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LEIA TAMBÉM POEIrA EM rOCA Moradores fazem protesto contra autoridades pela falta do asfalto Página 14 EMErGêNCIA EM ENCANTADO Estiagem de dois meses causa prejuízos na cidade e no interior Página 15 Joilson Pereira Eliane Fachinetto Novo albergue aMPlIa vagas Para Presos O secretário estadual de Segurança Pública, Airton Michels, assinou na quarta-feira (11) um convênio para construção de um albergue junto ao Presídio Estadual. A solenidade foi realizada na sede do Fórum de Encantado com a presença de prefeitos da Comarca, demais autoridades e do superintendente da Susepe, Gelson dos Santos Treisleben PÁGINA 6 ENCANTADO Eliane Fachinetto

Jornal Opinião 13 de Janeiro de 2012

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Edição do Jornal Opinião, da cidade de Encantado RS, do dia 13 de janeiro de 2012

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LEIA TAMBÉM

POEIrA EM rOCAMoradores fazem protesto

contra autoridades pelafalta do asfalto

Página 14

EMErGêNCIA EM ENCANTADOEstiagem de dois meses causa

prejuízos na cidade e no interior Página 15

Joilson Pereira

Elia

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Fach

inet

to

Novo albergue aMPlIa vagas Para Presos

O secretário estadual de Segurança Pública,Airton Michels, assinou na quarta-feira (11)

um convênio para construção de um alberguejunto ao Presídio Estadual. A solenidade foi

realizada na sede do Fórum de Encantadocom a presença de prefeitos da Comarca,

demais autoridades e do superintendente daSusepe, Gelson dos Santos Treisleben

PÁGINA 6

ENCANTADOEliane Fachinetto

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Jornal Opinião

Encantado, 13 de janeiro de 2012 5Coluna

[email protected]

1 - Elmar Schneider deverá ser um dos coordenadores da campa-nha de Luiz Fernando Schmidt em Lajeado. é parte de uma estratégiapara neutralizar Ana Amélia Lemos em 2014.

2 - Em Estrela, Roque Schwertner foi convidado para ser candidatoa vice prefeito, na chapa que teria Rafael Mallmann como candidato aopalácio municipal.

3 - Na cidade das flores, Colinas, Gilberto Keller é candidato à ree-leição. Dizem alguns que seria por dois anos. Após este prazo, postu-laria uma candidatura à Câmara dos Deputados.

4 - O mesmo Gilberto Keller, coordenador regional do PMDB,afirma que, em Lajeado, o partido trabalha candidatura própria, sendoIto Lanius o nome escolhido para tentar conquistar a prefeitura.

5 - Na cidade de Estrela, Elmar Schneider pode ser vice do candi-dato da situação. Vamos esperar para ver.

6 - César Beneduzzi é candidato à reeleição em Capitão. Esperamanter a atual coligação.

7 - Alvimar Lisot é o nome preferencial da situação para ser candi-

dato à prefeitura de Doutor Ricardo.

8 - O PSDB de Encantado, após o estardalhaço da fundação, é um si-lêncio só, para que lado irá pender?

9 - Já tem gente colocando o PT ao lado de Agostinho Orsolin, comcandidato a vice e tudo, será? Acho difícil.

10 - A loucura desta época pré-período eleitoral é tanta que estasemana alguém de Encantado me apontou três chapas para a eleiçãode 2012:

a) PMDB e PDT, com Orsolin e Everaldob) PSDB e PTB, com Adroaldo e José Calvic) PP e PT, com Costi e Luciano.Impossível de acontecer, apesar de, na política, nada ser impossí-

vel.

11 - Tarso Bastiani gostaria de ser candidato à reeleição. A per-gunta é: o partido permitirá ou escolherá Moras como candidato da si-tuação em Muçum.

12 - O PP de Vespasiano Corrêa deve indicar Marcelo Portaluppicomo candidato.

Curtas e quentes...

Pelo Mundo do Facebook

Foi criado um Grupo no mundo do Face: oGrupo Encantado (que não é o de Comunica-ção), com 317 membros. É fechado, você sóentra por convite e alguns assuntos da comu-nidade estão sendo discutidos por lá, o que,particularmente, acho extremamente interes-sante.

Selecionei alguns tópicos interessantes.Como é fechado no Face, vou preservar osnomes. Quem faz parte sabe.

Falta de luz

Post: Começou a chover em Encantado...eheh daqui a pouco vai faltar luz! aguar-dem..

Comentário 1: hahaha, caiu mesmo

Comentário 2: Hoje o bairro St. Clara táguerreiro, tá caindo o mundo aqui e por en-quanto temos internet e luz

Comentário 3: voltou no centro! Vergonha

Comentário 4: Mais um dia com quedas efalta de energia elétrica. E o único vereadorque vejo comentar algo é o Jonas Calvi. E nãotem outro político ou vereador competentepara nos ajudar? Pra fala bonito todos falam.Não esqueçam é ano de eleição e: PALAVRASILUDEM. ATITUDES PROVAM!

Comentário 5: Pois é ..... Sobre está causatemos apenas um representante.. guerreiroincansável !! Não é de hoje que o nosso verea-dor Jonas Calvi está comprometido com estaquestão !! Buscando melhorias na nossa redeelétrica, junto à descompromissada AESSul !!Boora lá povo !! Booora lá vereadores !! Comcerteza vocês possuem mais representativi-dade, voz ativa !! Boora lá !!!

Comentário 6: Quem sabe não nos mobili-zamos e criamos nós um mega abaixo-assi-nado hein. Se nos unirmos, pegarmos algunsrepresentantes comprometidos em distribuiras folhas, e arrecadá-las depois de assinadas..Acredito que não haverá nenhum encanta-dense que não assinará !!!! O que vocêsacham povo ? acho que juntos podemos con-seguir !!!!

Nota do colunista: Senhores vereadores,um novo tempo esta aí, vocês foram cha-mados, tomem a frente na questão da cons-tante falta de energia elétrica. E tenho acerteza que esta será uma das primeirasmedidas do novo presidente Eldo Orlan-dini.

Ao grupo do Face, resta botar a cara narua e fazer este abaixo-assinado com umnúmero superior a 70% do número de do-micílios atendidos pela AES SUL. Contemcom a coluna e com a RádiO ENCANtAdO AM.

Outro post:

Os postes da cidade de Encantado resu-mem-se a esta frase: Firmes que nemprego na areia.

Nota do colunista: Pelo que se viu naquarta-feira, verdade absoluta.

Mais um post:e aí, AES Sul?! e aí?!tô cheia de coisa pra fazer aqui, ca-

ramba!

O colunista pergunta: e aí AES, atéquando nossos agricultores vão ficar 12,15, 20, 30 horas sem energia elétrica. Atéquando?

www.facebook.com/facedoalemao

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Jornal Opinião

Encantado, 13 de janeiro de 2012 7Estrela

Investimento de r$ 400 mil garante ligação gratuita entre usuários

Estrela - Mais um impor-tante investimento da prefeiturade Estrela na área da telefoniarural foi concluído na última se-mana, com a interligação dascentrais telefônicas do municí-pio, num servidor de voz de úl-tima geração, garantindo que os1220 usuários da telefonia ruralpossam efetuar chamadas gra-tuitas entre eles, somente dis-cando os quatro últimos dígitosdo número. O investimento deR$ 400 mil foi provido pelofundo municipal da telefonia,que arrecadou, em 2011, a cifrade R$ 1.063.000,00.

De acordo com o coordena-dor do setor de Telefonia Rural,Joel da Silva, o servidor é um dosmais modernos do mercado, e

converge a tecnologia de voz ede dados permitindo a amplia-ção da banda de internet aos 425assinantes. "Hoje estamos distri-buindo aos usuários de internet300 a 600 kbps e com isso pas-sará para 500 kbps a 1 MB, pos-sibilitando uma melhornavegação e estabilidade", ga-rante.

Com a otimização e flexibili-zação das linhas, os assinantesda zona rural também passam aligar gratuitamente para a Secre-taria Municipal de Agriculturasolicitando os serviços. Os novosnúmeros funcionam na plata-forma VOIP (Voz sobre IP, ouseja, a voz em forma de dadostrafegando pela Internet). Paraligar solicitando um veterinário,

basta discar 9555 e falar com osetor de telefonia 9557.

Para o secretário municipalde Agricultura, Paulo FlorianoScheeren, investir em tecnologiano meio rural é apostar num fu-turo promissor para os em-preendedores do campo. "Hojeum agricultor tem as mesmasdemandas que uma empresa lo-calizada na cidade necessita, porisso se faz necessário buscar amelhor tecnologia para garantirum serviço de ponta e que tragaretorno e satisfação para os assi-nantes", menciona. Ele ainda res-salta que o setor de telefonia domunicípio está buscando maistecnologia que deverá superar asexistentes no mercado conven-cional.

Josué Garcia

assinadas escrituras de imóveisvendidos em concorrência pública

Estrela - As escrituras de dois imóveis do mu-nicípio, vendidos por meio de concorrência pú-blica, foram assinadas na última semana, no SalãoNobre da Prefeitura. Na oportunidade, o prefeitoCelso Brönstrup recebeu a visita de André Luis Le-nhard e Renato Hauschid.

Lenhard adquiriu terreno com 382,44 metros

quadrados localizado na rua Guilherme Bohmer,no bairro Boa União. O espaço foi arrematado porR$ 25.420,78. Já Hauschild arrematou área de terracom benfeitoria localizada na Linha Lenz. O ter-reno mede 3.638,80 metros quadrados e a resi-dência 89,61 metros quadrados, sendo que o valortotal da transação foi de R$ 23.005,00.

Ilocir José Führ

Brönstrup acompanhou a assinatura de André Lenhard e Renato Hauschid

Estrela - A 6ª edição doPrograma Segundo Tempo/Co-lônia de Férias, aberta naquarta-feira (11), é uma parce-ria entre o Governo Federal eprefeitura, por intermédio doMinistério do Esporte e Secre-taria Municipal de Esportes eLazer (Smel).

São mais de duas centenasde crianças participantes, dis-tribuídas em seis núcleos, coma coordenação de monitores. Oprojeto traz atividades múlti-plas que contemplem a diver-são e a aprendizagem de seupúblico-alvo no período de fé-rias.

A solenidade aconteceu nasdependências do ginásio de es-portes da Soges. Integrando amesa oficial, se manifestaram amajor Nádia Gerhardt, coman-dante da Brigada Militar; o ve-

reador Juarez Fülber, presi-dente do Poder Legislativo eNardir Steffens, secretário daSmel. Todos destacaram a im-portância do projeto, na for-mação de cidadãos.

Steffens enfatizou que osprojetos sociais têm a finali-dade de renovar a esperançapara essas crianças. Destacou,também, que o foco desta 6ªedição do projeto é na necessi-dade de se respeitar as dife-renças. "As crianças devem seconscientizar que todos temosdefeitos e que errar é hu-mano", salientou.

O projeto ocorre de se-gunda a quinta-feira, das 14hàs 17h. Mais informações naSMEL, através do telefone3981-1047 ou e-mail [email protected].

Programa Segundo Tempoinicia mais uma etapa

Secretário da Smel, Nardir Steffens

Ilocir José Führ

O prefeito Celso Brönstruprecebeu a visita da nova direçãoda Associação dos ServidoresPúblicos Municipais de Estrela(Aspume) na terça-feira (10). Naoportunidade, a entidade esteverepresentada pelo presidenteSérgio Carlos Follmann e o te-soureiro Gilmar Ernani da Silva."É sabido de todos que a Aspume

passa por uma situação finan-ceira complicada", observouFollmann.

Já Silva salientou que o obje-tivo da nova direção é justa-mente "trabalhar pelanormalização da situação finan-ceira e, acima de tudo, recuperara credibilidade dessa entidade,que possui cerca de 500 servido-

res públicos associados".Celso Brönstrup agradeceu

pela visita de cortesia e desejousucesso à nova direção da As-pume. O prefeito se colocou àdisposição da entidade, no sen-tido de colaborar para que a di-reção realize um trabalho quecontemple a coletividade dosservidores públicos.

Nova direção da Aspume visita prefeito

Secretário de Agricultura, Paulo Floriano Scheeren

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Meu jubileu

Dom Sinésio Bohn

Bispo Emérito de

Santa Cruz do Sul

Fiquei muito surpresoquando Dom Dadeus Grings,Arcebispo de Porto Alegre,me convidou para celebrarcom ele, na Catedral de PortoAlegre, nosso jubileu de ordenação sacerdotal.

Foi há 50 anos, no dia 23 de dezembro de 1961, naIgreja Sagrado Coração de Jesus, na Via Aurélia Nova,em Roma. Minha Primeira Missa foi no altar da manje-doura na Basílica de Santa Maria Maior, trazida aRoma por Santa Helena, a mãe do imperador Constan-tino.

A ordenação foi emocionante. Desde aquele dianunca deixei de celebrar, a não ser em viagem oudoente. A celebração jubilar contou com a presença demuitos padres da Arquidiocese de Porto Alegre e vá-rios bispos, entre os quais Dom Canísio Klaus meu su-cessor na Diocese de Santa Cruz do Sul. Lembrei-me deminha família, dos meus pais e dos nove irmãos. Lem-brei-me da oração do terço, à noite, durante o qual ospequenos dormiam e eram levados para a cama semacordar. Minha avó paterna costumava dizer: “Vale apena gastar a sola dos sapatos para assistir uma pri-meira Missa”.

A ideia de ser padre veio-me depois da primeiraComunhão. Falei para Jesus: Eu vou ser padre! Só en-trei em dúvida quando notei que a menina do vizinhoolhava diferente para mim e gostava da minha pre-sença. Certo dia eu disse para mim mesmo: a vizinha ébonita e querida, mas ser padre é mais bonito. E nuncamais duvidei. Aliás, durante a viagem para Roma, umgrupo de passageiros costumava reunir-se no convésdo navio para conversar, tomar bebidas alcoólicas ecomer sorvete. Insistiam comigo para não ser padre,mas assumir uma profissão lucrativa. Certo dia veiouma tempestade, que jogava o navio como uma caixi-nha de fósforo. Passada a tempestade, quem podia re-fugiava-se dentro do navio. Veio uma onda atrasada,jogou todo mundo num monte, para desespero dospassageiros. Quando vi, corri para ajudar as pessoasdesesperadas. Naquela tarde, o grupo me convidou.Ganhei porção dupla de sorvete e me disseram: “Tu vaiser padre, pois tu, em vez de fugir, vieste em socorrode todos”.

Fiz parte da primeira turma de alunos do Seminá-rio de Bom Princípio, em 1948. O Seminário São Joséde Gravataí deixou saudades. Foi lá que Dom Dadeus eeu fomos enviados para Roma, onde fizemos os estu-dos de Filosofia, Teologia e Direito Canônico. De voltaao Brasil, fui Vigário Paroquial na Paróquia São Jorge,no Partenon e depois, na Paróquia São Pedro, nobairro Floresta. De lá fui ao Seminário de Viamão.Acompanhei 83 padres até o altar e 640 seminaristas,nos diversos graus de formação. Mesmo resistindomuito ao convite de ser bispo, acabei aceitando sob ainsistência do Núncio Apostólico. Tinha feito a pro-messa de nunca dizer não à Igreja. Fui Bispo Auxiliarde Brasília, Bispo de Novo Hamburgo e o 2º Bispo deSanta Cruz do Sul. Agora estou treinando ser BispoEmérito e celebro 50 anos de ministério sacerdotal,minha vocação desde criança. Agradeço a Deus e quan-tos ajudaram a viver a vocação de servir. É assim quesou feliz.

Pastoral da Comunicação Paróquia São Pedro

Jornal Opinião

Encantado, 13 de janeiro de 20118 Geral

Roca Sales – O Colégio Scalabriniano São José come-mora a aprovação dos alunos nos vestibulares. Os estu-dantes conquistaram vagas nas principais universidadese faculdades do Estado. Conforme a diretora Rosane InêsVolken, o êxito alcançado é fruto do empenho e dedicaçãodos alunos e professores, além do incansável apoio dospais. “O trabalho desenvolvido comprova a consistência eseriedade da proposta pedagógica e o comprometimentodo corpo docente com a Missão do Colégio ScalabrinianoSão José, cuja essência é o trabalho voltado à formação in-tegral das crianças e adolescentes”, comentou.

Confira a relação dos aprovados:

UnivAtESBárbara Vígolo – Estética e CosméticaClécio Luiz Tomasi Júnior – Ciências Biológicas – Ba-

chareladoDaiane Funk – Administração de EmpresasGabriella Radaelli – DireitoGabrielle Zilio Scottá – BiomedicinaGiseli Sofia Nietiedt – PsicologiaGustavo Magedans – AdministraçãoJackson José dos Santos – Engenharia AmbientalJéffersoan Spader – AdministraçãoJoão Henrique Daldon – Engenharia AmbientalJoão Henrique Vivian – Tecnologia em LogísticaJúlio Bazanelkla – LetrasLeonardo Vidal Fronchetti – Engenharia Civil

Letícia Baroni – Arquietetura e UrbanismoLuana Funck – Ciências BiológicasNatália Agostini – Engenharia AmbientalPriscila dos Santos Nunes – Engenharia Civil

UCSLucas Anderle Matuella – Direito

UniscLetícia Baroni – ArquiteturaGabriella Radaelli – DireitoGuilherme Santana – 1º lugar Psicologia

PUCGabriel Lorenzi – Engenharia QuímicaMaíne Rolante – Direito

FEEvALE – novo HamburgoBruna Lasta – Turismo

2º Ano

PUCEduardo Zen – Ciências da Aeronáutica

UnivAtESBetina Fontana – ArquiteturaFernando Capitânio – Engenharia CivilMônica Chiesa – Engenharia da Computação

Colégio São José destaca aprovados em vestibular

Porto Alegre - A Associação Gaú-cha Municipalista (AGM) está conta-tando com todos os deputadosfederais e senadores gaúchos paraque os parlamentares atentem para ojulgamento da Ação Direta de Incons-titucionalidade (ADI 4711), plane-jada pelo Procurador Geral daRepública, Roberto Gurgel.

A referida ação, se julgada proce-dente, extinguirá 29 municípios noRio Grande do Sul e, com isso, elesvoltarão a ser distritos, sendo quetodos os atos administrativos prati-cados pelas últimas três administra-ções serão considerados nulos, ouseja, serão desativadas as Câmaras deVereadores, os concursos públicosserão considerados inexistentes e,por consequência, todos os servido-res serão demitidos.

A ação visa atacar a Lei que deuembasamento à emancipação dos se-guintes municípios: Almirante Ta-mandaré do Sul; Arroio do Padre;Boa Vista do Cadeado; Boa Vista doIncra; Bozano; Capão Bonito do Sul;Capão do Cipó; Coronel Pilar; Cruzal-tense; Itati; Mato Queimado; Pinhalda Serra; Rolador; Santa Margaridado Sul; São José do Sul; São Pedro dasMissões; Westfália; Canudos do Vale;Forquetinha; Jacuizinho; Lagoa Bo-nita do Sul; Novo Xingu; Pedras Altas;Quatro Irmãos; Paulo Bento; SantaCecília do Sul; Tio Hugo; CoqueiroBaixo e Aceguá.

A AGM, que no mês de dezembro

de 2011 realizou a reunião para areativação do Comitê Especial G30,composto pelos municípios comemancipação administrativa em2000, está empenhada no apoio damanutenção das cidades em virtudedo retrocesso que seria a extinçãodestes municípios após três adminis-trações.

O presidente da Associação, JoséScorsatto, também deverá procurar opresidente da Assembleia Legislativa,Adão Villaverde, para que a Casa Le-gislativa se manifeste contra o ato. “ALei já gerou efeitos que nunca pode-rão ser apagados da história destesmunicípios e de seus munícipes, disseScorsatto.

agM pede apoio a deputados e senadorescontra a extinção de 29 municípios gaúchos

Coqueiro Baixo, Westfália, Canudos do Vale, Coronel Pilar e Forquetinha integram a lista das cidades ameaçadas

Juremir Versetti/Divulgação AGM

Scorsatto quer conversar com o presidente da Assembleia Legislativa

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Encantado, 13 de janeiro de 201212 Entrevista

DIOGO FEDrIzzI

“Temos que insistir”, diz juíza

Encantado - O Fórum da Co-marca de Encantado conta atual-mente com cerca de 24 milprocessos em tramitação nasduas Varas Judiciais, que com-preendem sete municípios: En-cantado, Muçum, Roca Sales,Anta Gorda, Doutor Ricardo, Rel-vado e Vespasiano Corrêa.

Durante um bom período doano passado, os trabalhos fica-ram sob a responsabilidade dajuíza Juliane Pereira Lopes. Amagistrada, que também res-ponde pela Vara da Infância e daJuventude e pelo Cartório Eleito-ral, avaliou 2011 como um anodifícil, principalmente, pela ca-rência de servidores. Na entre-vista, concedida ao programaBom Dia Região dos Vales, daRádio Encantado AM, ela mos-

tra preocupação também com adifícil realidade das crianças vi-ciadas em drogas. Confira osprincipais trechos da entrevista.

QUE AvALiAçãO A SEnHORA FAz

dE 2011?dra. Juliane - No ano pas-

sado, enfrentamos alguma difi-culdade depois que a colega juíza(Caren Letícia Pereira ) entrouem licença e, mais tarde, foi pro-movida para outro município.Isso acarretou uma sobrecargade trabalho. Estamos hoje comquase 24 mil processos trami-

tando nas duas varas de Encan-tado, o que exigiria uma terceiraVara judicial, com mais um juiz,com mais servidores. Além de teresse número excessivo de pro-cessos, temos também problemacom a deficiência de servidores.Tivemos vários funcionários quese removeram da cidade ultima-mente, e não houve, com a agili-dade necessária, a vinda denovos servidores. Só ultima-mente é que vieram servidoresdo último concurso. Foi um anoum pouco complicado para a Co-marca de Encantado. Mesmoassim, dado ao esforço dos nos-sos servidores, a gente tem con-seguido ao menos manter ascoisas funcionando num nível ra-zoável. Efetivamente, não éaquilo que gostaríamos.

QUAntAS AUdiênCiAS POR diA?dra. Juliane - São mais de

300 audiências por mês. É umnúmero bastante alto. Já seria senão fosse toda essa situação. Nãotenho dúvida que a gente temfeito o dia durar umas horas amais. Se o dia tivesse umas duashoras a mais para mim seriamuito bom.

COMO tEM SidO O tRAbALHO RE-LACiOnAdO à inFânCiA E JUvEntUdE?

dra. Juliane - É uma das coi-sas que nos preocupa muito. Nãovou te dizer que em termos dequantidade, eu tenha muitosprocessos da infância e da juven-tude. Mas em termos das preocu-pações que eles geram, nãotenho dúvida, de que é um dosprocessos que nos exige maisatenção. São problemas difíceisde resolver. São, às vezes, osmesmos problemas. A gentetenta, mais de uma vez, váriasmedidas e não consegue ver umresultado concreto. Então, sãoprocessos que nos preocupammuito.

A REinCidênCiA ExtRAPOLA A

QUEStãO dO FóRUM. tERiA QUE

HAvER OUtRAS EntidAdES PREOCU-PAdAS?

dra. Juliane - Com certeza.No Fórum fizemos uma parte dotrabalho. E esse trabalho nãopode se realizar se não tivermosinstituições que acolham ascrianças, que as façam ocuparesse tempo. É muito triste defalar, mas o que se vê são crian-ças muito cedo encontrando ocaminho das drogas, que ficam

em casa porque os pais traba-lham, que não vão à escola, quenão trabalham, até porque a leitem a restrição da idade, e queficam dedicadas ao fazer nada odia inteiro. Isso acaba gerandoum problema mais tarde. Isso é oque temos visto. Se essas crian-ças tivessem o que fazer, uma ati-vidade para ocupar esse tempoem que elas têm para não fazernada, não tenho dúvida que te-ríamos uma reincidência menor,um menor consumo de drogas,maior adesão à escola. O pro-blema não se resolve só no Judi-ciário. Precisa uma ação conjuntade toda a sociedade para conse-guir resolver.

EnCAntAdO tEM COMbAtidO O

PRObLEMA dA dROgA, MAS A SUbSti-tUiçãO é MUitO RáPidA?

dra. Juliane - A droga hoje éum mercado. A Polícia faz e temfeito regularmente ações intensasde combate ao tráfico e retira ostraficantes da rua. E eles estãosendo retirados e mantidos pre-sos. O problema é que em seguidaesse local é substituído, esseponto de venda é substituído poroutra pessoa. Alguém ocupa esselugar e aí se retoma o combate darepressão. A repressão sozinhanão consegue evitar. O trabalhotem que ser muito bem feito e temsido assim aqui na Comarca deEncantado, só que esse trabalhodemanda tempo para conseguirreunir provas de que realmente...não basta as pessoas dizerem‘olha todo mundo sabe que em tallugar se vende drogas’. Mas esse‘todo mundo sabe’ na hora de viralguém testemunhar e dizer querealmente se vende droga naquelelugar, ninguém vem. Todo mundosabe que o fulano é traficante, masna hora de vir afirmar ‘eu sei quetem um movimento estranho nacasa dele, eu sei que tem algumacoisa de diferente’, as pessoas nãotêm essa cultura de vir e de afir-mar. Então isso exige um trabalhomaior por parte dos policiais, por-que eles têm que fazer um traba-lho de acompanhamento, deinvestigação, de visualizar o local,e isso tudo envolve o risco. Porqueno momento em que essa ação édescoberta, o trabalho todo vaipor água abaixo. Nós da Justiçasomos, digamos assim, os últimosa saber das coisas. Essa investiga-ção começa toda na Polícia e de-pois vem para nós. (segue naoutra página)

Manifestação é da diretora do Fórum de Encantado, Dra. Juliane Pereira Lopes, sobre trabalho de combate ao uso de drogas, principalmente, entre adolescentes

“...A droga hoje é um mercado. APolícia faz e tem feito regular-mente ações intensas de combateao tráfico e retira os traficantesda rua. E eles estão sendo retira-dos e mantidos presos. O pro-blema é que, em seguida, esselocal é substituído, esse ponto devenda é substituído por outrapessoa”...

Juliane Pereira Lopesjuíza de Encantado

José Raimundo Tramontini

COMBATE ÀS DrOGAS

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13Jornal Opinião

Encantado, 13 de janeiro de 2012EntrevistaA diFiCULdAdE SãO AS PROvAS?dra. Juliane - Essa é a dificul-

dade, que o trabalho seja bemfeito no sentido que as provas ve-nham. E a apreensão da droga, naquestão do tráfico, é uma dificul-dade muito grande. Às vezes, adroga não está escondida na casada pessoa que vende, ela está es-condida em um terreno baldio, nacasa do vizinho. Então, isso tudoprecisa ser descoberto para a Po-lícia ter êxito nesta ação.

E 2012 COMO UM AnO ELEitORAL?dra. Juliane - É um ano atípico

para nós. Porque a gente acumulaa função da jurisdição normal, daJustiça Comum, com a Justiça Elei-toral. E a eleição municipal de-manda muito trabalho. Já estamosnos preparando. Em 2012, temosuma redução de audiências, umaredução de atividades que são fei-tas na Justiça Comum para a gentepoder se dedicar ao ano eleitoral.Temos também muita expectativa,a organização, a preparação paraque tudo corra bem nas próximaseleições.

vOLtAndO AO COMbAtE AO CRiME,COMO tEM SidO O tRAbALHO COnJUntO

EntRE A POLíCiA E O JUdiCiáRiO?dra. Juliane - A Polícia não

trabalha sozinha e o Judiciáriotambém não. Se a Polícia não tra-balhar, nada chega ao Judiciário, enão poderemos fazer nada.Mesmo que saibamos que fulanocometeu tal crime. Se a Polícia nãoinvestigar, o Judiciário não temcondições de condenar. Por issotemos que trabalhar integrado. Eaqui na Comarca estamos encon-trando nos últimos anos a felici-dade de poder trabalhar PolíciaCivil, Brigada Militar, Promotoriade Justiça e o Judiciário de umaforma conjunta. E isso acabadando os resultados que a comu-nidade tem percebido.

nESSES 24 MiL PROCESSOS QUE

CORREM nA COMARCA, A tEndênCiA é

dE AUMEntAR AO LOngO dOS PRóxi-MOS AnOS OU diMinUiR?

dra. Juliane - Aumentar. Issonão tem dúvida. A gente temacompanhado um crescente. Asfacilidades de acesso à Justiçaestão se implementando. As pes-soas conseguem ter esse acesso,acesso a um advogado, à defenso-

ria pública, que aqui na Comarcaé muito bem estruturada. Então,realmente os processos têm au-mentado. E o Judiciário tem pro-curado desenvolver uma gestãode estratégia para conseguir lidar,porque hoje em dia, as pessoasfalam ‘ah, a Justiça é lenta’. Algu-mas vezes, as pessoas ficam me-lindradas de me dizer isso. Mas euconcordo com elas. Não tem pro-blema nenhum. Realmente, nósestamos lentos. O sentimento quea gente trabalha, servidor e juízes,é de que a gente está com uma so-brecarga de trabalho, tentandofazer o melhor, e tendo aquelesentimento de que não consegue,de que realmente não funciona.Porque a gente tem uma deficiên-cia muito grande de servidores, dejuízes. E o poder Judiciário se es-trutura basicamente em pessoal.Não precisa investimento em má-quinas, em nada físico. Ele precisainvestimento em pessoal. E a leide responsabilidade fiscal limita oquanto o Judiciário pode investirem pessoal. Então trabalhamos oJudiciário sempre no limite da res-ponsabilidade fiscal, sem possibi-lidade de aumentar esse númerode pessoas e ao mesmo tempo en-frentando a carência.

A LEi tERiA QUE SER MOdERnizAdA

OU O PRObLEMA Só é A FALtA dE SER-vidORES?

dra. Juliane - Com certeza, alei teria que ser modernizada. Já émuito falado sobre o excesso derecursos. Isso é uma realidade. Al-gumas vezes, para uma decisãoser cumprida, leva-se seis meses,um ano, em que as pessoas estãorecorrendo. Aquela decisão já estádada, e não conseguimos que elaseja cumprida porque tem um re-curso. E isso, conforme a pessoaestiver bem assessorada, e tiver aintenção de realmente atrasar ocumprimento de uma decisão,hoje em dia, é possível dizer tran-quilamente que a pessoa conse-gue atrasar o cumprimento deuma decisão. Isso é lamentável.

E AS PESSOAS têM USAdO APEnAS

PARA AtRASAR O CUMPRiMEntO dA

SEntEnçA?dra. Juliane - Usam, não tem

dúvida. Não posso criticar quemusa, porque é um instrumento queestá posto, está permitido. Na ver-

dade, nós é que devemos evitar omau uso da Justiça. A gente temtentado práticas para coibir estetipo de ação. Evitar recursos, mul-tar quem recorre sem necessi-dade, ou recorre por uma situaçãoque já está decidida. Isso precisaser feito.

E A QUEStãO dA LitigânCiA dE Má-Fé nA JUStiçA, é CORRiQUEiRA?

dra. Juliane - Existe. A gentetem tentado punir isso. Existeuma previsão de multa para quemlitiga de má-fé. Tem-se tentadoaplicar esta multa. Mas sempre seesbarra na dificuldade de provaraté que ponto a pessoa acha quetem um direito e não tem, ou atéque ponto deliberadamente elasabe que não tem esse direito e vaitentar buscar apoio na Justiça.

nA QUEStãO dA dROgA COMO UM

tOdO, AS COOPERAçõES COMUnitáRiAS

E EMPRESARiAiS têM PROCURAdO AJU-dAR O POdER JUdiCiáRiO dE EnCAn-tAdO?

dra. Juliane - Acredito queaqui em Encantado a sociedadese preocupa como um todo emrelação a isso. Temos visto na im-prensa essas manifestações emrelação às drogas. O problema éque esse trabalho tem que sercontínuo. Não adianta fazermosno momento um trabalho e emseguida ele diminuir de intensi-

dade. Acho que ainda se podefazer muita coisa. Temos dificul-dade, por exemplo, para encon-trar uma vaga para internação deum adolescente usuário de en-torpecente. Então, o sistema desaúde como um todo precisariaestar melhor. A gente tem difi-culdade para colocar esse ado-lescente depois que volta de umainternação. Porque senão nãoadianta nada. Imagina, ele estáusando drogas, eu interno, eledesintoxica e volta. E aí? Vai vol-tar para o mesmo meio, para amesma família, para a mesma si-tuação? Em uma semana, menosdo que isso, ele estará usandodrogas de novo. Então, teríamosque ter mais instrumentos parafazer essa reinserção. Existemainda carências. Vamos traba-lhando na medida daquilo que agente dispõe.

QUAL O CASO dE MEnOR idAdE QUE

A SEnHORA PEgOU dO USO dE dROgAS

AQUi nO FóRUM?dRA. JULiAnE - Eu já falei com

crianças de 11 anos que usavamentorpecentes. Mas o ConselhoTutelar já me relatou situação decrianças com nove anos. É umabsurdo. É uma idade em que acriança deveria estar brincandoe não usando drogas. Muitasvezes estão acompanhando ir-mãos mais velhos, de 13, 14

anos. São famílias que estão de-sestruturadas, que estão preci-sando de uma intervenção, deum apoio. É muito triste dizerisso. A gente vê essas crianças seenvolvendo com droga, em se-guida começam a praticar furtos,porque tem que manter o vício,ou começam a traficar. A genteage em relação a isso já umpouco tarde. Quando chega paranós no Judiciário é porque a si-tuação já está sem possibilidadede recuperação. Temos um apoiomuito grande do CAPS, temoscriado ações para termos umarelação melhor com o CAPS. Con-seguimos a internação, é com-pulsória, é contra a vontade doadolescente, mas só funcionapara deixá-lo livre da droga. Seele tiver vontade de usar, elevolta para casa e em seguidapode começar a conviver com osmesmos amigos de antes, com omesmo descontrole por parte dafamília, e volta a usar a droga.Mas não podemos desistir. É oque tenho procurado passar paraa assistência social, para o Con-selho Tutelar, para o pessoal quetrabalha diretamente com isso.Por mais que se diga ‘olha, talpessoa é irrecuperável, tal ado-lescente não tem mais jeito’.Temos que insistir. Nada justificaque a gente desista de investirnaquele adolescente.

desde o dia 15 de dezembro de 2011, ajuíza Mariana CostaGama Nunes de Oli-

veira está atuando naSegunda Vara do

Fórum de Encantado.Ela veio da Comarca de

Santo Augusto.

Diogo Fedrizzi

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Jornal Opinião

Encantado, 13 de janeiro de 201214 Especial

Placas espalhadas pela rodovia empoeirada, na localidade de Fazenda Lohmann, refletem aindignação dos moradores com as autoridadespolíticas pela demora na construção do asfaltono trecho de oito quilômetros que liga rocaSales a Colinas

rEPOrTAGEM E FOTOS: JOILSON PErEIrA

Roca Sales - Quem transitapela RS 129, no trecho que cruzaa localidade de Fazenda Loh-mann, no interior de Roca Sales,nota que, em pelo menos 10 re-sidências, os moradores coloca-ram, em frente a suas casas,placas com os dizeres: “Chega depromessas. Sem asfalto, semvoto!”.

O protesto foi uma iniciativade Valmir Petry, morador há 33anos naquela localidade. Se-gundo sua esposa, Ivete Petry,ele encontrou manifestação se-

melhante em Teutônia e resol-veu fazer o mesmo. “Nós esta-mos aqui há 33 anos e jápassaram várias vezes medindoe prometendo fazer o asfalto”,conta Ivete, que revela que nãohouve reunião na comunidadepara coordenar o ato.

Volnei Klauck, há 25 anos re-sidindo em Fazenda Lohmann,relata que o protesto cresceu nacomunidade de forma espontâ-nea. “Começou com um vizinhoe a gente achou interessante eresolveu apoiar”, declara.

As más condições da estrada preocupampelo risco de acidentes, mas a principal recla-mação é a poeira. Elaine Ponízio, que mora nacomunidade há 14 anos, relata que a casa temque permanecer fechada por causa do pó e tam-bém por prejudicar a saúde. “Minha mãe tem74 anos e tem problemas de respiração e apoeira só piora. Eu queria que as autoridadespassassem todos os dias aqui com o carro delespara ver como é” reclama.

José Bronca mora há mais de 40 anos nolocal e diz que está cansado das promessas de

melhoria. “Já mediram duas vezes para iniciar oasfalto e, até o momento, nada”. Bronca aindaaponta outra causa do aumento de veículostransitando na rodovia. “Depois do pedágio,esse trecho virou rota de fuga para não pagar”,opina.

O filho dele, Marcelo Bronca, atribui o au-mento no tráfego a outra questão. “Depois quecolocaram asfalto até Colinas, aumentou bas-tante a circulação de veículos por aqui, princi-palmente, de caminhões, levantando muitapoeira”.

Poeira e mais poeira

Outro moradorque foi um dos pio-neiros desta mani-festação, RudineiPonízio, que mora háquase 30 anos na lo-calidade, conta quenão houve mobiliza-ção coordenada “Eucoloquei a placa naminha casa e os vizi-nhos também foramcolocando, ninguémfoi de casa em casa pedindo sequeriam colocar as placas,cada um simplesmente as co-locou. Acho que é um protestojusto”, conta.

Ponízio acredita que porser ano eleitoral o protestopode ter mais visibilidade.“Como só passam a cada doisanos, sejam os candidatos aprefeito ou a deputados, quepedem apoio e prometem quevão ajudar, mas nada muda”afirma.

E mesmo perto da cidade,

no loteamento Morada do Sol,a campanha ganhou adeptos.Paulo de Oliveira Pagno, mo-rador há três anos, tambémviu as placas dos moradoresde Fazenda Lohmann e tam-bém quis protestar. Pagno re-clama que além de as máscondições da pista prejudica-rem o veículo, a casa precisaestar sempre fechada para mi-nimizar os efeitos da poeira.“A casa parece que está sem-pre suja, fica o dia todo fe-chada, mas a poeira é muita”relata.

A rodovia é de res-

ponsabilidade do Es-

tado, mas os moradores,

como Elaine Ponízio,

afirmam que a campa-

nha está em um primeiro

passo. Ainda não há

programação de levar

este protesto às autori-

dades estaduais.

Protesto justo

Ivete Petry mora há 33 anos na localidade

Paulo Pagno está há três anos em Roca

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15Jornal Opinião

Encantado, 13 de janeiro de 2012Encantado

encantado decreta emergênciaseCa

Encantado – O municípiodecretou na terça-feira (10) si-tuação de emergência nas áreasrural e parte da urbana afetadaspor estiagem, que se estende pormais de 60 dias.

Segundo levantamento daSecretaria Municipal da Agricul-tura, a falta de chuva ocasionoua escassez de água nas fontes na-turais e açudes nas proprieda-des rurais, utilizadas paraconsumo humano e animal, per-das nas lavouras anuais e horti-frutigranjeiros, na criação deaves e suínos, além da diminui-ção na produção de leite.

O milho é a cultura mais atin-

gida no município, com perdaestimada de 60%. A SecretariaMunicipal da Agricultura orientaos produtores para que façam oaproveitamento do milho para aprodução de silagem, que é utili-zada na alimentação do rebanhobovino. Para a realização destetrabalho, a secretaria auxilia osprodutores com subsídio dehoras de máquinas.

O município tem feito tam-bém o transporte diário de águapara abastecer as propriedadesrurais, nas linhas Azevedo,Cedro, Guabiroba, São Luís, SãoMarcos, Barra do Coqueiro eBairro Porto XV.

Produção de milho é a mais prejudicada no municípioCaminhão do município transporta água para os produtores rurais

Fotos: Eliane Fachinetto

Seca prejudica alimentação do rebanho bovino

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Encantado, 13 de janeiro de 2012

laJeaDeNse INauguraNovo esTÁDIo No DoMINgo

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Família se diverte com a rivalidadeGrENAL no interior de roca

Joilson Pereira

Página 26

DOUTOr rICArDOPrefeito rolante

comanda primeira reunião do G10

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