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Capa: Especial: Trabalho digno e verdadeiro - Catadores de materiais recicláveis que trabalham no lixão em Unaí, representam a imagem fiel e ideal do que é ser um trabalhador (Págs 04 e 05) O Noroeste: Bairro em Unaí tem rua vendida; prefeitura diz ter conhecimento do caso (Pág 03); Tecnologia moderna pode ser solução contra a construção da PCH Mata Velha - O ambientalista afirma que a construção de PCH causará danos ambientais (Pág 06) O Noroeste: Vivendo conforme a vida - Moradores de rua em Unaí falam de suas vidas e explicam suas dificuldades (Pág 07) Entrevista: Misael Délio - Um dos fundadores da Festa da Moagem e do Carro de Boi (Pág 11) Agropecuária: Algodão em alta - Algodão ganha mercado e promete bons preços para os próximos três anos (Pág 12) Esporte: Bolsa Atleta - Em 2010 foram 3.162 beneficiados em todo o Brasil; atletas entrevistados dizem faltar informação sobre o programa; o auxílio busca atender a todos os atletas de alto rendimento (Pág 15)
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Trabalho digno e verdadeiro
ANO 2 - EDIÇÃO Nº 17 - MAIO/ABRIL DE 2011
Gratuitos
10 milexemplares10 mil
Especial
Para anunciar: (38) 3676-3882 / 9981-7256 / 9990-5175
65 ofertas nesta edição
PÁGINAS 4 E 5
Catadores de materiais recicláveis que trabalham no lixão em Unaí, representam a imagem fiel e ideal do que é ser um trabalhador; de sol a sol, todos os dias a vida se faz para eles, que muitas vezes são discriminados pela sociedade
Tecnologia moderna pode ser solução contra a construção da PCH Mata VelhaO ambientalista afirma que a construção de PCH causará danos ambientais; como contra proposta, ele sugere uma hidroelétrica que utiliza a própria correnteza do rio para fabricar energia, não havendo, portanto, necessidade de barragens e inundações
O Noroeste Foto: Protótipo de turbinas Care-Eletric
PÁGINA 6
O Noroeste
NOROESTE MINEIRO
PÁGINA 7
Moradores de rua em Unaí falam de suas vidas e explicam suas dificuldades;
a falta de oportunidade, segundo eles, é um dos
motivos, pelo qual, muitas pessoas vivem nas ruas
Vivendo conforme a vida
Algodão ganha mercado e promete bons preços para os próximos três anos; d
iretor de beneficiadora do produto aconselha
pequenos produtores a investir no plantio
Algodão em alta
Em 2010 foram 3.162 beneficiados em todo o
Brasil; atletas entrevistados dizem faltar informação
sobre o programa; o auxílio busca atender a todos os
atletas de alto rendimento
Bolsa Atleta
PÁGINA 11
Entrevista ExclusivaUm dos fundadores
da Festa da Moagem e do Carro de Boi, Misael Délio, fala sobre a 13º edição da
festa; amparada na cultura dos carreiros, festa promete
resgatar valores e entreter ao mesmo tempo
PÁGINA 12
Editorial
Diante de uma circunstância, como a que estamos vivendo no momento, onde a informação viaja em alta velocidade, nunca antes imaginada, apresentamos a 17º com o intuito de pararmos um momento para reflexão. Não temos a pretensão de encharcar o leitor, com infor-mações atuais, temos, sim, a dedicação e a preocupação (ocupação antecipada, ainda na redação) de munirmos nossos leitores, de assuntos que consideramos – com toda modéstia – como fundamentais e de interesse pú-blico.
Por isto, o trabalhador, para quem nosso jornal é direcionado, aparece em quase todas as páginas, desta edição. Por coincidência, sim, por intenção, também. Conscientes do 1º de Maio, Dia do Trabalhador, nós prestamos, nossa homenagem a quem faz do mundo, seu verdadeiro ambiente de trabalho. E isto, foi presenciado ao acompanharmos a rotina, dos catadores de material reciclável, no lixão de Unaí. Nesta cobertura, percebe-mos claramente a diferença existente entre o trabalho braçal e o intelectual. Ao final da matéria, façam (leito-res) suas conclusões.
Ainda, comentando sobre o Homem e seu destino no mundo, tivemos a oportunidade de conversarmos com vários cidadãos, que por diversos motivos, vivem nas ruas. Nossa reportagem coletou dados, somente de cidadãos que vivem nas ruas de Unaí, mas conforme os entrevistados, “quem está na rua, está na rua, aqui ou em qualquer lugar, só muda o sotaque”. Nesta ma-téria, também temos a experiência de vida da zeladora da Casa do Peregrino (albergue), Rosália Aparecida de Lima, que falou de seu trabalho e que na ocasião citou o apóstolo São Paulo: “Quem não trabalha, não merece comer”.
E foi justamente por terem trabalhado demais, por terem dedicado anos a fio, aos filhos, que mães de todo o Brasil, se encontrarão neste domingo (8), para celebrar os Dias das Mães. Inclusive as mães do abrigo Frei An-selmo, em Unaí, onde fizemos uma reportagem contan-do um pouco da história de vida, de mães, que lá, vivem.
Conversamos com o ambientalista que é contrário a construção da PCH Mata Velha. Na entrevista, ele pro-põe como contrapartida a construção da PCH, uma nova tecnologia, que utiliza a própria correnteza do rio, para produzir energia. Sem ser necessário, o uso de barragem, que tanto é criticado pelos órgãos ambientais responsá-veis pela preservação.
Outra discussão bastante pertinente foi com relação à votação do novo Código Florestal, em que dois segmen-tos políticos – os ambientalistas e os ruralistas – diver-gem profundamente. Para exemplificarmos este quadro, apresentamos, a posição do presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Unaí, junto ao posicionamento de órgão como a Comissão Pastoral da Terra e a Associação Brasileira de Reforma Agrária (Abra). Falamos também da produção de algodão, que tem crescido nos últimos anos. Estima-se que a produção para este ano, no Noro-este Mineiro, seja superior ao ano passado.
Na editoria esportiva, por meio de informações do Ministério do Esporte, temos uma matéria explicando, quais são os passos para se adquirir o auxílio Bolsa Atle-ta. Em todo o Brasil, em 2010, foram beneficiados 3.162 atletas. Em entrevista, atletas dizem que a na realidade é diferente, “falta informação”, disse um atleta entrevista-do, que ainda, não possui o beneficio.
Finalizamos assim, mais esta edição. Ao seu final, percebemos que o homem constrói seu próprio caminho e, como se soubesse para onde vai, ele segue por estra-das tortas e sombrias, que o levam para um determinado fim. Este fim, para muitos é a morte, mas para outros, para os que trabalham seriamente e acreditam em seu papel diante do mundo, o fim, não é a “gota d’água”, é sim, o começo da ressurreição.
“O soro caseiro é um abraço
de mãe”
Charge
ExpedienteExpedienteDIRETOR GERAL
Danny Diogo T. Santana(38) 3676-3882 / [email protected]
TIRAGEM
10.000 exemplares
G8 COMUNICAÇÃO LTDACNPJ: 09.467.920/0001-73Rua Celina Lisboa Frederico, 64 - Sl. 304 - TELEFAX: (38) 3676-3882B. Centro - CEP 38610-000 - Unaí - Minas Gerais
W W W . P O R T A L I N T E R E S S A N T E . C O M . B R
REDAÇÃO E REPORTAGEM
Marcos Antonio PadilhaArtigos publicidados são de responsabilidade dos autores e, necessariamente, não expressam a opinião do INTERESSANTE.
2 . Opinião . Abril/Maio de 2011
por Jaime Loro Bacharel em direito /Pós Graduando em Ciências Penais/ Conciliador na Vara de Família Fórum Unai
>> Artigo
Alienação ParentalSíndrome de Alienação Paren-
tal (SAP), também conhecida pela sigla em inglês PAS, é o termo proposto por Richard Gardner em 1985 para a situação em que a mãe ou o pai de uma criança a treina para romper os laços afetivos com o outro genitor, criando fortes sentimentos de ansiedade e temor em relação ao outro genitor.
Os casos mais freqüentes da Síndrome da Alienação Parental estão associados a situações onde a ruptura da vida conjugal gera em um dos genitores, uma tendência vingativa muito grande, e desencadeia um processo de destruição, vingança, desmo-ralização e descrédito do ex-cônjuge. O filho é utilizado como instrumento da agressividade direcionada ao parceiro.
Os procedimentos mais comuns por parte Alienante, são de excluir o outro genitor da vida dos filhos, interferir nas visitas e denegrir a imagem do outro
genitor Uma Criança Alienada apresenta
um sentimento constante de raiva e ódio contra o genitor alienado e sua família, A criança vítimas de SAP são mais propensas a apresentar distúrbios psicológicos, como depressão, ansiedade e pânico, apresenta baixo auto-estima, possui problemas de gênero em função da desqualificação do genitor atacado.
A LEI Nº. 12.318, dispõe sobre a alienação parental, vem justamente para suprimir esta agressão e dispõe em seu artigo 6º o seguinte:
Art. 6 Caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que dificulte a convivência de criança ou adolescente com genitor, em ação autônoma ou incidental, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da decorrente responsabilidade civil ou crimi-nal e da ampla utilização de instrumentos
processuais aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, segundo a gravidade do caso:
I - declarar a ocorrência de aliena-ção parental e advertir o alienador; II - ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado; III - estipu-lar multa ao alienador; IV - determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsi-cossocial; V - determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; VI - determinar a fixação caute-lar do domicílio da criança ou adolescente; VII - declarar a suspensão da autoridade parental.
Parágrafo único. Caracterizado mudança abusiva de endereço, inviabili-zarão ou obstrução à convivência familiar, o juiz também poderá inverter a obriga-ção de levar para ou retirar a criança ou adolescente da residência do genitor, por ocasião das alternâncias dos períodos de convivência familiar.
por Vanderlito Nunes de Souza Técnico em Contabilidade
>> Artigo
Estagnação moral na política nacionalJá virou rotina, ao ligar nosso televi-
sor para assistir ao telejornal que melhor nos agrada, sermos bombardeados por manchetes que degradam a dignidade humana no tocante à Política Nacio-nal. São políticos e servidores públicos de diversas áreas, dos mais altos níveis, sendo colhidos em flagrantes de corrup-ção, de abuso de poder, de maus tratos aos usuários dos serviços públicos, de propi-nas das mais diferentes e inimagináveis situações.
Evidentemente que não podemos de maneira alguma, generalizar os fatos e seus grupos sociais, mas é preciso urgente-mente que se faça uma varredura de forma
criteriosa, onde possa preservar pessoas de boa índole e impedir que “corruptores” e “corrompidos” ocupem tais posições no cenário Nacional.
Recentemente vivemos um momento que nos apresentou as possibilidades de mudanças, fomos às urnas e escolhe-mos os nossos representantes majoritá-rios e proporcionais, ou seja, Presidente da República Federativa, Governadores de Estados, Senadores da República, Deputados Federais e Estaduais. O que deve prevalecer na nossa consciência é o bem comum, a coletividade, e a forma de errar menos é pesquisar a vida pregressa dos nossos candidatos, pois, é possível que
por traz de um grande marketing político, de uma aparência sociável e amiga, esteja adormecido um deste exemplar que devemos claramente repudiar.
Cabem a cada um de nós cidadãos do bem, eleitores deste País, uma postura ética e uma conduta ilibada, capaz de denunciar e cobrar que sejam exemplar-mente punidos todos os envolvidos com propinas, abuso de autoridade, enfim, corruptos de toda natureza. Não basta apenas fazer críticas ao sistema que estag-nou, sem que haja fundamentos e alterna-tivas de mudanças. Agindo com autentici-dade e cidadania, a ética Nacional passará a ser o orgulho de todo cidadão.
...É DIGNO DISCRIMINAR CATADORES DE SONHOS?
O NoroesteAbril/Maio de 2011 . O Noroeste . 3
N o bairro Kamayurã, em Unaí, moradores reivindicam o direito
de ir e vir. O bairro que foi fundado, em 1976, segundo os moradores entrevistados, encontra-se com várias ruas obstruídas. Segundo o diretor de Desenvolvimento Social da Associação dos Moradores de Kamayurã, Oséas Alves Ribei-ro, há tempos que a associação luta para conseguir a desobs-trução das ruas (Panamá, Eça-nia e Porangatu), que segundo ele, se encontram interdita-das, “por empresas particula-res”, afirma.
Segundo Ribeiro, o que acontece no bairro é uma ofen-sa à Constituição Brasileira, principalmente pelo fato de existir a lei federal nº 6.766 de 19 de dezembro de 1979 (que trata do parcelamento do solo urbano). “Enquanto o povo estava falando, só pedindo, nada foi feito, mas agora nós temos documentos e estamos exigindo o pleno direito de ir e vir, garantido pela Constitui-ção Federal Brasileira”, afir-ma Ribeiro, que ressaltou as conseqüências, causadas com a obstrução. “Primeiramente é a retirada do direito de ir e
Bairro em Unaí tem rua vendida; prefeitura diz ter conhecimento do caso
A rua foi vendida para dois empresários locais; moradores protestam contra a venda e afirmam lutar até o fim pelo direito que todo cidadão tem de ir e vir
vir depois as enxurradas que degradam os imóveis das ruas de baixo (como é o caso da rua Graúna). Devido a obstrução das ruas não foi possível pas-sar com a rede de esgoto que corta o bairro, porque teve de ser paralisada devido à rua Pa-namá está obstruída”, explica.
Rua VendidaEntre as ruas interditadas, a rua Eçania é a que se destaca. É que a rua além de ter sido
obstruída, ela foi literalmente vendida. A rua foi vendida para dois empresários locais, segundo o diretor.
Secretaria Municipal de Administração A venda não é um ato ilegal, porém, o impedimento da co-mercialização do espaço deve-ria ter sido feito na Câmara de Vereadores, quando, em 17 de setembro de 2008, aprovou a lei de nº 2.566, que desafeta
e autoriza a alienação por in-vestidura do imóvel que es-pecífica em favor da MetalBel Estruturas Metálicas Ltda-EPP e do Senhor Wladimir Martins Tavares. Cujo artigo 1º decla-ra o seguinte: “Fica desafetado da categoria de bem de uso comum do povo para a cate-goria de bem de uso dominial o imóvel público constituído por um área de 820,30m², si-tuado na Rua Eçania”. Por-tanto, a aprovação da venda
da rua passou antes pelo aval da Câmara de Vereadores em 2008.
Com relação às obstruções das ruas, a funcionária da Se-cretaria de Administração da Prefeitura Municipal de Unaí, Divina de Souza, explica que o artigo 17 da lei federal que dispõem do parcelamento do solo urbano, salva, em hipó-tese de caducidade (estado de um ato jurídico cujo fato posterior torna-se ineficaz)
que, tanto o loteador quanto a prefeitura, podem modificar o projeto original do bairro.
E foi, segundo a funcio-nária, o que aconteceu. “Em 1988 foi aprovado um projeto de loteamento do Kamayurã que caducou porque o lotea-dor não fez o registro imobi-liário no prazo de 180 dias, e isto permite com que tanto o loteador quanto a prefeitura possa modificar o projeto ori-ginal”, explica Souza.
Diretor da associação de bairro mostra rua vendida Moradores unidos em busca de soluções
4 . O Noroeste . Abril/Maio de 2011
Todos os dias, faça sol ou chuva, catadores de materiais recicláveis labutam no lixão de Unaí; a rotina pesada do serviço prova que somente os ‘fortes’ sobrevivem
A coleta é divida em duas etapas: uma parte é coletada nos bairros da cidade durante o dia, este lixo, segundo os catadores não é bom por não possuir materiais valiosos para a reciclagem; já a outra parte que é coleta à noite no centro da cidade é a mais cobiçada pelos catadores
“É um trabalho digno como qualquer outro”
se estávamos pegando vidro, ferro, ponta de algum mate-rial cortante”, lembra Tomé.
Trabalhador brasileiroA reportagem do INTERES-SANTE pôde perceber que
o trabalho dos catadores ne-cessita realmente de muita disposição física. O lixo che-ga diariamente pelos cami-nhões da empresa privada, que faz a coleta municipal. Despejado, fica como se fos-se uma montanha. Imediata-mente os catadores se posi-cionam e começa à cata.
É necessário, antes de tudo, pegar os sacos de lixos (a maioria é sacolinha) para ver o que tem dentro – pois como sabemos, a sociedade brasileira está começando,
agora, a se conscientizar para a separação seletiva do lixo. Verificam-se os resíduos para separá-los. Garrafa Pet, para um lado, papel branco separado de papel colorido, vidro para outro, ferro, alu-
mínio, cobre, tudo, todos os materiais tem que ser pa-cientemente separados.
Kleber Nunes, há quatro anos trabalha na coleta de material reciclável. Segun-do o catador, o trabalho é digno como qualquer outro, além de ser rentável. “Quan-do tenho muito material eu já cheguei a tirar por mês mais de R$ 1,5 mil”, afirma. Por dia, o trabalhador disse tirar, em média, R$ 30. Os materiais mais valorizados são o alumínio (que sai a R$
2 o quilo) e o cobre (a R$ 13 o quilo); a sacolinha de plás-tico é a que vale menos, seu quilo sai a R$ 13 centavos.
Mas para o catador conse-guir um montante razoável, o trabalho é árduo. Devido
o lixo ser vasculhado, com as próprias mãos (a maioria utiliza luvas), a posição do corpo dos trabalhadores é o tempo todo curvado. “É pior do que arrancar feijão. No fi-nal do dia à coluna dói”, des-taca Nunes.
O trabalhador falou da discriminação sofrida por ele trabalhar no lixão. “Teve uma vez que chegou um ho-mem e perguntou como eu conseguia trabalhar aqui”, lembra o catador, que não vê diferença entre trabalho.
“Para mim, sendo honesto, todo trabalho é igual”, frisa.
Os catadores afirmaram que nenhum setor do poder público, os procurou para saber de suas condições de serviço.
DignidadeOutro ponto observado é a organização dos catadores, além é claro, da consciência que todos têm de estarem contribuindo com a limpe-za do meio ambiente. Todos conscientemente de seu ser-viço, depois de terem sepa-rado os materiais, ensacam distintamente os objetos ao ponto de ficarem enfileira-dos, pronto para serem trans-portados pelos compradores.
Cláudio Mendonça Pórfi-
ro trabalha na cata e compra material reciclável. “Esta se-mana eu compro e revendo para as usinas, que são daqui de Unaí. Depois, os outros quinze dias têm outro com-prador”, explica Pórfiro. E
todo pagamento do material é feito à vista.
Com o dinheiro ganho com a venda, muitos alimen-tam suas famílias e vivem suas vidas honestamente. Como é o caso de Lázaro Bom Ventura, que há 12 anos tra-balha no lixão como catador. “Criei toda minha família com o dinheiro tirado deste serviço. Já cortei o dedo, deu tétano, mas nunca pensei em largar este serviço, a não ser que fosse por uma coisa me-lhor”, diz. “Como uma Usina
Há 11 anos, Ro-naldo Sebastião Tomé, 38, sai de sua residência em Unaí, todas
as manhãs para trabalhar. Seu serviço se tornou funda-mental, depois que o debate a respeito da preservação ambiental (fauna, flora, solo, diversidades, água) começou a ser inserido na realidade de quase todas as nações do mundo. É que ele trabalha de catador de material reci-cláveis. Porém, ainda, seu ambiente de trabalho não é uma usina de produtos re-cicláveis, mas sim o terre-no utilizado pela Prefeitura Municipal de Unaí, onde se deposita o lixo produzido na cidade. O lugar é conhecido como ‘Lixão’.
O lixão fica em uma área não muito distante do centro urbano, cerca de 4 km. Para lá, são levados os entulhos adquiridos pelos caminhões da coleta urbana. Na parte diurna, é despejado o lixo dos bairros e à noite, o lixo da parte do centro da cida-de, onde está a maioria dos comércios e das repartições públicas. Estima-se que cer-ca de 30 pessoas, segundo os entrevistados, atualmente trabalham no lixão rotinei-ramente como catadores de material reciclável.
A cata diária de material reciclável exige muito do tra-balhador. É um trabalho que começa cedo, com o raiar do sol e se estende até o entar-decer. “Hoje cheguei aqui 05h30. Vou até as 16h. Pode chover ou fazer sol, fico aqui até conseguir a meta do dia”, explica o catador que traba-lhou 8 anos no período no-turno, quando, “para enxer-gar era necessário usarmos lanterna, sem contar que machucávamos muito mais porque não tinha como saber
Criei toda minha família com o dinheiro tirado deste serviço
Lázaro Bom Ventura, há 12 anos trabalha no lixão como catador
Para mim, sendo honesto, todo trabalho é igual
Kleber Nunes, há quatro anos trabalha na coleta de material reciclável
Pode chover ou fazer sol, fico aqui até conseguir a meta do dia
Ronaldo Sebastião Tomé,há 11 anos trabalha no lixão como catador
Abril/Maio de 2011 . O Noroeste . 5
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que está sendo implantada em Unaí para empregar en-torno de 50 pessoas, assinar carteira, e ainda pagaria um salário decente”, destaca.
Natureza LimpaA usina citada por ele é o projeto socioambiental unaiense Natureza Limpa, cujo diretor é Mário Martins. Em entrevista ao INTERES-SANTE, Martins garantiu que existe o interesse por parte da empresa em con-tratar todos os trabalhadores que hoje atuam no lixão. “Eu vou contratar em torno de 40 pessoas, tudo registrada, tudo dentro do padrão exigi-do. E, fora isto ainda vai fazer a nossa parte, que é o ganho.
Porque quem trabalha com o lixo, na reciclagem, tem que ganhar um bom dinheiro, porque senão ninguém vai”, explica o diretor.
O diretor afirmou que está perto disto acontecer. “É só questão de tempo. Eu estou há mais de dois anos com o projeto, é um traba-lho difícil, árduo, mas nós conseguimos. E garanto, tem catador lá do lixão que será até gerente, que vai receber capacitação e vai atuar trei-nando pessoas de outras ci-dades”, diz Martins, que já pensa na expansão de seu projeto.
AreunaO grupo de pessoas que tra-
balha na Associação Reci-cla Unaí (Areuna) nasceu de catadores que também trabalhavam no lixão. Fun-dada em 2005, a Areuna objetiva reciclar e organizar os catadores a uma melhor condição de trabalho. A as-sociação recebe todo tipo de material reciclável. Atu-almente são 18 associados, com uma subvenção muni-cipal de R$ 5 mil por mês. “Com o dinheiro da subven-ção pagamos o aluguel (do espaço onde funciona a asso-ciação), a gasolina e a manu-tenção do caminhão que faz o transporte e a coleta do lixo até a usina”, explica Edilma dos Reis Medeiros, uma das fundadoras da Areuna. Mas,
segundo ela, ainda nenhum associado possui carteira as-sinada e nem remuneração com piso estabelecido.
Secretaria de Meio AmbienteA secretária municipal de Meio Ambiente e Desenvol-vimento Sustentável, Kátia Medeiros, afirma sobre a construção de um aterro sanitário em Unaí. Mas ela ressalta que, “se a Natureza Limpa (o projeto) conseguir atender a demanda, bom. Agora se não conseguir, nós teremos que fazer o aterro sanitário, porque não podemos deixar o lixão do jeito que está”, afirma a se-cretária.
Conscientes da força existente em qualquer mobilização social, os professores da rede municipal de Paracatu, estão desde segunda-feira (03), indo às ruas reivindicar seus direitos enquanto servidores públicos que são. Na última quinta-feira, aconteceu outra mobilização que parou o centro paracatuense, mais precisamente na porta da prefeitura. Em nota enviada ao INTERESSANTE, o professor Vitor Soares da Silva, explicou suas reivindicações, e disse, que a prefeitura, “trata com descaso o projeto da isonomia, permitindo uma discrimina-ção salarial sem precedentes na história do município de Paraca-tu”, diz.O professor convida a todos para a “passeata da Isonomia”, ou seja, passeata da igualdade, principalmente, perante a lei. “A hora é agora, convide todos e venha para mais uma manifestação pa-cífica! A sua presença é essencial para a conquista da isonomia”.
Professores Municipais de Paracatu vão às ruas lutar por direitos
Segundo o site da Prefeitura Municipal de Unaí, serão asfaltados 333 metros, da Avenida Governador Valadares, entre o trecho da ponte do Rio Preto até a praça da Matriz. A camada asfáltica será para reparar irregularidades no asfalto, já existente. Esta avenida tem sido alvo de várias criticas, justamente pelo fato de se tratar de uma via central da cidade. A oposição também alega que todo estrago feito na avenida, são resultados do grande número de ca-minhões pesados, que trafegam pelo local todos os dias. Para isto, é sugerida a construção de um anel viário.Segundo o site, o investimento da obra foi de R$ 43 mil (camada asfáltica) e R$ 38 mil (para infraestrutura). O site também infor-mou que a Praça da Matriz está sendo revitalizada. Para isto, foram gastos, em “regularização do piso, remoção do coreto e recupera-ção dos jardins. O valor do investimento é de R $ 59, 7 mil”, explica a prefeitura.
Avenida Governador Valadares é reformada
Todo material é cuidadosamente ensacado; o pagamento é feito à vista
Aconteceu em Unaí, no dia 19 de abril, a Audiência Públi-ca para discutir e
ouvir a comunidade sobre a construção da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Mata Velha. A PCH está para ser construída entre os municípios de Cabeceira Grande e Unaí, no Rio Pre-to, e terá uma produção de 27 Megawatts de potência instalada, por hora. Sua es-trutura será composta por duas turbinas e dois gera-dores verticais; a previsão da construção é de 3 anos. Trata-se de um investi-mento de R$ 179 milhões e poderá ser financiado pelo Banco Nacional de Desen-volvimento Econômico e Social (BNDES).
A empresa responsável pela PCH Mata Velha será a empresa curitibana DESA – Dobrevê Energia S/A. Por
telefone, o presidente da empresa Carlos Augusto Leite Brandão, falou sobre o empreendimento. “Trata-se de um empreendimento totalmente seguro e susten-tável. Com capacidade para gerar 450 empregos diretos durante a construção, sem contar os indiretos” anun-cia o presidente.
Inicialmente, Brandão afirma que nem Unaí nem Cabeceira Grande pagarão menos pela energia pro-duzida em seus territórios. O que acontecerá, será o pagamento dos tributos como o Imposto sobre Cir-culação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). Toda energia será vendida para o Estado de Minas Gerais, que por sua vez venderá a energia pronta para o consumo.
Ele garantiu que será feito todo processo neces-sário (por meio das me-didas mitigadoras), que
visam à proteção do meio ambiente e a diminuição dos impactos ambientais. “Nosso objetivo é agregar valor junto ao empreen-dimento. Queremos que a região do Noroeste cresça com o desenvolvimento e possa sanar suas necessi-dades básicas para se de-senvolver com qualidade”, é o que Brandão espera conseguir com a chegada da PCH na região.
“O problema é a corrupção dos barrageiros”Porém mais próximo da re-alidade e do ambiente em que a região da Mata Velha está situada, vive o ambien-talista e jornalista, Paulo Roberto de Melo. O am-bientalista foi o único, na audiência, a usar da pala-vra para se posicionar con-trário à construção da PCH.
Segundo ele, trata-se de um investimento altíssimo que terá como conseqüên-cia danos ambientais e muita “corrupção”. “Infe-lizmente esta audiência foi à legitimação para autorizar à agressão aos sítios arque-ológicos da Mata Velha e de toda biodiversidade da área”, resumiu Melo. Ele também comenta a respei-to do valor que será inves-tido. “Todos nós sabemos que se trata de um inves-timento altíssimo, de R$ 179 milhões, e geralmente é financiado em 360 meses, com 110 meses de carência, que poderão ser pagos com a energia elétrica produzida pela PCH, ou seja, o inves-timento acabaria ficando elas por elas”, afirma o am-bientalista.
Com a construção da PCH e, consequentemen-te, a inundação da área, o ambientalista afirma que “a região de Mata Velha é
extremamente rica em sua biodiversidade local. Inclu-sive, segundo o EIA/RIMA (Estudo e Relatório de Im-pacto Ambiental), consta que tem várias espécies que estão em extinção e, por-tanto, seu habitat natural seria inundado; também serão inundadas dezenas de ninhadas de araras, des-truirá o ambiente do mico-leão-da-cara-dourada (ani-mal extinção), e os sítios arqueológicos”, diz. Para ele, os empregos gerados serão temporários, “com o final da construção da bar-ragem, emprega-se o míni-mo”, explica.
Como contrapartida, o ambientalista propõe uma nova tecnologia, que tem sido utilizada no Brasil ain-da só como experimento. Trata-se de uma hidroelé-trica desenvolvida por uma empresa brasileira chama-
da CARE Electric, que utili-za a natural corrente do rio para produzir energia. Não precisando assim do famo-so “barramento”, que se-gundo movimentos sociais, como o Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), contribuem para a degradação ambiental.
No site da empresa (www.careelectric.com.br), a tecnologia elimina a necessidade de “instalar uma represa, criar um re-servatório ou inundar ter-ras”. Com esta tecnologia, o ambientalista afirma que a produção de energia pode ser maior. Ele ainda salien-tou que com um “investi-mento de R$ 170 milhões [e a DESA possui 20 autori-zações para construir PCH em todo o país] o retorno tem que ser o máximo. E, para isto, aumenta-se o pre-ço da energia, ou seja, mais uma vez quem vai pagar é o povo”, define Melo.
Audiência Pública discute construção da PCH Mata VelhaA PCH vai ser construída no Rio Preto; ambientalista critica a construção e sugere outra tecnologia como solução: “uma hidroelétrica suspensa que usa a própria corrente do rio para produzir energia”
Infelizmente esta audiência foi à legitimação para autorizar à agressão aos sítios arqueológicos da Mata Velha
e de toda biodiversidade da áreaResume o ambientalista Paulo Roberto de Melo, que afirma sobre a construção de PCH no Rio Preto vai ser
“prato cheio” para corrupção e crimes ambientais
6 . O Noroeste . Abril/Maio de 2011
Exemplo da tecnologia suspensa, que utiliza a própria correnteza do rio para gerar energia
Turbinas em operação
Turbinas posicionadas
Passagem de peixes
Fotos: Protótipo de turbinas Care-Eletric
Abril/Maio de 2011 . O Noroeste . 7
No último dia 7 de abril, na Câmara Municipal de Unaí, debateu por meio
de uma audiência pública, a situação do morador de rua. Na ocasião três alternativas foram propostas e devem, em breve, entrar em ativida-de. As alternativas serão: a) à implantação de um Posto de Informação que ficará no terminal rodoviário a fim de orientar o migrante; b) a campanha contra a doação de esmolas para evitar que se torne mercadoria de troca, para outros fins; c) a constru-ção de uma Casa de Passa-gem para servir de abrigo aos migrantes durante o período em que permanecerem no município.
Nas ruasDias depois da audiência, conversamos com alguns moradores de rua para saber sobre suas vidas. As histórias narradas por eles demons-tram sabedoria mesclada a muita tristeza, abandono, fé e esperança de que um dia a vida vai mudar.
Com 26 anos de idade, vindo de Montes Claros, Haltiman Pereira de Souza chegou em Unaí, quando sua avó ainda era viva. Com o fa-lecimento dela em setembro do ano passado, Souza se en-controu sozinho na cidade.
“Fiquei esperando para con-seguir receber minha parte da herança. Não consegui. E emprego está muito difícil, por isto continuo na rua”, afirma.
Natural de Unaí, Vanil-son Barbosa, 36, vive nas ruas da cidade por motivos particulares. “A gente vive nestas condições é porque não tem outra maneira mes-mo. A vida do morador de rua é muito sofrida, dias dor-me de baixo do sol, outros de chuva. Sem contar a vio-lência”, afirma Barbosa, que disse possuir carteira de mo-torista e habilidades para tra-balhar com hortaliças mas, mesmo assim, seus serviços são pouco requisitados.
No dia em que a repor-tagem do INTERESSANTE esteve conversando com o cidadão Vanilson Barbosa, este, cuidava de uma mora-dora de rua, Ednei Santos, que na noite anterior sofreu uma agressão que lhe deixou com parte do rosto inchado. Ela explica como chegou à rua. “Eu fiquei lá (na fazen-da em que trabalhava) duas semanas, sem receber nada. Fui falar com os patrões, eles não quiseram me pagar, eu peguei minhas coisas e vim para a cidade”, conta. Ela é natural de Santa Maria (DF), e mãe de cinco filhos. “Preci-so urgentemente voltar para
meus filhos”, disse a cidadã.Agnaldo de Oliveira,
43, carioca, que perdeu os pais com apenas seis anos de idade, ensina com sua concepção de mundo. “Mes-mo estando nesta vida, eu não tenho inveja das pesso-as. Acho que cada um tem aquilo que tem porque con-seguiu. Eu não tive tantas oportunidades, por isto acho que estou aqui”, afirma. Oli-veira estudou até o ensino fundamental, cursou o exér-cito, trabalhou em firmas petroquímicas em Cubatão (SP), antes de viver como tre-cheiro. “Não sei qual é o meu destino”, conclui o cidadão.
Casa do PeregrinoLocalizada na rua Paracatu, nº 508, na região central de Unaí, está a Casa do Peregri-no Frei Eustáquio. A casa foi fundada em agosto de 2001 e pertence a Província Car-melita de Santo Elias. Possui leito para oito pessoas e ser-ve café da manhã, almoço e jantar todos os dias, exceto aos domingos. A casa tem o objetivo de acolher as pesso-as mais necessitadas e de ser um posto de apoio para mui-tos que ainda não tem onde morar e nem se alimentar.
A funcionária da casa (zeladora da casa), Rosália Aparecida de Lima, diz que a vida do morador de rua é re-
almente muito sofrida e tra-balhar com eles exige muito cuidado. “Olha, eu estou aqui desde 2005 e já passei por muitas situações difíceis. Teve uma vez que eu estava servindo o almoço, quando vê, um morador de rua come-çou a agredir o outro com um garfo”, narra. Para ela, o certo seria “dar emprego para eles em troca de benefício”.
SemdescO Centro de Referência Es-pecializada de Assistência Social (Creas), que foi criado para atender demandas como a dos moradores de rua, faz um trabalho, segundo a se-cretária de Desenvolvimento Social e Cidadania, Luciana Navarro, “fundamental”. De acordo com o Creas, existem em Unaí aproximadamente 30 pessoas vivendo nas ruas. O centro também destaca que 65% destes moradores vieram de outras cidades.
Mas o Creas somente não tem conseguido solucionar o problema. Segundo a secre-tária já existe um estudo de todo o roteiro que eles (mo-radores), fazem para poder conseguir ‘mangueá’ (pedir). Agora haverá um trabalho de entender qual o melhor caminho para os moradores. Para isto, a secretária diz ser necessária uma audiência à nível regional.
Moradores de rua é tema de Audiência Pública em UnaíO executivo está preocupado com a situação e busca alternativas; para moradores, a falta de emprego e oportunidade ajudam as pessoas a irem viver nas ruas
Fiquei esperando para conseguir receber minha
parte da herança. Não consegui. E
emprego está muito difícil,
por isto continuo na rua
Haltiman Pereira de Souza, 26, natural de Montes Claros
A gente vive nestas condições é porque
não tem outra maneira mesmo. A vida do morador de rua é
muito sofrida, dias dorme de baixo do sol, outros de chuva. Sem
contar a violênciaVanilson Barbosa, 36,
natural de Unaí
Tenho problema de alcoolismo e por isto
não consigo me tratar da hipertensão, sendo que a medicação não
faz efeito, já que bebo todos os dias.
Preciso de ajuda urgentemente
Laudelino Pórfilho Moreira, 42, natural de Unaí
Olha, eu estou aqui desde 2005 e já passei por muitas situações difíceis. Teve uma vez
que eu estava servindo o almoço, quando vê,
um morador de rua começou a agredir o outro com um garfo
Rosália Aparecida de Lima,zeladora da Casa do Peregrino
Curta
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou no último dia (3), que o Brasil possui 16,2 milhões de pessoas em situa-ção de pobreza extrema. A pesquisa foi publicada no site do institu-to, e tem como critério, para identificação da pobreza, a renda per capita de até R$ 70, por família. Deste 16,2 milhões de brasileiro, 4,8 milhões não tem nenhuma renda e 11, 4 milhões tem rendimento de R$ 1 a R$ 70.De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), todas os resultados obtidos com a pesquisa, serão usados para a elaboração das políticas sociais, como o Plano Brasil sem Miséria. Segundo o IBGE, para chegar a este número de brasileiros em ex-trema pobreza, levou-se em consideração, além do rendimento, outras condições como a existência de banheiros nas casas, acesso à rede de esgoto e água e também energia elétrica. Os integrantes das famílias também foram avaliados se são analfabetos ou ido-sos.
IBGE anuncia que tem 16,2 milhões de brasileiros em situação de extrema pobreza
A Superintendência Regional de Regularização Ambiental do No-roeste de Minas (SUPRAMNOR), está com as inscrições abertas para a candidatura de membro do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). O órgão que é vinculado à Secretaria de Esta-do de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), está com as inscrições abertas até o dia 11 de maio. Podem se candidatar representantes de organizações não gover-namentais, entidades civis, comunidade acadêmica e cientifica e poder municipal. As eleições estão marcadas para acontecer nos dias 13 e 16 de junho, em diversos pontos de Minas Gerais. Segundo informações da Superintendência Regional de Regularização Am-biental do Noroeste de Minas (SUPRAMNOR), os futuros candida-tos eleitos terão três anos de mandato a cumprir, serão 963 conse-lheiros titulares e suplentes distribuídos entre o “Plenário, Câmara Normativa Recursal (CNR), Unidades Regionais Colegiadas (URCs) e Câmaras Temáticas. Os atuais conselheiros manterão suas ativi-dades até que os novos assumam seus mandatos”, afirma em nota a assessoria da Supramnor. Os editais de convocação podem ser acessados no site: www.semad.mg.gov.br. Para maiores informações podem ligar para os telefones: (31) 39151547 ou 39151559.
Copam está com inscrições abertas para membros do conselho
Abril/Maio de 2011 . Entrevistas Especiais . 9
Jornal Interessante – Fale sobre a fundação da festa da Moagem e de seus principais fundadores.
Misael Délio – A festa da moagem começou há 13 anos, tudo começou do an-seio das pessoas (Dirceu e Dirço) de colocar pelo menos
um carro de boi na avenida. Para isto, contamos com a ajuda de Dirceu, Dirço, Dona Dalva, Terezinha, meu pai Joaquim José da Silva (já fa-lecido), Toninho dos Reis.
J.I. – A festa ainda mantém
suas características originais?M.D. – Sim, não sofreu ne-
nhuma modificação. A parte cultural, o resgate do carro de boi é o mesmo, desde a primeira festa. A caracterís-tica de nossa festa é o carro de boi em si. Mas também temos o melado, o pão de
queijo (feito em forno de bar-ro), a rapadura, o biju, a fa-rinha, estes são os principais produtos de nossa cultura, que valorizamos e mantemos como atração da festa.
J.I. – Qual é o percurso fei-
to pelas comitivas?M.D. – O trajeto começa
nas fazendas dos carreiros. Então, tem uma comitiva que sai do Canabrava, do Papa Mel e encontram-se na fa-zenda do Renildo. Da fazen-da nós vamos para à cidade (Unaí), entramos na avenida,
e vamos até à praça São Cris-tovão e de lá (este ano) nós vamos retornar para o Clube Itapuã. Temos as comitivas que vieram de outras cida-des como Buritis, Cabeceira Grande, Patrocínio, Cabecei-ra de Goiás (GO), Lagamar,
Coromandel, Vazante e Ma-tutina.
J.I. – Quais são os maiores obstáculos enfrentados pela organização na realização do evento?
M.D. – A maior dificulda-de é a parte burocrática da
festa em si, como conseguir alvará, o próprio local (onde acontece a festa), para isto, nós temos muita dificul-dade de conseguir, mas de um modo geral, a Prefeitura Municipal de Unaí nos aju-da e, nós não estamos tendo
problema. Já sobre a parte financeira, nossos recursos são poucos. Você pode ver que nós não cobramos pela entrada, ou seja, a entrada popular, e já tem cinco anos que fazemos isto.
J.I. – Ainda se utiliza o carro
de boi como meio de transpor-te nas fazendas?
M.D. – Sim, principal-mente na colheita do milho, na época da seca, ainda se usa. E sua representativida-de cultural pra nós é muito grande. E toda esta represen-
tação está sendo transmitida para os jovens, de geração em geração.
J.I. – Quais são as palavras da organização os interessados e colaboradores da festa?
M.D. – Nós só agrade-cemos a todos que nos tem
apoiado (Prefeitura Munici-pal, Policia Militar, Corpo de Bombeiros) que estão sem-pre ajudando a gente. E a todos os carreiros. E também convidar a todos, para vir prestigiar a festa, porque está muito organizadinha.
Entrevistas Especiais
Misael Délio da Silva“A característica de nossa festa é o carro de boi em si. Mas também temos o melado, o pão de queijo (feito em forno de barro), a rapadura, o biju, a farinha. Estes são os principais produtos de nossa cultura”, especifica Misael Délio
Há 13 anos o comerciante Misael Délio participa e organiza a festa, já tradicional, da Moagem que acontece em Unaí. A festa é fruto da Associação dos Carreiros e Candeeiros do Noroeste de Minas, cuja finalidade é resgatar o valor cultural do carro de boi. Usado como meio de transporte, durante anos, o carro de boi é hoje um objeto de relíquia para alguns. E, para não deixar cair em esquecimento, ou em conservadorismo, a associação criou a festa da Moagem, que atualmente está na sua 13º.
Com subvenção municipal de R$ 50 mil, a festa enfrenta dificuldades para se realizar, mas, segundo afirmou Misael Délio, as dificuldades tem sido superadas. Em entrevista ao INTERESSANTE, ele fala quem foram os fundadores da festa, quais são suas características, e conta como o evento conseguiu destaque em todo o Estado. Para esta edição estima-se que 50 carros de boi desfilem na avenida central da cidade de Unaí, com visitantes de várias localidades, como Distrito Federal e Matutina, de onde, para esta edição, sairão dois ônibus.
A maior dificuldade é a parte burocrática da festa em si, como
conseguir alvará, o próprio local (onde acontece a festa), para isto, nós temos
muita dificuldade de conseguir,
Nós só agradecemos a todos que nos tem apoiado (Prefeitura Municipal,
Policia Militar, Corpo de Bombeiros) que estão sempre ajudando a gente.
E a todos os carreiros
Comerciante e um dos fundadores da tradicional Festa da Moagem e do Carro de Boi de Unaí
CLASSIFICADOS65Í N D I C E
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01 vaga para esteticista exige-se curso ou experiên-cia na função.
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07/07
97/97
08/09
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05/06
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00/01
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01/02
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09/10
09/09
02/02
0 Km
05/05
Prata
Prata
Azul
Prata
Prata
Vermelho
Prata
Preto
Prata
Cinza
Vermelho
Prata
Cinza
Prata
Prata
Vermelha
Cinza
Prata
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Branco
Cinza
Prata
Azul
Preta
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R$ 79.000,00
R$ 9.900,00
R$ 69.500,00
R$ 26.900,00
R$ 7.900,00
R$ 18.900,00
R$ 19.900,00
R$ 20.900,00
R$ 15.900,00
R$ 10.900,00
R$ 24.900,00
R$ 11.900,00
R$ 20.900,00
R$ 10.500,00
R$ 27.900,00
R$ 11.900,00
R$ 29.900,00
R$ 56.900,00
R$ 17.900,00
R$ 17.900,00
R$ 25.900,00
R$ 22.900,00
R$ 27.900,00
R$ 3.900,00
R$ 26.900,00
R$ 14.900,00
03 vagas para motorista carreteiro exigem-se CNH categoria “e” e experiência.
01 vaga para técnico em manutenção de impres-soras exige-se experiên-cia, ensino médio e CNH categoria “AB”.
01 vaga para torneiro mecânico exige-se expe-riência
01 vaga para técnico ele-tricista exige: curso técnico e experiência.
01 vaga para costurei-ro de confecções em serie exige-se ambos os sexos e experiência.
07 vagas para eletricista de manutenção industrial exigem experiência
02 vagas para instrutor de informática exigem-se ensino superior completo ou em andamento
01 vaga para operador de retro-escavadeira exige-se experiência e CNH cate-goria “B”
01 vaga para cozinheiro exige-se sexo masculino, trabalhar em fazenda.
01 vaga para designer gráfico exige-se conheci-mento em artes visuais
02 vagas para técnico
em segurança no traba-lho exigem-se CNH ca-tegoria “b” e experiência.
01 vaga para Vendedor Ex-terno, possuir veículo próprio, carteira de habilitação catego-ria B, ter disponibilidade para viagens e trabalhar na região do Noroeste de Minas.
02 para Serralheiro, exige-se experiência comprovada na fabricação de portas, portões, e demais estruturas metálicas.
VAGAS DE EMPREGO SINE UNAÍ
Rua Eduardo R. Barobosa, 180 - Prédio da FACTU.
Telefone: (38) 3677-2086
01 vaga para Auxiliar de escritório, M/F, exige-se experiência comprovada, 2 grau completo.
01 vaga para cozinheira industrial, sexo F, exige-se 6 meses de experiência, morar na fazenda.
03 vagas para doméstica DF, sexo F, exige-se 6 me-ses de experiência, sendo 01 p/ fazenda em Unaí.
01 vaga para moto chapa, sexo M, exige-se 6 meses de experiência, CNH “C”.
01 vaga para patroleiro, sexo M, exige-se 6 meses de experiência.
01 vaga para pizzaiolo, sexo M, exige-se 6 meses
01 vaga para Técnico em informática, M/F, exige-se 6 meses de experiência, 2º grau completo, ter moto.
01 vaga para vaquei-ro, sexo M, exige-se 6 meses de experiência.
01 vaga para vendedor, sexo F, exige-se 6 meses de experiência, 2 grau com-pleto, trazer currículo.
01 vaga para vendedor externo, M/F, exige-se 6 meses de experiência, 1 grau completo.
3 EMPREGO 3 EMPREGO 3 EMPREGO 3 EMPREGO
Agropecuária
Abril/Maio de 2011 . Agropecuária . 11
O Brasil está prestes a votar o Projeto de Lei 1876/99, que reforma
o Código Florestal. Criado em 1934 (com reformula-ção em 1965), o código dita como deve ser ocupado os 329 milhões de hectares que constituem o país. Sendo desse total, 38% destinados a agricultura e pecuária que estão sobre o domínio de ter-ras particulares ou em dispu-ta de posse.
Agora na segunda refor-mulação, o código começou a gerar discussão. Foi quan-do o Deputado Federal Aldo Rebelo (PCdoB/SP), apresen-tou seu substitutivo ao proje-to. Neste substitutivo desta-cam-se o perdão das multas aplicadas em proprietários que desmataram até julho de 2008 e a flexibilização da produção agropecuária em Áreas de Proteção Per-manente (APPs), com a re-dução de 30 para 15 metros das áreas de preservação nas margens de rios. Além disso, o texto deixa de considerar topos de morros como áreas de preservação permanente e também prevê a ampliação da autonomia dos estados para legislar sobre meio am-biente.
Sindicato dos Produto-res Rurais de Unaí
Por meio de entrevista, o presidente do sindicato Hélio Machado, diz, estar muito feliz com a redação do substitutivo de Aldo Rebelo. Porque, segundo ele, o tex-to motiva o equilíbrio entre produção de alimentos e pre-
Novo Código Florestal Brasileiro direcionará produção agrícola no paísPara o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Unaí, a aprovação tem que acontecer; já órgãos como a CNBB, CPT, SBPC, ABC e o ex-presidente da Abra, criticam a aprovação
Para opositores do substitutivo de Rebelo, novo código vai ajudar somente ao agronegócio e à degradação ambiental
servação da flora e fauna. O presidente ressaltou
que os pontos positivos, existentes no substitutivo, são “áreas de 4 módulos ru-rais, que estarão isentas de avaliação de reserva legal e isentas de apovoamento de árvores nas APPs, e a redu-ção das APPs de 30 metros
[para 15 metros] para beira de rios e serras”, destaca Ma-chado.
Ele também defendeu o novo código, dizendo que “com muita competência ele [Aldo Rebelo] manteve o equilíbrio entre produção de alimentos que é de nossa inteira responsabilidade, e o
meio ambiente, na preserva-ção da flora e da fauna”, ex-plicou o presidente.
Comissão Pastoral da TerraDe acordo com a assessoria de comunicação da Comis-são Pastoral da Terra (CPT), que é ligada a Conferência
Nacional dos Bispos do Bra-sil (CNBB), afirmou que a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciência (ABC), se posiciona-ram contrários ao substituti-vo de Rebelo. Para os órgãos as propostas do deputado “nãos se sustentam cientifi-
camente”.Para o ex-presidente da
Associação Brasileira de Re-forma Agrária (ABRA), Ger-son Teixeira, às propostas do deputado já eram de se esperar. E ele destaca a falsi-dade: “O que chamou a aten-ção no Relatório foi o recurso a um alentado, cansativo e tortuoso esforço de erudição para tentar convencer que a flexibilização da legisla-ção ambiental sugerida pelo Substitutivo atende a propó-sitos libertários, soberanos, sociais e desenvolvimentis-tas do país”.
O ex-presidente vai mais fundo, quando menciona a proposição do deputado, e diz que se sua homologação acontecer, objetivos muito particulares será alcançado. “Um é desimpedir o terreno institucional das “cautelas ambientais” para a expansão do agronegócio e, associada-mente, da economia mineral. Em particular, o Substitutivo visa à garantia dessas con-dições na grande fronteira mineral e do agronegócio do Brasil: a Amazônia”, afirma Teixeira.
Ainda, segundo Teixeira, o código do deputado é rico em “dispositivos artificio-sos”, no qual, “há liberalida-des perniciosas ao meio am-biente, para transferir para o domínio privado, decisões sobre condutas ambientais que são inerentes ao poder regulador do Estado”.
Para maiores informações acesse: www.cptnacional.org.br
com muita competência ele [Aldo Rebelo] manteve o equilíbrio entre produção de alimentos,
que é de nossa inteira responsabilidade, e o meio ambiente, na preservação da flora e da fauna
Afirma o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Unaí, Hélio Machado, que defende o
novo Código Florestal Brasileiro
há liberalidades perniciosas ao meio ambiente, para transferir para o domínio privado, decisões
sobre condutas ambientais que são inerentes ao poder regulador do Estado
Destaca o ex-presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA), Gerson Teixeira, sobre os
“dispositivos artificiosos” do novo código
É notável a imensa de-manda dos chineses no mercado, tanto
como produtores ou consu-midores de matérias-primas. Para se ter uma idéia, somen-te a Vale do Rio Doce (empre-sa brasileira, porém privada, sujeita à aplicação de capi-tal estrangeiro), exportou de aço, para o país asiático, em 2006, 77,8 milhões de tonela-das de minério de ferro. Que correspondeu, na ocasião, a 37,8% a mais que em 2005. Isto mostra que os chineses, não estão para brincadeira, quando o assunto é comprar.
Pegando embalo no for-te consumo de países como a China, o algodão tem sido um produto agrícola bastante procurado, principalmente pelos chineses que utilizam do produto em suas merca-dorias têxtil.
O Noroeste Mineiro re-flete esta realidade. Em en-
trevista ao INTERESSANTE, o diretor da Agrícola Xingu S/A (empresa multinacional que comprou a antiga Algo-nor, beneficiadora de algo-dão), Agnaldo Martins de Farias fez a seguinte afirmati-va: “produtores arrisquem no cultivo do algodão”. Segundo ele, o preço do produto tende a subir nos próximos anos.
Ele completa, “é preci-so que o produtor da região, em especial o médio e pe-queno, aproveite o momento do mercado e arisquem um pouco mais para não perder as oportunidades atuais. E, nos próximos dois, três anos, tudo indica que vamos ter o algodão com preços excelen-tes”, garante Farias.
Boa produtividadeO diretor da empresa, que além de trabalhar com o beneficiamento de algodão também produz, disse que o
cultivo do produto deve ser “estratégico”. “O algodão é muito rentável, mas deman-da um maior cuidado e uma estratégia mais apurada e, por ter um custo e um risco mais elevado que outras cul-turas, esta estratégia têm que ter planejamento em longo prazo pra que se tenha êxito com o plantio”, acentua Fa-rias.
Segundo Farias, a produ-ção de algodão é viável tanto ao pequeno produtor quanto ao grande. De acordo com ele, o pequeno produtor ain-da não investe tanto no setor porque se trata de um produ-to com retorno mais demora-do e um custo de produção mais alto. “Estes produtores optam por culturas de ciclo mais precoce e retorno mais rápido”, diz. Mas ele contra-diz, dizendo que o pequeno produtor deve optar pelo produto, pois a produção em
longo prazo é necessária para manter o equilíbrio.
Para se ter uma idéia da produção do algodão no No-roeste Mineiro (Unaí e Buri-tis, os dois municípios que investem na produção), em setembro do ano passado, a produção, segundo Farias, superou a marca de 14 mil to-neladas de algodão em caro-ço, e 6 mil toneladas de algo-dão em pluma. Em uma área plantada de 2.700 hectares.
“Já este ano, a safra 2010/2011 terá um aumento na área plantada de 75% em comparação com 2009/2010. Isto dividido entre a Xingu e terceiros; só a Xingu plantou 3.625 hectares em Minas Ge-rais, com estimativa de pro-duzir acima de 28 mil tone-ladas de algodão em caroço e uma produção de aproxima-damente 11 mil toneladas de algodão em pluma”, constata Farias.
Algodão promete bons preços para os próximos anosMercado chinês é um dos principais compradores do produto brasileiro; para diretor de beneficiadora de algodão, a alta é vantajosa para pequenos e grandes produtores
12 . Agropecuária . Abril/Maio de 2011
Para este ano estima-se que a produção no Noroeste seja de 28 mil toneladas de algodão em caroço e aproximadamente 11 mil toneladas de algodão em pluma
Curtas
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra de grãos para este ano deve crescer. Segundo a compa-nhia, a safra de 2010/2011 deve ser de 157 milhões de toneladas. Os números são do sétimo levantamento realizado pela Conab e divulgado em Brasília. A pesquisa consultou representantes de cooperativas e sindicatos rurais, de órgãos públicos e privados nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, além de parte da região Norte. A produção atinge um novo recorde, com um aumento de 5,5% que corresponde a cerca de 8,2 milhões de toneladas a mais que a safra passada, que foi de 149 milhões de toneladas. De acordo com a Conab, o crescimento se deve à ampliação de áreas de cultivo do algodão, do feijão 1ª e 2ª safra, da soja e do arroz. “O algodão apresenta-se com o maior crescimento percentual em área, com cerca de 62,9% a mais que no ano passado (835,7 mil ha). Isto pode levar a uma produção de 2 milhões de toneladas de pluma, ou seja, 833,5 mil t a mais. O número anterior é de 1,2 milhão de toneladas de pluma”, afirmou a Conab. Outro produto destacado é o feijão. Com estimativa para plan-tar 4 milhões de hectares, a safra pode alcançar 3,8 milhões de toneladas. “No caso da soja, houve uma ampliação da área de 2,3%, alcançando 24,2 milhões de hectares, enquanto que a produção cresceu 5,2%, subindo para 72,2 milhões de tonela-das”, detalhou a companhia.
Safra de grãos deve crescer, segundo Conab
A Jornada de Lutas do MST e o 3º Encontro dos Movimentos So-ciais, que reuniu organizações do campo, da cidade e centrais sindicais, terminaram de forma vitoriosa na última segunda-feira (2), em Belo Horizonte. O encontro foi para debater temas como a nocividade do uso de agrotóxicos, o piso salarial estadual, a Reforma Agrária, a re-dução das tarifas públicas e a exploração e entrega das nossas riquezas nas mãos de grandes empresas e entrega das nossas riquezas nas mãos de grandes empresas transnacionais.Neste debate o MST cobrou ações do governo e criticou a refor-ma agrária, que está “estagnada” há anos. O governador de Estado, Antonio Anastásia, que participou um dia do encontro, reconheceu a demanda dos movimentos. O Dia do Trabalhador foi comemorado, segundo a imprensa, belorizontina “em tom de protesto”. No site do MST, foi divul-gado que “Na primeira hora do dia, as Brigadas Populares, que têm como principal bandeira de luta o direito à moradia, ocu-param o prédio da IPSEMG, para denunciar o descaso com as famílias sem teto da capital e pressionar o poder público contra os despejos”, afirma. Depois eles saíram em uma marcha, com 1.500 manifestantes e pararam diante do prédio ocupado, onde foi feito um ato políti-co e o resgate dos manifestantes, pois, segundo o site, eles esta-vam “acuados pela polícia”.Como resultado da manifestação as centrais sindicais anuncia-ram que o governador, fez o compromisso com de estabelecer um piso estadual, decisão, que beneficia os trabalhadores de Minas Gerais.
3º Encontro dos Movimentos Sociais em MG
Abril/Maio de 2011 . Cultura e Sociedade . 13
Cultura e Sociedade
Mães que vivem no Abrigo Frei Anselmo falam de suas vidas
Longe de seus filhos, elas vivenciam a saudade e contam como é viver distante daqueles que criaram e viram crescer; algumas mães não recebem visitas de seus filhos há anos
Edna Maria da Silva é mãe de oito filhos, “eu adoro quando eles me visitam”, afirma
Próximo domingo é Dia das Mães. Para relatar a realidade de mui-
tas mães precisaríamos de no mínimo fazer uma pes-quisa profunda para saber-mos quais são os obstáculos enfrentados por elas. Suas dificuldades são infinitas, a começar pelo árduo serviço doméstico, que ocupa qua-se todo tempo da mulher, depois, com a modernida-de, implantou-se o concei-to libertário que pautou a mulher como mão de obra de serviços externos a casa. Hoje é comum elas ocupa-rem cargos como na função de pedreiro, motorista, enca-nador, padeiro, gerente e etc, que antes eram preenchidos somente por homens.
“Mulheres de Atenas”Com os novos tempos a mu-lher deixou de ser dona de casa e passou a trabalhar fora, para ajudar na complementa-ção da renda doméstica. Mui-tas se desgastaram por toda a vida e não conseguem, ao final de sua existência, ter no mínimo uma aposentadoria digna e sofrem nas filhas da Previdência Social (para se aposentar) e no Sistema Único de Saúde (para tratar de algu-ma doença).
Exemplo de perseverança e resistência são as mães que moram no Abrigo Frei Ansel-mo, no bairro Divinéia, em Unaí. O abrigo que foi funda-do em 1978, conta, hoje, com mais de 100 abrigados.
Edna Maria da Silva, 31,
que há 10 anos mora no abrigo e é mãe de oito filhos. De acor-do com ela, todos seus filhos, (que residem em Unaí, pois al-guns não moram mais na cida-de) a visitam constantemente. “É muito bom, porque a gente não se sente sozinha. Quando eles vêem, o dia passa, que eu nem vejo”, analisa.
Como os filhos de Edna Maria, a também moradora do abrigo, Maria Santana de Jesus, 46, tem o prazer de re-ceber, sempre que possível, a visita de seus quatro filhos. Santana mora no abrigo há 4 anos, e nunca ficou sem rece-ber visita. “Sempre eles vêm. Não deixa eu ficar sozinha, e é tão bom. Eu penso que toda mãe tem que receber carinho de seus filhos”, destaca. Ela
afirma que para a ‘mãe’, os fi-lhos “nunca deixam de serem crianças”. “Por isto, nós mães, temos que ter paciência, não bater, não gritar”, ensina San-tana.
Por onde andas?Conforme relatou a psicólo-ga do abrigo, Sônia Celestina Fonseca Pires existem abriga-dos ficam anos sem receber uma visita, inclusive mães. De acordo com a psicóloga, devi-do grande parte dos abrigados tomarem medicamentos, um carinho, uma conversa, é fun-damental para o dia a dia de quem está nessas situações. “Às vezes o afeto é muito mais valioso do que um medica-mento”, observa Pires.
Esta realidade citada pela
psicóloga pôde ser confirma-da, através da entrevista feita com Joana Coelho, 79, que há 15 anos mora no abrigo, e nos que afirmou quase não recebe visita da única filha que tem. Mas ela diz entender a situa-ção da filha. “Ela me visita, pouco, duas ou três vezes por ano. Mas eu entendo coitada, ela trabalha muito, tem casa pra cuidar, é difícil mesmo”, afirma. Perguntado se sua fi-lha anunciou que a visitaria no Dia das Mães, Joana res-pondeu: “Não sei, ela não fa-lou nada”.
Se você não vem, eu vou!Segundo a coordenadora do Abrigo Frei Anselmo, Juraci Aparecida Costa, quando um abrigado quer visitar seus pa-
rentes é feito o seguinte servi-ço. “Nós levamos eles até seus familiares, isto é feito para que eles, não percam o vinculo fa-miliar”, afirma a coordenadora.
Recado de Maria Santa-na às mães de Unaí
“Eu desejo a todas as mães de Unaí e região, um feliz Dia das Mães e que elas tenham paciência com suas crianças; e que Deus ilumine a vida de-las. Um dia, o filho, volta, para agradecer. Mesmo que ele não volte, onde estiver, vai sempre pensar na mãe. Por isto, toda mãe é importante, e para elas, o filho, nunca deve crescer, sempre, há de permanecer criança, até porque, senão, não caberia no coração”. Ma-ria Santana de Jesus.
Joana Coelho fica meses, sem receber visita de sua única filha. “Ela demora, mais vem” garante a mãe
Maria Santana, que pediu para que as mães tivessem “mais paciência com seus filhos”
14 . Policial . Abril/Maio de 2011
Na manhã do último dia 30, policias Militares e Civis, por meio da ope-
ração titulada de “cata”, ti-nha por finalidade combater o tráfico de drogas em Unaí. Em nota, as policias afirmam que os investigadores já esta-vam a par de um evento que aconteceria na cidade, onde “contaria com público volta-do ao uso de substâncias en-torpecentes”, afirma.
Na operação foram apre-
endidos, com o possível trafi-cante D.M.M., 18 anos, 4,5 de maconha, 34 gramas de crack, 28 gramas de cocaína, além de uma balança de precisão.
Também foram apreendi-dos com o possível traficante, A.A.G., 51 anos, crack e R$ 220 em dinheiro. Segundo as policias o acusado “possui diversas condenações por trá-fico de entorpecentes e outros delitos, estava em liberdade desde 01/10/2010, em razão
de estar cumprindo condena-ção por tráfico de entorpecen-tes”, esclarece as policias.
As policias informaram que na operação, também fo-ram apreendidos menores, portando drogas. Mas confor-me explica a corporação, os menores foram liberados para seus responsáveis, após devi-das formalidades legais, por se tratar de um obrigatorieda-de assegurada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA). Em nota, as policias res-
saltaram o sucesso da opera-ção. “O sucesso reiterado das operações conjuntas em Unai demonstra mais uma vez a importância de um trabalho investigatório bem feito, alia-do a coesão entre as institui-ções Policia Civil e Militar, cujos integrantes não pedem esforços para garantir a segu-rança dos cidadãos do noroes-te mineiro”, afirma.
A operação foi resultado do trabalho conjunto entre as policias Civis e Militares; 4,5 Kg de maconha foram apreendidos
Drogas são apreendidas em Unaí; Operação ‘Cata’ foi formada por policiais Militares e Civis
Policial Curtas1 kg de maconha é apreendido em UnaíNo último dia 27, a Policia Militar durante a ronda noturna, no bairro Cachoeira, em Unaí, apreendeu dois indivíduos, que portavam consigo porções de maconha. Com a apre-ensão da droga, os indivíduos falaram onde tinha conse-guido o entorpecente. Imediatamente a PM se direcionou ao local indicado e conseguiu aprender na casa, 1 Kg de maconha. Em nota a PM informou que foram localizadas também duas foto-grafias de um indivíduo conhecido por Leozinho Tira Fogo, exibindo duas armas de fogo nas mãos. Os autores foram presos em flagrante e conduzidos à Delegacia da Polícia Civil, juntamente com todo o material apreendido
Caminhoneiro é assaltado próximo a UnaíEm Guarapuava, distrito a 60 km de Unaí, por volta da 8h, no último dia 27, a Policia Militar, foi solicitada para aten-der a uma ocorrência de roubo à mão armada. De acordo com a vítima G.E.C., 54, o assalto aconteceu por volta das 05h da madrugada, quando ela transitava pela rodovia com seu caminhão. Conforme a vítima explicou, eram três indivíduos, sendo que um possuía um revólver cal.38. Junto com os assaltan-tes, para servir como reforço, tinha um caminhão baú. Em nota a PM, divulgou que, “foram roubados 2 carrinhos de mão, 3 sacos de adubos, 3 rolos de arame farpados, 4 ven-tiladores, 3 liquidificadores, 1 bebedouro, 4 cadeiras fixas ¾, 1 antena parabólica, 1 receptor digital, colocando os objetos no interior do caminhão baú e evadiram sentido a cidade de UNAÍ/MG. Foram realizadas buscas por toda a região, mas até o momento, tais autores não foram lo-calizados”
Igreja da Assembléia de Deus é furtada em BrasilândiaEm Brasilândia de Minas, no bairro Porto, uma igreja da Assembléia de Deus, teve sua janela arrombada por assal-tantes, que furtaram diversos materiais musicais utilizado nos momentos de celebração da igreja. De acordo com a PM, foram furtados caixas amplificado-ras, caixas de som, alto-falantes, guitarras, teclado, mesa de som e microfones. “Diante levantamentos, a Polícia Militar continua em rastreamentos com o intuito de iden-tificar e prender os envolvidos e recuperar os materiais do furto. Se alguém tiver alguma informação sobre o ocorri-do, favor entrar em contato pelo telefone 190 ou na citada Igreja”, informou a PM.
Além de muita droga foram apreedidas armas de grosso calibre A ação contou com a parceria entre as policias Civis e Militares
Esporte
Abril/Maio de 2011 . Esporte . 15
Criado em 2005, o auxílio do Gover-no Federal, Bolsa Atleta, proporciona,
aos esportistas de alto rendi-mento, condições para eles se dedicarem mais aos treinos esportivos e a participarem de competições. O auxílio acon-tece por intermédio do Minis-tério do Esporte (ME). E, está dividido em cinco categorias: base, estudantil, nacional, in-ternacional e olímpico-parao-límpica.
Segundo o ME, o benefí-cio ajuda milhares de atletas em todo o país. De acordo com ministério, (por meio de sua assessoria de comunica-ção), somente em 2010, foram beneficiados 3.162 atletas, de 48 modalidades. Em Minas Gerais, o número de benefi-ciados é de 237 atletas.
Como conseguir o benefício?Para conseguir se beneficiar com o projeto, o atleta tem que, antes de tudo, estar cons-tantemente relacionado com a prática esportiva. Depois, eles devem verificar se atendem a todos os pré-requisitos (estão disponíveis no site), para em seguida, enviar a documenta-ção ao ME.
“Os atletas passam por 4 etapas até se tornarem atletas bolsistas: 1. Preenchimento de formulário de inscrição on-line (no site do ME); 2. Envio de documentos comprobató-rios; 3. Seleção por meio de critérios técnicos fixados pelo
ME; 4. Assinatura do Termo de Adesão. O pagamento da bolsa é realizado em 12 par-celas e os atletas devem com-provar que durante o recebi-mento continuaram treinando e competindo”, diz a assesso-ria.
Segundo o ME, o auxílio possibilita que vários atletas, consigam destaque nacional e internacional. “O auxílio tem sido fundamental para custe-ar os gastos, principalmente com equipamentos e na par-ticipação de competições”, explica.
“falta informação”O maratonista, unaiense, Vanderlei Ribeiro Alves Pe-reira, mais conhecido como Mandim, há 11 anos treina e participa de campeonatos pela região, graças aos seus próprios recursos. Ele afirma que não tem patrocínio, nem do poder público e nem do privado. “A prefeitura não ajuda com nada. Se quero correr, tenho que ir por conta própria, ou seja, hospedagem, alimentação, transporte, tudo sai do meu bolso”, expõe o corredor.
Mandim não recebe o Bol-sa Atleta. Ele até tem conhe-cimento do auxilio, mas não sabe como buscá-lo. “Falta mais informação, tanto por parte do Governo Federal quanto das Secretarias Mu-nicipais de Esporte”, diz. No último final de semana, dia do trabalhador, o maratonis-ta ficou em 1º lugar, na com-
Auxílio Bolsa Atleta do Governo Federal não é realidade para atletas unaiensesSomente em Minas Gerais são beneficiados, atualmente, 237 atletas; para esportistas de Unaí, falta informação e, portanto, o projeto acaba não sendo acessível
petição realizada no Sesc de Paracatu. Como premiação o atleta levou o valor de R$ 400. “Já vai ajudar na despesa”, sa-lienta o atleta.
Como ele, Adriely Cris-tiny, 18, que há 13 ano treina caratê e, no mês passado foi selecionada na Seletiva Na-cional Brasileira de Caratê, que aconteceu em Fortaleza (CE), também não recebe a
bolsa. “Este ano eu me inscrevi,
foi em janeiro, mas até o mo-mento eu não obtive nenhu-ma resposta”, afirma Cristiny, que para se sustentar, conta com a ajuda de patrocinado-res locais e da Prefeitura Mu-nicipal de Unaí.
Mudança na leiRecentemente o ME, alterou
o programa, por meio da Me-dida Provisória 502/10, para acabar com a exigência de que o atleta não pode ter nenhum tipo de patrocínio, como pré--requisito para conseguir a bolsa.
Valor da bolsa:O valor da Bolsa varia de R$ 300,00 a R$ 2.500,00, de acor-do com a categoria do atleta
beneficiado, e é paga mensal-mente pela CAIXA, pelo pra-zo de um ano.
- Atleta Estudantil - Valor da Bolsa: R$ 300,00/mês;
- Atleta Nacional - Valor da Bolsa: R$ 750,00/mês;
- Atleta Internacional - Va-lor da Bolsa: R$ 1.500,00/mês;
- Atleta Olímpico e Para-olímpico - Valor da Bolsa: R$ 2.500,00/mês
Adriely Cristiny fez sua inscrição para conseguir o auxilio no começo do ano, até o momento não obteve nenhuma resposta
Mandim não recebe o Bolsa Atleta. Ele até tem conhecimento do auxílio, mas não sabe como buscá-lo
16 . Esporte . Abril/Maio de 2011
Em Paracatu, no dia 1º de maio, dia do traba-lhador, aconteceu a 2º
Corrida do Trabalhador. O evento aconteceu no SESC, e começou por volta das 9h30, e houve a presença de diversas baterias, tanto feminina quanto masculina. Integrantes da Guarda Mi-
rim também participaram da corrida.
Com um trajeto de 5 Km, a prova não foi fácil, segun-do os competidores. Inclusi-ve para os que participaram da categoria Elite, que reúne atletas de diversas localida-des, inclusive de Distrito Fe-deral.
Entre os vencedores da categoria elite, todos são de Unaí. A começar pelo 1º lu-gar, Ivo Ferreira da Silva, em 2º, Vanderlei Ribeiro Pereira (mais conhecido como Man-dim) e 3º, Júnior Fernandes da Silva.
Vandelei Ribeiro Pereira, Mandim, ganhou como pre-
mio o valor de R$ 400. Segun-do o atleta, este prêmio vai ajudar ele a continuar com seus treinos, pois como ele mesmo falou “a vida de um atleta sem patrocínio é muito difícil”.
Já na categoria Master, Brasília foi a cidade que mais teve ganhadores. Em 1º lugar
ficou Geraldo Mendes das Chagas e em 2º Francisco das Chagas Felix de Sousa. O 3º lugar ficou para Adão Alves da Mata, de Unaí.
A categoria aberta fe-minina teve com destaque Juliana Pereira da Silva, de Brasília e Mércia Antonio da Silva, de Paracatu, que ficou
em 2º lugar, Renilva Alves da Rocha ficou em 3º.
Na corrida masculina, destacaram-se dois atletas de Unaí, em 1º lugar o foi o atle-ta Charley Martins de Barros, e em 2º, Adair Pereira Maga-lhães. A terceira colocação ficou com o paracatuense Sá-vio Alves de Oliveira.
Corrida do Trabalhador em sua 2ª ediçãoOs Unaienses levaram os três primeiros lugares na categoria elite; a corrida aconteceu no SESC de Paracatu
Esporte
Atletas de Unaí destacam na categoria elite A corrida intencionava introduzir a prática esportiva na vida do trabalhador
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