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Outubro 2012 | Ano XVIII | Nº112 Um jornal para novos tempos Começam obras do Complexo Geribatu Pág. 3 Casa Aberta completa 22 anos CONSCIENTIZAÇÃO Pág. 11 Recuperação florestal é bem sucedida USINA PASSO SÃO JOÃO Pág. 6 e 7 Pág. 9 ANÚNCIO Governo quer modicidade tarifária Pág. 10 Projeto revela novos talentos CICLISMO Investimentos eólicos no extremo sul

Jornal Eletrosul Nº 112 - Outubro 2012

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Edição 112 do periódico mensal da Eletrosul Centrais Elétricas.

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Page 1: Jornal Eletrosul Nº 112 - Outubro 2012

Outubro 2012 | Ano XVIII | Nº112 Um jornal para novos tempos

Começam obras do Complexo Geribatu

Pág. 3

Casa Aberta completa 22 anos

ConsCientizAção

Pág. 11

Recuperação florestal é bem sucedida

UsinA PAsso são João

Pág. 6 e 7

Pág. 9

AnúnCio

Governo quer modicidade tarifária

Pág. 10

Projeto revela novos talentos

CiClismo

Investimentoseólicos noextremo sul

Page 2: Jornal Eletrosul Nº 112 - Outubro 2012

Energia limpa e desenvolvimentoO início da implantação pela Eletro-sul de um dos maiores complexos eó-licos da América Latina, no extremo Sul do País, reafirma a importante participação da empresa na expan-são dessa fonte alternativa e comple-mentar na matriz energética brasilei-

ra. O Complexo Geribatu – tema da matéria principal desta edição, além do simbolismo para a Eletrosul por ser o maior empreendimento eólico de sua carteira, com 258 megawatts, representa um marco para o cresci-mento econômico da região.

EXPEDIENTE

Diretoria ExecutivaDiretor-Presidente

Eurides Luiz Mescolotto

Diretor de Engenharia e Operação

Ronaldo dos Santos Custódio

Diretor Financeiro e Administrativo

Antonio Waldir Vituri

Conselho Editorial

Cleiton Luis Rezende CabralLaércio FariaLuiz Ricardo MachadoRenato BunnRubem Abrahão Gonçalves Filho

Gerente ACS

Sadi Rogério [email protected]

Coordenação

Jonatas [email protected]

Edição

Andréa [email protected]

Jonatas [email protected]

Textos

Ana Cristiny TigrinhoAnahi GurgelCleusa FreseFábio RitterTatiana LimaUmberto Petry CalettiVivianne Nunes

Edição de Fotografia

Hermínio Nunes

Fotos

Alexandre MayerleAndré GobaraAnísio BorgesArquivo DDOM/DGICamila Domingues/Palácio PiratiniClaudio FerreiraCleusa FreseDalmo de OliveiraDivulgação Secretaria de Governo RSFábio RitterHermínio NunesNélio PintoTatiana LimaUmberto CalettiVivianne Nunes

Projeto Gráfico

Agenciamob

Conteúdo e Projeto Editorial

Giusti Comunicação Integrada

Tiragem 6 mil exemplares

Periódico editado pela ACS – Assessoriade Comunicação Social e Marketing

Rua Dep. Antônio Edu Vieira, 999, PantanalFlorianópolis/SCCEP 88040901Fone (48) 3231.7269 / 3231.7075

www.eletrosul.gov.br

2 EDITORIAL

outubro 2012 | ano XViii | nº112 Um jornal para novos tempos

Começam obras do Complexo Geribatu

Pág. 3

Casa aberta completa 22 anos

ConsCientiZação

Pág. 11

Recuperação fl orestal é bem sucedida

usina Passo são João

Pág. 6 e 7

Pág. 9

anÚnCio

governo quer modicidade tarifária

Pág. 10

Projeto revela novos talentos

CiClisMo

Investimentoseólicos noextremo sul

outubro 2012 | ano XViii | nº112 Um jornal para novos tempos

ITáO então presidente da Eletrosul, Paulo Afonso de Freitas Melro, e o governador de Santa Catarina na época, Pedro Ivo Campos, participam da inauguração da Subestação Itá, em setembro de 1988. A subestação, construída para reforçar a integração do sistema Sudeste com o Sul e escoar a energia da Usina de Itá, entrou em operação comercial em 20 de setembro de 1987, quando foram energizados os circuitos Salto Santiago e Gravataí.

CAMPOS NOvOSOperários trabalham na construção

da Subestação Campos Novos, no meio oeste de Santa Catarina. No dia 13 de setembro, a subestação

completou 30 anos de operação e, desde então, passou por diversas

ampliações. Considerada estratégica, a unidade escoa a energia das usinas

Barra Grande, Campos Novos, Itá Machadinho e da PCH Ouro para

grandes centros de consumo do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

Page 3: Jornal Eletrosul Nº 112 - Outubro 2012

Uso racional dos recursos naturais e economia de energia são os preceitos básicos que a Eletrosul tem buscado multiplicar entre alunos do ensino fun-damental por meio do Programa Casa Aberta que, neste mês de outubro, com-pleta 22 anos de atividades. E, entre os pequenos, promessas de mudança de hábitos é que não faltam. “Antes eu não economizava energia, não dava muita bola pra isso. Depois do que eu aprendi aqui, vou começar a economi-zar”, garantiu Paulo Fernando Kosuiresko, 10 anos, aluno da Es-cola Municipal Luiz Nichele, de Fazenda Rio Grande, na Grande Curitiba, que visi-tou a Eletrosul no último mês.

Paulo faz parte de um universo de mais de 250 mil crianças atendidas pelo Casa Aberta ao longo dessas mais de duas dé-cadas de história. A ação envolve alunos do 5º ano do ensino fundamental de es-colas localizadas a até 50 quilômetros das instalações da Eletrosul. Em visita à empresa, eles aprendem a usar a energia

elétrica com economia e segurança, a pre-servar o meio ambiente, além de receber informações sobre o processo de geração, transmissão e distribuição de energia.

“O programa desperta o interesse e a curiosidade das crianças. Elas são muito críticas e com essa conscientização irão levar essas informações aos pais, fami-liares, vizinhos”, avaliou a professora Fer-

nanda Baggio, da Escola Municipal Luiz Nichele, aprovando a iniciativa.

O Casa Aberta aten-de, ainda, crianças que moram em localidades onde a Eletrosul tem empreendimentos em implantação como é o caso de Chuí e Santa

Vitória do Palmar (RS). O programa es-treou nesses municípios em setembro.

“Com o Casa Aberta, conseguimos nos relacionar com boa parte da população que é atendida por serviços da Eletrosul. Além disso, auxiliamos na prevenção contra acidentes domésticos e na preser-vação do meio ambiente”, reforçou a ge-rente da Assessoria de Responsabilidade Social (ARS), Denise Cristina Basílio.

22 anos de Casa AbertaConsCientizAção e CidAdAniA

RESPONSABILIDADE SOCIAL 3Eletrosul agora - Outubro de 2012

mais de 250 mil crianças já passaram pelo programa, levando para casa noções de conservação ambiental e de energia

Voluntariado Corporativo

Mais de 70 empregados da Eletrosul doam parte de seu tempo, trabalho e talento em prol de uma causa comunitária. Associados a entidades sociais dos estados de atuação da em-presa, eles estão cadastrados no Programa de Voluntariado Cor-porativo da Eletrosul, criado em 2010, com o objetivo de incen-tivar empregados e colaborado-res a se engajarem em ações de solidariedade.

Dentro do programa que, em dois anos, atendeu 21 projetos, a motivação aos empregados para que desenvolvam trabalhos vo-luntários se dá por meio de reu-niões, palestras e campanhas internas. O “Mutirão da Cidada-nia – Comunidade Vila Apareci-da”, de Florianópolis (SC), é um dos dez projetos que vêm sen-do atendidos pela empresa em 2012, com a proposta de trans-formar a realidade de centenas de famílias carentes. “É uma for-ma de colocar em prática meus conhecimentos técnicos e aju-dar ao próximo. Ser voluntário nesse projeto me tornou uma pessoa mais tolerante com a fa-mília e os colegas de trabalho”, afirma o engenheiro da Eletro-sul e voluntário no mutirão, Jo-atan Izolan da Rosa.

Para fortalecer essa corren-te de solidariedade, a Eletro-sul convida você a participar do Programa de Voluntariado. Mais informações pelo e-mail [email protected].

O programa desperta o interesse

e a curiosidade das crianças.

Professora Fernanda Baggio

SErvIço - As escolas que quiserem participar do Programa Casa Aberta podem se inscrever no site www.eletrosul.gov.br/casaaberta e esperar o contato da empresa para agendar a visita.

Page 4: Jornal Eletrosul Nº 112 - Outubro 2012

hCANTEIRO DE OBRAS Eletrosul agora - Outubro 2012

oUtUBRo de 2012

4

No final de agosto, foram abertas as quatro comportas do vertedouro da Usina Hi-drelétrica Mauá. No momento, como o reservatório ainda não está cheio, a água que passa pelo vertedouro serve para manter a vazão remanescente à jusante (rio abaixo) da bar-ragem. Até então, essa vazão estava sendo liberada através de válvulas provisórias insta-ladas na base do maciço de concreto. O enchimento do reservatório da usina deve ser concluído em outubro.

UHe mAUá

Um dos diferenciais dessa obra é a construção de um túnel subterrâ-neo de 3,5 quilômetros de compri-mento e 4,3 metros de diâmetro, que conduzirá a água do rio até a casa de força para mover as uni-dades geradoras da usina. Nessa frente de trabalho, as atividades se concentram na construção de arcos de concreto para estabilização de trechos do túnel.

A Porto Velho Transmissora de Energia S.A. (PVTE), contro-lada pela Eletrosul, concluiu em agosto todas as instalações da subestação, que agora depende do funcionamento de quatro unidades geradoras da Usina Santo Antônio para fi-nalizar os testes.

PCH BARRA do Rio CHAPéUPCH João BoRGes

Foram colocadas as duas últimas turbinas na casa de força da PCH João Borges. Dois guindastes foram usados para içar as peças, que pesam 23 toneladas cada, e as levar do pátio até o interior da casa de força. Com a mon-tagem das unidades 2 e 3 (a unidade 1 já havia sido montada) e os demais serviços já realizados, cerca de 40% da casa de força estão fi-nalizados. A previsão é de que a usina entre em operação no primeiro semestre de 2013.

19MW

Capacidade de atendimento: 156.000 habitantes

SC

N

361MW

Capacidade de atendimento: 3.000.000 habitantes

PR

N

15,15MW

Capacidade de atendimento: 133.000 habitantes

SC

N

se ColetoRA PoRto VelHo

7.500MVA

Escoará a energia gerada pelas Usinas Jirau e Santo AntônioRO

N

Page 5: Jornal Eletrosul Nº 112 - Outubro 2012

hCANTEIRO DE OBRASEletrosul agora - Outubro 2012

CAnteiRo de oBRAs5

Vista aérea da área de montagem e da área de descarga do circuito hi-dráulico da UHE Teles Pires. A hidrelétrica está sendo construída no Rio Teles Pi-res, entre os municípios de Paranaíta (MT) e Jacarea-canga (PA).

ComPleXo eÓliCo liVRAmento

Já foram finalizados os acabamentos inter-nos da área de montagem e a concretagem dos pilares da monovia da casa de força da UHE São Domingos. Também foi realizada a montagem de painéis elétricos e peças da ele-tromecânica, que agora passam por comissionamento. A próxima etapa será a entrada em operação da primeira unidade geradora.

UHe são dominGos

1.820MW

Capacidade de atendimento: 6.500.000 habitantes

N

MT

PA

UHe teles PiRes

48MW

Capacidade de atendimento: 570.000 habitantes

MS

N

Concretagem da base do aerogerador 03, do parque eólico Cerro Chato VI, com os aerogeradores de Cerro Chato III ao fundo. Até o final de agosto, 75% das bases desse parque foram instaladas. No geral, 64% das obras dos novos parques do Complexo Eólico Livramento foram realizadas.

O segundo bipolo do Linhão do Madeira, que escoará a energia do complexo hidrelétrico do Rio Madeira, em Rondônia, ao esta-do de São Paulo, começa a tomar forma. Na segunda semana de setembro, foi concluída a mon-tagem e o içamento da primeira torre, com mais de 50 metros, da Linha de Transmissão Porto Ve-lho - Araraquara 2, no município de Nipoã (SP). Outras 4.332 tor-res ainda serão erguidas.

linHão do mAdeiRA

600kV

Maior LT de 600 kV do mundo, com 2.412 Km de extensãoN

78MW

Capacidade de atendimento: 447.000 habitantes

RS

N

Page 6: Jornal Eletrosul Nº 112 - Outubro 2012

6 ESPECIAL

eólica em termos de potencial do País, e será,

no futuro, uma das riquezas aqui da região”, de-

clarou o diretor de Engenharia e Operação da

Eletrosul, Ronaldo dos Santos Custódio, ao abrir

a solenidade.

Neste mês de outubro começam a mobiliza-

ção do canteiro de obras e os serviços de aber-

tura de acessos e construção de plataforma.

O consórcio construtor é formado pela fabri-

cante de aerogeradores espanhola Gamesa, a

Schahin Engenharia S.A., que ficará responsá-

vel pela parte civil e a ABB, que fornecerá os

equipamentos de transmissão.

Custódio lembrou que a expectativa é que

até o final do ano seja iniciada a implantação

do Complexo Eólico Chuí, também no extremo

Sul gaúcho. “Estamos falando de um investi-

mento da ordem de R$ 1,5 bilhão (consideran-

do os dois complexos). É um projeto gigantes-

co, um conjunto de 402 MW. Não existe nada

igual na América Latina.”

eletrosul e FiP Rio Bravo dão sinal verde para início das obras de um dos maiores complexos eólicos da América Latina

A descoberta da força dos ventos

no eXtRemo sUl do PAís

O dia 14 de setembro de 2012 vai entrar para

a história de Santa Vitória do Palmar, cidade de

pouco mais de 30 mil habitantes no extremo Sul

do Rio Grande do Sul. Eletrosul e FIP Rio Bravo

oficializaram o início das obras do Complexo Ge-

ribatu, que terá 258 megawatts (MW) de capaci-

dade instalada ou o equivalente ao consumo de

mais de 1,6 milhão de pessoas, constituindo-se

no maior empreendimento eólico da empresa.

A importância do investimento para a cidade

ficou evidente pelo grande número de pessoas

que prestigiou o evento.

Entre as autoridades presentes estavam a se-

cretária-geral de Governo do Rio Grande do Sul,

Miriam Marroni, que representou o governador

Tarso Genro, o secretário de Estado de Infraes-

trutura e Logística, Beto Albuquerque e o diretor

de Geração da Eletrosul, Valter Cardeal.

“Descobrimos que o potencial desta ponta

Sul do País é um dos maiores do Brasil. Eu me

atrevo a dizer que é o principal local de energia

"Antigamente se dizia que

quem semeava vento colhia

tempestade, hoje podemos

afirmar que onde se semeia

vento se colhe prosperidade

e desenvolvimento", Beto

Albuquerque, secretário de

Infraestrutura e Logística do

rio Grande do Sul

10 parques eólicos

4.750 hectares de área total

129 aerogeradores (rotor com 97 m de diâmetro,

torre de 78 m de altura do solo até o eixo)

258 megawatts de capacidade instalada

70 quilômetros de acessos

60 quilômetros de rede de média tensão

43 mil m3 de concreto estrutural*

55 mil metros de estacas para fundações*

3.750 toneladas de aço*

Moradores e autoridades prestigiaram a solenidade de assinatura da ordem de serviço

Complexo Eólico Geribatu em números

Depoimentos

* Estimativa

Page 7: Jornal Eletrosul Nº 112 - Outubro 2012

ESPECIAL 7Eletrosul agora - Outubro de 2012

Infraestrutura e empregos

Investimentos em transmissãoOutra obra que está chegando a San-

ta Vitória do Palmar e Chuí é a linha de 525 kV que será construída em par-ceria com a Companhia de Geração e Transmissão de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul (CEEE-GT). Para escoar a energia dos complexos eólicos do litoral Sul gaúcho, serão construídos cerca de 490 quilômetros de linhas de transmissão, três novas subestações e ampliada uma unidade existente. A previsão é de que as obras comecem no início de 2013.

“Além da conexão dos parques eó-licos, esse complexo de transmissão integrará a metade Sul do Rio Grande do Sul ao Sistema Interligado Nacional (SIN), permitindo não só o aproveita-mento do potencial eólico como tam-bém o melhor aproveitamento do po-tencial do setor produtivo da região”, disse Ronaldo.

A expectativa é de que sejam gerados perto de

3 mil empregos diretos e indiretos durante as obras

do Complexo Eólico Geribatu, o que terá reflexos po-

sitivos para a economia de Santa Vitória do Palmar e

redondezas. Além da importância para o setor elétrico

brasileiro, o empreendimento dará mais qualidade e

segurança ao suprimento de energia da região, crian-

do oportunidades de crescimento econômico.

Além disso, o novo complexo levará mais infraestru-

tura para a região, uma vez que será necessário cons-

truir e recuperar perto de 70 quilômetros de estradas

de acesso aos parques eólicos, que acabarão posterior-

mente contribuindo para a melhoria da mobilidade

dos moradores da região. “A exemplo de Sant’Ana do

Livramento, onde instalamos nosso primeiro comple-

xo eólico, a comunidade de Santa Vitória do Palmar

terá inúmeros benefícios e ganhos em qualidade de

vida”, assegurou Custódio.

A comunidade de Santa Vitória do Palmar terá inúmeros

benefícios e ganhos em qualidade de vida

Ronaldo dos Santos Custódio

“Os parques eólicos trarão

emprego, renda e crescimento

para o extremo Sul do Estado.

Este é um momento histórico para

a região. Os vitorienses terão um

dos maiores parques eólicos da

América Latina”, Miriam Marroni,

secretária-geral de Governo do

rio Grande do Sul.

“Aqui encontramos os melhores

ventos do Brasil. Ventos com

alta densidade, em função da

umidade do ar, e neste vento a

energia cinética maravilhosa que

Deus nos deixou, energia limpa

para transformar em energia

elétrica”, valter Cardeal, diretor

de Geração da Eletrobras

Page 8: Jornal Eletrosul Nº 112 - Outubro 2012

SE Campos Novos e SE Itá

8 GERAL

Responsáveis pelo escoamento de grandes blocos de energia e pela ligação entre o Sul e o Sudeste do País, as su-bestações (SEs) de Campos Novos e Itá, localizadas em cidades com o mesmo nome, no meio oeste de Santa Catari-na, completaram, em setembro, 30 e 25 anos de operação comercial, respectiva-mente. Esses empreendimentos da Ele-trosul têm importante peso no Sistema Interligado Nacional (SIN), pois, direta e indiretamente, dão suporte ao desen-volvimento econômico de diferentes re-giões do Brasil.

Nesses 30 anos, a SE Campos Novos passou por várias transformações e au-mento de potência para chegar, hoje, entre as mais rentáveis da estatal. Com potência instalada de 2.466 megawatts (MW) a SE telecontrola além de Campos Novos outras oito subestações de trans-missão: Barra Grande, Machadinho, Itá, Passo Fundo, Xanxerê, Tapera 2, Santo Ângelo e Missões e transmite energia

para grandes centros, a exemplo as ci-dades de Caxias do Sul, Porto Alegre (RS), Florianópolis, Blumenau e oeste catari-nense, transformando-se em um centro de controle regional, com capacidade de abastecer 20 milhões de consumidores.

A SE Itá foi construída, inicialmente, para reforçar o abastecimento de energia elétrica no Rio Grande do Sul e planejada, estrategicamente, para escoar a energia gerada pela Usina Hidrelétrica de Itá, que começou a operar em 2000. Atualmente, essa subestação é interligada a outras quatro unidades de transmissão da Ele-trosul – Salto Santiago (PR), Nova Santa Rita, Santo Ângelo e Caxias (RS). Por ela passam, também, quatro linhas, que in-terligam as usinas de Itá, Salto Santiago e Machadinho e uma linha que faz a co-nexão com a Argentina, por meio da Con-versora Garabi. Em breve, a SE Itá passará por novas ampliações para comportar um segundo circuito de transmissão en-tre Salto Santiago e Nova Santa Rita.

As obras vistas de cima

Há tempo o aeromodelismo deixou de ser apenas um hobby para se tornar uma ferramenta útil, por exemplo, para levantamentos topográficos e moni-toramento de lavouras. Por economia e praticidade, a Eletrosul decidiu apelar, também, a esse recurso para o acompanhamento das obras da Usina Hidrelétrica São Domingos. As imagens aéreas que compõem os relatórios técnicos da obra são feitas com auxílio de um mini-helicóptero.

A câmera fotográfica é acoplada na ponta da pe-quena aeronave, que alcança uma velocidade média de 80 quilômetros por hora e atinge cerca de mil me-tros do chão. Programado para disparar automatica-mente, o equipamento chega a produzir 2 mil ima-gens por dia.

Para o engenheiro residente da obra, André Batis-tela Ribeiro, o resultado tem sido positivo. “A quali-dade das imagens é a mesma e o custo bem menor (em relação à locação de aeronaves convencionais)”, afirmou. As fotos são necessárias, segundo ele, para o registro da obra e acompanhamento das etapas.

O fotógrafo Dalmo de Oliveira, contratado para o tra-balho, conta que a ideia de usar um aeromodelo para fotos aéreas surgiu depois que ele acompanhou, pela televisão, imagens feitas em uma corrida de Fórmula 1 em que a produção usava esse recurso. Uma vez por mês, ele segue viagem de Campo Grande até a divisa de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, onde está sendo erguida a Usina São Domingos, para a sessão de fotos.

PAtRimônio sÓlido

Page 9: Jornal Eletrosul Nº 112 - Outubro 2012

GERAL 9Eletrosul agora - Outubro de 2012

A presidenta Dilma Rousseff assinou, no dia 11 de setembro, a Medida Provisória (MP) 579, que propõe a renovação, por até 30 anos, das concessões de geração, trans-missão e distribuição do setor elétrico, que vencem entre 2015 e 2017. Junto à renova-ção, as medidas anunciadas para o setor envolvem também reduções nas tarifas de energia, a partir de 2013, que variam de 16,2% para consumidores residenciais e de 18% a 28% para grandes consumidores.

A diretoria da Eletrosul apoia integral-mente as medidas, que trarão um grande benefício à sociedade e se somam a outras ações do governo para reduzir os custos e tornar o País mais competitivo, além de

continuar o processo de reformulação do setor elétrico, iniciado em 2003. De acordo com o presidente da estatal, Eurides Mes-colotto, este é o momento do setor elétrico se reestruturar e adequar sua gestão a um novo modelo de eficiência operacional, co-

laborando para a implementação da modi-cidade tarifária sem diminuir a qualidade de seus serviços ou trazer prejuízos aos em-pregados e investimentos.

“Embora sejamos afetados pela redução tarifária e consequente perda de receita, essa é uma medida necessária para aumen-tar a competitividade do setor produtivo brasileiro, promover a geração de emprego e renda, garantindo assim o crescimento econômico do País”, afirmou Mescolotto. Diante desse novo cenário, a empresa está tomando algumas medidas, visando a re-dução de custos como forma de compatibi-lizar os investimentos em curso e o impac-to da perda de receita.

RenoVAção dAs ConCessões

Essa é uma medida necessária para aumentar a

competitividade do setor produtivo brasileiro e promover a geração de emprego e renda.

Eurides Mescolotto

MP propõe modicidade tarifáriaEletrosul adota medidas para se adequar às novas resoluções do governo para o setor elétrico

Page 10: Jornal Eletrosul Nº 112 - Outubro 2012

Com menos de dois anos de exis-tência, a Escolinha da Associação de Mountain Bike de Guarapuava, na re-gião Centro-Sul do Paraná, já vem re-velando novos talentos no ciclismo. A atleta Ana Caroline de Oliveira, 14 anos, é um exemplo disso. Mostrou seu potencial ao conquistar, recentemen-te, o título de campeã paranaense de Mountain Bike, na categoria feminino não-federados, e é uma das apostas do treinador e também ciclista Marcos Cruz, idealizador do projeto, que tem o apoio da Eletrosul.

Apaixonado pelo ciclismo, o paranaen-se Marcos Cruz – tricampeão brasileiro de Mountain Bike na categoria Master (de 30

a 34 anos) – decidiu incentivar a prática do esporte entre crianças e adolescentes de famílias de baixa renda de Guarapu-ava. Além de treinar duro para conseguir bons resultados nas mais de 20 competi-ções das quais participa anualmente, é o treinador da escolinha que, hoje, reúne cerca de 20 atletas, de 8 a 17 anos.

Para o ciclista, a prática esportiva abre novas perspectivas para essas crianças e adolescentes. “São crianças carentes, que veem no esporte uma oportunidade para mudar de vida. E eu sou um exemplo disso. Foi com ele que eu aprendi muita coisa e que eu voltei a estudar, por exem-plo. Agora, repasso tudo isso às crianças”, afirmou Cruz.

O esporte a favor da cidadania

Quem conhece hoje o estudante José Augusto Galan, de 13 anos, não imagi-na que, há sete meses, ele era um ado-lescente rebelde em casa, sem muitas amizades e com dificuldades na escola. “Depois que comecei a jogar futebol conquistei mais amigos e minhas notas melhoraram”, orgulha-se.

José Augusto participa do projeto Uma Escola em Cada Campo, realizado pelo Esporte Clube Ubiratan com pa-trocínio da Eletrosul, no município de Dourados, a 225 quilômetros de Cam-po Grande (MS). A iniciativa envolve 450 crianças e adolescentes carentes, de 8 a 16 anos, matriculados na rede pública de ensino, que têm aulas de fu-tebol de campo.

O projeto, iniciado em março deste ano, é desenvolvido em oito núcleos da cidade, sendo dois instalados em aldeias indígenas das etnias Bororó e Guarani-Kaiowá, onde são atendidas,

ainda, mais 30 meninas com idade entre 14 e 27 anos. “Para participar do projeto, os alunos devem apresentar bom desempenho escolar e não faltar aos treinos, o que os mantêm focados, longe das drogas e da criminalidade”, acredita o presidente do clube, Joa-quim Soares.

Até a conclusão do projeto, em de-zembro deste ano, os estudantes par-ticipam, a cada dois meses, da Taça Integração, quando são realizadas competições esportivas e palestras sobre violência doméstica, segurança no trânsito, sexualidade e prevenção ao uso de entorpecentes.

Projeto envolve 450 crianças e adolescentes de mato Grosso do sul

UmA esColA em CAdA CAmPo

10 ESPORTES

Descobrindo novos talentosA ciclista Ana

Caroline é uma das apostas do treinador

Marcos Cruz

Page 11: Jornal Eletrosul Nº 112 - Outubro 2012

Fabricantes e importadores de lâm-padas incandescentes de uso geral, com potências de 150 e 200 watts, têm até o dia 31 de dezembro de 2012 para vender seus estoques. Essas lâmpadas, que não atendem exigências mínimas de eficiência energética, deixaram de ser produzidas e importadas no Brasil no dia 30 de junho deste ano. A medi-

da do Ministério de Minas e Energia, expressa na Portaria n° 1007, de 31 de dezembro de 2010, visa reduzir a quan-tidade de lâmpadas incandescentes e elevar a participação de unidades mais eficientes, como as fluorescentes com-pactas e as halógenas, evitando des-perdício de energia e proporcionando benefícios ao meio ambiente.

A Eletrosul já tem por prática o uso de lâmpadas fluorescentes que, após o término de sua vida útil, são enca-minhadas à empresa especializada na segregação de seus componentes e reutilização pela indústria. Um desses componentes é o mercúrio que, se não for descartado adequadamente, pode contaminar o solo e lençóis freáticos.

Eletrosul recupera área verde

MEIO AMBIENTE 11Eletrosul agora - Outubro de 2012

mais de 1 milhão de mudas de espécies nativas foram plantadas e monitoramento da floresta prossegue por mais três anos

RePosição FloRestAl

Os resultados do trabalho de repo-sição florestal da Área de Preservação Permanente (APP) e do antigo canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Passo São João, no Rio Grande do Sul, pela Eletrosul, já são evidentes. As primei-ras espécies nativas plantadas estão bastante desenvolvidas e dão uma ideia de como ficará aquela extensa área verde, nos próximos anos. A recu-peração da área envolveu o plantio de

1.065.640 mudas, entre outras ações, como de educação ambiental junto aos vizinhos da APP para tê-los como aliados na conservação da área.

Segundo informações do Depar-tamento de Engenharia Ambiental (DEA) da Eletrosul, o plantio foi ini-ciado em 2009 e concluído ano pas-sado. O trabalho junto à APP segue, agora, com a reposição das mudas que não se desenvolveram e monito-

ramento constante, o que inclui cui-dados como roçada ao redor das mu-das, controle de formigas e adubação.

O monitoramento terá continuida-de por mais três anos para as mudas plantadas em 2010 e 2011. Esse é o tem-po estimado para que todas as plantas estejam desenvolvidas. Para chegar à fase adulta, de produção de semente, a maioria das espécies cultivadas leva cerca de 10 anos.

esPAço dA Gestão AmBientAl Eficiência Energética

Page 12: Jornal Eletrosul Nº 112 - Outubro 2012

Uma celebração à cultura gaúcha

Pelo quarto ano consecutivo, a Eletrosul

marcou presença no Acampamento Far-

roupilha, de Porto Alegre. O maior evento

tradicionalista do Rio Grande do Sul acon-

teceu na Estância da Harmonia, às mar-

gens do Lago Guaíba, e contou com a pre-

sença de mais de 200 Centros de Tradições

Gaúchas (CTGs) de todo o Estado. Para este

ano, a Divisão Regional do Rio Grande do

Sul decidiu fazer uma programação dife-

rente, que mesclou cultura e tradição.

Os trabalhos de montagem do galpão

da Eletrosul no acampamento come-

çaram em agosto. Foram praticamente

duas semanas de trabalho que resulta-

ram em um amplo espaço com churras-

queira, fogo de chão e pista para os bai-

les. A partir de 1º de setembro, seguindo

as regras do Movimento Tradicionalista

Gaúcho (MTG), responsável pela orga-

nização, a estrutura estava pronta para

receber a programação.

Os almoços e jantares reuniram cen-

tenas de pessoas, entre empregados,

aposentados, amigos, familiares e con-

tratados. Arroz de carreteiro, costela

assada e leitão assado no fogo de chão

integraram a variedade gastronômica

do galpão. A maior movimentação se

deu nos dois bailes organizados. Com

direito à porteira aberta, o público que

circulava pela Estância da Harmonia

pôde entrar e dançar ao som de chama-

mé, vanera, vanerão, rancheira e outros

ritmos gaúchos.

Segundo a patroa do galpão da empresa,

Arenilse Felini, a participação dos empre-

gados foi maior em relação ao ano passado.

“Eu estou muito feliz porque os emprega-

dos, este ano, participaram mais. É cansa-

tivo elaborar uma programação que o pes-

soal goste, mas ver o nosso galpão cheio

compensou todo esforço”, afirmou.

Um dos diferenciais do galpão da Eletro-

sul, este ano, foi a montagem da mostra

fotográfica “Outros Olhares do Pampa Gaú-

cho”, do fotógrafo Antenor Tatsch Júnior. A

exposição, que já percorreu diversos estados

brasileiros, reúne imagens que retratam a

cultura e a rotina do gaúcho.

As crianças também se fizeram presentes

no galpão da Eletrosul. Aproximadamente

40 estudantes do 1º ao 5º ano da Escola Esta-

dual Fabíola Pinto Dornelles, de Porto Alegre,

almoçaram no espaço da empresa. Numa

iniciativa da diretora da instituição, Maria

Tessele, e da vice-diretora, Miriam Gonçal-

ves, os pequenos passearam pelo Acampa-

mento Farroupilha, aprenderam um pouco

mais da cultura gaúcha e, no final da ma-

nhã, almoçaram o arroz de carreteiro feito

pelas professoras. “Todo ano nós visitamos

o acampamento. É muito bom para as crian-

ças ter esse contato com a nossa cultura”, dis-

se a vice-diretora.

ACAmPAmento FARRoUPilHA

12 ESPECIAL

Centenas de pessoas passaram pelo galpão da eletrosul onde puderam conhecer um pouco mais sobre as atividades da empresa

Mostra fotográfica