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FÔLEGO JORNAL-LABORATÓRIO SOBPRESSÃO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIFOR OUTUBRO/NOVEMBRO 2010 ANO 7 N° 23 O fotógrafo José Albano fala em entrevista sobre as várias viagens que fez na sua moto de 125 cc pelo Brasil afora e do seu livro “Manual do viajante solitário”. Página 4 Saltando para ficar em forma O HOP BR é um novo treinamento, adotado pelas academias, que possui tecnologia IPS (Impact Protection System), protegendo a coluna e os membros inferiores Suiani Sales Já imaginou exercitar-se por meio de botas que fazem você pular? Essa é a mais nova atra- ção para quem gosta de fazer algo diferente na academia. Conhecido como HOP BR, a nova modalidade é uma aula aeróbica pré-coreografada ge- nuinamente brasileira. O pro- grama inspirou-se numa tec- nologia suíça que utiliza um calçado capaz de absorver até 80% do impacto dos saltos, porcentagem que nenhum tê- nis convencional possui. Por ser um treinamento ae- róbico que se utiliza de técni- cas do salto e amortecimento, este se baseia na teoria da gra- vidade de Albert Einstein, cujo princípio diz que em qualquer exercício físico que o ser hu- mano faça, a força que se opo- rá será a da gravidade. Isso faz com que o gasto calórico seja bastante elevado. Em princí- pio, não há restrições de ida- de para a prática do exercício, mas é recomendável seguir sempre as orientações de um profissional. As aulas utilizam uma téc- nica chamada ginástica funcio- nal, que trabalha várias partes do corpo simultaneamente, adaptando o exercício físico a treinamentos específicos, as- sim como prepara nosso cor- po para uma melhor execução dos movimentos da rotina de cada um. Nos Estados Unidos e na Europa, um dos estímu- los funcionais mais utilizados é o “Rebound”, exercício fun- cional aeróbico que estimula o fortalecimento de músculos centrais e mais profundos do corpo, o que melhora a saúde como um todo. As botas O equipamento surgiu na Eu- ropa, no começo do século XX, com o intuito de reabilitação de atletas. Anos mais tarde, ele chamou a atenção de um enge- nheiro suíço, que o aperfeiçoou para outro fim: a ginástica. Trata-se de um par de calçados parecidos com patins, mas que possuem uma tecnologia bem diferente que se utiliza de arcos e ligas e que permitem realizar saltos com estabilidade. As botas não exigem ha- A técnica tem por objetivo estimular a perda de calorias e a tonificação dos músculos com o menor impacto possível FOTO: DIVULGAÇÃO FOTO: DIVULGAÇÃO bilidade de quem as calça na primeira vez. A sensação é de crescer pelo menos uns quinze centímetros. Outra sensação é de que o aluno cansa mais do que se estivesse usando tênis convencional. Segundo o site Kangoo Jumps, que comercia- liza as botas, o peso delas foi desenvolvido propositalmente para auxiliar no fortalecimento e resistência muscular, incluin- do a região dos glúteos e abdô- men. Cada uma das botas pesa 1,7 kg, mas, devido à absorção do impacto, o peso é sentido parcialmente. No Brasil, o HOP BR ainda é pouco conhecido, mas o calçado suíço que é utilizado nas aulas já marca presença em 18 países do mundo. Em Fortaleza, uma academia que funciona somen- te para mulheres oferece essa nova modalidade de aeróbica. “As aulas são totalmente segu- ras, pois a nossa preocupação é a boa funcionalidade do nosso programa”, garante a coreógra- fa das aulas, Tatiana Trévia. O calçado, além de ser equi- pamento das aulas de HOP, pode ser também utilizado em corri- das, exercícios em casa, treina- mento de atletas, bem como em outras atividades. O equipamen- to encontra-se disponível para compra pela Internet. Prós e contras De acordo com Tatiana, os benefícios para quem pratica essa nova modalidade de exer- cício são inúmeros: diminui- ção da celulite, estimulação do sistema linfático, melhora do sistema cardiovascular, corre- ção postural e realinhamento corporal natural. Trinta minu- tos de aula equivalem a uma hora de tênis convencional. As aulas também ajudam na motivação e combate à de- pressão, pois, durante o trei- namento, a liberação de en- KJ-JA - R$ 399,00 Versão infanto-juvenil indicada para crianças a partir de 6 anos para condicionamento ou recre- ação infanil. KJ – XR3 – R$ 660,00 Nova versão do modelo do Kangoo Jumps com novas cores, nova tecnologia e muito mais resistente. KJ – XR2 - R$ 550,00 Indicado para pessoas de 32kg a 95kg. Ideal para os iniciantes no uso do Kangoo Jumps é o mais vendido. KJ – Armstrong – R$ 720,00 Design semelhante a um tênis. Mais leve, macio e ventilado, permite trei- nos de corrida e de longa duração. Fonte: www.kangoojumps.com.br Preço varia conforme o modelo Saiba mais dorfina, hormônio produzido pelo corpo, traz a sensação de satisfação e felicidade. Ajudam ainda na correção de pronação e supinação, ou seja, ajusta a pegada da pessoa, que pode ser para dentro ou para fora, e o uso do equipamento ajuda a corrigir a pisada. A aluna Maria Cristina, 40 anos, avalia positivamente a experiência com o HOP. “Par- ticipei apenas de algumas au- las, mas já estou notando a diferença no meu corpo. Tam- bém saio mais alegre da aula”. Para a jovem Sabrina Gurgel, 22 anos, foi difícil se acostu- mar com a bota, “mas agora é bastante divertido”. De acordo com os especia- listas, mulheres que estejam em qualquer fase da gestação, portadores de labirintite não medicados, idosos com com- prometimento motor, pessoas que possuem lesões osteo-mus- culares sem liberação médica e quem possua peso corporal aci- ma de 120 kg não podem prati- car o HOP BR por questões de segurança. Uma academia da Cidade fez um teste com dez alunas que se candidataram voluntariamente para um desafio que tinha como objetivo constatar os benefícios que podem ser alcançados com a prática do HOP BR. As can- didatas deveriam comparecer a todas as aulas durante um mês. Antes dos testes, todas passa- ram por avaliações físicas. Ao final do desafio, 3 kg foi a quan- tidade menor de peso perdido por uma aluna e 8kg, a maior perda. Com relação ao percen- tual de gordura, 2% foi o menor valor perdido e 6%, o maior. “Pode não parecer, mas é uma porcentagem bem satisfatória”, comenta Tatiana Trévia. Um de- talhe importante é que nenhu- ma das alunas fez dieta, ou seja, não houve restrição alimentar. DIVULGAÇÃO

Jornal Folêgo 23

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Jornal laboratorial de jornalismo da Universidade de Fortaleza

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FÔLEGOJORNAL-LABORATÓRIO SOBPRESSÃO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIFOR OUTUBRO/NOVEMBRO 2010 ANO 7 N° 23

O fotógrafo José Albano fala em entrevista sobre as várias viagens que fez na sua moto de 125 cc pelo Brasil afora e do seu livro “Manual do viajante solitário”. Página 4

Saltando para ficar em forma O HOP BR é um novo treinamento,

adotado pelas academias, que possui tecnologia IPS (Impact Protection System), protegendo a coluna e os membros inferiores

Suiani Sales

Já imaginou exercitar-se por meio de botas que fazem você pular? Essa é a mais nova atra-ção para quem gosta de fazer algo diferente na academia. Conhecido como HOP BR, a nova modalidade é uma aula aeróbica pré-coreografada ge-nuinamente brasileira. O pro-grama inspirou-se numa tec-nologia suíça que utiliza um calçado capaz de absorver até 80% do impacto dos saltos, porcentagem que nenhum tê-nis convencional possui.

Por ser um treinamento ae-róbico que se utiliza de técni-cas do salto e amortecimento, este se baseia na teoria da gra-vidade de Albert Einstein, cujo princípio diz que em qualquer exercício físico que o ser hu-mano faça, a força que se opo-rá será a da gravidade. Isso faz com que o gasto calórico seja bastante elevado. Em princí-pio, não há restrições de ida-de para a prática do exercício, mas é recomendável seguir sempre as orientações de um profissional.

As aulas utilizam uma téc-nica chamada ginástica funcio-nal, que trabalha várias partes do corpo simultaneamente, adaptando o exercício físico a treinamentos específicos, as-sim como prepara nosso cor-po para uma melhor execução dos movimentos da rotina de cada um. Nos Estados Unidos e na Europa, um dos estímu-los funcionais mais utilizados é o “Rebound”, exercício fun-cional aeróbico que estimula o fortalecimento de músculos centrais e mais profundos do corpo, o que melhora a saúde como um todo.

As botasO equipamento surgiu na Eu-ropa, no começo do século XX, com o intuito de reabilitação de atletas. Anos mais tarde, ele chamou a atenção de um enge-nheiro suíço, que o aperfeiçoou para outro fi m: a ginástica. Trata-se de um par de calçados parecidos com patins, mas que possuem uma tecnologia bem diferente que se utiliza de arcos e ligas e que permitem realizar saltos com estabilidade.

As botas não exigem ha-

A técnica tem por objetivo estimular a perda de calorias e a tonifi cação dos músculos com o menor impacto possível Foto: DIVULGAÇÃo

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No Brasil, o HOP BR ainda é pouco conhecido, mas o calçado suíço que é utilizado nas aulas já marca presença em 18 países do mundo. Em Fortaleza, uma academia que funciona somen-te para mulheres oferece essa nova modalidade de aeróbica. “As aulas são totalmente segu-ras, pois a nossa preocupação é a boa funcionalidade do nosso programa”, garante a coreógra-fa das aulas, Tatiana Trévia.

O calçado, além de ser equi-pamento das aulas de HOP, pode ser também utilizado em corri-das, exercícios em casa, treina-mento de atletas, bem como em outras atividades. O equipamen-to encontra-se disponível para compra pela Internet.

Prós e contrasDe acordo com Tatiana, os benefícios para quem pratica

essa nova modalidade de exer-cício são inúmeros: diminui-ção da celulite, estimulação do sistema linfático, melhora do sistema cardiovascular, corre-ção postural e realinhamento corporal natural. Trinta minu-tos de aula equivalem a uma hora de tênis convencional.

As aulas também ajudam na motivação e combate à de-pressão, pois, durante o trei-namento, a liberação de en-

KJ-JA - R$ 399,00Versão infanto-juvenil indicada para crianças a partir de 6 anos para condicionamento ou recre-ação infanil.

KJ – XR3 – R$ 660,00Nova versão do modelo do Kangoo Jumps com novas cores, nova tecnologia e muito mais resistente.

KJ – XR2 - R$ 550,00Indicado para pessoas de 32kg a 95kg. Ideal para os iniciantes no uso do Kangoo Jumps é o mais vendido.

KJ – Armstrong – R$ 720,00Design semelhante a um tênis. Mais leve, macio e ventilado, permite trei-nos de corrida e de longa duração.

Fonte: www.kangoojumps.com.br

Preço varia conforme o modeloSaiba mais

dorfina, hormônio produzido pelo corpo, traz a sensação de satisfação e felicidade. Ajudam ainda na correção de pronação e supinação, ou seja, ajusta a pegada da pessoa, que pode ser para dentro ou para fora, e o uso do equipamento ajuda a corrigir a pisada.

A aluna Maria Cristina, 40 anos, avalia positivamente a experiência com o HOP. “Par-ticipei apenas de algumas au-

las, mas já estou notando a diferença no meu corpo. Tam-bém saio mais alegre da aula”. Para a jovem Sabrina Gurgel, 22 anos, foi difícil se acostu-mar com a bota, “mas agora é bastante divertido”.

De acordo com os especia-listas, mulheres que estejam em qualquer fase da gestação, portadores de labirintite não medicados, idosos com com-prometimento motor, pessoas que possuem lesões osteo-mus-culares sem liberação médica e quem possua peso corporal aci-ma de 120 kg não podem prati-car o HOP BR por questões de segurança.

Uma academia da Cidade fez um teste com dez alunas que se candidataram voluntariamente para um desafi o que tinha como objetivo constatar os benefícios que podem ser alcançados com a prática do HOP BR. As can-didatas deveriam comparecer a todas as aulas durante um mês. Antes dos testes, todas passa-ram por avaliações físicas. Ao fi nal do desafi o, 3 kg foi a quan-tidade menor de peso perdido por uma aluna e 8kg, a maior perda. Com relação ao percen-tual de gordura, 2% foi o menor valor perdido e 6%, o maior. “Pode não parecer, mas é uma porcentagem bem satisfatória”, comenta Tatiana Trévia. Um de-talhe importante é que nenhu-ma das alunas fez dieta, ou seja, não houve restrição alimentar.

O fotógrafo José Albano fala em entrevista sobre as várias viagens que fez na sua

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SOBPRESSÃOOUTUBRO/ NOVEMBRO DE 20102 FÔLEGO

Sugestões, comentários e críticas: [email protected]

Caderno Fôlego - Fundação Edson Queiroz - Universidade de Fortaleza - Diretora do Centro de Ciências Humanas: Profa. Erotilde Honório - Coordenador do Curso de Jornalismo: Prof. Wagner Borges - Professor Orientador: Alejandro Sepúlveda - Projeto Gráfi co: Prof. Eduardo Freire- Estagiário de Produção Gráfi ca: Bruno Barbosa - Supervisão gráfi ca: Francisco Roberto - Impressão: Gráfi ca Unifor - Tiragem: 500 exemplares - Edição: João Paulo de Freitas - Redação: Suiani Sales, Gizela Farias, Lia Girão, Ricardo Garcia, Julie Scott, Aline Veras.

A vitória da ala feminina foi uma das marcas do evento, prova disso, foi a premiação de primeiro lugar na maioria das modalidades esportivas da competição Foto: CÁtIA CoeLHo

Mulheres são destaque noVI Trofeu Unifor de Esportes

Gizela Farias

A ala feminina de atletas da Uni-versidade de Fortaleza foi o prin-cipal destaque na sexta edição do Troféu Unifor de Esportes, realizado de 18 a 23 de outubro, no Parque Desportivo da Uni-versidade. Elas conquistaram medalhas no voleibol contra Ina-ce (Indústria Naval do Ceará), venceram a academia Energy no basquete e a UFC no Futsal, no atletismo universitário feminino ganharam da Faculdade Católi-ca e, no adulto feminino, da ABI (Associação Benefi cente Ideal).

Já os rapazes venceram a UFC no futsal e no voleibol, no atletis-mo universitário masculino ven-ceram a Escola Naval do Rio de Janeiro e, no adulto masculino, o CEUC (Centro Estadual de Unida-des de Conservação). Outras insti-tuições vencedoras foram a Facul-dade Ateneu no futebol masculino e a Faculdade Christus na modali-dade basquete masculino.

A técnica do basquete femini-no da Unifor, Tereza Braga, que participa do evento há quatro anos, afi rmou que o empenho da equipe é fundamental para o su-cesso. “A vitória que tivemos vem por conta do nosso trabalho, que é constante. Treinamos quatro vezes por semana”, lembra.

Segundo Ivnna Lacerda, jo-gadora de voleibol da Unifor, as equipes da Unifor enfrenta-ram uma maratona intensiva de treinamento antes das compe-tições, o que permitiu a vitória. A atleta afi rma que a equipe da Inace era uma das mais fortes

Participaram do evento 750 atletas representando 35 entidades nas modalidades arremesso de peso, atletismo, basquete, futsal, natação, voleibol, entre outras

do evento, mas com todos os es-forços que elas realizaram nos treinos, o pódio não podia ser de outra equipe senão a delas.

Com esses resultados, a Unifor mantém a tradição dos primeiros lugares. Para o coordenador do evento, Ralciney Barbosa, os bons resultados na disputa se devem à qualidade dos profi ssionais que trabalham na preparação dos atle-tas. “Os treinadores são renoma-dos, já participaram de seleções e este é um diferencial que classifi ca nossas equipes”, afi rmou.

A sexta edição do evento pro-moveu conquistas, não só da comissão organizadora, mas também dos alunos. Segundo

O Troféu Unifor de Esportes acontece todo ano, e é parte da programação do Mundo Unifor. Quando não há o Mundo Unifor, o evento acontece na Semana da Saúde. Foi idealizado em 2004 pela Divisão de Assuntos Des-portivos, órgão subordinado à vice-Reitoria de Extensão.

O evento tem como objetivos preencher as demandas do des-porto universitário e promover competições entre empresas e instituições de nível superior.

O critério utilizado para a participação do evento é desen-

volvido pela Federação Cearense de Desporto (FCD), em que as equipes de todas as modalidades que mais se destacam são sele-cionadas.

Nessa edição, o VI Troféu contou com a participação de 35 instituições. Entre elas, além da Unifor, a Universidade Fede-ral do Ceará (UFC), a Faculdade Christus, Faculdade Integrada do Ceará (FIC), Faculdade Ateneu, Instituo Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC), Instituto Fe-deral do Ceará (IFCE), Universi-dade Estadual do Ceará (UECE),

O desporto em primeiro planoUniversidade do Vale do Acaraú, Faculdade Metropolitana, Náuti-co Atletico Cearense, BNB Clube, Círculo Militar de Fortaleza, As-sociação Amadora de Volêi do Ta-bapuá (AAVT), academia Energy, Indústria Naval do Ceará (Inace) e a empresa Esmaltec.

A Divisão de Assuntos Des-portivo e o comitê organizador do Trófeu Unifor de Esportes são os responsáveis em cum-prir as normas de gestão do evento, bem como resolver si-tuações que possam vir a difi -cultar a sua realização.

Marcelo Viana, coordenador de esporte da Unifor, “a princi-pal diferença dessa edição foi a participação direta e o empenho dos alunos do curso de Educação Físi-ca da Universidade”. Em média, somando atletas e visitantes, o evento contou com um público diário de 1.500 pessoas. O que foi “bem conside-rável”, como destacou o coorde-nador Ralciney Barbosa.

Todas as competições foram realizadas à noite, das 18h às 22h, nas dependências do Par-que Desportivo, que incluem o ginásio poliesportivo, a piscina e o estádio de Atletismo.

Arremesso de peso foi uma das modalidades disputadas no VI Troféu Unifor de Esportes Foto: CÁtIA CoeLHo

SOBPRESSÃO3OUTUBRO / NOVEMBRO DE 2010 FÔLEGO

GP Brasil de Fórmula 1Corrida que marca a penúltima etapa do Mundial ocorrerá no fi m de semana, dos dias 5, 6 e 7 de novembro. Brigando pelo título estão os pilotos Mark Webber e Sebastian Vettel, ambos da Red Bull, além de Fernando Alonso (Ferrari), e Jenson Button (McLa-ren), atual campeão. Os brasileiros Felipe Massa (Ferrari) e Rubens Barrichello (Williams) não têm mais chances de título, e disputam po-sições intermediárias na temporada. Pelo título de construtores ain-da estão na briga Red Bull, McLaren e Ferrari. A última etapa ocorrerá uma semana depois em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.

Mundial de Vôlei FemininoA competição começou no dia 29/10 e vai até 14/11, no Japão. A seleção brasileira, comanda-da por José Roberto Guimarães, busca o seu primeiro título no torneio e tentará repetir o feito dos homens, recém campeões do mesmo torneio na Itália. O Brasil terá os desfalques de Paula Pequeno e Mari, que não participarão do torneio por causa de contusões, sofridas durante a disputa da fase final do Grand Prix, disputado na China, em agosto. A estreia será contra as afri-canas do Quênia, no dia 29 de outubro, em Hamamatsu. Além das quenianas, as brasileiras ainda enfrentarão República Tcheca, Holanda, Porto Rico e Itália, na 1ª fase.

Última rodada do Campeonato BrasileiroUm dos campeonatos nacio-nais de futebol mais disputados e acirrados do mundo chega a sua última rodada no domingo do dia 5 de dezembro. Na briga pela conquista estão o Cruzeiro, o Fluminense e o Corinthians. Santos e Internacional correm por fora e podem surpreender na reta fi nal. A disputa também vai ser quente pelas vagas na Taça Libertadores da América, que com a mudança da Commebol, volta a classifi car os quatro primeiros colocados. Na luta contra o rebai-xamento, o tradicional Atlético Mineiro tenta escapar do descenso depois de uma reação nesta parte fi nal do campeonato e vai brigar pela permanência contra Atlético-GO, Avaí, Vitória e Guarani.

Paradesporto em FortalezaO Projeto Esporte Adaptado, da Secretaria de Esporte e Lazer de Fortaleza (Secel), foi lançado recentemente, mas já oferece iniciação esportiva para pesso-as com defi ciência nas modali-dades de basquetebol em ca-deira de rodas, natação, futsal e musculação, atividades realizadas no SESC Centro de Fortaleza. A iniciativa atende a mais de 200 participantes e a expectativa é que continue se expandindo por meio da criação de novos núcleos de funcionamento, operação realizada pela Prefeitura de Fortaleza em parceria com a APAE, Associação dos Cegos do Ceará e a UFC.

Copa 2014Acontece entre 18 e 20 de no-vembro, em Nova York, uma exposição, organizada pelo Instituto Americano de Arqui-tetos, sobre os projetos dos es-tádios da Copa da Fifa de 2014. O evento revelará imagens e informações dos 12 projetos que se-rão construídos ou reformados no Brasil, com debates acerca das melhorias que trarão às cidades-sede e o uso de tecnologias “lim-pas” que serão utilizadas em algumas arenas, como em Curitiba, Cuiabá, Belo Horizonte, Brasília e Salvador. Além disso, também serão apresentadas outras obras que serão realizadas até a copa.

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Lia Girão

Para aqueles que procuram mais uma desculpa para comer chocolate, novos estudos, ain-da não conclusivos, dizem que, além de todas as vitaminas, do ferro, dos sais minerais e do fósforo, os antioxidantes pre-sentes no chocolate amargo combatem os radicais livres do corpo, combatendo, assim, o envelhecimento precoce.

Quanto maior a concentra-ção de cacau, mais benefícios o chocolate trará. Os flavonói-des, substância presente na semente do cacau, ativam a produção de ácido nítrico no corpo, levando ao relaxamen-to dos vasos sanguíneos e à queda da pressão arterial.

O chocolate possui nutrientes que ajudam na produção de endorfi na, hormônio que promove o estado de alegria Foto: Internet

O gosto doce da saúde Dados comprovam que o cho-

colate promove em nosso sistema fi siológico alterações positivas para a saúde. O coração é um dos mais benefi ciados

Segundo a nutricionista e especialista em nutrição clí-nica Sara Moreira, é impor-tante destacar que o chocola-te, mesmo o amargo, deve ser consumido com moderação. Em excesso, pela quantidade de açúcar e manteiga de ca-cau, ele pode promover au-mento na quantidade de gor-dura corpórea, ganho de peso, sobrecarga hepática e ainda o desenvolvimento de fato-res para problemas cardíacos. Um bombom de 13 gramas tem 70 calorias. Um bom mo-tivo para quem quer emagre-cer é não exagerar na ingestão da guloseima.

Vida longa para o coraçãoO coração também é benefi-ciado quando se ingere choco-late com um mínimo de 70% de cacau em sua fórmula, pois esses mesmos flavonóides reduzem a oxidação do LDL (mal colesterol), evitando que ele se deposite na parede dos vasos sanguíneos, reduzindo,

assim, o risco de doenças car-diovasculares. Pesquisa rea-lizada na Universidade Hos-pital Colônia, na Alemanha, revelou que o consumo roti-neiro de chocolate reduz os níveis da pressão arterial.

O chocolate suiço é outro aperitivo que vem ganhando espaço no gosto dos brasilei-ros. A dona de casa e consu-midora desse chocolate Re-jane Cunha enfatiza que o chocolate suíço é completa-mente diferente dos produzi-dos no Brasil. “Acho o suíço mais consistente e macio. A sensação que ele dá na boca é melhor, é mais agradável”, ressalta Rejane.

No Brasil, a legislação não exige que as indústrias divul-guem a quantidade de cacau utilizada na fabricação dos chocolates. Por isso, é reco-mendado que o consumidor escolha aquele chocolate que apresente a cor mais escura, pois quanto mais escuro for o tablete, mais cacau ele terá.

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É bem mais agradável sabore-ar uma barra de chocolate sem se atentar quais são os que mais engordam.

Na lista dos mais calóricos, em primeiro lugar está o choco-late crocante, geralmente de cor escura. Esse chocolate é prepa-rado com avelã, amendoim, fl o-cos de arroz e castanha. São 553 calorias na ingestão de 100 gra-mas do crocante. Na segunda posição vem o chocolate bran-co, aquele em que o gostinho do leite realça mais que todos os outros. O branquinho carre-ga em 100 gramas o equivalente a 550 calorias. Em seguida vem

o chocolate ao leite, esse possui um baixo percentual de cacau - em média 25% - sendo produzi-do por uma quantidade de leite muito alta. Esse elevado teor de leite faz das 540 calorias, ótimos motivos para não abusar tanto do doce. O chocolate amargo está no fi m da lista, mas não é por isso que se deve abusar da guloseima. Comer 100 gramas desse bombom equivale a 537 calorias. Esse chocolate é feito com grãos de cacau torrados, sem a adição de leite.

Se ganhar peso é fácil, per-dê-lo não chega a ser tão difícil. A cada 100 gramas de chocola-

te que se ingere, a pessoa pode queimar as calorias contidas nesse chocolate andando, cor-rendo, em seções de hidrogi-nástica. Usarei como exemplo o chocolate ao leite, um dos mais calóricos. As 540 calorias obtidas nesse bombom podem ser gastas em 89 minutos a 5 km por hora. Ou, se preferir correr, vão ser gastos 57 minu-tos a 5 km por hora. Quem gos-ta de nadar vai levar 1 hora, em velocidade média. Na hidrogi-nástica, serão 48 minutos em intensidade média. Esses valo-res foram calculados para uma pessoa de 70 kg.

Engorda só em olhar

SOBPRESSÃOOUTUBRO/ NOVEMBRO DE 20104 FÔLEGO

Aline Veras

Fôlego: Quando e por que você decidiu sair de moto pelo Brasil?José Albano: Eu fui fazer um trabalho em Teresina que du-rou dois meses. Fui de ônibus. Como não queria ficar sem a moto, despachei-a em um trem com destino a Teresi-na. Levou duas semanas para chegar até o Piauí. Quando o trabalho terminou, fiquei pen-sando que se fosse mandar a moto de volta por trem , iria passar mais duas semanas em Fortaleza sem ela. Então deci-di que ia voltar para o Ceará nela mesmo. Foi a primeira viagem que eu fiz. Demorei três dias para chegar. Fiquei pensando que era a moto que era inadequada. Não sabia como me defender dos des-confortos. Dormi mal nos ho-téis. No dia seguinte, eu ficava com sono na estrada. Muito difícil! Depois, mandei buscar nos Estados Unidos um livro sobre como viajar de moto (“Motorcycle Touring”, do jor-nalista americano Bill Ster-mer). Eu participo, todo ano, do encontro nacional das co-munidades alternativas por-que vivo em uma. Esse livro me deu dicas que me permiti-ram passar a usar a moto para ir a esses encontros (pessoas de todo o País se reunem para de-baterem assuntos referentes à cultura da convivência alterna-tiva). E foi assim que eu passei a

No ano de 1984, o fotógrafo José Albano comprou uma moto Honda ML 125cc e ganhou asas para ir aonde quisesse. Em 20 anos, ele contabiliza mais de 50 viagens pelo Brasil. Depois de milhares de quilômetros percorridos, Albano reuniu histórias, experiências e fotografias no livro lançado recentemente por ele que se chama “Manual do Viajante Solitário”. O Fôlego entrevistou Albano, que conta sobre o livro, as viagens e as aventuras vividas pelo Brasil

Histórias de um fotógrafo viajanteRealizado, José Albano, fala das alegrias e dos desafios de aventurar-se sobre duas rodas pelo território nacional Foto: Internet

andar de moto pelo Brasil, todo ano fazendo viagem longa.

F: Você diz, num trecho do livro, que detestava motos antes de comprar uma. E hoje, depois de tantas aven-turas tendo a moto como compa-nheira, o que ela significa?JA: Eu considero a minha moto um prolongamento das minhas pernas. Hoje, ela é parte do meu corpo. E a afeição que eu criei por essa motocicleta foi tanta, que ela é a mesma. Tenho ela há 25 anos. Não me interessa comprar uma moto nova porque não tem alma, não tem a ligação. Eu apren-di nela, comecei a viajar com ela. Parece que é só romantismo, tei-mosia, mas não. É porque tem um sentido prático e econômico tam-bém. Criei uma equipe de amigos que são mecânicos e eles cuidam da minha moto. Então, eles a mantêm sempre em bom estado, sempre pronta para sair, para via-jar. Então não há necessidade de ter uma nova.

F: Quais são os problemas inevitá-veis ou que surgem com mais fre-quência quando viaja de moto?JA: Levo ferramentas, mas nem tudo eu sei fazer ou nem tudo eu consigo fazer. Quando não consi-go, procuro as oficinas ao longo do caminho. Uma das vantagens de viajar na minha moto é que ela é uma moto popular. Tem mecânico e peça em qualquer lugar do Brasil. Todo mundo en-tende dela. Alguém sempre diz: “o que você faz para prevenir

problemas?” Eu saio com a moto arrumada, dou um banho de oficina, mas não saio com a ga-rantia de que não vai acontecer nada. Quando saio, estou pronto para o que acontecer.

F: Quais são os comentários mais freqüentes que você costuma ouvir das pessoas sobre as inúmeras via-gens que fez de moto?JA: “Mas que coragem!”, 90% das pessoas dizem isso. Falam tantas vezes, que eu resolvi desenvolver uma resposta para dar a eles: “Co-ragem é a sua de ver a vida passar dentro de casa! Como é que você tem coragem de gastar a vida desse jeito?” O que me estimulou foi o livro comprado nos Estados Unidos (“Motorcycle Touring”). A partir daí, desenvolvi um sistema prático e viável de viajar de moto para qualquer lugar do Brasil. E, com esse livro, espero estimular outros a tomarem o mesmo rumo, desmitificar, perder o medo.

F: Quais foram as maiores dificul-dades que você enfrentou?JA: É difícil responder isso porque cada viagem é diferente, tem um episódio de aprendizado. Em uma das viagens, o motor da moto pra-ticamente se desmanchou. Subi a montanha que separa a Rio-San-tos da praia de Trindade. Isso for-çou muito o motor da moto. Já tive quedas, doenças, confronto com bandidos, fui assaltado, atacado por insetos, quase morri queima-do porque a minha barraca ia in-cendiando num episódio que eu botei álcool para ferver pensando que era água. Muita história. Nem tudo está contado no livro, mas muitas delas estão como exemplo.

F: Em 20 anos foram cerca de 50 viagens feitas. Existe alguma que marcou mais, seja por situações en-frentadas, pessoas que conheceu, ou lugares inusitados?JA: Todas as viagens foram mara-vilhosas, todas foram encantado-

ras, nenhuma trouxe problemas sem solução, algumas foram mais difíceis porque foram mais longas ou mais caras, ou porque passei muito tempo fora de casa. A mais marcante foi a do Rio Grande do Sul porque foi o lugar mais lon-ge que fui. Foi uma viagem real-mente muito longa e ela mereceu um álbum de fotos. De nenhuma outra fiz um álbum da viagem, só dessa. Então, vamos dizer que a do Rio Grande do Sul foi a que mais marcou.

F: Quais os principais cuidados a se ter com a moto em viagens tão longas?JA: A moto tem que estar com os pneus bons, a transmissão, que é a corrente, tem que estar em bom estado, os pneus inflados corre-tamente, lubrificada e nada mais. Não tem que ter outros cuidados específicos. O fato de viajar ou es-tar na cidade, dá no mesmo, não tem diferença.

F: O que se deve planejar antes de pegar a estrada? O que você consi-dera essencial?JA: Eu acho essencial você ter um equipamento de apoio na estra-da. Por exemplo, eu não vou pla-nejar as dormidas eu vou sair de um lugar e dormir em outro. Ja-mais faço isso. Levo uma barraca e a barraca eu armo quando escure-ce. Quanto mais longe da cidade, melhor para mim. Então, o plane-jamento é do equipamento que você vai levar, é mais importante que o planejamento de estrada, de roteiro, de qualquer outra coi-sa. Eu preciso ter acesso ao mun-

do de fora, senão eu vou pirar, ficar completamente isolado e sozinho sem saber o que acon-tece. Então, eu levo um rádio. É essencial? Não, mas para mim é importante. Eu levo o MP3 por-que música é importante pra mim. Então são coisas que você pode considerar luxos, mas na minha visão tem importância.

F: Qual o conselho que você da-ria para um motociclista que sonha em fazer o mesmo que você fez?JA: Posso dar um conselho bem sem vergonha? Meu con-selho é: “leia meu livro!” Porque aí tem um resumo de tudo o que eu aprendi nesses vinte e tantos anos de moto e eu abro as portas completamente. Não soneguei informação. Tudo o que eu aprendi está no livro. Eu não estou narrando as minhas viagens. Estou dizendo o que você faz ou pode fazer para dar certo. Claro que eu uso fatos que aconteceram comigo para ilustrar situações que vivenciei e que podem servir de alerta para quem vai viajar.

F: Planeja fazer outra viagem em breve?JA: Planejo. Quero ir à Recife. Acho que vou em novembro, mas não tenho certeza. Que-ro ir à Feira de Caruaru, que eu nunca fui. Tenho vontade de conhecer as cachoeiras do Rio São Francisco. Minha vida é flui-da, não planejo nada com ante-cedência. Eu vou sentindo.

Entrevista

Manual do Viajante Solitário: Ro-dando de 125cc nas estradas do Brasil

Autor: José Albano Preço sugerido: R$ 45,00 Editora: Terra da LuzFormato: 24 x 18 cmPáginas: 112 Ano: 2010

Serviço