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Maio 2013 | Ano XIX | Nº118 Um jornal para novos tempos Tecnologia em prol da sustentabilidade Págs. 6 e 7 Eficiência energética Pág. 3 Nova fonte de renda PANIFICAÇÃO Pág. 9 Investimentos somam R$ 5,6 bi NEGÓCIOS Pág. 8 VOLUNTARIADO Empresa mobiliza empregados Pág. 11 Em busca da energia do lixo COOPERAÇÃO

Jornal Eletrosul Nº 118 - Maio 2013

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Edição 118 do periódico mensal da Eletrosul Centrais Elétricas.

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Page 1: Jornal Eletrosul Nº 118 - Maio 2013

Maio 2013 | Ano XIX | Nº118 Um jornal para novos tempos

Tecnologia em prol da sustentabilidade

Págs. 6 e 7

Eficiência energética

Pág. 3

Nova fonte de renda

PaNificação

Pág. 9

investimentos somam R$ 5,6 bi

Negócios

Pág. 8

VoluNtaRiado

empresa mobiliza empregados

Pág. 11

em busca da energia do lixo

cooPeRação

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Compromisso com a sustentabilidadeA Eletrosul inaugurou, em abril, seu primeiro prédio sustentável de uso ad-ministrativo. A construção, que abri-ga o Setor de Manutenção de Campos Novos, no interior de Santa Catarina, foi certificada pelo Programa Brasilei-ro de Etiquetagem (Inmetro/Procel) com nível A em conservação de ener-

gia. Com esse e outros projetos seme-lhantes, destaques desta edição, a es-tatal reafirma seu comprometimento com os conceitos de sustentabilidade empresarial e interesse em difundir as tecnologias de eficiência energéti-ca e para o uso racional dos recursos naturais. Boa leitura.

EXPEDIENTE

Diretoria ExecutivaDiretor-Presidente

Eurides Luiz Mescolotto

Diretor de Engenharia e Operação

Ronaldo dos Santos Custódio

Diretor Financeiro

Antonio Waldir Vituri

Diretor Administrativo

Paulo Afonso Evangelista Vieira

Conselho Editorial

Cleiton Luis Rezende CabralLaércio FariaLuiz Ricardo MachadoRenato BunnRubem Abrahão Gonçalves Filho

Gerente ACS

Sadi Rogério [email protected]

Coordenação

Jonatas [email protected]

Edição

Andréa [email protected]

Jonatas [email protected]

Textos

Anahi GurgelAndréa LombardoCleusa FreseGilberto Del PozzoTatiana LimaUmberto Caletti

Edição de Fotografia

Hermínio Nunes

Fotos

Alexandro AlbornozAndré Batistela RibeiroArquivo ConilixoArquivo DDOM/DGIArquivo Energia Sustentável do BrasilArquivo UHE Teles PiresAugusto Ribeiro IsaraFoto XanxerêHermínio NunesJocelim CostaNélio PintoNestor Lincon Freitas FonsecaOscar Martins FilhoRafael MuhlmannSilvia Valdez

Projeto Gráfico

Agenciamob

Conteúdo e Projeto Editorial

Giusti Comunicação Integrada

Tiragem 4.500 mil exemplares

Periódico editado pela ACS – Assessoriade Comunicação Social e Marketing

Rua Dep. Antônio Edu Vieira, 999, PantanalFlorianópolis/SCCEP 88040901Fone (48) 3231.7269 / 3231.7075

www.eletrosul.gov.br

2 EDITORIAL

Maio 2013 | Ano XIX | Nº118 Um jornal para novos tempos

Tecnologia em prol da sustentabilidade

Págs. 6 e 7

Efi ciência energética

Pág. 3

Nova fonte de renda

PANIFICAÇÃO

Pág. 9

Investimentos somam R$ 5,6 bi

NEGÓCIOS

Pág. 8

VOLUNTARIADO

Empresa mobiliza empregados

Pág. 11

Em busca da energia do lixo

COOPERAÇÃO

Chegada do reator 1 de 525 kV na Subestação Campos Novos (SC), que estava em

implantação. A unidade foi inaugurada em 13 de setembro de 1982, com o

objetivo de interligar Areia, no Paraná, a Gravataí, no Rio

Grande do Sul.

Operadores durante período de trabalho na Sala de Operação da Subestação Campos Novos, em fevereiro de 1984.

Eletrosul Agora na versão digitalA partir desta edição, os empregados da empresa receberão por e-mail a versão di-gital do Eletrosul Agora. O jornal impresso será mantido, em quantidade reduzida, para atender o público externo como ferramenta de comunicação com o setor elé-trico, governos, imprensa e entidades da sociedade civil com as quais a empresa se relaciona.

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Produção local e reforço na renda

Mão Na Massa

RESPONSABILIDADE SOCIAL 3Eletrosul agora - Maio de 2013

Mulheres quilombolas usam cozinha comunitária equipada com apoio da Eletrosul para preparar e vender produtos de panificação

Moradores das comunidades quilom-bolas de Palmital dos Pretos e de Sete Saltos de Cima, em Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba, já incorpora-ram um novo hábito: comprar pães, mas-sas, doces e compotas produzidos na pró-pria região. Há cerca de um ano e meio, dois grupos de mulheres usam a cozinha de um Centro Comunitário de Produção (CCP), equipado pela Eletrosul, para pre-parar e comercializar os produtos, o que representa um importante reforço na renda familiar.

As comunidades quilombolas estão na área rural, distante cerca de 60 qui-lômetros de Campo Largo. Com a pro-dução local, os moradores não precisam mais se deslocar até o centro da cidade para comprar produtos de panificação. “A gente mudou a vida de todo mundo. Antes, só fazendo pão e outros quitutes em casa mesmo, ou tinha que ir longe comprar. Agora, nós vendemos pertinho. O pessoal está gostando bastante. A pro-cura é grande”, contou Elenita Aparecida Machado de Lima, que trabalha na cozi-

nha desde que foi inaugurada, no Dia da Consciência Negra, em 20 de novem-bro de 2011.

As mulheres que atuam no CCP par-ticiparam de cursos de capacitação em manipulação de alimentos, pani-ficação, conservas e outros ministra-dos pelo Serviço Nacional de Apren-dizagem Rural (Senar). Além de abrir perspectivas para uma nova atividade profissional, a renda da venda dos produtos ajuda a reforçar o orçamen-to familiar.

InClusão

Para a analista da Assessoria de Res-ponsabilidade Social da Eletrosul, Kátia Siqueira, o projeto está alinhado às po-líticas afirmativas de inclusão da mu-lher, em especial àquelas oriundas de comunidades tradicionais, que foram historicamente excluídas do processo de desenvolvimento. “O resultado do projeto, após um ano de implantação, ratifica o propósito da Eletrosul de con-tribuir para o desenvolvimento do nos-so País, promovendo a transformação da realidade social por meio do empre-endedorismo, educação e qualificação das comunidades no entorno das suas instalações”, acrescentou.

O secretário de Agricultura de Cam-po Largo, Celso Vedam, destacou que agora a intenção é que os produtos sejam comer-cializados por meio dos programas Nacional de Alimentação Es-

colar (PNAE) e de Aquisição de Ali-mentos da Agricultura Familiar (PAA), do Governo Federal, que fornecem alimentos a escolas, creches, asilos e hospitais, entre outras entidades as-sistenciais do município.

O apoio da Eletrosul viabilizou a aquisição de cerca de 20 equipamen-tos, como forno e liquidificador in-dustrial, freezer, processadora de ali-mentos, seladora a vácuo, exaustor e bancadas de inox. A Associação Bene-ficente de Aposentados e Funcioná-rios do Banco do Brasil de Combate à Fome, à Miséria e Pela Vida – Comfo-mi também auxiliou na estruturação do espaço, com a doação dos mate-riais para a construção da casa que abriga o CCP. O espaço, com cerca de 100 metros quadrados, foi construí-do pela própria comu-nidade, em mutirão. A implantação do CCP ainda contou com o apoio da Prefeitura de Campo Largo e Emater-PR.

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h

CANTEIRO DE OBRAS Eletrosul agora - Maio 2013

Maio de 2013

4

aMPliação do coMPleXo eólico ceRRo cHato

PcH João BoRges

coMPleXo eólico geRiBatu

Com o enchimento do reservatório de aproximadamente 4 km2, as obras avançam para a fase final. A maior parte das obras civis, como a barragem, o canal de adução, a tomada d’água e condutos forçados já foi concluída.

Prosseguem os trabalhos de abertura de acessos e terraplenagem das áreas onde serão instalados os aerogeradores.

Diretores da Eletrosul, Eurides Mescolotto (presidente) e Ronaldo Custódio (Engenha-ria e Operação) visitaram obras dos novos parques, em Sant’Ana do Livramento, que irão ampliar em 78 MW a atual capacidade instalada.

78MW

Capacidade de atendimento: 447.000 habitantes

RS

N

258MW

Capacidade de atendimento: 1.600.000 habitantes

RS

N

19MW

Capacidade de atendimento: 156.000 habitantes

SC

N

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h

CANTEIRO DE OBRASEletrosul agora - Maio 2013

caNteiRo de oBRas5

Nivelamento e centralização do co-tovelo do tubo de sucção da Unidade Geradora 1.

Cravação de mastro central da torre 2418/1, no muni-cípio de José Bonifácio (SP), trecho onde 232 estruturas já estão prontas.

uHe teles PiRes

uHe são doMiNgos

1.820MW

Capacidade de atendimento: 6.500.000 habitantes

N

MT

PA

Detalhe mostra uma das duas casas de força e o vertedouro.

Vista da tomada d’água da Usina Hidrelétrica São Domingos. Testes para o primeiro giro da máquina já começaram.

As obras já estão em andamento nos quatro principais trechos da obra e se concentram nas fundações das torres de transmissão: se-rão 1.628, no total. Na foto, os serviços de fundação de torre auto-portante de 525 kV, nas proximidades da SE Nova Santa Rita (LT 525 kV Itá-Nova Santa Rita).

uHe JiRau

lt salto saNtiago a Rio gRaNde liNHão do MadeiRa

3.750MW

Capacidade de atendimento: 34.100.000 habitantesRO

N

600kV

Maior LT de 600 kV do mundo, com 2.412 Km de extensãoN

48MW

Capacidade de atendimento: 570.000 habitantes

MS

N

525 kV

230 kV

781 Km de extensão:

494 Km em 525kV

287 Km em 230 kVN

RS

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tando a aplicação de soluções de eficiência ener-gética em suas instalações. A intenção é que to-dos os projetos arquitetônicos sejam avaliados e ajustados dentro desses conceitos”, explica o gerente da Divisão de Eficiência Energética e Novas Tecnologias, Henio de Oliveira Bez.

Outros três projetos previstos para este ano já passaram pela análise e receberam reco-mendações do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética (DPE) para se buscar a certificação – as instalações da Divisão Regional de Rondônia, do Setor de Manutenção de Livramento e do Centro de Vi-sitação do Complexo Eólico Cerro Chato, ambos em Sant’Ana do Livramento (RS).

“Uma construção sustentável, hoje, tem cus-to quase equivalente ao de uma construção convencional. Dependendo das tecnologias adotadas, esses valores podem variar até 10% a mais – um investimento adicional rapida-mente revertido em decorrência da economia no custo operacional”, avalia o gerente do DPE, Jorge Luis Alves. A redução no consumo de energia e de água pode ser de até 60% e 40%, respectivamente.

Eletrosul investe em soluções e tecnologias para o uso racional de recursos naturais em suas instalações

Arquitetura aliada à eficiência energética

A Eletrosul tem materializado em suas no-vas instalações o compromisso com a susten-tabilidade. A empresa inaugurou, em abril, seu primeiro prédio de uso administrativo, que obteve a etiqueta de nível A em eficiência energética, do Programa Brasileiro de Etique-tagem (Eletrobras/Procel – Inmetro), na fase de projeto e com o prédio construído. As insta-lações do Setor de Manutenção de Campos No-vos (SC) dispõem de recursos arquitetônicos para melhor aproveitamento da luz natural, isolação térmica e uso racional da água.

A referência para o novo projeto foi a Casa Eficiente, construída em 2004 pela Eletrosul, ao lado do edifício sede, em Florianópolis, em parceria com o Laboratório de Eficiência Energética em Edificações da Universidade Federal de Santa Catarina. A residência foi a primeira do Brasil a conquistar a classifi-cação, recebendo três etiquetas nível A nas etapas de Projeto, Simulação e Edifício Cons-truído.

“A partir da excelência dos resultados com-provados na Casa Eficiente, que funciona como um laboratório, a Eletrosul vem aumen-

coNstRuções susteNtáVeis

6 ESPECIAL

Casa Eficiente (SC)Área: 206 m2Características: projeto arquitetônico ba-seado em estudo aprofundado das condi-cionantes bioclimáticas no bairro Panta-nal, em Florianópolis, onde a residência foi construída. Possui sistemas e soluções integradas para eficiência energética e conforto térmico, incluindo tecnologias como geração fotovoltaica de energia in-terligada à rede, de condicionamento de ar, aquecimento solar de água, aproveita-mento da água da chuva, reúso de água para irrigação e uso de equipamentos que proporcionam baixo consumo.

Projeto Centro de Visitação Cerro Chato (RS)Área: 345 m²Características: sistema híbrido de geração de energia (eólico e solar) composto por painéis fotovoltaicos e um aerogerador de aproximadamente 10 metros de altura. O projeto prevê, ainda, a implantação de reservatórios para água potável e captação da água de chuva, coletores solares para aque-cimento da água e um telhado “verde”, conhecido como teto jardim, que aju-dará no isolamento térmico. A estima-tiva é de que o espaço entre em funcio-namento em 2014.

Projeto do Centro de Visitação Cerro Chato

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soluções simples e eficazes

O emprego de técnicas construtivas de efi-ciência energética sempre esteve presente nos projetos da Eletrosul. Nas unidades re-gionais e subestações mais antigas, foram adotados recursos como a aplicação de abas de proteção solar, mantas térmicas nas lajes, sombreamento e elementos vazados para facilitar a ventilação e iluminação indireta, que contribuem para a redução do consumo de energia elétrica. A es-trutura do edifício sede da empresa, por exemplo, foi projetada na década de 70 já considerando a minimi-zação de impactos com fu-turas reformas.

Para a arquiteta do Depar-tamento de Engenharia do Sistema, Raquel May Sera-fin, são inúmeros os benefí-cios do investimento nesse tipo de constru-ção. “As vantagens vão desde a economia até a disponibilidade de mais conforto aos usu-ários e a disseminação das boas práticas de projeto aos seus empregados, que poderão utilizar esses princípios em suas próprias re-sidências”, observa.

As edificações dos setores residencial, co-

mercial e público são responsáveis por apro-ximadamente 45% do consumo de energia elétrica no Brasil, que se dá principalmente em forma de iluminação artificial e climati-zação de ambientes. É o que revela o enge-nheiro Márcio Damasceno, técnico do Pro-grama Brasileiro de Etiquetagem. Para ele, a etiqueta para edificações, criada em 2009, está mudando as rotinas do mercado imo-

biliário e pode determinar o aparecimento de uma nova geração de constru-ções mais sustentáveis. “O que se tem verificado é uma grande procura do se-tor imobiliário para a aqui-sição da etiqueta, mesmo sendo voluntária sua ade-são ao programa”, aponta.

Assim como os eletrodo-mésticos, os projetos de arquitetura são ana-lisados pelo Inmetro e recebem as etiquetas com graduações de A a E, conforme a eficiên-cia energética. Há ainda um bônus quando o projeto agrega tecnologias de uso racional da água, aproveitamento de água de chuva, aquecimento solar da água, geração fotovol-taica e tratamento dos efluentes.

As vantagens vão desde a economia

até a disponibilidade de mais conforto aos usuários

Raquel May Serafin

Setor de Manutenção de Campos Novos

Casa Eficiente

Edificio Sede

ESPECIAL 7Eletrosul agora - Maio de 2013

Setor de Manutenção de Campos Novos (SC)Área: 558 m²Características: emprego de luminárias e aparelhos de ar condicionado eficien-tes, aproveitamento de luz natural, uso de blocos de concreto celular autocla-vado, janelas com vidros duplos e telhas especiais para isolação térmica. Anexa ao prédio, uma Torre Sustentável reúne reservatórios de água potável, de água da chuva e de água quente, cujo aque-cimento é feito por coletores solares. Os efluentes são tratados em fossas sépti-cas e tanque de zona de raízes. A inclina-ção do telhado propicia melhor aprovei-tamento dos raios solares para o futuro sistema de geração fotovoltaica.

Edifício-Sede (SC)Área: 26.110,40 m²Características: Entre 2005 e 2007, os sistemas de climatização e iluminação do prédio foram modernizados com a instalação de luminárias de alto brilho e reatores eletrônicos em todas as áreas. Os banheiros foram reformados e ga-nharam equipamentos para redução do consumo de água, como sensores para as torneiras e mictórios, e sistemas de descarga diferenciados para resíduos sólidos e líquidos. Está em andamento o processo para etiquetagem do projeto pelo método de simulação.

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A Área de Responsabilidade Social da Eletrosul está buscando um maior enga-jamento dos empregados em trabalhos voluntários em comunidades dos mu-nicípios onde a empresa está presente. Desde março, estão sendo realizados encontros de motivação e capacitação na sede, em Florianó-polis, e áreas descen-tralizadas de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul.

“Nosso objetivo é apresentar o programa e sensibilizar trabalha-dores, familiares, ex--empregados e demais colaboradores a se engajar em ações sociais e causas comunitárias para contribuir na transformação da realidade social”, explica o coordenador do Programa de Voluntaria-do, Valmir Wrublak, lembrando que a capa-citação conta com a consultoria do Sesi.

Os voluntários passam por treina-

mento e ajudam a construir as ações que buscam transformações sociais e ambientais. Um dos exemplos é o tra-balho iniciado, no ano passado, na Vila Aparecida, uma comunidade carente da região continental de Florianópolis. Com o voluntariado de um grupo de em-pregados e apoio da Eletrosul, a associa-ção de moradores foi reformada e foram adquiridos equipamentos para uma pa-daria e cozinha comunitária.

As ações junto à comunidade estão ten-do continuidade com a oferta de cursos e

treinamentos em panifi-cação e culinária, tanto para as pessoas que vão trabalhar nesses espa-ços, como para qualifi-cação profissional para o mercado de trabalho. Também são realizadas atividades de capacita-ção de lideranças com o objetivo de fortalecer a

auto-organização da comunidade.Segundo Valmir, os trabalhadores da

Eletrosul já têm uma tradição no volun-tariado. “O que está sendo feito agora é potencializar isso e envolver uma nova geração de trabalhadores que chegaram à empresa recentemente.”

A Eletrosul cedeu à Prefeitura de Flo-rianópolis um terreno de 1,1 mil metros quadrados, anexo à sede da estatal, para construção de um novo centro de saúde, no bairro Pantanal. O presidente Eurides Mescolotto e o diretor administrativo, Paulo Afonso Evangelista Vieira assina-ram o termo de cessão, em solenidade realizada no dia 3 de maio, na presença do prefeito Cesar Souza Júnior e do secre-tário de Saúde, Daniel Moutinho Júnior, entre outras autoridades e lideranças co-munitárias da capital.

“A Eletrosul faz parte da história des-ta cidade e tem o dever de contribuir para que Florianópolis cresça e sua população tenha melhor qualidade de vida”, declarou Mescolotto, fazendo menção às diretrizes de responsabili-dade social da empresa.

O prefeito de Florianópolis lembrou das dificuldades em obter uma área no bairro Pantanal para o projeto do novo centro, que atendesse às exigências do Ministério da Saúde. “Eu agradeço este gesto da Eletrosul em ceder esse terreno, de forma absolutamente gratuita, em favor da saúde da população.” Segundo ele, o desafio, agora, é conseguir recursos para começar a obra ainda este ano.

Em busca de voluntários

Sensibilização quer ampliar

número de empregados

engajados em causas sociais

8 GERAL

MoBilização

novo centro de saúde para Florianópolis

nosso objetivo é apresentar o

programa e sensibilizar trabalhadores a se engajar em ações sociais

Valmir Wrublak

Eurides Mescolotto, Paulo Afonso Vieira e o prefeito de Florianópolis, César Souza Júnior.

Page 9: Jornal Eletrosul Nº 118 - Maio 2013

Eletrobras investirá R$ 52,4 bilhões

obras somarão R$ 5,6 bi até 2017

Planejamento inclui

empreendimentos já

contratados e perspectivas

de contratação nos

próximos leilões

A Eletrosul pretende investir aproxima-damente R$ 5,6 bilhões, até 2017, em no-vos projetos de geração e transmissão de energia e em melhorias e ampliações de ativos já existentes. Desse montante, R$ 3,4 bilhões já estão contratados e incluem os investimentos em usinas hidrelétricas, eólicas e solar, além de sistemas de trans-missão em andamento. Considera, ainda, as perspectivas de contratação de empre-endimentos nos próximos leilões.

Este ano, a Eletrosul irá colocar em ope-ração duas usinas hidrelétricas: uma de pe-queno porte – a PCH João Borges, de 19 me-gawatts (MW) de capacidade instalada, em Santa Catarina, e a Usina São Domingos (48 MW), em Mato Grosso do Sul. Está previsto, ainda, o início da operação de mais cinco parques eólicos (78 MW), junto ao Comple-xo Cerro Chato, no Rio Grande do Sul, que já tem 90 MW em operação, e da usina foto-voltaica Megawatt Solar, em instalação na sede da empresa, em Florianópolis.

Para 2014, está prevista a conclusão de outros dois complexos eólicos – Geribatu (258 MW) e Chuí (144 MW) – no extremo Sul gaúcho, além das obras de transmis-são, que integrarão essas usinas ao Siste-ma Interligado Nacional (SIN). Ainda no segmento de transmissão, a Eletrosul co-locará em operação, até o próximo ano, as linhas que interligarão a Usina Salto San-tiago (PR) à Subestação Quinta (RS), me-lhorando o intercâmbio de energia entre o Sudeste e o Sul.

Em 2012, a Eletrosul investiu aproxima-

damente R$ 2,4 bilhões na área de trans-missão e geração de energia – montante 14,3% superior ao investido no ano ante-rior. Cerca de R$ 1,8 bilhão corresponde a aportes nas obras da Usina Hidrelétrica Jirau (3.750 MW), e do segundo circuito da Linha de Transmissão Porto Velho-Arara-quara – o Linhão do Madeira (2.412 km), além dos investimentos em complexos eó-licos no Rio Grande do Sul. Mesmo com o montante considerável de investimentos, o lucro líquido da Eletrosul, no ano passa-do, foi de R$ 65,8 milhões.

O Plano Diretor de Negócios e Gestão da Ele-trobras prevê que, até 2017, a empresa investirá R$ 20,3 bilhões em novos projetos de geração, transmissão e distribuição, que se juntarão aos R$ 32,1 bilhões já contratados (e que incluem os empreendimentos da Eletrosul), totalizando R$ 52,4 bilhões. A expectativa da holding é de expandir a geração em 13 mil MW e construir mais 19,4 mil km de linhas de transmissão. Já

estão em andamento projetos de geração, que totalizam 23,2 mil MW – considerando os cor-porativos e em parceria, sendo 88% de fonte hidráulica, 8,6% de fonte térmica e 3,4% de eó-lica ou solar. Nos próximos anos, entrarão em construção mais 570,6 MW – todos de fonte eólica – e avançarão os estudos de mais 20 mil MW, dos quais 18,9 mil MW são oriundos de

aproveitamentos hidrelétricos.

GERAL 9Eletrosul agora - Maio de 2013

PlaNo de iNVestiMeNtos

Page 10: Jornal Eletrosul Nº 118 - Maio 2013

Programa fomenta produção de leite

O desenvolvimento da pecuária leitei-ra em propriedades familiares de Alta Floresta e Paranaíta, em Mato Grosso, tem sido uma das ações do Programa de Apoio à Reinserção e Fomento das Ativi-dades Econômicas Locais, que integra o Projeto Básico Ambiental (PBA) da Usina Hidrelétrica Teles Pires – empreendimen-to no qual a Eletrosul tem 24,5% de parti-cipação. A Companhia Hidrelétrica Teles Pires (CHTP) levou para esses municípios o Programa Balde Cheio, da Empresa Bra-sileira de Pesquisas Agropecuárias (Em-brapa). A proposta básica é capacitar pro-fissionais de extensão rural e produtores e promover a troca de informações sobre as tecnologias aplicadas para incremen-tar regionalmente a produção de leite.

Em abril, quatro propriedades de Alta Floresta foram selecionadas como Unidades Demonstrativas e servirão de referência para a propagação das tecnologias. Os cursos de capacitação acontecerão nessas propriedades. Os

produtores interessados em participar do programa devem procurar as secre-tarias de Agricultura dos municípios de Alta Floresta e Paranaíta. Além da Em-brapa, o programa tem a parceria do Se-brae/MT e das prefeituras.

Para o gerente de Socioeconomia da

o trabalhador que pensava em abandonar sua propriedade, agora

percebe que é possível ter uma vida digna e sustentável no campo

Alysson Miranda

Pequenos produtores de municípios da área de abrangência da usina teles Pires recebem capacitação

10 GERAL

tRaNsfeRêNcia de tecNologia

CHTP, Alysson Cássio Miranda, ao es-timular o incremento da atividade, o programa acaba contribuindo para me-lhoria da qualidade de vida do produtor rural. “O trabalhador que pensava em abandonar sua propriedade, agora per-cebe que é possível ter uma vida digna e sustentável no campo.”

O programa Balde Cheio será desen-volvido ao longo de quatro anos e irá priorizar, inicialmente, técnicas de cor-reção do solo, formação e recuperação de pastagem. Posteriormente, os produ-tores serão orientados quanto ao ma-nejo de pastagem, irrigação, manejo de rebanho, ordenha e qualidade do leite.

A ONG Transmissão da Cidadania e do Saber, criada e mantida por empregados da Eletrosul, tem promovido, mensalmen-te, uma feira de livros usados, na sede da estatal, em Florianópolis. A ideia foi bem recebida, pois, somente nas duas primei-ras edições, mais de 200 publicações foram vendidas. Além de arrecadar fundos para as ações sociais desenvolvidas pela insti-tuição, a iniciativa acaba estimulando o hábito da leitura.

“No hall da empresa, temos uma seção do ‘sebo’, onde recebemos doações de livros e revistas que, na feira, são vendidos a R$ 5,00 e R$ 2,00. A iniciativa foi elogiada pe-los empregados, pois o valor é acessível e as obras estão em excelente estado de conser-

vação”, informou a diretora-presidente da ONG, Cristina Rabelo.

Outra maneira de incentivo à leitura na Eletrosul são as bibliotecas – uma delas localizada na sede da empresa e outra na Divisão Regional do Rio Grande do Sul, em Gravataí, idealizada este ano em parceria com o Sesc. A biblioteca da sede reúne um acervo de 620 títulos e vários filmes em DVD. O acervo também está disponí-vel aos empregados das unidades fora da capital, que podem fazer o empréstimo eletronicamente. Envio e devolução são feitos por malote.

“A ideia da Biblioteca Central surgiu, em 2005, como alternativa de leitura aos empregados que procuravam ocupar seu

tempo durante o intervalo do expedien-te. A experiência foi positiva e a empresa passou a investir nessa forma de promo-ver o conhecimento”, conta a bibliotecária Maria Stela Homem.

Incentivo à leitura

Page 11: Jornal Eletrosul Nº 118 - Maio 2013

Técnicos da Eletrosul e da Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec) – ins-tituição vinculada ao governo do Rio Grande do Sul – trabalharão em conjun-to na elaboração de um projeto para ge-ração de energia a partir do tratamento térmico de resíduos sólidos urbanos. Essa será a primeira ação já acordada entre as duas instituições, que firmarão um protocolo de intenções para coope-ração mútua em estudos e projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológi-co no segmento de energia.

A proposta de aproveitamento ener-gético de resíduos de processos de reci-clagem provenientes de 52 municípios do interior do Rio Grande do Sul já vi-nha tendo participação da Eletrosul, que realizou o estudo de viabilidade técnica e financeira e passou a articular parcerias para tirar o projeto do papel. A ideia partiu do Grupo Creluz (Cooperati-va de Distribuição e Geração de Energia) e da Associação de Municípios da Zona de Produção (Amzop). O projeto foi bati-zado de Seberi, que é o município sede do Cigres, um dos três consórcios inter-municipais de gestão de resíduos envol-vidos no projeto. Conilixo, de Trindade do Sul, e Citegem, de Bom Progresso, também participam.

O estudo de viabilidade apontou que

Aproveitamento energético do lixo

esPaço da gestão aMBieNtal

Sustentabilidade empresarial

Projeto de pesquisa ajudará

municípios a avançar nas

metas da Política Nacional

de Resíduos sólidos

Evidenciando seu comprometimento com as tendências mundiais de susten-tabilidade empresarial, a Eletrosul for-malizou sua adesão ao Compromisso da Eletrobras sobre Mudanças Climáticas, que estabelece diretrizes que visam con-tribuir com a transição para um novo modelo de desenvolvimento baseado em uma economia de baixo carbono.

A agenda associada a esse tema foi elen-cada como um dos principais desafios a serem enfrentados pelas empresas Eletro-bras. O primeiro passo para a instituciona-lização desse compromisso foi dado com a sistematização do processo de elaboração do Inventário Anual de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).

Além do inventário, a Eletrosul já vem

atendendo outras diretrizes da mencio-nada declaração como a priorização de fontes de energia renovável em sua car-teira de projetos, com ações de gestão das emissões de GEE (adotando procedi-mentos de melhoria contínua com rela-ção ao SF6 – segunda maior emissão das empresas Eletrobras), e com a busca por novas tecnologias, especialmente nas áreas de geração eólica e fotovoltaica, para minimizar os efeitos das mudan-ças climáticas.

MEIO AMBIENTE 11Eletrosul agora - Maio de 2013

cooPeRação técNica

a geração de resíduos na região de abran-gência do projeto, em 2013, deve atingir 15 mil toneladas – volume que, em 20 anos, pode chegar a mais de 21 mil tone-ladas/ano, considerando apenas o cres-cimento populacional. O potencial de geração de energia seria de 1,2 megawatt (MW) ou o suficiente para atender o con-sumo de quase 10 mil habitantes.

O gerente do Departamento de Pla-nejamento do Sistema da Eletrosul, Ra-fael Takasaki, adiantou que os estudos prévios apontaram a gaseificação como alternativa tecnológica mais adequada para tratamento dos resíduos e geração de energia. Na pesquisa que será reali-zada, agora, em parceria com a Cientec,

esses estudos serão aprofundados para estabelecer a melhor alternativa tecno-lógica e certificar a funcionalidade e de-sempenho dessa alternativa.

O gerenciamento de resíduos sólidos urbanos é um dos principais desafios das administrações municipais. A Lei nº 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelece que a gestão deve priorizar a não gera-ção, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final ambien-talmente adequada dos rejeitos. O uso de tecnologias de recuperação energética é uma das possibilidades de reinserção dos resíduos no processo produtivo pre-vistas na legislação.

Page 12: Jornal Eletrosul Nº 118 - Maio 2013

livramento no mapa eólico

O Complexo Eólico Cerro Chato, com 90 megawatts (MW) de capacidade instalada ou o suficiente para abas-tecer cerca de 490 mil habitantes, foi o primeiro empreendimento eólico do leilão exclusivo de eólica realiza-do pelo governo federal, em 2009, a entrar em operação. Os primeiros ae-rogeradores começaram a operar em maio de 2011, uma antecipação de 14 meses em relação ao prazo estipula-do pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No entorno, estão em construção mais cinco parques eóli-cos, com 78 MW, que deverão entrar em operação ainda este ano.

Outros dois empreendimentos eó-licos estão em fase inicial de implan-tação no litoral Sul gaúcho – Geribatu e Chuí – e somam mais 402 MW. Esse conjunto de investimentos coloca a Ele-trosul na dianteira do crescimento da energia eólica no País, consolidando a empresa como um dos maiores players do mercado eólico da América Latina.

livro reúne textos e fotos do

primeiro empreendimento

eólico da eletrosul

na vanguarda do crescimento

Lançamento do livro Usina Cerro Chato

12 ESPECIAL

RegistRo HistóRico

O registro histórico sobre como a ci-dade de Sant’Ana do Livramento, no extremo Sul gaúcho, passou a figurar no mapa eólico brasileiro está reuni-do no livro Usina Eólica Cerro Chato, iniciativa dos santanenses Nereo Ro-drigues Mendes, Cleber Dioni Tentar-dini e Sérgio Rosa de Paiva, que con-tou com o apoio da Eletrosul, empresa responsável pelo empreendimento. A publicação de 48 páginas contextuali-za em textos e fotos o surgimento dos primeiros parques eólicos e faz uma correlação com os aspectos culturais e ambientais da região.

Tentardini conta que a ideia de reunir em um livro a evolução da construção do complexo eólico surgiu depois que ele produziu uma série de reportagens para o Jornal Já, de Porto Alegre. “Fo-ram mais de 40 matérias, que trataram da implantação da usina, desde a fase de projeto. Entrevistei trabalhadores, diretores, proprietários rurais, repre-

sentantes de órgãos ambientais, e acu-mulamos um material muito bom, com fotos feitas, também, pelo próprio pes-soal que trabalhou nas obras da eóli-ca”, lembrou o jornalista. Participaram, ainda, da produção do livro, Vera Reis e Antonio Henriqson.

Para o diretor de Engenharia e Opera-ção da Eletrosul, Ronaldo dos Santos Custódio, santanense e um dos ide-alizadores do Complexo Eólico Cerro Chato, a publicação materializa um marco na história da empresa: a reto-mada da geração a partir de um em-preendimento eólico. “O livro tem um significado forte para a Eletrosul, mas também para o município, pois regis-tra um dos mais importantes empre-endimentos da história recente de Sant’Ana do Livramento e mostra as novas possibilidades de desenvolvi-mento para a região”, acrescentou o executivo.

O lançamento do livro aconteceu no dia 22 de abril, na Casa de Cultura Ivo Caggiani, em Sant’Ana do Livramento, quando foi assinado termo de doação de mil exemplares à prefeitura. Os li-vros serão repassados às escolas e à bi-blioteca municipal.