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Onde estão os médicos do DF? Distribuição Gratuita Brasília, Abril de 2012 - Ano V - Edição 22 O Universitário .com.br Liberdade com Expressão! Página 07 Página 13 www.jornalouniversitario.com.br Exclusiva com o Deputado Federal mais votado do país Página 11 Página 05 O Distrito Federal possui o maior número de médicos por habitante do país. Ainda assim, faltam profissionais na rede pública de saúde. Saiba quais as causas para esse problema. Pedido de impeachment contra governador do Distrito Federal é protocolado na Câmara Legis- lativa pelo movimento Adote um Distrital. Cidade Saúde Carreira O empresário sírio Abdalla Jarjour conta sua história e revela como alcançou o sucesso. Confira as dicas dele para os futuros empreendedores. Comportamento Página 03 José Antônio Reguffe (PDT-DF) fala com exclusividade sobre seus projetos e comenta questões do Distrito Federal. Você provavelmente já foi ou conhece alguém que le- vou um belo “par de chifres”. A infidelidade existe des- de o início do mundo, mas parece crescer nos últimos tempos. Será que trair está na moda? BARRADOS PELA NOVA LEI Entrevista O Distrito Federal já teve go- vernos marcados por suas obras físicas, agora ele precisa de qua- lidade nos serviços públicos. Movimento quer FORA AGNELO! Do café aos postos de combustíveis Trair está na moda? Leonardo Prado - Camara dos Deputaddos Google Imagens

Jornal O Universitário - Abril

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Jornal O Universitário - www.jornalouniversitario.com.br - O Maior Portal do segmento Universitário do Brasil está de volta. Confira as novidades no cenário acadêmico e da política Jovem no Brasil. Fique por dentro, boa leitura.

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Page 1: Jornal O Universitário - Abril

Onde estão os médicos do DF?

Distribuição Gratuita

Brasília, Abril de 2012 - Ano V - Edição 22

O Universitário .com.br

Liberdade com Expressão!

Página 07 Página 13

www.jornalouniversitario.com.br

Exclusiva com oDeputado Federal mais votado do país

Página 11 Página 05

O Distrito Federal possui o maior número de médicos por habitante do país. Ainda assim, faltam profissionais na rede pública de saúde. Saiba quais as causas para esse problema.

Pedido de impeachment contra governador do Distrito Federal é protocolado na Câmara Legis-lativa pelo movimento Adote um Distrital.

Cidade

Saúde

Carreira

O empresário sírio Abdalla Jarjour conta sua história e revela como alcançou o sucesso. Confira as dicas dele para os futuros empreendedores.

Comportamento

Página 03

José Antônio Reguffe (PDT-DF) fala com exclusividade sobre seus projetos e comenta questões do Distrito Federal.

Você provavelmente já foi ou conhece alguém que le-vou um belo “par de chifres”. A infidelidade existe des-de o início do mundo, mas parece crescer nos últimos tempos. Será que trair está na moda?

BARRADOS PELA NOVA LEI

Entrevista

O Distrito Federal já teve go-vernos marcados por suas obras físicas, agora ele precisa de qua-lidade nos serviços públicos. ”

Movimento quer FORA AGNELO! Do café aos postos de combustíveis

Trair está na moda?

Leonardo Prado - C

amara dos D

eputaddos

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agens

Page 2: Jornal O Universitário - Abril

EXPRESSE SUA OPINIÃO! Mande uma mensagem para:

Levy Brandão (Diretor Presidente) | Igor Gadelha Schneider (Diretor Executivo) Alveni Lisboa (Jornalista) | Camila Piazzalunga (Diagramadora)

Estagiário de Diagramação Alan Martins Colunistas: Marina Sakamoto e André Amaral

Colaboradores: Renata Albuquerque, Anderson Felipe, Lázaro Pereira, Gustavo Miranda, Luiza Acioly e Thiago Melo.

Parceiros: Marina Sakamoto.

ADE Conjunto 17 Lote 29 Sobreloja - Águas Claras - DFFone: (61) 3033-3650 - [email protected]

O Universitário 02

EXPEDIENTE

Chegamos ao quinto ano do jornal O Universitário, que durante este tempo passou por grandesfatos marcantes na sua história, não se calando diante dos principais fatos políticos ocorridos na capital em seus últimos tempos. Afinal, nosso slogan é “Liberdade com Expressão” e essa sempre será a nossa meta: levar notícias sem esconder os fatos. Esse ano estamos reformulando o jornal para melhor atender aos nossos leitores, especialmente abrindo um espaço participativo maior para os estudantes com o Portal de notícias www.OUNIVERSITARIO.com.br.

Por atender uma parcela muito importante da sociedade, que é o estudante universitário, trabalhamos sempre para levar as melhores matérias que despertem o interesse deste segmento. O Portal surge então para dar força a este conceito de informação. Deste ano em diante, iremos incen-tivar os futuros formandos a participarem mais ativamente do veículo através de colunas opinativas, sugestões de pauta e cobertura de eventos ou temas que despertem a curiosidade de nossos leitores.

Desde já, convidamos você a nos enviar sugestões, denúncias ou recados. Excelente Leitura!

A era da informática trouxe muitas coisas boas para a população

mundial, proporcionando in-formação e comunicação rápida entre as pessoas. Elas ficaram, mesmo com toda a distância fí-sica, há apenas alguns cliques de conhecimentos específicos.

Agora vejo que entramos numa era de redes sociais, onde cada um tem a liberdade de se ex-pressar da maneira como lhe for conveniente. Antes, o que era considerado apenas um motivo de diversão e de usuários ocio-sos, agora tem uma conotação bem diferente. Das mais de 70 milhões de pessoas que acessam a internet no Brasil, 40 milhões são usuários de redes sociais, e esse número avança em ritmo acelerado, atraindo cada vez mais internautas.

Atualmente, além de ser um me-canismo de relacionamento com amigos, as redes sociais estão sendo usadas por empresasque buscam lançar suas campa-nhas de marketing, criando um

novo profissional para o merca-do, este, um perito no assunto: o “gerente de redes sociais”. Elas funcionam também como um sistema de reclamações políti-cas. Exemplo disso foi o prefeito de Nova York, Michael Bloom-berg, que reclamou dos ataques dos internautas através das re-des: “Estou sufocado pelas redes sociais que não me deixam tra-balhar”.

Quem soube resumir muito bem o objetivo das redes sociais, muito antes de todo este suces-so, foi NONAKA (2001, p. 156): “Cada participante pode explo-rar novas ideias e refletir sobre os pontos de vista alheios. É o intercâmbio de ideias, opiniões e crenças propiciado pelas conver-sas que possibilita o primeiro e o mais importante passo da cria-ção do conhecimento: o com-partilhamento do conhecimento tácito dentro da micro comuni-dade”. Isso foi bem entendido pelos criadores das redes, que bolaram um grande mecanismo mundial de relacionamentos e troca de ideias.

porLevy Brandão

A importância das redes sociaisPapo Cabeça

@GabrielConjuve“Tirar o Serra do ostracismo demonstra plena incapacidade de renovar os quadros e o programa partidário do PSDB.”

Gabriel Medina - Presidente do Conselho Nacional de Juventude

@rejaneevaristo“Faixa exclusiva para ônibus é sinônimo de caos na EPTG. São 10 linhas inúteis. Benefício para inglês ver!”

Rejane Evaristo - Jornalista

@fernandomares“Se você é bilionário, é ‘o carro’ que atropela, não o motorista: ‘O carro do empresário Thor Batista atropelou e matou.’ ”

Fernando Mares - Fundador do site Roteiro de Cinema

@joseagripino“O Democratas está mais vivo do que nunca! Menor, porém melhor. Como Democrata, defenderei sempre a

liberdade de expressão.“ Em resposta aos rumores de que o DEM estaria enfraquecido.José Agripino - Senador pelo Rio Grande do Norte e presidente nacional do DEM

@marcosvbaquascl“Pessoal, o telefone do Detran 154 está inoperante. Motivo: contrato terminou e não renovaram. GDF, mudando para melhor!”

Marcos Villas Boas

@cynaramenezes“Este ano o orçamento do DF é o maior da história: 28,5 bilhões. Onde está sendo utilizada essa GRANA?”

Cynara Menezes - Repórter da revista Carta Capital

@andrewise“O GDF deveria abrir sindicância para apurar em que circunstância foi homologada a obra de ampliação da EPIA.

Simplesmente não há escoamento.”André Luiz Coelho - Bancário e Profissional de TI

@erikakokay“O GDF não pode tratar os professores com esse descaso! É uma das categorias mais importante para a sociedade!”

Erika Kokay - Deputada Federal

Bacharel em Comunicação Social-Publicidade e Propaganda.Diretor Presidente do Jornal O Universitário.

twitter: @levybrandao

braxin@JornalUniv[ [

Page 3: Jornal O Universitário - Abril

EntrevistaO Universitário 03

O Universitário: A que o senhor atribui essa grande popularidade em tão pou-co tempo de política?

Reguffe: Minha votação na úl-tima eleição foi um reconhe-cimento ao mandato que fiz como distrital. Posso dizer, em alto e bom som, que cumpri to-dos os meus compromissos de campanha, sem exceção. Todas as propostas que constavam no meu panfleto de campanha viraram projetos de lei. Todas aquelas medidas que eu disse que iria adotar no meu gabine-te, e que muita gente dizia ser impossível, que a pessoa muda quando chega ao poder, adotei uma por uma na prática.

Como tem sido a sua atua-ção na Câmara dos Depu-tados?

O meu objetivo é simples: hon-rar o compromisso que assumi com quem votou em mim. No meu primeiro dia como de-putado Federal, abri mão dos salários extras que os deputa-dos recebem (14º e 15º salá-rios), reduzi a minha verba de

gabinete, a cota de atividade parlamentar, o número de as-sessores de 25 para apenas 9, entre outras medidas, gerando uma economia direta aos co-fres públicos de mais de R$ 2,3 milhões.

E se todos fizessem o mes-mo, de quanto seria a eco-nomia?

Seria de mais de R$ 1 bilhão. Isso é para você ter ideia de como o dinheiro público é mal empregado nesse país. Além disso, apresentei 18 projetos, incluindo o que retira todos os impostos dos remédios. Tam-bém fiz algumas denúncias, como a do excesso de cargos comissionados no governo. São 23.579 cargos comissiona-dos, enquanto a França possui 4,8 mil e os EUA, 5,6 mil, por exemplo. Um absurdo!

É possível ter um manda-to eficiente e gastar pouca verba?

Não existe democracia sem um poder Legislativo forte e atuan-te. Mas ele não precisa ser gor-

do e inchado como é hoje. Se reduzíssemos o número de par-lamentares de 513 para 300, será que a Câmara ofereceria um serviço de menor qualida-de? Creio que não. Apresentei um projeto que propõe exa-tamente isso e valeria para a próxima legislatura. As pessoas dizem que é difícil passar, mas não é por isso que vou deixar de fazer a minha parte e de lutar pelo que acredito. Com rela-ção à sua pergunta, a tese que defendo e pratico no meu ga-binete é a de que um mandato parlamentar pode ser de qua-lidade custando bem menos ao contribuinte do que custa hoje. Os parlamentares se esquecem que, além desses assessores, têm à sua disposição os consul-tores legislativos especializa-dos em cada área.

O que diz o seu projeto que acaba com impostos em medicamentos?

A tributação tem que ser so-bre o consumo supérfluo, não sobre algo indispensável. Nin-guém compra remédio por pra-zer, e sim por necessidade. No Brasil, 35,7% do preço de um remédio é composto apenas de impostos. Isso é um absurdo! Na Inglaterra, no Canadá, na Colômbia, não se pagam im-postos sobre remédios. Fiz um requerimento de informações

ao Ministério da Fazenda ques-tionando o impacto desta me-dida. A resposta foi que o im-pacto da extinção dos impostos sobre os medicamentos seria de R$ 3 bilhões por ano, o que representa apenas 0,11% no or-çamento da União, que é de R$ 2,073 trilhões. É um impacto ínfimo e um benefício enorme e direto na vida de milhares de famílias. Tem família que gasta mais de R$ 2 mil por mês com medicamento de uso contínuo. Ano passado, o Governo Fede-ral concedeu R$ 20 bilhões de isenção fiscal para as monta-doras de automóveis. Ora, para as montadoras pode, mas para que alguém doente possa com-prar um remédio por um preço menos caro, aí não pode? Isso é o que chamo de corrupção das prioridades! Tão grave quanto o desvio do dinheiro público, é a escolha errada de onde se aplicar esse dinheiro.

Como o senhor avaliaria, até o momento, a saúde no DF?

Muito ruim. O Distrito Federal já teve governos marcados por obras físicas, agora ele precisa de um governo que seja marca-do pela qualidade dos serviços públicos, principalmente nas áreas da saúde, da educação e da segurança pública. Há se-cretarias e cargos comissiona-dos em excesso. Esse dinheiro deveria ser investido nessas três áreas, para o benefício da população. Muitos deputados colocam o dinheiro das suas emendas em shows e eventos.

Eu concentrei as minhas no projeto da educação em tempo integral, na compra de medica-mentos para os hospitais pú-blicos e na contratação de mais policiais, para dar segurança à população. Estou fazendo a minha parte, dando a minha contribuição para melhorar os serviços públicos essenciais.

A Câmara Distrital, mesmo contra a vontade, aprovou o fim do 14º e 15º salários. No Congresso, a matéria encontra muita resistên-cia. Como o senhor, que foi precursor nesse assunto, está vendo esse debate?

Eu não entendo o porquê des-sa polêmica toda. Para mim, essa é uma questão simples e óbvia: todo trabalhador recebe 13 salários por ano. Nada mais lógico que o deputado, repre-sentante desse trabalhador, também receba apenas 13 salá-rios. E o pior é que eu falo isso e os outros deputados ainda fi-cam com raiva de mim.

O que espera do futuro?

Quero chegar ao final deste mandato da mesma forma que terminei o meu como distrital. Poder olhar nos olhos do meu eleitor e dizer que eu honrei cada um dos compromissos que assumi com ele, sem exce-ção. Sei que há um desânimo geral com a política, mas as coi-sas vão mudar o dia que cada um fizer a sua parte de verdade. A minha eu estou fazendo.

“Eu faço a minha parte”Saiba o que pensa e por quais causas o deputado federal proporcionalmente mais votado do país luta para (tentar) mudar o país

“ Não existe demo-cracia sem um poder Legislativo forte e atu-ante. Mas ele não pre-cisa ser gordo e incha-do como é hoje. ”

Leonardo Prado - C

amara dos D

eputaddos

O deputado federal Reguffe discursa no plenário da Câmara dos Deputados.

Page 4: Jornal O Universitário - Abril

Confia os teus cuidados ao Senhor, e ele te susterá; jamais permitirá que o justo seja abalado - Salmos 55:22O nosso socorro está em o nome do Senhor, criador do céu e da Terra. - Salmo 124:8

O Universitário 04

VAGAS DEESTÁGIO

ADMINISTRAÇÃOEmpresa: privadaSemestre: 4° ao 6°Vagas: 01Local: ASA SULBolsa: R$600,00 + BenefíciosHorário: 12:00 as 18:00 Conhec. exigidos: Windons, Word, Excel e Internet

Empresa: privadaSemestre: 5º ao 7°Vagas: 01Local: ASA SULBolsa: R$364,00Horário: 4horas variáveis

Conhec. exigidos: Windons, Word, Excel e Internet.

ARQUITETURA E URBAN-ISMO

Empresa: privadaSemestre: 2° ao 7°Vagas: 01Local: ASA NORTEBolsa: R$400,00 + Benefí-ciosHorário: 8:00 as 14:00 Conhec. exigidos: Windons, Word, Excel e Internet

CIÊNCIAS CONTÁBEISEmpresa: privadaSemestre: 4º ao 7°Vagas: 01Local: ASA SULBolsa: R$460,00 + BenefíciosHorário: 14:00 as 20:00Conhec. exigidos: Windons, Word, Excel e Internet.

DESIGNEREmpresa: privadaSemestre: 5º ao 7°Vagas: 1Local: ASA SULBolsa: R$581,00 + BenefíciosHorário: 14:00 as 19:00Conhec. exigidos: Windows, Word, Excel.

DIREITOEmpresa: privadaSemestre: 6º ao 8°

Vagas: 01Local: LAGO SULBolsa: R$600,00 + BenefíciosHorário: 13:00 as 19:00Conhec. exigidos: Windons, Word, Excel e Internet.

Empresa: privadaSemestre: 7º ao 10°Vagas: 01Local: ASA SULBolsa: R$600,00 + BenefíciosHorário: 13:00 as 18:00Conhec. exigidos: Windons, Word, Excel, Internet, OAB e Carro.

EDUCAÇÃO FÍSICAEmpresa: privadaSemestre: 1º ao 6°Vagas: 01Local: ASA SULBolsa: R$400,00 + Benefícios

Horário: 17:00 as 22:00Conhec. exigidos: Windons, Word, Excel e Internet.

Empresa: privadaSemestre: 3º ao 7°Vagas: 01Local: Guará IIBolsa: R$400,00 + BenefíciosHorário: 06:30 as 11:30Conhec. exigidos: Windons, Word, Excel e Internet.

FARMÁCIAEmpresa: privadaSemestre: 3º ao 7°Vagas: 01Local: SIABolsa: R$520,00 + BenefíciosHorário: 08:00 as 14:00Conhec. exigidos: Windons, Word, Excel e Internet.

Concursos

Empregos e Estágios

Concurso Salário Vagas Situação

Ministério da Integração Nacional (MI) - (Centro-Oeste) Máx: R$ 5.460,02 Min: R$ 3.534,22 52 Inscrição/ Edital

Ministério Público de Estado de Goiás (MPGO) - (Centro-Oeste) R$ 19.643,95 25 Inscrição/ EditalCâmara dos Deputados - (Centro-Oeste) R$ 11.914,88 34 Inscrição/ EditalMinistério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) - (Centro-Oeste) R$ 12.960,77 157 Inscrição/ EditalTribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso do Sul (TJMS) - (Centro-Oeste) R$ 18.610,06 24 Inscrição/ EditalMinistério Público do Estado de Mato Grosso (MPE/MT) - (Centro-Oeste) R$ 17.277,69 10 Inscrição/ EditalPetrobras Transporte S.A. (Transpetro) - (Nacional) Máx: R$ 7.964,11 Min: R$ 2.731,32 CR Inscrição/ EditalBanco do Brasil (BB) - (Nacional) Máx: R$ 7.499,75 Min: R$ 3.163,73 CR Inscrição/ EditalPetróleo Brasileiro (Petrobras) - (Nacional) Máx: R$ 6.883,05 Min: R$ 1.994,30 1521 Inscrição/ Edital

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Page 5: Jornal O Universitário - Abril

postos de combustíveisO dono da rede Jarjour conta como se tornou um empresário de sucesso

E mpreendedor é a pessoa que dá iní-cio a um comércio

ou organização. Nessa área, há diversos nomes expressi-vos no Distrito Federal. São empresários de sucesso que, geralmente, começaram com um pequeno negócio. Um dos mais conhecidos é o empreen-dedor sírio Abdalla Jarjour.

Ele é dono do Café Arábia e Continental, da agropecu-ária Arábia, da construtora Jarjour, da Jarjour Executive Services (aluguel de carros), da água mineral Bonjour e de postos de combustíveis com bandeira própria. O empresá-rio tornou-se famoso graças a este último, quando aderiu ao Dia da Liberdade de Impostos e vendeu gasolina a R$ 1,63. A fila de carros para abastecer chegou a ocupar 6 km do Eixi-nho Norte.

Simpático, Jarjour contou à equipe de O Universitário um pouco da sua vida, seus valores e de como fez e faz para ser um dos maiores em-presários do Distrito Federal.

Quando o senhor come-çou a trabalhar?

Eu comecei a trabalhar bem cedo: com sete anos já ajudava meu pai no bar. Ainda era pe-queno, então eu me esforçava para ficar, colocar a cabeça em cima do balcão e pergun-tar para os clientes o que eles desejavam. E assim foi com todos os negócios seguintes, eu sempre estava lá ajudando o meu pai. Acho que isso me ajudou nos meus negócios.

E sobrava tempo para os estudos?

Isso era uma coisa que meus

pais jamais abriram mão. Fiz o primeiro grau (Ensino Fun-damental) no La Salle, lá do Núcleo Bandeirante. Depois fiz o segundo grau (Ensino Médio) e fui para faculdade. Comecei a fazer Engenharia, mas não gostei do curso e tro-quei para Economia, o qual sou graduado. Eu também não abro mão disso para os meus filhos – todos são for-mados, exceto o mais novo, que ainda está cursando a fa-culdade de Direito. O estudo é algo indispensável para quem deseja “subir na vida”.

Como começou sua car-reira de empreendedor?

Eu me guiei muito pelo meu pai, até pelo fato de eu sem-pre ter trabalhado com ele. O meu primeiro negócio foi o Café Arábia, o qual eu tomava conta já aos 14 anos. Aprendi a ouvir desaforos de clientes e ficar calado. O cara falava: “Café Arábia? Não quero essa m$%&*, não!”. Mas, mesmo assim, eu continuava insistin-do e tratando todos os clien-tes bem. Ficava um, dois e até três meses indo com frequ-ência naqueles comerciantes

que rejeitavam o produto até que eles mudassem de ideia.

É o senhor mesmo quem administra os negócios?

Sim, sempre foi. Apesar de ser o caçula dos irmãos, eu fui o que tomava a frente dos ne-gócios. Isso é uma coisa que nasce com você. É igual no fu-tebol: a bola está no meio do campo, se ninguém der o pon-tapé inicial, o jogo não come-ça. O meu diferencial é que eu sempre estive lá para chutar a bola e fazer gols.

Como saber se o negócio vale o investimento?

Eu nunca sei. Para a gen-te crescer na vida, é preciso arriscar. Eu comprei os su-permercados Planaltão numa época em que ele estava quase falindo e consegui mudar a si-tuação. É claro que tudo é bem pensado antes da decisão. Eu analiso todos os pontos favo-ráveis e contrários. Se eu co-locar uma garrafa na quina da mesa, a chance dela cair no chão é muito maior do que se eu colocá-la no centro. Assim é também com os negócios.

Por que o senhor resol-veu “comprar briga” contra os outros donos de postos?

Sem ser demagogo ou que-rer jogar confetes em mim mesmo, mas sempre fui ho-nesto. Eu tenho o meu lu-cro nos postos e não preciso explorar o consumidor para isso. Prefiro colocar um preço menor e atrair mais clientes, que vão ficar satisfeitos e se-rão fiéis, do que colocar um preço alto para espantar todo mundo. Toda vez que tem um aumento de R$ 0,05 na dis-tribuidora, os donos de posto querem subir a gasolina em R$ 0,10. Eu não acho justo, portanto só repasso o valor do aumento. Hoje, sou eu quem segura o preço da gasolina aqui no DF. O pessoal fica re-voltado e vive brigando comi-go por causa disso, mas não posso fazer algo que vá con-tra os meus princípios. Hoje, infelizmente, não consigo manter o preço tão abaixo da concorrência, mas faço pro-moções sempre que posso. Há pouco tempo, eu derrubei o preço para R$ 2,46 – foi uma briga que você não faz ideia. Não sou “bom samaritano”, mas creio que dá para ganhar dinheiro sem prejudicar os outros.

Qual o segredo do seu sucesso como empreen-dedor?

Acho que eu consegui cres-cer por causa da honestida-de, pelo temor a Deus e pelo trabalho duro. Não adianta nada ficar esperando as coisas caírem do céu. A Bíblia fala: “Esforça-te que eu te ajuda-rei”. Graças a Deus eu sou um

homem abençoado.

O que pretende deixar para a posteridade? Até onde quer chegar?

Quero deixar um nome lim-po e conhecido. Isso para mim é o mais importante. Dinheiro você perde tudo hoje e pode recuperar mais a frente, se tiver um nome forte. Agora, sem o nome não tem como. Quando você perde a sua cre-dibilidade, todas as portas se fecham. Eu quero deixar uma marca positiva para meus fi-lhos continuarem o meu tra-balho com orgulho.

E os planos para o futuro?

Ano que vem eu vou inau-gurar uma faculdade em Ta-guatinga. As obras já estão em andamento. É um projeto grande e que eu tenho certeza que vai dar certo.

Quais as dicas para quem deseja ter o pró-prio negócio?

A primeira é não ter pre-guiça, nem medo. Se você quer alguma coisa, corra atrás dela. Não fique sentado espe-rando as coisas caírem do céu. Eu não sou gênio, mas conse-gui vencer na minha vida. Não sou bilionário, mas tenho di-nheiro para viver. A segunda é acreditar em Deus, sem ele ninguém consegue ser plena-mente feliz. A terceira, como eu já disse, é ser honesto e ter paciência. Ninguém enrique-ce da noite para o dia, a não ser que roube. É um processo lento e gradual, mas é inevitá-vel quando se trabalha duro.

sxc.hu

“Não sou ‘bom samaritano’ nem demagogo, mas dá para ganhar dinheiro sem prejudicar os outros”

O Universitário 05

CarreiraDo café aos

Page 6: Jornal O Universitário - Abril

Acidentes investigados pelo Tribunal Marítimo

2007 56 15

2008 83 18

2009 43 14

2010 42 19

2011

Total

300

300

77

77

A potência náutica do CerradoBrasília é a terceira cidade do Brasil em número de embarcações, mas fiscalização é precária

A praia do brasiliense é o lago Paranoá. A cidade não é banha-

da pelo mar, mas os morado-res não perdem a oportuni-dade de curtir uma tarde no lago artificial. Em qualquer horário do dia ou da noite é possível encontrar lanchas, as motos aquáticas (popular-mente chamadas de jet-skis) e até grandes barcos navegando por lá.

Não é a toa que a capital fe-deral ocupa a terceira posição no ranking de embarcações, perdendo apenas para São Paulo e Rio de Janeiro, res-pectivamente. O Brasil tem 185 mil barcos de esporte e recreio. Dentre esses, apenas 12% estão espalhados por rios e lagos do interior do país. Mesmo assim, Brasília está à frente até de locais famosos pela beleza da costa marítima, como Natal (RN), Fortaleza (CE) e Florianópolis (SC). As informações são do levanta-mento realizado pela Associa-ção Brasileira de Construtores de Barcos e Seus Implemen-tos (Acobar).

“Quando está sol, eu cha-mo meus amigos e amigas e vamos todos curtir o lago”, afirma o administrador de empresas Rogério Paiva. Ele é dono de uma moto aquática, adquirida em 2010. “Como a gente não tem mar, o jeito é aproveitar o lago Paranoá”, conclui.

Os preços variam de acordo com o porte da embarcação. As populares motos aquáticas têm preços que oscilam, em média, entre R$ 5 mil e R$ 50 mil. Já as lanchas podem custar mais, algo entre R$ 15 mil e R$ 200 mil. Embarca-ções maiores e mais luxuosas,

como os iates, por exemplo, chegam a custar milhões. Um luxo que poucos afortunados podem ter.

Mesmo com os preços salga-dos, a comercialização de em-barcações cresce anualmente. Dados da Acobar mostram que, em 2006, esses núme-ros não passavam de US$ 423 milhões (R$ 761 milhões). Já em 2010, a compra e venda de barcos novos e usados movi-mentou US$ 580 milhões (R$ 1,04 bilhão), um crescimento de 37% em 4 anos.

Desrespeito da Lei

Infelizmente, nem todos respeitam as normas de segu-rança e acabam causando aci-dentes. Segundo a Marinha, a maioria deles é causada por imprudência dos condutores e/ou pela ausência de habili-tação. Para dirigir qualquer embarcação motorizada é ne-cessário tirar a Arrais Ama-dor, a carteira de habilitação marítima, que pode ser obtida junto à Capitania, Delegacia ou Agência da Marinha da lo-calidade.

Toda embarcação está sub-metida à Lei de Segurança de Tráfego Aquaviário: não im-

porta se é um pequeno barco a remo ou um grande navio transatlântico. Portanto, é preciso também conhecer a legislação antes de sair por aí guiando o novo “brinquedi-nho”. Inclusive, os acidentes envolvendo motos aquáticas começam a preocupar. Segun-do o Tribunal Maritmo, órgão responsável por julgar aciden-tes em mares e lagos, entre 2007 e 2011, foram registra-dos 77 acidentes envolven-do esse tipo de embarcação no país, sendo 22 deles com morte. O tribunal não divul-gou quantos dos envolvidos tinham Arrais.

Em 22 de maio de 2011, o barco Imagination afundou próximo à Ponte JK. A causa do acidente foi a falta de ma-nutenção. No momento do acidente acontecia uma festa

com comidas e bebidas. O lau-do da perícia também apon-tou excesso de passageiros, sendo que eles não usavam colete salva-vidas e alguns es-tavam embriagados.

O Lago Paranoá chega a ter 38 metros de profundidade. Por isso, a Marinha recomen-da que todos os tripulantes usem o salva-vidas e evitem o consumo de bebidas alco-ólicas no lago. Condutores alcoolizados estão sujeitos as mesmas penalidades pre-vistas pela Lei Seca em terra. Quem é flagrado acima do limite tem a Arrais suspen-sa por 120 dias. Em caso de reincidência, a pessoa perde o documento. Em ambas as si-tuações, a embarcação é leva-da até a marina mais próxima e o flagrado pode responder a processo criminal.

Falta de fiscalização

Outro problema do lago Pa-ranoá é a falta de fiscalização para coibir práticas abusivas. Não é difícil encontrar barcos superlotados, pessoas sem coletes salva-vidas e coman-dantes de embarcações não habilitados que não respeitam banhistas.

“Eu já andei diversas vezes em lanchas de amigos e nunca vimos nenhuma embarcação da polícia”, afirma o corretor de imóveis Arthur Ximenes. A polícia, nesse caso, são os agentes da Delegacia Fluvial de Brasília, responsáveis por manter a ordem no lago.

Arthur conta que quase foi atropelado por uma lancha enquanto se banhava no lago. Ele costuma nadar próximo à margem, nas imediações da Ermida Dom Bosco. “Estava numa parte rasa, quando fui surpreendido por uma lancha vindo na minha direção. Co-mecei a nadar o mais rápido que pude para conseguir fu-gir”, relata. E pergunta, indig-nado: “O lago é tão grande, o que custa navegar mais para o meio, principalmente nos locais onde tradicionalmente existem banhistas?”.

Uma norma da Marinha proíbe a navegação a menos de 200 metros da margem, mas não há sinalização (boias) que marque essa distância. Os banhistas também não são avisados dessa norma, pois não existem placas informa-tivas na orla do lago. No fim das contas, tudo fica a crité-rio do bom senso de todos. O problema é, que, assim como os pedestres no trânsito, os banhistas são a parte mais vulnerável nessa relação de respeito nem sempre mútuo.

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Cidade

Ano Esporte e Lazer Moto Aquática

Page 7: Jornal O Universitário - Abril

Onde estão os médicos do DF?Capital federal tem elevado número de profissionais, mas população sofre sem atendimento na rede pública.

São quatro médicos para cada mil habitantes do Distrito Federal (DF). A

Organização Mundial da Saú-de (OMS) recomenda o míni-mo de um médico para cada mil habitantes.

Quem olha este número ex-pressivo imagina que a saúde em Brasília e no Entorno é uma maravilha. Mas a popu-lação do DF, especialmente as que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS), sabe que a situação está bem longe do ideal.

Ao contrário do que dizem, não faltam médicos. Dados do Conselho Federal de Me-dicina (CFM) mostram que há 10.300 profissionais cadastra-dos. Isso tudo para uma popu-lação de 2.562.963 habitan-tes, segundo o último Censo 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Es-tatística (IBGE).

Números bem mais favorá-veis do que a média brasileira, que é de menos de dois médi-cos para cada mil habitantes.

E a quantidade de profissio-nais de saúde só aumenta. São quatro faculdades no Distri-to Federal, duas particulares e duas públicas, habilitadas para lecionar um dos cursos mais procurados em todo o Brasil. Por ano são formados cerca de 13 mil novos profis-sionais. Mas porque, então, a mídia vive mostrando a falta de atendimento em hospitais públicos se há tantos médi-cos?

Má distribuição de mé-dicos

A explicação está na dis-tribuição de profissionais: a maioria deles está na rede pri-vada. O total de atuantes em hospitais e clínicas particula-

res do DF é quase cinco vezes superior ao dos trabalhadores do setor público. No Rio de Janeiro, essa relação é de ape-nas uma vez e meia. E, levan-do em conta que há três vezes mais usuários no SUS do que no serviço particular, fica fácil entender o porquê de a popu-lação de Brasília reclamar.

“A demanda de pacientes é muito alta para o número de médicos. Além disso, as con-dições nos hospitais públicos são muito ruins”, reclama Fausto Piazzalunga, cardiolo-gista no Hospital Regional do Paranoá e no Hospital Santa Luzia. Segundo ele, a reali-dade entre os dois hospitais são totalmente diferentes. No hospital do Paranoá faltam macas para atendimento, ca-deiras de roda, instrumentos básicos de trabalho (como luvas, seringas e curativos), além de remédios para os pa-cientes.

Os salários baixos e a falta de segurança nos hospitais do governo também são fatores contribuem para o afastamen-to dos novos profissionais. “Já

vi médicos sendo agredidos por pacientes dentro do con-sultório. Qual profissional vai querer arriscar sua integrida-de física para ganhar um sa-lário tão ruim?”, pergunta o cardiologista.

Para o presidente da As-sociação dos Funcionários da Saúde Pública do Distrito Federal, Helvécio Ferreira, o problema é que a Medicina vem sendo tratada cada vez mais como comércio. “Na dé-cada de 80, 92% dos serviços médicos eram públicos e a população era bem atendida. Isso começou a mudar dos úl-timos anos para cá, com essa explosão da rede privada no DF”, argumenta.

Segundo Helvécio, não fal-tam médicos na rede pública. O problema, novamente, é a má distribuição dos profissio-nais. “Há excesso de médicos na área de gestão e recursos humanos, enquanto a área de atendimento à população fica prejudicada”. Ele alega que os hospitais do Plano Piloto concentram muito mais mé-dicos do que os das cidades-

-satélites e do entorno. “É tudo questão de uma melhor organização da Secretaria de Saúde do DF”, completa o presidente.

Para suprir a carência de profissionais, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal or-ganizou concurso público, em 2011, onde foram oferecidas mais de 800 vagas. O salário de R$ 3.949,21 atraiu poucos profissionais para o certame e diversas vagas ficaram sem preenchimento. Em fevereiro deste ano, uma nova seleção foi realizada para contrata-ção de mais 228 profissionais temporários. Mesmo com sa-lários de R$ 7.124,29, para jornada de 20 horas, e R$ 14.248,58, para 40, a procura ainda foi bem reduzida.

Apesar das ações do Gover-no do Distrito Federal, ainda não há solução concreta para o problema. O secretário de Saúde do Distrito Federal, Rafael Barbosa, reconhece que os baixos salários des-motivam os profissionais, e que por isso há dificuldade em ocupar as vagas na saúde

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A realidade dos hospitais públicos e do DF, paciente em macas nos corredores, um total descasso e desrespeito com a população

O Universitário 07

Saúde

Dr. Fausto Piazzalunga, cardiologista no Hospital Regional do Paranoá

“Já vi médicos sendo agre-didos por pacientes dentro do consultório. Qual profissional vai querer arriscar sua integri-dade física para ganhar um sa-

lário tão baixo?”

“Há excesso de médicos na área de gestão e recursos hu-manos, enquanto a área de atendimento à população fica

prejudicada.”

Helvécio Ferreira, presidente da As-sociação dos Profissionais de Saúde Pública do Distrito Federal

pública. “Fizemos o concurso público e o número de contra-tações não foi suficiente para algumas áreas. Reconhece-mos que o salário não é atra-tivo no início da carreira, e a competição com a iniciativa privada é grande”, admitiu o secretário.

OPINIÃO

Page 8: Jornal O Universitário - Abril

STF libera Ficha LimpaApós um imbróglio

que durou quase dois anos, a Lei da

Ficha Limpa (Lei Comple-mentar 135/2010) finalmente foi aprovada pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 16 de feverei-ro. Por sete votos a quatro, a mais alta corte do país julgou procedente a aplicação do projeto que restringe a candi-datura de pessoas com conde-nações judiciais, cassados ou que renunciaram para evitar a cassação. O tribunal anali-sou ações que contestavam a constitucionalidade da regra.

A partir das eleições mu-nicipais de 2012, qualquer candidato condenado por ór-gãos colegiados poderá ter o registro de candidatura nega-do pela Justiça Eleitoral. Ini-cialmente, a lei previa inele-gibilidade apenas para ações transitadas em julgado (ou seja, sem possibilidade de re-curso), mas os integrantes do STF entenderam que a essa condição não precisaria ser respeitada.

O Supremo definiu que a lei pode retroagir, ou seja, atin-gir os políticos com ficha suja antes de a norma ser aprova-da no Congresso. Significa di-zer que candidato condenado antes de junho de 2010, ainda que não seja por decisão defi-nitiva, está sujeito à inelegi-bilidade. A decisão se baseia no artigo da Constituição que prevê a criação de regras para proteger a “probidade admi-nistrativa” (honestidade no serviço público) e a “morali-dade para exercício de man-dato”.

O advogado e professor de direito eleitoral Paulo Fer-nando Melo, membro do Mo-

vimento de Combate à Cor-rupção Eleitoral, foi um dos assessores na Comissão Espe-cial do projeto Ficha Limpa. Segundo ele, a aprovação foi uma vitória da sociedade. “O projeto trará grande contri-buição para o sistema eleito-ral. Primeiramente no âmbito dos partidos, que vão começar a cobrar um passado limpo, e depois para os eleitores, que vão poder escolher alguém sabendo que o candidato não tem condenações”, comemora.

Pontos-chave do julgamento

Presunção de inocência

O principal questionamen-to sobre o Ficha Limpa era de que a lei seria inconstitucional ao tornar inelegíveis políticos que ainda poderiam recorrer da decisão. O STF decidiu que a lei não viola o princípio que considera qualquer pessoa inocente até que ela seja con-denada definitivamente.

Retroatividade

A Lei da Ficha Limpa foi

contestada por abranger fatos que ocorreram antes da sua vigência, inclusive ao deter-minar o aumento de três para oito anos o prazo que o polí-tico condenado ficará inelegí-vel. A maioria do STF decidiu que a lei se aplica a renúncias, condenações e outros fatos que tenham acontecido antes

de a lei entrar em vigor, em junho de 2010.

Renúncia

A proibição da candidatura nos casos de renúncia a cargo eletivo para escapar da cas-sação foi mantida. A maioria dos ministros do tribunal de-fendeu que a renúncia é um ato para evitar julgamentos e punições, portanto a inelegi-bilidade torna-se uma espécie de penalidade para os políti-cos corruptos.

Prazo de restrição

Um grande ponto de dis-cussão era o tempo em que os políticos deveriam ficar inele-gíveis. O STF validou o que di-zia a proposta: por oito anos. O prazo é contado a partir do cumprimento da pena impos-ta pela Justiça. Se um políti-co é condenado a dez anos de

prisão, a inelegibilidade pas-sará a contar após a saída da cadeia.

Contas rejeitadas

A lei restringe políticos cujas contas relativas a car-gos públicos foram rejeitadas. A medida também abrange o recebimento de doações não declaradas ou mal explicadas. Um governador que teve as contas do mandato reprova-das por um tribunal de contas estará sujeito à restrição.

Falta de ética

O STF manteve o dispositi-vo que torna inelegíveis pes-soas condenadas por órgãos profissionais em decorrência de infrações éticas. Médicos, advogados, engenheiros ou quaisquer profissionais que tenham sido proibidos de exercer a profissão pelos con-

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Os “guardiães da Constituição” julgaram procedente a lei que torna inelegível o político com passado sujo.

08O Universitário

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Distrito Federal – A Câmara Legislativa passou a exigir que todos os fun-cionários comissionados te-nham ficha limpa.

Amazonas – Na capital Manaus, a lei proíbe ocupa-ção de cargos em comissão por funcionários de ficha suja

Mato Grosso do Sul – Em execução desde junho de 2011 para os cargos de nomeação.

Paraíba – Válida desde agosto de 2011 para secre-tários, diretores de empre-

sas públicas, sociedades de economia mista, fundações e autarquias, além de pessoas com poder de ordenar despe-sas públicas.

Minas Gerais - Desde maio de 2011, para os cargos de con-fiança na administração direta ou indireta e funcionários de

empresas terceirizadas pres-tadora de serviços ao muni-cípio.

Santa Catarina – Em vigor desde o final de 2010, vale para cargos de confian-ça da administração direta e indireta. O presidente da empresa pública de gás (SC Gás), Altamir José Paes, foi afastado do cargo após re-comendação do Ministério Público.

São Paulo – Aprovada em fevereiro de 2012, a lei vale para funcionários co-missionados nos poderes Executivo, Legislativo e Ju-diciário, inclusive Ministério Público, Defensoria e uni-versidades.

Estados em que a Ficha Limpa já é aplicada

Dois anos após a aprovação no Congresso, Ficha Limpa finalmente poderá vigorar; norma valerá nas eleições municipais desse ano.

Page 9: Jornal O Universitário - Abril

O Universitário

Capa09

Barrados

Joaquim Roriz(PSC)

Para fugir da cassação. Ror-iz renunciou em 2007, quan-do era Senador, após acusa-ções de negociar uma partilha irregular de R$ 2,2 milhões com o presidente do Banco Regional de Brasília (BRB). Por conta dessa renúncia, Roriz fica inelegível até 2023.

Paulo Octávio(Sem Partido)

Após a Comissão de Consti-tuição e Justiça (CCJ) da Câ-mara Legislativa do Distrito Federal aceitar o pedido de impeachment, Paulo Octávio renunciou ao cargo de gover-nador em 23 de fevereiro 2010. O político está inelegível até o ano de 2018.

Maria de Lourdes Abadia (PSDB)

Candidata tucana ao Se-nado, ela teve o registro contestado pela Procura-doria Regional Eleitoral (PRE-DF) com base na Lei da Ficha Limpa por causa de uma condenação por compra de votos em 2006.

A denúncia diz que a tu-cana usou a máquina ad-ministrativa do governo local para pedir votos a representantes de qui-osques e trailers.

Júnior Brunelli (Sem Partido)

Acusado de participar do esquema de corrupção mon-tado no governo Arruda. Pas-tor evangélico, Brunelli foi flagrado recebendo dinheiro e orando pela saúde de Durval Barbosa, delator do esquema. O distrital renunciou, em 2010, para evitar um processo que poderia levar à cassação de seu mandato na Câmara Leg-islativa. Pelas regras do Ficha Limpa, Brunelli poderá ficar inelegível até o final de 2018.

Leonardo Prudente (Sem partido)

Prudente renunciou ao mandato em fevereiro de 2010, quando era presidente da Câmara Legislativa do DF, após acusações de ter rece-bido dinheiro do esquema do “Mensalão do DEM”. O deputado distrital foi flagrado escondendo dinheiro dentro das meias em vídeo divulgado por Durval Barbosa, denun-ciante do esquema. Por causa da renúncia, estará inelegível por oito anos a contar de ja-neiro de 2011, quando termi-naria seu mandato.

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Geraldo Naves(DEM)

Preso na Operação Caixa de Pandora e acusado de tentativa de suborno do jornalista Edm-ilson Edson dos Santos, conhe-cido como Sombra. Naves foi acusado de agir como emissário do ex-governador Arruda, pre-so por liderar um esquema de fraudes em licitações.

selhos de classe não podem se candidatar.

Origem

O primeiro projeto de ine-legibilidade foi proposto pelo ex-presidente Itamar Franco, há 18 anos. Outros surgiram

ao longo do tempo e foram sendo apensados, mas ne-nhum teve a força do Ficha Limpa.

A proposta foi criada pelo Movimento Nacional de Com-bate à Corrupção Eleitoral, teve apoio da Confederação Nacional dos Bispos do Bra-

sil (CNBB) e reuniu 1 milhão e 300 mil de assinaturas de eleitores em todo o Brasil. O Ficha Limpa caiu no gosto da imprensa brasileira e passou a ser divulgado exaustivamen-te. Pressionados pela opinião pública, os deputados não tiveram outra escolha senão

discutir o projeto.Paulo Fernando se lembra

de quando o projeto chegou à Câmara. “O então presiden-te da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), foi muito recep-tivo. Imediatamente mandou criar a comissão especial para discutir o assunto”, relembra. Na Casa, o projeto sofreu uma série de modificações propos-tas pelos parlamentares – a maioria para adequá-lo ao formato de legislação – até ganhar o formato que hoje é conhecido.

“A lei é uma vitória da po-pulação brasileira, especial-mente dos internautas, que

divulgaram e apoiaram o projeto. Mesmo assim, ain-da é preciso avançar mais

com uma profunda reforma política republicana.”

Cristovam Buarque (PDT--DF), senador.

“A Lei da Ficha Limpa re-presenta uma vitória histó-rica da mobilização popular

em torno de uma lei que persegue a moralidade ad-ministrativa e a probidade como requisitos essenciais àqueles que buscam candi-datar-se a cargos eletivos.

Penso que o Brasil caminha no rumo certo, no caminho de uma maior moralidade

em relação à coisa pública.” Rodrigo Rolemberg (PSB-

-DF), senador

“A lei trará grande con-tribuição, principalmente dentro dos partidos, que

vão passar a analisar a ficha dos seus pré-candidatos.

Ainda não é o projeto ideal, mas foi o que se pode fazer dentro da realidade atual.” - Paulo Fernandes, advo-

gado e professor de direito constitucional e eleitoral

O que eles acham:

“A lei é uma vitória da população brasileira, especialmente dos internautas, que divulgaram e apoiaram o projeto. Mesmo assim, ainda é preciso avançar mais com uma profunda reforma política

republicana” - Cristovam Buarque (PDT-DF), senador.

Liberados

José Roberto Arruda (sem partido) O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) cassou o mandato do então governador por infidelidade partidária. Para evitar a expulsão do partido, Ar-ruda saiu do DEM. O ex-gov-ernador chegou até a ser preso. Apesar disso, ele está elegível, já que a infidelidade partidária não está prevista na Lei da Fi-cha Limpa.

Sen. Cristovam Buarque (PDT)O ex-governador do Distrito Federal e atual senador foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) por im-probidade administrativa. A punição foi dada por órgão colegiado conforme prevê a lei, porém Cristovam foi con-denado apenas ao pagamento de multa, sem suspensão dos direitos políticos. Como a Justiça não viu dolo nem en-riquecimento ilícito, o sena-dor está com a ficha limpa.

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10O Universitário

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Educação

O Tribunal Superior Eleito-ral (TSE) alterou a forma de interpretação da lei para bar-rar candidatos que tiveram as contas eleitorais rejeitadas na última eleição. Após as elei-ções, todos os candidatos têm de prestar contas sobre gastos e arrecadações da campanha. Pelo novo entendimento, a candidatura somente será

registrada após a aprovação das contas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), do Distrito Federal (TCDF) ou Tribunal de Contas da União (TCU). Antes, bastava apenas apresentá-las para garantir o direito de tomar posse.

Segundo a Justiça Eleitoral, essa seria uma forma de en-durecer a aplicação da Lei da

Ficha Limpa. O Tribunal Re-gional Eleitoral ficaria com a responsabilidade de analisar se o candidato com as contas reprovadas seria ou não inele-gível. Segundo dados do TSE, 21 mil candidatos podem ficar impedidos de concorrer.

A mudança repercutiu ne-gativamente dentro dos par-tidos políticos. Menos de 15

dias após a mudança, repre-sentantes de 18 legendas (in-clusive as grandes e rivais, como PT, PMDB, PSDB e DEM) se uniram para pedir ao TSE que reveja a decisão. Representantes querem uma reunião com o presidente do tribunal, ministro Ricardo Lewandowski, para solicitar a mudança. Com as eleições de outubro se aproximando, os políticos tem pressa para re-solver mais esse “empecilho”.

Segundo o presidente do PT, Rui Falcão, a medida não vai beneficiar os maus políti-cos. “Muitas vezes, um candi-dato tem uma conta contes-tada por um técnico, até por falha jurídica, mas depois elas são aprovadas em instância superior”, argumenta. O par-tido foi o primeiro a ingressar com o pedido junto ao TSE. O documento afirma que as eventuais irregularidades po-derão ou não resultar em pe-

nalidades de restrição ou cas-sação de direitos, desde que o processo judicial seja instau-rado para garantir a defesa do acusado.

Outra reclamação dos par-tidos é em relação ao ano de aprovação. Para valer nas eleições de outubro, a norma deveria ter sido aprovada em 2011. O artigo 16 da Constitui-ção Federal veta mudanças na lei eleitoral que não tenham sido promulgadas há, no mí-nimo, um ano. Alguns parla-mentares alegam demora na análise das contas. Atualmen-te, há políticos em exercício que ainda não tiveram as con-tas da última eleição verifica-das.

Vale destacar que a medi-da nada tem a ver com a Lei da Ficha Limpa. Esta prevê a inelegibilidade por crimes co-metidos, enquanto a nova me-dida trata de contas eleitorais.

TSE quer barrar candidaturas de políticos com contas eleitorais rejeitadasGovernistas e oposicionistas são contra a decisão do Tribunal Superior Eleitoral

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Manifestação marcada para o dia 21 de abril

Professores da rede pública do DF mantém a greveImpasse entre a categoria e o governo do Distrito Federal continua

Os professores da rede pública de ensino do Distrito Federal conti-nuam parados. Em assembleia realizada na última terça-feira (17), o Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) optou por continuar com a gre-ve até que o governador Agnelo Queiroz cumpra o acordo firma-do em 2011, durante a campanha eleitoral. A categoria está de bra-ços cruzados há mais de um mês e as negociações com o GDF pa-recem não avançar.Na última reunião foi ofertada a incorporação integral da gratifi-cação denominada TIDEM, com

reajuste de 1,38%, em seis etapas anuais a partir de setembro de 2013 até 2018. No entanto, a ca-tegoria rejeitou a proposta.“Embora alardeie na imprensa que tem intenção de negociar com a categoria, em nenhuma das reuniões ocorridas, o GDF apresentou qualquer proposta concreta que atendesse aos an-seios das professoras e professo-res”, afirmou o sindicato em nota. Representantes de sindicatos e de várias entidades, como a Ar-quidiocese de Brasília, por exem-plo, estão buscando alternativas para tentar dar fim à paralisação.

Em propagandas veiculadas na TV, o Sinpro denuncia o descaso do governo com os professores. Já o GDF diz não ter condições de aceitar a proposta dos magistra-dos, pois a Lei de Responsabilida-de Fiscal proíbe o gasto extra.ReclamaçõesEntre as principais reivindica-ções, está a exigência de equipa-ração média salarial com outras carreiras de nível superior do governo distrital, além de reajus-te gradual até 2014. Outra recla-mação é a implantação do plano de saúde particular e convocação dos aprovados no último concur-

so da Secretaria de Educação.O governo, por sua vez, diz es-tar atendendo gradualmente ao acordo, já tendo, inclusive, con-cedido aumento salarial de 13,83 e reajuste de 55% no valor do tíquete-alimentação, hoje de R$

304. De acordo com o Sinpro-DF, 70% da categoria está parada. A Secretaria de Educação aposta em números bem menores: 40% dos profissionais estão fora das salas. O DF tem cerca de 540 mil alunos em 649 escolas públicas.

Page 11: Jornal O Universitário - Abril

Integrantes do movimento “Adote Um Distrital” protoco-laram um pedido de impeach-ment contra o governador Ag-nelo Queiroz (PT) no último dia 16 de abril. O organizador do pedido, Diego Ramalho, que também é diretor do Co-

mitê Ficha Limpa no Distrito Federal (DF), colheu as assi-naturas e deu entrada na Câ-mara Legislativa.

A suposta citação do gover-nador do Distrito Federal e de assessores do primeiro esca-lão em gravações da Operação

Monte Carlo, feita pela Polícia Federal, envolvendo o bichei-ro Carlinhos Cachoeira, foi o estopim. O movimento “Adota Um Distrital” também recla-ma da falta de esclarecimento dos escândalos no Ministério do Esporte e da Anvisa, ocor-ridos durante a gestão do pe-tista, além de possíveis nome-ações irregulares e tráfico de influência no GDF.

No documento do impeach-ment estão transcritos trechos do relatório da Polícia Federal em que membros do GDF es-tariam negociando propina com representantes da em-presa Delta, que domina os contratos de coleta de lixo no

DF. “A empresa vem sendo beneficiada há anos e, somen-te entre 2011 e 2012, recebeu mais de R$ 100 milhões do governo”, denuncia Ramalho.

O porta-voz do governo do DF, Ugo Braga, rebateu todas as acusações. “Não há uma única evidência de qualquer irregularidade no governo do Distrito Federal. Não tem uma nomeação feita pelo grupo, não há um contrato suspeito, não há nada que ligue o GDF ao grupo do Carlinhos Cacho-eira ou a irregularidades em contratos”, disse Braga.

TramitaçãoO presidente da Casa, depu-

tado Patrício (PT), deverá en-

caminhar o pedido para aná-lise da Procuradoria, para só então decidir se acata ou não. Caso seja aceito, ele vai para análise na Comissão de Cons-tituição e Justiça. A seguir, deverá ser criada uma comis-são especial para analisar e emitir um parecer. Se for fa-vorável, começa-se o trabalho de recolhimento de provas, audiências públicas e recebi-mento de contestações da de-fesa. Somente se for aprovado na comissão, após no mínimo um mês de instalação dela, o pedido poderá ser analisado pelo plenário da Casa.

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Movimento quer Agnelo fora do poder

Manifestação marcada para o dia 21 de abril

O Universitário

Pedido de impeachment contra governador do DF é protocolado na Câmara Legislativa

Além de ser aniversário de Bra-sília e data da morte de Tiraden-tes, o dia 21 de abril será marcado pela já tradicional Marcha contra a Corrupção. Nesta 3ª edição, porém, o alvo na capital da Repú-blica será um político específico: o governador Agnelo Queiroz. Pelo menos é isso que propõe os vários panfletos que circulam nas redes sociais. No Facebook, por exemplo, é possível encontrar al-guns eventos criados para tentar juntar o máximo de pessoas. Os internautas estão propondo vaias e frases de protesto, caso o gover-nador discurse.

A Marcha contra a Corrupção é organizada pelo Movimento Bra-sil Contra a Corrupção (MBCC). Para o âmbito nacional, o MBCC definiu como pautas: o fim do voto secreto parlamentar, ficha limpa para todos os cargos da ad-

ministração pública, o julgamen-to do “mensalão” e a aprovação do repasse de 10% do PIB para a saúde.

Para a data estão agendadas diversas atividades culturais no DF, inclusive um show com o cantor sertanejo Michel Teló. A programação completa está disponível no portal do jornal O Universitário.

3ª Marcha contra a Corrupção

Data: 21 de abril de 2012Hora: 10h

Local: Concentração em frente ao Museu Nacional

da RepúblicaComo chegar: Basta pegar

um ônibus para a rodoviária.

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Polêmica

No DF, o movimento popular tem como principal foco o governador Agnelo Queiroz, acusado de envolvimento no caso “Cachoeira”

Page 12: Jornal O Universitário - Abril

Jogo promove o empreendedorismo nas universidades

O Facebook nos deixa mais solitários?

A partir da próxima quarta-feira, 11 de abril, universitários de todo o Brasil podem se inscrever no Desafio Sebrae, jogo de negócios que simula o dia a dia de uma empresa virtual. Em sua 13ª edição, o game terá como tema “Frutas Tropicais e seus Deri-vados” e as equipes poderão ser formadas por, no mínimo, dois e, no máximo, cinco estudantes universitários. A iniciativa é fru-to de parceria do Sebrae com o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ). O programa desenvolve compe-tências empreendedoras e é uma oportunidade para quem gosta de enfrentar desafios.

A pós-graduada no Instituto Human-Computer de Carnegie Mellon, Moira Burke, realizou um estudo longitudinal com 1200 usuários do Facebook. A pesquisa é inovadora porque não analisou apenas estudantes, mas usou voluntários de diferentes idades e ocupações.A pesquisadora chegou à con-clusão de que se você usa o Fa-cebook para comunicar-se dire-tamente com outros indivíduos - “curtindo” ou comentando uma publicação de um amigo - isso pode aumentar seu capital social. Mensagens personalizadas, ou o que Burke chamaria de “comuni-cação composta”, são mais satis-fatórias do que a “comunicação de um clique” - o clique de “cur-tir”.

“As pessoas que receberam co-municação composta se torna-ram menos solitárias, enquanto as que receberam comunicação de um clique não mostraram mudança na solidão”, explica a pesquisadora.“É melhor receber mensagens semi-públicas, ou seja, interações

Neste ano, as novidades ficam por conta da versão do game dis-ponível para tablets e smartpho-nes, além da etapa estadual que será 100% online, as três equipes vencedoras serão premiadas, in-clusive o professor orientador. Os

em seu portal, do que mensa-gens privadas no chat”, esclarece Burke.Por outro lado, o uso não-pesso-al do Facebook - visitar o perfil dos seus amigos e só atualizar o seu mural com atividades - figu-ra uma certa falta de conexão. É uma atividade solitária vagar

pelos perfis dos seus amigos e co-nhecidos.Esse tipo de ação no Facebook, nomeada de consumo passivo por Burke, também contribui para desenvolver depressão. De acordo com a pesquisadora, “se você passa mais tempo lendo as interações dos outros ou vendo

fotos alheias do que conversando com seus amigos, você tende a ser mais solitário”.Ou seja, quanto mais interações online você tiver, mais contente você estará quando conectado. No entanto, é importante enten-der que o Facebook é, meramen-te, uma ferramenta.Por isso, a forma como você vai se sentir online depende muito mais de você. Se você usa o Facebook para aumentar o contato ao vivo, mais capital social você tem. Ou seja, se você usa o Facebook para marcar uma partida de futebol com seus amigos, ele é saudável. Mas se você estiver deixando de jogar por causa dele, ele se torna prejudicial.

vencedores da etapa nacional re-ceberão iPads, bolsas de estudos em cursos de inovação e uma via-gem internacional a um centro de empreendedorismo com todas as despesas pagas.A gestora do programa no Sebrae

no DF, Cláudia Trindade, explica que durante a competição são avaliadas as decisões da equipe em ambientes que simulam o funcionamento do mercado. As estratégias utilizadas serão com-paradas com as dos concorrentes, o que resulta em uma pontuação para as equipes ao final de cada rodada de decisão”, comenta Cláudia. De acordo com a gesto-ra, ao participar, os estudantes aprendem sobre competitivida-de, ética, associativismo e capa-cidade gerencial em pequenos e médios negócios.Cláudia afirmou que os partici-pantes desenvolverão ações vir-tuais em fábricas, lojas e linhas de produção. Assim, poderão tomar

decisões na área de produção, comércio e serviços, o que poten-cializa a capacidade de gerir um negócio, disse. Além disso, a ges-tora indica que o jogo será mais didático com material inovador e disponibilizado por etapas.Para participar, basta que o es-tudante esteja regularmente ma-triculado em uma instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação.As inscrições podem ser feitas de 11 de abril a 18 de maio pelo site www.desafiosebrae.com.br e cus-tam R$ 50 por equipe. Mais in-formações pela Central de Aten-dimento em 0800 570 0800 ou pelo site www.df.sebrae.com.br

O Universitário

Universitários podem se inscrever no Desafio Sebrae até o dia 18 de maio. Entre as novidades da 13ª edição está a premiação das três equipes finalistas.

Estudo realizado por pós-graduada no Instituto Human-Computer de Carnegie Mellon analisou 1200 usuários e chegou a conclusões interessantes

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Empreendedorismo

Redes Sociais Fonte: Cláudia Trindade, analista da Unidade de Capacitação Empresarial do Sebrae no DF.

Fonte: Universia Brasil

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Trair está na moda?

Nunca antes na história do Brasil se traiu tanto. Pelo menos é essa a sensação que se tem no mundo moderno. Sites, revistas e progra-mas de TV relatam diariamente casos e mais casos de famosos sendo flagrados em “fugidinhas”. No próprio círculo de amizade é fácil encontrar homens e mu-lheres que visitaram colchões alheios – ou até locais menos confortáveis. Será que essa gera-ção está perdida? Afinal, está na moda colocar um par de chifres

no parceiro ou parceira?Um levantamento realizado em 2008 pela pesquisadora Carmita Abdo, do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), mostrou uma caracte-rística interessante da traição. Exatamente 80,3% dos homens com mais de 70 anos afirmam já ter traído, contra apenas 22% das mulheres da mesma idade. Com o público mais jovem, de até 18 anos, a situação é bem diferen-te: 49,5% das mulheres afirmam já ter “pulado a cerca”, enquanto 66% dos entrevistados do sexo masculino fizeram o mesmo.

Gene da safadeza

Seja porque a traição está se tor-nando mais comum, ou porque o ato desperta curiosidade, o que importa é que os cientistas estão

na busca incessante por uma ex-plicação para o comportamento socialmente reprovável. Um es-tudo conduzido pela Universida-de Estadual de Nova York mos-trou que uma em cada quatro pessoas tem um gene chamado DRD4, apelidado carinhosamen-te de “gene da traição”. De acordo com os pesquisadores, homens e mulheres com o DRD4 nas cé-lulas teriam maior propensão à “cornear”.O psiquiatra Daniel G. Amen, es-pecialista em imagens do cérebro e autor de Chance Your Brain, Change Your Body afirma que a infidelidade tem ligação com a quantidade de testosterona ab-sorvida pelo homem no útero. Segundo ele, homens com dedo anular maior que o indicador re-ceberam mais doses de testoste-rona. Meninas correndo para ver Fonte: Woman’s Health

o tamanho do dedo do namorado em 3, 2, 1... Insatisfação + tecnologia = infi-delidadeOs psicólogos e especialistas afir-mam que na maioria das vezes a traição está ligada à insatisfação com o relacionamento. “Nos ca-sos de traição geralmente havia um ou mais problemas conju-gais, incluindo dificuldades se-xuais, principalmente por parte das mulheres”, afirma a sexóloga Jaqueline Brendler, diretora da Associação Mundial de Saúde Sexual. Portanto, o primeiro pas-so para se evitar a infidelidade é tratar bem o amante e resolver os problemas da melhor forma possível.Há quem diga que a revolução tecnológica é a responsável pe-los novos “chapéus de couro”. Nossos avôs não tinham celular,

Facebook, internet 3G e sites ex-clusivamente dedicados à traição. “Isso criou mais oportunidades. E, no caso da traição, a oportuni-dade surge como um terceiro fa-tor que facilita as coisas, somado ao biológico e ao psicológico”, ex-plica o psiquiatra e psicoterapeu-ta Eduardo Ferreira Santos, dou-tor em ciências médicas e autor do livro Ciúme, o medo da Perda.Apesar do alto índice de traição, ainda existe muita gente que nunca deu uma escapadinha. Basta controlar os impulsos bio-lógicos e não ser refém do próprio corpo. Tudo depende do auto-controle e do respeito para com o parceiro ou parceira. E lembre--se: ninguém é obrigado a aderir à modinha alguma, que dirá a essa moda destruidora de tantos relacionamentos.

O Universitário

Você pode até nunca ter “pulado a cerca”, mas certamente conhece alguém que já pôs um chapéu de corno no(a) parceiro(a)

Nesta estação tudo gira em torno da mulher elegante, ten-do como objetivo destacar as qualidades femininas da mulher contemporânea. Sua identidade é composta pela pluraridade de estilos, atitudes, sonhos e desejos que permeiam a mulher do Sécu-lo 21: moderna, romântica, ousa-da, clássica, executiva, esportiva e feminina.

A seda, a sarja e a viscose con-trastam com o couro ecológico e o suede. Franjas, rendas e tachas emprestam suas identidades para formar a personalidade das peças. Sensíveis à versatilidade imposta pela vida urbana mo-derna, camisas com golas elabo-radas, saia pencil e calças modelo flare formam um guarda-roupa coordenável. Vestidos, casacos, tricôs, saias longas e lenços enri-quecem as opções de uma esta-ção essencialmente refinada.

Jaqueta em couro ecológico Vestido em tricot e bolsa em couro AVANZZO.

Camiseta, saia, cinto e bolsa AVANZZO.

Camisa em couro ecológico e saia em crepe AVANZZO. Bolsa AVANZZO.

Produção Executiva: Marina Sakamoto.Fotos: André Amaral. Styling: Patricia Melo. Modelo: Franciele Franz (Scouting 3346-8337) Cabelo: Cleide Nascimento (BLZ 3244-0204) Maquiagem: André Amaral (BLZ 3244-0204) Roupas: AVANZZO (3242-5872) Acessórios: MORANA.

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Comportamento

Moda

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Cidade é a única do país a receber o evento; vencedores somam pontos para garantir vaga nas Olimpíadas

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Esporte

A capital federal será palco de um im-portante evento:

a abertura do Circuito Mun-dial de Vôlei de Praia. Gran-des estrelas internacionais das praias virão para o Brasil disputar a competição. Os jo-gos acontecerão entre os dias 15 e 22 de abril, como parte da comemoração dos 52 anos da cidade. A etapa de Brasí-lia distribuirá para os ven-cedores US$ 190 mil (apro-ximadamente R$ 380 mil).

Neste ano, o campeonato terá uma quantidade maior de torneios do Grand Slam, ou seja, que valem mais pon-

tos para os ganhadores. As duplas que acumularem mais pontos ao longo da tempora-da estarão automaticamente classificadas para as Olimpí-adas de Londres, que ocor-

rerá entre 27 de julho e 12 de agosto. Serão 64 duplas masculinas e femininas bri-gando pelas 16 vagas olímpi-cas reservadas para o circuito.

Anualmente, diversas cida-

Brasília sediará abertura do Circuito Mundial de Vôlei de Praia

des são escolhidas para sediar etapas do Circuito Mundial. Apesar de o nome sugerir uma disputa à beira-mar, a única exigência para a modalidade é uma quadra de areia de tama-

nho adequado às normas in-ternacionais. Em 2012, a capi-tal da República será a única cidade brasileira a receber as partidas do Circuito Mundial.

No ano passado, Brasília também foi o único local do país a sediar o evento. Uma arena foi montada próxima à Rodoviária do Plano Piloto, na Esplanada dos Ministé-rios, o que vai se repetir em 2012. É a quarta vez conse-cutiva que os brasilienses poderão prestigiar de perto grandes estrelas mundiais. A entrada será gratuita.

Foto

: FIV

B

Ciência e Tecnologia

A Google está cada vez mais de olho em você. As recentes

mudanças na política de pri-vacidade da gigante da Califór-nia estão causando polêmica entre internautas, especialis-tas, empresas e até governos. A empresa optou por criar uma única regra válida para todos os serviços. O centro da discussão é um possível favo-recimento dos anunciantes.

Anunciada em janeiro de 2012, a novidade passou a vigorar no dia 1º deste mês. A revisão da nova regra, segundo a Google, tem como objetivo simplificar o entendimento e evitar prob-lemas judiciais. Antes, cada um dos 70 serviços tinha uma regra de privacidade própria, o que

confundia as pessoas e, prin-cipalmente, os magistrados na hora de proferir sentenças.

A política de privacidade é o documento que explica como a empresa lida com as infor-mações fornecidas e coletadas dos usuários ao utilizar os ser-viços. Esses dados vão desde o nome, endereço ou e-mail

até as configurações do com-

putador, os sites que frequenta

e os costumes do internauta.

Com a reformulação da priva-cidade, os dados são coleta-dos e armazenados da mesma forma, facilitando o compar-tilhamento deles entre os ser-viços. Tudo que o internauta faz em um serviço da Google está disponível para todos os outros. Por exemplo: ao navegar pelo site de buscas, certa pessoa pesquisou o termo MPB. Na próxima vez que ela entrar no Youtube, os resulta-dos exibidos serão relaciona-

dos a essa busca. Esse é o lado bom da história: a integração.

O lado ruim é a invasão de pri-vacidade que a medida trouxe. Quem usa o Google Latitude pode acabar, sem querer, divul-gado a sua localização no Gmail ou no Google +. Outro perigo são as propagandas direciona-das para seus gostos. Se você usa algum serviço da empresa, o que é bem provável, deve ter se perguntado como é possível determinado site mostrar ape-nas produtos que lhe interes-sam. Já pensou no estrago que isso pode causar naquele consumidor descontrolado? A Google, por sua vez, pode-ria cobrar preços bem maiores dos que os praticados atual-

mente, já que o anúncio será visto por um público refinado e possivelmente interessado naquele produto. Países da União Europeia e a Coreia do Sul se mostram preocupa-dos com essa possibilidade. Até o Congresso dos Estados Unidos prometeu acompan-har de perto o impacto da nova política de privacidade.

A solução para evitar o ras-treamento é uma só: não usar os serviços. No mundo atual, qual pessoa consegue tal fato? A Google tem tantos produtos bons que fica difícil abdicar totalmente o uso. O jeito é to-mar cuidado com as informa-ções que compartilha para não cair nas armadilhas prepara-das especialmente para você.

Empresa é acusada de favorecer anunciantes com a medida para ganhar mais dinheiroNovas regras de privacidade da Google criam polêmica

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Entretenimento

-Mamãe, por que o papai está careca?-Porque ele é muito inteligente e tem muitas coisas em que pensar!-E por que você tem tanto ca-belo?-Tome a sopa!

- Doutor, como eu faço para emagrecer?- Basta a senhora mover a cabeça da esquerda para direita e da direita para esquerda.- Quantas vezes, doutor ?- Todas as vezes que lhe oferecerem comida.

PAPAI CARECA REGIME DE EMAGRECIMENTO

Piadas

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