Sindicato dos Empregados em Administradoras de Consórcios, Vendedores de Consórcios, Empregados eVendedores em Concessionárias de Veículos, Distribuidoras de Veículos e Congêneres no Estado de Minas Gerais

JAN/FEV/2008

SINDICATO ABRE NEGOCIAÇÃODA CAMPANHA SALARIAL 2008

O SINDCON-MG, o Sincodiv-MG eo SINAC já participam em reuniões

de negociação visando a ConvençãoColeitva de Trabalho 2008. As

reivindicações aprovadas pelostrabalhadores buscam, principalmente,

o ganho real de salários e oestabelecimento de um piso salarial

mais justo para a categoria.

SETOR DE VEÍCULOS E SERVIÇOS

EXPLODEMOS LUCROS

Página 3 Páginas 2 e 3

EMPRESASAMPLIADAS

NOVAS UNIDADES MOSTRAMA SAÚDE DO NEGÓCIO

Continuam de vento em popa os altosinvestimentos de várias concessionárias de veículospara ampliarem suas unidades e inaugurarem novospostos de venda. Não só na Grande-BH, mas,mesmo no interior do Estado, o setor de vendas de

veículos e serviços mostra o seu “boom”,sinalizando os altos lucros do setor.

A despeito deste crescimento, as empresasteimam em não oferecer melhores condições desalário e trabalho. Página 4

Governo investe na indústria de multas

EdiçãoJosé Geraldo Ribeiro

MG 02717 JP

FotosTomaz Cintra

CTP e ImpressãoLastro Editora

JAN/FEV 2008

Distribuição gratuita

EXPEDIENTE

Gerson Antônio FernandesPRESIDENTE

Repouso SemanalRepouso SemanalRepouso SemanalRepouso SemanalRepouso SemanalRemunerado paraRemunerado paraRemunerado paraRemunerado paraRemunerado paraos trabalhadoresos trabalhadoresos trabalhadoresos trabalhadoresos trabalhadores

janeiro19,23%

fevereiro26,08%março24,00%

Sindicato dos Empregados emAdministradoras de Consórcios,

Vendedores de Consórcios, Empregadose Vendedores em Concessionárias deVeículos, Distribuidoras de Veículos e

Congêneres no Estado de Minas GeraisAv. Itaú, 400

Dom Bosco - BH - MGCep: 30730-435

PABX: (31) 3464 8383FAX: (31) 3464 5678

sindcon@sindconmg.com.brwww.sindconmg.com.br

2 SINDCON-MG - Trabalho e Cidadania - JAN/FEV/2008

Sindicato já discuteSindicato já discuteSindicato já discuteSindicato já discuteSindicato já discute(IBGE). O Sindicato, noentanto, vem buscando aolongo de todas as negociaçõesmelhorar o piso salarial dacategoria, que ainda hoje estámuito baixo, superando pormuito pouco o salário mínimodo País: R$ 425,00 (BH,Contagem e Betim) e R$ 405,00nas demais localidades. Nãopodemos admitir que umtrabalhador com a extremaresponsabilidade de vender umproduto tão caro como veículos,continue recebendo um saláriotão miserável, exigindo umaposição de responsabilidadesocial dos empresários do

Pode parecer aquela velha frase “chover no molhado”, mas nuncaserá demais lembrar a cada companheiro a sua responsabilidadeem lutar pelos seus direitos e arcar com suas responsabilidades.

Fortalecer a luta do Sindicato através da mobilização eparticipação não significa preocupação apenas com o bolso ou acarteira, mas honrar sua responsabilidade em garantir o justo padrãode vida familiar. Poder chegar em casa com a cabeça erguida diantedos filhos, da esposa, esposo, ou da sua própria consciência, zelosode ter cuidado do seu empenho e de ter valorizado o sacrifício emhoras e horas de trabalho.

Contamos com cada companheiro em mais esta luta pelos direitosda categoria.

Gerson Fernandes

A “Pauta de Reivindicações”aprovada pelos trabalhadores jáestá sendo discutida em mesade negociações entre oSINDCON e o Sincodiv. Asreivindicações foramoficializadas à representaçãopatronal em tempo hábil, parapermitir que as negociaçõessejam concluídas antes mesmoda data-base da categoria, em1º de março.

Certamente, temos comoprimeira preocupação agarantia do valor real dossalários, através do repasseintegral da inflação acumuladano período, medida pelo INPC

MobilizaçãoMobilizaçãoMobilizaçãoMobilizaçãoMobilizaçãoda categoriada categoriada categoriada categoriada categoria

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Montadoras prevêem produzirMontadoras prevêem produzirMontadoras prevêem produzirMontadoras prevêem produzirMontadoras prevêem produzirmais de 3 mi de veículos em 2008mais de 3 mi de veículos em 2008mais de 3 mi de veículos em 2008mais de 3 mi de veículos em 2008mais de 3 mi de veículos em 2008

Ainda no final do ano passado, a Anfavea (AssociaçãoNacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) já previa umaprodução de 3,240 milhões de veículos em 2008, uma estimativade crescimento de 8,9% sobre toda a produção de 2007.

O crescimento explosivo do setor automobilístico possibilitouuma crescimento de 27,8% nas vendas, segundo informaçõesveiculadas pela Fenabrave (Federação Nacional daDistribuição de Veículos Automotores) , com cerca de 2,3milhões de unidades comercializadas (veículos leves). Asvendas totais, incluindo caminhões, ônibus, motos eimplementos rodoviários, atingiram 4.248,275 unidade,registrando um crescimento de 29,57%. Esta evolução nasvendas, segundo a entidade, registrava uma superação de21,03% em relação ao ano anterior.

Venda de veículos puxa o PIBVenda de veículos puxa o PIBVenda de veículos puxa o PIBVenda de veículos puxa o PIBVenda de veículos puxa o PIBO setor automotivo foi o responsável, em 2007, por 5% do PIB

(Produto Interno Bruto) e 18% do PIB Industrial, prevendo umcrescimento de 14% para este ano. O governo ganhou com umaalta de 14,8% em impostos, com uma arrecadação de tributosda ordem de R$ 30 bilhões, quase R$ 5 bilhões a mais que noano anterior.

Este aquecimento na produção vem provocando umcrescimento também vertiginoso do número de concessionárias.

e a Convenção Coletiva 2008e a Convenção Coletiva 2008e a Convenção Coletiva 2008e a Convenção Coletiva 2008e a Convenção Coletiva 2008setor, cada dia mais ricos. Aomesmo tempo, buscamoscondições mais justas detrabalho e apelamos paramaior reconhecimento dodesempenho através davalorização das comissões.

Uma das grandesconquistas da categoria nosdois últimos acordos, voltamosa insistir com a classe patronalpara que aja de uma maneiramais rigorosa para fazercumprir a jornada de trabalhoque preserve o descanso dostrabalhadores aos domingos, oque tem exigido do Sindicatoum trabalho de fiscalizaçãointenso.

A discussão da ConvençãoColetiva de Trabalho não deveser considerada apenas omomento de discutir salários eos demais direitos, mastambém o de fazer umaavaliação e aprofundar naharmonia das relações dotrabalho, que vem sendoprejudicadas por algunspatrões de posicionamentosatrasados e autoritários, queinsistem em sonegar asdeterminações que seu própriorepresentante sindical assinacom a representação dostrabalhadores.

Orca, péssimo exemplo de patrãoO SINDCON não obteve a liminar contra os abusos cometidos

pela Orca, que decidiu intempestivamente acabar com o refeitóriodos trabalhadores, que deve ser considerado direito adquirido.

O jurídico da entidade, no entanto, toma as providênciasnecessárias para que a empresa respeite os direitos dostrabalhadores e já entrou com nova ação contra a atitude irracionalde ter tirado o refeitório dos trabalhadores. A nova audiência estámarcada para este mês de fevereiro.

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da

A indústria das multas nas estradas“Mata-se o boi para acabar com

os carrapatos”. Esta máxima popularsobre o desvio de medidas para nãoagir de maneira simples e objetivailustra a discussão travada dentro dogoverno para tentar diminuir ovolumoso número de acidentes nasestradas brasileiras.

Os 122.985 acidentesregistrados em 2007, levando 6.840pessoas à morte, deverão ser ata-cados pelo governo federal commaior dose de multas. Em 2007, asmultas em flagrante ultrapassaram oastronômico número de 2 milhões,27% mais do que em 2006. Destasmultas, 600 mil ocorreram por exces-so de velocidade flagrados por ra-dares. A embriaguês premiou 6.123motoristas que tomaram bomba noteste do etilômetro, uma espécie debafômetro em que não é preciso so-prar.

Apesar dos motoristas bêbadosserem responsabilizados por 1,5%,o governo quer implementar a partirde fevereiro a proibição de bebidasalcoólicas ao longo das rodovias,provocando pronta reação de donos

de churrascaria, que anunciam aquebradeira dos restaurantes.

Nos levantamentos do governo,a falta de atenção é responsável por34% dos acidentes. Este percentualnão significa nenhuma surpresadiante das precaríssimas condiçõesdas rodovias, sinalizaçõesencobertas pelo mato, desnível daspistas, falta de acostamentos, queexigem atenção redobrada dos mo-toristas.

MULTASUma das

medidas mais polêmi-cas pensadas peloministro da Justiça,Tarso Genro, é o deestabelecer multasconforme o valor dosv e í c u l o s ,criminalizando oexcesso develocidade. Enquan-to o governo evita co-mentar a utilização deapenas a metade doorçamento disponívelem 2007, a expecta-

tiva de solução do caótico estado deconservação das estradas estásendo totalmente depositado nosprocessos de privatização einstalação de pedágios. Ou seja,continuaremos pagando todos os im-postos para o governo e ainda temosque reservar quantias vultosas paraos felizardos que ganharem asmilionárias licitações que meterãocancelas em cada estrada quepassarmos.

A explosão do setorautomobilístico, com númerosespetaculares, fazendo com quesejam aquecidas também asindústrias de plástico, metalurgia,vidros e todos os insumos para aprodução de veículos trazem bonsventos para o setor deconcessionárias de veículos. Asobras esparramadas em todo oEstado, com expansão deestruturas já existentes e aberturade novas unidades, demonstramcomo o lucro vem engordando opatriomônio das empresas.

Podemos ver obras nasprincipais empresas, como RomaVeículos, Automax e Recreio. ACarbel, que tinha instalações

Os acidentes continuam matando impunemente

Reprodução

Concessionárias de veículos ampliam redeacanhadas na Av. Nossa Senhorado Carmo, já alcançou umaampliação que atinge cincobandeiras. O mercado começa aser invadido até mesmo porinvestimentos de fora do Paíse nosso Estado vem sendoexplorado por grupo baiano,Grande Minas.

Este crescimento demonstraque os empresários do setorpodem ter um mínimo de boavontade com os trabalhadores,elevando os saláriosmiseráveis e o piso ridículo aum patamar mais justo e queasseguraria poderem falar em“responsabilidade social”, comosempre acontece em seus eventos.

Infelizmente, além dos baixossalários, os patrões exercem fortepressão para o alcance de metas,sem, no entanto, oferecemcondições mínimas de trabalho.

Uma das 5 unidades do Grupo Roma