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ANO V • EDIÇÃO 99 • 22 DE SETEMBRO DE 2014 JORNAL DO Agora é Estado de Greve, com atos e Apagão dia 24 GREVE SUSPENSA Reunidos em assembleia no ato da Justiça Federal, servidores votaram, por unanimidade, pelo Estado de Greve e por atividades para manter a categoria mobilizada Janaina Rochido Após debaterem os efeitos da mobilização em Minas Gerais e avaliarem como conduzir o mo- vimento pela aprovação da repo- sição salarial (PL 7920/2014), servidores do Judiciário Federal deliberaram pela suspensão da gre- ve da categoria e adoção do Estado de Greve, com calendário de ativi- dades para esta semana, incluindo um Apagão no dia 24 (veja quadro ao lado). A decisão foi tomada em ato público e assembleia realiza- dos em frente à Justiça Federal, em Belo Horizonte, no dia 17 de setembro. Ao fim de votações praticamen- te unânimes, os servidores delibe- raram por, além do estado de greve, um calendário de atividades para a próxima semana. Ainda, segun- do o coordenador Igor Yagelovic, o SITEMG vai promover uma campanha de comunicação para mostrar à sociedade como o suca- teamento do Judiciário promovido pelo governo federal afeta a vida das pessoas – a proposta também foi votada pelos servidores presen- tes ao ato. Mais detalhes da greve e mo- bilização dos servidores mineiros, em Minas e em Brasília nas pági- nas 3 a 7. DE OLHO NA MOBILIZAÇÃO: 22/09, segunda-feira, 13h: Assembleia setorial na Justiça Federal (Avenida Álvares Cabral, 1.805, 2º andar (auditó- rio), Santo Agostinho, BH); 23/09, terça-feira, 13h: Assembleia setorial no TRT (Rua Mato Grosso, 468, Barro Preto, BH); 24/09, quarta-feira: Apagão (paralisação de 24 horas), em todo o estado. Ato público e Assembleia Geral Extraordinária, das 12h30 às 14h30, em frente ao prédio dos Cartórios Eleitorais (Avenida do Contorno, 7038, Lourdes, BH), para deliberar sobre o calendário de atividades de mobilização para a semana seguinte; 25/09, quinta-feira, 13h: Assembleia setorial no TRE (Av. Prudente de Morais, 100, Cidade Jardim, BH) . Estágio probatório e a GREVE O SITEMG, através do seu setor jurídico, informa a to- dos os servidores do Judiciário Federal, filiados ou não, que aquele que se encontra em estágio probatório, possui os mesmos direitos constitucio- nalmente garantidos ao servi- dor efetivo. Dessa forma, o servidor em estágio probatório pode sim fazer greve. “Mais do que isso, é um direito, e o seu uso não pode ser retaliado pela admi- nistração”, afirma o setor jurí- dico do Sindicato. Confira, abaixo, trecho da cartilha de greve da Fenajufe (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União), que trata o assunto, e, para visualização completa da cartilha de greve, acesse o link: http://issuu.com/sitraemg/ docs/cartilha_greve 10. O Servidor em estágio probatório pode fazer greve? SIM. Mesmo sem estar efeti- vado, o servidor em estágio pro- batório tem todos os direitos dos demais. Portanto, pode exercer o direito constitucional de greve. O estágio probatório é meio de avaliar a aptidão para o cargo e o serviço público. A avaliação deve ser feita por cri- térios objetivos. A participação em greve não representa falta de habilitação para a função pú- blica nem inassiduidade. Não pode prejudicar a avaliação. O servidor em estágio probatório não pode ser penalizado pelo exercício de seu direito consti- tucional de greve. Retirado da cartilha de greve, página 11. Em Minas: veja uma retrospectiva e fotos da greve que ganhou capital e interior Páginas 6 e 7 Em Brasília: toda pressão sobre o Palácio do Planalto e o STF pela revisão salarial – SITRAEMG esteve presente Páginas 4 e 5 Em Brasília: coordenadores do SITRAEMG reúnem-se com as administrações do STF e TST Página 9

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ANO V • EDIÇÃO 99 • 22 DE SETEMBRO DE 2014

jornal do

Agora é Estado de Greve, com atos e Apagão dia 24

GREVE SUSPENSA

Reunidos em assembleia no ato da Justiça Federal, servidores votaram, por unanimidade, pelo Estado de Greve e por atividades para manter a categoria mobilizada

Jana

ina

Ro

chi

do

Após debaterem os efeitos da mobilização em Minas Gerais e avaliarem como conduzir o mo-vimento pela aprovação da repo-sição salarial (PL 7920/2014), servidores do Judiciário Federal deliberaram pela suspensão da gre-ve da categoria e adoção do Estado de Greve, com calendário de ativi-dades para esta semana, incluindo um Apagão no dia 24 (veja quadro ao lado). A decisão foi tomada em ato público e assembleia realiza-dos em frente à Justiça Federal, em Belo Horizonte, no dia 17 de setembro.

Ao fim de votações praticamen-

te unânimes, os servidores delibe-raram por, além do estado de greve, um calendário de atividades para a próxima semana. Ainda, segun-do o coordenador Igor Yagelovic, o SITRAEMG vai promover uma campanha de comunicação para mostrar à sociedade como o suca-teamento do Judiciário promovido pelo governo federal afeta a vida das pessoas – a proposta também foi votada pelos servidores presen-tes ao ato.

Mais detalhes da greve e mo-bilização dos servidores mineiros, em Minas e em Brasília nas pági-nas 3 a 7.

DE OLHO NA MOBILIZAÇÃO:22/09, segunda-feira, 13h: Assembleia setorial na Justiça Federal (Avenida Álvares Cabral, 1.805, 2º andar (auditó-rio), Santo Agostinho, BH);

23/09, terça-feira, 13h: Assembleia setorial no TRT (Rua Mato Grosso, 468, Barro Preto, BH);

24/09, quarta-feira: Apagão (paralisação de 24 horas), em todo o estado. Ato público e Assembleia Geral Extraordinária, das 12h30 às 14h30, em frente ao prédio dos Cartórios Eleitorais (Avenida do Contorno, 7038, Lourdes, BH), para deliberar sobre o calendário de atividades de mobilização para a semana seguinte;

25/09, quinta-feira, 13h: Assembleia setorial no TRE (Av. Prudente de Morais, 100, Cidade Jardim, BH) .

Estágio probatório e a GREVE

O SITRAEMG, através do seu setor jurídico, informa a to-dos os servidores do Judiciário Federal, filiados ou não, que aquele que se encontra em estágio probatório, possui os mesmos direitos constitucio-nalmente garantidos ao servi-dor efetivo.

Dessa forma, o servidor em estágio probatório pode sim fazer greve. “Mais do que isso, é um direito, e o seu uso não pode ser retaliado pela admi-nistração”, afirma o setor jurí-dico do Sindicato.

Confira, abaixo, trecho da cartilha de greve da Fenajufe (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União), que trata o assunto, e, para visualização completa da cartilha de greve, acesse o link: http://issuu.com/sitraemg/docs/cartilha_greve

10. O Servidor em estágio probatório pode fazer greve?

SIM. Mesmo sem estar efeti-vado, o servidor em estágio pro-batório tem todos os direitos dos demais. Portanto, pode exercer o direito constitucional de greve.

O estágio probatório é meio de avaliar a aptidão para o cargo e o serviço público. A avaliação deve ser feita por cri-térios objetivos. A participação em greve não representa falta de habilitação para a função pú-blica nem inassiduidade. Não pode prejudicar a avaliação. O servidor em estágio probatório não pode ser penalizado pelo exercício de seu direito consti-tucional de greve. Retirado da cartilha de greve, página 11.

Em Minas: veja uma

retrospectiva e fotos da greve que ganhou

capital e interior

Páginas 6 e 7

Em Brasília: toda pressão

sobre o Palácio do Planalto

e o STF pela revisão salarial – SITRAEMG

esteve presente

Páginas 4 e 5

Em Brasília: coordenadores do SITRAEMG

reúnem-se com as administrações

do STF e TST

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2 Jornal do

Î EDITORIAL

Î Expediente

Financiamento privado de campanha: é justo?

Que a corrupção está espalhada pela política brasileira todo mundo já sabe. Porém, somente agora está fi-cando claro para a sociedade qual é a origem dessa prática. Tudo começa com a permissão do financiamento das empresas às campanhas eleitorais. Só quem amealha muito dinheiro conse-gue se eleger para os grandes cargos. E, financiando todos os tipos de candida-tos e partidos, essas empresas contro-lam os poderes Legislativo e Executivo, beneficiando-se ilicitamente de contra-tos superfaturados e licitações fraudu-lentas. Os lucros são milionários para empresas e candidatos, estes pagos com o dinheiro da população, retirado dos cofres públicos. E o pior: no final do mandato, com o lucro exorbitante, as empre-sas voltam a financiar mais candidatos cor-ruptos e corruptores. E o ciclo se perpetua...

A verdade é que financiar campanhas eleitorais tornou-se investimento, e dos mais lucrativos, para os grandes gru-pos econômicos do país. Os índices de retorno são exorbitantes, ultrapas-sando facilmente a casa dos 850% de lucro obtido durante os quatro anos de mandato. Sites nacionais e pesquisas internacionais demonstram estatistica-mente como a corrupção se mantém no Brasil. A pergunta que resta é: até quando?

O Supremo Tribunal Federal já vo-tou por proibir doações de empresas a campanhas eleitorais, em processo de votação em curso que apresenta um placar de 6 votos a 1, contra o financia-mento privado, em julgamento de uma ADI proposta pela OAB Nacional. Ainda não foi batido o martelo porque o ministro Gilmar Mendes, sempre fa-

vorável ao empresariado, pediu “vistas” do processo, impedindo que sua vota-ção continue, sem data para ser retoma-do. De qualquer forma, faltam apenas quatro votos para o “placar final”.

Paralelamente, o Senado também aprovou o PLS 60/12, que veda doação de empresas ou pessoas jurídicas. Para ser validado, ele ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados e sancio-nado pelo(a) presidente da República. Enquanto isso, mantêm-se os padrões bilionários de financiamento privado.

A propósito, tramita na Câmara dos Deputados o PL 4330/2004, do mega-empresário e deputado federal Sandro Mabel (PMDB/GO), chamado por alguns sindicalistas de “projeto de pre-

carização da dignida-de humana”. O projeto representa um retro-cesso na legislação tra-balhista. Felizmente, juízes e ministros do Trabalho já se posicio-naram contrários a sua aprovação.

O ministro do TST Maurício Godinho afirmou, em sessão da Comissão Geral sobre o PL 4330/04, que seus efeitos “são avassa-ladores” para as conquistas trabalhistas. Ainda segundo o ministro, se aprovado, o projeto poderá rebaixar em cerca de 20% a 30% o valor do salário do traba-lhador. As estatísticas estão aí, e pro-vam que terceirizados trabalham mais, ganham menos, se acidentam mais. Além disso, a rotatividade no emprego é maior e cai o índice de sindicalização, em consequência da dificuldade que a tercerização cria para a organização da classe trabalhadora. Por fim, não é de-mais lembrar um provérbio popular: “Quem paga a banda, escolhe a músi-ca.”

SITRAEMG - Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal no Estado de Minas Gerais

Rua Euclides da Cunha, 14 - Prado - Belo Horizonte - Minas Gerais - 30411-170(31) 4501-1500 ou 0800.283.4302www.sitraemg.org.br - @SITRAEMG

DIRETORIA ExEcuTIvAcOORDEnADORES GERAIS

Alan da Costa Macedo, Alexandre Magnus Melo Martins e lgor Yagelovic

cOORDEnADORES DE FInAnçASCélio lzidoro Rosa e João Baptista Sellera

Bárbaro

cOORDEnADORES ExEcuTIvOS Daniel de Oliveira, Etur Zehuri, Evandro

Antônio da Silva, Geraldo Correia da Cruz, Nilson Jorge de Moraes e Vilma

Oliveira Lourenço

cOORDEnADORES REGIOnAISDinali Savis de Souza, Dirceu José dos

Santos, Henrique Olegário Pacheco, Lindolfo Alves de Carvalho Neto, Mário

Alves e Sandro Luis Pacheco

EDIçãO E REPORTAGEnSGenerosa Gonçalves - Mtb 13265

Gil Carlos Dias - Mtb 01759Janaina Rochido - Mtb 13878

PROJETO GRáFIcO/DIAGRAMAçãOFlávio Faustino

IMPRESSãOGráfica Silva Lara Ltda

TIRAGEM5.050 exemplares

ESPEcIFIcAçõESPapel Off-set 90g

“Os índices de retorno (para as empresas finan-ciadoras) ultrapassam a casa dos 850% de lucro durante os quatro anos

de mandato”

Aproveite as oportunidades que o SITRAEMG oferece a você! Para firmar um convênio com o Sindicato, ligue (31) 4501-1500 ou 0800-283-

4302 e fale com o setor de convênios.

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Î nOvOS cOnvÊnIOS

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3Jornal do

Administração do TRE garante que servidores grevistas não sofrerão retaliações

REUNIõES NO TRE E TRT

“Greve é direito constitucional do servidor”, diz o presidente do Tribunal Regional Eleitoral

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Nas últimas semanas, o SITRAEMG se reuniu várias vezes com a administração do TRE-MG para tratar da greve do Judiciário Federal em Minas, que estava pres-tes a ser deflagrada – o que acabou acontecendo, a partir de 08/09, sendo suspensa a partir de 17/09, pela aprovação da revisão salarial da categoria e de outros assuntos de interesse dos servidores da Justiça Eleitoral. As reuniões acontece-ram nos dias 26 e 27/08, e 5/9, e o SITRAEMG esteve representa-do pelos coordenadores Alexandre Magnus, Igor Yagelovic, Vilma Oliveira Lourenço e Sandro Luis Pacheco, juntamente com o advoga-do Daniel Hilário e a servidora da Casa Jaqueline Feital.

Nos encontros, o SITRAEMG falou sobre a preocupação de mui-tos servidores em aderir à greve e sofrerem retaliação, como ocorreu em 2011, quando a administração do Tribunal da época determinou o corte de ponto de todos os que participaram do movimento pare-dista. Diretor-geral e presidente do Tribunal, Adriano Denardi Júnior e desembargador Geraldo Augusto Almeida, respectivamente, tranqui-lizaram os sindicalistas, dizendo que a greve é um direito constitu-cional do trabalhador e garantiu que “não haverá retaliação por parte da Administração quanto aos que ade-rirem ao movimento”. Destacaram, contudo, que as horas paradas terão que ser repostas ou descontadas no

banco de horas e que os grevistas estarão impedidos de realizar ser-viço extraordinário enquanto esti-verem participando do movimento.

Sobre a reposição de horas, o coordenador sindical Igor Yagelovic pediu a Denardi que jogue para o ano que vem, com o retorno da jor-nada de 6 horas, uma vez que este ano os servidores já estão cumprin-do uma carga horária bem maior. O diretor do TRE avaliou como posi-tiva a sugestão.

Outro assunto tratado na reu-nião do dia 5/9 foi sobre o horá-rio de funcionamento do setor de Protocolo do Tribunal. A Portaria 297/2014 define que, em anos elei-torais, no período de 1º de julho a 19 de dezembro, o atendimento ao

público externo deve ocorrer das 9h às 19h na Secretaria. Sendo assim, dividido em dois turnos, os servi-dores avaliam que o horário do pri-meiro torna-se inadequado por en-cerrar às 15h. O SITRAEMG pediu ao Tribunal a liberação para aqueles servidores que necessitam e podem chegar às 7h da manhã, realizando serviço interno até a abertura do balcão, ou seja, às 9h, cumprindo seu horário de trabalho até as 13h. Denardi informou que os servidores interessados em chegar mais cedo podem negociar com suas chefias, flexibilizando seus horários, desde que se torne viável para o Tribunal, sem deixar o balcão vazio.

No TRT, SITRAEMG busca retorno de pleitos enviados em agosto

No dia 21 de agosto, o coor-denador geral do SITRAEMG Alexandre Magnus se reuniu com o diretor-geral do TRT para conversar sobre pleitos dos ser-vidores levados ao Tribunal no início daquele mês. Veja, a se-guir, o que foi conversado duran-te o encontro.

Concurso de remoção inter-no: Diante da decisão do TRT de realizar novo concurso público externo, o coordenador geral do SITRAEMG cobrou novamente que, antes da nomeação dos apro-vados no certame, seja realizado novo concurso de remoção inter-

no e divulgado, pela intranet, a lis-ta de classificados e os respectivos locais de trabalho para os quais serão removidos. O diretor-geral informou que o Tribunal atenderá o requerimento protocolado pelo SITRAEMG, para fins de acom-panhamento e fiscalização dos interessados no concurso interno.

Criação de novos cargos (Técnicos, Analistas e Oficiais de Justiça): Em razão da redução do quadro com a saída de servi-dores que se aposentam e da ne-cessidade de substituir os requisi-tados por efetivos, o diretor-geral disse que se empenhará junto ao

Conselho Nacional de Justiça para que os Processos Administrativos do CNJ relativos aos anteprojetos que preveem a criação de cargos de oficial de justiça e de técnicos e analistas sejam desarquivados e encaminhados para votação no Congresso Nacional.

Substituições de funções e RA’s: Alexandre Magnus, coorde-nador sindical, argumentou que houve perda significativa na re-muneração de grande número de servidores com a redução de fun-ções, através de sucessivas RA’s, explicando que, em outros tribu-nais, as FC’s geram substituições

para aqueles que estão cobrindo férias e licenças de servidores. O diretor geral do TRT sinalizou que o Tribunal já está elaborando estudo sobre a viabilidade de as FC- 3 e funções inferiores tam-bém poderem gerar substituições para os demais servidores que não têm funções. Magnus lem-brou, ainda, que o SITRAEMG, em junho deste ano, ajuizou, no Distrito Federal, ação anulatória contra as RA 01 e 02 do TRT e es-pera contar com a Administração do Tribunal para a devida valori-zação da 1ª Instância, sem perder de vista os demais setores.

Representates do SITRAEMG na reunião com o presidente do TRE-MG... ... e, aqui, durante uma das reuniões com o diretor-geral, do TRE-MG

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4 Jornal do

Os coordenadores do SITRAEMG Igor Yagelovic, Sandro Luís Pacheco e Daniel de Oliveira, juntamente com os também filiados Cristiana Rasslan, Nilce Apolinária, Alzira Auxiliadora Santos, Nestor Santiago, Gilvane da Silva, Umbelina Miranda de Oliveira e Geraldo Camilo Souto integraram a caravana de Minas, presente em mais um ato nacional dos servidores do Judiciário Federal, em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), no dia 27 de agosto, em defesa da revisão salarial da categoria. Seguindo em passeata, a partir da Catedral, os manifestantes exigiram que o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, ainda inte-rino no cargo, fizesse valer a autono-mia administrativa e orçamentária do Poder Judiciário, já que mais uma vez a presidente Dilma retirou do PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) a verba que seria destinada à imple-mentação da revisão salarial a partir de 2015, como já fizera em 2011. Apesar

da manifestação pacífica, os servido-res do Judiciário Federal e MPU, que também tiveram a verba de reajuste excluída do orçamento, foram recebi-dos com violência pela força policial, que lançou gás de pimenta sobre os mais exaltados.

Em outro ato nacional, em 10 de setembro, a caravana de Minas foi composta pelo coordenador Daniel de Oliveira e os filiados Rosarlete de Assis Roedel, Nilce Apolinária dos Santos, Marlene Francisca da Silva, Diva Guimarães Lage, Lindon Johnson Antônio de Oliveira, Artalide Lopes Cunha e Vicente de Paulo Passos. Concentrados em frente ao STF, os manifestantes assistiram à solenidade de posse oficial de Lewandowski na Presidência do Supremo, em um telão instalado na parte externa da sede do Órgão, e cobraram mais uma vez dele pulso firme em relação ao Governo Federal e efetiva negociação no sen-tido de garantir a verba da revisão salarial no orçamento. Aproveitando

Toda pressão sobre Lewandowski e DilmaREVISÃO SALARIAL JÁ!

A Fenajufe ajuizou, no STF, Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), ques-tionando o corte feito pela presidente Dilma nos orçamentos do Judiciário Federal e do Ministério Público da União (MPU). A entidade pede que seja suspensa a tramitação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2015 no Congresso Nacional até que o Executivo encaminhe projeto que contemple as propostas envia-das pelos presidentes dos Tribunais Superiores e pelo Procurador-Geral da República. O orçamento original-mente enviado previa recursos para a recomposição salarial da categoria. Na mesma linha, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já havia impetrado mandado de segurança, com pedido de liminar, contra ato da presidente da República.

Como o corte orçamentário pre-

judicou também o aumento dos sub-sídios previsto para os magistrados, a AMB, em conjunto com Anamatra e Ajufe, entrou com mandado de se-gurança coletivo (MS 33.190) no STF pleiteando decisão liminar que suspenda o trâmite no Congresso Nacional do PLN nº 13/2014, en-viado pela presidente, até o envio de novo projeto que contemple a pro-posta orçamentária do Judiciário com os valores integrais.

Somente o presidente do STF ainda não tomou nenhuma medida contra o governo em razão do corte da verba em seu orçamento.

A ministra Rosa Weber, sim, so-licitou informações da presidente Dilma sobre o corte, mas como ma-nifestação do Executivo em relação ao processo originado pelo mandado de segurança impetrado pela PGR no STF.

A caravana mineira e a mobilização dos servidores no ato nacional de 27 de agosto

Da mesma forma, os mineiros e a movimentação no ato de 10 de setembro

Só o presidente do STF ainda não

questionou a atitude arbitrária de Dilma

a presença da presidente Dilma, grita-ram palavras de ordem contra o corte da verba do PCS do PLOA e denun-ciaram o congelamento salarial impos-to pela chefe do Executivo a todo o funcionalismo público federal. Como

parte dos protestos, os servidores fi-zeram um enterro simbólico da auto-nomia orçamentária do Judiciário, res-ponsabilizando a presidenta Dilma, e marcharam ao redor da praça dos Três Poderes.

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5Jornal do

O SITRAEMG, representado pelo coordenador regional Henrique Olegário Pacheco, integrou uma comitiva de membros de várias organizações sociais e sindicais que se reuniu com o mi-nistro Roberto Barroso, no Supremo Tribunal Federal (STF), em 12 de agosto último. Em discussão, o processo da ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) nº 59/2004, que tramita no STF, tendo Barroso como novo relator. A ADPF foi movida pela Ordem dos Advogados do Brasil e requer decisão do Supremo determinando que o Congresso Nacional promova a au-ditoria da dívida pública brasileira, conforme previsto no artigo 26 da Constituição Federal.

Também estiveram presentes a coordenadora nacional licen-ciada do movimento Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fattorelli, e o servidor do TRT/MG e filiado do SITRAEMG Luiz Fernando Rodrigues Gomes, membro do Núcleo Mineiro da Auditoria Cidadã da Dívida.

Depois de ouvir de seus interlocutores as explicações acerca da história obscura e das irregularidades da dívida pública do País, o ministro afirmou que não tinha conhecimento do debate sobre o assunto e que era um dos milhões de brasileiros que acredita-ram na falácia do ex-presidente Lula de que o Brasil havia quitado sua dívida externa. Atendendo ao pedido dos seus interlocutores, Barroso, dizendo-se simpático ao tema, comprometeu-se a estu-dar e dar agilidade ao processo.

REVISÃO SALARIAL JÁ!

SITRAEMG na luta pela realização de autoria da dívida pública brasileira

“Deveremos restaurar a auto-estima dos honrados magistrados e operosos servidores do Poder Judiciário, cuja importância, no tocante à relevante tarefa de paci-ficação social, que realizam diutur-na e anonimamente, não tem sido adequadamente reconhecida pela sociedade e autoridades em geral. Haveremos de fazê-lo mediante a correta divulgação dos serviços essenciais que prestam ao Brasil, não raro com risco para a própria vida e integridade física. Particular atenção será dada à recuperação de suas perdas salariais, de modo a ga-rantir-lhes uma remuneração con-digna com o significativo múnus público que exercem, bem como assegurar-lhes adequadas condi-ções materiais de trabalho, além de proporcionar-lhes a oportunidade de permanente aperfeiçoamento profissional mediante cursos e es-tágios aqui e no exterior”.

Foram esses os compromissos - relativamente aos servidores (e magistrados) do Judiciário Federal - assumidos pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski, em solenidade que marcou sua posse oficial no cargo, no último dia 10. Além de buscar a valorização do funcionalismo, ele se comprome-teu a defender a recuperação de perdas salariais e oferecer condi-ções de aperfeiçoamento profis-sional. No tocante à recuperação de perdas salariais, o servidor mais atento deve ter bem “fresca” na memória a fala do ministro, em agosto de 2010, quando presidia o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Naquela oportunidade, em reunião com representantes da categoria, na capital federal, ele garantiu que o PL 6613/09 seria aprovado na-quele ano e que o PCS seria imple-mentado em quatro parcelas, a par-tir de 2011. Agora na Presidência do STF, ele abandonou o projeto, que estava parado na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara desde 2010, e enviou ao Congresso o PL 7920/14, com previsão de implementação em seis parcelas, e para começar a tramitar do “zero”. E, em reunião com a Fenajufe na véspera da pos-

se, embora dizendo-se disposto a manter um diálogo aberto com o funcionalismo, não se mostrou nem um pouco empenhado em forçar as negociações com o gover-no pela revisão salarial. Disse que está difícil agendar uma reunião com a presidente Dilma, por falta de datas para esta em razão da cam-panha eleitoral, e aceitou reunir--se novamente com a Federação somente no dia 8 de outubro, três dias após o primeiro turno das elei-ções. Além disso, argumentou com os coordenadores da Fenajufe que o protesto marcado para o dia de sua posse não seria muito oportu-no porque poderia “enfraquecer” a sua gestão à frente do STF, face à demanda dos servidores.

Ainda em seu discurso de pos-se, Ricardo Lewandowski também se propôs a respeitar e fazer res-peitar a independência e harmonia entre os Poderes. Impor respeito à autonomia do Judiciário é tudo que nem ele, durante sua interini-dade no cargo, nem seus antecesso-res, vinham fazendo. Disse, ainda, que sua intenção é redirecionar a atuação do Conselho Nacional de Justiça, “resgatando a sua con-cepção original de órgão central de planejamento estratégico”. Que esse “resgate”, esperam os servido-res, seja a redução da interferência do Conselho na atuação dos tribu-nais ao estabelecer metas a serem cumpridas pelos servidores sem levar em conta as reais condições de trabalho oferecidas e os quadros funcionais disponíveis, impondo--lhes uma sobrecarga desumana de trabalho que os leva à angústia e ansiedade diante da sensação de que o serviço jamais se esgotará e de que jamais darão conta de con-cluí-los.

O servidor mais atento também deve se lembrar que o atual presi-dente do STF foi um dos menos empenhados, entre todos os minis-tros da Corte, na condenação dos envolvidos na Ação Penal 470, do Mensalão. Indicado pelo ex-presi-dente Lula, tem se revelado um fiel escudeiro do Palácio do Planalto. Um olho no peixe e outro no gato. Todo cuidado é pouco.

Na audiência no STF, Maria Lúcia Fattorelli (assentada); à sua frente, o ministro Roberto Barroso; atrás dela, o filiado do SITRAEMG Luiz Fernando e o

coordenador regional Henrique Olegário Pacheco

Lewandowski reunido com a Fenajufe, em 9 de setembro, véspera de sua posse oficial na Presidência do Supremo

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De olho nos discursos de Lewandowski, do presidente do STF

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6 Jornal do

GREVE EM MINAS

Movimento pelo reajuste ganhou a capital e interior, fazendo jus à tradição de luta dos servidores em Minas Gerais

Dezenas de informes foram enviados ao SITRAEMG provando que a greve da categoria foi abraçada por servidores de todos os locais do estado, insatisfeitos com a política de arrocho e negligência do Governo Federal. Tribunais superiores também “escaparam” de defender o servidor, que só pode contar com sua própria força para pressionar por seus direitos

Após sua deflagração, em 8 de setembro, a greve em Minas Gerais só cresceu nos dias sub-sequentes, na capital e interior, até sua suspensão, no último dia 18. Com sua força, o movimento ganhou destaque na imprensa: coordenadores do SITRAEMG concederam entrevistas a respei-to para rádios de Belo Horizonte e diversos jornais, na capital e in-terior, noticiaram o movimento paredista.

Nos atos diários realizados em Belo Horizonte, coordenadores sindicais e servidores revezaram--se ao microfone para mostrar toda a indignação da categoria com a “novela” que a reposição salarial – já atrasada oito anos – se tornou, graças ao desinte-resse da cúpula do Judiciário em defender seus servidores e ao total desrespeito do governo fe-deral em negar-se a dialogar. O PL 7920/2014 (alternativo ao PL 6613/2009 com tabelas atua-lizadas), encontra-se sob relato-ria do deputado federal Roberto Policarpo (PT-DF) e está trami-tando na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP).

O movimento em Belo Horizonte ganhou força graças a um trabalho de corpo a corpo que foi feito logo após cada ato, quan-

do grupos formados por servido-res e coordenadores percorreram os locais de trabalho fazendo “ar-rastões”, ou seja, chamando os colegas e explicando a necessida-de da adesão. Elementos lúdicos como o “enterro” da presidente Dilma Rousseff e a animação da Banda Santarém, também ajuda-ram a manter o pique. Na capital e no interior, também foram rea-lizadas passeatas, nas quais, por-tando apitos, faixas e bandeiras, os servidores marcharam por di-versos locais mostrando à popula-ção a desvalorização do trabalha-dor do Judiciário Federal.

Força do interiorNo interior, os servidores tam-

bém deram um “show” de garra e engajamento. Diariamente, che-gavam ao SITRAEMG fotos e in-formes de manifestações feitas em várias cidades. Mesmo de locais onde havia apenas um servidor do quadro, chegavam notícias de adesão à mobilização. Ninguém aguenta mais ver o Judiciário ter sua independência e autonomia jogados no lixo pelo Executivo; ninguém aguenta mais ser relega-do a um trabalhador de segunda ordem pelo Palácio do Planalto.

Por isso, apesar da suspensão da greve, a mobilização continua, firme e forte. Participe!

A mobilização em Belo Horizonte

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7Jornal do

GREVE EM MINAS

Movimento pelo reajuste ganhou a capital e interior, fazendo jus à tradição de luta dos servidores em Minas Gerais

Dezenas de informes foram enviados ao SITRAEMG provando que a greve da categoria foi abraçada por servidores de todos os locais do estado, insatisfeitos com a política de arrocho e negligência do Governo Federal. Tribunais superiores também “escaparam” de defender o servidor, que só pode contar com sua própria força para pressionar por seus direitos

A mobilização em Belo Horizonte A mobilização no interior de Minas

Juiz de Fora

Governador Valadares

Curvelo

Uberaba

Uberaba

Governador Valadares

Governador Valadares

Juiz de Fora

Uberaba

Uberaba

Uberaba

Divinópolis

Governador Valadares

Juiz de Fora

Itanhomi

Uberaba

Uberlândia

Governador Valadares

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8 Jornal do

GRAEL

UNIMED SAúDE

Gratificação não é “média” com servidores da Justiça Eleitoral, diz TSE

SITRAEMG consegue um reajuste bem inferior ao da ANS

O diretor geral do TSE, Flávio Ribeiro Santana (centro), recebe os coordenadores do SITRAEMG Sandro Luis Pacheco, Igor Yagelovic e Daniel de Oliveira

O SITRAEMG, bem como a Fenajufe e outros sindicatos de sua base, assim que tomou co-nhecimento da aprovação da Gratificação Eleitoral (GRAEL), pelo Tribunal Superior Eleitoral, lançou suspeitas sobre essa deci-são, avaliando-a como uma ten-tativa da Corte do TSE de criar expectativas de mais um acrésci-mo à remuneração dos servidores da Justiça Eleitoral e, assim, levá--los a se desmobilizarem em um momento em que estava para ser deflagrada mais uma greve pela revisão salarial dos servidores do Judiciário Federal.

No entanto, reunido com os co-ordenadores do SITRAEMG Igor Yagelovic, Sandro Luis Pachedo e Daniel de Oliveira, no dia 29 de agosto, na sede do TSE, o asses-sor parlamentar do Órgão, Flávio Ribeiro Santana, explicou que a criação da Grael, que já tramita na Câmara dos Deputados como PL 7904/14, diferentemente do que receavam as entidades, não foi uma iniciativa daquela Corte. Trata-se, garantiu ele, de pleito de servidores do próprio Tribunal, que tramitou na Casa como PA 502-76.2013.6.00.0000 e, depois de aprovado em sessão de junho último, foi encaminhado pelo pre-sidente do Órgão, ministro Dias Toffoli, ao Congresso Nacional.

Se a intenção do TSE era des-

mobilizar o funcionalismo da Justiça Eleitoral, de nada adiantou, pois os servidores do TRE/MG aderiram, em peso, à greve inicia-da em 8 de setembro. Esclareça-se que o SITRAEMG luta pela valorização da remuneração dos servidores. Porém, o PL 7904/14 já está em tramitação. Que os seus beneficiários defendam a sua apro-vação, mas também mantenham--se plenamente engajados na mo-bilização pelo PCS. O que vier é lucro.

Majoração de diáriasEm ofício encaminhado à dire-

tora geral do TSE, Leda Marlene Bandeira, em 13 de agosto último, o SITRAEMG reiterou solicitação de informações sobre a possibi-lidade de majorar os valores das diárias pagas aos servidores ou, ainda, se há algum estudo nesse sentido. A resposta veio através do Ofício nº 4.059/2014, datado de 28/08/2014. “De ordem da se-nhora diretora-geral, e em atenção ao Ofício nº Sec-Sitra 066/2014, de 13 de agosto do corrente ano, informo a Vossa Senhoria que já tramita neste Tribunal pro-cesso administrativo”, informa o assessor-chefe da Diretora-Geral, Ronaldo Assunção Souza do Lago, signatário do ofício.

Como já é de conhecimento dos filiados ao SITRAEMG que utilizam o plano de saúde Unimed, este plano passa por reajuste, anu-almente, sempre no mês de setem-bro. E, objetivando uma redução de gastos dos filiados e de seus depen-dentes nesse setor, a nova Diretoria Executiva do SITRAEMG buscou, junto à Unimed, a redução no per-centual de reajuste.

Após várias negociações junto à operadora, o SITRAEMG conse-

guiu um reajuste bem inferior àque-le liberado pela Agência Nacional de Saúde (ANS) 8,50%. O percen-tual a ser aplicado reajustando os valores para a carteira de usuários do SITRAEMG será de 4,89% – baseado pelo IGP-M – Índice Geral de Preços do Mercado. A nova di-retoria do SITRAEMG considera como grande vitória tal negociação, pois o percentual é bem expressivo, considerando que está abaixo da in-flação, hoje, medida em 6,50%.

ELEIÇõES 2014

Candidato filiado ao SITRAEMG

Na edição 98 (página 5) do Jornal do SITRAEMG - assim como em matéria veiculada no site do Sindicato em 02/09, – o SITRAEMG solicitou aos servidores filiados à entidade que, caso fossem candidatos a algum cargo nas eleições deste ano, enviassem informações para divulgação no Jornal. Esse espaço reservado aos filiados candidatos vem se tornando uma tradi-ção do SITRAEMG. Confira, abaixo, a informação enviada até a data de fechamento desta edição.

Luiz Fernando Rodrigues GomesLotado na 32ª VT/BH, é candida-

to a deputado federal pelo PSOL, com o número 5010. Militante sindical, foi um dos fundadores do SITRAEMG, tendo sido diretor em várias gestões e exerceu a Vice Presidência da entida-de durante a gestão 2009/2011. Luiz também coordenou a campanha de le-galização do partido no estado, foi vi-ce-presidente estadual do partido, pre-sidente do diretório municipal em BH

e é membro do Comitê Mineiro da Auditoria Cidadã da Dívida Pública em Minas.

Luiz ressalta ser o único candidato da categoria nessas elei-ções e reforça o pedido de apoio em razão da necessidade de ter um representante do Judiciário Federal na Câmara. Defende a data-base e plano de carreira; pelo fim dos privilégios parlamen-tares, fim do Senado e do fator previdenciário; pela anulação da reforma previdenciária; reforma política com financiamento público; auditoria da dívida pública, que consome cerca 50% do orçamento da união; reforma agrária; imposto sobre as grandes fortunas e uma política de valorização dos serviços e servidores públicos.

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9Jornal do

Na última segunda-feira, 15 de setembro, os coordenadores ge-rais Alan da Costa Macedo (JF), Alexandre Magnus Melo Martins (TRT), lgor Yagelovic (TRE), o co-ordenador executivo Nilson Jorge de Moraes (TRT), e o advogado do SITRAEMG Rudi Cassel, esti-veram reunidos com o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) ministro Antonio José de Barros Levenhagen. Além dos as-suntos discutidos com o DG do STF, foram tratados temas exclusivos da Justiça Trabalhista, como concur-so de remoção; PJe, jornada de 6 horas e saúde do servidor. Leia os principais pontos da reunião e leia a íntegra, com detalhes, no site do SITRAEMG, em 16 de setembro:

Concurso de remoção - Alexandre Magnus questionou o ministro sobre a questão da remoção em nível nacional, promovida pelo CSJT. O presidente do TST disse que é contra o CSJT comandar esse

processo de remoção, uma vez que isso feriria a autonomia dos TRT’s para promover os seus próprios con-cursos. O ministro ainda classificou o último concurso de remoção pro-movido pelo CSJT como um “desas-tre” e que até em relação ao concurso de juízes, tem posicionamento pes-soal de que um concurso em nível nacional seria inviável.

PJe, jornada de 6 horas e saúde do trabalhador - Perguntado sobre o que entende a respeito da jornada de 6 horas em relação à implemen-tação do PJe, Barros Levenhagen disse que, quando era corregedor, desconhecia as funcionalidades do PJe e só ouvia críticas por parte dos servidores, juízes e advogados. Disse que achou o ritmo de implantação rápido demais, observando que se a implantação fosse muito acelerada, certamente o sistema não comporta-ria tanta demanda.

Na ocasião, Rudi Cassel, advo-gado do SITRAEMG, interveio e

disse que o Sindicato estaria pro-tocolizando naquela mesma data requerimento para revogação da Resolução do CNJ que fixa a carga horária de 7 horas, argumentan-do que se a Constituição permite a discricionariedade do administra-dor para a fixar entre 6 e 8 horas de trabalho (30 a 40 horas semanais), restringir através de Resolução seria inconstitucional.

Compensação de serviço pelos dias parados na greve - O coordena-dor Alan explicou que o SITRAEMG defende a compensação dos dias para-dos na greve através de serviço e quis saber o posicionamento de Barros Levenhagen. Pessoalmente, ele se disse a favor do modelo de compen-sação indicado por Macedo, mas que os TRT’s são autônomos para decidir as formas de compensação.

SITRAEMG EM BRASíLIA

Sindicalistas também reuniram-se com o diretor-geral do STF

Coordenadores reúnem-se com o presidente do TST: revisão salarial, data-base, remoção dentre outros

A partir da esquerda, os coordenadores gerais do SITRAEMG Igor Yagelovic e Alan da Costa Macedo, o diretor geral do STF Amarildo Vieira, o coordenador executivo

Nilson Jorge de Morais e o coordenador geral Alexandre Magnus Melo Martins

No mesmo dia 15 em que se reu-niram com o presidente do TST, os coordenadores gerais Alan da Costa Macedo, Alexandre Magnus, lgor Yagelovic, além do coordenador executivo Nilson Jorge de Moraes e o advogado do SITRAEMG Rudi Cassel, estiveram reunidos com o di-retor geral do STF, Amarildo Vieira de Oliveira. A pauta do encontro continha a revisão Salarial, via PL

7920/2014; a data base; e a possibi-lidade de trabalhar em casa (home office). Acompanhe os principais trechos da conversa nesta edição do Jornal do SITRAEMG e confi-ra o restante em detalhes no site do SITRAEMG, em publicação do dia 16.

revisão salarial - Amarildo Vieira defendeu o ministro Ricardo Lewandowski, recém-empossado

como presidente do Supremo, quanto às acusações de que teria participado das negociações do PCS em 2010 e faltado com a sua pala-vra aos servidores e pediu um voto de confiança para Lewandowski. Alan Macedo também perguntou sobre o andamento do Mandado de Segurança que visa obrigar a presi-dente da república a encaminhar o Projeto de Lei sem cortes no orça-mento, e Amarildo Vieira disse que o STF já consolidou o entendimen-to que tal corte é inconstitucional.

Data-base - Alan Macedo de-fendeu que, se o STF se posicio-nasse quanto a obrigatoriedade da Revisão Geral Anual, acabaria a “humilhação” de tempos em tempos de ter que ficar implorando um acor-do entre Judiciário e Executivo. Na visão do coordenador, trata-se de cumprimento da Constituição, com reflexos políticos enormes, pois não haveria mais razão para greves tão constantes. Amarildo Vieira acredita que o impacto financeiro da revisão geral anual gera um efeito cascata e eventualmente indexação – mas, no

fim, comprometeu-se a levar o as-sunto ao presidente do STF.

Trabalho em casa (Home Office) - O coordenador sindical Alan Macedo, defensor do traba-lho em casa, disse na reunião que até mesmo o presidente do TST, ministro Antonio José Barros Levenhagen, declarou-se totalmen-te a favor desse tipo de trabalho. O diretor do STF disse que também é a favor e que, mesmo cada órgão tendo autonomia sobre a implemen-tação dessa modalidade de trabalho, uma resolução do CNJ seria muito boa para gerar mais conforto aos ad-ministradores.

Ao fim da reunião, a impressão do encontro, para os coordenadores sindicais do SITRAEMG, foi positi-va. Eles a acharam proveitosa e acre-ditam que se estabeleceu, ali, um canal direto com o STF, de forma a passar para os servidores de forma responsável e correta as notícias so-bre os assuntos de interesse da cate-goria ligados ao Supremo.

A partir da esquerda, o advogado Rudi Cassel, o coordenador geral do SITRAEMG Alan Macedo da Costa, o presidente do TST Antônio José de Barros Levenhagen, o

coordenador executivo Nilson Jorge de Morais e os coordenadores gerais Alexandre Magnus Melo Martins e Igor Yagelovic

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DICA DE CIDADANIA

Vídeos na internet ajudam nas reflexões sobre o processo eleitoral

O Núcleo de Estudos Sociopolíticos (Nesp) da PUC Minas, instituição da Arquidiocese de Belo Horizonte, em parceria com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pro-duziu a série de vídeos “Eleições 2014 – Voto no Brasil”, cada um com tempo médio de oito minutos. A iniciativa visa contribuir para a formação política dos cidadãos, a partir de linguagem simples e com

apresentação de exemplos comuns ao cotidiano de cada pessoa.

Os vídeos podem ser reprodu-zidos e divulgados livremente, nos mais diversos ambientes, como salas de aula, reuniões etc., des-de que citadas as instituições res-ponsáveis por sua produção. Para assisti-los, acesse www.arquidioce-sebh.org.br, link “Eleiçoes 2014 – Voto no Brasil”.

E o assunto rende...Por Ricardo José de Faria, servidor

da 5ª. VT de Uberlândia

Não sei bem se é capacidade argumentativa ou se é técnica de relaxamento, mas tenho notado em alguns dentistas o hábito de falar enquanto estão fazendo o seu trabalho. Sou o que poderia ser classificado como um ouvinte apressado, pois, logo que a con-versa tem início, fico ansioso para expressar minhas ideias. Durante o período em que permaneço es-ticado na cadeira, as palavras vão surgindo naturalmente, um tema vai puxando outro. E olha que aparece cada assunto bom!...

A profissional que cuida dos meus dentes geralmente coloca um agradável fundo musical no consultório. Educadamente, ela pergunta se o volume está alto. Aceno negativamente. Por sinal, gostaria que o som estivesse a toda para não ouvir o barulho daquele motorzinho. Já que “es-tamos” falando de música, ela diz que gosta dos instrumentais, de alguns sambinhas e dos grandes sucessos dos anos 70/80. Fico louco pra responder que curto, entre outros, Creedence, Eric Clapton e sou fã da guitarra de Dire Straits, da viola de Almir Satter, bem como dos antigos e tradicionais caipirões – afinal, meu pai era violeiro e dos bons. Porém, com dois tubos de sucção enfiados na boca - um em cada

canto-, fico apenas na vontade de revelar minha opinião.

Da música, o papo viaja para a televisão. Inicialmente, uma ob-servação sobre um tema da atua-lidade perseguido insistentemen-te pelos noticiários. Comenta sobre um ou outro programa. Elogia ou critica alguém. Minha cabeça entra em parafuso. Como eu gostaria de dizer que odeio o Big Brother, tenho ojeriza à voz do Luciano Huck, não suporto o Gugu e que já cheguei a mudar de Pizzaria porque a televisão estava ligada no Programa do Faustão! Mas o máximo que consigo são alguns sons guturais, pois a essa altura minha boca está repleta de bolinhas de algodão.

O procedimento odontoló-gico continua e o assunto rende. A lembrança de uma reportagem exibida no dia anterior acerca de desvios de recursos públicos faz a conversa seguir para o campo da política. Enquanto mergulha uma pinça em um pequeno re-cipiente, ela cita nomes e casos de parlamentares e ministros en-volvidos em falcatruas. Arregalo os olhos: fico desesperado para plagiar a história das saúvas de Monteiro Lobato - “ou o Brasil acaba com os maus políticos ou os maus políticos acabam com o Brasil”. Quando penso que terei a oportunidade de me manifestar, recebo, na boca, um jato de água fria que me faz desistir.

O som de uma freada brusca vindo da rua provoca uma refle-xão a respeito dos problemas no trânsito. Está simplesmente insu-

portável dirigir em algumas horas do dia. A Doutora diz que enfren-ta dificuldades para apanhar os filhos na escola. Além disso, não é fácil achar vagas para estacionar e, quando um local é encontrado, o flanelinha já está lá, de plantão, para receber ou exigir uma gorje-ta. Ajeito-me na cadeira, penso em levantar a mão, como um es-tudante pedindo a palavra na sala de aulas, para dizer que lamen-tavelmente alguns motoristas se imaginam os donos das ruas, além de não entender a pressa de motociclistas que parecem brotar do asfalto quando fazem zigue--zague no meio dos carros. No entanto, fico apenas na vontade, pois, enquanto manuseia uma pequena lanterna com uma luz colorida na ponta, a dentista me pede para ficar quietinho e con-trolar a saliva, tendo em vista que é necessário um tempinho para consolidar o serviço.

Ao fazer um movimento com a cadeira para apanhar um ins-trumento de trabalho, ela nota, sobre a mesa, o meu chavei-ro com o escudo do Cruzeiro. Imediatamente entra em pauta a matéria preferida dos brasileiros: o futebol. Ela parece não enten-der muito do assunto, mas faz co-mentários acerca da contusão do Neymar, das caretas do Felipão e do cabelo do Daniel Alves. Fala alguma coisa sobre a ausência do Kaká, mas confesso que não entendi direito, pois estava afli-to para criticar o esquema tático do time da CBF, reclamar do ex--goleiro em atividade e dizer que

um ataque formado por Hulk e Fred é de deixar qualquer um ver-de de raiva. Pensei até em fazer uma piadinha: afinal, o Fred está mais entrosado com o Barney. Contudo, tenho que manter a boca bem arreganhada enquanto ela utiliza outro motorzinho para fazer uma espécie de polimento no dente recém-tratado.

Finalmente, os procedimentos do dia são encerrados. Por instan-tes, penso que terei a oportunida-de de soltar a voz para falar mal de alguns artistas que confundem cantar com gritar, bem como re-velar meu descontentamento com os programas exibidos pela televisão aos finais de semana, reclamar do Lula, do Aécio e da Dilma, manifestar o quanto odeio buzinas no trânsito, apontar os equívocos nas convocações, criti-car a arrogância do Felipão, pro-testar contra os bilhões gastos na construção e reforma de estádios. Porém, não há tempo. A campai-nha do telefone acaba de ser acio-nada. É a secretária informando que o próximo paciente está na sala de espera. Amanhã... Bom, amanhã prosseguiremos com o tratamento e, certamente, o as-sunto vai render.

Se você é filiado(a) ao SITRAEMG e tem habilidade para escrever e contar casos, causos, con-tos, histórias, mande-nos o seu tex-to, com sua autorização, para publi-carmos na coluna Casos & Causos do Jornal do SITRAEMG. Os tex-tos, de no máximo 1.500 caracteres, devem ser enviados para o e-mail [email protected]

Î cASOS & cASOS

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SONEGAÇÃO

“Sonegômetro” escancara o rombo da arrecadação de impostos no País

você já ouviu falar em “Impostômetro”? É uma ferra-menta que contabiliza o valor ar-recadado em tributos (impostos) em um ente federativo. No Brasil, o mais conhecido fica bem desta-cado na face do edifício-sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que fica na rua Boa Vista, centro da capital paulista. Essa fer-ramenta tornou possível saber, por exemplo, que de 1º/01/14 até por volta das 17 horas de 12/09/14, o Brasil, incluindo União, estados e municípios, já havia amealhado quase R$ 1.139.000.000.000,00 (um trilhão, cento e trinta e nove

bilhões). O dispositivo informa a variação crescente a cada centavo que é arrecadado. Pelo impostô-metro da ACSP, que também pode ser visualizado pela internet, atra-vés do site www.impostometro.com.br, pode-se mensurar a grandiosi-dade do montante arrecadado com sugestões da quantidade de bens ou serviços que com ele se pode-ria adquirir ou contratar. Com R$ 1,139 trilhão, por exemplo, daria para comprar 32.532.492 (32 mi-lhões, quinhentos e trinta e dois mil, quatrocentos e noventa e dois) imóveis (casas) populares de 40m².

E em “sonegômetro”? Se ain-da não ouviu falar, vai saber agora. Seria uma espécie de complemen-to do impostômetro, pois mostra a fatia que deixou de ser – indevida-mente - arrecadada. Ou seja: o que foi sonegado. Nos mesmos moldes do impostômetro, o sonegômetro eletrônico, criado pelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), pode ser visto em placares móveis em circulação pelas principais vias da cidade de São Paulo e também pelos sites www.sinprofaz.org.br ou www.quantocustaobrasil.com.br. Graças a esse recurso, qualquer ci-dadão pode ficar sabendo que, de 1º/01/14 até por volta de 17h40 de 12/09/14, o País deixou de ar-recadar quase R$ 350,4 bilhões, quantia que já está bem próxima do rombo de R$ 451 bilhões de-tectado pelo sonegômetro no ano passado. Como se vê, à proporção em que cresce a arrecadação, au-menta também a sonegação.

SITRAEMG participa de seminário

sobre o temaO coordenador ge-

ral Igor Yagelovic par-ticipou do “Seminário Inequidades do Sistema Tributário Nacional”, promovido pela Frente Mineira em Defesa do Serviço Público (Anfip-MG, Affemg, Unifisco Nacional, Aafit/MG, Sindifisco/MG, Assibge/SN, Sindalemg, Sindifisco-BH, Asfoc, Ansef/MG, Sinait, APCF e Sinal) e realizado no auditório da Faculdade de Direito da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), nos dias 21 e 22 de agosto. O evento debateu os temas “Inequidades do Sistema Tributário Nacional – A tributação dos inocen-tes”, “Reflexões sobre o atual Sistema Tributário”, “Propostas para um novo STN”, “Sonegação fiscal”, “O controle do comércio exterior – reflexos sobre a tributação e a economia nacional”, “A tributação – os trabalhadores e os di-reitos sociais”, “Os riscos da terceirização: reflexos sobre a previdência so-cial e implicações sobre o STN e as políticas so-ciais”, “Desoneração da folha de pagamentos – re-flexos sobre a previdência social e implicações sobre o STN e as políticas so-ciais”, “Imposto in(justo), Sonegômetro e Impacto das isenções fiscais sobre o orçamento e as políticas sociais”, “Pecados sociais – a sonegação e o mau uso dos recursos públicos”.

Números do Sonegômetro na tarde de 15/09/14

Sabe o que representa R$ 451 bilhões a menos na

arrecadação?Esse foi, segundo o Sonegômetro, o montante

sonegado de impostos no Brasil em 2013. Essa for-tuna, que segundo o Sinprofaz financia a corrupção e o crime organizado, equivale a:

▶ 10% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional;

▶ Quase 20 vezes o que foi investido no Bolsa Família;

▶ 5.156.521 ambulâncias;

▶ 1.441.319 postos de saúde equipados;

▶ 8.647.916 postos policiais equipados;

▶ 12.456.996 salários anuais de policiais (SP);

▶ 30.079.710 salas de aula;

▶ 20.377.006 salários anuais de professores do en-sino fundamental (piso do MEC);

▶ 612.241.888 salários mínimos;

▶ 1.241.699.072 cestas básicas;

▶ 2.986.330 ônibus escolares;

▶ 4.010.628 km de asfalto ecológico;

▶ 17.155.849 carros populares (Palio Fire 2p);

▶ 13.836 presídios de segurança máxima;

▶ 11.860.000 casas populares (40m2).

Algumas situações típicas de sonegação

▶ Possuir empresa fantasma ou conta bancária em paraíso fiscal;

▶ Esquemas de caixa dois, mensalão, propinodu-to;

▶ Declarar bens pessoais em nome de fundações, igrejas ou quaisquer outras instituições de fa-chada;

▶ Acumular renda oriunda de obras ou contratos superfaturados;

▶ “Comprar” recibos para obtenção de restituição do IR recolhido na fonte.

Links da cidadania ▶ www.impostometro.com.br ▶ www.sinprofaz.org.br ▶ www.quantocustaobrasil.com.br ▶ @impostojusto ▶ facebook.com/impostojusto ▶ youtube.com/impostojusto ▶ www.auditoriacidada.org.br

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12 Jornal do

APOSENTADOS E PENSIONISTAS

Reunião do segmento trouxe palestra e lançamento de CD

Realizada em 29 de agosto, na sede do Sindicato, com a partici-pação de vários filiados do inte-rior, prestigiando e engrandecen-do ainda mais a iniciativa, mais uma reunião mensal dos aposen-tados e pensionistas filiados ao SITRAEMG – dessa vez, já sob os cuidados da nova diretoria da en-tidade, através do seu Núcleo de Aposentados e Pensionistas.

Na pauta do encontro os in-formes (reajuste salarial e PEC 555/2006), apresentação da pales-tra “A família em transformação: narrando e reconstruindo nossas histórias”, com a psicóloga e mestre em Psicologia Clínica (família e co-munidade) Alda Cristina Duarte, e lançamento do CD “Melodias in concert”, da filiada aposentada pelo TRT Clélia Moreno e a ho-menagem aos aniversariantes de junho, julho e agosto.

Sobre a palestra, a psicóloga fez uma apresentação de forma intera-

tiva e, contando com a participação dos presentes ela mostrou como o conceito de família vem se trans-formando ao longo do tempo. A professora fez uma viagem no tem-po, começando pela idade média, onde a família era centralizada em Deus, passou pela Modernidade, princípio das desigualdades, e che-gou à “Pós-modernidade”- família contemporânea; período, explica ela, em que cada família se organi-za de forma diferente. “Não existe apenas o modelo de família “ideal”, ou seja, marido, esposa, filhos e casamento”. O importante, segun-do a psicóloga, é que as pessoas se ajudem.

A reunião foi conduzida pelos coordenadores Etur Zehuri e João Baptista Sellera Bárbaro. Também presentes, os coordenadores Daniel de Oliveira, Igor Yagelovic, Mário Alves, Geraldo Correia, Dirceu José dos Santos e Vilma Lourenço.

Î DIcA cuLTuRALToo big to fail – Grande demais para quebrar

“Grande demais para que-brar”, é um filme que mistura o gênero documentário e ficcional com grande eficiência. O coor-denador geral do SITRAEMG Igor Yagelovic é quem faz a in-dicação, destacando que vale muito a pena assisti-lo. Baseado no livro de sucesso escrito por Andrew Ross Sorkin, traz em seu elenco William Hurt, no pa-pel do ex-secretário de Tesouro Americano, Henry Paulson, e James Woods, no papel do dono do banco de investimentos

Lehman Brothers.No filme acompanha-se o

passo a passo da crise vista por perto dos homens poderosos do governo norte-americano, num cruzamento perfeito com Wall Street e seus especulado-res. Tem até lugar para uma ex-plicação didática da crise para Michele Davis, interpretada por Cinthia Nixon, encarregada de fazer a ponte entre a imprensa e os homens do Tesouro ameri-cano. É nesta hora que, cansado da luta para tentar salvar o país de um desastre econômico sem precedentes na história, Henry Paulson explica para Michelle o motivo que levou os donos de bancos a emprestarem cada vez mais dinheiro mesmo para quem não teria condições de pagá-los.

Divulgação

O Núcleo de Aposentados e Pensionistas do SITRAEMG, com muito prazer, convida todos os filiados (as)

aposentados (as) e pensionistas para a próxima reunião, a realizar-se no dia 26/9/2014, a partir das 16h, na sede do SITRAEMG – Rua Euclides da Cunha, 14,

Prado – BH. O encontro terá a apresentação da palestra “Conferindo significado às nossas histórias familiares”, informes e homenagem aos aniversariantes do mês de

setembro/2014. Participe!

Pesquisa de satisfaçãoO SITRAEMG enviou, em agosto, a todos os seus filiados e

filiadas do segmento, um formulário da Pesquisa de Satisfação, Interesses e Expectativas. A finalidade da iniciativa é apurar os an-seios de cada um para a definição do rol de atividades a serem pro-gramadas para o segmento ao longo do mandato da nova Diretoria do Sindicato, no período de 2014 a 2017. O Sindicato salienta que é extremamente importante que cada um se empenhe ao máximo em responder ao questionário porque, quanto maior for o número de respostas obtidas, maior será a representatividade das expecta-tivas atendidas na programação a ser construída, levando-se em consideração o universo de aposentados e pensionistas filiados.

Também foi enviada ao segmento uma ficha de recadastramen-to (ou atualização cadastral) a ser preenchida. O objetivo desta é manter sempre atualizadas as informações cadastrais dos filiados e facilitar-lhes o recebimento das informações e dos materiais que lhes são encaminhados pela entidade.

Curtis Hanson, 2011Telefilme norte-americano exibido pelo canal HBO -

recebeu 11 indicações ao Emmy Awards 2011.

De pé, os coordenadores Etur Zehuri e João Sellera

Aniversariantes de junho, julho e agosto. A terceira, a partir da direita, Clélia Moreno, autorna do CD, lançado naquele dia

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