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Jornal Realidade | 1 Julho | 2016 Edição 217 Ano XIX Julho de 2016 Paróquia Sagrado Coração de Jesus PSCJ Formiga-MG Diocese de Luz JORNAL REALIDADE Fiéis da Paróquia SCJ celebram o Ano Santo da Misericórdia Liturgia: conheça mais para celebrar melhor Catecisco da Igreja Católica - CIC No dia 09 de julho, fiéis da Paróquia Sagrado Co- ração de Jesus, se reunirão às 15h00, no Santuário da Misericórdia, na Matriz São Vicente Férrer de For- miga. Haverá momento peni- tencial e a celebração da Santa Missa. O evento faz parte da programação da Forania de Formiga em comemoração ao Ano da Mi- sericórdia. A Porta da Misericórdia Atravessar a Porta Santa é deixar-se abraçar pela misericórdia de Deus e O que Cristo deixou determinado em rela- ção à liturgia? Jesus Cristo não deixou nada escrito. Não traçou ne- nhum ritual de cerimônias religiosas. A grande liturgia de sua vida foi de fato a sua entrega na cruz, oferecendo-se como sacrifí- cio, ao Pai e aos homens. Os apóstolos, porém assistidos pelo Espírito Santo organizaram as comunidades e criaram maneiras novas de culto das mesmas. Tudo feito conforme a realidade e necessidade do povo. E isto é bem claro com relação à liturgia. No princípio, os apóstolos, como os primeiros cristãos, continuam fre- quentando o templo para a oração. O mesmo vai acontecendo nas casas. Aí, os cristãos se reúnem para a sua liturgia, celebrando a nova aliança com a morte de Cristo pela renovação da Ceia Pascal do Senhor. Para refletir Quais conclusões podem tirar da vida litúrgica nos primeiros tempos? Vamos a 4ª parte do credo. “Jesus Cristo padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sep- ultado”. Nossa salvação deriva da iniciativa do amor de Deus para conosco, pois foi Ele quem nos amou e enviou seu Filho como vítima de expiação por nossos pecados (I Jo 4,10). Jesus ofe- receu-se livremente por nossa salvação, realizando antecipadamente a oferta voluntária de si mesmo na Última Ceia: “Isto é meu corpo, que será dado por nós.” (Lc,19) A redenção de Cristo consiste em que Ele “veio dar a vida em resgate por muitos” (Mt 20,28) isto é, amar os seus até o fim” (Jo 13,1). O que mostra-nos que Ele é verdadeiramente o Filho de Deus feito homem que morreu e foi sepultado. comprometer-se a ser misericordioso com os outros. Ao atravessaremos a porta Santa e receberemos a indulgência. A indulgência é a oração da Igreja pedindo que seus membros sejam libertados das consequências danosas que o pecado deixa em nós. É uma ajuda que a Igreja nos dá no nosso processo de conversão. Para receber as indulgencias nesta vida, a Igreja determina alguns gestos concretos que indiquem nossa disposição sincera em mudar de vida, em nos abrir para a graça de Deus. Para a indulgência a Igreja pede: a) Confissão sacramental (que o fiel esteja em estado de graça). b) Estar em comunhão eucarística. c) Momentos de meditação e oração pessoal que revelam sua disposição interior. d) Oração do Pai Nosso, recitação do credo e oração mariana. e) Rezar nas intenções do Santo Padre, o Papa. Você é nosso convidado especial. Juntos, vamos celebrar e buscar uma vida mais unida a Cristo.

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Jornal Realidade | 1Julho | 2016

Edição 217 • Ano XIX • Julho de 2016 • Paróquia Sagrado Coração de Jesus • PSCJ • Formiga-MG • Diocese de Luz

JORNAL REALIDADEFiéis da Paróquia SCJ celebram o

Ano Santo da Misericórdia

Liturgia: conheça maispara celebrar melhor

Catecisco da IgrejaCatólica - CIC

No dia 09 de julho, fiéis da Paróquia Sagrado Co-ração de Jesus, se reunirão às 15h00, no Santuário da Misericórdia, na Matriz São Vicente Férrer de For-miga.

Haverá momento peni-tencial e a celebração da Santa Missa.

O evento faz parte da programação da Forania de Formiga em comemoração ao Ano da Mi-sericórdia.

A Porta da Misericórdia

Atravessar a Porta Santa é deixar-se abraçar pela misericórdia de Deus e

O que Cristo deixou determinado em rela-ção à liturgia?

Jesus Cristo não deixou nada escrito. Não traçou ne-nhum ritual de cerimônias religiosas. A grande liturgia

de sua vida foi de fato a sua entrega na cruz, oferecendo-se como sacrifí-cio, ao Pai e aos homens. Os apóstolos, porém assistidos pelo Espírito Santo organizaram as comunidades e criaram maneiras novas de culto das mesmas. Tudo feito conforme a realidade e necessidade do povo. E isto é bem claro com relação à liturgia.

No princípio, os apóstolos, como os primeiros cristãos, continuam fre-quentando o templo para a oração. O mesmo vai acontecendo nas casas. Aí, os cristãos se reúnem para a sua liturgia, celebrando a nova aliança com a morte de Cristo pela renovação da Ceia Pascal do Senhor.

Para refletirQuais conclusões podem tirar da vida litúrgica nos primeiros tempos?

Vamos a 4ª parte do credo.

“Jesus Cristo padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sep-ultado”.

Nossa salvação deriva da iniciativa do amor de Deus para conosco, pois foi Ele quem nos amou e enviou seu Filho como vítima de expiação por nossos pecados (I Jo 4,10). Jesus ofe-

receu-se livremente por nossa salvação, realizando antecipadamente a oferta voluntária de si mesmo na Última Ceia: “Isto é meu corpo, que será dado por nós.” (Lc,19)

A redenção de Cristo consiste em que Ele “veio dar a vida em resgate por muitos” (Mt 20,28) isto é, amar os seus até o fim” (Jo 13,1). O que mostra-nos que Ele é verdadeiramente o Filho de Deus feito homem que morreu e foi sepultado.

comprometer-se a ser misericordioso com os outros. Ao atravessaremos a porta Santa e receberemos a indulgência.

A indulgência é a oração da Igreja pedindo que seus membros sejam libertados das consequências danosas que o pecado deixa em nós. É uma ajuda que a Igreja nos dá no nosso processo de conversão.

Para receber as indulgencias nesta vida, a Igreja determina alguns gestos concretos que indiquem nossa disposição sincera em mudar de vida, em nos abrir para a graça de Deus.

Para a indulgência a Igreja pede:a) Confissão sacramental (que o fiel esteja em estado de graça).b) Estar em comunhão eucarística.c) Momentos de meditação e oração pessoal que revelam sua disposição interior.d) Oração do Pai Nosso, recitação do credo e oração mariana.e) Rezar nas intenções do Santo Padre, o Papa.Você é nosso convidado especial. Juntos, vamos celebrar e buscar uma vida mais unida a Cristo.

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2 | Jornal Realidade Julho | 2016

EXPEDIENTE: Publicação externa, produzida pela Paróquia Sagrado Coração de Jesus – Equipe de Redação Editorial Pe. Ígor Valadão e Sílvia Jussiara Pereira, Colabora-dores: Agentes das comunidades, Pastorais e Movimentos. E-mail: [email protected]. Telefone: (37) 3321-2955. Jornalista responsável: Bernadete Seixas – Reg. MT11.274/MG – [email protected]. Projeto Gráfico e Diagramação: Alexandre Martins (37) 9132-1141 – Fotografias: Bernadete Seixas, Arquivos da Paróquia SCJ. Correção Ortográfica: Aparecida Guerra - Impressão: Gráfic’s (37) 3351-2623. Tiragem: 2.000 exemplares.

Encerradas as festividades de nosso padroeiro, iniciamos mais um mês sob a graça e a benção do coração de Jesus e com ele “Redescobrimos a alegria de sermos uma comuni-dade missionária”. Neste mês queremos viver de modo mais intimo o projeto diocesano que nos inspira a viver o amor e a união dentro de nossas comunidades.

Ninguém consegue viver sozinho ou isolado. Nosso Deus não criou para a tristeza ou solidão, por isso, agradecemos com muito carinho a você que muito fez e faz pela Igreja, pela paróquia, pelas comunidades, pelos setores. Que doa sua vida para que a Igreja alcance os que estão mais longe, mais afastados, que não tem a alegria de conhecer a misericórdia do Senhor.

Ao olhar a caminhada paroquial que vivemos, percebemos claramente e de modo admirável o amor de Deus por nós e as maravilhas que ele realiza a cada dia. Somos um povo ama-do e escolhido, consagrado eternamente ao Pai. É necessário aceitar tal condição de filhos amados e fazer com que este gesto de profunda doação de Deus para conosco seja perpet-uado em nossas vidas.

Somos testemunhas vivas de seu amor e ao mesmo tempo, devemos viver testemunhando tal condição. O testemunho nasce de um coração que aprendeu a se lançar na misericór-dia infinita de Deus e descobriu que ele é o centro de minha vida. Deus nos ama antes que nós façamos qualquer coisa por Ele.

Que o Sagrado Coração de Jesus derrame sobre você, sua família e comunidade as mais abundantes bênçãos e os for-taleça na caminhada.

Meu carinho e minha ben-ção!

Pe. Ígor ValadãoPároco Paróquia

Sagrado Coração de JesusFormiga/MG

DízimoDízimo e oferta na comunidade

Você dizimista ao abrir o coração com generosidade, vive uma experiência maravilhosa: a de ser missionário, por possibilitar que outros missionários an-unciem Jesus. Você partilha mais do que dinheiro. Você já pensou nisso?

Deus abençoe seu coração generoso.

EDITORIALRedescobrir a Alegria de Sermos

Comunidades Missionárias

Casais participam de encontro pro-movido pela RCC e ECC em Formiga

Nos dias 18 e 19 de junho, no salão paroquial da paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Formiga, foi realizado pelo En-contro de Casais com Cristo – ECC e a Renovação Carismática Católica – RCC, um encontro para os casais e a crianças com o tema: “Famílias sob a graça de Pentecostes”.

O evento foi conduzido pelo fundador da comunidade Passio Domini, Luiz Carlos Nunes de Santana e sua esposa Célia San-tana. Cerca de 40 casais das diversas paróquias de Formiga esti-veram participando.

De acordo com a coordenação do evento Ellen Faria, o trab-alho com os casais será contínuo, e uma vez ao mês haverá grupo de oração para as famílias.

Durante o encontro houve também evangelização para os fil-hos dos casais com o Ministério das Crianças.

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Jornal Realidade | 3Julho | 2016

Notícias da Paróquia

Curso de Batismo para Pais e Padrinhos

Todo quarto sábado do mês é realizado o CURSO DE BATISMO na PSCJ. Neste mês, dia 24 de JULHO, sábado, haverá mais um curso de Batismo na paróquia. O encontro ocorre das 17h00 às 21h00, no Salão Paroquial. A taxa de inscrição é de R$ 5,00. Inscrições deverão ser feitas apenas pessoalmente, na secretaria paroquial, de segunda a sexta-feira, no horário das 08h00 às 18h00.

São Luiz Gonzaga será a mais nova comu-nidade da paróquia SCJ, em Formiga

Pastoral da Criança celebraJubileu de Prata em Formiga

Paróquia SCJ celebra festado padroeiro

São Joaquim e Santa AnaPadroeiros dos avós

Pastoral da Criança celebraJubileu de Prata em Formiga

Paróquia SCJ recebe subsídio de for-mação: Comunidades Missionárias.

Na noite do dia 21 de junho, na residência da senhora Lucimar foi realizada a Santa Missa no bairro São Luiz Gonzaga. Após, a celebração o pároco padre Igor Valadão se reuniu com os moradores para discutirem sobre a criação da

mais nova comunidade para melhor atender ao povo. A comunidade levará o nome do bairro que também é muito conhecido

na cidade de Formiga e será desmembrada da atual Comunidade Santo Antônio.

De acordo com a coordenadora de pastoral, Silvia Pereira, a missa deu início aos trabalhos para a futura Comunidade São Luiz, agora será criado o Conselho Comunitário de Evangelização – CCE.

A data oficial da criação ainda será definida.

A Pastoral da Criança é um organismo social da CNBB. Sua missão é promover o desenvolvimento das crianças por meio de orientações básicas de saúde, nu-trição, educação e cidadania fundamentadas na mística cristã que une fé e vida.

Para comemorar a data, iniciou-se com uma Celebração Eucarística presidida por Dom Aristeu e concelebrada pelo assessor espiritual da Pastoral da Criança, Pe. Adelson José de Sousa.

Estava também presente a coordenação estadual da Pastoral da Criança: Maria do Rosário.

Após a celebração houve homenagem às coordenadores de líderes de 25,20,15 e 10 anos de história com a Pastoral da Criança.

Junto ao bolo de aniversário, os participantes cantaram os parabéns assistiram queima de fogos e confraternizaram ao som de música de raízes.

Deus seja louvado pela bonita missão.

O dia 03 de junho toda a Igreja celebrou o Dia do Sagrado Coração de Jesus e a paróquia de Formiga tem o como padroeiro também celebrou a data com uma grande festa.

O dia teve início com a missa da manhã. Já às 19h00, a celebração contou com a presença do pároco padre Igor Valadão, do vigário Ildo Balduíno, do diácono Ednaldo Vinícius e do seminarista Alexandre Caetano que cursa o primeiro ano de Teologia no Seminário de Belo Horizonte e realiza seu estágio pastoral em For-miga.

Antes de encerrar o Apostolado da Oração prestou sua homenagem ao pa-droeiro com a palmeação.

Ainda no mês das comemorações do Sagrado Coração de Jesus haverá missas nas comunidades nos dias 08 a 29 de junho. E nos sábados e domingos as celebra-ções são na Matriz, após barraquinhas e show.

No domingo, 12 de junho, houve o tradicional almoço festivo.

Comemora-se dia dos avós em 26 de julho e esse dia foi escolhido para a comemoração porque é o dia de São Joaquim e Santa Ana, pais de Maria e avós de Jesus Cristo.

Conta a história que Ana e seu marido, Joa-quim viviam em Nazaré e não tinha filhos, mas sempre rezavam e pedindo que o Senhor lhe enviasse uma criança. Apesar da idade avançada do casal o anjo apareceu e comu-

nicou que Ana estava grávida e eles tiveram a graça de ter uma menina abençoada, a quem batizaram de Maria.

Joaquim pode ser de exemplo para os esposos hoje, por amor Ana com tal zelo que suportou por 40 anos toda espécie de humilhações por sua esposa não poder dar-lhe filhos. Era ponto de honra, na época, um homem possuir herdeiros e uma esposa fértil.

Devido a sua história, Santa Ana é considerada a padroeira das mulheres grávi-das e dos que desejam ter filhos São Joaquim e Santa Ana são os padroeiros dos avós.

Durante a reunião do clero, no dia 14 de junho, em Luz, o secretariado di-ocesano de evangelização entregou às paróquias o material (livros e cartazes) que leva o tema

“Redescobrindo a Alegria de ser Co-munidade Missionária”.

Cada paróquia distribuirá às comu-nidades, onde cada uma se reunirá em

momentos de oração e reflexão. O subsídio é organizado em sete encontros onde temos a possibilidade de redescobrir e favorecer a alegria de viver em comunidade.

A Diocese de Luz em preparação para o Centenário assumiu este ano de 2016 como ano missionário paroquial reorganizando e reestruturando suas comunidades.

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4 | Jornal Realidade Julho | 2016

Agenda do Mês de Julho

Finalidade da Pastoral Familiar• Valorizar a vida, sempre.• Valorizar a pessoa em qualquer situação.• Conhecer e combater as barreiras contra a vida e a dignidade.• Motivar a família para evangelizar famílias.

• Ajudar casal em dificuldades.• Ser família para os que não têm.• Educar para construção e preservação da família.• Refletir com as famílias sobre os problemas por elas vividas e identificar suas causas e consequências.• Ajudar as famílias em situações especiais.• Difundir o valor da família cristã.• Construir equipes, formar, planejar e executar atividades da Pastoral Familiar.Venha conhecer a Pastoral Familiar. Esperamos por você!

A Congregação para a Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), anuncia orientações pastorais sobre a Comunhão Eucarística para pessoas com doença celíaca. A doença celíaca é uma condição autoimune, desencadeada pelo consumo do glúten presente no trigo, na aveia, na cevada, no centeio e em todos os derivados destes cereais.

Orientações Pastorais A doença celíaca é uma condição autoimune, desencadeada pelo consumo do glúten

presente no trigo, na aveia, na cevada, no centeio e em todos os derivados destes cereais. Ela pode se manifestar em qualquer fase da vida, afetando todo o corpo e, se não tratada, pode trazer consequências graves para a saúde das pessoas celíacas. Há formas dessa doença em que a pessoa é afetada até mesmo pela presença de traços de glúten ou até pelo simples contato com ele. Segundo as estatísticas, a cada 400 pessoas, uma é celíaca. Isto coloca um desafio particular para a comunhão eucarística segura dessas pessoas.

A Congregação para a Doutrina da Fé deu orientações a esse respeito (cartas circulares aos presidentes das Conferências Episcopais – junho de 1995 e julho de 2003). De acordo com essas orientações, os Ordinários podem conceder aos presbíteros e aos leigos afeta-dos pela doença celíaca a permissão de usar pão com pouca quantidade de glúten. A Con-gregação adverte, no entanto, que essa quantidade deve ser suficiente para a obtenção da panificação, não podendo ser acrescentada nenhuma matéria estranha à substância do pão. Estabelece ainda que, quando o fluxo celíaco é tal que impeça a comunhão sob a espécie do pão, mesmo parcialmente desprovido de glúten, o fiel leigo pode comungar somente sob a espécie do vinho. O presbítero que se encontrar nesta condição pode comungar somente sob a espécie do vinho quando participar em uma concelebração. É dever do Ordinário certificar-se de que o produto utilizado seja conforme a estas exigências. Esta licença pode ser dada para o período que durar a situação que motiva o pedido.

Requer-se, portanto, uma organização litúrgica que inclua procedimentos adequados às necessidades das pessoas celíacas, para que elas não venham a sofrer discriminação e se sintam plenamente acolhidas e integradas na vida da Igreja. É importante que bispos, presbíteros, diáconos e ministros extraordinários da comunhão eucarística tenham conhe-cimento a respeito desta doença e tomem consciência dos cuidados que ela exige. A fim de garantir a comunhão eucarística segura das pessoas celíacas é preciso atenção ainda ao risco de contaminação com traços de glúten nas partículas especiais e no vinho durante o armazenamento ou o manuseio.

Em vista da atenção e dos cuidados necessários, recomendamos que: 1) as pessoas celíacas apresentem-se ao pároco, para que ele possa tomar as providên-

cias adequadas;2) as pessoas celíacas tenham acesso às partículas especiais válidas para a comunhão;3) o armazenamento dessas partículas, a preparação delas para a Santa Missa e a sua

distribuição no momento da comunhão, sigam as regras de segurança para estes casos;4) as tecas destinadas ao serviço da comunhão para as pessoas celíacas sejam reser-

vadas para esse fim e conservadas em separado das demais;5) haja cálices especiais para os que podem comungar somente na espécie do vinho;6) os cálices e os sanguinhos usados para sua purificação sejam conservados em sepa-

rado;7) aos menores de dezoito anos e às pessoas que tenham restrição ao consumo do ál-

cool, se disponibilize a comunhão com o uso do mosto (suco de uva fresco ou conservado com a fermentação suspensa);

8) seja dada preferência às pessoas celíacas para comungarem por primeiro em uma das filas de comunhão, e que elas mesmas peguem a partícula da teca reservada para elas.

Seria ainda mais seguro se cada pessoa com essa condição de saúde tivesse sua própria teca ou pequeno cálice, conservado em sua casa e levado ao altar no momento da apre-sentação das oferendas.

Recordamos que existem associações especializadas na produção de partículas com as características requeridas, algumas até as distribuem gratuitamente.

O Papa Francisco nos recorda que “a comunidade cristã é chamada a se empenhar a fim de que cada batizado possa fazer a experiência de Cristo nos sacramentos” (Discurso – 11 de junho de 2016). Estamos convencidos de que a atenção às necessidades das pes-soas celíacas e à sua plena participação sacramental contribuirá para o crescimento de toda a comunidade, pois a Igreja é uma comunidade eucarística.

Confiamos o empenho de cada comunidade à materna proteção da Mãe de Jesus, a “mulher eucarística” (S. João Paulo II, encíclica Ecclesia de Eucharistia, n. 53).

CANTINhO DA FAMíLIA

CNBB ANuNCIA ORIENTAçõES PASTO-RAIS PARA COMuNhãO EuCARíSTICA

Depois de Deus, a força do mundo é a família