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Jornal dos Seguros n.º 632/Ano XII Edição de 7/10/2013 Página 1 clipping semanal de notícias sobre seguros www.aprose.pt INDEFINIÇÃO POLÍTICA LIDERA OS RISCOS QUE ENFRENTAM AS EMPRESAS Empresas consideram que a indefinição da estratégia política para o setor tem afetado os seus negócios A terceira tranche do empréstimo do Banco Europeu de Investimento ainda não chegou às mãos do cluster eólico ENEOP e, se não fosse a intervenção dos seus acionistas, que se substituíram e injetaram dinheiro na empresa, prova- velmente a empresa não teria tido capacidade de continuar a investir em Portugal, onde já tem 1000 MW instalados. Os problemas de financiamento do consórcio, constituído pela EDP, ENERCON, FINERGE, GENERG e TP têm acon- tecido porque "o BEI pede cada vez mais garantias e pormenores técnicos, mais do que pediu para a primeira e segunda tranches do empréstimo", disse Aníbal Fernandes, presidente da ENEOP ao Diário Económico. Os problemas ligados ao financiamento são apontados por empresas de todos os quadrantes como um problema que as tem atingido, e o mesmo se passa na área das renováveis. Mas não só. A corretora de seguros Marsh, e que é também especialista em consultoria de risco fez, a pedido do Diário Económico, um ranking dos cinco principais riscos que as empresas do setor renovável enfrentam. O risco político aparece em primeiro lugar, as garantias de financiamento em segundo e o risco regulatório em terceiro. Três temas que as empresas portuguesas bem conhecem, quer no mercado português, quer em muitos dos mercados internacionais para onde se expandem. Ângelo Soares, responsável pelas Energias Renováveis da Efacec, considera que "a situação económica global, e em particular a europeia, tem vindo a dificultar o acesso dos vários 'players', sejam eles promotores, fabricantes, instalado- res ou investidores de longo prazo, aos financiamentos indispensáveis, ou quase, para que surjam novos projetos". Além disso, "muitos países têm-se visto obrigados a rever os seus esquemas regulatórios e de suporte às renováveis, em al- guns casos com efeitos retroativos", o que tem posto em causa as expectativas de promotores e investidores. Por outro lado, "as entidades financiadoras revêm as suas políticas em face destes novos riscos". A dificuldade no financiamento e as constantes alterações às leis têm, assim como o desconhecimento em relação às políticas para o setor - tem sido, assim, inimigos do setor. De acordo com Miguel Matias, vice-presidente e fundador do grupo Selfenergy, não há ne- nhuma estratégia para o setor por parte do Governo, mas acredita que o novo Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, a quem o Diário Económico pediu uma entrevista sobre o setor mas que foi recusada, "possa reverter esta nulidade de estratégia e ação e possa compensar nos dois anos que faltam o vazio de ideias e projetos destes dois anos". José Teixeira, presidente do conselho de administração da DST Renováveis, refere a acentuada diminuição das tarifas aplicadas à produção de energia com base em fontes renováveis como um fator que afetou um mercado interno que estava a ser pioneiro. O responsável defende ser importante o país ter um enquadramen- to legal "que permita a continuidade deste sector, ainda que minimizando custos financeiros para o Estado, o que poderá ser feito através do lançamento de bases legais que enquadrem o setor". "Falta acima de tudo entender as energias reno- váveis e a produção descentralizada de energias como desígnios estratégicos e deter políticas e planos de ação que não mudem a cada legislatura", defende Frederico Rosa, administrador da Sunenergy. "Portugal possui empresas de grande capacidade, profissionais qualificados e um grande conhecimento interno transversal a toda a indústria", diz, lembrando também a indefinição do sector e o facto desta levar a que muitos profissionais saiam do País. Na opinião de Miguel Matias, para Portugal voltar a ser mais atrativo nas renováveis "falta uma aposta mais coerente e consistente, sem entraves administrativos ou alterações constantes em leis". "Seria muito interessante iniciar-se o pro- cesso da eficiência energética no setor público onde o Estado poderia poupar mais de um milhão de euros por semana", diz, frisando também a importância de se "liberalizar a possibilidade de venda à rede de fontes renováveis, num regime de 'net metering', onde o que se vende poderá ser compensado pelo que se compra, sem necessidade de registos de re- nováveis 'na hora' que se tornam num 'ano ou mais'. Os cinco principais riscos do setor: 1º/Risco Político 2°/Garantias de Financiamento 3º/Risco Regulatório 4º/Business Interruption/Yield Guarantee 5º/Transporte e Logística Diário Económico 25/09/2013 O CHEFE, OS CHEQUES, A BICICLETA E O PARTIDO Um funcionário do fisco foi constituído arguido pelo Ministério público, mas mantém-se no ativo O nome de Hélder Adrião Ferreira aparecia na rubrica «custos mensais fixos», da empresa de seguros inLife, das Caldas da Rainha. O valor: 1250 euros. Sendo funcionário da Autoridade Tributária (AT) não podia receber qualquer verba extra remuneração, sem a autorização prévia da direção-geral. E, neste caso, ao que tudo indica, nem sequer a solicitou. A empresa que pagava a «mensalidade» (a VISÃO viu cópias de dois cheques) fora escolhida, em 2007, por Hélder Ferreira para gerir o seguro de saúde dos sócios do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), a que presidiu Praça da República, 93-s/301 4050-497 Porto – Portugal Tel.: 351-222003000 / Fax: +351-223322519 www.aprose.pt - [email protected] 1976 – 2013 37 ANOS ao serviço da mediação de seguros

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INDEFINIÇÃO POLÍTICA LIDERA OS RISCOS QUE ENFRENTAM AS EMPRESAS Empresas consideram que a indefinição da estratégia política para o setor tem afetado os seus negócios A terceira tranche do empréstimo do Banco Europeu de Investimento ainda não chegou às mãos do cluster eólico ENEOP e, se não fosse a intervenção dos seus acionistas, que se substituíram e injetaram dinheiro na empresa, prova-velmente a empresa não teria tido capacidade de continuar a investir em Portugal, onde já tem 1000 MW instalados. Os problemas de financiamento do consórcio, constituído pela EDP, ENERCON, FINERGE, GENERG e TP têm acon-tecido porque "o BEI pede cada vez mais garantias e pormenores técnicos, mais do que pediu para a primeira e segunda tranches do empréstimo", disse Aníbal Fernandes, presidente da ENEOP ao Diário Económico. Os problemas ligados ao financiamento são apontados por empresas de todos os quadrantes como um problema que as tem atingido, e o mesmo se passa na área das renováveis. Mas não só. A corretora de seguros Marsh, e que é também especialista em consultoria de risco fez, a pedido do Diário Económico, um ranking dos cinco principais riscos que as empresas do setor renovável enfrentam. O risco político aparece em primeiro lugar, as garantias de financiamento em segundo e o risco regulatório em terceiro. Três temas que as empresas portuguesas bem conhecem, quer no mercado português, quer em muitos dos mercados internacionais para onde se expandem. Ângelo Soares, responsável pelas Energias Renováveis da Efacec, considera que "a situação económica global, e em particular a europeia, tem vindo a dificultar o acesso dos vários 'players', sejam eles promotores, fabricantes, instalado-res ou investidores de longo prazo, aos financiamentos indispensáveis, ou quase, para que surjam novos projetos". Além disso, "muitos países têm-se visto obrigados a rever os seus esquemas regulatórios e de suporte às renováveis, em al-guns casos com efeitos retroativos", o que tem posto em causa as expectativas de promotores e investidores. Por outro lado, "as entidades financiadoras revêm as suas políticas em face destes novos riscos". A dificuldade no financiamento e as constantes alterações às leis têm, assim como o desconhecimento em relação às políticas para o setor - tem sido, assim, inimigos do setor. De acordo com Miguel Matias, vice-presidente e fundador do grupo Selfenergy, não há ne-nhuma estratégia para o setor por parte do Governo, mas acredita que o novo Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, a quem o Diário Económico pediu uma entrevista sobre o setor mas que foi recusada, "possa reverter esta nulidade de estratégia e ação e possa compensar nos dois anos que faltam o vazio de ideias e projetos destes dois anos". José Teixeira, presidente do conselho de administração da DST Renováveis, refere a acentuada diminuição das tarifas aplicadas à produção de energia com base em fontes renováveis como um fator que afetou um mercado interno que estava a ser pioneiro. O responsável defende ser importante o país ter um enquadramen-to legal "que permita a continuidade deste sector, ainda que minimizando custos financeiros para o Estado, o que poderá ser feito através do lançamento de bases legais que enquadrem o setor". "Falta acima de tudo entender as energias reno-váveis e a produção descentralizada de energias como desígnios estratégicos e deter políticas e planos de ação que não mudem a cada legislatura", defende Frederico Rosa, administrador da Sunenergy. "Portugal possui empresas de grande capacidade, profissionais qualificados e um grande conhecimento interno transversal a toda a indústria", diz, lembrando também a indefinição do sector e o facto desta levar a que muitos profissionais saiam do País. Na opinião de Miguel Matias, para Portugal voltar a ser mais atrativo nas renováveis "falta uma aposta mais coerente e consistente, sem entraves administrativos ou alterações constantes em leis". "Seria muito interessante iniciar-se o pro-cesso da eficiência energética no setor público onde o Estado poderia poupar mais de um milhão de euros por semana", diz, frisando também a importância de se "liberalizar a possibilidade de venda à rede de fontes renováveis, num regime de 'net metering', onde o que se vende poderá ser compensado pelo que se compra, sem necessidade de registos de re-nováveis 'na hora' que se tornam num 'ano ou mais'. Os cinco principais riscos do setor: 1º/Risco Político 2°/Garantias de Financiamento 3º/Risco Regulatório 4º/Business Interruption/Yield Guarantee 5º/Transporte e Logística Diário Económico 25/09/2013 O CHEFE, OS CHEQUES, A BICICLETA E O PARTIDO Um funcionário do fisco foi constituído arguido pelo Ministério público, mas mantém-se no ativo O nome de Hélder Adrião Ferreira aparecia na rubrica «custos mensais fixos», da empresa de seguros inLife, das Caldas da Rainha. O valor: 1250 euros. Sendo funcionário da Autoridade Tributária (AT) não podia receber qualquer verba extra remuneração, sem a autorização prévia da direção-geral. E, neste caso, ao que tudo indica, nem sequer a solicitou. A empresa que pagava a «mensalidade» (a VISÃO viu cópias de dois cheques) fora escolhida, em 2007, por Hélder Ferreira para gerir o seguro de saúde dos sócios do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), a que presidiu

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(entre 2007 e 2011). Por isso, o Ministério Público suspeita de «favorecimento». Desde que saiu do sindicato, Hélder Ferreira ocupa a chefia da primeira repartição de Finanças de Coimbra. E por lá se encontra em funções, mesmo depois de aberta uma investigação interna, na AT, solicitada pela nova direção sindical, e depois de, na semana passada, ter sido constituído arguido pelo Ministério Público (como avançou, no dia 25, o jornal regional Campeão das Províncias). A regra, garantem fontes da AT, é que um funcionário seja suspenso, em situações que envolvem investigação judicial. As mesmas fontes sublinham que, no caso de Hélder Ferreira, as suas «ligações políticas» são muito fortes. Foi conse-lheiro nacional do PSD, nos tempos em que Cavaco Silva dirigia o partido, e pertenceu ao Secretariado Executivo dos TSD. Por isso, Ferreira queixa-se de «perseguição política» e nega todas as acusações, justificando ter recebido aquelas verbas pela venda de uma bicicleta ao responsável da seguradora. Contactado pela VISÃO, o Ministério das Finanças não respondeu à questão de saber em que fase se encontra a averiguação interna. €3750/Valor pago a Hélder Ferreira por uma empresa que a Justiça suspeita de ter sido favorecida por aquele funcioná-rio do fisco Visão 03/10/2013 MACHETE FOI PAGO NA SLN COM APÓLICE DE SEGURO Esquema montado por Oliveira Costa permitiu pagar ao ministro, entre 2001 e 2002, as senhas de presença de mil euros por reunião no Conselho Superior da SLN. O dinheiro vinha de uma offshore. A remuneração de Rui Machete enquanto presidente do Conselho Superior da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), pelo menos entre 2001 e 2002 foi feita com dinheiro de uma das principais sociedades offshore do grupo BPN, a Jared Fi-nance. No esquema arquitetado pelo grupo para fugir ao Fisco, esse capital era depois transformado em apólices de seguro de vida. O atual ministro dos Negócios Estrangeiros e os outros membros do Conselho Superior foram naquelas datas pagos em espécie, através deste mecanismo constituído em seu nome na Real Vida Seguros, pertencente ao grupo. No entanto - segundo dados recolhidos na investigação criminal do caso e nas auditorias efetuadas em 2008 por ordem da administração de Miguel Cadilhe, que sucedeu a Oliveira Costa -, os pagamentos continuaram a ser feitos em dinhei-ro e, como tal, não foram declarados pelo BPN para efeitos fiscais. Machete e os restantes membros do Conselho Superior da SLN, que reunia três a quatro vezes por ano, recebiam senhas de presença. Por cada reunião, Rui Machete recebia cerca de mil euros. Entre 2001 e 2002, o ministro esteve em seis reuniões, tendo nestes anos sido pago através de uma apólice da Real Seguros, seguradora do grupo. O esquema montado pelo grupo de Oliveira Costa consistia em proceder ao levantamento em numerário de contas da Jared (que por sua vez era alimentada pelo Banco Insular) e depositar a verba na Real Vida Seguros. A seguradora fazia uma apólice em nome de Machete e dos outros membros do Conselho Superior, no valor equivalente às presenças. Depois, em 2003, estes levantariam o dinheiro, acrescido de juros. Quem tratava de tudo eram os dirigentes executivos da SLN, liderados por Oliveira Costa. O SOL quis saber se o minis-tro não estranhou este método de pagamento - mas não foi possível obter uma resposta, uma vez que Machete esteve esta semana em visita oficial à Suécia, com Cavaco Silva. Presenças eram pagas «em dinheiro» Em Abril de 2009, Rui Machete foi questionado pelos deputados da comissão de inquérito ao caso BPN se «alguma vez teve recebimentos em numerário, nomeadamente no que respeita a senhas de presença, através de um qualquer tipo de depósito ou outro instrumento financeiro». O atual ministro respondeu então: «Todos os membros do Conselho Superior eram remunerados com senhas de presen-ça pagas. Agora, não posso precisar se eram pagas em numerário ou em cheque. Penso que houve uma altura em que o banco abriu umas contas e, depois, passou a pagar em cheque, visto que algumas pessoas, como era o meu caso, não queriam ter contas no banco. A remuneração devia ser à volta de 1.250 euros por reunião». Instado a esclarecer melhor, respondeu que os pagamentos eram «em dinheiro». O dinheiro vinha, como acima referido, do Jared Finance - que, a par da Solrac Finance, era uma das offshore mais importantes do grupo, financiadas pelo Banco Insular. Sediado em Cabo Verde, o Insular - cuja propriedade era oculta-da pelo BPN - foi usado pelo grupo para financiar os seus negócios e respetivas operações em zonas offshore, além dos mais variados tipos de operações que se pretendia esconder da contabilidade oficial. Era, por sua vez, alimentado pelos depósitos dos clientes do BPN em Portugal. Os esquemas de remunerações dos membros dos órgãos sociais constituíram uma prática generalizada na SLN/BPN ao longo dos anos. Uma auditoria feita pela consultora Mazars, em 2008, detetou elevadas saídas de dinheiro do Insular, num total de mais de 140 milhões de euros, registadas como «pagamentos diversos: remunerações prémios, comissões, patrocínios, entre outros». A saída dessas verbas estava justificada nas contas do Insular a título de financiamento da Jared (40,3 milhões) e da Solrac (100,3 milhões). Ministro vai terça-feira à AR Rui Machete é esperado na Assembleia da República, para uma audição na comissão parlamentar de Negócios Estran-geiros, na próxima terça-feira. Já se disponibilizou para esclarecer nessa ocasião porque é que, em 2009, antes da sua

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ida à comissão de inquérito, afirmou numa carta ao deputado João Semedo, do BE, que nunca foi acionista da SLN/BPN. O ministro já disse que se tratou de um «erro involuntário», mas o BE quis que o Parlamento fizesse uma queixa ao Ministério Público, por crime de falsas declarações - pedido que foi chumbado pela maioria PSD/CDS. «Essa falsa informação condicionou a atividade dos deputados, que não lhe fizeram perguntas como as que fizeram a outros acio-nistas», sustentou João Semedo. A participação de Machete não tinha, no entanto, expressão no universo do grupo SLN. Em 27 de Dezembro de 2000, comprou 24 mil ações, por 2,20 euros cada (ou seja, investiu cerca de 50 mil euros) - e não por um euro, como errada-mente chegou a dizer. De facto, na altura da aquisição, apenas duas pessoas compraram ações por esse preço reduzido: Oliveira Costa e Cava-co Silva (a quem o presidente do BPN disponibilizou parte das suas ações). Em 2007, Machete vendeu as suas ações por 2,50 euros e, enquanto presidente da FLAD (Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento), deu ordem de venda das ações que esta também tinha comprado. Todos os acionistas da SLN eram convocados uma vez por ano para as assembleias-gerais ordinárias (onde se fazia a apresentação de contas). Quando recebiam a convocatória, caso não pudessem estar presentes, tinham de fazer atempa-damente uma carta com a delegação da sua representação - e, habitualmente, essa representação era feita por Oliveira Costa. Machete presidia ao Conselho Superior da SLN, um órgão consultivo e fiscalizador da holding, o que não queria neces-sariamente dizer que conhecesse toda a atividade e a realidade do grupo. Em 2007, quando a crise do BPN começa a vir ao de cima, foi dentro do Conselho Superior, precisamente, que começou o movimento de acionistas para expulsar Oliveira Costa da gestão. Por dentro dos assuntos, até 2007, estava um número reduzido de pessoas, sendo tudo tratados apenas ao nível do conselho de administração. É esta, pelo menos, a leitura dos investigadores. Sol 04/10/2013 RUI MACHETE TINHA CARGOS SOCIAIS EM CINCO BANCOS CON-CORRENTES EM 2008 O Banco de Portugal legitima o princípio do exercício de funções em órgãos "de administração e fiscalização" de bancos desde que a idoneidade e a disponibilidade garantam "uma gestão sã e prudente" Governo Quando em Julho foi para o Governo ocupar a pasta de ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete teve de deixar as funções que desempenhava, há vários anos, em 30 organismos, onde se destacavam três grupos bancários, mas tam-bém outras sociedades, fundações, comissões, para além do escritório de advocacia PLMJ, onde era consultor, confor-me comunicou a semana passada ao Tribunal Constitucional (TC). Em 2008, por exemplo, Machete sentou-se em ór-gãos sociais não-executivos da CGD, do BCP e do BPI, cargos que acumulava com a presidência do Conselho Superior da SLN (apenas consultivo), a holding que controlava o BPN, e a vice-presidência do conselho consultivo do BPP. Na declaração de rendimentos entregue ao TC, a 18 de Setembro, o advogado e ex-presidente da Fundação Luso-Americana indicou que, a 23 de Julho deste ano (quando entrou para o Governo), deixara de estar ligado a 17 socieda-des onde exercia cargos sociais não-executivos. Também abandonava, por exemplo, três fundações, Millennium/BCP, Mário Soares e Oliveira Martins, assim como a atividade de docente em duas faculdades, Universidade Católica Portu-guesa e Lusófona, e as comissões de revisão do Procedimento Administrativo e da Luta Contra a Sida e o Banco Ali-mentar Contra a Fome. Nalgumas destas instituições, esteve a colaborar sem intuitos lucrativos e na sua qualidade de cidadão. Na informação enviada ao TC, o ministro não faz menção à ligação à FLAD, que liderou entre 1988 e 2010, por já lá não estar quando foi para o Governo. Rui Machete reportou também que até Julho esteve ligado, sem funções executivas, mas em lugares de relevância em termos da governação, a várias empresas como a EDP Renováveis (presidente da mesa da assembleia geral), a Lusenerg (presidente do CA) e uma sua subsidiária, a Generg (presidente da mesa da assembleia geral e presidente da comissão de fixação de remunerações). O governante esteve ligado ainda ao Taguspark, onde presidiu ao conselho fiscal, e para onde entrou em 1992, e à Saer (Sociedade de Avaliação de Empresas e Risco). A sua atividade profissional na década passada ficou marcada pela presença em várias instituições da esfera financeira, como a Companhia Portuguesa de Rating, a Sociedade Gestora de Fundos de Pensões ou as seguradoras do grupo BCP (Seguros e Pensões Gere, Ocidental Vida e Não-Vida, BCP Fortis, Médis, BCP AGEAS Seguros). No caso da banca, Rui Machete exerceu cargos sociais na CGD (público), no BCP e no BPI. Num determinado período, o social-democrata acumulou mesmo funções em cinco bancos. Entre Abril de 2005 e Julho deste ano, presidiu à mesa da as-sembleia geral do BPI, em 2008, esteve à frente do conselho fiscal do BCPI e foi administrador do romeno Banca Mil-lennium (grupo BCP). Nesse ano, na CGD Machete detinha a vice-presidência da assembleia geral. Mas no início de 2009 [dados que não constam do reporte ao TC por já lá não exercer funções] o ministro ocupava cargos em mais dois grupos bancários, a SLN (BPN) e o BPP, ambos alvo de intervenções estatais, após se terem detetado graves ilicitudes.

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Inquirido sobre se é aceitável uma individualidade "desempenhar funções em simultâneo em órgãos sociais não execu-tivos mesa da assembleia geral, conselho fiscal, conselho de administração, administrador em cinco instituições finan-ceiras concorrentes", o Banco de Portugal respondeu: "Dos órgãos de administração e fiscalização de uma instituição de crédito apenas podem fazer parte pessoas cuja idoneidade e disponibilidade deem garantia de uma gestão sã e pruden-te". E remeteu para o quadro legal que possibilita ao BdP opor-se "a que os membros dos órgãos de administração e do conselho geral e de supervisão [...] exerçam funções de administração noutras sociedades, se entender existir risco grave de conflito de interesses ou, tratando-se de pessoas a quem caiba a gestão corrente da instituição, por não se verificar disponibilidade suficiente para o exercício do cargo". A avaliação "é efetuada no momento inicial de registo para o exercício do cargo, bem como em momento posterior, sempre que ocorram factos supervenientes." O PÚBLICO tentou, em vão, obter um comentário do gabinete do ministro. Ministro disponível para esclarecer deputados Machete vai à comissão dos Negócios Estrangeiros dia 8 de Outubro O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, está disponível para prestar esclarecimentos no Parla-mento relativamente à garantia de que não tinha sido acionista da SLN (dona do BPN) e que agora se verifica ser erra-da. Numa carta dirigida ontem ao presidente da comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros, Alberto Martins, di-vulgada à agência Lusa, o ministro sugere que seja aproveitada a sua primeira audição parlamentar, prevista para dia 8 de Outubro, para "prestar os esclarecimentos que os senhores deputados julguem pertinentes". "Tendo os senhores deputados do Bloco de Esquerda levantado dúvidas em relação a uma carta de 5 de Novembro de 2008, que escrevi ao senhor deputado Luís Fazenda, em que, por erro involuntário, referi nunca ter sido acionista da SLN Sociedade Lusa de Negócios, SA, julgo curial aproveitar a minha primeira ida ao Parlamento após aqueles eventos para prestar os esclarecimentos que os senhores deputados julguem pertinentes", sugeriu Rui Machete. Reagindo a esta disponibilidade do ministro, a coordenadora do BE Catarina Martins referiu não haver "nenhum escla-recimento extra para ser dado", já que "em 2008 o senhor ministro disse uma coisa à comissão de inquérito que não corresponde à verdade". A carta enviada em 2008 por Machete foi distribuída a seu pedido à comissão parlamentar de inquérito sobre o BPN. Os bloquistas consideram que o ministro mentiu aos deputados no âmbito daquela comissão de inquérito (que é equiparada a autoridades judiciárias), o que configura um eventual crime de falsas declarações. Nesse sentido, pediram à presidente da Assembleia da República para enviar o caso para a Procuradoria-Geral da República, iniciativa para a qual Assunção Esteves pede uma decisão coletiva do Parlamento. A maioria PSD/CDS teria de votar a favor, um cenário que é impro-vável. De qualquer maneira, à luz do Código Penal, o crime de falsas declarações é público, ou seja, não precisa de queixa para ser investigado. Depois de o Expresso ter revelado a carta no passado sábado, Rui Machete classificou a informação dada em 2008 co-mo uma "incorreção factual" e garantiu que não era sua intenção ocultar esse dado. Público 26/09/2013 PRIVATIZAÇÃO DA CP CARGA FICA ADIADA PARA 2014 Só os seguros da CGD e os Correios vão ser vendidos este ano A privatização da CP Carga foi adiada para 2014, na melhor das hipóteses, e só irá avançar depois de o Governo ter definido as prioridades de investimento para o setor dos transportes em geral, e para a ferrovia em particular. Fonte oficial da Secretaria de Estado dos Transportes avançou ao Diário Económico que "considerou-se preferível não avan-çar com o processo da CP Carga enquanto o Estado não saiba quanto é que vai investir no sector ferroviário". A CP Carga é uma participada a 100% da CP dedicada ao transporte ferroviário de mercadorias. Desde os primeiros documentos de acompanhamento da 'troika' à evolução económica nacional, a partir de Maio de 2011, a privatização da CP Carga tem sido inscrita nos relatórios de periodicidade mais ou menos trimestral como uma das medidas relevantes para proceder à reforma do sector dos transportes. No entanto, devido a vários problemas, essa operação tem sido sucessivamente adiada ao longo dos últimos dois anos, tendo sido mesmo retirada das Grandes Opções do Plano para 2014, apresentadas há cerca de duas semanas, sem qual-quer explicação oficial do Governo para o facto. A referida fonte oficial da Secretaria de Estado dos Transportes precisou ao Diário Económico que a decisão de levar a CP Carga para um processo de privatização está agora dependente do estudo que está a ser elaborado pelo recém-criado GTIEVAS - Grupo de Trabalho sobre Investimentos em Infraestruturas de Elevado Valor Acrescentado. Este grupo de trabalho é presidido pelo presidente da AIP - Associação Industrial Portuguesa, José Eduardo Carvalho, mas a título pessoal. Este novo organismo deverá elaborar e apresentar ao Governo, até ao final do presente ano, um relatório sobre as prio-ridades de investimento do País em grandes projetos, nomeadamente em infraestruturas de transportes para o período em que irá vigorar o próximo Quadro Comunitário de Apoio, de 2014 a 2020. Terminais de mercadorias vão ser transferidos para a Refer

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De acordo com a mesma fonte oficial da Secretaria de Estado dos Transportes, outra decisão já tomada nesta matéria pelo Governo passa pela separação dos terminais atualmente geridos pela CP Carga da operação da empresa, uma me-dida que acautela as boas práticas em vigor no domínio da Concorrência. Esses terminais - localizados na Bobadela (nas imediações de Lisboa), Leixões e Loulé - irão ser transferidos diretamente para a órbita da Refer, a gestora da rede ferroviária nacional, mas a operação deverá pressupor uma avaliação prévia desses ativos e o respetivo pagamento da Refer ao Grupo CP. Além destes terminais, a CP Carga "operacionaliza uma rede de terminais, assegurando a componente ferroviária do transporte e proporcionando a operação logística localmente assegurada pela concessão de espaços destinados a arma-zenagem e atividades complementares ao transporte", conforme consta do 'site' oficial da empresa. Esses terminais situam-se em Darque, Tadim, Mangualde, Guarda, Fundão, Leiria, Poceirão, Vale da Rosa e Praias do Sado. No ano passado, a CP Carga transportou 8,7 milhões de toneladas de mercadorias, uma descida de 4,7% face a 2011, mas os proveitos de tráfego (faturação) aumentaram 4,7%, situando-se em 61,4 milhões de euros. A empresa registou prejuízos de 19,2 milhões de euros, uma melhoria de 37,4% em comparação com o exercício precedente, enquanto o resultado operacional também teve um comportamento positivo, passando de 20,8 milhões de euros negativos para 9,3 milhões de euros negativos. Apesar da melhoria, os indicadores da CP Carga têm prosseguido no 'vermelho', levando a empresa a chegar ao final do ano passado com capitais próprios negativos de cerca de 66 milhões de euros, uma situação que exige uma injeção de capitais por parte do acionista CP ou da tutela do Estado. A administração da CP Carga refere ainda que no ano passado as greves impediram a empresa de transportar 759 mil toneladas de mercadorias, o que se traduziu em receitas não arrecadadas no valor de 4,2 milhões de euros. MERCADORIAS - 8,7 M toneladas/ A CP Carga transportou no ano passado um total de 8,7 milhões de toneladas de mercadorias, uma descida de 4,7% face a 2011. RESULTADOS LÍQUIDOS - 19,2 milhões Em 2012, a empresa registou 19,2 milhões de euros de prejuízos, uma melhoria de 37,4% face aos 30,6 milhões de perdas em 2011. ESTALEIROS DE VIANA - Concorrentes têm de dar mais dados O júri do concurso da subconcessão dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) notificou ontem os dois únicos grupos concorrentes - o agrupamento Martifer Energy Systems/ NavalRia e a AK Consultoria de Gestão, do empresário russo Andrey Kiselev, o maior acionista do grupo RSI Global - a apresentarem documentação complementar às propos-tas apresentadas. Tê cinco dias para o fazer. Segundo o comunicado da administração dos ENVC, o pedido está relacio-nado com o artigo 16.° do programa do concurso, o qual diz respeito a vários documentos exigidos. Mesmo que não sejam entregues dentro do prazo, o júri poderá admitir uma proposta de forma condicionada. Diário Económico 25/09/2013 MERCADO EUROPEU DO SEGURO DE VIDA ESTÁ EM RISCO O mercado do seguro de vida está em risco na Europa. As baixas taxas de juro estão a reduzir os lucros dos agentes do setor, empurrados para investimentos mais arriscados ou para a internacionalização. Não vai demorar muito até que se torne impossível propor uma cobertura aos moldes atuais. As empresas seguradoras têm aumentado os prémios ou diversificaram as suas alocações em ativos mais rentáveis, mas também com um risco bastante superior. São cada vez mais os agentes de mercado que não consideram viável o merca-do do seguro de vida na Europa. Muitos são aqueles que já estão a operar noutros mercados e os restantes afirmam ter essa intensão, para compensar perdas. O baixo nível das taxas de juro está a colocar sob pressão os lucros do setor, reduzindo as receitas das alocações tradicionalmente constituídas por títulos obrigacionistas soberanos. Uma situação que está a suscitar muitas interrogações quanto à sustentabilidade deste segmento do mercado segurador na Europa. As condições atuais estão a tornar-se incomportáveis para as companhias seguradoras. Vida Económica 04/10/2013 Seguros

PREÇOS DITAM ESCOLHAS MAS CUIDADO COM FRANQUIAS NAS IN-DEMNIZAÇÕES Confrontadas com orçamentos mais apertados, a palavra de ordem das famílias é poupar. Contratar seguros, só mesmo aqueles que são necessários e, mesmo nesses, são analisadas quase "à lupa" as coberturas subscritas. Por isso, na hora de subscrever o seguro, opte pelas coberturas que lhe fazem realmente falta, para não "deitar dinheiro à rua". A opinião é unânime junto dos consumidores portugueses: contratar apólices que ofereçam garantias superiores por um preço inferior. A Deco fez uma ronda por três seguros: automóvel, saúde e multirriscos habitação e deixa algumas dicas para o ajudar no momento da contratação e, acima de tudo, alguns truques para o ajudar a gastar menos e evitar desagradáveis surpresas

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Automóvel. Opte pelas coberturas que fazem falta Os clientes estão mais exigentes nas coberturas a contratar e, acima de tudo, no preço a pagar. Na hora de subscrever o seguro, opte pelas coberturas que lhe fazem realmente falta, para não "deitar dinheiro à rua". A de responsabilidade civil é a única obrigatória, mas só paga danos a terceiros em caso de acidente. De acordo com um inquérito realizado pela Associação de Defesa do Consumidor (Deco), os acidentes foram a principal causa de ativação do seguro pelos inquiri-dos (68% dos casos). Já entre as coberturas de contratação facultativa, a Deco aconselha a assistência em viagem (responsável por 39% das ativações). "Esta cobertura torna-se muito útil para resolver problemas em viagem (acidente, avaria ou doença no es-trangeiro, por exemplo) e tem um custo anual reduzido", salienta. Mas se é proprietário de um automóvel recente ou de valor comercial elevado então deverá ponderar a contratação de danos próprios. "É mais abrangente e reembolsa os estragos no próprio veículo relacionados com choque, incêndio e roubo. Geralmente, esta proteção é vendida em con-junto com o seguro de danos próprios. A quebra isolada de vidros é outra das principais causas de ativação do seguro (30% dos casos) e tem um custo reduzido, o que a torna interessante", adianta a associação. Já a contratação de cobertu-ras de vandalismo e fenómenos naturais deverão ser bem analisadas. A explicação é simples: se o veículo pernoitar em garagem, pagar mais por esta cobertura poderá ser desinteressante. Também a contratação de proteção jurídica é vista como "pouco interessante". Críticas Entre as principais críticas dos inquiridos que foram obrigados a ativar o seguro automóvel encontram-se as negocia-ções no âmbito da regularização do sinistro, que deixaram 48% dos inquiridos insatisfeitos. Outras reclamações dizem respeito à falta de transparência do processo e ao tempo de espera entre a peritagem e a reparação dos danos. Segundo as contas da Deco, os condutores portugueses esperam, em média, 22 dias, pela indemnização. Mas estes pra-zos podem ser mais alargados se existirem danos corporais envolvidos. A seguradora tem 20 dias a contar do pedido de indemnização (ou 60 dias da participação do sinistro) para pedir ao lesado que se submeta a exames realizados por um médico por si indicado, a fim de atribuir um valor financeiro ao dano, a título de compensação (por exemplo, para tratar um ferimento ou em caso de invalidez). A seguradora tem 45 dias a contar da participação para dizer se assume a res-ponsabilidade e apresentar uma proposta de indemnização. Um dos truques para reduzir o seu prémio anual poderá passar por contratar uma franquia. Mas nem tudo são vantagens. Se, por um lado, pode poupar, por outro, implica assumir uma parte dos prejuízos em caso de acidente. Ou seja, até um determinado montante, a seguradora nada paga. A maioria das apólices de danos próprios impõe uma franquia mínima de 2% do capital seguro. Isso significa que, para um veículo de 20 mil euros, a seguradora não paga despesas inferiores a 400 euros. "É possível optar por franquias superiores tendo como contrapartida uma redução maior do prémio. Em caso de dúvida, tenha sempre em mente que é preferível contratar um seguro de danos próprios com uma franquia elevada do que não o fazer de todo", diz a Deco. Não se esqueça que, nos seguros de responsabilidade civil, não são aplicadas franquias. Saúde. Cuidado com franquias e copagamentos Cerca de um em cada três inquiridos tem um seguro de saúde, e mais de metade (56%) usou-o três ou mais vezes nos últimos três anos, adianta o mesmo inquérito da Deco. Mas nem tudo são facilidades. As alterações não previstas no plano de saúde são a principal reclamação dos inquiridos (42% de insatisfeitos). Mas, nesta matéria, a associação deixa um alerta: as modificações só podem ocorrer na data de renovação da apólice e terão de estar relacionadas, sobretudo, com o valor das franquias ou copagamentos ou, ainda, com a inclusão ou exclusão de determinadas despesas. Também as franquias ou copagamentos são outro dos principais motivos de insatisfação (39%). O que é certo é que todos os planos preveem o pagamento de franquias em algumas coberturas quando são efetuadas despesas fora da rede de prestadores médicos da seguradora. "Esta situação fica definida logo de início, tanto por ato médico como por anui-dade. Quando recorre à rede de prestadores da seguradora, ao segurado cabe sempre suportar uma quantia fixa, o cha-mado copagamento", diz. A falta de clareza dos contratos também é alvo de crítica por parte dos inquiridos. "Os seguros de saúde são contratos muito extensos e complexos, com linguagem hermética e, muitas vezes, de difícil compreensão para quem não tem conhecimentos especializados na área. Além das diferentes coberturas e respetivas abrangências e de uma extensa lista de situações excluídas, o consumidor é confrontado com questões relacionadas com períodos de carência, franquias e copagamentos, pré-autorizações, redes médicas, prestações convencionadas ou indemnizatórias", salienta a Deco, acres-centando ainda que, "para piorar a situação, o contrato não é facultado previamente ao consumidor, que recebe as con-dições só depois de subscrever a apólice". Condições Para evitar desagradáveis surpresas, deve analisar as condições do seguro com atenção para saber o que está a subscre-ver. Se não ficar satisfeito tem 30 dias para desistir, segundo a lei. Para isso deverá comunicar a decisão à seguradora através de carta registada, com aviso de receção. Para 34% dos entrevistados, as coberturas são uma causa de insatisfa-ção com o seguro. A maioria prefere produtos com grande número de coberturas e limites mais elevados de capital. "À

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partida, como todas as apólices são comercializadas sob a forma de pacotes pré-definidos de coberturas e capitais, cabe ao segurado optar por aquele que mais lhe convier. Qualquer seguradora oferece diferentes opções, sendo que todos os planos têm em comum a cobertura de assistência hospitalar, a única que figura na base de todos os contratos", refere a Associação de Defesa do Consumidor. No entanto, é possível subscrever outros planos que permitem, a título opcional e mediante o pagamento de um prémio mais eleva-do, ter acesso a uma determinada rede de prestadores de várias especialidades ou apenas de estomatologia. "Neste caso, o segurado paga do seu bolso as consultas, os tratamentos e os exames, mas a um preço mais acessível do que se o fi-zesse a título particular. Outra reclamação diz respeito ao tempo de espera pelas pré-autorizações. "As seguradoras exigem ser consultadas antes de o consumidor realizar despesas médicas de valor mais elevado e requerem pré-autorização. Uma vez que o requisito reduz a autonomia do segurado e prolonga o processo, é fácil de compreender que seja um dos mais criticados", conclui a Deco. Cuidados a ter Seja rigoroso a preencher o questionário médico. Não omita doenças de que tenha conhecimento: caso contrário, o seguro pode ser considerado nulo e, nesse caso, não serão pagas indemnizações. Além disso, evite escolher o seguro em função de coberturas acessórias, como estomatologia. A explicação é simples: na maioria dos casos, os limites de capital para estas despesas são reduzidos e as franquias elevadas. "Em vez disso, complemente a sua apólice com um seguro dentário. Além de relativamente barato, não impõe períodos de carência, limite de idade ou de encargos", sugere a Deco. Tenha sempre em conta o valor das despesas comparticipadas pelo seguro. Multirriscos habitação. Analise limite das indemnizações Apesar de útil, o seguro multirriscos habitação é acionado poucas vezes. "Não chegou a um quarto o número de inquiri-dos que teve necessidade de o fazer nos últimos três anos, a maioria (39%) na sequência de danos por água", afirma a associação. Entre os inquiridos que já acionaram o seguro, cerca de 40% mostraram-se insatisfeitos com as negociações associadas à avaliação dos danos. Já a clareza do contrato foi criticada por 38%, a duração do processo até à sua resolu-ção mereceu o descontentamento de 34% e a qualidade das reparações deixou 27% insatisfeitos. "Uma percentagem significativa das reclamações relativas ao multirriscos habitação que chegam todos os anos à Deco prende-se com a indemnização proposta pelas seguradoras. Após a participação de um sinistro, um perito desloca-se ao local para avaliar os danos e propor uma indemnização. Mas é frequente o valor apurado ser insuficiente", acrescenta a entidade. A morosidade do processo é outra das queixas dos inquiridos. De acordo com os mesmos, o tempo de espera para rece-berem a indemnização demorou, em média, 35 dias. Ao escolher uma apólice, tenha em conta o limite das indemnizações e as franquias. Quanto mais elevadas as indemni-zações, melhor. No entanto, no caso das franquias, é ao contrário: quanto mais baixas ou inexistentes, melhor. Analise sempre diversas apólices e opte por aquela que cobre os sinistros mais importantes, tanto ao nível da frequência (danos por água, por exemplo), como da potencial gravidade dos prejuízos (caso do aluimento de terras). Outra regra a seguir passa por avaliar corretamente os bens. "Em caso de sinistro, se se verificar que o capital seguro contratado é inferior ao valor dos bens, as seguradoras só indemnizam na proporção entre o capital seguro e o valor real", lembra a Deco. Como tal, deve optar por uma apólice que não aplique a regra proporcional ou que garanta uma margem de segurança elevada. Ou seja, o capital para o recheio deve corresponder ao preço de substituição em novo. Além disso, se comprar objetos para o recheio ou fizer obras de melhoramento deve avisar a seguradora na renovação do contrato ou no momento em que ocorrem as modificações e proceda a um aumento de capital. I 07/10/2013 Procura de coberturas de imóveis e recheios continua a aumentar

MAIS VALE CASA SEGURA... … do que sinistro por pagar. Em tempo de crise, proteger a habitação tornou-se num imperativo ainda mais forte, ou não tivessem muitos portugueses consciência de que dificilmente teriam condições financeiras para suportar os gastos decorrentes de eventuais sinistros que destruíssem o seu lar MULTIRRISCOS HABITAÇÃO É PRECISO fazer as contas. Pagar o prémio do seguro multirriscos habitação é penoso numa conjuntura tão difícil como aquela que atualmente sobrecarrega tantos portugueses, mas não pagar o prémio de seguro significa correr o risco de sofrer um sinistro que obrigue a enfrentar uma conta bem mais avultada que a do prémio da apólice do seguro. E perante esta dúvida, muitas famílias preferem jogar pelo seguro... e pagar o seguro. Subscrever um seguro de multirriscos habitação é, para grande parte das famílias portuguesas, assegurar a proteção do bem em que mais investiram ao longo da vida. "O contexto de crise trouxe consigo uma lógica de otimização dos custos das famílias, reforçando a necessidade de salvaguardar o que é mais relevante do ponto de vista pessoal e patrimonial, onde se inclui naturalmente a sua casa", confirma Rita Sambado, diretora de Marketing da Fidelidade, em declarações

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ao OJE. "A tendência que temos observado é de um maior interesse por parte das pessoas por esta solução, procurando perceber, no seu caso em particular, o que está incluindo e o que está ainda por proteger na sua habitação", acrescenta Rita Sambado. "O grande impacto revela-se ao nível da proteção do conteúdo das casas, tema que não tinha sido, até agora, motivo de grande preocupação por parte das famílias, mas que, neste novo enquadramento, começa a ter uma maior relevância", revela também a diretora de Marketing da Fidelidade. "Acreditamos que esta situação se justifique também, em parte, pela necessidade de salvaguardar eventuais riscos que possam acontecer no futuro, que, no caso da habitação, são muito concretos - roubo ou incêndio - já que a capacidade financeira das famílias para salvaguardar estas situações diminuiu", explica Rita Sambado. Com efeito, nunca tanto como agora se assistiu a tanto interesse por parte dos cidadãos em aprofundar os seus conheci-mentos sobre o seguro multirriscos habitação. Percebendo a sua débil situação económica, querem ter a certeza de que eventuais sinistros estarão cobertos pela apólice que pagam anualmente, evitando surpresas desagradáveis no momento mais inoportuno. Uma preocupação que abrange não só a estrutura do imóvel, mas cada vez mais se alarga também ao recheio das habitações, onde mobiliário, eletrodomésticos e aparelhos eletrónicos são muito valorizados pelas famílias. O desconhecimento sobre as coberturas das apólices de seguro para habitações e respetivos recheios é, efetivamente, uma falha que abrange muitos portugueses. E é importante saber que as garantias da apólice estão classificadas de acor-do com a origem do sinistro e não pelo tipo de bens seguros. Assim, o mesmo eletrodoméstico pode estar coberto pelo risco de incêndio ou dano por água, mas não estar protegido pela cobertura de furto ou roubo ou ainda pela cobertura de riscos elétricos, explica ao OJE Hélder Castro, da Direção de Design e Gestão de Produtos da Liberty Seguros. É preci-samente a cobertura de riscos elétricos que habitualmente levanta mais dúvidas junto dos segurados. Nem todos sabem que esta cobertura apenas garante o pagamento de uma indemnização pelos danos causados por aparelhos, instalações elétricas e seus acessórios em caso de sinistro causado por efeito direto da corrente elétrica, tal como um curto circuito, um aumento de intensidade ou tensão ou a queda de um raio, mesmo que deste não resulte um incêndio. À PROCURA DE PREÇO BAIXO Recente é também a tendência de subscrição de seguros multirriscos habitação junto de companhias que operam exclu-sivamente em canal direto, ou seja, que vendem seguros através do telefone e internet. Depois do seguro automóvel, este foi um dos seguros que as operadoras diretas procuram disponibilizar aos seus clientes e os anúncios de preços baixos e subscrições simplificadas parecem ter convencido um número crescente de clientes. José Pedro Inácio, diretor-geral da Logo, explica que este "é um cliente que procura a conveniência e simplicidade nos processos, que valoriza a transparência na subscrição das apólices e em simultâneo um serviço de qualidade, em que a rapidez tem primazia". As operadoras chamam-lhe "smartshopper" e em paralelo a todos estes requisitos, este perfil de cliente procura também aumentar os seus níveis de poupanças neste tipo de serviços, pelo que o preço baixo se tornou numa variável crucial para a tomada de decisão. Também nas operadoras diretas, a tendência para segurar imóvel e recheio é uma realidade que tem vindo a ganhar contornos cada vez mais vincados. "É muito homogénea a procura para segurar quer o imóvel (o bem de maior valor para a família), bem como todos os investimentos que realizaram para mobilar e equipar a sua habitação no sentido de gerar valor e conforto à sua família", constata José Pedro Inácio, que até agosto havia registado um crescimento de mais de 50% nos prémios do seguro multirriscos habitação da Logo. "A justificar este incremento, acreditamos que está a cada vez maior preocupação dos portugueses em segurar o seu maior investimento, a habitação e o seu recheio. A cons-ciência de que a casa é o grande investimento das famílias é cada vez mais evidente e, desta forma, a necessidade de segurar estes bens torna-se uma prioridade", aponta o responsável da operadora de canais diretos do grupo Espírito Santo. "Não será também alheio a esta situação o facto da cobertura contra incêndio em propriedade horizontal ser obri-gatória por lei, o aumento do número de fenómenos naturais e as crescentes preocupações com a segurança, bem como o facto de a maioria das habitações ter recheio cujo valor seja igual ou superior a 25 mil/50 mil euros", conclui José Pedro Inácio. Oje 26/09/2013 Setor financeiro - Deco recomenda ações das seguradoras para quem quer apostar no sector financeiro

NEM TUDO ESTÁ EM PERIGO O pior da crise económica já pode ter passado, mas a maioria dos bancos ainda está instável. Prefira investir o seu dinheiro em ações das companhias de seguros. Os bancos e as companhias de seguros não têm tido descanso. Em 2007, a bolha imobiliária norte-americana rebentou arrastando consigo muitos bancos. Em Setembro do ano seguinte registaram-se as duas maiores falências de sempre: o Lehman Brothers, que controlava ativos de 450 mil milhões de euros, e o Washington Mutual, que tinha 223 mil mi-lhões de euros. Em 2011, estalou a crise das dívidas soberanas na zona euro, que exigiu apoio externo (como o da 'troi-ka' da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional em Portugal, Irlanda e Gré-cia) e que se repercutiu na confiança nas entidades financeiras.

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Os investidores, em particular os acionistas dos bancos, sofreram as mazelas dos sucessivos terramotos financeiros. Desde os máximos de meados de 2007, o setor financeiro mundial acumula uma queda de 45,8%, apesar de se terem registado algumas recuperações pelo meio e das seguradoras terem sofrido menos. Há muitos bancos europeus que desde os máximos de 2007 perderam mais de 60% do valor. Risco mantém-se elevado Entre a crise do imobiliário e a situação da dívida pública europeia, o setor bancário procurou implementar medidas de recuperação, como reduções de custos e vendas de negócios não estratégicos e de filiais. Desde 2012, com o apoio do Banco Central Europeu (BCE) e o reforço da regulamentação ao nível da solvabilidade, os bancos têm aumentado os seus fundos próprios. Como consequência, o comportamento bolsista voltou a ser positivo, tendo recuperado 32,0% desde o início de 2012. E provável que o pior já tenha passado. Os bancos estão a reembolsar os empréstimos do BCE de forma mais rápida que o previsto. A sua estrutura de capitais está mais sólida e o compromisso do BCE em manter a integridade da zona euro criou um enquadramento mais tranquilizador. Contudo, o sector permanece muito sensível aos abalos, como provou a recente crise cipriota, que levou à liquidação do segundo maior banco do país e à reestruturação completa do maior, gerando perdas muito elevadas para investidores e depositantes. O risco associado aos bancos permanece demasiado alto, sobretudo na Europa. O lento caminho para a união bancária na zona euro implica que a "ligação" entre a dívida da banca e dos Estados se manterá por muito tempo. Assim, qual-quer problema num banco importante ou num Estado reflete-se imediatamente em todo o sistema financeiro. Além disso, a crise económica penaliza a rentabilidade da banca e as receitas estão em queda (menos empréstimos e mais crédito malparado). A pressão regulamentar para aumentar a solidez financeira dos bancos é positiva a longo prazo, mas, no imediato, pre-judica a rentabilidade, pois obriga a manter muito mais capital de reserva. Com as intervenções dos Estados, aumenta-ram naturalmente as restrições à distribuição de dividendos. A política de dividendos de 40% a 50% dos lucros já per-tence ao passado, com muitos bancos a deixarem mesmo de distribuir, uma vez que a prioridade passou a ser o reforço dos capitais. São os casos, entre outros, do Santander e de todos os bancos portugueses cotados, que suspenderam o pagamento de dividendos desde 2011. Boas perspetivas para seguradoras O setor segurador também não passou incólume às crises financeiras dos últimos anos mas foi menos afetado, apesar de, em 2011, ter sido penalizado também por diversas catástrofes naturais. Na sua maioria, as empresas seguradoras da seleção da Proteste Investe têm anunciado bons resultados. A queda do risco associado à zona euro sustentou a subida dos seus ativos financeiros, apesar de esta tendência estar a inverter-se um pouco com a recente subida das taxas de juro. Graças aos bons resultados financeiros, as seguradoras também reforçaram a sua solidez e conseguiram, na maio-ria dos casos, manter o dividendo distribuído aos acionistas. Cerca de 40% dos lucros de 2012 foram distribuídos sob a forma de dividendos. A Zurich Insurance, que recebe a re-comendação de compra da Proteste Investe, destaca-se com um nível de 70%. Além disso, enquanto a reestruturação dos bancos se revela difícil e dispendiosa, a reorientação das atividades das segu-radoras é mais fácil. As companhias de seguros mantêm boas fontes de rendimento e têm reafirmado as suas principais linhas estratégicas. No ramo não vida, apostam na subida dos prémios e são mais seletivas nos contratos. No ramo vida, para obterem maior rendimento com vista a cumprir os compromissos junto dos clientes, algumas seguradoras apostam na diversificação dos seus investimentos (dívida de empresas, créditos a pequenas e médias empresas). Apesar do risco adicional, é uma forma de contornar as dificuldades criadas pelas baixas taxas de juro e pela nova regulamentação que impõe, entre outras coisas, menos ações detidas em carteira. A alienação de atividades menos rentáveis e a reorientação das vendas para produtos que geram comissões fixas também fazem parte do programa estratégico. Os esforços do sector assentam ainda no crescimento orgânico, em detrimento de operações de compra de grande di-mensão. É uma medida prudente justificada pelo risco de pagar demasiado pelas aquisições. A britânica Prudential é uma exceção, distinguindo-se por uma política de crescimento mais dinâmica nos mercados asiáticos. Compras seletivas Globalmente, o setor financeiro não está barato e apresenta um risco superior à média dos restantes sectores. Das 30 ações que a Proteste Investe acompanha, nenhuma tem um risco inferior a 3 numa escala que tem como máximo 5 e a Proteste Investe apenas aconselha a compra de 4 títulos, dos quais 3 são seguradoras, como pode ver no quadro ao lado. De facto, apesar da queda das cotações, o sector bancário não está barato. As perspetivas de lucros da banca são pouco favoráveis e o risco continua muito elevado, pelo que deve manter-se afastado. Na banca nacional, a Proteste Investe aconselha a manter os títulos do Banco BPI e do Banco Espírito Santo e a vender as ações do Banif e do Banco Comer-cial Português. No negócio dos seguros, apesar da boa recuperação das ações dos últimos meses, o potencial de subida ainda não está esgotado. E inquestionável que o setor está muito dependente do contexto financeiro e que também apresenta um risco um pouco superior à média, mas proporciona uma diversificação potencialmente interessante para a sua carteira de

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títulos. Embora a Proteste Investe recomende a compra de alguns títulos do setor financeiro, não aconselha fundos de ações dedicados a esta área devido ao elevado peso das ações da banca nas suas carteiras. Descubra o intermediário de bolsa mais barato para si em deco.proteste.pt/investe/custos bolsa. O setor segurador também não passou incólume às crises financeiras dos últimos anos mas foi menos afetado, apesar de, em 2011, ter sido penalizado também por diversas catástrofes naturais. Diário Económico 04/10/2013 O MOISÉS DEU UM "BIGODE" PEDRO TEIXEIRA bateu com um carro sem seguro… e fugiu Em dez anos de carreira, nunca se falou tanto de Pedro Teixeira como agora. A personagem do talhante Moisés, em Destinos Cruzados, seguida da participação em Dança com as Estrelas, rendeu-lhe uma projeção que nunca tinha expe-rienciado. No entanto, ainda havia quem não soubesse quem era Pedro Teixeira. Era o caso de Luís, o empresário que se viu envolvido no acidente provocado pelo ator e que, mesmo sem o reconhecer, confiou na sua palavra. Algo de que hoje se arrepende - quase dois meses depois e após várias tentativas frustradas de contacto para ver a situação resolvida e o prejuízo pago. A história começa a 9 de agosto, uma sexta-feira, na Costa de Caparica, em Almada. A desfrutar de um período de férias, Luís, a meio da tarde, resolveu ir dar uma volta de carro até à Fonte da Telha. Circulava na Estrada Florestal, quando, de repente, mesmo em frente à Praia da Riviera, é surpreendido por uma pancada na traseira do seu carro. "Eu ia descansadinho da minha vida no sentido Caparica-Fonte da Telha, a ouvir música, e de repente "pow", levei uma porrada atrás. No momento, fiquei pior que estragado e pensei 'como é que isto é possível?', porque eu ia a uns 50 km/h numa reta! Foi daqueles acidentes impossíveis", começa por relatar este empresário que, quando contactado pela TV 7 Dias, acedeu a contar a sua história. Luís saiu do carro, um BMW, observou os estragos e teve o primeiro contacto com Pedro Teixeira, o outro condutor... "Saio, vejo que o carro atrás de mim era uma carrinha Skoda Octavia. Olho para o meu carro, vejo o para-choques todo lixado e a carrinha dele com a parte da frente toda dobrada, bem pior que o meu. Entretanto, sai um sujeito lá de dentro, bem encarado, e diz 'eh pá, que chatice, como é que aconteceu isto?', e deu-se logo como culpado." Esta atitude do ator convenceu Luís a não chamar a polícia, seguindo-se o preenchimento da declaração amigável que Pedro, como culpado assumido, teria de entregar na sua própria seguradora. Porém, o ator, que se dirigia para o restau-rante de António Vieira, pai de Cláudia, que fica na Praia do Castelo, a apenas 600 metros do local onde teve o aciden-te, não tinha seguro na carrinha Skoda Octavia, que está registada no nome da atriz. "Começámos a preencher as pape-ladas todas, entretanto ele começou a fazer telefonemas e prontifica-se a pagar logo na altura o valor da minha franquia [N.R.: valor fixo, pago pelo segurado, em contratações de seguros contra todos]. Isto após ter ligado para a companhia de seguros dele e ter verificado que estava sem seguro, porque não tinha pago o último prémio. Foi então que ligou para a minha companhia para saber qual era o valor da franquia e me disse que estava com aquele problema. Como não po-dia ativar o seguro dele, propôs-me pagar os €500 correspondentes ao que eu teria de pagar da minha franquia, para meter a papelada na minha companhia", relata Luís. Contudo, este não aceitou o dinheiro no momento e explica: "Não sabia se era suficiente para resolver o problema. E além disso, o carro, apesar de eu ser um dos sócios, está no nome da empresa, por isso, eu tinha de ver a disponibilidade da empresa. E ainda tinha de aferir se realmente o valor do prejuízo era esse, porque, quando se tem um sinistro, há a franquia, mas depois também há um agravamento do prémio... Dão uma porrada num tipo e depois é 'toma lá, vai-te embora'. Não é assim!" "Pessoa simpática e responsável" Apesar de tudo isto, o empresário, confiando na responsabilidade aparente do ator, continuou sem ligar às autoridades e esclarece: "Não foi porque ele era o Pedro Teixeira, porque eu nem sabia quem ele era. Ele disse que ia ter com um familiar qualquer que tinha um restaurante ali para a frente e eu pensei que o rapaz ia para lá trabalhar ou qualquer coi-sa. A cara não me era completamente desconhecida, porque a figura que eu conhecia dele era aquele do bigode, da no-vela [N.R.: Moisés, de Destinos Cruzados], mas ele agora está diferente. Por isso, na altura, o que eu vi e o que me fez confiar foi que ele me pareceu ser uma pessoa simpática, responsável Mas devia ter chamado a polícia, porque o que se estava a passar ali era um tipo que me deu uma porrada e que estava sem seguro." Para que Pedro Teixeira, que já tinha umas boas centenas de euros em prejuízos a pagar, não se prejudicasse mais, uma vez que ao circular sem seguro se encontrava a transgredir a lei, os dois chegaram a um acordo, conta Luís: "Ficámos na situação de eu ver qual era o valor da reparação, mandar-lhe um orçamento e ele aí tomar a decisão, se pagava do bolso dele ou não. Se não quisesse pagar do bolso dele, eu metia à minha companhia de seguros e ele pagava a franquia e os custos que houvesse a mais, mas participando, vinha-se a saber que ele não tinha seguro! O que eu queria era ver o assunto do carro resolvido." Dinheiro a "arder" No domingo, 11 de agosto, dois dias depois do acidente, Luís encontrava-se em casa a fazer zapping, quando para na TVI, onde em direto decorria a terceira gala de Dança com as Estrelas. De repente, salta do sofá e exclama: "É o gajo que me bateu no carro! Como é que é possível!" Foi nesse momento que o empresário ficou a saber que a pessoa com

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quem havia tido o acidente, e em quem tinha confiado, se tratava de Pedro Teixeira. A situação ainda lhe rendeu algu-mas piadas por parte da família, principalmente da filha, que depois de lhe dizer que se encontrava fora da realidade, o esclareceu que se tratava de um ator, que também era namorado da atriz Cláudia Vieira. "A mulher dele, eu sabia quem era, mas não pelo nome, só pela figura. Até porque o carro com que ele me bateu é dela e terá sido uma das pessoas a quem ele ligou a dizer o que tinha acontecido", diz Luís entre risos, mostrando ainda alguma boa disposição. Aprovei-tando a situação caricata, no dia seguinte, quando enviou um email ao ator para lhe dizer que, tal como combinado, iria pedir um orçamento da reparação, informando-o do local e sugerindo que se pretendesse pagar, o fizesse na própria oficina, de modo a obter a fatura no seu nome, o empresário brincou, contando a situação que tinha vivido na noite anterior, ao escrever: "Além de me bater no carro, você ainda foi o 'culpado' por toda a gente cá de casa ter feito chacota de mim (...)." Já com o orçamento na mão, na terça-feira, Luís tentou entrar em contacto com Pedro Teixeira. Foi a partir daqui que o empresário percebeu que, afinal, a história, que até arrancou algumas gargalhadas, não tinha graça alguma, pois em nenhuma das várias tentativas de contacto - que haviam começado no dia anterior e que se estenderam até ao final dessa semana - conseguiu obter resposta do ator. Este facto contradisse em tudo a imagem de "rapaz sério" com que tinha ficado da pessoa que lhe havia batido no cano e que, aparentemente, não pretendia honrar o compromisso assumido: "Fui à BMW, deram-me o orçamento, que era €1153, e eu telefonei-lhe, porque foi ele que me disse 'telefone-me'. Mandei mensagem e nada, por isso enviei-lhe outro email com o orçamento. Depois, nessa semana, tentei ligar-lhe várias vezes e mandei várias mensagens, porque eu não queria meter o assunto na companhia de seguros, partindo do princípio que isso seria prejudicial para ele, como vai ser. Mas para isso, eu precisava de uma resposta até à sexta-feira a seguir ao acidente, porque o prazo para apresentarmos a declaração amigável é de oito dias, depois perdemos o direito de reclamar. Portanto, a situação, por um lado, era 'não quero lixar o Pedro Teixeira', mas também 'não vou ficar preju-dicado'. Quando mandei a declaração amigável ao meu broker de seguros, ainda pedi para me dar mais um dia. Nesse período todo, telefonemas, SMS, mails e nada! Até hoje!" O empresário entregou a situação à companhia de seguros e teve de arcar com o prejuízo da franquia. Porém, agora, está decidido a ir buscar o que é seu legalmente: "Fiz o que tinha a fazer, porque senão, teria de ser eu a pagar tudo! Neste momento, o meu carro está reparado, tive de pagar os €500 e a companhia de seguros pagou o restante, que até foi um valor mais baixo, porque a companhia sugeriu-me ir a outra oficina. Portanto, em vez de ser mil e tal, foram 800 e tal. Agora, estou só à espera de saber se há mais algum custo do aumento do prémio e vou entregar o processo ao advogado para formalizar o pedido de indemnização ao Instituto de Seguros de Portugal, e eles hão de ir para cima dele a pedir-lhe para pagar. Ainda por cima, com a agravante de que estava a circular sem seguro, o que é crime!" O empresário diz-se de "consciência tranquila" e acrescenta: "Agora é um problema dele, que já não me diz respeito. Perante uma situação que me prejudicou, eu tentei de tudo para o rapaz não ter problemas." Questionado sobre se ainda espera que o ator o contacte - o que não tinha acontecido até ao fecho desta edição, no domingo, dia 22 -, o empresário explana o sentimento de desilusão: “A priori, ele não me vai dizer mais nada. Se ele me ligasse agora a querer pagar, olhe, resolvia o problema! Mas já não limpava a imagem!" E prossegue: "Estou arrependido de não ter chamado a polí-cia, mas principalmente muito dececionado com a pessoa. Quando se acredita numa pessoa, sem saber quem ela é, e quando, ainda por cima, vimos a descobrir que essa pessoa até é uma personagem conhecido que também tem uma imagem simpática e que transparece honestidade, mas depois na prática verificamos que afinal é tudo um grande em-buste, confesso que é muito dececionante. Para mim, a palavra das pessoas é muito importante e eu nunca mais conse-gui ver aquele programa em que ele está a aparecer! E um tipo que anda sem seguro é, pelo menos, um desleixado, além de estar a infringir a lei! Agora, depois de eu saber quem ele é, penso que, se calhar, ele estava era com medo que eu tirasse fotografias e chamasse a polícia, porque se o fizesse, era capaz de ser chato para ele. Ele, se calhar, ficou um bocado apreensivo com essa situação e talvez por isso tenha assumido logo tudo na hora, mas depois de se ver de lá para fora, não quis saber mais... É uma situação muito triste!" "Tenho andado a mil" Contactado e questionado acerca deste acidente que sofreu no mês de agosto, Pedro Teixeira começou por se fazer de desentendido, dizendo: "Não aconteceu nada. Não sei do que é que está a falar." Porém, assim que tomou conhecimento de que o empresário Luís nos havia contado toda a história e mostrado provas da mesma, Pedro Teixeira reavivou de imediato a memória, exclamando: "Ah, sim, foi com a carrinha. Foi só um toque como outro qualquer." Visivelmente incomodado com o assunto, relativamente aos prejuízos disparou: "Irei com certeza assumir os estragos." Perante esta resposta, a TV 7 Dias perguntou-lhe porque nunca atendeu o telemóvel a Luís, que lhe ligou várias vezes, ao que Pedro respondeu: "Ligou-me, como me ligaram muitas outras pessoas! Eu tenho andado a mil! Mas isso é uma coisa que será para tratar, com certeza!" O empresário, que já esperava que a intensidade de telefonemas fosse a "desculpa" do responsável pelo seu prejuízo para não atender, respondeu antecipadamente: "Eu acredito que uma pessoa como ele receba muitos telefonemas e pos-sa até não estar disposto a ligar para as 300 pessoas que lhe ligam e que ele não sabe quem são. Agora, a questão é que ele registou o meu número e mesmo que não tenha posto o nome, recebeu emails e mensagens. E de certeza que ele não

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tem acidentes todas as semanas, portanto, não é uma coisa que se esquece. Até porque ele ficou com a parte da frente da carrinha dele toda metida para dentro, e se calhar ainda está assim." E está mesmo… TV 7 DIAS 25/09/2013 DESCONTOS EM SEGUROS DE SAÚDE ATRAEM CLIENTES Cerca de 20% dos portugueses têm um seguro de saúde. Setor cresceu 2,7% quando todos os outros caem As companhias de seguros e as empresas que vendem planos de saúde têm, nos últimos meses, "atacado" o mercado com descontos expressivos e oferta de mensalidades para angariar novos clientes. Mais de dois milhões de portugueses já têm um seguro de saúde, com o qual podem aceder aos serviços privados apreços mais acessíveis. São o grosso da clientela dos hospitais privados e estão a crescer. Após o "boom" do início do milénio, os seguros de saúde conheceram um período de estagnação e agora voltam a cres-cer. No primeiro semestre deste ano, as vendas registaram uma subida de 2,7%. Miguel Guimarães, diretor-geral adjun-to da Associação Portuguesa de Seguradoras (APS), considera o crescimento "relativamente moderado face ao que aconteceu no passado recente", mas destaca o facto de "num contexto de crise, em que a generalidade dos seguros estão a cair, os de saúde manterem um ritmo de crescimento positivo". A qualidade dos serviços que as companhias prestam, a popularidade que os seguros de saúde gozam e o facto de serem cada vez menos dispendiosos são as razões que Miguel Guimarães encontra para o crescimento do setor. Há outros motivos como a insatisfação e a preocupação com o futuro do SNS, notam responsáveis de algumas compa-nhias e empresas com quem o JN falou. "Os clientes estão a tentar perceber o que há no mercado para estarem mais protegidos", referiu Emanuel Santos, da Medicare, que tem em curso uma campanha que está a agitar o mercado: ofere-ce o acesso gratuito durante seis meses, sem qualquer vínculo, à rede da Medicare. A maioria das campanhas é anunciada na Internet. O seguro OK!Saúde, da OK! Teleseguros em parceria com a Multi-care, tem em vigor uma campanha até ao final do ano que oferece 25% de desconto no prémio anual. Adicionalmente, oferece descontos crescentes em função do agregado familiar, que vão dos 10% aos 20%. O seguro AXA Saúde Famí-lia, em parceria com a Médis, lançou no início do mês uma campanha que oferece a 12.ª mensalidade. Mutualidade serve 700 mil associados Faz este mês um ano que cinco associações mutualistas criaram a Associação Portuguesa de Mutualidades - Rede Mut para assegurar cuidados de saúde em praticamente todas as especialidades médicas e cirúrgicas a cerca de 700 mil asso-ciados. A rede cresceu e conta, agora, com 13 associações mutualistas, cobrindo todo o território nacional e ilhas. Em breve, deverá integrar mais "quatro ou cinco associações para chegar a mais 50 mil associados", avançou, ao JN, o pre-sidente do Conselho de Administração da Rede Mut. Carlos Salgueiral explicou que a vantagem da ' rede é permitir o acesso a mais serviços, sem mais encargos para além da quota que os associados pagam na respetiva associação. "As pessoas que ainda têm algum rendimento estão a procurar resposta nas mutualidades", refere Carlos Salgueiral, que define a Rede Mut como "um complemento do SNS e uma alternativa aos seguros de saúde". Jornal de Noticias 07/10/2013 SEGURO DIRETO OFERECE SEGURO AUTOMÓVEL ÀS FAMÍLIAS A Seguro Direto promove campanha televisiva com oferta de seguro automóvel às famílias. Na subscrição de três novos seguros automóveis anuais o quarto é grátis. No spot publicitário os telespetadores são convidados a juntar a família para ter um ano de seguro grátis. Mas não preci-sam de ser só familiares, pois a campanha estende-se também aos amigos. Trata-se de uma nova vaga da campanha de publicidade em que os colaboradores se apresentam ao público, mostrando quem está do outro lado da linha, sempre prontos para os ajudar. "Seguro Direto. Somos confiança" é o claim da campanha. Para beneficiar da oferta basta que três familiares ou amigos associem a apólice ao cliente que lançou o desafio e indi-quem que estão a aderir a esta oferta. A campanha arrancou na terça-feira (dia 1) e é válida até ao final do ano para todos os packs de seguro automóvel disponibilizados pela companhia. Vida Económica 04/10/2013 Seguros obrigatórios para caçadores com preços a partir dos 20 euros. A ARTE DE CAÇAR EM SEGURANÇA A PARTIR DE 20 EUROS Há um ditado que diz que 'quem não tem cão, caça com gato". Se a expressão popular se pode aplicar em muitas situa-ções do dia a dia, quando o tema em questão é a segurança durante a caça o caso muda de figura. O mês de Outubro assinala o arranque de uma nova época de caça, com a mira a ser apontada desta vez às perdizes, faisões e raposas. Garantir uma boa caçada depende de vários fatores. Os caçadores, além de escolherem os melhores cães, armas e locais ou ter alguma sorte, têm de dar um tiro certeiro no seguro para evitar aborrecimentos futuros. Con-

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tratar um seguro de responsabilidade civil do caçador, com capital mínimo de 100 mil euros, é obrigatório por lei e pode custar a partir de 20 euros anuais. O Diário Económico analisou a oferta das cinco maiores seguradoras do ramo não vida por quota de mercado - Fideli-dade, Tranquilidade, Allianz, AXA e Açoreana Seguros - e encontrou pacotes com prémios anuais a oscilar entre os 19,95 euros e os 33 euros. Esses valores dizem respeito às ofertas mais simples e baratas, comercializadas por várias seguradoras, que contemplam a cobertura obrigatória de indemnização por danos causados a terceiros após um acidente ocorrido no local de caça com arma de fogo, arco e flecha ou besta e lança. Abrangem também os acidentes causados pelo segurado ou os seus cães de caça. Mas as várias seguradoras dispõem também de pacotes vocacionados para quem pretenda aumentar o calibre da proteção do seu seguro. Isto pode ser feito através da subscrição de níveis de responsabi-lidade civil com capitais mais elevados e coberturas complementares que incluem, por exemplo, os próprios acidentes, danos nos cães e nas armas ou permitem incluir a responsabilidade civil pelo uso e porte de arma, também obrigatória (alguns seguros incluem no pacote base essa cobertura). Quem pretenda uma cobertura "Vip" da sua época de caça tem apenas de estar disposto a desembolsar montantes que podem chegar a valores em torno dos 100 euros anuais. Quando for subscrever o seu seguro deve também fazer-se acompanhar de alguns documentos. Nomeadamente, carta de caçador, licença de caça, registo de propriedade da arma, licença de uso e porte de arma e licença e registo dos cães. Abaixo fique a conhecer em mais detalhe a oferta das seguradoras. O seguro de responsabilidade civil do caçador e de uso e porte de arma são obrigatórios por lei. A 1 de Outubro foi aberta a época de caça a perdizes, faisões e raposas, SEGURO DE CAÇADORES 28,46€/Fidelidade A Fidelidade Mundial permite escolher entre diferentes módulos no seu seguro para caçadores. Estes incluem níveis de cobertura que variam e se adaptam à necessidade e ao orçamento de cada caçador. A opção mais económica "Calibre I", inclui a cobertura de responsabilidade civil (100 mil euros) e a de danos em armas de caça (mil euros). A proteção jurí-dica e a assistência ao caçador também estão incluídas neste módulo. O prémio anual fixa-se em 28,46 euros. Na pri-meira anuidade acresce o custo da apólice de 5,45 euros. 25€/Tranquilidade A Tranquilidade tem quatro planos com várias opções de capital à escolha. O plano base "Essencial" tem um custo de 25 euros de prémio anual. Inclui a cobertura de responsabilidade civil de 100 mil euros que abrange também portadores de armas e tiro desportivo. Já o custo da oferta mais completa, o Plano "Prestige", dispara para 89 euros. A cobertura de responsabilidade civil neste caso abrange um capital de 200 mil euros. A qualquer destes valores acrescem também 5,45 euros equivalentes aos custos da emissão da apólice. 19,95€/Allianz A seguradora Allianz disponibiliza sete opções de subscrição no seu seguro de caça e armas. No pacote mais básico, estão incluídas as coberturas de responsabilidade civil do caçador e responsabilidade civil de uso e porte de armas, ambas com capital de 100 mil euros. Esta solução tem um custo anual de 19,95 euros. Mas é possível estender o seguro até capitais de 200 mil euros e à subscrição de até seis coberturas complementares. Designadamente: morte ou invalidez permanente, gastos com funeral, subsídio diário de incapacidade temporária, gastos médicos, cães de caça ou danos às armas. 21,11€/AXA A AXA tem em vigor uma campanha que permite subscrever o seguro de responsabilidade civil de caçadores conjun-tamente com o seguro obrigatório de responsabilidade civil de armas com um prémio de 21,11 euros para o conjunto dos dois seguros. Para uma proteção mais robusta disponibiliza a opção "Prudente". Esta inclui responsabilidade civil de caçadores com limite de 100 mil euros com coberturas adicionais de danos em armas (limite máximo de 2.000 euros) e danos em cães (máximo de 250 euros), com um prémio de 74,46 euros. 33€/Açoreana O seguro de proteção na caça da Açoreana está disponível em quatro versões: Classic, Premier, Top e VIP. A versão Classic - a menos abrangente - inclui a cobertura de responsabilidade civil de 100 mil euros, proteção jurídica e assis-tência ao caçador e custa a partir de 33 euros. Na versão VIP, que inclui como base as coberturas de responsabilidade civil de 250 mil euros, morte ou invalidez permanente (50 mil euros), despesas de tratamento (5 mil euros), despesas de funeral (2.500 euros) e proteção jurídica e assistência ao caçador, este seguro fica com um preço de 101,42 euros. Diário Económico 04/10/2013 FIDELIDADE SEGUROS Eurico Nunes no Entroncamento com novas instalações Ao passar na Rua 5 de Outubro em frente aos CTT do Entroncamento, reparamos que o escritório, da Fidelidade ex-Império Bonança),de Eurico Nunes, mudou para a porta ao lado. O novo espaço, cerca de seis vezes maior, está perso-nalizado à imagem de todos os que ali trabalham. Com outdoors alusivos às forças militares, e com um grande e amplo

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espaço de espera para os clientes. Refere Eurico Nunes, que desta forma vem ao encontro do conforto e bem estar dos seus clientes, "convido todos os amigos e clientes a visitar este novo espaço", refere. Distinguida em 2011, com o prémio de melhor mediação nacional Império Bonança, e estando no bom caminho para a mesma distinção em 2013, com cerca de 15000 clientes, o trabalho desta mediação de seguros tem primado pela relação e nível de serviço prestado, procurando continuamente apresentar, ao melhor preço possível, a solução mais ajustada às necessidades de cada cliente, sendo atualmente uma das mediações com mais clientes no País. O profissionalismo e experiência desta equipa, no aconselhamento aos clientes, revelou-se um exemplo de sucesso nacional no âmbito da mediação de seguros. "O sucesso desta mediação de seguros que nos últimos seis anos se tornou numa das maiores mediações do país e uma referência a nível nacional, passa por uma resposta rápida e adequada à necessidade de cada cliente. Só uma mediação com poder de resposta célere e profissional consegue singrar no mercado dos nossos dias. É com este profissionalismo e com a exclusividade na marca Fidelidade que esperamos alcançar em 2013 um crescimento de 10%. Com orgulho, pois esta marca apenas tem capitais nacionais e todos devemos ter isso em consideração", acrescenta Eurico Nunes. Eurico Nunes confidencia ainda que "muitas das empresas da região têm reconhecido o trabalho desta mediação, sendo cada vez mais aquelas que nos solicitam cotações, sabendo que aliado ao preço justo terão sempre garantida uma pres-tação de serviço de grande qualidade". Fazendo parte da maior seguradora nacional (Fidelidade SA - grupo CGD), tendo pela retaguarda a melhor plataforma de apoio aos sinistros da Europa e onde os clientes se sentem satisfeitos, segundo Eurico Nunes, tem a garantia que pode oferecer um dos melhores serviços do mercado, atendendo sempre à vertente preço justo/qualidade de serviço. Sendo uma das mediações do país com mais clientes no âmbito da saúde, assume-se cada vez mais como conselheiro no âmbito dos cuidados de saúde, ajustando o seguro de saúde a cada cliente de acordo com as suas necessidades e poder de compra. Também para as empresas tem a solução em termos de saúde para os seus funcionários de acordo com as suas intenções e necessidades. Eurico Nunes explica que a crise tem feito sentir-se, sobretudo nas anulações de coberturas não obrigatórias e nos pedi-dos de fracionamento de seguro, mas tem sido um ano de aforro em que cada vez mais clientes criam o seu mealheiro em produtos de poupança. São cada vez mais os clientes que colocam as suas poupanças em produtos de capitalização nesta seguradora do grupo CGD. Julga, que "neste momento de crise que o país atravessa, todos temos que trabalhar mais e melhor, contribuindo com o nosso trabalho para apoiar e assessorar as empresas no sentido da sua rentabilidade". A mediadora pode ser consultada em 249728502, no telemóvel 916753616, ou no e-mail [email protected]. O Mirante Lezíria Tejo e Médio Tejo 03/10/2013 Seguros e fundos de pensões QUE SOLUÇÕES, TENDO EM CONTA A SITUAÇÃO ECONÓMICA E SO-CIAL? No atual contexto económico e social, com a realidade quer das empresas, quer dos respetivos colaboradores, e tendo em conta as perspetivas futuras, que soluções poderão ser apresentadas seja pela atividade seguradora, seja pelas entidades que gerem planos e fundos de pensões. A «human» ouviu opiniões de ambos os lados

Uma nova atitude, por Paula Neto Muito se tem escrito sobre o atual contexto económico e as perspetivas de futuro. Todos nós, pessoas e empresas, já fomos afetados pela atual conjuntura. E como em tudo na vida, uns mais e outros menos, mas sem sombra de dúvida todos tivemos de nos adaptar às alterações pelas quais o nosso país tem passado nos últimos tempos. São várias as em-presas que têm optado por oferecer aos seus colaboradores benefícios extra-salariais na área de seguros, nomeadamente seguros de saúde e de vida. E se é certo que muitas empresas já o faziam no passado, temos notado uma crescente valo-rização destas regalias, quer por parte dos colaboradores, quer das empresas. O seguro de saúde, abrangendo apenas o colaborador ou toda a respetiva família, é um benefício significativamente valorizado pelo mesmo. A proteção proporcionada por este seguro depende da opção escolhida, podendo ir desde um simples ambulatório (ida ao médico, incluindo ou não o pagamento dos medicamentos receitados) até ao internamento hospitalar e ao pagamento dos custos que decorrem do tratamento de doenças graves como, por exemplo, o cancro. Garantir que estas avultadas despesas decorrentes de uma doença grave estão assegurados, bem como que o colaborador poderá procurar o médico em quem confia, é um benefício que ultrapassa largamente o respetivo valor material, porque é entendido como expressão do empenho da empresa para a qual trabalha na sua proteção e no seu bem-estar. O seguro de vida representa uma outra opção que as empresas têm oferecido aos colaboradores e que estes valorizam bastante, pois caso algo lhes aconteça a sua família encontra-se protegida, e essa certeza é muito importante nos tempos conturbados que atravessamos. Por tudo isto, hoje os colaboradores valorizam mais os seguros oferecidos pelas empre-sas em que trabalham do que o faziam antes.

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Do ponto de vista pessoal, a valorização da proteção dos nossos bens é uma preocupação muito mais presente do que acontecia há alguns anos. Se é verdade que o orçamento atual disponível é menor, o que determina a tendência para tentar diminuir as despesas com seguros, simultaneamente procura-se uma maior e mais completa proteção de certos bens. Aparentemente, hoje valorizamos mais os bens que temos. O seguro de lar (que protege as paredes e o recheio das casas) é um dos que têm crescido no mercado português ao longo dos últimos dois anos, quando o mercado segurador continua a decrescer. Contradição ou paradoxo, a realidade é que todos, pessoas e empresas, procuramos reduzir custos - mas simultaneamente queremos estar mais protegidos: se perdermos o que já conquistámos teremos, seguramente, mais dificuldade em repor. E aqui, a escolha ponderada do seguro mais adequado - e que poderá não ser o mais barato - configura-se como uma possível solução. Paula Neto é diretora de 'design' e gestão de produtos da Liberty Seguros Um esforço compensado no futuro, por Alice Pinto É comum dizer-se que da adversidade nasce a oportunidade. Sem pecar por excesso, esta ideia não poderia estar mais adequada à atividade desenvolvida pela Futuro: garantir proteção adicional na reforma. Como sobejamente anunciado, as pensões asseguradas pelo Estado têm vindo a ser muito penalizadas; e, pior do que isso, têm sofrido alterações que se afiguram permanentes e sem possibilidade de retrocesso. Em resultado, a necessidade de salvaguardar a reforma vem ganhando expressão, tornando evidente a forma como a crise contribuiu para uma maior consciencialização sobre a problemática da manutenção do nível de rendimentos, uma vez chegada aquela etapa da vida. A preocupação é crescente em todas as faixas etárias: os jovens, apesar das dificulda-des, vão-se apercebendo de que não podem aspirar a receber pensões do Estado ao mesmo nível das dos seus pais ou das dos seus avós. Numa e noutra geração, ganha relevo o sentimento de incapacidade de manutenção de benefícios ao nível do passado. E o resultado tem sido uma maior procura de alternativas, sobretudo por parte das empresas, que têm vindo a preocupar-se também com o final da vida ativa dos seus trabalhadores. Os fundos de pensões são geridos com o objetivo de rentabilização a longo prazo, assegurando a capitalização de rendimentos durante o período de acumulação; e as contribuições não são, regra geral, sujeitas a desconto para a Segurança Social. Com algumas benesses fiscais, as empresas têm ao seu alcance uma forma fácil de constituir um complemento de reforma para o seu quadro de pessoal: por exemplo, com 3% de contribuição sobre o salário, um empregado de 30 anos pode aspirar a usufruir de um com-plemento de reforma, a partir dos 65 anos, correspondente a 25% ou 30% do seu último salário. E se o próprio trabalha-dor adicionar 1% de desconto, melhorará o resultado. Assim, mais do que um problema de disponibilidade financeira, a decisão de utilizar fundos de pensões para salvaguardar o período de reforma acaba por estar sobretudo dependente de uma reflexão e de uma decisão atempadas, porque tratando-se de soluções a longo prazo, desde que cedo seja assegura-da uma regularidade de contribuições, o esforço exigido é relativamente reduzido no presente e será largamente com-pensado no futuro. Alice Pinto é diretora comercial e de 'marketing' da Futuro - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões Human 05/10/2013 DIRETAS APOSTAM EM SEGUROS DE SAÚDE A OK!teleseguros é a terceira operadora direta a disponibilizar seguros de saúde. Preços baixos e simplicidade de escolha ataremos clientes Depois da Logo e da N Seguros, é a vez da OK! Teleseguros lançar uma oferta de seguros de saúde. A operadora de canais diretos do grupo Caixa Geral de Depósitos disponibiliza, desde o início de agosto, quatro planos de saúde que incluem internamento hospital, ambulatório, estomatologia e acesso a terapêuticas não convencionais, entre outros cui-dados de saúde. Além dos planos tradicionais, a seguradora criou ainda pacotes de saúde específicos para grávidas, crianças e seniores, que dão acesso a consultas, exames, tratamentos e cuidados de estomatologia na rede Multicare. Já a Logo e a N Seguros operam em parceria com a rede de prestadores da Advance Care. A atual conjuntura económica serve de contexto propício à penetração dos seguros de saúde comercializados por opera-dores de canais diretos. Habitualmente associados a preços baixos, os produtos destes operadores são disponibilizados diretamente por telefone ou através da internet, sem recurso a mediação. "Num momento em que a poupança é um fator fundamental na gestão dos orçamentos familiares, a OK! Teleseguros quis estar ao lado das famílias com uma oferta imbatível que permite economizar a quem tem seguros de saúde em outras companhias", justifica Carlos Leitão, admi-nistrador-delegado da companhia. O seguro da saúde vem complementar a oferta já disponibilizada pela OK! Teleseguros em canal direto, onde a compa-nhia comercializa já seguros de automóvel, multirriscos habitação e acidentes pessoais. Oje 26/09/2013 Saúde MÉDIS LIDERA REPUTAÇÃO EM SEGUROS A Médis conquistou o primeiro lugar do ranking Marktest Reputation Index 2013, na categoria de Seguros.

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O estudo da Marktest avalia a opinião da sociedade portuguesa sobre diversas marcas em várias categorias de produtos e serviços, permitindo também efetuar comparações entre a reputação de uma marca junto dos seus utilizadores e a reputação que a mesma marca mantém junto de não utilizadores. Além disso, o ranking analisa as avaliações de reputação feitas por diversos perfis de inquiridos, permitindo tirar con-clusões sobre a imagem que cada marca tem junto de grupos de diferentes idades, géneros, classes sociais ou região. Para a avaliação das marcas, a Marktest elegeu variáveis como a familiaridade, a imagem, confiança e o "worth of mouth". Foi precisamente no critério de familiaridade que a Médis mais se destacou na sua avaliação. O trabalho da Marktest incidiu ainda sobre os níveis de satisfação e recomendação dos inquiridos, tendo a Médis recebido a pontuação mais alta das marcas em análise, com uma média superior à da própria categoria. Para a Médis, a distinção neste Marktest Reputation index vem premiar o trabalho desenvolvido na sua estratégia de proximidade com os clientes. Oje 26/09/2013 Contratação

MÁRIO VINHAS INTEGRA GESTÃO DA MDS A MDS Portugal contratou Mário Vinhas para integrar a sua equipa de gestão, assumindo o cargo de "deputy country manager". O gestor, que estava na Generali há mais de 15 anos, vai participar ativamente no planeamento e coordena-ção das atividades da MDS Portugal e apoiará a administração da empresa na definição das suas orientações estratégi-cas. Com uma vasta experiência comercial e conhecimento aprofundado do setor segurador, Mário Vinhas começou a sua carreira profissional na Sonae Distribuição e estreou-se em seguros como comercial de organização do grupo Vita-lício, no início dos anos 90. Ingressou na Generali em 1997, depois da fusão da multinacional italiana com o grupo Vitalício, e assumiu, entre outros cargos, funções na Área de Empresas e Negócios Internacionais e, mais tarde, na Direção Comercial de Corretores. Oje 26/09/2013 Marketing LUSITÂNIA PARTICIPA EM PROGRAMA DE TV A LUSITÂNIA vai marcar presença na próxima temporada do programa "Querido, Mudei a Casa!", exibido semanal-mente na SIC Mulher. A seguradora do grupo Montepio vai estar presente nos 13 episódios do programa através da figura do "Mediador Lusitânia", que representará a rede de mediação da companhia. Caberá a este mediador transmitir no programa televisivo a importância de cada cliente ter um aconselhamento personalizado na formulação de uma car-teira de seguros que se ajuste às suas reais necessidades, levando os espectadores a valorizar o papel do mediador de seguros. Também o seguro Casa Ideal, comercializado pela Lusitânia, estará em destaque nos vários episódios do programa, que são repetidos no mesmo canal ao longo da semana, chegando a um público-alvo diferenciado, de mais de 300 mil espec-tadores. Com esta presença televisiva, a Lusitânia espera ainda afastar a conotação das seguradoras com azares e sinis-tros, associando-a antes a uma mensagem positiva, de aconselhamento e prevenção. Oje 26/09/2013 Artigo/Crónica por Ester Leotte, diretora de clientes e comunicação da AdvanceCare

SAÚDE E SEGUROS A Saúde é um dos elementos fundamentais da estabilidade das famílias e o setor segurador tem procurado de forma incessante a disponibilização de produtos e serviços que possam ajustar-se à necessidade das empresas e das famílias, tendo em atenção as suas disponibilidades. Assim, o seguro de saúde será sempre um investimento importante, porque permitirá às famílias um acesso, com garantia de qualidade, aos melhores médicos portugueses num curto espaço de tempo e de uma forma cómoda Os seguros de saúde não devem, ainda assim, ser vistos como um mecanismo substituto ao Serviço Nacional de Saúde, mas sim como um mecanismo alternativo. O Serviço Nacional de Saúde (SNS) está sob uma forte pressão devido à intervenção externa de financiamento do país, mas continua a ser o mecanismo oficial e a coluna vertebral do sistema de saúde. Nomeadamente, existem determinados cuidados de saúde crónicos e intervenções de elevada complexidade cuja resposta mais eficaz se mantém no SNS. Não obstante este facto, a acessibilidade aos cuidados de ambulatório ou a uma intervenção cirúrgica eletiva é garantida, de forma mais eficaz, através dos seguros de saúde e dos prestadores privados de saúde. No entanto, também o setor segurador passará por grandes desafios na próxima década decorrentes de fatores de ordem económica, social, capital humano, fenómenos naturais e tecnologia que terão implicações significativas no modelo de negócio atual. Especificamente decorrente da componente social, os consumidores do futuro serão indivíduos mais informados, com agilidade e facilidade de acesso a informação, que irão privilegiar produtos e serviços simples promo-

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vidos por entidades de inequívoca credibilidade e utilizarão aconselhamento especializado (credível com informação disponível e de fácil acesso) para suportar as suas decisões na aquisição de produtos de maior complexidade. A web e as redes sociais desempenharão um papel crescente na dinamização das relações entre os diversos intervenientes. Assim, os produtos e serviços tenderão a ser simplificados e a capacidade de diferenciação estará assente na credibilidade da entidade e na possibilidade de adicionar produtos e serviços complementares que possibilitem ir ao encontro das expec-tativas e necessidades do consumidor. Apenas os operadores competentes e tecnologicamente desenvolvidos terão espa-ço na intermediação. É muito importante, assim, que os portugueses sejam adequadamente aconselhados no processo de escolha do seu pro-duto de Saúde para que este sirva melhor as suas preocupações e tenha um adequado equilíbrio entre qualidade e preço. Relação, informação, conveniência e educação serão elementos determinantes na relação entre consumidores e as com-panhias de seguros e determinarão tanto os produtos standard simplificados, de fácil aquisição, bem como, os produtos "à medida" onde a credibilidade dos produtos e a qualidade da prestação do serviço serão um fator crítico de sucesso. As organizações terão de incrementar a sua capacidade de análise e exploração de informação de índole interna e exter-na (web e redes sociais) de forma a poder subscrever os riscos de forma mais assertiva, incrementando a responsabili-dade do consumidor nos comportamentos mais adequados que minimizem o risco. Os produtos tenderão a ser apresentados com uma base fixa e com a possibilidade de se complementar com um mix de produtos e serviços com preços bem estabelecidos de forma a poder construir produtos à medida das necessidades. O incremento da informação disponível de suporte à venda e operacionalização terá de ser um investimento inequívoco, de forma a ajudar os consumidores a estarem bem informados, consolidando simultaneamente a credibilidade dos ope-radores. Saúde e Seguros estão, cada vez mais, de mãos dadas, no percurso de um caminho que, mesmo não sendo linear, é, sem dúvida, fundamental percorrer para que todos possamos aceder aos cuidados de que necessitamos da forma mais ade-quada às nossas necessidades. Oje 26/09/2013 BREVES ZURICH ESTENDE PATROCÍNIO FUTSAL A Zurich renovou o patrocínio do Campeonato Nacional de Futsal para as próximas duas épocas. Este patrocínio existe desde 2007 e vai continuar a dar visibilidade à Zurich através de publicidade estática nos recintos de jogo, nos cartões publicitários nas transmissões dos jogos e em ações de ativação de marca realizadas ao longo da competição. O patrocí-nio para as épocas 2013/14 e 2014/15 dá continuidade ao envolvimento da Zurich numa modalidade que tem vindo a ganhar destaque e que conta com um número crescente de praticantes, adeptos, clubes e treinadores. ESPAÇO ARTE TRANQUILIDADE INAUGURA SEGUNDA TEMPORADA Tem início hoje a segunda temporada do Espaço Arte Tranquilidade, o local que a companhia disponibilizou em Lisboa para promover iniciativas de caráter cultural. A programação para a temporada 2013-2014 segue o mesmo formato anterior, com quatro exposições individuais de artistas que se encontram num ponto de viragem do seu percurso, já tendo apresentado, pelo menos, uma exposição individual, estando representados em coleções, tendo sido selecionados para um prémio artístico, já tendo realizado uma residência artística e recebido apoio para um projeto e que, presente-mente, sejam representados por uma galeria comercial. LIBERTY PATROCINA ANDEBOL DO ABC DE BRAGA A Liberty Seguros tornou-se patrocinadora oficial da equipa sénior de Andebol do ABC Braga/Universidade do Minho. A seguradora vai ter a sua imagem de marca presente em todos os jogos da equipa minhota previstos no calendário do campeonato nacional e o seu contributo financeiro ao clube pretende fomentar o desenvolvimento da modalidade e a sua ligação ao meio académico. Esta parceria marca, assim, o regresso da Liberty Seguros ao andebol, modalidade que já havia apoiado no passado. ALLIANZ VOLTA A DAR NOME A COMPETIÇÃO DE SURF Allianz Cascais Pro será o nome da 5.ª etapa da Liga Pro Surf 2013, a competição nacional de surf que Cascais acolhe a partir de hoje e até 28 de setembro. Iniciada em março, esta prova chega agora à sua última jornada, onde vai dar a conhecer o campeão nacional masculino e feminino da modalidade. A Allianz Portugal é patrocinadora principal do evento, marcando presença nas provas em desafios que lança ao público presente. Na terceira etapa, o campeonato tam-bém havia já assumido a designação Allianz Ericeira Pro. Oje 26/09/2013 NO MEIO DA TEMPESTADE... Entre médicos, enfermeiros e outro pessoal, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) perdeu alguns milhares de funcioná-rios, dizem os jornais do dia em que escrevo. Já há dias que os meios de comunicação vêm informando também que no próximo orçamento de estado haverá um corte na saúde de 200 milhões de euros. Isto para não falar de toda a tragédia

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que o país está vivendo com o recurso aos empréstimos da troika, com o aumento enorme do desemprego, com dezenas de milhar de emigrantes, com o aumento da pobreza, com os cortes nas pensões que vão arrasando a classe média do país, etc., etc., etc. Estamos no meio de uma tremenda tempestade. Na minha imaginação ouço música de Wagner em fundo e de quando em quando, o louco de Nietzsche atravessando a cena gritando impropérios como, "acabem com o SNS", ou "privatizem a saúde", ou ainda "façam seguros de saúde", deixando assim no ar um agravamento do ambiente tempestuoso em que o nosso Serviço Nacional de Saúde está viven-do neste país em crise profunda. Mesmo assim, as pessoas vão continuando a ser assistidas, seja nos cuidados de saúde primários, seja nos hospitais, e os nossos índices sanitários não têm sofrido apreciáveis oscilações. Sejam as pessoas aderentes a correntes da chamada direita ou da chamada esquerda, pensando politicamente, a verdade é que o nosso Serviço Nacional de Saúde é qualquer coisa que está já entranhada na vivência nacional. Se quisermos pensar nas mudanças radicais que o "25 de Abril" trouxe ao nosso país, vem logo ao pensamento de qualquer pessoa "a liberdade" e "o Serviço Nacional de Saúde". Por isso, esta tempestade em que o nosso barco navega não pode deixar de nos levar a bom porto, não pode afundar-se, mesmo com água a bordo. 0 Ministério da Saúde parece pensar que não pode deixar afundar o barco e o pessoal dos vários serviços, com mais queixumes ou mais impropérios, vai cumprindo e sacrificando-se para que "a coisa" funcione. E em reuniões clínicas e conferências, apesar de tudo isto, paira no ar a ideia de que "afinal valeu a pena" fazer sacrifícios, empenhar-se em mudanças e continuar com as unidades de saúde familiar (nos cuidados de saúde primários), a fazer apelos à poupança e à luta contra os desperdícios nos hospitais. Deixem o louco gritar, não atendam a retóricas ideológicas neo-liberais e continuemos a confiar no nosso SNS e especi-almente nos seus cuidados de saúde primários, primeira linha de atendimento, de educação para a saúde, de uma política de prevenção (que não crie doenças artificialmente!), que mantenha essa bonita expressão que se ouve com frequência: "o meu médico", cheia de carinho e consideração. Que estamos numa época de grandes carências para o país, que o povo anda (dizem trabalhos estrangeiros) infeliz, que as diferenças entre os mais pobres e os mais ricos vai paradoxal-mente aumentando e criando revoltas e mal-estar, que a corrupção campeia e os responsáveis por coisas condenáveis ficam em geral impunes, é verdade e condiciona toda a organização e gestão, até, do nosso Serviço Nacional de Saúde. Daí que tenha de existir uma vontade forte do ministério e das entidades que intervêm na Saúde e no pessoal que sofre diretamente as consequências de má gestão e da falta de soluções para coisas prioritárias. Os médicos e os enfermeiros e os restantes técnicos têm diante deles uma tarefa enorme. Mas a população conta com esse esforço e empenhamento - o SNS não pode morrer, mesmo no meio de uma tremenda tempestade! Médico 19/09/2013 Noruega PORTUGAL QUATRO VEZES MAIS POBRE A Noruega tem o Produto Interno Bruto (PIB) per capita mais elevado do Mundo, quase quatro vezes a média mundial e 63 mil euros acima do PIB per capita português, que é dos mais baixos da Zona Euro, inferior ao grego, irlandês e espa-nhol. Se na Noruega a distribuição de riqueza por cidadão atinge os 79 254 euros, em Portugal essa média está pouco acima dos 15 mil euros, segundo o estudo da seguradora Allianz. Na Zona Euro, Portugal só consegue bater a Eslová-quia (13 379 euros) e a Estónia (13179 euros). Correio da Manha 25/09/2013 OS MERCADOS VÃO ACALMAR DENTRO DE DEZ ANOS Economista chefe da Allianz diz que se Portugal sair do euro perderá “saúde financeira” Muitas vozes na Europa levantam-se no sentido de acabar com o euro e com a União Monetária à qual se atribui uma parte da responsabilidade pela crise na Europa. No entanto, Michael Heise, economista chefe da Allianz Seguros que foi a Barcelona apresentar o seu livro intitulado "Emerging from the Euro Debt Crisis. Making the single Currency Work", não concorda com esta visão e defende mesmo um reforço da união bem como uma reforma nas políticas da União Europeia para tornar a moeda única mais forte. Foi na sede social da Allianz Seguros, naquela cidade catalã, que Michael Heise, garantiu que "os mercados vão acal-mar dentro de dez anos". Apesar de reconhecer que a crise financeira e económica mudou muito a Europa, este analista de mercados financeiros defende que "não irá demorar muito para que as reformas comecem a dar frutos". Ao i, Michael Heise disse que o caminho a seguir é, sem dúvida, o do reforço da união. "Não recomendo nenhum país a sair do euro, nem mesmo Portugal ou a Grécia, pois a sua saída vai significar uma perda de saúde financeira". "Será muito negativo tanto para a Europa como para os próprios países se saírem da união", destacou. Aliás, o economista refere mesmo no seu livro que "desde a 2ª Guerra Mundial que a integração conhece apenas uma direção, a larga aceitação de uma «união ainda mais premente» ". Reconhecendo, contudo, que o grande problema está no facto de "as políticas económicas não serem completamente sólidas e de nem sempre estarem em concordância com as instituições políticas".

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Apesar de compreender o sentimento das pessoas que vivem nos países afetados pela crise, o analista defende que os pedidos de ajuda são "uma escolha livre dos governos" e que quando "os países pedem apoio financeiro têm de dar algo em troca, é um processo natural". Michael Heise afirma que apesar de lento, o crescimento da Europa está a decorrer, destacando a evolução das economias da Alemanha e de França. Para 2014, o analista prevê que a economia alemã cresça 2,1% enquanto que a francesa deverá crescer 1,4%. No caso de Portugal, Heise prevê um crescimento mais redu-zido, de 1,2%, sublinhando, no entanto, que apesar de ser um crescimento muito pequeno, a tendência é positiva, ao contrário do que aconteceu entre 2011 e 2013. Quanto ao crescimento na zona euro, os valores também são positivos em 2014 prevendo-se uma subida de 1,5% do PIB. Em 2013, o crescimento foi negativo tendo-se situado nos -0,2%. Segundo o economista, a estabilização das eco-nomias europeias, desde o último ano, têm sobretudo que ver com um ligeiro aumento da confiança dos consumidores, com o investimento nas indústrias, essencialmente em países como a Alemanha e a França e com o sentimento de espe-rança de outras economias nos países do euro. "Não existe magia para criar crescimento", salientou. No que respeita aos indicadores económicos, Heise destacou um declínio do crédito em grande parte dos países da zona euro. Tanto o crédito às empresas bem como às famílias tem vindo a contrair desde 2005 até agora, sobretudo em Por-tugal, na Grécia e em Espanha, com resultados negativos desde 2009. Em Portugal, o crédito às empresas e às famílias atingiu -5%. Quanto ao mercado das exportações, apesar de se manter estabilizado, os valores têm sido relativamente baixos. Apesar destes resultados, Michael Heise refere que a "recessão na zona euro está a chegar ao fim e que o cres-cimento do PIB continua moderado", acrescentando que "existe um progresso, embora o processo esteja a decorrer com um ligeiro atraso". Para o economista, a união monetária não é um erro e está para durar. Apesar de reconhecer as dificuldades financeiras e económicas de alguns países da zona euro, Michael Heise diz que "nem tudo tem sido mau para o euro", lembrando que "a inflação baixou desde as décadas anteriores ao euro até hoje, que o défice também reduziu, que a zona euro tem-se tornado num instrumento de poder e que as economias estão cada vez mais abertas". O economista destacou ainda a "mobilidade do capital e do próprio mercado de trabalho" que têm-se constituído como uma vantagem para a União Europeia. CONFLITO COM A DEMOCRACIA? Heise é um sério defensor de uma maior integração económica e política da Europa e reconhece que nem sempre essa articulação tem sido fácil e verdadeira. Quando questionado sobre o facto de as políticas económicas da Europa entrarem em conflito com a democracia, o analista é bastante claro ao afirmar que "não existe um conflito com a democracia" e que a união é o "único caminho a seguir na Europa, apesar da sua comple-xidade". Segundo ele, o modelo adotado atualmente para a Europa "é o mais acertado" e que quanto às pessoas que "diziam, há alguns anos, que este modelo estava mal, elas é que estavam erradas", pois os países europeus "sujeitam-se às regras da união monetária, mas quando necessitam de apoio financeiro ele é dado, tal como já aconteceu em alguns países em crise". UMA SOLUÇÃO PARA A EUROPA Para Michael Heise a solução para a crise europeia está numa maior integração económica e política da União Europeia, na implementação de políticas macroeconómicas, numa maior intervenção dos órgãos europeus, como o BCE e a Comissão Europeia na soberania dos países através de regras mais fortes e na imple-mentação de políticas comuns para melhorar o investimento e aumentar o crescimento do PIB dos países que integram a união monetária. No fundo, o analista defende uma Europa unida não apenas economicamente, mas também politica-mente pois para ele uma grande parte da responsabilidade desta crise deve-se à instabilidade política de alguns países da UE que têm "impedido a implementação das reformas na UE". Alemanha. “Eleições não vão mudar o cenário" Desapontado pela forma como Merkel é vista na Europa Questionado sobre o impacto que as eleições legislativas na Alemanha, realizadas neste domingo, dia 22, poderão ter sobre a economia europeia e a estratégia da união monetária, Michael Heise mostrou-se bastante confiante. "Existe uma grande expectativa em torno das eleições alemãs, mas não penso que vá mudar muita coisa", afirmou. Apesar de reconhecer o poderio económico da Alemanha, Michael Heise defende que "cada país deve criar as suas próprias regras e não depender tanto da União Europeia". Daí reiterar que "as eleições não vão mudar dramaticamente o cenário". Tendo demonstrado ser um acérrimo defensor da chanceler alemã, Angela Merkel, Heise disse que "Merkel vai continuar a incentivar a integração europeia". Uma "real integração na Europa" que estimule o crescimento e permi-ta a saída da crise. Nesse sentido, e como tem feito até agora, Merkel deverá continuar a defender o papel de Berlim em firmar as regras orçamentais da União Europeia, garantindo, assim, que as reformas económicas estruturais sejam im-plementadas pelos parceiros da Alemanha na Zona Euro. Sobre esta questão, que é tantas vezes alvo de polémica causada, sobretudo, pelos países com maiores dificuldades financeiras, Michael Heise mostrou um certo aborrecimento pela forma como a Alemanha e a sua chanceler é, regular-mente, vista pelos restantes países europeus. O analista disse mesmo ficar "desapontado" pelo facto de "culparem a Merkel por tudo o que acontece em cada país. A chanceler alemã é que é sempre culpabilizada", sublinhou. I 25/09/2013

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Riqueza

PIB 'PER CAPITA' É TERCEIRO MAIS BAIXO DO EURO Portugal é o terceiro país do euro com menos riqueza por habitante, de acordo com o estudo anual Global Wealth Report 2013, realizado pela Allianz. Neste estudo, que analisa o património e a divida dos cidadãos de mais de 50 paí-ses, Portugal aparece com um PIB per capita de 15 603 euros, o terceiro mais baixo entre os parceiros da Zona Euro, e apenas superior ao PIB per capitada Eslováquia (13 379 euros) e da Estónia (13179 euros). A Áustria é o país com a maior riqueza por habitante no euro (36 579 euros). Mas entre os 52 países analisados neste estudo, o melhor resultado pertence à Noruega, que apresenta um PIB per capita de 79 254 euros, cinco vezes superior ao português. Já a índia apresenta a riqueza por habitante mais baixa de todos -1120 euros. Diário de Noticias 25/09/2013 CADA LUSO VALE MENOS DE 16 MIL € PIB 'per capita' português é de €15.603, montante que fica €5.000 abaixo da média e longe dos €79.254 da Noru-ega. Portugal tem um dos PIB per capita mais baixos da Zona Euro e fica aquém da média dos principais países do mundo. Segundo o Global wealth report 2013, da seguradora Allianz, que o Destak consultou, o Produto Interno Bruto (PIB) por habitante português é de €15.603. Este montante é mais de €5.000 inferior à média dos 52 países analisados pela seguradora e vale o 26º lugar da lista, cujo topo se encontra a anos-luz: com €79.254, a Noruega tem um PIB per capita cinco vezes superior ao português. Mais preocupante do que essa comparação é aquela que dita o nosso país como o 3º mais pobre da Zona Euro: apenas Eslováquia e Estónia têm um resultado inferior (Luxemburgo, Chipre e Malta não foram analisados, mas tudo indica que também estes países teriam ficado à nossa frente). Quanto aos ativos financeiros per capita, os €20.931 de Portugal acabam por suplantar a média de €16.241. Destak 25/09/2013 APOSTAS EM CATÁSTROFES RENDEM 60% EM CINCO ANOS As “obrigações catástrofe” são uma das classes de ativos que mais ganhos dão aos investidores. Há uma nova classe de ativos a seduzir investidores e a proporcionar ganhos aparentemente descorrelacionados do andamento geral dos mercados financeiros. Tratam-se das obrigações catástrofe, instrumentos de dívida emitidos por seguradoras ou por entidades que queiram proteger um determinado ativo e cujo desempenho está dependente da ocor-rência de catástrofes naturais. De acordo com um dos principais índices que mede o desempenho destes instrumentos, desenvolvido pela Swiss Re, as obrigações catástrofe rendem 8,8% desde o início do ano. Nos últimos cinco anos são mesmo um dos instrumentos mais rentáveis nos mercados de capitais, com uma valorização de 62,5%. As ações mundiais, medidas pelo MSCI World, rendem 16,4% desde o início do ano e 24,5% nos últimos cinco anos. E as obrigações catástrofe têm um desempenho bastante superior ao das obrigações de alta rendibilidade, com o índice de dívida 'high yield' a avançar 1,9% desde o início do ano e 18% nos últimos cinco anos. Aqueles instrumentos de dívida servem para as seguradoras transferir o risco de parte das indemnizações que terão de pagar em relação aos possíveis danos que os estragos de uma eventual catástrofe natural. Ao emitirem estas obrigações são fixadas algumas cláusulas pré-determinadas como a data de uma eventual catástrofe e o valor dos danos para a se-guradora. Caso esse cenário venha a verificar, o detentor das obrigações catástrofe perderá parte das taxas de cupão ou mesmo parte ou a totalidade do valor da obrigação. No entanto, muitos investidores consideram que as perspetivas entre o risco e o retorno são atrativos, já que as obrigações catástrofe pagam juros generosos e as probabilidades de determi-nada catástrofe ocorrer é pouco provável. Um dos precursores do investimento em obrigações catástrofe foi Warren Buffett. O Oráculo de Omaha comprou instrumentos deste tipo na década de 90 e lucrou 400 milhões de dólares com uma aplicação de mil milhões de dólares em obrigações ligadas a furacões no Estado da Flórida. Mas nos últimos anos, em que os mercados financeiros têm estado nervosos e imprevisíveis, os investidores estão a aumentar as apostas em obrigações catástrofe. Argumentam que este ativo beneficia da descorrelação do mercado o que permite uma maior diversificação das suas carteiras de investimentos. Diário Económico 25/09/2013

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