instituições financeiras.

Não é à toa que a Bahia Farm Show ostenta a terceira média de vendas por visitante entre os eventos do setor no Brasil. Em média, o fa-turamento equivale a R$ 9.916,66 por visitante que comparece ao Parque de Exposições em Luís Eduardo Magalhães. Segundo os organi-zadores, a feira deverá girar R$ 675 milhões em negócios nos cinco dias, o que significa R$ 135 milhões. Este total é 13,44% superior ao que foi movimentado na edição de 2012. Se tais núme-ros prevalecerem, representará crescimento real de cerca de 7%, já descontada a inflação.

É um ano de investimento para os agriculto-res, especialmente os do Oeste da Bahia, que

sofreram com várias adversidades climáticas e com a lagarta. Tais problemas consumiram mais de R$ 1,6 bilhão do valor bruto da pro-dução, segundo a estimativa de safra feita pela Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).

É hora de investir para se adequar à realida-de que se apresenta, com os mercados mun-diais em expansão. Aparelhar-se para a breve chegada da Ferrovia de Integração Oeste-Les-te (Fiol). Quanto mais os produtores estiverem preparados, melhor para a região Oeste. Mais recursos para a região. Mais empregos para os trabalhadores.

As perspectivas são boas. Segundo os téc-nicos, a área de plantio da região Oeste deve ter expansão de mais de 200%, o que significa maior produção, maiores necessidades para o escoamento da safra e até mais problemas para quem produz.

Por isso, a cada ano, a Bahia Farm Show ser-ve de cenário para decisões históricas. Serve de

base para o lançamento de tecnologias avan-çadas. De máquinas que levam avante o desejo empreendedor de todo produtor.

A feira mexe com todo o País. Apresenta de-safios e soluções. São assinados acordos. Ela-borados planos. Anunciados projetos. Há a cobrança dos representantes dos Governos, nas mais diversas esferas para que façam in-vestimento. Para que se aliem nas ações fo-mentadoras.

A Farm Show é única, coletiva e imperdível. Uma boa ideia pode sempre surgir em um evento que reúne mais de 70 mil pessoas in-teressadas no desenvolvimento, palavra que está grafada na alma de quem produz e de quem planta. De quem colhe e de quem ajuda a cultivar. De quem fiscaliza e de quem trans-porta. Por isso, o Oeste é a capital da agricul-tura brasileira nestes cinco dias de evento. Para quem vai à feira, bem vindo à região que mais cresce no Brasil. Bem vindo ao mundo do agronegócio.

Cinco dias de grandes negócios

NOtAs

Sessões da Câmara terão a participação de intérpretes de libras

A Câmara Municipal promoveu à população barreirense portadora de necessidades especiais, a possibilidade de participar das sessões com a pre-sença de um profissional intérprete de Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). A Resolução 057/13, foi aprovada em plenário no dia 30 de abril. De acordo com a pedagoga, Sandra Samara, que discursou na tribuna acerca dos direitos dos portadores de necessidades espe-ciais, o poder público deve promover a quebra de barreiras, tornando a comu-nicação acessível a todos. “A linguagem de sinais é uma poderosa ferramenta de inclusão”, disse Samara. Essa é uma ini-ciativa que deve servir de modelo para as instituições públicas, assim como para as empresas privadas.

Lei garante estabilidade para gestantes que cumprem aviso prévio

Foi publicada no Diário Oficial da União, no dia 17, a lei que garante a estabilidade no emprego a gestantes que cumprem aviso prévio. A norma foi san-cionada pela presidenta Dilma Rousseff.

De acordo com a norma, a estabili-dade será garantida também em casos

de aviso prévio indenizado, quando a funcionária recebe o salário referente ao período, mas não é obrigada a compare-cer ao serviço.

“A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de traba-lho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garan-te à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na Alínea b do Inciso 2 do Artigo 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias." A lei entra em vigor na data da publicação.

Campanha de vacinação é prorrogada

A campanha de vacinação contra a influenza (gripe) foi prorrogada para o dia 31 de maio. De acordo com informa-ções da Diretoria de Vigilância Epide-miológica (Divep) da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), 1.689.900 pessoas já foram imunizadas. Cerca de 1.076.888 idosos tomaram a vacina. Em seguida, vieram 262.386 crianças, 197.435 traba-lhadores da saúde, 106.387 gestantes, 24.634 puérperas e 22.170 indígenas. De acordo com a coordenadora de imu-nizações da Sesab, Fátima Guirra, os resultados das doses aplicadas mostram um índice inferior ao objetivo desejado, menos de 80%. A campanha de vaci-nação visa reduzir a mortalidade, as complicações e as internações decorren-tes das infecções pelo vírus de influenza. Os grupos considerados de alto risco são as crianças menores de dois anos, gestantes, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não

transmissíveis e outras condições clíni-cas especiais.

LDO entra em tramitação O Projeto de Lei 004/13, que regula-

menta a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) está em tramitação na Câmara Municipal. De autoria do Poder Executi-vo, a LDO trata de metas, prioridades e despesas para o exercício financeiro de 2014. Entre elas, o desenvolvimento de políticas sociais voltadas para a quali-dade de vida da população e redução de desigualdades; modernização e amplia-ção da infraestrutura; implementação de política ambiental centrada no uso racional de recursos naturais; incenti-vo à participação popular em eventos culturais; investimento na formação educacional de crianças e adolescentes e ampliação do acesso à saúde com vistas a reduzir a mortalidade infantil.

Instituto Recicla Gente promove inclusão social

O Instituto Recicla Gente desenvolve mais uma atividade que visa à inclusão social e formação de jovens profissio-nais. Neste ano, a novidade é a inaugu-ração do Núcleo de Aprendizagem, um espaço amplo com duas salas amplas e climatizadas para aulas de informática e capacitação profissional de crianças, jovens e até mesmo adultos, para a inserção e a oportunidade ao mercado de trabalho. Os cursos serão das mais diversas áreas como Marketing Pesso-al, Recursos Humanos, Comunicação,

Informática Básica, Língua Portuguesa, Matemática, entre outros, todos livres de custos para a população. O endere-ço do novo espaço é na Rua Raquel de Queiroz, Qd. G7, Lt.20/B, Sala 02, Bairro Florais Léa I, ao fundo da Escola Muni-cipal Ângelo Bosa, e também da Aracruz Imobiliária, Contatos podem ser feitos no telefone (77) 3628 – 0659, no email: [email protected] ou no site: www.institutorecicla.org.br.

ERRAMOs

Na edição 128 erramos na capa ao escrever “Tocantis´” no título “Tocantins e Bahia encerram litígio de terras”. Na matéria da página 5, “Empresário de Barreiras morre em acidente aéreo” , a legenda da foto foi publicada com o erro na palavra “se-quida” ao invés de seguida. A foto da matéria “Aprovada a Lei que proíbe cobrança da taxa de esgoto”, da pági-na 13 foi publicada com créditos para Ivana Dias, a foto citada é da Ascom da Câmara de Vereadores.

O Jornal do São Francisco vem a público pedir desculpas a todos os leitores pela má qualidade na impres-são da edição 128. O problema grá-fico que ocorreu principalmente nas páginas da Coluna Social, provocou a retirada de circulação de um número significativo de exemplares. O JSF se preocupa em oferecer um produto com qualidade de conteúdo e de impressão. Fica registrado o nosso pedido de desculpas à população da região Oeste por esta falha da gráfica.

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Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013 3Jornal do São Francisco

Virgília Vieira

A cidade de Barreiras sediou entre os dias 16 a 18 de maio, a Oficina do Empreendedor que contou com a

participação de mais de 2 mil pessoas. A programação contou com 40 atividades gratuitas, entre palestras, minicursos e oficinas. A Oficina do Empreendedor é uma realização do Sebrae em parceria com a prefeitura de Barreiras, Câmara de Dirigen-tes Lojistas, além do apoio do Centro das Indústrias do Esta-do da Bahia, Serviço Nacional de Aprendizagem Nacional, Bunge, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste e CrediBahia. Além de oficinas e cursos, os parti-cipantes também receberam orientações de empreendedo-rismo, abertura de empresa, plano de negócio, crédito e legalização.

Temas como Controles Financeiros, Técnicas de Vendas, Técnicas para Ne-gociações, Como Elaborar um Plano de Marketing, Gestão de Pessoas, Oficina de pães e salgados, Como ganhar dinheiro com derivados de mandioca, Marketing, Auto Maquiagem, Lanches Comerciais e outros cursos na área de gastronomia, foram abordados durante o evento, que aconteceu na Escola Municipal Alcivan-dro Luz I, no centro da cidade. O coor-denador da Unidade Regional Sebrae em Barreiras, Emerson Cardoso, destacou a importância da Oficina do Empreende-

raul Marques

Pesquisa feita pelo Núcleo de Pesqui-sa da Câmara dos Dirigentes Lojis-tas (Nupec) elaborou pesquisa para

analisar o comportamento dos preços de itens básicos de material de construção como cimento, areia, brita, bloco, telha de argila, ferro e vergalhão. Segundo a pesquisa coordenada pelo economis-ta Ernani Sabai, em abril, os preços dos materiais de construção apresentaram queda de 3,35% em abril; em 2013, acu-mulam baixa de 0,4%. De acordo com a pesquisa, praticamente tiveram baixa em abril referente à alta acumulada no pri-meiro trimestre do ano.

Segundo Ernani Sabai, a queda foi pra-ticamente anunciada já que os preços dos materiais de construção apresen-tavam alta nos quatro meses anterio-res – de dezembro de 2012 a março de 2013. “Não foi nada demais no contexto econômico. Foi só uma acomodação de preços em relação às altas anteriores e à própria competição entre os vendedores de material de construção”, explicou Sa-bai.

O saco de cimento de 50 quilos teve

dor para pessoas que desejam montar o próprio negócio, melhorar a gestão da empresa ou buscar novas oportunidades. “O evento é uma grande oportunidade para universalizar o acesso da sociedade a soluções empresariais atuais e práticas”, disse.

Para que sua equipe participasse da Ofi-cina, a empresária Marli Bell-Aver, mon-

tou uma escala especial. “Esta foi uma grande oportunidade de aprendizado e conheci-mento. Os meus colaborado-res participaram dos cursos de brioches e folheados, lan-ches e tortas salgadas, bolos industriais, lanches comer-ciais e oficina de pães”, disse a empresária que já participou de outras oficinas. “Esta não é a primeira que participo, já frequentei outras e sei que vamos agregar valor. Preten-do melhorar a qualidade dos meus produtos e serviços e

conto com as orientações que recebemos do Sebrae”, enfatizou.

PALESTRA dE AbERTuRAA abertura do evento aconteceu no dia 16 de maio, no Hotel Morumbixaba, com a palestra técnica ‘A nova classe média bra-sileira’, que abordou assuntos como ven-der para classe C do Brasil. O facilitador, especialista em comunicação de varejo e diretor da Data Popular, Wagner Sarnelli ressaltou sobre os aspectos desses con-sumidores, a relação do consumidor com produtos e marcas, tendências e oportuni-

preço médio de R$ 20,90 ― ,95% mais caro que a média registrada em 2012, de R$ 20,60. Na pesquisa, em que foram co-

letados preços de 15 lojas de materiais de construção estabelecidos em Barreiras, a diferença entre o preço maior e menor

encontrada foi de 17,5%: R$ 23,5 o maior valor ante R$ 20 do menor valor.

Forte diferença de preço foi encontra-da no preço da caçamba truck da areia. O valor mais alto foi de R$ 480 e o mais baixo, R$ 346,80. Esta diferença repre-senta 38,4% entre o maior e o menor preço. Quem pesquisou o preço da brita em abril também economizou bastante. A economia foi de até 20,06%, diferença entre o maior e menor preço.

Em março de 2013, o Sinduscon Bahia registrou o Custo Unitário Básico – CUB por metro quadrado em R$ 1318,19 para uma residência de padrão normal. Compõe o valor do CUB: (a) Material – R$ 516,39 (39,2%); (b) Mão de obra – R$ 655,52 (49,7%); (c) Desp. Adm – R$ 145,7 (11,0%) e, (d) Equipamentos – R$ 0,33 (0,03%).

Abril em relação à março apresentou aumento de 2,66% nos preços, enquan-to que a alta acumulada no ano foi de 5,65% e o acumulado nos doze meses de 8,24%. O aumento verificado foi superior ao ocorrido entre o mês de março e fe-vereiro com alta de 1,78% no mês, 2,91% no ano e no acumulado dos doze meses de 5,69%. ■

dades de negócios para classe média, for-mas de comunicação e cenário varejista.

O vice-presidente da Câmara de Diri-gentes Lojistas, Rider Castro, enfatizou sobre a necessidade do empresário ino-var, apontando a Oficina do Empreende-dor como uma boa oportunidade para a prática de aprendizagem. “As empresas que irão durar no mercado são as que aprenderem a inovar. Não adianta mais confiar em antigos métodos de vendas, sem se preocupar em trazer novidades

para o seu comércio. Acredito que esta é uma grande oportunidade para o empre-sário adquirir conhecimento”, avalia.

Representando a Prefeitura Municipal, o vice-prefeito Carlos Augusto Barbosa (Paê) falou sobre as potencialidades da região e o aprimoramento do comércio local. “Uma das grandes necessidades do município é a qualificação tanto dos em-presários, quanto dos trabalhadores. Este evento foi propício para essa qualifica-ção”, encerrou. ■

Evento abordou temas diversos para quem quer aprimorar a gestão ou para aqueles que buscam abrir o próprio negócio

No ano, preços tiveram redução de 0,4%. Em abril, queda foi de 3,35%, depois de quatro meses sucessivos de elevação

Oficina do Empreendedor reúne mais de 2 mil participantes

Preços do material de construção caem

Coordenador regional do Sebrae, Emerson cardoso

Oficina do Empreendedor ministrou 40 cursos, entre eles, a oficina de Lanches comerciais

lOcal

Fonte: Núcleo de Pesquisa da câmara dos dirigentes Lojistas (NuPEc)

FOTOS: VIRGÍLIA VIEIRA

Jornal do São Francisco

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Jornal do São Francisco4 Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013

Virgília Vieira

A Agência 10envolvimento promoveu o “2º Pequi de Ouro”, no último dia 09. A iniciativa homenageia pessoas, gru-

pos e organizações que atuam em defesa do bioma Cerrado, na região da Bacia do Rio Grande. O evento aconteceu no “Ran-cho do Rio”, à margem do Rio Grande, que serviu de cenário para uma encenação de tributo ao rio. A animação do evento ficou por conta da música do artista gerazeiro, um dos premiados, Iremar Barbosa, que ressalta a importância da preservação dos rios e do cerrado.

Nesta edição foram homenageados com o troféu “Pequi de Ouro 2013”: a gerência regional do IBAMA, através do seu geren-te executivo Zenildo Soares; o procurador jurídico da Coordenação de Desenvolvi-mento Agrário do Governo da Bahia (CDA/SEAGRI), Estácio Marques Dourado; o guardião da Gruta dos Tapuias, Sr. Edson José de Souza, em São Desidério; a presi-dente da Organização não-governamen-tal (Ong) “Tapuia Sarapó”, Maria Lourdes Carvalho Miranda, em Riachão das Neves; o professor e artista gerazeiro, Iremar Bar-bosa, de Correntina e o Movimento das Mulheres Trabalhadoras na Luta, repre-sentada pela presidente Maria Elenita Ca-valcante, de Tabocas do Brejo Velho.

O gerente regional do Ibama, Zenildo Soares, também falou do grande desafio da luta pela preservação ambiental. “En-

frentamos dificuldade e o desafio é diário, mas estamos firmes na defesa dos recur-sos naturais”, disse.

“Sendo o fruto do pequi um dos mais populares símbolos do Cerrado natural, nada mais justo do que entregar um “Pequi de Ouro” como sinal de reconhecimento das lutas e paixões pelo Cerrado regio-nal”, afirmou o coordenador e técnico da

Agência 10envolvimento, Martin Mayer. A Agência 10envolvimento foi criada em 2004 pela “Assessoria Permanente à Cida-dania da Cáritas Diocesana de Barreiras”, para apoiar os conselhos municipais de co-gestão e as associações de pequenos produtores rurais. Atua em três setores: Políticas Públicas, Desenvolvimento Rural Sustentável e Meio Ambiente. ■

O prêmio tem como principal objetivo reconhecer iniciativas de pessoas e instituições que trabalham em defesa do meio ambiente

Pequi de Ouro premia destaques na preservação do Cerrado

iVana Dias

Em homenagem ao 47º Dia Mundial das Comunicações Sociais, come-morado em 12 de maio, a Pastoral

da Comunicação (Pascom) da Diocese de Barreiras realizou um café da ma-nhã no salão Paroquial Divina Miseri-córdia com profissionais da imprensa do município e comunicadores atuan-tes na programação da Igreja Católica.

A data foi instituída pela Igreja Cató-lica com o objetivo de comunicar a ver-dade e a paz com a cultura da comuni-cação provida pelas novas tecnologias. “A Igreja Católica Apostólica Romana e a Imprensa tem ‘pontos de proximi-dade na comunicação’ com o povo. Ambas são orientadas pelos mesmos princípios – a verdade, a bondade e a beleza”, disse o Papa Francisco ao fazer referência ao Dia da Comunicação.

Durante o evento, o jornalista e dire-tor acadêmico da Faculdade São Fran-cisco de Barreiras (FASB), Marden Lu-cena, levantou alguns aspectos sobre o tema “Redes sociais”, dentre eles, o sentido da comunicação como alvo de novos significados sem perder de vista o sentido da comunhão. “É o período em que as temáticas irão se voltar for-temente para as novas tecnologias. ‘É uma nova ágora’, seja no contexto da igreja ou no cotidiano. As redes sociais são um novo aspecto de evangeliza-ção, dado o valor das redes sem perder o valor de fé, cujos desafios são per-manentes”, explanou Marden.

Para o bispo Dom Josafá, o dia ser-viu para comemorar as comunicações e aprender ainda mais sobre ela. “Fa-lávamos sobre rádio, Tv, hoje falamos sobre redes sociais. Queremos usar todos os meios para levar a salvação”, ressaltou Dom Josafá.

PASCOm A Pastoral da Comunicação (Pascom) da Diocese de Barreiras foi fundada com o objetivo de contribuir com efi-cácia no Plano Diocesano e promover articulação de formação e informação, especialmente aos veículos de comu-nicação como ferramenta no processo de evangelização.

No evento, a Pastoral lançou a sua nova logomarca e apresentou a sua equipe de colaboradores. De acordo com a jornalista e coordenadora da Pascom, Neuraci Rosalina, além de visar à criação da cultura da celebra-ção do Dia Mundial da Comunicação na cidade de Barreiras, a Pascom pre-tende ser referência de socialização na atuação de uma igreja que se preocu-pa com os problemas sociais e está em busca de aprimoramento contínuo e inovador. Mais informações sobre a Pascom nos contatos (77) 3611-5926 ou [email protected]. ■

A data foi instituída pela Igreja Católica

Pascom comemora Dia mundial das Comunicações Sociais

lOcal

1. Procurador jurídico da cdA/SEAGrI, Estácio Marques dourado 2. Movimento das Mulheres trabalhadoras na Luta 3. Gerente regional do IBAMA, Zenildo Soares 4. Presidente da oNG tapuia Sarapó, Maria Lourdes carvalho Miranda 5. Guardião da Gruta dos tapuias, Edson José de Souza e 6. Artista gerazeiro, Iremar Barbosa.

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FOTOS: VIRGÍLIA VIEIRA

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Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013 5Jornal do São FranciscoINFORME PUBLICITÁRIO

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Jornal do São Francisco6 Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013

iVana Dias

O ex-padre Adroaldo Lamaison, que há 12 anos ministra palestra em empre-sas, escolas, universidades e faculda-

des destaca o sonho de cada pessoa como motivador para o sucesso. “Eu tenho que dar ferramentas e a primeira delas é o sonho. Temos que ter um projeto e fazer as pessoas enxergarem a vida delas daqui a 20 anos”, explica.

Durante a 11ª Edição do Congresso de Iniciação Cien-tífica (CIC) realizado pela Faculdade São Francisco de Barreiras (Fasb), Lamaison ministrou a palestra “Motiva-ção para a vida e para o tra-balho” e nela usou paródias de músicas com repertório de 30 canções conhecidas pelo público. “Assim que dou o primeiro tom, a plateia me acompanha porque sabe can-tar a música”, diz. “Às vezes, as pessoas trabalham o dia inteiro e depois elas têm que assistir a uma palestra. Então, a apresen-tação tem que ter algo gostoso e aí está a motivação”, justifica o palestrante.

Em sua apresentação, ele destaca o do-mínio do meio no qual atua como a quali-dade de um líder. “É preciso ter conheci-mento do ramo em que está trabalhando e

entender de gente. Saber elogiar, escutar, aceitar ideias, incentivar, unir as pessoas para atingir objetivos”, afirma. “Há líderes e empresários que trabalham muito, mas não pensam. Gastam pouco tempo para pensar e planejar", complementa.

A gratidão é outra forma de incentivo ao funcionário e exemplifica a situação com uma história sobre um aviador que, ao so-frer um ataque, acionou seu paraquedas e sobreviveu. Ele só descobriu quem dobrava o seu paraquedas 30 anos de-pois. “Eu pergunto à plateia: Quem dobrou seu paraquedas hoje?”, questiona. “Temos que recuperar o humanismo e um deles é a gratidão. Saber agra-decer e valorizar as pessoas”, destaca.

Ele traz também o assunto para a realidade de Barreiras. “A cidade oferece oportuni-dades no agronegócio, no comércio, serviços, saúde e educação. E todas essas áre-as precisam de profissionais

competentes para ajudar a desenvolver essa região de uma forma ordenada. En-tão, é preciso pensar qual cidade deseja-mos para daqui a alguns anos”, observa. *O texto "Quem Dobrou seu Paraquedas Hoje?" pode ser lido no site www.adroal-dolamaison.com.br. ■

Para palestrante, quem define seus propósitos evolui no mercado de trabalho

A motivação está no sonho de cada umlOcal

“Temos que recuperar o humanismo e, um deles é a gratidão. Saber agradecer e valorizar as pessoas” Adroaldo Laison

O ex-padre Adroaldo Lamaison

IVANA DIAS

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Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013 7Jornal do São Francisco

ESPEcIal

raul Marques

A violência é notícia para quem está longe ou trabalha com informação; trabalho para quem opera na preven-

ção ou no combate. Até que um dia bate à porta, na casa de qualquer um. A socie-dade não está livre da violência e paga alto pela inoperância das autoridades, pelas leis frágeis que beneficiam bandi-dos, pela falta de união dos ci-dadãos em torno de soluções para a problemática e, prin-cipalmente, pela premissa de que se é imune a essa onda de insegurança. Prevenir-se é tudo, dizem especialistas, mas ainda falta consciência. Aque-les que buscam a prevenção, por sua vez, costumam gas-tar bastante com a chamada segurança que – no final das contas -, não torna ninguém imune ao mal que mais mata neste século.

Ainda assim, para muitos, a proteção é indispensável. Dos seguros de vida, da casa e dos veículos, passando pelo mo-nitoramento, câmeras e caixas eletrônicos dos bancos que cobram para vender uma segurança dita como mais ágil - o cidadão mais consciente “abre” o bolso. Os preços variam em função de idade e perfil, no caso dos seguros de vida; da localização da residência e dos valores, nos seguros de casa e marcas de

automóvel, para apólices de veículos. O Jornal do São Francisco consultou segu-radoras, corretores e empresas de moni-toramento e segurança para chegar a um número: quanto custa a segurança?

Tomando por base uma família de qua-tro pessoas – um casal cuja idade dos côn-juges oscila na faixa dos 40 anos, com dois filhos, dois carros na garagem - nos valo-res de R$ 80 mil e R$ 40 mil ― com um es-

critório e que moram em uma casa avaliada na faixa dos R$ 400 mil, o custo médio anual para dar segurança a uma fa-mília deste perfil é de cerca de R$ 9,4 mil. Importante lem-brar que no primeiro ano as despesas serão maiores já que haverá custo para a instalação do equipamento de seguran-ça. Acrescido de juros na fai-xa de 4,5% ao mês - cobrados pelas seguradoras, isso repre-senta um custo médio mensal de aproximadamente dois sa-lários mínimos: R$ 1,4 mil por mês. Neste valor, obtido pela reportagem, não está incluído um eventual seguro saúde.

SEGuROS, A PRImEIRA PROTEçÃOEm tese, o brasileiro é avesso aos segu-ros em geral, especialmente, as pessoas físicas. Tudo isso por herança do tempo da alta inflação, quando as aplicações fi-nanceiras ofereciam grande rentabilida-de e boa parte dos brasileiros – a maioria

absoluta, talvez – acreditasse que inves-tindo o capital mensalmente – na equiva-lência da prestação de um seguro – teria monta para adquirir bem de igual valor. Os matemáticos provam que não é bem assim. Não é fácil ter esta disciplina e conseguir poupar com tanta precisão. Proteger o patrimônio, adquirindo se-guros de vida, da casa, dos carros e da própria empresa, é essencial - aumenta as despesas, mas evita problemas com as intempéries da vida ou de atos crimino-sos. É o que explica a sócia proprietária da Anjo Fiel Corretora de Seguros (Anfis), Telma Oliveira Gomes.

“Seguro é para repor o bem perdido em

qualquer circunstância adversa prevista em apólice. Seguro restabelece o equi-líbrio econômico das pessoas após um roubo, incêndio ou até mesmo a morte de alguém importante para uma família”, disse. De acordo com ela, apenas 30% das pessoas sabem da importância do seguro nas questões diárias. “E caso haja algum problema financeiro na família, a pri-meira coisa que a pessoa corta, deixa de pagar, é o seguro”, conta. A corretora em questão trabalha com diferentes segura-doras, dos mais diversos segmentos. Per-guntada sobre a proteção ideal para uma família de classe média da região Oeste da Bahia, formada por um casal na faixa de

Quanto custa a segurança?

Seguros, serviços de vigilância e monitoramento e até serviços de garantia dos bancos e cartões de crédito entram na conta de quem quer viver com proteção

FOTOS: VIRGÍLIA VIEIRA

Seguro é para repor o bem perdido em qualquer circunstância adversa prevista em apólice”Telma Gomes

Aqueles que buscam a prevenção, por sua vez, costumam gastar bastante com a chamada segurança

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Jornal do São Francisco8 Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013 ESPEcIal

40 anos, com dois carros – nas faixas de R$ 80 mil e R$ 40 mil -, dois filhos e um pequeno escritório, a empresária expli-ca que o ideal é possuir seguros da casa, contra roubo e incêndio; total dos veícu-los; de vida de cada um do casal e, do es-critório, no caso acima.

O seguro de uma casa na faixa de R$ 400 mil, que inclua incêndio, responsa-bilidade civil de R$ 15 mil, vidros de R$ 5 mil, garantia de aluguel de até R$ 5 mil e roubo, com patrimônio interno – total de bens no interior do imóvel – no valor de R$ 30 mil, sairia por R$ 1,5 mil ao ano. “O preço do seguro pode ser dividido em até 10 vezes, mas com juros”, informa. Segun-do cálculos, a prestação deste seguro era de R$ 232,94 na ocasião em que a empre-sária conversou com a reportagem do Jor-nal do São Francisco, no final de abril. A taxa era de 55,29% no período, que equi-vale a 4,5% ao mês de juros.

O seguro de vida, no entanto, é mais ba-rato. Para o casal em questão, na faixa de 40 anos, um seguro de vida com valor do sinistro – incluindo invalidez – na faixa de R$ 200 mil, tem custo mensal próximo a R$ 80. “Lembro que no caso de vida e de automóveis a mulher paga cerca de 8% a menos em função de correr menos ris-co. Há outros pontos que são levados em consideração no cálculo do prêmio (valor pago a seguradora): se é fumante, porta-dor de doença crônica ou bebe”, destaca. No seguro de veículos, vários fatores con-tam: do local no qual se reside até o perfil do motorista. “O segredo de se fazer um bom seguro de veículo está em ter cober-tura ampla, inclusive, prevendo danos a terceiros. Precisa avaliar tudo que envol-ve ter um automóvel, daí a necessidade de haver um profissional do ramo, com experiência, por trás de qualquer contra-to”, evidencia.

Ela explica ainda que o modelo do car-ro também é fator de cálculo para um se-guro de veículo. “Não é só o valor do bem que conta. Precisa-se saber, ainda, de que forma o carro é usado, se tem alarme ou não”, explicou. No caso do carro no valor

de R$ 80 mil, com endereço do dono em Luís Eduardo Magalhães ou em Barreiras, o valor médio de um seguro total é de R$ 3,5 mil, incluído colisão, incêndio e rou-bo no valor total do veículo, R$ 100 mil de danos materiais, R$ 100 mil de danos cor-porais, R$ 10 mil de APP e assistência 24 horas com guincho. No caso do carro de menor valor, R$ 35 mil, o custo total é de R$ 1,5 mil, mantendo-se os demais valo-res da viatura de R$ 85 mil. “Pode-se divi-dir em quatro, cinco ou seis vezes. Dez ve-zes só em alguns casos”, esclarece. Sobre a questão do custo total dos seguros, Telma Gomes informou que não é cobrada mais, como anteriormente, a taxa pela emissão de apólice. No entanto, 7,38% do valor to-tal dos seguros feitos são pagos como Im-posto Sobre Operações Financeiras (IOF). “É bom saber que o Governo também pega seu quinhão pelo seguro”, disse.

No que diz respeito ao seguro para o es-critório, a empresária explica que o valor oscila conforme a atividade, a localiza-ção, enfim, tudo que possa influenciar no cálculo da taxa de risco do escritório. Ela estipulou o valor de R$ 800 mil em caso de incêndio, R$ 15 mil para roubo, R$ 10

Telma Gomes

OK, TUDO LIMPO na ÁREa. ESTà SEGURO.

mil por dano elétrico e R$ 20 mil por res-ponsabilidade civil, incluindo os efeitos de um vendaval, que já aconteceu em Luís Eduardo Magalhães. “O custo é de R$ 2,2 mil. Há algumas atividades, como a de um restaurante, por exemplo, de dentis-tas e médicos, nos quais devem ser feitos seguro de responsabilidade civil profis-sional”, informa, dando como exemplo o caso de um segurado - dono de restauran-te – que teve que pagar pela intoxicação alimentar causada em muitos clientes do estabelecimento.

mONITORAmENTOO serviço de vigilância não é um segu-ro, como bem lembra o sócio proprietá-rio da Monitronics, de Barreiras, Marco Brandão. Trata-se de uma empresa que faz serviço de monitoramento e vigilân-cia. “Não existe um valor definido para a cobrança. Isso varia conforme a locali-zação da casa, da loja, do escritório e das condições contratadas”, explica. O reco-mendável, de acordo com ele, é instalar um circuito interno de televisão, com um equipamento de primeira categoria. “Não adianta fazer algo ruim no que diz respei-

to à segurança”, disse, informando ainda que sua empresa só opera com equipa-mentos importados de um país cuja vio-lência leva o monitoramento a ser um dos melhores do planeta: Israel. “Um equipa-mento bom, completo, para uma casa, loja ou escritório de médio porte custa R$ 4 mil, em média”, informou Brandão. O ideal, segundo ele, é evitar áreas vazias na residência, ou seja, instalar câmeras na maior parte dos compartimentos da casa, preservando a intimidade. O alarme também é de vital importância para que o sistema de monitoramento tenha suces-so, geralmente oferecido sob o sistema de comodato.

Marco Brandão confirmou ainda a tese propalada na internet de que casa de muro alto é mais roubada. “Segundo es-tatísticas da polícia, 70% das casas rouba-das têm muro elevado, o chamado muro fechado”, disse. Isso porque a baixa visibi-lidade do que acontece no interior da casa possibilita a ação dos ladrões. No caso das casas muradas, o empresário lembra que a legislação determina que a eletrificação da cerca deve estar acima de 2,10 metros. Este é um dos motivos para que o alarme toque no local da casa ou do escritório monitorado. “É preciso saber que a casa está sendo furtada. O simples barulho do alarme assusta o bandido”, explica.

No entanto, há instrumentos que po-dem fazer com que morador tenha maior proteção. É o chamado botão de pânico que, quando acionado, avisa a empresa responsável que está ocorrendo um as-salto, ou a senha por coação, que alerta a central de monitoramento. O empresário lembra que o serviço de monitoramento não é garantia real de reposição do bem, que só vale para um seguro bem feito. “Não se pode confundir monitoramento com seguro. Um é para prevenir, o outro para garantir a reposição dos bens”, frisa.

bANCOSMuitas instituições financeiras sabem aproveitar o peso da sensação de insegu-rança. Oferecem a seus clientes um segu-ro dos cartões de débito e de crédito que, na verdade, não passam de uma cobrança adicional pelo que é uma atribuição dos próprios bancos. Pelo seguro, segundo o vendedor de um banco que ligou para este repórter oferecendo a chamada proteção adicional, a instituição assume a respon-sabilidade por todos os saques ou opera-ções indevidas feitas na conta corrente ou no cartão de crédito. O assistente técnico da Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor da Bahia, Filipe Vieira, ex-plica que o risco da operação é do banco, sendo assim, o seguro é uma cobrança in-devida, questionável sob o ponto de vista da legislação.

“Os riscos das operações devem ser as-sumidos por quem presta. No caso, a ad-ministradora dos cartões ou instituição financeira. A responsabilidade é objeti-va”, disse, lembrando ainda que qualquer obrigatoriedade do pagamento da taxa para proteção da conta pode ser configu-rada como uma cobrança abusiva. Para respaldar o consumidor em seus precei-tos legais, citou os artigos 39, inciso V, e o 51, no inciso XII, do Código de Defesa do Consumidor (CDC); este último, no caso, trata das chamadas cláusulas nulas, ou seja: estão no papel, mas não valem nada. No caso das cobranças abusivas, Filipe Vieira destacou que pelo CDC, quem as cobrou deve devolver em dobro o valor das tarifas. “A responsabilidade do agen-te financeiro é objetiva segundo o código, não sendo possível qualquer repasse des-te custo ao correntista ou dono do car-tão”, finaliza. ■

VIRGÍLIA VIEIRA

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Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013 9Jornal do São Francisco

Empresa construtora deve entregar espaço na ci-dade em agosto de 2013; em Luís Eduardo Maga-lhães, outro centro comercial será lançado dia 28

de maio.As obras do Centro Comercial de Barreiras (CCB)

estão à toque de caixa, do que será a nova referência para o comércio da Cidade do Oeste da Bahia. Serão 103 lojas, na rua Aroldo Andrade, a do Estádio Geral-do Pereira. Com cerca de 80% dos espaços vendidos, a Construtura Almeida Barbosa deve entregar o local já em agosto, segundo informou o sócio da empresa, o engenheiro Ligierre Coelho Barbosa Rego. “Creio que o CCB deverá atrair muita gente para o local e impulsio-nar a atividade comercial da cidade, muito bem orga-nizada por sinal”, disse, destacando que o CCB reunirá, em um só local, lojas dos mais diferentes setores como alimentação, bijuterias, brindes, perfumes, roupas, en-tre alguns que já adquiriram seu espaço no local.

Das 103 lojas, o engenheiro informou que 80% foram vendidas, o que significa que cerca de 23 estão dispo-níveis, com preços oscilando entre R$ 20 mil e R$ 25 mil. “São espaços pequenos, de cinco metros quadra-dos, mas que servem para abrigar os sonhos de quem deseja investir e ser dono do próprio negócio”, disse Li-gierre Rego, lembrando que seu sócio, Valteir Almeida Branco, é outro entusiasta do empreendimento.

Apesar de ser um Shopping, Ligierre Rego infor-mou que o contrato firmado com a empresa permite a venda do usufruto do espaço. “Isso permite que o comprador faça da aquisição da loja no CCB um bom investimento já que deve circular no local toda a sorte de pessoas atraídas por um lugar que concentre todos os tipos de lojas”, disse o engenheiro. No caso, segundo informou, junto com o diretor comercial da empresa, Thyago Galdenes, um dos principais trunfos do CCB é o fato do comprador da loja ter que funcionar, sem dei-xar o espaço fechado. Esta questão é importante já que os grandes centros comerciais das capitais como o Bar-ra Shopping, no Rio, ou o Center Norte, em São Paulo,

somente alugam sua loja, em contratos que não per-mitem que lojas fiquem vazias. “Somente atrai público lojas funcionando a todo vapor”, disse o engenheiro.

ESPAçO E CONFORTO

Quem puder ir ao local, na rua entre a sede da Pre-feitura e a agência do Banco do Nordeste, na principal rua da cidade, pode notar que as obras estão sendo feitas com todo o cuidado possível, com supervisão di-reta do próprio engenheiro. Na ocasião, um grupo de operários preparava o que vai abrigar a praça de ali-mentação do local, que contará, ainda, com banheiros e serviço de monitoramento.

Ligierre Rego percorria a obra e orientava os operá-rios na colocação de placas e de fios para o serviço de iluminação das lojas. “Tudo tem que estar bem certi-nho até a data da abertura”, disse o engenheiro, desta-cando que a maior credibilidade de uma empresa do ramo de construção é a obra.

Do lado de fora, em frente ao empreendimento, equipe de vendas cuidava da negociação das 20 lojas que faltam ser comercializadas. “Pode-se negociar o valor da loja. Aceitamos parcelar em 10 vezes, no che-que. Há quem queira dar uma entrada e dividir o resto. Tudo isso pode ser feito, sem juros. Estamos abertos à negociação”, disse Ligierre Rego.

Aliás, a escolha de Barreiras, segundo informou não foi aleatória. A empresa construtora possui uma equi-

pe especializada na captação de clientes e no estudo de áreas emergentes, que carecem, ainda, de espaços comerciais, como o município. “O estudo foi feito e constatado que aqui, em Barreiras, faltava um espaço assim, que concentrasse lojas dos mais diferentes ra-mos”, informou.

Este fato da cidade necessitar de um espa-ço assim foi referenda-do recentemente pelos administradores mu-nicipais e vereadores, bem como represen-tantes da sociedade local, que comparece-ram a um café da ma-nhã no CCB e destaca-ram a importância do centro comercial para o desenvolvimento da Cidade.

A cidade vizinha a Barreiras também ganhará um Centro Comercial, na Avenida Ayrton Senna, entre os bairros do Centro, Santa Cruz, Floraes Lea e Jardim Paraíso. Ligierre Rego comunicou que no dia 28

de maio estará fazendo o pré-lançamento do empreendimento, que contará com 113 lojas, cujos valores de venda oscilam de R$ 18 mil a R$ 60 mil. O preço mais alto em relação a Barreiras, segundo Ligierre Rego, é em razão de alguns espaços serem maiores do que os do centro de Barreiras. “Há lojas com 14 metros quadrados. São as de frente, que funcionarão como fonte de atração ao Centro Comercial de Luís Eduardo”, disse.

O pré-lançamento se dará na Feira de Luís Eduardo Magalhães, que acon-tece no Pátio da Prefeitura, concomitante com a Bahia Farm Show, a maior exposição do setor agropecuário da região Norte/Nordeste. “Esperamos ob-ter bom número de reservas no pré-lançamento do empreendimento”, disse Ligierre Rego.

As vendas do Centro Comercial de Barreiras estão a cargo da Prolar e da Vista Imóveis. O espaço será administrado pela empresa Peixoto Empreendi-mentos. Em Luís Eduardo Magalhães, as vendas estão a cargo da Rede Forte e o espaço comercial será administrado pela Zanetti Empreendimentos. O CCB de Barreiras tem 1.090 metros quadrados de área construída, enquanto o de Luís Eduardo Magalhães, 1.250 metros quadrados. Em Barreiras, Ligierre Rego informou que a construtora está negociando terreno vizinho para fun-cionar como estacionamento para os clientes.

ObRAS DO CCb OCuPAm ESPAçO DE mAIS 1.000 mETROS quADRADOS,

quE AbRIgARãO 103 lOjAS, PERTO DO ESTáDIO gERAlDãO

ENGENHEIRO LIGIERRE REGO, DA ALMEIDA & BARBOSA

O centrO cOmercial que será referência

em Barreiras

luís eduardO magalhães

INFORME PUBLICITÁRIO

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Jornal do São Francisco10 Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013

ENtrEVIStA

ortodoNtIA EM AduLtoS

LuIZ AuGuSto cuNhAEspecialista em Ortodontia, Pós-Graduado pela New York University College of Dentistry

Sorria!

Os aparelhos ortodônticos dei-xaram de ser uma exclusivi-dade das crianças. O número

de adultos procurando tratamen-to ortodôntico aumentou muito. Hoje, boa parte das consultas para colocação de aparelhos ortodôn-ticos é para clientes com mais de trinta anos.

O aparelho estético é tão discreto que até atrizes, atores e pessoas que trabalham na mídia estão usando sem comprometer sua aparência, nem prejudicar seu trabalho com o público. A coloca-ção de aparelhos ortodônticos em adultos busca resultados satisfa-tórios no menor tempo possível e com o melhor resultado estético.

Os consultórios oferecem aos pacientes a opção de colocar o aparelho fixo convencional (me-tálico) ou o de porcelana (apare-lho fixo transparente ou estético). Cada um tem suas vantagens, o que é explicado na primeira con-sulta, mas ambos alcançam bom resultado terapêutico.

Solução rápida e definitiva. O tabu de aparelho ortodôntico não resolver os problemas dos adultos acabou. Hoje, metade das con-sultas é destinada aos maiores de trinta anos. Os motivos que levam os adultos ao consultório são vários. A estética é uma grande preocupação, sendo o realinha-mento dos dentes “tortos” um dos casos mais frequentes. Mas existe também os atendimentos que complementam tratamen-tos de outras especialidades. Em situação de implantes, o aparelho é o recurso para abrir espaço na arcada, possibilitando o poste-

rior encaixe correto do implante. Muito comumente, problemas na gengiva trazem como conse-quência a inclinação de dentes e o aparecimento de espaços entre os dentes anteriores. Após a alta do tratamento periodontal, o tratamento ortodôntico é indica-do para recuperar o alinhamento original perdido. “O aparelho é uma solução que permite as movimentações vertical, horizon-tal e rotacional dos dentes e suas porções ósseas”.

A aparência e a limpeza dos aparelhos. Para quem não gosta do aparelho fixo tradicional, pela aparência metalizada, existe a opção do aparelho fixo de porce-lana, no qual apenas o arco que passa sobre os bráquetes (peças aderidas ao dente) é de metal. “O aparelho de porcelana é um bom recurso, mas o tradicional tem suas vantagens. O aparelho de metal é mais suave e menos volumoso. Além de tudo, é mais econômico”. Existe a opção do uso do aparelho autoligante, que reduz em até 40% o tempo de tra-tamento e visitas ao consultório. Quanto à higienização, existem fios dentais especiais e escovas apropriadas que facilitam a higie-ne do aparelho. Para as queixas de aftas, lábios ressecados e boca seca, são encontrados protetores bucais e até mesmo gel para sali-vação. Os tratamentos ortodôn-ticos podem ser breves ou mais extensos de acordo com cada caso e o objetivo a ser alcançado, mas sempre respondem à formação histológica (celular) do organismo individualmente.

SaÚDE

Virgília Vieira

O câncer pode aparecer em qualquer parte do corpo, mas há certos tipos de tumores que têm predileção pela

boca, garganta e pescoço. Estão relaciona-dos, geralmente, a agentes causais como o álcool e o tabaco. Por se desenvolverem em áreas mais fáceis de visualizar, esses tumores são passíveis de diagnóstico pre-coce e, com pequenas intervenções cirúr-gicas, é possível resolver definitivamente o problema. Em entrevista ao Jornal do São Francisco, o cirurgião dentista, alexandre Martins Seixas, formado pela Universida-de Federal da Bahia (UFBA) e especialista em cirurgia bucomaxilofacial pelas Obras Sociais Irmã Dulce, alerta sobre o perigo do câncer de boca. O especialista está em Barreiras há seis anos e atua no Hospital do Oeste (HO), consultório particu-lar e unidades de saúde do município. Acompanhe.

JSF: De que forma o cân-cer de boca pode ser ca-racterizado? aMS- O cân-cer de boca é uma úlcera ou tumor que ocorre por uma multiplicação desor-denada de células, sem uma origem identificada exata, mas que, em algum momento, se inicia e cria um tecido anormal no or-ganismo. O tumor mais comum é o carcinoma es-pinocelular. Esse câncer pode aparecer na região da língua, boca ou nas bo-chechas. O câncer de boca pode acometer também o lábio, principal-mente o lábio inferior.

JSF: Quais os sintomas do câncer de boca? aMS- Normalmente, o câncer de boca é assintomático, uma ferida que não dói, mas que não sara. O paciente dificil-mente sentirá alguma coisa no início, mas o câncer apresenta alguns sinais que po-dem ser avaliados com o autoexame.

JSF: como funciona o autoexame e o que tem que ser observado? aMS- O câncer de boca é um câncer que avisa que vai chegar, com lesões pré-cancerosas deno-minadas de leucoplasia e eritroplasia. A orientação é que o autoexame seja feito sistematicamente pelas pessoas que fa-zem parte do grupo de fatores de risco. Com uma duração de no máximo cinco minutos, o indivíduo deve fazer o autoe-xame na frente do espelho, abrir a boca, afastar os lábios e analisar toda gengiva, mucosa, inclusive debaixo da língua. É importante observar se há alguma lesão na região. A leucoplasia é uma mancha branca não raspável, não removível, que não desaparece e geralmente fica loca-lizada no local onde no futuro pode se tornar uma ferida, que se transformará no câncer. A eritroplasia é uma mancha vermelha, que é a evolução da leucopla-sia. Portanto, se o indivíduo se enquadra no grupo de risco e apresenta uma dessas

lesões deve procurar por um profissional que vai lhe orientar a parar de fumar, di-minuir exposição ao sol e consumo de álcool, para que o processo não evolua. Nessas fases, o indivíduo ainda tem chan-ce de prevenção e cura, daí a importância da identificação das lesões e do acompa-nhamento de um profissional. JSF: Quais são as principais causas asso-ciadas ao câncer de boca? aMS- A causa mais associada ao câncer de boca hoje é o cigarro. O uso do tabaco fumado ou mas-cado por tempo prolongado corresponde a 98% dos históricos de pessoas que foram acometidas desse mal. Históricos de uso de álcool e algumas doenças sexualmen-te transmissíveis na boca também poten-cializam a chance da pessoa ter câncer de boca. No caso do câncer no lábio, a expo-

sição solar aparece como fator principal.

JSF: Quais são os fatores de risco para essa doen-ça? aMS- Qualquer pessoa pode ter câncer de boca, mas o grupo de risco com maior incidência da do-ença é o de indivíduos fu-mantes com idade acima de 40 anos. Não podemos esquecer também que, aqui na região, é muito comum pessoas brancas que se expõem demais ao sol, apresentarem o câncer de lábio, que é um tipo de câncer de pele. Esse câncer também apresenta uma le-são pré-cancerosa que é a queilite actínica e pode ser observada. Essa mancha

que ocorre no lábio pode virar uma ferida, que pelo efeito acumulativo de raios ul-travioletas podem desencadear no câncer labial.

JSF: como é feita a identificação e diag-nóstico do câncer de boca? aMS- Um profissional capacitado fará o exame com-pleto na boca do paciente. Para o profis-sional ter certeza de que a lesão é câncer, será realizada a biópsia. Diagnosticado, o profissional definirá o estágio que o cân-cer que se encontra, que pode ser inicial, intermediário ou avançado. O câncer de boca no estágio inicial tem mais de 95% de cura, um índice alto, desde que o indi-víduo pare de fumar.

JSF: como é possível diminuir o risco da doença? aMS- Conhecido os fatores mais associados, o conselho é parar de fumar, evitar álcool e usar protetor solar. Lem-brando sempre da importância de realizar o autoexame de boca. Todo paciente que apresenta algum tipo de úlcera, ferida ou lesão na boca por mais de 15 dias, que não melhora, não desaparece, deve procurar o profissional e fazer uma avaliação. Se a pessoa não buscar a avaliação inicial, pode ser que o estágio avance. Importan-te lembrar sempre que câncer não dói. Só dói em situação avançada, quando é difícil até mesmo para cirurgia, podendo levar à morte. ■

“Maioria dos casos de câncer de boca está associado ao cigarro”, alerta bucomaxilofacial

Câncer de boca

Dr. Alexandre Martins Seixas, bucomaxilofacial formado pela universidade Federal da Bahia

VIRGÍLIA VIEIRA

Jornal do São Francisco

REPRODUÇÃO

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Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013 11Jornal do São Francisco

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Jornal do São Francisco12 Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013

O prefeito Humberto Santa Cruz comemorou seu aniversário na sexta-feira, 3, em festa surpresa realizada no salão da Secretaria de Assistência Social, no prédio anexo à Prefeitura. Sua esposa, Maira

de Andrada Santa Cruz foi quem preparou a festa, juntamente com os servidores públicos.

Aniversário de Isabel da CunhaA noite de sexta-feira, 10, foi espe-

cial para Isabel da Cunha, presidente da Abapa, que festejou seu aniversá-rio com familiares e amigos no Buffet Olavo Nascimento, em Luís Eduardo.

Cavalo de AçoPaulo Magerl contou com a sua boa

equipe de segurança para o espetá-culo de manobras radicais. O evento "Cavalo de Aço" aconteceu na Cháca-ra Magerl, no último dia 5.

Em Las VegasSandra Grippe Mota, Aliny Grippe

e Eduarda Reis Junqueira viajaram para Las Vegas, EUA. Aliny Grippe

foi comemorar seu aniversário na cidade conhecida em todo o mundo, principalmente pelos seus luxuosos cassinos, hotéis, feiras, eventos e convenções.

Lilica & Tigor: franquia chega em Barreiras

A inauguração da Lilica & Tigor, a mais nova franquia de Barreiras, aconteceu no dia 17 e 18 de maio. A recepção dos clientes ficou por conta dos mascotes da grife infantil, que atraíram a atenção da garotada que passou pela loja. Para a proprietária Sílvia Jung Ramos, é uma satisfação proporcionar aos barreirenses a comodidade de ter por perto uma marca tão tradicional.

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Mosaico

Aniversário de humberto

Eduarda reis Junqueira, Aliny Grippe e Sandra Grippe Mota curtindo Vegas

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Dois anos de YuriNo dia 11 de maio, Yuri Thomas Cazuni, filho de Marcelo e Marcilane, comemorou os seus dois aninhos. A recepção aconteceu em sua residência com amigos e fami-liares em uma bela festa.

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Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013 13Jornal do São Francisco

tEcNOlOgIa

Jovem cria sistema que carrega celular em apenas 20 segundos

Governo brasileiro pode acessar dados virtuais privados

microsoft anuncia novo Xbox One, concorrente do PlayStation 4

Brasil terá mais de 42,6 mi de acessos banda larga em 2017

Enfim, foi confirmada oficialmente a atualização do Windows 8. A Microsoft anunciou no

último dia 14 que o aguardado e espe-culado “Windows Blue” vai ter como nome oficial o Windows 8.1 e será um update gratuito disponibilizado na loja de apps oficial da empresa, a Windows Store. Uma edição “preview” deste upgrade estará online para download a partir de 26 de junho.

O aumento da demanda por conteúdos e serviços digitais e mídias sociais tem impulsionado o mercado de banda larga e o que se tem verificado no Brasil é uma tendência de aumento das ofer-tas de velocidades intermediárias de 2 Mbps e também acima de 5 Mbps.O resultado é que a velocidade média dos acessos à Internet tem aumentado (encerrou dezembro em 4,68 Mbps); o preço por megabit, diminuído; contri-buindo para que o total de conexões fixas e móveis à banda larga no País chegue aos 42,61 milhões de acessos em 2017.A projeção é do Barômetro Cisco de Banda Larga 2.0, realizado pela IDC e divulgado na terça,14, que contabilizou ao final de dezembro de 2012 um total de 25,82 milhões de acessos fixos e móveis. A IDC considerou como cone-xões móveis os minimodems e cartões de acesso para computadores apenas – não estão incluídos navegação por celular e smartphones.Do total de conexões banda larga em 2017, cerca de 31% (13,2 milhões de assinantes) serão acessos móveis; per-centual que em dezembro último era de 26,2%, ou 6,76 milhões de acessos. As conexões 3G tiveram um crescimen-to anual de 18,7% em 2012 e 10,6% de aumento apenas entre julho e dezem-bro do ano passado.

A inventora desta tecnologia é Eesha Khare com apenas 18 anos de idade! Ela criou um supercapacitor que faz

com que as baterias de celulares consigam ser carregadas completamente em apenas alguns segundos. A inteligência e capacidade criativa da jovem inventora já lhe rendeu 50 mil dólares, até agora.

Ela usou para o invento um eletrodo de nanobastões, ou seja, o supercapacitor utiliza-se da nanotecnologia, o que per-mite que ele consiga armazenar muita energia em pouco espaço. Além do in-vento carregar a bateria hiper rápido, ele ainda descarrega mais lentamente que as baterias comuns, as atuais.

Khare demonstrou ao público a capaci-dade de sua invenção com seu protótipo que foi carregado por completo em ener-gia em apenas 30 segundos. O equipa-mento é capaz de lidar com cerca de 10 mil ciclos de recarga em sua vida útil. Isso significa, dez vezes a mais de durabilida-de que as baterias atuais.

Não existem fluidos dentro deste carre-gador de Eesha, portanto, não há risco al-gum de que sustâncias, que são na maio-ria dos casos bem tóxicas e poluentes, vazem. E não para aí as incríveis qualida-

O governo federal já tem acesso a dados privados que as pessoas cedem para empresas através de um órgão estatal

que tem o direito de levantar informações para que estas sejam apuradas através de outra entidade do Estado, que tem objetivos diferentes da primeira entidade.

Bruno Magrani, professor de direito da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janei-ro, compôs um estudo mapeando os mé-todos que governos do mundo todo usam para ter acesso a dados de cunho parti-cular de cidadãos que estão nas mãos de empresas.

A coordenação desta pesquisa foi do Center for Democracy and Technology, em Washington, e tornou-se um livro que será publicado no mês de maio. O livro conta com diversos capítulos divididos entre vários países, como a Alemanha, Canadá, China, Estados Unidos da Amé-rica, Israel e Reino Unido.

No capítulo que aborda como o Estado brasileiro investiga seus cidadãos, duas maneiras principais foram identificadas: uma delas é o de ter um acesso sistemá-tico a dados pessoais retirados de setores privado. A Anatel é um dos meios com possibilidade de acesso a operadora de celulares em tempo real, com capacidade de saber quem liga e para quem, quem re-

des desta invenção. Para os smartphones previstos do futuro, que serão bem flexí-veis, já têm o seu carregador pronto. Este supercapacitor além de tudo é flexível.

Até agora o invento foi testado apenas para acender lâmpadas de LEDs e faz esta função perfeitamente. O que os cientistas ao redor desta criação acreditam é que isto é um grande avanço na direção cor-reta. Uma das características mais impor-tantes no avanço tecnológico para smar-tphones é a duração de suas baterias.

A menina está entre as três pessoas a vencer a Feira Internacional de Ciência e Engenharia da Intel. O diferencial entre as outras descobertas é que a criação de Eesha tem potencialidade prática.

Fonte: Terra

cebe ligação de quem e quanto tempo du-rou o telefonema entre estas pessoas.

A Polícia Federal e o Ministério Público através de acordos com entidades públi-cas e também empresas particulares, en-tre elas o Facebook e o Google, ajudam a acelerar estes processos investigativos de vida privada.

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) não tem direito a este poder de in-vasão particular, mas o Ministério Públi-co e também a polícia podem requerer na Justiça formas de quebras de sigilo com intuito investigativo. Ao lado ainda existe o Sistema Brasileiro de Informação (Sis-bin), parte do sistema da Abin e também de outros órgãos federais, que determi-nou que exista sim um compartilhamen-to destas informações.

Desta forma, se por exemplo a Polícia Federal solicitar, através de pedido de quebra de sigilo de e-mails particulares, que foram autorizados por qualquer que seja a instância da Justiça, a Abin poderá ter o acesso a estas mesmas informações. O livro aponta estas formas investigativas na quebra de sigilo particular em inves-tigações estatais, como acrescenta ainda que existem outras formas por ora ainda não levantadas e nem comprovadas.

Fonte: Notícias BR

microsoft confirma Windows 8.1 e atualização gratuita via Windows Store

Samsung já testa internet móvel 5G com velocidade de 1 gigabit por segundo

A Samsung testou com êxito um novo sistema de telefonia celular rápido de quinta geração (5G), que permite por exemplo fazer o download de um filme em um segundo, e espera disponibilizar comercialmente a novidade em 2020. A empresa anunciou que conseguiu transmitir dados a uma velocidade de 1 Gbps (gigabits por segundo) entre dois terminais separados por dois quilôme-tros de distância. O sistema atual de telefonia móvel (4G) permite transmitir 75 Mbps (megabits por segundo)."Os usuários poderão beneficiar-se de uma ampla gama de serviços, como filmes em 3D, assim como jogos e lei-tura direta (streaming) com conteúdo em alta definição (UHD)", afirma um comunicado da Samsung.A nova tecnologia utiliza frequências extremamente altas (EHF), mas ainda não responde a nenhuma das normas técnicas reconhecidas pelos organis-mos internacionais.Em fevereiro, a japonesa NTT DoCoMo anunciou ter realizado testes com a tec-nologia 5G que atingiram transmissão com taxas de 10 Gbps.

Do total de conexões banda larga em 2017, cerca de 31% (13,2 milhões de assinantes) serão acessos móveis

Jovem de 18 anos da Califórnia levou prêmio de US$ 50 mil em feira de ciências e engenharia da Intel pela tecnologia

Novo console de videogame chega no fim do ano às lojas. Rival do PS4 tem novo Kinect, Skype, Blu-ray e seriado de Spielberg.

O KakaoTalk Messen-ger é um mensageiro instantâneo para An-droid e iOS que oferece ligações e mensagens gratuitas entre os

usuários. Além disso, o app conta com emoticons animados, função walkie-talkie e chat em grupo com número ilimitado de amigos.

A interface da aplicação KakaoTalk Messenger tem uma boa usabilidade aliada à um design agradável, o que torna a experiência de uso positiva. Ela traz diversos temas para que o usuário personalize seu plano de fundo, ainda é possível inserir criações próprias e compartilhar com a comunidade.

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Eesha Khare desenvolveu capacitor que carrega celulares em apenas 30 segundos

FOTO: REPRODUÇÃO/DAILyPHOTOGRAPH

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Jornal do São Francisco

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Jornal do São Francisco14 Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013

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Jornal do São Francisco16 Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013

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MANTER AS CUTíCUlAS INTACTAS é TENDêNCIA E SUPER RECOMENDADO PElOS DERMATOlOgISTAS

1. Roberto JustusO empresário faz o estilo “exe-cutivo moderno”. Quando não está de terno e gravata, como manda o figurino de trabalho, Roberto Justus com certeza deve contar com as dicas de estilo de sua esposa Ticiane Pi-nheiro. O bonitão está sempre estiloso por aí, com calças ajus-tadas e camisas elegantes, ora usadas por dentro da calça, ora para fora, num visual mais des-pojado. Também tem espaço para as camisetas pólo quando a ocasião é mais casual. CAMISA AzUl MARINhO COM CAlçA JEANS MAIS AJUSTADA FOTO: ISTOé gENTE

2. Oscar magriniO ator simplesmente não en-velhece – pelo menos não sua alma. Talvez seja isso que con-segue manter o visual de Oscar Magrini tão jovial, com camisas usadas com calça jeans e um bom tênis confortável. O “me-ninão” também sai por aí com camisetas em gola V, sempre estiloso. OSCAR MAgRINI COM CAMISA xADREz vIChy E CAlçA JEANS. FOTO: O FUxICO

3. Odilon WagnerElengantérrimo e extremamen-te charmoso. Sempre sedutor, Odilon Wagner desfila por aí com looks despojados, mas que o tornam ainda mais ele-gante. Blazers bem alinhados e camisas compõem visuais descolados com calças jeans. O ator também não abre mão de uma camiseta de manga longa.lOOkS DE ODIlON WAgNER COM CAMISETA PólO DE MANgA lONgA OU CAlçA JEANS COM CAMISA E blAzER MAIS AJUSTADO. FOTOS: R7 E QUEM

4. Antonio CalloniO ator sempre teve um estilo descolado. Mesmo em looks mais básicos, como uma ca-misa com calça jeans, Anto-nio Calloni inova ao escolher um tecido diferenciado para as peças. Os casacos são mais casuais, normalmente utilitá-rios, com muitos bolsos e mo-delagem mais maleável – mas também vale um tecido ou aca-bamento diferenciado aí! lOOkS MASCUlINOS DE ANTONIO CAllONI. FOTOS: glObO E ISTOé gENTE

5. Stênio GarciaStênio curte uma sobreposição de camisa e camiseta – às vezes na mesma cor, fazendo uma monocromia elegante, ou em cores diferenciadas, ornando um agradável contraste. As cal-ças do ator são bem variadas, vão das mais clássicas e amplas às mais modernas e ajustadas.JAQUETA DE COURO E OUSADIA NOS ACESSóRIOS TAM-béM FAzEM PARTE DO vISUAl DE STêNIO gARCIA QUE é DESCOlADO SEM PERDER A ElEgâNCIA

6. George ClooneyO charmosíssimo ator tem um estilo super casual para o dia a dia, com calças jeans mais folgadinhas, suéteres, casacos esportivos e jaquetas de couro. Para a noite George Clooney não abre mão da elegância com ternos e calças de alfaiataria com acabamentos impecáveis – vale até um sobretudo para ficar ainda mais elegante. lOOkS MASCUlINOS PARA A NOITE DE gEORgE ClOONEy. FOTOS: JUST JARED

Fazer as unhas semanalmente faz parte do ritual de beleza da mulher brasileira. E no pacote da esmaltação, quase sempre está inclusa a cutilagem. Muitas mulheres acham que o acaba-mento das unhas fica mais bonito, e parece ser até mais higiê-nico. O que elas não sabem é que as cutículas são uma barreira do corpo, para evitar contaminações. Sem essa proteção a en-trada de fungos e bactérias fica facilitada.

As cutículas são o prolongamento da primeira camada da epiderme, formada por células mortas – por isso não dói cor-tá-la. Ela protege a matriz da unha que, uma vez danificada ou infectada, pode desenvolver pelo resto da vida um crescimento irregular das unhas (sem falar em outras doenças, como onico-micose, aspecto rugoso, onicosquizia e até a queda da unha!).

Todos os dermatologistas aconselham manter as cutículas onde estão, quanto menos você tirar, menos elas crescerão e com o tempo se tornarão mais finas. Outra dica é sempre ma-tê-las hidratadas, assim ficam mais bonitas e te incomodarão menos. Já existem até cremes redutores de cutículas no mer-cado.

Ainda assim, para quem não resiste à cutilagem, é recomen-dado sempre usar suas próprias ferramentas (e nunca empres-tá-las!) ou no mínimo se certificar que os aparelhos tenham sido esterilizados na manicure. Esse cuidado evita infecções sérias, como do vírus da hepatite. Não tire a cutícula profunda-mente, assim você mantém a matriz da unha protegida. Lem-bre-se, quanto mais você tirar, mais elas crescerão, pois são uma proteção do seu corpo.

Nos Estados Unidos e Europa, a cutilagem já foi quase aboli-da e a moda está chegando no Brasil! Ter unhas bonitas é muito importante, mas mantê-las saudáveis é essencial!

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mesmo os homens super seguros de seu estilo sempre podem usar algumas dicas de moda em seu favor. Um

ótimo truque é ficar de olho nos looks das celebridades que são referência nesse assunto. O Fashion Bubbles selecionou alguns famosos, nacionais e internacionais, para inspirar looks masculinos para os homens maduros. Confira:

As cutículas são uma proteção do seu corpo. retirando-as, fica-se exposto a fungos e bactérias e até doenças mais sérias, como hepatite

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Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013 17Jornal do São Francisco

MUNIcÍPIOS

luciano DeMetrius

Retirada de lonas pretas das barracas de produtos, transferência de quios-ques e remodelação da praça de ali-

mentação são algumas das mudanças promovidas no Mercado Municipal, no bairro Santa Cruz, em Luís Eduardo Ma-galhães. Alterações que, se a princípio ainda não representam aumento nas ven-das, já despertam reações positivas nos comerciantes.

Para a vendedora de milho, Ivoneide Nascimento Vieira, apesar de se sentir incomodada pela falta de um local defi-nido para trabalhar, a nova cobertura na praça de alimentação a agrada. “Agora não ficamos mais expostos nem ao sol e nem à chuva. Ainda não vi mudança nas vendas, mas com as obras aqui na feira, tenho certeza de que os negócios vão me-lhorar”, diz.

Porém, uma das mudanças desagra-da boa parte dos vendedores que atuam na área de alimentação: a proibição da comercialização de bebidas alcoólicas, desde o domingo de Páscoa. Para uma comerciante que atua em um quiosque no novo espaço da praça de alimenta-ção, a cada domingo ela nota queda nas vendas. “A maioria dos frequentadores da feira é de pessoas que vêm com a família. Quem vem bêbado é aquele sujeito que já bebeu em outros lugares. Ninguém vem à feira para beber e fazer bagunça”, avalia a comerciante que pediu para não ser iden-tificada.

“O consumidor diz que a mudança é boa, que está tudo mais limpo e organiza-do e eu concordo com isso. Mas a maioria dos clientes reclama com a gente por não ter mais a cerveja para acompanhar o pra-to preferido”, diz a comerciante que vende pratos variados. A reclamação se estende aos donos de quiosques nos fundos da feira, atrás do estacionamento interno. Dos seis espaços, quatro estão fechados e, segundo uma das duas comerciantes que ainda estão lá, foram fechados pela queda de público. “Eu mesma estou pensando em fechar as portas também. Agora estou praticamente trabalhando para pagar ao fornecedor de produtos”, diz a vendedora de pratos típicos.

Segundo ela, as vendas antes da restri-ção às bebidas giravam em torno de R$ 160 por domingo, em média. “Hoje mes-mo só vendi um prato, ao preço de R$ 7”,

disse ela quando eram 10h de domingo, 19. “E no horário do almoço não vai me-lhorar muito”, acrescenta. A proprietá-ria de outro quiosque disse que já notou queda nas vendas há oito meses, quan-do mudou de lugar. “Antes da proibição da venda de bebidas alcoólicas eu ainda conseguia pagar minhas contas. Agora não tem mais jeito, perdi muitos clientes”, reclama. Ainda de acordo com ela, a mé-dia de vendas aos domingos girava entre R$ 380 e R$ 420. “Agora consigo bem me-nos da metade disso”, evidencia.

No dia da entrevista, ela havia vendido apenas um prato a R$ 10, próximo das 10h. O único cliente também aprovei-tou para reclamar: “Eu ainda venho aqui porque frequento o local há muitos anos, gosto da comida que ela oferece, mas sin-to a falta do aperitivo para acompanhar o prato”, destacou. Esta comerciante, que também pediu para não ser identificada, disse que não há diálogo com a prefeitu-ra e setores responsáveis pela feira. Os comerciantes indignados também recla-mam que há vendedores que comerciali-zam DVDs e cds piratas e eletrônicos do Paraguai, sem que haja fiscalização por parte do poder público.

A reportagem constatou ao menos cin-co locais que vendiam os discos piratas livremente. “Nossos CDs são ‘genéricos’”, disse a dona de um quiosque que vende títulos dos mais variados estilos musicais. Falta de segurança é outra queixa dos co-merciantes que se dizem lesados com a proibição das bebidas alcoólicas. As duas donas dos quiosques dos fundos da feira afirmam que seus locais de trabalho fo-ram arrombados em espaço de 15 dias. “Desse jeito, além de ver as vendas caírem e ver meu espaço arrombado, eu vou é fe-char as portas”, disse uma delas.

OuTRO LAdOO secretário municipal de Indústria e Comércio, Ondumar Marabá, disse que a prefeitura está dentro da lei quanto à proibição da venda de bebidas alcoólicas na feira. “A restrição não aconteceu por acaso. É fruto da Lei nº 485 de março de 2011. Ela existe justamente por causa de uma morte na feira, em 2010, durante bri-ga entre pessoas embriagadas”, relembra. Segundo ele, as pessoas que saíam das festas durante a madrugada “emenda-vam” o consumo de bebidas na feira. “O problema é que muitos dos frequentado-

res das festas tiravam proveito para con-tinuar ingerindo bebidas alcoólicas na feira”, complementa.

Quanto à reclamação de alguns comer-ciantes, o secretário não vê problemas em reverter o quadro. “Se entendermos que a volta da venda das bebidas é neces-sária, vamos propor a revisão do projeto. Porém, antes temos que verificar quem é

ou será o maior prejudicado”, explica. No que diz respeito aos vendedores de DVDs e CDs piratas, a prefeitura está à espera do Ministério Público que está preparan-do um documento para obrigar a retirada de qualquer produto vendido ilegalmen-te. “Quando recebermos o ultimato, va-mos retirar quem estiver ilegal”, finalizou Marabá. ■

Comerciantes da feira querem permissão para vender bebidas alcoólicas

LuÍS EduArdo MAGALhÃES

Feira Municipal tem novo espaço para Praça de Alimentação

LUCIANO DEMETRIUS

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Jornal do São Francisco18 Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013

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REgIÃO

raul Marques

A Justiça da Bahia está em colapso. Esta frase do presidente da Ordem dos Ad-vogados do Brasil, seção Bahia (OAB

-BA), Luiz Viana Queiroz, retrata bem o sentimento da categoria profissional em relação à carência de juízes, agravada com a falta de titulares nas comarcas e até ao modo como os advogados são recebidos por funcionários públicos e magistrados de algumas comarcas. Retrato pior fa-zem os profissionais que militam nos fó-runs das comarcas que ficam no Oeste da Bahia.

Tudo isso ficou bem claro na reunião que Luiz Viana Queiroz teve com advoga-dos na sede da OAB-Barreiras, no último dia 07, que contou com a participação de diversos causídicos. Antes, no último dia 30 de abril, a comarca vizinha, de Luís Eduardo Magalhães, passou por uma cor-reição - uma fiscalização dos serviços do foro judicial, na qual verifica-se a qualida-de e regularidade de tais serviços e apu-ra-se denúncias, reclamações e sugestões apresentadas. Conforme relatado por in-tegrantes da comarca de Luís Eduardo, o resultado não animou os advogados.

Segundo o presidente da OAB-BA, Luiz Viana Queiroz, a Justiça do Estado carece de 300 magistrados e de 10 mil funcioná-rios. “O Estado precisa resolver este pro-blema com urgência. Não dá para conti-nuar assim”, disse. Ele informou ainda que está em fase final o concurso realiza-do pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJ/BA), pelo qual mais 99 juízes serão contra-tados. “Nas provas objetivas, 110 obtive-ram aprovação e farão a prova oral. Com este concurso, 1/3 do problema apenas está resolvido. Precisamos de mais con-cursos”, ressalta.

Há aspectos, no entanto, que foram lembrados pelo presidente da OAB-Bahia em relação ao concurso. “O cará-ter amplo da seleção para juiz, que é justo, traz à magistratu-ra baiana características pró-prias a estes profissionais que precisam ser avaliadas pelos administradores do tribunal”, avalia. Tal medida, nada grave, deve mudar o perfil de quem julga os processos na Bahia, ponto que tem seu lado positi-vo e negativo segundo juristas.

A primeira delas é a questão da baixa idade dos aprovados. “Nove em cada dez aprovados devem ser de profissionais recém-formados com pouca experiência”, evidencia Luiz Viana. Outro ponto é o fato de boa parte dos aprovados ser de outros estados, sem “vín-culos culturais e afetivos com os locais em que vão traba-lhar”, complementa. Este últi-mo ponto, de acordo com ele, pode causar até problemas culturais, já que atitudes tidas como normais aqui não são assim consideradas em outras regiões do Brasil. “Se na própria Bahia, dentro do Estado, já há diferenças culturais, imagine

entre estados bem distantes”, frisa.Luiz Viana entende ainda que a justiça

baiana chegou ao patamar de pior justiça do Brasil, pela falta de administradores à frente do Tribunal. “Realidade é que não se pode gerir, gerenciar, sem a formação na área de administração”, disse, deixan-do claro que gostaria que houvesse uma divisão dos papéis dos magistrados e dos administradores na gestão do Tribunal de Justiça da Bahia.

ESTRuTuRA, CONjuNTuRA E PREOCuPAçÃOAs questões da Justiça da Bahia ultrapas-sam as esferas da região Oeste. A falta de juízes, segundo Luiz Viana, está levan-do ao aumento de processos na fila por

despachos e sentenças, que retardam a morosidade dos julgamentos. Este diagnóstico, inclusive, consta no relatório "Análise do Poder Judiciário Estadual", feito pela Seção Bahia da Ordem dos Advoga-dos do Brasil e entregue no início de abril ao Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. “O mais preocupante é que a di-reção do tribunal reconhece o problema, mas diz não ter dinheiro para resolvê-lo. A so-lução só pode acontecer com o desembolso”, assegura.

Sem deixar de responder a qualquer pergunta, o presi-dente garantiu que a OAB-BA aceita negociar somente o que for passivo de negociação, mas lembra que o respeito e o cumprimento às prerrogativas dos advogados são inegociá-veis. “Não dá para aceitar que a falta de magistrados levem os juízes a acumularem funções em comarcas intermediárias e de grande movimento”, disse.

Um bom exemplo é o de que o primeiro substituto da segunda vara cível é o titular da vara crime de Luís Eduardo Magalhães, a 90 quilômetros de distância. No entanto, sabe-se que existem comarcas em que o

juiz só aparece a cada 30 dias, como Para-tinga, e outras que não dispõem de magis-trados titulares, como Utinga.

Informações de funcionários da Justiça da Bahia dão conta de que, em Salvador, capital do Estado, há varas em que o atendimento é feito por menores-aprendi-zes, estagiários ou contrata-dos temporariamente. Não há previsão para a realização de concurso. A estrutura dos prédios onde estão instalados os fóruns também preocupa o presidente da Ordem dos Ad-vogados da Bahia, assim como o horário de funcionamento de algumas comarcas, cujos fóruns abrem uma vez na se-mana, em horário exíguo.

AdVOGAdOS NA bRONCACanal entre a lei e a população, a categoria está insatisfeita com a atuação de alguns ma-gistrados e dos funcionários de cartórios das varas, segun-do relato do próprio presiden-te da OAB-BA. Os advogados reclamam que muito magistrado não os atende e coloca empecilhos em ações que deveriam ter um rito sumário – mais rápi-do – como habeas corpus, antecipação de tutela e mandado de segurança com pedi-do de liminar.

A presidente da Subseção de Barreiras da OAB, Cristiana Matos Américo, enten-de que este descompasso da Justiça na

Bahia cria uma mazela social. “A situa-ção beira o colapso. Não há celeridade, o que não é admissível em uma sociedade democrática”, disse, destacando que, em Barreiras, foram feitas algumas propostas ao Poder Executivo para melhorar a atua-ção do Judiciário. “Uma destas soluções é criar um tribunal de arbitragem, aprovei-tando os profissionais que atuam na área jurídica. Isso desafogaria parte da Vara Cí-vel”, explica.

Mesmo com estas ideias, a presidente da OAB ouviu, na audiência pública com o presidente da OAB, de seus associados, a mais diversificada sorte de reclamações em relação a juízes e a funcionários de cartórios, tanto que o presidente da OAB-BA levou a proposta de criar uma central de reclamações dos causídicos às subse-ções da Ordem para evitar os problemas causados pelo enfrentamento dos advo-gados aos magistrados. Desta forma, o advogado levaria a queixa à Central que providenciaria andamento. O objetivo se-ria diminuir a zona de conflito entre advo-gados e magistrados.

Na reunião capitaneada por Cristia-na Matos Américo, vários advogados re-clamaram da morosidade da Justiça, do atendimento recebido nos cartórios e dos problemas com os magistrados. Um ad-vogado chegou a questionar a maneira como age, no caso, a Vara Trabalhista da cidade, que marca audiência para o mes-mo dia “de dois em dois minutos”. No seu entendimento, o fato acontece por inte-resse exclusivo dos integrantes do Judici-ário e isso deveria ser questionado pela Ordem dos Advogados. No caso, a Vara Trabalhista é da esfera Federal e não Esta-dual como o Tribunal de Justiça.

Os mesmos questionamentos já tinham sido feitos também em Luís Eduardo Magalhães, quando da correição extraordinária re-alizada nas unidades cartorá-rias judiciais e extrajudiciais. Segundo o presidente da OAB daquele município, Carlos César Cabrini, o resultado do encontro trouxe desaponta-mento. “Era a chance que to-dos tinham de mostrar o que há de errado na Justiça da ci-dade e recebermos respostas mais claras do que as obtidas pelo corregedor das Comarcas do Interior, o desembarga-dor Antonio Pessoa Cardoso”, lamenta, dizendo ainda que só ouviu do desembargador, frases como “não temos chave do cofre”. “Só de ouvir isso, já desanimei. Não é questão de se ter ou não dinheiro. É uma emergência”, reclama.

O presidente da OAB de Luís Eduardo comentou com Luiz Viana, da OAB da Bahia, que ele e os seus 530 colegas de Barreiras, mais os 150 de Luís Eduardo Magalhães, sentiam-se mendi-gos de gravata. “Pedimos pelo amor de Deus para que juízes, oficiais de justiça e funcionários nos atendam. Isso está erra-do”, reforça. Luiz Viana prometeu tomar providências. ■

Justiça baiana em colapsoAdvogados reclamam da estrutura e querem mais juízes e melhor atendimento nas comarcas do Oeste

A situação beira o colapso. Não há celeridade, o que não é admissível em uma sociedade democrática”Cristiana m. AméricoPRESIDENTE DA OAb/SUbSEçãO DE bARREIRAS

...Não é questão de se ter ou não dinheiro. é uma emergência”Carlos César CabriniPRESIDENTE DA OAb/SUbSEçãO DE lUíS EDUARDO MAgAlhãES

O mais preocupante é

que a direção do tribunal reconhece o problema, mas diz não ter dinheiro para resolvê-lo. A solução só pode acontecer com o desembolso”Luiz Viana QueirozPRESIDENTE DA OAb-bA

FOTOS: RAUL MARQUES

Jornal do São Francisco

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BRaSÍlIa

O clima anda tenso e bem disputado na Praça dos Três Poderes. As acusa-ções de que os poderes constituídos

não se respeitam é a pauta da vez. Primei-ro veio a crise institucional entre o Le-gislativo e o Judiciário por conta da PEC 33, que restringe a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF); depois o despa-cho do ministro do STF, Gilmar Mendes, suspendendo a tramitação do projeto que dificulta a criação de partidos e, para completar, a decisão da presidente Dilma Rousseff de criar o 39º Ministério, já com foco nas eleições de 2014.

O filósofo iluminista Montesquieu, no século XVIII, em seu livro O Espírito das Leis, sistematizou a divisão dos poderes em Executivo, Legislativo e Judiciário. O filósofo acreditava que, para afastar go-vernos autocráticos e evitar a produção de normas ditatoriais, seria essencial estabelecer a autonomia e os limites de cada poder. Institui-se, assim, o sistema de freios e contrapesos, o qual baseia na contenção do poder pelo poder. Cada poder deve ser autônomo e exercer de-terminada função, porém o exercício desta função deve ser controlado pelos outros poderes.

No estudo de Montesquieu reside o fundamento do 2º artigo da Constituição Cidadã que assegura a separação dos

Poderes do Estado – Executivo, Legisla-tivo e Judiciário - tornando-os indepen-dentes e harmônicos entre si. A intenção é garantir a manutenção do Estado De-mocrático de Direito, no entanto a Praça dos Três Poderes tem sido palco de uma realidade contraditória. Não se vê uma integração legítima do tripé. Eles estão quase sempre em controvérsias.

A PEC 33 De autoria do deputado Nazareno Fon-teles (PT-PI), foi aprovada no último dia 24, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com a finalidade de alte-rar a quantidade mínima de votos de membros do STF para declaração de in-constitucionalidade de leis; de regular o efeito vinculante de súmulas aprovadas pelo Supremo à aprovação pelo Poder Legislativo e conceder ao Congresso o poder de derrubar decisões do Supremo sobre emendas constitucionais.

Caso a PEC fosse levada e aprovada em plenário seria uma invasão ao espa-ço do Judiciário, mas o arquivamento já está decidido, será feito por iniciativa do próprio Legislativo ou do Judiciário. Na opinião do presidente do STF, Joaquim Barbosa, a proposta “fragiliza a demo-cracia”. Já o ministro Gilmar Mendes sinaliza que dessa forma o parlamento

“rasga a constituição” e o ministro Mar-co Aurélio Mello, que também faz parte da Suprema corte brasileira, a qualificou como “retaliação”.

RESTRIçÕES AOS NOVOS PARTIdOSNa sequência, o desentendimento em razão da liminar expedida, no último dia 03, por Gilmar Mendes, também colo-ca em xeque a separação de poderes. O ministro paralisa a tramitação, no Sena-do, do projeto de lei que limita o acesso dos novos partidos ao Fundo Partidário e ao tempo de propaganda na TV, sob o argumento de que o processo legislativo deve respeitar o direito de minorias.

Os representantes do Parlamento re-afirmaram que é da competência do Supremo julgar a constitucionalidade das leis, mas apenas depois de aprova-das. “Interromper a tramitação de um projeto legislativo é algo com o qual não vamos concordar jamais. Não há nenhuma dúvida de que cabe ao Supre-mo Tribunal Federal o controle da cons-titucionalidade das leis, mas quando a lei vem à luz. O que não pode haver é o controle preventivo. O Congresso não vai aceitar que isso continue a aconte-cer”, alertou o presidente do Senado, Renan Calheiros.

O projeto do jeito que está sendo con-duzido soa como uma tentativa de esva-ziar movimentos como o da ex-senadora Marina Silva, que está empenhada em criar a Rede Sustentabilidade. A aprova-ção do projeto também pode ter efeito sobre o MD (Mobilização Democrática), criado com a fusão do PPS e do PMN.

Para Marina, o projeto inviabiliza a fundação do partido. “Eu não encaro como ataque pessoal, mas como um ataque à democracia, porque o pluri-partidarismo está sendo ferido. Obvia-mente, essa postura tem a ver com o in-teresse político de evitar que grupos que legitimamente têm direito de se organi-zar possam se viabilizar”, enfatizou Ma-rina Silva. Marina ainda destacou que o projeto está tramitando em regime de urgência, método que só deve ser ado-tado em situações de inadiável interesse nacional, guerra ou calamidade pública.

INCHAçO dA mÁQuINA PÚbLICAPor fim a indicação do vice-governador de São Paulo, Afif Domingos, para assu-mir a pasta do recém-criado Ministério da Micro e Pequena Empresa, a esta al-tura do mandato, longe de caracterizar compromisso por parte da Presidente Dilma em investir na eficiência do go-verno, tal atitude significa abuso admi-nistrativo e tem a ver mesmo com o de-sejo da presidente em levar vantagem na reeleição. A previsão é de que o novo mi-nistério custe em torno de 7,9 milhões de reais por ano e requisite contratação de cerca de 60 cargos.

A nomeação de Afif representa o in-gresso do PSD, partido que na sua cria-ção esteve muito próximo do PSB de Eduardo Campos e agora se vê mais afei-to ao palanque do PT. O PSD era, tam-bém, um partido que ainda não tinha oficializado nenhuma aliança para 2014 e, diante do entrosamento de afif, o PSD não tem escapatória, fica mais atrelado ao PT.

STATuS POLÍTICONo frigir dos ovos, dá a impressão de que os poderes constituídos não fazem

muita questão de estarem em sintonia. O Executivo visa atender as demandas que lhe são convenientes, o Legislativo também segue a mesma prática, o Judi-ciário que tenta moralizar o sistema, é o mesmo que agasalha os ‘bandidos de toga’ - juízes corruptos do país, de acor-do com a Corregedora Nacional de Justi-ça, a ministra Eliana Calmon. São nuan-ces diferentes, mas que deságuam num único objetivo: o status político – todos lutam pelo poder, todos querem estar no comando, todos querem impor os seus preceitos.

“Há um “jogo” competitivo entre os poderes da República. A divergência, que se tornou política, entre Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF), abriu “às claras” que existe uma crise de identidade entre os poderes no país. Dá para desconfiar que o STF, em vez de Justiça, quer fazer política. O Congresso, em vez de política, quer fa-zer Justiça”, afirmou com conhecimento de causa o jornalista Edgar Leite em seu artigo ‘A Mídia na cobertura da crise dos poderes’.

Os poderes da República precisam sair do campo da competição e trabalhar conjuntamente em defesa do projeto de desenvolvimento do país. Vem a pergun-ta: afinal qual o destino que os senhores do poder querem dar para o Brasil? Que venha a calmaria depois da tempestade. Que cada um pense no todo e cuide do seu quintal para que, com fluidez, possa funcionar o Estado-político. ■

Tempestade na Praça dos Três Poderes

JSF no PlanaltoroMêNIA MArIANI [email protected]

A tramitação da PEC 33, os desdobramentos acerca do projeto que inibe a criação de partidos e o anúncio do 39o Ministério da Micro e Pequena Empresa, provocaram polêmica no Congresso Nacional nos últimos dias

Chance do Estado do São Francisco sair do papelPor 399 votos a favor, 19 contra e uma abstenção, pedido de urgência para a votação de Projeto de Lei Com-plementar 416/08 que, na prática, facilita o processo de criação, incor-poração, fusão e desmembramentos de municípios no país, foi aprovado na Câmara dos Deputados, no último dia 07 e pode ser uma oportunida-de para viabilizar o Estado do São Francisco.De autoria do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), a proposta deverá ser analisada pelos depu-tados federais no dia 14 de junho. Para pressionar os parlamentares a aprovar o projeto, dezenas de mani-festantes de municípios que podem vir a ser beneficiados pelas novas regras lotaram as galerias do plenário da Casa Legislativa. Com a urgência aprovada, o projeto poderá ser apre-ciado pelo plenário sem ter de passar pelas comissões da Casa.

Distribuição de rendaProjeto de Lei de Conversão (PLV 8/2013), que amplia o programa Brasil Carinhoso e assegura renda mínima mensal de R$ 70 por pessoa a todas as famílias incluídas no progra-ma Bolsa Família, foi aprovado pelo Plenário do Senado, no último dia 07. O projeto, proveniente da Medi-da Provisória (MP) 590/2012, agora segue para sanção presidencial.

NotASPraça dos três Poderes

REPRODUÇÃO

Page 22: Jornal do São Francisco - Edição 129

Jornal do São Francisco22 Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013

cRÔNIca

durVAL [email protected]

Minha Cara Mãe CalinaChegava de Recife e ficou exasperada com a espera no aeroporto de Gua-rulhos para liberação da bagagem.

Sua amiga Karoll estava esperando por ela desde cedo. Os beijos e confidências fizeram o tempo passar mais rápido. De-sembaraçadas as malas tomaram um táxi e se dirigiram para o Hotel San Rafael, sob protesto da Karoll que insistia em levá-la para seu apartamento. Mila explicou que já havia feito reserva no hotel, onde a es-peravam os executivos da empresa, que com ela iriam a Lisboa. Às 20h30 encon-travam-se no bar vip do hotel, quando apareceram dois executivos elegante-mente vestidos e um deles inquiriu: ― Srta. Mila Daserra? -Pois não, Se-nhor Dório Vasconcelos de Aquino? ― Exato. Muito prazer Senhorita Mila; este é meu colega, Dr. Alexandre Barreto. ― Muito prazer; esta é minha amiga Karoll que veio me receber no aeroporto. ― Vamos tomar um vinho antes do jantar? Sem esperar a aquiescência, Dó-rio acenou para o garçom e pediu a carta de vinhos e confidenciou: - Os planos mudaram; vamos para a Itália pois os executivos portugueses preferiram vir aqui no Brasil, na próxima semana. ― E como será nossa missão na Itália, assim de repente? ― É dentro da mesma linha de apre-sentação das vantagens comparativas do agronegócio brasileiro e você já está sobejamente preparada para o conven-cimento. Ainda mais com esse domínio de idiomas que é seu maior trunfo. O garçom trouxe a carta e ele passou para que ela escolhesse ao seu requinta-do gosto: ― No final do ano retrasado, fi-zemos uma visita ao Signore Di Stefano, um dois maiores distribuidores de vinho da Itália, quando levei uma embalagem com três garrafas da finíssima cachaça Itagibá. Degustou e ficou maravilhado, mas ao mesmo tempo intrigado por uma empresa do nível da Odebrech se envolver na produção de cachaça. Ex-pliquei o que sabia e daí mandou pes-quisar tudo sobre cachaça de qualidade no Brasil e estudou todos os relatórios

da Associação Brasileira dos Produto-res de Cachaça de Qualidade (ABCQ) e agora nos convida para uma “conversi-nha”. Passaram um esboço do seu inves-timento e nós sugerimos o município da Barra, no Oeste da Bahia, que oferece as condições ideais. Eles querem uma área entre 2 e 5 mil hectares, com água, para explorar cana de açúcar e a produção de cachaça orgânica para exportação. O ba-gaço será usado na produção de energia e na alimentação de gado de leite. Ima-ginem vocês, eles estudaram uma raça quase desconhecida, a Sindi, no Paquis-

tão e aqui no Brasil (Amazônia, Nordeste e Centro sul) e chegaram à conclusão de que á a ideal. Será montada, na fazen-da, uma estrutura para beneficiamento do leite e fabricação de derivados. Seus agrônomos e veterinários irão visitar os produtores para mostrar a potenciali-dade econômica das duas atividades e estabelecer parcerias. Mila: ― E porque só os estrangeiros ou os empresários do centro sul descobrem nossas potencialidades e nosso povo vive eternamente na mesmice? Dr. Alexandre: ― Porque nós e nossos

governos ficamos aqui “deitados eterna-mente em berço esplêndido”, como diz nosso hino nacional. Dório: ― Mas principalmente porque não há estímulo ao aprendizado, ao tra-balho, às descobertas. O que se pratica é um sistema de Bolsas Eleitoreiras que só querem garantir o pão de cada dia e o voto de quatro em quatro anos. Se esse projeto tivesse o mínimo respeito ao Brasil e aos brasileiros, essas bolsas estariam amarradas ao compromisso produtivo. Seriam bolsa-trabalho e não bolsa-vadiagem, bolsa-voto. Karoll: ―Tem lugar que dá sorte. Eu conheço um lá na Bahia, chamado Ser-ra do Ramalho, que possui 110 km de rio São Francisco e não existe um único projeto de irrigação. E nem de pesca. E o pior é que a verdura que se come lá vem de Goiânia. Dório: ― E nem em nenhum outro município do Médio São Francisco. Imaginem vocês que, nas margens do lago de Sobradinho, um dos maiores do mundo, o povo pega água de jumento e, na seca, como agora, o governo recria a indústria dos carros-pipa para abastecer as populações do interior. Karoll. ― E por que estão gastando uma fábula para levar água para a Para-íba e Rio Grande do Norte, se o próprio povo ribeirinho passa sede? Dr. Alexandre: ―Entre no sítio do Bis-po da Barra, Dom Luiz Cappio, na inter-net, que vocês ficam sabendo todas es-sas respostas e muitas outras. Talvez um dia possamos conscientizar o povo que a aspiração pela vida e pela dignidade humana passa muito além de uma bolsa-esmola. O garçom: ― Senhores, o Chateau Margaux! A senhorita fez excelente es-colha. Mila : ― Ernest Hemingway disse que “o vinho é a coisa mais civilizada do mundo”! Dório: ― Prefiro a assertiva do Dr. So-bral Pinto: “quando o Brasil criar juízo e se tornar uma potência mundial, será a cachaça, e não o whisky, a bebida do planeta”. ■

Velho chico

Um fio de esperança

Áries (21 de março a 20 de abril)Momento em que o modo de colocar suas pala-vras fará diferença diante de suas relações. Um

pouco mais de tato e cordialidade terá grande impor-tância, principalmente com familiares. Na vida amoro-sa a paciência será essencial com diferenças de ideias na relação ou se estiver em paqueras. Cuide para que a ansiedade não provoque precipitações em assuntos profissionaisemateriaisqueprecisamdetempoparase esclarecer.

Touro (21 de abril a 20 de maio)Período especial para a revisar suas prioridades

financeiras.Aindaassimalgunsobjetivosmateriaises-tão favorecidos. O momento é especial para retomar algumas relações que tenha se distanciado. Terá mais dedicação com estudos e com novos conhecimentos profissionais.Atente-separanãotirarconclusõespre-cipitadas diante das relações que possui maior vínculo afetivo. Surpreenda com gestos simples e atenciosos na vida amorosa.

Gêmeos (21 de maio a 20 de junho)Quando começa o período de seu signo há sem-premotivaçõesextrasparadirecionarobjetivos

pessoais. Tendências a um novo momento com melho-respossibilidadesparaaperfeiçoarsuasideiasecon-cretizá-las.OfinaldasemanatemMercúrio–regentedeseusigno–emconjunçãocomVênus,umainfluên-cia que desperta mais dedicação a cuidados com o cor-po e com a própria estética. Despertará o romantismo e momentos especiais na vida amorosa.

Câncer (21 de junho a 21 de julho)Assuntosprofissionaisestãopropensosamu-danças em função de novos padrões que possa

vivenciarno trabalho.Mesmoquealguns citemesteperíodo como “inferno astral” por anteceder o aniver-sário,nãoháregradeterminantesobreissoesimummomentoindicadoparabalanço,retiro,cuidadoscomasaúde,corpo,terapias,espiritualidadeeparaorgani-zar planos materiais a longo prazo. Na vida amorosa, atente-se para não exagerar nas exigências.

Leão (22 de julho a 22 de agosto)Momento importante na convivência com gru-pos e amizades, até para esclarecimentos de

assuntosespeciaise retomadadecontatos.Algumasmudançasrepentinassãomaispropensasnoambien-tedetrabalho.Cuidadoscomasaúdeecomocorposerão essenciais ao longo desses dias. Na vida afetiva, período decisivo para planos importantes com o côn-jugeeconversassobreliberdadeeoshábitosdeam-bos.Ambientessociaisfavorecerãopaquerasaquemestiver só.

Virgem (23 de agosto a 22 de setembro)São grandes as chances para um novo momento emassuntosdetrabalho,sejapornovasopor-

tunidades ou por mudanças naquilo que faz. Deverá retomar contatos que possam auxiliá-lo(a) em parce-riaseprojetosquepossua.Cuideparaquesuasobriga-çõesdocotidianonãoafastemdemomentosjuntoàsrelaçõesmaisespeciaisedecostumesquefaçambemaoseucorpoeamente.Avidaamorosaépropensaaesclarecimentos de assuntos que estavam esquecidos ou pendentes.

Libra (23 de setembro a 22 de outubro)Momento para mais paciência com assuntos domésticos, principalmente para ajustes ma-

teriais no lar e para compreender melhor situações relacionadas a familiares. Período propenso a mudar suaposturanas relaçõesde trabalhoou sociedades.Estudos e troca de informações com pessoas diferen-tesserãoessenciais.SeuregenteVênusfazconjunçãocomMercúrioestasemana,acentuandoconversasim-portantes e decisivas na vida amorosa.

Escorpião (23 de outubro a 21 de novembro)Período importante para revisões relacionadas apapéisassociadosatemasfinanceirosepro-

fissionais.Momentopoucoindicadoparaassinaturase mais recomendado para mais pesquisas antes de fazer negócios. Nas relações em geral há tendências parapercebermelhorpensamentosesentimentosqueantes não notava nas pessoas. Na vida amorosa, terá oportunidades para resgatar assuntos que estavam esquecidos ou mal esclarecidos.

Sagitário (22 de novembro a 21 de dezembro)Ao iniciar o período de Gêmeos – seu signooposto–omomentoéespecialpararefletirme-

lhorsobresuasrelaçõeseasdiferençasquetemdiantedelas,algoqueajudaráaseportarmelhoroumesmoromper com algumas. Em assuntos profissionais eparcerias de negócios, há chances para uma nova fase quealtereadireçãoaobjetivos.Nasrelaçõesdemaiorconvívio afetivo, será essencial um cuidado para que impulsos e manias de sua parte não provoquem mal entendidos.

Capricórnio (22 de dezembro a 20 de janeiro)Mudanças no ritmo de sua rotina são mais pro-pensas com novas atividades. Período impor-

tantepararetomarcontatosde trabalhoe lidarcomajustes em questões profissionais. Nas relações devínculo afetivo, pequenos gestos de atenção e posturas prestativas serão essenciais para agradar o cônjugeousurpreenderemalgumaconquista.Valorizeofinalde semana para amenizar os desgastes da rotina em cuidadoscomocorpoehábitosespeciaisaoladodosfamiliares

Aquário (21 de janeiro a 19 de fevereiro)Regentedeseusigno,Uranoestáembomas-pectocomMercúrio,oquefavoreceosestudos,

o envolvimento com atividades culturais e a obten-çãodeinformaçõesimportantesparaoseutrabalho.Também é um momento positivo para divulgaçõesem negócios. Situações sociais, festas e diversões são propensas a serem vividas com mais intensidade. Aproveitemaisasoportunidadesparademonstraroque sente de maneira carinhosa na vida amorosa e nas relaçõesjuntoafamiliares.

Peixes (20 de fevereiro a 20 de março)Aretomadadevelhoshábitosedeboasconver-sas será muito proveitosa na vida afetiva e tam-

bém junto aos familiares. Evite remoer sentimentosantigosquenãofaçambemouimpeçamdeaproveitarnovassituações.Aliás,avidaemfamíliaépropensaatomarsuaatençãoparaesclarecerproblemaselidarcomprojetosjuntoaparentesquetemmaisconvivên-cia.Otrabalhoapontanecessidadedepaciênciacomas tradições de lugares e pessoas.

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Page 23: Jornal do São Francisco - Edição 129

Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013 23Jornal do São Francisco

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sUDOKUSudoku é um quebra-cabeça baseado na colocação lógica de números. O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada uma das células vazias numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades. Os algarismos não podem se repetir na mesma coluna, linha ou grade.

RESPOSTA

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Jornal do São Francisco

Page 24: Jornal do São Francisco - Edição 129

Jornal do São Francisco24 Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013

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Page 26: Jornal do São Francisco - Edição 129

Jornal do São Francisco26 Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013

Page 27: Jornal do São Francisco - Edição 129

Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013 27Jornal do São Francisco

Page 28: Jornal do São Francisco - Edição 129

Jornal do São Francisco28 Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013

raul Marques

A edição 2013 da maior feira de Agro-negócios do Norte e Nordeste come-ça terça-feira, 28 de maio, em Luís

Eduardo Magalhães. A Bahia Farm Show, que tem a terceira média de vendas por visitante entre os eventos do setor no Bra-sil – R$ 9.916,66 – será aberta ao público às 10 horas. A expectativa dos organiza-dores é a de que a 9ª edição da feira gire R$ 675 milhões em negócios nos cinco dias do evento, que acaba no dia 1º de ju-nho. A expectativa de aumento do volume financeiro é de 13,44% no confronto com a edição de 2012, o que perfaz crescimen-to real de 7%, descontada a inflação.

Tudo isso em meio a uma safra que so-freu com problemas climáti-cos e com a lagarta - motivos pelos quais a feira deve rece-ber mais de 70 mil visitantes, como atesta o diretor-execu-tivo da Associação dos Agri-cultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Thiago Pimenta, que também é coordenador geral da feira. “Apesar dos proble-mas, o que vemos é exata-mente o contrário. As vendas não caíram. Estão crescendo, sustentadas pela expansão de 10,5% da área plantada. Sem falar que é nos momentos di-fíceis que as empresas, os agri-cultores e os produtores de-vem investir”, disse Pimenta.

A praga e a estiagem já pe-nalizaram cerca de 30% da produção do Oeste baiano, o que signifi-ca, com base no segundo levantamento da safra realizado pela Aiba e concluí-do em 20 de março passado, prejuízo de R$ 1,67 bilhão do valor bruto. O grande trunfo ao qual Thiago Pimenta se refere é área cultivada: superior a 2,25 milhões de hectares e nas quais as perspectivas de crescimento das atividades agrícolas são favoráveis, com possibilidade de expan-dir esta área em duas vezes.

A Bahia Farm Show segue o mesmo ca-minho. “Este ano serão seis ilhas a mais de expositores - o que dá mais 14 mil me-tros quadrados. Devemos atingir o total de 200 empresas participantes, com des-taque para as revendas de veículos (au-tomóveis, utilitários e caminhões), que

INVESTImENTO Organizada e promovida pela Associa-ção de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Fundação Bahia, As-sociação dos Revendedores de Máquinas e Implementos do Oeste da Bahia (Asso-

terão área adicional para realizarem test drive”, adianta. Os setores ligados à venda de utilitários, carros de passeio e cami-nhões vêm apresentando forte expansão, impulsionados pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

A área de exposição subiu para 84 mil m2, com mostras de mais de 600 animais, entre gado de Elite e cruzamentos indus-triais. De acordo com Thiago Pimenta, a expansão da Bahia Farm Show vem sus-tentada pelo maior conforto e segurança que os organizadores propiciarão aos ex-positores. Toda a área do Complexo Farm Show, na Rodovia BR 020/242, terá asfal-tamento, iluminação, abastecimento de água e limpeza, com a rua principal sen-do coberta.

A feira contará com restau-rantes de qualidade e antenas repetidoras para melhorar o sinal dos celulares, com aces-so gratuito à internet 3G para todos os que participarem do evento. No Complexo Bahia Farm Show, parque de expo-sições privado com dois mi-lhões de metros quadrados, haverá, ainda, segundo Thia-go Pimenta, espaços para as crianças e outras atividades, como relaxamento.

No que diz respeito aos visi-tantes, o diretor da Aiba disse que é intenção dos organiza-dores determinar o real per-fil dos visitantes da feira. “A gente sabe que a Bahia Farm Show recebe forte público de

toda a região Oeste da Bahia, além de pro-dutores que estão localizados em estados vizinhos como Maranhão, Piauí e Tocan-tins”, explica, destacando a participação dos chamados players – dealers – da fei-ra, as instituições financeiras. “Teremos a participação do Banco do Brasil, De-senbahia, Banco do Nordeste do Brasil e Bradesco. Todos virão com linhas de cré-dito especiais, com juros menores para os produtores”, evidencia.

Os bancos devem seguir política de cré-dito marcada pela redução do spread ban-cário – diferença entre a taxa de operação e custo do dinheiro. As instituições finan-ceiras público federais iniciaram a redu-ção das taxas - o que levou as instituições privadas a também reduzirem os juros.

miba) e Prefeitura Municipal de Luís Edu-ardo Magalhães, a Bahia Farm Show rece-beu, segundo Thiago Pimenta, R$ 1,750 milhões em investimento. “Deste total, R$ 1,4 milhão foi em custeio”, informa. A feira abrange também os segmentos da agropecuária empresarial e familiar,

Bahia Farm será um showEm cinco dias de evento, expectativa é de giro financeiro de R$ 675 milhões, com crescimento real de 7%

Este ano serão seis ilhas a mais de expositores - o que dá mais 14 mil metros qua-drados. Devemos atingir o total de 200 empresas participantes”Thiago Pimenta

JSF RURAL

Feira deve receber mais de 70 mil visitantes durante os cincos dias

Foto mostra organização da feira em edição passada

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com ênfase na produção de grãos, fi-bras, frutas e pecuária, em regimes de irrigação e de sequeiro. A agricultura familiar estará presente na Bahia Farm, com estandes especialmente destina-dos aos produtores rurais.

A questão da logística agrícola, um problema crônico na região Oeste, será o principal tema de palestras e debates, que acontecem paralelamente à Bahia Farm Show. Os debates tratarão sobre as pragas, especialmente, a helicover-pa armígera, não esquecendo ainda da seca (vide programação completa em tabela). Os fatos políticos que cer-cam a feira e os debates também con-centrarão a atenção dos participantes. Historicamente, a Bahia Farm Show foi palco de importantes decisões como o Plano Oeste Sustentável, a Rodoagro, a Ferrovia de Integração Oeste Leste

(Fiol) e o Fundesis.Participarão da Farm Show, expo-

sitores de vários segmentos como: Máquinas e Implementos Agrícolas; Sementes; Pecuária; Corretivos, Fer-tilizantes e Defensivos; Silos e Arma-zéns; Equipamentos para Irrigação; Aviões; Veículos Utilitários e de Pas-seio; Logística; Linha Amarela de Máquinas e Equipamentos; Software e Hardware; Peças, Autopeças e Pneus; Ferramentas; Bombas e Motores; Po-ços Artesianos; Sacarias e Embala-gens; Equipamentos de Comunicação Rural; Equipamentos de Segurança/EPI; Telas, Arames e Cercas; Cons-truções Pré-Fabricadas; Sistemas de Informação; Centros de Pesquisa e Universidades; Financiamentos; Ser-viços Financeiros e Seguros e, Revistas e Publicações Técnicas. ■

PRINCIPAIS FEIRAS dE AGRONEGÓCIO / bRASIL

Agrishow Ribeirão Preto São Paulo 2,6 bilhões 150.000 R$ 13.333,33Expointert Esteio Rio grande do Sul 2,03 bilhões 478.317 R$ 4.244,04Expodireto cotrijal Não-Me-Toque Rio grande do Sul 2,521 bilhões 223.400 R$ 11.284,69Show rural coopavel Cascavel Paraná 1,600 bilhão 202.514 R$ 7.900,68Baha Farm Show luís E. Magalhães bahia 595 milhões 60.000 R$ 9.916,66

Feira Cidade Estado Faturamento em R$ Público Vendas per capita em R$

Fonte: sites das feiras de negócios

JSF RURAL

Virgília Vieira

Durante a Bahia Farm Show, o público terá a oportunidade de conhecer o trabalho do renomado fotógrafo de

natureza, Rui Rezende, que montará uma exposição fotográfica com imagens iné-ditas da região e que estarão distribuídas ao longo da feira. “Esta exposição de fotos deve humanizar mais a feira; trazer um caráter cultural e social ao evento”, disse o diretor executivo da Associação de Agri-cultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e co-ordenador da feira, Thiago Pimenta. A ex-posição mostrará o agronegócio, a fauna e flora, os atrativos naturais e um pouco da vida cotidiana das pessoas.

O fotógrafo Rui Rezende é natural de Amargosa, no recôncavo baiano, e ini-ciou sua carreira aos 17 anos de idade, quando se mudou para Salvador. Auto-didata, em 1999 expôs as suas primeiras fotografias de natureza, em homenagem à primavera. Em sua trajetória, o fotógra-fo apresenta duas publicações de sua au-toria: "Chapada Diamantina, Um Paraíso Desconhecido” e "Encantos de Tinharé", livros que reúnem imagens das diversas localidades das regiões, abrangendo as-pectos como a beleza natural, manifesta-ções culturais e a vida cotidiana do povo.

PROjETO OESTE dA bAHIARezende conta que sua história com o Oeste baiano teve início há dois anos, quando por acaso chegou a Barreiras para comprar um automóvel. “Foi assim que eu descobri a região Oeste, fiquei encan-tado com tudo isso aqui e, desde então, não parei de fotografar”, diz.

Como forma de aperfeiçoar o trabalho já iniciado, o fotógrafo carrega em sua ba-gagem o Projeto “Oeste da Bahia – O novo velho mundo”, que visa a elaboração de um livro fotográfico sobre a região. “O que eu percebi é que existem muitas fotos fei-tas por aqui, porém, são obras espalhadas, soltas. Pretendo retratar a realidade da re-gião, sem esquecer a sua história”, explica.

O projeto está em fase de captação de recursos. “A região é muito bonita, porém, pouco conhecida, até mesmo por aqueles

que vivem nela. Espero conseguir fechar parcerias para que assim como foi feito na Chapada Diamantina e em Tinharé, consigamos construir um legado que contará a história e mostrará a realidade dessa região tão bela”, acrescenta.

Depois de fotografar diversos lugares do Brasil, América do Sul, China, México, África do Sul, Rui Rezende afirma que foi na região Oeste da Bahia que encontrou a luz mais perfeita. “Já rodei por muitos lugares no Brasil e no mundo, mas em nenhum outro lugar encontrei uma luz tão perfeita como a encontrada na região Oeste da Bahia”, destaca.

PALESTRA NA bAHIA FARm SHOwOs apaixonados por fotografia poderão conhecer mais sobre esta arte, bem como o trabalho do fotógrafo no dia 30, feriado, durante a Bahia Farm Show. Em parceria com o Jornal do São Francisco, o renoma-do fotógrafo realizará uma palestra sobre Fotografia, que tem como público-alvo, profissionais e pessoas que tenham inte-resse pela área.

Para se inscrever, os interessados de-vem enviar dados, como: Nome Comple-to, Endereço, Telefone, Idade, Profissão e Área de atuação para o email [email protected]. A pa-lestra será gratuita, devendo o interessado contribuir com apenas 2kgs de alimento não-perecível. Os alimentos podem ser entregues na sede do Jornal do São Fran-cisco, em Barreiras, ou durante a Bahia Farm Show, no dia da palestra.

A fotógrafa profissional Manuela Ca-vadas tem experiência internacional e também ministrará palestra. Soteropo-litana, trabalhou em Angola, Londres e Barcelona, onde fez curso de pós-gradu-ação em fotografia. Estudou jornalismo na Universidade Federal da Bahia e já prestou serviços para o jornal A Tarde e a Metrópole. Também fez trabalhos para a Unicef, onde fez uma exposição. Tam-bém foi fotógrafa da Seagri, Seplan e para o Companhia de Desenvolvimento Urba-no da Bahia (Conder).

As palestras acontecem dia 30, das 15h às 17h, no auditório da Fundação Bahia. ■

Exposição fotográfica e palestra com Rui Rezende

FOTOS: ARQUIVO/AIBA

RUI REZENDE

Cachoeira do Acaba Vida - Barreiras

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Jornal do São Francisco30 Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013

JSFRURAL

Calendário de Palestras - Bahia Farm Show 2013

De 28 de maio a 01 de junho

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luciano DeMetrius

Será assinado no dia 28 de maio, na abertura da 9ª edição da Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães,

convênio para liberação de verbas aos 17 projetos aprovados pelo Fundo para o De-senvolvimento Integrado e Sustentável da Bahia (Fundesis), por meio de edital. Os financiamentos estão direcionados aos projetos com ações voltadas para inclu-são social, educação, cultura e inclusão digital, programas de saúde preventiva, geração de renda e empreendedorismo, preservação e educação ambiental, defesa fitossanitária e agricultura sustentável.

Os recursos são oriundos da contribui-ção de produtores rurais vinculados à As-sociação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), das doações de pessoas físi-cas e jurídicas e de repasse de cooperati-vas de produtores rurais, com recursos do Fundo de Assistência Tecnológica Educa-cional e Social (Fates). Em parceria com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), a iniciativa financia projetos sociais de en-tidades sem fins lucrativos. Em prática desde 2007, recebem recursos os projetos que promovam o desenvolvimento socio-econômico por meio de entidades caren-tes da região Oeste da Bahia.

Dentre as entidades beneficiadas está

o Instituto de Inclusão Social e Desenvol-vimento Cultural Recicla Gente, de Luís Eduardo Magalhães, que vai receber R$ 60 mil. O valor será utilizado para o início da construção da nova sede, que tem previsão de entrega das obras para o final de 2013. O prédio terá 200 m² de área construída e estará localizado no bairro Florais Léa, em terreno doado pela Aracruz Imobiliária.

De acordo com o coordenador admi-nistrativo da entidade, Anderson Barbo-sa, o local deverá abrigar atividades de conteúdo cultural que tratem de música, teatro, cinema e dança. “Com o restrito espaço atual, estamos apenas desenvol-vendo as atividades de curso de percus-são”, disse, referindo-se à atual sede do Recicla Gente, no bairro Santa Cruz. Com atendimento entre 90 e 100 jovens apren-dizes ao mês, a meta do Instituto Recicla é estender as atividades para grupos de outras faixas etárias.

“Pretendemos abrir atividades para crianças a partir dos 12 anos de idade até os adultos com cursos de informática, inglês, educação ambiental, marketing e redação empresarial”, adianta a presiden-te do Instituto Recicla, Adriana Santos da Motta. Os cursos serão ministrados em uma sede nos fundos do Colégio Munici-pal Ângelo Bosa, também no bairro Santa Cruz. O restante do valor deve ser custe-

ado através de parcerias com a iniciativa privada e também de pessoas físicas. O projeto da nova sede foi elaborado e re-passado voluntariamente pela arquiteta Elizabeth Cardoso.

ENTIdAdES bENEFICIAdASEm 2013, além do Instituto de Inclusão Social e Desenvolvimento Cultural Re-cicla Gente (Luís Eduardo Magalhães), também tiveram seus projetos aprova-dos as seguintes instituições: de Bar-reiras, Associação Betel de Ação Social; Associação Cultural e Comunitária dos Moradores da Vila Brasil; Associação Bambam Creche; Associação Impacto Karatê; CDCA – Abrigo Lar Paola; Asso-

ciação Lar Espírita André Luís; Casa de Reintegração Social Nova Vida; Terceira Igreja Batista em Barreiras; Cooperativa dos Catadores de Produtores Recicláveis de Barreiras e Região (CABER); de Angi-cal, Associação Impacto Karatê; de Santa Rita de Cássia, Associação de Pais e Ami-gos dos Excepcionais (APAE); Associação Grupo Amizade - Creche Amizade; de Correntina, Associação dos Trabalhado-res Rurais de Salto – zonal rural; Paróquia Nª Sª da Glória de Correntina - Abrigo dos Idosos; de Santa Maria da Vitória, Casa Divina Providência e, de Santana, Paróquia Senhora Santana. O valor total a ser liberado pelo Fundesis neste ano será de R$ 600 mil. ■

Fundesis vai liberar recursos para 17 projetos sociaisFinanciamentos estão direcionados às ações voltadas para inclusão social, educação, cultura e inclusão digital, programas de saúde preventiva, geração de renda e empreendedorismo, preservação e educação ambiental, defesa fitossanitária e agricultura sustentável

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Dentre as entidades beneficiadas está o Instituto de Inclusão Social e desenvolvimento cultural recicla Gente, de Luís Eduardo Magalhães, que vai receber r$ 60 mil

ARQUIVO: INSTITUTO RECICLA GENTE

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Jornal do São Francisco32 Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013

JSFRURAL

Evolução é criar soluções.

A Valtra e a Lavrobrás surpreendem o mercado novamente.

Visite nosso estande na Bahia Farm Show 2013 e confira estes grandes lançamentos:

a linha de tratores pesados BH Geração III e o novo piloto automático Auto-Guide 3000.

Veja de perto as máquinas e soluções agrícolas que farão toda a diferença

nos campos brasileiros. Contamos com sua presença.

Data: 28/05 a 01/06/2013.

Horário: 09h às 19h.

Local: Av. Ahylon Macedo, 11 -

Luís Eduardo Magalhães/BA.

C O N I T EBahia Farm Show

luciano DeMetrius

Nem a estiagem e nem a proliferação da lagarta Helicoverpa serão empeci-lhos para conter as vendas de máqui-

nas agrícolas no Oeste da Bahia, já a par-tir da nona edição da Bahia Farm Show. A aposta é da Associação dos Revendedores de Máquinas e Implementos do Oeste da Bahia (Assomiba), que leva em conta a fa-cilidade de crédito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), os juros acessíveis e os preços das commodities, considerado bom pela entidade. “Estes três fatores positivos fa-zem frente a situações que poderiam de-sestabilizar o mercado, tais como a seca e a praga”, afirma o presidente da Assomi-ba, Felipe Francisco Faccioni.

O montante desembolsado pelo BN-DES no primeiro trimestre de 2013, para

o financiamento de máquinas agrícolas, aumentou em 129%, totalizando R$ 3,6 bilhões. “Isso favoreceu o aumento no volume de aquisições de tratores, imple-mentos e colheitadeiras. O produtor rural precisa investir no preparo do solo e se preparar para a safra seguinte. Então, é certo que a perspectiva de vendas seja ani-madora”, aponta Faccioni. Em caminho inverso ao do quadro nebuloso em relação à estiagem e à lagarta Helicoverpa, o pre-sidente da Assomiba salienta que a expec-tativa positiva de vendas recuou, mas não a ponto de se instalar uma crise no setor.

“Certamente, se não tivéssemos enfren-tado um longo período de seca e não fosse-mos tomados pela proliferação da lagarta, a tendência é de que as vendas batessem, quem sabe, um recorde de negócios. Por-tanto, o que houve foi apenas uma redução no otimismo, mas ainda dentro da possi-

bilidade de aumento na comercialização dos equipamentos”, completa. Faccioni prefere ser cauteloso quanto ao montante, em números, do volume de negócios que possam ser feitos durante a nona edição da Bahia Farm Show. “Não tenho previsão de quanto é que vamos superar os núme-ros em relação ao evento de 2012, mas ga-ranto que já começaremos a edição deste ano com a expectativa de vendas igual há um ano”, afirma. O presidente não revela o número das vendas realizadas tanto na Bahia Farm de 2012, bem como ao longo do ano nas empresas do setor, na região Oeste da Bahia.

A entidade leva em conta os dados da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que apontou alta de 6,71% em 2012 em re-lação ao ano anterior. Em 2011, foram vendidos 52.296 tratores no Brasil contra

55.808 em 2012. A Anfavea acredita que as vendas atinjam 60 mil unidades em 2013. Na Bahia, em 2011 foram vendidos 1.660 tratores, enquanto que, em 2012 a comer-cialização chegou a 1.693 unidades (alta de 1,98%). “Os produtores baianos, prin-cipalmente da região Oeste, estão mais conscientes, investem em solo e maqui-nários e, boa parte deles, faz planejamen-to e avalia riscos para a safra seguinte, o que evita perdas maiores em caso de im-previstos”, analisa.

EmPRESASA reportagem do Jornal do São Francisco buscou por quatro representantes de em-presas revendedoras de máquinas e im-plementos em Luís Eduardo Magalhães, mas até o fechamento desta edição, não obteve retorno conforme solicitado por telefone e também por e-mail. ■

mais máquinas para vencer lagarta e estiagem

Para entidade que representa os revendedores do setor de máquinas, preços de commodities e taxas de juros mais acessíveis impulsionarão vendas na bahia Farm Show

INFORME PUBLICITÁRIO

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Jornal do São Francisco34 Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013

JSFRURAL

raul Marques

Existe uma disputa ferrenha, quase milimétrica, que me-rece atenção especial dos

presentes na Bahia Farm Show, que acontece entre 28 de maio e 1º de junho, em Luís Eduardo Magalhães. Milimétrica não; por centavos de reais nas operações de crédito. Trata-se da guerra travada entre as instituições fi-nanceiras pelas operações de crédito e de financiamento. É tão importante para os bancos presentes – Bradesco, Banco do Brasil, Banco do Nordeste do Brasil e Desenbahia - agên-cia voltada para o fomento, que todas as quatro trabalharam nos bastidores para alcançar os clientes antes do evento. Não re-velam as estratégias, mas sabem que, com a queda dos spreads

das operações de crédito – dife-rença entre as taxas de juros co-bradas e o custo do dinheiro – o que fará o diferencial chama-se atendimento. Ou seja: com os juros próximos, todas vão ter que mostrar agilidade, eficiência e empatia.

Não é à toa que as operações de crédito são chamadas de ati-vos pelos bancos, cujos balanços financeiros são inversamente proporcionais ao das empresas. É que naquilo que empresta está a lucratividade do banco, de uma instituição financeira. Este ano existem todos os temperos para esquentar esta disputa. Além das taxas de juros próxi-mas, os bancos contam com um cenário adverso aos produtores, formado pela estiagem e pela la-garta. Com isso, a disputa pode ganhar ingredientes aparente-

mente dramáticos, mas bastante benéficos para a clientela.

O gerente da agência Barreiras do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Ticiano Arrais Sydrião de Alencar, é um dos que acredita que a guerra entre bancos é mais do que saudável para a clientela. “Como os juros estão bem próxi-mos, as instituições têm que se virar. Oferecer prazos melhores e atendimento personalizado. Adequado para cada tomador de recursos”, disse Ticiano Alencar, citando as operações do chama-do FNE como maior trunfo de sua instituição. “Operamos com todas as linhas do Banco Nacio-nal de Desenvolvimento Econô-mico e Social (BNDES) também, mas como esta linha é do próprio banco e com juros equivalentes, podemos aprovar os limites das operações sem muita burocra-cia”, evidencia.

REALIdAdEAlencar acredita ainda que a seca e a estiagem não devem al-terar muito o cenário econômico da região, embora saiba que tais fatores podem aumentar o rigor das instituições financeiras na aprovação das operações de cré-dito. “Houve um fenômeno aqui na região Oeste que precisa ser avaliado quando se fala em ope-ração bancária. Antes, a ativida-de era pulverizada. Agora, está concentrada em fazendas de algumas famílias, o que deixa o mercado mais seguro em relação à liquidez das operações e mais acirrado no que toca à disputa dos contratos”, avalia.

No seu entendimento, estas operações destinadas a quem tem mais experiência no ramo são diferentes daquelas firma-das com quem ainda está novo no mercado. “A taxa de lucrati-vidade dos produtores deve ter caído apenas 5% em função da lagarta”, comentou, defenden-do a adoção do Cadastro Posi-tivo pelas instituições financei-ras. “Não é justo que se cobre a mesma coisa de quem já tem certa experiência em operações anteriores com a mesma insti-tuição e mostrou pontualidade no pagamento”, disse o gerente do BNB.

O Cadastro Positivo, medida já aprovada, é a forma que os bancos encontraram para não penalizar todos os tomadores de capital com taxas elevadas de ju-ros. A sua aplicabilidade, porém, esbarra na questão que envolve o sigilo bancário. No entanto, bancos e instituições financeiras

já trocam informações por meio da Centralização de Serviços dos Bancos (Serasa).

ExPANSÃO dAS OPERAçÕESEnquanto prepara-se para os cinco dias de batalha da Bahia Farm Show, Ticiano Alencar lembra que a expansão da área de plantio da região Oeste deve aumentar a demanda por crédi-to nesta feira. “Os agentes finan-ceiros não são mais vistos como simplesmente os capitalistas da feira. Passaram a ser encarados como parceiros. Sócios de uma empreitada”,explicou, defenden-do a adoção do chamado crédito orientado pelos bancos. “Uma coisa é uma grande empresa, fa-zenda, saber o que vai fazer com o dinheiro que tomar empres-tado. Outra é o pequeno querer crescer e se perder em operações que não são mais indicadas. É preciso ter uma equipe para fa-zer esta operação e orientar o cliente da melhor maneira pos-sível”, afirmou.

O gerente do Banco do Nor-deste do Brasil acredita que o banco deverá fazer mais opera-ções este ano em função da ex-pansão da área plantada. “Existe a possibilidade, propalada pelos dirigentes da Aiba, de termos mais área de plantio nos próxi-mos anos. Esta área pode che-gar a seis milhões de hectares. Hoje, são cerca de dois milhões de hectares. Este crescimento é o nosso maior indicativo de expansão dos negócios”, disse.

Outras instituições financeiras também preparam-se para de-sembarcar na Bahia Farm Show. Como no ano passado, o Brades-co e o Banco do Brasil devem tra-balhar em estandes lado a lado, com visão privilegiada de toda a feira. O Banco do Brasil, um dos patrocinadores do evento, terá um estande de 432 metros qua-drados para receber os clientes. Segundo informações da gerên-cia da instituição, os funcioná-rios permanecerão em plantão para atender todos os preten-dentes às linhas de crédito.

Na Bahia Farm Show, o Banco do Brasil disponibilizará linhas de financiamento com recursos do BNDES para a aquisição de máquinas e equipamentos ru-rais. O BB também deixará dis-ponível a linha de crédito Inves-timento Tradicional, com taxa de 3% ao ano, com 120 meses e ca-rência de três anos. Para a aqui-sição de tratores e caminhões, a instituição oferecerá o BB Con-sórcio, especialmente desenha-da para a compra de máquinas e equipamentos.

Bradesco também preparava-se para participar da Bahia Farm Show. Nos últimos anos, travou batalha cerrada com o Banco do Brasil pelas operações. Além do Banco do Nordeste do Brasil, que cedeu entrevista para esta reportagem, por meio do seu gerente, as demais instituições financeiras foram procuradas, mas não deram retorno ao Jor-nal do São Francisco. ■

Bancos duelam por clientes na Farm Show

Disputa por operações ativas de boa liquidez deve pontuar participações das instituições financeiras na feira

O Sr. Claudimar Mauri e Outros CPF nº 603.386.449-20, torna publico o requerimento à Secretaria de Meio Am-biente e Turismo de São Desidério – BA da Licença Am-biental Municipal de Operação (LAMO) para as atividades de agricultura de sequeiro de soja e milho numa área de 691,5237 ha, agricultura irrigada por pivô central numa área de 200,00 ha, pecuária extensiva de bovinocultura de corte numa área de 333,7959 ha e silvicultura com plantio de eu-calipto numa área de 89,1580 ha nas Fazendas Céu Azul (matrículas 1346 e 1448).

PEDIDO DE LICENÇA AMBIENTAL MUNICIPAL DE OPERAÇÃO

O Sr. Claudimar Mauri e Outros na busca em orientar o tratamento das questões ambientais em suas fazendas em consonância com os princípios da sustentabilidade está comprometido em:• Considerar as políticas públicas relativas ao meio ambien-te nas dependências internas das fazendas;• Tratar as questões ambientais dos empreendimentos de forma articulada;• Incorporar a dimensão ambiental aos processos de toma-da de decisão;• Incorporar os princípios e as diretrizes da Política Ambien-tal aos contratos e parcerias firmados;• Potencializar as oportunidades de desenvolvimento sus-tentável local e regional decorrentes dos empreendimentos;• Praticar a reciclagem e o reuso das águas do processo pro-dutivo contribuindo com a redução dos impactos ambientais;• Atender a legislação vigente tendo a premissa do desen-volvimento sustentável como base, afim de que os empre-endimentos sejam capazes de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações e não esgotando os recursos para o futuro.

POLÍTICA AMBIENTAL

EDItaIS

RAUL MARQUES

Ticiano Alencar

Jornal do São Francisco

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Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013 35Jornal do São Francisco

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Jornal do São Francisco36 Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013

Bahia Farm Show e o Oeste Baiano

Na visão do presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de LEm, Vanir Antonio Kolln, a feira é um evento de suma importância, pois, além de divulgar o municí-pio e região, promove a integração entre expositores, seus colaboradores, autoridades e agricultores que têm a oportunidade de conhecer novas tecnologias e participar de palestras e demonstrações práticas de diversos implementos e máquinas.

Além disso, é uma ocasião propícia de expor às au-

toridades, as dificuldades de toda ordem que afetam o setor, além das questões relacionadas a novas pragas, as imposições ambientais e o rigor das fiscalizações no setor rural e, sobretudo, no que tange à precarie-dade da infraestrutura na região, que é responsável por aproximadamente 6% da renda do agronegócio brasileiro.

Exemplificando este descaso, o Anel da Soja ― cons-truído há aproximadamente 17 anos, hoje encontra-se

intransitável em aproximadamente 50% do seu per-curso; a estrada que liga a Coaceral, construído há 25 anos, nunca mais recebeu o mínimo de manutenção e, os 50 km da bR 242 ligando a Taguatinga é uma pro-messa de 20 anos que não sai do papel.

diante de tudo isto, acredito que a feira será uma oportunidade de sensibilizar e expor ao governador a nossa triste realidade. Confio no sucesso do evento, congratulando-me e parabenizando os organizadores.

Virgília Vieira

No intuito de amenizar a erradicação de rebanhos de pequenos produto-res que sofrem com a seca que assola

os 251 municípios baianos, produtores da região Oeste da Bahia retomaram a mo-bilização em solidariedade à Campanha SOS Seca, da Secretaria da Agricultura, Ir-rigação e Reforma Agrária (Seagri). A mo-bilização está sendo feita pela Associa-ção de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Associação Baiana das Indústrias Algodoeiras (Abia) e Sindi-cato dos Produtores Rurais de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães.

Milho, milheto, casquinha e caroço de algodão, feno, bandinha de feijão e o que puder ser transformado em ração animal, podem ser doados. Os alimentos arrecada-dos ficarão depositados em armazéns lo-

calizados nas diversas comunidades agrí-colas da região Oeste. “Essa nova logística vai facilitar a participação na campanha, de produtores de áreas distantes, além de reduzir o custo com armazenagem e frete. As doações serão enviadas aos necessita-dos e distribuídas pela Seagri”, afirmou o presidente da Aiba, Júlio César Busato.

Mesmo com as dificuldades enfrenta-das por conta das irregularidades climáti-cas e pragas que têm atacado as lavouras, os produtores acreditam que a ação é im-portante para aqueles que estão sofrendo por conta da estiagem. “Grande parte do rebanho de propriedades de pequenos criadores já morreu por falta de água e, principalmente, comida. Temos que agir rápido, pois a situação é dramática”, enfa-tizou Busato.

Assim como aconteceu em 2012, os produtores que participarem da cam-panha SOS Seca receberão uma nota de

doação que será fornecida pelos organi-zadores. Na última campanha, os pro-dutores do Oeste da Bahia doaram apro-

ximadamente 1 mil toneladas de grãos e subprodutos. A meta para 2013 é superar esta marca.

Produtores da região retomam Campanha SOS Seca

A meta é superar a marca da última campanha, oportunidade em que aproximadamente 1 mil toneladas de grãos e subgrãos foram doados

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Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013 37Jornal do São Francisco

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luciano DeMetrius

COM INFORMAçÕES DA ASSESSORIA|SEAgRI

O ataque da lagarta Helicoverpa, que causou prejuízo superior a R$ 1 bilhão e comprometeu 228 mil

hectares de algodão na Bahia, pode ter sido resultado de bioterrorismo. As suspeitas foram levantadas pelo secretário estadual de Agricultura (Se-agri), Eduardo Salles, em reunião com produtores, secretários de Agricultura, Meio Ambiente e Saúde dos municí-pios da região Oeste da Bahia afetados pela praga. O encontro aconteceu no auditório do Instituto do Meio Am-biente e Recursos Hídricos (Inema), em Barreiras, no último dia 10.

De acordo com Salles, a suspeita estaria sendo investigada pela Polícia Federal (PF) e pela Agência Brasilei-ra de Inteligência (Abin). O ataque da Helicoverpa destruiu plantações de algodão e soja em nove municípios do Oeste da Bahia e de mais quatro esta-dos (Paraná, Goiás, Piauí e Mato Gros-so). Para piorar, existe a possibilidade de a Helicoverpa chegar às proprieda-des rurais de outros estados. A praga quarentenária A1, até então, jamais havia atacado plantações em territó-rio brasileiro. Também participaram do encontro, representantes do Minis-tério Público Estadual e do Trabalho; do diretor geral e do diretor de Defesa Vegetal da Adab, Paulo Emílio Torres e Armando Sá; produtores e secretários de Agricultura, de Saúde e do Meio Ambiente dos municípios de Barrei-ras, São Desidério, Luís Eduardo Ma-

galhães, Baianópolis, Formosa do Rio Preto, Riachão das Neves, Correntina, Jaborandi e Cocos.

Durante a reunião, foram alinha-das as ações e definidas regras para a aplicação do produto agroquímico Benzoato de Emamectina, de com-provada eficiência em outros países, no combate à lagarta Helicoverpa spp. O produto, importado, já está em solo brasileiro e chegou a Luís Eduardo Ma-galhães no último dia 15, armazenado e com uso autorizado sob o monito-ramento da Adab. Os promotores dos Ministérios Públicos aguardam ainda as recomendações da Anvisa e Inema para assim dar sequência ao processo de aplicação.

“Estima-se que, com a utilização deste produto específico para a Heli-coverpa, se promova a redução popu-lacional para assim podermos agir no manejo da lavoura”, afirmou o secretá-rio Eduardo Salles, destacando que o governo federal deve aprofundar as in-vestigações para detectar as causas do surgimento da Helicoverpa no Brasil. Inicialmente, o produto será utilizado em dez propriedades, seguindo diver-sas regras e cuidados, numa ação con-junta dos governos federal e estadual, prefeituras, entidades de classe e pro-dutores. Esse projeto piloto vai gerar a elaboração de um relatório, que será a base para a segunda fase de aplicação do Benzoato de Emamectina em todas as propriedades atingidas pela praga, ao longo de 90 dias, conforme ficou acordado em reunião com o Ministé-rio Público Federal. ■

Ataque da Helicoverpa no Oeste pode ser bioterrorismo

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Lagarta helicoverpa

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Jornal do São Francisco40 Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013

Virgília Vieira

Com o objetivo de garantir a bovinocul-tura leiteira da região da Bacia do Rio Grande e a autossuficiência na produ-

ção de leite, promover o desenvolvimento social e econômico e aumentar a geração de renda dos produtores que atuam na atividade leiteira, a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) apre-sentou o Programa “Leite Bahia” no início deste mês, no Hotel Solar das Mangueiras, em Barreiras. Isso porque, segundo dados da Secretaria de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária do Estado da Bahia (Sea-gri), a Bahia possui o terceiro maior reba-nho leiteiro do país, mas ainda é o 23º no ranking estadual de produtividade, com a marca de 560 litros/ano por vaca orde-nhada, enquanto que, em estados como Pernambuco e Alagoas, a produtividade é de 1,5 mil litros/ano por vaca ordenhada.

“É essa realidade que queremos mudar, e vamos alcançar esse objetivo com o Pla-no Estadual do Leite, que lançaremos após a conclusão dos testes que faremos neste projeto piloto”, afirmou o superintenden-te de Desenvolvimento Agropecuário da Secretaria de Agricultura do Estado da Bahia (SEAGRI), Raimundo Sampaio. Ele ressaltou ainda a importância do envol-vimento das instituições no programa. “É um desafio que só funcionará através do compromisso entre as parcerias. Espera-mos que esse crescimento aconteça aqui na região da Bacia do Rio Grande, pois só assim conseguiremos alavancar a econo-mia da cadeia produtiva do leite”, ressalta.

O programa deverá ser implantado nos 14 municípios da Bacia do Rio Grande - Wanderley, Cotegipe, Cristópolis, Baia-

nópolis, Catolândia, São Desidério, Bar-reiras, Angical, Luís Eduardo Magalhães, Riachão das Neves, Santa Rita de Cássia, Mansidão, Formosa do Rio Preto e Buriti-rama. O diretor de Agricultura da Empre-sa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), Marcelo Matos, destacou que o programa vai funcionar em forma de ade-são. “Cada município, através da secreta-ria de Agricultura, deverá apresentar os benefícios a cada produtor para que ele venha a aderir ao plano que, além da tec-nologia de ponta, sem alto custo, deverá contribuir para o aumento da produção leiteira”, reforça.

Dentre os objetivos do programa estão à assistência técnica especializada aos produtores que fizerem adesão ao plano, implantação de tanques de resfriamento e beneficiamento de leite, laboratório de qualidade do leite certificado pelo Minis-tério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-mento (MAPA) e inserção dos produtores familiares em programas institucionais de aquisição de leite. A responsável pela im-plantação do programa em todo o Estado é a consultoria do Programa Balde Cheio, da Embrapa Sudeste, que trabalha com a metodologia de transferência de tecnolo-

gia para o desenvolvimento da pecuária leiteira em propriedades familiares.

Este programa tem como objetivo pro-mover a troca de informações sobre as tecnologias aplicadas regionalmente e monitorar os impactos ambientais, eco-nômicos e sociais nos sistemas de produ-

ção que adotam as tecnologias propostas. “Este plano servirá para dar diretrizes para toda a cadeia produtiva do leite no Estado e oferecer assistência técnica, infraestru-tura e tecnologia para os produtores de toda a Bahia", disse o técnico da Embra-pa, Walter Ribeiro, responsável pelo con-ceito e capacitação dos técnicos do “Leite Bahia”.

uNIdAdE dEmONSTRATIVA Em bARREIRASPara o secretário de agricultura do muni-cípio de Barreiras, Ozimar Amorim, essa é uma grande oportunidade de levar tec-nologia para o homem do campo, e isso garante o desenvolvimento da cadeia produtiva. “É um programa de adesão. Vai entrar o produtor que tenha interesse e disponibilidade. A prefeitura dará assis-tência, disponibilizando o acompanha-mento técnico”, afirmou.

Em Barreiras, alguns produtores já aderi-ram ao programa. Durante o lançamento, os participantes visitaram uma Unidade Demonstrativa na propriedade do produ-tor Edivaldo dos Santos, localizada no Ar-raial da Penha. “Começaremos o projeto, no Arraial da Penha, mas logo estendere-mos o programa para todo o município de Barreiras”, destacou o secretário.

O evento contou com a participação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu-ária (EMBRAPA), prefeituras municipais, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), Companhia de Desen-volvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF), representantes de laticínios, cooperativas de leite, produ-tores, agentes financeiros (BNB e BB), sin-dicatos dos produtores rurais, universida-des, dentre outras instituições. ■

Projeto Leite Bahia é lançado na Bacia do Rio Grande

O programa tem o objetivo de garantir a sustentabilidade e o desenvolvimento social e econômico da região

Virgília Vieira

Todos os pecuaristas devem vacinar seu rebanho, declarar a vacinação e atualizar o cadastro nos escritórios da

Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), estrategicamente localizados nos municípios baianos, até o dia 31 de maio. Nesta etapa, a vacinação é obrigatória para todo o rebanho de bovinos e bubali-nos – jovens e adultos – do Estado. O lan-çamento oficial para a primeira fase da Campanha de Vacinação Contra a Febre Aftosa na Bahia aconteceu no município de Formosa do Rio Preto.

Das 11 milhões de cabeças existentes no Estado, 92,89% foram imunizadas durante a segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa, em novembro de 2012. A Zona de Proteção formada pelos municípios de Buritirama, Formosa do Rio Preto, Mansidão, Santa Rita de Cássia,

Campo Alegre de Lourdes, Casa Nova, Pi-lão Arcado e Remanso vacinou 94,83% do seu rebanho. Formosa do Rio Preto, local selecionado para o lançamento, obteve destaque por vacinar mais de 98% dos bovinos e bubalinos.

“A Bahia é detentora do maior rebanho bovino da região Nordeste e tem apre-sentado, nos últimos anos, estabilidade sanitária referenciada nacionalmente, apontando para o fortalecimento da de-fesa agropecuária baiana”, ressaltou o se-cretário de Agricultura, Eduardo Salles.

Segundo o coordenador regional da Adab em Barreiras, Sanderson Barreto, nesta etapa de vacinação todos os bovinos e bubalinos devem ser imunizados. “Ago-ra é a vez de buscar os 100% de vacinação do rebanho já que temos o apoio de todos os elos da cadeia produtiva. Certamente, trabalhando em conjunto nesta etapa de maio, a agropecuária na Bahia alcançará

índices ainda melhores, e o município de Formosa continuará sendo destaque”, lembrando que a vigilância da Adab está sempre em alerta, pois Formosa possui divisas com o Tocantins e Piauí - este com status de médio risco para Febre Aftosa.

“O Estado da Bahia possui o maior re-banho do nordeste com mais de 11 mi-lhões de cabeça e, ao longo dos anos, tem demonstrado uma forte vocação agrope-cuária, refletida pelos crescentes indica-dores de produtividade e diversificação e comercialização de produtos e serviços. Isso se dá devido ao respaldo garantido pela defesa agropecuária no desenvol-vimento do agronegócio”, destaca a Su-perintendente Federal da Agricultura na Bahia (SFA/BA), Virgínia Hage.

dEVER dO PROduTORO produtor rural deve adquirir a vacina em uma revenda de produtos veteriná-

rios, autorizada pelo Ministério da Agri-cultura, e aplicá-la nos animais durante o mês da campanha de vacinação. Após esse procedimento, ele tem que entregar a declaração da vacinação no escritório da Adab. Encerrada a etapa de vacinação, os produtores que não comprovarem a vacinação nos escritórios estão sujeitos a multas e proibidos de comercializar os animais. ■

Prazo para vacinação contra Febre Aftosa encerra dia 31Os produtores que deixarem de vacinar nesta primeira etapa ou não

comprovarem a vacinação estão sujeitos a multas e serão proibidos de comercializar os animais

Produtores tem até dia 31 para vacinar o seu rebalho

LEITE BAHIA - o programa tem como meta alavancar o comércio de leite na região

O Programa Leite bahia é uma ação transversal, com a participação de várias secretarias estaduais, a exemplo da Seagri/Adab/EbdA; Sema; Sedes; Sedir/Companhia de desenvolvimento e Ação Regional (Car); Infraestrutura; ministério da Agricultura (mapa), ministério de desenvolvimento Agrário (mdA); movimentos sociais, Federação da Agricultura do Estado da bahia (Faeb) e diversos laticínios parceiros.

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Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013 41Jornal do São Francisco

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Jornal do São Francisco42 Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013

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raul Marques

A aplicação da legislação trabalhista na área rural e seus problemas foi o principal assunto debatido por pro-

dutores, trabalhadores e fiscais no último dia 8 de maio, em fórum promovido pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Associação Baiana dos Pro-dutores de Algodão (Abapa), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Sindicatos dos Produtores Rurais do Oeste da Bahia e Federação dos Trabalhadores na Agri-cultura do Estado da Bahia (Fetag/BA). O evento trouxe as diferentes visões das três partes envolvidas.

Na ocasião, público e palestrantes des-tacaram a iniciativa do evento em pro-mover um debate com a presença de todos os interessados e a importância da aproximação entre as partes envolvi-das, especialmente produtores e gestores com os representantes do Ministério do Trabalho, a fim de dar novos rumos ao se-tor. Entre os temas discutidos no fórum – que aconteceu durante todo o dia - re-presentantes dos empregadores levanta-ram temas como a jornada de trabalho e a contratação temporária no meio rural. A importância da capacitação profis-sional para a integração ao mercado, a mecanização das lavouras, os desafios do empregador e os casos de sucesso de estratégias implantadas em outros esta-dos, como Mato Grosso, completaram as discussões.

O presidente da Associação dos Agri-cultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Júlio César Busato, abriu o evento lembrando que a região precisa encontrar um modo de crescer dentro da lei, com diálogos en-tre as partes e ajustes até na legislação. “Quando começamos, há 30 anos, as difi-culdades eram bem maiores do que agora. Não tinha nada. Vencendo dificuldades, temos mais de dois milhões de hectares cultivados e respondemos por 6% da pro-dução de fibras e grãos do Brasil”, disse Busato em alusão à região Oeste. Ele jus-tificou a realização do evento em vista do significativo número de infrações, com multas de valores monetários elevados.

“Estes problemas geram clima de ins-tabilidade na região. Geramos mais de 50 mil empregos e temos mais 5,5 milhões de hectares a explorar. No entanto, há dois entraves no nosso crescimento: a logística

e a legislação trabalhista”, disse, destacan-do a importância de serem discutidas as formas de aplicação das chamadas Nor-mas Regulamentadoras, especialmente a de número 31, que estabelece os pre-ceitos na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvi-cultura, exploração florestal e aquicultura com a segurança, saúde e meio ambiente do trabalho.

A Norma Regulamentadora 31 aplica-se a quaisquer atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura, verificadas as formas de re-lações de trabalho e emprego e o local das atividades e, às atividades de exploração industrial desenvolvidas em estabeleci-mentos agrários. Os conflitos trabalhis-tas, segundo estudiosos, têm provocado evasão da mão de obra do campo para a cidade.

APOIO dO mINISTéRIO dO TRAbALHOA superintendente da Secretaria Regional do Trabalho e Emprego na Bahia (SRTE/BA), Isa Maria Leilis Costa Simões lem-brou que, desde 1992, quando ocorreu a primeira organização dos trabalhadores, o grupo de trabalho da SRTE/BA vem me-

diando conflitos na região. “A demanda pela solução de problemas está cada vez maior. Precisamos aumentar o diálogo, discutir melhor as relações do trabalho e evitar conflitos”, disse, parabenizando a Aiba pela iniciativa de organizar o evento.

Em seu discurso, o secretário-geral da Fetag/BA, Welliton Santos ressaltou a ne-cessidade de que todas as relações entre empregados e produtores sejam bem dis-cutidas e devidamente formatadas em le-gislação específica. “É preciso que exista uma união de interesses, com a partici-pação de todos”, frisou, relembrando o assassinato de quatro auditores traba-lhistas em Unaí, Estado de Minas Gerais, há nove anos.

O representante do Ministério Público do Trabalho, o procurador Thiago de Oli-veira Andrade, destacou o fato da região Oeste ser um exemplo de produção para o País, porém, destacando alguns dos problemas que ainda acontecem nas fa-zendas, como as jornadas excessivas e a terceirização ilegal da mão de obra. “É preciso mudar muito, melhorar algu-mas questões. Verificamos diariamente irregularidades nas nossas fiscalizações. É necessário buscar a aplicação das leis trabalhistas”, avaliou, enquanto mostrava dados do Ministério do Trabalho de 2011.

Pela trégua na área trabalhistaProdutores, empregados e governo

discutem em Fórum promovido pela Aiba, questões que geram problemas na aplicação da legislação

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há dois entraves para o crescimento da região: a logística e a legislação trabalhista”Júlio Busato,PRESIDENTE DA AIbA

Precisamos aumentar o diálogo. Discutir melhor as relações do trabalho e evitar conflitos”Isa Simões,SUPERINTENDENTE DA SECRETARIA REgIONAl DO TRAbAlhO E EMPREgO NA bAhIA (SRTE/bA)

é preciso cuidar da saúde do trabalha-dor. Trabalhador não é custo; é investimento”Thiago de Oliveira Andrade,PROCURADOR DO MINISTéRIO PúblICO DO TRAbAlhO

As partes envolvi-das na relação capital e trabalho querem resolver as demandas e não criar problemas”Oziel Oliveira,DEPUTADO FEDERAl

Nas fiscalizações, é comum encontrar alguns sinais de irregularidade como o registro britânico do ponto”Jeane Alves,DO MINISTéRIO DO TRAbAlhO NA bAhIA

Os conflitos trabalhistas, segundo estudiosos, têm provocado evasão da mão de obra do campo para a cidade

FOTO MERAMENTE ILUSTRATIVA / VIRGÍLIA VIEIRA

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Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013 43Jornal do São Francisco

No passado, mandava o senhor medieval e cumpriam seus cam-poneses. Depois, com a tecnologia,

passaram a imperar os agricultores capitalistas. Agora, na época financeira global, chegaram ao campo os produ-tores corporativos. Último degrau da gestão rural.

Percebe-se claramente essa tendência, crescente no Brasil, de grandes empresas de capital aberto, controladas por fun-dos de investimento, de origem externa ou interna, aplicarem seus recursos na atividade agrícola. Há vários modelos de operação, sempre vinculados ao mercado financeiro. Chega a ser curioso. Novos ricos, que nunca pisaram no chão de terra batida, sentem-se atraídos pelo lucro gerado na poeira do trator. Aflorou seu atavismo.

Três razões, basicamente, explicam esse moderno fenômeno econômico. Primeiro, a reduzida taxa de juros das aplicações bancárias, principalmente nos Estados Unidos e, secundariamente, por aqui. Segundo, a boa margem de lucro obtida nas lavouras brasileiras, em especial nas de soja. Terceiro, a dispo-nibilidade de terras distantes, ainda baratas, passíveis de boa valorização. Dinheiro sobrando, de um lado; riqueza a ser explorada, de outro. Fome com vontade de comer.

O reino das fazendas corporativas está sendo conhecido por Mapitoba, acrô-nimo extraído das duas primeiras letras de Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia. Parte do território desses Estados encon-tra-se numa região limítrofe, homogênea quanto ao bioma, ao solo e ao clima, coberta originalmente com vegetação de cerrado, elevadas e planas chapa-das, entremeadas por veredas úmidas, cuja dimensão se calcula em 414 mil quilômetros quadrados, quase o dobro do Estado de São Paulo. Esquecida pelo desenvolvimento nacional, parecendo inatingível, há 20 anos começou sua

ocupação produtiva. Desde então um milagre agronômico se processou.

Considerada a última fronteira agrí-cola do País, agricultores migrantes, gaúchos e paranaenses, espe-cialmente, foram os primei-ros a descobrir-lhe o valor, escondido entre os arbustos retorcidos que sofrem seis meses sem um pingo d'água. Depois, mais recentemente, chegaram os megainvestido-res, empresas que passaram a adquirir ou arrendar enormes extensões de terra, pondo-as em produção. Em Mapitoba já se produz cerca de 10% da soja brasileira, fora as lavou-ras de milho e algodão. Cerca de 3 milhões de hectares aca-baram de ser colhidos, menos da metade da área disponível para cultivo. Quer dizer, o progresso naquelas bandas apenas começou.

Enquanto o Brasil patina, Mapitoba acelera. Sua economia cresce 10% ao ano, puxando a expansão das cidades locais - Balsas (MA), Uruçuí e Cristino Castro (PI), Palmas (TO), Barreiras e Luís Eduardo Magalhães (BA) -, estimulando o comércio, gerando empregos. Mas a onda virtuosa trombou com um pro-blema: naqueles rincões falta mão de

obra para tudo. É precária, por óbvio, a infraestrutura de produção.

Na logística de escoamento da safra, os produtores rurais de Mapitoba até

que levam uma vantagem sobre, por exemplo, os de Mato Grosso: eles se encontram mil quilômetros mais próxi-mos dos portos exportadores, graças à Ferrovia Norte-Sul, cujos trilhos escoam a safra de grãos até o Porto de Itaqui, no Maranhão. Outra ferrovia, a Transnordestina, prometida, mas ainda não entregue, de-verá realizar a ligação ao Porto de Suape, em Pernambuco, enquanto a Ferrovia de Inte-gração Oeste-Leste, quando sair do papel, deverá ligar Bar-reiras a Ilhéus, na Bahia. Se o governo tivesse um mínimo de planejamento estratégico, toda essa malha de transporte esta-ria funcionando. Paciência.

Paradoxalmente, porém, as fragili-dades da economia local favoreceram os fazendeiros corporativos. Acontece que os maiorais montam uma opera-ção completa, chegando com esquema pronto: máquinas, gente treinada, ofici-na mecânica, residências, telefonia, tudo o resto. Quer dizer, nada demandam localmente. Somente assim empresas

líderes, como a SLC Agrícola, a Tiba Agro ou a Agrinvest, conseguiram prosperar no território de Mapitoba. Mais que es-quemas financeiros, elas se organizaram, tecnicamente, para instalar e conduzir fazendas, do começo ao fim.

Do ponto de vista dos aplicadores de dinheiro, importa garantir rentabi-lidade do capital. Quando, todavia, os fundos de investimento se direcionam para a agricultura, seus administrado-res se obrigam a adquirir uma distinta habilidade gerencial. Por quê? Porque no mundo do agronegócio existem especificidades: os ciclos da produção são mais longos, sofrem as intempéries climáticas, dependem de preços "co-moditizados", sujeitam-se aos gargalos logísticos. Tecnologia, produtividade e rentabilidade nem sempre se controlam, nem caminham juntas, na roça.

Fracassos no campo, muitas vezes, independem da boa gerência, no sentido estrito, o que nem sempre os econo-mistas urbanos compreendem, muito menos os milionários que se permitiram alavancar lavouras por aí afora. Bens in-dustriais fabricam-se a qualquer tempo, em ambientes controlados, cabem fácil na planilha de custos. A produção rural, por depender de leis biológicas, é mais complexa, mais incerta. Talvez por isso, mais apaixonante.

É sensacional acompanhar esse mo-vimento de aproximação, via empresas corporativas, entre o campo e a cidade. Tal encontro, de extremos, em certo sentido, possivelmente ajudará a reduzir uma lacuna de comunicação existente na sociedade, responsável por depre-ciar o agro perante o urbano. Ninguém valoriza aquilo que desconhece. Graças ao reino de Mapitoba, mas não exclusi-vamente, muita gente engravatada anda descobrindo as agruras da vida rural, percebendo que somente dinheiro não garante resultado. Muito menos felici-dade.

Enquanto o brasil pa-tina, mapi-toba ace-lera. Sua economia cresce 10% ao ano, puxando a expansão das cida-des locais

rEINo dE MAPItoBA

Agrônomo, foi secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. E-mail: [email protected].

Xico Graziano

aRtIgO

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há coisas absur-das como a não-u-tilização do Equipa-mento de Proteção Individual (EPI)”Aquiles Colmenarez,DO MINISTéRIO DO TRAbAlhO NA bAhIA

Naquele ano, 110 trabalhadores foram resgatados em condição análoga à do tra-balho escravo. Thiago Andrade lembrou, ainda, que existe a necessidade de reduzir

o número de acidentes de trabalho no Es-tado - altíssimo na Bahia.

“Chegar a um ponto de equilíbrio é es-sencial. O desenvolvimento econômico na região e a geração de empregos são ele-vados. É preciso cuidar da saúde do traba-lhador. Trabalhador não é custo; é inves-timento”, disse. O deputado federal Oziel Alves de Oliveira mostrou-se preocupado com as questões trabalhistas na região Oeste. Lembrou que o produtor brasileiro ainda paga para ter reserva e que assume o papel do governo onde este não se faz presente. “Este peso é mais nítido quando a crise surge. É preciso chegar a um ter-mo que evite a sobrecarga do custo que é pago pelo produtor”, disse, realçando que as partes envolvidas na relação capital e trabalho querem resolver as demandas e não criar problemas.

REGRAS TRAbALHISTASOs auditores do Ministério do Trabalho na Bahia, Jeane Alves e Aquiles Colmenarez, mostraram a questão do trabalho exaus-tivo e de como pode levar à fadiga crôni-ca e provocar acidentes de trabalho. “Nas fiscalizações é comum encontrar alguns

sinais de irregularidade como o registro britânico do ponto, que acaba servindo de prova que há algo errado”, disse Jeane Alves. Aquiles Colmenarez mostrou ima-gens de irregularidades detectadas em al-gumas das fiscalizações, como a falta de utilização do Equipamento de Proteção Individual (EPI) ou pela falta de cumpri-mento das normas regulamentadoras.

Questionados acerca da postura dos fis-cais, alguns mais interessados em punir do que em orientar, Jeane Alves lembrou que primeiro é feita uma orientação e de-pois, então, é lavrado o auto de infração. O chefe da assessoria jurídica da Confe-deração Nacional da Agricultura (CNA), Cristiano Barreto Zaranza, destacou a fragilidade dos acordos coletivos, sempre com cláusulas ilegais, mesmo que nego-ciadas entre produtores e empregados. “Outro cuidado especial que o produtor precisa ter é com a terceirização da mão de obra”, evidencia.

O advogado e diretor do Instituto Algo-dão Social, Felix Balaniuc, explicou como os cotonicultores do Estado de Mato Grosso conseguiram conciliar legislação trabalhista nas relações de trabalho com

responsabilidade social no campo, em-bora tenha se mostrado descrente em relação à adequação da lei trabalhista às atividades rurais. “A lei foi feita para a ci-dade, e impõe custos elevados para qual-quer empregador - urbano ou não”, disse, citando como exemplo a contratação de uma secretária, cujo custo de contratação é de R$ 101,81 para cada R$ 100 de salário, o que quer dizer que gasta-se R$ 201,81 para cada R$ 100.

Balaniuc fez críticas à NR 31 que, no seu entendimento, precisa ser adequada à realidade da área rural brasileira. “Não é só a NR 31. É preciso haver maior flexibi-lidade das leis trabalhistas. As normas são duras. E a punição é muito dura também”, reclama. O professor de Direito Econômi-co do IAS lembrou que quando um pro-dutor comete uma infração, a penalidade vem seguida da inclusão do nome em uma lista de quem usa trabalho escravo, além de multa milionária e divulgação no noticiário por parte da imprensa sensa-cionalista, dando a entender que a puni-ção é desproporcional à infração cometi-da. O fórum aconteceu no Hotel Solar das Mangueiras, em Barreiras. ■

A lei foi feita para a Cidade. Impõe custos elevados a qualquer empregador, urbano ou não"Felix BalaniucADvOgADO DO INSTITUTO AlgODãO SOCIAl

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luciano DeMetrius

Prefeitos de municípios da região Oes-te da Bahia faziam coro ao otimismo exacerbado principalmente por parte do deputado federal João Leão (PP-BA), pelo prefeito de Barreiras Antonio Henrique de Souza Moreira e pelo governador Jaques Wagner, durante o I Seminário Fiol, reali-zado na manhã de sexta-feira, 26, no au-ditório da Bartira Fest, em Barreiras.

Boa parte desses prefeitos não estava na mesa de trabalhos, mas à beira do palco, em pé, acompanhando a fala dos convi-dados. Apesar de permanecerem por qua-se três horas, de maneira desconfortável, disputando espaço com o público, o que se via nos representantes das cidades do Oeste baiano era otimismo em relação à implantação da ferrovia.

O prefeito de Baianópolis Anderson Clauton Santos Almeida (PDT) enalteceu a facilidade de transporte da produção lo-cal para outros locais. Segundo ele, além do que é produzido na região, outros pro-dutores e também outros produtos, até então restritos a locais próximos, devido à dificuldade de transporte, poderão ser comercializados com maior intensidade. “O transporte se tornará mais rápido e vai favorecer o escoamento da nossa produ-ção, que já é volumosa, e que certamente terá maior aceitação no mercado”, afir-mou. “O Oeste está unido pela ferrovia, pois é por meio dela que a região terá o impulso que necessita para ser uma das mais evoluídas do Estado”.

Prosperidade é o que também antevê o prefeito de Riachão das Neves Hamilton Santana de Lima (PDT). Para ele, assim que a Ferrovia da Integração Leste Oeste

entrar em funcionamento, a riqueza pro-duzida em toda a Bahia será uma das mais vistas na vitrine do mercado. E é otimista quanto aos resultados: “Não posso adian-tar números do sucesso que será para nossa produção, principalmente aqui no Oeste, mas garanto a Fiol vai fazer da nos-sa região um celeiro da Bahia. Se o Estado já vai sair ganhando com isso, imagina o salto que será para o Oeste que vai aten-der a outros centros ainda não atingidos”.

Já o prefeito de Formosa do Rio Preto Jabes Lustosa Nogueira Júnior (PDT) de-fine o seu otimismo com ressalvas aos crí-ticos da construção da ferrovia. “Muitos falam em altos custos, em riscos ao meio ambiente e que é preciso melhor plane-jamento. Concordo, mas precisamos ser ágeis para resolver estes problemas pois o Oeste precisa mostrar sua produção a outros centros”, frisou.

Quem critica, entende Jabes Júnior, não observa que outros setores ligados ao transporte também terão seus ganhos. “Formosa do Rio Preto é um dos municí-pios que mais produz soja, mas precisa ampliar o fornecimento. Com a Fiol, cer-tamente vai haver barateamento da pro-dução e, assim, o transporte de carretas também será beneficiado, ao contrário do que apontam os críticos. Haverá maior e melhor acesso aos portos”, afirmou. E é taxativo quanto à redução de valores nas taxas de transportes: “Eu acredito que ha-verá barateamento em torno de 50%”.

E se os números atuais somados à cria-ção da ferrovia geram otimismo nos pre-feitos, a pressa é o que move os represen-tantes dos municípios da região Oeste. “O PIB do Oeste da região Oeste é um dos maiores da Bahia, portanto já passamos

da hora de ter o transporte ferroviário como meio para contribuir com a pros-peridade dos produtores locais”, ressaltou Hamilton Lima, de Riachão das Neves. “É preciso agilizar o processo de criação da Fiol porque serão geradas mais riquezas e, logo, vai atrair investidores. Em pouco tempo O Oeste será a região com maior produção de soja do país”, completou Jabes Júnior, de Formosa do Rio Preto.

AGRICuLTuRA FAmILIARAté mesmo a agricultura familiar também será beneficiada, segundo o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricul-tura Familiar da Bahia (Fetraf), Jsoé de Je-sus Santana. Para ele, “a Fiol é vista como peça de desenvolvimento para os peque-nos produtores”. Outro ganho, segundo ele, é a perspectiva de redução de aci-dentes nas rodovias da região. “Devido às dificuldades encontradas nas estradas, o transporte ferroviário vai diminuir o fluxo nas rodovias e, consequentemente, redu-zir os riscos de acidentes. Isso demonstra agregação de valores da produção desde o plantio até o seu transporte”.

O presidente da Fetraf disse que dire-tamente, por ora, não haverá ganho de grande monta com a implantação da Fiol. Porém, a intenção é debater alternativas que possibilitem o ingresso da produção dos pequenos produtores rurais nos be-nefícios que a Fiol pode proporcionar. “Estamos em conversa com represen-tantes do Governo do Estado para que a produção nas propriedades de agricul-tura familiar tenham ganhos. A Fiol não pode favorecer somente o agronegócio. Ela precisa estar, também, ao alcance dos pequenos produtores”. ■

Prefeitos da região esperam ampliação de negócios com a Fiol

iVana Dias

Durante café da manhã realizado no último dia 20, na sede da Associação Comercial da Bahia, foi apresentada

para os empresários a palestra “Infraes-trutura e Logística do Brasil e da Bahia – Situação Atual e Perspectivas Futuras”. No evento esteve presente o ministro dos Transportes, Cesar Borges, que apresen-tou a atual situação sobre a logística bra-sileira e os obstáculos para a finalização das obras da Ferrovia Oeste Leste (Fiol).

Entre os fatos revelados por César Bor-ges sobre a Fiol, estão as questões com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Iba-ma). “A Fiol avança não como esperáva-mos, mas as exigências do Ibama e TCU estão sendo cumpridas. A expectativa é que a licença do trecho Barreiras/Caetité esteja sendo liberada até o final de maio e a Fiol seja entregue até o final de 2015", afirma o Ministro dos Transportes, Cesar

Borges.Em relação ao percurso onde estão lo-

calizadas as cavernas da região do São Francisco, no oeste baiano, e de trechos das cidades de Barreiras, São Felix do Coribe, Santa Maria da Vitoria e São De-sidério principal problemática que gerou embargo por parte do órgão ambiental, o ministro declarou que a Valec* está pro-curando uma solução para aquele trecho.

PALESTRA Ao explanar o tema da palestra, o mi-nistro citou um estudo apresentado re-centemente sobre a questão da logística nacional. “Nele são apontadas perdas de R$ 50 bilhões por ano ao país em função da questão logística. Seriam necessários aportes de R$ 500 bilhões para dotar o país de boa infraestrutura logística”, evi-dencia César Borges. Quanto a visão es-tratégica a partir de um plano de governo, ele ressalta que foi observado o problema no estado com a Via Bahia que não cum-

priu a parte que era de sua competência. “São 55 mil quilômetros de malha rodovi-ária no Brasil e 8,3% desse montante está no território baiano. São mais 28,730 mil quilômetros de malha ferroviária. Ouvi da própria presidente Dilma que se a em-presa não estiver a altura que se encerre o contrato.”, concluiu. A Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. é uma empresa pública, sob a forma de sociedade por ações, controlada pela União através do Mi-nistério dos Transportes , conforme a Lei 11.772/2008. Cabe à Valec o plane-jamento econômico e administrativo de engenharia de uma estrada de ferro; sua construção, operação, exploração e sistemas de interligação com outras mo-dalidades de transportes; implantação e operação de sistemas de armazenagem, transferência e manuseio de produtos e bens a serem transportados; elaboração de estudos de viabilidade para a expan-são da malha ferroviária. ■

Fiol: obstáculos prolongam finalização da obra para 2015

Ao contrário do que foi divulgado no Seminário Fiol, realizado em barreiras, as obras da ferrovia se estenderão por mais um ano

Da reDação

A Agência de Fomento do Estado da Bahia ( Desenbahia) chega à Bahia Farm Show com a meta

de superar a média histórica de 20% de todo o volume de negócios gerado durante o evento, o que significa ultra-passar a casa dos R$ 135 milhões em financiamentos. A Agência deslocou 14 funcionários: diretores, gerentes e técnicos que ficam permanentemente à disposição dos produtores. As linhas de financiamento ao agronegócio se-rão oferecidas com taxas a partir de 3% ao ano e prazo de até 12 anos para pagamento.

Segundo o diretor de Negócios, eco-nomista Vitor Lopes, a Desenbahia oferece a possibilidade, para quem já é cliente, de concessão de limite crédito pré-aprovado na aquisição de máqui-nas e equipamentos. “O que é um fato inédito”, comenta o Diretor de Negó-cios. “Esperamos, assim, menor tem-po de análise e resposta dos pedidos de financiamento”, enfatizou.

O gerente do Agronegócio, Gusta-vo Grillo; o gerente Comercial, Marko Svec; o gerente de Negócios Oeste (Barreiras), Helder Souza de Falk, es-tarão presentes na feira. Analistas e agrônomos estarão fazendo visitas técnicas a empreendimentos rurais. O estande da Desenbahia estará integra-do aos espaços da Secretaria da Agri-cultura e do governo do Estado.

Esta é a 9ª vez que a Desenbahia estará presente na Bahia Farm Show. A Agência participa da maior feira de agronegócios do Nordeste, desde 2004, quando o evento ainda era organizado pela Agrishow. Segundo o Gerente do Agronegócio da Desenbahia, “para nós cada ano é um desafio, pois sempre definimos como meta a superação dos resultados dos anos anteriores”.

Segundo o gerente comercial, Marko Svec, “em um evento relevante como este, além de possibilitar melho-res condições financeiras com taxas de juros reduzidas e prazos especiais, é importante ampliar oportunidades aos produtores”.

O presidente da Desenbahia, Aris-tóteles Menezes Júnior, ressalta que os funcionários da Desenbahia que atendem os clientes do agronegócio têm autonomia para atuar com fun-dings atrativos como FNE, FUNDESE e BNDES, além dos recursos próprios da Agência, com uma missão bem de-finida que é o fortalecimento da eco-nomia baiana, daí o esforço de desbu-rocratização do acesso ao crédito.

Segundo Aristóteles Menezes Jú-nior, a Bahia Farm Show, considerada a maior feira de tecnologia agrícola e negócios do Norte-Nordeste, é uma prioridade para a Desenbahia. “Nos últimos três anos foram prospecta-dos R$ 330 milhões em investimentos - tanto pelo interesse em ampliar as operações de financiamento, quanto pela orientação do governo da Bahia de dar total apoio ao agronegócio.

“Pretendemos uma boa participa-ção no volume de negócios da feira, em torno de R$ 675 milhões, anuncia-do por seus realizadores”, finalizou.

Desenbahia na Farm Show

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Jornal do São Francisco46 Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013

JSFRURAL

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JSFRURAL

Secretário de Agricultura Eduardo Salles ao ser homenageado na edição passada da Bahia Farm Show

Heloíse steffens

Depois de passar por diversas empre-sas agroindustriais nacionais e mul-tinacionais, direção de associações

e, posteriormente, o poder público, como chefe de gabinete da Secretaria da Agri-cultura, Pecuária, Irrigação e Reforma Agrária do Estado (Seagri), Eduardo Salles - atual secretário da referida pasta - tem a missão de transformar e estruturar a agropecuária da Bahia para o futuro. Mui-to diferente da iniciativa privada, no setor público deparou-se com muitos desafios, como: seca – considerada a pior da his-tória – e que atingiu mais da metade do número total de municípios do Estado; tornar a agroindustrialização das cadeias produtivas uma realidade mais presente, principalmente, no Oeste baiano – região de grande potencial econômico e produ-tivo; melhorar as rodovias – essenciais para o escoamento da produção agrícola e, dar viabilidade e integração à agricultu-ra familiar na Bahia – que detém a maior concentração, com 665 mil famílias. Es-tes são apenas alguns dos desafios. Sal-les também responde como presidente do Conselho Nacional de Secretários de Agricultura (Conseagri), onde trabalha por melhorias no setor, não só da Bahia, mas do Brasil. Em entrevista, o engenhei-ro agrônomo formado pela Universidade Federal de Viçosa (MG), mestre em Enge-nharia Agrícola e doutor em Irrigação e Drenagem, comenta os desafios da atual conjuntura do segmento no Estado, bem como analisa os três anos a frente da se-cretaria, onde de acordo com ele, tem trabalhado incessantemente nos últimos dois anos. Acompanhe.

Jornal do São Francisco: considerada a pior seca da história, em todo o Nor-deste, este é um assunto que ainda pre-ocupa a Bahia, com mais da metade do número total de municípios atingidos no Es-tado. Quais são as regiões mais afetadas?Eduardo Salles: Importante dizer que são três anos de seca no Estado da Bahia, período em que nossos índices plu-viométricos ficaram abaixo da média histórica e que nos-sos mananciais superficiais e subterrâneos se esgotaram ao longo desses últimos anos por não terem sido recarrega-dos. Muitos deles já secaram. Diversos poços artesianos estão com 1∕3 ou ¼ abaixo, e também já secaram. Então é importante lembrar que a questão da seca não é de um ano pra cá. Com isso, diver-sas irrigações tiveram de ser suspensas, como na Chapada Diamantina (que produz 95% da batata no nordeste e também toma-te); em Mucugê e Mucuara (onde apenas 30% da área está sendo irrigada, em torno

de 10 mil hectares); em Brumado (com a produção de manga e maracujá); em Ire-cê, Livramento, Dom Basílio e Contas, o fornecimento de água teve de ser suspen-so e, Canto Novo, onde o abastecimento

caiu de 16 horas por dia para quatro horas diárias. Curiosa-mente, morei em Dakota do Norte, vizinho ao Canadá, e lá o meu trabalho era o de levar feno para as criações. Nestes países, determinadas épocas do ano são muito frias e as plantações não morrem. Nós aqui temos que aprender a conviver com a seca, e neste momento, a situação é de be-be-se água ou irriga-se.

JSF: Em entrevistas a veículos de comunicação da capital, o Sr. reconheceu que qualquer iniciativa para amenizar a seca nunca será suficiente em função da sua dimensão, cujos reflexos serão sentidos pelo menos nos próximos dez anos, ou até mais. Em vis-ta disso, e sabendo que a seca é um fenômeno recorrente,

quais medidas o governo estadual está adotando para estruturar o semiárido para convivência com a seca?

ES: O governo Jaques Wagner liberou R$ 1,35 milhão para a construção da maior biofábrica localizada em Juazeiro, que servirá para a produção da muda de pal-ma. Sonhamos que, um dia, produzire-mos um milhão de mudas por mês. Com este objetivo, estamos montando diversas unidades multiplicadoras de palmas. Estamos fazendo 700 poços novos e instalando 300 daqueles que já haviam sido criados, através de uma parceria entre governos es-tadual e federal. O programa viabiliza que cada casa tenha uma cisterna para sustento próprio, seja para o consumo humano ou para a produção. O governo da Bahia também investiu R$ 4,5 bilhões através do Programa Água para Todos - o dobro do que foi investido em outros anos.

JSF: a seca já provocou a morte de um milhão de bois na Bahia. Os grandes desafios eram ampliar a dis-ponibilidade de milho para ração ani-mal e promover a sua comercialização para manter supridos os rebanhos. tais desafios com o Programa Venda em Bal-cão (iniciativa do governo federal, por

meio da conab, e que está inserido nas ações emergenciais de convivência com o semiárido) já foram ultrapassados?ES: No início do mês de abril tivemos uma reunião no Palácio do Planalto com todos os secretários do nordeste e da Bahia de Agricultura, juntamente com o presiden-te da Conab para determinar o assunto milho. A companhia não possui um ar-mazém em Luís Eduardo Magalhães para estocar o milho. O que acontece hoje é que os estoques se concentram em Goiás e Mato Grosso, e quando o Nordeste pre-cisa de milho para venda em balcão por R$ 12 – uma vez que o milho está R$ 48, fica mais difícil porque, uma vez estando o milho concentrado no centro-oeste, as carretas não querem vir para o nordeste. Conseguimos na reunião que o milho vies-se de navio, mas ainda não está chegando no prazo desejado. Estava distante para que o produtor buscasse o milho. Con-seguimos sair de cinco para oito e, agora, temos 13 polos no Estado para comprar milho mais barato. São cinco polos da Co-nab, que estão nos municípios de Entre Rios, Ribeira do Pombal, Santa Maria da Vitória, Itaberaba e Irecê. O Estado con-seguiu incrementar com mais oito polos no final do ano passado, nos municípios de Conceição do Coité, Juazeiro, Seabra, Guanambi, Vitória da Conquista, Feira de Santana, Jequié e Paulo Afonso. Este ano teremos mais nove polos nos municípios de Xoroxo, Maracás, Paramirim, Juazeiro, Remanso, Ponto Novo, Jacobina, Bom Je-sus da Lapa e Baixa Grande. Importante dizer que não vamos conseguir reduzir o problema da seca. É como se fosse um terremoto, a pior seca, sem dúvida, da história do Brasil. O que temos a fazer é minimizar, pois não vamos conseguir controlar.

JSF: Os produtores do Oeste baiano con-tribuíram com a ação emer-gencial SOS Seca. como isso foi importante para auxiliar aqueles que sofrem com a es-tiagem?ES: Este é um programa que será reativado com a Associa-ção dos Agricultores e Irrigan-tes da Bahia (AIBA) e a Asso-ciação Baiana dos Produtores de Algodão (ABAPA). Na oca-sião, arrecadamos um total de mil toneladas de milho e de caroço de algodão, e isso foi muito importante para salvar produtores que muitas vezes só tinham três vaquinhas. Esta ação salvou vidas. A popula-ção dos municípios benefi-ciados agradece ao Oeste da Bahia por essa ação de com-

panheirismo e de solidariedade.

JSF: O Sr. é também presidente do con-selho Nacional de Secretários de agri-cultura (conseagri). alguma reivindica-ção em relação à questão da seca?ES: Como presidente do conselho, numa

A missão de estruturar a agropecuária do EstadoMinimizar os efeitos da longa estiagem, promover a agroindustrialização das cadeias produtivas, melhorar as rodovias para escoamento da safra e dar viabilidade e integração à agricultura familiar. Estes são alguns dos

desafios do secretário Eduardo SallesARQUIVO: HELOÍSE STEFFENS

ENtREVISta

A população dos municípios beneficiados agradece ao Oeste da bahia por essa ação de companhei-rismo e de solidariedade”Secretário Eduardo Salles sobre Campanha SOS Seca

Nós sabemos que é necessário fazer mais estradas para o escoamento da safra”Salles sobre rodovias no Oeste baiano

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Jornal do São Francisco48 Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013

JSFRURAL

conjunção de 27 secretários do Nordeste, estamos trabalhando em diversas ações. Estivemos em reunião com o Banco Na-cional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e conseguimos, com recursos não reembolsáveis, R$ 100 mi-lhões para a construção de barragens subterrâneas no nordeste brasileiro, dos quais R$ 22 milhões foram destinados para a Bahia. Temos trabalhado e pedido ao Governo Federal à edição de um Pro-grama de Aceleração de Crescimento do Semiárido, que está baseado em dois pi-lares: água para descentralização animal, pois cada povoado tem que ter um poço artesiano mesmo com água salobra para consumo animal e, segundo pilar, reserva alimentar: trabalhar com a palma, onde ¼ de área plantada sustenta até três me-ses bovinos e caprinos. No último dia 22 de abril, em Petrolina, tivemos reunião com todos os secretários de Agricultura do Nordeste para trabalhar em ações pós-seca, sementes para recuperar pastagens, recuperação de rebanhos, enfim, pensar em ações estruturantes para a presidenta Dilma Rousseff não adotar medidas pa-liativas.

JSF: Quais são os planos para a agricul-tura familiar no Estado e, em especial, no Oeste baiano?ES: É na Bahia que está a maior concen-tração na agricultura familiar. São 665 mil famílias, e a Bahia tem uma série de ações focadas. Duas são significativas, a do Vale e a do Cerrado. Precisamos cada vez mais integrar essas duas condições de agricultura com a possibilidade de avicul-tura, ovinocaprinocultura, com produtos produzidos no cerrado - leite, ovos, suíno,

aves e gado. Buscamos a integração do cerrado e da lavoura e a criação do vale.

JSF: a agroindustrialização também era um problema no Estado. No Oeste baia-no – região de grande potencial econô-mico e produtivo – esta é uma grande reivindicação do segmento. O que tem sido feito para que esta seja uma realidade na região?ES: Creio que o exemplo mais expressivo da chegada da agroindustrialização no Oeste da Bahia seja o dos chineses, que estão finalizando a terra-planagem para instalação de uma indústria para produção de óleo de soja, derivados e biodiesel, para não exportar mais apenas o grão, mas sim os produtos, gerando vários empregos. Queremos muito uma indústria têxtil na região para poder avançar, pois é fato conhecido que o algodão que o Oeste da Bahia produz é uma das melhores fibras do mundo. O nosso objetivo é agroindustrializar com todo tipo de indústria para agregar valor. Já são 28 agroindústrias que têm protoco-lo assinado, início e final de construção, enfim, o Oeste baiano é prioridade nesta questão, pois as cadeias produtivas são fundamentais. A gente tem o Oeste da Bahia como exemplo de associativismo, o que nos ajuda muito a trabalhar com as associações, e as culturas de soja, milho e algodão são a base de sustentação para trazer o polo têxtil e outras coisas. Tenho buscado esses investimentos.

JSF: Embora esta não seja uma atribui-ção da pasta de agricultura, de que for-ma a secretaria tem procurado contri-buir na questão das rodovias do Oeste baiano, visando o melhor escoamento da produção agrícola? ES: Em relação à infraestrutura, além de um trabalho mais próximo com esta

secretaria, temos parcerias com os produtores e com a Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA) e a Associação Baiana dos Pro-dutores de Algodão (ABAPA) através de uma Parceria Pú-blica Privada (PPP), para que se tenha condição de avançar numa estruturação maior. Nós sabemos que é necessá-rio fazer mais estradas para o escoamento da safra. A Bahia é o 26° Estado em receita per capita, tem o tamanho da França, dimensão de 56 mi-lhões de hectares, e necessita de muitas estradas. Impor-tante lembrar que 7 mil km de estradas foram recuperadas pelo governo Wagner, mas é

preciso fazer mais. Em reunião com o presidente da Aiba, Julio Busato, e com o prefeito de Luís Eduardo Magalhães e também presidente da União dos Municí-pios do Oeste Baiano (UMOB), Humberto Santa Cruz, ajustamos algumas questões da Rodoagro para dar melhor tráfego e visibilidade. Todos nós sabemos que é ne-cessário fazer mais.

JSF: Quais são as maiores demandas des-ta área nos municípios do Oeste baiano?

ES: Importante dizer que desde 1994 te-nho ligação muito forte com o Oeste da Bahia, onde trabalhei e morei. Creio que todas as reivindicações que vem da re-gião, sem dúvida nenhuma, eu tenho acompanhado com muito carinho, e de perto. Umas das principais reivindicações eram as questões ambientais e, através de uma parceria com produtores e secre-tarias, juntamente com o secretário de Meio Ambiente, Eugênio Spengler - que é uma referência no Brasil como secretário desta pasta - temos feito uma verdadeira revolução para desburocratizar a questão ambiental e facilitar a vida do produtor no Oeste da Bahia.

JSF: como secretário estadual de agri-cultura e presidente do conselho Nacio-nal de Secretários de agricultura (con-seagri), em seu ver quais têm sido as principais reivindicações?ES: É interessante isso, pois hoje quando eu falo, não falo somente em nome da Bahia, mas do Brasil. Por ter essa trajetó-ria, tenho uma voz mais ouvida, e é para mim um orgulho ocupar o cargo de pre-sidente do Conseagri – conselho que tem 27 secretários. Eu tenho buscado - cada dia mais, me inteirar de todos os assuntos polêmicos, alguns dolorosos, como leis. Temos que modernizar leis trabalhistas, precisamos trabalhar a questão da logís-tica, armazenagem, a questão sanitária para não permitir que doenças entrem no Brasil e atrapalhem o trabalhador. Temos buscado muitos financiamentos, rene-gociações de dívidas, enfim, trabalhado em diversos setores para melhorias não só para o Oeste da Bahia, mas para todo o Estado. ■

ENtREVISta

é fato conheci-do que o algo-dão que o Oeste da bahia produz é uma das melhores fibras do mundo”Salles quer indústria têxtil

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Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013 49Jornal do São Francisco

JSFRURAL

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Jornal do São Francisco50 Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013

EsPORtEs

Na estreia oficial em seu estádio, Luís Eduardo perde jogo e liderança

Dois jogos e 13 gols na abertura da Segundona

luciano DeMetrius

Em sua estreia oficial no Estádio Coro-nel Aroldo, a seleção de Luís Eduardo Magalhães foi derrotada por Santa

Rita de Cássia por 1 a 0, em jogo da segun-da rodada da Copa Regional de Seleções. O único gol do jogo, disputado na tarde do último dia 19, foi marcado por Toreba aos dois minutos do segundo tempo. No outro confronto da rodada, Santa Maria da Vitória goleou Cocos por 4 a 2 no Es-tádio Turibão, em Santa Maria da Vitória, no sábado, 18.

Com este resultado, Santa Rita de Cás-sia lidera a competição com seis pontos; Luís Eduardo Magalhães e Santa Maria da Vitória estão em segundo lugar, com três pontos cada (e mesmos saldo – um, e gols marcados – quatro) e Cocos está na quar-ta e última posição, sem nenhum ponto ganho.

Na terceira rodada, Luís Eduardo Maga-lhães vai tentar a reação diante de Santa Maria da Vitória, no Estádio Municipal de Santa Maria da Vitória no dia 26. Na mes-ma data, a seleção de Santa Rita de Cássia vai defender a liderança em partida con-tra Cocos, no Estádio Municipa.

jOGOLuís Eduardo Magalhães, que vinha de goleada por 4 a 2 sobre Cocos, na abertu-ra da competição, não demonstrou entro-samento e muito menos padrão de jogo. Diante de um adversário postado defen-sivamente, com seis jogadores atuando em linha, a seleção luiseduardense não apresentou força ofensiva.

O atacante Radinho, quando aciona-do, não conseguia concluir devido à forte marcação. As raras participações do lui-

luciano DeMetrius

Rodada dupla no Estádio Coronel Aroldo, em Luís Eduardo Magalhães, na tarde e noite de sábado, 18, abriu a

Segundona Manoel Padeiro (Série B), do Campeonato Municipal promovido pela Liga Desportiva de Luís Eduardo Maga-lhães (Ldlem). Treze gols foram marcados nas duas partidas que tiveram público de 220 pessoas, segundo o presidente da Ll-dem, Reginildo França.

Na partida que abriu oficialmente a competição, o Grêmio do Oeste goleou o Mimoso Esporte Clube (MEC) por 4 a 2. Juênio, aos três minutos, fez o primeiro gol do campeonato a favor do Grêmio. Coringa, aos 8’ e aos 22’ ampliou para 3 a 0. O primeiro gol do MEC aconteceu no início do segundo tempo, aos três mi-nutos, por intermédio de Foguinho, em cobrança de pênalti. Aos nove minutos, Badu fez o quarto do Grêmio. Foguinho, aos 34 minutos, novamente diminuiria a diferença no placar.

seduardense aconteciam quando a zaga de Santa Rita de Cássia cometia falhas na marcação. Para piorar, nenhum jogador se lançava ao ataque para apoiar Radinho e atrair a marcação para que o atacante jogasse com mais liberdade.

A seleção de Santa Rita de Cássia, por sua vez, explorava os contra-ataques e chegou com perigo nos minutos finais do primeiro tempo. Já nos acréscimos, aos 46 minutos, o goleiro Zaroi, de Luís Eduardo, reclamou acerca da desatenção da defensiva após uma rápida investida do adversário que quase resultou no primeiro gol da partida.

Para o segundo tempo, as duas sele-ções entraram em campo sem nenhuma alteração. E logo aos dois minutos Gu-

No segundo jogo, já no início da noite, o Chapada Diamantina venceu o Aliança/Novo Paraná por 4 a 3. Giovani, de pênal-ti, abriu o marcador a favor do Chapada, aos 23 minutos do primeiro tempo. No segundo tempo, Bedega aos seis minu-tos e Giovani, aos 15’, ampliavam a favor do Chapada. Quando o resultado parecia definido, o Aliança/Novo Paraná se estru-turou em campo e partiu em busca da re-ação. Geninho (24’) e Val (29’) marcaram para a equipe do Novo Paraná, que conta-va com o apoio da torcida que incentivou o time, mesmo quando este perdia por 3 a 0. Giovani marcaria o terceiro gol dele e quarto do Chapada, aos 31 minutos, após receber a bola na altura do meio-de-cam-po, se desvencilhar da marcação e fazer 4 a 2. Três minutos depois, o jogo voltaria a ficar indefinido com o gol de Nei, para o Aliança/Novo Paraná. A partir daí as duas equipes criaram oportunidades, mas o placar terminou em 4 a 3 para o Chapada Diamantina.

O Grêmio Oeste, que lidera a chave C

com três pontos, volta a campo em 8 de junho, para enfrentar o Real, no Campo da Bunge. O MEC, que não tem nenhum ponto ganho, enfrenta o Real em 30 de junho, no Estádio Coronel Aroldo. Pela chave B, o líder Chapada Diamantina, com três pontos, joga contra o RG Dis-tribuidora em 16 de junho, no Campo da Vila Buritis. Antes, em 30 de maio, o Aliança/Novo Paraná, sem nenhum pon-to, enfrenta o RG Distribuidora, no Coro-nel Aroldo.

No sábado, 25, Ipiranga e Mercegama estreiam na competição em jogo no Cam-po da Bunge, às 15h30. No domingo, 26, jogam Young Boys contra Maclaren (16h) e Acadêmicos enfrenta o Selem (18h), em rodada dupla no Estádio Coronel Aroldo. De acordo com o regulamento, a Segun-dona Manoel Padeiro é disputada por 24 equipes distribuídas em oito chaves de três times cada. Classificam-se as duas primeiras colocadas para a segunda fase. A partir daí, as 16 equipes disputam jogos eliminatórios até a decisão.

dela avançou pela esquerda do ataque e, próximo da linha de fundo, cruzou para Tureba que, na altura da pequena área, escorou para deixar sua equipe em vanta-gem. Apesar de ter sofrido o gol, a seleção de Luís Eduardo apresentou raro poder de reação. As entradas de Marconi, Erivél-ton e Giovani surtiram breve efeito com jogadas mais trabalhadas, porém, insufi-cientes para ameaçar a equipe visitante. Os melhores momentos de Luís Eduardo aconteceram entre os 46 minutos e 49 mi-nutos do segundo tempo. O tarde desper-tar não impediu a derrota dos luiseduar-denses em sua primeira partida valendo pontos diante de sua pequena torcida (cerca de 180 pessoas).

Seleção luiseduardense foi derrotada por Santa Rita de Cássia em placar de 1 a 0

Para comemorar os 122 anos do município de Barreiras, foi dispu-tado o 1º Futsal Fest do Oeste. O torneio foi aberto no dia 27 de abril e terminou dia 25 de maio. As parti-das foram disputadas na quadra de esportes da Praça Castelo Branco, que fica na Vila do Sas em Barreiras. A final foi disputada no sábado, 25, a partir das 19h, entre Vento em Popa Janjar, de Luís Eduardo Maga-lhães (que venceu o Liper Bode por 3x2) e a seleção de Ibotirama (que ganhou da seleção de Cristópolis por 3x1).

Em Barreiras, o Vila Brasil foi pentacampeão do Torneio In-terbairros, organizado pela Liga Barreirense de Futebol. Foram 37 jogos ao todo. O Vila enfrentou na final a boa equipe do Morada Nova. No tempo normal, empate por 1x1. Nos pênaltis, vitória do Vila Brasil por 5x3. A novidade deste ano é que o campeonato teve todos os jogos disputados em campos de várzea, nos próprios bairros que participa-ram da competição. Parabéns ao presidente da Liga, Lázaro Lopes, que tenta resgatar o amor pelo fute-bol barreirense, algo que há muito tempo está esquecido na memória dos saudosos torcedores.

Com apresentação do Ginaslou-cos, de Dourados (MS) – grupo que realiza acrobacias usando técnicas do basquete – foi realizada na tarde de segunda-feira, 13, a abertura da 13ª edição das Olimpíadas Interco-legiais de Luís Eduardo Magalhães (Oilem), na quadra Dioclécio Se-verino Ramos, no Colégio Ottomar Schwengber. A competição, com 15 modalidades, se estendeu até a sexta-feira, 24, com a participação de cerca de 5 mil alunos de 25 esco-las das redes municipal, estadual e particular de ensino.

Cerca de 300 pessoas partici-param na tarde do último dia 18, sábado, do 3º Passeio Ciclístico Paz no Trânsito, promovido pelo Rotary de Luís Eduardo Magalhães. A qua-dra coberta de esportes da Avenida JK serviu de saída e também de chegada para os ciclistas. Ao final do passeio houve o sorteio de um aparelho de tv de 42 polegadas, duas bicicletas e prêmios diversos oferecidos por comerciantes que apoiaram o evento. No total, segun-do o Rotary, foram vendidas 1.100 camisetas do passeio e todo o valor arrecadado será destinado para a construção da biblioteca da Escola Municipal Marlei Terezinha Pretto (Jardim das Oliveiras), ao Banco Ortopédico do Rotary e à campa-nha de combate à poliomielite do Rotary Internacional (Polioplus).

1o Futsal Fest do Oeste

Torneio Interbairros

Oilem

3o Passeio Ciclístico Paz no Trânsito

momento do gol de seleção de Santa rita de cássia na vitória sobre Luís Eduardo Magalhães

LUCIANO DEMETRIUS

Jornal do São Francisco

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Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013 51Jornal do São Francisco

maracanã: ainda falta muito!

Antônio Santos é bicampeão da Corrida Rústica Carcará

Dupla Ba-Vi: cenários bem diferentes na capital baiana

Depois de serem os convidados de honra na festa de reinauguração do novo Maracanã, durante o jogo festi-

vo entre os amigos de Ronaldo e Bebeto, os operários que trabalham na obra ainda têm muito trabalho pela frente até a con-clusão total do novo estádio. Apesar dos elogios feitos por Jérome Valkck na área interna, várias cabines de imprensa ain-da estão sendo construídas e muitas não têm sequer tomadas instaladas. Em vá-rios espaços ainda falta colocar cadeiras e realizar o acabamento de muitas instala-ções. Se do lado de dentro tem muito por fazer, o desafio do lado de fora do novo Maracanã é ainda maior: o calçamen-to em várias vias não foi colocado e ruas precisam de urbanização completa. A si-tuação preocupa. Quem visita o estádio a pé, precisa dividir espaço entre tratores e maquinários pesados. Este mês, um novo jogo deve ser realizado, desta vez usando

Antônio Carlos Santos foi o campeão geral da 6ª Corrida Rústica Carcará, realizada no último dia 19, em Luís

Eduardo Magalhães. A prova teve percur-so de 5 km com saída na Avenida JK. O vencedor completou a prova em 13 min 16 seg. É o segundo ano consecutivo que o competidor vence a Corrida Rústica Car-cará. Em 2012, ele completou o percurso de 7,5 km em 23min19seg. A corrida é pro-movida pela Cipe-Cerrado.

O segundo colocado geral foi Cleriston Alves Dourado (13min40seg), seguido por Robélio Ribeiro de Oliveira (13min47seg). Na prova feminina, Tainara da Silva Bar-bosa venceu com o tempo de 18min17seg, seguida por Rosicleide Cavalcante (19min-

O Vitória levantou o tí-tulo do Baianão, está em paz com a torci-

da, mostra a cada jogo que tem um time bem equilibrado e não dá pra duvidar que o rubro-ne-gro tenha grandes chan-ces de fazer uma bela campanha no Brasi-leirão. O técnico Caio Jr. (que já conseguiu a façanha de levar um time limitado como o Paraná Clube a disputar a Libertadores da América) ainda espera por alguns re-forços, mas diz abertamente que está bem empolgado com o futebol apresentado pelo time e a dedicação dos jogadores.

Já do outro lado, a situação é bem dife-rente: mergulhado numa crise sem prece-

metade das acomodações do estádio. No dia 02 de junho, Brasil e Inglaterra fazem o grande evento-teste antes da bola rolar pela Copa das Confederações. Até lá, vai ser preciso trabalhar muito para deixar tudo pronto, dentro dos padrões exigidos pela Fifa. Então, mãos à obra galera!

32seg) e Catiara Braga Miranda (21min). Nas outras categorias, os vencedores

foram José Domingos (juvenil/masculi-no); Letícia Leandra (juvenil/feminino); major PM Ervans (oficial superior); aspi-rante Medeiros Alves (aspirante/oficial); Adenilton Ribeiro (praças de 18 a 35 anos); Linaldo Silva (praças a partir de 36 anos/masculino); Taís Rocha (praças a partir de 36 anos/feminino); Nilson Silva (adul-to/masculino); Tainá das Neves (adulto/feminino); Cléber Araújo (master/mas-culino); Ione Chaves (máster/feminino); Adilson Dourado (sênior/masculino); Gil-sa Neves (sênior/feminino); Jair Francisco (veterano/masculino) e Raildeb Marques (veterano/feminino).

dentes, o Bahia convive com os inúmeros pedi-dos da torcida para que o presidente Marcelo Guimarães Filho renun-cie ao cargo. O técni-co Cristovão Borges foi apresentado e assumiu a

responsabilidade de "apagar o incêndio" no Fazendão. Mas para isto, vai ser pre-ciso contratar. Fala-se em Antônio Carlos (zagueiro do Botafogo), Douglas e Jorge Henrique (ambos do Corinthians) e Sergi-nho (volante do Palmeiras). Difícil é saber de onde vai sair o dinheiro para que estes reforços desembarquem na capital baiana e vistam a camisa do tricolor da boa terra. Vamos ver...

Quando assumiu o comando, LuisFelipeScolariprometeumontarumaseleçãomaisjovem,e a promessa virou realidade. Para a Copa das Confederações, os 23 selecionados pelo treinador têm média de 26 anos, a menor desde a Copa de 1978, disputada naArgentina.Osetormaisjovemé o ataque: o quinteto formado porNeymar(21anos),Bernard(20anos),Fred(29anos),Lean-droDamião(23anos)eHulk(26anos). Do novo grupo, só quatro atletas têm experiência em Copa doMundo:ogoleiroJulioCésar,olateraldireitoDanielAlves,ozagueiro Thiago Silva e o atacante Fred. Novos tempos pelos lados daConfederaçãoBrasileiradeFutebol.

OBotafogodeFuteboleRe-gatas, campeão carioca deste ano, fechou 2012comR$50milhõesnovermelho.Asdívidas gerais doclube,segundolevantamentofeito por uma empresa de audi-toria,alcançaramafortunadeR$525milhões-umpassivo"respei-tável"edifícildeadministrar,nãoéverdade?Acrisefinanceiraatin-ge,claro,ogrupodejogadores,quenãoreceberamosprêmiospelaconquistadaTaçaGuanabarae, muito menos, do título regional. Osdireitosdeimagemtambémestão atrasados e os salários do mês passado continuam pen-dentes, apesar de todo o esforço dos dirigentes para regularizar a situaçãojuntoaospatrocinadoresdoclube.Anovidadedetudoisto,amigo

leitor, é que mesmo sem dinheiro emdianascontasbancárias,ogrupodejogadoresseuniu,nãodesistiujamaisdoidealdesercampeão, fechou com o propósito determinado pelo técnico Oswal-do de Oliveira e, como consequên-cia,levantouotítulo,tãodesejadopor sua fanática e grandiosa torci-da.Umbeloexemplodequeamoràcamisaaindacontaemuitoquando o assunto é ser campeão! Parabéns,Fogão!

Enquanto um dos maiores treinadores do mundo sai de cena, outro muda de ares. Depois de uma péssima campanha no comando do RealMadrid,oportuguêsJoséMourinho acertou os pontei-roscomopresidentedoclubemerengue Florentino Pérez e está de volta ao Chelsea da Inglaterra. Na terra da rainha, Mourinho foi campeão inglês duas vezes: em 2004e2007.Belacontratação!

Felipão rejuvenesce a Seleção Brasileira!

Dinheiro (ou falta dele) não é problema para o campeão carioca!

A volta do “filho pródigo"

Com um contrato milionário com o Santos e, pelo menos, mais de dez patrocinadores na longa lista de

contratos publicitários, Neymar encon-trou um jeito de engordar ainda mais a sua conta bancária. O atacante fechou um acordo com uma empresa espanho-la, especializada na venda de autógrafos pela internet. A empresa comerciali-za fotos personalizadas de astros do esporte, como Lionel Messi, Cristiano Ronaldo, o atacante colombiano Falcão Garcia e o tenista espanhol Rafael Nadal. Neymar foi o primeiro brasileiro contratado pela empresa, que também fechou acordo com Lucas, ex-São Paulo e, atualmente, no PSG da França. Pelo contrato, uma foto de Neymar com autógrafo e dedicatória custa de R$ 60 a R$ 120, dependendo do tamanho da imagem. O jogador ganha uma remuneração fixa e mais um percentual sobre as vendas. O valor não foi divulgado pela empresa. Quando o assunto é ganhar dinheiro, Neymar mostra que também é craque!

NEyMAr ArruMou MAIS uM JEIto PArA GANhAr dINhEIro

cArLoS AuGuSto [email protected]

Mundo da bola

EsPORtEsJornal do São Francisco

Se do lado de dentro tem muito por fazer, o desafio do lado de fora do novo Maracanã é ainda maior

REPRODUÇÃO

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Jornal do São Francisco52 Ed. 129, de 16 a 31 de maio 2013

INFORME PUblICITÁRIOFASB encerra 11º CIC com recorde de inscritos

e trabalhos científicos aprovadosFASB encerra 11º CIC com recorde de inscritos e trabalhos científicos aprovados

O Congresso de Iniciação Científica (CIC) da Faculdade São Francisco de Barreiras (FASB), em sua sua 11ª edição, superou todos os recordes dos anos anteriores e se consolida cada vez mais como maior evento científico do oeste da Bahia. Encerrado no último dia 10 de maio, o evento contou com cerca de 1,1 mil inscritos, e com aproximadamente 150 trabalhos científicos aprovados.

O tema “A pesquisa como eixo articulador: práticas e saberes”, trouxe em sua programação em média 85 minicursos nas áreas de humanas, sociais, agrárias e da saúde, e quatro grandes palestras, sendo a atividades inaugural do evento a palestra-show sobre motivação com Adroaldo Lamaison.

A acadêmica de Enfermagem, Raquel Di Amarantos, elogiou a organização e a dinâmica do Congresso. “As temáticas e a didática dos palestrantes são bem envolventes e todas as atividades aconteceram de maneira bem pontual”. A principal novidade do CIC este ano trata-se da publicação final das pesquisas apresentadas no Congresso que passa a ter código e selo que atesta a validade científica em todo o território nacional.

O diretor- acadêmico da FASB, Roberto Marden Lucena, aponta que a avaliação é animadora diante da confirmação da presença dos palestrantes dos minicursos nas mais diversas áreas do conhecimento. “O diferencial é a participação ativa e permanente dos estudantes. O que nos estimula a fazer um CIC 2014 ainda melhor. O próximo ano será emblemático pois vamos comemorar 15 anos de FASB”, lembra.

www.fasb.edu.br