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Escola Cooperativa V.S. Cosme - Didáxis Número 78 Abril 2010 ENTREVISTA Luis Silva O sonho de ser... Xadrezista p. 11 SEMANA DA LEITURA XADREZ: Inês Machado Oliveira Campeã Nacional Sub-14 p. 08 Dia do Pai p. 11 Carnaval p. 04 F1 in Schools p. 06 Limpar Portugal p. 02 II Feira das Ciências p. 24 “Semana Fitnessgram” p. 09 p. 12 e 13

Jornal O Vale - Edição Nº 78

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Jornal O Vale - Edição Nº 78

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ENTREVISTA

Luis Silva

O sonho de ser...Xadrezista p. 11

SEMANA DA LEITURA

XADREZ: Inês Machado Oliveira Campeã Nacional Sub-14 p. 08

Dia do Pai p. 11

Carnaval p. 04

F1 in Schools p. 06

Limpar Portugal p. 02

II Feira das Ciências p. 24

“Semana Fitnessgram” p. 09

p. 12 e 13

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Ano XXII nº 77 Abril 2010 Jornal O Vale02

Propriedade: Escola Cooperativa de Vale S. Cosme (DIDÁXIS), Avenida de Tibães, nº 1199, Vale S. Cosme – 4770 568 - V.N. de Famalicão, telf. 252910100 / Fax 252910109

Direcção: Alcino Faria

Paginação e arranjo gráfico: José Azevedo

Fotografia: Nuno Marinho, Paulo Silva e alunos do Núcleo Multimédia

Redacção: Núcleo Multimédia

Co-responsável pela redacção: Helena Dias Pereira

Assessor de imprensa para o exterior: Pedro Reis Sá

Impressão: Empresa do Diário do Minho

Colaboração:

Professores: Sandra Freitas,; Otília Loureiro; Patrícia Fernandes, Mário Oliveira; Maria João Drumond, Estevão Liberal, Adalberto Machado, Cristiano Silva, Paulo Oliveira, Marta Ferreira, Nuno Moinhos, Helder Cardoso, Vanessa Marques, Isabel Matos, António

Batista, Emilia Cardoso, Anabela Nogueira; António Soares.

Alunos: André Marinho, Tânia Ferreira, Patricia Duarte e Catarina Sá Duarte (turma 6.6), Turma 9.3, Turma 9.6, Turma 1.TGPSI, Guilherme Marques da Fonseca, Luís Silva 9.2, Helena Castro, Rosa Gomes, Fábio Costa (turma 6.1), Ricardo Costa 9.2, Ana Silva, Ana

Torres, Francisco Carvalho, Gabriel Araújo, Ana Catarina Silva e David Peliteiro. João Reis, João Guimarães, Diogo Pinto (Turma 11.3), João Fontão 2.TR, Eva Neves 3.TCOM, João Silva 2.TEAC; Marina Veloso 2TGEI.

EDITORIAL

Portugal viveu um curto período de pros-peridade eco-nómica, depois de entrar na União Europeia.

Décadas pas-sadas, constatamos que não aproveitou a oportunidade para se fundir com a Europa, económica, tecnológica e culturalmente. Entretanto, a Europa irrompeu, em força, pelas nossas fronteiras e mudou, em certa medida, a paisagem, a economia, as leis… e nós, mudando por fora, não mudamos a nossa mentalidade. Apesar do muito que há de bom, Portugal, tal como a nossa região (Vale do Ave, do Pelhe, do Este…) continua um país pobre e desnivelado. Todavia, no contexto europeu, há países pequenos e ricos.

Landes (1998) diz-nos que “ o empenho no trabalho e no conhecimento explica por que é que alguns países se tornam mais ricos do que outros”. Nos países avançados, a economia da era industrial deu o passo à era da economia conduzida pelo conheci-mento. Nas organizações, nas empresas públicas e privadas desses países, o ca-pital intelectual, na interacção dinâmica das suas componentes, é a nova fonte de riqueza. Na era do conhecimento, as orga-nizações que são capazes de inovar e são reconhecidas pelos clientes pelo seu valor, ganham vantagem competitiva sustentável, face à concorrência global. O recurso mais valioso das organizações está no capital hu-mano, nas pessoas, no seu conhecimento, nas suas habilidades, na sua experiência, competências, na capacidade de resolver problemas. A gestão do capital intelectual implica uma nova cultura empresarial de criação, desenvolvimento e conversão do

conhecimento individual em conhecimento colectivo. Todavia, um conhecimento em renovação contínua implica formação e aprendizagem permanente, ao logo da vida, e neste sentido, algo começa claramente a mudar no nosso País.

A vontade de agarrar o futuro, hoje, manifesta-se, por exemplo, no re-gresso da população adulta à Escola, que, reconhecendo que os conhecimentos ob-tidos enquanto jovens não são suficientes à vida, está a aproveitar a Iniciativa Novas Oportunidades. Com efeito, recentemen-te, no grande auditório da Casa das Artes, num acto solene emocionante, mais de três centenas de adultos, orgulhosos e confian-tes, tiveram a oportunidade de receber, por acção do Centro de Novas Oportunidades da nossa Escola, um diploma que certifica um nível mais elevado, na sua educação e formação. Um exemplo para os mais novos

que, doravante, também têm a oportunida-de de alargar o nível geral de conhecimen-tos, com o alargamento da escolaridade obrigatória até ao 12º ano /18 anos.

Todavia, a sociedade da era do conhecimento é uma sociedade de contro-lo que implica disciplina e cumprimento de regulamentos, sob pena de exclusão. Sen-do assim, não é aceitável que a formação se fique apenas pelo que é útil e eficaz à produtividade do trabalho. A efectiva revira-volta para uma sociedade de sucesso, uma sociedade com lugar para todos, passa pelo aprofundamento do conhecimento da democracia, implica os valores, as atitudes e os comportamentos cívicos, políticos e ju-rídicos próprios das sociedades desenvol-vidas. Sendo desejável, a transformação é possível. Preciso é querer!

Alcino Faria

OPORTUNIDADES

O projecto Limpar Portugal foi idealizado por três ami-gos (Nuno Mendes, Paulo Torres e Rui Marinho), tendo por base uma iniciativa semelhante que ocorreu na Estónia, a 8 de Maio de 2008. A nossa escola decidiu aderir ao projecto, que se desen-volveu por todo o país, e, no dia 20 de Março, uniu-se ao Sr. Pedro Antunes (coordenador da freguesia) e à Junta de Freguesia de Vale S. Cosme, visando contribuir para esta iniciativa ecológica.Apesar do dia não estar muito convidativo, apareceram, na nossa escola, 63 voluntários, entre professores, alunos

e familiares. Fomos para a área que nos foi destinada, o Trilho do Castro da Bóca. Todos ficámos deveras impres-sionados com a quantidade de lixo que conseguimos re-colher.No final da manhã, regressámos à nossa escola para almo-çar, com a sensação de dever cumprido.Deixo aqui os meus sinceros agradecimentos à professora Patrícia Fernandes e às alunas Adriana, Gabriela, Ana Ma-ria e Ângela da turma 12.1, pela ajuda prestada na divulga-ção do projecto junto dos alunos; às empresas: Talho Maxi, Talho Crespo, Sampaio Pimenta & Filhos, à Padaria Mon-tinho e ao professor Joaquim Ferreira por patrocinarem o

almoço para os voluntários; ao Pedro Antunes e ao Eng. Ilídio Vilaça pela disponibilidade e apoios prestados.Por último, a todos quantos participaram nesta actividade, a nível local e nacional, que demonstraram que o volunta-riado faz-se “quer faça chuva quer faça sol”. Utilizando as palavras do Nuno Mendes “foram todos uns verdadeiros heróis”.A 23 de Março foram contabilizadas 715 toneladas de lixo recolhidas, sem incluir os pneus recolhidos, e a nível con-celhio participaram cerca de 1383 voluntários.Vamos manter as nossas florestas limpas!!!

Sandra Freitas

“Limpar Portugal” – Didáxis

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Ano XXII nº 77 Abril 2010 Jornal O Vale 03

No dia 6 de Janeiro de 2010, os alunos do 2º e 3º ciclos da nossa escola cantaram os Reis/ Janeiras, junto da sala dos professores.As Professoras de Educação Musical / Núcleo de Cava-quinho, Carla Reis Neves e Paula Pereira, e a Professora de Matemática e, também nossa Directora de Turma, Ana Raquel Moreira, responsáveis pelos ensaios, também participaram nesta actividade. O nosso grupo musical foi muito aplaudido. Acerca desta actividade, o Director do 2º Ciclo, o professor Hélder Cardoso, afirmou:«Gostei muito do espectáculo. Foi muito bonito. Foi um acontecimento diferente, com muitos alunos e com ins-trumentos musicais tradicionais, pouco usuais na nossa escola.»

No dia 9 de Janeiro, o Grupo Musical reuniu-se novamen-te para cantar os Reis/ Janeiras na Igreja de S. Cosme do Vale. As melodias apresentadas foram «Aqui Vimos Todos» e «De Belém Vimos». Foi uma actuação diferente e de grande qualidade. Os nossos pais puderam assistir à nossa prestação e apreciar a nossa evolução, ao nível da Educação Musical. O grupo coral Didáxis, ensaiado pela maestrina Mónica Pais, também apresentou várias melodias, encantando-nos com a sua prestação. A igreja estava repleta e houve muitos aplausos e elogios no final do espectáculo. A 15 de Janeiro, os alunos da turma 6.6, juntamente com as professoras Ana Raquel Moreira e Carla Reis Neves,

actuaram em restaurantes, para angariar fundos para uma Visita de Estudo de Final de Ciclo, que se realizará nos dias 1 e 2 de Abril. O primeiro restaurante onde actuaram foi o Forever e o segundo foi o Outeirinho, onde actuaram duas vezes - numa festa onde decorria um jantar de Natal e numa onde se encontravam casais a jantar. Assim, em nome da turma 6.6, podemos afirmar que, de-pois de procedermos à contagem do dinheiro… ficámos muito felizes com o nosso resultado! A nossa turma gos-tou muito de participar nestas actividades e deseja que se voltem a desenvolver no próximo ano!

Tânia Ferreira e Patrícia Duarte – 6.6

OS REIS/JANEIRAS NO VALE – NÚCLEO DE CAVAQUINHO

No dia 1 de Outubro de 2009, Dia Mundial da Música, hou-ve um pequeno momento musical na Sala de Eventos, onde estiveram presentes vários colegas, Professores, Auxiliares de Acção Educa-tiva…Tocaram alunos dos 2º e 3º ciclo e Ensino Secundário, desde repertório clássico, interpretando peças com o violino, o clarinete, o piano, a flauta transversal, ao reper-tório pop, como a guitarra e as congas…Para acabar em grande, al-gumas turmas de 6º e 7º ano, cantaram o “Intervalo, dos Perfume” e o nosso co-lega Miguel Mendes, da tur-ma 6º6, e a professora Carla Reis Neves, de Educação Musical, tocaram a melodia na guitarra. Foi uma excelente iniciativa que nos permitiu ouvir aque-le “pequeno grande” concer-to que foi um espectáculo preparado pelas professoras de Educação Musical.

Catarina Sá DuarteTurma 6º6

Mini Concerto foi um Espectáculo

Comentários

“Gostei de ser o apresentador deste evento cultural da nossa escola. Adorei a iniciativa”

André Marinho 6º6

“Adorei! Tive a oportunidade de ver e ouvir os colegas da escola a toca-rem os seus instrumentos”.

Tânia Abreu 6º6

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Jovens talentosVirados para o ambiente

Baile de Carnaval

Ano XXII nº 77 Abril 2010 Jornal O Vale

Somos o Grupo 2 do projecto «Jovens Ta-lentos», um projecto coordenado pelo pro-fessor da nossa Escola, Paulo Lago, com a supervisão do Professor Doutor Leandro de Almeida, da Universidade do Minho.O tema escolhido para este ano é «Susten-tabilidade da Terra» e o nosso grupo está a trabalhar o subtema – A Biosfera.Durante o 1º Período estivemos a recolher dados sobre o estado em que se encontra o nosso solo e organizamos um «dossier» com materiais pesquisados na INTERNET e outros fornecidos pelas nossas professo-ras Sandra Freitas e Maria Emília Cardo-so.Embora nós já tivéssemos algum conheci-mento sobre o estado em que se encontra o nosso PLANETA TERRA, com o nosso «dossier» temático nós ficamos a conhecer

muito mais profundamente os problemas do meio ambiente.Gostamos muito da palestra sobre as po-líticas do meio ambiente pois recebemos informações muito importantes sobre os países mais poluidores do planeta (China, Índia, Estados Unidos) e também sobre os países que não cumpriram o principal ob-jectivo do Protocolo de Quioto, que era de reduzir em 5% as emissões de Dióxido de Carbono para a atmosfera.Foi também graças a este projecto que nós ficamos muito bem informados sobre a Cimeira de Copenhaga e fomos sensibili-zados para acompanhar todas as decisões que lá se tomaram.Ficamos muito desiludidos com os nossos políticos pois apercebemo-nos que eles não ficaram muito sensibilizados para o

perigo que a TERRA corre e não consegui-ram colocar os interesses de todos os habi-tantes do Planeta acima dos seus próprios interesses.Como jovens, estamos preocupados com o nosso futuro, pois se não mudarmos o nosso comportamento, se não mostrarmos mais respeito pelo ambiente, a TERRA, tal qual a conhecemos agora, não durará mui-to tempo.No 2º Período, iniciámos a 2ª fase do nos-so projecto, com a criação de um pequeno livro de contos que aborda o «sofrimento» da TERRA.Durante as férias do Natal, ficámos a pen-sar nas personagens e nas histórias que iriam fazer parte do nosso livro e a partir de Janeiro deitámos mãos à obra!No final do ano, esperamos conseguir ter-minar o nosso produto final, com a quali-dade que este grupo certamente saberá apresentar.Ana Silva, Ana Torres, Francisco Carvalho, Gabriel Araújo, Gabriela Sousa, Ana Catarina Silva, David Peliteiro

No dia 12 de Fevereiro realizou-se na nossa Escola um Baile de Car-naval, com o objectivo de angariar fundos para a viagem de finalistas doa alunos do 9º ano, a Paris.Com a colaboração de todas as tur-mas foi possível realizar, na Sala de Eventos, uma grande festa com um excelente ambiente!Desde o som à limpeza, tudo es-tava perfeito e, com a ajuda de to-dos, aquele dia transformou-se num magnífico dia!O Baile teve um pouco de tudo: pi-pocas, a cargo do Gaspar, da 9.6, som, a cargo da 9.1, decoração, a cargo da 9.5, comida, a cargo das turmas 9.3, 9.4, 9.5, 9.6 e a entrada, a cargo da turma 9.2. Foi saltar, dançar e gritar até ao

fim. O sucesso foi total a todos os níveis.Queremos, desde já, agradecer a colaboração de todos os que se empenharam e tornaram possível a realização desta tão fantástica e lucrativa actividade: Direcção Peda-gógica, Directores de Turma, Pais/ Encarregados de Educação, Alunos do 9º ano e Alunos de toda a Es-cola.Gostaríamos de tecer um especial agradecimento à Pastelaria – Pão Quente – Miga Doce, que, com as suas deliciosas ofertas, contribuiu para um Baile ainda mais divertido e… saboroso! Ansiamos pelo próximo…Turma 9.6 – Liliana Carvalho, João Rebelo

DESFILE / CONCURSO “Máscaras” de CARNAVALO Departamento de Expressões Artísticas e Tecnológicas, pretendendo comemorar o tradicional Carnaval e, também, dar a conhecer à Comunidade Educativa os trabalhos artísticos realizados no âmbito das disciplinas de E.V.T. pelos alunos do 5º e 6º anos, realizou, no dia doze de Fe-vereiro, um desfile/concurso de máscaras tridimensionais feitas e decoradas pelos alunos.A iniciativa pretendeu valorizar o empe-nho, a criatividade e a imaginação, assim como, o rigor técnico e o sentido estético que constituíram os critérios da selecção das melhores máscaras.Cumpriu-se, assim, um dos grandes ob-jectivos da disciplina, que consiste em colocar em prática e possibilitar aos alu-nos a demonstração das técnicas que ad-quiriram nas aulas, bem como envolver a comunidade escolar no clima hilariante de alegria e entusiasmo. Fizeram parte do júri os seguintes ele-mentos: Professores Carlos Silva e Hélder Cardoso (membro da Direcção Pedagógi-ca), Dª Joaquina chefe dos serviços admi-nistrativos e a aluna do ensino secundário Cátia Soares. Estes foram unânimes na atribuição dos seguintes prémios:

5º Ano:

1º - Prémio - Ariana Patrícia da Sil-va Oliveira, nº 7382, 5º4 2º - Prémio -Paulo Miguel Gomes Cruzeiro, nº 7584, 5º6 3º - Prémio -Ana Filipa Pereira Ra-mos, nº 7418, 5º3

6º Ano:

1º Prémio - Juliana Isabel Gonçal-ves Carvalho, nº 6903, 6.82º Prémio - Carlos Filipe Marques Cruz, nº 6832, 6.53º Prémio - Luís Miguel Campos Pereira, nº 6849, 6º5

A todos os participantes muito obrigada e muitos parabéns pelos belíssimos trabalhos apresenta-dos.

A CoordenadoraOtília Loureiro

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05 Ano XXII nº 77 Abril 2010 Jornal O Vale

Actividade

“VAMOS KIMIKAR” No intuito de fazer um breve relato acerca de uma visita de estudo que a turma 8.4, à qual eu pertenço, fez à Universidade do Minho, procurarei demonstrar-vos que a Química não é tão “chata” como alguns podem pensar, muito pelo contrário! No dia 13 de Janeiro a minha turma par-tiu da escola, por volta das 13:00h, para uma fantástica visita ao Mundo da Quími-ca! Apesar do tempo bastante chuvoso em

Braga, fomos muito bem recebidos pelos estudantes e professores. A turma foi di-vidida em dois grupos, para facilitar o tra-balho e assim podermos realizar todas as experiências que nos foram propostas. Fi-zemos seis experiências diferentes, como, por exemplo, a que todos nós gostamos imenso, a criação de um “Pega-Monstros”, que nos autorizaram a trazer para nossas casas como recordação. Mas não pensem

que era só brincadeira… No final de cada experiência, tínhamos de responder a al-gumas perguntas relacionadas com a mes-ma, para colocarmos em prática a nossa sabedoria e para podermos confirmar que aquilo tudo não era magia, mas sim Quí-mica! Mais tarde, fizemos uma pequena visita guiada aos estabelecimentos desportivos da Universidade, os estudantes universitá-

rios ou mesmo nós podemos manter uma boa forma física. Infelizmente, por volta das 18:20, tivemos de voltar para as nossas casas. Agora, a única coisa que nos resta é olharmos para os nossos “Pega-Monstros” e recordarmos o empolgante dia à volta da Química!

Daniela Azevedo, 8.4

ALGUNS TESTEMUNHOS…Eu gostei imenso da visita de estudo à UM, particularmente da visita aos pavilhões desportivos. Nuno Vieira 9.3

Eu achei esta experiência muito enrique-cedora a nível de conhecimentos científi-cos. Foi também muito engraçado conviver com os alunos da universidade.

Vera Silva 9.3

Eu penso que a visita à UM foi bastante didáctica para todos os alunos. Além disso, creio que toda a turma se divertiu muito.

Gabriela Oliveira 9.3 Para mim, esta foi uma tarde muito bem passada. No entanto, as experiências que realizámos sobre a Química foi a parte que mais me entusiasmou, nomeadamente a criação de um vulcão.

João Dias 9.3

No âmbito do projecto Kimicar, na discipli-na de Físico-Química, a nossa turma des-locou-se à Universidade do Minho para, deste modo, experimentar todo um mundo relativo à química. Nesta visita, realizada

no dia 20 de Janeiro, efectuámos várias experiências relacionadas com a química como, por exemplo, a elaboração de um“Pega-Monstros”. Esta experiência foi a que, no geral, motivou mais os alunos pre-

sentes. Acompanhados por um guia ex-periente no ramo do desporto, visitámos, também, as instalações desportivas da Universidade do Minho. Também esta ac-tividade promoveu o gosto pelo desporto e

incentivou muitos de nós a prosseguir os seus estudos nesta mesma universidade.

Alunos da turma 9.3

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A RoboParty® consiste num evento pedagógico que reúne equipas de 4 pes-soas, durante três dias e duas noites, para ensinar a construir robôs móveis autóno-mos, de uma forma simples, divertida e com acompanhamento por pessoas qua-lificadas. A RoboParty® é idêntica a uma LANParty e também funciona 24h/24h mas tem um objectivo pedagógico e educacio-nal.Inicialmente, é dada uma curta formação (para se aprender a dar os primeiros pas-sos em Electrónica, programação de ro-bôs, e construção mecânica), depois é en-

tregue um KIT robótico desenvolvido pela empresa SAR - Soluções de Automação e Robótica e pela Universidade do Minho, para ser montado pelos participantes (Me-cânica, electrónica, e programação) e que no final do evento pertence à equipa. Todas as equipas têm acompanhamento de pessoas com conhecimento para aju-dar na construção e programação do teu robô.Decorrem em paralelo diversas actividades lúdicas como desporto, música, Internet. Cada participante traz o seu saco cama e fica lá durante todo o evento.São ainda dadas a conhecer as regras das competições nacionais e internacionais de robótica mais importantes, para que os participantes se possam aventurar neste mundo da robótica.A Didáxis, Cooperativa de Ensino de S. Cosme do Vale, participou com duas equi-pas tendo conseguido resultados meritó-rios, entre 120 equipas participantes num total de cerca de 500 pessoas interve-nientes directamente neste RoboParty®. Assim sendo, na prova de perseguição, a DidaRun (assim se chamava a equipa) fi-cou na segunda posição. Os membros Ma-

nuel Araújo e João Silva, juntamente com o professor Cristiano Silva, conseguiram a medalha de prata neste evento que con-sistia num conjunto de eliminatórias com dois robôs por prova. A equipa da Didáxis só foi vencida na final por uma equipa de estudantes universitários.Na prova de Obstáculos, em que o robô tinha que sair de um labirinto sem embater nas paredes, a formação da Didáxis, com o nome DidaLine, conseguiu a terceira po-sição.

Os elementos Joel Moreira e Bruno Pinhei-ro, auxiliados pelo professor Vítor Macha-do, finalizaram com o terceiro melhor tem-po, depois de analisadas as penalizações de se embater na parede, em 120 equipas participantes. Esta foi mais uma iniciativa em que o Nú-cleo de Robótica da Cooperativa de Ensi-no Didáxis de S. Cosme participou. Mais do que os bons resultados, o importante prende-se na aprendizagem dos alunos em funcionar com este tipo de robôs.

06 Ano XXII nº 77 Abril 2010 Jornal O Vale

II DEBATE PRÓS E CONTRAS 2009/2010 - AMBIENTE vs. ECONOMIA

Alunos da Didáxis de S. Cosme protagonizaram a re-portagem sobre o F1 in Scho-ols, transmitida pela Jornal da Tarde da RTP, no dia 12 de Abril de 2010. Uma peça que antecipa as finais regionais e nacional deste projecto lidera-do pela RECET e que envolve vários Centros Tecnológicos de Portugal. Recorde-se que este projecto tem como objectivo motivar alunos para a Indús-tria recorrendo a tecnologia e inovação. O F1 in Schools con-siste no desenvolvimento, por parte dos alunos e com recur-so a software 3D, de carros de Fórmula 1 em miniatura, levan-do em conta conceitos como a

aerodinâmica e o design. Cada equipa desenvolve uma estra-tégia de marketing de modo a angariar patrocinadores e constrói um portefólio onde de-monstra todo o seu trabalho.A Didáxis participa no F1 in Schools dinamizado pelo CITE-VE com 15 equipas, envolven-do perto de 100 alunos e vários professores, nomeadamente o Prof. Paulo Oliveira, Prof. Cris-tiano Silva, Prof. Rui Canceli-nha e o Prof. João Dias.A final regional organizada pelo CITEVE vai ter lugar no próxi-mo dia 14 de Abril, no Lago Dis-count, no âmbito da Quinzena da Educação, actividade pro-movida pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão. Neste momento, cinco equipas

da Didáxis lutam por um lugar na final. Os “86 OverWhells”, a “Team Echoes”, os “The Le-gacy”, “Avalanche Team” e a “GroundForce”. Na final regio-nal as equipas terão um stand individual onde vão divulgar todo o trabalho efectuado, para além de apresentar o seu tra-balho ao júri do concurso e competir em pista de modo a comprovar a velocidade e ae-rodinâmica do seu carro. A final regional elege 3 equipas para a final nacional. A melhor equipa do país participará na final mundial, a realizar em Sin-gapura.

Didáxis no pódio da RoboParty®

O II Debate Prós e Contras deste ano lectivo colocou em confronto duas dimensões fundamentais da existência humana: por um lado, a importância do desenvolvimento económico como forma de assegurar qualidade de vida a todos os seres humanos; por outro, a necessidade de respeitar e proteger a nossa casa comum – o Planeta.O debate, dinamizado por alunos do Ensino Secundário (Cursos Profis-sionais e Ciências e Tecnologias), mostrou que o tema não é tão con-sensual como à primeira vez se po-deria pensar, uma vez que são várias as dificuldades que se levantam, so-bretudo por vivermos hoje um perío-

do de crise económica e de graves desigualdades entre os países mais desenvolvidos e menos desenvolvi-dos. Talvez por isso tenha sido tão difícil chegar-se a um acordo na Ci-meira de Copenhaga…A actividade contou com a presen-ça do Vereador do Ambiente, o Eng. José Manuel Santos, que participou na discussão, analisando o proble-ma do ponto de vista dos órgãos de gestão da autarquia e enunciando algumas das medidas que o Muni-cípio pretende adoptar na área am-biental.

F1 in Schools

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07 Ano XXII nº 77 Abril 2010 Jornal O Vale

Em virtude da vitória na última edição regio-nal do PEJ e dando continuidade ao espíri-to empreendedor demonstrado já inúmeras vezes, a nossa Escola decidiu organizar, nos passados dias 8 e 9 de Janeiro, uma 1ª Sessão Inter-Escolas para a qual con-vidou as seguintes instituições da região: a nossa parceira Didáxis de Riba de Ave, o Instituto Nun’Alvres, o Colégio Didálvi, o Externato Delfim Ferreira e o Externato D. Henrique.No primeiro dia, a nossa Escola deu as boas-vindas a todas as delegações que preencheram a sua tarde com jogos didác-ticos, que visavam o convívio inter-escolar, e com uma revisão das suas moções junto dos seus “chairs” (alunos encarregues de orientar as delegações neste projecto), precavendo-se de investidas alheias e pre-parando ataques às medidas apresentadas pela oposição.No dia seguinte, dia das apresentações finais, as actividades tiveram lugar no au-ditório do Centro de Estudos Camilianos, em Seide S. Miguel, onde estiveram pre-sentes diversas individualidades, como o Director Regional de Educação do Norte, António Leite, Nuno Melo, deputado Euro-peu, Mário Passos, vereador da Juventude na Câmara de Famalicão, José Cerqueira, director da Cooperativa de Ensino Didáxis, assim como os directores pedagógicos das

diversas escolas presentes e ainda a pre-sidente da Associação Portuguesa do PEJ, Joana Vieira da Silva. Antes das interven-ções da praxe, o núcleo de Teatro realizou um momento cultural, deveras elogiado, com a encenação do mito português “O Ve-lho do Restelo”. Este foi um dos momentos altos do dia no Centro de Estudos Camilia-nos, onde a cultura portuguesa foi evocada e apreciada por todos.Apesar de todo o nervosismo inerente à circunstância, temas como Segurança (Riba de Ave), Hábitos Alimentares Sau-dáveis (Externato Delfim Ferreira), Leitura (Externato D. Henrique), Cidadania (INA) e Migração (Didálvi) foram apresentados com brilhantismo, discutidos e avaliados, não só na perspectiva dos membros do parlamento, mas também por um grupo de jurados pertencente ao Parlamento Euro-peu Jovem.No final do dia, já no recinto da nossa Es-cola, realizaram-se actividades desportivas e culturais, em que a palavra de ordem foi a convivência e, para encerrar a noite em beleza, cada escola interveniente presen-teou as demais com a apresentação de sketches humorísticos e sensibilizadores, imediatamente seguida pela entrega de prémios, onde foi divulgado, como grande vencedor, o Externato Delfim Ferreira, com a moção Hábitos Alimentares Saudáveis.

O principal intuito desta iniciativa foi fomentar nos jovens o interesse pelos principais problemas da nossa sociedade e, tal como no parlamento, onde ouvimos os nossos políticos discutir medidas efica-zes para o nosso país, desta feita foram os jovens a compor o parlamento e a apresen-tar/defender as suas moções.

Para finalizar, gostaríamos, apenas, de salientar o facto de todo este projecto ter sido quase totalmente levado a cabo ape-nas por alunos da nossa Escola (“chairs” e “organizers”), tendo estes demonstrado uma atitude bastante determinada e pres-tativa, bem como mostrado estar à altura do desafio.

João Reis, João Guimarães e Diogo Pinto, 11.3

PEJ: Parlamento Europeu Jovem1ª Sessão Inter-Escolas

A Didáxis Escola Cooperativa de Vale de São Cosme, em parceria com a empresa Mesquita Guimarães, Agro-Florestal, Lda., promoveram, no passado dia 4 de Março mais um encontro de especialistas para um debate em torno da importância dos espa-ços verdes no ordenamento do território, que decorreu no salão nobre da Universi-dade Lusíada em Vila Nova de Famalicão, tendo superado todas as expectativas.A Sessão teve início com a apresentação de projectos à escala local, pelas arquitec-tas paisagistas Elisa Bairrinho (AGROPAR-QUE – Uma Estratégia para a Estrutura Ecológica Urbana) e Cristina Pereira (Cor-redor Ribeirinho do Rio Pelhe: da escala

municipal à definição da Estrutura Ecoló-gica Urbana de Vila Nova de Famalicão), tendo-se posteriormente realizado uma

mesa redonda, que reuniu especialistas de diversas áreas, moderada pelo Prof. Doutor Paulo Farinha Marques (Arq. Paisagista), e que proporcionou uma reflexão profícua e profunda sobre a temática do seminário.

Esta edição ficou ainda caracterizada pela participação do Prof. Doutor Valleria Paül Carril, da Universidade de Santiago de Compostela (Espanha) e pela apresenta-ção pública de um sítio na internet, a plata-forma do “Seminário Espaços Verdes”, que se pretende interactiva entre a organização e o público-alvo. Muito em breve será pos-sível o acesso a todos os conteúdos dos seminários já decorridos e apresentação de novas edições. Estamos já a preparar a 5ª Edição e pro-metemos novidades.A organização: Escola Cooperativa de Vale S. Cosme (Didáxis) e empresa Mesquita Guimarães, Agro-Florestal, Lda.

4º SEMINÁRIO“ESPAÇOS VERDES NO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO” (4 de Março de 2010)

“Estes seminários são já um clássico dos espaços verdes em Portugal”“Uma iniciativa ímpar no Noroeste de Portugal” Paulo Farinha Marques

O Departamento de Línguas Estrangeiras, da Escola Coo-perativa de Vale S. Cosme Di-daxis, celebrou a III edição da Semana das Línguas Estran-geiras. Uma Semana dedicada à representação, ao canto e à declamação nas três línguas estrangeiras - Inglês, Francês e Espanhol – ministradas. Fo-ram variadíssimas as activi-dades que decorreram nesta semana: momentos culturais, Café-concerto, Five O’clock Tea, Petit Déjeuner, jogos de futebol, envolvendo represen-tantes dos três países de Lín-gua Estrangeira, The weakest Link, cinema e, para concluir a semana, um almoço tipica-mente British apreciado pelos professores de Línguas Es-trangeiras e pelos membros da Direcção Pedagógica. O momento alto daquela sema-

na foi a abertura, logo pela ma-nhã, desenvolvida por alunos de diversas turmas e níveis de escolaridade, que, com diver-sas apresentações de poesia, dança, música e teatro, a três línguas, revelaram a máxima dedicação e empenho alguma vez observado, e encantaram uma plateia receptiva e entu-siasmada.Nesse mesmo dia, e como sempre, os membros deste Departamento proporciona-ram, a todo o corpo docente, um delicioso Five O’clock Tea, havendo um pormenor impor-tante a destacar: professores e alunos envolveram-se no canto e na música … um verdadeiro café-concerto, num ambiente de cultura e convívio!

Semana das línguas Estrangeiras “Uma Semana de União Linguística”

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08 Ano XXII nº 77 Abril 2010 Jornal O Vale

Foi no dia 6 de Fevereiro de 2010 que a equipa infantil masculina de Basquetebol da nossa Escola realizou a sua primeira jornada competitiva e oficial. Após um ano lectivo completo sem actividade competiti-va, devido ao facto de não existirem equi-pas de outras escolas no mesmo escalão e, por isso a incapacidade de realização de um torneio oficial, a nossa equipa apresen-tou-se motivada e cheia de vontade de de-monstrar o seu valor.

A nossa equipa deslocou-se à escola EB 2/3 de Manhente e realizou dois jogos, um contra a equipa da escola organizadora da jornada e outro contra a equipa da esco-la EB 2/3 D. Maria II.

A experiência foi bastante enriquece-dora, e esse era o nosso principal objec-tivo. Foi bastante interessante observar a prestação positiva e a evolução dos nos-sos pequenos atletas que se superaram e valorizaram o nome e a imagem da nossa

Escola.Efectivamente, e em termos de resulta-

do, não conseguimos ganhar as duas par-tidas. A escola organizadora apresentou-se no jogo bastante forte e determinada, com uma equipa constituída quase na totalidade por alunos do 7º ano. Deste facto se perce-be que não conseguimos ultrapassar este adversário, mas, por outro lado, a nossa prestação no jogo com a escola EB 2/3 D. Maria II foi bastante positiva, pelo que saí-

mos vencedores.Finalizando, aproveito esta oportunida-

de para dar, mais uma vez, os parabéns aos meus alunos/atletas pela personalida-de demonstrada em campo, reconhecendo que somos uma equipa bastante jovem, com muita força de vontade e com uma grande margem de progressão.

Professor Estêvão Liberal

CAMPEONATO NACIONAL DE JOVENS DE XADREZ

“Infantis entram finalmente em acção”

NXVSC - DIDÁXIS BRILHA:Inês Machado Oliveira Campeã Nacional Sub-14

Alice Machado Oliveira Vice-Campeã Nacional Sub-08Luis Silva quinto lugar Sub-16

Decorreu em Torres Vedras, no Hotel Golf Mar, entre os dias 28 de Março e 1 de Abril, o Campeonato Nacional de Jovens de Xa-drez 2010.Os Campeonatos Nacionais de Jovens foram organizados pela Federação Por-tuguesa de Xadrez, com o apoio do Hotel Golf Mar, IDP, Câmara Municipal de Torres Vedras, FCCN e Águas do Vimeiro.A competição subdividiu-se em 7 torneios, designadamente: sub-8, sub-10, sub-12, sub-14, sub-16, sub-18 e sub-20, num total de 400 jogadores.O N.X.V.S.C. – Didáxis participou neste torneio pela sétima vez consecutiva, fazen-do-se representar com 14 atletas associa-dos ao Distrito de Braga, sendo o balanço bastante positivo, em relação às épocas

anteriores, perspectivando-se, com efeito, o desenvolvimento da modalidade e a res-pectiva sedimentação no Concelho de Vila Nova de Famalicão. O responsável pela delegação foi o professor José Azevedo e o apoio técnico foi garantido pelo treinador FIDE António Caramez Pereira.Foi, pois, com enorme satisfação que o N.X.V.S.C.-Didáxis registou um feito iné-dito: Inês Machado Oliveira, no escalão Sub-14, em 68 participantes, alcançou o seu primeiro título nacional feminino, na vertente lentas (90 minutos para cada jo-gador acabar a partida com 30 segundos de incremento por cada lance efectuado), após a conquista na época passada do vice-título nacional. De realçar, também, a sua classificação absoluta: 4º lugar obten-do 5 vitórias, 1 empate e 1 derrota. O cam-peão absoluto foi David Martins que ape-nas cedeu um empate (6,5 pontos) perante a famalicense Inês Machado Oliveira!No escalão Sub-08, a sua irmã, Alice Ma-chado Oliveira alcançou o seu primeiro vice-título nacional feminino com os mes-mos pontos que a campeã, Cristina Martins (Clube Amador de Mirandela), mas pior co-eficiente de desempate. No que concerne à classificação absoluta posicionou-se em 9º lugar (5 pontos) em 46 participantes. O grande vencedor acabou por ser André Costa (Pontex - S. Tirso) cedendo apenas um empate no torneio (6,5 pontos).No mesmo escalão, os colegas de equipa, André Cardoso (4 pontos) e Elisa Machado Oliveira (3,5 pontos) obtiveram prestações bastante satisfatórias classificando-se em 14º e 23º lugares, respectivamente.No escalão Sub-16, Luis Miguel Silva con-tinuou a dar provas de estar em grande forma classificando-se no 5º lugar (5 pon-tos) perdendo apenas com o 1º e 2º clas-sificados, Pedro Neves (Clube de Xadrez Montemor o Velho) e Jorge Viterbo Ferreira (Grupo Desportivo Dias Ferreira - Mato-

sinhos), respectivamente. A campeã foi, mais uma vez, a vimaranense Ana Meireles (Amiguinhos do Museu Alberto Sampaio – Guimarães).Rui Pedro Gomes (15º lugar; 4,5 pontos), Pedro Ferreira (33º lugar; 3,5 pontos) e João Guerra (37º lugar; 3,5 pontos) cum-priram amplamente os objectivos predefi-nidos.

Ivo Dias, no escalão Sub-12, em 77 parti-cipantes, alcançou o 11º lugar (5 pontos), mas chegou a sonhar com o pódio caso vencesse a última sessão. O vencedor, com performance 100% vitoriosa, foi Hen-rique Aguiar (Clube dos Galitos – Aveiro) e Diana Nogueira (Moto Clube do Porto) foi a campeã.Rui Barreira, no seu 1º ano neste escalão, com 4 vitórias e 3 derrotas superou a per-formance de 50% alcançando o 30º lugar. Os estreantes Carlos Azevedo e Francisco Machado Ruivo classificaram-se em 63º e 74ºlugares, respectivamente.

Luis Romano, no escalão Sub-18, em 34 participantes, obteve o 12º lugar (4 pon-tos) e só uma derrota na última jornada o afastou, também, do pódio. A sua colega de equipa, Alice Marinho, lutou pelo pódio feminino até à última partida obtendo um empate e não sendo suficiente (3 pontos em 7 jogos) classificou-se em 5º lugar fe-minino (24º lugar absoluto).Atendendo aos resultados obtidos por es-tes atletas podemos afirmar que temos um futuro promissor, traduzindo-se conse-quentemente numa progressão do Xadrez Concelhio.O NXVSC-Didáxis gostaria de agradecer o apoio da Cooperativa de Ensino Didáxis CRL aos nossos campeões distritais, da Associação de Pais da Escola Cooperativa Vale S. Cosme – Didáxis a duas jovens pro-messas, bem como, aos Encarregados de Educação pela sua organização no trans-porte e toda a logística necessária para o bem-estar dos nossos atletas. A nível distrital tem que se realçar, para além dos dois pódios conquistados por atletas do NXVSC-Didáxis, o título nacional feminino de Ana Meireles (A.M.A.S. - Gui-marães) no escalão Sub-16 e o 3º lugar feminino alcançado por Beatriz Rasteiro (GDR Amigos de Urgeses) no escalão Sub-08.

De destacar, também, o 5º lugar obtido por Bruno Ribeiro (A.M.A.S. - Guimarães) no escalão Sub-12; o 6º e 7º lugares obti-dos por Carlos Machado (GDR Amigos de Urgeses) e Alexandre Belsley (A.M.A.S. - Guimarães), respectivamente no escalão Sub-16; o 4º lugar de Nuno Martinho (Esco-la E.B. 2,3 João De Meira) no escalão Sub-18 e 6º lugar de Carlos Novais (A.M.A.S. - Guimarães) no escalão Sub-20.

Prof. Mário Oliveira

Inês Machado Oliveira alcança feito inédito na história do NXVSC-Didáxis!

Alice Oliveira Vice-Campeã Nacional Sub-08!

O Núcleo Xadrez de Vale S. Cosme - Didá-xis organizou em parceria com Associação de Xadrez de Braga uma das Preliminares Distritais Absoluto na Escola Cooperativa Vale S. Cosme.Esta competição iniciou-se no mês de Fevereiro e finalizou-se no passado dia 26 de Março.Bruno Gomes (NXVSC-Didáxis) liderou o torneio até à 7ª e última sessão, sendo surpreendido pelo seu colega de equipa Nuno Miguel Marques da Silva que terminou o torneio com 6 vitó-rias e 1 derrota. O último lugar do pódio foi ocupado por Rui Pedro Gomes (5,5 pontos) que alcançou na tabela classificativa o seu irmão mas obteve um coeficiente de desem-pate inferior.

Este Campeonato teve a participação de 32 jogadores oriundos do Famalicense Atlético Clube, Clube de Xadrez Escola Bernardino Machado e NXVSC-Didáxis permitindo o apuramento de 7 jogadores para a Final Dis-trital Absoluto 2010 de Xadrez que decorre-rá nas instalações dos Amigos de Urgeses – Guimarães a partir do dia 16 de Abril e prolongando-se até ao dia 4 de Junho (6ª feira, 21h00m).Desta forma, ordenados pela tabela classi-ficativa, os restantes apurados foram: Hélio Silva (NXVSC-Didáxis), José Veloso (FAC), João Veloso (NXVSC-Didáxis) e Pedro Fer-reira (NXVSC-Didáxis) e, Miklos Nagy e Ivo Dias (NXVSC-Didáxis) aguardam uma pos-

sível repescagem.De realçar, também, que 5 atletas do NXVSC-Didáxis já se encontravam apura-dos directamente para a Fase Final graças ao seu rating FIDE/Classificação na Fase Final da época transacta: Mário Oliveira, Ri-cardo Cardoso, Yaroslav Minakov, Luis Silva e Luis Romano.As Preliminares Distritais envolveram a par-ticipação de cerca de 150 jogadores subdi-vididas por Escola EB 2,3 João de Meira, Casa de Vila Pouca, Museu Alberto Sampaio e Urgeses (Guimarães), Vale S. Cosme (Vila Nova de Famalicão) e Barcelos constituindo um factor de desenvolvimento crescente da modalidade no Distrito de Braga.

Preliminar do Campeonato Distrital Absoluto (Vale S. Cosme)Nuno Miguel Silva vencedor surpresa!

Nuno Miguel Silva vencedor surpresa!

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Futsal Infantil Masculino

Ano XXII nº 77 Abril 2010 Jornal O Vale

No passado dia dezasseis de Janeiro, iniciou-se a primeira fase dos quadros competitivos de futsal do Desporto Escolar no escalão infantil. A Escola Cooperativa de Vale S. Cosme, como já é tradição, iniciou da melhor forma a compe-tição, tendo ganho os dois primeiros jogos. S. Cosme venceu a Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos de Lijó por 6 – 1 e o Colégio La Salle a formação da casa por 3 – 1.Os seguintes dois jogos, no dia vinte e três de Janeiro, foram realizados na Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos de Lijó, tendo a nossa escola ganho os dois jogos por 3-1. Os últimos dois jo-gos desta fase realizaram-se dia seis de Feve-reiro e ditaram uma primeira fase recheada de vitórias, sem qualquer derrota ou empate, em nossa casa. Os Infantis de Futsal ganharam os dois jogos por 5-4 e sagraram-se campeões da primeira fase com 18 pontos em 18 possíveis.Os alunos que tiveram a oportunidade de par-ticipar nestes encontros dividem-se por 3 anos lectivos: 5º, 6º e 7º anos. Os participantes nos

encontros foram: Maximiano Campos, Bruno Araújo, Mauro Faria, Abílio Almeida, Duarte Oli-veira, André Marinho, André Costa, Jorge Pinho, Carlos Pereira, José Ribeiro, André Faria, Joel Alves, Luís Andrade, Bruno Costa, Rui Correia, Luís Vale, Luís Sousa, Diogo Marques, Pedro Carvalho como sub-capitão e Eduardo Rebelo como capitão de equipa.Estes alunos, bem como outros que ainda não tiveram a oportunidade de participar nestes en-contros competitivos, treinam duas vezes por semana no pavilhão da escola Cooperativa Vale S. Cosme. Apesar de ainda muito jovens, tenho muito gos-to em orientar estes alunos. Espero que eles tenham muitas alegrias no desporto e possam também trazer para a nossa escola o reconhe-cimento do bom trabalho que aqui é feito a favor da Educação Física e do Desporto Escolar.

Saudações Desportivas Professor Nuno Moinhos

Na semana de 1 a 5 de Março de 2010, pelo terceiro ano consecuti-vo, o Departamento de Educação Física e Desporto Escolar da Esco-la Cooperativa de Vale S. Cosme, organizou a “Semana Fitnessgram”. Durante uma semana as aulas de Educação Física foram dedicadas à realização de uma avaliação à condição física de todos os alunos que frequentam a disciplina. Ao longo do ano lectivo os alu-nos foram-se familiarizando com os testes, realizando-os na aula de forma informal e experimental, para que no dia da avaliação os re-sultados fossem válidos e fiáveis. O protocolo permite a avaliação do aluno a vários níveis, sua composi-ção corporal, resistência, força, fle-xibilidade e destreza, distribuídos por vários testes, tais como, “vai e vem”, “abdominais”, “extensão de braços”, extensão do tronco”, “senta e alcança” e “flexibilidade de ombros”, permitindo, também, numa fase posterior, estabelecer a relação e o estudo da evolução do aluno ao longo do seu trajecto escolar.A actividade decorreu de acordo

com o planeado, o apoio de todos os colegas de Educação Física foi excepcional, apesar das dificulda-des que surgiram devido às más condições climatéricas, pois alguns dos testes são realizados no exte-rior.O projecto Fitnessgram, na sua essência, não se cinge apenas à realização da referida semana de actividade, mas surge através de todas as iniciativas que o Departa-mento proporciona, desde as pró-prias aulas até qualquer actividade de promoção da saúde, desporto e actividade física, entendendo-se estas como uma forma de valori-zação da capacidade física. Den-tro desta perspectiva e dadas as características do projecto, este é cada vez mais um projecto da es-cola e para toda a comunidade es-colar, daí que o Departamento de Educação Física e Desporto Esco-lar tem apresentado cada vez mais iniciativas no intuito de envolver os alunos, Encarregados de Educa-ção, docentes e não docentes, tais como a semana do movimento, o corta-mato escolar e o Dia do Pai.

Professor Estêvão LiberalCoordenador do Projecto Fitnessgram

“Semana Fitnessgram” – 1 a 5 de Março de 2010

No dia 13 de Março último, os alunos do Núcleo de Patinagem deslocaram-se ao Pavilhão Rota dos Móveis, em Lordelo, Paços de Ferreira. As provas eram duas:

uma, de Perícia; outra, um jogo de Basque-tebol sobre Patins. Foi só rolar!A actividade facultou-nos o contacto com outras escolas, a prática competitiva da

modalidade e a aquisição de experiência. Efectivamente, esta foi mais uma experi-ência para um Núcleo ainda jovem, mas já vencedor e que pretende continuara amea-

lhar troféus! É esperar para ver…

O Professor responsávelAdalberto Machado

Na Rota dos Móveis sobre Patins

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10 Ano XXII nº 77 Abril 2010 Jornal O Vale

Realizou-se, a 14 de Março no kar-tódromo Internacional de Palmela a primeira prova pontuável para o Baltar Kart Cup 2010, na qual o pi-loto Ricardo Costa, aluno da Esco-la Cooperativa de Vale S. Cosme, esteve presente.O Baltar kart Cup é caracterizado pela enorme competitividade de todos os pilotos em pista, desde os mais novos com 6 anos até aos mais graúdos divididos pelas cinco categorias. Desta feita, o piloto fa-malicense viria a participar na ca-tegoria X30 Júnior, com motores 125cc e chassis Robert Kubica.Como estreante na categoria e no monolugar o resultado não pode-ria ser melhor. O piloto conseguiu apenas alcançar um 5º lugar no final dos treinos cronometrados, devido a falhas nas afinações do motor do seu kart.Na primeira manga os problemas persistiram, chegando o piloto ain-da a dar as voltas iniciais em 4º classificado, mas a não conseguir manter a posição devido à rapidez (Claramente maior) do piloto que o seguia, acabando assim a manga 1 em 5º classificado.Após o longo e árduo trabalho dos seus preparadores, Jorge Amaro e António Teixeira, os problemas com a afinação do motor do mo-

nolugar foram resolvidos e, logo na 2ª manga, o piloto fez uma par-tida brilhante e, numa luta renhida com o 3º classificado, acabou por ultrapassar a duas voltas do final de uma manga constituída por 13 voltas, finalizando, assim, a manga em 3º classificado.O piloto iria assim partir em 4º lu-gar na manga final, manga que iria ser decisiva.Antes da partida, o piloto encontrava-se bastante ner-voso, visto que iria partir do lado que menos o favorecia. Após uma excelente partida, o piloto posicio-nou-se em 3º classificado, vindo a ultrapassar o 2º classificado ainda na primeira volta de uma corrida com 15 voltas.Durante as 14 voltas que se segui-ram, o piloto famalicense iria, aos poucos, perdendo espaço para o primeiro classificado, que se mos-trava claramente mais rápido. Mas, ainda assim, cruzou a linha de meta em 2º classificado, sendo esta uma prova onde o piloto demonstrou, mais uma vez, as capacidades que tem e que pode neste campeonato ter o seu triunfo.A próxima prova irá realizar-se no dia 11 de Abril e contará com a pre-sença do piloto famalicense. Todos poderão assistir a esta prova!

Ricardo Costa

Brilhante Estreia

Francisco Rodrigues e a equipa de Ini-ciados da Didáxis S. Cosme brilharam no passado Sábado, em Vagos, tendo vencido categoricamente o campeonato nacional de corta-mato escolar.

Esta foi mais uma prova onde os atletas da Escola Cooperativa de Vale S. Cosme Di-dáxis demonstraram as suas potencialida-des. Uma equipa forte, solidária e cada vez mais experiente para atingir os objectivos traçados.

Ao atleta Francisco Rodrigues faltava-lhe este título. Venceu quatro anos consecuti-vos o corta-mato distrital e no ano lectivo anterior tinha ganho duas provas nacionais: o Mega/Km e o Olímpico Jovem. A equipa já tinha a experiência duma participação no

ano anterior e estava confiante numa boa prestação. Quando os resultados foram di-vulgados, os atletas não cabiam em si de contentes e reconheceram que o esforço e a dedicação acabam por ser recompensa-dos.

Didáxis de S. Cosme ganha colectivamenteFrancisco Rodrigues vence corta mato

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11 Ano XXII nº 77 Abril 2010 Jornal O Vale

Dia do Pai...Um dia a recordar todos os dias...

Dia do BasquetebolNo dia 25 de Março de 2010 a nossa escola foi brindada com a presença da equipa, Profissional de Basquetebol, do Vitória Sport Club - esca-lão sénior.Esta iniciativa partiu da pro-fessora Elisabete Silva, com o objectivo de motivar e des-pertar o interesse dos alu-nos para esta modalidade, proporcionando uma manhã “enriquecedora”, visto que os nossos alunos puderam

conviver e interagir com ver-dadeiros profissionais – uma experiência única. Esta modalidade é bastan-te apreciada pelos nossos alunos, nomeadamente no desporto escolar, onde se regista uma significativa par-ticipação nos escalões exis-tentes – infantis e iniciados masculinos.Do programa constaram uma série de actividades relacionadas com a moda-

lidade, e no final como não poderia deixar de ser, houve uma sessão de autógrafos com os jogadores da equipa convidada.Os Jogadores gostaram mui-to da vinda à nossa escola, da organização da actividade e do empenho e motivação demonstrada pelos nossos alunos/jogadores.

A Professora responsávelElisabete Silva

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12 Ano XXII nº 77 Abril 2010 Jornal O Vale

Na Didáxis, Escola Cooperativa de Vale S. Cos-me, durante uma semana intensa e culturalmente riquíssima, celebrou-se, pela segunda vez, a Se-mana da Leitura, que, este ano, deu ênfase ao caminho que se faz desde a palavra até ao mito. Intitulação desta semana, “Da palavra ao mito”, deu voz aos Encarregados de Educação, aos alunos e aos ilustres convidados que não quiseram deixar de partilhar leituras e vivências literárias. No primeiro dia, António Leite, Director Regional de Educação do Norte, enalteceu o evento e testemu-nhou o quão importante é a leitura para o cresci-mento pessoal, para o conhecimento e para a vida. Realçou a diversidade de leituras e de géneros li-terários, frisando que a iniciativa “Ler por Prazer”, projecto da Didáxis, em muito pode contribuir para o crescimento da literacia e de leitores, sendo que, o que, muitas vezes começa por ser incutido, aca-ba por se tornar força natural e intrínseca a todos. Não terminou a sua intervenção sem antes deixar um conselho: “Se alguém vos perguntar que livro andam a ler…Devolvam-lhe a resposta”.Nesta semana de partilhas e descobertas, sempre com uma grande adesão por parte dos Encarre-gados de Educação que não quiseram deixar de fazer parte desta comunidade de leitores, os vere-

adores da Educação e da Cultura da Câmara de VN Famalicão, Leonel Rocha e Paulo Cunha, res-pectivamente. Consigo trouxeram as leituras que mais os marcaram, as experiências que os livros despoletaram em suas vidas e a importância de se ter sempre um livro “à mão”. Os livros, segun-do os palestrantes deste segundo dia, levam-nos a “novos mundos”, a “histórias dignas de se contar”, destacando, de entre os muito citados, o escritor fa-malicense, Camilo Castelo Branco como referência de excelente literatura.Demonstrando que a leitura não se resume só aos livros e à vivência pessoal, a responsável cultural da Associação “Os Bandeirantes”, Maria Luísa La-mela, agraciou este evento, com uma dinâmica di-ferente e entusiasmante, tornado a leitura um ponto de partida para a realização de muitas actividades interactivas, levando os alunos a assumir primazia nas acções propostas. Os jogos, as actividades ne-les inscritas e a vontade de interacção deixaram os alunos presentes ávidos de mais iniciativas ligadas aos livros. José Marques, professor da Universidade do Mi-nho, marcou o quarto dia com uma abordagem mais filosófica da leitura e dos mitos. Procurando desmistificar o negativismo inerente ao conceito de

mito, explanou diferentes abordagens e noções de mito ao longo da história da literatura e as reper-cussões que assumiram no nosso universo literá-rio. Fechando este penúltimo dia, “Da Palavra ao Mito”, realizou-se um Fórum de Poesia, com a afa-mada presença de Ivo Machado e Agostinho Fer-nandes que, de forma muito pessoal e marcante, entusiasmaram todos os presentes com a selecção de poemas e poesias, com a declamação e a musi-calidade das suas escolhas literárias. Neste espaço de tertúlia participaram, para além dos professores e alunos do ensino diurno, os alunos dos Cursos EFA e de Segurança e Higiene no Trabalho, com a recitação de poemas vários, de autoria própria e de outros grandes poetas.No último dia desta semana, Luís Loureiro de Cas-tro, Director Regional da ACT - Autoridade para as Condições do Trabalho – apresentou uma visão muito própria e fundamentada da “Metamorphose”, de Kafka, incentivando à leitura e à reflexão.Durante a semana, muitos foram os “Laços de Lei-tura” que se estreitaram entre os Encarregados de Educação e a Comunidade Escolar. Apesar de vi-vermos na era da tecnologia, não podemos, nun-ca, descurar a importância e a força dos livros e da leitura,

Uma viagem “da palavra ao mito”“Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever a sua própria história.” Bill Gates

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13 Ano XXII nº 77 Abril 2010 Jornal O Vale

Na Didáxis, Escola Cooperativa de Vale S. Cos-me, durante uma semana intensa e culturalmente riquíssima, celebrou-se, pela segunda vez, a Se-mana da Leitura, que, este ano, deu ênfase ao caminho que se faz desde a palavra até ao mito. Intitulação desta semana, “Da palavra ao mito”, deu voz aos Encarregados de Educação, aos alunos e aos ilustres convidados que não quiseram deixar de partilhar leituras e vivências literárias. No primeiro dia, António Leite, Director Regional de Educação do Norte, enalteceu o evento e testemu-nhou o quão importante é a leitura para o cresci-mento pessoal, para o conhecimento e para a vida. Realçou a diversidade de leituras e de géneros li-terários, frisando que a iniciativa “Ler por Prazer”, projecto da Didáxis, em muito pode contribuir para o crescimento da literacia e de leitores, sendo que, o que, muitas vezes começa por ser incutido, aca-ba por se tornar força natural e intrínseca a todos. Não terminou a sua intervenção sem antes deixar um conselho: “Se alguém vos perguntar que livro andam a ler…Devolvam-lhe a resposta”.Nesta semana de partilhas e descobertas, sempre com uma grande adesão por parte dos Encarre-gados de Educação que não quiseram deixar de fazer parte desta comunidade de leitores, os vere-

adores da Educação e da Cultura da Câmara de VN Famalicão, Leonel Rocha e Paulo Cunha, res-pectivamente. Consigo trouxeram as leituras que mais os marcaram, as experiências que os livros despoletaram em suas vidas e a importância de se ter sempre um livro “à mão”. Os livros, segun-do os palestrantes deste segundo dia, levam-nos a “novos mundos”, a “histórias dignas de se contar”, destacando, de entre os muito citados, o escritor fa-malicense, Camilo Castelo Branco como referência de excelente literatura.Demonstrando que a leitura não se resume só aos livros e à vivência pessoal, a responsável cultural da Associação “Os Bandeirantes”, Maria Luísa La-mela, agraciou este evento, com uma dinâmica di-ferente e entusiasmante, tornado a leitura um ponto de partida para a realização de muitas actividades interactivas, levando os alunos a assumir primazia nas acções propostas. Os jogos, as actividades ne-les inscritas e a vontade de interacção deixaram os alunos presentes ávidos de mais iniciativas ligadas aos livros. José Marques, professor da Universidade do Mi-nho, marcou o quarto dia com uma abordagem mais filosófica da leitura e dos mitos. Procurando desmistificar o negativismo inerente ao conceito de

mito, explanou diferentes abordagens e noções de mito ao longo da história da literatura e as reper-cussões que assumiram no nosso universo literá-rio. Fechando este penúltimo dia, “Da Palavra ao Mito”, realizou-se um Fórum de Poesia, com a afa-mada presença de Ivo Machado e Agostinho Fer-nandes que, de forma muito pessoal e marcante, entusiasmaram todos os presentes com a selecção de poemas e poesias, com a declamação e a musi-calidade das suas escolhas literárias. Neste espaço de tertúlia participaram, para além dos professores e alunos do ensino diurno, os alunos dos Cursos EFA e de Segurança e Higiene no Trabalho, com a recitação de poemas vários, de autoria própria e de outros grandes poetas.No último dia desta semana, Luís Loureiro de Cas-tro, Director Regional da ACT - Autoridade para as Condições do Trabalho – apresentou uma visão muito própria e fundamentada da “Metamorphose”, de Kafka, incentivando à leitura e à reflexão.Durante a semana, muitos foram os “Laços de Lei-tura” que se estreitaram entre os Encarregados de Educação e a Comunidade Escolar. Apesar de vi-vermos na era da tecnologia, não podemos, nun-ca, descurar a importância e a força dos livros e da leitura,

Uma viagem “da palavra ao mito”“Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever a sua própria história.” Bill Gates

TESTEMUNHOS...

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14 Ano XXII nº 77 Abril 2010 Jornal O Vale

No dia 10 de Março, as turmas dos Cursos Profis-sionais de Nível III da Área de Informática (Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos e Técnico de Gestão de Equipamentos Informá-ticos) e o Curso de Edu-cação e Formação tipo 3 (Operador de Informática), deslocaram-se ao novo parque tecnológico em Lis-boa – Oeiras, Lagoas Park, para visitar a CISCO que é uma empresa líder mundial em soluções de rede. Esta visita foi acompanhada pe-los professores Ana Filipa Braga, Bárbara Branco, Márcia Gomes, Rui Sá, Sílvia Ferreira e o ex alu-no e técnico de informática João Rocha.Os alunos tiveram a opor-

tunidade de contactar com as últimas tecnologias de rede e ver os laboratórios de testes e soluções de transporte de dados, voz e vídeo. Para além disso, ficaram a conhecer a his-tória da empresa tomaram contacto com o seu modo de trabalho e as oportuni-dades que ela apresenta, nomeadamente as Acade-mias CISCO. A visita foi acompanhada pelo Eng.º João (CISCO System Engineer), Eng.ª Raquel (CISCO Softwa-re Enginner) e o Dr. Nuno Guarda (CISCO Academy Manager), que não pode-mos deixar de referir a for-ma atenciosa que fomos recebidos.

Turma 1. TGPSI

Visita de Estudo CISCO System

No dia vinte de Janeiro do presente ano, a nossa turma foi visitar o Museu Ferroviário, que se situa na estação ferroviária de Lousado, ou seja, no entroncamento da Li-nha do Minho com a Linha de Guimarães. Este Museu dos Caminhos-de-ferro de Lousado ocupa as antigas oficinas da Companhia dos Caminhos-de-ferro de Gui-marães. É um edifício coberto de telha, com clarabóias e forro em madeira. As paredes de xisto preto e castanho lembram o nome da terra, Lousado.Esta visita foi organizada no âmbito da disciplina de H.G.P. Neste local, havia várias “coisas” relacionadas com os comboios ao longo dos tempos. Vimos bilhetes guardados em armários e uma marcadora de bilhetes. Vimos uma mala de primeiros socorros, uma lanterna de sinais com várias cores e um cofre de valores. Os guar-das desempenhavam a função de fechar a cancela para o comboio passar e colocavam-se à vista do condutor com uma bandeira vermelha. A sinalização das linhas férreas era feita com uma chave que mudava o sinal em questão.Em seguida passámos pelas oficinas de carpintaria e serralharia onde havia um forno e uma forja.

No passado os comboios eram de três tipos: comboios de passageiros, de passageiros e de mercadorias e com-boios só de mercadorias. O coração da oficina era uma máquina a vapor que, atra-vés de um sistema de correias, fazia movimentar todas as máquinas da carpintaria. Entrámos num comboio a vapor onde o carvão tinha lu-gar próprio junto à locomotiva. A primeira carruagem era de passageiros e era de primeira classe, com 28 lugares e a segunda era de 3ª classe e tinha 30 lugares. Depois observámos um comboio de 1950. Descobrimos, tam-bém, que os comboios a vapor foram sucessivamente trocados por comboios eléctricos e a gasóleo. Depois, espreitámos para dentro de um comboio muito luxuoso: tinha casa de banho, sofás, camas, mesas…Era nele que viajavam os nossos presidentes da República…Vi-mos uma dresine que servia para transportar os traba-lhadores das linhas.Mais à frente, havia um quadriciclo a pedal que servia para visualizar os carris… Posteriormente, observamos uma grua rolante que o nosso guia pôs a funcionar e um posto médico fixo, todo equipado para qualquer situação, onde havia um aviso que dizia: ”É favor tirar o chapéu, não fumar e não cuspir no chão”.Por último, assistimos a um filme sobre o museu em questão.O comboio é uma das maravilhas do século XIX, um meio de transporte rápido, barato e seguro. A primeira viagem de comboio, em Portugal, aconteceu em 1856, na linha que ligava Lisboa ao Carregado, no tempo do rei D. Pedro V. O grande impulsionador da construção dos caminhos-de-ferro foi Fontes Pereira de Melo. No regresso da visita, passámos pela ponte românica da Lagoncinha (século XIII), sobre o rio Ave. Foi ali que uma parte das tropas do General Soult venceu a resis-tência do povo português, durante a 2ª invasão francesa (1809). Gostei muito desta visita de estudo e espero repeti-la um dia.

Helena Castro, 6.1

Visita ao Museu Ferroviário de LousadoO Comboio em PortugalA memória nas oficinas ferroviárias

Rosa GomesRecolha de Fábio Costa, 6.1

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15 Ano XXII nº 77 Abril 2010 Jornal O Vale

O sonho de ser...Xadrezista

Núcleo Multimédia: Como aconteceu a desco-berta do Xadrez? Quem te despertou o interes-se para o mundo mágico das 64 casas?

Luís Silva: Tudo começou quando a profes-sora Rosário foi à minha escola primária, no intuito de nos ensinar esta modalidade. Sinceramente, não via nenhum interesse naquilo. Aliás, detestava. Foi quando en-trei no 5º ano de escolaridade que, vendo alguns rapazes a jogar na sala ao lado da secretária, comecei a introduzir-me naque-le meio e a ganhar motivação até que um dia, o meu colega de turma, Luís Carva-lho, me perguntou se eu queria entrar para o Núcleo de Xadrez. Nesse dia, aceitei a proposta e conheci o professor e dirigen-te do clube, Mário Oliveira, e o professor José Azevedo, bem como alguns dos mui-tos colegas que conheço nesta área, que me ensinaram e fizeram com que desse os primeiros passos no xadrez.

NM: Depois desta fase inicial, como foram os primeiros passos no sentido de melhorares o teu xadrez?

LS: Depois de entrar no Núcleo, jogava e aprendia umas nuances dadas nas lições, com o professor Mário Oliveira, bem como analisava as jogadas dos colegas. O pro-gresso ocorria, mas lentamente, pois o treino, na altura, não era intensivo. Recentemente (há cerca de 1 ano e meio) um “rapaz” de nome António Caramez Pe-reira fez com que eu começasse a ler livros desta ciência, bem como a ter aulas com um grupo do Núcleo. A partir daí, progre-di consideravelmente, mas o “Big-Bang” deu-se, quando, além das aulas, iniciei um plano de estudo rigoroso de cerca de 21 horas por semana e a jogar cada vez mais em torneios.

NM: E as competições? Fala-nos um pouco dos eventos mais relevantes em que já participas-te.

LS: O evento mais importante em que parti-cipei foi o campeonato da União Europeia de Jovens. Representar o nosso país é algo que requer muito esforço, amor à “ca-misola” e “sangue frio”. Jogar com pesso-as estrangeiras num patamar tão alto fica para a nossa história. Os Campeonatos Nacionais de Jovens também são claramente espectaculares, principalmente o primeiro em que partici-pei. Foi uma experiência muito boa, não só por jogar com jogadores de todas as partes do país, mas também devido à convivência com os amigos, o que nos dá uma “pitada” de magia.

O torneio que decorreu em Mondariz (Es-panha), no passado mês de Dezembro, foi, igualmente, um grande passo no meu xadrez.

NM: Como manténs o teu nível técnico?

LS: Estudo segundo um plano rigoroso (cer-ca de 21 horas semanais, como já referi), elaborado com a ajuda do meu treinador pessoal, credenciado pela Federação In-ternacional de Xadrez, António Caramez, e é claro que também mantenho o nível técnico jogando cada vez mais.

NM: Qual o livro que consideras fundamental para um bom jogador de xadrez?

LS: Hoje em dia existe uma enorme varie-dade de livros de xadrez e, na maior par-te deles, o assunto é o mesmo, fazendo com que nenhum seja fundamental. Mas recomendo livros como “How To Reas-sess Your Chess”, de Jeremy Silman, “The Road To Chess Improvement”, de Alex. Yermolinsky, e “Secrets of Modern Chess Strategy”, de John Watson.

NM: De que maneira definirias o teu estilo de jogo?

LS: Depende de muitos factores: o meu estado de espírito, o adversário, as con-dições do torneio e de outras considera-ções, a nível físico e psicológico.

NM: Destaca os principais resultados da tua carreira.

LS: O campeonato Nacional de Jovens de Semi-Rápidas, no escalão etário de sub-14, decorrido na época passada, em que ganhei o título de campeão nacional, trouxe-me muita felicidade. Pode dizer-se que a maior parte das pessoas pensa que esta foi a minha maior conquista, mas para mim o primeiro lugar no escalão sub-2000, no torneio que decorreu em Monda-riz (Pontevedra), na Espanha, foi o meu melhor resultado de sempre. Ganhei 400€ de prémio e surpreendi tudo e todos, ga-nhando e empatando com jogadores com um “rating” muito mais elevado que o meu. Isto fez com que desse um enorme passo para o desenvolvimento das minhas capa-cidades, obtivesse uma afirmação maior nesta modalidade, e também me permitiu jogar pelo melhor clube espanhol (Escuela

Internacional de Ajedrez Marcote Kaspa-rov). O título de Campeão Distrital Absoluto de Semi-Rápidas, que decorreu em Outubro, foi também um dos grandes prémios que ganhei e em que derrotei os irmãos Cas-tro, que têm “por estas bandas” a faceta de melhores jogadores do distrito.Apesar de não ter ganho nada, o campe-onato da União Europeia foi igualmente uma enorme conquista, só por conseguir jogar nessa prova.

NM: Quais os objectivos no xadrez para este ano e projectos a longo prazo?

LS: Para este ano, quero fazer o melhor re-sultado possível no campeonato Nacional de Jovens, para conseguir jogar uma ou mais competições Internacionais, repre-sentando a selecção portuguesa. Também pretendo continuar a melhorar e ganhar torneios, dinheiro e, se possível, alcançar a margem dos 2100 de ELO FIDE (Rating Internacional). A longo prazo quero atingir a mestria nesta arte.

NM: Quem são os teus jogadores preferidos (português e internacional)?

LS: O meu jogador preferido português é, sem dúvida, o Mestre FIDE, Jorge Ferreira (de 15 anos de idade, apenas), que é um exemplo de como o esforço, dedicação, estudo e paixão por este desporto nos le-vam ao topo. A nível internacional, mas de tempos passados, gosto muito do antigo campeão do mundo, o russo Garry Kas-parov, pelo dinamismo e energia com que jogava as posições, bem como do russo Mikhail Tal, também ex-campeão do mun-do, pela sua enorme coragem, intuição e dinamismo com que enfrentava cada de-safio, nesta arte. Em termos actuais, gosto muito do estilo de jogo do búlgaro Veselin Topalov e do jovem prodígio norueguês, Magnus Carlsen.

NM: Para terminar, gostaríamos que deixasses uma mensagem à comunidade educativa da nossa Escola.

LS: Antes de mais, gostaria de agradecer a todos os meus colegas da turma 9º2, bem

como aos meus professores, que sempre me acompanharam nesta caminhada, mas também aos meus amigos do Núcleo de Xadrez de Vale S. Cosme, pois sem eles nada disto seria possível; aos profes-sores Mário Oliveira e José Azevedo, pela eficácia com que dirigem este clube, pelo esforço feito na cativação de jovens joga-dores e pelo apoio que me dão, sempre que necessário, em termos xadrezísticos e económicos. Aproveito esta oportunida-de para fazer referência à Direcção da Es-cola, nomeadamente ao Sr. Director José Fernandes, por todo o apoio dado. Obri-gado, também, a todos os restantes pro-fessores e funcionários que mantêm esta Escola num ambiente agradável e estável, o que ajuda sempre uma pessoa a sentir-se feliz e motivada. Claro que não poderia acabar sem agradecer à minha família, que é sempre a parte mais importante, pois sem ela a possibilidade de jogar esta modalidade seria vazia. Apesar de não ser da nossa Escola, mas que intervém bastante na minha vida, não posso deixar de referir o meu treinador,

António Caramez Pereira, que me tem ajudado muitíssimo nesta modalidade, quer na aprendizagem desta arte, quer no apoio moral que me tem dado e por toda a confiança que deposita em mim. Obrigado também à Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, porque está sempre pronta a ajudar. Em jeito de conclusão, posso dizer que a nossa comunidade deve continuar o traba-lho esplêndido que tem vindo a desenvol-ver, pois está no caminho certo.

Perguntas rápidas…

Disciplina preferida na Escola: MatemáticaClube de Futebol: Sporting Clube de PortugalMelhor amigo do Xadrez: António Caramez PereiraNuma palavra, o Xadrez é: Perfeito

Nome completo: Luís Miguel Neves da SilvaIdade: 15 anos (3 de Janeiro de 1995)Naturalidade: Vila Nova de FamalicãoClube de Xadrez: Em Portugal: NXVSC-Didáxis. Em Espanha: Escuela Internacional de Ajedrez Marcote-Kasparov

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16 Ano XXII nº 77 Abril 2010 Jornal O Vale

A final regional, realizou-se no Externato Delfim Ferreira, em Riba de Ave, no dia 13 de Janeiro de 2009. Realizaram a prova 6 alunos do ensino básico e 2 do ensino se-cundário das Escolas do Concelho de Vila Nova de Famalicão. Da Escola Coopera-tiva Vale S. Cosme - Didáxis realizaram a prova os alunos Luis Silva (9º 2) na cate-goria A (8º e 9º anos) e João Guerra (10º 2) na categoria B (10º, 11º e 12º anos de escolaridade).

Luis Silva alcançou o feito notável de apu-ramento para a FASE FINAL NACIONAL que decorrerá entre 25 a 28 de Março na Escola EB 2,3 de Santa Clara em Évora. Este evento reunirá os 30 melhores classifi-cados em cada categoria (A e B) subdividi-dos por três zonas: Norte, Centro e Sul. As Olimpíadas estão actualmente na sua 28ª edição e já está confirmada para a en-trega de prémios a presença da ministra da educação, Isabel Alçada. Em paralelo, nos dias 27 e 28 de Março decorrerá em Évora o 1º Encontro para a organização das Olimpíadas Matemáticas da Comunidade de Países de Língua Por-

tuguesa. Este evento prorrogar-se-á em Lisboa no dia 29 de Março.

Num país onde a Matemática costuma ser associada às más notas, as Olimpíadas são um sinal constante do progresso que se faz na educação nesta área. O número de par-ticipantes, que nas primeiras edições era de 151 escolas e 6028 estudantes, atingiu no ano corrente aproximadamente 1000 escolas e 30000 alunos. Graças à prepara-ção crescente dos jovens, houve grandes avanços nos resultados das competições internacionais: nos últimos anos, a equipa portuguesa ganhou pela primeira vez me-dalhas de prata e de ouro nas Olimpíadas Ibero-americanas, e passou a trazer siste-maticamente medalhas de bronze – tendo alcançado, em 2009, mesmo uma de pra-ta – nas Olimpíadas Internacionais (IMO), nas quais até 2005 apenas menções hon-rosas e duas medalhas de bronze haviam sido conquistadas. As colocações do país também melhoraram substancialmente: de 78º colocado nas IMO de 2002, passou a 33º na edição de 2009.

Tal como é expresso no regulamento das

OPM um dos objectivos do concurso é a detecção precoce de vocações científicas e, em particular, para a matemática. É com agrado que se verifica que muitos dos ven-cedores de edições anteriores das OPM têm iniciado carreiras científicas que augu-ram bastante sucesso.

Ao Luis Silva, o Departamento de Ma-temática deseja os maiores sucessos e parabéns!

Coordenador de Departamento:Mário OliveiraI

OLMPÍADAS PORTUGUESAS DA MATEMÁTICA (FINAL REGIONAL)Luis Silva e João Guerra representam a Didáxis – Vale S. CosmeLuis Silva apurado para a FASE FINAL NACIONAL!

Os alunos, João Guerra e Luis Silva

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17 Ano XXII nº 77 Abril 2010 Jornal O Vale

Como surgiu a ideia de se formar a As-sociação Alunos de Sempre da Didáxis do Vale (ASDV)?

A ideia surgiu através de uma conversa informal com dois amigos, alunos de sem-pre, na qual questionamos a razão pela qual a Didáxis S. Cosme ainda não tinha uma associação, que promovesse a rea-proximação entre a escola e os seus anti-gos alunos.O primeiro passo com vista à constituição da Associação “Alunos de Sempre da Di-dáxis do Vale S. Cosme” foi formar uma co-missão pró ASDV em Setembro de 2008, que elaborou os estatutos e preparou as primeiras eleições, que se realizaram a 7 de Fevereiro de 2009. Às primeiras elei-ções candidatou-se uma lista única, cons-tituída, maioritariamente, por elementos que pertenciam já à comissão pró ASDV, tendo ganho sem quaisquer sobressaltos. A tomada de posse dos órgãos fundadores ASDV realizou-se a 3 de Abril de 2009.

E o facto de seres presidente, é uma ta-refa acrescida?

Sem dúvida alguma que sim. Como presi-dente tenho que, antes de mais, conseguir mobilizar esforços no sentido de divulgar o nome da Associação, de modo a que o aumento dos seus associados e o seu crescimento e implantação junto dos anti-gos estudantes e da comunidade em geral seja possível.

Rever colegas e saber do seu percurso de vida é o objectivo desta Associa-ção?

Sim, é um dos objectivos. De facto, a As-sociação propõe-se manter e reforçar os laços de amizade entre os antigos alunos e a escola, fortalecendo, deste modo, a Comunidade Didáxis. Para tal, tem promo-vido convívios entre antigos alunos e vá-rias acções de cariz cultural, recreativo e assistencial adequadas a esse fim. É, sem dúvida, papel fundamental desta Associa-ção representar e defender os interesses dos antigos alunos Didáxis, apoiando a sua integração na vida activa e o seu de-senvolvimento profissional.

Quais são os projectos que a ASDV possui para o futuro?

O projecto mais ambicioso é, sem dúvida, o alargamento significativo do número de sócios ASDV, dinamizando-os, conven-cendo aqueles que ainda não o são a ade-rirem à Associação, trabalhando em prol da ASDV, promovendo-a, ao mesmo tem-po que eleva também, o nome e o prestígio da própria Didáxis. E é a partir deste objectivo que centramos todas as actividades.Para que tal seja possível, temos já agen-dadas algumas actividades para breve: A primeira será no dia 17 de Abril, o Rally Paper Aniversário ASDV, seguindo-se do jantar convívio, onde contamos com a pre-sença de todos os Alunos de Sempre para apagar a primeira vela de aniversário. No dia 5 de Junho iremos organizar o Ciclotu-rismo Aniversário Didáxis, actividade essa integrada no programa de comemoração do aniversário da Cooperativa. No final de Julho, realizar-se-á o 2º Encontro de Verão ASDV, no qual esperamos, no mínimo, re-petir o sucesso do ano anterior.

Com um ano de existência, como tem sido a adesão dos antigos alunos?

A adesão tem sido significativa, atendendo ao número de antigos alunos que tem co-nhecimento desta Associação. A divulga-ção da ASDV é, sem dúvida, o nosso maior desafio, porque é difícil, mas essencial, fa-zer chegar a todos a nossa existência. Tenho a consciência de que podemos fa-zer mais por isso, daí estarmos empenha-dos no cumprimento de tal objectivo.

Como perspectivas o futuro da ASDV?

Eu acredito sinceramente que a ASDV terá um futuro seguro. A reacção dos an-tigos alunos quando sabem que existe, já,

uma associação que promove o regresso às origens e o reencontro com amigos da adolescência é a melhor, como se fosse, há muito, algo pelo que esperavam. E enquanto sócios fundadores e princi-pais responsáveis pela dinamização desta Associação tudo faremos pelo seu cresci-mento e implementação na comunidade.

De que te recordas do teu tempo na Di-dáxis?

Quando olho para a minha adolescência e recordo com nostalgia o tempo passado na Didáxis, as primeiras imagens que surgem são aquelas das velhas festas de Magus-to ao sábado à tarde, as fogueiras espa-lhadas pelo antigo pátio de terra e nós a correr à sua volta, tentando pintar as caras dos nossos amigos com as suas cinzas. Mas quem não se lembra, também, das tradicionais festas de natal e de carnaval à entrada do velho pavilhão? Ou das festas de final de ano, que começavam de ma-nhã e terminavam já à noitinha, também no velho pátio de terra? O professor “Chico” era sempre o anfitrião e conseguia sempre com que essas festas ficassem na nossa memória.

Estás a trabalhar na Cooperativa. Imagi-navas estar do “outro lado”?

Sabes, era eu ainda criança e ser profes-sor já era um desejo. Lembro-me, perfeita-

mente, que, enquanto as minhas amigas brincavam às “casinhas”, eu brincava aos “professores”. Por isso, sim, sempre me imaginei “do outro lado” e tive a sorte de poder concretizar esse objectivo.

As diferenças entre a Didáxis no seu início e a Didáxis neste momento são muito grandes?

Se são…. Quando cá cheguei em 92, a es-cola era bem mais pequena, as aulas eram nos pré-fabricados de madeira, o pátio em terra e os espaços desportivos resumiam-se a um campo de futebol, um de basque-tebol e um pequeno pavilhão. Quando saí em 2000, a escola já tinha sofrido grandes alterações, mas quando regressei em 2008 as diferenças ainda fo-ram mais notórias, não só a nível de insta-lações, mas também em relação aos pro-fessores, que eram em maior número. A Didáxis é, hoje, sem qualquer dúvida, uma grande referência a nível de escola. Conta-nos ao Jornal o Vale o teu per-curso depois de teres saído desta es-cola…

Como já referi saí desta escola em 2000, altura em que entrei na Universidade do Minho, no curso de Inglês/Alemão, via en-sino. Concluí a licenciatura em 2005 e logo comecei a trabalhar na minha área de for-mação. Comecei a leccionar Inglês no 1º ciclo do ensino básico público, onde ainda me encontro. Em 2008 surgiu a oportunidade de regres-sar a esta escola, agora não mais como aluna, mas como professora, o que aca-ba por ser uma experiência magnífica, ter desempenhado o papel de aluna e agora fazê-lo como professora. Uma mensagem para os futuros alunos de sempre…Yes, we can. Antes de mais, apelo aos futuros alunos de sempre a participarem no projecto ASDV e juntamente connosco elevarem o nome da Associação. Porque, e agora falarei directamente para eles, apesar de iniciarem uma nova etapa nas vossas vidas, esta escola, os seus pro-fessores, auxiliares educativos e todos os amigos que aqui fizeram, farão sempre parte das vossas vidas.É por tudo o que a Didáxis representa para todos vós que existe esta associação.

Nome: Vanessa Filipa Rego Salgado MarquesIdade: 27Frequência na Didáxis: 1992 - 2000Alcunha: Fernando Couto. Desde pequena que tenho uma paixão muito grande pelo futebol e como, na altura, jogava sempre a defesa direito e tinha um cabelo encaraco-lado era chamada de Couto, apesar de jogar sempre com a camisola do glorioso Benfica Professor que mais a marcou: Ao longo do meu percurso académico na Didáxis, vários foram os professores que me marcaram, pois todos eles fizeram parte de uma fase específica da minha adolescência. No meu secundário, tive, também, um grupo de professores de excelência, que me acompanhou do 10º ao 12º anos. Foram os três anos mais decisivos da minha vida e sempre tive nesses professores todo o apoio e carinho necessários para concluir o secundário com sucesso e atingir o grande objectivo de ingressar no ensino universitário. O meu director de turma da altura, o professor Ernesto, foi um professor que me marcou, em especial, pois sempre me acompanhou e aconselhou da melhor maneira, de modo a que eu conseguisse superar todos os obstáculos inerentes a esta fase da vida. Disciplina favorita: AlemãoPerfil: altruísta, determinada, independente, teimosa

ENTREVISTAVanessa Marques - Presidente da Associação Alunos de Sempre da Didáxis do Vale

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A globalização teve vários efeitos positivos no mundo, unindo as pessoas de todos os países e permitindo a par-tilha de conhecimentos. Isso possibilitou ajudas entre os países a nível económico e tecnológico, pois com a par-tilha de conhecimentos é mais fácil desenvolver novos produtos, tais como vacinas, avanços na tecnologia e na electrónica, novas formas de reduzir custos no fabrico de produtos, etc. Por outro lado, a globalização é vantajosa para o desen-volvimento e bem-estar das populações, pois leva os go-vernos a gerir melhor o seu capital interno.Mas as vantagens da globalização não chegam a todos os países, nomeadamente aos países mais pobres, pois estes são exportadores de matérias-primas e assim o di-nheiro que ganham não suporta os custos das tecnologias de que necessitam, levando-os a pedir empréstimos a ou-tros países. Com isto aumentam a sua divida externa, que é sempre maior por causa dos juros, impedindo que estes países gastem dinheiro no seu próprio progresso.Por outro lado, os países mais poderosos e industrializa-dos do mundo, integrantes do G8, defendem os seus pró-prios interesses, mascarados pelas intenções de ajudar os países mais pobres. Isto leva à revolta de muitas pessoas

contra esta forma de se aproveitarem da globalização para enriquecerem à custa dos outros (assim, surgiu o Fórum Social Mundial e moimentos cívicos como o Live 8).Apesar de tudo isto, será que a globalização é um bene-fício? Eu entendo que sim, pois com ela temos um maior conhecimento do mundo e de outras culturas, na medida em que estamos todos ligados uns aos outros, na medida em que deixamos de ser uma comunidade nacional para passarmos a ser uma comunidade global. O problema é que a distribuição dos benefícios econó-micos não é justa: os países mais ricos ganham sempre mais, e nos países mais pobres passa-se o contrário. En-tendo, por isso, que os países ricos têm a obrigação moral de ajudar os mais pobres, que são constantemente alvo de desigualdades de desenvolvimento e onde as pessoas vivem em condições de pobreza extrema, como no Haiti e em vários países africanos. Revolto-me, sobretudo, contra os países mais ricos que os exploraram e depois os deixa-ram para trás, quando já não tinham mais interesse.

JoãoSilva, 2.TEAC

18 Ano XXII nº 77 Abril 2010 Jornal O Vale

Com o séc. XIX inicia-se uma fase de ateís-mo e descrença que marcará todo o século XX, mas há quem entenda que a partir do séc. XXI a religião voltou a ganhar terre-no. O que é facto é que desde sempre a religião esteve incutida nas sociedades e em nome dela foram justificados inúme-ros conflitos. Na sociedade do século XXI, a religião continua a deparar-se com dois problemas principais.Um deles é o conflito entre religiões. Nin-

guém tem dúvidas de que todas as religi-ões têm como objectivo o Bem, mas muitas vezes são utilizadas para o Mal. Muitas guerras e o terrorismo realizam-se, hoje, em nome de deus, e algumas religiões não respeitam os Direitos Humanos em nome de deus. Assim, inocentes morrem em nome de Alá nos atentados terroristas. E na época dos Descobrimentos, as popula-ções nativas foram obrigadas a abandonar as suas crenças e a converterem-se ao cristianismo. Noutros casos, e como defen-de Marx, a religião torna-se o ópio do povo, e os governantes utilizaram e utilizam a re-ligião como meio político.

Este conflito pode ser solucionado através do diálogo entre as religiões: o ecumenis-mo, que se iniciou com o Papa João Paulo II no âmbito das Igrejas Cristãs. Este diá-logo deve assentar no Bem que todas as religiões defendem. Se as religiões se ba-seiam em princípios éticos idênticos, não há motivo para não se darem bem e respei-tarem-se. Só será possível a paz entre as religiões através deste diálogo.O outro conflito com que se depara a socie-

dade é o conflito entre Religião e Ciência. Muitos cientistas foram vistos como inimi-gos da religião, por defenderem algo que não correspondia àquilo que era dito pela Igreja, sobretudo Católica. Assim, muitos foram silenciados ou mortos. Durante a Inquisição, as pessoas eram per-seguidas, não podendo pôr em causa a au-toridade da Igreja ou ler livros de cientistas que punham em causa os dogmas da fé. A teoria evolucionista, defendida por Char-les Darwin no século XIX, foi fortemente atacada e ainda hoje é posta em causa em alguns países e por algumas pessoas. Mais uma vez, conflitos feitos em nome da

Religião…Nos tempos que correm, Religião e Ciência já são mais tolerantes, mas mesmo assim é preciso encontrar soluções para que se entendam, solução essa que deve passar pelo diálogo e tolerância, para que juntos cheguem mais perto da verdade.A minha crença é a de que deus não existe e acredito que a ciência acabará por dar, não todas, mas muitas respostas que o Ho-mem constantemente se coloca e a que a

religião tenta responder e não consegue. Acho também que, se deus existe, a ciên-cia acabará por o provar.Na minha opinião, o conflito entre religiões deve ser ultrapassado. Parece inevitável que existam várias religiões, mas essa di-versidade não pode ser usada para fazer o Mal, pois se existir deus, esse terá de ser só um, pois só um único deus pode ter criado o Universo, a Terra e o Homem. As religiões só serão verdadeiras religiões se se respeitarem e praticarem o Bem. Uma religião que utiliza deus para atingir fins po-líticos não é uma verdadeira religião.

O HOMEM MODERNO E A RELIGIÃO

A globalização teve vários efeitos po-sitivos no mundo, unindo as pessoas de todos os países e permitindo a partilha de conhecimentos. Isso possibilitou aju-das entre os países a nível económico e tecnológico, pois com a partilha de conhe-cimentos é mais fácil desenvolver novos produtos, tais como vacinas, avanços na tecnologia e na electrónica, novas formas de reduzir custos no fabrico de produtos, etc. Por outro lado, a globalização é vantajosa para o desenvolvimento e bem-estar das populações, pois leva os governos a gerir melhor o seu capital interno.Mas as vantagens da globalização não chegam a todos os países, nomeadamen-te aos países mais pobres, pois estes são exportadores de matérias-primas e assim o dinheiro que ganham não suporta os

custos das tecnologias de que necessi-tam, levando-os a pedir empréstimos a outros países. Com isto aumentam a sua divida externa, que é sempre maior por causa dos juros, impedindo que estes pa-íses gastem dinheiro no seu próprio pro-gresso.Por outro lado, os países mais poderosos e industrializados do mundo, integrantes do G8, defendem os seus próprios in-

teresses, mascarados pelas intenções de ajudar os países mais pobres. Isto leva à revolta de muitas pessoas contra esta forma de se aproveitarem da globalização para enriquecerem à custa dos outros (assim, surgiu o Fórum Social Mundial e moimentos cívicos como o Live 8).Apesar de tudo isto, será que a globali-zação é um benefício? Eu entendo que sim, pois com ela temos um maior conhe-cimento do mundo e de outras culturas,

na medida em que estamos todos ligados uns aos outros, na medida em que dei-xamos de ser uma comunidade nacional para passarmos a ser uma comunidade global. O problema é que a distribuição dos bene-fícios económicos não é justa: os países mais ricos ganham sempre mais, e nos países mais pobres passa-se o contrário. Entendo, por isso, que os países ricos têm a obrigação moral de ajudar os mais po-bres, que são constantemente alvo de de-sigualdades de desenvolvimento e onde as pessoas vivem em condições de po-breza extrema, como no Haiti e em vários países africanos. Revolto-me, sobretudo, contra os países mais ricos que os ex-ploraram e depois os deixaram para trás, quando já não tinham mais interesse.

A GLOBALIZAÇÃO – Uma Reflexão

João Fontão, 2.TR

A GLOBALIZAÇÃO – Uma Reflexão

“Parece inevitável que existam várias religiões, mas essa diversidade não pode ser usada para fazer o Mal, pois se existir deus, esse terá de ser só um, pois só um único deus pode ter criado o Universo, a Terra e o Homem.”

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19 Ano XXII nº 77 Abril 2010 Jornal O Vale

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20 Ano XXII nº 77 Abril 2010 Jornal O Vale

J.V.- Pode falar-nos de aspectos relevantes do seu currículo, nomeadamente, da sua educa-ção e formação escolar /académica e profis-sional?

A minha formação académica começou por ser em História e depois Sociologia e Gestão. Mas as minhas aprendizagens mais relevantes foram na minha actividade profissional sobretudo o que aprendi com as pessoas com quem trabalhava e para as quais trabalhávamos, as que tinham di-

ficuldades e privações na sua vida.

J.V.- Qual é / foi o seu papel, função, responsa-bilidade relativamente à criação / desenvolvi-mento da Rede Social do nosso Concelho?

Fui um elemento de uma equipa de pes-soas muito motivadas que já tinha come-çado o trabalho e para as quais tentei dar o meu contributo de análise especializada de técnicas e métodos de planeamento, de equipas e projectos.

J.V.- Tem referido, com frequência, a Rede So-cial de V. N. de Famalicão como um bom exem-plo a seguir noutros concelhos. Pode Justifi-car?

A rede de Famalicão teve a humildade de se questionar e procurar sempre fazer me-lhor por isso não estagnou como outras e soube desenvolver metodologias de traba-lho inovadoras e muito criativas.

J.V.- Pode estabelecer um paralelo entre a ac-tual Rede Social e a que havia há mais de 10 anos?

Quando começou ainda ninguém sabia o que era uma rede e muito menos uma rede que conseguisse frutos com tanta gente diferente e com muitas visões diferentes sobre o que era mais importante fazer. Só conhecíamos a “rede eléctrica”, podem por isso imaginar a mudança que aconteceu entretanto.

J.V.- Para si são mais importantes os recursos

humanos ou os recursos materiais, numa rede social?

Sem dúvida os recursos humanos. Numa rede os recursos materiais vêm sempre de-pois e são fruto do trabalho colectivo. Por estranho que pareça o mais difícil é que os técnicos e os dirigentes estejam dispostos a trabalhar por algo em que acreditam.

J.V.- Que caminho / perspectiva prevê quanto ao desenvolvimento futuro da Rede Social?

Prevejo um grande futuro com a moder-nização da maneira de trabalhar, usando novas tecnologias e sobretudo abrindo um caminho de oportunidades para as pesso-as e deixando para trás o assistencialismo actual.

J.V.- Como avalia o papel das escolas, no âm-bito da Rede Social? Haverá uma forma óptima de alcançarem objectivos comuns?

As escolas poderiam ser o laboratório de inovação de que a sociedade precisa. Para mim as escolas devem deixar de pensar que a sua função é a transmissão do saber (não existe nem uma coisa nem outra) e serem um espaço de trabalho na constru-ção partilhada do conhecimento que é uma coisa que se atinge quando trabalhamos de uma determinada maneira. Cada escola deveria encontrar o seu papel especializa-do num projecto comum para Famalicão.

J.V.- A nossa comunidade educativa vive / habita em freguesias que integram várias

comissões sociais inter-freguesias. Que recomendações deixaria aos membros destas comissões, no sentido de desempe-nharem com maior eficácia o seu papel?Façam encomendas às escolas com solu-ções para os problemas que têm. As es-colas estarão lá para produzir as soluções que precisamos.

J.V.- O que é que pode e deve ser feito para que as pessoas venham a ser mais autónomas re-lativamente à Rede Social?

Trabalhar em equipa, mas integradas com todas as outras, e comunicando com as necessidades e expectativas das pessoas do concelho.

PERGUNTAS RÁPIDAS: OS MEUS PREFERIDOS:

-Hobby - Surf

-Livro – “O Velho e o Mar” de Ernest He-mingway

-Filme – “A Cidade Branca”

-Música – todas dos Radio Head

-Desporto - Natação

-Clube – Sem clube - não gosto de desporto de competição

-Prato – Arroz com lulas

DILUENTE CRÓNICO

Comemorado este ano o centenário da República Portuguesa, República essa, que depois de passar por dois anteriores regimes menos felizes que o actual, está sem dúvida a atravessar águas turvas neste nosso “jardim à beira mar plantado”. Sendo eu republicano de convicção, observei com particular interesse os primeiros festejos e celebrações destes nossos gabados cem anos de sistema republicano. Até tive pena de ter faltado ao concerto de celebração no Coliseu do Porto, por parte do enorme Rui Reininho, mas algo que me saltou à vista foram os (minimamente) mediatizados protestos por parte de alguns resistentes

monárquicos. Ao que parece, as hordas de D.Duarte existem, e estão inquietas com a celebração da bela data republicana. Cu-rioso por saber mais sobre esse protesto, que em número, pensava eu, “só deveria mesmo ter euros gastos”, fui tentar saber mais sobre as razões de tais amarguras por

parte dos adeptos da coroa, e deparei-me com o “Aqui D’El-Rei!”, um livro de Nuno Pombo, anunciado na primeira página do site da livraria Bertrand. Dizem que deve-

mos conhecer quem se nos opõe para os podermos criticar legitimamente, e como tal, li o pequeno livro de princípio a fim: Adivin-he-se, continuo republicano, mas houve um queixume por parte desses mesmos adeptos da monarquia, que me indignou. E fê-lo não contra ao meu lado republicano apenas, mas contra o meu lado democrata, e ao meu respeito não pela nossa consti-tuição como um todo, mas ao que de bom não temos feito com ela.

Na verdade, a nossa Constituição, for-malmente tão democrática e universalista, possui os mecanismos autoritários e anti-democráticos das suas congéneres de 1911 e 1933. A alínea b) do artigo 288.º - é a derradeira tranca administrativa do regime. Qualquer revisão constitucional é possível,

e passo a citar, “se for respeitada a forma republicana de Governo”. Esta é uma forma especial de democracia! Aquela que esta-belece que a mesma só existe para a facção dominante, deixando quem pensa de forma diferente fora da legalidade e do democrati-camente possível. É antidemocrático, e é feio, mas acredito que a mudança deste artigo fosse de fácil execução, dado que o factor “liberdade” seria prontamente re-conhecido neste tema… É lamentável que até na nossa Lei Fundamental, os nossos preguiçosos legisladores continuem a fazer colagens bacocas e obsoletas de leis cujo prazo de validade já há muito foi ultrapas-sado. Resumindo, depois de ultrapassados os Salazares e Sidónios, vive-se num país tão livre e democrático onde mesmo que o povo na sua maioria seja apologista de outro sistema de governação democrática que não o actual, esse sistema não poderá ser aplicado, pois devemos respeitar a “mui nobre” república de 100 cãs. Francamente, este nosso actual regime começa a lembrar-me de certo modo, a moral que se extrai das obras de Eça de Queirós: Os tempos mu-dam, mas os erros mantêm-se os mesmos. E eu até que sou republicano…

Guilherme Marques da Fonseca

Republicanos. E agora?

“Qualquer revisão constitucional é possível, e passo a citar, “se for respeitada a forma republicana de Governo”. Esta é uma forma especial de democracia!”

“É lamentável que até na nossa Lei Fundamental, os nossos preguiçosos legisladores continuem a fazer colagens bacocas e obsoletas de leis cujo prazo de validade já há muito foi ultrapas-sado. “

ENTREVISTA

Dr António BatistaA nossa Escola está representada na CSIF do Vale do Pelhe. Com esta entrevista, pretendemos dar maior visibilidade à Rede Social do nosso Concelho, no momento em que comemoramos os 10 anos da respectiva criação.

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21 Ano XXII nº 77 Abril 2010 Jornal O Vale

Didáxis Solidária

Toda a minha vida gostei de automóveis e, desde que entrei para a Didáxis, digo que gostaria de aprender coisas sobre o funcio-namento dos carros.Sempre que tenho oportunidade, procuro estar atento à maneira como as pessoas que arranjam o carro do meu pai o fazem e, mesmo sabendo que é um trabalho duro e complicado, gosto muito de ver as ma-nobras e experiências que é possível fazer com um motor. Não me importo nada de sujar as mãos! O motor do carro é um aparelho muito inte-ressante. Vejam na imagem que se segue quantas peças pequenas o constituem! E todas têm de trabalhar em conjunto! Querem ver a pesquisa que fiz na internet sobre isso? Leiam o artigo que se segue:

“ O Motor é a fonte de energia do au-tomóvel. Converte a energia calorífica

produzida pela combustão da gasolina em energia mecânica, capaz de impri-mir movimento nas rodas. O carburante, normalmente constituído por uma mis-tura de gasolina e ar (a mistura gasosa), é queimado no interior dos cilindros do motor.A mistura gasosa é formada no carbu-rador ou calculada pela injecção elec-trónica, nos motores mais modernos, e admitida nas câmaras de explosão. Os pistões, que se deslocam dentro dos cilindros, comprimem a mistura que é depois inflamada por uma vela de igni-ção. À medida que a mistura se inflama, expande-se, empurrando o pistão para baixo.O movimento dos pistões para cima e para baixo é convertido em movimento rotativo pelo eixo de manivelas o qual, por seu turno, o transmite às rodas atra-

vés da embraiagem, da caixa de câmbio do eixo de transmissão e do diferencial. Os pistões estão ligados ao eixo pelas bielas. Uma árvore de cames, também conhecida por árvore de comando de válvulas, movida pelo eixo, acciona as válvulas de admissão e escape situadas geralmente na parte superior de cada cilindro.A energia inicial necessária para por o motor em movimento é fornecida pelo motor de arranque. Este engrena numa cremalheira que envolve o volante do motor, constituído por um disco pesado, fixado à extremidade do eixo ou árvore de manivelas.O volante do motor amortece os impul-sos bruscos dos pistões e origina uma rotação relativamente suave ao eixo. Devido ao calor gerado por um motor de combustão interna, as peças metálicas

que estão em contínuo atrito engripa-riam se não houvesse um sistema de arrefecimento. Para evitar desgastes e aquecimento excessivos, o motor inclui um sistema de lubrificação. O óleo, ar-mazenado no cárter sob o bloco do mo-tor, é obrigado a circular sob pressão através de todas as peças do motor que necessitam de lubrificação.”

h t t p : / / w e b d r o p s . w o r d p r e s s .com/2007/12/18/motor-automovel/

E agora? Não acham que tenho razão? É claro que sim!Mas eu sei muito bem que para ser mecâ-nico de automóveis preciso de estudar mui-to. É isso que vou fazer!

João Costa, 8.6

Quando crescer quero ser mecânico

Haiti

A Escola Cooperativa de Vale S. Cosme – Didáxis promoveu, sob organização do núcleo Didáxis solidária, um minuto pe-las vitimas do terramoto no Haiti. Como forma de sensibilizar os alunos para a causa e principalmente para os fazer pensar e reflectir, a campainha da Escola tocou e durante um minuto re-presentantes das turmas e professores levaram uma vela para ao lado do monu-mento da Família.Sempre com música de fundo, esta ini-ciativa contou com a adesão de todos, inclusive do Director Pedagógico da Es-cola Dr. José Fernandes.

Plantar uma flor no JardimEstimados alunos,É a primeira vez que vos escrevo e não o faço só em meu nome, mas em nome de todos os outros professores e funcionários. Não vos escrevo pelos melhores motivos, como verão, no entanto, esperando invocar em vós o que de melhor têm para dar!Como sabem, no passado dia 20 de Feve-reiro, a nossa ilha da Madeira foi vítima das terríveis e imparáveis forças da Natureza. Muito se perdeu: chora-se pelos infelizes que partiram prematuramente, pelos desa-

parecidos e lamenta-se tudo aquilo que se construiu e que agora está reduzido ao tris-te nada, como a história de uma vida com-pletamente apagada, ou um livro reduzido às cinzas.No entanto, como portugueses fortes, no-bres e solidários que somos, é hora de pôr mãos à obra e reconstruir ou, pelo menos, ajudar a reconstruir, plantar uma flor no Jar-dim, pois, como diz o Bailinho “A Madeira é um jardim, […], No mundo não há igual!”Quanto a vocês, estimados alunos, não venho apelar para que contribuam com dinheiro, pois, são poucos que, entre vós, têm emprego. Apenas peço que contribu-

am com pequenas coisas, objectos que vos fariam falta caso estivessem na difícil situa-ção dos alunos madeirenses a quem a ca-tástrofe tudo levou. Um caderno, um lápis e borracha, livros, canetas, enfim, tantas coisas que vocês, tanto como eu e todos os adultos, sabem que são fundamentais! Que vos parece? Alinham?É apenas uma simples tarefa com grandio-sos resultados! Não duvidem, nem por um único segundo, de que nos espantarão! Vamos plantar uma flor no Jardim!Bem hajam,

Professor: António Soares

Penso que todos já ouvi-ram falar na “Missão Ro-lhinhas”, que se está a realizar em várias escolas do nosso país, inclusive na nossa escola: Didáxis – Escola Cooperativa de Vale S. Cosme. No âmbito desta iniciativa, os alunos têm contribuído, activa-mente, para ajudar o Sr. SALVADOR, que precisa de uma cadeira de rodas com diversas condições específicas. Apesar de já ter recebido a cadeira, ain-da falta pagar metade do seu custo, sendo necessá-rio recolher, ainda, várias

toneladas de rolhas. É muito fácil ajudar! Têm, apenas, de arranjar algu-mas rolhinhas e entregá-las aos responsáveis por esta actividade: professora Quitéria Campos, Ricarda Veloso e Direcção Pedagó-gica. Podem, também, de-positá-las no bar, no cesto junto de outras rolhas que lá se encontram… Espero que todos colaborem, pois “Uma rolha, um Sorriso”…A todos os que colabora-ram e aos que estão a co-laborar, muito obrigada!

Daniela Azevedo 8.4

Vamos rolar com esta ideia”

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22 Ano XXII nº 77 Abril 2010 Jornal O Vale

Trabalhos de casaOs trabalhos de casa são mui-to importantes, porque com eles podemos praticar exercí-cios que nos vão aumentar o conhecimento e fazer com que sejamos alunos mais inteligen-tes. Os trabalhos de casa aju-dam-nos a treinar e aperfeiço-ar os nossos conhecimentos.Eu adoro fazer trabalhos de casa, acho que são um bom método para desenvolver as nossas capacidades na es-cola. Quando há um teste, há exercícios de revisão nas aulas anteriores. Eu faço os exercícios de trabalhos de casa e outros. Com isto, e o estudo individual da matéria, o meu conhecimento aumenta e eu tiro boas notas.

Marina Sofia, 5.4

O Tema sem TemaO tema que não tem temae que, sem algum problema, de tema faz!

Pode gritar, cantar, rir e chorar,e este é o tema que tu tens de dar.

Sempre pronto a dar tema, mesmo sem o ter,e este é o tema que eu vou escrever.

Fala de tudoe ao mesmo tempo de nadaescreve poemas e contos de fada.

Tanto está saudável, como doente.Fazer de nada para ele é diferente.

Chama-se João e ao mesmo tempo Martim,e é com este tema que eu faço o fim.

Simão Oliveira, turma 8.3

Ama-me como eu te amoVi-te apenas um momento,Momento nunca mais te esqueci.Vives no meu pensamentoDesde a hora que te vi. Quando te vejoE não te posso abraçar,Meu sangue foge das veiasMeu coração do lugar. Jurei ao céu ser tua,Às estrelas de te amar.Também jurei à luaDe nunca mais te deixar. Duas vidas num destino,Dois amores no coração…Ama-me como eu te amoE terás o meu perdão. Ama-me como eu te amo…

Marina Veloso, 2.TGEI

EUEU: SOU uma mi-úda que apenas quer... QUERO ser feliz TENHO ânsia de viver AMO a mi-nha família, a minha escola, os meus amigos… ODEIO pessoas hipócri-tas SINTO neste momento sinto-me ansiosa pelo que o futuro me reserva ESCUTO todas as palavras de quem me quer ensinar um pouco mais CHEI-RO o cheiro da vida de tudo o que me rodeia IMPLORO a mim mesma para ter paciência todos os dias DANÇO quando gosto da música e estou p'ra aí virada CANTO quando estou feliz

GANHO o dia quan-do a escola corre bem e o amor conti-nua a durar PERCO não sei se perco, mas fico um pouco em baixo por ser assim tão frontal! E a minha expressão facial denuncia logo o que me vai na alma! PROCURO uma oportunidade ARREPENDO-ME daquilo que não fiz SINTO DOR por antecipação do que ainda não chegou IMPORTO-ME com o bem-estar dos meus NÃO FICO satisfeita se não der o meu melhor CHO-RO quando me apetece ESCREVO quando quero FICO FELIZ quando está sol PRECISO...

Marina Veloso, 2.TGEI

Prof. Patrícia Fernandes

Viagem pelas palavrasPodíamos dizer de Richard Dawkins que é um eminente zoólogo e biólogo. Podíamos acres-centar que é um divulgador ágil da ciência e do pensamento científico. Podíamos ainda referir que se trata de um defensor intransigente da teo-ria da selecção natural de Darwin, que ele procu-ra actualizar, atendendo aos desenvolvimentos da ciência. Podíamos dizer tudo isto e nada se-ria mentira. Mas não é por tudo isto que Richard Dawkins é actualmente um dos cientistas mais populares do panorama filosófico e científico.O que de facto torna Dawkins um dos mais fa-mosos e polémicos intelectuais da actualidade é a defesa fervorosa e militante do “orgulho de ser ateu”.Depois de várias obras conhecidas, como O Gene Egoísta e O Relojoeiro Cego, Dawkins publicou, em 2006, uma obra que rapidamente se tornou num bestseller a nível mundial: A De-silusão de Deus, pretende cumprir o objectivo, nas palavras do autor, de “despertar consciên-cias” para a possibilidade que cada pessoa tem de renunciar à religião que lhe foi imposta pelos pais e pela sociedade em que nasceu e perceber que, se analisar correctamente os factos, só res-ta uma solução: tornarmo-nos ateus.O livro é claramente panfletista e propagandís-

tico e envolve o leitor num discurso emotivo e inflamado, que acaba por desvirtuar o objectivo da clareza e da racionalidade. Mas se conseguir-mos manter um certo distanciamento, podemos deixar que Dawkins nos faça reflectir sobre pro-blemas cruciais da sociedade moderna. Chama-ria aqui a atenção para três deles.

Em primeiro lugar, qual o lugar da liberdade reli-giosa do homem quando aceitamos o baptismo precoce das crianças? Como podemos falar em crianças cristãs ou muçulmanas, se as crianças não têm sequer maturidade para se pronunciar sobre estas questões?Em segundo lugar: por que razão é possível discutir sobre todos os assuntos, passando pelo futebol até à política, mas parece que é proibido

falar sobre religião? Como se esta não fosse um assunto susceptível de uma discussão racional como qualquer outro tema, ao ponto de lhe estar reservado um lugar de assunto-sobre-o-qual-não-se-pode-discutir-ou-pôr-em-causa.Por último: o mundo não seria um lugar melhor sem religião? Imaginemos, como faz John Len-non e reitera Dawkins, um mundo sem religião. Imaginem um mundo sem Cruzadas, pessoas queimadas no fogo da Inquisição, conversão forçada de judeus e nativos das terras novas, guerras entre católicos e protestantes. Imaginem um mundo sem mulheres condenadas a apedre-jamento por mostrarem um pouco de pele, sem mutilação genital feminina, sem cortes de mem-bros por crimes leves. Imaginem um mundo sem atentados terroristas, sem 11 de Setembro, avi-ões em prédios, pessoas desesperadas que ten-taram voar. Um mundo sem bombas em Madrid, sem bombistas-suicidas a explodirem-se todos os dias, matando pessoas inocentes que sim-plesmente estavam no lugar errado à hora erra-da. Imaginem um mundo sem islamofobia, nem leis sobre o véu islâmico ou referendos sobre mi-nuetes. Imaginem um mundo sem religião.

«Não basta ver que um jardim é belo sem ter de acreditar que lá ao fundo também esconde fadas?»

(Douglas Adams, dedicatória de R. Dawkins)

ECONOMIA – CURSOS PROFISSIO-NAIS

ENIGMAS do QUOTIDIANO para aprender Economia*

Por que razão é o leite vendido em embalagens rectangulares, enquanto os refrigerantes sur-gem em recipientes cilíndri-cos?

Praticamente todos os reci-pientes para refrigerantes, quer de alumínio quer de vidro, são cilíndricos, mas as embalagens de leite são quase transversal-mente rectangulares. Se esta forma utiliza o espaço das prate-leiras mais economicamente do que cilíndrica, porque razão os produtores de refrigerantes não optam por ela? Uma possível explicação diz que como os refrigerantes são frequentemente consumidos di-rectamente da embalagem, o custo extra de armazenar em-balagens cilíndricas é justificado pelo facto de serem mais fáceis de agarrar. Isto não é tão rele-vante no caso do leite, que não costuma ser consumido directa-mente da embalagem. No entanto, mesmo que a maior parte das pessoas o fizes-se, o princípio do custo/benefí-cio sugere que seria improvável vermos este produto à venda em embalagens cilíndricas. Embora as rectangulares economizem espaço na prateleira, indepen-dentemente do que contenham, o espaço que poupam é mais va-lioso no caso do leite. Nos super-mercados, os refrigerantes são, regra geral, guardados em pra-teleiras abertas, baratas e com custos operacionais baixos. Já o leite armazena-se exclusivamen-te em espaços refrigerados, cujos

custos de aquisição e operação são elevados. Neste caso, o es-paço tem um custo acrescido, o que gera o benefício adicional de embalar o leite em recipientes rectangulares.

Por que razão estão as baleias em perigo de extinção, mas não as galinhas?

Raramente passa um ano sem que ocorra uma manifestação de rua realizada por activistas am-bientais que condenam a caça, a nível internacional, de alguns dos grandes mamíferos com o argumento de que tal actividade ameaça a extinção das espécies. No entanto, tanto quanto eu sai-ba, nunca houve uma manifesta-ção a pedir-nos que salvemos as galinhas. Porquê? A resposta rápida é que as galinhas nunca estiveram em perigo de extinção. No entanto, isto apenas conduz à questão de saber por que razão uma espécie está em perigo e outra não. As populações de baleias têm vindo a definhar porque ninguém é proprietário delas. Estes ani-mais nadam em águas interna-cionais e várias nações têm-se recusado a respeitar os tratados que pretendem protegê- las. (…) Em contraste, a maior par-te das galinhas são propriedade de alguém. (…) As galinhas e as baleias são ambas economicamente valiosas. O facto de as pessoas beneficiarem de direitos de pro-priedade seguros no caso das primeiras, mas não no das se-gundas, explica por que razão umas estão a salvo, enquanto espécie, e as outras em perigo de extinção

*Robert H. Frank, O Economista Natural, casa das letras

Um História Breve do Século XXI

Thomas L. FriedmanPrefácio de João César das Ne-ves

Desde que foi editado pela primei-ra vez nos EUA, em Abril de 2005, esta obra tem ocupado o topo da lista dos livros mais vendidos neste país. Neste livro, o autor defende que o mundo está a evoluir para uma nova “forma” e explica como e por-quê isso está a acontecer e quais são os principais acontecimentos que motivam esta evolução. Qual é o impacto que terá nas empre-

sas, nos países, nas comunidades, nos cidadãos e, como podem e de-vem os governos e as sociedades adaptar-se a esta nova realidade, são alguns dos temas abordados ao longo dos 15 capítulos deste livro que se apresenta como uma breve história do século XXI. No entender de João César das Neves, autor do prefácio, trata- se de uma obra que se ocupa da glo-balização…mas que não diz mal dela!Esta é uma obra a não perder

BOAS LEITURAS!ECONOMIA C – 12ºANO

PROPOSTA DE LEITURA: O MUNDO É PLANO

PALAVRAS&LETRASA propósito da leitura do Livro “A Lua de Joana”…

SONHO Deitei-me...ao fechar os olhos...pareceu-me estar num sítio completamentediferente, mas que eu conhecia bem, muito bem. Talvez de outro mundo, outravida, outro lugar.Vi então duas portas.A primeira era grande, linda, magnífica.A segunda era pequena, velha, estreita e es-quisita.Cheia de curiosidade, entrei na primeira. Era como se estivesse noutroplaneta: calmo, belo, distante de todo o mal.

Estava dentro de um sonho.Depois espreitei a segunda. Parecia um mundo virtual: tudo muito confuso, arealidade…Volto a deitar-me naquele quarto, naquele sítio longínquo de tudo o resto.Penso e penso. Chego à conclusão que vou ficar para sempre no mundo desonhos... Bem longe da realidade.Apareceu-me um anjo que me parecia familiar. Ele também me conhecia. Mas deonde?! Tento tocar-lhe e é como se visse o seu interior, era transparente atudo.Pergunta-me se eu tenho a certeza do que quero.Sem palavras. Não sei o que dizer, nem pen-

sar…Diz-me também que qualquer sonho se pode realizar, em qualquer sítio, comqualquer pessoa. Continuo sem comentários.Leva-me até à realidade, àquele sítio confuso. Mostra-me como consigo ver ascoisas de outra maneira.Aquele anjo era realmente um amigo, que eu conhecia há anos e não sabia.Tenho medo de acordar...De enfrentar a reali-dade.O que irá acontecer?! Será que as coisas esta-rão como eu as vi agora, ouvoltará tudo ao normal, àquela confusão de pensamentos?!...

Alexandra Guimarães – 5.3.

Page 23: Jornal O Vale - Edição Nº 78

23 Ano XXII nº 77 Abril 2010 Jornal O Vale

Page 24: Jornal O Vale - Edição Nº 78

Pelo 2º ano consecutivo os professores do Departamento de Ciências Naturais de-safiaram os seus alunos a dar provas de sabedoria e criatividade numa Feira de Ci-ência. Responderam ao desafio 30 turmas, num total de cerca de 700 alunos. Assim, de 22 a 25 de Março quem visitou esta feira foi desvendando alguns mistérios da

vida que a ciência, ao lon-go dos tempos, doi expli-cando de forma objectiva e fundamentada. os projectos passaram por pudins feitos à base de algas, perigos da desflorestação, desenvolvi-mento sustentável, sistema respiratório, sangue, célu-las, a teoria de Darwin até

às bactérias que estão por todo o lado! Contou até com a presença de um modelo biológico - as “Dáfnias” foram voluntárias em nome da ciência!Houve visitantes de todas as idades e de todos os tamanhos, mas todos estavam de olhos e ouvidos bem abertos para adquirir todo o turbilhão de conceitos/teorias a que ficaram sujeitos.

Foi uma semana de correrias, mas as ex-pectativas foram superadas e, no fim, todo o trabalho foi compensado.Ficamos à tua espera para o ano,sentes-te preparado para o desafio?

Diana Correia (turma 11.2)

24 Ano XXII nº 77 Abril 2010 Jornal O Vale

II FEIRA DE CIÊNCIA DA ESCOLA COOPERATIVA DE VALE S. COSME

Pelo 5º ano consecutivo o Instituto de Ciência Bio-médicas Abel Salazar marcou presença na Escola Cooperativa de Vale de S. Cosme para comemorar a “Semana Internacional do Cé-rebro”. Os alunos da 11.2 não sabiam o que esperar mas a experiência que iam presenciar deixou-os na expectativa. Numa primeira fase, o engenho dos alunos foi puxado ao limi-te, cérebros pensaram, debateram-se e desesperaram para encontrar respostas a perguntas,problemas e questões sobre o funcionamento e constituição dos seus próprios cérebros (ou mais correctamente o seu Sistema Nervoso). Como fun-

ciona? Porquê? Quando? De que maneira?- São exemplos de perguntas que o Investigador Professor Doutor Paulo Cor-reia de Sá do ICBAS apresentou com um pequeno sorriso, sabendo intimamente o caminho tortuoso que os alunos da 11.2 tinham de percorrer. Dos neurónios às células efectoras, dos neurónios à glía, os alunos, começaram o percurso, pé ante pé, passo a passo, “tacteando” a anatomia do sistema mais importante, complexo e desconhecido que os humanos possuem, o Sistema Nervoso. E como juízes e carrascos, os “visitantes” julgavam e condenavam as nossas tentativas fúteis (no entanto criativas!) de justificar o funcionamento do “comando das operações” que todos usam e que poucos conhecem!Depois de algum tempo de furioso debate e alguma frustração, satisfeitos com os nossos esforços os professores do ICBAS corrigiram as respostas e conclusões a que chegá-mos, para podermos prosseguir para a actividade laboratorial. Esta actividade envolveu um porquinho-da-índia, uma agulha e lidocaína (anestesiante, para quem não souber), não temam o animal foi (muito) magoado no decorrer desta experiência. O Objectivo era testar a resposta da cobaia à dor, na presença e ausência do anestesiante, ou seja, comprovar que de facto podemos actuar a nível da fase química (neurotransmissores) desta transferência de “informação”. De modo a não provocar ferimentos desnecessários ao animal (medida de precaução, em nada relacionada com os alunos), não tomámos um pa-pel activo nesta fase da actividade, apenas observámos os resultados: houve resposta apenas quando não foi aplicada

lidocaína.Pior sorte teve o rato cujo nervo ciático colocado num disposi-tivo experimental tivemos oportunidade de anestesiar...e com-parar o potencial de acção antes e após o bloqueio dos canais de sódio. Finalizada a experiência os alunos retiraram-se do laboratório. Se mais esclarecidos ou se apenas confusos não o sei dizer (talvez ambos, arrisco eu). Mas o que foi de facto surpreen-dente foi a maneira como perguntas sobre o cérebro puxaram por milhões de neurónios.

Luís Costa (turma 11.2)

SEMANA INTERNACIONAL DO CÉREBRO

Este ano lectivo a Ciência Viva presenteou as escolas com uma série de desafios interessantes na área da biologia. A nossa escola, agarrou todos! Durante o segundo período prepararam os seus projectos alunos do 6º, 8º, 11º e 12º anos, num total de 7 equipas. Das algas na alimentação, aos testes de toxicidade, passando pela resistência de bac-térias aos antibióticos e pela utilização de macroinverte-brados na determinação da qualidade da água, o trabalho foi intenso e a aprendizagem valiosa, sempre com alguma diversão e muita boa disposição à mistura. Os resultados estão à vista: blog, vídeos, site e relatórios. Para o terceiro período já estão na “partida” 4 grupos de alunos do 8º, 11º e 12º anos. Desta feita, os trabalhos irão envolver ostras (3º ciclo) e bactérias (Ensino Secundário).

Desabafos de quem passou um mês a estudar ciano-bactérias

O projecto “Ciência Viva” representou um obstáculo a su-perar. Inúmeros problemas foram surgindo e cumprir o que nos foi requisitado dentro das datas estipuladas tornou-se numa tarefa hercúlea. Vieram os testes,o trabalho acumu-

lou, horas mal dormidas, resultados inesperados, enfim uma tonelada de trabalho. Mas todos (ou quase) sobrevi-veram às condições agrestes.Todos carregam as cicatrizes da “batalha” (no meu caso, padrões de sono bruscamen-te alterados e consequentemente mau humor continuado, não é nada bonito acreditem). Mas conseguimos,conseguimos e agora em retrospecti-va posso olhar para trás e avaliar o meu trabalho (tarefa penosa!). E agora que olho por cima do ombro vejo erros óbvios, asneiras e alguma preguiça, algo evitável (embora comum). Mas não me perco na minha postura auto-crítica, nada se ganha em ficar preso em erros passados. Há que parar, reflectir e aprender para depois prosseguir, embala-do no pensamento” para à próxima não falho!”.Apesar de tudo considero que este trabalho foi algo posi-tivo, permitiu-me restabelecer limites, levou-me grandes feitos (não dormir para poder trabalhar entre eles)e, para além disto, gosto de pensar que evoluí não só como aluno mas como pessoa. Daí que não perdi tempo com as cia-nobactérias, ganhei algo muito mais importante com este projecto.

Luís Costa (turma 11.2)

Ciência Viva