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Outubro 2013 | Ano XIX | Nº123 Um jornal para novos tempos Págs. 6 e 7 Obras de transmissão Pág. 3 Edifício-sede recebe certificação EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Pág. 9 Produtores aprendem informática INCLUSÃO DIGITAL Pág. 8 COOPERAÇÃO Começam pesquisas com biogás Pág. 11 Cooperados de Jirau lucram R$ 2 milhões MOBILIZAÇÃO Empresa investe R$ 2,2 bilhões na expansão do sistema

Jornal Eletrosul Nº 123 - Outubro 2013

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Edição 123 do periódico mensal da Eletrosul Centrais Elétricas.

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Page 1: Jornal Eletrosul Nº 123 - Outubro 2013

Outubro 2013 | Ano XIX | Nº123 Um jornal para novos tempos

Págs. 6 e 7

Obras de transmissão

Pág. 3

Edifício-sede recebe certificação

Eficiência EnErgética

Pág. 9

Produtores aprendem informática

inclusão digital

Pág. 8

cooPEração

Começam pesquisas com biogás

Pág. 11

Cooperados de Jirau lucram R$ 2 milhões

Mobilização

Empresa investe R$ 2,2 bilhões na expansão do sistema

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Expansão do sistema no SulA maior parte das obras para ampliação e reforço do sistema de transmissão de energia no Sul do Brasil, previstas nos estudos da Empresa de Pesquisa Ener-gética (EPE) e do Operador Nacional do Sistema (ONS), estão sob responsabili-dade da Eletrosul. A empresa está pre-

sente, também, em obras estruturantes para o País como o segundo circuito do Linhão do Madeira, que escoará energia do Norte para o Sudeste. São investi-mentos expressivos, que somam R$ 2,2 bilhões e, por isso, são o assunto da ma-téria principal desta edição. Boa leitura!

EXPEDIENTE

Diretoria ExecutivaDiretor-Presidente

Eurides Luiz Mescolotto

Diretor de Engenharia e Operação

Ronaldo dos Santos Custódio

Diretor Financeiro

Antonio Waldir Vituri

Diretor Administrativo

Paulo Afonso Evangelista Vieira

Conselho Editorial

Cleiton Luis Rezende CabralLaércio FariaLuiz Ricardo MachadoRonaldo Bauer LessaRubem Abrahão Gonçalves Filho

Gerente ACS

Sandra da Silva [email protected]

Coordenação

Jonatas [email protected]

Edição

Andréa [email protected]

Jonatas [email protected]

Textos

Anahi GurgelAndréa LombardoCleusa FreseGilberto Del Pozzo

Edição de Fotografia

Hermínio Nunes

Fotos

Anísio BorgesArquivo Companhia Hidrelétrica Teles PiresArquivo Construtora IntegraçãoArquivo Costa Oeste Transmissora de EnergiaArquivo Energia Sustentável do BrasilArquivo TSBEArquivo TSLEArquivo UFSCAugusto Ribeiro IsaraHermínio NunesMarcelo MohrNélio Pinto

Projeto Gráfico

Agenciamob

Conteúdo e Projeto Editorial

Giusti Comunicação Integrada

Tiragem 4.500 exemplares

Periódico editado pela ACS – Assessoriade Comunicação Social e Marketing

Rua Dep. Antônio Edu Vieira, 999, PantanalFlorianópolis/SCCEP 88040901Fone (48) 3231.7269 / 3231.7075

www.eletrosul.gov.br

2 EDITORIAL

Outubro 2013 | Ano XIX | Nº123 Um jornal para novos tempos

Págs. 6 e 7

Obras de transmissão

Pág. 3

Edifício-sede recebe certifi cação

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Pág. 9

Produtores aprendem informática

INCLUSÃO DIGITAL

Pág. 8

COOPERAÇÃO

Começam pesquisas com biogás

Pág. 11

Cooperados de Jirau lucram R$ 2 milhões

MOBILIZAÇÃO

de Jirau lucram

Págs. 6 e 7

Empresa investe R$ 2,2 bilhões na expansão do sistema

Inaugurado em 1978, o prédio que abriga a sede administrativa da Eletrosul, em Florianópolis, foi um marco da arquitetura na capital catarinense e agora é referência também em soluções de eficiência energética. Na concepção de seu projeto, foram previstos, por exemplo, recursos arquitetônicos para melhor aproveitamento da luz natural e dispositivos de sombreamento ao redor do edifício.

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O edifício-sede da Eletrosul, em Florianópolis (SC), é um dos poucos prédios públicos brasileiros com cer-tificação de eficiência energética. Re-cebeu etiquetas nível A, para projeto e prédio construído, do Programa Bra-sileiro de Etiquetagem (coordenado pela Eletrobras e Inmetro), depois que inspeção realizada pela Fundação Cer-ti confirmou que as instalações foram projetadas visando à redução do con-sumo de energia elétrica nos sistemas de climatização e iluminação. As so-luções aplicadas para uso racional da água também foram consideradas na avaliação, garantindo uma bonifica-ção na pontuação final.

O prédio de aproximadamente 26 mil metros quadrados foi inaugura-do em 1978. Assim como em outras construções mais antigas da empresa em outras cidades, o projeto da sede já previa aplicação de recursos de pro-teção térmica e iluminação – aspec-tos que contribuem para a redução do consumo de energia elétrica. Entre 2005 e 2007, os sistemas de climatiza-ção e iluminação foram modernizados com a instalação de luminárias de alto brilho e reatores eletrônicos em todas as áreas. Para racionalização do uso da água, os banheiros foram equi-pados com tornei-ras e mictórios com sensores e sistemas de descarga seletiva.

Outros dois prédios da empresa – a Casa Eficiente, em Floria-nópolis, e a sede do Setor de Manutenção de Campos Novos (SC) – também já obtiveram a

etiqueta com a classificação máxima (nível A) em eficiência energética.

Segundo levantamento do Green Building Council (GBC Brasil), organi-zação não governamental de certifica-ção e estímulo aos investimentos em “prédios verdes”, o Brasil está entre os quatro países do mundo que mais concentram construções sustentáveis, junto dos Estados Unidos, China e Emirados Árabes.

Edifício-sede é referência

Eficiência EnErgética

DESTAQUE 3Eletrosul agora - Outubro de 2013

Prédio em Florianópolis recebeu etiqueta nível A pelas soluções de redução no consumo de energia

Dois importantes rankings reali-zados no País colocaram em evidên-cia as práticas empresariais da Ele-trosul. Na 10ª edição do anuário “As Melhores da Dinheiro”, publicação especial da Revista IstoÉ, a empresa aparece na vice-liderança em gover-nança corporativa entre as grandes empresas do setor elétrico. A Eletro-sul também figura entre as cinco melhores nos quesitos Inovação e Qualidade, e Recursos Humanos.

Já no ranking “500 Maiores do Sul”, da Revista Amanhã, de Porto Alegre, a Eletrosul ficou com a 6ª posição entre as 100 maiores em-presas de Santa Catarina. Ficou ain-da na 20ª colocação no ranking da Região Sul. O levantamento é con-solidado a partir da análise de três indicadores financeiros: patrimônio líquido (50%), receita bruta (40%) e lucro líquido (10%).

Entre as maiores

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h

CANTEIRO DE OBRAS

outubro dE 2013

4

MEgawatt solar

lt sul brasilEira lt sul litorÂnEa

Em construção a subestação do projeto Megawatt Solar nos fundos da sede da Eletrosul em Florianópolis. Com aproximadamente 100 m², a subestação terá quatro salas: medição, cubículos de média tensão e proteção, transformadores e almoxarifado. Ao mesmo tempo, se-guem os trabalhos na cobertura do prédio e estacionamentos para a instalação das placas fotovoltaicas da primeira usina solar de grande porte em prédio público do Brasil.

Torre estaiada de 230 kV na re-gião de Monte Negro (RS), com sua base submersa devido às chu-vas no final de agosto.

Equipamentos armazenados no canteiro de obras Camaquã. Com a emissão da licença de instalação, a TSLE inicia as obras da linha de transmissão (525 kV), cerca de 200 quilômetros, entre Santa Vitória do Palmar e Rio Grande.

525 kV

230 kV

781 km de extensão:

494 km em 525kV

287 km em 230 kVN

RSRS

N

525 kV

Extensão: 487 km

1MW

Capacidade de atendimento: 570 residências

SC

N

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h

CANTEIRO DE OBRASEletrosul agora - Outubro 2013

cantEiro dE obras5

coMPlEXo EÓlico gEribatu

linHão do MadEira - circuito 2

uHE Jirau

uHE tElEs PirEs

Condutos forçados - lançamento das virolas 121 e 122 no bloco de anco-ragem superior.

Tensionamento (regulagem) de cabo estai da torre Nº 2106/1 no município de Itarumã/GO.

Começou a montagem dos ae-rogeradores do Parque X, que terá 14 máquinas com 28 MW de potência instalada total.

Vista panorâmica da jusante da casa de força da mar-gem esquerda, onde está instalada a unidade gerado-ra 29, a primeira, de um total de 50, que entrou em operação comercial em 6 de setembro. Cada unidade tem capacidade de 75 MW.

3.750MW

Capacidade de atendimento: 34.100.000 habitantesRO

N

600kV

Maior LT de 600 kV do mundo, com 2.412 Km de extensãoN

1.820MW

Capacidade de atendimento: 6.500.000 habitantes

N

MT

PA

258MW

Capacidade de atendimento: 1.600.000 habitantes

RS

N

aMPliação do coMPlEXo EÓlico cErro cHato

Com os quatro aerogeradores do Parque Cerro dos Trindade montados, o estágio é de comissionamento das máquinas.

78MW

Capacidade de atendimento: 447.000 habitantes

RS

N

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Investimentos somam R$ 2,2bi

obras dE transMissão

6 ESPECIAL

Rede da Eletrosul atingirá 15,3 mil quilômetros, o equivalente a 14% do sistema elétrico nacional

(MVA) de transformação.“A sólida estrutura de transmissão da Eletro-

sul reafirma a competência técnica do quadro de profissionais da empresa e legitima as polí-ticas de operação e manutenção que vêm sen-do adotadas”, defendeu o diretor de Engenha-ria e Operação da empresa, Ronaldo Custódio.

Com base em análises dos últimos anos, a estatal obteve a menor redução das tari-fas na definição, pelo Ministério de Minas e

Energia, do novo valor da Receita Anual Permitida (RAP) - remuneração que as transmissoras recebem pela disponibilização do sistema e prestação do serviço. Também foi a em-presa com melhor desem-penho e a única a atingir a mais alta classificação pela Agência Nacional de

Energia Elétrica (Aneel), em ranking aferido por meio de indicadores associados à quali-dade do sistema de transmissão.

“É um orgulho que os órgãos reguladores e gestores do sistema elétrico brasileiro apon-tem nossa empresa como uma das melhores transmissoras do País”, ressalta o presidente da Eletrosul, Eurides Mescolotto.

Para expandir seu sistema de transmis-são e fazer frente ao crescimento do País, a Eletrosul está investindo aproximadamen-te R$ 2,2 bilhões em empreendimentos próprios e em parceria. A soma correspon-de aos investimentos no período de 2012 a 2015, ano em que a rede da empresa atin-girá 15,3 mil quilômetros de linhas, o que corresponde a 14% do sistema elétrico na-cional, que tem 107,4 mil quilômetros.

Nos empreendimentos em implantação, conside-rando os investimentos da Eletrosul e dos parceiros, o montante atinge R$ 3,5 bilhões e contempla a ins-talação de 3,9 mil quilôme-tros de linhas de transmis-são, a construção de sete subestações e ampliação de outras dez unidades, além de reforços e melhorias nas estruturas.

O atual sistema de transmissão da empre-sa abrange a região Sul, Mato Grosso do Sul e Rondônia. São 11,4 mil km de linhas, 23,9 mil torres distribuídas em níveis de tensão que variam de 69 kV a 525 kV, 77 subestações e uma conversora de frequência, com capa-cidade total de 24,5 mil megavolt-ampere

A sólida estrutura de transmissão da Eletrosul reafirma a

competência técnica do quadro de profissionais da empresa

Ronaldo Custódio

Norte Brasil Transmissora de Energia (NBTE)Composição - Abengoa (51%), Eletrosul (24,5%) e Eletronorte (24,5%)Empreendimento - Circuito 2 da LT (+- 600 kV CC), com 2.412 km, que vai interligar a SE Coletora Porto Velho (RO) à SE Araraquara 2 (SP) Investimento - R$ 2 bilhõesPrevisão de conclusão - 2º semestre de 2014

Costa Oeste Transmissora de Energia S.A Composição - Copel (51%) e Eletrosul (49%)Empreendimentos - SE Umuarama Sul 230 kV (300 MVA), LT 230 kV Cascavel Oeste – Umuarama e ampliação da SE Cascavel Oeste Investimento previsto - R$ 74 milhõesPrevisão de conclusão - 1º semestre de 2014

Transmissora Sul Litorânea Energia S.A. (TSLE)Composição - Eletrosul (51%) e CEEE- (49%)Empreendimentos – LT 525kV Nova Santa Rita – Povo Novo, LT 525kV Povo Novo – Marmeleiro, LT 525kV Marmeleiro – Santa Vitória do Palmar, SE Povo Novo 525/230kV (672MVA), SE Marmeleiro 525kV (com síncrono 200MVAr), SE Santa Vitória do Palmar 525/138kV (75MVA) e ampliação da SE Nova Santa Rita Investimento - R$ 635 milhões Previsão de conclusão - 2º semestre de 2014

Interligação Brasil-Uruguai

Linhão do Madeira - Circuito 2

LT Sul Brasileira

Page 7: Jornal Eletrosul Nº 123 - Outubro 2013

Parceria em obras estruturantes

Por meio de Sociedades de Propósito Es-pecífico, a Eletrosul participa de impor-tantes empreendimentos de transmissão, que irão aumentar a segurança e robustez do sistema elétrico de Norte a Sul do País. Junto com a Abengoa e Eletronorte, a em-presa integra a Norte Brasil Transmissora de Energia, responsável pela implantação do segundo circuito de uma das maiores linhas de transmissão em corrente contí-nua do mundo. Com cerca de 2,4 mil qui-lômetros de extensão, o segundo bipolo do “Linhão do Madeira” vai passar por 85 mu-nicípios de Rondônia, Mato Grosso, Goi-ás, Minas Gerais e São Paulo, escoando a energia das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau para o Sistema Interligado Nacional (SIN).

No Sul, Eletrosul e Copel estão implantan-do empreendimentos fundamentais para garantir o suprimento energético de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Por meio das empresas Costa Oeste, Marumbi e Transmissora Sul Brasileira de Energia, até o próximo ano, serão construídos mais de 900 quilômetros de linhas de transmissão, que garantirão, ainda, o reforço para aten-der Curitiba e Porto Alegre, cidades-sede da Copa do Mundo de 2014.

Outros 468 quilômetros de linhas estão sendo construídos no litoral gaúcho pela Transmissora Sul Litorânea de Energia – resultante da parceria com a Companhia Estadual de Geração e Transmissão de

Energia Elétrica (CEEE-GT). Essas obras vão permitir a integração da metade Sul do Es-tado ao SIN e o aproveitamento do poten-cial eólico da região.

Na divisa com o Uruguai, a Eletrosul en-cabeça as obras da interligação elétrica entre os dois países. Pelo lado brasileiro, está construindo 63 quilômetros de linha que será conectada ao sistema de trans-missão uruguaio por meio da nova subes-tação Candiota, de responsabilidade da Eletrobras, e da ampliação da subestação Presidente Médici, no município de Ace-guá, na região de fronteira.

ESPECIAL 7Eletrosul agora - Outubro de 2013

Interligação Brasil Uruguai Composição - Eletrobras (60,4%) e Eletrosul (39,6%)Empreendimentos - SE Candiota (525/230 kV), LT 525 kV Candiota Melo, LT 230 kV Candiota - Presidente Médici e a ampliação da SE Presidente MédiciInvestimento - R$ 128,8 milhõesPrevisão de Conclusão - 1º semestre de 2014

Transmissora Sul Brasileira de Energia S.A. (TSBE)Composição - Eletrosul (80%) e Copel (20%)Empreendimentos - LT 525kV Salto Santiago – Itá, LT 525kV Itá – Nova Santa Rita, LT 230kV Nova Santa Rita – Camaquã 3, LT 230kV Camaquã 3 – Quinta, SE Camaquã 3 230/69kV (2x83MVA) e adequações nas SEs existentesInvestimento - R$ 547 milhõesPrevisão de conclusão – 1º semestre de 2014

Marumbi Transmissora de Energia S.AComposição - Copel (80%) e Eletrosul (20%) Empreendimentos - SE Curitiba Leste (525kV), LT 525KV Curitiba – Curitiba Leste, ampliação da SE Curitiba (525kV) e adequações nas SE’s existentes Investimento previsto - R$ 105 milhõesPrevisão de conclusão - 2º semestre de 2014

Linhão do Madeira - Circuito 2

SE Nova Santa Rita

LT Sul Litorânea

Page 8: Jornal Eletrosul Nº 123 - Outubro 2013

Com a assinatura do termo de coopera-ção entre a Eletrosul e a Prefeitura de Ita-piranga (SC), foi oficializado o início das pesquisas de aproveitamento energético do biogás gerado em propriedades de cria-ção de suínos. O município será parceiro na implantação do gasoduto que transporta-rá o biogás até uma central de geração de energia. Um dos propósitos do estudo é, justamente, estabelecer padrões técnicos de canalização de gás de baixa pressão.

A Eletrosul firmou parceria, também, com a Associação de Defesa da Cidadania, Energia e Meio Ambiente (Bio-energia), que acompanhará o desenvolvimento das pesquisas como representante dos suino-cultores. A ministra de Relações Institucio-

nais, Ideli Salvatti, participou da solenida-de de assinatura dos termos de cooperação.

Em campo, os técnicos já começaram o trabalho de recadastramento das proprie-dades que farão parte da pesquisa e onde já existem biodigestores instalados pela Eletrosul durante o Projeto Alto Uruguai. Além das 10 unidades existentes, outras duas serão instaladas e servirão de base de estudos do processo de produção de gás a partir do tratamento da biomassa.

“Além do cadastramento, a visita às propriedades teve o propósito de fazer

um levantamento técnico prévio das condições de funcionamento dos biodi-gestores e identificar outras duas pos-síveis áreas para a instalação de novos sistemas de tratamento”, explicou o coordenador do projeto pela Eletrosul, Dalvir Maguerroski. Ele adiantou que foram realizadas reuniões com o Insti-tuto de Tecnologia Aplicada e Inovação, que fará o projeto básico da usina, e com a Fundação Parque Tecnológico Itaipu que, entre outras atividades, fará estu-dos para a canalização do biogás.

Mais um município do Rio Grande do Sul terá o potencial eólico monitorado pela Ele-trosul. No mês de agosto, a empresa firmou um termo de compromisso com a Prefeitura de Lavras do Sul, que autoriza a realização de estudos de prospecção e viabilidade téc-

nica para o desenvolvimento de projetos de geração de energia eólica na região. O acor-do prevê a instalação de uma torre anemo-métrica, de 100 metros de altura, para medi-ção da intensidade e constância dos ventos. A empresa já dispõe de outro equipamento, instalado no município em 2012.

Entre 2005 e 2013, a Eletrosul instalou 16 torres em nove municípios gaúchos, in-cluindo Sant’Ana do Livramento, Santa Vi-

tória do Palmar e Chuí, cujos estudos de viabilidade técnica apontaram o alto potencial da região, resultando na im-plantação dos três complexos eólicos da empresa: Cerro Chato (90 MW), em

operação desde 2011 e que rece-berá novos cinco parques (78 MW), e Geribatu (258 MW) e Chuí (144 MW), em construção.

A partir de uma torre anemométrica, da-dos da velocidade, direção, pressão, tempe-ratura e umidade das correntes de ar são coletados e atualizados a cada dez minu-tos. As informações são armazenadas em um equipamento eletrônico (data-logger) e analisadas mensalmente por técnicos da Eletrosul e de empresas certificadoras. Os estudos para validar a viabilidade de um parque eólico de-vem se estender por três anos.

Assinados termos de cooperação

De olho no potencial eólico

Trabalho de campo teve início com recadastramento das propriedades

8 GERAL

P&d biogás

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Produtores aprendem informática

Reciclagem eletrônica

Como extensão das atividades do Pro-grama Hortas Comunitárias, a Eletrosul em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), está ofere-cendo cursos de informática às famílias participantes de Xanxerê (SC). Em uma primeira etapa da capacitação, os inte-grantes do programa tiveram acesso a conceitos de informática básica, com-ponentes do computador, internet e cor-reio eletrônico.

A instrutora do Senar, Janice Zanella, explicou que a ideia do curso é inserir es-ses produtores no “mundo digital” para

RESPONSABILIDADE SOCIAL 9Eletrosul agora - Outubro de 2013

inclusão digital

que, além de agregar conhecimento para seu desenvolvimento pessoal, eles aprendam a usar a informática na ges-tão dos seus negócios. “No curso, repas-samos informações de maneira facilita-da para que esse público consiga usar o computador e a internet como ferramen-ta no seu dia a dia de trabalho”, afirmou.

A dona de casa Nilva Simon, uma das participantes do curso, valeu-se do dita-do “nunca é tarde para aprender” ao opi-nar sobre a proposta da Eletrosul e Senar. “Eu sempre digo para os meus filhos que quando a gente tem oportunidade, tem

que aproveitar. Eu conheço computador, mas nunca tinha manuseado. Agora que-ro comprar um para conversar pela inter-net com os filhos que estão longe, fazer pesquisa, ler e aperfeiçoar o que estamos aprendendo no curso”, contou.

Em Xanxerê, 36 famílias trabalham na horta comunitária implantada pela Eletrosul em 2011. Uma segunda horta, em parceria com a prefeitura, está em processo de implantação. O programa es-timula uma alimentação saudável e ofe-rece oportunidade de renda extra com a comercialização dos produtos.

Projeto apoiado pela Eletrosul, em Floria-nópolis (SC), que se propõe a reverter um passivo ambiental da indústria eletrônica, está ganhando novos horizontes. A ini-ciativa da ONG Metarreciclagem, que re-sultou na fabricação de um equipamento para separação de componentes de tubos de imagem de monitores de TV e compu-tador, será agora replicada em outros cinco estados brasileiros.

Segundo o coordenador da ONG, Edson Alves, o equipamento foi aprimorado ao longo do último ano e, hoje, apresenta-se como uma solução prática, segura e de baixo custo para dar destinação adequa-da ao lixo eletrônico. Empresários de Cruz Alta (RS), Natal (RN), Maceió (AL), Goiânia (GO) e Recife (PE) decidiram investir na aquisição do equipamento, que tem ca-pacidade para processar até 4,4 mil tubos

de imagem por mês, evitando que 11 to-neladas de chumbo e 15 quilos de fósfo-ro sejam descartados indevidamente. A ONG oferece capacitação dos agentes que ficarão responsáveis pelo manuseio, além de propor a logística para destinação dos rejeitos do processo de reciclagem.

O próximo passo da Metarreciclagem será a implantação da Descarte, uma rede de con-tatos que visa facilitar a entrega e a coleta do lixo eletrônico em todas as regiões onde a máquina estiver instalada. Até o final do ano, um novo site estará em ple-na operação, assim como um aplicativo para aparelhos mó-veis, que está sendo criado para localizar,

via GPS, pontos de coleta mais próximos. Mais informações sobre o projeto estão no endereço www.reciclatubos.com.

Page 10: Jornal Eletrosul Nº 123 - Outubro 2013

As diretrizes da Eletrobras voltadas à ges-tão ambiental e empresarial levaram a hol-ding a integrar, pela segunda vez, o Índice Dow Jones de Sustentabilidade para Merca-dos Emergentes (DJSI, na sigla em inglês). A avaliação foi criada este ano para identifi-car as empresas líderes em sustentabilida-de nos países em desenvolvimento e serve como ferramenta para os investidores me-direm o desempenho dessas corporações.

Direta ou indiretamente, as ações das controladas – mesmo as de capital fecha-do como é o caso da Eletrosul – contribuem para a pontuação obtida pela Eletrobras. Em relação à primeira apuração, realizada em fevereiro, a holding apresentou desem-penho 10% superior.

Para o presidente da Eletrosul, Eurides Mescolotto, a conquista reflete o empenho

da Eletrobras em buscar seu crescimento de forma sustentável, minimizando o impacto de suas atividades no meio ambiente e re-forçando seu compromisso com a sociedade e seus acionistas. “As ações empreendidas pela Eletrosul na área de sustentabilidade, também contribuíram significativamente para que a holding fosse confirmada na lis-tagem do índice”, destacou.

Ao todo, 800 empresas de capital aberto de 20 países emergentes foram convidadas

para participar da análise, mas apenas 81 integram o índice, das quais 17 são brasilei-ras. A seleção é feita com base em avaliação anual de informações sobre as empresas em relação a aspectos econômicos, sociais e ambientais. Contam pontos, por exemplo, estratégias de redução de consumo de ener-gia e outras que buscam reverter os efeitos das mudanças climáticas; desenvolvimento de recursos humanos; gestão do conheci-mento e governança corporativa.

Líder em sustentabilidade

O Movimento Nós Podemos Santa Catarina – braço da articulação nacional, que incenti-va ações para reduzir as diferenças sociais no Brasil – está desenvolvendo, em Florianópolis (SC), a Campanha 8 Jeitos de Mudar o Mundo. A intenção é arrecadar recursos para criação de um fundo para financiamento, em 2014, de projetos catarinenses, que estejam alinha-dos aos Objetivos de Desenvolvimento do Mi-lênio (ODM), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

A Eletrosul foi a primeira empresa a aderir ao Nós Podemos Santa Catarina e a dar su-porte à estruturação e manutenção da sede

da secretaria executiva do movimento. Este ano, o apoio da Eletrosul tem beneficiado diretamente 74 organizações do Estado, que desenvolvem ações sociais e de desenvolvi-mento sustentável.

No Brasil, as ações para atingir os ODM são voltadas ao combate à pobreza, à promoção da igualdade social e de gênero, promoção da saúde, proteção ambiental, saneamento e condições dignas de moradia.

Mais informações sobre como partici-par na página do movimento na internet (www.nospodemos-sc.org.br) ou pelo email: [email protected].

Campanha busca apoio a projetos sociais

10 SUSTENTABILIDADE

ElEtrobras

Holding foi uma das 81 empresas selecionadas entre 800 em índice apurado pela Dow Jones

Page 11: Jornal Eletrosul Nº 123 - Outubro 2013

Famílias reassentadas pela Energia Sustentável do Brasil (ESBR) e as que vi-vem no entorno da Usina Hidrelétrica Ji-rau (RO) têm tido a chance de ampliar suas possibilidades de desenvolvimento pesso-al, de trabalho e de geração de renda. As novas perspectivas começaram a ser deli-neadas a partir da criação do Observatório Ambiental Jirau – organização que coor-dena diversos projetos socioambientais com participação ativa das comunidades. A proposta inédita deverá se tornar refe-rência no licenciamento de outras obras de infraestrutura do setor elétrico.

O coordenador de Meio Ambiente e Socioeconomia da ESBR, Marco Cane-do, explica que o Observatório integra as ações do Programa de Educação Am-biental da usina, mas vai muito além das atividades convencionais. “O projeto nos permitiu mobilizar os moradores e sensibilizá-los quanto à importância do empreendimento. A partir de um diagnóstico par-ticipativo, foi possível

SUSTENTABILIDADE 11Eletrosul agora - Outubro de 2013

obsErvatÓrio aMbiEntal Jirau

identificar carências e propor ações para o desenvolvimento sustentável da comu-nidade”, afirmou.

Um dos resultados dessa mobilização foi a criação da Cooperativa dos Produ-tores Rurais do Observatório Ambiental Jirau, que reúne 110 pessoas e já movi-menta R$ 2 milhões por ano. Com cursos ministrados nas unidades demonstrativas do Observatório (a sede fica em Nova Mu-tum Paraná – assentamento implantado pela ESBR), os produtores aprimoraram técnicas de plantio de mudas florestais, coleta e produção de sementes, plantio de hortas e criação de galinha caipira.

Um dos principais clientes da coopera-tiva é a própria ESBR, que compra mudas e sementes e contrata os produtores rurais locais para os trabalhos de reflorestamento do entorno da usina. Os cooperados estão se organizando, também, para abastecer as es-colas públicas com produtos para merenda.

No Observatório são desenvolvidas, ainda, atividades voltadas às crianças e

adolescentes como oficinas de infor-mática, cinema, comunicação,

manejo ambiental, dança, música, te-

atro e capoeira.

EsPaço dagEstão aMbiEntal

Dia da Árvore

Comemorado em 21 de setembro, o Dia da Árvore simboliza a luta mun-dial para a preservação ambiental do planeta, cada vez mais ameaçado pela poluição, pelo desmatamento e pelo aquecimento global. A Eletro-sul, ciente de que a conscientização também passa pelo ambiente de trabalho, vem incentivando peque-nas atitudes, que contribuem com o equilíbrio ambiental e a melhoria da qualidade de vida. Este ano, para marcar a data, a empresa distribuiu aos empregados 300 mudas de árvo-res nativas e frutíferas.

Já em seus empreendimentos de geração hidrelétrica, há quatro anos a Eletrosul vem adotando um conjunto de técnicas inovadoras, que reúnem diversas estratégias para favorecer a recuperação ambiental. Até o mo-mento, foram recuperados mais de mil hectares de Áreas de Preservação Permanente (APPs), no entorno das usinas hidrelétricas São Domingos e Passo São João e das PCHs Barra do Rio Chapéu e João Borges.

Das atitudes mais simples às mais complexas, que envolvem licenças ambientais de grandes empreendi-mentos, tudo faz parte de um proces-so global no combate aos principais problemas ambientais.

Projeto é modelo para o setor

Mobilização social e sustentabilidade são a base do trabalho que resultou na criação de cooperativa de produtores rurais

Page 12: Jornal Eletrosul Nº 123 - Outubro 2013

De eletrotécnico a artista plástico

O desenho faz parte da vida do ele-trotécnico João Alberto Lemos Afonso desde a infância, mas foi há cerca de cinco anos que ele deu vazão à arte e pintou seu primeiro quadro, batizado de “Casa de Campo”. O que era apenas um hobby virou coisa séria. J. Afonso, como assina suas obras, conquistou várias premiações, entre elas, o Prê-mio Literarte de Cultura 2013, promo-vido pela Associação Internacional de Escritores e Artistas.

Recentemente, uma de suas telas – a “Tradição do Sul”, que retrata um dos principais costumes da região, o chi-marrão – foi transformada em um selo especial editado pelos Correios. Apenas 20 exemplares foram impressos e um deles foi entregue à Eletrosul, durante evento da Associação dos Municípios do Alto Irani (Amai), na Biblioteca Muni-cipal Caldas, de Xanxerê (SC), local que abrigou a 5ª exposição individual do ar-tista no município.

Natural de Pedras Altas (RS), J. Afonso trabalha na Eletrosul há 30 anos, dos quais 19 em Xanxerê, onde concilia seu trabalho na área de manutenção da Divisão Regional do Oeste com as

artes plásticas. “Eu pinto mi-nhas telas em casa, ateliês de outros artistas e ao ar livre. E a inspiração acontece natural-mente. Diferente do trabalho profissional, não há uma pro-gramação para fazer a arte, ela simplesmente acontece”, revela o autor de mais de 300 obras.

Para aperfeiçoar seus traços e ter mais domínio das técnicas, J. Afonso faz aulas de desenho, há três anos, na Casa da Cul-tura Maria Rosa, em Xanxerê. Mesmo iniciante na teoria, seu talento já teve repercussão em diferentes galerias de arte do Brasil, Estados Unidos, Portugal, França e Espanha, além de estar presen-te em vários catálogos de arte nacionais e internacionais. “Para mim é uma des-

coberta de valores e do que o ser humano pode reali-

zar, independente de sua condição ou de seu tra-balho”, afirmou.

Telas do técnico eletricista, que começou a pintar como hobby, conquistaram diversas premiações e um selo especial dos Correios

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