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Florianópolis, 22 de abril de 2013, n o 782 Jornal do Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc-Sindical) Página 4 Diretores defendem presença da Apufsc em negociações Página 4 Sedes são revitalizadas para melhorar atendimento aos sócios Projeto piloto vai investir na prevenção à saúde dos professores Clodoaldo Volpato/ Apufsc Diretoria do Sindicato apresenta aos associados planejamento para 2013 Conforme previsto pelo Estatuto da Apufsc, programação em âmbito nacional e local para 2013 é divulgada em reunião Página 4 Página 5 Documento, que contém 29 objetivos, visa estreitar relacionamento político- -sindical com entidades e governo, além de ações que irão beneficiar diretamente os professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Assessoria Jurídica vai dar início à execução dos valores atrasados da ação dos Quintos Página 4 Professor, filie-se à Apufsc-Sindical!

Jornal do Sindicato dos Professores das Universidades ... · resolvido. O próprio Parecer afirma que não é a última palavra sobre esta questão, pois remete os autos à CGG/MEC

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Florianópolis, 22 de abril de 2013, no 782Jornal do Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc-Sindical)

Página 4

Diretores defendem

presença da Apufsc em

negociaçõesPágina 4

Sedes são revitalizadas

para melhorar atendimento aos

sócios

Projeto piloto vai investir

na prevenção à saúde dos professores

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Diretoria do Sindicato apresenta aos associados planejamento para 2013

Conforme previsto pelo Estatuto da Apufsc, programação em âmbito nacional e local para 2013 é divulgada em reunião

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Documento, que contém 29 objetivos, visa estreitar relacionamento político--sindical com entidades e governo, além de ações que irão beneficiar diretamente os professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS).

Assessoria Jurídica vai dar início à execução dos valores atrasados da ação dos Quintos

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Professor, filie-se à Apufsc-Sindical!

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2 Florianópolis, 22 de abril de 2013Jornal da Apufsc

OpiniãO

A democracia no lugar erradoNo momento em que se anuncia a discussão, pelo CUn, sobre o

processo de escolha do reitor, tomo a liberdade de apresentar, abaixo, excerto do Regulamento do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) sobre o mesmo assunto:

REGULAMENTO DO INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AE-RONÁUTICA

CAPÍTULO VDAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIASArt. 12. O provimento dos cargos e funções observará as seguintes

diretrizes: I - o cargo de Reitor do ITA é exercido, no regime de trabalho de

dedicação exclusiva, por personalidade de reconhecida capacidade no campo da ciência e da tecnologia, designado pelo CMTAER;

II - o Vice-Reitor é professor ou instrutor de ensino superior, de reconhecida capacidade no campo da ciência, da tecnologia e ensino da Engenharia, designado pelo Reitor.

O ITA é uma instituição de prestígio internacional, com uma con-tribuição notável ao desenvolvimento do país, notadamente no setor de engenharia eletrônica, informática e aeroespacial.

Não haveria Embraer nem desenvolvimento aeroespacial no país sem o ITA.

É tal o seu prestígio internacional que está a ponto de fechar um acordo com o excepcional MIT (Massachusetts Institute of Techno-logy) para a criação de um centro avançado de inovação, no período de cinco anos.

Para nós, aqui da UFSC, isto é uma meta impensável, tendo-se em vista o quadro dirigente que nos assola. Até porque nossos dirigentes máximos parecem estar longe de entender de metas como esta do ITA, se é que têm ou entendem de meta alguma de desenvolvimento em ciência e tecnologia.

Vejam acima, no Regulamento do ITA, que se exige “personalidade de reconhecida capacidade no campo da ciência e tecnologia.” Note--se também que não se exige que o reitor saia do quadro docente do ITA (Aliás, em geral ele é de extração do mercado de competência, nacional e internacional, após um processo de consultas). Nem se exige, ao contrário do Vice-Reitor, que seja de reconhecida capacidade no ensino da engenharia. O recado é óbvio!

É assim mesmo que procedem as universidades do mundo avançado, aquelas que realmente contam na criação de ciência, tecnologia e cul-tura. E isto ocorre não só na busca de um reitor, mas também de chefe de departamento, ou de diretor de um instituto interno à universidade.

E os alunos, o que fazem os alunos durante o processo de escolha do reitor no ITA e nas universidades sérias do mundo, perguntará um “democrata” doméstico, que pouco ou nada entende de democracia. Ora, o aluno fará o que todo aluno deve fazer sempre: estudar que é este o seu ofício. Estudar para graduar-se com distinção e poder enfrentar com sucesso o mercado de trabalho, sendo útil a si próprio, aos seus familiares e ao país.

E os servidores, os STAs? Ora (de novo), cumprem suas funções específicas nas atividades meio, que é para isso que são contratados e não para participarem de campanhas políticas para reitor, ou para o que quer que seja.

Também não se observa, no ITA e nas universidades dos países avançados, a coloração ideológica do potencial reitor, já que esta ele não a usará em sua gestão acadêmica, mas se observa apenas que ele seja, tão somente, “personalidade de reconhecida capacidade no

campo da ciência e tecnologia.”. Qualidade, alias, que nem se cogita na busca de um reitor por aqui. De fato, nem se exige esta qualidade no regimento próprio.

Aqui se verifica apenas se o candidato é “democrático” e as suas “propostas”, tal qual numa campanha política comum, para que te-nha apoio das forças “progressistas”, como se falou em recente artigo publicado no Boletim do Apufsc-Sindical. Só faltou se acrescentar “progressistas e populares”, como sempre falava o folclórico João Ama-zonas, líder do Partido Comunista do Brasil, expressão que passou a compor o jargão da esquerda mais radical e bolorenta.

Tudo isto é de uma indigência conceitual tão cabal que dói em quem enxerga algo mais, sobre universidade, à frente do nariz. E sem contar os sucessivos resultados medíocres para a instituição universitária que esta visão tem trazido, por gestões várias, por anos muitos. Coisa triste!

Na raiz de tudo que ainda existe de bom nesta nossa UFSC, estão as mãos de dois gigantes: Ferreira Lima, o seu criador, e Caspar Erich Stemmer. Não vou me estender na análise da obra desses homens excepcionais, por não ser tarefa fácil e não caber neste simples ensaio.

Mas o que quero dizer é que esses dois reitores, a quem muito deve-mos como universidade e como sociedade, não foram eleitos por alunos, nem por STAs, nem por todos os professores. Não nasceram, como reitores, do engodo da aplicação do modelo do Estado Democrático de Direito, que não é aplicável à universidade, que uma universidade não é uma nação, não é um clube nem um sindicato. Nestas três últimas organizações (nação, clube, sindicato), fazemos questão de votar os dirigentes porque lhes pagamos para exercerem suas funções e usar o nosso dinheiro. Na universidade nada pagamos: recebemos salários para ensinar, pesquisar e avançar o conhecimento.

Somos empregados do Estado para cumprir uma missão e não para brincar de clube democrático, do qual somos sócios.

Para bem servir à democracia no Estado de Direito, temos que nos dedicar, sem desvios ideológicos, à tarefa para que fomos incumbidos. Temos de produzir boa tecnologia, boa ciência e boa cultura. Para bem servir à sociedade, não podemos brincar de democracia “interna corpore”. Assim como um exército que, para bem servir ao Estado Democrático de Direito, não pode ceder ao engodo da democracia interna. Aliás, já se disse que um exército democrático (“interna corpore”) não é exercito: é um bando armado.

E a universidade “democrática”, “interna corpore”?Também uma universidade que se entrega à farsa da democracia

interna logo deixa de ser universidade, pois se afasta dos seus objetivos, perseguidos desde a Universidade de Bolonha: criar conhecimento, sistematizar o conhecimento e difundir o conhecimento.

Em vez disso, a universidade “democrática”, vira uma arena de disputas ideológicas, onde várias facções corporativas se digladiam, se acusam umas às outras, com sérios danos ao espírito acadêmico. Este quadro grotesco funciona, periodicamente, em época de eleições, como uma festa para o baixo clero acadêmico, que deste circo se aproveita e sempre tira vantagens, levando às mais altas funções pessoas que, nem de longe, preenchem os requisitos de “personalidades reconhecidas pela capacidade no campo da ciência, da tecnologia e da cultura”. E assim se perpetua e ganha força o baixo clero acadêmico. E assim se esmaga a competência acadêmica.

Tudo, claro, às expensas do pagador de impostos.

José João de Espíndola*

* Professor aposentado do Departamento de Engenharia Mecânica

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3Florianópolis, 22 de abril de 2013Jornal da Apufsc

OpiniãO

A Consultoria Jurídica junto ao MEC e seu Parecer anti-acadêmico

1. Numa atitude oposta à Nota Técnica (NT) anterior lavrada pelo próprio MEC, a Reitoria divulgou intensamente o Parecer 233/2013/CONJUR-MEC/CGU/AGU, alardeando que o ingresso na carreira “exige apenas a diplomação em nível de graduação, não podendo, por conseguinte, ser exigido como seu requisito de entrada a titulação em programas de mestrado e/ou doutorado” (§ 10).

2. Este Parecer é apenas a opinião da Consultoria Jurídica da União junto ao MEC, e não expressa a posição do próprio MEC, a qual, até o presente, está exposta na NT. O conflito entre estes documentos ainda está por ser resolvido. O próprio Parecer afirma que não é a última palavra sobre esta questão, pois remete os autos à CGG/MEC para que forneça “a orientação final sobre o assunto, ou, caso assim entenda, formule consulta junto à SEGEP/MP, que vem a ser o órgão central do referido Sistema.” (§ 34).

3. A polemica deriva das conseqüências de uma das grandes novidades da Lei 12.772, que reformulou nossa carreira, quando ela disciplina o ingresso na mesma através do nível de Auxiliar 1.

4. Como é sabido, há uma associação entre os níveis da carreira e os títulos acadêmicos necessários. Historicamente, para adentrar como auxiliar basta o título de graduação. Isto não é nenhuma novidade.

5. Mas isto é reafirmado insistentemente neste Parecer, o qual, ao chover no molhado sobre este aspecto, induz a concluir que apenas a graduação pode ser exigida para o ingresso na carreira, como o fez a Reitoria da UFSC.

6. Neste aspecto o Parecer deixa escapar uma ambigüidade, chegando a alimentar a posição contrária ao afirmar que não se inibe “que as insti-tuições federais de ensino, valendo-se de sua autonomia, possam elencar tais qualificações (de mestrado e/ou doutorado) como critérios de titulação dos docentes que pretendam ingressar na Carreira do Magistério Superior.” (§ 15, grifo meu).

7. Não há dúvida alguma de que se o ingresso na carreira se faz na classe de Professor Auxiliar, a única exigência de titulação que a Lei pode estabelecer para este ingresso é o diploma de graduação como qualificação mínima para o ingresso. Aqui há uma armadilha, da qual ficou prisionei-ra o Parecer, e que engendra uma política anti-acadêmica e prejudicial à instituição universitária.

8. A Lei, ao definir no seu corpo que o ingresso na carreira é na condição de Auxiliar, ela fica obrigada a possibilitar a admissão de docentes apenas

com graduação, se alguma IFES optar por isto. Ela não pode explicitar simultaneamente que este ingresso tenha como pré-requisito uma titulação que impeça esta opção.

9. Assim, a Lei não exige textualmente títulos de pós-graduação, pois ela não o pode fazer. Mas ela também não explicitou que estes títulos não podem ser requeridos. Ora, não sendo uma carreira federal qualquer, é notória a importância da PG para o magistério superior. Se o espírito da Lei fosse o de vetar a PG como condição para o ingresso na carreira, seria lógico que o fizesse.

10. Para frustração duma estreita lógica linear, como a seguida pelo parecerista, a Lei não afirma o impedimento dos títulos de PG para iniciar a carreira docente. E não o fez porque estivesse coibida de fazê-lo, mas por-que não o quis fazer, pois se trata da Lei que regula a carreira acadêmica.

11. A Lei não veta a exigência de titulação de PG para os concursos de ingresso na carreira, pois a eventual exigência destes títulos não é contraditória à mesma. Esta é a razão de existir na Lei o § 2 do artigo 8, possibilitando às IFES, se for do seu interesse, exigir diplomas de PG. E isto foi afirmado clara e fortemente na NT.

12. Até porque requisitar a qualificação de mestre ou doutor não violenta a condição mínima de ser graduado, uma vez que a pré-condição para obter uma PG é, obviamente, ter uma graduação.

13. Ou seja: a Lei 12.772 não pode falar na necessidade de titulação de PG como requisito de ingresso. Mas, ela também não bloqueia a exigência desta titulação, caso algum Edital o faça. Esta nuance da própria Lei tem gerado toda esta controvérsia. Infelizmente, aquele Parecer optou por uma interpretação estreita e contrária ao elã acadêmico.

14. Mas, o êxtase anti-academicista do parecerista culmina, e assombra, quando interpreta o dispositivo da LDB que prevê que “a preparação para o exercício do magistério superior far-se-á em nível de pós-graduação, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado” (art. 66 da Lei 9.394/96). Ora, se a preparação para o magistério superior se faz na PG, o ingresso nesta carreira deve priorizar estes títulos. Todavia, de forma sumária, o Parecer desdenha esta norma central, fazendo-a letra morta. Como vemos, nesta polêmica o problema não é, nunca foi, jurídico, mas de visão de universidade.

Armando Lisboa*

* Professor do Departamento de Economia

O curso de informática oferecido pela Apufsc aos associados vai abrir novas turmas. Serão formados grupos com no máximo 10 alunos por período.

As duas turmas que frequentam as aulas atualmen-te chegaram na metade do curso, sempre com uma aula de duas horas por semana. “Além do aumento de conhecimento, o ambiente e profundamente agradável entre os participantes”, diz o professor Ronaldo A. Salum, um dos idealizadores e aluno do curso.

As aulas acontecem na sede da Apufsc do campus, às segundas e quintas-feiras. Os interessados em se inscrever devem entrar em contato com o setor de Eventos do Sindicato, pelo telefone (48) 3234-3187 ou e-mail [email protected].

Novas vagas para o curso de informática

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4 Florianópolis, 22 de abril de 2013Jornal da Apufsc

Representantes da Apufsc-Sindical cumprem extensa agenda em Brasília

Representantes da Apufsc-Sindical esti-veram em Brasília entre os dias 10 e 13 de março, onde cumpriram extensa agenda. Na Secretaria de Educação Superior (Sesu) participaram de uma audiência com o secretário Paulo Speller e fizeram uma explanação sobre a origem da Apufsc até a transformação em sindicato independente e autônomo. Uma cópia da Carta Sindical foi entregue a Speller. Com isso, os repre-sentantes defenderam a participação do Sindicato nas negociações que envolvem cargos e salários e em todas as questões que dizem respeito às universidades federais e do magistério superior que passam pela Sesu. O presidente da Apufsc, Marcio Campos, o diretor de Assuntos de Aposentadoria, Milton Muniz e o professor João Carlos dos Santos Fagundes, vão encaminhar ao secretário as contribuições da Apufsc sobre os temas abordados na audiência, princi-

palmente sobre o plano de cargos e salários dos professores das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes).

Ainda na Capital Federal, os represen-tantes da Apufsc estiveram no Movimento dos Servidores Aposentados e Pensionistas (Mosap) para falar sobre a PEC 555, que exclui a contribuição previdenciária de 11% dos proventos dos aposentados. Os integrantes do Mosap disseram que estão animados com a movimentação, mas que a pressão para que a matéria seja incluída na pauta de votação do Congresso Nacional deve continuar. Vale lembrar que, em Santa Catarina, a Apufsc liderou o movimento e todos os deputados federais catarinenses enviaram requerimento com o pedido de inclusão. Na visita à Federação de Sindica-tos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), a Apufsc foi convidada para participar das oficinas sobre

cargos e salários. Marcio Campos esteve, ainda, na As-

sociação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip) para agradecer a cooperação técnica dada pela entidade aos colaboradores da Apufsc, durante visita realizada no mês março. O presidente esteve, também, no escritório do advogado Pedro Lopes Ramos para falar sobre a publicação do acordão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que manteve a sentença que condenou o Andes a retirar de seus atos constitutivos e estatutos a base territorial de Santa Catarina. De acordo com o advogado, mesmo com os recursos possíveis de embargo, para esclarecer pontos obscuros e contradições e o de revista ao TST de Brasília, que tem como objetivo atacar questões de direito relativamente à violação de lei ou divergência, é praticamente impos-sível a reversão da sentença.

Com o objetivo de alcançar uma saudável longevidade, mediante o treina-mento do corpo e espírito, a Apufsc vai implantar o projeto piloto “Saúde Física, Mental e Espiritual”, através da arte mile-nar Qi Gong ou Chi Kung. O curso será desenvolvido uma vez por semana, com duração de uma hora e quinze minutos, no período de três meses, com início programado para o dia 23 de abril, na “Sala do Corpo”, no CED. Os interessados em participar devem entrar em contato com Henrique Machado, no telefone (48) 3721-9425 ou 3234-3187 ou pelo e-mail: [email protected], para mais infor-mações e inscrições.

Qi Gong ou Chi Kung apresenta um trabalho corporal e mental para manter a saúde ou abreviar o tempo de recupera-ção nas enfermidades e envelhecer mais lentamente e com saúde. Alia posturas corretas à respiração e à concentração, melhora o fluxo da Energia Vital. Com isso, o sistema imunológico é fortalecido de maneira geral; a vitalidade e alegria se tornam reais; e une o aprimoramento corporal à leveza do espírito. As aulas serão ministradas pela professora Teresa Adada Sell.

A assessoria jurídica Apufsc dará início à execução dos Quintos. A ação, ajuizada em dezembro de 2006, obteve o reconhecimento do direito dos pro-fessores à incorporação e atualização das frações de quintos decorrentes do exercício de funções comissionadas no período de abril de 1998 a setembro de 2001, com o pagamento das respectivas diferenças remuneratórias, acrescidas de juros e correção monetária.

Após o trânsito em julgado da ação, os advogados até então atuantes no pro-cesso deram início ao cumprimento da chamada obrigação de fazer, que con-siste na incorporação em folha, para o futuro, das frações de quintos devidas.

Agora, o setor jurídico irá verificar se a incorporação foi corretamente cum-prida pela UFSC e dar início à execução dos valores atrasados.

A atual assessoria já foi substabeleci-da no processo e imediatamente reali-zou a carga dos autos da ação principal, para que o Setor de Execuções verifique o exato conteúdo da decisão transitada em julgado e com isso possa estabele-cer os limites e critérios da execução (período executado, juros, correção monetária, etc.). O Sindicato já está diligenciando no sentido de apurar as diferenças devidas aos servidores.

As autorizações para a execução serão disponibilizadas em breve.

Sindicato dará início à execução dos Quintos Promoção à saúde física, mental e espiritual

Dentro da política de revitalização da Apufsc, além da capacitação pro-fissional dos colaboradores, as sedes também passam por mudanças. A partir de agora, a sede do campus universitário vai funcionar para eventos, palestras, cursos e documentação, já a unidade do edifício Max & Flora vai abrigar toda a parte operacional. Além dos setores que já funcionam no local, como jurídico,

financeiro e plano de saúde, a secretaria executiva e a imprensa também vão mu-dar para esta sede.

A comunicação entre o Sindicato e os associados também está sendo aprimora-da. Agora, os assuntos de maior interesse da categoria também serão divulgados através de mensagens para os celulares dos professores. Além disso, o site e o boletim estão sendo reformulados.

Sedes do Sindicato passam por mudanças

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5Florianópolis, 22 de abril de 2013Jornal da Apufsc

Metas da Diretoria para 2013 são divulgadasA Assembleia Geral Ordinária da

Apufsc, convocada para o dia 17 de abril, às 14h, no auditório do Sindicato, para a apresentação da prestação de contas do exercício 2012 e o do Plano Anual de Tra-

balho da Diretoria 2013, foi prejudicada por falta quórum. De acordo com o Estatu-to, a AG será instalada com a maioria dos seus associados, em primeira convocação e, 30 minutos após, com presença míni-

ma de 5% dos associados, mas apenas 12 professores compareceram. Mesmo assim, os documentos da Ordem do Dia foram disponibilizados aos associados. Veja abai-xo a programação da Diretoria para 2013:

a) Estabelecer relacionamento com os Sindicatos e Associações dos Professores das Universidades Federais de todo o país, com o objetivo de construir uma pauta de negociação a respeito de plano de cargos e salários para 2015.

b) Estabelecer relacionamento com o MEC/Sesu, Ministério do Trabalho e Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão com o objetivo de construir uma pauta de negociação a respeito de plano de cargos e salários para 2015.

c) Estreitar os laços com o MOSAP e DIAP, com o objetivo de somar forças em prol da defesa dos direitos dos pro-

fessores da UFSC e da UFFS.d) Acompanhar a atividade parla-

mentar no Congresso Nacional com a finalidade de atuar objetivamente oferecendo emendas, etc, em projetos de lei e outros, que digam respeito às IFES e ao Magistério Público Superior/EBTT Federal.

e) Implementar o Movimento Docen-te Independente e Autônomo – MDIA

Trata-se de um movimento sindical aberto, independente nos aspectos ideo-lógico e político-partidário, restringindo sua atuação aos interesses da categoria. Seu objetivo é buscar parcerias de outros

Sindicatos ou Associações de Docentes, com a finalidade de obter melhores condições de trabalho, de salário e da carreira dos professores das Instituições Federais de Ensino.

f) Frente ParlamentarTrata-se de uma Frente Parlamentar,

na Câmara dos Deputados, que conta atualmente com a participação de mais ou menos 240 Deputados Federais. Seu objetivo é apresentar, medidas de interesse das Universidades Públicas Federais.

g) Recuperação Judicial da URP.

a) Manter estreito relacionamento com os Centros de Ensino, Departa-mentos e Coordenadorias. Solicitação de sugestões de demandas de interesse da categoria para posterior encaminha-mento à Reitoria.

b) Implementar a Pauta com a Rei-toria: encaminhar ofício à Reitora so-licitando a representação da Apufsc no CUn e a continuação do Reuni, com os ajustes e reforços necessários ao êxito do projeto na UFSC, entre outros itens a serem futuramente encaminhados.

c) Fortalecer a representação na Universidade da Fronteira Sul - UFFS e nos campi da UFSC - Curitibanos, Araranguá e Joinville;

d) Acolher os professores que ingres-sam no magistério, com medidas práticas de inclusão, como esclarecimentos, orien-tações, etc. Distribuição do kit filiação.

e) Reativar os Grupos de Trabalho (GTs), principalmente de Política Sin-dical, Carreira e Jurídico;

f) Convidar os professores recém--contratados da UFSC e da UFFS para participarem dos grupos de trabalho, como por exemplo, assédio moral, es-

tágio probatório, FUNPRESP, carreira, progressão funcional, moradia e condi-ções de trabalho.

g) Fazer campanha de filiação e reca-dastramento com o objetivo de fortale-cer a Apufsc-Sindical.

h) Recuperar os registros e montar um Grupo de Trabalho para trabalhar a ques-tão da promoção de saúde e, negociar, em condições vantajosas, o plano de saúde dos Professores associados à Apufsc.

i) Fortalecer o Conselho de Repre-sentantes (CR) para sua efetiva parti-cipação/contribuição nas decisões de interesse da categoria.

j) Atuar intensivamente no atendimen-to jurídico, como por exemplo: oferecer orientação segura e esclarecedora sobre a aposentadoria; informar com clareza, eficiência, agilidade e objetividade sobre a situação das ações em andamento ou em vias de proposição; atender com solicitu-de às consultas dos associados.

k) Estudar a viabilidade de convênios com prestadores de serviços que tragam benefícios concretos aos associados.

l) Estimular atividades sociais, cultu-rais e científicas.

m) Manter clareza e transparência nas Prestações de Contas.

n) Apoiar as iniciativas de defesa do HU, especialmente em sintonia com a associação Amigos do HU.

o) Profissionalizar a gestão da Apufsc com a capacitação dos funcionários, recuperação e digitalização de arquivos, estabelecimento de procedimentos, criação de plano de cargos e salários e fortalecimento da missão do Sindicato.

p) Atuar fortemente na extinção da con-tribuição previdenciária dos aposentados.

q) Revitalização do site e do Boletim.r) Revitalizar a sede do campus/UFSC

para aumentar a visita e a participação dos professores nos eventos programa-dos pelo Sindicato.

s) Melhorar o sistema de TI do Sindicatot) Consolidar as bases sindicais com

estruturas físicas e materiais para que os campi de Curitibanos, Araranguá e Joinville e da UFFS possam funcionar de fato como Sindicato.

u) Pesquisa junto aos professores sobre o atendimento jurídico da Apufsc.

v) Realização do Congresso dos Pro-fessores em setembro de 2013.

Local

Nacional

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6 Florianópolis, 22 de abril de 2013Jornal da Apufsc

OpiniãO

Em defesa do curso de Relações Internacionais do CSE/UFSC – parte I

O Curso de Relações Internacionais foi criado dentro do Depar-tamento de Economia e Relações Internacionais no contexto do Pro-jeto REUNI, tendo começado formalmente suas atividades em 2009. Contou também com o apoio, frise-se, de outros departamentos da UFSC (História, Direito, Sociologia e Ciência Política, Estatística e Informática e Ciência da Informação). E tal colaboração ainda per-siste, efetivamente comprometida com a qualidade do referido curso. Desde sua criação, tem sido o curso mais demandado do CSE nos vestibulares, e tem estado sempre entre os mais procurados da UFSC (relação candidato/vaga geral de 12,79 no vestibular 2013).

O curso tem trazido muita visibilidade para a instituição, prin-cipalmente devido à atuação positiva e a participação entusiasmada dos nossos estudantes (como já expusemos) em várias atividades, como a Semana de Direitos Humanos, a Semana de Relações Inter-nacionais, a Simulação de Ensino Médio (SIEM), entre outras. Além disso, nossos estudantes participam de grupos de estudo e pesquisa em funcionamento no curso, fazem intercâmbio no exterior (o que é uma característica importante para a futura atuação profissional) e já estão estagiando em muitas organizações públicas e privadas, tanto no Brasil quan-to no exterior. Nossos formandos já foram aprovados em processo de seleção de mes-trado e alguns já estão profissionalmente encaminhados em instituições externas à vida universitária.

Apesar de ser um caso de sucesso, o Cur-so de Relações Internacionais possui várias demandas (explicitadas no Projeto Político Pedagógico do Curso, que foi aprovado pela administração central da UFSC quando de sua criação) ainda não atendidas, que não serão aqui mencionadas.

Aqui, queremos registrar que a UFSC recebeu 150 vagas REUNI no segundo semestre de 2012 e a PROGRAD, por motivos ainda não claramente justificados e também não manifestados por escrito, sim-plesmente desconsiderou as necessidades do nosso curso. Em outras palavras, o Curso de Relações Internacionais (quer dizer, o Depar-tamento CNM – Economia e Relações Internacionais, principal res-ponsável pelas disciplinas do curso) foi prejudicado na distribuição dessas vagas, apesar de o Departamento de História ter sido con-templado com 01 vaga (para História das Relações Internacionais), atendendo o que já foi firmado, diga-se de passagem, pela Chefia do Departamento CNM e pela Coordenação do Curso de RI.

Assim, queremos mais uma vez enfatizar a lamentável situação, recentemente criada, quando esse Curso REUNI não teve nenhuma vaga destinada de concurso para atender disciplinas código CNM, do Departamento De Economia e Relações Internacionais, que é o principal responsável pela oferta de disciplinas do curso. Embora tenhamos prévia e detalhadamente apresentado e justificado as de-mandas de contratação docente, específicas para a área de Relações Internacionais, a administração central da UFSC (através da PRO-GRAD) simplesmente ignorou-as completamente, sequer se manifes-tando por escrito a respeito das mesmas.

A PROGRAD, na verdade, inventou novos critérios que preju-

dicaram o curso. Como um Departamento que aderiu ao REUNI, ao criar um curso de alto nível, foi excluído da distribuição de va-gas REUNI? Isso, por acaso, ocorreu com outros cursos REUNI? A PROGRAD argumentou que fomos contemplados, ao ser dada uma vaga para o Departamento de História (que é responsável por 08 horas aula no curso) e uma vaga para o Departamento de Ciência da Informação (responsável por 02 horas aula no curso). Ora, sobre a vaga da História, não há nenhum problema. Pelo contrário, está documentado que tanto a chefia do CNM quanto a coordenação já se manifestaram, mais de uma vez, sobre a justeza desse pleito, como já exposto acima. A questão de fundo é que o CNM, repito, princi-pal responsável pela carga horária do curso, não recebeu nenhuma vaga. E isso a despeito da necessidade de contratação de mais do-centes com formação específica em relações internacionais, também devidamente documentada e até hoje, infelizmente, não reconhecida formalmente pela atual administração central da UFSC. É lamentá-vel a falta de empenho e o silêncio em cumprir o que está acordado, quando da criação do curso, entre o Departamento de Economia e

Relações Internacionais e as instâncias superiores da UFSC. Em outras palavras, o pactuado não está sendo cumprido pela administração central da UFSC, sem nenhuma justificativa formal.

É preciso dizer com todas as letras: O CSE, o Departamento de Economia e Relações Interna-cionais e, portanto, o Curso de RI, foram sim-plesmente alijados da distribuição dessas vagas REUNI! O Curso de Relações Internacionais foi nitidamente prejudicado pela atual gestão na dis-tribuição de vagas de concurso REUNI, pois não recebeu nenhuma vaga para contratação de do-

centes da área de ciência política e relações internacionais. Assim, a atual administração da UFSC está desconsiderando, na prática, o pactuado entre o Departamento de Economia e Relações Internacio-nais e a UFSC, quando da criação do referido curso. Por que será?

Tanto a Reitoria quanto a PROGRAD foram comunicadas da situação: para a manutenção do padrão de qualidade que estamos construindo no curso, são necessários os 04 concursos para o CNM (e que estão descritos no Projeto Pedagógico aprovado pela própria ad-ministração central da UFSC!), para atender adequadamente várias disciplinas nas quais é necessária uma formação específica dos do-centes, no campo das Relações Internacionais. Desafortunadamente, até hoje não recebemos nenhuma manifestação formal da adminis-tração central da UFSC a respeito do que já solicitamos. A única res-posta é o silêncio, por razões ainda desconhecidas, em relação a um curso que está dando bons frutos antes mesmo de formar a primeira turma. Seria o silêncio uma expressão simplesmente do descaso ou de outras motivações que não podem ser reveladas?

A ausência de respostas, infelizmente, faz com que pensemos que o Curso de Relações Internacionais é vítima de um ataque delibe-rado à qualidade do curso, por conta de uma política deliberada de rebaixamento do padrão de excelência que estamos tentando cons-truir no CSE. É óbvio que é necessário ajudar os departamentos e cursos REUNI e não-REUNI com dificuldade na nossa universidade

Helton Ricardo Ouriques*

Seria o silêncio uma expressão

simplesmente do descaso ou de outras motivações que não

podem ser reveladas?

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7Florianópolis, 22 de abril de 2013Jornal da Apufsc

(e parece que a administração central está fazendo isso através de algo que alguém da PROGRAD chamou de “déficit histórico”, isto é, vagas distribuídas para atender cursos com falta histórica de profes-sores). Mas fazer isso às expensas de um curso que está funcionando bem (e que pode e deve melhorar muito ainda!) é não apenas preju-dicar esse curso, o Departamento CNM e o CSE. É rebaixar o padrão UFSC de qualidade. Talvez esse padrão de qualidade seja o que, no fundo, incomode alguns dos gestores de ocasião, mais preocupados, parece, com questiúnculas ideológicas do que com a excelência no ensino. Ora, dado o silêncio sepulcral ainda existente, levanto a hi-pótese de que alguns adversários históricos do REUNI, que estão na administração central, tenham escolhido um bode expiatório para sua mesquinhez política. E assim prejudicam o Departamento de Economia e Relações Internacionais, evidenciando uma indisposi-ção, sabe-se lá por quais motivos, contra o Centro Sócio-Econômico e nosso departamento, em particular. É isso que chamam de “gestão republicana” e “tratamento isonômico”?

É preciso, contudo, reconhecer o esforço da atual gestão em pro-

mover uma “inovação”, pois com menos de um ano à frente da UFSC, conseguiu produzir um novo sentido para a palavra “seques-tro”. Conhecemos sequestro de bens, de pessoas e de animais. Agora temos o sequestro de vagas de concurso REUNI. Porque é disso que se trata: sequestraram as vagas legítimas, pactuadas, do Departamento de Economia e Relações Internacionais.

OBSERVAÇÃO: em 26.02.2013, em reunião do Conselho Uni-versitário, entreguei Requerimento à Magnífica Reitora solicitando respostas formais, isto é, por escrito, a respeito do não recebimento das vagas aqui mencionadas. Até a data de hoje, isto é, 12.03.2013, pelo que apurei no CNM, não nos foi enviada nenhuma resposta. Desde o ano passado esperamos por respostas formais aos memoran-dos enviados para a PROGRAD e Gabinete da Reitoria. Desde o ano passado impera a lei do silêncio. Esperemos a escolha do novo Papa, para ver se algo acontece...

* Professor do Departamento de Economia e Relações Internacionais

OpiniãO

Ciência sem bandeiraQuando este autor visitou a Universidade de Aachen, na Alema-

nha, em 1981, percebeu que, a exemplo de outros bons laboratórios do mundo ocidental de então, os de lá hospedavam número im-pressionante de estudantes de doutorado asiáticos. Era o início das reformas da educação na Coreia do Sul, Taiwan, Tailândia e outros países da região.

Em 2003, o Brasil detinha cerca de 1,4% das patentes internacio-nais. Presentemente, não detém mais que 1%. Entretanto, o volume de publicações indexadas cresceu vigorosamente em uma década, demonstrando que, de um lado, a comunidade científica foi capaz de responder aos incentivos públicos e, de outro, que nossos pesquisadores contribuíram essencialmente para revigorar a cadeia de inovação, entretanto, em benefício dos países centrais da ciência e tecnologia.

A carência de professores com doutorado no Brasil (título mínimo exigido para início de carreira docente, mesmo nos países emergen-tes) é aguda e crescente. A propósito, os editais de concursos públicos para provimento de vagas de professores das novas e improvisadas instituições federais de ensino superior (iniciativa açodada e sem planejamento do governo federal) tiveram que rebaixar o nível de exigência dos candidatos, aceitando mestres e até mesmo graduados.

Voltamos, pois, aos idos da década de 70, quando as universidades públicas absorveram o que hoje se exibe de mais desqualificado no ex-trato acadêmico: professores sem sequer o mestrado. O governo federal optou, porém, pela exibição de grandes números, até mesmo nas ações dos ministério da Educação (MEC) e da Ciência e Tecnologia (MCT).

A propósito, o programa Ciência sem Fronteiras é um exemplo de iniciativa que, para a comunidade científica, tem muito de publicidade e propaganda e pouco de objetividade e coerência.

Das 21.418 bolsas já implementadas, conforme o site oficial do programa, tão somente 654 foram destinadas ao doutorado pleno, 3.141 ao doutorado-sanduíche e 1.940 ao pós-doutorado (que não é e

não deve ser um expediente de formação acadêmica). Por conseguinte, apenas 26% das bolsas contribuem para a formação de pesquisadores academicamente credenciados.

Por outro lado, apenas cerca de 8% das bolsas do CNPq e Capes resultam em teses de doutorado. Estamos formando um país de mestres subsidiados, a despeito de esse título não mais ser reconhecido como atributo acadêmico, até mesmo em países emergentes. É o desperdício oficializado do dinheiro público.

O custoso Ciência sem Fronteiras, de R$ 3,2 bilhões, fomentado com recursos desviados de fundo destinado à pesquisa do MCT, agrega a nociva consequência de subtrair dos laboratórios ainda subsistentes no país seus melhores bolsistas de graduação, à revelia de seus pesquisadores.

No âmbito desse autoritário programa, ao mesmo tempo em que as universidades estrangeiras (a maior parte delas de qualidade discutível) beneficiam-se de alunos de graduação subsidiados, os mesmos retornam, já desarticulados dos laboratórios e mais suscetí-veis a dispersão, uma vez que é crescente o número de empresas que os contratam, mesmo antes de completarem o curso de graduação.

Os países que efetivamente reformaram a educação e que des-pontam como competidores do mundo global de ciência e tecnologia foram aqueles que, racionalmente, utilizaram seus limitados recursos para formar prioritariamente seus cientistas.

No momento em que as universidades brasileiras, à exceção de três instituições paulistas, estão excluídas do grupo das 400 melhores do planeta, o governo federal deveria destinar os recursos públicos, prioritariamente, para empreender um programa planejado de for-mação de doutores qualificados, o que seria um bom começo para reduzir o atraso.

Sergio Colle*

* Professor do Departamento de Engenharia Mecânica

O professor Marco Aurélio da Silva, que assina o artigo “A década distributiva e as cotas”, publicado na edição anterior, leciona no Departamento de Geografia e não na Engenharia Mecânica, como publicamos.

ERRATA

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8 Florianópolis, 22 de abril de 2013Jornal da Apufsc

Publicação quinzenal do Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc-Sindical)

DIRETORIA GESTÃO 2012/2014

PRODUÇÃOJornalista Responsável Clodoaldo Volpato (SC - 2028 JP)

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CONSELHO FISCAL 2011/2013Titulares Ernesto Fernando Rodrigues Vicente Crenilde Rodrigues Campelli Luiz Henrique Westphal

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Balancete do 4º trimestre de 2012APUFSC-SINDICAL SINDICATO DOS PROFESSORES DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS DE SANTA CATARINA CNPJ: 83.051.920/0001-66Período: 01/10/2012 - 31/12/2012

BALANCETE

Código12343132574085861626686878889110116378418117126127167168169170370133134135136145157420421

Classificação11.11.1.11.1.1.11.1.21.1.2.11.2.11.2.1.11.31.3.21.3.2.11.3.2.222.12.1.12.1.1.12.1.1.22.22.2.12.2.2.12.42.4.32.4.3.133.13.1.13.1.1.13.1.1.544.14.1.14.1.1.14.1.1.24.1.1.54.1.24.1.2.1

Descrição da conta ATIVO

ATIVO CIRCULANTEDISPONIBILIDADES

NUMERÁRIOSREALIZÁVEL

DIREITOS A REALIZARDIREITOS E CRÉDITOS A REALIZAR

INVESTIMENTO TEMPORÁRIO A LONGO PRAZOATIVO PERMANENTE

IMOBILIZADOBENS IMÓVEISBENS MÓVEIS

PASSIVOPASSIVO CIRCULANTE

OBRIGAÇÕES DE CURTO PRAZOOBRIGAÇÕES OPERACIONAISOBRIGAÇÕES PROVISIONADAS

PASSIVO EXIGÍVEL LONGO PRAZOTRIBUTOS EM ESTUDO

OBRIGAÇÕES DIVERSASPATRIMONIO SOCIAL

SUPERAVIT/DEFICIT ACUMULADOSUPERAVIT ACUMULADO

DESPESASDESPESAS

DESPESAS CORRENTESDESPESAS CORRENTESDESPESAS INDEDUTIVEIS

RECEITASRECEITAS

RECEITASRECEITAS CORRENTESRECEITAS PATRIMONIAISOUTRAS RECEITAS

RECEITA NÃO OPERACIONAISRECEITAS DE VENDA DE ATIVO NÃO CIRCULANT

Saldo Anterior8.440.605,92d6.416.442,50d5.357.644,70d5.357.644,70d1.058.602,80d1.058.602,80d

195,00d195,00d

2.024.163,42d2.024.163,42d1.517.644,64d

506.518,78d7.884.542,70c

583.788,22c583.788,22c513.009,23c70.778,99c

613.819,42c613.819,42c574.626,52c

6.686.935,06c6.686.935,06c6.686.935,06c1.139.575,11d1.139.575,11d1.139.575,11d1.139.544,02d

31,09d1.695.638,33c1.695.638,33c1.506.760,94c1.216.068,03c

285.881,80c4.811,11c

188.877,39c188.877,39c

Débito5.354.748,40 4.786.958,732.948.029,862.948.029,861.838.928,871.838.928,87

0,000,00

567.789,67567.789,67527.000,0040.789,67

1.783.540,701.740.005,201.740.005,201.687.730,21

52.274,9939.312,0639.312,06

0,004.223,444.223,444.223,44

617.849,32617.849,32617.849,32617.849,32

0,0034.020,2434.020,2434.020,24

0,0034.020,24

0,000,000,00

Crédito5.414.735,015.385.935,803.486.401,283.486.401,281.899.534,521.899.534,52

0,000,00

28.799,2128.799,2117.337,8711.461,34

1.819.464,101.702.532,621.702.532,621.666.337,87

36.194,75115.899,58115.899,58115.780,42

1.031,901.031,901.031,90

42.340,4242.340,4242.340,4242.340,42

0,00513.619,13513.619,13513.619,13424.584,9883.385,605.648,55

0,000,00

Saldo Atual8.380.619,31d5.817.465,43d4.819.273,28d4.819.273,28d

997.997,15d997.997,15d

195,00d195,00d

2.563.153,88d2.563.153,88d2.027.306,77d

535.847,11d7.920.466,10c

546.315,64c546.315,64c491.616,89c54.698,75c

690.406,94c690.406,94c690.406,94c

6.683.743,52c6.683.743,52c6.683.743,52c1.715.084,01d1.715.084,01d1.715.084,01d1.715.052,92d

31,09d2.175.237,22c2.175.237,22c1.986.359,83c1.640.653,01c

335.247,16c10.459,66c

188.877,39c188.877,39c

Marcio CamposPresidente

Leonardo Rosa de MenezesContador

Reg. no CRC - SC N° SC029871/O-1

Aprovado pelo Conselho FiscalGestão 2011/2013