Jornal Locomotiva 76

Puxando o assunto, trazendo o debate, levando informação

Locomotiva21 de julho de 2012 - sábado - nº 76 - Distribuição Gratuita

Conheça o perfil dos dois candidatos à Prefeitura de Franco da Rocha| Págs . 4 e 5

Justiça garante

direito da imprensa

publicar informações

sobre os processos

que tramitam contra

políticos de Franco da

Rocha | Pág. 3

Vitória da democracia

O Prefeito Márcio Cec-

chettini usou mais uma vez

da assessoria de imprensa

da Prefeitura, paga com di-

nheiro público, para atacar

este jornal e o promotor de

Justiça responsável pelas

investigações contra si, seu

vice, sua irmã, seus secre-

tários, seus assessores e sua

base parlamentar.

O prefeito alega, prova-

velmente se referindo a nosso

último editorial, que nós nos

afirmamos parciais. Diz que

este jornal tem “engordado

rumores” e que o “agride”.

Pede respeito ao cargo que

ocupa, dizendo que no exer-

cício do cargo “deixa de ser

pessoa física” enquanto de-

positário da maioria dos vo-

tos do povo franco-rochense.

Só faltou afirmar, no melhor

estilo Luís XIV, que “o Estado

sou eu”.

Sobre a parcialidade, leia

de novo, prefeito; o que dis-

semos é que nós temos lado,

e nunca escondemos isso dos

nossos leitores. Isso não sig-

nifica que não pratiquemos

jornalismo como ele deve ser:

Gerson Sartori vai a Brasília saber

detalhes sobre o trem bala em Jundiaí pág. 03

Demos a palavra a um vereador e a

um suplente: opiniões contrárias e a favor da PEC pág. 02

Distribuição gratuita nos municípios de Caieiras, Campo Limpo Paulista, Francisco Morato, Franco da Rocha, Jundiaí e Várzea Paulista

Tiragem: 20.000 exemplares - Ano I - Edição IX - 1ª quinzena de outubro/2009 - venda proibida

É o dinheiro!PEC dos vereadores

ouvindo sempre o outro lado

e respeitando a inteligência

dos nossos leitores.

Também não temos trata-

do de rumores neste jornal

– e poderíamos, tantos são

os que circulam pela cidade

– temos tratado de fatos. E os

fatos são simples: há mais de

100 dias encontraram milha-

res de reais com os dois prin-

cipais assessores do prefeito,

dentro da Prefeitura, a pou-

cos metros de seu gabinete,

e ninguém até agora se pre-

ocupou em explicar de onde

veio a grana.

O problema não é rumor,

não é oposição, não é parti-

do, não é candidato. A elei-

ção já passou e só teremos

outra, a princípio, em 2012.

O problema é o dinheiro, pre-

feito. Quando o senhor pede

respeito ao cargo que ocupa,

lembre-se que o primeiro a

desrespeitá-lo foi o senhor

mesmo, desrespeitando os

mais de 40 mil franco-ro-

chenses que depositaram na

sua figura seus votos de con-

fiança e esperança de uma

cidade melhor.

Franco: trem bala poderá passar no meio da cidadeSecretário de Economia Solidária visita Várzea

pág. 05

pág. 08

Prefeito de Franco ataca Locomotiva e promotorEsporte: Olimpíadas e os gastos públicos

pág. 04

pág. 11

e d i t o r i a l

Jundiaí

Francisco Morato

Jundiaí

Proposta aprovada no Congresso deve permitir que 40

suplentes assumam o cargo na região. Conheça os suplentes

que devem assumir nas cidades de Franco da Rocha, Fran-

cisco Morato, Caieiras, Campo Limpo Paulista, Várzea Pau-

lista e Jundiaí. Entretanto, liminar concedida por ministra

do STF para todo o processo até julgamento do mérito. Co-

bertura completa sobre o assunto nas págs. 6 e 7.

A vereadora petista Mari-

lena Negro escreve um artigo

sobre a violência no Jardim

São Camilo, um problema

que vem preocupando muito

a população daquele bairro.

Conra na pág. 10

TRE- SP decide em favor da

permanência do prefeito Ze-

zinho Bressane no cargo. Pe-

dido de afastamento refere- se

a supostas irregularidades na

prestação de contas de cam-

panha. Veja na pág. 3

A partir da apreensão realizada no começo de julho, o Ministério Público de Franco da Rocha investiga supos-ta corrupção na Prefeitura. Todos os vereadores da cidade

Veja a programação e como chegar no evento pág. 09 Cidade produz mais de um milhão de plantas por ano pág. 08

Distribuição gratuita nos municípios de Caieiras, Campo Limpo Paulista, Francisco Morato, Franco da Rocha e Várzea PaulistaTiragem: 20.000 exemplares - Ano I - Edição VI - 1ª quinzena de agosto/2009 - venda proibida

Ministério Público abre investigação sobre Márcio, Pinduca e mais 18 pessoas

Morato sedia encontro preparatório à CONAE Em 2010, Marcha da Mulher passará por Jundiaípág. 05

pág. 10Vigilância Epdemiológica pede calma sobre gripe suína As informações importantes sobre a Lei Antifumopág. 07

pág. 12

foram citados no inquérito civil, exceto Sebastião Acioli, o Bebé, do PT. Leia cobertura completa das investigações nas páginas 6 e 7.

Flagrado com R$ 10 mil de origem não identicada, Mar-

celo Nega está de volta ao cargo sem que ele, o prefeito Már-

cio ou a Prefeitura tenham esclarecido a origem do dinheiro.

Sucesso de público, Orquivárzea leva mais de 75 mil pes-

soas à exposição. Orquidólos do Brasil inteiro e até do ex-

terior prestigiaram o evento. Shows de Titãs e Dominguinhos

animaram a multidão que compareceu à Avenida Projetada.

Veja na p. 6.

Gerson Sartori encontra-se com ministra Dilma pág. 09

Distribuição gratuita nos municípios de Caieiras, Campo Limpo Paulista, Francisco Morato, Franco da Rocha e Várzea Paulista

Tiragem: 20.000 exemplares - Ano I - Edição VII - 1ª quinzena de setembro/2009 - venda proibida

Terceira edição

da virada esportiva

acontecerá no próximo

m de semana.

Participe!Marcelo Cypriano, ex-

vice- prefeito de Franco

da Rocha, fala sobre

escândalo que atinge a

cidade.

pág. 12

pág. 03

Funcionários da Cotran

recebem da prefeitura

novos uniformes.

PIB cresce em relação

ao primeiro trimestre

do ano e Brasil sai da

recessão.

Esporte

Morato

Opinião

Esporte

Morato

Opinião

Secretário municipal investigado

retorna à Prefeitura

O outro secretário agrado, Marco Donário, pediu na Justiça

o m das investigações, o que foinegado. O promotor Daniel

Serra Azul rearma que levará o caso até o m. Veja na p. 4

Indicado para compor Gaeco, promotor afirma ficar no cargo e à frente das investigações

Márcio Cecchettini, sua irmã, sua secretária e diretório do PSDB terão sigilos fiscal e bancário quebradospág. 04

pág. 04

pág. 10

pág. 09

JundiaíJundiaí

Distribuição gratuita nos municípios de Caieiras, Campo Limpo Paulista, Francisco Morato, Franco da Rocha, Jundiaí e Várzea PaulistaTiragem: 20.000 exemplares - Ano II - Edição 15 - 1ª quinzena de janeiro/2010 - venda proibida

Promotor pede cassação de Márcio Cecchettini, Pinduca e 10 vereadores

Edição especial Franco da RochaEdição especial Franco da Rocha

“verifica-se... com clareza que se trata

de uma organização criminosa que

instalou a ilegalidade generalizada e

implantou perniciosa rede de corrupção”.

teriam sido desviados pelo esquema

Promotor Daniel Serra Azul Guimarães coloca como réus Márcio, Pinduca e todos os vereadores – exceto o petista Bebé – em ação de improbidade administrativa, fruto das investi-gações iniciadas em julho do ano passado, após apreensão

de dinheiro de origem desconhecida na Prefeitura. Entre os réus também guram secretários e ex- secretários municipais, a irmã do prefeito, e cinco empresas que mantém contratos com o município. Veja nas páginas 04, 05, 06 e 07.

Distribuição gratuita nos municípios de Caieiras, Campo Limpo Paulista, Francisco Morato, Franco da Rocha, Jundiaí e Várzea Paulista

Tiragem: 20.000 exemplares - Ano I - Edição 14 - 2ª quinzena de dezembro/2009 - venda proibida

FELIZ 2010, FRANCO DA ROCHA

Cresce o número de beneficiados

pelo programa Bolsa FamíliaVereador Capá é eleito

presidente do PT municipal

pág. 03

pág. 03

Projeto para a construção de

shopping center será apresentadoLula Raniero comemora

aniversário em alto estilo

pág. 04

pág. 05

MoratoMorato

Debaixo d’água, a cidade celebra o nal de um dos piores anos de sua história.

2009 foi o ano da mudança do Juquery para Caieiras, das promessas não cumpridas,

das obras inacabadas, dos maços de dinheiro na Prefeitura, da cidade parada, travada

e imobilizada.Mas acabou. Que venha 2010! Conra a retrospectiva e a cobertura da

enchente nas páginas 06 e 07.

Cratera ameaça segurança de pedestres e motoristas

que passam pela Avenida Benedito Fagundes

Marques. Prefeitura coloca a culpa na Sabesp

Evasão de divisasTerminada a festa do Juninão, o Parque Municipal foi ocupado por um parque de diversões. Nem bem saiu, entrou um Circo. Empresas que vêm de fora sugar o capital da cidade, numa autêntica inversão de valores, já que o comércio local, que faz a economia girar, não tem nenhuma participação no processo.

Férias de invernoNo momento em que os estudantes estão de férias, os pais não têm alternativas para o lazer deles de forma gratuita, já que o espaço público está ocupado com diversão paga.

Eleições 2012Cada cadeira na Câmara está sendo disputada por cerca de 19 candidatos. Todos os atuais vereadores são candidatos, sendo um deles a vice-prefeito.

O Brasil em Franco da Rocha26% dos candidatos são nascidos em Franco da Rocha, num total de 61% naturais do Estado de São Paulo. 25,4%

Locomotiva é uma publicação

semanal da Editora Havana Ltda. ME.

Circula em Franco da Rocha,

Caieiras, Francisco Morato,

Mairiporã e região.

E-mail: [email protected]

Impressão: LWC Gráfica e editora

Tiragem: 50 mil exemplares

Redação: Pedro Mikhailov e Thiago Lins

Projeto gráfico: Feberti

Todos os artigos assinados são de

responsabilidade de seus autores e não

representam, necessariamente, a opinião

do jornal.

são oriundos do nordeste do país. Temos candidatos nascidos em 14 Estados da Federação.

Sem limite de idadeO candidato mais jovem tem 18 anos, e o mais idoso tem 78.

Vestígios de campanhaContinua morna a corrida eleitoral, com poucos movimentos nas ruas, e iniciando a visualização dos candidatos. Já nos bastidores a disputa está quente, com os 2 candidatos trocando representações, com acusações de antecipação de campanha eleitoral.

CPTM A ferrovia está anunciando o fechamento da passagem de nível neste final de semana, para obras e inicio da operação comercial no dia 23. Estará iniciando a operação da nova estação?

DebandadaHá rumores de que uma importante figura de certa campanha política tem dito que prefere se aninhar em outros lugares. Será? Clima mais fresco, melhores paisagens, mais qualidade de vida. Ou seria mais possibilidade de vitória? Uns confirmam; outros negam.

NOS TRILHOS Quando Johannes Gutemberg

teve a brilhante idéia de inventar uma forma de pro�

dução em massa de materiais impressos, talvez não tivesse a real noção do que seria isso no futuro. Estamos falando do século XV, um momento em que toda a informação da vida de um homem médio caberia numa edição dominical de um grande jornal.

O fato é que hoje, mesmo com toda a parafernália eletrônica, internet aí inclu�ída, o papel, o jornal, as revistas, ainda são uma grande fonte de informação para o cidadão comum.

Nem sempre essas mídias reproduzem

aquilo que gostaríamos de ouvir. Às vezes consideramos mesmo que foram publi�cadas informações não verdadeiras. No segundo caso, o caminho é a justiça.

A todos é dado o direito de discutir aquilo que considera danoso. Uma de�mocracia é boa quando é possível ganhar no voto ou na justiça.

O Jornal Locomotiva acaba de vencer mais uma ação que tentava provar que aqui há um periódico mentiroso, parti�dário, sectário. Não é verdade e o poder judiciário também pensa assim.

Continuaremos nosso trabalho, mos�trando a realidade nua e crua. Doa a quem tiver de doer.

EDITORIAL

Fogo em protesto no Lago Azul Ortiz

Terça feira, dia 17 de julho, moradores do Lago Azul Ortiz organizaram um protesto contra obras da Prefeitura, que está asfal-tando o começo da rua Arco

Íris, mas esqueceu do res-tante do bairro. “Manda eles (autoridades) virem morar aqui, que eles só podem achar que isso é o paraíso para não fazer nenhuma

mudança por aqui”, disse uma moradora que não quis se identificar. Pneus foram queimados e a rua ficou fechada por cerca de uma hora e meia.

Expediente

2 21 de julho de 2012 - sábado - nº76 Distribuição gratuita Locomotiva

No dia 16 de julho, o Locomotiva venceu na Jus-tiça, em primeira instância, o processo movido por Marcio Cecchettini, pre-feito da cidade, contra o jornal. Cecchetini acionou judicialmente o Locomotiva, alegando que a série de maté-rias publicadas em 2009 sobre as denúncias de corrupção inestigadas pelo Ministé-rio Público de corrupção, inclusive achando dinheiro na gaveta dos secretários, tinham conteúdo difama-tório. Mas o juiz Fernando Dominguez Guiget Leal, res-ponsável por analisar o caso, deu um parecer favorável ao

jornal, ao alegar que “não excederam o direito consti-tucionalmente assegurado, de repassar as informações obtidas aos leitores do muni-cípio de Franco da Rocha”. O documento ressalta a trans-parência do jornal ao expor os fatos para o público, pelo direito descrito no artigo 5º da Constituição Federal, que regula a liberdade de impren-sa, que garante “a todos o acesso à informação”. A sentença esclarece que

o jornal não difamou ne-nhum dos envolvidos, mas apenas contou a verdade sobre os fatos. “Observa-se que as notícias jornalísticas

combatidas pelo autor pu-blicadas nos periódicos se limitaram a reproduzir in-formações e relatar o que já estava sendo apurado pelo Ministério Público junto à Câmara e a Prefeitura Mu-nicipal de Franco da Rocha”. Em outro trecho, o Poder Judiciário de São Paulo re-afirma que as suspeitas de corrupção sobre Marcio Cecchettini que o jornal publicou já eram alvo de investigação no Ministério Público, e que a série teve apenas “cunho informativo e objetivou a divulgação dos fatos aos leitores”. Cecchetti-ni, além de perder a ação, foi

condenado a pagar os custos processuais, em R$ 1.800,00.

Marcio sofre derrota judicial em processo movido contra o Locomotiva

Um esquema de corrupção envolveria empresas que pres-tam serviços para a Prefeitura de Franco. Em julho de 2009, o Ministério Público encontrou R$ 52 mil no gabinete do se-cretário de Assuntos Jurídicos e R$ 10 mil com o secretário de Governo, parte em dinheiro vivo,

parte em cheques de empresas fornecedoras. Além do dinheiro, foi apreendido um caderno com anotações a mão que registram o destino do dinheiro, como des-pesas pessoais dos envolvidos. A acusação é improbidade admi-nistrativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Como funcionaria o esquema?

Dinheiro pago para empresas exe-cutarem obras públicas vira propina, indo parar no bolso de funcionários da alta cúpula da Prefeitura.

Quem pagaria?As empresas que venciam licitações para obras públicas, nas áreas de merenda escolar,

transporte escolar, transporte público, coleta de lixo, pavimentação e revitalização urbana.

Quem receberia?Segundo o Ministério Público, 10 dos 11

vereadores recebiam a propina, o que garantia a aprovação dos projetos no poder executivo. O restante seria dividido entre o prefeito, o vice e quatro secretários.

Em 7 de julho de 2009, promotores cum-priram mandado judicial na Prefeitura e apreenderam R$ 66 mil e anotações com dois secretários, Marco Antônio Donário e Marcelo Nega. Ninguém foi preso. Afastado do cargo, Nega retornou à função um mês depois. Na mesma época, o MP pediu que-bra de sigilo bancário do prefeito Márcio Cecchettini, da irmã dele, de sua secretária e do diretório municipal do PSDB.

Em 2 de outubro, Cecchettini atacou o Locomotiva, que publicou declarações do

MP sobre a falta de colaboração do pre-feito nas investigações. O esquema teria desviado R$ 2 milhões e movimentaria R$ 200 mil por mês. Pedidos de arquivamento das investigações e devolução do dinheiro foram negados pelo Judiciário a Marcelo Nega, por falta de provas de origem lícita. Em janeiro de 2010, o MP moveu ação civil pública pedindo o afastamento dos envolvidos. O caso foi o último trabalho na cidade do promotor Daniel Serra Azul Guimarães, que hoje trabalha em Diadema.

Desvio de R$ 2 milhões

Relembre o caso

Nomes de Pinduca e Panta aparecem em agenda que, segundo o Ministério Público, seria o registro de pagamento do dinheiro desviado

Dinheiro encontrado nas gavetas do secretário na Prefeitura

Márcio Cecchettini, atual prefeito, e os candidatos Pinduca Pariz e Zé Panta estariam envolvidos em esquema de corrupção para desviar dinheiro dos cofres públicos, segundo o Ministério Público.

321 de julho de 2012 - sábado - nº76 Distribuição gratuitaLocomotiva

José Antonio Pariz Junior, o Pinduca, tem 61 anos e é um político bas-tante conhecido em Franco da Rocha. Comerciante, morador da Vila Ramos, disputou as eleições de 1992 e 1996, pelo PT do B, mas somente em 2000 conse-guiu se eleger. E na Câmara permaneceu por dois man-datos, de 2001 a 2008.

Na primeira vez que foi eleito era filiado ao antigo PFL e recebeu 1.012 votos. Já na segunda, pelo PTB, teve 1.741 votos. Em ambas as eleições, Pinduca foi o mais votado da cidade. Pinduca

disputou a presidência da Câmara nos quatro biênios de exercício, sem sucesso.

Em 2008, deixou o partido para se filiar ao PSDB e se candidatar a vice-prefeito na chapa do também tuca-no Marcio Cecchettini, que concorria à reeleição, e sua chapa foi eleita com votação recorde, mais de 60% dos votos válidos.

No entanto, a troca de partido lhe custou o man-dato: o Tribunal Regional Eleitoral cassou seu di-ploma de vereador por infidelidade partidária. Como vice-prefeito, se

incumbiu das tarefas de atender a população que ia ao gabinete; assumir a Pre-feitura quando o prefeito estava ausente; andar pela cidade para ver o andamen-to dos projetos; ajudar na articulação política, entre outras atribuições. Por ter trabalhado durante qua-tro anos ao lado de Marcio Cecchettini, foi o escolhido natural para tentar a suces-são em 2012. A candidatura de Pinduca para prefeito foi ratificada na convenção do PSDB, em junho deste ano. O vereador Zé Pan-ta foi indicado para vice,

encabeçando uma coligação de 15 partidos, todos da base de apoio ao prefeito Márcio. Nove dos onze ve-readores compõe a chapa, incluindo o atual presidente da Casa, Toninho Lopes.

À Justiça Eleitoral, Pin-duca entregou três páginas contendo as principais propostas de governo, pas-sando por educação, saúde, trânsito, até meio ambiente. Dentre as propostas estão aumentar o diálogo com os Governos Estadual e Fede-ral, ampliação no horário de atendimento das UBS, pavimentação asfáltica em

100% da malha viária urba-na, construção de centros comunitários, melhorar a sinalização viária, plano de carreira para funcioná-rios públicos, construção de ginásios de esporte nos bairros, incentivar o desen-volvimento cultural local, promover o turismo na ci-dade, criação da diretoria da juventude, construção de centros de referência de idosos, monitorar par-tes da cidade com câmera, integração do transporte público (ônibus-trem), e implantar coleta seletiva de resíduos recicláveis.

Conheça os candidatos a prefeito de Franco da RochaVice-prefeito de Marcio Cecchettini, Pinduca Pariz prega a continuidade da administração tucana

Em conformidade com a Lei Eleitoral,

procuramos o candidato durante toda a se-

mana para compor uma entrevista. Segundo

a assessoria de imprensa de Pinduca Pariz,

ele estava com a agenda cheia e não teria

tempo de responder à nossa solicitação.

As informações deste perfil foram obtidas

por meio de fontes oficiais e entrevistas do

candidato já publicadas anteriormente.


Franscico Daniel Celeguim de Morais, o Kiko, é o can-didato do PT para a disputa pela Prefeitura neste ano. Com 28 anos e um manda-to de vereador (2005 a 2008, eleito quanto tinha apenas 20 anos), sempre foi filiado ao PT. Abaixo, a entrevista com o candidato:

Porque você quer ser prefeito de Franco?

Venho, como muitos franco-rochenses, de uma família de funcionários públicos. Não só com meu pai e meu avô, que foram vereadores e também ad-ministraram a cidade, mas toda a minha família, sem-pre estivemos envolvidos com o serviço público, a mi-litância política, o ativismo social. Daí vem a ideia de ser capaz de fazer algo pela cidade, de retribuir à cidade tudo aquilo que ela fez por nós. Franco da Rocha nos acolheu, nos formou, tudo o que eu sou devo a esta cidade. E vendo o que o pre-sidente Lula e a presidenta Dilma foram capazes de fazer pelo nosso país, vem a certeza de que somos ca-pazes de ajudar a melhorar a vida da população.

Ser vereador foi uma experi-ência interessante. Entretanto, é muito difícil operar mu-danças por meio da Câmara; o trabalho é limitado. Com esse espírito, me candidatei a prefeito em 2008 e estou me candidatando novamente.

Quais seus principais projetos para a cidade?

Tenho, em primeiro lugar, uma convicção de que a dis-puta política contribui por si só; levar meus projetos à análise da população ajuda as coisas a avançarem, pelo debate de ideias. Foi como aconteceu em 2008, quando não fomos vitoriosos, mas colocamos em debates temas importantes,como a questão

da saúde e o fechamento do Hospital do Juquery, levando o então prefeito a debate-los e a tentar formular propostas para resolver, coisa que ele não vinha fazendo.

Acho que Franco precisa, antes de mais nada, resolver esse problema da saúde: o fechamento do Juquery é um retrocesso monumental, éra-mos referência regional em saúde e hoje não temos ma-ternidade. Esta é a primeira questão que pretendo abor-dar, oferecendo condições para criarmos, com recursos do Governo Federal, uma casa de parto na Praça da Saúde e reativar o pronto--atendimento municipal, um prédio que foi abandonado.

Isso levanta uma outra questão: por orientação polí-tica, nossa cidade não recebe quase nenhum programa fe-deral. Aqui não tem Samu, não tem rede Cegonha, não tem UPA, não tem nada. Para você ver, tem Farmácia Po-pular, mas eles cobriram a marca do Governo Federal com um adesivo! Um ponto importante é construir uma nova vocação para a cidade.

O Juquery foi abandonado pelo Governo do Estado e está lá, todo aquele espaço, aqueles prédios, sem função, e eles são a nossa história, foi o que fez a nossa cidade.

Vou lutar pelo aprovei-tamento desse espaço. A universidade federal tem o apoio do Ministério da Educação, compromisso fir-mado pessoalmente aqui em Franco pelo então ministro Fernando Haddad e reafir-mado pelo ministro Aloízio Mercadante, e também pelo

Governo do Estado, com o secretário Edson Aparecido e pelo próprio governador Geraldo Alckmin.

E sua trajetória política?Como já comentei, sem-

pre estive com a política por perto. Quando eu era criança, meu avô e meu pai eram vereadores em campos políticos opostos, e eu estava por ali, mesmo sem entender direito o que era aquilo.

Fui crescendo, acompa-nhando as campanhas, e em 2004 me candidatei a vereador, bem jovem, e foi uma experiência sensacio-nal. Em 2008 disputei para prefeito, contra a reeleição do Márcio... foi um cam-panha dificílima, da qual

eu tenho muito orgulho. Depois fui convidado para trabalhar com o deputado Vicente Cândido, primei-ro na Assembleia, depois na Câmara dos Deputados. Outra experiência riquíssi-ma: pude conhecer o Estado de São Paulo inteiro, lide-ranças políticas de todas as regiões e partidos, diferen-tes realidades e problemas, e novas soluções. Também foi a chance de conhecer os Governos Federal e Estadual, ver como funcionam. Um co-nhecimento que agora espero aplicar a serviço de Franco.

É a primeira vez que temos uma eleição polariza�rada, com dois candidatos. O que pensa a respeito do seu

adversário e desse momento político da cidade?

Fui vereador ao lado do Pinduca durante quatro anos. Ele é uma liderança que merece o meu respeito, sempre foi bem votado, ajuda muita gente, é muito admira-do. Só acredito que o grupo político que ele representa na cidade hoje, apesar dos avanços conquistados, não é capaz de oferecer a Franco da Rocha o que ela precisa. Nós precisamos de novas ideias, de soluções ousadas, de transparência, respeito pela coisa pública e de mais participação popular.

Infelizmente não é o que temos visto na administração municipal hoje.

Conheça os candidatos a prefeito de Franco da RochaKiko Celeguim fala de sua trajetória política, dos desafios da eleição e das propostas para a cidade

Aqui não tem Samu, não tem rede Cegonha, não tem UPA


Barzão do Toninho

Esta nova sEção do Locomotiva é dEdicada ao comércio dE Franco da rocha, o mais FortE da rEgião. Em cada Edição, vamos mostrar um produto ou sErviço quE é prEstado aqui, do Lado dE casa.AQUI TEM

Antônio Ferreira de Oliveira nasceu em 1960 em Paraguaçu Paulista, e há 24 anos mora em Franco da Rocha. Assim que chegou, começou a trabalhar em bares, até criar o seu. “Eu montei um bar móvel na época do carnaval e acompanhava os ensaios da escola de samba da cidade, atendia os foliões”, lembra Toninho, como é conhecido-na cidade. Além dessa experiência, o comerciante conquistou uma gama de clientes vendendo variadas mercado-rias na região. “Eu vendia temperos em cartela, linguiça, codorna e raízes direto aos pequenos comerciantes nos bairros”, conta entusiasmado.Toninho chegou a se candidatar a verea-dor nas eleições de 1996. “Eu trabalhava em uma empresa que prestava serviço nas escolas de Franco, eu dirigia uma perua e naquele tempo era complicado andar pelas ruas, que eram ruins. Eu pensava em brigar pelo asfalto, não consegui ser eleito, mas foi uma boa experiência na minha vida”.

Foi através de seu trabalho como ven-dedor que Toninho conseguiu comprar seu bar, que administra até hoje com a Dona Gil, seu braço direito. “Me ofereceram o ponto do Branco (um conhecido bar da região central da cidade) e eu aceitei. Apesar de não ser um pescador do mesmo nível dele eu mantenho a tradição de sempre ter um peixe na estufa ou no molho. Pode procurar que todo dia tem”, orgulha-se.Além do peixe, a casa também é conhe-cida pelos caldos de mocotó e piranha e o delicioso sarapatel. Durante o dia, é servido almoço e marmitex, sempre acompanhados de cerveja gelada. O bar também tem mesa de sinuca.

Rua Doutor Hamilton Prado, 622.

Funcionamento: segunda a sábado das 9h30 às 23h

Contato pelos telefones : 4811 4501/ 7372 9403/ 6031 8458

Jardim Montreal é um lugar abandonado

Uma cratera toma conta da rua Alberta, no Jardim Mon-treal, em Franco da Rocha. A fissura atinge metade da rua e, segundo moradores o local já está com a erosão há mais de dois anos. Até agora, nenhu-ma medida foi tomada para diminuir os acidentes que ali acontecem. “Aqui carro caiu, um vizinho já caiu de moto com a mulher dele grávida, fizemos até abaixo-assinado, mas ninguém arruma esse

buracão”, desabafa a moradora Maria das Dores, de 37 anos.O trânsito no local requer atenção redobrada porque não existe nenhuma sinaliza-ção indicando a cratera na via. Olímpio Candido, morador do bairro que traféga frequen-temente no local, conta como é complicado andar por ali. “Agora aqui só dá pra passar um carro por vez. Muitos caminhões utilizam a via e a gente sempre tem medo do

resto da rua desabar. Quando chove, desce terra do morro pela rua toda e fica impossível passar”, completa.Com iluminação pública de-ficiente, falta de manutenção nas bocas de lobo e na rede de esgoto, a cratera é só mais um dos problemas reclamados pelos moradores do Jardim Montreal. “Infelizmente aqui é um lugar esquecido da ci-dade”, completa indignado Olímpio.

Uma moradora de Caieiras ficou mais de uma hora presa dentro do Centro de Especialidades da Rua Hamilton Prado, no dia 19 de julho. Roseni de Oliveira Andrade, de 52 anos, entrou para usar o banheiro no posto, e quando saiu, estava tudo fechado. “Estou revoltada, tomo remédio de pressão. Entrei no banheiro do posto, passando mal. Fiquei mais de uma hora lá esperando para que me soltassem. É inacreditável”, diz Roseni, que pensa em entrar com um processo contra o Centro.

Esquecida na saúde


Em 1942, os pracinhas (assim eram chamados os combatentes brasileiros da Segunda Guerra Mundial) de Franco da Rocha decidiram montar um time de futebol. A reunião aconteceu num bar no centro da cidade. O clube recebeu o nome de Clube Atlético Expedicio-nário, em menção à Força Expedicionária Brasileira (FEB), como ficou conheci-da a missão militar do país na Europa. O símbolo do clube também é uma alusão ao brasão das forças arma-das: uma cobra fumando um cachimbo (leia mais no box abaixo). Na década de 60, outro símbolo foi rela-cionado ao clube: um galo azul, da época em que o time disputou muitas copas por toda a Grande São Paulo e interior. E saiu vitorioso em muitas delas.

O primeiro campo do time era na Praça Caieiras, na Avenida dos Expedicio-nários, ao lado da fábrica de linhas Centauro. Conforme a

cidade foi se desenvolvendo, a Prefeitura pediu o local e o campo mudou-se para a rua Nélson Rodrigues Ver-ruga, na altura do número 100. Atualmente, o clube tem uma filial da Portuguesa de São Paulo e uma escolinha de futebol para tirar as crianças da rua, que funciona há mais de 20 anos e continua firme, para manter a tradição. Uma média de 130 crianças e jo-vens passam mensalmente pelo campo. O futebol na cidade vive um momento bem diferente do ano em que surgiu o CAE. “Os clubes amadores daqui vivem quase sem sócios e sem recursos. Ninguém mais veste a camisa e vai até a morte. Mesmo no amador, hoje só se joga por dinheiro”, diz o presidente do clube, Reinaldo “Pirituba”, de 54 anos.

O clube comemorará os 70 anos com um torneio com 10 times convidados no próxi-mo fim de semana. Depois, acontecerá uma festa na sede social do clube.

Parabéns, Expedicionários!

A cobra fumando virou símbolo das Forças Expedicionárias brasileiras depois do então presidente Getúlio Vargas dizer que era mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na Guerra. Entrou, e a co-bra fumando tornou-se um ícone da época. Também é daí que se origina a expressão po-pular “a cobra vai fumar”.

O Jornal Locomotiva finaliza a série sobre o futebol na cidade com o aniversário do time mais antigo da cidade. O Clube Atlético Expedicionários completa 70 anos dia 24 de julho.


Livros UsadosCompro, troco e vendo. Bar Deprec / (Bar do Zé)Rua Cavalheiro Angelo

Sestine, 11Centro - Franco da Rocha

NOSSA GENTE nEsta sEção vamos rEgistrar as histórias, os “causos”, a vida dos homEns E muLhErEs quE FizEram E FazEm, a cada dia, a nossa cidadE.

O garoto Lucas Morelatto começou sua carreira no futebol jogando salão, primeiro no time de Ari Grecco, o Gari, e depois no Garoa, do seu Cidão. “Joguei vários campeonatos por lá, tenho várias medalhas em casa. Ele não gostava de brincadeira. Para ele o futebol é coisa séria”, diz Morelat-to, hoje com 18 anos. Do Garoa, chegou a jogar salão no time do São Paulo, onde foi levado pelo Ricardo, conhecido por Diabo Loiro, para jogar no Paulista de Jundiaí. A seriedade do começo acompanhou seu trabalho ao lon-go dos anos, e o fez um jogador dedicado. “Saía correndo da escola pra jogar bola, eu almoçava no carro e corria pro treino, onde ficava lá a tarde toda”, relembra. O jovem ficou no time de Jundiaí por quatro anos, e a campanha do ano passado foi a de maior destaque. Atuando pelo time sub-17, marcou 17 gols. Seu preferido, contra o Corinthians. “Recebi uma

bola e chutei forte de direita. A bola bateu no zagueiro e voltou para meus pés, cortei pro lado e bati de esquerda”. Acertou o ângulo esquerdo do goleiro, em uma bola indefensável. Termi-nou a campanha como o meia que mais marcou gols, atrás apenas de atacantes de origens. Mas a artilharia não lhe é novidade. O admirador dos jogadores Messi e Ganso foi artilheiro da Copa Topper, aos 13 anos, e pela Seleção de Franco da Rocha, ano passado. Após colocar um video na internet com seus melhores lances, o joga-dor foi contratado pelo Palmeiras, e está de partida com o time sub-20 para disputar um torneio nos Estados Unidos, e a partir do dia 15 de agosto, disputa um torneio com o time em Belo Horizonte. “Nunca consegui pensar em ser outra coisa, e estou alcançando meus sonhos”, diz o meia, novo talento do celeiro francorrochense de futebol.

Jovem talento francorrochense

Aniversariantes

Cristiane Bernardes, 15 de julho

Vinicius Dunha, 21 de julho

Andreza Borges, 18 de julho

nEsta sEção, trarEmos sEmprE as pEssoas, LugarEs E EvEntos quE briLham na vida sociaL dE nossa cidadE E rEgião. SOCIAIS


Documents

Jornal Locomotiva 76