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1 Fácil Nordeste / 2009

Facil Nordeste ED 99

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Revista Fácil Nordeste - ED 99

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www.infraero.gov.br ouvidoria: 0800.727.1234

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12 Entrevista Nicácio Filho

14 Turismo religioso

16 A melhor idade para viajar

18 Entrevista Paulo Varejão

20 Orla de Olinda

22 Potencial turístico do Recife

24 Mestre Vitalino

25 Colégio Americano Batista

26 Braga Sá

28 Saúde e estética

30 Os encantos do Sucre

32 Rota do vinho

36 Vinho, alimento do corpo e da alma

38 Gastronomia em Pernambuco

48 Roteiro gastronômico

50 Decoração e Ambientação

52 Informática e Tecnologia

54 Artigo

55 Informe GERE

56 Coluna Abrajet-PE

57 Coluna Flávio Resende

58 Coluna Rogério Almeida

EXPEDIENTE

Edição 99 | Ano XIV | 2009

Diretor Presidente Fernando La GrecaDiretora de ProduçãoAna La GrecaDiretorSergio La GrecaDiretor ExecutivoTúlio VasconcelosDiretor de PlanejamentoFernando SantosEditoraAnaPaula [email protected] e DesignAndré DantasEnogastronomiaJosé Luiz SpencerColaboradores de TextoAna Paula BernardesAugusto Sabóia Elaine Ventura Flávio RezendeHorácio AbiahyRogério AlmeidaMario PinhoFotosAna Paula Bernardes Evaldo ParreiraMiguel IgrejaGiovanni Chamberlain FilhoAdministração, Redação e Departamento ComercialRua Ministro Nelson Hungria, 180 | Conj. 206 Boa Viagem - Recife – Pernambuco CEP 51120-100Telefone | 55 81 3072.2598 RedaçãoTelefone | 55 81 3334.9362 E-mail: [email protected] | 55 81 3334.9363 | 3334.9364E-mail: [email protected] | 55 81 3334.9361São PauloMário PinhoAv. Vital Brasil,316 - 1ºandar - CEP 05503-000Butantã - São Paulo - SPTel. 11 3032 9605 Fax 11 3815 [email protected] Grande do NortePedro Jorge de MelloFones: 84 3219.2126 / 84 9938.8993 Rua Industrial João Mota, 1756Condomínio Torre do Mar II - Bloco I - Apto. 302Capim Macio - Natal - RN.CEP 59.082-410SergipeFernando JuniorFone: 79 9198.6780Rua Jornalista Paulo Costa, 775 / 401Atalaia - Aracaju - SECEP. 49037-340Projeto GráficoUP! Computação Gráfica Telefone | 81 3088.1594Home PageInteraçãoTelefone 81 3325.3322Tiragem40.000 exemplaresAuditada porBaker Tilly BrasilA revista Fácil Nordeste não se responsabiliza por matérias assinadas. Proibida a reprodução total ou parcial de matérias ou fotos sem a autorização da Editora.

SUMÁRIO

Um pouco de consenso, toque, textura, espe-ciarias, algumas ervas, aroma e mais do que isso, inspiração. É desta forma que damos início ao nos-so caderno de gastronomia. Um espaço que pre-tende viajar no universo desta ciência e no que ela provoca com os nossos sentidos. Neste primeiro caderno vamos retratar referências dentro da gastronomia pernambucana e o que estas se pro-

põem a nos oferecer. Além disso, fazemos uma verdadeira viagem no mundo do vinho, contando um pouco de sua história e apresentando aqui verdadeiros íco-nes do velho e novo mundo. Bom apetite ou melhor, boa leitura, ou vice-versa, ou quem sabe, os dois ao mesmo tempo!

Ana Paula Bernardes

Capa:Duca LapendaFoto: Ana Paula Bernardes

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Depois de 10 anos, Miami volta a sediar o Pow Wow, o maior encontro de turismo para a promoção dos destinos americanos, para compradores de todo o mundo, e pela primeira vez a revista Fácil Nordeste participa deste evento. A festa de boas-vindas, com todo mundo vestido de branco, foi realizada em um trecho da praia mais badalada de Miami, South Bea-ch, repleta de bares, restaurantes e hotéis descolados. Destaque no local para o res-taurante Larios, da cantora Gloria Stefan, e o Miami Ink, loja de tatuagens que ficou renomada por causa do programa de TV que leva seu nome e onde uma pequena tatuagem sai por US$ 200.

Presentes no evento 4,5 mil delegados de 70 países, divididos em mil compradores internacionais, 130 compradores dos EUA, 2,7 mil fornecedores e 300 jornalistas. A comitiva do Brasil ficou hospedada no cinco estrelas Fontainebleu Hotel, que recente-mente passou por uma reforma milionária.

Com quatro torres e 1.504 apartamen-tos o hotel possui computadores Apple em todos os apartamentos, bem como TV de tela plana com 42 polegadas e amenidades no apartamento vindos do SPA do Hotel. Houve brunch ao ar livre para a imprensa no Bayside, no centro de Miami, com os convidados sendo recebidos por belas modelos com roupa de banho, estilo anos 50 e que contou ainda com a presença do prefeito de Miami, Manny Diaz.

A festa de encerramento no centro de Miami contou com a animação de uma es-cola de samba brasileira. Depois do jantar, todos foram convidados para assistir ao

show do cantor José Feliciano e trechos de A Vida e Musica de Célia Cruz, um musical sobre a falecida cantora cubana, que vai estrear no dia 6 de junho em Miami.

No ano passado, os EUA receberam 769 mil brasileiros, um crescimento de 20%, sendo o item compras o primeiro lugar na agenda dos conterrâneos. Do con-gresso, a certeza de que há 90% de chance de os brasileiros não precisarem mais de visto para entrar nos Estados Unidos.

Jornalistas brasileiros participantes do Pow Wow foram convidados para visitar e utilizar os serviços do SPA Chakra, do Hotel Conrad Miami, sendo recebidos por James Moss e o atendimento de Gretel Garcia e os terapeutas Liliana Frkovic, Todd Rondone e Tália Olivera.

Foto1: Roger Dow, presidente da US Travel Asso-ciation, faz o discurso inaugural

Foto 2: Jennifer Wessellhoff, presidente da Sedona Chamber of Commerce (EUA), recebe a Fácil, de Rogério Almeida

Foto 3: Luiz Moura, diretor no Brasil da US Travel Association

Foto 4: Hanka Janouskova, Carrie McMaster e Tina Brady

Foto 5: Linda Johansen, do KIng Frederik Inn, e Adam Hawthorne, do Hotel Corque em Solvang, California

Foto 6: Hélio Fraga (Jornal Hoje em Dia (BH) e Mar-tha Pantin (American Airlines)

Foto 7: James Moss, diretor de vendas do Conrad Miami, e equipe do SPA Chakra: Liliana Frkovic, Todd Rondone, Talia Olivera e Gretel Garcia

Foto 8: O prefeito de Miami, Manny Diaz, e Paulo Roberto Miranda

Foto 9: Hélio Fraga, Bete Abrahão (apresentadora de TV em Campinas (SP) e Rogério Almeida (Fácil NE)

Foto 10: Jussara Haddad, da US Commercial Ser-vice, e Olga Arima, da Designer Tours

Texto e fotos: Rogério Almeida

FÁCIL NORDESTE participa do Pow Wow-2009 em Miami

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Via Costeira de Natal de cara nova

O principal corredor turístico de Natal esta-rá de visual novo até dezembro. Com 8 km de extensão, a rodovia concentra a maior parte da rede hoteleira da cidade, é passagem obrigatória para os turistas e a principal rota de acesso ao litoral norte.

Estão sendo investidos cerca de R$ 13 mi-lhões na nova Via Costeira que com a dupli-cação, passará a ter duas pistas de 3,5 metros (mão e contramão), cada uma com duas faixas de mesmo sentido e separadas por um canteiro de 1,2 metro. O projeto também prevê a cons-trução de um passeio misto no lado dos hotéis, medindo 4,5 metros.

Além de duplicar as pistas de rolamento, o projeto dotará a rodovia de ciclovias, pistas para pedestres e iluminação a ser implantada no can-teiro central.

Noronha fica de fora das Sete Maravilhas Naturais do Mundo

O Arquipélago de Fernando de Noronha acaba de ser eliminada do concurso As Sete Maravilhas Naturais do Mundo. A Ilha ficou atrás de Galápagos, no Oceano Pacífico, e Coco Island, no litoral da Costa Rica.

A decisão foi tomada por um júri técnico e, desta vez, não foi considerado o voto popular que era feito através da internet. Os dois re-presentantes brasileiros foram as Cataratas de Iguaçu, no Paraná, e a Amazônia.

O resultado final será divulgado apenas em 2011, ainda sem data definida.

Cruzeiros passam a embarcar e desembarcar no Porto de Salvador

A partir de setembro os navios, que antes estavam apenas de passagem por Salvador, ago-ra vão ter a cidade como ponto de partida e de chegada. O número de visitantes originários de navios que passam por Salvador vem aumentan-do a cada ano. A presidente da Bahiatursa, Emí-lia Salvador Silva, ressalta a importância de ter Salvador como ponto de partida e chegada de Cruzeiros para o fomento do turismo na cidade. “Antes o turista ficava apenas algumas horas em Salvador, agora com o embarque e desembar-que aqui o passageiro vai querer aproveitar me-lhor o local, ficando aqui por alguns dias”.

Maceió ultrapassa Natal no ranking da CVC

O ranking comercial da CVC da primeira quinzena de julho apresenta novidades. Os cinco destinos mais vendidos do Nordeste foram, pela ordem, Porto Seguro, Fortaleza, Maceió, Natal e Porto de Galinhas. A informação é do setor de Comunicação Corporativa da operadora. Pela primeira vez a capital alagoana teve um volume de vendas maior que Natal, que chegou a ser o segundo destino mais vendido da CVC, à frente de Fortaleza e só perdendo para Porto Seguro.

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A quarta edição do Salão do Turismo - Roteiros do Brasil, que acon-teceu em São Paulo, de 1º a 5 de julho, rendeu frutos positivos. Ao todo, foram mais 95 mil visitantes, a equipe da Fácil Nordeste esteve no Pavi-lhão de Exposições do Anhembi conhecendo as oportunidades turísticas e culturais da feira.

O módulo de atividades Vitrine Brasil contabilizou R$ 831,1 mil em vendas. Dentre este montante, vendeu R$ 449,3 mil em peças de arte-sanato, segundo dados do Programa do Artesanato Brasileiro/MDIC. No espaço Jóias do Brasil, os resultados também superaram as expectativas. Foram vendidos R$ 104,3 mil em mercadorias. Já o Mercado da Agri-cultura Familiar teve um faturamento de R$ 226,3 mil e o espaço Moda, talentos do Brasil foram vendidos R$ 51,2 mil.

Outro destaque do evento foi a Área Gastronômica que se dividiu entre as regiões brasileiras com cardápios diferenciados. O espaço atendeu 12 mil visitantes e serviu 43 mil porções, faturando ao todo de R$ 210 mil.

Finalizada a primeira etapa do projeto Pernambuco Bom pra Você

Depois de apresentar o poten-cial de Pernambuco in loco em cinco cidades do nordeste (Salvador, Ara-caju, Fortaleza, Natal e Maceió), o projeto de promoção turística esta-dual, o Pernambuco Bom Pra Você, chegou ao final da primeira etapa com saldo extremamente positivo.

Foram mais de 800 agentes de viagens e operadoras que aprenderam a encarar Pernambuco de uma forma inovadora, através de informações recebidas durante as palestras de capacitação do destino Pernambuco comandadas pelo showman Sérgio Gusmão.

A ação, fruto de parceria entre o Recife Convention & Visitors Bu-reau e a Secretaria de Turismo de Pernambuco com apoio das Secre-tarias de Turismo do Recife e do Ipojuca, caracterizou-se como uma oportunidade de aproximação com os profissionais do setor e conse-quentemente com o consumidor final dos destinos: o próprio turista. O projeto ainda seguirá para nove cidades do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País a partir de agosto.

Com um investimento de R$ 2,5 milhões, o Pernambuco Bom Pra Você contribuiu para fortalecer a imagem do Estado perante os agentes de viagens dos principais mercados emissores. “Devido à baixa do dólar, os brasileiros estão começando a viajar cada vez mais dentro do País. E isso faz que o nosso turismo interno se fortaleça ainda mais e, nessa direção, Pernambuco tem saído na frente”, comenta o secretário de Turismo de Pernambuco, Sílvio Costa Filho.

Equipe Fácil Nordeste marca presença no Salão Turismo

CBCVB apoia projeto que investirá parte da tarifa de embarque no turismo

O presidente da CBCVB (Confederação Brasileira de Convention & Visitors Bureaux), João Luiz Moreira, apresentou, sua intenção em ver aprovado o Projeto de Lei nº. 5402/09 de autoria do Deputado Federal Marcelo Teixeira (PR-CE). A proposta determina que 50% do valor, hoje, arrecadado com a tarifa de embarque internacional e com o Ataero (Adicio-nal de Tarifa Aeroportuária) correspondente sejam destinados a Embratur.

Dessa forma, a proposta estabelece que a parcela destinada à Em-bratur seja aplicada na divulgação do Brasil no exterior, como forma de atrativo a um maior fluxo de turistas ao país. “Com isso teremos maior movimentação econômica, além de uma elevação na própria arrecada-ção do tributo”, comentou o presidente.

O texto de Lei assegura também que os 50% restantes sejam utiliza-dos pela Infraero para auxiliar no cumprimento de suas atribuições.

Fortaleza lança Seguro SolO secretário do turismo Bismarck Maia, lançou no início do mês de

julho a terceira edição da promoção Seguro Sol. A ação é uma estratégia do Governo do Estado, desenvolvida por meio da Secretaria do Turismo (Setur), em parceria com o trade local e através da operadora CVC, que tem o objetivo de divulgar e promover o destino Ceará.

Para o Secretário Bismarck Maia, autor da idéia, o Seguro Sol é um diferencial competitivo. “É uma ação direcionada para aqueles que fogem do frio e da chuva, certos de que terão o sol para embelezar a paisagem. E se a chuva cair, nós garantimos a chance deles voltarem. Os turistas poderão vir ao Ceará com a garantia de bom tempo”.

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O secretário de Turismo de Pernambuco, Sílvio Costa Filho, anunciou uma série de obras voltadas para a requalificação do patrimônio histórico e cul-tural do Estado. O conjunto de intervenções está orçado em mais de R$ 27 milhões que será em-pregado até 2011, englobando os municípios de Recife, Olinda, Itamaracá, Igarassu e o Arquipélago de Fernando de Noronha.

“O nosso diferencial entre os outros destinos de Sol e Mar é a nossa cultura. É importante para o Estado que cuidemos do nosso patrimônio e, por esse motivo, estamos realizando esses investimen-tos”, declarou o secretário Costa Filho.

A grande maioria das ações de requalificação será realizada com recursos oriundos do Prodetur II e Prodetur Nacional. São elas:Mercado Eufrásio Barbosa (Olinda) – Res-taurar o mercado assegurando a sua integridade arquitetônica para adequá-lo a usos que reafirmem sua vocação como equipamento cultural, transfor-mando-o em Centro da Cultura Popular de Per-nambuco. O projeto arquitetônico está em elabo-ração e a estimativa da ação é de R$ 5 milhões.Museu do Estado (Recife) – Requalificação do prédio com a realização de várias intervenções como, por exemplo, projeto paisagístico dos jar-dins, pavimentação do estacionamento, climatiza-ção do casarão principal. O valor previsto é R$ 1,1 milhão. A obra está na fase de licitação.Requalificação da Vila dos Remédios (Fer-nando de Noronha) – Recuperação da Arma-zém de Cereais, Casa de Banho do Presídio e de-sassoreamento de um trecho do Riacho Mulungu. Com edital previsto para ser lançado em julho de 2009, o investimento previsto é de R$ 1,9 milhão.Requalificação do Alto da Sé (Olinda) – Restauração da Caixa D´àgua com instalação de elevador panorâmico, construção de Mercado de Artesanato, reforma e revitalização do Largo da Sé. O orçamento é R$ 4,5 milhões. A estimativa é que a obra seja finalizada em dezembro deste ano.

Plano de Preservação de Vila Velha (Ita-maracá) – Promover a preservação e melhoria das condições ambientais, paisagísticas e urbanís-ticas do Sítio Histórico de Vila Velha. A execução do plano está em andamento e o orçamento é de R$ 335,6 mil.Projeto de Requalificação do Engenho São João (Itamaracá) – Elaboração de pro-jeto para a recuperação da Casa Grande do En-genho São João, onde será instalado o Museu do Conselheiro João Alfredo. O valor estimado é R$ 500 mil.Requalificação do Engenho Monjope (Iga-rassu) – Elaboração de projeto para recuperar o conjunto patrimonial do Engenho Monjope e seu entorno. A elaboração do projeto-executivo está em processo licitatório e o valor estimado é de R$ 500 mil.Trilhas do Patrimônio (Recife) – Trata de ações de melhoria da acessibilidade nas vias de maior circulação de pedestre, onde se desenvol-vem os circuitos turísticos mais atrativos do Bairro do Recife. O valor para o investimento é de R$ 2,3 milhões e está em fase de licitação.Caminhos do Recife (Recife) – Ações de me-lhoria física nas ruas que compõem os circuitos tu-rísticos e culturais dos bairros de Santo Antônio e São José. O valor previsto é R$3,7 milhões e está em fase de licitação.Forte das Cinco Pontas (Recife) – Ação de requalificação física do Forte das Cinco Pontas e a instalação de um portal de turismo de abrangência metropolitana. O edital já foi publicado e o valor do investimento é de R$ 2,6 milhões.Cruz do Patrão – Elaboração de projeto para a urbanização no perímetro de atuação da Cruz do Patrão, compreendendo as intervenções de requalificação física e a execução do projeto de agenciamento ao Monumento Cruz do Patrão e ao Centro Cultural. O valor do investimento é R$ 5 milhões.

Reformas prósperas para o turismo pernambucano

Pernambuco lança roteiro integrado ‘Civilização do Açúcar’

A Secretaria de Turismo de Pernambuco / EMPETUR lançou no início de julho durante o 4º Salão do Turismo, o roteiro integrado ‘Civilização do Açúcar’. Combinado com os estados de Alagoas e Paraíba, o trajeto deseja mostrar, através das histórias e estruturas dos engenhos, os atrativos que envolvem aquela que foi a primeira riqueza do país.

Berço da Civilização do Açúcar, Pernambuco será representado no roteiro pelas cidades do Recife, Olinda, Igarassu, Ilha de Itama-racá, Goiana, Vicência, Nazaré da Mata e Ipojuca. Com a chegada do donatário Duarte Coelho, no final do século XVI, foram sendo implantados os engenhos nas várzeas dos rios. Primeiro a do Be-beribe, mais próxima à Olinda, primeira vila da Capitania, depois os engenhos foram se espraiando pelas margens do Capibaribe. As águas eram tanto importantes para mover as moendas quanto para escoar a produção de açúcar que vinham dos engenhos, em balsas, até o porto do Recife, onde embarcavam para Portugal.

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Entrevista

Nicácio Filho, Diretor Comercial

Foto: Roberto Stuckert

Paraense de nascimento e pernambucano de coração. É assim que se define Fernando Ni-cácio da Cunha Filho, que, aos 39 anos, acu-

mula um currículo invejável. Formado em Administração de Empresas, com pós-graduação em Planejamento e Gestão Organizacional, já realizou diversos cursos, nacionais e interna-cionais, que vão de Gestão Ambiental em Aeroportos e Gerenciamento de Crises a Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos. Sua vivência da realidade nos aeroportos vem da trajetória profissional iniciada há 18 anos na Infraero. Nesta empresa, a competência de Nicácio Filho o levou a galgar cargos como os de supervisor de aeroporto, chefe da Seção de Trá-fego e Facilitação, chefe da Divisão de Operações, coordenador de Opera-ções, gerente de Operações Regional e superintendente do Aeroporto do Recife, até alcançar o cargo de supe-rintendente regional do Nordeste, em 2006. Alçado no final ano passado à Diretoria Comercial da Infraero, em Brasília, num momento de valoriza-ção do quadro técnico da empresa, Nicácio Filho revela nesta entrevista como foi atender ao chamado e cor-responder à expectativa gerada junto aos funcionários, que, pela primeira vez, se veem representados no mais alto escalão da empresa por um fun-cionário de carreira.

Fácil Nordeste: Quais as diferenças entre administrar uma regional com 10 aeroportos e uma Diretoria Comercial com 67 aeroportos?

Nicácio Filho: Mesmo diante da complexi-dade dos dois níveis de administração, resumida-mente, eu diria que na Diretoria o foco é a gestão estratégica corporativa, enquanto no Aeroporto é o operacional. Em ambos os casos, o objetivo é cumprir a Missão da Infraero em prover infraes-trutura e serviços aeroportuários com segurança, conforto, eficiência no modal aéreo e com com-prometimento com a integração nacional.

Fácil Nordeste: Como foi esta mudança, de cidade e de vida. Como se sente um admi-nistrador que sai do contexto de uma Regional Nordeste e enfrenta a realidade de Brasília, sede do poder e da política nacionais?

Nicácio Filho: Extremamente desafiadora em todos os aspectos, empolgante e dinâmica, por propiciar intensa e diversificada experiência,

interação e negociação com todos os segmentos do comércio exterior, na área de logística de carga, na atividade comercial, nas áreas de va-rejo, serviços, concessões, novos negócio e no turismo. Essa relação proporciona permanente sinergia com os altos executivos da Infraero e dos organismos públicos e privados.

Fácil Nordeste: Houve alguma “bagagem” adquirida na experiência como superintenden-te regional do Nordeste que o tenha ajudado nesta transição?

Nicácio Filho: A minha carreira na Infraero teve início em 1992, sendo alicerçada pelo exer-cício de praticamente todas as funções de linhas da empresa até a Superintendência Regional Nordeste. O conhecimento adquirido, com muita capacitação e gestão na área operacional, foi o que mais me credenciou para a carreira executiva na Infraero. Entendo que a “bagagem” é o que com-plementa o perfil técnico e o que mais esmero é:

Apostando numa Infraero mais forte

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integridade, visão estratégica, liderança, conheci-mento das operações da empresa, capacidade de decisão, negociação e coordenação de trabalhos em equipe, foco nos resultados, ética no trato das questões profissionais e sociais, motivação, pró-atividade e habilidade para o trato interpessoal.

Fácil Nordeste: Quais os maiores desafios enfrentados na administração de uma empresa como a Infraero, pela sua abrangência e im-portância estratégica na integração nacional? Como a sua diretoria se inseriu neste contexto?

Nicácio Filho: A Infraero é a segunda maior empresa administradora de Aeroportos do mundo, com 67 aeroportos, sendo 32 interna-cionais, operando mais de 2,1 milhões de pousos e decolagens e transportando 113 milhões de passageiros em 2008, além de 34 Terminais de Carga e 80 Unidades de Navegação Aérea. Desses 67 Aeroportos, 21 são superavitários. Os investimentos necessários para manter o padrão operacional e de segurança nos aeroportos defici-tários são originados pelas receitas aeroportuárias e comerciais dos aeroportos superavitários, sem qualquer dependência financeira. Os pequenos e mais longínquos aeroportos são importantíssimos como fator de integração nacional e desenvolvi-mento. A aviação é, por vezes, o único meio de entrar e sair de determinadas regiões. Mesmo não sendo economicamente viável, eles são es-senciais. Os aeroportos superavitários equilibram as contas da Infraero, ou seja, os superavitários mantêm os deficitários. Nesse contexto, a Dire-toria Comercial trabalha com foco na captação de receitas comerciais e de logística de cargas, sempre objetivando desenvolvimento sustentável dos negócios aeroportuários.

Fácil Nordeste: Qual a maior dificuldade enfrentada para desenvolver seu modo de administrar a área comercial da Infraero?

Nicácio Filho: O mundo dos negócios é muito imprevisível e dinâmico. Por isso costumo impor um ritmo de trabalho forte com foco nos resultados. São muitas reuniões de negócios, eventos, workshop e seminários que possibilitam conhecer melhor e empreender o mercado global. O maior desafio da administração pública é criar oportunidades de negócios dentro de um modelo regulatório que, muitas vezes, exige todos os passos licitatórios e isso requer um comprome-timento permanente, pois a cada vez o mercado fica mais complexo, volátil e insondável. Dessa forma, mesmo sendo os aeroportos uma exce-lente e atrativa oportunidade para quem pretende desenvolver um negócio, é preciso agilidade e competência da Administração para manutenção e captação das novas receitas comerciais, em har-monia com a velocidade imposta pelo mercado.

Fácil Nordeste: o senhor crê ter implan-tado um novo modelo de gestão à frente da sua diretoria?

Nicácio Filho: Em que pese estar à frente da Diretoria Comercial por apenas seis meses,

tive como um dos principais objetivos contribuir para o aperfeiçoamento do modelo de gestão por resultados, tendo como política o desenvol-vimento e a ampliação das atividades comerciais e os novos negócios, com foco na satisfação dos clientes e na rentabilidade. Nosso modelo de administração tem como premissa a participação e convergência de todos da Diretoria Comercial e das demais Diretorias, prospectando e prio-rizando o atendimento ao mercado com trans-parência e equidade na gestão da coisa pública.

Fácil Nordeste: A atual diretoria da Infra-ero é a primeira formada exclusivamente por funcionários de carreira, o que gerou forte ex-pectativa junto aos cerca de 12 mil empregados da empresa. Como foi trabalhar sob a pressão desta expectativa? Que resultados demons-tram a qualidade do trabalho desenvolvido?

Nicácio Filho: Meu entendimento é que as empresas que desejam ter sucesso e resultados crescentes se veem sob uma nova realidade de potencializar a gestão técnica. Foi exatamente essa a intenção do presidente da empresa, o tenente brigadeiro. Cleonilson Nicácio, quando convidou a atual Diretoria para esse desafio. Quanto à pressão da expectativa dos colegas da

Se a decisão for pela abertura de capital, espera-se que a Infraero fique mais fortalecida, pois isso permitirá que a empresa busque recursos no mercado e, também, tenha a oportunidade de captar aeroportos no exterior para serem administrados pela Infraero.

Fácil Nordeste: Existem ameaças externas

que podem quebrar o monopólio da adminis-tração aeroportuária, hoje nas mãos da Infraero?

Nicácio Filho: Na realidade a rede aero-portuária brasileira é composta por mais de 2.500 aeródromos/aeroportos. Destes, 743 são públicos e mais de 1.700 de utilização privativa. A rede do Brasil é a segunda maior do mundo, ficando atrás apenas da dos Estados Unidos. Dos 743 aeródromos abertos ao público, a Infraero administra apenas 67 aeroportos. Há, também, aeroportos abertos ao público administrados por Estados, como os do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo e por municípios. Então, hoje já temos concorrentes, inclusive na iniciativa privada, como no caso dos aeroportos de Porto Seguro, na Bahia, Cabo Frio e Angra do Reis, no Rio de Janeiro, Juiz de Fora, em Minas Gerais, administrado pela Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico.

Fácil Nordeste: Quais conselhos o senhor daria aos jovens administradores que são lançados no mercado de trabalho anualmente:

Nicácio Filho: Não raro às vezes no mundo coorporativo empresarial, a promoção de um empregado é rotulada de sorte. Se eu pudesse dar algum conselho, diria para manterem-se sempre capacitados, atualizados, conhecendo os valores da empresa, a sua política, desenvolvendo capa-cidades de planejar e gerir recursos, que tenham iniciativa, procurem viabilizar resultados positivos, tenham objetivos, ousem com responsabilidade, sejam éticos e honestos. A sorte sempre é bem-vinda, mas deve ser construída, pois não adiantará uma promoção sem correspondermos às expec-tativas. Então, a mensagem ou o conselho é de boa sorte, lembrando que sorte é a oportunidade com o conhecimento e competência.

Fácil Nordeste: O senhor hoje é um exe-cutivo amadurecido. Quais são seus planos?

Nicácio Filho: Identifico-me muito na gestão direta junto aos aeroportos. Como superinten-dente regional, vivenciam-se experiências práticas e decisórias um pouco diferentes da sede, em virtude do envolvimento diário com a atividade fim e isso é muito prazeroso. Poucos empregados tiveram a experiência de ser diretor da Infraero, o que também é fantástico. Seja na sede, regional ou no aeroporto, terei muito orgulho em contribuir com a empresa, mantendo o mesmo comprome-timento, honestidade e entusiasmo que balizam cada dia da minha jornada de trabalho. Como tive alguns convites para ingressar na atividade acadêmica é possível, que em curto prazo, seja oportuno conciliar a gestão em uma das Regionais da Infraero, com essa nova perspectiva.

Infraero, vejo-a mais como um combustível que impulsionou o nosso trabalho. Posso relacionar uma infinidade de resultados concretos alcança-dos pelas cinco Diretorias. Porém, me atenho à Diretoria Comercial, destaco que mesmo diante da crise econômica mundial fechamos o primeiro semestre de 2009 com crescimento de 11% da receita comercial em relação a 2008. Os inves-timentos em execução estão na ordem de 64 milhões de reais em melhoria na infraestrutura, tecnologia e em equipamentos para os Terminais de Carga, além da implantação do 34º Terminal de Carga da Rede, entre outros.

Fácil Nordeste: Qual a sua visão sobre o momento que passa a Infraero, com as pers-pectivas de privatização ou abertura de capital?

Nicácio Filho: Conhecendo a magnitude da empresa e dispondo a mesma de um capital in-telectual e expertises de referência internacional, o meu desejo é opção pela abertura do capital, para que o setor de administração de aeroportos seja fortalecido no País. Entretanto, compete ao governo definir o que pretende para a Infraero.

Meu entendimento é que as empresas que desejam ter sucesso e resultados crescentes se veem sob uma nova

realidade de potencializar a gestão técnica.

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Em todo o mundo, a fé e a devoção atraem milhares de turistas que viajam seja em busca das procissões, dos espetáculos religiosos ou mesmo para conhecer locais marcados pela re-ligiosidade. Fácil lembrar de cidades como Síria, Meca, Roma, Fátima e a Terra Santa que atrai religiosos em várias épocas do ano.

Aqui no Brasil, considerado o maior País Ca-tólico, alguns pontos turísticos estão sacramenta-dos como redutos de fé. Segundo a Embratur, Empresa Brasileira de Turismo, uma pesquisa feita pela USP mostrou que cerca de 15 milhões de brasileiros viajam para pontos turísticos religiosos. A pesquisa mostrou que de 1998 para 2006, houve elevação do número de viajantes brasilei-ros com este propósito. Esse número pulou de 2,7% do total de turistas que viajaram para 3,2%.

Ainda segundo a Embratur, as cidades brasi-leiras que mais atraem religiosos ou até mesmo curiosos são: Juazeiro do Norte, no Ceará, a famosa terra do Padre Cícero, Aparecida do Norte em São Paulo, Belém do Pará na festa do Círio de Nazaré, Nova Trento em Santa Catarina onde tem o Santuário de Madre Pau-lina. E embora haja uma grande procura só na Semana Santa, o município de Brejo da Madre de Deus em Pernambuco também recebe mul-tidões quando é narrado o espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. O local é consi-derado o maior teatro ao ar livre do mundo.

Também há o município de Paudalho com a fes-ta do seu padroeiro, São Severino dos Ramos.

Juazeiro do Norte, no Sertão do Cariri, é vista hoje como a segunda maior cidade em desenvolvimento econômico no Ceará. Dis-tante 563 km de Fortaleza, é a terra do Padre Cícero Romão Batista, considerado santo pelos seus devotos. Conta a tradição que quando ele pregava uma missa em 1889, na hora da comu-nhão, a hóstia consagrada por ele sangrou na boca de uma beata chamada Maria de Araújo. Vendo aquilo, o povo considerou o fato um mi-lagre e as toalhas utilizadas para limpar o sangue de Maria, tornaram-se objetos de adoração. O boato se espalhou de canto a canto do mundo e Juazeiro começou a ser visitada por peregri-nos, que gostariam de ver de perto os ditos poderes milagrosos do padre.

E até hoje a visita ao “Padim Ciço”, po-pularmente conhecido, é tradição no Ceará. A cidade de Juazeiro realiza ao longo do ano várias romarias, atraindo mais de dois milhões de romeiros para lembrar do “santo”,como do que ele representou em vida para a cidade de Juazeiro. Em 24 de março e 20 de julho, datas de nascimento e morte de Padre Cíce-ro respectivamente; na primeira quinzena de setembro, quando acontece a Festa da Padro-eira Nossa Senhora das Dores; e no Dia dos Finados, em 2 de novembro.

Passando pela cidade, seu principal pólo de visitação é a Serra do Horto, onde subindo 43 degraus se alcança a estátua de Padre Cícero com 25 m de altura lugar onde se localiza o Museu Vivo, com bonecos de cera em tama-nho natural que retratam passagens da vida do Patriarca de Juazeiro, uma igreja e sala de ex-votos. Lá também se encontram o Santo Sepul-cro, a Muralha da Guerra de XIV e a Via Sacra.

Já os peregrinos visitam O Santuário do Coração de Jesus, a Igreja Matriz Nossa Se-nhora das Dores, considerada a primeira capela da cidade, datada de 1827, que foi reformada pelo Padre Cícero em 1872, quando passou a ser considerada Igreja. No seu entorno está o Centro de Romeiro e uma área para realização de missa campal. Também por lá se encontram a Capela Nossa Senha do Perpétuo Socorro e o Memorial do Padre Cícero abriga um acervo de fotos, publicações, documentos, mobiliário e objetos de uso pessoal do Padre. O espaço contempla um auditório com capacidade para 500 pessoas onde são realizados os principais eventos da região.

Também no Cariri, no município de Barba-lha, durante a festa de Santo Antônio, ou como é popularmente conhecida a “Festa do Pau da Bandeira”, milhares de fiéis vão às ruas para homenagear o padroeiro e para acompanhar a passagem de um grande tronco de madeira que

Turismo Religioso,a fé que atrai multidões

Religiosidade

Fotos: Divulgação Setur/CE

Encenação da Paixão de Cristo em Brejo da Madre de Deus Estátua homenageia Padre Cícero, em Juazeiro

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é carregado por centenas de devotos. Outra manifestação de fé é o ritual dos Penitentes com os Caretas, seguidores de auto-flagelação como pedido de perdão pelos pecados cometidos.

Mas nem só de religiosidade vive Juazeiro do Norte. Na gastronomia é marcada pelo seu tempero especial, o piqui. Além do Cariri, o fru-to só pode ser encontrado em algumas regiões de São Paulo, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. O cheiro forte e a cor amarela do fruto cozido são carac-terísticas da iguaria.

Para acompanhar o prato, os turistas podem pedir capote, galinha de capoeira (caipira) ao molho pardo ou mesmo uma deliciosa carne-de-sol com macaxeira. Os restaurantes em Ju-azeiro do Norte preparam ainda outro prato famoso: o mugunzá salgado, que consiste na combinação de milho, feijão, charque, tripa e mocotó de boi.

Também se encontra por lá a forte marca do artesanato, como é o caso do Centro de Cultura Mestre Noza, espaço de exposição e comercialização que concentra obras - escultu-

ras principalmente - de artistas de toda a região do Cariri. Os artistas integram a Associação dos Artesãos do Padre Cícero.

O local é uma floresta inanimada de escul-turas em umburana dos mais diversos tama-nhos, temas, traços... Lá, pode-se mergulhar por horas à procura da peça que mais lhe im-pressione e ver artistas trabalhando, atendendo encomendas para outros estados ou mesmo outros países. Fica localizado na Rua São Luiz, 94 Centro.

Outro destaque é a arte em barro e pintura, no Atelier das Irmãs Cândido. As peças desta fa-mília constam do acervo de importantes museus e coleções particulares no Brasil e no exterior, e constituem um dos melhores conjuntos da arte popular brasileira, com temas da vida cotidiana e familiar. A mãe assina MLC e as filhas, Cícera Monteiro-Ciça, Maria Francisca Monteiro, Maria das Dores Monteiro, Maria do Socorro Cândi-do-MSC e Maria Cândido Monteiro-MCM.

Ao lado de Juazeiro do Norte, Canindé é o principal pólo do turismo religioso no Cea-rá. A devoção a São Francisco das Chagas faz

com que a cidade receba anualmente, entre 29 de setembro e 4 de outubro, milhares de fiéis vindos de todo o país. A Basílica de São Francis-co, construída no início do século XX, é para-da obrigatória para os peregrinos, que chegam à cidade de carro, ônibus e até mesmo a pé. Para o turista, a Basílica revela uma surpresa: uma exposição de ex-votos mostra toda a fé do povo brasileiro. Ex-votos são esculturas rústicas feitas de madeira retratando, principalmente, órgãos do corpo humano, que são oferecidos à igreja como homenagem por uma graça rece-bida ou promessa cumprida. Canindé também possui boas trilhas para os aventureiros na Serra do Tamanduá e no Serrote Amargoso.

O interior pernambucano também arrasta multidões em torno da fé. A cidade de Pauda-lho, é marcada pela sua forte religiosidade. Seu principal atrativo é o Engenho Ramos, com sua Capela de Nossa Senhora da Luz abrigando a imagem de São Severino, tida como milagrosa e que possui romarias entre os meses de setem-bro a janeiro.

Na casa dos milagres, localizada ao lado da capela, existem muitos ex-votos, que são registros de reconhecimento dos fiéis pelas graças alcançadas. A religiosidade do município também está retratada pela presença de mui-tas igrejas e capelas, além do Mosteiro de São Francisco. Esse último, de data de construção incerta e hoje abandonado, serviu de refúgio aos religiosos de vários conventos e mosteiros pernambucanos durante a invasão holandesa a Pernambuco (séc. XVII).

Não menos importante e conhecido nacio-nalmente está a cidade de Brejo da Madre de Deus que abriga a Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, no maior Teatro ao ar livre do mun-do. A cidade chama atenção pela sua formação rochosa, bem como pela religiosidade dos fiéis e curiosos que querem ver a encenação do es-petáculo da Paixão durante a Semana Santa e do Auto de Natal, nas festividades de final de ano.

No caso da paixão, a mobilidade das cenas ao narrar os últimos momentos de Jesus ganhou ares cinematográficos. É uma super produção que há alguns anos conta com a participação de atores globais nos papéis principais. No entanto são os moradores da região que fazem o papel de figurantes. Um verdadeiro espetáculo ao ar livre que junto a própria estrutura local dão ares de viagem no tempo.

Devotos fazem peregrinação no Ceará

Romaria na Capela Nossa Senhora da Luz, devoção a São Severino dos Ramos

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O Brasil ainda não é considerado um país velho, mas caminha para isto possuindo hoje uma das maiores taxas de crescimento da po-pulação idosa do Mundo. Segundo dados do IBGE, nos últimos 30 anos a população bra-sileira com idade acima de 60 quintuplicou. Entenda esse universo como 14,5% dos bra-sileiros, algo em torno de 24 milhões de pes-soas. Estima-se que este número subirá para 34 milhões nos próximos dez anos.

Em meio a este turbilhão de números, nos deparamos com o conceito de terceira idade que sempre esteve relacionado a um perío-do de fragilidade e limitações onde as pessoas deveriam descansar mais ou pelo menos, de-sacelerar suas atividades. Certo? Nem tanto!

Hoje este paradigma tem mudado e em vá-rias partes do mundo, a terceira idade tem mos-trado que ainda há vigor ou pelo menos, muito o que se viver ainda. Com a pós-modernidade e em pleno afã da tecnologia o envelhecimento tem dado oportunidades para realizar atividades esquecidas ou nem pensadas ao longo da vida.

Em diversos lugares esse aumento da po-pulação idosa tem mostrado que este público que antes temia com o que fazer com a che-

gada da aposentadoria, hoje é um turista em potencial.. Na Europa, para cada seis turistas, um já passou dos 60 anos. Nos Estados Uni-dos, os idosos representam 80% do total das viajantes domésticos no país. E no Brasil, já são 9 milhões de idosos viajando todo ano.

Se compararmos ao Brasil este número ain-da é tímido, no entanto este segmento turístico está crescendo a cada ano, devido ao aumento desse público e, principalmente, pela conscienti-zação da importância da atividade física e do lazer para se ter uma vida melhor. Hoje, independen-te da idade, as pessoas estão sendo bombardea-das com informações que garantem a qualidade de vida e dentro disso, são estimuladas ao mo-vimento e à valorização de hábitos saudáveis. E por que não inserir viagem, nesta nova conduta?

A agência de viagens Luck viagens existe no mercado nordestino há cinco décadas. A empresa é uma das que confirma os dados e preferências desse público viajante. “Somos uma agência que está completando 50 anos em 2010. Temos um público fiel que nos acompanha ao longo dessa nossa trajetória. Tendo em vista a questão da segurança, é um público que prefere pagar por pacotes mais

caros de Operadoras de renome no merca-do do turismo”, destaca a diretora da agência Sandra Luck.

O público da terceira idade já entrou na era da estabilidade financeira. Estão com filhos cria-dos e possuem despesas diferenciadas. “Tem uma frase do Sr. Luck, fundador da agência, que diz: VIAJAR É VIVER... e acho que é exa-tamente o que todos os passageiros buscam quando viajam. É um público extremamente exigente e mesmos para os mais viajados, a grande preferência ainda é a “Velha” Europa e Cruzeiros marítimos. O turista idoso exige cobertura de seguro de viagens, Assistência e serviços de translados em aeroportos, que a viagem seja em excursão e claro, que tenha um clima agradável”, ressalta Sandra.

Enxergando tudo isso e trabalhando em cima deste incentivo, foi criado em 2008 o programa Viaja Mais Melhor Idade pelo Minis-tério do Turismo. A ação tem como objetivo promover o lazer e qualidade de vida para pes-soas com mais de 60 anos, bem como alavan-car a ocupação da rede hoteleira do País, nos períodos de baixa estação, oferecendo pacotes de hospedagem com até 50% de desconto.

A melhor idade para viajarTurismo na terceira idade alcança grande público

Turismo

Por: Ana Paula Bernardes / Fotos: Arquivo Pontes Hotéis

Viagens se tornam estímulo na terceira idade

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No setor de hospedagem, o programa está sendo coordenado pelo Instituto Marca Brasil. O Viaja mais está na segunda temporada e tem sido visto com muito sucesso. Já são mais 11 mil intenções de reservas reunindo 2 mil meios de hospedagem em 500 municípios brasilei-ros. “ É um programa jovem que tá começan-do ainda, mas que tem feito a iniciativa privada pensar de forma diferenciada e por isso tantas adesões”, destaca a Superintendente do Marca Brasil, Daniela Bitencourt.

O programa começou com a organização e comercialização de pacotes customizados para a terceira idade, além da concessão de uma linha de crédito consignado para estimular as viagens desse público. No primeiro ano foram vendi-dos nove mil pacotes, 30% além do esperado. “Batemos uma meta e isto tem estimulado mais empresas a se cadastrarem, pois está claro que é um produto que funciona, melhora a qualida-de de vida dos idosos e faz com que eles intera-jam com outros grupos”, explica Daniela.

Para operacionalizar o projeto, o Ministé-rio do Turismo, treinou mais de 4 mil agentes para recepcionar os idosos e mais de 1.500 agências estão credenciadas para vender uma variedade de cerca de 500 pacotes com pro-dutos e serviços exclusivos para este público. “O Ministério e a Caixa Econômica Federal também fizeram campanha através da distribui-ção de guias-informativos vendendo não só os pacotes, como mostrando os hotéis e meios de hospedagens cadastrados. Isso fez com que tivéssemos mais de trinta mil idosos cadastra-dos no site no portal”, ressalta.

Esses avós podem participar de aulas de alongamento e relaxamento, hidroginástica, aulas de dança, arco e flecha, tênis, putting green (mini campo de golfe para praticar ta-cadas), fazer passeios ecológicos, de catamarã ou até a vila de Porto de Galinhas.

Além disso são oferecidos também ofici-nas de artesanato e culinária, gincanas, jogos de tabuleiro e bingo. Isso sem falar na piscina de 2,3 mil m² de espelho d’água com direito à decks molhados, cascatas e ilhas decoradas com jardins tropicais. Como cortesia, o hós-pede ganha ainda uma hora diária de uma sé-rie de esportes (caiaque, barco à vela, passeio de bicicleta e muito mais).

Os netos acompanhantes podem usufruir de jogos, parquinhos de brinquedos, toboá-gua na piscina, golfe infantil e curtirem o res-taurante mirim do hotel.

À noite, a animação toma conta do Sum-merville com jogos e shows de vários tipos de danças e ritmos, além de exibição de video-clipes, filmes e karaokê. Enfim, opções de di-vertimento é o que não faltam por lá. O jantar também é um momento cultural, pois cada dia reserva uma surpresa gastronômica com igua-rias de diversos países.

Serviço:

Viaja mais Melhor idadewww.viajamais.com.br

Summerville Beach Resort Central de reservas Recife: (81) 3302.4446 www.summervilleresort.com.br

O Viaja Mais Melhor Idade Hospedagem conta com o apoio da Associação Brasileira da Indústria da Indústria de Hotéis (ABIH Na-cional), Federação Nacional dos Hotéis, Res-taurantes, Bares e Similares (FNHRBS), Asso-ciação Brasileira de Resorts (ABR), Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil ( FOHB) e gestão do Instituto Marca Brasil (IMB).

Os interessados em participar do programa devem acessar o site do Portal (www.portal-dehospedagem.com.br) e fazer seu cadastro. Lá está claro que os idosos têm descontos nas diárias. Basta verificar quais são os hotéis con-veniados na relação que também está no site. Em cima do valor exposto das diárias, calcula-se o desconto. E em alguns casos, existe ainda a tarifa promocional, com valores muito mais em conta do que o próprio programa dita.

Hotéis investem em programação de lazer

O Summerville Beach Resort, considera-do o melhor resort do Nordeste é um dos grandes hotéis da região que oferecem paco-tes e programação diferenciada para a Melhor Idade. A equipe de esportes e lazer do resort oferece uma programação que garante diver-são tanto para idosos, quanto para os netos, disponibilizando inclusive, que duas crianças, de até 12 anos, tenham estadia gratuita desde que acomodadas no mesmo apartamento dos avós responsáveis.

Programação de lazer em grandes hotéis

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Entrevista

Paulo Varejão, Procurador-geral de Justiça (MPPE)

Reeleito em janeiro deste ano para um novo mandato de dois anos no cargo de procurador-geral de Justiça, Paulo Varejão, tem dado ao Ministério Público

de Pernambuco (MPPE) um novo perfil. A Instituição vem se mostrando cada vez mais democrática e transparente. A ponto de ser elogiada indiretamente pelo gover-nador Eduardo Campos, que tem sempre destacado a importância da excelente rela-ção institucional mantida pelo MPPE com o Judiciário, o Executivo e o Legislativo pernambucanos. Em entrevista exclusiva à FÁCIL NORDESTE, Paulo Varejão falou dos avanços conquistados pelo Ministério Público durante sua gestão e abordou as dificuldades próprias do cargo. Ao longo da conversa, mostrou-se um homem público extremamente simples, bem humorado, cordial e de fala calma. Confira a entrevista:

PV – Claro. Mas já temos pronto o projeto arquitetônico de construção de uma moderna sede única na Ilha Joana Bezerra.

FN – Dos seus projetos administrativos, qual o que falta ser implementado?PV – A reforma da Lei Orgânica do MPPE, cujo projeto já se encontra em discussão no Colégio de Procuradores de Justiça. Pretendemos, com isso, atualizá-la frente às recentes modificações constitucionais e legislativas, além de alterá-la em pontos que permitam a implementação no âm-bito institucional da democratização e descentra-lização almejadas.

FN – Qual ponto o senhor destacaria nessa reforma?PV – A possibilidade de os promotores de Jus-tiça concorrerem ao cargo de procurador-geral, como já acontece em boa parte dos Estados da Federação.

FN – Na chefia do Ministério Púbico de Per-nambuco, o senhor já viveu situações muito difíceis, a exemplo da greve dos médicos no ano passado. Isso não o desmotiva?PV – Pelo contrário. Sempre que os interesses das camadas mais carentes da população são ameaçados, a atuação do Ministério Público se faz ainda mais necessária.

FN – Qual a maior dificuldade enfrentada no cargo?PV – As vaidades pessoais.

FN – Além dessa dificuldade, há mais alguma?PV – Nós estamos com 180 cargos de pro-motor de Justiça não providos em todo o Esta-do. Isso tem sobrecarregado nossa Instituição.

Mesmo assim, a dedicação e profissionalismo dos nossos colegas têm construído um Ministé-rio Público sempre presente e atuante na defe-sa da nossa sociedade.

FN – O senhor tem um perfil de homem mui-to simples. Isso não tira um pouco da liturgia do cargo que ocupa?PV – Isso não existe. Todos nós somos pagos pelo povo e trabalhamos para bem servi-lo. Além disso, a vaidade é incompatível com o ser-viço público e compromete a imagem da institui-ção de quem a dirige.

FN – As funções de promotor e de procurador de Justiça tornam-se arriscadas à medida que contrariam interesses de grupos poderosos. Como anda a questão da segurança desses pro-fissionais?PV – Graças a Deus acabamos de elucidar o assassinato de uma promotora, cujo processo se encontrava paralisado desde 2004. No ano passado, determinei a reabertura do caso e já denunciamos os acusados à Justiça. No ano pas-sado, os assassinos do promotor Rossini Couto foram condenados à prisão. Além disso, há dez promotores de Justiça ameaçados de morte, an-dando com escolta policial.

FN – Não haveria outras medidas de seguran-ça para os promotores?FN – Com a criação das Circunscrições Minis-teriais, que são catorze em todo o Estado, nós despersonalizamos a atuação dos promotores nos inquéritos criminais. Ou seja, cada inquérito vem assinado por um grupo de promotores e não somente um promotor.

FN – A simplicidade dos gestores públicos seria, então, uma receita para facilitar as rela-ções institucionais.PV – As instituições são criadas e dirigidas por pessoas. E o perfil de seus dirigentes sempre se confunde com a imagem da instituição. O gover-nador Eduardo Campos disse, há uns dois me-ses, que nunca se viu em Pernambuco tanta har-monia entre as instituições públicas, a exemplo do Tribunal de Justiça, da Assembleia Legislativa, do próprio Executivo estadual e das polícias civil e militar. E o Ministério Público está inserido nes-se contexto, graças à simplicidade dos dirigentes de todas essas instituições.

FN – Como o senhor analisa essa corrida dos brasileiros para o setor público, em busca da estabilidade financeira assegurada pelos con-cursos? PV – Vejo tudo isso com muita naturalidade por-que o fenômeno decorre de uma política de va-lorização dos servidores públicos. Os servidores estão sendo melhor remunerados. Além disso, a crise financeira atual, somada à instabilidade do setor privado, faz com que aumente a procura pelos cargos públicos.

FÁCIL NORDESTE – Qual o maior avanço registrado pelo Ministério Público de Pernam-buco na sua gestão?PAULO VAREJÃO – Podemos resumir os avan-ços da nossa instituição no tripé democratização, descentralização e interiorização.

FN – Como seria essa democratização?PV – Nós temos procurado democratizar nossa gestão, de modo a permitir que ideias e propos-tas de todos os integrantes da carreira sejam con-sideradas na condução da Instituição. Além disso, as portas do nosso gabinete estão sempre abertas aos procuradores e promotores de Justiça, aos servidores do Ministério Público e àquelas pesso-as que precisam dos nossos serviços.

FN – O senhor também falou em interioriza-ção do MPPE.PV – A interiorização das ações do Ministério Público tem prestigiado os promotores das re-giões mais distantes, que atuam, muitas vezes, “num verdadeiro isolamento” em relação à Pro-curadoria Geral. Isso acabou.

FN – Qual a importância da descentralização do Ministério Público?PV – A descentralização das atividades do Ministé-rio Público é importante como parte do processo de democratização da Instituição. Tudo isso, sem dúvida nenhuma, contribui para a sociedade ter um MPPE mais atuante, em todo o território per-nambucano, o que gera benefícios para toda a população, seja ela da Capital ou do interior.

FN – O Ministério Público ocupa, hoje, na ca-pital, seis diferentes endereços. Isso não difi-culta o trabalho da Instituição?

“A vaidade é incompatível

com o serviço público”

Foto: Roberto Stuckert

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Tradicionalmente conhecida pela suas rique-zas culturais, Olinda se tornou um dos maiores centros turísticos de Pernambuco. Através dos seus sítios históricos, que concentram grande quantidade de monumentos e casarios, o tu-rismo da cidade teve sua imagem consolidada no mercado nacional e internacional. Com tan-ta beleza, Olinda obteve diversos títulos, dois deles concedidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultu-ra (Unesco), que a destacou como Patrimônio Cultural da Humanidade (1982) e Memória do Mundo (2006).

Seu Carnaval tipicamente regional, embala-do ao som do frevo e maracatu, caiu nas graças de pessoas de várias partes do mundo que vêm a Pernambuco para participar de um dos car-navais mais animados e populares do Planeta.

Já são muitos os atributos, mas um novo le-que se abre para o turismo da cidade histórica. A orla de Olinda tem se tornado um grande

Olinda

point turístico, não apenas para visitantes de outros estados, mas para pernambucanos de diferentes municípios. A variedade de comedo-rias é imensa. São aproximadamente 33 bares e restaurantes situados numa mesma área. As noites na orla não são agitadas. Nada de muito barulho. O lugar ideal para quem está a fim de curtir a paisagem, provar boas comidas, conhe-cer novas pessoas e bater um bom papo.

Grande parte dos restaurantes da praia tem um toque de regionalismo no seu design, com a cultura presente nas paredes e mesas através dos seus artigos locais. A música é opcional, al-guns bares apostam em um som ambiente ape-nas para tornar o estabelecimento mais acon-chegante, outros investem na música ao vivo para movimentar o local.

A gastronomia olindense é diversificada. Carnes, massas e frutos do mar compõem o cardápio. As bebidas não poderiam deixar de acompanhar, são sucos, refrigerantes, cervejas,

uísque e a típica caipirinha, cuja combinação fica à escolha do freguês. E quem estiver interes-sado em provar um bom prato aproveitando a paisagem e sentindo a brisa no rosto pode optar por uma mesa nos diversos espigões ao longo da orla. A comodidade é a mesma, mas a sensação é imensurável. “Conhecer a orla de Olinda é como desfrutar o paraíso utilizando os cinco sentidos ao mesmo tempo: saborear uma boa comida, sentir o aroma do mar com o vento no rosto, ouvindo o embalar das águas e se deslumbrando com a imagem da lua”, afir-mou a economista alagoana Rose Lea Gaia.

Para dar continuidade ao desenvolvimento turístico da orla de Olinda, o Ministério do Tu-rismo, em parceria com a Prefeitura da cidade e apoio da Secretária de Turismo de Pernam-buco, promete investir cerca de 20 milhões de reais na revitalização da área, a partir de outu-bro deste ano. “Olinda é uma cidade que tem muito a oferecer, tanto aos turistas quanto aos

Alicerce da cultura, paraíso à beira-marPor: Elaine Ventura / Fotos: Túlio Vasconcelos

Orla de Olinda oferece espaço para gastronomia e lazer

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seus moradores. Ao ser requalificada, a orla do município vai se somar a todos os outros atra-tivos que a cidade possui. Além disso, a praia é o espaço mais democrático de uma cidade e precisa ter condições de atender aos seus usuários”, declarou o secretário de Turismo de Pernambuco, Sílvio Costa Filho.

Visando melhorar o comércio e o turismo da orla, empresários olindenses fundaram em 2003 a Associação das Empresas da Orla de Olinda (AEO), com a finalidade de elaborar ações que cooperem com os poderes públicos, apontando soluções para os problemas econô-micos, financeiros e sociais da área. De acordo com o presidente da AEO, Nerteval dos San-tos, a associação contribui para a economia do município, utilizando as possibilidades locais, regionais e internacionais através da permuta de valores e conhecimentos. Entre as principais ações da cooperativa destaca-se a reocupação dos espigões pelos bares e restaurantes da orla.

A cidade, que já remete à beleza no próprio nome, recebe cerca de um milhão de visitantes por ano, segundo informação da Secretaria de Turismo de Olinda. Os turistas vêm interessa-dos em conhecer seus sítios históricos, mas também desfrutar seus aproximados 11 km de faixa litorânea, com uma temperatura mé-dia anual de 25 graus centígrados. O ambiente aconchegante da primeira capital brasileira da Cultura desperta o desejo de explorar cada canto da cidade, conhecer a fundo seus adjeti-vos consolidados pela riqueza histórico-cultural, saboreando as delícias originárias da miscigena-ção da culinária. Tudo isso a apenas 6 km da capital pernambucana, Recife.

Se você tem alguma dúvida, vale a pena conferir!

Quem está à procura de um lugar acon-chegante, com o regionalismo presente em sua arquitetura e culinária, não pode deixar de conhecer o Espigão restaurante e pizzaria. Instalado no coração de Olinda, Bairro Novo, à beira-mar da cidade, o local é perfeito para quem busca comodidade, pois está ladeado por hotéis e pousadas da região.

Comandado pelo empresário caruaruen-se Nerteval dos Santos (Val), o Espigão, que já tem doze anos de praia, é referência na gastro-nomia da cidade. Pioneiro na implantação de churrascos na orla de Olinda, o bar também oferece em seu cardápio massas, as combina-ções à la carte e os típicos pratos litorâneos à base de frutos do mar.

O visitante pode escolher onde pretende saborear as delicias do restaurante: no piso

inferior, superior ou diretamente na orla de Olinda, numa mesa em um dos espigões. In-dependente do ambiente escolhido, o cliente aproveitará a vista panorâmica do mar.

Com capacidade para 350 pessoas, o Es-pigão fica aberto de domingo a domingo, a partir das 10h. Entre os pratos mais badalados do restaurante estão a Maminha Espigão, Pei-xada Pernambucana e a Moranga, este último, à base de creme e camarão, tem uma receita de dar água na boca. Confira!

Serviço:

Av. Ministro Marcos Freire, 569, Bairro Novo, Olinda-PE.Fone: (81) 3493. 1395 / 3493. 7030Aceita cartões: Visa, MasterCard, Redeshop, HiperCard e American Express.

ESPIGÃO restaurante e pizzaria

Restaurante Espigão é sucesso na orla do Sítio Histórico

Neterval dos Santos

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Gestão

O Recife é, sem sombra de dúvida, a se-gunda cidade mais bonita do Brasil em termos de belezas naturais, só perdendo para o Rio de Janeiro. Graças ao seu relevo natural e ao gla-mour que a mídia coloca nas novelas e progra-mas de TV, o Rio é, talvez, a cidade mais bonita do mundo.

Já o Recife, com seus rios, pontes, estuá-rios do Capibaribe e Beberibe e Boa Viagem, uma das praias urbanas mais bonitas de todo o País, porém menos aproveitada em suas po-tencialidades.

A capital pernambucana tem um dos prin-cipais polo hoteleiro do Nordeste em número de acomodações, terceiro polo gastronômi-co do Brasil e segundo polo médico do País, o maior centro de convenções do Nordeste. Além disso, nossa cidade é campeã em serviços de todos os tipos no Norte-Nordeste, uma das mais ricas em tradição cultural, dona de impor-tante patrimônio histórico e tem um povo ale-gre e receptivo.

Daí me pergunto: O que falta para nossa cidade ter a hegemonia turística do Nordeste? Por que continua perdendo espaço para outras capitais que não têm toda essa estrutura, tais como Fortaleza, Natal e Maceió, sem querer desmerecer essas cidades que são também muito bonitas.

Penso que os fatores são muitos, mas o principal que sempre imagino é que nossa cida-de é como uma linda mulher, porém maltratada pelo tempo e a falta de cuidado com os espaços e com a estrutura que possuímos. Sei que a fal-ta de recursos dificulta essa manutenção, mas a criatividade em buscar alternativas deveria ser primordial na estrutura do governo.

Uma das alternativas seria buscar parcerias com a iniciativa privada, bem como a socieda-de, dando incentivo para que todos pudessem participar desse mutirão de recuperação de nossos espaços e na produção de eventos que

mantivessem nossa cidade sempre animada como um todo em todos os meses do ano, tra-zendo com isso um aumento do fluxo turístico e, principalmente, maior permanência destes turistas, sejam eles de negócios ou passeio.

Exemplo clássico é a praia de Boa Viagem, que passa por um processo de revitalização e vem melhorando substancialmente sua qua-lidade visual e estrutural. Temos um projeto de Parceria Público Privada para transformar o Segundo Jardim em polo de gastronomia e comércio, mas só isto não basta. Temos que partir para deixar nosso principal cartão-postal mais atrativo em termos de eventos que ani-mem Boa Viagem, principalmente no Verão, quando o fluxo turístico aumenta e essas pes-soas precisam de alternativas para se divertir e poder com isso permanecer por mais tempo em nossa cidade.

Eventos nos moldes do Verão Vivo, feitos não em Brasília Teimosa, mas no local onde se realizou no início; torneios de tênis, utilizando nossas quadras como antes, são algumas das muitas alternativas que o governo, juntamen-te com a iniciativa privada, poderia tomar para maior proveito do turista e a sociedade.

Outro Equipamento turístico que dói na alma ver, por conta de sua má utilização e de-gradação, é o Bairro do Recife. Antes animado e atraente, encontra-se hoje apagado e subuti-lizado. Sei que um bairro como este não pode viver só de bares e restaurantes, mas sim de um mix de atividades que dê sustentação ao mesmo durante o dia e a noite. E isto só pode-ria ocorrer se as regras do Patrimônio Artístico, Histórico e Cultural fossem flexibilizadas fazen-do daquele bairro não só de negócios, mas também residencial.

Existem naquela área muitos prédios que, sendo transformados internamente sem perder suas características externas, podem se tornar moradias de alto luxo trazendo com isso um

novo público, como o bairro do Soho, em Nova York. Incentivar artistas plásticos a colocar seus ateliers, escritórios de arquitetura e design, agências de publicidade, negócios que se rela-cionem com o Porto Digital, que é hoje uma realidade naquela área, também pode ajudar a revitalizar o Recife Antigo.

É triste ver um equipamento como o Shop-ping Paço Alfândega subutilizado, com a maioria das lojas fechadas, e aquelas que ainda resistem podem logo encerrar suas atividades também. Sei que o mesmo está passando por processo de reestruturação, mas, sem uma mudança no bairro em si, o Paço poderá não sobreviver.

Um caso emblemático, que posso exempli-ficar, é o acontecido com as torres gêmeas da Moura Dubeux, no Cais de Santa Rita. Cons-truídas em uma área das mais degradadas do Recife, pilares de um novo tempo de recupera-ção para aquela área, as obras sofreram muitas críticas e processos do Ministério Público Fede-ral e do Iphan. Ações como essas têm desesti-mulado o empresariado em assumir papéis que o poder público não assume, por incapacidade ou falta de recursos.

Alguns exemplos possíveis para o Recife cres-cer em termos turísticos, o aproveitamento do Capibaribe como via de transporte público e pas-seios turísticos, o estuário do mesmo rio a partir da ponte do Pina, Cabanga, área esta sem dúvida das mais bonitas do mundo e tão mal aproveita-da, pois nossa cidade carece de iniciativa e criati-vidade de nossos governantes. Também faltam à cidade políticas públicas que estimulem a iniciativa privada e a sociedade em geral em participar des-se mutirão que levariam o Recife ao status que merece e que tem condições de alcançar, de ser líder na Região e entre as primeiras do Brasil, em fluxo turístico interno e externo.

Augusto Cesar Sabóia Petit FontesEspecialista em Gestão e Políticas Públicas

Recife, potencial turístico desperdiçado?Por: Augusto Sabóia

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Recife Antigo de ponta a ponta

As torres gêmeas no centro antigo do Recife

Opção cultural para a Rua do Bom Jesus

Vista aérea da cidade

Recife, suas pontes e seus rios

Abandono atinge parte antiga da cidade

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MESTRE VITALINOCem anos de arte feita de barro

Nascido no Alto do Moura, em Caruaru, Agreste pernambucano, o famoso ceramista popular Vitalino Pereira dos Santos é lembrado pelo povo brasileiro quando o assunto é arte do barro. Agora, por ocasião do seu centenário de nascimento, está sendo ovacionado mais ainda em cada canto do País.

De origem humilde, ainda pequeno come-çaria a modelar pequenas formas usando sobras do barro usado por sua mãe, também ceramis-ta, que atuava na produção de utensílios do-

mésticos vendidos na famosa feira de Caruaru. Foi assim que tudo começou....Vitalino apro-veitava o forno que sua mãe usava para fazer suas peças e lá colocava bichinhos, panelinhas e demais objetos em miniaturas, tantas quanto sua criatividade lhe permitia modelar.

O tempo passou e Vitalino ganharia o título de mestre e seria lembrado de ponta a ponta de Pernambuco, do Brasil. Mais que isso, sua cerâmica ganharia o mundo, comprovado pe-las peças que estão expostas hoje no museu do Louvre, em Paris.

As obras ganhariam maturidade e se desta-cariam pela expressividade do povo sertanejo. Vitalino construiu Lampião e sua Maria Bonita, a famosa casa de farinha, as danças, os retirantes do sertão e tantas outras que o universo po-pular atestava. Seu estilo bem particular seria copiado anos depois por vários ceramistas. Era analfabeto e por isso suas peças eram carimba-das no início de sua carreira. Só na década de 50 é que ele aprenderia a escrever o seu nome.

Nos anos 40, suas obras ganhariam desta-que em exposições, como foi a 1ª Exposição de Cerâmica Pernambucana, organizada pelo edu-cador Augusto Rodrigues, no Rio de Janeiro. Em 1955, participa da exposição Arte Primitiva e Moderna Brasileiras, na Suíça. Nesta época já haviam sido editadas várias reportagens a

Cultura

Por: Ana Paula Bernardes / Fotos: divulgação

seu respeito. Em seguida, o Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais e a Prefeitura de Caruaru prestariam uma homenagem ao artista publicando o livro Vitalino, no qual foram retra-tadas sua história e sua obra

Outra particularidade e que pouca gente conhece foi seu lado como músico, pois duran-te muitos anos foi tocador na banda de pífanos, Zabumba de Vitalino. Sua produção é estima-da em cerca de 130 peças, que são cuidado-samente reproduzidas e cuidadas pela família. Hoje os trabalhos mais valorizados são os da primeira fase de sua obra, em especial aqueles em que os olhos dos bonecos são vazados e não pintados. Os seus filhos, netos e bisnetos continuam seu trabalho até hoje.

Quem chega à cidade de Caruaru dificilmen-te não tem incluído em seu passeio uma visita à Casa Museu Mestre Vitalino, criada em 1971 para abrigar as peças do mestre. Também foi lá onde ele morou até seu falecimento, em 1963, vítima de varíola. O local é administrado pelos filhos e lá estão expostas as principais obras, além de objetos de uso pessoal, ferramentas de traba-lho e o forno a lenha no qual fazia suas queimas.

Também existe nesta cidade o museu do barro, criado pela Prefeitura da cidade. O lo-cal é tombado e perfeito para a lembrança das obras deste artista.

MESTRE VITALINOCem anos de arte feita de barro

Casa de Vitalino é palco de visitação no Alto do Moura, em Caruaru

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Educação I

Saber onde matricular os seus filhos é uma das mais importantes decisões que os pais tomam na vida. A escola, por sua vez, tem como tarefa principal trabalhar uma metodologia de ensino, além da mera transmissão de informações. Aulas em que os mestres falam e os alunos apenas es-cutam, nada disso acontece no Americano Batista, um colégio com propostas pedagógicas moder-nas, sendo tradicional na formação integral dos seus alunos. Destaca-se, dentre os seus méritos, a construção de conhecimentos aos jovens de forma participativa, desenvolvendo a criatividade, a orientação profissional.

Ao incentivar a visão crítica dos estudantes, o CAB prepara melhor os jovens para reagir diante dos desafios da vida adulta. Um psicólogo acom-panha os alunos. É feita uma investigação sobre as possíveis causas das notas baixas. Descobre-se o potencial de cada um dos alunos, através de diá-logos que possibilitem sentimentos de autovalo-rização.

Com essa preocupação constante de estimu-lar no aluno importantes expectativas, O CAB, ao longo de seus 103 anos de atividades, vem sendo reconhecido como um dos mais respeitados cen-tros de ensino no país.

A história da instituição é um dos objetos de estudo na sala de aula. Os alunos do Ensino Funda-mental I, do 1° ao 5º ano, irão trabalhar, no dia 29 de agosto, com a temática “Transformando vidas, através da nossa história”. Um resgate histórico do colégio será feito pelas crianças que pesquisaram em arquivos, fotos, documentos toda a trajetória do CAB. Um museu vivo, ainda, foi preparado pelas crianças. Ex-alunos contarão nesse dia suas experi-ências e aprendizados, adquiridos no colégio.

Conscientizar sobre a importância da preser-vação do meio ambiente é outra preocupação presente na escola. Os estudantes receberão ensinamentos valiosos sobre educação ambiental, coleta seletiva, destinação e classificação dos resí-duos. O colégio firmou contrato com a empresa Via Limpa que ficará responsável por implantar um sistema de coleta seletiva em que os próprios alu-nos poderão trazer de suas casas resíduos de plás-tico, papelão, alumínio, madeira, vidro para serem depositados em compartimentos apropriados na escola. A empresa também recolherá esses maté-rias, além de capacitar os alunos e professores so-bre a importância do trabalho. “O CAB está aten-to com o aquecimento global, o desmatamento, a poluição dos rios e diversas outras questões

ambientais. Queremos que alunos participem dessa inciativa envolvendo toda a família”, afirma a Coordenadora Pedagógica do Colégio Americano Batista, profa. Eudina Caetano, que exerce o car-go na instituição há oito anos.

Novas vocações, ainda, são descobertas pelo Colégio. Encontros com escritores pernambuca-nos, exposições de livros, intercâmbios com outras instituições educativas e culturais, além de todos os anos, os estudantes produzirem e apresentarem peças teatrais, textos em prosa e verso, durante a tradicional Noite de Literaprosia, na instituição. Os estudantes já se organizam para mostrarem suas criações em novembro. “Um dos nossos maiores objetivos é despertar talentos. Podemos citar como exemplo o jornalista da Rede Globo Francisco José, ex-aluno nosso, que afirmou ter demonstrado o seu interesse em ser repórter, quando participou da Literaprosia”, enfoca a profa. Eudina Caetano.

Colégio Americano BatistaConstruindo caminhos para o conhecimentoTexto: Raphaela Nicácio / Fotos: Arquivo CAB

A coordenadora Pedagógica do CAB, profa. Eudina Caetano, acompanha com dedicação os projetos da escola

Atividades recreativas também estimulam o conhecimento

Atividades desenvolvem a criatividade das crianças

A Literaprosia despertando novos talentosO CAB promove a integração entre os alunos

O Colégio Americano Batista vem, há 103 anos, educando gerações

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Exemplo de Vida

Braga Sá, um construtor de pontes de amizade

Mais conhecido pela sua legião de amigos como Braga Sá, o advogado caruaruense José Aprígio Braga de Sá Silva costuma lembrar, com orgulho, que é filho de uma dona do lar e de um motorista de caminhão. Apesar das dificuldades, conseguiu cursar a Faculdade de Direito de Caru-aru. E foi na Capital do Agreste que ele iniciou sua vida pública. Atual presidente do Grupo de Execu-tivos do Recife (Gere), Braga Sá é autor de uma gestão que arranca elogios e obtém participação de grande público nos encontros da entidade, que acontecem sempre na última quinta-feira de cada mês, no restaurante Boi Preto.

Todos são unânimes em destacar sua capa-cidade de articular as reuniões, reunir amigos e prestar justas homenagens. Um verdadeiro en-genheiro social. Braga Sá reconhece que sempre teve veia política, apesar de nunca ter sido políti-co de fato. “Na década de 70, fui convidado pelo ex-governador Cid Sampaio e Sebastião Barreto Campelo para ocupar função pública, no extinto Serviço Social Agamenon Magalhães. Depois, fui

assessor de Coordenação Comunitária. Este car-go foi muito importante para conhecer o movi-mento social do Recife que tinha atividades nos centros sociais urbanos. Eu me dedicava de corpo e alma a isto”, recorda.

Em 1979, já casado e formado em Direito, Braga Sá veio para o Recife acompanhar a espo-sa que estava no quarto ano de medicina. Nesta época o jovem advogado recebeu convite para trabalhar na capital pernambucana. “Vim para cá com o pensamento de passar seis meses e de-pois voltar para Caruaru. Mas, nessa brincadeira, já estou aqui há 30 anos”, explica. Pai dedicado, costuma falar com carinho sobre os filhos Arthur André, que é arquiteto e mora em Caruaru, e Bruno César Braga, atualmente advogado da Pe-trobras Distribuidora, no Rio.

TEMPOS DE CRIANçA - Do pai, guarda boas recordações. “ele nunca nos deixou faltar nada. Ao volante de um caminhão, passava oito ou dez dias viajando e quando chegava sempre nos trazia uma recordação. Papai foi uma pessoa que tinha outra visão para o seu tempo. Ele lu-tava para conseguir as coisas. O segundo apare-lho de TV em Caruaru foi papai quem trouxe

de São Paulo. Lembro que lá em casa enchia de amigos para assistir. Com o tempo, as coisas foram melhorando e ele virou co-merciante em Caruaru”, recorda.

Dos tempos de criança, lembra da in-fância, com direito a brincar de patinetes, jogar bola de pano, fincão, empinar papa-gaio e jogar bola de gude. “Eu também par-ticipava das olimpíadas da escola em todas as modalidades: futebol, ciclismo, salto em distância, entre outros. Eu só não fui cantor nesta vida, porque pense num sujeito de-safinado”, recorda entre boas risadas.

O espírito de liderança, que caracteriza Braga Sá, começou a se manifestar na primeira série gi-nasial (1º ano do ensino médio da época), quan-do se tornou representante de classe. A figura de líder estava aflorando ali. Aos 13 anos estourou a revolução e ele não entendia bem o que estava acontecendo. Mas sua consciência política não demoraria a falar mais alto. Aos 18 anos filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), reduto de oposição. Aos 20 anos foi candidato a vereador em Caruaru, incentivado por Fernando Lyra, e conseguiu 583 votos.

PONTES DE AMIzADE - Ao longo de sua vida, Braga Sá sempre demonstrou sua facilidade nos relacionamentos interpessoais. E com isso despertou para a Comunicação. “Muita gente não sabe, mas fui diretor de grupo teatral, ator de te-atro, comentarista político na Rádio Cultura e na Rádio Liberdade de Caruaru e jogador do juvenil do Central, além de diretor do Comércio Fute-bol Clube e presidente do Sport Club Caruaru”, adianta. Ainda nos tempos de estudante secun-darista, Braga Sá escreveu em revista do Grupo Evolução (movimento intelectual caruaruense da época). Aos 19 anos, fundou um jornal em Caru-aru chamado Vitalino. Naquela época já prestava uma homenagem ao ceramista. Braga Sá também publicou aos 17 anos um livro de contos e poe-sias intitulado Bom Vento, Bom Tempo.

Durante os concorridos encontros promovi-dos pelo Gere, é comum ver a participação de empresas que fazem doações para entidades fi-lantrópicas, bem como a participação de muitas organizações de nossa cidade formada por me-ninos de comunidades de baixa renda. Até antes da atual gestão, não se via isso. Este lado solidário é marca registrada de Braga Sá.

Antes de presidir o Gere, Braga Sá havia pre-sidido o Caxangá Ágape, com igual entusiasmo. Daí ser natural observar-se o quanto as pesso-as gostam do trabalho desse líder caruaruense, sempre prestigiando os eventos e os homenage-ados por ele escolhidos, independente de parti-do político ou qualquer outro tipo de distinção.

“É engraçado, mas, ao longo da minha vida, eu criei um importante cenário de relaciona-mento. Venho construindo verdadeiras pontes de amizade, como um engenheiro social. Eu até lembro que no meu aniversário, ano passado, por exemplo, recebi cerca de 150 ligações, além de lembranças, telegramas, e-mails. Acho que é integridade, amizade, respeito. Os mais próxi-mos sabem que sou perito em unir as pessoas. A gente tem que agregar neste mundo e não fazer o mal. Tudo que fiz, sendo presidente do Ágape

Por: Ana Paula Bernardes / Fotos: Ana Paula Bernardes

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ou do Gere, participando do Conselho Delibe-rativo da ADVB-PE e participando de todas essas agremiações, tive o apoio da minha família. Sem ela eu não teria conseguido. E também por causa de Deus. Ele tem sido muito generoso comigo e com minha família. Quando você vem de bai-xo, pode ver que a riqueza não é dinheiro. Ele é bom para complementar. Quem olha para di-nheiro como tudo é infeliz. Acreditar que se tem um Deus que é responsável por tudo em nossas vidas é o mais importante”.

SOLIDARIEDADE - Em 2010, Braga Sá estará completando 40 anos de vida pública. É, sem dú-vida, um momento muito importante. “Quando chegar à velhice, pretendo ter programas sociais para me dedicar. Acho que a gente tem que fazer nossa parte em benefício da sociedade”, observa.

Este lado de solidariedade humana é outra característica de Braga Sá. “Aos 18 anos de ida-de, doei uma cadeira de rodas a uma deficiente. Sempre gostei de ajudar crianças. Sou apaixo-nado pelos portadores da síndrome de Down. Se vejo um, quero conversar, mostrar carinho, dar atenção. Esta semana tive uma lição. Fui na RM fazer compras e encontrei lá um garoto com Down, mas muito feliz. Brinquei com ele e disse: você é um garoto muito bonito, viu? Ele sorriu como se talvez nunca tivesse escutado aquilo. A mãe dele prontamente me disse: ele é um garo-to muito feliz. Daí, fui embora pensando: a gente vê criaturas com emprego, saúde, mas que só

se lastimam. Isso está dentro de mim. Ajudo o Hospital do Câncer, o Imip, o GAC, a Orquestra Criança Cidadã, Cervac (Casa Amarela). Se cada um fizer sua parte, tudo isso muda”, argumenta.

ADVOCACIA - A vida pública de Braga Sá teve início em 1981, quando passou a ocupar o cargo de assessor jurídico do Estado, nomea-do pelo governador Marco Maciel. Quatro anos depois, foi convidado pelo governador Roberto

Magalhães para atuar como advogado da extinta Fidem. “Daí fui para a Assembleia Legislativa, em 86, como advogado e, em seguida, este filho do motorista de caminhão chegou ao último nível da carreira jurídica: procurador”, resume.

Na vida política, Braga Sá recorda das diver-gências ocorridas em Caruaru, em 75, e que o levaram à desfiliação do MDB. “Àquela época, o governo era da Arena e eu havia decidido a não me meter mais em política. Porém, recebi a visi-ta do então deputado José Liberato dizendo que gostaria muito de me ter ao lado dele e que eu repensasse minha posição”, recorda. Sete meses depois, Braga Sá foi trabalhar com o parlamentar e começou a mudar suas convicções políticas. “Passei a enxergar uma vida nova. Com Liberato, que ganhou a eleição, pude aprender bastante. Ele se tornou um pai, irmão, filho, um grande e inesquecível amigo. Daí, fui criando uma teia de relacionamentos”, finaliza.

Em 2001, Braga Sá assumiu a Secretaria Ex-traordinária de Articulação e Apoio Institucional, do governo Tony Gel, em Caruaru e, após 8 anos de profícua atuação, foi convidado pelo Pre-feito Pedro Serafim para o cargo de Secretário Executivo de Projetos Especiais da Prefeitura de Ipojuca, onde se encontra atualmente.

Como bem diz o Senador Marco Maciel em recente publicação, o advogado Braga Sá é um exemplo de homem público, que muito orgu-lha seus amigos, com relevantes serviços pres-tados à sociedade pernambucana.

“Venho construindo verdadeiras pontes de

amizade, como um engenheiro social”

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Saúde e Estética

Por enquanto está frio e o mar poderíamos assim dizer, não está para peixe! Mas até a che-gada do verão, pelo menos aqui no Nordeste que tem sido afligido pelas fortes chuvas, o que tem feito a cabeça de homens e mulheres na preparação do corpo é a procura por um SPA, mania que já existe no mundo todo.

Aqui em Recife uma grande novidade é o SPA DAY, que num bom e velho português sig-nifica um tratamento de estética, emagrecimen-to, rejuvenescimento e reeducação alimentar em um dia. Disponibilizado pela clínica Maison Alves e Muniz, no bairro de Piedade, a atração inclui vários pacotes onde o cliente escolhe qual tipo de tratamento deseja passar.

A clínica também possui uma filial na capital carioca que tem feito sucesso com o tratamento. Na capital pernambucana ela é uma das pioneiras no serviço que tem atraído não só as finas e fofas da cidade, como o público masculino. “Hoje o homem tem deixado o machismo e a timidez de lado e buscado se cuidar”, destaca Adriana Alves, esteticista e uma das sócias da clínica.

O serviço do espaço oferece avaliação nutricional, física, consulta com uma psicóloga comportamental e avaliação estética corporal e facial, com profissionais renomados da área. De posse dos resultados, o cliente terá certeza de quais tratamentos estéticos e nutricionais ele deverá passar e qual o pacote adequado para atingir a boa forma e garantir uma reeducação alimentar. “O grande diferencial é a avaliação que fazemos. Ela é quem irá conduzir a melhor forma de se atingir bons resultados. A avaliação e o direcionamento, bem como a apresenta-ção de todos os serviços que o cliente necessita são feitos em um dia. Depois disso ele fecha o pacote com preço e tempo de duração que melhor lhe convier”, enfatiza Adriana.

SPA atrai adeptos na preparação para a temporada do calorPor: Ana Paula Bernardes / Fotos: Divulgação

Neste mês de férias, a clínica de estética Maison Alves Muniz chegou a montar uma su-per estrutura para seu “Spa Day”. O local am-pliou as atividades e estendeu todos os procedi-mentos estéticos também para o SPA. “O ideal é se programar no inverno para estar em forma no verão”, opina a esteticista Adriana Alves.

Teoricamente, segundo as grandes clínicas de estética locais, a novidade deve ser enca-rada com bastante seriedade, pois é comum durante o período das chuvas haver o desleixo da nutrição, hidratação e tonificação da pele. Pensando nisso, a Maison Alves Muniz tam-bém tem disponibilizado o seu famoso Banho de leite de cabra, mania entre as famosas do eixo Rio - São Paulo. O Leite de Cabra tem propriedades hidratantes e nutritivas. Na com-posição do leite, encontra-se o ácido alpha hidroxy, com propriedades rejuvenescedoras e calmantes, que proporcionam uma limpeza profunda na pele. O banho com esta iguaria auxilia na hidratação da pele e além de limpar, mantém a pele protegida e restaura a perda da sua homeostase. “O inverno é um perío-do onde há um maior ressecamento da cútis e por ser temporada de férias, também há maior ingestão de alimentos calóricos e bebidas alco-ólicas, por isso o banho tem sido uma grande procura na clínica”, adverte Adriana.

Neste período de frio outro espaço que vem investindo neste segmento é o Summer Spa by prodieta, que fica no Summerville Beach Resort, na praia de Muro Alto, no balneário de Porto de Galinhas. Coordenado pela nutricio-nista Sulvia Lobo, o spa oferece atendimento personalizado para quem busca a reeducação alimentar e cuidados com o corpo. “Aqui os spazianos podem dar o primeiro passo para uma vida mais saudável, através da reeducação alimentar e do autoconhecimento”, explica a

coordenadora do Summer Spa, Sylvia Lôbo.Além do controle individual de acordo

com os objetivos específicos, durante o período em que o cliente está no

SPA, ele participa da palestra com a psicóloga Manoela Malta que

tem como objetivo incentivar

a superação dos obstáculos durante a mudança de hábitos alimentares. Isso porque o próximo passo é justamente receber uma dieta perso-nalizada elaborada de acordo com as necessi-dades pessoais de cada um. “Pode ser diet ou light, com recomendações variadas conforme cada caso”, afirma Lobo. O menu, por sinal, é inovador com pratos deliciosamente elabora-dos que fogem da mesmice comum aos regi-mes. “Seguindo as dicas, o organismo do spa-ziano se prepara para um novo estilo de vida, livre de toxinas e com os nutrientes essenciais”, completa a nutricionista.

Caminhadas dinâmicas e descontraídas na praia, tênis, vôlei, futebol, aulas de dança e ae-róbica são alguns dos exemplos de exercício que promovem a perda de peso. Para poten-cializar o resultado tem ainda uma programação atrativa e diversificada que inclui yoga, pilates, combat, hidroginástica e outras opções. Tudo isso acompanhado de muito alto-astral. Sem fa-lar nas massagens, sauna e gincanas que prome-tem deixar os spazianos totalmente relaxados.

Ao final da semana, cada participante re-cebe um certificado e pasta contendo dietas e regras básicas para manter a forma conquista-da após os dias no Summerville. Além disso, o acompanhamento pós-spa continua, pois a Prodieta dá suporte aos participantes durante um mês e eles ainda ganham nesse período acesso gratuito às academias do Mar Hotel ou Atlante Plaza, no Recife.

Em Recife outra grande referência quando o assunto é SPA é a clínica Espaço Verde, em Aldeia. Lá o serviço é permanente, com pro-cura o ano todo. “Quando chegamos aqui nin-guém nem sabia como era um SPA. Conheci este serviço no Rio e tivemos grande dificulda-de para divulgar aqui. Hoje temos clientes fiéis que nos procuram até quatro vezes por ano”, diz Carmem Sofia, psicóloga e dona da clínica.

O local é formado por uma equipe alta-mente capacitada composta por endocrinolo-gista, enfermeiro, massagista, psicólogo e edu-cadores físicos. E o pacote inclui atendimento com cada um desses profissionais, hospeda-gem de uma semana em apartamento duplo, duas caminhadas por dia, aulas de aeróbica, ginástica localizada e massagem estética. “Ul-timamente as pessoas tem buscado o Espaço Verde para fazer reeducação alimentar e ree-ducação física. Não existe mais aquele status de emagrecimento, apenas. O conceito agora é de qualidade de vida”, destaca Carmem.

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Clínica Espaço Verde, tradição em SPA

Banho de Leite de cabra possui propriedades altamente hidratantes

Tratamento de fonoestética auxilia no rejuvenescimento da pele

SERVIçO:

Maison Alves MunizEndereço: Rua São Sebastião, 51Piedade, Jaboatão dos Guararapes – PE Telefones: (81) 3469.3250/3061.8772

Summer SPA by ProdietaEndereço: PE-09, Acesso Muro Alto S/NPraia de Muro Alto - Porto de Galinhas (PE)Mais informações: Prodieta (81) 3463.4183 (Boa viagem) ou(81) 3241.5961 (Rosarinho).

Spa Espaço VerdeEndereço: Estrada de Aldeia, km 4,[email protected]: 34581210

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Declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em 1991, Sucre é a capital constitucional da Bolívia, sede da Suprema Corte de Justiça e capital do departamento de Chuquisaca, enquanto La Paz é a capital administrativa e onde reside o presidente Evo Morales.

Com uma população de 230 mil habitantes, Sucre é conhecida como a “Cidade Branca” pela grande quantidade de igrejas, casas e museus pintadas dessa cor, e passear pelo seu centro histórico nos faz retroceder no tempo. Localizada na parte sul-central da Bolívia e com uma altitude de 2.800m, a cidade foi fundada em 29 de setembro de 1538, com o nome de Ciudad de la Plata de la Nueva Toledo por Pedro de Anzures, marquês de Campo Redondo. Em 1839, depois de tornar-se a capital da Bolívia, a cidade teve seu nome alterado em homenagem ao líder revolucionário Antonio José de Sucre. Após o declínio econômico de Potosí, Sucre viu a sede do governo boliviano, em 1898, mudar-se para La Paz.

A cidade atrai milhares de turistas todos os anos, graças ao seu centro histórico bem conservado, com construções dos séculos XVIII e XIX. Jovens universitários vêm de todo o país para cursar Direito na Universidade Real e Pontifícia de San Francisco Xavier, fundada em 27 de março de 1624, pelo padre Juan Frias Herran e uma das mais antigas das Américas. Na Universidade surgiram as mentes libertárias responsáveis pelo nascimento da independência do país.

Nas ruas de Sucre se vê uma grande quantidade de povos indígenas e descendentes, com suas roupas coloridas. No dia de visita na cidade estava havendo uma manifestação dos índios diante da Prefeitura contra o Governo Central. Além de encantadora cidade colonial, Sucre é também o centro de agricultura que abastece o Altiplano boliviano.

A prefeita Aydee Nava faz oposição aberta ao presidente Evo Morales. Os habitantes da cidade votaram contra a Constituinte pela negativa do governo em incluir a demanda da cidade pelo status de capitalidade plena. A partir daí, Sucre passou a ser vista como terra de oposição. Protestos realizados diante da Praça da Prefeitura deixaram pelo menos cinco feridos, obrigando o presidente Evo Morales a suspender sua visita à cidade, onde deveria participar de um ato pelo aniversário cívico do departamento (estado) de Chuquisaca.

Descendente de índios, Juan Evo Morales Aima, 47 anos, foi empossado como 65º presidente da Bolívia, em ato solene realizado no Congresso da Nação, em La Paz. Trata-se do primeiro presidente indígena da Bolívia. Com o punho erguido e a mão direita no coração, Morales recebeu o cargo diante do vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera, e de 15 líderes e personalidades de várias partes do mundo.

Sob os gritos de “Evo, Evo, Evo”, o primeiro presidente indígena da história da Bolívia fez, com lágrimas nos olhos, o juramento pela República e foi ovacionado ao receber a faixa e a medalha presidenciais, antes do hino da Bolívia soar no Palácio Legislativo. No discurso inaugural, Evo solicitou um minuto de silêncio por todos aqueles que “caíram em defesa da dignidade”. Entre eles, os ancestrais incas, o líder indígena Túpac Katari, Simon Bolívar e Che Guevara.

Agricultor e sindicalista, o novo presidente boliviano atribuiu sua vitória nas urnas ao apoio dos movimentos sociais, principalmente indígenas. E prometeu dedicar-se à luta para tirar o povo da “marginalização” e livrar o país da “colonização”.

“Os indígenas são 62,2% da nossa população. Há 40, 50 anos, nós não tínhamos o direito de caminhar nessas praças. Estamos aqui para mudar a história. Os 500 anos de resistência não terão sido em vão”, afirmou Morales. O presidente recém-empossado

criticou as políticas neoliberalistas que privilegiam a concentração do capital nas mãos de poucos para que muitos morram de fome. Para ele, a Bolívia é um Estado e um país loteado, que poderia ser melhor que a Suíça, se não houvesse tanta gente tentando roubar o país. Ele prometeu ao povo que irá devolver ao país suas riquezas e que não adotará um modelo neoliberal de governo.

Moradores de Sucre não veem com bons olhos os acordos de Evo Morales com Cuba e Venezuela, de seu amigo Hugo Chávez, para erradicar o analfabetismo, que hoje atinge mais de 20% da população boliviana. Na posse de Evo Morales, um fato inédito. Pela primeira vez na história, um presidente chileno compareceu à posse de um presidente boliviano. O Chile já enfrentou a Bolívia e o Peru em uma guerra, no final do século 21, na qual a Bolívia perdeu sua saída para o Oceano Pacífico e o Peru os territórios do Sul, que passaram para o Chile. Desde 1978, Chile e Bolívia têm relações diplomáticas complicadas.

Quando os espanhó i s conqu i s tadores massacraram o Império Inca, fundaram a Villa de Plata, que mais tarde ficou sendo chamada de La Plata. Em 6 de agosto de 1825, depois de 25 anos de luta, foi assinada em Chuquisaca a Declaração da Independência da Bolívia. O original da ata de criação da Bolívia pode ser visto na Casa de La Libertad, um dos monumentos mais importantes do país, localizado no centro de Sucre. Mais precisamente na Plaza 25 de Mayo. Ingresso US$ 1,70.

Na mesma praça estão os Museus de História Natural (minerais, fósseis etc), a Catedral Metropolitana (arte sacra, um dos mais importantes do país). Ingressos: US$ 0,90 e US$ 1,70, respectivamente. Lá também, se encontra a Igreja de San Francisco, que conserva a histórica “Campana de la Libertad” (Sino da Liberdade) que chamou os residentes de Sucre para uma revolta no dia 25 de maio de 1809.

Internacional

Os Encantos do Sucre, a “Cidade Branca” da BolíviaTexto e fotos: Rogério Almeida

Pique a lo Macho, prato tipico boliviano Palacio da Prefeita Aydee Nava

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Onde Ficar:Com pátio e casario colonial o Hostal Sucre se

localiza no Centro Histórico. Todos os quartos têm vista para o pátio ou jardim. No comando da casa, a família Bernal (Rosário), que atende a todos com muita cordialidade. Diárias a partir dos 19 dólares. Reservas pela Agência de Turismo Sucre, de Richard Petersen (www.hostalsucre.com.bo) Av. Rua (Calle Bustillos, 113).

Quem leva: Existem voos diários de La Paz e outras cidades,

pela Aerosur. Mas, às vezes, o avião tem dificuldades de pousar devido às condições atmosféricas, principalmente entre os meses de dezembro e março.

Shows:Orígenes Bol iv ianas - Diar iamente são

apresentados danças típicas da Bolívia com direito a jantar. Funciona diariamente das 21 as 23horas. Calle Azurduy entre Potosi e Padilla. Fone 64-57091.

Onde comer:Los Balcones - Restaurante na Praça 25 de Março,

34, oferece pratos típicos bolivianos como o Pique a Lo Macho e os chorizos chuquisaqueños. Fone 644-7610.

Quem visita a cidade não deve deixar de conhecer o Mercado Central, com produtos de todos os gêneros, de sobremesas coloridas a cabritos em pelo. Imperdível uma visita à Catedral, cuja construção foi iniciada em 1151. Trata-se do maior complexo colonial religioso que tem características da Renascença, Barroco e Mes-tiço Barroco. Destaque para o altar-mor, com o domo com a cruz de Carabuco. Fiéis e turistas não deixam de orar na Capela da Virgem de Guadalupe, construída em 1617 por ordem do frei Gerónimo Méndez de la Piedra, e que fica localizada junto à Catedral.

O turismo religioso também está bem represen-tado por outros templos seculares, a exemplo das igrejas de Santa Bárbara, única no estilo renascentista e construída em 1887, de la Mercedes, de San Miguel, Santo Domingo, Santa Moniza e San Lázaro, de 1544, a mais antiga de Sucre.

Um pouco mais afastado da cidade, há outros pontos interessantes como o Castelo e Palácio de la Glorieta, pertencente à família espanhola de Don Francisco de Argandoña, hoje um liceu militar. Os atrativos são a arquitetura e o salão de quadros. Inicialmente era chamado de o Principado de La

Glorieta e a mistura de estilos destaca o Gótico, Renascentista, Barroco e o Mudejar. Ingresso: US$ 1,20. Outro ponto turístico é o Cal Orcko - maior área com vestígios de dinossauros que se conhece na América do Sul. Há muitas pegadas procedentes de espécies de 65 a 85 milhões de anos atrás. As marcas estão conservadas em um canteiro da fábrica de cimento francesa. A 60 km de Sucre, se encontra o Povoado de Tarabuco, onde aos domingos são realizadas feiras tradicionais com a comercialização de vários tipos de artesanato, incluindo roupas.

Tem sido cada vez mais comum aos turistas que visitam Sucre, conhecer a vida do campo. Um dos lugares mais procurados é Jatun Yampara’s. A 40 minutos de Sucre por estrada asfaltada chega-se ao local onde reside Cristina Flores, 80 anos, que não fala espanhol mas, com a ajuda de intérprete convida para conhecer a rústica vida camponesa.

As principais festas de Sucre são o aniversário de Chuquisaca em maio; a Festa de San Juan, em Junho; e o festival da Virgem del Cármen, em julho; além do Dia da Independência, em Agosto, e das grandes celebrações em honra da Virgem de Guadalupe, em Setembro.

Os telhados de Sucre

A cidade branca de Sucre

Casa de la Libertad

Patio Hostal Sucre

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32 Fácil Nordeste / 2009

T urismo

Rota do vinho impulsiona turismo no Nordeste

É o exemplo do nordeste brasileiro, a citar a região do Vale de São Francisco no sertão de Pernambuco que tem despontado com grande potencial. Recentemente foi institucionalizada a Rota do Vinho – Vale do São Francisco, que re-úne os municípios de Petrolina, Santa Maria da Boa Vista e Lagoa Grande com vasta produção agrícola com uvas, já apontados como um dos melhores do Brasil.

A Rota está dentro do Programa Pernambuco Conhece Pernambuco, elaborado pela Empresa de Turismo de Pernambuco – EMPETUR, órgão vinculado à Secretaria de Turismo do Governo do Estado que tem por objetivo desencadear, definitivamente, o processo de interiorização do turismo em nosso Estado.

O projeto oferece um passeio que mostra a aridez da caatinga favorecendo vastos parrei-rais. Na viagem o visitante segue pelo Rio São Francisco em barcos protegidos pelas tradicionais carrancas de proa que, dizem os sertanejos, afas-tam a má sorte. Ainda no passeio, vale a pena apreciar carnes de bodes e carneiros, além de peixes e moquecas que são sucesso na região.

Banhada pelo Rio São Francisco, Petroli-na possui diversos atrativos turísticos. Uma das maiores cidades de Pernambuco e considerada

a capital do Sertão, Petrolina tem uma economia forte e em expansão, com destaque para o os setores da construção civil e serviços.

O turismo de negócios é bastante represen-tativo na cidade. O viajante pode curtir as horas de lazer com um passeio de barco pelo São Fran-cisco, descendo até as ilhas do Rodeadouro, com sua praia de areias finas e douradas, e do Massan-gano, o berço de uma das mais antigas manifesta-ções populares do Brasil: o Samba de Véio.

Na orla da cidade, pode-se observar o pôr-do-sol do sertão. Em Petrolina Antiga, encontra-se o conjunto de edificações do século XX que deram início ao desenvolvimento da cidade. O Bododramo é um complexo gastronômico ao ar livre que oferece carne de bode e carnei-ro em diversos pratos. Inspirada na original de Hollywood, a cidade possui a Calçada da Fama, local que proporciona ao visitante um passeio por diversos países sem sair do lugar. As tradicio-nais carrancas, que espantam a má sorte, podem ser encontradas no Centro de Artes Ana das Carrancas e Oficina do Artesão Mestre Quincas.

No canteiro principal de Lagoa Grande, a cidade exibe a sua grande riqueza: a uva. A viti-teca mostra, ao ar livre, todos os cerca de 190 tipos da fruta que são plantados na região do Vale do São Francisco.

Atualmente, Lagoa Grande fabrica o melhor vinho do Brasil. Para entender melhor o proces-so da confecção da bebida de Baco, uma visita a vinícola Garziera, na Fazenda Garibaldina, propor-ciona o acompanhamento de todo o processo industrial, desde o parreiral até o engarrafamento.

A cidade possui ainda a Igreja Nossa Senhora dos Remédios, na Ilha do Pontal, que foi construída há mais de 300 anos com mão-de-obra indígena.

Em Santa Maria da Boa Vista é oferecido roteiros turísticos bastante diversificados. Na Fa-zenda Milano, pode-se acompanhar o processo de confecção do vinho Boticelli. A produção ar-tesanal da farinha de mandioca, produto de sub-sistência do sertanejo, pode ser vista na comuni-dade quilombola, no Monte Carmelo.

No mesmo local, o visitante encontra um mirante natural, onde tem acesso a uma paisa-gem deslumbrante. Conduzida por seresteiros e amantes da música, acontece, durante o mês de junho, a Serenata da Recordação, um momento de romantismo em pleno sertão.

Por: Ana Paula Bernardes / Com informações da Assessoria de imprensa da Secretaria de Turismo de PE / Fotos: Evaldo Parreira/Divulgação

Vinhos Garziera, tradição na Rota

Carrancas e Rio Sol, referências no Vale do São Francisco

O Brasil ainda não é o País do vinho, mas já conseguimos enxergar uma projeção futura deste mercado. Recentemente contablizou-se a participação com resultados positivos de muitas vinícolas brasileiras em concursos internacionais.

Na 10ª edição do VinAgora International Com-petition, realizado de 18 a 21 de junho, em Sopron na Hungria, o Brasil conquistou mais seis medalhas. O concurso reuniu 542 amostras provenientes de 21 países, avaliados por 60 degustadores.

A Casa Valduga com seu Merlot Premium 2006 recebeu medalha de ouro no festival. A prata foi para o Cabernet Franc Premium 2006, também da Casa Valduga Vinhos Fi-nos. O Salton Desejo Merlot 2006 e o Sal-ton Talento 2005 da vinícola Salton, além do Panizzon Maximus Tinto 2005 e o Za-notto Merlot 2005 da Vinícola Campestre também ficaram com a prata. Todas essas vinícolas pertencem ao reduto sulista do País, onde se concentra mais de 90% da produção vinícola.

Bento Gonçalves, Garibaldi e Ca-xias do Sul, seguidas de Flores da

Cunha, Farroupilha e Canela, são algumas das cidades conheci-

díssimas pela sua vitivinicul-tura. No entanto, enga-na-se quem pensa que o mercado de vinhos atinge só o sul do País.

Desde setembro de 1995 quando o Brasil passou a ser membro da OIV (Office Interna-tional de la Vigne e du Vin ou, simplesmente, Organização Inter-nacional do Vinho), órgão que regula as normas internacio-nais de produção do vinho, várias cidades do País, algumas ainda timidamente, se empenharam em trabalhar nesta produção.

Vinho 1501 - Destaque da Boticelli

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Pôr do sol no Vale do São Francisco

Carrancas para espantar má sorte

Filha de Ana das Carrancas dá continuidade ao trabalho da mãe

Panorâmica de Petrolina

Catedral de Petrolina

Casario de Petrolina Antiga

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Em Pernambuco, agora quem subir a serra de Gra-vatá, além de todos os seus atrativos também poderá encontrar a primeira Enoteca Decanter do enólogo e comerciante de vinhos, José Luis Spencer.

A loja está situada na fazenda Monte Castelo, Km 96, na BR-232, que pertence aos empresários Edu-ardo e Glória Piquet. O espaço disponibiliza vinhos do Velho e Novo Mundo. Ao todo são cerca de 200 rótulos da Importadora Decanter, que hoje é consi-derada umas das maiores do Brasil.

Lá o visitante se deleita com esta variedade, onde encontram-se ícones como Pio Cesare do Piemonte, Luiggi Bosca da Argentina, Di Martin do Chile, Bolza do Uruguai, Amalaya de Colomè, da Bodega Colomè que fica na região de Salta, considerada a vinícola mais alta do Mundo e a mais antiga em produção na Ar-gentina. No espaço também se aprecia as novidades da África do Sul e Austrália.

A Enoteca está interligada ao restaurante Casteli-nho, onde o visitante também pode apreciar as delí-cias da gastronomia da fazenda, que serve grelhados e carnes nobres durante o dia e magret de pato, cor-deiro, além de festival de fondue à noite.

“A idéia é oferecer mais um atrativo aos proprie-tários dos condomínios de maneira geral, unindo boa comida a excelentes vinhos”, explica o empresário Eduardo Piquet, satisfeito com a parceria. O Casteli-nho é aprovado pela Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho. Em Pernambuco são apenas 25 restauran-tes que possuem este selo.

Na região de clima montanhoso e carente em desenvolver ações ligadas ao mundo do vinho, a idéia veio a impulsionar um comércio até então inimagi-nável na região. “O clima de montanha da região é

Gravatá ganha sua primeira Enotecaextremamente favorável ao consumo do vinho e da boa gastronomia”, destaca Piquet.

A oportunidade em trazer o nome da Enoteca Decanter para a Serra pernambucana foi do enólogo e comerciante de vinhos José Luis Spencer. “Enxer-guei uma necessidade da região e uma forma de levar o nome da Decanter para o interior do Estado”, ex-plica o enólogo.

Esta parceria possibilita redução de preços de vi-nhos em até 30%, se o consumo fosse feito de algum vinho da importadora diretamente em algum restau-rante fino da cidade. A Enoteca também passará a atender em domicílio, para residências localizadas no raio entre Gravatá e Caruaru.

As atividades de Spencer também compreendem a importação de azeites de Oliva da Turquia. Ao longo de sua trajetória no mundo dos vinhos participou de alguns concursos internacionais de Sommerlier como na região de Otrepor e Pavesi na Itália sobre vinhos orgânicos. Atualmente representa o Nordeste na So-ciedade Brasileira de Enologia. É também fundador da Sociedade Brasileira de amigos de Vinhos em Pernam-buco (SBAV-PE), bem como faz parte da Comissão de vinhos verdes em Portugal.

O enólogo é consultor de vinhos do caderno de gastronomia da revista Fácil e também apresenta o programa Aromas e Sabores, sobre vinhos e gas-tronomia, veiculado aos sábados, às 14h00, na Rede Estação, canal 14.

Serviço:

Enoteca DecanterEndereço: Fazenda Monte Castelo, KM 96, BR- 232/Gravatá

Enólogo José Luiz Spencer e Eduardo Piquet, do Monte Castelo

Espaço abriga 200 rótulos do Velho e Novo mundo

Restaurante Castelinho abriga Enoteca Decanter

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Educação II

Parece que foi ontem, mas já se passaram 61 anos desde a construção da Escola Dom Bosco de Artes e Ofícios. Fundada em 1948, e legalmente constituída em 1952, hoje natural-mente ela já faz parte da conjuntura educacio-nal de Pernambuco.

A Escola formou ao longo dessas seis décadas, destaques do mundo econômico, social, político e empresarial do Estado, através da utilização do sistema preventivo que é caracterizado pelo saber acolher, escutar, amar e acreditar nas potencialida-des e capacidades do público atendido.

Sua missão baseia-se nos ideais do fundador da Congregação Salesiana, Dom Bosco, que propunha uma prática institucional fundamenta-da na política de participação e co-responsabili-dade permeada por valores éticos, que enfoca os aspectos positivos e potencialidades do aluno.

Para atingir esses objetivos, a proposta po-lítico-pedagógica da escola tem sido oferecer cursos profissionalizantes e atividades de eleva-ção escolar, destacando a formação profissio-nal, atividades de apoio pedagógico, recreativo-cultural e esportiva.

Os cursos técnicos têm duração de um ano e englobam, automecânica e autoelétrica, me-

cânica industrial de manutenção, serralharia e caldeiraria, marcenaria, eletricidade predial e industrial, panificação/confeitaria/atendente de lanchonete e artes gráficas (impressão offset, acabamento gráfico e pré-impressão). Neste ano, a Escola oferece 9 cursos profissionalizan-tes de fevereiro a dezembro, atendendo cerca de 225 jovens, com idades entre 17 e 24 anos.

A instituição ainda abriga outras ações, como aquelas realizadas na Casa Dom Bosco. Este setor da Escola abriga atividades de cunho sociopedagógicas, culturais e esportivas; objeti-vando a inserção desses alunos no mundo do trabalho, através do Programa de Aprendiza-gem do Governo Federal, atendendo por volta de 105 crianças adolescentes, de ambos os se-xos, entre 13 a 15 anos de idade.

A Escola também coordenou o Progra-ma Segundo Tempo (PST), que é resultado de uma parceria entre o Governo Federal e a Conferência das Inspetorias Salesianas do Brasil (Cisbrasil), onde desenvolveu ativida-des esportivas, recreativas, artísticas e culturais para 1.500 crianças, adolescentes e jovens, das obras Salesianas na Região Metropolitana do Recife e também na Obra de Maria.

No turno da noite, existe a programação de inclusão digital, em parceria com o Comitê de Cidadania dos Chesfianos do Recife, aberto para a comunidade, com uma média de 160 beneficiários.Graças à sua missão de promo-ver a formação humana, cristã e a capacitação profissional de jovens em situação de pobreza, através do carisma salesiano, a Escola Dom Bosco de Artes e Ofícios educa com base em valores morais, religiosos, ambientais e de ci-dadania. Pretende contribuir desta forma, para a sua promoção e reinserção social de quem usufrui dos seus ensinamentos.

Entre em contato com a Escola Dom Bosco e se informe como ser um parceiro contratan-do esses jovens, sendo voluntário ou contri-buindo de outra forma.

Serviço:

Escola Dom Bosco De Artes E OfíciosAv. Gen. San Martin, 1449Bongi - Recife - PE - CEP: 50761-000Fone: (81) 2129.4523 - Fax: (81) 2129.4526E-mail: [email protected]: www.escoladombosco.org.br

Escola Dom Bosco de Artes e Ofícios completa 61 anos

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Vinho, alimento do corpo e da alma

Por: José Luiz Spencer

Durante milênios, o homem teve a alimen-tação como sua preocupação principal e quase exclusiva. A luta pela sobrevivência ocupava a maior parte do seu tempo. Com a descoberta da agricultura no neolítico, o homem fixou-se na terra e encontrou tempo para se deter na con-templação da natureza e de seus fenômenos.

Na Pérsia, a origem do vinho é lendária e atribuída ao rei Djemehid, que se encontrava em sua tenda observando o treino de seus arqueiros quando percebeu uma serpente en-rolada numa ave a ponto de sufocá-la. O rei

deu ordem para atirar na serpente. A ave li-berta voou aos pés do soberano e deixou cair sementes que o rei mandou plantar. Nasciam as primeiras parreiras que davam frutos, cujo sumo virou a bebida do povo.

Mais tarde, Cambises descendente de Dje-mehid fundou Persépolis e mandou plantar vinhas em torno da cidade. O mostro fermen-tado das uvas produzia um vinho que era for-necido aos soldados visando fortalecê-los em sua campanha pela conquista do Egito. Nascia o primeiro vinho Shiraz.

“O Homem que comeu bem é um homem bom, o homem que bebeu bem um vinho é um homem sábio”

Alejandro Casona

Durante a era glacial, as videiras quase desa-pareceram. A vinha só resistiu em refúgios, sendo um no Mediterrâneo (Creta, Rodes, Líria e Lídia) e outro entre os mares Negro e Cáspio, na antiga Caucásia e atuais Geórgia e Armênia, curiosamente perto do Monte Arafat, onde Noé encalhou sua arca e, segundo a lenda, plantou a primeira videira.

Enogastronomia

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“...E como Noé era lavrador, começou a cultivar a terra e plantou uma vinha. E tendo bebido vinho embebedou-se e apareceu nu na sua tenda”

(Gênesis- cap.9, v 20,21)

O Homo Sapiens surgiu no Paleolítico supe-rior há 60 ou 50 mil anos. Mas, indícios de plan-tio de parreiras só aparecem por volta de 6000 anos a.C. Entre 5 mil e 4 mil anos a.C., as par-reiras cultivadas expandiram-se em duas linhas. Uma partindo da Geórgia em direção à Meso-potâmia, Síria, Palestina e Egito, outra atravessan-do a Anatólia e chegando a Chipre e Creta.

“...Eles são como os valentes de Efraim e o seu coração se alegrará como quem be-beu vinho...”

(Zacarias cap.10- v.7)

Assim, o cultivo da parreira foi se alastrando na Assíria, no Egito, na Babilônia, na Anatólia, na Palestina, na Turquia, na Tunísia (Cartago), na Itá-lia, Creta e Sicília, na França, na Índia (na Idade do Bronze), na China (no Império do Meio - 20 a.C.), da China para o Japão cerca do ano 100 e, mais recentemente, em alguns países dos he-misférios Norte e Sul. Hoje, o mundo moderno descobriu as vantagens do vinho como a bebida mais salutar para o organismo humano.

“O Vinho adicionou um sorriso à amizade e uma centelha ao amor, é o segundo sangue da raça humana”

Edmondo de Amicis

O vinho é uma bebida e um complemen-to alimentar difícil de ser definido com uma só frase ou definição, quer seja matemática, bioló-gica, química, comercial ou poética. Pois para o ser humano, além de ser uma bebida, o vinho é nutrimento, é exaltação, é prazer, é sonho e mil outras coisas. Uma boa definição é “vinho, o mosto fermentado, natural de uvas frescas, previamente esmagadas”.

“Quem bebe vinho o entende e aprecia. É como aquele que ouvindo a música, escuta passar os anjos e os enxerga”

G. Brera

Na enogastronomia, onde o vinho se har-moniza com a comida, ou tendo o mesmo como ingrediente principal para elaboração do prato. Seu segredo principal é a complemen-tação. Cada gole de vinho limpa o paladar e as papilas gustativas para degustar o prato nova-mente. O vinho, na gastronomia, não se pren-de a idos remotos, para amaciar, aromatizar e conferir sabor a carnes duras ou disfarçar o aro-ma forte das caças. Essas épocas são lembradas

durante todos esses tempos. O poeta latino Horácio (65 a.C. - 8 d.C.), autor das “Odes”, nas quais celebra o amor e as boas emoções da vida, deixou uma receita de molho combinan-do com vinho, azeite e salmoura.

Taillevent, autor do primeiro tratado de co-zinha em língua francesa, escrito no século XIV, recorre ao vinho como tempero.

Santa Joana d´Arc (1412/1431), heroína francesa na Guerra dos 100 anos, misturava o vinho na sopa diária.

O escritor Alexandre Dumas, autor do livro Três Mosqueteiros, que também escreveu o grande dicionário da cozinha com 1152 pági-nas, chamava o vinho de “parte intelectual“ das receitas. Todos usam-no para beber e cozinhar. A matéria é polivalente. Entra na vinha d´alhos, ajudando a temperar e a tornar mais úmidas e tenras as carnes, especialmente as caças.

“Se pão é símbolo do que o homem pre-cisa, o vinho é, por seu lado, o símbolo da superabundância da qual também temos necessidade”.

(Papa Bento XVI - à época, cardeal Joseph Ratzinger).

O vinho, por ser a bebida mais saudável e preconizada pelo grego Hipócrates no século V a.C., recomendava o vinho rico em elementos que estimulavam a eliminação das substâncias tóxicas como diurético a seus pacientes, nas feri-das externas e nas lesões abertas como curativo úmido, depois de lavar com o próprio vinho.

Em 1979 na Inglaterra foi feita uma pesquisa em 18 países ocidentais, descobrindo-se que a incidência de infarto do miocárdio era menor nos países que consumiam mais vinho. Cinco vezes mais baixo na França e na Itália, países que tem alto consumo de alimentos gordu-rosos. O fato é que hoje não há mais dúvidas quanto aos benefícios que o consumo modera-do de vinho traz à saúde.

“Se um Deus tivesse proibido o vinho, por que o teria feito tão gostoso?”.

(cardeal Richelieu)

O vinho, pacífico, bucólico, calmo, prazero-so, paixão, espírito e corpo. Pão e vinho, esses sem dúvida são alimento para o corpo e para alma. Baco e Eros com certeza são os grandes companheiros da felicidade do ser humano.

“Nunc est bibendum (Agora é hora de beber)”. Horácio

José Luiz Spencer [email protected] da Fácil Nordeste

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Os grandes nomes da GASTRONOMIA em PernambucoTexto e fotos por: Ana Paula Bernardes

Domingo, feriado, dia santo, no calor, frio, para almoçar, jantar, para jogar conversa fora, reunir amigos, um encontro de negócios, ou para apreciar um bom vinho, seja qual for sua intenção, o importante é saber escolher bem o lugar que vai realizar algum desses desejos, ou todos eles, quem sabe....

E você não precisar ser um ex-pert em cozinha para escolher bem o local. Alguns deles, por si só, já são tradicionais e fiéis à sua especia-lidade que vão chegar rapidamente à sua memória quando você pensar no que deseja saborear. Mas se ain-da assim for difícil, a gente dá uma força com essa matéria. Percorre-mos os quatro cantos da capital per-nambucana, dando uma esticadinha até o Sítio Histórico de Olinda para mostrar a diversidade das opções gastronômicas que Recife tem.

Em meio a nossas andanças, des-cobrimos que esta cidade tem mui-to mais do que se possa imaginar. Tem chef, cozinheiro ou simples-mente curiosos que se tornaram verdadeiros experts em todo tipo de cozinha. E mais ainda, a cozinha recifense tem de tudo.

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La FondueNesta temporada de frio uma referência é o La Fondue,

que possui duas unidades. A tradicional em Boa Viagem que existe no mesmo endereço desde 1981 e uma filial em Gravatá, que existe já há 5 anos. As duas reúnem verdadei-ros amantes do prato especialidade da casa. E ainda para este ano a Zona Norte da cidade se prepara para receber mais uma unidade do restaurante.

O La Fondue é pilotado por Beto Mergulhão que com seu jeito particular de atender cada um, popularizou seus espaços como fondue de Beto. A história da casa começou com uma sociedade com um suíço, Pierre, mas que não deu continuidade à parceria. Beto então tocou o restaurante so-zinho e hoje conta com a ajuda da mulher e dos filhos. “ Toda nossa dedicação é grande para agradar cada cliente. Acho que este é o maior patrimônio de um estabelecimento, a fidelização do cliente em primeiro lugar”, destaca Beto.

Entre os tipos de fondue servidos na casa estão os tra-dicionais carne, queijo, além de camarão, cordeiro e lagos-ta. Para sobremesa a pedida é o fondue de chocolate. Eles respondem por 80% do movimento do restaurante e são servidos com nove tipos de molhos: alho, azeitona, toma-te, tomate seco, anchova, azeitona, pimenta, cebola, queijo e tártaro, além de salada e espaguete.

O famoso fondue de carne, cai muito bem com um vi-nho Artero. Este vinho, de aroma adocicado é da região de La Mancha, na Espanha. É um Tempranillo, com teor alcoólico 14%, excelente para o prato da noite.

No entanto, o restaurante também serve lagosta, cama-rão, filé e cordeiro em criações para lá de especiais. Uma outra dica portanto é o filé roquefort, servido com mas-sa. Indicamos este prato com um vinho italiano Rupestro. Este vinho pertence à vinícola Carbeto de Umbria e é feito do corte das uvas Merlot com Sangiovese. É um tinto aro-mático e considerado o de melhor custo-prazer da Itália.

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MingusBem na esquina da Alameda Rebelinho, considerado

pólo gastronômico e cultural do Recife também se vê que os toques da cozinha francesa vão imperar. É o restaurante Mingus, de Nicola Sultanum. Na verdade, a casa tem como proposta a cozinha franco-contemporânea. E questionado sobre o porquê desta escolha, Nicola foi enfático. “ É a cozinha base do mundo. Tudo vem dela e não poderia ser diferente”, declara.

Quem conhece um pouco de Nicola sabe que até po-deria ser diferente. Isto porque a família dele tem origem árabe, mas segundo o restauranter, enveredar por esta escolha seria mais difícil. “ A culinária árabe é belíssima e saborosíssima também, mas é uma das mais variadas que existem por isso não seria tão fiel”, explica.

A história de Nicola se aproxima e muito da gastro-nomia. Formado em hotelaria, antes de ser empresário de restaurante, trabalhou em alguns deles e também em

Chateau BrillantPasseando pela cozinha francesa, o Recife também tem

muito o que mostrar. Encontramos o que de mais fiel a cozinha francesa tem. O restaurante Chateau Brillant, pilo-tado pela chef Meiga Von Liebig.

A casa retrata essa proposta de dar mérito à gastrono-mia francesa e destaca o aromático como o sentido maior e que está presente em todas as combinações do restau-rante. E isso a reportagem apreciou no pequeno bouquet garni, que consiste na união de ervas que serve para tem-perar as porções. No Chateau ele é feito de talos de salsas crespas, tomilho e loro. Além disso, esta preciosidade é um acelerador protéico orgânico do séc. 14 da cozinha inventi-va da região da Província da França, onde esta é responsá-vel por nada mais, nada menos do que 422 pratos nativos da região e muitos deles, aromáticos.

A alta gastronomia é impecável e os seus detalhes são extensos. Desde o manuseio, os tipos de cortes, tempo de preparo, combinações que vão além do censo de quem as prepara e do olfato e paladar de quem as aprecia. A cidade Luz, em sua diversidade, ainda hoje é quem mais forma chefs no mundo todo.

Do outro lado do Ocidente, aqui bem na mesa do Cha-teau, a França em sua excelência. Cordeiro, filé, caças, pei-xe e frutos do mar. E os molhos que são marca da cozinha de Meiga. “ O molho é o diferencial, é o verdadeiro toque do chef e a França traz a maior variedade de opções para aguçar a criatividade do chef”, destaca Meiga.

Em junho deste ano de 2009, que marca o ano da Fran-ça no Brasil,a chef Meiga foi uma das seis finalistas, repre-sentando nosso Estado entre 3800 chefs do Brasil e 230 cozinheiros no concurso Astec 2009, que aconteceu em São Paulo Este concurso é a etapa latina finalista para o Bocuse D´or, concurso internacional referência.

Visitando a casa, não deixe de prestigiar a sugestão da chef saboreando entrecôte suíno, béarnaise(molho) e pommes frites(batatas-fritas).

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alguns hotéis. Morou três anos na Suíça e foi lá que se apai-xonou pela cozinha. Quando voltou trabalhou no ramo de A e B e algum tempo depois viu que era hora de reunir toda sua experiência e assim montou o Mingus, que primeiro funcionou em Piedade e depois migrou para Boa Viagem.

A casa leva a assinatura da arquiteta Glauce Botelho e por si só já esbanja sofisticação. Não poderia se esperar algo diferente de seu cardápio. O nome Mingus é uma ho-menagem ao compositor de jazz Charles Mingus. As pa-redes do restaurante estampam várias fotos de músicos do blue e do jazz. O som ambiente também é bastante característico.

O cardápio já virou referência na cidade e em especial para alguns pratos como a coxa de pato confit com purê de mandioquinha e agridoce, assim como o javali grelhado depois de marinar no vinho branco, alecrim, alho e louro por dois dias. É servido uma polenta cremosa com molho picante. Este prato é bem harmonizado com o chileno Estampa, safra 2007. Feito a partir do corte Cabernet Sauvignon (85%) e Merlot (15%), este tinto é da região de Colchagua e possui teor alcoólico de 14,1%.

Para entrada, experimente os camarões no azeite com alho misturados a vieiras no final. Ele também leva salsinha, manjericão e é perfumado com azeite. Harmonize com o brano seco Petit Chablis, engarrafado por Alain Geoffray, teor alcoólico 12% e bom apetite!

Ponte NovaTambém em cima da alta gastronomia está o restau-

rante Ponte Nova, do chef Joca Pontes. A paixão dele pela cozinha vem de cedo e este restaurante não é a única obra do chef. Junto com outros sócios ele também pilota a cre-peria La Plage e o Vila, de cozinha bistrô.

A inspiração do chef vem na verdade do tempo em que esteve estudando na Capital da Luz. Quando voltou para o Brasil em 2003, tinha certeza de que estava com bagagem suficiente para abrir o Ponte Nova, que inicial-mente funcionou em Boa Viagem e há 2 meses está no bairro das Graças.

O nome Ponte Nova está intrinsecamente ligado à história de Joca e de seus sócios. Numa tríade, o nome faz menção ao clássico filme francês Les Amants Du Pont Neuf, que conta a história de um casal simples que se co-

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Pomodoro CaféBem ao lado da França literalmente está a Itália. Não

somente geograficamente, mas na tradição gastronômica mundial. E aqui em Recife, é também na Alameda Rebeli-nho que vamos encontrar a fiel cozinha italiana no Pomo-doro Café, do chef Duca Lapenda.

Na entrada, o visitante se vê diante de uma antiga casa de pescadores, mas dentro existem dois espaços que re-ceberam intervenção arquitetônica de Zezinho Santos. No entanto pelas mesas e paredes, há um pouco do que Duca confessa ser seu toque, nos pratos da boa lembrança, lou-ças, luminárias e até nos porta-guardanapos.

O ar de cantina prevalece no espaço e o cardápio também confirma tudo isto com pratos da clássica cozi-nha italiana. Toda esta estrutura e o esforço de Duca já lhe renderam vários prêmios. Em 2003 e 2004, por exemplo, foi eleito pela Veja como o melhor restaurante. Em 2006 abocanhou o melhor italiano, chef do ano e restaurante ge-ral. Em 2007, foi considerado o melhor da cidade e melhor italiano e em 2008 e neste ano, eleito o melhor italiano.

Um capítulo antes disso tudo, mostra um Duca que vi-veu intensamente em outras áreas à parte da gastronomia. Durante muitos anos foi comerciante de moda masculina. Ele também teve hotel e acreditem, foi agropecuarista. No entanto, a paixão pela cozinha e a descendência italia-na falaram mais alto. Em 99, virou a mesa e como já tinha experiência com cursos amadores rodando o mundo (diga-se, França, Estados Unidos, Portugal, Inglaterra e a própria Itália), começou a esquematizar um negócio no ramo. Em 2000 nascia então o Pomodoro, só que em Gravatá.

nhece na Pont Neuf (Ponte Nova) em Paris. O drama é uma das predileções do pai de Luciano Longmann. Por ou-tro lado, está a lembrança do avô de Joca, Gessine Pontes, que construiu algumas pontes no Recife Antigo. Sem con-tar no próprio sobrenome do chef que também nos traz o primeiro subentendimento à marca da casa.

Com uma proposta de cozinha autoral quem chega até o restaurante pode conferir um cardápio enxuto com ape-nas 11 pratos, mas que satisfazem muito bem o imaginário de quem vai solicitar.

Destaques para a entrada que pode ser um tartare de atum batido com ervas, cebola roxa, maçã verde, gengi-bre e pimenta de cheiro, temperado com pimenta moída na hora, além de flor de sal e azeite extra-virgem. Servido com molho de amendoim, mix de folhas, macaxeira e azei-te. Indicado com um rose Le Provençal, com várias uvas de Provence, a citar 43% de Grenache, 20% de Mourvé-dre, 18% de Cinsault, 12% Syrah, 7% de Carignan e com 12,5% de volume alcoólico.

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A casa tinha 40 lugares e funcionava exclusivamente nos finais de semana. Logo na abertura, lotou. Com a de-manda, Gravatá “ficou pequeno”, como o próprio Duca diz e daí, mudaram para a casa na Rebelinho que hoje comporta 150 lugares.

Os funcionários da casa mantêm-se a mesma desde sua abertura, mas hoje o restaurante já tem vida própria, com fiéis seguidores do chef. “ A equipe hoje trabalha em perfei-ta sintonia e se por acaso o chef não está, eles sabem tocar a casa”, ressalta Duca, lembrando que por vezes ele preci-sa se ausentar para dar consultoria a outros restaurantes e participar de festivais pelo Brasil afora.

Visitando o Pomodoro você logo vai saber se o chef está porque ele carinhosamente costuma cumprimentar os seus clientes nas mesas. Mas mesmo assim não se aca-nhe em perguntar por ele e pedir sua sugestão. A nossa é fetucine Mare e Montagna, com legumes salteados do Mediterrâneo, salteados com camarões frescos e lingüiça italiana picante, bem servida também com um Rupestro, o qual já especificamos.

E vem novidade por aí. Até setembro, o chef promete abrir uma filial na Zona Norte. Pode acreditar que estamos no aguardo!

Recanto LusitanoA cozinha portuguesa também tem seu nome marcado

em Recife. O Recanto Lusitano é uma referência da cidade quando nos lembramos das iguarias que os portugueses Lúcia e José Novaes sabem preparar com primazia e excelência.

Todo mundo quer comer um bom bacalhau, mas o curioso é que naquela época existiam poucas casas por-tuguesas. Este foi o grande trunfo de Lúcia e José. Daí não perderam tempo, arregaçaram as mangas e fizeram histó-ria. Aliás, fazem até hoje!

O casal chegou ao Recife em 16 de março de 1980, vindos Aldeia de Sandiães, região do Minho em Portugal. O restaurante funcionava numa pequena garagem. Oito anos depois, se expandem e abrem em novo endereço.

O cardápio da casa virou destaque. Na memória de vários pernambucanos está o bacalhau à Narcisa, um dos campeões de vendas do restaurante. A história do prato, Sr. José e D. Lúcia também gostam de contar. “ Narcisa é uma casa conhecida em Portugal. Uma das melhores e nosso bacalhau é uma referência àquela casa”, explica José.

Nas paredes o Recanto encontram-se vários quadros do prêmio Guia 4 rodas que o casal ganha seguidamente há 15anos.

Outra marca registrada da casa é a Semana Portuguesa que a casa realiza anualmente, já há 20 anos, na semana de 10 de junho, homenageando o dia de Camões. Eles pro-movem um verdadeiro show gastronômico e cultural que mostra a diversidade da culinária portuguesa e conta tam-bém com apresentação de grupos de fados, que arrancam lágrimas e aplausos dos clientes da casa.

Quando o espaço completou 25 anos, a chef Lúcia Novaes criou um prato em homenagem à data intitulado Bacalhau 25 anos do Recanto Lusitano. Ele é um bacalhau costa alta grelhado, coberto com alho puxado no azeite e acompanhado por batatas coradas com arroz de rúcula. Este prato pede um Marquês de Montemor, da região do Alentejo, safra 2004. Proveniente do corte de araganaz, trincadeira e touriga nacional. Possui 13,5% de teor.

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ChiwakeAgora vamos dar um passeio pela América Latina, na

cozinha Peruana, representada aqui em Recife pelo res-taurante Chiwake. Pilotada pelo chef Aníbal Fernandes, ou Biba como ele é conhecido pela sua infinidade de amigos, a casa, sem medo de parafrasear, é um verdadeiro convi-te à visitação, pois traz em sua essência os ares do Peru, porque quem já visitou o País, confirma o dito e quem não visitou, fica com vontade de ir.

Quando citamos os ares peruanos, entenda-se desde o aroma indefectível de canela, que é uma das marcas do res-taurante, bem como as cores, utensílios e peças Peruanas espalhadas por todo o espaço. Para manter a perfeita fide-lidade aos detalhes, o arquiteto Paulo Velloso viajou com Aníbal para o Peru e lá coletou infinitas peças de decoração, totalizando 625 kg de bagagem que iriam compor o local.

Agora vamos voltar um pouco no tempo e relembrar a história do chef da casa. Quem lembra de Aníbal, o associa diretamente ao restaurante Expresso Sushi que existe há 10 anos em Porto de Ga-linhas. Ele foi o fundador da casa e toda sua habilidade anterior há dois anos, época de fundação do Chiwake, era com a cozinha japonesa. No entanto, de passagem por Maceió, conheceu o restaurante Wanchako, especializado na cozinha Peruana que foi paixão à primeira vista. E daí começaria uma longa insistência para trazer a idéia aqui para Recife.

Essa insistência durou exatos cinco anos. Até que os chefs Simone Bert e José Luís do Wanchako concordaram, mas para isto Aníbal foi passar 6 meses dentro da cozinha do restaurante lá na capital alagoana sob a supervisão dos dois para aprender tudo que de especial o cardá-pio andino tem. E toda essa preparação rendeu um ano de espera até que a casa finalmente fosse aberta aqui em Recife.

E deste casamento da experiência no Expresso Sushi, da culinária japonesa com a cozinha Peruana deu o toque conhecido como Nikkei,

mistura exótica que também está presente no cardápio do Chiwake.Entre as iguarias, um peixe recheado com camarão, creme de

brócolis e camarões puxados na mostarda com croquete de batata doe e legumes crocantes. Pura sofisticação também é o atum salada de entrada. Prato onde o atum é servido com gergelim e salsa de mel, gengibre, junto com legumes crocantes. Serve bem com um Chablis, de Alain Geoffray.

Outra referência da cozinha dos Andes e representado com ex-celência no restaurante são os ceviches. São mais de dez tipos, com peixes marinados no limão com diversos acompanhamentos.

Uma dica é o ceviche de Nazca, que possui o toque Nikkei e para o principal, conheça o Camarão à buacaína, que é puxado na manteiga, gengibre, creme de queijo, pimenta peruana e espaguete. Acompanha bem um De Martino Reserva, 347, safra 2007da vinícola Carmenere, que é a vinícola mais premiada do Chile.

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É - Cozinha InventivaDe um salto da cozinha dos Andes, voltamos para os entornos da

Alameda Rebelinho onde encontra-se o restaurante É, uma harmô-nica sociedade entre o Chef Douglas Wan Der Ley e o empresário Garret Moura.

A casa prepara-se para comemorar cinco anos de funcionamento e tem como proposta fazer o diferente ou melhor, é lá que você comer o que nunca pensou na vida. É que muito mais do que comer o diferente ou exótico, você vai aprender a comer o inusitado. E acreditem, com essa proposta a casa tem conquistado cada vez o público recifense. “Com esse esforço a gente conseguiu abrir a cabeça do povo para o diferente diante da alta gastronomia. Nosso lema é comer pensando na sensação que aquele prato ou aquele drink provoca”, explica Douglas.

Não seria exagero falar que o restaurante provoca uma verdadeira viagem gastronômica diante dessa proposta. Logo de cara, ao entrar no É você encontra um espaço que mexe com seus sentidos. Primeira-mente pelas réguas amadeiradas na parede que misturam-se a malhas vermelhas que juntas estimulam o paladar. Se você for ao banheiro vai encontrar pedaços de frutas nas cabines e no lavabo aromatizando naturalmente o ambiente. Há toda uma luz e mística no ambiente que fazem o cenário perfeito para o espetáculo desta cozinha.

Tudo isso quando você não está no restaurante em algum festival criado por Douglas que destaca a casa num patamar ainda mais dife-renciado, sem dúvida. Nossa visita por exemplo, foi quando o chef preparou uma homenagem ao dia da Tomada da Bastilha, referen-ciando os autênticos cabarés franceses. E daí você viaja no figurino dos garçons, recepcionistas e em toda decoração da casa, especial-mente para comemorar a data.

Aí chega o chef que vai te receber e estimular você a fazer um passeio por esta cozinha inventiva. Você já no primeiro instante vai conseguir captar toda a energia incomparável de Douglas Wan Der Ley. Energia esta que o faz ser mais do que criativo na cozinha, mas antes de tudo, ousado.

Itens como estes e acima de tudo esta sua ousadia lhe renderam o título de chef do ano. Mas quando questionado sobre isto ele hu-mildemente diz “Sou vaidoso no que quero fazer e exigente comigo

mesmo, mas acho que o prêmio é reconhecimento pelo meu esforço e trabalho”, ressalta.

E o que muita gente não conhece é a história do chef do ano. Ele é formado em jornalismo e marketing. Trabalhou um tempo na Varig e foi assim que conheceu vários lugares, inúmeras culturas e isto foi lhe rendendo idéias. E que idéias, não é verdade?

Pensou em cursar gastronomia porque desde cedo já gostava da cozinha e entendia o que era o “sabor”. Pesquisou mercados, cultu-ras populares e abriu um dos primeiros restaurantes japoneses da cidade, o Okinawa, quando comer sushi ainda era considerado esqui-sito. Os pratos da casa nunca se repetiram. Idéia esta que está sendo repetida diariamente no É no quesito sobremesas. A cada dia você experimenta uma delícia surpresa.

E esta inusitalidade já é conhecida nacionalmente, como a casa onde se come Foi Gras como sushi, ou o mesmo prato servido, por exemplo, com algodão doce, farofa de pipoca, calda de framboesa e por aí vai....

Os drinks também são um capítulo bem especial dessa história de sucesso. No É você encontra uma nova versão para o Cosmopolitan, que leva sumo da uva, gin, água tônica e gotas de laranja. Sem contar na versão pós-moderna da nossa caipirinha que leva suco de limão e jujuba.

Nossa reportagem poderia indicar o cardápio inteiro, mas como ele está sempre sendo repensado, tenho certeza que não daria tempo de você conferir tudo. Então aposte logo no confit de Pato laqueado com capa de caramelo crocante que casa perfeitamente com o tinto seco Chateau Saint Roch, safra 2005, da região de Rhône, Sul da Fran-ça. Feito do corte das uvas grenache, mouvedre que dá um toque selvagem e syrah. É um verdadeiro mariage com o pato laqueado.

Outra dica que não poderia faltar (afinal,estamos na casa do Foi Gras), saboreei esta iguaria e ouse, servindo-se com Chateau Des Tours, da vincícola Croix-du-Mont, da região de Bordeaux, safra 2005. Um excelente vinho nectário e apaixonante vinho botritisado.

Para sobremesa, inusitada claro, saboreamos um macarrón reche-ado com sorvete de doce de leite , creme brulée e caramelo. Se você tiver a sorte de experimentar este, harmonize com o vinho chileno Tarapacá, feito do corte de Sauvingnon Blanc, da Isla de Maipo.

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Edmilson da Carne de SolNão poderíamos deixar de destacar também a autêntica comida pernambucana,

daquela tipicamente regional. Como bons nordestinos, a nossa carne de sol é um delicioso destaque da nossa cozinha e experimentada por turistas do mundo todo.

Na memória dos pernambucanos e de muitas personalidades nacionais du-rante muitos anos esteve presente o nome de Edmilson da Carne de Sol. A casa ficou conhecida de ponta a ponta do Brasil pelo prato carro-chefe e que dá nome ao restaurante.

A história do restaurante completa 35 anos. Primeiramente funcionou numa casa na avenida Domingos Ferreira e hoje está localizado o lado do aeroporto interna-cional. Edmilson teve o privilégio de receber grandes autoridades, times de futebol e artistas. Todo mundo queria saber o segredo da carne preparada pelo Edmilson. Foi desta forma que ele recebeu inúmeras propostas para ir para fora, algo que ele nunca concordou pela forte ligação com sua cidade e com sua família e amigos.

Segundo Edmilson, o segredo do seu sucesso esteve ligado à seleção rigorosa que ele sempre fez com suas carnes. Sem contar nas fartas e variadas guarnições que acompanham cada prato. É 1kg de carne assada na brasa que vem com queijo coa-lho, manteiga, macaxeira, inhame, farofa de ovos, farofa de jerimum, salada, arroz e feijão verde. Serve 4 pessoas.

A casa ainda tem seu público fiel, no entanto perdeu espaço para uma con-corrência desleal que coloca carne de qualquer tipo de qualidade a preço inferior.

Edmilson mesmo assim não se intimida, pois sabe que quem vai até seu res-taurante, tem retorno certo para apreciar tanto o famoso prato como escolher entre outras opções como picanha argentina, maminha no alho, peixe na brasa, 10 opções de camarão, sarapatel, galinha de capoeira e um delicioso chambaril.

Nós ainda ficamos com a carne de sol e para ela indicamos um Amalaya de Co-lomè, safra 2006. Este vinho já foi premiadíssimo e pertence à bodega mais alta e mais antiga da Argentina.

BargaçoNuma cidade que como muitos já proclamam como sendo a capital gastro-

nômica do Nordeste, restaurante à base de frutos do mar também não poderia faltar. E neste quesito a cidade também tem uma forte marca através do seu res-taurante Bargaço que existe há 19 anos na capital, mas que há um ano mudou-se da avenida Boa Viagem para a Antônio de Góes, no Pina, numa casa que oferece uma vista belíssima para o Recife Antigo.

A casa que existe no Brasil todo nasceu em Salvador. Nos anos 90 viria para Recife usando a licença da marca, pelos sócios Rubem Alves e Wladimir Gomes. Desde 91 tem sua cozinha pilotada pelo chef Rosendo Victor, responsável pela padronização do cardápio.

A casa virou um ícone que tem como forte identidade a culinária baiana de formação, no entanto, os frutos de mar foram incorporados à tradicional comida pernambucana e alguns pratos expressam bem isto como é o caso da Peixada Per-nambucana, servida com legumes, ovo cozido e pirão tradicional. Até hoje um dos carros-chefes do Bargaço em Recife.

Nesta época do ano, em que a pesca da lagosta está liberada é possível apreciar a iguaria grelhada e servida com molho de manteiga, acompanhada de batata sautè a preços quase 50% mais baratos. Esta vai ser então nossa dica para vocês. Sugerimos um italiano Albino Armani branco, da uva pinot grigio, da Vigneto Carvara, safra 2007. Este vinho é da região do Trentino. Possui acidez média, é bastante fru-tado e possui 13% de volume.

Mas antes disso, não hesite em pedir como entrada fi-lés de trilha, que são empanados e servidos molho tártaro. Este peixe é o nosso saramunete, valorizadíssimo na Europa e que se alimenta de camarão. Aliás, se você perceber, o sabor dele se assemelha ao deste crustáceo. Para acompa-nhar, peça um Dezzani, da região do Piemonte. Sua safra é 2005 e ele é feito da uva córtex. Seu teor alcoólico é 11,5%.

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Lembrança e também a Oficina dos Chefs. Recentemente por exemplo, aconteceu uma versão desta oficina

que teve a participação também da chef Luciana Sultanum. A pro-posta é ser um espaço que sirva para aulas práticas e teóricas dos profissionais da gastronomia e que proporcionem aos chefs um local para o seu momento de criação.

Aquele velho garoto de Casa Amarela hoje já conhece o mundo, mas é lá no mesmo cantinho na cidade Alta, que lhe recebeu com tanto carinho há 16 anos, de onde ele nunca pretende sair.

Oficina do SaborChegamos a Olinda, mais precisamente na cidade Alta. É lá que

vamos encontrar a Oficina do Sabor, do renomado César Santos, que há 16 anos existe no mesmo endereço.

O espaço é um aconchegante antigo casarão que recebeu interven-ção sem perder os ares de pertencente ao Sítio Histórico. É diferente e esbanja o charme e encanto da cidade Alta. Na parte de trás, possui uma sacada com uma vista belíssima de Olinda e de Recife, que torna o espa-ço disputadíssimo no restaurante que ainda conta com área climatizada.

Nas paredes, vários pratos da Boa Lembrança, já que cá estamos na casa do Presidente da Associação Brasileira da Boa Lembrança.

Mas antes de todo este título, a história de César começaria no bairro de Casa Amarela. A mãe dele, com todos os afazeres de casa, determinava que à medida que os filhos iam crescendo as tarefas do lar iam se dividindo. Para o garoto César coube ajudá-la na cozinha. Ele conta que aos 8 anos, já batia um bolo e mexia o caldeirão da canjica. Aos 12/13 anos tinha o domingo como seu dia na cozinha.

Criou gosto pela coisa. Ouviu conselhos de amigos e foi fazer co-mida para fora. Passou a receber encomendas de pratos. Aos 21 anos entrou para o Senac. Fez curso de garçom e cozinheiro. “ Ali foi uma verdadeira escola”, relembra.

Depois começou a fazer congelamento a domicílio. As encomen-das iam crescendo. Fez casamento, 15 anos e quando tinha 27 anos surgiu a oportunidade de abrir a Oficina e em 19 de novembro de 92, toda a história da casa estaria começando.

Naquela época, não se falava em “gastronomia” como o título de hoje. Mas as pessoas passaram a conhecer o restaurante. Ali virou uma parada obrigatória em Olinda. Aliás, que o é até hoje. Um lugar para saborear o que de mais requintado a cozinha tem, com toques genuinamente pernambucanos.

Para entrada saboreie uma mussarela de búfala ao molho de pitan-ga. Experimente com um vinho Azul de Portugal, delicioso vinho ver-de com 12% de teor, feito das uvas trajadura, arinto e da própria Azul, produzido pelo maior enólogo de vinhos verdes, Anselmo Mendes.

Para prato principal escolha um La Mancha, 2007, da Luigi Bosca. Feito da uva argentina Viognier. Este vinho possui aroma de orquíde-as, damascos e almíscar, de intenso sabor e acidez.

Sem dúvida César faz tudo com muita maestria. Inclusive nas suas atividades extra-restaurante como é a batuta à frente da Boa

BargaçoAv. Antonio de Goes, 62. Pina - Recife Telefone: 3466-5026Funciona diariamente

Chateau BrillantLocalizado provisoriamente no Marolinda Cult HotelRua Capitão Rebelinho 734, PinaFone: 3325.5200

ChiwakeRua da Hora, 820 - EspinheiroRecife - PEHorário: De seg a qua para almoço: das 12h às 15h / seg a qui das 19h à 0h/ sex e sáb das 19h à 1h/ fecha aos domingosTelefone: 3423.1529

ÉRua do Atlântico, 147 - Boa ViagemRecife - PEFunciona a partir das 20h de segunda a sábado

*Todos os vinhos desta matéria foram sugeridos por José Luis Spencer ([email protected])

Edmilson da Carne de SolAvenida Maria Irene, 311, Jordão Horário: diariamente das 11h às 23hTelefone: 3463.6712 Aceita dinheiro e cheque

La FondueRua Des. João Paes, 186Boa ViagemFones: 3326.8659

Av. Cícero Batista de Oliveira, 1993GravatáFones:3533.3685Aceita todos os cartões

MingusRua do Atlântico, 102, Boa ViagemFones: 3465.4000Horário – Almoço - Ter a quin - 12h às 15h e sex e dom - 12h às 16hJantar - seg a quin - 19h30 às 0hSex e sáb - 20h às 1h30Sábado e segunda - não abre para almo-ço e domingo não abre para jantar.

Oficina do SaborRua do Amparo, 335, Olinda, 3429-3331 (130 lugares). Funcionamento: 12h/16h e 18h/0h (ter. a qui.); 12h/16h e 18h/1h (sex.); 12h/1h (sáb.); e 12h/17h (dom.).

Pomodoro CaféRua Capitão Rebelinho, 418, PinaFone: 3326.6023

Ponte NovaRua do Cupim, 172, AflitosInformações: 3327.7226Funcionamento: Seg. a Sáb. a partir das 19 horas

Recanto LusitanoRua Antônio Vicente 284- Boa ViagemFone: 34622161

Você encontra os vinhos citados na matéria nos seguintes endereços:

Lacomex Food ServiceRua José da Silva Lucena, 237Imbiribeira - Recife/PEFone: 81 30812131www.lacomex.com.br

Casa dos FriosAv. Rui Barbosa,412 - GraçasFone: 81 21250220Av. Domingos Ferreira, 1920Boa Viagem- Recife/PEFone: 81 2125.0231

IngáAv. 17 de Agosto, 1133 - Casa ForteFone: 81 3304.9361Av. Domingos Ferreira, 4371lj 05/06 - Boa ViagemFones: 81 3326.3858/3326.3259

Manihot IguariasRua Itajubá, 60 - Imbiribeira - Recife/PEFone: 81 3471.2090

SERVIçO:

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Apipucos Restaurante

Barraco Bar e Restaurante

Roteiro Gastronômico

Conhecido por ser o único bar e restaurante da Zona Norte do Recife com especialidade em camarão, Con-fraria do Mar leva há sete anos à loca-lidade o apreciado sabor do camarão. Em ambiente aconchegante, os clien-tes degustam camarões frescos em dezenas de receitas. Às quartas-feiras, das 18h à 0h, acontece o Rodízio de Camarões, que oferece cerca de vin-te pratos a R$ 19,90 por pessoa.

Para petisco, os mais pedidos são o camarão ao alho e óleo, na mantei-ga, ao natural ou torrado na cerveja. Para refeição, espaguete guarnecido

Uma culinária de qualidade, com sabores que diferenciam o tempero de cada prato. Esta é a proposta do Apipucos Restaurante, que há 10 anos compõe o hall das delícias do Shopping Center Recife, em Boa Viagem.

A casa mantém uma clientela fiel, seja no almoço, happy hour no final de tarde para tomar um chope gelado ou à noite, para curtir os petiscos pre-parados com esmero pela sua equipe de funcionários, e sob a gerência de Rinaldo Custódio da Silva, que já tem larga experiência no segmento em ca-sas renomadas aqui no Nordeste.

O self service do Apipucos Res-taurante oferece diariamente uma va-riedade de 20 pratos quentes e frios, a exemplo de bacalhau, sururu, vários tipos de arroz, como risotos, além fei-jão de mulatinho, preto e dobradinha, carnes, peixes, frangos, entre outros.

A casa também serve carnes no-bres de churrasco além de lingüiças, frangos e miúdos. As saladas também fazem parte do cardápio e bastante diversificadas e podem ser apreciadas e acompanhadas de molhos especiais.

Como sobremesa experimente os doces caseiros de mamão e mamão

O Barraco, de ambiente agra-dável, conquistou um público cativo. Possui uma culinária de qualidade, sa-borosa e com atendimento perfeito. Em seu cardápio constam 50 pratos, formados por pescado, lagosta, ca-marão, ensopado de aratu e polvo inteiro ao vinagrete. Sendo que a especialidade da casa é charque ao forno com farofa e costela no bafo.

Sua variedade atente todos os gostos, que vão de frutos do mar à picanha preparada na chapa. Há ca-brito guisado acompanhado com e arroz, feijão, farofa e molho verde, além de picanha argentina, carne de sol, rabada, maminha e guaiamum. Os pratos são fartos e normalmente servem mais de uma pessoa.

A mais nova opção da casa é o espaço climatizado voltado àque-les que apreciam o sushi. De terça

de camarões graúdos, além de risoto quatro queijos, risoto carioca, risoto paulista, yakissoba, empadão, escon-didinho, bobó e salada. Tudo com muito camarão.

A música ao vivo sempre fez parte da rotina diária da casa. A novi-dade é o samba de roda às quintas-feiras, com o grupo Tem que Ser e, aos sábados, o chorinho com os músicos do Na Semente.

Serviço:Confraria do MarRua Frederico, 82, Encruzilhada. Aceita cartões. Informações: 3242.1996. Delivery: 3427.9432.

com coco ou se preferir, saboreie pudins ou tortas. Depois de se fartar, que tal um cafezinho? Ou o chá de abacaxi, também uma referência da casa.

Serviço:Shopping Center RecifeRua Padre Carapuceiro, 777 – PC 195Boa Viagem – Recife – PETel: 81 – 3464.6712E-mail: [email protected]

a domingo há rodizio, com início às 19h. O preço é a partir de R$ 22,90. Para beber o cliente encontra cerveja e drinques como caipirinha de cajá, tangerina e limão.

ServiçoBarraco Bar e RestauranteAvenida República Arábe Unida, 213 Pina – Fone | 81 3326.5612Horário: Diariamente, das 11h30 até o último cliente

Confraria do Mar

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Café Porteño

Restaurante e Pizzaria Atlântico

Dos irmãos-sócios Bruna e Romero Oliveira, traz a concepção dos cafés argentinos quando valoriza pratos como as empanadas e os alfajores e servindo, também, pratos montados individualmente nos horários de al-moço e jantar. Essas características são típicas dos cafés argentinos, que vendem desde tortas e doces a bife de chorizo com batatas.

Entre os alfajores estão o de doce de leite coberto com chocolate amargo e o de framboesa coberto com chocolate branco (R$ 1,50 pequeno e R$2,50 grande). Já as sobremesas montadas à la minute servem duas pessoas e quem rouba a cena é a Cartola Porteña - ca-madas de alfajor intercaladas por banana e queijo assa-dos com calda de doce de leite ao perfume de canela e sorvete (R$ 9,90).

No cardápio assinado pelo chef Leandro Ricardo, os destaques ficam a cargo de pratos como o Puerto Santa Cruz, feito com filé de peixe assado com tomate confit, azeitonas e alcaparras, arroz cremoso de espinafre e ba-tatas espanholas (R$ 20,90). Também entre os mais pro-

De pizzaria de bairro à rede de restauranteAmbiente agradável, familiar, com uma alimenta-

ção requintada e que agradasse ao público pela quali-dade e preço justo. Desde a inauguração da primeira unidade do Restaurante e Pizzaria Atlântico, em outu-bro de 1987, estes foram os princípios que levaram o diretor executivo Ivanildo Lira, a formar o Grupo Atlân-tico, hoje composto por cinco unidades espalhadas pelo Grande Recife e uma equipe de 570 funcionários.

Com um cardápio bem diversificado, a casa conta com mais de 40 sabores de pizza e 100 opções de pratos, entre petiscos, entradas, saladas, carnes, aves, massas, frutos do mar e sobremesas.

Os destaques ficam por conta do Filé à Parmegia-na, Frango à Kiev e Peixe ao molho de camarão. Já em relação às pizzas, as de Filé Mignon com catupiry e de Frango com catupiry são as de maior saída.

Uma curiosidade da rede, é que eles não contam com um chef de cozinha: três vezes ao ano, todos os cozinheiros se reúnem para apresentar suas suges-tões, que são submetidas ao aval do conjunto.

A rede de restaurantes Atlântico funciona to-dos os dias, a partir das 11h, e trabalha com cartões de crédito e cheques, além dos tickets eletrônicos Sodex,VR e Visa-Vale, e o de papel, Refeição. Infor-mações: 2101.1111.

curados pelos frequentadores do restaurante está o San Rafael, refeição a base de peito de frango marinado ao vinho branco e alecrim com arroz porteño e mariquitas (chips de banana) (R$ 19,90). Fechando a lista dos mais pedidos está o Mendoza - medalhões de filé mignon co-bertos de queijo e ervas ao molho de vinho malbec com batatas fritas caseiras e arroz verde (R$ 21,90).

ServiçoCafé PorteñoRua da Hora, 712 EspinheiroHorário de funcionamento: Dom. a Sex. 12h às 23h, sábados das 16h às 23hServiço de manobristas (R$ 2,00) e seguranças

Serviço:

- OLINDA: Av. Fagundes Varela, 111, Jardim Atlântico.Horário de Funcionamento: de domingo a domingo. Self service (11h às 15h30), A la carte / balcão (11h às 00h), Delivery (11h às 23h30 - dependendo do bairro).

- IPSEP: Av. Recife, 2677.Horário de Funcionamento: de domingo a domingo. A la carte / balcão ( 11h às 00h), Delivery ( 11h às 23h30 - dependendo do bairro).

- GRAÇAS: Av. Rui Barbosa, 500.Horário de Funcionamento: de domingo a domingo. A la carte / balcão ( 11h às 00h), Delivery (11h às 23h30 - dependendo do bairro).

- PINA: Av. Conselheiro Aguiar, 592.Horário de Funcionamento: de domingo a domingo. A la carte / balcão ( 11h às 00h), Delivery (11h às 23h30 - dependendo do bairro).

- PAISSANDU: R. Paissandu, s/n, em frente ao co-légio GGE.Horário de Funcionamento: de domingo a domingo. Balcão (11h às 23h), Delivery (11h às 23h30 - depen-dendo do bairro).

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Por: Ana Paula Bernardes

Nos dias atuais, o lema que impera na sociedade é o da sustentabilidade das empresas. O mercado tem apro-veitado o gancho para expor produtos que condizem com a nova proposta. No ramo da decoração não tem sido diferente. Empresas de móveis, pisos, tintas e ob-jetos de decoração em geral têm apostado no lema

ecologicamente correto para lançar seus produtos.Nessa linha, um passo a passo de como decorar ou reformar sua casa

seria observar os produtos que pudessem atingir os objetivos de quem o está comprando, sem agredir o meio ambiente. Para a arquiteta per-nambucana Taciana Feitosa, vale a pena atentar para algumas dicas. Na sua opinião, o grande passo seria até mesmo inovar na construção de uma casa. “Para construirmos uma residência de alta qualidade ambiental, é necessá-rio seguir alguns procedimentos que viabilizam uma casa ser considerada ecologicamente correta, baseada na sustentabilidade. Através do telhado é possível criar meios para o aproveitamento de água das chuvas, por exem-plo. Trabalhando com os telhados como captadores das águas pluviais, dire-cionamos estas águas para um reservatório onde se filtra e trata a água para depois reutilizarmos. Da mesma forma podemos trabalhar com o telhão para criar com ele um colchão de ar, eliminando o ar quente, facilitando a entrada de ar natural, através da ventilação cruzada”, observa a arquiteta.

Outra dica, segundo ela, seria a questão da redução do consumo, seja de água ou de energia. “Podemos também pensar em utilização solar para reduzir o consumo de energia, utilizando materiais como tijolos de solo cimento, painéis térmicos e telhas de fibras vegetais. Existem alguns grupos de pesquisadores buscando soluções para ter casas ecoeficientes. Um des-tes grupos é o Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da Universidade de São Paulo (USP) que, em 1998, construiu uma casa no Campus Universitá-

Decoradores e arquitetos apostam em dicas sustentáveis para mudar a cara de um ambiente sem agredir a natureza

rio, cuja fonte de energia é um painel solar de 6 m² que gera 75 kw/h por mês, o suficiente para uma pequena família”, explica Taciana.

A arquiteta também sugere adequação para a parte interna de uma resi-dência. “Uma casa bem sombreada, através de plantibandas, espécies vege-tais na fachada, recuos e sistemas de ventilação natural, somado à utilização de materiais recicláveis, traz o mesmo conceito de fora para dentro”, adverte.

Dentro da casa, algumas propostas também são extremamente viáveis quando o assunto é adequar-se ao verde. Por exemplo, no chão é inte-ressante a escolha de um piso linóleo, pois ele é produzido com materiais naturais e renováveis. E daí entenda-se piso em pedra, azulejos de vidro reciclado, cortiça, eucalipto ou qualquer madeira reciclada.

Hoje existem várias marcas no mercado de pisos ecologicamente corretos, bem como de revestimentos sustentáveis que além de serem muito bonitos, adequam-se a essas necessidades. Um grande exemplo são os pisos da Sola-rium, que utiliza placas cimentícias que curam sem auxílio dos fornos tradicionais e materiais reciclados. Outras ações sustentáveis são o aproveitamento máximo da luz natural nas fábricas, uso de energia solar, reciclagem de sacaria de ráfia, papelão e ferro e uso de matéria prima reciclável em seus produtos.

A Solarium Revestimentos atua no mercado de pisos cimentícios desde 1997 e foi pioneira na fabricação ecologicamente correta de sua linha. Pos-sui cinco unidades fabris no Brasil, localizadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Recife e Brasília Seus produtos são atérmicos e antiderrapantes e podem ser aplicados tanto em ambientes internos, como salas e quartos, como externo, a exemplo de decks e jardins. Para a presidente da Solarium, Ana Cristina de Souza Gomes, uma grande vantagem do piso cimentício é sua versatilidade. “Vendemos tanto para cômodos decorados com luxo, como para locais descolados. Sem contar que pode ser aplicado em am-bientes residenciais e comerciais, sempre com belíssimo resultado”, afirma.

Decoração e Ambientação

E viva o verde!Piso Solarium aposta no ecologicamente correto

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Décor Por: Ana Paula Bernardes

Morar mais Recife - Evento de decoração conhecido pelas suas idéias sustentáveis repete sua fórmula este ano na capital pernam-bucana. A Mostra tem início no dia 17 de setembro com 30 dias de duração e acontecerá no bairro das Graças, na Av. Rui Barbosa, 1105. Com o tema “O planeta é sua casa”, terá 80 expositores, divididos em 53 espaços. O público esperado para esta edição é de 15 mil pessoas.

Logomarca - A Todeschini acaba de lançar sua nova logomarca. A mudança consolida nova posição no mercado de móveis e foi feita depois de um longo período de pesquisas e ações estratégicas inicia-das em 2004. Na nova identidade, o preto deu lugar ao cinza chumbo fazendo alusão à tecnologia, no entanto o ver-melho foi mantido só que agora num tom mais escuro, retransmitindo a sofisticação da marca.

Duratex - Chega ao mercado a linha de rodapés Moulding em MDF da Duratex. Possuem 6 modelos e duas opções de acabamentos. Além disso, podem ser instalados com todos os tipos de pisos, seja piso laminado, tábua de madeira, carpete têxtil, porcelanato ou cerâmica.

Abup Show - De 12 a 16 de agosto acontece no Centro de Con-venções Frei Caneca, em São Paulo, a 19ª edição da Abup show. Feira promovida pela Associação Brasileira das Empresas de Utilidades e Pre-sentes (Abup), que reúne expositores entre fabricantes e importadores do segmento. Neste ano, estão presentes 114 expositores num espaço de 14 mil m2 de exposição. A expectativa é de que sejam gerados negó-cios na ordem de R$ 45 milhões.

SIAD - Acontece de 21 a 24 de outubro de 2009, no Centro de Feiras e Eventos Serra Park, Gramado (RS), o Salão Internacional de Alta Decoração. Serão apenas cem marcas, que levarão a um público dirigido, do Brasil e do exterior, o que há de melhor na produção do mobiliário brasileiro. Atender ao viéis econômico do segmento da alta decoração, a partir da idéia da inovação conceitual, tecnológica e de sistemas de produção e comercialização de toda a cadeira produtiva.

Marccato - Chega ao Recife a Marcato, empresa que atua no ramo de mó-veis planejados de luxo. A nova loja pilotada pela em-presária Denise Gouveia possui 600 metros qua-drados e está localizada na avenida Conselheiro Aguiar, em Boa Viagem, reduto do setor de decoração. Além dos móveis, a nova unidade também oferece acessó-rios para casa e cozinha das melhores marcas. Podem ser encontrados balcões em aço da Mekal, utensílios da WMF e equipamentos da Ariston, além dos balcões feitos de silestone e corian, materiais semelhantes ao mármore em aparência.

Serviço:

MarcatoAv. Conselheiro Aguiar, 2052, Boa Viagem, Recife – PETelefones: (81) 3326-1708/3325-9049www.marcato.com.br

E outro destaque que também segue esta idéia são os revestimentos da marca Ekobe Revestimentos Ecológicos, que o próprio nome já diz tudo. São pisos, paredes e mobiliários feitos de reaproveitamento de materiais extraídos da natureza.

Os produtos são fabricados a partir da casca dura do coco-da-bahia, por meio de processo desenvolvido e patenteado pela Ecom, no qual as pastilhas são produzidas sem a desintegração do endocarpo. É um produto natural, de baixo impacto ambiental, ecologicamente correto e que contri-bui para a fixação de CO2.“O material que seria descartado acaba sendo re-aproveitado pelo uso da tecnologia e valorizado com o minucioso trabalho artesanal de nossos profissionais”, afirma Guilherme Wiedman, responsável pela área comercial da Ekobe.

A idéia da Ekobe é trabalhar unicamente com materiais renováveis, que são extraídos após já terem cumprido sua função na natureza. Desta forma, o novo produto terá nova vida, com um novo uso, cumprindo agora sua função de embelezar ambientes residenciais e corporativos.

Nas paredes, o interessante é fazer uso apenas de tintas ecológicas. Isso porque as tradicionais contêm elevados níveis de vapores químicos que, além de nocivos à saúde, contribuem para o aquecimento global. Uma poderosa dica são as feitas à base de água ou tintas com baixo ou nenhum teor de solventes orgânicos. “Fazer uso de uma arquitetura passiva é extre-mante interessante nos dias de hoje, pois diminui os custos operacionais e de impacto no meio ambiente”, ressalta Taciana.

Para os móveis, a arquiteta sugere evitar aglomerados, contraplacados ou outros compostos de madeira que normalmente têm formaldeído. “Uma dica é fazer uso no mobiliário que seja feito de madeira de demolição ou de reflorestamento, que hoje se encontra facilmente no mercado nas lojas de móveis”.

Banco de pastilhas Ekobe

Painel com soluções da Ekobe

Pastilhas de coco revestem este ambiente criado pelo arquiteto pernambucano André Dantas

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Informática e Tecnologia

Por Ana Paula Bernardes @Quem nunca ouviu a máxima “A

propaganda é a alma do negó-cio”, no mínimo está por fora da realidade do mercado ou, na pior das hipóteses, se não a

segue de alguma forma, está perdido em como dar boa visibilidade ao seu empreendimento.

Sendo assim, todo e qualquer negócio tem que mostrar as caras para o seu público ou esta-rá fadado a morrer no anonimato. Nos dias de hoje, mais ainda, com o bombardeamento de dados e multifuncionalidade da internet, a co-municação via web também mostra seu ar de vilã e um empresário que não consiga absorver esta idéia, será deletado da era da tecnologia.

É com esta aposta e trabalhando nesta li-nha de conscientização para seus clientes que empresas como a Interação - Interatividade cor-porativa, localizada no Recife, especializadas em desenvolvimento de ferramentas de comunica-ção para clientes via web, tem garantido lugar no mercado.

A empresa, pilotada pelos sócios André Vita e Wemmerson Seixas, possui apenas dois anos de funcionamento, mas está no mesmo por-te das empresas mais maduras do segmento quando o assunto é tecnologia da informação. Em seu portfólio, a empresa disponibiliza infini-tas possibilidades de criação para o cliente “ven-der seu peixe”.

Entre os serviços, estão: a criação de iden-tidade visual, E-mail marketing, blogging, web-casts, vídeo sharing, websites, widgets e games, múltiplas funcionalidades através do celular (móbile), bem como a promoção do relaciona-mento do cliente em redes sociais como orkut, facebook e twitter. “O mercado web é multidis-ciplinar e hoje uma empresa não é constituída apenas através dos meios de propaganda tra-dicionais. Cada vez mais se tem dado valor às ferramentas da web”, diz André.

Hoje já existem dados que comprovam esta realidade. No mundo todo existem 41 milhões de internautas. E numa média muito simples, é comprovado que para cada dois usuários de computadores, 1 é internauta. E deste público, 90% já interagem em alguma mídia social. “Nós observamos que o cliente tem vida social e a tecnologia está presente em tudo hoje. Resolvemos entrar nesta linha de

A Weba favor do seu negócio

trabalho e mostrar tudo o que é necessário para ter interação e marcar o nome do cliente na web”, explica André

Os clientes da Interação ultrapassam a li-nha territorial do Recife, e estão espalhados no eixo Rio-São Paulo e Belo Horizonte. E, como não poderiam deixar de ser, são atendi-dos via web, graças aos novos facilitadores da comunicação, skype, Messenger, nextel e por aí vai. Para muitos deles, a empresa também presta consultoria na área de comunicação. “Nós buscamos também nortear o cliente para ajudá-lo a definir as melhores linhas de trabalho para ele”, explica André.

Redes de relacionamentoAntigamente, quando a expressão ne-

tworking começou a ser utilizada no mercado, foi uma verdadeira mudança dos antigos para-digmas de relacionamento. Em suma, a palavra refere-se a uma rede social onde as pessoas in-teragem, expõem produtos e serviços e amplia seus contatos de mercado. Todo bom profis-sional se preocupava em se relacionar bem e ampliar seus conhecidos. Naquela época, essa era a “tática” da vez.

Hoje, esse conceito se ampliou. Não exis-tem apenas as simples trocas de cartões. Os profissionais, empresários e afins estão tendo que ampliar sua forma de se relacionar. E hoje as redes de relacionamento virtuais também proporcionam isto a esse público.

As redes de relacionamento leiam-se orkut, twitter, facebook e blogs são agora a 4ª ativida-de on-line mais popular. Segundo a empresa de pesquisa internacional Nielsen, representada aqui no Brasil pelo Ibope, o Orkut tem o maior alcance (70%) do que qualquer outra rede social em todo o mundo e o mais recente Facebook tem o maior tempo de permanência no site en-tre as 75 maiores marcas em todo o planeta.

O relatório também mostrou que, diferen-temente do que muita gente pensa, o maior aumento no número de visitantes nesses sites não é de um público tão jovem e sim de pesso-as com faixa etária de 35 a 49 anos. Hoje esta marca atinge mais de 11.3 milhões de pessoas.

Os Member Communities, como são cha-mados, estão à frente do e-mail pessoal e hoje são visitados por mais de dois terços da popu-lação on-line mundial. É começar a pensar que um em cada 11 minutos on-line no mundo é decorrente dos sites de redes de relaciona-mento e blogs. Algo que até bem pouco tempo atrás era inimaginável.

Com estes dados, fica claro que as redes, até então usadas para bate-papos, conhecer pessoas, fazer da net um diário pessoal ou ter seu álbum de fotos on line, também pode servir para mos-trar sua marca neste universo. Vale a pena inves-tir nesses novos canais de comunicação. Nesta hora é a criatividade quem vai ditar as normas de como aparecer bem para o seu público. “Nós te-mos os produtos. Tudo vai depender apenas de como ele quer aparecer”, ressalta André.

Wemmerson Seixas e André Vita pilotam a Interação no Recife

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Coluna Tech @MACHADO NA NETA biblioteca online Brasiliana Digital, que faz

parte de um projeto da Universidade de São Paulo (USP), publicou no início de julho algumas das clássicas obras de Machado de Assis. Entre as obras, estão “Queda que as mulheres têm pelos tolos”, “Theatro”, “Desencantos”, “His-tórias da meia-noite”, “A mão e a luva”, “He-lena” e “Memórias póstumas de Brás Cubas”, todas das primeiras edições, com imagens ra-ras, incluindo até mesmo, assinaturas do autor.

GMAIL LANçA NOVA FERRAMENTA

O gigante dos e-mails do Google anunciou recentemente uma ferramenta de importação de mensagens e contatos de outros provedo-res, como Yahoo!, Hotmail e muitos outros. A novidade proporciona o redirecionamento das mensagens enviadas para o Gmail por até 30 dias, vindos de uma conta antiga. As no-vas ferramentas estão disponíveis em todas as contas do Gmail recém-criadas e serão incluí-das nas mais antigas.

ANATEL TEM REGRAS PARA PORTABILIDADE

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicou no Diário Oficial os procedi-mentos para assegurar a portabilidade numérica aos usuários de telefonia móvel na modalidade pré-paga, em caso de inconsistências cadastrais, ou seja, quando os dados informados do cliente não são suficientes ou, em alguns casos, apre-sentam sujeitas de fraude. As regras estabele-cem um padrão para a efetivação dos pedidos de portabilidade, visando a impedir a incidência de casos de fraudes.

De acordo com a agência, a partir de agora os dados cadastrais fornecidos pelo consumidor no momento da solicitação da portabilidade de-vem ser comprovados presencialmente junto à prestadora receptora, ou seja, a operadora que receberá o número transferido. Tanto o número da linha quanto o número de série do aparelho do interessado não podem estar impedidos por motivos de fraude, roubo ou extravio.

TRÂNSITO NO CELULARO UOL, em parceria com os sites Aponta-

dor e Maplink, lançou o UOL Celular Trânsito, serviço pioneiro de consulta em tempo real para celulares, smartphones e iPhone. Agora, os motoristas podem obter informações sobre as condições do tráfego, rotas alternativas e as últimas notícias gratuitamente em seus apare-lhos. O serviço, pioneiro no Brasil, atenderá a todos os tamanhos e formatos de celulares e smartphones. Para mais informações, acesse pelo celular m.uol.com.br

O PAÍS DO CELULAREnquanto no mundo as vendas de celulares

estão em queda, no Brasil nunca se comprou tanto. No mundo caíram 11,9%, no primeiro trimestre do ano, em relação a igual período de 2008. No Brasil, o setor continua aquecido. Em maio foram vendidos 2,9 milhões. Agora são 158 milhões de aparelhos no país.

A5 SOLUTIONS LANçA MESA IP

A A5 Solutions, empresa de integração de soluções de comunicação com foco em Contact Center, Comunicações Unificadas e Redes Con-vergentes, está lançando uma mesa de opera-ções financeiras totalmente baseada na tecnolo-gia IP. Isso facilita a comunicação com as bolsas, agências de informação e operadores do merca-do. A solução dispõe de recursos de segurança e de contingenciamento e emprega arquitetura convergente, integrando a transmissão de voz e dados através de um meio unificado.

A mesa i turret iD808 é aderente ao padrão aberto SIP (Session Initiation Protocol), ampla-mente aceito no setor financeiro, e traz facili-dades de uso tanto para os operadores quanto para os gestores de TI dos bancos de corretoras.

MOTOROLA: 35 ANOS DO CÓDIGO DE BARRAS

A Motorola comemora os 35 anos do có-digo de barras, que começou a ser produzi-do ainda pela Symbol Technologies, em 1973.

A empresa foi comprada pela Motorola em 2007 e hoje é parte de sua área de Soluções de Mobilidade para Governo & Empresas. A pri-meira leitura feita com essa tecnologia foi re-alizada em um pacote de chicletes Juicy Fruit Wrigley, em um supermercado de Ohio, nos Estados Unidos.

VAQUINHA PELA INTERNETSabe aquela velha ideologia do rachar um

dinheiro para ajudar alguém, pagar uma conta em conjunto etc. e tal, ou, em linguagem popu-lar, “a vaquinha”? Pois bem, em parceria com o PagSeguro, acaba de ser lançado o site Vakinha, para contribuições com segurança e praticidade.

No Vakinha (www.vakinha.com.br), os usu-ários podem receber contribuições, convidar participantes, gerenciar as contribuições e so-licitar o saque total do valor arrecadado. O site conta com parceria do PagSeguro (www.pagse-guro.com.br), solução para pagamentos online do UOL, que garante segurança nas transações e permite que quem recebe o dinheiro possa sacá-lo diretamente em sua conta corrente.

TECNOLOGIA DE PREVENçÃO

A Symantec anunciou que o Gartner a qua-lificou no quadrante de líderes do Quadrante Mágico 2009 de Tecnologias para Prevenção contra a Perda de Dados (DLP – Data Loss Prevention, na sigla em Inglês).

Os líderes do Quadrante Mágico ofere-cem roadmaps agressivos e precisam execu-tá-los e também incorporar funções adicionais que estão sendo desenvolvidas para satisfazer as necessidades dos mercados em desenvol-vimento. Tudo isso para continuarem no qua-drante dos líderes.

As soluções Symantec Data Loss Preven-tion ajudam as organizações a reduzir consi-deravelmente os riscos de perda de dados, ao demonstrarem que cumprem as leis e prote-gem os seus clientes, marca e propriedade in-telectual. A Symantec conta com uma solução única e completa que monitora e protege in-formações confidenciais.

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Em muitos semáforos do Recife, Olinda e outras grandes cidades, podemos observar um pouco da realidade de garotos que pedem ajuda, naqueles locais. Meninos, meninas e jovens de várias idades tentam ganhar um dinheiro honesto. Baseiam-se num

conhecido jargão: “É melhor pedir do que roubar!”...Eventualmente, eles saem comemorando o fato

de receberem algumas moedas, pelo serviço presta-do (ou não), nas situações em que alguém resolve contribuir, mesmo quando a água não é utilizada.

Alguns motoristas, no entanto, apenas se descul-pam e informam, consternados, não terem qualquer trocado. Outros chegam a tratar os garotos com ris-pidez, haja vista o incômodo de terem seus veículos molhados; ou pelo fato de já estarem cansados de si mesmos e de suas próprias vidas difíceis e estressantes.

Há, também, os que se atemorizam diante da proximidade dos garotos. Tentam se proteger, man-tendo os vidros bem fechados e demonstrando des-prezo, indiferença, medo, pressa, em suas reações...

Certa manhã, parei num semáforo da avenida Norte, em Santo Amaro, bairro próximo ao centro do Recife. Era cedo, num sábado, e o trânsito estava mais tranquilo do que de costume. Um garotinho se aproximou sorrindo, propondo-se a limpar o parabri-sas, em troca de R$ 0,10. Eu lhe disse que não era necessário. No entanto, o seu sorriso me fez baixar todo o vidro, e a ‘guarda’ também; e, antes que eu permitisse, ele já havia quase terminado o trabalho...

Constatei, naqueles poucos e longos segundos, algo em que eu não havia pensado antes. Talvez contaminado pela dura realidade de ter amigos ou pessoas próximas, que foram vítimas da violência, em semáforos ou fora deles: diante de mim não estava um bandido, sequestrador, ou um terrorista; mas uma criança de nove anos, o Carlos. Ele parecia muito feliz, apesar de estar trabalhando para ajudar seus pais desempregados.

Dei-lhe um pequeno pacote de biscoitos. Falei-lhe que Deus o ama muito e que se importa com cada um de nós. Perguntei-lhe sobre a escola e sugeri que ele continuasse estudando. Ele agradeceu, e eu aper-tei a sua mão; mais agradecido que ele, pela grande lição que recebi.

Enquanto saía daquele local, pensei em meu filho, então com onze anos de idade, e nas dificuldades que ele não tem de enfrentar, visto que possui uma família que se esforça para suprir-lhe todas as necessidades materiais, emocionais e espirituais. Ao mesmo tem-po, preocupou-me a ideia de que, se nos descuidar-mos, o medo da violência e das decepções podem nos transformar em ‘máquinas rotuladoras’ de pes-soas. Pois, quando vivemos “levantando os vidros”, esquecemos que seres humanos como nós, também precisam de uma oportunidade de ser vistas, como realmente são por dentro.

Aquela minha atitude autodefensiva retrata a crise de virtudes, na qual a nossa sociedade está imersa, a qual carece de um antídoto. Na verdade, a fórmula pode ser mais simples do que se pensa, quando com-preendemos a importância de entregar o que mais se deseja receber...Ou seja, se falta respeito, respeite-mos primeiro; se sorrisos sinceros, doemo-los an-tes. Se ansiamos por mais confiança, devemos ser pioneiros em confiar mais.

Caro leitor, se o mundo tem se transformado em um mar de insegurança, devemos agir de modo que os “garotos dos semáforos” sintam que pesso-as lúcidas estão dirigindo, nas Avenidas da Vida. E não pobres escravos do medo, embriagados em desculpas, drogados por uma pressa paranóica inconsciente; os quais vivem ‘encarcerados’, por trás de ‘seus vidros’...

*Túlio Vasconcelos é teólogo, professor, conferencista, empresário e escritor

OS GAROTOS DOS SEMÁFOROS

Reflexão

Por Túlio Vasconcelos*

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Gere homenageia Paulo Varejão

No último dia 02 de julho, o Grupo de Executivos do Recife (Gere) homenageou o procurador geral de Justiça, Paulo Varejão. Na ocasião, a nata do Judiciário pernambucano, bem como empresários e políticos prestigiaram o homenageado.

Logo na abertura do evento, o presidente do Gere, Braga Sá, relembrou um pouco da história de Paulo Varejão. “Jaboatão se orgulha em tê-lo como filho. Paulo Varejão veio de uma família humilde e que com muito esforço, estudo e dedicação, conseguiu vencer na vida”.

O homenageado recebeu ainda a saudação do desembargador Jovaldo Nunes, do Tribunal de Justiça, que destacou a iniciativa do Gere em destacar sua atuação. “As ações implementadas pelo Ministério Público clarearam vários segmentos da sociedade no combate à corrupção. É uma homenagem que vem em boa hora como excelente oportunidade para ele falar o que está fazendo por Pernambuco. Varejão é um homem simples, sereno, equilibrado e honesto, além de querido por todos da Instituição. E é desta forma que ele vem conduzindo seu trabalho”, salientou o magistrado.

Conhecido pelas suas ações sociais e responsabilidade social, o Gere também prestou homenagem à jovem Larissa Maciel, estudante do Colégio Militar do Recife, vencedora do programa global Soletrando, apresentado por Luciano Huck. “Esta jovem é um exemplo para a educação de Pernambuco e soube enfrentar o desafio e representar muito bem nosso Estado”, enfatizou o presidente Braga Sá.

Em seu discurso, Paulo Varejão também parabenizou Larissa Maciel e destacou o trabalho do Ministério Público. “Hoje temos o Ministério como um dos mais avançados do mundo, que serve de escola, com muitos colegas preparados e capacitados para bem servir ao povo pernambucano”, destacou.

Informe GERE

Edvaldo Guilherme, presidente do grupo Arco-Íris, homenageado com troféu Armando Monteiro Filho

Paulo Varejão exibe sua placa

Paulo Varejão exibe camisa Gere O Melhor

Douglas Cintra, Presidente Associação Pernambucana de Ataca-distas e Distribuidores, recebe diploma cidadão amigo do Gere

Desembargador Jovaldo Nunes recebe diploma do Gere.

Larissa Maciel é agraciada com diploma de homenagem

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RECIFE COM MAIS SEGURANçASegundo o hoteleiro Zé Otávio Meira Lins, presiden-te da ABIH-PE a revista Veja fez o seguinte comentá-rio: “Das capitais nordestinas, Recife é a que comba-te à criminalidade com mais eficiência. Em dois anos, os registros de todos os tipos de delito encolheram 8%. Com isso, a cidade passou a Maceió o título de a capital mais insegura não só do Nordeste, mas do país. Hoje, a cidade do Recife também é mais pacífica do que Salvador. Para obter esses resultados, as autoridades pernambucanas importaram de São Paulo um modelo de monitoramento das áreas mais perigosas. Os policiais são remanejados semanal-mente para os bairros onde há mais mortes, assaltos e desovas de cadáveres. Já em Salvador, a polícia pa-rece ter aceitado os limites impostos pelos bandidos: ela simplesmente não entra nos bairros e morros dominados pelos meliantes. Diante da fraqueza do aparato estatal, os baianos correm o risco de ver a criminalidade escapar ao controle. Essa novela, não custa lembrar, já foi vista no Rio de Janeiro ““.

Por Luiz Felipe Moura - Presidente da Abrajet/PE E-mail: [email protected]

CNTurA Confederação Nacional de Turismo – CNTur pro-moveu o primeiro evento oficial do setor no país – 1º Fórum das Entidades Civis e Sindicais. Com o evento, o turismo brasileiro experimenta uma nova dimensão após a concessão do registro sindical a CNTur pelo Ministério do Trabalho. A entidade se compromete com a realização de ações de Políticas Públicas junto ao Congresso Nacional e ao Poder Executivo, para viabilizar as propostas que redunda-rão em incremento do mercado interno e externo, através de programas de Turismo Econômico acessí-vel a toda população brasileira.

CRUzEIROSA executiva Lieze Nóbrega da Rhema Operadora reuniu os principais agentes de viagens do Estado para mostrar as novidades da Royal Caribean, em-presa que ela representa. Ela mostrou o lançamento do Oásis Of The Seas, maior transatlântico do mun-do, com capacidade para 6 mil passageiros e o Vision of the Seas quem vêem fazer cruzeiros no Brasil.

OLINDAO Secretário de Turismo de Olinda Mauricio Gal-vão desde que assumiu a pasta vem realizando um excelente trabalho com muitos benefícios para o turismo. Ele, sempre se faz presente em todos os eventos da área tanto no Recife, cidades do interior e fora do Estado participando de Fóruns, Seminá-rios, Congressos, etc., com toda a sua equipe de trabalho. Por conta disso a rede hoteleira vem ten-do uma freqüência de aproximadamente de 85% de ocupação e recebido muitos parabéns do prefei-to Renildo Calheiros.

MITA 4º Mostra Internacional do Turismo que aconte-ceu no Centro de Convenções em Olinda – PE foi sucesso total com presença do trade turístico local e de muitos estados do Nordeste. O presidente Jorge Sales Neto da ABAV-PE e coordenador presidente da MIT-PE ficou feliz e muito entusiasmado com a movimentação da Mostra durante os 03 dias. Como destaque tivemos a bolsa de negócios com uma par-ticipação recorde dos agentes de viagens.

ABRAJETEm São Paulo aconteceu a Reunião do Conselho Nacional da ABRAJET no comando do jornalista Cláudio Magnavita, presidente Nacional da entidade. No encontro tivemos a participação de 37 membros do diversos estados da federação. Na oportunidade ficou decidido que a ABRAJET nacional irá promover o 1º Fórum de Jornalistas do Mercosul, com profis-sionais ligados ao turismo da Argentina, do Uruguai, Chile, Paraguai, Bolívia e do Brasil. Tudo vai aconte-cer no final de agosto em Montevidéu.

SALÃO DE TURISMOUm dos mais importante eventos na área de turis-mo o 4º Salão de Turismo – Roteiros do Brasil, realizado em São Paulo, foi sucesso absoluto com a freqüência de aproximadamente 100 mil visitantes. Assim sendo marca o inicio de uma nova fase para o turismo brasileiro com presença de inúmeras au-toridades do turismo nacional que declararam total apoio ao esforço continuo e freqüente do ministé-rio do turismo para desenvolver um setor até pou-co tempo esquecido pelas esferas governamentais. Ao que tudo indica, finalmente o turismo é reco-nhecido como um dos principais motores da eco-nomia de um país como o Brasil, repleto de riqueza e belezas naturais.

Carlos Braga, Silvio Costa Filho e Guilermo Conrral

Publicitária Marta Lima e Jornalista Ricardo Guerra

Sérgio Arouxa presidente da Astur e Rogério Beltrão Lorena Bezerra Leite

FAFIREA faculdade abriu inscrições para cursos especia-lizados em turismo e patrimônio. A coordenado-ra de turismo Ana Patrícia Vaz Manso lembra que com a valorização da cultura e do patrimônio o nosso Estado consegue mais uma opção para o turista em visita.

CTI – NORDESTEO secretário executivo Roberto Pereira apresentou ao Comitê de Combate a Exploração Sexual Infan-to-juvenil do Ministério do Turismo, o documentá-rio sobre o tema, que foi aprovado e será usado em ações nos países com maior demanda de turistas para o Nordeste.

CONSULTOR DE TURISMOO advogado Flávio Domingues, consultor de turis-mo, apresentou caminhos para fortalecer a marca Recife, para a Copa do Mundo 2014 ao núcleo ges-tor da Secretaria de Turismo do Recife. Ele avalia que “Recife tem estratégia de atuação e visibilidade no mercado turístico internacional além de instala-ções modernas no aeroporto internacional. É uma marca consolidada e que pode ter um ganho ainda maior pelas próximas 4 décadas”.

MILHAGENSOs clientes das Companhias aéreas American Air Lines e Gol Linhas Aéreas poderão resgatar suas milhagens para destinos no Brasil, Estados Unidos e América Central. Um acordo para compartilha-mento de milhagens entre os programas Smiles e AAdvantages foi firmado recentemente e conse-qüentemente as milhas acumuladas em viagens em uma das empresas poderão ser usadas na outra.

DELTAA partir de Agosto e empresa aérea Delta Air Lines suspende temporariamente o seu vôo entre Recife e Atlanta nos Estados Unidos. Por enquanto a pre-visão é que a parada seja por 90 dias. Tudo indica no retorno com apenas 03 vôos semanais que será direto, sem escala em Fortaleza.

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A S P O T I G U A R E S : As autoridades do turismo potiguar estão agindo e já garantiram presença

no workshop da Trend Operadora, agendado para setembro em Atibaia (SP). A dupla Wellington Pahim, do marketing da Emprotur, e Enrico Fermi, da presi-dência da Abih/RN, fechou tudo com o diretor da Trend, Daniel Santos. Outra oportunidade de mostrar o Rio Grande do Norte para gente de fora vai acontecer com a promoção de uma noite potiguar na festa de abertura da Feira de Turismo AVIRRP 2009, finalizando agosto, em Ribeirão Preto (SP). O evento acontecerá com apoio da Operadora CVC e tudo foi alinhavado por Cláudio Porpino, pre-sidente da Emprotur, e Wellington Pahim, com o presidente da Associação das Agências de Viagem de Ribeirão Preto e Região (AVIRRP), Rosivaldo Aziz Illipronti.

A CVC continua investindo no mercado potiguar e abriu uma nova loja em Mossoró, cidade que cresce em todas as áreas, destacando-se como grande emissora de turistas para vários destinos do Brasil. Para dirigir a loja, a empresa trouxe novamente para o RN o executivo Anderson Almeida, que comanda a CVC-Mossoró num espaço montado no Mossoró West Shopping, loja 129, e já trabalha com os tradicionais e procurados pacotes da CVC.

Muito esperado pelo empresariado potiguar o modelo de privatização do futuro aeroporto internacional de Cargas e Passageiros de São Gonçalo do Amaran-te. A expectativa é que tudo esteja definido pela Agência Nacional de Aviação nos próximos dias. Sinais vindos da Anac apontam para um modelo flexível que atenda à concessão individual ou por grupos, pelo maior valor de outorga ou menores tarifas, de acordo com o que o Governo Federal julgar mais conveniente em cada caso.

O setor turístico em Mossoró vibra com a emenda apresentada pelo deputado estadual Walter Alves (PMDB) à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) - na Assembleia Legislativa. Ela prevê a construção e implantação de um hotel-escola para formação e treinamento de mão-de-obra especializada ao atendimento turístico em Mossoró. O deputado propôs ainda a constru-ção de uma ponte ligando Areia Branca a Grossos, dois municípios com bom potencial turístico.

A prefeitura de Natal promoveu a cidade num shopping de Lisboa. Como sempre acontece, toda ação corresponde a uma reação. Os veículos que foram defenderam a iniciativa e outros atacaram. Uns dizem que a cidade ganha com a mídia espontânea, outros questionam a ida de algumas pessoas na comitiva, os gastos e o momento. O que fica desse e de outros casos é a pequenez da mente humana. O bicho homem é cada vez mais decepcionante.

Uma nova operadora se instalou em Natal. A Delta Vacations é um braço da empresa aérea Delta Airlines e tem um quadro de funcionários com 75 mil pessoas, além de uma frota de 444 aeronaves. Trabalha com voos para mais de 370 destinos em 66 países. O supervisor de vendas no Nordeste, Jones Ferraz, afirmou que a Delta tem um escritório em São Paulo e acredita no mercado nordestino. A empresa opera voos para os Estados Unidos diretamente do Recife (PE) e Fortaleza (CE).

O Natal Convention Bureau está trabalhando para captar mais um grande evento para a cidade. O foco agora é o próximo Congresso Brasileiro de Biologia Marinha, evento que teve sua segunda edição realizada recentemente na cidade de Armação dos Búzios, no Rio de Janeiro, reunindo 1300 congressistas de todos os estados do Brasil, além de participantes de seis países.

O plano de modificação no Fundo Municipal do Turismo está concluído. Sobre ele, o secretário municipal de Planejamento de Natal, Augusto Viveiros disse que “o processo de Turismo de Natal precisa de uma remodelagem. Precisamos rever a cobrança da taxa de lixo da Via Costeira, mexer na Orla de Natal e aumentar o número de voos charter”. Quem gravita na órbita do turismo espera que o orçamento do Município para a área, em 2010, supere os valores de 2009, que, segundo Viveiros, contabilizou R$ 3 milhões a mais do que em 2008.

O empresário Jarbas Filho comandou mais uma edição da Caminhada Histórica de Natal, levando natalenses e turistas para um tour pelos principais pontos turísticos da cidade, com guias e tudo falando legal sobre cada ponto visitado. Iniciativa que ganha apoio a cada ano e que promete ser um dos grandes eventos do turismo potiguar. Jarbas estuda realizar mais de uma edição por ano e está tentado a fazer a próxima em dezembro.

Coluna Flávio Rezende/[email protected]

Executivo Roberto Macêdo trabalha atraindo eventos para Natal através do Convention Bureau local

Micarla, prefeita da cidade de Natal

Aeroporto de São Gonçalo com modelo de privatização sendo definido

Cláudio Porpino preside a Emprotur e trabalha pelo turismo no RN

CVC instala nova loja em Mossoró, segunda cidade mais importante do RN

Deputado estadual Walter Alves propõe criação de Hotel-Escola em Mossoró

Delta Vacations chega a Natal

Jarbas Filho comanda Caminhada Histórica do Natal

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Ary Rodrigues e Elba Ramalho com modelito do designer campinense

[email protected] Rogério Almeida / PB

Adeus a Carlos AlípioUma parada cardiorrespiratória leva do

nosso convívio em Maceió (AL) o jornalista de turismo Carlos Alípio Gomes da Silveira. Alípio como era conhecido, foi editor do Jornal Top Tur, de Maceió, e colaborador do Jornal Brasil-turis (SP). No dia 28 de janeiro, Carlos Alípio havia comemorado 70 anos. Deixa viúva Márcia Almeida, que vai continuar o seu trabalho com o Jornal Top Tur.

Brasil ganha voo direto para CuraçaoCuraçao, a mais bela ilha das Antilhas Ho-

landesas, possui agora voos semanais partindo de Brasília, pela GOL Linhas Aéreas. No voo inaugural, foi realizado um fampress reunindo jornalistas de todo o Brasil. A iniciativa foi da Curaçao Tourism & Development Foundation que, de olho no mercado brasileiro, vai investir US$ 500 mil, até o final de 2009, em várias ações promocionais para atrair mais turistas do Brasil. Os jornalistas ficaram hospedados no Hilton Curaçao e Breezes Curaçao, com direito a tour pela capital Willemstaad e outras atrações turísticas. De acordo

com Brenda Benjamim, diretora de marketing da Curaçao Tourism & Development Foundation, o turista brasileiro tem agora em uma viagem curta, rápida e agradável, a oportunidade de conhecer uma das mais belas ilhas do Caribe. O voo direto, sempre aos sábados, sai de Brasília às 17h20. O grupo foi acompanhado por Laura Oliveira (Textoall), tendo como guia de turismo Stephen Pomario.

Ministra do Turismo do Paraguai é destaque no Festival de Turismo das Cataratas

A Ministra do Turismo do Paraguai, Liz Cramer, foi destaque na quarta edição do Festival do Turismo das Cataratas, em Foz do Iguaçu (PR). A Ministra, que fez parte da mesa de abertura do Festival, liderou uma comitiva de empresários paraguaios e prometeu trabalhar em conjunto com o Brasil para valorizar o comércio entre os dois países e lutar pela redução da sonegação fiscal e do contrabando. Organizado pela primeira vez pela Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI), com apoio de empresas e entidades do trade turístico regional, o evento ocupou uma área de 2 mil metros quadrados, com 132 estandes e reuniu aproximadamente 200 expositores no Rafain Palace Hotel e Convention Center. Mais de 3 mil agentes de viagens e operadores de turismo do Brasil e dos países do Mercosul tiveram a oportunidade de conhecer os principais produtos e serviços relacionados ao destino Iguaçu, no Festival que se consolida como um dos principais eventos do setor turístico da Região Sul.

Paraibana Sayonara Brasil expõe em Lisboa

A paraibana Sayonara Brasil realiza exposição individual na Galeria de Arte Matos Ferreira, em Lisboa. Localizado no Bairro Alto (Rua Luz Soriano 18/1200), os trabalhos de Sayonara ficarão expostos até 31 de julho. A premiada artista plástica aproveitou sua estada em Lisboa e, atendendo a convite do proprietário da Galeria, Matos Ferreira e esposa, visitou o Palácio da Regaleira na bucólica cidade de Síntra. Durante a visita, Sayonara foi acompanhada também pelo escritor José Manuel Anes, autor do livro “Os jardins Iniciáticos da Quinta da Regaleira”.

Elba Ramalho e Ary Rodrigues

A cantora Elba Ramalho, que este ano co-memora 30 anos de carreira musical, depois de se apresentar nas duas maiores festas juninas do Nordeste, em Campina Grande (PB) e Caruaru (PE), aproveitou para elogiar o talento do fashion designer Ary Rodrigues, que assina os figurinos que a cantora vem usando na sua turnê 2009. Ao ver em primeira mão a nova coleção do estilista, a fotógrafa da revista Caras Margare-

th Abussanra, que recentemente veio a Campina Grande, não se conteve e logo procurou uma locação para pro-duzir o ensaio a ser publicado na revista.

Chico César assume a Fundação Cultural de João Pessoa

Francisco César Gonçalves, conhecido mundialmente como o cantor Chico César (foto), foi empossado pelo prefeito Ricardo Coutinho (PSB) no cargo de diretor executivo da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope). “Não estou aqui pelo poder, mas pelo prazer de servir a esta querida cidade”, afirmou o cantor e compositor durante discurso, todo escrito em prosa. A solenidade aconteceu no auditório do Paço Municipal da capital paraibana e reuniu autoridades, políticos e representan-tes da classe artística, como a cantora Renata Arruda. Uma das presenças mais marcantes foi a mãe de Chico César. Aos 86 anos, Etelvina Ambrosina de Lima descreveu a emoção de ver o filho à frente de um órgão tão importante para a cultura local. “Apesar da minha saúde, fiz questão de estar ao lado dele, que sempre me deu muitas alegrias”, disse emocionada. Chico César, como novo diretor executivo passou a residir em João Pessoa.

Chico César

Carlos Alípio

Jornalistas em Curaçao

Sayonara Brasil e o escritor José Manuel Anes na Quinta da Regaleira

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ANÚNCIO MOURA RAMOS

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