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ATIVIDADES —– 2 CURIOSIDADES - 14 A MINHA TERRA 11 PASSATEMPOS —— 7 UTILIDADES ——– -15 SOU CRIATIVO —– 9 [email protected] Nº2 ABRIL 2013 AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PEDRAS SALGADAS O Respeito Pela Individualidade A educação tem que ser um caminho de excelência para os nossos jovens terem as condições necessárias de fazerem as escolhas mais importantes no campo intelectual, emo- cional, social e profissional na construção de uma vida digna, assente em valores humanos e plena de sentido e de realização. Ao falarmos de educação teremos sempre de pensar na questão dos direitos do Homem. Se ele tem direitos enquanto ser vivente, tem -nos também enquanto ser racional. É importante, e até necessário, lembrar que, para além do necessário vital, há também aquilo a que Mounier chama o “necessário pessoal”. Todos sabemos que é a racionalida- de que permite ao indivíduo tornar-se pes- soa. Logo, enquanto pessoa, o homem, que considero ter a obrigação e o dever de desen- volver as suas faculdades mentais para não se perder numa verdadeira estagnação embrutecedora, possui em troca um direito a tudo o que for necessário para tal. Todo o ser humano, cada pessoa na sua pró- pria identidade, deve desenvolver a sua inte- ligência pela procura da verdade, a sua von- tade pelo exercício da sua liberdade numa contínua busca do bem, o seu próprio equilí- brio e o controlo das suas paixões e as suas vontades. Ao desenvolvermos estas ideias, constatamos facilmente que estamos a evocar a educação no seu sentido mais lato. Esta educação do homem completo, do saber, saber ser e saber fazer, da qual poderemos afirmar que a ins- trução é apenas uma fase preliminar mas indispensável. Cada vez mais, estou convencido de que a principal finalidade de aprender não pode resumir-se ao acumular de informação, mas sim transformá-la em conhecimento que per- mita garantir opções válidas, coerentes e conscientes. Cada vez mais a educação, na sua dimensão pessoal, deve construir garantias sólidas nas escolhas significativas na construção de uma vida com pleno sentido, que nos realize, que possa ter valor aos nossos olhos e aos olhos das outras pessoas. Todos os nossos alunos têm, assim, direito a que a sua inteligência seja potencializada e se abra ao conhecimento de modo a ter uma possibilidade real de progresso na vida. É esta ideia da necessidade de abrir a inteli- gência para que a vontade seja conduzida com sucesso e sabedoria que leva o ser humano à felicidade. A escola terá de ser sempre um espaço facili- tador e promotor de desenvolvimento de inteligências para que possa assegurar a construção de um mundo cada vez melhor. Cada aluno é um ser humano que possui uma identidade, uma personalidade, uma realidade familiar e social. Não esquecendo que faz parte de um todo que é o grupo onde está inserido, deve ser tratado como pessoa singular, valorizada e respeitada como tal. Com toda a convicção afirmo que este papel mais amplo não pode ser só responsabilidade da escola, mas também da família, de toda a comunidade educativa. Na construção da sociedade do futuro, é necessário investir hoje e é fundamental cons- truir um percurso de vida que valha a pena e que, cada vez mais, se realize e seja motivo de orgulho. Cada vez mais é preciso apostar no rigor científico, mas também nos valores humanos, na formação do ser pessoa e no respeito pela dignidade humana. Se caíssemos na tentação de olhar para os jovens como simples meios de assegurarmos a construção de um mundo melhor, estaríamos a correr o risco de os estarmos a tratar como coisas. Penso que nunca poderíamos reduzir a pessoa humana a um simples meio, pois seria a verdadeira negação da dignidade do ser pessoa. No período difícil que atravessamos, no que diz respeito a condições económicas e finan- ceiras, tenho esperança que possamos conti- nuar a dominar o dinheiro pois seria grave que nos deixássemos dominar por ele. Continuo a acreditar no valor da Escola e da Família e no nobre papel que desempenham na formação de cidadãos responsáveis que, certamente, mais tarde, darão o seu contribu- to para o perpetuar dos valores humanos. É importante, e certamente muito gratifican- te, podermos chegar ao fim do nosso percurso pessoal ou profissional e sentirmos que demos o nosso contributo para a garantia de uma sociedade melhor. Ao nível pessoal devemos sentir essa necessi- dade e até obrigação de evoluir e de contri- buir para que os outros evoluam, mas tam- bém temos a obrigação de exigir que a socie- dade nos garanta, de forma séria, rigorosa, exigente e com garantia de igualdade de oportunidades esta possibilidade de poder- mos transformar a informação que recebe- mos em conhecimento e formação do Ser Pes- soa. Nunca uma árvore dará bons frutos se as suas raízes não forem bem alimentadas e se não receber os cuidados necessários à sua função. Nenhuma nação poderá evoluir se não inves- tir na educação dos seus jovens. O diretor Nelson Rodrigues

Jornal Escolar

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jornal escolar 2ºperíodo

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O Respeito Pela Individualidade

A educação tem que ser um caminho de

excelência para os nossos jovens terem as

condições necessárias de fazerem as escolhas

mais importantes no campo intelectual, emo-

cional, social e profissional na construção de

uma vida digna, assente em valores humanos

e plena de sentido e de realização.

Ao falarmos de educação teremos sempre de

pensar na questão dos direitos do Homem.

Se ele tem direitos enquanto ser vivente, tem

-nos também enquanto ser racional.

É importante, e até necessário, lembrar que,

para além do necessário vital, há também

aquilo a que Mounier chama o “necessário

pessoal”. Todos sabemos que é a racionalida-

de que permite ao indivíduo tornar-se pes-

soa. Logo, enquanto pessoa, o homem, que

considero ter a obrigação e o dever de desen-

volver as suas faculdades mentais para não

se perder numa verdadeira estagnação

embrutecedora, possui em troca um direito a

tudo o que for necessário para tal.

Todo o ser humano, cada pessoa na sua pró-

pria identidade, deve desenvolver a sua inte-

ligência pela procura da verdade, a sua von-

tade pelo exercício da sua liberdade numa

contínua busca do bem, o seu próprio equilí-

brio e o controlo das suas paixões e as suas

vontades.

Ao desenvolvermos estas ideias, constatamos

facilmente que estamos a evocar a educação

no seu sentido mais lato. Esta educação do

homem completo, do saber, saber ser e saber

fazer, da qual poderemos afirmar que a ins-

trução é apenas uma fase preliminar mas

indispensável.

Cada vez mais, estou convencido de que a

principal finalidade de aprender não pode

resumir-se ao acumular de informação, mas

sim transformá-la em conhecimento que per-

mita garantir opções válidas, coerentes e

conscientes.

Cada vez mais a educação, na sua dimensão

pessoal, deve construir garantias sólidas nas

escolhas significativas na construção de uma

vida com pleno sentido, que nos realize, que

possa ter valor aos nossos olhos e aos olhos

das outras pessoas.

Todos os nossos alunos têm, assim, direito a

que a sua inteligência seja potencializada e

se abra ao conhecimento de modo a ter uma

possibilidade real de progresso na vida.

É esta ideia da necessidade de abrir a inteli-

gência para que a vontade seja conduzida

com sucesso e sabedoria que leva o ser

humano à felicidade.

A escola terá de ser sempre um espaço facili-

tador e promotor de desenvolvimento de

inteligências para que possa assegurar a

construção de um mundo cada vez melhor.

Cada aluno é um ser humano que possui

uma identidade, uma personalidade, uma

realidade familiar e social. Não esquecendo

que faz parte de um todo que é o grupo onde

está inserido, deve ser tratado como pessoa

singular, valorizada e respeitada como tal.

Com toda a convicção afirmo que este papel

mais amplo não pode ser só responsabilidade

da escola, mas também da família, de toda a

comunidade educativa.

Na construção da sociedade do futuro, é

necessário investir hoje e é fundamental cons-

truir um percurso de vida que valha a pena e

que, cada vez mais, se realize e seja motivo de

orgulho.

Cada vez mais é preciso apostar no rigor

científico, mas também nos valores humanos,

na formação do ser pessoa e no respeito pela

dignidade humana.

Se caíssemos na tentação de olhar para os

jovens como simples meios de assegurarmos a

construção de um mundo melhor, estaríamos

a correr o risco de os estarmos a tratar como

coisas. Penso que nunca poderíamos reduzir

a pessoa humana a um simples meio, pois

seria a verdadeira negação da dignidade do

ser pessoa.

No período difícil que atravessamos, no que

diz respeito a condições económicas e finan-

ceiras, tenho esperança que possamos conti-

nuar a dominar o dinheiro pois seria grave

que nos deixássemos dominar por ele.

Continuo a acreditar no valor da Escola e da

Família e no nobre papel que desempenham

na formação de cidadãos responsáveis que,

certamente, mais tarde, darão o seu contribu-

to para o perpetuar dos valores humanos.

É importante, e certamente muito gratifican-

te, podermos chegar ao fim do nosso percurso

pessoal ou profissional e sentirmos que demos

o nosso contributo para a garantia de uma

sociedade melhor.

Ao nível pessoal devemos sentir essa necessi-

dade e até obrigação de evoluir e de contri-

buir para que os outros evoluam, mas tam-

bém temos a obrigação de exigir que a socie-

dade nos garanta, de forma séria, rigorosa,

exigente e com garantia de igualdade de

oportunidades esta possibilidade de poder-

mos transformar a informação que recebe-

mos em conhecimento e formação do Ser Pes-

soa.

Nunca uma árvore dará bons frutos se as

suas raízes não forem bem alimentadas e se

não receber os cuidados necessários à sua

função.

Nenhuma nação poderá evoluir se não inves-

tir na educação dos seus jovens.

O diretor

Nelson Rodrigues

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FEIRA DO LIVRO SOLIDÁRIO Nos dias 13 e 14 de março, realizou-se na Escola Básica

Integrada de Pedras Salgadas a Feira do Livro Solidário, instalada

no átrio da entrada. Todos os livros que aí se encontravam para

venda foram doados voluntariamente pelos alunos da escola.

Esta feira, possibilitou a alunos e professores, a compra de

livros usados, mas em bom estado, a um baixo custo.

Havia livros para todos os gostos e idades, e os seus preços varia-

vam entre os vinte cêntimos e os três euros.

Verificou- se uma grande adesão por parte de alunos e

professores, sendo que no segundo dia de venda, já não restavam

muitos livros para compra.

Todos temos de sentir orgulho deste acontecimento, pois

além de apelar à leitura, também apelou para a importância da soli-

dariedade, pois todos os lucros desta feira, destinam-se para fins

solidários, ou seja, ajudar os mais carenciados.

É de agradecer a todos os professores que se lembraram de

realizar este evento e o tornaram possível, pois a nossa escola além

de ser um local de aprendizagem, também pode ser um lugar soli-

dário!

Luana Félix, 8ºA

JOGOS ROMANOS

Na última semana de aulas do 2º período, na biblioteca da escola

decorreram para os alunos do 3º e do 4º ano os jogos romanos do

Moinho e do Soldado. Estes torneios visaram a seleção dos

melhores para o Torneio que vão disputar com os alunos de Vila

Pouca de Aguiar, no dia 5 de Abril, na Biblioteca Municipal de

Vila Pouca de Aguiar.

Os primeiros classificados foram:

Moinho

3ºA

1º André, 2ºs Guilherme, Fabiana e Érica Ferreira, 5º Luís.

3º B

1º Gonçalo, 2º Morais e 3ºs Bruno, Jéssica e Gabriel.

Soldado

4º A

1ºs Leandro e Diogo Couto e 3º Dylan.

4º B

1º Renato, 2ºs Jorge e Tiago.

Page 3: Jornal Escolar

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XADREZ

Joel Alves lidera Desporto Escolar

Joel Alves depois de vencer os Encontros de Pedras Salgadas e de

Santa Marta de Penaguião e ser 2º na Nadir Afonso de Chaves,

com os mesmos pontos do vencedor, lidera destacado a classifica-

ção geral, quando falta apenas 1 Encontro, que será novamente

nas Pedras Salgadas, a 13 de Abril próximo.

Na classificação geral após os 3 Encontros do Desporto Escolar,

Pedras Salgadas tem 4 alunos nos 6 primeiros classificados.

1º Joel Alves 17 pontos; 2º Luís Santos (Chaves) 15; 3º Henri-

que Gomes e Pedro Moreira (S. M. Penaguião) 13.5; 5ºs Bruna

Gomes e Jorge Rodrigues 12.5.

TORNEIO DA PASCOA

Escola Pedras Salgadas

Decorreu na tarde de quinta-feira dia 14 de Março na escola de

Pedras Salgadas o torneio da Páscoa, disputado em sistema suíço

em 6 rondas. Foram realizados 2 torneios distintos, um para alu-

nos do 1º ano e outro para os do 2º, tendo participado um total de

59 alunos.

Os primeiros classificados foram:

1º ano

Masculino: 1º Ricardo Vital, 2º Miguel Granja e 3º Gil Guedes.

Feminino: 1ª Sara Machado, 2ª Kimberley Silva e 3ª Lara Rodri-

gues.

2º ano

Masculinos: 1º Alexandre Silva, 2º Tiago Apolinário e 3º

Gabriel Rodrigues.

Feminino: 1ª Lara Monteiro, 2ª Sara Gomes e 3ª Tatiana Lou-

renço.

As 3 primeiras do 1º ano

As 3 primeiras do 2º ano

Os 3 primeiros do 1º ano

Os 3 primeiros do 2º ano

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O Projeto “ As TIC e os Jogos Tradicionais

como recurso de aprendizagem na matemáti-

ca”.

O Projeto “ As TIC e os Jogos

Tradicionais como recurso de

aprendizagem na matemática”,

implementado no Agrupamento

de Escolas de Pedras Salgadas

abrange diferentes níveis de ensi-

no: Pré-escolar, 1º e 2º Ciclos.

Este tem como maior desafio a motivação para o gosto pela Mate-

mática. Assenta em diferentes vertentes: cultural, social, ambien-

tal, pedagógica e tecnológica. Como professores/educadores que

somos, não podemos alhear-nos da preservação e propagação da

nossa cultura. Logo, e em contraste com os novos tempos em que

tecnologia domina a sociedade atual, o projeto vai de encontro às

infâncias mais remotas, no sentido de promover os jogos tradicio-

nais e despertar nas nossas crianças, o gosto pela prática dos mes-

mos e levá-los a constatar a componente saudável que sempre lhe

esteve inerente. Assim a Matemática aliada à sua componente

lúdica consegue despertar mais facilmente as crianças, proporcio-

nando-lhes uma aprendizagem mais significativa e diversificadas.

Ao longo do período, e cumprindo o projeto, foram praticados

alguns desses jogos dentro das salas de aula e abordados conteú-

dos matemáticos, recorrendo sempre às Tecnologias da Informa-

ção e Comunicação como veículo de consolidação. No período

subsequente e esperando que as condições climatéricas o propi-

ciem, estes serão praticados ao ar livre, remontando-nos a um pas-

sado mais distante. Neste momento está atingido o primordial

objetivo que é despertar a curiosidade dos alunos e envolver toda

a comunidade educativa em torno da reconstituição de jogos tradi-

cionais que, com a sua extrapolação para o campo da Matemática,

consiga melhorar e ampliar as suas aprendizagens e o seu gosto

pela disciplina.

( A Docente Alexandra Carvalho)

S. VALENTIM

O dia de Valentim na nossa escola

Todas as turmas de segundo, terceiro ciclo e

algumas do primeiro, prepararam antecipa-

damente trabalhos para o dia de S. Valen-

tim.

Foi realizada uma exposição com trabalhos realizados pelos alunos

com mensagens alusivas a este dia, escritos em português, em francês

e inglês. ´

Todos aderiram com muito entusiasmo. Pelo resultado desta iniciativa

resto-nos lembrar, uma vez mais, que a união e o esforço dão grandes

resultados.

Parabéns a todos os que participaram e que o amor e a amizade, neste

dia, e em muitos outros esteja presente em todos os corações!

8ºA

CAÇA AO OVO!

No dia 14 de março realizou-se ,

como todos os anos, a atividade

Caça ao Ovo, atividade dinamizada

pelo Departamento de Línguas. Os

alunos tentaram descobrir onde se

encontravam escondidos, no espaço

da biblioteca, os ovos e resolver os

questionários propostos pelos

docentes de Francês, Inglês e Por-

tuguês. Parabéns a todos.

O Departamento de Línguas

Page 5: Jornal Escolar

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SEMANA DA LEITURA

Os meninos do Jardim de infância de Sabroso de Aguiar estão a

trabalhar o tema “O mar”. Para saberem mais sobre ele têm explora-

do histórias de onde destacam “ LENDAS DO MAR”. A partir deste

livro criaram um conto e divulgam-no esta semana.

A majestade do mar

O Grande Deus das Águas era justo e poderoso, vivia num rochedo e

tinha muitos filhos. Um deles, a água era atrevida e mal comportada

pois não cumpria os conselhos nem as ordens do pai.

Um dia o pai já cansado, resolveu dar-lhe um grande castigo, mandou

que os mosquitos a engolissem. Quando a engoliram o zumbido que

produziam era tão forte que se tornava insuportável e quando a deita-

ram fora ela tinha-se tornado salgada para sempre, até ao fim dos tem-

pos.

Passado tempo, a água do mar que até então havia estado mais calma

resolveu invadir territórios, valeram então na altura os grãos de areia

que, atentos e vigilantes formaram uma muralha e impediram o atrevi-

mento da água do mar, tendo sido assim que se formaram as dunas.

(…)

Depois de muito tempo o velho Deus das Águas morreu e o novo Rei

das Águas cansado de não ter nada para fazer e de ver a água do mar

tão quieta, mandou chamar a feiticeira e disse-lhe que queria o mar a

mexer. Então a feiticeira mandou o albatroz-real pôr três ovos no mar

e assim se formaram as ondas.

Por essa altura um pescador ganhou muito dinheiro com a venda de

peixe e certo dia, quando o peixe começou a escassear, foi para o

rochedo rezar ao Grande Deus das Águas para que o mar voltasse a ter

muito peixe. Rezou tanto que nem deu pelo tempo.

Um outro pescador passou de barco e aviso-o de que corria perigo

devido à subida da água; mais tarde passou uma gaivota e por fim um

peixe voador, todos eles a fazerem o mesmo aviso:

-Vai-te embora daí, sai enquanto é tempo, pois pode ser perigoso.

O pescador avarento não se importou e quando já cansado de tanto

rezar, com os lábios a doer do sal e as pernas doridas pelo frio, resol-

veu desistir, ouviu então a voz do Grande Deus das Águas:

-Mandei-te três avisos e tu não ligaste, porque só pensas no dinheiro

que ganhas com a venda do peixe, agora arranja-te”.

O pescador não podendo fazer nada adormeceu, quando acordou

pode regressar a terra. A partir de então, passou o resto da vida a

ajudar os mais pobres com as pescarias que realizava.

Longe daquele lugar, havia por essa altura um outro pescador muito

pobre que apanhava caranguejos e mexilhões nas rochas da praia

para sustentar os muitos irmãos que tinha. Certo dia uma onda atirou

com uma linda e atraente sereia para um rochedo. Ela pediu-lhe que

a pusesse no mar senão morreria. Ele pôs-se a pensar o que poderia

fazer com ela. Se aproveitasse a parte inferior que era peixe teria

comida para uma semana, se ficasse com a metade superior que era

uma linda rapariga teria a namorada mais bonita que alguma vez se

vira por aquelas paragens. A sereia adivinhando os seus pensamen-

tos fez-lhe a seguinte proposta:

-Se me puseres na água, virei todas as semanas a este rochedo trazer

-te ouro e prata.

Ele aceitou a proposta e ela cumpriu a sua promessa durante muitos

anos.

Quando já velho e rico, a sereia considerou cumprida a sua promes-

sa e deixou de aparecer no rochedo. O pescador mandou construir

uma estátua de sereia em bronze e colocou-a no rochedo.

Um dia, sentado na praia junto ao rochedo chorava pela sereia,

quando ela apareceu e revelaram o seu amor. A partir de então o

pescador desapareceu, de vez em quando são vistos abraçados em

cima de ondas brancas e espumosas.

Junto de uma falésia numa casa modesta vivia uma mulher misterio-

sa. Dela nada se sabia apenas que ajudava aqueles que lhe batessem

à porta a pedir ajuda.

Quando o rei soube da sua bondade quis conhecê-la. Mandou três

dos seus mensageiros a casa da mulher misteriosa mas ninguém

abriu a porta, a casa estava vazia. Então uma gaivota informou-os de

que aquela mulher era a Fada das Ondas, umas vezes em forma de

mulher outras de sereia.

Quem sabe se ela não seria aquela gaivota e que outros segredos são

guardados pelo mar?

Page 6: Jornal Escolar

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Projeto de Leitura em Vai E Vem no jardim de

infância de Pedras Salgadas

Este projeto de promoção de leitura em família do PNL, tem como

objetivo promover uma interação jardim de infância família como for-

ma de incentivar a leitura nas crianças mais pequenas ou em idade do

pré-escolar.

Como tal, e atendendo ao seu interesse pedagógico, este projeto foi

iniciado neste jardim de Infância, no ano letivo 2009/2010.

No presente ano letivo, todas as sextas-feiras as crianças levam para

casa um livro escolhido por elas, da área da biblioteca da sala de ativi-

dades. Este livro é transportado numa capa individual, criada para

cada criança, juntamente com uma ficha de registos das sucessivas

leituras e uma folha para que a criança, em conjunto com a família,

possa fazer um desenho alusivo à

história, que lhe foi contada em

sua casa.

À segunda-feira, já no jardim de

infância, a história e o respetivo

desenho são apresentados ao gru-

po, por cada criança. Posterior-

mente os trabalhos são colocados

num placard, visível a toda a

comunidade educativa.

No âmbito do PNL, na turma do 5ºB, foi lido e

explorado o conto de Alice Vieira, “Trisavó de

pistola à cinta”. A partir do conto explorado, a

aluna recontou a história em verso:

Esta história poderia ser

A de uma trisavó irreverente

Mas quando o tempo passou

A história ficou bem diferente

Todos tinham muito orgulho

De uma aventura tão bonita

Vivida por uma trisavó

Que tinha por nome Benedita.

Às mulheres mais velhas da família

O seu nome foi dado

E eram tantas as Beneditas

Que o leitor ficou admirado.

Contava-se que de pistolas à cinta

Tinha saído um dia

À cata de franceses

Que, por certo, mataria

Na terra de Avelar de Cima

Teria caído inanimada

Socorrida por um fidalgo

Com quem acabou casada.

Tudo isto era muito bonito

E muito orgulho trazia

Mas que era uma traidora

Descobriu-se um dia.

Depois destas descobertas

Que não eram nada bonitas

Acabou-se a geração

Das raparigas Beneditas

Lara Pinto Mesquita, 5ºB, nº 16

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CRUZA-INVERTEBRADOS

Encaixa no diagrama os nomes de animais de acordo com a numeração

CRUZA-VERTEBRADOS

De acordo com as características, completa com os grupos de vertebrados

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Une tarte festive et colorée, facile à réaliser !

Une recette rapide qui ravira les papilles des gourmands et réveillera les pupilles de tous les invités. Succès garanti !

Préparation : 35 min

Cuisson : 20 min - 180°C

Ingrédients : 120 g de beurre mou

100 g de sucre glace

1 pincée de sel fin

1 oeuf entier

230 g de farine

200 g de chocolat noir dessert

20 cl de crème liquide

2 grosses poignées de Smarties

Préparation :

1. Dans un récipient, mélanger le beurre mou avec le sucre glace et la pincée de sel.

- Ajouter l’oeuf entier puis la farine.

- Former une boule de pâte puis la mettre au réfrigérateur couverte d’un film alimentaire pendant environ 30 minutes.

2. Cuire la pâte :

Préchauffer le four à 180°C sur thermostat 6.

- Etaler la pâte avec précaution dans un moule à tarte beurré fariné ou recouvert de papier sulfurisé.

- Faire cuire le fond de tarte pendant 20 minutes environ.

3. Le chocolat

- Hacher grossièrement le chocolat, le mettre dans un saladier.

- Porter la crème à ébullition, la verser sur le chocolat et bien mélanger.

- Laisser reposer pour que la ganache devienne moins liquide.

4. La tarte prend forme !

- Verser la ganache sur le fond de tarte refroidi, bien l’étaler.

- Attendre quelques instants, puis répartir les Smarties dessus.

5. Réserver la tarte au réfrigérateur pendant 1h avant de servir.

Un gâteau aussi beau que bon !

Les traditions liées à la fête de Pâques. Pourquoi les œufs ?

Bien avant l’ère chrétienne, l’œuf était déjà chargé de sens et la coutume de s’offrir

des œufs au printemps est donc antérieure à la fête de Pâques. L’œuf symbolise en

effet la promesse de la vie et a donc toujours été considéré comme un présent de bon

augure. Lorsque l’œuf a été associé à la fête de Pâques, le rapprochement était évi-

dent entre la promesse de vie que représente l’œuf et la résurrection du Christ qui est

fêtée lors de Pâques. Par ailleurs la belle forme de l’œuf en fait un symbole de per-

fection.

La tradition d’offrir des œufs à Pâques vient également de l’interdiction de manger

des œufs pendant la durée du carême. Les œufs pondus pendant cette période étaient

alors conservés après cuisson et décorés pour être offerts le jour de Pâques. Autre-

fois, à une époque où le chocolat était encore une denrée rare, c’était un régal d’œufs

durs qui était offert aux enfants le jour de Pâques.

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CARTA À TERRA

Pedras Salgadas, 18 de janeiro de 2013

Querida Terra,

Como é que tens passado? Decerto, que podias passar

melhor se os homens não mandassem diariamente para o teu

solo, os teus oceanos e a tua atmosfera, grandes quantidades de

substâncias tóxicas. Por isso, também te devo um pedido de des-

culpas, por também contribuir para isso, mesmo sem eu querer.

Não é que na escola, estou a aprender que ao não reciclar e ao

utilizar no meu quotidiano certos sprays, te estou a fazer sofrer?

Posso-te chamar minha amiga, mas tenho consciência que

tal como biliões de pessoas, eu não sou tua amiga.

É que mesmo querendo não te magoar, faço isso todos os dias da

minha vida. Sinto-me tão envergonhada!

Como é que a Humanidade te pode tratar desta maneira

se tu nos dás tudo? Desde um minúsculo grão de areia até ao

tesouro maior de todos, a vida.

E mesmo assim, os homens tratam-te cada vez pior...

Será que não sabem que te estão a matar aos poucos?

Será que não têm medo que a vida acabe para sempre e não pos-

sam surgir novas gerações?

Tu és a vida, e se tu morreres todos morremos.

É triste mas, é a realidade.

Um grande pedido de desculpas em nome da Humanidade.

A tua "não-amiga" muito desgos-

tosa,

Luana, 8ºA

A MENINA DO MAR

Trabalho realizado pelo 3ºano / turma A, após leitura e exploração

da obra de Sophia de Mello Breyner Andresen, “A Menina do Mar”.

A gaivota deixou

No meio do mar

Uma linda menina

Numa gruta a morar.

A menina do mar

Pequenina e rosada

Tem um lindo vestido

Feito de alga encarnada.

O seu cabelo é verde

Os seus olhos arroxeados

É meiguinha e simpática

Só gosta de bailados.

Tinha como companhia

O polvo, o peixe e o caranguejo

Todos tratavam dela

E realizavam os seus desejos.

O polvo cuida de tudo

É o mais trabalhador

Com os seus oito braços

É amigo e protetor.

O caranguejo amigo

É o seu costureiro

Também é o ourives

E muito bom cozinheiro.

Para seu confidente

O peixe maravilhoso

Dá-lhe beijos e abraços

É amigo carinhoso.

Na praia apareceu

Um rapaz curioso

Passou também a ser

O seu amigo precioso.

Vivem todos felizes

Nas profundezas do mar

Nunca mais deixaram

De o amor partilhar.

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AI MAR!

Vivo tão longe de ti,

mas de ti ouço falar.

Dizem que não tens fim,

que tuas algas são jardim,

onde sonho passear.

Dizem que tens muitos peixes,

nas tuas águas a nadar.

Que é tanta a tua beleza

que não se encontra na Natureza,

algo que te possa igualar.

Também me dizem que tuas ondas,

nos rochedos a bater,

dão fortes rugidos!

Não serão dolorosos gemidos

pelo que te estão a fazer?

Ouço ainda dizer,

mas não sei se vou acreditar

que as tuas águas salgadas

são lágrimas choradas

pelos portugueses a lutar.

Ai mar! Vives tão longe de mim!

Como te posso ajudar?

Ando tão preocupada,

e se o homem não tem cuidado,

acaba por te matar.

(Ana Borges Diegas – 4º A)

MAR E MAR

HÁ LER E RIMAR

Há muitas pessoas

Que gostam do mar

Fazem viagens

Para o observar.

Os nossos mares são profundos

Lindos como o céu

Onde brincamos juntos

Usando sempre chapéu.

No mar há animais

Que nós podemos comer

São recursos naturais

Para podermos viver.

Devemos proteger

Os nossos mares

São fontes de lazer

Em todos os lugares. (2º B)

NESTA ESCOLA

Há quatro anos que ando nesta escola,

Nela aprendi a ler e a escrever,

Aprendi muitas coisas

E, no recreio o que faço é correr.

A escola é divertida

E nela podemos aprender.

O professor ensina coisas novas

E dá-nos trabalhos para fazer.

A minha escola é novinha

Tem um grande pavilhão.

Onde faço Educação Física

Que faz bem ao coração.

Se não passarmos de ano,

É uma grande confusão.

Espero que isso não aconteça,

Por isso presto sempre atenção.

(Denise 4.º A)

PRIMAVERA

Era bom que fosse sempre primavera

Para mim é a estação mais bela

Em que está tudo florido.

Ficando muito colorido.

Os pássaros começam a cantar

E os ninhos vão preparar

Para a sua nova criação

Que nascerá pelo verão.

É a estação das flores

Na qual mais gosto de brincar

Ver o tapete das cores

Quando vou pelos jardins a passear.

(Joana – 3º B)

UM DIA TÃO LINDO

Um dia tão lindo de céu

De céu azulinho,

O menino corria

Num longo caminho.

Para onde vais,

Assim a correr?

Num caminho tão duro!

Que vais tu fazer?

O menino parou e olhando

para mim, com os seus olhos

tristes

Ele disse-me assim!

_ Não vou fazer nada

Corro sem orientação

O dinheiro acabou

Não tenho alimentação.

(Gabriel- 3º B)

Page 11: Jornal Escolar

11

Entrevista ao Presidente da

Associação de Pais

José Miguel Ferreira Correia de Matos, técni-

co superior no Município de Vila Real, 42

anos, casado, dois filhos, residente em Pedras

Salgadas. É Presidente da Associação de Pais

desde o ano letivo 2008/2009.

Alunas- Em que consiste o cargo de Presidente de Associação

de Pais?

Presidente da Associação de Pais- Basicamente, o que faz a

Associação de Pais é ajudar os pais dos alunos do Agrupamento

nas dificuldades que sentem nas relações com a escola, ou seja, se

há um pai que, por qualquer motivo, não consegue estabelecer um

contacto com o professor ou tem um problema para resolver com

um processo disciplinar controverso, a Associação de Pais ajuda

os pais, informa-os e é isso que faz.

Alunas- Há quanto tempo é Presidente da Associação de Pais?

Presidente da Associação de Pais- Ora bem, desde que a associa-

ção foi criada, ou seja, há cerca de três anos.

Alunas- Gosta deste cargo?

Presidente da Associação de Pais: Gosto, se não gostasse do car-

go não me disponibilizava para ele.

Alunas- Então e o que acha da escola?

Presidente da Associação de Pais- Olha, da escola tenho muitas

e variadas opiniões, em primeiro lugar, acho que a escola é funda-

mental para o desenvolvimento intelectual e psicomotor das crian-

ças, portanto, só por aí desenvolve um papel muito importante.

Depois, porque é o único espaço, onde as crianças efetivamente

podem obter a sua formação, e a formação aqui, refiro-me à for-

mação intelectual, naturalmente não me refiro à educação que é da

exclusiva responsabilidade da família e, portanto, fora daquilo que

é responsabilidade da família, a escola desempenha esse papel,

desempenha o papel de formação e informação, que é fundamental

para o desenvolvimento integrável e saudável das crianças.

Alunas- Concorda com o novo estatuto do aluno?

Presidente da Associação de Pais- Concordo, no geral concordo

com o novo estatuto do aluno, por duas ordens de razões. Primei-

ro, porque vem responsabilizar os pais precisamente por aquilo

que vem sendo notado como sendo a falha do desempenho do seio

familiar, portanto, acho que os pais devem participar mais na esco-

la, mais nas atividades e devem ter, sobretudo, uma proximidade

maior com a escola pela razão da educação dos seus filhos. Depois

também responsabiliza o aluno, responsabiliza o aluno num grau

mais elevado, responsabiliza-o na relação com os seus colegas, na

relação com os professores e também com os auxiliares da escola,

portanto, nesse aspeto eu sou, e estou a favor, e sou apologista de

que este documento, esta lei é fundamental.

Alunas- Gosta de trabalhar com os colaboradores da Associa-

ção de Pais?

Presidente da Associação de Pais- Gosto, porque tal como eu são

pais dedicados, são pais que se interessam com a escola, são pais

que dão do seu tempo para ajudar os outros e para ajudar os filhos

dos outros também. E este é o papel fundamental da Associação

de Pais, nós estamos a trabalhar não só em prol do bem dos nossos

filhos e das nossas crianças, como também para o bem e para o

melhor desenvolvimento dos filhos dos outros pais.

Alunas- O que acha da junção dos dois agrupamentos, o de

Vila Pouca e o das Pedras Salgadas?

Presidente da Associação de Pais:- Apesar de não concordar,

entendo os motivos que levaram à agregação. Esses motivos têm

que ver fundamentalmente com razões de caráter financeiro e não

com o facto de um ou outro agrupamento ser melhor ou pior.

Alunas- Acha que será prejudicial para o bom funcionamento

dos dois agrupamentos?

Presidente da Associação de Pais:- Não. Acho que vai ser dife-

rente em vários aspetos, sobretudo, nos que dizem respeito às pes-

soas que nos habituamos a ver de mais perto como aquelas pes-

soas a quem podíamos pedir apoio para resolver os diferentes pro-

blemas que iam surgindo. Depois pelo facto de deixar de haver

dois órgãos de gestão, duas Associações de Pais, entre outros, para

haver só um para os dois agrupamentos.

Alunas- Gostava de voltar a ser eleito Presidente da Associa-

ção de Pais?

Presidente da Associação de Pais:- Sim, gostava. Enquanto os

meus filhos estiverem a estudar no agrupamento, e se os outros

pais assim o entenderem, estarei disponível.

As alunas: Catarina Borges, 8ºA

Maria Matos, 8ºA

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As TIC como recurso de aprendizagem da lín-

gua materna

Olá pais:

Este ano letivo, o nosso agrupamento decidiu abra-

çar o projeto “As TIC como recurso de aprendiza-

gem da língua materna”.

Uma das suas vertentes terá a vossa participação, uma vez que

se pretende a elaboração de um livro, onde os pais/encarregados de

educação terão de contar, recriar ou imaginar histórias com os filhos/

educandos.

A elaboração deste livro terá como objetivo contribuir para o

desenvolvimento da linguagem oral e promover a leitura e escrita de

textos. Este projeto deseja, também, descobrir na criança valores, utili-

dades e estratégias de leitura e escrita que estimulem o seu interesse.

Os alunos encarregar-se-ão de levar uma pen onde cada família

escreverá o seu texto. Juntamente com o suporte digital irá um caderno

onde o aluno terá a possibilidade de ilustrar a história que (re)criou.

No fim, todos os textos serão compilados e organizar-se-á o

livro, para poder ser consultado por toda a comunidade escolar.

Obrigada a todos pela vossa colaboração.

A professora dinamizadora do projeto,

Carla Alves

Amizade

Ele usava óculos, na escola, era por vezes

gozado pelo seu ar trapalhão e ingénuo.

Muitas vezes queria participar nos jogos

com os amigos, jogar futebol, mas eles

não o aceitavam. As raparigas despreza-

vam-no. Eu não o conhecia, mas, certa vez, uma sexta feira encontrei-o à

saída da escola, quando havia deixado cair os livros.

Vinha carregado de livros, pois fora esvaziar o seu cacifo. Ajudei-o a apanhá

-los, perguntei-lhe onde morava e, como era perto de onde eu vivia, fiz-lhe

companhia. Pelo caminho quis meter conversa mas ele mal respondia. No

entanto, pelo caminho, pouco a pouco foi cedendo e falando com mais à von-

tade. Perguntei-lhe se ia jogar futebol com os amigos no fim de semana e ele

respondeu-me que não o aceitavam. Então convidei-o para ir jogar com a

minha equipa e ele, depois de pensar um pouco aceitou. Foi um fim de sema-

na excelente. Jogou, divertiu-se e a partir daí, tornámo-nos bons amigos.

O tempo foi passando e fomos cimentando a nossa amizade e eu apoiava-o

nos seus estudos. Tornou-se bom aluno e foi bem-sucedido, junto dos cole-

gas e das raparigas, às vezes até eu tinha inveja. Uns anos mais tarde termi-

nou, como eu, o curso. Na cerimónia de entrega de diplomas, alguns alu-

nos usariam da palavra e ele seria um. Quando chegou a sua vez, parecia

nervoso, olhou o público, olhou-me, dei-lhe uma pancadinha nas costas e

disse-lhe para se acalmar, pois tudo correria bem. Começou o discurso:

- Quando se acaba um curso, temos de agradecer a muitas pessoas: aos

pais, irmãos, familiares, professores, mas sobretudo aos amigos. Hoje que-

ro agradecer a todos, mas em especial a um amigo que aqui está, sem ele

nada teria sido possível… e olhando-me nos olhos, para meu espanto, con-

tou como tinha planeado abandonar a escola naquele fim de semana em

que nos conhecemos e jogámos futebol juntos. Que por isso esvaziara o

cacifo e escrevera uma carta aos pais, e só não o fizera porque o nosso jogo

de futebol o trouxera de novo à esperança. Nunca vou esquecer o olhar de

agradecimento dos seus pais ao olharem-me!

Nunca deixes os teus amigos.

David Magalhães Ferreira

Uma joaninha muito especial

Era uma vez uma linda joaninha que andava de bicicleta pela minha

casa.

Um dia, quando eu estava a descansar no sofá ouvi um barulho estra-

nho que vinha por detrás de uma planta que tinha no salão.

Aproximei-me e lá estava ela, a tentar subir pela planta acima até a

folha. Fiquei surpreendida e perguntei-lhe:

- Ola linda joaninha! O que estas a tentar fazer? Nunca vi uma joani-

nha a andar de bicicleta!

Ela estava exausta e respondeu com um ar cansado.

- Estou a praticar para dar a volta ao mundo.

Soltei logo uma grande gargalhada.

- Porque é que te estas a rir de mi? Perguntou-me a Joaninha ofendida.

- Não fiques chateada comigo. É que nunca vi uma ideia tao absurda.

És tao pequenina que é quase impossível dares a volta ao mundo. Digo

-lhe eu.

- É o meu sonho e vou lutar por ele, diz ela.

Fiquei com pena dela, e pensei em poder ajuda-la.

- Olha se quiseres, eu levo-te até ao aeroporto, dai podes seguir o

destino que tu quiseres! Digo-lhe eu.

- Esta bem, obrigada! Fico te muito agradecida. Diz a linda joaninha.

No dia a seguir la fomos nós.

Desde esse dia nunca mais vi a linda joaninha. Que será feito dela? Já

passaram tantos anos.

Ontem a tarde, estava a regar a minha planta e de repente vi um papel

tão minúsculo, preso a uma folha. Peguei nele, abri-o e estava la

escrito uma mensagem, que mal podia ler. Fui ao quarto buscar uma

lupa e comecei a ler. A mensagem dizia.

“Mesmo sendo pequenina consegui concretizar o meu sonho. Quando

lutamos por algo com todas as forças conseguimos sempre alcança-

lo.”

FIM

Kimberley da Silva 1 A

Page 13: Jornal Escolar

13

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Era uma vez uma borboleta que encontrou um buraco, e

resolveu ir espreitar.

Era um buraco enorme, tinha flores à entrada e pedrinhas à vol-

ta e decorações por todos os lados! A borboleta estava ansiosa

para ver quem morava naquela casa tão bonita e tão asseada.

De repente saiu da casa uma formiga toda apressada e logo

sem hesitar a borboleta perguntou:

- Porque estás apressada?

- Estou apressada porque, hoje a minha filha vai casar-se e

eu quero-lhe fazer uma festa em que haja comes e bebes e

sobretudo que esteja a casa limpa e toda decorada- respondeu-

lhe a formiguinha.

A borboleta ficou preocupada e resolveu ajudar a formiga

dizendo-lhe:

- Se quiseres eu posso ajudar-te a preparar o bolo e a fazer

sumos de laranja!-A formiga aceitou pois não podia recusar

uma ajuda daquelas, logo naquele momento, e disse:

Eu aceito, e até te convido para a festa!- exclamou ela.

À noite os noivos vieram e a filha da formiga, não imaginou a

habilidade que a borboleta e a formiga tiveram para preparar

aquela festa.

Ana Diegas 4ºA

A cigarra e a formiga

Num dia quente de verão, uma alegre cigarra estava a cantar e a tocar o seu violão, com todo o entusiasmo. Ela viu uma formiga a

passar, concentrada na sua luta diária que consistia em guardar comida para o inverno.

- Formiga, anda brincar comigo, em vez de trabalhares tanto! Desafiou a cigarra,

- Vamo-nos divertir!

- Tenho de guardar comida para o Inverno, respondeu a formiga, sem parar,

- E aconselho-te a fazer o mesmo!

- Não te preocupes com o inverno, formiga, está ainda muito longe, disse a cigarra, despreocupada,

- Como vês, comida não falta!

Mas a formiga não quis ouvir e continuou a trabalhar. Os meses passaram e o tempo arrefeceu cada vez mais, até que chegou o Inver-

no e tudo ficou coberto de neve.

A cigarra, esfomeada e gelada, foi a casa da formiga e implorou humildemente por algo para comer.

- O que fizeste durante todo o Verão? Perguntou a formiga.

- Durante o Verão cantei! Disse a cigarra.

- Pois então agora dança! Disse a formiga, e dizendo isto, fechou a porta deixando a cigarra entregue à sua sorte.

Fim Tomás Afonso Canto Alves, 5 anos

A Joaninha e a Abelha

Era uma vez uma joaninha andava a passear pelo campo encontrou a sua amiga abelha e ela disse-lhe:

-Bom dia abelha!

-Bom dia joaninha!

-O que andas a fazer?-perguntou a joaninha.

-Eu ando a tirar o pólen das flores para levar para minha casa. Queres vir jantar a minha casa joaninha?

-Pode ser!-concordou a joaninha.

E a abelha muito contente por a joaninha aceitar o seu convite, foi fazer o jantar.

Passado algumas horas a joaninha foi ter à casa da abelha, o seu jantar foi muito bom.

A joaninha para a compensar a abelha convidou-a para um lanche, lanharam juntas e a abelha agradeceu a joaninha por lhe dar aquele lanche

tão saboroso.

O sapo ouviu a joaninha a convidar a abelha para um lanche, zangado por não ser convidado para o lanche da joaninha, foi contar á abelha que

a joaninha falou mal dela, a abelha muito zangada fez uma partida à joaninha, como a joaninha estava distraída a abelha colocou um pau no

caminho e a joaninha tropeçou e caiu.

Alguns dias depois a abelha ouviu o sapo a dizer á rã que mentiu á abelha acerca da joaninha.

A abelha foi pedir desculpa á joaninha porque tinha sido muito má para ela.

A joaninha disse-lhe que nunca falaria mal dela e que queria que elas fossem as melhores amigas.

A mural desta história é nunca tomes decisões precipitadas.

Filipa Carneiro 3º B

Iara no mundo da fantasia Iara é uma menina linda de cabelos loiros e olhos

azuis.

Ela adora cantar e dançar e é uma grande sonhadora.

Recentemente, sonhou que era uma grande bailarina.

Sonhou que viajava pelo mundo e que conhecia mui-

tos meninos como ela.

Numa dessas viagens, foi visitar Paris.

Lá conheceu um menino chamado João Pedro. Um menino moreno de

olhar meigo.

De imediato se tornaram grandes amigos.

Passearam juntos, visitaram museus, dançaram em grandes palcos…

Num desses espetáculos foram convidados a participar num concurso de

Ballet.

Ensaiaram dias a fio…

No dia do concurso, estavam bastante nervosos. Mas conseguiram ganhar

o primeiro prémio. Pois evidenciaram muito talento e cumplicidade.

Como eram meninos muito especiais, decidiram doar o prémio a uma ins-

tituição de solidariedade.

Os dias foram passando e chegou o dia do regresso.

Iara e João Pedro despedem-se um do outro, já cheios de saudades de

todos os momentos passados.

Mas prometeram encontrar-se muito em breve…

Iara Carneiro, 3 anos

JI de Vila do Conde

As TIC como recurso de aprendizagem da língua materna (Cont…)

Page 14: Jornal Escolar

14

A cada cigarro menos 11 minutos de vida

Calculam que fumar de maneira habitual encurta a esperança

de vida em 6,5 anos

Valendo-se de estudos epidemiológicos,

cientistas do Reino Unido determinaram o

real impacto sobre a saúde das pessoas.

Consumir um pacote de 10 unidades equivale

a viver três horas e 40 minutos menos,

enquanto que um maço completo equivale a

um dia e meio na vida do fumador.

Sempre tem se dito que o tabaco é nocivo para a saúde, que pode

provocar cancro e que a longo prazo encurta a vida das pessoas.

Um novo estudo realizado por um grupo de cientistas da Universi-

dade de Bristol na Inglaterra, dá mais precisão a estas advertências

ao calcular que cada vez que um homem fuma um cigarro encurta

sua vida em 11 minutos. Como se fosse pouco, o estudo publicado

pela revista cientifica British Medical Journal, afirma que os adic-

tos ao tabaco diminuem em 6,5 anos sua esperança de vida por cul-

pa dos cigarros.

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Lê Mais no SitedeCuriosidades.com: http://www.sitedecuriosidades.com/

A Terra Era um Só Continente no Início

Pangea

A terra foi um dia reunida num

só lugar, num único continente.

Certo dia, ela foi repartida por

fissura e transformou-se em

vários continentes.

Este acontecimento foi registra-

do na Bíblia por meio de um

nascimento, o nascimento de um bebê chamado Pelegue (Gn

10.25). Eis a maneira como foi relatado o tremendo acontecimento:

"A Éber nasceram dois filhos: um teve por nome Pelegue, porquan-

to em seus dias se repartiu a terra". Este acontecimento foi tão

importante que no livro de I Crônicas 1.19, a mesma frase é repeti-

da.

Na antiguidade oriental costumava-se dar nomes aos filhos de

acordo com certos acontecimentos importantes. É interessante res-

saltar que o nome Éber significa "União" e o nome Pelegue signifi-

ca "Divisão".

Um climatologista alemão chamado Alfred Wegener propôs evi-

dência científica para apoiar a ideia que os continentes um dia esti-

veram juntos. A esta terra única ele chamou de "Pangea".

Segundo ele, quando a Pangea se partiu, transformou-se, inicial-

mente, em dois super continentes: o Norte que ele chamou de Lau-

rasia e o Sul que denominou Gondwanalândia.

Curiosidades sobre Reciclagem

Papel Se 1 milhão de pessoas usarem o verso do papel para escrever e desenhar, a cada mês será preser-

vada uma área de floresta equivalente a 18 campos de futebol.

Reciclagem de lixo A reciclagem de uma única latinha de alumínio economiza energia suficiente para manter um apa-

relho de TV ligado durante 3 horas.

Vidro

A energia poupada pela reciclagem de uma garrafa de vidro é suficiente para manter acesa uma lâmpada de 100 watts durante 4 horas.

Por cada tonelada de vidro usado incluída no fabrico de vidro poupam-se 1,2 toneladas de matérias-primas originais.

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CONHECES OS SIGNIFICADOS DOS SÍMBO-

LOS DA PÁSCOA?

Do hebreu Peseach, Páscoa significa a passagem da escravidão para a

liberdade. É a maior festa do cristianismo e, naturalmente, de todos

os cristãos, pois nela se comemora a Passagem de Cristo – “deste

mundo para o Pai”, da “morte para a vida”, das “trevas para a luz”.

Considerada, essencialmente, a Festa da Libertação, a Páscoa é uma

das festas móveis do nosso calendário, vinda logo após a Quaresma e

culminando na Vigília Pascal.

Entre os seus símbolos encontram-se os Ovos de Páscoa, o Círio

Pascal, o Cordeiro Pascal, a Coelhinha da Páscoa, o Pão e o

Vinho e a Cruz da Ressurreição.

Ovo de Páscoa - A existência da vida está inti-

mamente ligada ao ovo, que simboliza o nasci-

mento.

~

Coelhinho da Páscoa – Por serem animais com

capacidade de gerar grandes ninhadas, sua ima-

gem simboliza a capacidade da Igreja de produ-

zir novos discípulos.

A Cruz da Ressurreição – Traduz, ao mesmo tem-

po, sofrimento e ressurreição.

O Cordeiro – Simboliza Cristo, que é o cor-

deiro de Deus, e se sacrificou em favor de

todo o rebanho.

Pão e Vinho – Na ceia do senhor, Jesus

escolheu o pão e o vinho para dar razão ao

seu amor.

Representando o seu corpo e sangue, eles

são dados aos seus discípulos, para celebrar

a vida eterna.

O Círio – É a grande vela que se acende

na Aleluia. Quer dizer: “ Cristo, a luz dos

povos”. Alfa e ómega nela gravadas que-

rem dizer: “Deus é o princípio”.

“Viver é acalentar sonhos e esperanças, fazendo da fé a nossa inspiração maior. É

buscar nas pequenas coisas, um grande motivo para ser feliz! “

Mario Quintana

Page 16: Jornal Escolar

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Agradecimentos

A equipa de trabalho do jornal “O Pedrinhas” agradece a todos os alunos e professores que contribuíram para esta segunda edição. Esperamos con-

tinuar a receber textos de toda a comunidade escolar (desta vez também queremos textos de encarregados de educação e funcionários!) Boa Páscoa

a todos!

Ficha Técnica

Equipa de trabalho: Aldora Alves

Coordenação: Sílvia Pinto

Tiragem: 20 exemplares

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CRUZA-INVERTEBRADOS

1– Formiga; 2-minhoca; 3-polvo; 4-besouro; 5-caracol; 6-barata; 7-abelha; 8-borboleta; 9-aranha; 10-camarão; 11-bicho-da-seda;

12-escorpiºao; 13-mosquito

CRUZA-VERTEBRADOS

1– anfíbios; 2-aves; 3– mamíferos; 4-répteis; 5-aves

VOTOS DE UMA FELIZ PÁSCOA