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Cidadania - Diversidade - Participação - Conhecimento - Cooperação - Tolerância JORNALISMO NA ESCOLA

Jornal Matraca: jornalismo na escola

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Matraca - Comunicação e Juventude Jornal Matraca é uma produção sobre educomunicação e direitos humanos. www.matracacomunicacao.org Essa publicação foi realizada pelos estudantes da EEEF Salomão Iochpe (Passo Fundo/RS)

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Cidadania - Diversidade - Participação - Conhecimento - Cooperação - TolerânciaCidadania - Diversidade - Participação - Conhecimento - Cooperação - TolerânciaCidadania - Diversidade - Participação - Conhecimento - Cooperação - Tolerância

JORNALISMO NA ESCOLA

2 PASSO FUNDO | DEZEMBRO | 2014

Caro leitor

Nessas páginas está o primeiro encontro entre jor-nalistas, estudantes, escola, moradores do bairro e outros agentes sociais que se aproximaram du-rante seis meses. A EEEF Salomão Iochpe apos-

tou na experiência de formar uma turma para falar de cul-tura e comunicação. Essa iniciativa, possibilitada pelo Mais Cultura Nas Escolas, fortaleceu a criação do projeto Matra-ca. Uma proposta que alia jornalismo, arte e visão social para escolas públicas da região. E desse início de trajeto apresenta-se um fruto concreto, elaborado, editado e pro-movido pelos estudantes do Salomão.

O jornal Matraca resume os temas trabalhados em sala de aula, como democratização da mídia, pluralidade cultural, tolerância, sustentabilidade, fotografia, diferentes formas de mídias, produção de texto, análise da notícia, entre ou-tros assuntos abordados no encontro semanal de intercâm-bio e aprendizagem.

O Jornal Matraca é uma das fontes de comunicação do projeto que conta também com um site atualizado - www.matracacomunicacao.org –. Uma ferramenta de suporte para educadores que buscam informações sobre a utiliza-ção da comunicação em sala de aula, e para interessados nos conceitos de educomunicação. Apresenta-se nesse jornal também uma preocupação na construção e manu-tenção de uma memória coletiva, de reconhecimento de histórias e fortalecimento de ações do bairro. Por isso, os Es-tudantes Matraca percorreram ruas, conheceram pessoas e registraram o cotidiano do local onde vivem para contribuir com seus olhares a formatação de uma historiografia.

Essa primeira edição traz um apanhado do material pro-duzido durante as aulas. São entrevistas, textos e fotos so-bre personagens do bairro Cruzeiro, como as mulheres do projeto Transformação, e o seu Carlos, funcionário aposen-tado da escola Salomão Iochpe. O jornal reúne ainda ma-terial produzido a partir da visita dos alunos em eventos da cidade, como Feira do Livro, Festival Internacional de Fol-clore, Universidade de Passo Fundo, e também, aos veícu-los de comunicação. Também está documentado, através de textos e fotos, a viagem realizada pelo grupo a Porto Alegre e Sapucaia do Sul, onde tiveram a oportunidade de de conhecer as instalações da TVE, a Feira do Livro e o Zo-ológico de Sapucaia.

MATRACA no MAIS CULTURA

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http://www.onacional.com.br/comunidade+em+a-cao/55230/alunos+matraca+explorando+o+bairro+a-traves+da+comunicacao

O cotidiano das aulas da ofi cina contaram com diferentes métodos e linguagens. Desde os primeiros contatos, os alunos puderem conhecer as técnicas de redação, a construção de um vídeo, e os múltiplos olhares sobre a fotografi a. Mas além de questões

sobre a comunicação, os estudantes puderem conhecer novas culturas e incrementar sua visão de mundo através de assuntos como o meio ambiente, sustentabilidade, folclore, literatura e cinema.

http://jcrs.uol.com.br/site/not_esp.php?codn=179054

Jornalista Natália Fávero, do jornal O Nacional, foi até a escola Salomão Iochpe para conhecer de perto o projeto e conversar com os estudantes.

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Carlos Assis Ribeiro da Luz, 59 anos,trabalha em nossa escola desde quando ainda nem morava no bairro Cruzeiro. Ele exerce a função de porteiro há cerca de 9 anos.

Seu Carlos relatou que em 2005, ano de abertura da escola no bairro, aconteceram muitas mudanças e destacou os progressos ocorridos. Para a instalação da escola no bairro houve uma grande discussão e uma consulta com os moradores, onde Seu Carlos participava da comissão diretiva e acompanhou esse processo.

Marcado pela boa convivência com os alunos o seu tempo no Salomão já deixou saudades. Entre as histó-rias preferidas está um mal entendido sobre a escola ser mal assombrada por, provavelmente, ser construí-da num antigo cemitério, que ele esclarece: “Não tem disso, os alunos gostam dessas histórias e inventam essas brincadeiras, mas é tudo mentira”, disse.

‘’A escola ensina o caminho correto que seus alu-nos devem seguir’’

Carlos Assis Ribeiro da Luz Bom, esperamos ter que conviver muito tempo

mais como seu Carlos e que ele continue nos diver-tindo cada dia mais como sempre fez.

Vitoria Daniéli Soares da RosaBruno Galvagni

O projeto Transformação em Arte abriga no projeto mais de 80 crianças. No projeto existem várias atividades como capoeira, dança, infor-mática e percussão.

O projeto, que funciona na vila Cruzeiro, foi criado para ajudar as mães que trabalham no galpão de reciclagem e também que trabalham em outros locais. O projeto acolhe crianças de 7 a 14 anos de idade.

O Transformação existe desde 2007 e conta com a ajuda de várias entidades no desenvolvi-mento do projeto, que defende o meio ambiente.

O projeto Transformação em Arte busca dar um novo significado à realidade das crianças e adolescentes, através de oficinas realizadas por monitores capacitados.

Já no galpão de reciclagem são reciclados pets,ferros,papelões e vidros.

São em torno de 6 a 8 mulheres que trabalham na reciclagem e ganham um lucro de aproxima-damente R$700 por mês pelo seu esforço.

LUCAS DANIEL PAZ RIBEIRO

TRANSFORMANDO O MEIO AMBIENTE

Aula Coletiva: Seu Carlos

5 PASSO FUNDO | DEZEMBRO | 2014

A turma do projeto mais cultura da es-cola Salomão Iochpe fez uma visita ao jornal O Nacional e a Radio Planalto.

Os alunos conversaram com a funcio-naria Bruna, ela é responsável pelo site e as redes sociais. Bruna explicou como funciona as postagens das notícias. En-quanto o repórter está no local do fato ele vai passando informações para ela, Bruna vai recebendo e postando nas redes sociais todas as informações, in-cluindo fotos,vídeos. Através do celular alguns repórteres também postam infor-mações e fotos. Bruna está sempre aten-ta, ouvindo tudo o que acontece nas rá-dios e nos sites.

A turma também conheceu a redação do Jornal e a gráfica onde é impresso o jornal. Durante a visita o funcionário Mar-co Torres mostrou o primeiro jornal de 1922. O formato era quase o dobro do atual. Havia poucas fotografias, e a dia-gramação era diferente, os textos eram maiores.

Na sequencia os alunos visitaram a rádio planalto onde o radialista Rodrigo

Turma do projeto Matraca visita rádio e jornal da cidade

Durante as aulas, os alunos conheceram o projeto denominado Clube da Esquina do Perfume, que visa resgatar, através de textos, fotos e vídeos, uma movimentação musical ocorrida nos anos 70, na vila Cruzeiro. Do gru-po de jovens que se reunia todas as tardes e noites para aprender a tocar violão e a com-por, surgiu nomes importantes para a música instrumental brasileira, como Alegre Corrêa. Radicado por muitos anos em Viena, Áus-

Acorsi apresentou os funcionários e os se-tores da rádio. Ele mostrou o estúdio onde acontecem as entrevistas, também onde é re-

alizada as entrevistas gravadas por telefone.

João Vitor

Clube da Esquina do Perfume

tria, o instrumentista, e compositor construiu uma carreira internacional, conquistando, inclusive, em 2010, o Grammy Award, mais prestigiado prêmio da indústria musical in-ternacional, como guitarrista do disco 75, de Joe Zawinul& The Zawinul Syndicate (Heads UpInternational), na categoria “Melhor Álbum de Jazz Contemporâneo”. E outros nomes como Ronaldo e Paulinho Saggiorato, Gui-nha Ramirez, Ita Arnold, Cabeça, entre outros.

Alegre Corrêa na famosa escada-ria da Coronel Pelegrini no cruzamento com a Plácido de Castro. Ponto de encontro dos músicos nos anos 70

Em uma das atividades do Mais Cultu-ra, os alunos visitaram o Museu Zoobotâ-nico Augusto Ruschi (Muzar), localizado na Universidade de Passo Fundo. O local oferece duas salas de exposição, dois la-boratórios e três salas de coleções. Eles produziram um vídeo com entrevistas de funcionários e também de uma profes-sora e alunos da escola João Manfroi, de Mato Castelhano.

Vídeo sobre educação ambiental

6 PASSO FUNDO | DEZEMBRO | 2014

O Festival Internacional de Folclore aconteceu em Passo Fundo,do dia 15 ate o dia 25 de agosto,no parque da gare. Nesses dez dias, aconteceram muitas apresentações de vários paí-ses e de diferentes culturas.Assistindo ao show,estavam várias escolas, entre

De 28 de outubro ate dia 9 de novem-bro , aconteceu a 28O Feira do Livro de Passo Fundo, na praça Marechal Floria-no , em frente à catedral. Teve shows e apresentações, sessão de autógrafos com os escritores participantes, e diver-sas exposições como a Humor a La Car-tum do cartunista Icio.

Alexandra, 20 anos , é vendedora em uma banca com livros de escritores pas-so-fundenses , ela comentou que o movi-mento no lugar está bom e foi muito bem

Passo Fundo: palco do FESTIVAL DO FOLCLORE

elas a Jerônimo Coelho.As alunas Vito-ria e Marina disseram que adoraram o show,mesmo sendo a primeira vez que vinham ao evento.

O motorista Ilovar Bocalom,de Ser-tao,52 anos,disse que sai todos os dias às 8h da manha com cerca de 52 alu-

nos. Disse também que os alunos ado-raram o espetáculo.Relatou que ainda não assistiu a nenhuma das apresenta-ções , mas pretende assistir ao número do Balé Folclórico da Amazônia,que diz ser o seu preferido. “O folclore é muito importante, e deveria acontecer todos os anos”,disse o motorista.

Ana Claudia,vendedora em uma bar-raca de produtos artesanais,relatou que suas vendas crescem cada dia mais porque as pessoas de outras cidades e países gostam de levar lembranças daqui. Ela contou que adorou todas as apresentações, mas a sua favorita foi a da Martinica.A vendedora disse que é muito legal reunir tantos países e cultu-ras diferentes em um só lugar.

Vitoria Danieli Soares da RosaGuilherme Belarmino Mignoni

Bruno Galvagni

No dia 15 de agosto iniciou o Festival Internacional de Folclore, no parque da gare de Passo Fundo com artistas e público participando durante toda a semana. O festival reuniu artistas de várias nacionalidades e um público que participou durante durante algumas sema-nas de festival.

Miguel Olingel, 57 anos , pedagogo de Honduras, tra-balha no Instituto José Trinidad Reyes, e mora em San Pedro Sula. Ele falou que está encantado com a cidade de Passo Fundo , com toda a segurança e o carinho das pessoas. Para ele a dança une as crianças e adultos.

As alunas Sophia e Gabrielly do Colégio Alberto Pas-qualini acharam o folclore interessante. Elas fazem parte do ctg Tebanos, de Passo Fundo.

Luciele e Lais alunas do Colégio Wolmar Salton , acha-ram o folclore interessante e vieram com mais 250 alu-nos de seu colégio.

Gabriel borges, Joao vitor, Kauan vikari, Erick vinicius

A capital nacional de Literatura realiza sua Feira do Livro

Visitantes elogiam Passo Fundo e o Festival de Folclore

organizado. O livro mais vendido em sua loja é o livro “Vovó virou criança”.

Jaqueline também é vendedora em uma outra banca , e afirmou que o mo-vimento está bom , e o livro mais procu-rado em sua loja são os do escritor John Green , autor de “A culpa é das estrelas”. Com certeza mais um evento para se guardar na história de Passo Fundo e na memória dos moradores daqui.

Vitória e Fagner

México O grupo do México esteve presente com 22 dançari-

nos e músicos. Foi a primeira vez que eles visitaram Pas-so Fundo. Eles disseram que o clima era parecido com o país deles. O estado onde vivem se chama Oxaca, assim como a sua cidade. O grupo existe há 13 anos , e já parti-ciparam em vários países como: Cuba, Estados Unidos, Guatemala e Brasil. No estado mexicano existem 17 lín-guas, e as maiores culturas são mixtecas e zapotecas.

Lucas Ribeiro

7 PASSO FUNDO | DEZEMBRO | 2014

Os alunos do mais cultura visitaram a TVE em Porto Alegre , aprendendo como eles colocam a tv no ar . Durante a visita os alunos conhece-ram vários setores como estúdios, onde são gravados os programas , salas onde são edita-da as matérias , e a exibição que coloca na tela os programas produzidos .

A TVE se encontra no Morro Santa Tereza , lo-cal no qual se encontra quase todas as tvs do estado. Desse local dá pra ver varias partes da cidade como o Rio Guaiba e o Estádio Beira-Rio.

A TVE passou por reforma nos últimos anos. Foram comprados alguns equipamentos no-

vos, melhorando a qua-lidade das imagens. Du-rante o passeio também

Uma televisão além do comercial

O Parque situado em reserva florestal abriga aves, répteis,peixes e mamíferos,aproximadamente são 1000 animais entre 100 espécies. Os animais são tratados por veterinários, tratadores e a área de alimentação. São 160 hectares de parque sendo que 50 são de visitação e do outro lado da BR 116 mais 500 hectares.

foi apresentado a rádio FM Cultura, outra emissora da Fundação Piratini. A TVE representa um via de co-municação alternativa, pois não trabalha baseada em comerciais, ela está atrelada a uma noção comunica-

cional livre e preocupada com o con-teúdo e não somente a audiência e em seus parceiros comerciais. Um padrão que pode-se ver em quase todas as outras emissoras.

Desse passei os alunos puderem compreender que um outro tipo de comunicação é possível.

Alunos do projeto Mais Cultura da Escola Salomão Iochpe visitam o zoológico de Sapucaia do Sul

Ficando a 30 quilômetros de Porto Alegre o par-que Zoológico de Sapucaia do Sul é uma das áreas de lazer na região metropolitana gaúcha. O zooló-gico foi fundado no ano de 1962 e desde lá foram trazidas várias espécies de animais de criadouros, animais que não conseguiram se adaptar no seu ha-bitat natural.

O fluxo de pessoas chegou no ano passado a 500 mil vistantes. O número de funcionários é de 100, sendo que 20 são terceirizados. “Aqui é bom de tra-balhar”disse o funcionário Jair Giovani de Castro que trabalha na área de informações.

O zoológico funciona de terça a domingo, com horá-rios entre 8:30 as 17h. O parque contém uma vasta infraestrutura garantindo ao visitante: churrasqueiras,res-taurante,lanchonete e o estacionamento é gratuito,tudo isso mantido por verbas do governo do estado.

Gabriel borges

8 PASSO FUNDO | DEZEMBRO | 2014

O projeto Matraca disponibi-liza vários mecanismos online de contato e divulgação. O prin-cipal deles é o site matracaco-municacao.org, no qual os inter-nautas podem visualizar todas as produções desenvolvidas pelos alunos. Conta também com galeria de vídeos e fotos. O site apresenta o material didáti-co da proposta encaminhada pelo projeto. Acesse, visualize, e contribua para o projeto.

Você pode acompanhar nos-sas atualizações através da nos-sa página no Facebook: Matra-ca! Comunicação & Juventude.

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