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jornal da JORNAL DA RESPONSABILIDADE DAS ORGANIZAÇÕES DA ÁREA URBANA DE CALDAS DAS TAIPAS DO PCP NÚMERO 9 - JULHO 2013 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Cândido Capela Dias Editorial Editorial BOMBEIROS DAS TAIPAS Entrevista com o Sr. Presidente da Direcção da Associação PÁGINAS 2 e 3 ÚLTIMA PÁGINA Delegação da CDU encontrou-se com a Associação dos Bombeiros é o candidato da CDU à Junta de Freguesia das Taipas CÂNDIDO CAPELA DIAS BOMBEIROS DAS TAIPAS Os taipenses sentem um carinho muito grande pelas suas colectividades. A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Taipas é uma das mais acarinhadas, senão mesmo a mais acarinhada. E justificadamente diga-se. Antes do mais pela acção abnegada dos seus membros, do passado e de agora, que prestam à comunidade um serviço exemplar pela dedicação e pelo altruísmo, com sacrifício da comodidade, da família, do convívio com os amigos. Como a generalidade das colectividades sem fins lucrativos, os Bombeiros sobrevivem à custa da gestão cuidada, atenta, rigorosa dos subsídios generosos e da exploração cautelosa do seu património. Uma gestão que para ter sucesso e melhor responder ao agravamento das despesas, dos combustíveis às comunicações, do fardamento ao material de ataque a incêndios, tem de inovar em busca da sustentabilidade. Foi por compreenderem a necessidade de nunca se conformarem, de reagir aos sucessivos desafios de um mundo desregrado, que as direcções se abalançaram e abraçaram projectos que sendo mais um serviço à comunidade, fossem fonte da receita indispensável ao equilíbrio das contas, rentabilizando o investimento no quartel. Nas palavras magoadas do seu presidente, na entrevista que gentilmente nos concedeu, sente-se a tristeza pela discriminação negativa de que os Bombeiros foram objecto, por parte da Câmara de Guimarães. A crise e a falta de dinheiro não servem de justificação, porque outras colectividades foram contempladas e com generosidade. Talvez poque à frente delas está o mesmo partido que governa o concelho, talvez porque 2013 é ano de eleições autárquicas e o PS de Guimarães queira dar uma ajudinha ao PS Taipas, mas nada justifica o esquecimento. Infelizmente, Taipas vai assistindo ao uso das colectividades para rampa de lançamento de candidaturas partidárias com uso indevido de dinheiros que são de todos, de direita e de esquerda. Desta vez os sacrificados foram os Bombeiros, amanhã, muda a sorte das eleições, e outros se vão queixar, como, por exemplo, o CC das Taipas. Isto assim não pode continuar. O POLVO DAS TAIPAS

Jornal julho 2013

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Page 1: Jornal julho 2013

jornal da

JORNAL DA RESPONSABILIDADE DAS ORGANIZAÇÕES DA ÁREA URBANA DE CALDAS DAS TAIPAS DO PCP

NÚMERO 9 - JULHO 2013 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Cândido Capela Dias

EditorialEditorial BOMBEIROS DAS TAIPAS

Entrevista com o Sr. Presidenteda Direcção da Associação

PÁGINAS 2 e 3

ÚLTIMA PÁGINA

Delegação da CDU encontrou-secom a Associação dos Bombeiros

é o candidato da CDUà Junta de Freguesia das Taipas

CÂNDIDO CAPELA DIAS

BOMBEIROS DAS TAIPAS

Os taipenses sentem um carinho muito grande pelas suas colectividades.

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Taipas é uma das mais acarinhadas, senão mesmo a mais acarinhada.

E justificadamente diga-se.

Antes do mais pela acção abnegada dos seus membros, do passado e de agora, que prestam à comunidade um serviço exemplar pela dedicação e pelo altruísmo, com sacrifício da comodidade, da família, do convívio com os amigos.

Como a generalidade das colectividades sem fins lucrativos, os Bombeiros sobrevivem à custa da gestão cuidada, atenta, rigorosa dos subsídios generosos e da exploração cautelosa do seu património.

Uma gestão que para ter sucesso e melhor responder ao agravamento das despesas, dos combustíveis às comunicações, do fardamento ao material de ataque a incêndios, tem de inovar em busca da sustentabilidade.

Foi por compreenderem a necessidade de nunca se conformarem, de reagir aos sucessivos desafios de um mundo desregrado, que as direcções se abalançaram e abraçaram projectos que sendo mais um serviço à comunidade, fossem fonte da receita indispensável ao equilíbrio das contas, rentabilizando o investimento no quartel.

Nas palavras magoadas do seu presidente, na entrevista que gentilmente nos concedeu, sente-se a tristeza pela discriminação negativa de que os Bombeiros foram objecto, por parte da Câmara de Guimarães. A crise e a falta de dinheiro não servem de justificação, porque outras colectividades foram contempladas e com generosidade. Talvez poque à frente delas está o mesmo partido que governa o concelho, talvez porque 2013 é ano de eleições autárquicas e o PS de Guimarães queira dar uma ajudinha ao PS Taipas, mas nada justifica o esquecimento.

Infelizmente, Taipas vai assistindo ao uso das colectividades para rampa de lançamento de candidaturas partidárias com uso indevido de dinheiros que são de todos, de direita e de esquerda. Desta vez os sacrificados foram os Bombeiros, amanhã, muda a sorte das eleições, e outros se vão queixar, como, por exemplo, o CC das Taipas. Isto assim não pode continuar.

O POLVO DAS TAIPAS

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JORNAL DA FRATERNIDADE / JULHO 2013 PÁGINA 2

Uma delegação da CDU reuniu, no dia 1 de Junho, com a Direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Caldas das Taipas, com a intenção de ouvir a maior associação desta vila e uma das maiores do concelho.

Começando por agradecer a disponibilidade da Direcção dos Bombeiros, José Torcato Ribeiro, acompanhado de Mariana Silva e de Cândido Capela Dias, quiseram saber como está a ser encarada a nova época de incêndios na perspectiva da segurança e tranquilidade dos milhares de pessoas sob a tutela dos Bombeiros das Taipas; quiseram ouvir a opinião sobre o transporte de doentes e suas implicações na gestão; as relações com os órgãos autárquicos, Câmara Municipal de Guimarães e Junta de Freguesia de Caldelas; as obras de reabilitação e remodelação das instalações; e, por fim, a escola de formação de bombeiros.

Nada ficou por responder, num diálogo elevado e respeitoso, cauteloso, com matérias de algum melindre.

José Torcato Ribeiro mostrou a nossa abertura para, em sede de Câmara Municipal de Guimarães, alertar a autarquia para a necessidade de proceder a uma mais

Delegação da CDU encontrou-se com a Associação dos Bombeiros das Taipas

CANDIDATOS DA CDU

ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DAS TAIPAS

CÂNDIDO CAPELA DIAS - Economista, 67 anos

GILDÁSIO FERREIRA - Profissional de seguros, 46 anos

CATARINA COSTA E SILVA - Lic. em prod. artistica, 32 anos

ROGÉRIO LEITE DA SILVA - Peq. Empresário, 46 anos

ANTÓNIO FREITAS RIBEIRO - Designer, 25 anos

CLÁUDIA SOUSA E SILVA - Ajud. acção directa, 37 anos

PAULO TEIXEIRA CUNHA - Metalúrgico, 42 anos

MANUEL ANTÓNIO RIBEIRO - Escriturário, 53 anos

HELENA COSTA E SILVA - Peq. Empresário, 23 anos

JOÃO MAIA C. SILVA - Emp. de escritório, 54 anos

JORGE MANUEL FREITAS - Metalúrgico, 37 anos

FERNANDA M. SILVA - Cozinheira, 45 anos

CARLOS ARAÚJO - Op. calçado, 49 anos

TOMÁS MACHADO - Reformado, 65 anos

ISABEL FERNANDES - Comerciante, 51 anos

VÍTOR DIAS DA ROCHA - Professor, 51 anos

BRUNO SILVA MOTA - Emp. Balcão, 21 anos

ANA CRISTINA VELOSO - Emp. Balcão, 23 anos

ÁLVARO FREITAS - Electricista, 45 anos

NUNO MIGUEL SILVÉRIO - Metalúrgico, 47 anos

FRANCISCO VELOSO - Metalúrgico, 51 anos

DOMINGOS MAIA C. SILVA - Serralheiro, 57 anos

IDALINA MARTINHO - Costureira, 53 anos

justa, equilibrada e equitativa repartição dos apoios municipais às corporações de bombeiros do concelho.

Cândido Capela Dias reflectiu sobre a vastidão, tipologia e características da área territorial sob a alçada dos Bombeiros das Taipas e manifestou interesse em conhecer melhor a escola de formação de bombeiros, uma realidade escondida que presta serviços relevantes, um foco de atracção de centenas de pessoas nem sempre devidamente acarinhado e considerado nas suas muitas potencialidades.

A porta dos bombeiros só não ficou aberta porque já estava aberta, mas ficou de parte a parte a vontade de cultivar contactos mais regulares e periódicos, pelo menos sempre que em causa estejam assuntos que digam respeito à associação e aos bombeiros.

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JORNAL DA FRATERNIDADE / JULHO 2013 PÁGINA 3

O senhor está há um bom par de anos à frente dos Bombeiros Voluntários das Taipas, sendo, por isso, um protagonista e um observador privilegiado da vida da associação. A questão é a seguinte: houve momentos em que o futuro da associação esteve em perigo?

O primeiro mandato, há dezasseis anos, não foi fácil mas, de forma alguma, podemos afirmar ter estado em perigo o futuro da Associação.

Nesses momentos de dificuldade, as populações servidas nunca regatearam esforços, apoio e solidariedade, ao que sabemos. E da parte das entidades oficiais, locais ou municipais?

A população da nossa área de intervenção nunca regateou, de facto, a sua colaboração nos momentos mais difíceis. O mesmo aconteceu com determinadas autarquias locais, a destacar a autarquia da n/ Vila, da qual, temos recebido, em espécie, excelentes apoios. A autarquia municipal sempre acolheu, na medida das suas possibilidades, os pedidos pontuais para a concretização de alguns p r o j e t o s . U l t i m a m e n t e , e inexplicavelmente, não o tem feito.

Diz-se que nem sempre as relações com Guimarães foram as melhores, as mais sãs, embora hoje passem por dias de boa e franca camaradagem. Alguma vez sentiu que olhavam para os bombeiros das Taipas como uma corporação de nível inferior? Alguma vez se apercebeu de arrogância e sobranceria nas relações com outras associações de bombeiros?

Sim, de facto, em tempos idos, as relações entre os Bombeiros das Taipas e os Bombeiros de Guimarães não foram as melhores. Hoje, com esta Direção e este Comando, as relações são excelentes e ótima a cooperação entre as duas entidades.

Sobranceria e/ou arrogância de outras Associações para connosco? Não direi que se verificaram entre as Associações ou Corpos de Bombeiros, mas sim entre um ou outro dos seus elementos, sobretudo a partir do momento em que criámos a Unidade Local de Formação.

Foram realizadas obras que alteraram em muito e para melhor as condições de habitabilidade e utilização da sede. Eram obras inadiáveis, mas caras cuja realização terá implicado despesas elevadas normalmente acima das possibilidades das associações. Terá recebido apoio financeiro das populações e das empresas, por um lado e de outras entidades oficiais. Diga-nos, senhor presidente, houve comparticipação da Junta e da Câmara? Quanto está em dívida a empreiteiros e fornecedores?

No último ano realizámos nas instalações do Quartel, área operacional e administrativa, obras no valor global de novecentos mil euros, incluindo o respetivo mobiliário. Recebemos de uma candidatura ao QREN, em números

redondos, cerca de 300.000 mil euros. Todo o restante foi por nós suportado, não devendo, neste momento, um único cêntimo aos nossos fornecedores.

O senhor tem fama de bom gestor. Rapidamente, qual a situação financeira dos bombeiros. Equilibrada ou deficitária?

Tínhamos previsto, no Orçamento para este ano, cerca de 200.000 euros para obras de reparação em três salas de formação. Está em curso a sua execução e equilibrada a situação financeira, apesar da diminuição verificada na prestação de serviços remunerados, como, por exemplo, o transporte de doentes não urgentes.

Pensamos, em perfeito acordo com as sugestões do Comando, realizar na Unidade Local de Formação, obras que a tornarão uma das mais completas do país.

Outra das suas características é a de nunca descurar uma oportunidade para garantir a viabilidade dos projectos em que

se mete. Como vê a instalação de equipamentos que concorrem com os já existentes na vila e propriedade dos bombeiros: como ameaça à estabilidade ou como concorrência desleal na medida em que beneficiam de recursos públicos que são negados a outras colectividades, como por exemplo aos Bombeiros?

Estranho, de facto, ouvir falar de projetos que, de certa forma, vêm colidir com fontes de receita da Associação,

auferida em equipamentos de que a região carecia e levados a cabo, quase exclusivamente, a expensas nossas.

Foi previamente ouvido ou consultado sobre esses novos projectos? E sobre o prometido e muito anunciado projecto de remodelação do centro da vila, os bombeiros foram ouvidos pela Câmara para se pronunciarem do ponto de vista dos incêndios e do acesso e circulação de socorro?

Sobre o anunciado projeto de remodelação do centro da Vila, o Comando pronunciou-se sobre o assunto.

Por fim, gostaríamos que nos apresentasse a Escola de Formação de Bombeiros e nos desse uma opinião sobre os impactes da mesma na economia local devido ao movimento de formandos. Quantos formandos já passaram pela Escola? Recebeu apoios para concretizar mais este projecto? Da parte de instituições autárquicas? De quais?

Quanto ao impacto provocado na região pela criação da Unidade Local de Formação, basta considerarmos o movimento que trouxe à região, a passagem, até este momento, de mais de 600 pessoas que tiveram de se alojar, de fazer aqui as suas refeições, etc.

Entrevista com o Sr. Presidente da Direcção da Associação Humanitária dosBombeiros Voluntários das Caldas das Taipas

Agradecemos a disponibilidade do P.e José das Neves Machado, em conceder esta entrevista aoJornal da Fraternidadade.

Sr. Presidente da Direcção,

BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DAS TAIPAS

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JORNAL DA FRATERNIDADE / JULHO 2013 ÚLTIMA PÁGINA

Realizou-se nos dias 12 e 13 de Julho a 8ª edição da Festa da Fraternidade, iniciativa promovida anualmente pela Comissão de Freguesia das Taipas do PCP.Como habitualmente, a noite de sexta-feira foi dedicada à juventude. Pelo palco da Festa passou o concurso de bandas organizado pela JCP, que levará a banda vencedora ao Palco Novos Valores da Festa do Avante!.

Actuaram as bandas a concurso: Elitium, Zekexperience e Tommy the cat, tendo o Júri selecionado para a eliminatória seguinte os Elitium.A noite de sexta feira encerrou, com a actuação da banda convidada, Éden.

No sábado, a Festa começou com o debate sobre o IV Tomo das obras escolhidas de Álvaro Cunhal.Albano Nunes, do secretariado do Comité Central do PCP, iniciou a sua

intervenção afirmando “Álvaro Cunhal é no século XX e na passagem para o século XXI em Portugal, a personalidade que mais se destacou na luta pelos valores da emancipação social e humana, com forte projecção no plano mundial, designadamente como um dos mais conhecidos e prestigiados dirigentes do movimento comunista internacional. “.O debate foi além do período abrangido pelo IV Tomo (1967-1974), focando também muitos aspectos da vida e obra de Álvaro Cunhal.

Ao início da noite, subiu ao Palco ÇÃO PITADA que cantou e encantou os presentes.

Seguiu-se a intervenção política com a realização do Comício da Festa da Fraternidade.Cláudia Sousa, de Prazins e membro da Comissão Regional da JCP, foi a primeira a intervir realçando o papel da juventude, da JCP e da Juventude

CDU: “A JCP apela à continuidade e reforço da luta, em defesa da Escola Pública, Gratuita, de Qualidade e Democrática, para Todos e contra o desemprego e as políticas laborais que generalizam a precariedade e aumentam a exploração. A campanha da Juventude CDU para as eleições autárquicas deverá ser encarada como uma importante batalha em que estarão colocadas as reivindicações concretas e locais da juventude locais relacionadas com as políticas gerais”.

Na sua intervenção, Cândido Capela Dias, candidato à presidência da Junta de Freguesia das Taipas

s afirmou: “Vamos disputar as eleiçõea com o objectivo de conquistar força bastante para meter na ordem ume junta desreg rada, atrevida

ignorante, que em dois mandatos sucessivos se esgotou e esgotou as finanças locais entre festas, festanças, muito circo e actos de gestão ruinosos, alguns de legalidade mais do que duvidosa.”

Finalmente, Torcato Ribeiro, candidato da CDU à presidência da Câmara Municipal de Guimarães,

tomou a palavra e não deixou de afirmar o importante papel das candidaturas da CDU às Assembleias de Freguesia do Concelho: “Este é um projecto colectivo, onde também participam dezenas de candidaturas às assembleias de freguesia que a CDU apresenta nestas eleições autárquicas.Candidaturas capazes de dialogar com todos, sem abdicar de princípios, capazes de estabelecer pontes e encontar soluções rigorosas e de qualidade, candidaturas que contam, compostas por homens e mulheres em quem podemos confiar.”

A 8ª edição da Festa da Fraternidade terminou com a actuação do cantor JOSÉ MORAIS e a certeza que em 2014 voltará.Ao longo dos dois dias de Festa, a criatividade dos visitantes foi dando corpo a este excelente mural.

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