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Jornal Realidade | 1 Novembro | 2014 Edição 197 - Ano XVII - Novembro de 2014 - Paróquia Sagrado Coração de Jesus - PSCJ - Formiga-MG - Diocese de Luz JORNAL REALIDADE O Rei do Universo: Jesus Cristo quer reinar em nosso coração 02 de novembro: Dia de Finados 1º de novembro a Igreja celebra o Dia de Todos os Santos Dia 23 de novembro celebra-se a solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo, encerrando o ano litúrgico. Com esta festa, a Igreja nos convida a olhar em direção ao futuro para o reino eterno e definitivo de Cristo. Jesus estava ao lado do Pai desde o início, na criação do mundo, e manifestará o domínio do seu reinado, no fim dos tempos, quando julgar toda humanidade. Foi por isso que Je- sus disse a Pilatos. “O meu reino não é deste mundo” (João 18,36). Depois, falando ainda a Pilatos, Jesus afir- ma: “Sim, eu sou rei. É para dar testemunho O Dia de Finados não é um dia de tristeza, mas de saudade. Cremos na vida eterna. A morte vista pelos olhos da Fé no Ressuscitado é um convite para que valorizemos cada dia de nossa vida, como se cada minuto fosse um presente único que Deus nos oferece, um dom que nos permite purificar nossa natureza corruptível em busca das reali- dades que não passam. A morte é um sinalizador vital - “lembras que és pó e, ao pó, retor- narás.” Fica para nós uma pergunta essencial. O que teremos construído interiormente como primícias a serem colocadas nas mãos de Deus quando formos chamados à eternidade? A celebração litúrgica de todos os santos introduz o tema da pleni- tude humana. A Igreja, baseada nas Escrituras e, de modo especial, orientada pelo Evangelho de Jesus Cristo, faz destacar entre homens e mulheres, aqueles cujas vidas foram dedicadas de modo excepcional ao seguimento de Jesus, santos e santas, ornados com a glória dos al- tares. São feixes de luz direcionados para a luz maior, que é o Cristo, fonte de toda luminosidade.Mas a Santa Igreja reconhece que todos os batizados são chamados à santidade. Ser santo não significa ter dons extraordinários nem ser capaz de realizar mortificações ou penitências pesadas, nem passar a vida in- teira ajoelhada em oração. A santidade será sempre o exercício do bem, viver as palavras de Jesus, em um esforço cotidiano em progre- dir nas questões espirituais e caridade fraterna. Todos nós somos chamados a ser santos e devemos eliminar de nós aquela sensação de que eu jamais conseguirei santificar-me. É plantar em nós o desejo de buscar incessantemente nossa santidade em Cristo Jesus! da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz” (João 18,37) Muitas vezes, estamos diante da Verdade, do Rei do Universo e não conseguimos enxergá-lo. Jesus quer ser o Rei, o Senhor de nossa vida, de nossa história. Procuremos enxergá-lo com o coração, e conseguiremos vê-lo ao nosso lado, nos abençoando e conduzindo nossa vida. Deixemos Jesus Cristo, Rei do Universo, rein- ar em nosso coração. Ele quer colocar em nós a Coroa da Vitória sobre o pecado e a morte. Foi para isso que Ele veio ao mundo. Novos horários de missa durante a semana! Venha participar conosco da celebração eucaristica de terça a sexta- feira às 07h00. Lembramos que todas as terças-feiras às 19h30 acontece a missa com as famílias. Rezemos juntos consagrando nossas famílias ao coração de Jesus.

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Jornal Realidade | 1Novembro | 2014

Edição 197 - Ano XVII - Novembro de 2014 - Paróquia Sagrado Coração de Jesus - PSCJ - Formiga-MG - Diocese de Luz

JORNAL REALIDADEO Rei do Universo:

Jesus Cristo quer reinar em nosso coração

02 de novembro:Dia de Finados

1º de novembro a Igreja celebra o Dia de Todos os Santos

Dia 23 de novembro celebra-se a solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo, encerrando o ano litúrgico. Com esta festa, a Igreja nos convida a olhar em direção ao futuro para o reino eterno e definitivo de Cristo.

Jesus estava ao lado do Pai desde o início, na criação do mundo, e manifestará o domínio do seu reinado, no fim dos tempos, quando julgar toda humanidade. Foi por isso que Je-sus disse a Pilatos. “O meu reino não é deste mundo” (João 18,36).

Depois, falando ainda a Pilatos, Jesus afir-ma: “Sim, eu sou rei. É para dar testemunho

O Dia de Finados não é um dia de tristeza, mas de saudade. Cremos na vida eterna. A morte vista pelos olhos da Fé no Ressuscitado é um convite para que valorizemos cada dia de nossa vida, como se cada minuto fosse um presente único que Deus nos oferece, um dom que nos permite purificar nossa natureza corruptível em busca das reali-dades que não passam.

A morte é um sinalizador vital - “lembras que és pó e, ao pó, retor-narás.”

Fica para nós uma pergunta essencial. O que teremos construído interiormente como primícias a serem colocadas nas mãos de Deus quando formos chamados à eternidade?

A celebração litúrgica de todos os santos introduz o tema da pleni-tude humana. A Igreja, baseada nas Escrituras e, de modo especial, orientada pelo Evangelho de Jesus Cristo, faz destacar entre homens e mulheres, aqueles cujas vidas foram dedicadas de modo excepcional ao seguimento de Jesus, santos e santas, ornados com a glória dos al-tares. São feixes de luz direcionados para a luz maior, que é o Cristo, fonte de toda luminosidade.Mas a Santa Igreja reconhece que todos os batizados são chamados à santidade.

Ser santo não significa ter dons extraordinários nem ser capaz de realizar mortificações ou penitências pesadas, nem passar a vida in-teira ajoelhada em oração. A santidade será sempre o exercício do bem, viver as palavras de Jesus, em um esforço cotidiano em progre-dir nas questões espirituais e caridade fraterna.

Todos nós somos chamados a ser santos e devemos eliminar de nós aquela sensação de que eu jamais conseguirei santificar-me. É plantar em nós o desejo de buscar incessantemente nossa santidade em Cristo Jesus!

da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz” (João 18,37)

Muitas vezes, estamos diante da Verdade, do Rei do Universo e não conseguimos enxergá-lo.

Jesus quer ser o Rei, o Senhor de nossa vida, de nossa história. Procuremos enxergá-lo com o coração, e conseguiremos vê-lo ao nosso lado, nos abençoando e conduzindo nossa vida.

Deixemos Jesus Cristo, Rei do Universo, rein-ar em nosso coração. Ele quer colocar em nós a Coroa da Vitória sobre o pecado e a morte. Foi para isso que Ele veio ao mundo.

Novos horários de missa durante a semana!Venha participar conosco da celebração eucaristica de terça a sexta-feira às 07h00. Lembramos que todas as terças-feiras às 19h30 acontece a missa com as famílias. Rezemos juntos consagrando nossas famílias ao coração de Jesus.

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2 | Jornal Realidade Novembro | 2014

EXPEDIENTE: Publicação externa, produzida pela Paróquia Sagrado Coração de Jesus – Equipe de Redação Editorial Pe. Ígor Valadão e Sílvia Jussiara Pereira, Colabora-dores: Agentes das comunidades, Pastorais e Movimentos. E-mail: [email protected]. Telefone: (37) 3321-2955. Jornalista responsável: Bernadete Seixas – Reg. MT11.274/MG – [email protected]. Projeto Gráfico e Diagramação: Alexandre Martins (37) 9132-1141 – Fotografias: Bernadete Seixas, Arquivos da Paróquia SCJ. Correção Ortográfica: Aparecida Guerra - Impressão: Gráfic’s (37) 3351-2623. Tiragem:2.000 exemplares.

Sínodo Extraordinário dos Bispos

Grupo de Oração Cristo Jovem divulga nome da ganhadora da ação entre amigos

Nos dias 5 a 9 de outubro, no Vatica-no, foi convocado pelo Papa Francisco o Sínodo Extraordinário dos Bispos, que abordou o tema: “Os Desafios Pastorais da Família no Contexto da Evangeliza-ção”. A urgência da Igreja em discutir o

O Grupo de Oração Cristo Jovem agra-dece a todos que contribuíram na compra da rifa do mini system. Que Deus retribua a você e sua família com muitas bênçãos. A ganhadora foi Celina Aparecida Cunha, moradora da Rua Dona Hortência, Bairro

NOTÍCIAS DAS COMUNIDADES

Novembro:tempo das alegrias de Deus

Estamos iniciando mais um mês, na certeza de que Deus está sempre presen-te em nossa vida. Já nos encaminhamos para o final do ano, colhemos as alegrias do Ano da Graça em nossa vida e acol-hemos com carinho o Pe. João Paulo, que iniciou seu ministério presbiteral em nossa paróquia no último mês de outu-bro.

Fazemos memória aos nossos falecidos no dia 02, Dia dos Mortos. A Igreja nos lembra a tradição de rezar pelos mortos, daquelas pessoas que já se foram para a Casa do Pai, mas não podemos nos lembrar delas com um coração cheio de tristeza, mas de saudade de quem, um dia, foi importante em sua vida. Que nos-sa oração nos ajude a descobrir que Deus caminha conosco naqueles que, um dia, foram reflexo dele aqui na terra, em espe-cial, na sua vida.

Celebraremos no dia 27 de novem-bro, às 19:00hs, o Dia Nacional de Ação de Graças e o encerramento do Ano da Graça. Contaremos com a presença do Missionário, Cantor e Deputado Federal Eros Biondini. Nessa celebração, vamos render Graças a Deus por sua bondade, de modo especial, em nossa paróquia, ano abençoado em que vivemos e volta-mos nosso olhar para a vivência do amor comunitário que nos sustenta para a missão.

Obrigado a você, que nos ajuda a evan-gelizar. Obrigado a você, agente das mais diversas pastorais, comunidades e movimentos que evangelizam em nossa paróquia. Que Deus derrame em bênçãos e graças a sua doação generosa e o seu amor pela Igreja.

PadreIgor Valadão

Pároco Paroquia Sagrado Coração de Jesus - Formiga

Diocese de Luz.

EDITORIAL

Assembleia Paroquial serárealizada em dezembro

tema família é devido às mudanças cult-urais, frente às dificuldades que ela sofre para viver sua vocação matrimonial, que é a vocação para o amor. Em outubro de 2015, será realizado o sínodo ordinário que deverá concluir os trabalhos iniciados no sínodo deste ano. Rezemos para que a Igreja possa encontrar linhas adequadas de ação pastoral, que ajudem as famílias a viverem a beleza de sua vocação para o amor.

Sagrada Família!

Abençoai e santificai nossas famílias.

Sagrado Coração de Jesus.O Grupo de Oração Cristo Jovem é re-

alizado todos os sábados, às 20h15, no Salão Paroquial.

Venha participar!

Após a assembleia paroquial de 2013, trabalhamos, procuramos cumprir as metas e os planos de ação. Neste final de ano, teremos uma nova assem-bleia paroquial, que será realizada no dia 06 de dezembro.

Vamos rezar, preparar-nos bem e planejarmos para uma caminhada par-ticipativa e de comunhão, suscitando entusiasmo e ardor na evangelização da paróquia em 2015.

Que Maria, estrela da evangelização, nos ajude.

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Jornal Realidade | 3Novembro | 2014

Durante toda a sua vida e até sua última provação, quando Jesus, seu Filho, morreu na cruz, sua fé não vacilou. Ma-ria não deixou de crer “no cumprimento” da Palavra de Deus. Por isso a Igreja venera em Maria a realização mais pura da fé. (CIC149).

O evangelho de Lucas apre-senta Maria como a discípula fiel, que faz na sua limitada humanidade uma grande ex-periência do Verbo Encarnado.

No vv. 19, do segundo capítulo de São Lucas é-nos dada uma in-formação quanto á atitude de Maria diante dos acontecimentos com seu Filho Jesus: “Maria, contudo, conservava cuidadosa-mente todos esses acontecimentos e os meditava em seu cora-ção”. Maria é uma mulher que ativamente vai confrontando os sofrimentos, situações, alegrias, tristezas, enfim, tudo que acon-tecia com a vinda do seu Filho com sua fé. Mulher sofredora como todas as outras, que não tinha voz e nem vez naquele tem-po, ela é a discípula fiel do Seu Filho, por mais que não entenda plenamente o que está acontecendo.

Vemos, na Mariologia Lucana, uma realidade profunda da hu-manidade de Maria, que confronta o Mistério da Encarnação com a realidade vivida por ela diante do seu Filho. Observamos que no quadro da anunciação (Lc 1,26-38), Maria decide an-corar sua vida no mar infinito que é o amor de Deus. Porém, tal opção não preservará sua vida das angústias, dos medos, das an-siedades, da tristeza e do luto. Ela, ao contrário, fazendo opção de aceitar o projeto de Deus na sua vida, coloca-se como dis-cípula que aprende com o Mestre como fazer da vida uma oferta de amor e dedicação ao outro. O que leva sua vida em direção a Deus é a sua convicção de que Ele tudo pode, tudo conhece e tudo conduz. Ela se entrega aos cuidados d´Aquele que a preser-vou do pecado original (“kecharitomene”) e faz da sua vida um lugar de manifestação do Amor de Deus.

A grande figura de Maria presente nesse quadro lucano é que, na sua intimidade (coração), Maria se deixa conduzir por Deus e busca compreender (meditava) tal “Mistério” que seus olhos contemplam e seus sentidos experimentam (cf. Lc 1, 46-55), mesmo que em alguns momentos não compreenda os desígnios do Pai por causa da sua humanidade carregada da imperfeição. Maria representa os pobres, os excluídos e os marginalizados da sociedade daquela época, que experimentam da misericórdia do

A obediência de Maria e sua opção de crer na Palavra de DeusPai. Ela relê sua vida a partir da Palavra manifestada a Abraão, a Moisés e aos profetas que outrora tiveram a missão de exortar o povo à fidelidade ao Deus único. No quadro da anunciação, Maria relê sua vida a partir da Palavra manifestada a si mesma, e conforma sua liberdade e vontade ao projeto de salvação ini-ciado por Deus na libertação do êxodo (cf. Ex 1 - 34; Dt 5 - 8) e que em Cristo caminha para libertação definitiva. Deus usa de diversos caminhos para que este projeto seja concluído. Ele deseja salvar Seu povo e, no rosto de uma simples menina de Nazaré, dá a missão de gerar o nosso Salvador. Por isso, quan-do falamos que Maria relê sua vida, significa que ela reflete ou medita, no hoje da sua história, o que Deus deseja que se faça na sua vida, ou seja, qual é a vontade de Deus para a vida dela. E aqui fica o grande exemplo que cada filho de Deus deve tomar como referência em sua vida: a nossa opção por Cristo deve nos levar a compreender a vontade de Deus para nossa vida, no agora da nossa história, mesmo que devido à nossa pequenez e humanidade frágil, não nos permita ser fiéis a todo momento: se-jamos anunciadores convictos do Mistério do Verbo Encarnado. Crer significa também apoiar-se na Palavra de Deus e deixar-se interpelar por Ela, com seu conteúdo de Amor de Deus pela hu-manidade. Para vencermos os momentos de deserto, de dúvidas, de tentação, de angústia, de medo, de provações, de tristeza e de luto devemos deixar nossa vida inebriar-se pelo infinito Amor de Deus. Como fazer isso? Através da escuta da Palavra de Deus que fará ancorar nossa vida nesse mar infinito que é o amor di-vino, percebendo que tudo está sob a guia D´Ele, mesmo que eu não compreenda os acontecimentos na minha vida.

Na teologia de Lucas, podemos retirar três pistas da vida de Maria que nos incitam à fidelidade a Deus: ouvir a Palavra de Deus (cf. Lc 1, 26-38); perseverar na oração (cf. At 1,14); co-locar em prática a Palavra e fazer a vontade de Deus na minha vida. Que possamos realizar na nossa vida a Palavra que nos foi transmitida, e, vivificados pelo Espírito, façamos obras que se tornem sinal da vontade de Deus no meio da sociedade, da nossa família e da nossa comunidade. Estes ambientes se encon-tram cada vez mais necessitados pela Palavra que permanece e perscruta o mais íntimo do ser humano. Dê sua resposta cristã de alegria e fé do Ressuscitado. O mundo precisa conhecer esta Palavra! Ancorados na certeza de Maria que Deus tudo conduz, busquemos converter nossa vida para o caminho da glória de Cristo.

“Maria é testemunha da revelação de seu Filho, avançou na peregrinação da fé e tornou-se figura e modelo do verdadeiro discípulo.” Dom Bruno Forte

Seminarista Ednaldo Vinícius Correia de Oliveira

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4 | Jornal Realidade Novembro | 2014

Agenda do Mês de NovembroSaiba defender sua Fé Chorar os mortos: uma necessidade

de comunhão com eles?

Em cada pessoa que morre, nós morremos um pouco. É como se algo fosse destruído em nós. E quando se trata de par-ente, a aceitação se torna penosa e difícil diante da sensação de perda, de

separação para sempre.A necessidade de estar perto, de manter contato, de não

se separar, levou sempre as pessoas a cultuarem seus mortos, sob as mais diversas formas, até mesmo formas provocadas pelo receio de que os espíritos dos mortos fossem capazes de fazer o mal. À medida que a humani-dade vai se inculturando e aculturando, modifica-se esse culto, mas permanece sempre o mistério da dor, a neces-sidade de comunhão com eles, o respeito pelos que nos precederam.

Nenhuma literatura vai modificar esses sentimentos. Na fé, buscamos algo que nos console, que nos dê outra visão dessa realidade. E a fé nos ensina que assim como Deus ressuscitou Jesus, ressuscitará também nosso ser querido para a vida com ele. A nós não nos cabe julgar se alguém mereceu ou não. Assim, à medida que essa fé nos ajuda, começa em nós a esperança da vida futura.

Essa mesma fé nos ensina que a memória dos mor-tos deve ser respeitada; ensina-nos o respeito aos cor-pos dos vivos e dos mortos que são e foram templos da Santíssima Trindade. Esse respeito nos leva a rezar por eles, colocá-los em nossas missas, visitar o lugar onde os enterramos, guardar certas lembranças evocativas.

O que nos impressiona é o descontrole em que caem as pessoas em relação aos mortos. O despreparo para enfrentar com mais tranquilidade essa hora, as crises de desespero, como se tudo fizesse a história retroceder um minuto, as revoltas contra Deus, que passa a ser o único culpado dessa tragédia.

Deveríamos colocar os pés no chão e refletir, para evi-tar exageros que, para quem morre, pouco significam. Valem muito mais as orações.

Texto adaptado do livro Religião também se aprende.Pe. Hélio Libardi