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DIVULGAÇÃO ANO LXI - N° 9224 - 15 a 30 de Setembro de 2012 Capital - Baixada - Sul Fluminense O PRIMEIRO DE DUQUE DE CAXIAS R$ 1,00 DEBATE DO EXTRA: ZITO APRESENTA MELHORES PROPOSTAS PÁGINA 5 INTERNACIONAL PÁGINA 8 Massacres de Sabra e Shatila fazem 30 anos Exposição Fotográfica sobre Duque de Caxias ficará em cartaz até o dia 5 na Biblioteca Leonel Brizola n Eventos em vários países lembraram a data, quando uma coalizão libano-israelense chacinou 3500 civis palestinos. n A Exposição poderá ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, no segundo piso da Biblioteca Municipal Governador Leonel de Moura Brizola, com entrada franca. As fotos foram feitas por participantes do 2° Concurso de Fotografias de Duque de Caxias e estará disponível até o dia 5 de outubro. PÁGINA 6 Parceria com iniciativa privada Parque da Caixa D’água terá área reflorestada Duo Entrerios fará show único no Carlos Gomes Irã restringe acesso ao Google, Gmail e outros sites e lançará internet própria PÁGINA 8 Paraguai vai à ONU para reivindicar sua volta ao Mercosul e a Unasul Irã lançará seu próprio sistema de internet e restringe acessos ao Google PÁGINA 7 n Em sua coluna, a professora e escritora Dalva La- zaroni (foto) narra os bastidores de uma polêmica decisão da Executiva Nacional do PT que, à pedido do deputado federal Alexandre Cardoso, interviu no diretório de Duque de Caxias e obrigou seus militan- tes à uma coligação forçada com o PSB - PÁGINA 2 PÁGINA 5 Caminhadas confirmam Zito como o favorito do povo PÁGINA 4 Irregularidades na Câmara: Aliados se envolvem em escândalos e deixam candidatos em maus lençóis Campanha de W. Reis é a mais cara da história de Caxias n A 2ª parcial das apurações dos gastos com cam- panhas feitos pelos candidatos a cargos públicos em 2012 revela que o deputado federal já gastou R$ 1,7 milhões para tentar voltar à prefeitura. BANCO DE IMAGENS FOTOS: BANCO DE IMAGENS n O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Ja- neiro determinou que os vereadores Dalmar Lírio Mazinho (aliado político do candidato Alexandre Cardoso) e Divair Alves de Oliveira, o Junior Reis (irmão do candidato a prefeito Washington Reis), além da empresa Locanty e sua representante, a SCMM, terão que devolver R$ 19 milhões aos cofres públi- cos referentes a contratos irregulares que a Câmara de Caxias firmou em suas gestões como presidentes do Legislativo - PÁGINA 3 9° Festival de Teatro entra em sua última semana n Até o dia 30 ainda dá tempo de assistir gratuitamente (são distribuídas 400 senhas por evento ) as peças que participam do 9° Festival Nacional de Teatro de Duque de Caxias. O evento tem como palco o Teatro Raul Cortez e é promovido pela Secretaria de Cultura e Turismo, com organização do Centro de Pesquisas Tea- trais (CPT). As apresentações acontecem diariamente, às 15h (infantil) e às 20h (adulto) - PÁGINA 6 Eleições: “O PSB ganhou no tapetão”, diz Dalva Lazaroni ASCOM-PMDC/PAULO MARTINS SMCT/ALBERTO ELLOBO SMCT/ALBERTO ELLOBO DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO Parceria com Amisterdã e denúncia no MPF por abuso de poder econômico PÁGINA 4 BANCO DE IMAGENS

Jornal O Municipal Nº 9224

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ANO LXI - N° 9224 - 15 a 30 de Setembro de 2012

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PÁGINA 115 a 30 de Setembro de 2012 O MUNICIPAL

DIVULGAÇÃO

PÁGINA 113 a 27 de Abril de 2012 O MUNICIPAL

ANO LXI - N° 9224 - 15 a 30 de Setembro de 2012 Capital - Baixada - Sul FluminenseO PRIMEIRO DE DUQUE DE CAXIAS R$ 1,00

DEBATE DO EXTRA: ZITO APRESENTA MELHORES PROPOSTASPÁGINA 5

INTERNACIONAL

PÁGINA 8

Massacres deSabra e Shatilafazem 30 anos

Exposição Fotográfica sobre Duque de Caxias ficará em cartaz até o dia 5 na Biblioteca Leonel Brizola

n Eventos em vários países lembraram a data, quando uma coalizão libano-israelense chacinou 3500 civis palestinos.

n A Exposição poderá ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, no segundo piso da Biblioteca Municipal Governador Leonel de Moura Brizola, com entrada franca. As fotos foram feitas por participantes do 2° Concurso de Fotografias de Duque de Caxias e estará disponível até o dia 5 de outubro. PÁGINA 6

Parceria com iniciativa privada

Parque da Caixa D’água terá área

reflorestada

Duo Entrerios fará show único no Carlos Gomes

Irã restringe acesso ao Google, Gmail e outros sites e lançará internet própria

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Paraguai vai à ONU para reivindicarsua volta ao Mercosul e a Unasul

Irã lançará seu próprio sistema de internet e restringe acessos ao Google

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n Em sua coluna, a professora e escritora Dalva La-zaroni (foto) narra os bastidores de uma polêmica decisão da Executiva Nacional do PT que, à pedido do deputado federal Alexandre Cardoso, interviu no diretório de Duque de Caxias e obrigou seus militan-tes à uma coligação forçada com o PSB - PÁGINA 2

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Caminhadas confirmam Zito como o favorito do povo

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Irregularidades na Câmara: Aliados se envolvemem escândalos e deixam candidatos em maus lençóis

Campanha de W. Reis é amais cara da história de Caxias

n A 2ª parcial das apurações dos gastos com cam-panhas feitos pelos candidatos a cargos públicos em 2012 revela que o deputado federal já gastou R$ 1,7 milhões para tentar voltar à prefeitura.

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FOTOS: BANCO DE IMAGENSn O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Ja-neiro determinou que os vereadores Dalmar Lírio Mazinho (aliado político do candidato Alexandre Cardoso) e Divair Alves de Oliveira, o Junior Reis (irmão do candidato a prefeito Washington Reis), além da empresa Locanty e sua representante, a SCMM, terão que devolver R$ 19 milhões aos cofres públi-cos referentes a contratos irregulares que a Câmara de Caxias firmou em suas gestões como presidentes do Legislativo - PÁGINA 3

9° Festival de Teatro entra em sua última semana

n Até o dia 30 ainda dá tempo de assistir gratuitamente (são distribuídas 400 senhas por evento ) as peças que participam do 9° Festival Nacional de Teatro de Duque de Caxias. O evento tem como palco o Teatro Raul Cortez e é promovido pela Secretaria de Cultura e Turismo, com organização do Centro de Pesquisas Tea-trais (CPT). As apresentações acontecem diariamente, às 15h (infantil) e às 20h (adulto) - PÁGINA 6

Eleições: “O PSB ganhou no tapetão”, diz Dalva Lazaroni

ASCOM-PMDC/PAULO MARTINS

SMCT/ALBERTO ELLOBO

SMCT/ALBERTO ELLOBO

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AÇÃO

Parceria com Amisterdã e denúncia no MPF por abuso de poder econômico

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BANCO DE IMAGENS

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O MUNICIPALPÁGINA 2 15 a 30 de Setembro de 2012

VENEU & ALMEIDA ORGANIZAÇÃO JORNALÍSTICA ME - CNPJ: 02.301.211/0001-90ENDEREÇO: Rua Corrêa Meyer nº 18/2° andar, Centro, Duque de Caxias / RJ

Telefone: 2671-1348 - E-mails: [email protected] / [email protected]

Presidência: Neuza Veneu Rosa / Gutemberg Cardoso dos SantosEditor: Gutemberg Cardoso dos Santos

Gerência Comercial: Sidney de Oliveira (contato: 9598-6727)Administração: Renato Gonçalves (contato: 7616-5938)

Designer, Paginação e Fotografias: Alberto Araujo da Silva (Alberto Ellobo)

COLABORADORES: Josué Cardoso e Wilson Gonçalves

Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião do jornal.Seus autores são apenas colaboradores, não tendo, portando, vinculo empregatício.

Circulação: Capital, Baixada e Região Sul FluminenseDistribuição Dirigida e em Bancas

Tiragem: 6.000 exemplares

O PRIMEIRO DE DUQUE DE CAXIASFundado em 25 de agosto de 1950 por EURICLES DE ARAGÃO

Filiado às ADJORI e ABRAJORI / Registro CNJI Nº 135

“Herói(?)” sem grandezan OPINIÃO

Por Dalva Lazaroni*

(*)Dalva Lazaroni, ex-pré-candidata do PT a prefeita de Duque de Caxias, 2012

ALBERTO ELLOBO

“O PSB venceu no tapetão e enterrou osonho petista de disputar o pleito de 2012”

n Cresci e me criei em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, onde casei e nasceram meus três fi lhos. Aqui me formei professora, advogada, bibliotecária, escritora, ambientalista, primeira mulher eleita ve-readora na história do mu-nicípio e aprendi, desde cedo, a lutar pelas ideias e não abrir mão dos sonhos, mesmo quando são vistos como utopias.

Por isso, quero que meus amigos tomem conheci-mento dos últimos episó-dios por mim vivenciados e que envolveram muitas pessoas queridas.

Filiei-me ao PT através do Vice-Presidente do Partido dos Trabalhados de Duque de Caxias, Marcos Cabeça Branca. Depois conheci o Presidente Black, a Rosa, o Vladimir, o Arturzinho, o Marx, o Betão, o Alecsan-der, o Alessandro, a Solange e os demais. Meu nome foi submetido à Executiva Mu-nicipal e aprovado por una-nimidade. Dias mais tarde, figura pública que sou, minha filiação foi analisada pela Executiva Estadual e homologada, também por unanimidade.

Logo depois desse pro-cesso, começaram os de-bates internos sobre as eleições de 2012. Primei-ro, apresentaram -se ao Diretório Municipal vários pré-candidatos petistas. A militância começou a se empolgar com a ideia de lançar candidatura própria e a proposta com o meu nome, aos poucos, ganhou corpo. Cesário, que era um pré-candidato, abriu mão da sua candidatura para me apoiar. E as dis-cussões intensificaram. Depois, o PT convidou todos os pré-candidatos dos outros partidos para serem ouvidos.

Em 23 de outubro de 2011, tivemos uma disputa interna, no diretório mu-nicipal, entre candidatura própria (com Dalva), que teve 30 votos e a aliança com o PSB teve 13 votos. 30 x 13.

Logo depois o Diretório Nacional do PT estabeleceu as diretrizes e o calendário às eleições municipais de 2012, determi nando que a Tática Eleitoral, em cida-des com mais de 150 mil habitantes, fosse realizada através de processo eleitoral interno. E assim nós fize-mos, seguindo a risca artigo por artigo do Estatuto e do Regulamento editado pela Nacional.

Dia 5 de fevereiro de 2012, mais de 1.600 filia-dos votaram em seis cha-pas. Apenas uma, a nossa, lutava por candidatura pró-pria e apoiava meu nome. As outras se juntaram contra nós, reivindican do aliança, três com o PSB e duas com o PMDB. A chapa “Unidos por candidatura própria, com Dalva Lazaroni” ga-nhou das outras cinco e elegemos maior número de Delegados ao Encontro.

Dia 12 de fevereiro últi-mo, na presença de vários membros da Executiva Es-tadual, inclusive do Presi-dente Jorge Florêncio, os 220 Delegados votaram e derrotaram o PSB pela quarta vez consecutiva. Ga-nhou a candidatura própria. Perdeu o jogo indesejável de aliança.

Sabemos que restaram mágoas, mas resultado é resultado! Foi um proces-so legítimo, transparen te, legal, que contou com os votos dos petistas.

Inconformado, com muito sangue na boca, o PSB de Duque de Caxias armou a bandeja e pediu ao seu Presi-dente Nacional, governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que oferecesse sua proposta: apoio ao Haddad na capital paulista, desde que Duque de Caxias abdicasse de ter sua candidatura pró-pria à eleição de 2012.

Essa não é a primeira vez que o PSB toma para si a propriedade do PT/Duque de Caxias, arras-tando consigo o maior patrimônio político do Brasil, construído sob a liderança do nosso eterno Presidente Lula.

Resumindo: após enfren-tarmos os adversários exter-nos nas disputas internas do PT/Caxias, após vitórias expressivas e consecutivas, onde a candidatura pró-pria passou a representar os anseios dos filiados e simpatizantes do PT/Caxias, onde as urnas legitimaram a candidatura própria do PT, o PSB venceu no tapetão: a Executiva Nacional do PT fez a intervenção no Diretório Municipal do PT/Caxias e enterrou o sonho petista de disputar o pleito municipal de 2012.

Desde que a nossa candi-datura própria saiu vence-dora, o PT/Duque de Caxias se lançou às ruas, ouvindo a população e debatendo com ela as suas propostas de programa de governo participativo. Envolvemos diretamente mais de duas mil pessoas nessa caminha-da, reunidas em mais de 80 comunidades. E mais: ga-rantimos a população que o PT já havia decidido pela candidatura própria e que essa decisão não mudaria, em hipótese alguma.

E o que nos fazia crer que o projeto da candidatura própria era irreversível, era a postura dos dirigentes nacionais e estaduais, que acompanhavam de perto todo o processo e jamais nos deram qualquer si-nal de insatisfação com os nossos movimentos. Ao contrário, em reunião da Executiva Estadual, onde foram apresentados os 32 pré-candidatos do PT do

Estado do Rio, eu estava lá, em destaque.

Analisando os fatos narra-dos, com a sensibilidade, a humildade e a justiça que a causa se impõe, estou con-vencida de que a posição histórica que o Diretório Municipal do PT tomou no município de Duque de Caxias, lutando pela can-didatura própria era a mais correta, a mais democrática e republicana.

Admito, muitos de nós ainda não conseguimos nos refazer desse duro golpe! Nos sentimos como num campeonato de futebol, onde nosso time venceu todos os jogos, alguns deles por goleada, cumpriu todas as regras, ganhou o cam-peonato e os dirigentes de futebol levaram a decisão para dentro da FIFA. Resul-tado final: o perdedor levou a taça de campeão, mas em compensação ele se tornou um herói sem grandeza!

E aí, depois desse imbró-glio, a participação petis-ta na eleição municipal acabou gerando o grupo de “Resistência”, para continuar a lutar em de-fensa dos ideais do maior partido do Brasil, o mesmo que transformou a vida da nossa gente.

Viva Lula! Viva Dilma! Viva o povo brasileiro! Viva a Resistência, que nasceu inspirada nos ide-ais e ensinamentos do Pre-sidente Lula quando lutou corajosamente contra a ditadura militar nos anos de chumbo.

Cesário, Dalva Lazaroni eMarcos Cabeça Branca Eleição que aprovou a candidatura propria por 30x13

Eleição que aprovou a candidaturapropria por 30x13

Benedita da Silva, NilmárioMiranda e esta Colunista

Comemoração pela minhaentrada no PT

FOTOS: DIVULGAÇÃO

n A onze dias do primeiro turno das eleições muni-cipais, marcado para 7 de outubro, o Tribunal Supe-rior Eleitoral (TSE) infor-mou que o tempo médio de votação será 40 segun-dos. O cálculo se baseou em informações coletadas em eleições anteriores. O tempo de votação foi calculado a partir do mo-mento em que o eleitor se dirige à urna até o instante em que confirma o voto para o segundo cargo.

No próximo dia 7, o elei-tor votará primeiro para vereador, depois para pre-feito. Em cidades com mais de 200 mil eleitores, se o primeiro colocado não obtiver, no primeiro turno, mais de 50% dos votos mais um, haverá segundo turno. No dia 28 de outubro, está marcado o segundo turno das eleições municipais.

No pleito municipal de 2008, cada eleitor levou 31 segundos, em média, para

votar nos candidatos a prefeito e a vereador, em 5.563 muni-cípios. Agora as eleições ocor-rem em 5.568 municípios.

Já o tempo médio de aten-dimento ao eleitor foi de 39 segundos, em 2008, segundo o TSE. O tempo de atendi-mento é calculado a partir da digitação do número do título do eleitor por parte do mesário até a confirmação do voto no segundo cargo.

Dia 24 foi o último dia para os partidos políticos, a Or-dem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Ministério Público impugnarem os programas usados nestas eleições.

Na terça (25), será o últi-mo dia para a reclamação contra o quadro geral de percursos e horários pro-gramados para o transporte de eleitores no primeiro e eventual segundo turnos de votação. Na quinta-feira (27), será o último dia para o eleitor requerer a segunda via do título eleitoral dentro do seu domicílio eleitoral.

Eleitor levará em média 40segundos para votar, calcula TSE

BIOGRAFIA - Nascia em Duque de Caxias no dia 3 de julho de 1971, Celso Monteiro da Silva, casado pai de duas filhas, formou se em bacharel em direito na faculdade Unigranrio, e durante o período de 2009 até abril de 2012.

Ocupou o cargo de diretor de patrimônio na Prefeitura Municipal de Duque de Caxias, numas de suas reu-niões matinais com os colegas de prefeitura e alguns familiares, surgiu a ideia de se candidatar a vereador, apoiado por toda a família e amigos, sua candidatura foi levada ao conhecimento do então prefeito Zito, que de imediato aprovou.

Desde de então o nome CELSINHO MONTEIRO ecoou por toda Duque de Caxias, e com a ajuda de todo o povo duquecaxiense, familiares e amigos, o candidato Celsinho Monteiro vai em busca da vitoria no dia 7 de outubro, para que junto ao prefeito Zito possa mudar ainda mais a historia deste município, com trabalho, comprometimento e honestidade acima de tudo. Celsinho Monteiro seu nº é 20.111, mais que um candidato, ele é seu amigo.

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PÁGINA 315 a 30 de Setembro de 2012 O MUNICIPAL

n O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) julgou ilegais as despesas relacionadas aos contratos de serviço de limpeza e de mão de obra auxiliar firmados entre a Câ-mara Municipal de Duque de Caxias, a Locanty e sua representante, a SCMM, entre fevereiro de 2006 e março de 2012. Presiden-tes da Câmara no período, ordenadores de despesas e representantes legais das empresas terão que devol-ver aos cofres públicos cerca de R$ 19 milhões. A decisão foi tomada, por unanimi-dade, em sessão plenária, na quinta-feira (20/09), seguindo voto do relator do processo, conselheiro José Maurício de Lima Nolasco.

O total a ser devolvido aos cofres públicos, de cerca de R$ 19 milhões, é resultado do superfa-turamento apurado nos contratos, que soma R$ 15.321.209,52 (equiva-lentes a 6.749.431,51 Ufir-RJ), e também pelo prejuízo causado por ser-viços não executados, que alcança R$ 3.589.958,64 (relativos a 1.581.479,58 Ufir-RJ). Respondem so-lidariamente pelo ressar-cimento: o ex-presidente da Câmara Municipal de

Duque de Caxias, Divair Alves de Oliveira, o vere-ador Junior Reis (gestão de 2006 a 2008), e o atu-al presidente da Câmara, Dalmar Lírio Mazinho de Almeida (de 2009 até a presente data), além dos representantes legais das empresas Locanty e SCMM Serviços de Lim-peza e Conservação. Eles têm 30 dias para recorrer da decisão.

O presidente do TCE-RJ, Jonas Lopes de Carvalho Junior, afirmou que a ins-peção encontrou todo tipo de irregularidade que se possa imaginar. “Fraude em licitação, nepotismo, gente que recebeu sem trabalhar; preços superfa-turados em contratações, tudo de ilegal e irregular

que se possa imaginar eles conseguiram fazer em apenas dois contratos”, pontuou. O TCE-RJ en-viou ofício ao Ministério Público Estadual, para que sejam apurados indícios de crimes de responsabilida-de, entre outros.

Em seu voto, o conselhei-ro relator José Maurício de Lima Nolasco lembrou que, em menos de seis meses, o TCE-RJ determinou inspe-ções na Câmara de Caxias devido a irregularidades em contratos com a Locanty (a primeira inspeção referiu-se à locação de veículos). Com relação ao processo votado nesta quarta-feira, o conselheiro resumiu: “Além de contratarem mal, contra-taram demais”. Ele listou entre as irregularidades:

terceirização de mão de obra, grande número de funcionários fantasmas, su-perfaturamento, pagamen-tos feitos em menos de três horas, inclusive de serviços que não foram prestados.

Nolasco elogiou os audi-tores do Tribunal pela cora-gem e referiu-se à dificulda-de de se fazerem inspeções em municípios da Baixada Fluminense, devido à vio-lência e à insegurança na região. Mas o presidente do TCE-RJ garantiu: “As tenta-tivas de intimidação não afastarão de forma alguma a atuação desta Casa. Assim como em Japeri, onde já es-távamos atuando há alguns dias, vamos continuar com as inspeções, se necessário com escolta policial, autori-zada pelo governador”.

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Locanty e dois vereadores terão que devolverquase 20 milhões ao povo de Duque de Caxias

Contratos foram declarados ilegais pelo Tribunal de Contas do Estado

O TCE determinou que os vereadores Mazinho (aliado político do candidato Alexandre Cardoso) e Junior Reis (irmão do candidato a prefeito Washington Reis), além da empresa Locanty devolvam R$ 19 milhões aos cofres públicos

referentes a contratos irregulares com a Cãmara de Duque de Caxias

n O relarelatório do TCE revelou também que nos gabinetes de vereadores da Câmara Municipal de Duque de Caxias há mais funcio-nários do que o espaço físico comporta. O TCE já determinou a devo-lução de R$ 19 milhões aos cofres municipais pelo ex-presidente da Câmara, Divair Alves de Oliveira, o Júnior Reis (PMDB), irmão do candi-dato a prefeito Washing-ton Reis (PMDB); e o atual presidente, Dalmar Lírio, o Mazinho (PDT), que integra a coligação do candidato a prefeito da cidade pelo PSB, Ale-xandre Cardoso, além da empresa Locanty.No gabinete do vereador Nivan Almeida (PDT),

prestam serviço à Locan-ty cinco funcionários. Somados aos comissio-nados, seriam 26 pessoas numa sala de pouco mais de 25 metros quadrados.

O TCE julgou ilegais as despesas relacionadas aos contratos de serviço de limpeza e de mão de obra auxiliar firmados en-tre a Câmara, a Locanty e sua representante, a SCMM, realizados entre fevereiro de 2006 e mar-ço de 2012. Além disso, foi encaminhada denún-cia ao Ministério Público Estadual para que sejam apurados indícios de cri-mes de responsabilidade. Procurados por nossa re-portagem, os vereadores Mazinho, Júnior Reis, e Nivan Almeida não fo-ram encontrados.

Superlotação: Câmara tem mais ‘funcionários’ do que espaço

CABIDE DE EMPREGOS: relatório do TCE constatou que que só no gabinete de um vereador (do PDT, partido

aliado do PSB) estão lotadas 26 pessoas. Se todos comparecerem no mesmo dia a sala, de 25m²,ficará tão lotada que será impossível se mexer

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O MUNICIPALPÁGINA 4 15 a 30 de Setembro de 2012

n O clima de crise eco-nômica que afeta o mun-do parece ter passado longe da campanha atual do ex-prefeito de Duque de Caxias, deputado fe-deral Washington Reis. Os números da gastança foram levantados pelo jornal O Globo (dia 19/9), em reportagem sobre as campanhas mais caras do país. A do candidato pee-medebista figura isolada-mente como a mais cara da Baixada, atingindo as cifras de R$ 1,7 milhões só período de 6 de julho a 6 de setembro.

Com declaração de bens junto ao Tribunal Superior Eleitoral de pouco mais de R$ 1,65 milhões (ver gráfico) – e tendo como pretensão ocupar um car-go onde o salário gira em torno dos 18 mil reais, Wa-shington Reis levaria quase oito anos para recuperar todo o dinheiro gasto nesta campanha apenas com os rendimentos de prefeito, caso seja eleito.

A ostentação de sua cam-panha pode ser observada no dia-a-dia, na forma de caríssimas inovações como a contratação de equilibristas com pernas mecânicas - que custam quase R$ 900 cada, além de publicidades luminosas e impressos luxuosos. Até o fim da campanha do primeiro turno das elei-ções 2012, os gastos de Washington Reis poderão

chegar aos R$ 3 milhões, o que dá quase R$ 5 por cada eleitor duquecaxiense.

“Nunca, na história desta cidade, se gastou tanto numa só campanha”, es-tranha o aposentado Eu-zébio Oliveira dos Santos, 67 anos, ao tomar conhe-cimento desta reportagem. Morador do Parque Lafaie-te, ele relembra com nos-talgia como eram as cam-panhas, no passado:“Moro

em Duque de Caxias des-de pequeno, sou da época em que o candidato gas-tava a sandália em busca do voto e quando nos simpatizávamos com ele íamos atrás, formando um cordão de gente. Hoje, é tanta placa que fica até difícil andar pelas ruas da cidade. E, quanto mais bonita a placa, mais o candidato se esconde do povo”, lamentou.

A campanha mais cara da história de Duque de Caxias

Candidato do PMDB já gastou R$ 1,7 milhões na tentativa de voltar à prefeitura

REPRODUÇÃO

ADIVINHE, SE PUDER...n Na eleição de prefeito em Duque de Caxias, no ano de 1996, um candidato afirmava que, se eleito fosse, seu primeiro ato seria por fim à terceirização do serviço de ambulâncias do Hospital Geral Duque de Caxias, o qual considerava como “inaceitável”. Pois bem: ele não venceu a eleição e, pasmem os leitores, as ambulâncias alugadas pela prefeitura pertenciam, na verdade, ao então candidato falador. Adivinhe quem é o cara de pau...

n O candidato eleito para o cargo de deputado federal Washington Reis de Oliveira e o candidato a deputado estadual não eleito Amis-terdan Santos Viana foram denunciados por abuso de poder econômico. As penas previstas para os políticos são inelegibilidade pelos próximos oito anos e cassa-ção do registro ou diploma. A ação foi ajuizada pela pro-curadora regional eleitoral, Silvana Batini, no dia 7 de outubro.

Amisterdan Santos é res-ponsável pelo Centro Social Inocêncio Santos, em Magé. No dia 1º de setembro, os fiscais da 148ª Zona Eleitoral executaram mandado de busca e apreensão e sus-penderam as atividades da instituição.

No dia, foram apreendi-dos: fichas de inscrição para cursos oferecidos pelo cen-tro social, com campo de preenchimento do número do título de eleitor; fichas de atendimento do centro social, com campo para preenchimento de título de eleitor; currículos com infor-mação de número de título de eleitor; documentos de 15 pessoas, incluindo foto-cópia de títulos de eleitor; panfletos de propagandas dos candidatos Amisterdan Santos e Washington Reis; e formulários de autorização, nos quais os frequentadores da instituição autorizam o candidato a utilizar suas residências como “Comitê Familiar”.

A esses itens foram acres-centados: modelos orto-dônticos para colocação de aparelho; medicamentos; diplomas da Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro

(FAETEC) – Unidade Amis-terdan; encaminhamentos médicos assinados pelo vereador Amisterdan Santos Viana; envelopes timbrados da Câmara Municipal de Magé; ofício do Centro de Educação e Formação In-tegrado solicitando ônibus ao candidato Amisterdan e encaminhamentos de pedi-do de emprego, em papel timbrado da Câmara Muni-cipal de Magé, com espaços em branco e assinados pelo candidato Amsterdam.

A procuradora Silvana Batini afirma que “o centro social oferecia serviços mé-dicos e de assistência jurídi-ca, dentre outras benesses, para fins de financiamento da campanha dos repre-sentados, havendo explícita publicidade em favor de Amsiterdan Santos Viana e Washington Reis”.

O político possui ou-tra entidade assistencia-lista em sociedade com Washington Reis, o Cen-tro Social Casa Feques, também localizado em Magé, cujo responsável é Jonas Ferreira Gomes, conhecido como Jonas Ninha. Também no dia 1º de setembro, a equipe de fiscalização apreendeu na instituição: camisetas com os nomes dos candidatos Amisterdan e Washington Reis; ofícios à Prefeitura Municipal de Magé, nos quais existem menção de apoio à prefeita Narriman Felicidade Corrêa Zito; for-mulários de requerimento de benefícios ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e folhetos de propaganda do Projeto So-cial Casa Feques, nos quais há menção de apoio à candidatura dos políticos.

Parceria com Amisterdan e denúnciapor abuso de poder econômico

O Municipal: O 1°de Duque de Caxias.Ligue e anuncie: (21) 2671-1348

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PÁGINA 515 a 30 de Setembro de 2012 O MUNICIPAL

n OPINIÃO

CNPJ: 15946149/0001-35

R$ 600

É ou não é um escárnio para

com o povo de Duque de Caxias. Dois vereadores e uma empresa terão que devolver R$ 19.000.000,00 (dezenove milhões de reais) aos cofres públicos.

Gente, são R$19.000.000,00 (dezenove milhões)! Com esse dinheiro, a prefeitura teria concluído as obras do Hospital da Mulher Caxiense, do Hospital Geral Duque de Caxias, as sete escolas de horário integral e outras obras.

Esse dinheiro daria para construir 4 colégios Pedro II, atendendo cada um 2.000 alunos. Pois bem, o atual presidente da Câmara de Veredores indicou o vice-prefeito na chapa de Alexandre Cardoso, quando o nome deveria ser indicado pelo PT. O ex-presidente da Câmara de Vereadores é irmão do candidato WR, o mesmo que deixou um rombo de R$1.000.000,00 (um bilhão de reais) na prefeitura de Duque de Caxias.

E agora, meu povo? A bola está com vocês! Já sabemos onde daremos a resposta contra estas falcatruas: nas urnas.

É primavera! Parque da Caixa D’água seráreflorestado pela prefeitura e inicativa privadan O Parque Natural Muni-cipal da Caixa D’Água, em Jardim Primavera, Duque de Caxias, vai ser reflores-tado com mudas nativas da Mata Atlântica. Para que isso aconteça, foi inaugu-rado sábado, 22 de setem-bro, o projeto “Fábrica de Floresta”, parceria da Se-cretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento, a indústria química Brasken e o Institu-to Corredor Ecológico Costa dos Coqueiros. Até o final de 2012, serão produzidas 15 mil mudas e em 2013 mais 35 mil mudas para recuperação de toda área, além da estrutura da antiga caixa d’água, que ganhará biblioteca e anfiteatro.

Pela manhã, o secretário Samuel Maia e a diretora de Relações Institucionais da Braskem, Cinthia Vargas, com membros do Conselho Municipal de Meio Ambien-

te, moradores e alunos do curso de guarda ambiental mirim inauguraram o viveiro que vai produzir mudas de várias espécies. Entre elas quaresmeira, ipês, ingás, pau-pombo e pau-brasil. As árvores ajudam também para evitar erosão do solo e deslizamentos de encostas. As mudas serão plantadas em regiões determinadas pela secretaria de Meio Ambiente, como as reservas municipais e para campanhas educativas.

A data serviu também para inauguração oficial do Parque Natural Municipal da Caixa D’Água. O secretá-rio Samuel Maia, a diretora da Brasken, Cinthia Vargas, entregaram a sede do par-que que será administrada por um conselho gestor, for-mado pelo poder público e moradores. No alto do mor-ro, onde existia uma caixa d’água desativada há déca-da, o grupo plantou mudas

de árvore em seu entorno e deram um abraço simbólico na construção. Entre os pre-sentes, a atriz Maria Claudia Gueiros, que emocionada elogiou a iniciativa do órgão de buscar parcerias para o reflorestamento daquele importante região.

“Com a inauguração do Parque Natural da Caixa D’Água, estamos atendendo a população do segundo distrito que luta há mais de 20 anos para que esse sonho se tornasse realidade. O governo sempre foi sensível na preservação do meio ambiente e procura atender a demanda de todos. Esse sonho só foi possível com o apoio da Braken que é nossa parceira em outros progra-mas no município”, disse Samuel Maia.

“Esta é mais uma iniciati-va da Brasken voltada para questões ambientais. Além disso, vai chamar a atenção

das pessoas para o Morro da Caixa D’Água. A Braskem trouxe para Duque de Caxias um de seus mais reconheci-dos programas ambientais, que já apresenta excelentes resultados na Bahia, onde foi implantado em 2009”, ressaltou Cinthia Vargas.

Entre os moradores presen-tes, Paulo Augusto, também conhecido por “Natureza”, do bairro São Judas Tadeu, parabenizou o secretário Samuel Maia e a diretora da Brasken. “Este projeto é mui-to importante para região. Com o reflorestamento e o reaproveitamento da estru-tura da caixa d’água o local poderá ser aberto à visitação pública, atraindo moradores e visitantes de outras cidades. Foi a melhor coisa do mundo para nossa comunidade. Se não reflorestarmos o planeta viveremos como?”, pergun-tou Paulo Augusto que plan-tou mudas com estudantes.

ASCOM-PMDC/PAULO MARTINS

Debate com prefeitáveis de Duque de Caxias revela quem é o mais preparado para governar o municípion O jornal Extra promoveu, na manhã desta terça-feira, um debate com os principais prefeitáveis de Duque de Caxias, nas dependências do Museu da Ciência e Vida, no Centro do município.

Em meio às promessas, pro-postas e projetos fantasiosos dos demais candidatos o atual pre-feito, José Camilo Zito (PP), que concorre à reeleição, sobressaiu por apresentar possibilidades concretas para a solução dos principais problemas que Du-que de Caxias enfrenta hoje:LIXO: Respeitando o momen-to eleitoral, Zito afirmou não tratar do assunto, mas, como foi provocado pelo candidato peemedebista Washington Reis, ele rebateu: “Se o candi-dato não entendeu, talvez seja porque ficaa muito mais tempo em Brasília do que em nosso município. O lixo está indo para Seropédica provisoriamente. Não sou como o deputado, que tem facilidade para encontrar solução para tudo, como acha que tem”, ironizou.

TRANSPORTES: “Grande parte das linhas são intermu-nicipais, fogem da responsabi-lidade do governo municipal. Teria que haver um trabalho com o governo do estado para a gente rever o preço da passagem. Criamos a Tarifa Companheira, que dá descon-to nos feriados. Os acréscimos realmente têm sido enormes, argumentou Zito.RELACIONAMENTO COM OS OUTROS GOVERNOS: Zito lembrou que o seu par-tido atual, o PP, faz parte das bases governistas federal e es-tadual: “Meu relacionamento com Cabral e com a Dilma

é ótimo. Tenho acesso cada vez melhor ao governador. Hoje, estou num partido que o apóia, mudei por intermédio dele, inclusive”, disse.GERAÇÃO DE EMPREGOS: Neste tema, Zito informou que seu governo é o que mais investe em na geração de em-pregos estimulando novos in-vestimentos na cidade, além de enumerar os feitos de seus três mandatos frente à prefeitura. “Falam muito de Cidade dos Meninos e Capivari. Ali, quero criar dois grandes polos indus-triais para que a região cresça, desenvolva-se e traga riqueza para a cidade”, prometeu.SAUDE: Atacado novamente pelo candidato Washington Reis, o prefeito reclamou do pouco caso que o Governo do Estado tem dado à Saude em Duque de Caxias, visando desgastar sua administração: “Vejo, em período eleitoral, o governador Sérgio Cabral vir aqui dizer que, se o candidato dele vencer, ele vai resolver o problema de saúde em Ca-

xias. Falta democracia. Isso é vergonhoso!”, reclamou Zito pouco antes de ganhar direito de resposta por conta de ci-tações feitas por Washington Reis acusando a prefeitura de estar com o “nome sujo” jun-to ao Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira) e no Cadin (Cadastro Infor-mativo de Créditos): “Isso foi fruto do governo dele por causa de obras eleitoreiras”, rebateu Zito.SEGURANÇA: Zito não con-cordou com a proposta do candidato do PSB, Alexan-dre Cardoso, que sugeriu usar dinheiro do Proeis para aumentar o efetivo dos bata-lhões: “Criar o Proeis é tirar responsabilidade do estado e jogar no município. Será a ci-dade exercendo uma respon-sabilidade estadual. Proponho ações sociais junto aos jovens para combater a violência”, disse o atual prefeito, antes de finalizar dizendo que se sente mais seguro em Caxias hoje do que no passado.

DIVULGAÇÃO

n Uma caminhada histórica e emocionante percorreu as ruas de Duque de Caxias. No início de setembro, o Prefeito Zito, candidato à reeleição, promoveu um grande movimento que já está sendo chamado de Caminhada da Vitória. Com o lema “Eu acredito no Zito”, cerca de 10 mil pessoas deram a largada, no início da Avenida Brigadeiro Lima e Silva, um dos prin-cipais acessos ao centro da cidade.

Durante todo o trajeto, a população foi aderindo ao grupo de forma muito receptiva. O destaque da caminhada foi a home-nagem feita por crianças e jovens, liderados pela Profª Roberta Barreto, candidata à Vereadora pela mesma coligação do Prefeito. As crianças, visi-velmente emocionadas e eufóricas, abraçavam Zito e cantavam, como num coral, “É hora de acreditar, eu acredito no Zito”.

Pra qualquer lado que se olhasse, a visão era a mesma. Uma multidão, vestida com camisas em tons de azul, em referência ao trabalho desenvolvido na educação, lembrava a

revolução promovida por Zito e Roberta Barreto no ensino público municipal. Para se ter uma ideia, em dia de ensaio, a Escola de Samba Acadêmicos da Grande Rio costuma ocu-par três quarteirões com seus integrantes. Durante a caminhada, pelo me-nos cinco quarteirões da Avenida Brigadeiro Lima e Silva ficaram lotados de pessoas, em apoio ao Prefeito.

A Profª Roberta Barreto, que sempre esteve pre-sente na administração do Prefeito Zito, consi-derada a melhor Secre-tária de Educação do município, falou, com muita alegria: “Duque de Caxias parou para ver o Zito passar! Nosso povo reconhece quem fez mais por esta cidade e sabe, que ainda faremos muito mais. Como diz a música, ele não mudou. Zito fala com sinceridade, escuta com tranquilidade e luta pelo melhor para os duque caxienses. Agora, os poderes Executivo e Legislativo atuarão juntos, para promover o bem es-tar e a qualidade de vida da nossa população”.

“Educação é a solução”agita Duque de Caxias

n Com muitos aplausos, José Camilo Zito (PP) começou a sua caminhada pela feira de Santa Cruz da Serra, no domingo. Apesar do frio ma-tutino, muita gente se fazia presente e caminhou com o prefeito – que concorre à reeleição - pelas ruas do bair-ro. “Ele fez muito pela gente! Somos Zito de coração!”, exclamou um feirante. Esta tem sido a rotina de campa-

nha de Zito, a receptividade é muito forte em todos os locais de Duque de Caxias.

Após Santa Cruz, o prefei-to andou por Nova Campi-na. Outro feirante, Antônio José, exibia, com orgulho, a placa de madeira pendura-da em sua barraca de frutas com a frase: “Se Deus é por nós, quem será contra nós”. – citação bíblica que é um dos temas de sua campanha.

Em Saracuruna o calor hu-mano se repetiu: A comer-ciante Andrea da Silva ficou eufórica com a presença do Prefeito. “Zito transformou Saracuruna. Eu sou muito grata por tudo que o Zito fez!”– falava ela, contendo a euforia. Ainda no domingo, Zito fez campanha nas feiras de Jardim Primavera e do Centro, no primeiro distrito do município.

No sábado (dia 22), Zito arrastou uma multi-dão durante caminhada que começou em Parada Angélica e terminou no centro de em Imbariê. Foi o maior contingente a acompanhar um can-didato a prefeito no 3° Distrito, até então, no período de campanha para as eleições do pró-ximo dia 7.

Caminhadas no Terceiro Distrito confirmam favoritismo

ALBERTO ELLOBO

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Crônicas doAlbuquerque

Por jornalista Wilson Gonçalves ([email protected])

Os amores e os ódios que construíram Caxias

O histórico ‘Dia da Criação’ no Centro de Esportes de Caxias

(*) Josué Cardoso é jornalista e pesquisador musical

BANCO DE IMAGENS

n A história de uma cidade não acontece num só dia. É um acúmulo de fatos e sucessões de erros e acertos. Disputas. Com Duque de Caxias não foi diferente. Alinhavar os principais acon-tecimentos que marcaram nossa cidade não é fácil e o resultado não é conclusivo. Ficam, propositadamente, brechas a serem preenchidas por historiadores.

O primeiro fato foi a elei-ção de Tenório para verea-dor, representando o oitavo distrito de Iguassú, que é a atual Duque de Caxias. Co-meçamos a ganhar cara de cidadania. Tenório é amado.

O segundo foi a luta pela separação de Iguassu. Sur-gem figuras como Manoel Reis, coronel Bittencourt, Manoel Telles, Jayme Fisch-man, Correia Meyer e outros. Surgem nossos primeiros heróis.

O terceiro, enquanto se aguardava a criação do Mu-nicípio de Duque de Caxias, foi a indicação de intervento-res, uma espécie de prefeito de papel crepom. Xavier da Silveira, Gastão Reis etc. fo-ram interventores indicados por Getúlio de Moura de Nova Iguaçu e questionados por Tenório. Surge a nossa resistência.

Em seguida, citamos a era

das brigas e tiroteios: Tenório, nas escadarias da Prefeitura – prédio da Av. Governador Brizola – antiga Kennedy – leva um tiro no pé (fica man-co para sempre) e mata Paulo Lins – vendedor de cimento e materiais de construção para a prefeitura – e Osório, genro do ex deputado Lázaro José de Carvalho. Um dos novos interventores, nem desceu do trem: levou um tiro na boca e foi jogado na linha férrea. Era Joaquim Pessanha. Outra refrega mata Manoel Correya, na noite de Natal, na varanda de sua casa, na Plínio Casado. O tiroteio na associação comercial tem no revólver de Peixoto Filho a garantia da vida de Tenório. Aparece o ódio.

A sociedade caxiense co-meça a se organizar. Como a vida é engraçada, a rua Manoel Correya, onde fi-

cava a Papelaria Itatiaia, faz esquina com a rua Joaquim Lopes de Macedo fazendo a famosa praça do relógio onde a política e o tempo não param. É o encontro da cidade com a sua história. O clube mocidade é localizado naquele prédio de esquina. Os hotéis também.

Mais tarde, em frente ao hotel do seu Lima – pai do senador Hydekel – (hoje Novo Hotel), o delegado Albino Imparato é fuzilado. Para completar o ciclo que não terminará nunca, o jo-vem Alcyr tira a virgindade de Olga Suely – da família Dantas – e inicia a briga dos Dantas contra a família de Manoel Vieira. Na delegacia, os Vieiras tentam indenizar o prejuízo da moça, que reage distribuindo tiros. Alcyr leva um tiro na perna. Manoel Vieira morre na hora. Nilo

Vieira é ferido. Um detetive que tenta desarmar a deson-rada é ferido. No julgamento, acusando Olga Suely: Evan-do Lins e Silva e Tenório Ca-valcanti. Na defesa: Romero Netto e Getúlio de Moura. Olga Suely é absolvida mas no recurso para o Tribunal de Niterói, em novo julgamento, ela é condenada junto com seu irmão Manoel Dantas há quatro anos de prisão. Seu irmão José Dantas é morto a facadas, num bar na praça da emancipação – hoje praça do relógio – enquanto almoça-va, sentado, no bar. Aparece a vingança.

O Albuquerque, caxiense roxo, afirma que Duque de Caxias foi coletivamente. E assim a história chega até os dias atuais. Duque de Caxias não surgiu de uma só família nordestina, desembarcada na Pensão do Norte na Av. Nilo Peçanha. Nem das famílias vindas de Apiacá, Bom Jesus ou Santo Antonio de Pádua, mas por várias gerações.

O Albuquerque repete isso com a alegria de uma estu-dante do Instituto Roberto Silveira ao beijar o namorado na pracinha ao lado do Fo-rum de Caxias. Albuquerque fala com a emoção de um luta-dor de UFC: Duque de Caxias nasceu do ódio, da briga e se multiplicou no amor.

n Sábado, 14 de outubro de 1972. O Brasil ainda sob a tutela dos militares, que assumiram o poder em 1964. Milhares de jovens, vindos de várias partes do Brasil e até de países vizinhos, ocupavam o Estádio Municipal, conhecido como Maracanãzinho de Ca-xias, para acompanhar um grande evento musical, denominado “O Dia da Criação”. No palco, artistas como os cantores Fagner e Jards Macalé, os trios de Rui Mauriti e Sá, Rodrix & Guarabyra, os grupos O Terço e Karma se revezavam. A cidada entrava, para sempre, na história por ter realizado o primeiro fes-tival de música ao ar livre do país voltado ao público jovem.

O País estava submetido ao Ato Institucional n° 5. Duque de Caxias, por sua vez, era “adminsitrada” por um general do Exército, que respondia como interventor, pois a cidade era considerada “área de segurança nacional” e, assim, a população ficou sem eleger prefeito de 1968 a 1985. Abrigar um festival dessa natureza era algo inimaginável, muito menos com a chancela oficial da Prefeitura, como aconteceu.

- O Dia da Criação foi uma das primeiras tentativas de realizar o nosso Woodstock” - assinalou o pesqui-sador Álvaro Faria na monografia “O Rock Brasileiro dos Anos 70”. Foi a partir daí que outros concertos de rock foram realizados em alguns pontos do Brasil, até culminar com o mega “Rock in Rio”. Mas isso, pórém, já é uma outra história.

n O público da Baixada Fluminense pode assistir a dezenas de espetáculos de teatro infantis e adultos gratuitamente. O 9º Festival Nacional de Teatro de Du-que de Caxias, aberto na noite da última sexta-feira (14), no Teatro Municipal Raul Cortez, se estenderá até o próximo dia 30. Trin-ta e um espetáculos (16 adultos e 15 infantis), re-presentando vários estados, estão concorrendo entre 89 inscritos. Representan-do Duque de Caxias, três grupos estão concorrendo: a Cia de Artes Popular, com um espetáculo infantil e outro adulto; a Cia Teatral Terceiro Toque, com um infantil; e o Em Cena Sesi, com um espetáculo adulto.

A cerimônia de abertura foi marcada por coreogra-fias coreógrafos e desfiles organizados pelo Espaço de Arte e Dança João Bosco, além da apresentação do espetáculo “Tribobó City”, de Maria Clara Machado, por alunos do Curso de Iniciação às Artes Cêni-cas do Teatro Municipal Armando Melo (Temam), sob a direção de Guedes Ferraz, fundador do CPT. A cerimônia de encerramento acontecerá às 20h, no dia 30, com apresentações diversas e anúncio dos

vencedores. A Comissão Julgadora é formada pelos atores e diretores Ediélio Mendonça, João Duarte e Márcia Aicram.

O Festival é promovido pela Secretaria de Cultura e Turismo e organizado pelo Centro de Pesquisas Teatrais (CPT). As peças infantis acon-tecerão sempre às 15h e os adultos às 20h. Serão ofere-cidos prêmios em dinheiro ao primeiro, segundo e ter-ceiro Melhor Espetáculo (res-pectivamente R$ 5.000, R$ 2.500 e R$ 1.500) e troféus ao Melhor Diretor, Melhor

Ator, Melhor Atriz, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz coadjuvante, Melhor Fi-gurino, Melhor Maquiagem e Melhor Cenografia.PROGRAMAÇÃO - A pro-gramação do fim de semana e demais dias é a seguinte: ESPETÁCULOS INFANTIS: Dia 22 (sábado), 15h - “Aca-so em Cores” (grupo Teatro Destinatário - Goiânia), 17h - “O Sumiço da Carroça” (Cia D’Humor - Goiânia); Dia 23 (domingo), 15h - “Os Contadores” (Cia Theatrum - RJ); Dia 24 (segunda-feira), 15h - “O Conto da Ilha Des-

conhecida” (Grupo 6 Marias e Meia - RJ); Dia 25 (terça-feira), 15h - “A Princesa Mor-gana do Reino Encantado” (Grupo Sonho de Princesa - RJ); Dia 26 (quarta-feira), 15h - “Lixo no Lugar Errado,Tô Fora!” (Cia de Arte Popular - Duque de Caxias/RJ); Dia 27 (quinta-feira) 15h - “His-tória de Prelência” (7Phocus Cia de Teatro - RJ); Dia 28 (sexta-feira), 17h - “Cabeça de Vento” (Pandorga Cia de Teatro – RJ); Dia 29, 15h - “O Casamento da Dona Baratinha” (Cia de Artes Faz Assim - RJ).

ESPETÁCULOA ADUL-TOS: Dia 22 (sábado), 20h - “Diário de Um Louco” (Cia Novo Ato - Goiânia); Dia 23 (domingo), 20h - “Pé na Curva” (Cia de 2 - SP); Dia 24 (segunda-feira), 20h - “O Folclore do Amor” (Cia Teatral As Lucianas - RJ); Dia 25 (ter-ça-feira), 20h - “As Artima-nhas do Grande Engana-dor” (Cia de Arte Popular

- Duque de Caxias); Dia 26 (quarta-feira), 20h - “Vila Maria” (Cia Atores In Cena - RJ); Dia 27 (quinta-feira), 20h - “Cordel do Amor Sem Fim” (A4 Cia de Teatro - RJ); Dia 28 (sexta-feira), 20h - “Jogos na Hora da Sesta” (Caratapa Produções Artísticas - RJ); Dia 29, 20h - “Diwan de Lorca” (Cia Palmas - CE). (Josué Cardoso)

Festival de Teatro tem espetáculos gratuitos até o dia 30

Espaço de Arte e Dança João Bosco exibiuna abertura coreografias e desfiles

Alunos do Teatro Armando Melo, sob a direção do CPT, apresentaramo espetáculo “Tribobó City”, de Maria Clara Machado

FOTOS: SMCT/ALBERTO ELLOBO

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PÁGINA 715 a 30 de Setembro de 2012 O MUNICIPAL

n A Secretaria de Cultura e Turismo de Duque de Caxias realizou cerimônia para o relançamento da Revista da Cultura e do Turismo Caxien-se, no dia último dia 5, na Bi-blioteca Pública Governador Leonel Brizola. A solenidade serviu também para a pre-miação dos vencedores do 2° Concurso de Fotografia - Um Olhar Sobre Duque de Caxias e o lançamento oficial do Programa Agentes de Leitura no Município.

A Revista da Cultura e do Turismo Caxiense é um projeto editorial lançado pela Secretaria em 2002, sendo a primeira publica-ção oficial permanente do Poder Executivo municipal voltado para a área cultural, agora retomado depois de ser interrompido pela ges-tão anterior, em 2005. O objetivo principal, além de divulgar as atividades mais destacadas da Secretaria de Cultura e Turismo, é tam-bém “promover o resgate de fatos e acontecimentos e de personalidades que, ao longo do tempo, deixaram fortes marcas na história cultural da cidade”, segun-do o Secretário Gutemberg Cardoso, que falou aos pre-sentes na solenidade, assim como o Superintendente de Turismo Daniel Eugênio, o presidente da ADLA Sidney Oliveira e a escritora Helle-nice Ferreira, coordenadora de leitura da Secretaria de Educação. Representando o Fórum Cultural da Baixada Fluminense compareceu o presidente Carlos Cahé.

O Programa Agentes de Lei-tura contará com 11 agentes, que estimularão o interesse e o gosto pela leitura para 250 famílias do município inseridas no Programa Bolsa Família. O Programa é um parceria entre os Governos Federal, estadual e munici-pal e em Duque de Caxias tem o apoio da Academia Duquecaxiense de Letras e Artes (ADLA). Os agen-tes, por meio de bicicletas equipadas com um acervo literário de alta qualidade e acessível a todos os tipos de público, mobilizarão Duque de Caxias para tornar-se uma cidade de leitores, segundo o presidente da ADLA, Sidney Oliveira. EXPOSIÇÃO - Uma exposi-ção com 30 trabalhos selecio-

nados entre os concorrentes do 2° Concurso de Fotografia - Um Olhar Sobre Duque de Caxias ficará aberta até o dia 5 de outubro, podendo ser visitada de segunda a sexta-feira, no horário co-mercial. Ao todo, 10 inscritos apresentaram 44 trabalhos. Os três primeiros coloca-dos receberam prêmios em dinheiro: R$ 1.500 para o primeiro lugar, conquistado por Rodrigo Pereira Galvão, de Duque de Caxias, com a fotografia “Pôr do sol no Rio Iguaçu”; R$ 1.000 para o se-gundo (“Não se pode chorar pela deficiência, pois a criati-vidade faz o ser humano”, de Amanda Gabriela, também de Duque de Caxias); e R$ 600 para o terceiro (“Bi-blioteca Govenador Leonel

Brizola”, de Robertha Maciel, também moradora de Du-que de Caxias). A Comissão Julgadora, integrada pelos fotógrafos Alberto Araujo da Silva e Everton Barsan e o jornalista Josué Cardoso, decidiu tambem conceder Menção Honrosa a três tabalhos: “Igreja do Pilar - A luz do luar” (Rodrigo Pereira Galvão, de Duque de Caxias), “Mico” (Álvaro José da Silva, também mo-rador da cidade) e “Batis-mo dos Orixás” (Antonio Carlos Veras Paes, do Rio de Janeiro). A iniciativa do concurso é da Supe-rintendência de Turismo da Secretaria e os trabalhos premiados também fazem parte da exposição, que tem entrada franca. (Josué Cardoso)

Secretaria relança a Revista daCultura Caxiense e premia fotógrafos

O artista plástico Paullo Ramos, autor da obra que ilustra a capada publicação, com o secretário Gutemberg Cardoso

Os participantes do 2º Concurso de Fotografia que tiveram trabalhos premiados

Os agentes de leitura irão percorrer residências de moradores do município

FOTOS: SMCT/ALBERTO ELLOBO n Formado por Paulinho Cardoso (acordeon) e Fa-bio Presgrave (violoncelo), o “Duo Entrerios” fará sua primeira apresentação em Duque de Caxias, no pró-ximo dia 27, às 19h, no auditório do Colégio Car-los Gomes, na Avenida Dr. Manoel Teles nº 89,centro de Duque de Caxias, com entrada franca. A iniciativa é do Ministério da Cultura, através da série Concer-tos Internacionais do Rio de Janeiro, e tem apoio institucional da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo em parceria com a Academia Duquecaxiense de Letras e Artes (ADLA) e produção da Arte Invest e Focus Rio Produções Culturais. Através do pro-jeto, Duque de Caxias já recebeu várias orquestras e grupos, como a Orques-tra de Câmara Polonesa Capella Bydgostiensis, e o conjunto Chorando à Toa, da Escola de Música da Rocinha.

O Duo Entrerios inclui em seu repertório traba-lhos autorais e composito-

res como Astor Piazzolla e Heitor Villa-Lobos. Fabio Presgrave, carioca e ra-dicado no Rio Grande do Norte, estudou na reno-mada Juilliard School em Nova Iorque e foi solista de algumas das principais orquestras no Brasil como Orquestra Sinfônica Brasi-leira, Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e Orques-tra Sinfônica da Bahia, en-tre outras, tendo recebido o Prêmio Carlos Gomes em 2006. Já Paulinho Car-doso é natural de Caxias do Sul e estudou com o maestro Eleonardo Caffi. Fez parte de um duo com o também acordeonista Oscar dos Reis, atuando também junto aos maio-res nomes do acordeon como Renato Borghetti , Dominguinhos e Valdonis. Viveu em Florença, na Itália, onde desenvolveu um trabalho de música instrumental e popular brasileira, apresentando-se lá e em outros países da Europa como Suíça, Áus-tria, Alemanha e Espanha. (Josué Cardoso).

Duo Entrerios em Duque de Caxias

n A Associação dos Artis-tas de Duque de Caxias - AADC já é uma realidade. A assembléia de fundação da entidade aconteceu no último dia 10. Na opor-tunidade, os artistas pre-sentes elegeram a chapa única “Trabalho com Ética e Transparência”, esco-lhendo assim a primeira diretoria da entidade, que foi empossada na mesma data. Trinta e dois artistas participaram da assem-bléia. A entidade, segundo o presidente eleito, Radar Demonchacon, torna-se realidade para aglutinar os artistas de vários seg-mentos do município. “A arte em Duque de Caxias é muito rica e diversificada e precisamos compartilhar conhecimento e criar no-vas oportunidades”, disse

o artista plástico a repor-tagem de O Municipal.

A diretoria eleita da AADC é a seguinte: Presi-dente - Radar Demoncha-con, vice-presidente - Elias Pereira Ramos, Diretor de Artes - José Carlos Gon-çalves, Diretora de Ações Culturais - Ana Maria da Silva, Diretor de Projetos - Fernando Ramos, Te-soureiro - Andelson Mu-niz, Conselheiro - Rubens Cavalheiro, e Conselheiro Fiscal - Carlos Albero de Lima Freire. A sede provi-sória da entidade funciona na Avenida Manoel Duar-te nº 346, bairro Parque LafaieteA próxima reunião da diretoria da entida-de acontecerá no dia 15 de outubro. O telefone de contato é 9190-2334 (Radar).

Artistas de Caxias criamassociação e elegem diretoria

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O MUNICIPALPÁGINA 8 15 a 30 de Setembro de 2012

n As autoridades do Irã determinaram a partir des-ta segunda (24) o acesso restrito ao Gmail, serviço de e-maildo Google. A me-dida é um dos primeiros atos para a definição de um serviço local próprio de rede de computadores separado do restante da in-ternet mundial. Atualmente, o acesso a internet no Irã é limitado, pois há sites que são bloqueados, impedindo o internauta de usá-lo.O acesso ao buscador do Google também so-freu restrições. O acesso à página exige o uso de um protocolo de segurança e está bloqueado.“Em decorrência das repe-tidas demandas da popu-lação, o Google e o Gmail serão filtrados em todo o país. Eles permanecerão fil-trados até segunda ordem”, disse o secretário do grupo estabelecido pelo governo para detectar conteúdo ilegal na internet, Abdolsa-mead Khoramabadi.Às vésperas das eleições parlamentares em março deste ano, o Google e o Gmail foram bloqueados em todo território irania-no. O YouTube, serviço de vídeos do Google, também é censurado no Irã desde 2009, após os protestos po-pulares contra supostas frau-des na eleição presidencial.

Sabra e Shatila: genocídio completa 30 anos com atos em memória das vítimas

n Setembro de 1982: o Líbano está em plena guerra civil (1975-1990) e o sul do país foi invadi-do três meses antes por Israel, oficialmente com o objetivo de parar os ataques da Organização de Libertação da Palesti-na (OLP) de Yasser Arafat.

A OLP é aliada a milí-cias libanesas de maioria muçulmana, assim como o exército sírio que en-trou no Líbano em 1976, enquanto o Estado judeu está associado com as mi-lícias cristãs, como as po-derosas Forças Libanesas (LF) de Bashir Gemayel.

Eleito presidente do Líbano em agosto, Ge-mayel, venerado pelos cristãos do país, foi morto em 14 de setembro em

um atentado reivindicado por um partido pró-Síria.

O exército israelense evoca este assassinato para entrar no setor oci-dental de Beirute, de maioria muçulmana, vio-

lando um acordo con-cluído sob mediação dos Estados Unidos relativo à evacuação do Líbano dos combatentes da OLP.

Israel diz que quer “evitar derramamento de sangue

e atos de vingança” após o assassinato de Gemayel e lutar contra os terroristas escondidos na área.

Mas, na noite de 16 de setembro, milicianos cristãos, auxiliados pelo exército israelense, que atira foguetes, invade os campos de Sabra e Shati-la, nos subúrbios ao sul de Beirute, onde permanece apenas a população civil, após a saída dos comba-tentes da OLP no âmbito do acordo.

Durante três dias, em um apagão total, milicia-nos massacram, sem que o exército israelense ao redor de todo o acam-pamento intervenha. No dia 19, imagens horríveis de corpos amputados, desmebrados, de crianças

esmagadas e animais aba-tidos chocam a opinião mundial.

Entre 800 e 2.000 civis foram mortos na carnifi-cina nesses campos que abrigavam cerca de 8.000 refugiados.

Em Israel, uma comis-são de inquérito atribuiu em 1983 a “responsabili-dade pessoal, mas indire-ta” dos massacres a Ariel Sharon, então ministro da Defesa, acusando-o de não ter previsto ou evitado o massacre. Ele é forçado a renunciar.

A comissão atribui a responsabilidade direta a Elie Hobeika, chefe da inteligência dos LF, que sempre se mantiveram em silêncio sobre os as-sassinatos.

n Com a realização de um debate e a exibi-ção do filme “Valsa com Bashir”, ativistas dos mo-vimentos anti-imperia-listas e de solidariedade internacional reuniram-se em São Paulo na últi-ma terça-feira (18) para rememorar o massacre de 3.500 palestinos nos campos de refugiados de Sabra e Shatila, no Líba-no. O episódio ocorreu em 16 e 17 de setembro de 1982. O massacre foi executado por milícias falangistas libanesas com

o apoio dos ocupan-tes sionistas israelenses, comandados por Ariel Sharon.

A atividade foi organi-zada pela Federação das Entidades Árabes (Fearab), a Federação das Entidades Palestinas (Fepal), o Comi-tê pelo Estado da Palestina Já, a Bibliaspa e a Revista Zunái.

O episódio foi conside-rado como um dos mais sangrentos do século 20. Apesar de tgr sido um cri-me de enorme proporção, poucos conhecem a histó-

ria das guerras do Líbano. Até hojem, o que foram os campos de refugiados palestinos de Sabra e Cha-tila passaram por poucas mudanças. De acordo com correspondentes interna-cionais, os cerca de 13 mil refugiados que vivem em Chatila, sobrevivem entre a miséria e o abandono. Já Sabra deixou de ser reco-nhecido como campo de refugiados e passou a ser um dos bairros mais mise-ráveis de Beirute. Não há coleta de lixo e nem quais-quer serviços públicos.

Palestina chora mostra uma foto de vítimasdo massacre em Sabra durante uma

manifestação em Beirute. A chacina foilembrada em várias partes do mundo

AFP

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Há três décadas acontecia o massacre de palestinos no Líbano

Há 30 anos o mundo descobria com horror as imagens de centenas de mulheres, crianças e

idosos assassinados e mutilados por milicianos cristãos aliados de Israel nos campos de

refugiados palestinos nos subúrbios de Beirute.

n O argentino Cláudio Vallejos (foto), acusado de tortura, homicídio, seques-tro qualificado e desapare-cimento forçado de pessoas durante a ditadura militar da Argentina (1976-1983), será extraditado para o seu país. A decisão foi tomada nesta terça-feira (18), por unanimidade, pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que deferiu parcialmente o pedido do governo da Argentina para extraditar Vallejos.

De acordo com a denún-cia do governo argentino, Vallejo, no período de 1976 a 1983, era militar do Exér-cito e atuava na Escola de Mecânica da Armada Ar-gentina (Esma). O relator da ação, ministro Gilmar Men-des, disse que a Argentina é competente para julgar o caso, considerando o local dos fatos e a nacionalidade do acusado.

Na Argentina, os crimes cometidos durante a dita-dura ainda são objeto de julgamento. Vários militares que atuaram na época têm sido punidos. A estimativa é que cerca de 30 mil pessoas desapareceram ou foram mortas durante a ditadura no país.

Torturadorargentino será

extraditado

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Irã restringeacesso ao Gmaile sites da Google

n O Colégio Carlos Gomes, embarcar, no dia 1° de se-mbarcar, no dia 1° de se-tembro, com uma comitiva de 20 alunos e responsáveis, para o intercâmbio estudan-til. É um momento único de grande aprendizado, cultural e de valores para a vida,. Esse periodo em que os alunos vivem temporariamente em outro país, não é um mero passeio, mas um período que enriquece a sua personalida-de, amplia sua visão de mun-do, é uma aprendizagem que ultrapassa o ambiente acadê-mico, porque relacionam os costumes e a vida cotidiana de um outro país.

Durante todo período em que estivemos na Argentina , realizamos várias atividades pedagógicas e culturais com visitas a lugares históricos, o

Museu sobre a Guerra das Ilhas Malvinas, sobre a histó-ria da Região da Patagônia, também aprendemos muito sobre o libertador da Argentina San Martín, fomos a catedral em Buenos Aires onde se

encontram os restos mortais deste grande homem, curso do idioma e danças folclóricas.

E não poderia deixar de acontecer..era conhecer a neve em toda a sua plenitu-de, todo o periodo que pas-

samos na cidade de Ushuaia, nevou, fazendo a alegria de nossos alunos, que puderam esquiar, andar de teleférico e muito mais, realmente foi um grande momento que passamos, nesta cidade.

No dia 07 de setembro comemoramos em território argentino nossa independên-cia, com a presença da Sra. Cristiane Cavalli Secretária de Assuntos Internacionais(que é brasileira e teve a oportu-nidade em 2011 conhecer o Secretário Cultura Gutem-berg Cardoso, o Presidente da ADLA Sidney Oliveira e o Superintendente de Turismo Dr. Daniel Eugenio).

O objetivo foi atingindo que era conhecer mais a cultura e história da Argentina. Agora é o momento do Colégio Carlos Gomes e a cidade de Du-que de Caxias, preparar uma recepção calorosa, nossos hermanos chegarão em nossa cidade dia 07 de outubro as 20 horas, será uma experiên-cia inesquecível para todos.

Caxias se prepara para receberalunos argentinos em intercâmbio

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n Ao desembarcar em Nova York para participar da Assem-bleia Geral das Nações Uni-das, o presidente do Paraguai, Federico Franco, começou sua campanha contra a suspensão do país do Mercosul. Na reu-nião com o secretário-geral da Organização das Nações

Unidas (ONU), Ban Ki-moon, Franco reclamou da suspensão e reiterou que o Paraguai se-gue a Constituição e mantém a ordem democrática.

O Paraguai está suspenso do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) desde o fim de

junho, quando o então pre-sidente paraguaio Fernando Lugo foi destituído do poder. Para os líderes políticos da região, houve o rompimento da ordem democrática pela forma como Lugo foi subme-tido ao processo de impeach-mentno Congresso.

Em Nova York, Franco marcou uma reunião como primeiro-ministro da Espa-nha, Mario Rajoy. Segundo ele,depois do encontro de-cidirá se participa da Cúpula Ibero-Americana, organizada pela Espanha. De acordo com o Ministério das Rela-

ções Exteriores do Paraguai, o governo não recebeu o convite a tempo.

À noite, Federico Franco participa de jantar oferecido pelo presidente norte-ame-ricano, Barack Obama. Ele retorna ao paraguai apenas quinta-feira (27).

Presidente do Paraguai faz campanha na ONU contra suspensão do país do Mercosul