12
MDS Jornal MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME N O 15 – MAIO 2009 São os investimentos nos programas de assistência social, segurança alimentar e transferência de renda nas regiões Nordeste e Norte de Minas Gerais e Espírito Santo PÁGINAS 6 A 8 R$ 15,4 bilhões

Jornal MDS - sct.embrapa.br · (MDS) realiza sistematicamente capacitações estaduais de equipes técnicas responsáveis pela imple - mentação de programas, serviços e benefícios

  • Upload
    lyliem

  • View
    217

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

MDSJornal

Ministério do desenvolviMento social e coMbate à FoMe

no 15 – Maio 2009

São os investimentos nos programas de

assistência social, segurança alimentar e transferência de renda

nas regiões Nordeste e Norte de Minas

Gerais e Espírito SantopáGiNaS 6 a 8

R$ 15,4 bilhões

2 Editorial

Patrus ananias, Ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

O Jornal Mds é uma publicação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, produzido pela Assessoria de Comunicação Social

Jornalista responsável / coordenação: Ângela Carrato – MT 2.767 (MG) | imprensa: João Luiz Mendes | comunicação eletrônica: Letícia Tagliassuchi | Publicidade: Gilmar Santos | relações Públicas e eventos: Maristela Felipe de Melo | chefe de redação: Claudia Buono | edição: Rodrigo Farhat MT 4.139 (MG)| reportagem: Adriana Scorza, Aline Menezes, Ana Soares, André Carvalho, Dimas Ximenes, Rogéria de Paula, Roseli Garcia - [email protected] | Fotos: Bruno Spada, Dimas Ximenes, Marcos Studart e Vanessa de Paula Silva | Projeto gráfico: Chica Magalhães / Informe Comunicação | impressão: Gráfica Brasil

se você deseja receber um exemplar deste jornal, favor mandar as informações sobre o endereço de entrega para o e-mail [email protected]. você pode também enviar uma correspondência para: Ministério do desenvolvimento social e combate à Fome / esplanada dos Ministérios - bloco c - sala 534 - brasília (dF) ceP: 70.046-900.

consulte o site: www.mds.gov.br. ligação gratuita: 0800-7072003

MDSJornal

A Superintendência do Desenvolvimen-to do Nordeste (Sudene) foi recriada em 2004. Foi um reconhecimento do

trabalho de dois grandes brasileiros, um que levantou e pautou a discussão no governo de Juscelino Kubitschek e outro que implemen-tou o projeto, Dom Hélder Câmara e Celso Furtado. Mas, sobretudo, significou o resgate de uma concepção de desenvolvimento inte-gral e integrado, planejado a partir de ações específicas em regiões mais pobres para su-perar desigualdades brasileiras. Quando foi criada, há exatos 50 anos, a Sudene, tal como descrita por Celso Furtado, partira da idéia de que “o desenvolvimento não era uma coisa ar-tificial, que se faz em gabinete. É preciso ter o entusiasmo de gente, participação real”.

Infelizmente as idéias do mestre não ti-veram curso, interrompidas pela ditadura de 1964, mas agora são retomadas a partir de um processo de consolidação de um projeto nacional voltado para a inclusão de todos os brasileiros e brasileiras. Nesta edição do nosso jornal, estamos fazendo um grande balanço das ações do Ministério do Desenvolvimento

Social e Combate à Fome (MDS) na região da Sudene. É um tipo de prestação de contas, mostrando qual o nosso papel nesse proces-so de reconstrução da Sudene, que envolve interação com vários ministérios, dentro da concepção de desenvolvimento integral e in-tegrado deste governo.

O que estamos mostrando é a evolução dos programas sociais na região e como po-dem mudar a vida das pessoas atendidas. Qual o impacto de nossa rede de proteção e promoção social na promoção do desenvol-vimento de uma região afetada por muitos anos por uma situação de desigualdade re-gional que comprometia severamente o futu-ro de seu povo.

Estamos trabalhando justamente para corrigir esse problema e promover o círculo virtuoso do crescimento. Sabemos que esse é um trabalho que leva tempo. Voltando a Celso Furtado, “não é pensar em milagre, é pensar em atacar profundamente (os problemas)”. Mas também sabemos que o Nordeste não é mais o mesmo porque sua gente tem hoje mais direitos e melhores oportunidades.

asPas

“O Bolsa Família é um dos exemplos de projetos de transferência de renda para suporte e segurança social”

robert Zoellick,

Presidente do Banco Mundial

cartas

“O trabalho realizado pelo MDS contribui para a qualidade

de vida de grande par te dos

brasileiros e o crescimento do

país”

bruno caldeira

coNtRadesigualdade regional

3J o r n a l M d sM a i o 2 0 0 9Assistência Social

Até junho deste ano, cerca de 3,5 mil Municípios estarão capacitados para o Projovem Adolescente. No BPC na Escola, desde 2008, já são mais de mil cidades

MDS investe em

capacitaçõESaline MeneZes

Dentre as iniciativas de for-talecimento da gestão des-centralizada da assistência

social, o Ministério do Desenvol-vimento Social e Combate à Fome (MDS) realiza sistematicamente capacitações estaduais de equipes técnicas responsáveis pela imple-mentação de programas, serviços e benefícios no âmbito do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), em todo o País. “A consolidação das políticas de proteção e promoção social demanda processo de capaci-tação que ofereça aos profissionais

da área novos conhecimentos e ins-trumentos. A proposta é qualificá-los para a gestão, de acordo com as es-pecificidades e necessidades de seus territórios e comunidades”, afirma o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias.

As capacitações realizam – se por meio de parcerias entre a União, Es-tados e Municípios e suas instâncias de representação: Colegiado Nacio-nal de Gestores Municipais de Assis-tência Social (CONGEMAS) e Fórum Nacional de Secretários Estaduais de Assistência Social (FONSEAS).

Para a secretária nacional de Assistência Social, Ana Lígia Go-

mes, a capacitação continuada é es-tratégica para o SUAS porque inter-fere na qualidade dos serviços.

Projovem – Em 2009, repre-sentantes do Ministério já visitaram mais de 10 capitais para capacitações do ProJovem Adolescente. Até junho de 2009, a expectativa é realizar 30 encontros e capacitar, aproximada-mente, 4,3 mil pessoas, representan-do mais de 3,5 mil Municípios.

BPC na esCola – As ativida-des de capacitação preparam equipes técnicas que irão a campo aplicar o questionário de identificação de bar-reiras para o acesso e permanência de crianças e adolescentes com defi-

ciência na rede pública de ensino. Ao todo, entre outubro de 2008

e a primeira quinzena de abril de 2009, o MDS capacitou cerca de 1,9 mil pessoas de 1,3 mil Municípios dentre os 2623 que aderiram ao BPC na Escola, e a capacitação continua.

“Por meio dessas capacitações, abre-se a possibilidade para que Estados, Distrito Federal e Municí-pios demonstrem seu compromisso com as pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada de Assistência Social”, enfatiza a diretora da Secretaria Nacional de Assistência Social do MDS, Maria José de Freitas.

capacitação prepara equipes para identificar barreiras de acesso de jovens à escola

brun

o sp

ada/

Mds

4 Segurança Alimentar

adriana scorZa e diMas XiMenes

Para garantir a todo o brasileiro o direito humano a uma ali-mentação saudável e adequa-

da, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) está destinando, em 2009, R$ 704 milhões para Estados e Municípios investirem em programas de segurança alimen-tar e nutricional. Os recursos devem ser aplicados para fortalecer a Rede

de Equipamentos Públicos em todo o País e também para valorizar a produ-ção do agricultor familiar.

A primeira parte liberada desses recursos - de R$ 82,5 milhões - está disponível desde 15 dia de abril por meio de editais públicos. São 10 edi-tais dos quais Municípios e Estados podem participar, apresentando pro-postas ao MDS. A diferença de R$ 621,9 milhões é para manter proje-tos e parcerias em andamento. Para o ministro Patrus Ananias, a ação visa

consolidar o Brasil em um grande sistema de segurança alimentar e nu-tricional. “São obras e ações voltadas para pessoas pobres na perspectiva de assegurar o direito básico à alimenta-ção”, destaca o ministro, acrescentan-do que os programas também geram renda e trabalho às famílias.

O secretário nacional de Se-gurança Alimentar e Nutricional do MDS, Crispim Moreira, reforça que os editais também articulam a rede de equipamentos públicos de

alimentação e nutrição com o Pro-grama de Aquisição de Alimentos (PAA). “Além disso, queremos que os Conselhos de Segurança Alimen-tar e Nutricional (Conseas) aprovem e acompanhem essas ações”.

O presidente nacional do Con-sea, Renato Maluf, comemora a iniciativa. “Os editais reafirmam o compromisso do governo com nosso atual desafio, que é a implantação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan)”.

para Estados e Municípios

Recursos fortalecem a rede de equipamento e a produção da agricultura familiar

R$ 704 milhões

restaurante de lauro de Freitas (ba) oferece 3 mil refeições diárias

brun

o sp

ada/

Mds

5J o r n a l M d sM a i o 2 0 0 9

Editais São quatro editais para Estados que aderiram ao Compromisso Nacional pelo Desenvolvimento Social e seis para Municípios.

O Compromisso Nacional pelo Desenvolvimento Social, instituído por Decreto Federal, tem por objetivo a conjugação de esforços entre a União, os Estados e o Distrito Federal a fim de pactuar metas de desenvolvimento social e combate à fome, direcionadas para a inclusão social e a promoção da cidadania dos beneficiários dos programas sociais do governo federal.

Para os estaduais, estão disponíveis recursos de R$ 14,8 milhões para implantação de programas de Agricultura Urbana e Periurbana, de Aquisição de Alimentos (PAA), Educação Alimentar e Nutricional (EAN) e projetos de segurança alimentar e nutricional a povos e comunidades tradicionais.

Os municipais têm investimentos de R$ 67,6 milhões para PAA, em cidades com equipamentos públicos de alimentação e nutrição implantados, Cisternas, Restaurantes Populares, Bancos de Alimentos, Cozinhas Comunitárias e EAN na rede de equipamentos.

Os editais, publicados em abril, no Diário Oficial da União, nos dias 15 (municipais) e 24 (estaduais), também estão na página do Ministério na Internet (www.mds.gov.br/editais/san2009).

recursos contemplam agricultura urbana e periurbana

brun

o sp

ada/

Mds

destinados a MunicÍPios

PAA Municipal p/abastecimento de Rede SAN

(Restaurantes, Cozinhas e Bancos de Alimentos)26,7

Restaurantes Populares

(municípios com mais de 100 mil hab.)18,2

Cozinhas Comunitárias em áreas de atuação dos CRAS

(inclui municípios c/menos de 100 mil hab.)10,8

Banco de Alimentos

(municípios com mais de 100 mil hab.)5,4

Cisternas, água para o consumo humano no Semiárido5,0

Educação Alimentar e Nutricional na Rede de Equipamentos Públicos de SAN 1,5

total

67,6 milhões

destinados a estados Que aderiraM ao coMProMisso

nacional Pelo desenvolviMento social

PAA Estadual, dirigido para Estados que Aderiram ao CNPDS4,0

Povos e Comunidades Tradicionais, dirigido para Estados que aderiram ao CNPDS 3,6

Agricultura Urbana em Regiões Metropolitanas com Estados com CAAUP4,0

Educação Alimentar e Nutricional c/ Estados CPNDS3,2

total

14,8 milhões

total eM 2009:

R$ 82,4 milhões

conheça os editais

6 Desenvolvimento

adriana scorZa e ana soares

Mais de 72% dos cerca de 54 milhões de pessoas (em torno de 39,2 milhões)

que vivem na área de abrangência da Superintendência do Desenvol-vimento do Nordeste (Sudene) são beneficiados por programas do Mi-nistério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Os benefícios possibilitaram melhorias na quali-dade de vida para essa população.

Os programas de assistência so-cial, segurança alimentar e nutricio-nal e de transferência de renda são responsáveis pelo início da implanta-ção de uma rede de proteção e pro-moção social na região. O fato pode ser comprovado pelos números sig-nificativos de atendimento à popula-ção pobre desses Estados. Por ano, o MDS repassa aos Estados da região da Sudene cerca de 15,4 bilhões para execução de programas sociais. So-mente o Bolsa Família transfere por mês R$ 536 milhões para mais de 6 milhões de famílias que moram na área. O esforço para diminuir as de-sigualdades no País, especialmente nessa região, é reconhecido por estu-diosos e funcionários do órgão.

Membro do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricio-

72% dos cerca de 54 milhões de pessoas que vivem na área de abrangência da Sudene são atendidos por programas do Ministério

nal, Malaquias Batista considera que os programas sociais reunidos no projeto Fome Zero têm possibi-litado avanços substanciais, como o aumento da renda familiar, a ativa-ção dos mercados locais e a frequên-cia às escolas públicas.

salto de qualidade – “Essas iniciativas representam me-didas estruturantes, contribuindo para corrigir problemas perma-nentes do Nordeste rural”, afirma o estudioso. Para ele, os maiores desafios do desenvolvimento da região consistem no protagonismo das populações de baixa renda e

na participação das mesmas como agentes do próprio desenvolvimen-to, além da degradação do meio ambiente e o papel dominante de grupos tradicionais do poder po-lítico e econômico. “Numa região marcada pelo patriarcalismo, pelas dependências política, econômica e social, formar sujeitos é tarefa re-volucionária”, diz Malaquias.

O coordenador de Promoção de Desenvolvimento Sustentável da Sudene, Carlos Almiro, destaca que, no Semiárido brasileiro, o mais po-puloso do mundo, houve “um salto de qualidade na região com a im-plantação dos programas sociais”.

Mais cidadania a

38 MilhõESde brasileiros

investimentos – Para se ter uma idéia do alcance dos programas na área de abrangência da Sudene, somente em Assistência Social, o MDS investiu, até março de 2009, R$ 38,8 milhões no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) para ti-rar 512 mil crianças e adolescentes do trabalho. Cerca de 248,7 mil rapazes e moças são beneficiados com o Pro-Jovem Adolescente, com recursos apli-cados, até março, de R$ 38,5 milhões. Na Região da Sudene, existem 1.939 Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e 384 Centros de Re-ferência Especializados de Assistência Social (CREAS), com repasse total para ambos os espaços de R$ 42 milhões.

Para os convênios vigentes, os repasses do governo em segurança alimentar são de R$ 286,7 milhões para incentivar a produção de ali-mentos pela agricultura familiar e possibilitar sua distribuição para famílias em situação de inseguran-ça alimentar, o que beneficiou 8,4 milhões de pessoas. Em projetos de Educação Alimentar e Nutricional, o Ministério investe R$ 3,9 milhões.

As 182 unidades de Restauran-tes Populares, cozinhas Comunitá-rias e Bancos de Alimentos) previs-tas já receberam, desde 2004, R$ 58,2 milhões para proporcionar à

iniciativas contribuem para corrigir problemas do nordeste rural

Fotos: bruno spada/Mds

7

* Estimativas

comunidade alimentação saudável a preços populares. O programa de construção de cisternas, presente em todos os Estados de abrangên-cia da Sudene, já recebeu, desde seu início R$ 409,7 milhões inves-tidos na construção de 278,1 mil cisternas para o consumo humano e R$ 9,4 milhões na construção de 969 reservatórios de água para a agricultura familiar.

inClusão Produtiva – Projetos de inclusão produtiva na região, realizados em parceria com os governos estaduais e o MDS, vêm permitindo a qualificação profissio-nal, a diversificação da produção e maiores possibilidades de obtenção de renda para a população de baixa renda. Para os projetos nos Estados de Alagoas, Bahia e Ceará, o MDS repas-sou mais de R$ 13 milhões em 2008.

Em 2009, outros Estados nordestinos receberão benefícios decorrentes das ações de inclusão produtiva.

Em Alagoas, por exemplo, um convênio entre o governo local e o MDS tem fortalecido a cadeia pro-dutiva da ovinocaprinocultura no Estado beneficiando 650 famílias inscritas no Cadastro Único dos Programas Sociais. Na Bahia, o pro-jeto é voltado aos pequenos produ-

tores familiares do semi-árido, por meio da caprinocultura leiteira, o fortalecimento das agroindústrias familiares de beneficiamento de frutas nativas e da cadeia produti-va do sisal. Serão atendidos, até o final do projeto, 51 Municípios do semi-árido da Bahia. O convênio irá beneficiar 7.950 famílias de pe-quenos produtores rurais inscritos no Cadastro Único.

8 Desenvolvimento

Raimundo Barroso, Ma-ria da Conceição Oliveira Dias, Valder Joaquim de

Souza e Antônio Menezes moram em diferentes cidades brasileiras. Em comum, têm o fato de serem beneficiários dos programas sociais do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) na área de abrangência da Sude-ne. Conheça, a seguir, a história de cada um deles.

Com população urbana de 2,8 mil habitantes, o Município de Se-nador Modestino Gonçalves, em Minas Gerais, separou-se de Dia-mantina em 1962. Localizado a 380 quilômetros de Belo Horizon-te, tem como atividade econômica a agricultura e a pecuária. Raimun-do Barroso, recebe há quatro anos o leite do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Reside com a esposa, três filhos e um neto. Raimundo é diarista, trabalha ora como servente de pedreiro, ora na roça. A esposa é funcionária pú-blica e recebe um salário mínimo. Raimundo conta que antes de ser beneficiado pelo PAA tinha dificul-dade para comprar o leite. “Muitas vezes, não tinha condição de com-prar. Agora, meu neto tem leite ga-rantido todo dia”.

“É tudo de bom”. Assim define o PAA modalidade leite a benefici-ária Maria da Conceição Oliveira Dias. Ex-cantineira da escola esta-dual de Senador Modestino Gon-çalves, hoje aposentada, ela sus-tenta a si e aos três netos com um salário mínimo.

Em João Pessoa, na Paraíba, a vida dos agricultores mudou com o PAA. Em 2008, foram doados 154 mil quilos de abóbora, tomate, ba-tata, feijão e hortaliças para sete associações sociais. Os produtos são cultivados por 108 agricultores atendidos pelo Programa. “Antes, comercializávamos nossa produção só em feiras, mas era inseguro e o produtor voltava frustrado para

casa. Agora, o programa é uma al-ternativa”, conta Valder Joaquim de Souza, agricultor e diretor da Associação dos Produtores Agroe-cológicos de João Pessoa.

O Restaurante Popular de Teresina (PI) fica no centro da cidade e beneficia trabalhadores do comércio, autônomos de baixa renda, como flanelinhas e ambu-lantes, desempregados, além de

moradores de outros municípios do Piauí e de outros Estados. Mais de 1,3 mil pessoas almoçam diaria-mente no Restaurante. O usuário paga somente R$ 1,00 e o governo Estadual subsidia R$ 2,37. O su-cesso do empreendimento social fica comprovado pelas palavras do frequentador Antônio Menezes: “Hoje posso dizer que tenho uma alimentação saudável”.

antônio, Raimundo, Valder e Maria

Integram a Sudene, os nove Estados nordestinos, 28 Municípios do Espírito Santo e 168 de Minas Gerais

saiba Mais

A Superintendência de Desenvolvimento

do Nordeste (Sudene) surgiu, em 1959,

a partir de plano do economista Celso

Furtado, que acreditava ter chegado o

momento de diminuir as desigualdades

regionais que se agravavam. Furtado se

tornou também o primeiro superintendente

a coordenar a Sudene e permaneceu no

cargo até 1964, quando foi cassado pelo

regime militar, três dias depois do golpe

de abril. A Sudene foi extinta em agosto

de 2001. No dia 3 de janeiro de 2007, a

instituição foi recriada.

9J o r n a l M d s M a i o 2 0 0 9

roseli Garcia

A parceria entre o Bolsa Família e o microcrédito do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) está

proporcionando melhoria de renda na vida de 204 mil beneficiários de ambos os programas em 786 Municí-pios situados no Nordeste e norte de Minas Gerais. Com a venda de pas-tel, salada de frutas e outros quitutes adorados pelos alunos da escola do Município de Maranguape (CE), Mi-riam de Sousa aumentou em 50% sua renda após obter R$ 300 de crédito. O empréstimo, transformado em capital de giro, foi empregado na compra de frutas, massa de pastel e leite conden-sado. Os valores do crédito não são contabilizados como renda familiar.

A microempreendedora inte-grou o primeiro grupo de 15 pessoas - formato de crédito implantado pelo banco para atender a população de baixa renda - há quatro anos e trocou as vendas de dindim (também conhe-cido como sacolé – suco congelado em sacos plásticos) pelos novos produtos. Com a mudança, passou a arrecadar entre R$ 80 e R$ 100 por semana, duas vezes mais do que as vendas anteriores, que totalizavam R$ 40. À época, o marido estava desempre-

que gera renda

Mais de 200 mil beneficiários do Bolsa Família e do microcrédito do Banco do Nordeste do Brasil estão mudando de vida em 786 Municípios do Nordeste e norte de Minas Gerais

paRcERiagado e era Miriam quem bancava as contas da casa. Os empréstimos atuais da quituteira são da ordem de R$ 950. As duas filhas, de 15 e 8 anos, cursam o segundo ano do ensino médio e a terceira série do ensino fundamental, respectivamente, e só faltam à escola por motivo de doença. “Quero para as minhas filhas o que não tive”, diz Miriam, que terminou o supletivo do ensino médio há poucos anos.

A história de Antônia Célia de Sousa Gonçalves, de Paracuru (CE), é semelhante à de Miriam. Seu marido trabalha há três meses, sem carteira assinada, e ela sempre atuou na área de vendas. Durante oito anos, ven-deu roupas íntimas, mas a comissão era pouca. O acesso ao microcrédito do BNB possibilitou que Antônia ad-quirisse mercadoria de maior valor. Como os empréstimos do banco au-mentam conforme o sucesso do mi-croempreendimento, Antônia pegou R$ 300, na primeira vez, e chegou a R$ 800,00, na última.

As mudanças na vida da família não se restringiram à renda. A filha mais velha terminou o ensino médio, cursa computação e vende jóias há três meses, mas o trabalho ainda não gerou dividendos. A de 17 anos cursa o ensi-no médio e também têm aulas grátis de inglês e violão. Antônia Célia tem outro filho de 10 anos. Ela diz que a vida começou a mudar graças ao Bolsa Família. “É um dinheiro que você tem todo mês”. A antiga casa ganhou piso, água encanada, torneira e chuveiro.

PersPeCtiva – A carteira do Programa Crediamigo tem 399 mil clientes ativos, dos quais 51% são be-neficiários do Bolsa Família. Miriam de Sousa e Antônia Célia integram esse grupo. Além dos recursos, os clientes recebem orientação do BNB. A meta do banco é elevar em 70% o quantitativo de clientes do programa que sejam beneficiários do Bolsa Fa-mília até 2010. A rede de atendimen-to é composta por 88 unidades e pos-tos e 414 assessores de crédito.

estado clientes crediaMiGo coM bolsa FaMÍlia

AL 11.981

BA 21.540

CE 64.255

MA 19.196

MG 6.642

PB 17.093

PE 18.408

PI 23.685

RN 12.368

SE 9.686

total 204.564

Fonte: BNB / Dez-2008

Mirian e sua mãe, eridan, conseguiram elevar a renda com microcrédito

saiba Mais

A Superintendência de Desenvolvimento

do Nordeste (Sudene) surgiu, em 1959,

a partir de plano do economista Celso

Furtado, que acreditava ter chegado o

momento de diminuir as desigualdades

regionais que se agravavam. Furtado se

tornou também o primeiro superintendente

a coordenar a Sudene e permaneceu no

cargo até 1964, quando foi cassado pelo

regime militar, três dias depois do golpe

de abril. A Sudene foi extinta em agosto

de 2001. No dia 3 de janeiro de 2007, a

instituição foi recriada.

Marcos studart

10 Agricultura Familiar

diMas XiMenes

Consumir produtos orgânicos ainda não está ao alcance de todos os brasileiros, porque

o custo de produção é alto e o preço que chega ao consumidor, no merca-do, também. No entanto, em algumas regiões do País, parte da população socialmente mais vulnerável já tem acesso a esse tipo de alimento em Restaurantes Populares, Cozinhas Co-munitárias, asilos, creches e entidades assistenciais. Isso graças ao Programa de Aquisição de Alimentos da Agri-cultura Familiar (PAA), executado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e com Es-tados e Municípios.

É o que acontece em Itapeva (SP), distante 270 km da capital, São Paulo. Em 2008, 17 mil pessoas foram beneficiadas com a distribui-ção de 814 mil quilos de alimentos orgânicos (verduras e hortaliças) às entidades sociais da cidade. Toda a produção veio de 197 agricultores familiares cadastrados no programa. “O PAA é uma ação que deu certo. Conseguiu, ao mesmo tempo, aten-der o pequeno produtor e as pessoas que vivem em insegurança alimen-tar”, avalia o secretário da Agricultu-ra de Itapeva, Cassiano Tóffoli.

O PAA começou no Município paulista em 2006. Atualmente, o

Bons exemplos vêm de Itapeva (SP), João Pessoa (PB) e Passo Fundo (RS). Em comum, a satisfação dos agricultores participantes e das pessoas beneficiadas, que viviam em situação de insegurança alimentar

lEVa pRoDutoS oRGâNicoS à MESa DoS bRaSilEiRoS

programa

programa é desenvolvido na re-gião, em parceria com a Coope-rativa de Produtores Orgânicos. O administrador da Cooperativa, Aroldo Chudek, explica que a en-tidade dá assistência aos agriculto-res para a produção dos alimentos. “Verificamos que os agricultores têm conseguido aumentar a pro-dução e, consequentemente, a ren-da mensal, fazendo muitos saírem também do risco da miséria”.

De João Pessoa, capital paraiba-na, vem outro exemplo das positivas mudanças trazidas pelo PAA. Em 2008, foram doados 154 mil quilos de abóbora, tomate, batata, feijão e hor-

taliças para sete associações sociais, que beneficiam 9 mil pessoas. Os pro-dutos foram cultivados por 108 agri-cultores que aderiram ao PAA.

segurança – O PAA tem trazido maior segurança para os agricultores da capital paraibana. “Antes do programa, comercializá-vamos nossa produção somente em feiras. Mas era incerto. O produtor voltava para casa, com a produção, frustrado. Agora tem esse progra-ma como mais uma alternativa para nós”, conta o diretor da Associa-ção dos Produtores Agroecológicos de João Pessoa, Valder Joaquim de

Souza. A associação tem 81 produ-tores, dos quais 51 comercializam somente alimentos orgânicos.

Vender produtos orgânicos para o PAA e, por outro lado, bene-ficiar a comunidade é uma satisfa-ção para os agricultores. Isso é ob-servado em várias regiões do País. E não é diferente em Passo Fundo (RS), onde funciona a Cooperativa Mista de Trabalho Alternativo Ali-mentar. Desde 2004, a cooperativa comercializa a produção dos seus associados para o programa. “Só trabalhamos com produtos orgâni-cos para o PAA e estamos satisfeitos com os valores negociados e o di-recionamento da produção para a comunidade pobre”, ressalta Lúcia de Oliveira Ramos, da Conalter.

“O diretor da Secretaria Na-cional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Marcelo Pic-cin, explica que o PAA tem força estruturante das políticas sociais do Governo Federal e, em especial, do Ministério. “O programa garan-te a compra com preços justos Dos produtos da agricultura familiar contribuindo para a permanência dos agricultores no campo com dignidade. Além disso, abastece os restaurantes populares, cozinhas comunitárias, bancos de alimen-tos, que compõem a rede de equi-pamentos públicos de segurança alimentar e as entidades sócioassis-tenciais”, destaca Piccin.”

Parte da população vulnerável já tem acesso a orgânicos

divu

lgaç

ão/P

refe

itura

de

itape

va

11J o r n a l M d sM a i o 2 0 0 9Temas Sociais

Por andre carvalho

Na internet, há materiais informativos do MDS que podem apoiar o debate sobre outros temas sociais em seu Município. Acesse: www.mds.gov.br/publicidade

ParceriaO MDS e a construtora Norberto Odebrecht firmaram, em fevereiro de 2009, cooperação para capacitar e inserir no mundo do trabalho beneficiários do Cadastro Único para Programas Sociais. A proposta é gerar oportunidades de inclusão profissional para mais de 10 mil beneficiários dos programas da Pasta. A próxima atividade programada do Programa Acreditar é a capacitação em Congonhas, Entre Rios, São Braz do Suaçuí, Jeceaba e Ouro Branco (MG). Os beneficiários habilitados terão prioridade nas contratações da empresa em uma obra da Odebrecht em Jeceaba (MG). Para participar, o cidadão deve saber ler e escrever e ter pelo menos 18 anos de idade.

Direito à

inclusão produtivaEm maio, os trabalhadores brasileiros celebram o 123º aniversário do Dia do Trabalho. Conquistas como a criação do Ministério do Trabalho e a promulgação da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) marcaram a primeira metade do século 20. Em 1988, com a entrada em vigor do texto constitucional, novos direitos foram adquiridos: férias remuneradas, 13º salário, multa de 40% por rompimento de contrato de trabalho sem justa causa, licença-maternidade, previsão de salário mínimo capaz de suprir todas as necessidades existenciais, de saúde e lazer, entre outras. Atualmente, a luta dos trabalhadores reside em preservar esses direitos e ampliar as possibilidades de trabalho para os atuais e futuros profissionais. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) tem como uma de suas diretrizes a geração de trabalho e renda para a inclusão social dos beneficiários de seus programas. Conheça algumas ações nesse sentido:

PlanseQconstrução civilO Plano Setorial de Qualificação para beneficiários do Programa Bolsa Família (Planseq Bolsa Família) é uma ação sob a responsabilidade do Ministério do Trabalho e Emprego, com a cooperação do MDS e a supervisão da Casa Civil. Tem como meta qualificar mais de 180 mil profissionais para trabalhar na construção civil. Os cursos de pedreiro, azulejista, eletricista, gesseiro, carpinteiro, reparador, pintor, armador e encanador são destinados a homens e mulheres maiores de 18 anos e que tenham concluído, pelo menos, a quarta série do ensino fundamental. As aulas serão ministradas em 13 regiões metropolitanas do País, além das cidades de Manaus, Goiânia, Palmas, Maceió, Aracajú, Campo Grande, Vitória e São Luís.

turisMoOs beneficiários do Bolsa Família também serão capacitados na área do turismo. São 27 mil vagas distribuídas pelas 26 capitais e o Distrito Federal. Para o Planseq Turismo, serão oferecidos cursos de garçom, cozinheiro, bartender/barmen, padeiro/confeiteiro, camareira/arrumador, mensageiro/capitão porteiro, recepcionista, atendente de agência de viagem, auxiliar operacional/eventos.

coMo ParticiParOs cursos, com duração média de 200 horas, divididas entre teoria e prática, são gratuitos e os participantes receberão transporte e lanche. As inscrições são feitas nas agências do Sistema Nacional de Emprego (Sine) ou nos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS). Ao participar do curso, o beneficiário do Bolsa Família aprenderá uma profissão. Ao final do curso, receberá um certificado e poderá ser encaminhado para uma vaga de emprego.

crasBeneficiários dos programas coordenados pelo MDS têm participado de cursos de qualificação profissional realizados nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS). Exemplo disso é o de Avaí (SP). Lá, mães que recebem o Bolsa Família aprendem a aumentar a renda familiar confeccionando produtos para datas festivas, como a Páscoa e o Dia das Mães. Eliane de Paulo, 28 anos, teve incremento de R$ 300 em sua renda mensal, na última Páscoa, vendendo ovos que ela mesma produziu após aprender as técnicas de fabricação em aulas oferecidas pelo CRAS.

Paa

O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), conhecido como

“Compra Direta”, é ação do Governo Federal destinada à aquisição

de alimentos da agricultura familiar. Números de 2008 mostram que

o MDS investe mais de R$ R$ 445 milhões para o pagamento de

preço justo pela produção de cerca de 103 mil agricultores familiares

participantes do PAA. Os alimentos são doados às entidades sociais,

que atendem cerca de 7,5 milhões de pessoas em estado de

insegurança alimentar e nutricional e servem, ainda, à reposição dos

estoques reguladores do governo. Além de gerar trabalho e renda,

o PAA ajuda a fixar, de maneira digna, o trabalhador no campo em

aproximadamente 2.508 Municípios do País.

Foto

s: b

runo

spa

da/M

ds

vane

ssa

de P

aula

silv

a / c

ras

de a

vaí (

sP)

Sem

iárid

o

diMas XiMenes

O Semiárido brasileiro é conhecido por ser região com difícil acesso à água.

O problema resulta em pouca opor-tunidade de trabalho e em vida difícil para o sertanejo. Mas um professor de uma escola rural do sertão Alagoano inverteu essa lógi-ca e mostrou ser possível driblar as dificuldades e ensinar às crianças como conviver com a região e ter um futuro melhor.

O professor de Biologia José Hélio Brandão não inventou ne-nhuma mágica. Apenas usou a cria-tividade, quando a Escola Professo-ra Ananete Cavalcante Gomes, do povoado de Santa Cruz do Deserto, Município de Mata Grande (AL), distante 300 km de Maceió, rece-beu, em 2006, o projeto das Minibi-bliotecas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A ação é realizada em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

Ele percebeu que o projeto poderia render muito mais do que deixar os livros na prateleira para a consulta dos alunos. Assim, criou a disciplina “Convivendo com o Se-miárido”, destinada aos alunos da primeira a sexta série do Ensino Fundamental. “Com os livros que recebemos, adaptamos o conteúdo para a disciplina e iniciamos as au-

las”, lembra Brandão, que contou com o apoio da escola para a inicia-tiva. Misturando aulas teóricas com práticas, a disciplina despertou o interesse dos alunos, filhos de agri-cultores familiares.

O resultado é visto não só nos olhos dos alunos, que brilham quando contam a experiência, como também nos relatos sobre como a disciplina e a Minibiblioteca têm ajudado no dia-a-dia dos seus afaze-res. “Na minha casa, a gente tinha problema de carrapato que atacava o gado. Lendo a cartilha, descobri uma dica. Era só criar galinhas com o gado. As galinhas comem os car-rapatos, se alimentam e ajudam os bois”, ensina Marine Oliveira dos Santos, 16 anos, aluna do segundo ano do Ensino Médio.

O mesmo faz Aline Brandão de Oliveira, 13 anos, aluna do primei-ro ano do Ensino Médio. “A Mini-biblioteca e a disciplina ajudaram a entender melhor o Semiárido e a conviver na região”, destaca.

didátiCa – Hoje quem le-ciona a disciplina Convivendo com Semiárido é a professora Zilmara Lima do Nascimento. “O proje-to deu certo, porque trabalhamos com a realidade do aluno. Usamos recursos audiovisuais e aulas prá-ticas para completar o conteúdo”, explica Zilmara, responsável pelas aulas de oito turmas.

As aulas práticas consistem em visitas às unidades produtivas de agropecuária, agroindústria e à própria Caatinga. “Essas aulas são boas, porque aprendemos como funciona um empreendimento e ti-ramos dúvidas com os produtores”, conta o estudante do nono ano do Ensino Fundamental Denísio José dos Santos, 13 anos, que conheceu uma criação de codornas.

Para envolver os pais no tema, a escola realizou, em 2008, o I Semi-nário Convivendo com Semiárido. Os temas abordados foram o solo, a flora, a fauna, o clima e a indús-tria da seca. “A proposta é repetir o evento, este ano, convidando os pais para aumentar a integração”, diz Hélio. A escola pretende, tam-bém, completar o projeto com uma horta comunitária para envolver os 540 alunos da instituição.

O projeto Minibibliotecas da Em-brapa foi criado em 2003, no âmbito das ações do Fome Zero. Inicialmen-te, foram implantadas minibibliote-cas em escolas públicas localizadas em Municípios de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), de oito Estados do Semiárido. Em 2006, o projeto chegou às regiões Sudes-te, Centro-Oeste e Sul e hoje atende mais de 1,2 mil Municípios.

Cada escola recebe um kit com-posto por 108 títulos de cartilhas, 40 de CDs e 38 de DVDs numa pra-teleira de ferro.

alunos de escola em alagoas aprendem a conviver com o

dim

as X

imen

es/M

ds

estudantes revelam orgulho ao relatar experiência com livros. Professor José hélio brandão apenas usou a criatividade