Jornal Sebrae 254

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Jornal de negocios

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  • negciosJornal de

    Ano XXI | # 254 | maio de 2015 | www.sebraesp.com.br | 0800-570-0800 | radio.sebraesp.com.br facebook.com/sebraesp youtube.com/sebraesaopaulo twitter.com/sebraesp |

    Olho vivo na produtividadeProduzir mais com menos recursos o caminho mais eficiente para fortalecer a competitividade das MPEs | pginas 10 e 11

    Com orientao do Sebrae-SP, Luiz Augusto Bonjorno, da APMX, padronizou e est mudando, por etapas, o desenho da fbrica. A ideia torn-la mais dinmica, inteligente e dar conta dos pedidos de componentes para mveis

    Ateno com o prazo para entrega da declarao anual meis que no apresentarem a dasn-simei at dia 31 sero multados pginas 20 e 21

    Fique por dentro de inovaes que ajudam no dia a dia confira as novidades tecnolgicas na coluna empretechpgina 14

    Como anda a sade de seu negcio?Lanada pelo Sebrae-SP no comeo de 2014, a ferramenta Check-up Empresa j ajudou quase 85 mil empresrios, como Walter Bottura (foto), de Araraquara, a verificar o que est bom e o que precisa ser aprimoradopginas 12 e 13

    Recurso que amplia fronteiras e abre novos mercados Com auxlio do programa Agentes Locais de Inovao (ALI), empreendedores da capital esto descobrindo que incorporar ideias inditas uma boa estratgia para expandir o campo de atuao pgina 24

    Inovar no sinnimo de grandes descobertas tecnolgicas fora do alcance das MPEs Muitas vezes, basta lanar um olhar para um problema cotidiano e encontrar uma soluo incomum. Seguir essa orientao no dia a dia da companhia pode render bons frutos e alargar as chances de sucesso. Com isso, a inovao no significa grandes investimentos ou ideias mirabolantes pgina 2

    capital

    Tiragem regional: 159.426

  • Produtividade SolueS inovaoEMPrEEndEdorISMo ProCESSoSGesto Planejamento neGcios estratGia marketinG Palestras

    cursos Qualidade caPacitao metas Finanas Fbrica

    cloud tags

    uando se fala em inovao, logo vem mente a ideia de que essa

    palavra est ligada a grandes desco-bertas tecnolgicas e a muito inves-timento. Nada disso. O termo pode se aplicar a uma soluo nova para um velho problema do dia a dia e, muitas vezes, nasce em micro e pequenas em-presas que se dispuseram a acreditar no poder lucrativo de uma ideia nova. No se trata de reinventar a roda, diz o consultor do Escritrio Regional do Sebrae-SP Capital Leste II, Marcelo Si-nelli. Basta olhar para os problemas do cotidiano e encontrar uma nova maneira de solucion-los. Algo que se aplica dentro da prpria empresa ou na sociedade como um todo.

    Foi o que fez Carlos Andrade San-tos, da Granafer, aps dez anos de tentativas para criar a tecnologia que resultou na EcoGratu, uma linha de

    mquinas de jateamento turbina-da com granalha (partculas de ao), para pintura industrial, que, alm de menor custo e maior produtividade, minimiza os danos natureza. A ex-perincia de Santos e do scio, ambos engenheiros com mais de 30 anos de atuao na indstria automobilstica, foi decisiva para o progresso da em-presa, hoje com quatro anos e sete pa-tentes j registradas.

    O contato dos empresrios com o Sebrae-SP, via Escritrio Regional Ca-pital Leste II, deu robustez ao plano de negcios de um novo produto da Granafer, lanado no ano passado: a MiniEkus, uma mquina de jatea-mento porttil indita no mercado. Inovao acontece quando se parte de um problema real, avalia Santos. Ele d como exemplo a iniciativa de um padeiro do bairro onde mora, que,

    para evitar a fila formada no estabe-lecimento em decorrncia da espera do pozinho, decidiu avisar por tor-pedo clientela quando o produto sa-sse do forno. Uma deciso que agra-dou a todos e evitou tumulto no local.

    Foi tambm com uma medida to bsica quanto a do torpedo que Isidoro Cordeiro de Souza, do Estao Pinhei-ros Caf e Restaurante, conseguiu eli-minar a fila que espantava os clientes

    Caminho que est ao alcance de todosO processo inovador pode estar presente no dia a dia de qualquer empresa, basta se abrir para fazer algo diferente que resolva problemas do cotidiano

    na hora do almoo. Ele a encontrou com ajuda do Programa Agentes Locais de Inovao (ALI), do Escritrio Regional do Sebrae-SP Capital Oeste, que ofere-ce oportunidades e novas ferramentas para as organizaes inovarem, dife-renciando-se da concorrncia.

    Quando chega empresa, o ALI faz um diagnstico inicial. Com base no que foi levantado, surgiu a propos-ta: bastava desencostar um mvel da parede e abrir passagem para que os clientes se servissem dos dois lados do aparador. Tambm passamos a oferecer um brigadeiro para quem viesse almoar antes das 12h ou aps s 13h30, que nosso horrio de rush, conta Souza. Fila resolvida, ele incor-porou exposies de arte alternadas de trs em trs meses no local, e con-seguiu ampliar o movimento do res-taurante ao longo do dia.

    Usar torpedos para avisar

    clientes sobre novas fornadas de pes eliminoU filas

    na padaria

    Q

    2 | jornal de negcios | capital

  • edio 254 | maio de 2015 | 3

    Inspirao de cabeceira

    CRIATIVIDADE S.A. (Ed. Rocco)Como construir uma cultura da criatividade? Ed Catmull responde esmiuando a histria da Pixar estdio que criou filmes como Toy Story e foi fundado por ele com Steve Jobs e John Lasseter.

    EMPREENDEDORES ESQUECIDOS (Ed. Elsevier)Fabio Zugman traz ideias e tcnicas para profissionais liberais (como advogados, dentistas, psiclogos e arquitetos) conseguirem administrar suas prticas e melhorar o atendimento.

    OS 5 DESAFIOS DAS EQUIPES (Ed. Elsevier)Fbula sobre liderana, de Patrick Lencioni, um best-seller que ganhou verso em quadrinhos para mostrar as cinco disfunes que destroem qualquer equipe.

    ELOGIE. SUGIRA. CRITIQUE. RECLAME. Queremos ouvi-lo: 0800 570 0800 [email protected] www.sebraesp.com.br > clique em OUVIDORIA.

    aportes na infraestrutura e no desenvolvimento urbano somam r$ 460 bi

    estudo da Federao das indstrias do estado de So Paulo (Fiesp) mostra que, em 2014, o Brasil investiu R$ 460 bilhes no setor de infraestrutura (energia, transportes e telecomunicaes) e no desenvolvimento urbano (habitao, mobilidade urbana e saneamento). Para atingir um patamar positivo at 2022, so necessrios R$ 560 bilhes a cada ano, ou 9,8% do produto interno bruto (PiB) nacional. a mdia anual de recursos direcionados infraestrutura, entre 2010 e 2014, foi de R$ 184,5 bilhes, em torno de 3,8% do PiB nacional.

    Inflao resistente e elevada, juros e tari-fas nas alturas, carga tributria ainda mais pe-sada, fuga de investimentos, queda no nvel de emprego. Como previmos, 2015 est sendo um dos anos mais difceis dos ltimos tempos.

    Os horizontes se estreitam ainda mais quando vemos que a soluo escolhida no ataca a reduo dos gastos pblicos e prioriza a fria arrecadatria, responsvel pela entrada de R$ 1,8 trilho nos cofres pblicos em 2014 o correspondente a 37% do PIB.

    Os empresrios j sentiram os impactos de-vastadores. Pesquisa do Sebrae-SP mostrou que, em janeiro, as micro e pequenas empresas registraram recuo de 14,8% no faturamento em relao a 2014. O nmero de empregos tambm est em queda (-2,5%), bem como o ndice de rendimento real do trabalhador (-6,6%).

    Com isso, o nvel de confiana do empresa-riado despencou: 43% esperam piora na eco-nomia nos prximos seis meses, recorde de pessimismo da srie, iniciada em maio de 2005.

    o prenncio da volta do ciclo pernicioso da retrao econmica. Cabe decidir como vamos

    sair desta: estraalhados ou fortalecidos. No que depender de nossa atuao, venceremos esta guerra. Por isso, vamos atacar em dois fronts.

    O momento de correr menos riscos e po-tencializar as oportunidades. Ou seja, hora de redobrar os investimentos em planejamen-to e monitoramento e ficar de olho no merca-do. Para facilitar o acesso a tudo isso, aqui, no Sebrae-SP, vamos ampliar produtos e servios focados em gesto e competitividade. Em 2014, realizamos cerca de 500 mil capacitaes e, neste ano, sero mais de 700 mil.

    Do outro lado, exigiremos que os governos fa-am a sua parte. Recentemente, instalamos na Fiesp o Comit de Ao Permanente contra o au-mento dos impostos, reunindo lideranas empre-sariais e centrais sindicais. Nosso lema: implan-tar a receita do menos: menos juros, menos impostos e menos gastos pblicos, uma vez que a frmula do mais comprovou-se equivocada.

    A reduo das gorduras que no comprome-tem o bom andamento do Pas vai sinalizar aos empresrios e investidores que, enfim, todos es-to fazendo a sua parte. Porque menos mais!

    Menos mais

    Paulo skaf,

    Presidente do Conselho Deliberativo do sebraesP

    exPeDientePublicao mensal do Sebrae-SPTiragem total500 mil exemplares

    CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: Paulo SkafACSP, ANPEI, Banco do Brasil, Faesp, FecomercioSP, Fiesp, Fundao ParqTec, IPT, Desenvolve SP, SEBRAE, Secretaria de Desenvolvimento Econmico, Cincia e Tecnologia, Sindibancos-SP, Superintendncia Estadual da Caixa Econmica Federal.DIRETORIA EXECUTIVADiretor-superintendente: Bruno CaetanoDiretor tcnico: Ivan HussniDiretor de adm. e finanas: Pedro Jeh

    JORNAL DE NEGCIOSUnidade Inteligncia de MercadoGerente: Eduardo Pugnali Editora responsvel: Marcelle Carvalho MTB 00885Editores-assistentes: Roberto Capisano Filho e Daniel LopesApoio comercial: Unidade Comercial Giulliano Antonelli (gerente)

    Projeto grfico e produo

    Impresso: Plural Indstria Grfica

    SEBRAE-SPRua Vergueiro, 1.117, Paraso, CEP: 01504-001

    Escritrios Regionais Sebrae-SPAlto Tiet 11 4722-8244 Araatuba 18 3622-4426Araraquara 16 3332-3590Baixada Santista 13 3289-5818Barretos 17 3323-2899 Bauru 14 3234-1499Botucatu 14 3815-9020

    Campinas 19 3243-0277Capital Centro 11 3253-2121 Capital Leste I 11 2225-2177 Capital Leste II 11 2074-6601Capital Norte 11 2976-2988Capital Oeste 11 3832-5210 Capital Sul 11 5522-0500 Franca 16 3723-4188Grande ABC 11 4990-1911 Guaratinguet 12 3132-6777Guarulhos 11 2440-1009Jundia 11 4587-3540Marlia 14 3422-5111

    Osasco 11 3682-7100Ourinhos 14 3326-4413Piracicaba 19 3434-0600Pres. Prudente 18 3222-6891Ribeiro Preto 16 3621-4050So Carlos 16 3372-9503S. J. da Boa Vista 19 3622-3166S. J. do Rio Preto 17 3222-2777 S. J. dos Campos 12 3922-2977 Sorocaba 15 3224-4342Sudoeste Paulista 15 3522-4444 Vale do Ribeira 13 3821-7111Votuporanga 17 3421-8366

  • 4 | joRnal de negcioS

    ao jornal de negcios, ele conta mais sobre a trajetria e as novi-dades da rede.

    Quais lies tirou do insucesso do atacado?Conclu que o crescimento acelerado, sem uma estrutura adequada, peri-goso. O mesmo feeling que leva a um determinado tamanho pode fazer tropear. Tambm aprendi a olhar no espelho e fazer uma reflexo para no repetir as falhas. Percebi ainda que precisava estudar mais. Fiz faculdade de Administrao, uma ps-gradua-o em Varejo e uma extenso inter-nacional no mesmo tema.

    Como surgiu a ideia do pet shop?Foi sugesto de um cunhado que tra-balhava com rao para ces. A prin-cpio, no acreditava que seria vivel.

    o empresrio srgio zimerman pensa grande. treze anos atrs, logo depois de encerrar um co-mrcio atacadista que no deu certo, enveredou por outro ramo: no galpo da antiga empre-sa, na marginal tiet, em so pau-lo, abriu uma grande loja de ar-tigos para animais de estimao, a pet center marginal. em 2014, vendeu parte do empreendimen-to para o fundo americano war-burg pincus focado em um ambi-cioso plano de expanso. em seis anos, espera ampliar para 100 o nmero de lojas, atualmente em 27. presente em so paulo, rio de janeiro, gois e distrito federal, zimerman quer chegar a outros estados brasileiros e, para tanto, achou melhor trocar o nome da marca para petz. em entrevista

    Queria usar o mesmo imvel do ataca-do, que tinha 3 mil metros quadrados. Para mim, um pet shop no teria mais do que 150 metros quadrados. Ento, um fornecedor me falou da Cobasi, que tinha mais ou menos as dimenses do meu galpo. Na ocasio, eu quis ser um franqueado, mas eles no toparam.

    Ento, partiu para a prpria marca.Sim, s que no conhecia nada dessa rea. Restou-me aprender. Fiquei dez dias seguidos visitando a Cobasi, ven-do o que faziam bem e, principalmen-te, onde falhavam. Comecei o meu negcio oferecendo o que eles no ti-nham: venda assistida, ou seja, com consultores orientando os clientes sobre as mercadorias nas gndolas, prestao de servio e comercializa-o de filhotes.

    Tinha noo de quanto cresceria?Quando inaugurei a loja da Marginal, em 2002, o nico objetivo era viabi-liz-la. S em 2004, com tudo dando certo, o vrus do empreendedorismo atacou com a ideia de abrir outras.

    Como preparou o terreno para a expanso?Com o atacado, eu fui muito arrojado. Recorri a financiamentos bancrios e no deu certo. Desta vez, mais caute-loso, reinvesti os resultados do prprio negcio em novas lojas. Em 2009, per-cebi que, para crescer com mais mus-culatura, precisaramos de parceiros.

    Novo nome, sucesso de sempre Com 27 lojas em 13 cidades, a rede Pet Center Marginal passa a se chamar Petz, a fim de seguir o plano de expanso nacional

    pequenos investidores lideram compra de ttulos pblicos

    as vendas do Tesouro direto programa do Tesouro nacional desenvolvido em parceria com a Bolsa de mercadorias & Futuros (Bm&F) e Bolsa de Valores de So Paulo (Bovespa) para a venda de ttulos do governo federal a pessoas fsicas, pela internet, com aplicaes a partir de R$ 30 foram protagonizadas, em fevereiro, por pequenos investidores com at R$ 5 mil, que responderam por 68,3% das operaes. Foram 48.715 transaes no perodo, recorde desde o incio da srie (em 2012), com soma tambm indita, de R$ 366,4 milhes.

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    Que tipo de parceria?Queramos um scio que entrasse com dinheiro e uma estrutura de governan-a. Ento, entendemos que o fundo se-ria o melhor caminho. Fechamos com o Warburg Pincus em 2013, depois de dois anos de negociaes. Eles procuraram conhecer nossa rotina e ns queramos entender como seria nossa relao.

    Por que mudar o nome?Fora de So Paulo, percebemos que a palavra marginal tinha uma cono-tao pejorativa que podia causar rejei-o. Ento, contratamos uma empresa para nos assessorar na construo da nova marca. Petz j usado nas lojas de Braslia, de Goinia e do Rio de Janeiro. Em So Paulo, todas as unidades de-vem adotar esse nome at o fim do ano.

    O que preciso para ter sucesso na rea de pet shop?Conseguir responder pergunta: por que o consumidor viria minha loja e no ao concorrente? A resposta tem de ser: Porque ofereo servio e loca-lizao muito melhores.

    Quais so as tendncias desse setor?O segmento de gatos est crescendo. H 12 anos, 82% de nossos clientes eram donos de cachorros e apenas 8% tinham felinos. Hoje, esses porcen-tuais foram para 78% e 12%, respecti-vamente. So pblicos bem distintos, com suas peculiaridades, que preci-sam ser observadas e atendidas.

  • edio 254 | maio de 2015 | 5

    facebook inaugura laboratrio de inovaoA favela de Helipolis, na capital paulista, foi o local escolhido pelo Facebook para instalar o seu primeiro laboratrio de inovao. A iniciativa integra o projeto Facebook na Comunidade, cujo objetivo capacitar comunidades brasileiras sobre temas como rede social, empreendedorismo e marketing digital. No espao, h 15 computadores de livre uso pelos moradores, fora do perodo das aulas. O curso uma parceria com o SEBRAE e o Interactive Advertising Bureau (IAB) Brasil.

    consumidor usa menos os sites de compras coletivasPesquisa do Servio de Proteo ao Crdito (SPC Brasil) registrou que 47% dos clientes de sites de compras coletivas diminuram a frequncia de consumo. Segundo a economista-chefe da entidade, Marcela Kawauti, o recuo ocorreu porque o internauta est mais consciente em relao s condies estabelecidas pelos contratos de cada empresa ofertante. Bons exemplos so o das refeies em restaurantes, que tm dia certo para uso dos vales de compra, e o de perodos em pousadas, que no abrangem as temporadas.

    em defesa de teto maior para faturamento do meiHoje, o MEI tem um teto de faturamento anual em que ele paga um pouquinho de impostos. Estamos lutando para ampliar para R$ 120 mil e isso vai fortalecer e dar alvio a esse empreendedor, afirma o presidente do Sebrae-SP e da Federao das Indstrias do Estado de So Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. Atualmente, o teto da categoria de R$ 60 mil.

    NO VI DA DES

    mais recursos para gesto e atendimento das incubadas

    o SeBRae vai destinar R$ 28,8 milhes para apoio a at 120 projetos de incubadoras nos prximos 30 meses, em todo o Pas. em parceria com a associao nacional de entidades Promotoras de empreendimentos inovadores (anprotec), a verba se destina melhoria dos processos focados em gesto e atendimento das companhias incubadas. Segundo a diretora-tcnica do Sebrae-SP, Helosa menezes, o aporte contribui na uniformizao do suporte nacional e, a mdio e longo prazos, na melhoria da competitividade das corporaes de alto impacto e com potencial exportador.

    acordos trabalhistas ficam acima da inflaoEm 2014, 91,5% dos acordos firmados entre patres e empregados tiveram reajuste acima da inflao. Os dados so do estudo do Departamento Intersindical de Estatstica e Estudos Socioeconmicos (Dieese). O porcentual um avano, j que, em 2013, o total de negociaes salariais que foram concludas, com ganhos reais para os trabalhadores, ficou em 86,2%.

    Em um ano que confirma as pre-vises de grandes entraves para a economia brasileira, com custos em elevao e mercados cada vez mais retrados, o empreendedor precisa se adaptar e traar estratgias para avan-ar em meio nova realidade.

    Pensando nisso, esta edio do Jornal de Negcios dedica sua prin-cipal reportagem aos desafios para o aumento da eficincia. Com tal pers-pectiva, um dos pontos centrais a superao da baixa produtividade na-cional, explcita no ranking da Confe-derao Nacional da Indstria (CNI), no qual o Brasil ocupa o ltimo lugar entre 12 pases, liderados por Coreia do Sul, Taiwan e Cingapura. Contudo, vai alm, com aes em prol da capa-citao tanto do gestor como dos colaboradores e se consolida na cer-teza de que, para melhorar a compe-titividade, preciso que as solues passem por uma viso global dos pro-cessos da companhia.

    Para muitos, o ponto de partida pode ser uma checagem corporativa, outro tema desta edio. Disponibilizada pelo Sebrae-SP desde o incio do ano passa-do, a ferramenta Check up Empresa j foi utilizada por mais de 85 mil gestores para avaliar a sade do empreendimento e fazer possveis revises nos objetivos e processos. Com proposta simples, ba-seada em questionrio dividido em qua-tro temas: marketing, finanas, gesto de pessoas e administrao geral.

    Uma novidade: a partir deste ms, contaremos com a coluna Empretech, voltada s novidades tecnolgicas vi-veis nas micro e pequenas empresas (MPEs). Na estreia, abordamos os dis-positivos mveis que recebem paga-mento em carto, inovao que j adotada por 250 mil MPEs.

    Para terminar, uma reportagem com tudo o que o MEI precisa saber para entregar a declarao anual. O prazo final dia 31 de maio. Bons negcios!

    Eficincia na criseBruno Caetano,

    diretorsuperintendente do sebraesP

    @bcaetano

    [email protected]

    www.facebook.com/bcaetano1

  • 6 | joRnal de negcioS

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    Kleber Bordini de Souza, dono da Kabler Calados e Confeces, conseguiu reduzir suas perdas para um tero

    studo divulgado em fevereiro pelo Instituto Brasileiro de Va-

    rejo e Mercado de Consumo (Ibevar) apontou que as perdas no comrcio chegam a 2,3% do faturamento lqui-do. O levantamento foi realizado com 2,1 mil lojas brasileiras, entre elas, 230 micro e pequenas, em 2013. O ndice o maior da srie histrica, iniciada em 2002, e est acima das mdias mun-dial (1,36%), da Amrica Latina (1,6%) e da Amrica do Norte (1,49%).

    A alta atribuda a dois fatores. O primeiro positivo: significa que est havendo um maior dimensiona-mento das perdas por parte das em-presas. O segundo, nem tanto: est relacionado ao aumento das vendas no acompanhadas de medidas pre-ventivas adequadas.

    O dado acende o sinal vermelho e mostra que esse um gargalo que precisa ser enfrentado para preservar os lucros do empreendimento. Para comear, preciso saber exatamente quais so os focos a serem combati-dos. Sob esse guarda-chuva, deve ser contabilizado tudo que envolve a ati-vidade de vendas associadas a rou-bos, furtos e problemas operacionais, inclusive formao errada de preo e

    Para o lucro no ir pelo ralo Informao uma das armas que ajudam a combater as perdas no varejo, que correspondem, em mdia, a 2,3% do faturamento lquido

    financiamentos do bndes registram queda de 7%

    apesar de responderem por 96,2% do total de operaes de financiamento do Banco nacional de desenvolvimento econmico e Social (BndeS) em 2014, as micro, pequenas e mdias empresas apresentaram retrao no volume demandado. o total foi de R$ 59,37 bilhes, queda de 7%, diante de 2013. Segundo o banco, o desempenho foi influenciado pelo carto BndeS, que fez 795.242 transaes, com liberaes recordes de R$ 11,5 bilhes. isoladas, as micro concentraram a maior soma liberada pelo agente financeiro: R$ 28,694 bilhes.

    E clculo equivocado de estoque, algo mais frequente do que se imagina. O consultor do Sebrae-SP Gustavo

    Carrer alerta que o varejista precisa en-tender que todas as lojas, sem exceo, tero perdas, mesmo que no sejam conhecidas por deficincia na realiza-o do inventrio. Por isso, necessrio identific-las para que sejam adminis-tradas e reduzidas.

    Para o presidente da Academia de Varejo, Jos Roberto Securato Jnior, a divulgao de informaes relaciona-das aos prejuzos no apenas orienta as aes preventivas, como tambm possui um carter pedaggico. O es-tudo do Ibevar, alm de registrar as perdas, aponta as medidas mais uti-lizadas pelas empresas de varejo para mensur-las e control-las.

    A realizao de inventrios regula-res um dos mecanismos de preven-o. Muitas das pequenas empresas pesquisadas pelo Ibevar realizam essa operao a cada seis meses (65%) ou apenas uma vez por ano (35%). Entre-tanto, o recomendvel inventariar, no mnimo, uma vez por ms, segun-do o consultor Azevedo. O ideal seria realizar as auditorias uma vez por se-mana, diz ele. Sem esse passo bsico,

  • edio 254 | maio de 2015 | 7

    micro e pequenas puxam a alta da demanda por crdito em fevereiro

    Repetindo a situao de janeiro deste ano, as micro e pequenas empresas (mPes) lideraram o movimento de busca por crdito em fevereiro. Segundo dados do indicador Serasa experian de demanda das empresas por crdito, a procura aumentou em 5,8% em fevereiro de 2015, comparado a janeiro. em relao ao mesmo perodo de 2014, o levantamento apurou alta de 4,8%. o consolidado no primeiro bimestre de 2015 indica que houve avano de 5,6% em relao ao mesmo perodo do ano passado.

    Fonte: Estudo realizado pela Abras, GPP, Provar-Fia e Nielsen

    Principais focos de perdas no varejo

    33+19+15+14+10+9+M32,8%quebra operacional19,5%furto externo15%furto interno

    14,1%erros administrativos

    9,5%fornecedores

    9,1%outros ajustes

    todo o resto para prevenir o prejuzo ser intil.

    FORMAS DE CONTROLE Kleber Bordini de Souza, da Kabler Calados e Confeces, sabe bem do que Carrer fala. H cinco anos, che-gou a contabilizar perdas de 12% do faturamento lquido. Buscou consul-toria do Sebrae-SP e, com as medidas adotadas, o porcentual caiu para 4% atualmente.

    O empresrio conseguiu detectar quais falhas nos inventrios do esto-que, realizados apenas uma vez por ano, encobriam dois problemas. O primeiro deles eram os furtos prati-cados por colaboradores. O segundo, a compra excessiva de mercadorias. O estabelecimento de regras que mu-daram esse quadro passou pela con-tratao de uma empresa terceirizada para auditar os inventrios, que so realizados, no mnimo, de trs em trs meses. O usual, agora, conferncia semanal, conta Souza.

    Depois de mapear os gargalos do negcio, ele investiu na instalao de antenas e alarmes nos produtos, es-

    tendendo o plano de ao para todas as dez filiais da rede, que ganharam cmeras. As compras tambm foram ajustadas. Hoje, elas so orientadas pelos dados das auditorias, evitando erros nas quantidades, observa ele.

    Souza seguiu pelo caminho certo, de acordo com o consultor do Sebrae-SP. Fazer o mapeamento detalhado de possveis focos de perda fundamen-tal para localizar onde est o erro de processo. Com isso, possvel corrigir os tropeos, como os de recebimento de mercadoria. Quando o acesso ao es-toque feito por terceiros, por exem-plo, a conferncia tem que ser rgida. preciso investir tambm em trei-namento de equipe porque o fator hu-mano determinante nesses casos, recomenda Carrer.

    Ou seja, no adianta aplicar recur-sos em tecnologias de ponta se no houver algum capacitado para ope-rar o sistema. Muitas vezes, destaca o consultor, um simples recurso como um espelho na parede o suficiente para coibir furtos. Tudo vai depender do layout da loja, que deve ser planeja-do com tal objetivo.

    1. Priorizao do tema as perdas

    devem ter espao nas reunies

    com a equipe da loja e ter a mesma

    importncia de temas como

    aumento de vendas e reduo da

    inadimplncia ou de custos.

    2. Mapear os processos e

    identificar riscos e pontos

    de controle aps a implantao

    de inventrios, realize o

    mapeamento dos processos mais

    crticos e identifique potenciais

    riscos e quais os melhores pontos

    de controle. Se necessrio,

    contrate um profissional

    especializado em preveno

    de perdas para auxili-lo.

    3. Estudo e implantao de

    dispositivos de preveno

    de perdas com o mapa de

    riscos nas mos, busque entre

    as empresas especializadas

    no segmento as principais

    alternativas de dispositivos para

    apoiar as aes preventivas.

    Considere que, para cada tipo

    de negcio, arquitetura de loja

    e oramento, existe uma soluo

    de segurana mais adequada.

    4. Treinamento de equipe a

    preparao, o treinamento

    e o comprometimento dos

    funcionrios devem ocorrer

    desde o incio do programa.

    Mas necessrio que todos

    sejam atualizados e orientados

    novamente aps a implantao

    dos equipamentos e rotinas

    de controle.

    5. Definio de metas e

    campanha de incentivo com a

    sistematizao dos inventrios

    e as adoes dos dispositivos

    de segurana, dos pontos de

    controle e do treinamento da

    equipe, o passo seguinte a

    implantao de metas e de

    um programa de incentivo.

    fundamental estabelecer uma

    poltica de premiao pela

    reduo das perdas em vez de

    punio pela simples ocorrncia,

    no eximindo cada um de suas

    responsabilidades.

    CoMo iMPlaNTar uM PrograMa DE PrEvENo

    Fonte: Sebrae-SP

  • 8 | joRnal de negcioS

    asar, descasar, recasar. E come-morar: um comportamento que

    tem fomentado um mercado bilion-rio no Brasil, de aproximadamente R$ 15 bilhes anuais, segundo a Asso-ciao dos Profissionais, Servios para Casamento e Eventos Sociais (Abrafes-ta). Estima-se que, para preparar uma cerimnia, os noivos precisem reunir de 38 a 42 servios diferentes. Isso sig-nifica oportunidade de negcios para micro e pequenas empresas.

    Dados do IBGE indicam que todo ano acontecem mais de 1 milho de unies no Brasil, sem contar os recasamen-tos aqueles em que ao menos um dos cnjuges era divorciado ou vivo. No toa, estima-se que a indstria cresceu 8% no ano passado sobre 2013, e os gas-tos com festas e cerimnias tm apre-sentado uma expanso anual mdia superior a 10%, segundo a Abrafesta.

    A corrida para o altar deve conti-nuar grande: h 34 milhes de soltei-ros no Brasil entre 20 e 40 anos. Eles

    E foram prsperos para sempreCom mais de 1 milho de unies realizadas todo ano no Pas, o segmento de casamento um nicho sempre promissor para MPEs

    cado ter tempo para cuidar de tantos de-talhes. Essa carncia de bons fornecedo-res abre uma janela de oportunidades.

    Brecha que no passou despercebi-da pelo empresrio Mrcio Casablanca, da Casa Noiva e organizador do Casar ABC, um shopping temtico, prestes a ser inaugurado na Grande So Paulo, que reunir 35 lojas especializadas em uma rea de 1,5 mil metros quadrados. Os setores atendidos vo de vesturio e calados at gastronomia e impresso de convites. Na nossa loja de vestido de noivas, praxe trabalhar com uma lista de indicaes de vrios outros servios para os nossos clientes e sempre havia esse pedido de reunir tudo num nico lugar, conta Casablanca.

    Segundo ele, para se destacar nes-se terreno, imprescindvel investir em marketing. Mercado existe, mas quem no visto no lembrado, destaca Casablanca, para quem o so-nho de casar est no imaginrio cole-tivo e no depende de classe social.

    Fernanda de Oliveira, da Zete Fes-tas, concorda que o que ajudou a con-solidar o negcio da me, h 37 anos atuando no segmento, foi justamen-te o marketing no caso dela, aquele feito boca a boca, pela clientela cativa conquistada pela qualidade dos pro-dutos que entrega. preciso ter boas opes para todos os gostos e bolsos, afirma. H quem se encante com o tradicional e quem demande novida-de, exclusividade.

    MULTIPLICAO DOS DOCESFoi da cozinha de Dona Aparecida Do-nizete Freitas, a Zete, me da Fernan-da, que saram os primeiros doces e salgados sob encomenda. Quatro anos depois, me e filha alugavam o pri-meiro galpo para atender aos bufs, que comeavam a procur-las para o fornecimento das guloseimas. Hoje, metade da produo vai para esses es-tabelecimentos, e a outra, diretamen-te para o consumidor final.

    C nasceram nas dcadas de 1970 e 1980 e formam a maior gerao de todos os tempos. Cerca de 40% deles 14 mi-lhes de pessoas querem casar nos prximos dois anos. Se apenas a me-tade concretizar o desejo, o resultado ser algo em torno de R$ 70 milhes movimentados, em mdia, por dia.

    Entretanto, hoje, organizar um casa-mento pode ser quase to complicado quanto encontrar a pessoa ideal. dif-cil achar bufs de qualidade. trabalho-so encontrar decoradores que caibam no oramento. E, acima de tudo, compli-

    estoques so os maiores desde junho de 2011

    o ndice de estoques (ie), calculado pela Federao do comrcio de Bens, Servios e Turismo do estado de So Paulo (FecomercioSP), apontou que 32,2% dos empresrios consideram o seu estoque elevado demais. o porcentual o maior registrado na srie histrica, que teve incio em junho de 2011. o indicador apontou queda de 2,9% em maro em relao a fevereiro de 106,9 para 103,9 pontos. o ndice varia de zero (inadequao total) a 200 pontos (adequao total).

    Dono de uma aloja de vestidos de noivas, o empresrio Mrcio Casablanca est investindo agora em um shopping com vrios servios para atender ao setor

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    GASTOS COM FESTAS E CERIMNIAS TM APRESENTADO UMA ExPANSO ANUAL

    MDIA SUPERIOR A 10%

  • edio 254 | maio de 2015 | 9

    velocidade de conexo internet faz brasil cair em ranking

    a velocidade da banda larga do Brasil quase no teve alterao no ltimo trimestre de 2014, face ao perodo imediatamente anterior, evoluindo de 2,9 megabits por segundo (mbps) para 3 mbps, nas conexes fixas. a mdia global para a modalidade de 4,5 mbps. a leve variao derrubou a posio do Pas no ranking da empresa norte-americana akamai. de 83 colocado, na sondagem anterior, foi para 89, atrs, na amrica do Sul, de pases como colmbia, equador, Peru, argentina, chile e Uruguai.

    So produzidos mensalmente 80 mil doces e 170 mil salgados, por um time que agora soma 24 pessoas en-tre os colaboradores contratados e os terceirizados. A mudana para uma cozinha industrial, com capacidade de aumentar em 40% a produo, foi consequncia da segunda fase de ex-panso realizada por Fernanda.

    Embora o ano de 2014 tenha sido um pouco afetado pelos jogos da Copa do Mundo de Futebol, que levou ao adiamento de muitas festas, foi consi-derado bom. Mas nada se compara a esse primeiro bimestre de 2015, quan-do os negcios cresceram 30% sobre igual perodo do ano passado. E quem gosta dos servios prestados volta sempre, seja para realizar a primeira festa de aniversrio do filho, seja para o batizado. Sem contar convidados que compareceram festa, gostaram e pediram recomendao.

    SERVIOS NA REDENo diferente no iCasei, empresa que cria sites personalizados de matrim-nios, com mais de 80 recursos interati-vos, como confirmao de presena e lista de presentes online. L, o fatura-mento fechado de 2014 foi de R$ 10 mi-lhes, alta de 35% em relao a 2013 se-gundo o CEO da empresa, Luis Machado.

    Em 2014, 50 mil unies foram aten-didas pelo portal iCasei. Atualmente, so investidos R$ 2,5 milhes por ano na empresa. Parte desse valor foi usada para criar a nova verso do portal, que entrou no ar em dezembro do ano pas-sado. O trfego do iCasei gira em torno de 2,5 milhes de visitas nicas men-sais. A expectativa de Machado, que j atendeu a mais de 200 mil casais em todo o Pas, de crescer 40% em 2015.

    Se tudo se concretizar, os ventos sopraro a favor de empresas como a Maria Lembrancinha que desde 2009, quando foi lanada, v o fatura-mento dobrar ano a ano e at mesmo a Festas de Divrcio, exclusiva para comemoraes de casamentos desfei-tos. Criada em 2010 por iniciativa das scias Meg Souza, divorciada, e sua assessora de casamento, Tatiana Ban-deira, a empresa viu os negcios cres-cerem 60% nos ltimos dois anos.

  • 10 | joRnal de negcioS

    Luiz Augusto Bonjorno, analista de Recursos Humanos da APMX: ajustes no layout da fbrica e treinamento de funcionrios para absorver mudanas

    egundo uma pesquisa da Con-federao Nacional da Indstria

    (CNI), no estamos bem na foto quan-to produtividade [veja quadro Na Lanterna] em comparao com outros pases. O levantamento leva em conta grandes companhias, mas a realidade no diferente entre as micro e pe-quenas empresas (MPEs) que, muitas vezes, no sabem nem como avaliar sua produo para identificar se sa-tisfatria ou se precisa ser repensada.

    Incrementar o desempenho nes-se quesito no significa apenas au-mentar o volume. Produtividade a expresso da eficincia, ou seja, otimizar o uso dos recursos dispon-veis, aponta o consultor do Escritrio Regional do Sebrae-SP em Araraqua-ra, Evandro Di Todaro Jnior. Segun-do ele, muitos donos de MPEs no se preocupam em buscar as ferramen-tas existentes no mercado com esse fim, tantos outros no esto abertos a mudanas nem encaram as novas tcnicas de gesto como investimen-to e sim como custo.

    No falta apoio para quem opte por planejar antes de iniciar atividades. O Sebrae-SP conta com oficinas, pales-tras, workshops, cartilhas e assesso-rias nas mais diversas reas (Recursos Humanos, finanas, marketing, lay out produtivo, planejamento e con-

    trole da produo, gesto de estoques), alm da possibilidade de participar de misses locais, regionais e inter-nacionais para apoiar o empresrio e ampliar suas chances de sucesso no futuro negcio ou mesmo para revi-talizar o que j existe.

    Outro tabu que os empresrios devem ultrapassar o de que, para conseguir atingir boas metas nessa rea, basta implementar aes dire-tamente na rea de transformao dos insumos. Ao contrrio, a melhoria depende do envolvimento de toda a companhia, englobando tambm fi-nanas, funcionrios, compras, ven-das e fornecedores.

    Para vencer os obstculos, Todaro Jnior acredita que preciso investir em uma mudana cultural de nossos empresrios. Na Itlia, por exemplo, MPEs chegam a produzir at trs vezes mais que empresas do mesmo porte/segmento em nosso Pas. Qual o se-gredo? A maioria conta com apoio de profissionais e consultores que aju-dam na implementao dos conceitos de Produo Enxuta (Lean), Aumento da Produo e Otimizao da Mo de Obra (TPM) e Melhoramento Continuo das Organizaes (PKE). No Brasil, as empresas se lanam no mercado e s depois buscam qualificao e capaci-tao, afirma o consultor.

    Segredos da eficincia Para superar a baixa produtividade, um dos grandes desafios das MPEs, preciso entender que as solues passam por uma viso global dos processos da empresa

    seguros podem evitar fechamento inesperado das mpes

    Uma boa aplice de seguro pode ser excelente soluo para evitar o fechamento dos empreendimentos de pequeno porte do Pas. Segundo especialistas, o recurso deve ser considerado como necessidade bsica, j que previne os prejuzos contabilidade corporativa provocados pela ocorrncia de sinistros como incndio, roubos, furtos e outros crimes e problemas. Para analistas do setor, nenhuma empresa pode se dar ao luxo de perder a oportunidade de segurar seus bens e produtos.

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  • edio 254 | maio de 2015 | 11

    procura por crdito registra nova queda

    Houve retrao de 10,7% na busca de crdito por parte dos brasileiros em fevereiro, em relao a janeiro. os dados so do indicador Serasa experian da demanda do consumidor por crdito. Para os especialistas da Serasa, a trajetria de queda pode ser explicada pela desconfiana dos consumidores em relao economia e s altas taxas de juros. a reduo atingiu todas as regies do Pas, com os maiores declnios no centro-oeste (12,5%) e no nordeste (12,2%). Sul (10,5%) e Sudeste (10,1%) tambm apontaram recuos.

    NA ITLIA, EMPRESAS TRABALHAM COM

    POUCA MO DE OBRA E PRODUZEM AT TRS vEZES MAIS qUE COMPANHIAS

    BRASILEIRAS

    CiNCo Passos Para aTiNgir a METa

    1. Conhea o seu mercado: o primeiro passo para melhorar a produtividade

    identificar o que o cliente espera de sua empresa.

    2. Busque auxlio profissional: procurar ajuda externa importante

    para diagnosticar entraves e encontrar solues para potencializar a produo.

    3. Melhore o fluxo: analisar como a mo de obra pode aprimorar a forma

    de trabalhar. Ser que necessrio que um funcionrio se desloque para pegar

    ferramentas ou matria-prima para realizar o trabalho ou seria melhor

    que tudo estivesse ao seu alcance?

    4. Realize manuteno preventiva: aplicar um cronograma de manuteno

    do maquinrio evita que a produo seja interrompida.

    5. Reduza custos de estoque: importante manter o estoque necessrio para

    o funcionamento do negcio. Ele no deve estar nem acima nem abaixo

    do ideal, assim, voc evita prejuzos por no conseguir dar conta da demanda

    ou por manter produtos encalhados.

    Fonte: Sebrae-SP

    *Crescimento mdio por ano entre 2002 e 2012Fonte: CNI

    coreia do sultaiwan

    cingapura

    estados unidosjapo

    espanha

    alemanha

    frana

    austrlia

    canad

    itlia

    brasil

    6,76,2

    4,44,4

    3,13,1

    2,92,2

    1,31,1

    0,80,6

    Na laNTErNa

    o ndice de produtividade brasileiro em comparao com outros pases

    Os donos da APMX, fabricante de componentes para mveis de Arara-quara, no hesitaram em pedir aju-da. Depois de mais de dez anos no mercado, eles perceberam que esta-vam crescendo demais e o trabalho no acompanhava a evoluo dos ne-gcios. O diagnstico apontou a ne-cessidade de padronizar e organizar os mtodos para conseguir dar conta da demanda. O desafio era reduzir custos e mudar todo o layout da f-brica, para tornar o fluxo mais din-mico e inteligente, afirma o analista de recursos humanos da APMX, Luiz Augusto Bonjorno.

    A virada contou com a consultoria do Escritrio Regional do Sebrae-SP em Araraquara, que sugeriu uma srie de mudanas. Elas esto sendo implan-tadas por etapas, para no compro-meter o ritmo de fabricao. Uma das primeiras providncias foi trazer mais para perto os insumos necessrios para o trabalho dos operrios, evitan-do a perda de tempo no deslocamento. Algumas sesses tambm foram uni-ficadas para facilitar as aes. Antes da reorganizao, os funcionrios andavam muito para movimentar a matria-prima, afirma Bonjorno.

    Outra medida importante foi a ela-borao de um plano de manuteno preventiva de mquinas e compo-nentes, visando evitar paralisaes. A injetora, por exemplo, essencial. Esse acompanhamento preventivo afasta o risco de que ela quebre e atra-se a fabricao, explica o analista.

    A APMX ficou atenta tambm a um cuidado fundamental: o treinamento dos funcionrios para que absorves-

    sem todas as mudanas e contribus-sem para o desenvolvimento da nova dinmica da empresa. Nesse proces-so de alterao da rotina, emprega-dos mais antigos demonstraram re-sistncia. O auxlio dos profissionais do Sebrae-SP nos deu segurana para engaj-los e faz-los vestir a camisa, explica Bonjorno.

    Os donos esperam que os ajustes no layout da empresa sejam fina-lizados em setembro. Com isso, es-to baixando os custos de operao e aumentando a margem de lucro. Com tudo implantado, os executivos da APMX acreditam que atingiro a meta estipulada: aumentar 40% o volume de peas manufaturadas por ms, passando dos atuais 1 milho de componentes para 1,4 milho. Esse avano vital para qualquer empre-sa que pretenda ser mais competiti-va e conquistar uma maior fatia de mercado. Ainda mais no nosso caso, que no podemos perder espao para os artigos chineses que chegam ao Brasil, aponta.

    LIDERANA SEgURABuscar apoio de especialistas como fez a APMX o caminho mais seguro para quem deseja incrementar seus ndices produtivos. Segundo o consul-tor Todaro Jnior, existe uma srie de mtodos para detectar falhas e desen-volver solues nesse terreno.

    Uma das tcnicas a Value Stream Mapping (VSM), que mapeia toda a cadeia de valor da empresa, analisa o tempo gasto nas diversas etapas e prope melhor distribuio e mo-vimentao dos funcionrios e da matria-prima. Outro mtodo, o Total Productive Maintenance (TPM), foca no aumento da produo e otimizao da mo de obra, alm da aplicao da ferramenta Estudos de Tempos e M-todos (ET&M).

    Independentemente do recurso es-colhido, o consultor do Sebrae-SP des-taca que imprescindvel que a pro-posta de mudana parta do lder da empresa. Para atingir o objetivo, ele deve se envolver plenamente na ao, pois o modelo e exemplo para os co-laboradores, completa Todaro Jnior.

  • 12 | joRnal de negcioS

    adeso ao regime simples mais do que dobra

    a Secretaria da micro e Pequena empresa informou que 502.692 empresas solicitaram o registro para este ano no regime do Simples. a quantidade representa 125% a mais que no ano anterior. Para o governo, a expanso foi motivada pela incluso de 142 novas atividades econmicas no modelo de tributao simplificado. Temos expectativa de que a sada da informalidade de diversas categorias, como advogados, fisioterapeutas e corretores de imveis, ter saldo positivo na arrecadao, afirma o ministro guilherme afif domingos.

    Gesto empresarial na balanaEm pouco mais de um ano, a ferramenta Check-up Empresa, do Sebrae-SP, ajudou quase 85 mil empresrios a avaliar a sade do negcio e ajustar rotas quando necessrio

    agendamento prvio; e pelo site: www.checkupempresa.sebraesp.com.br

    MUDANAS ORIENTADAS Em Araraquara, Walter Bottura fez a avaliao presencial em janeiro. Pro-prietrio da Comercial Bottura, loja de material de construo e ferragens, recebeu notas altas nos quatro quesi-tos. Em trs, registrou acima de 90%. Em gesto de pessoas obteve apenas 88,89%. Para um negcio que tem 68 anos de vida e est na segunda gera-o, no nada mal, celebra ele.

    Uma das dificuldades identifica-das por Bottura nesse quesito passar o seu conhecimento tcnico para os funcionrios. Ele conhece cada item dos quase 3 mil das prateleiras, infor-maes preciosas na hora de atender os fregueses, que em muitos casos querem a opinio do vendedor. Se-guindo as orientaes do Sebrae-SP,

    isponibilizada pelo Sebrae-SP des-de janeiro de 2014, a ferramen-

    ta Check-up Empresa j ajudou mais de 85 mil empreendedores a avaliar a sade do negcio e, se for preciso, corrigir processos. A proposta sim-ples. O gestor responde um questio-nrio composto por quatro temticas: marketing, finanas, gesto de pessoas e administrao geral. So perguntas com quatro opes de respostas, cada uma com um nvel de importncia. No fim, cada rea recebe um porcen-tual que funciona como uma nota e classifica o nvel de gesto em bsico, intermedirio ou avanado, explica a gerente de Atendimento do Sebrae-SP, Adriana Rebecchi.

    A partir do resultado, o empresrio orientado a seguir uma trilha de ati-vidades como cursos, palestras, ofici-nas, vdeos, ensino a distncia (EAD) ou e-books que vo colaborar de suas carncias. Apresentamos todas as opes e o empresrio faz a escolha, refora Adriana. A recomendao comear pelo ponto mais crtico.

    De acordo com levantamento do Sebrae-SP, o tema com maior nme-ro de empresas com indicaes de nvel bsico o de gesto de pessoas, seguido por finanas, marketing e administrao.

    A ferramenta gratuita e disponi-bilizada em trs canais: por meio do Sebrae com Voc, ao ativa em regi-es mais distantes; por analistas e con-sultores nos Escritrios Reginais, com

    Bottura tem participado de palestras, assistido a aulas de ensino a distncia (EAD) e se capacitado para melhorar a gesto de pessoas de sua empresa.

    PRAzOS MENORESA scia da Eletrificao Regiane, C-lia Rosaboni Regiane, fez o teste em fevereiro no Escritrio Regional do Sebrae-SP em So Jos do Rio Preto. A avaliao apontou a necessidade de ateno especial com as finanas.

    No mercado h 17 anos, a empre-sa atua como prestadora de servios eltricos em imveis comerciais e re-sidenciais. A companhia tem enfren-tado dificuldades para lidar com a

    Walter Bottura passou a investir na gesto de pessoas e no layout de sua loja de materiais de construo e ferragens

    A PARTIR DO RESULTADO, SO

    INDICADOS CURSOS, PALESTRAS E

    CONSULTORIAS qUE PODEM AJUDAR A RESOLvER AS

    CARNCIAS

    D

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    mudana de prazos de pagamento de fornecedores sem conseguir repassar as mesmas condies para os clientes. Como resultado, o capital de giro est estrangulado. Baseado nas minhas respostas, o consultor traou um per-fil dos pontos que preciso melhorar, diz Clia.

    O primeiro passo foi buscar uma consultora financeira, que indicou a necessidade de cuidar do fluxo de cai-xa de maneira organizada em plani-lha, algo que ela nunca fez. Para virar o jogo, a scia se programou para fa-zer cursos na rea, alm de ser acom-panhada de perto pelos consultores do Sebrae-SP.

  • edio 254 | maio de 2015 | 13

    receita cria malha fina para pequenos negcios

    Pequenas e mdias empresas esto na mira do leo. a Receita Federal est mais rigorosa no exame das declaraes do imposto de Renda das pessoas jurdicas. o fisco detectou inconsistncias nas declaraes de 26 mil contribuintes, que j comearam a ser notificados e tero 90 dias contados a partir do recebimento do aviso para regularizar as declaraes de 2012. o valor das inconsistncias soma R$ 7,2 bilhes. a Receita espera que pelo menos metade dos notificados regularize a situao imediatamente.

    O questionrio abaixo parte do contedo aplicado no Check-up Empresa, um aquecimento para quando for utiliz-lo.

    ADMINISTRAO

    anlise FoFa (matriz que analisa foras e fraquezas, alm de oportunidades e ameaas dos ambientes interno e externo)- Identifica os pontos fortes e fracos

    da sua empresa?

    Estabelecimento de metas - Estabelece objetivos e metas

    de curto prazo?

    Planejamento de gesto - Habitualmente planeja o que pretende

    fazer?

    Monitoramento de resultados - Realiza acompanhamento e avaliao

    das aes planejadas e dos resultados alcanados?

    FINANAS

    retirada e pr-labore- Separa as contas pessoais das

    da empresa?

    gesto financeira - Tem controle peridico (dirio ou

    mensal) de entrada (contas a receber) e sada de dinheiro (contas a pagar)?

    Controle de estoque - Tem controle sobre o estoque da

    empresa (fsico e valor)?

    lucratividade e rentabilidade - Calcula ponto de equilbrio, margem

    de contribuio, lucratividade e rentabilidade?

    apurao de resultado - Faz apurao mensal de lucro/prejuzo?

    gESTO DE PESSOAS

    liderana - Habitualmente delega tarefas e

    responsabilidades aos colaboradores?

    rotatividade de funcionrios - Adota medidas para controlar a

    frequncia com que ocorrem alteraes no quadro de funcionrios?

    Capacitao - Capacita os funcionrios?

    remunerao - Os salrios e benefcios pagos so

    compatveis com o mercado?

    segurana e sade no trabalho - A empresa observa

    os procedimentos de segurana no trabalho e de sade ocupacional?

    recrutamento e seleo - quando h recrutamento

    e seleo de funcionrios, so definidos perfil, caractersticas e competncias necessrias para ocupar o cargo?

    legilslao trabalhista - A empresa respeita a legislao

    trabalhista (todos os funcionrios so registrados)?

    MARKETINg E VENDAS

    relacionamento com o cliente - Utiliza e atualiza o cadastro para

    relacionamento com os clientes?

    vendas - Estabelece metas mensais de vendas?

    gesto de marketing - Possui aes definidas

    e peridicas de divulgao (ferramentas de marketing)?

    anlise de mercado - Observa seus concorrentes

    quanto a qualidade de produtos/ servios e preo/condies de pagamento/localizao/forma de atendimento/prazo de entrega?

    Prepare-se para o teste

  • 14 | joRnal de negcioS

    mpes tm prioridade como credoras em situaes de falncias

    Falncias e recuperaes judiciais aprovadas aps agosto do ano passado j esto sujeitas lei complementar n 147, que alterou a lei de Falncias e beneficia as micro e pequenas empresas (mPes). agora, as corporaes de pequeno porte devem receber suas dvidas antes das mdias e grandes. contudo, o mercado vivencia dvidas, como o fim do benefcio caso a empresa cresa. Para boa parte dos especialistas, possveis alteraes no porte no mudariam o fato que era mPe no momento da solicitao, que seria o mais decisivo.

    Facilidades de bolsoCom o acesso internet, os celulares ganharam um recurso valioso para micro e pequenas empresas (MPEs): podem ser usados para receber pagamentos, por meio de leitores acoplados ou aplicativos. Alm da mobilidade, a soluo conquista mais adeptos em razo, em alguns casos, do menor custo comparado ao das tradicionais maquininhas de PoS (sigla para point of sale, ou ponto de venda). Como crescente a preferncia do consumidor pelo carto, a aceitao pode alavancar as vendas para MPEs.

    A tarifa cobrada pela transao financeira pode ser mais em conta, dependendo da forma de pagamento [veja quadro abaixo]. Os valores mais baixos esto nas compras a dbito, que giram entre 2,39% e 2,69%. No crdito, as taxas so equivalentes e comeam em 2,99%, mas podem subir de acordo com o nmero de parcelas. As mquinas PoS ainda acrescentam uma mensalidade que varia de acordo com o volume de vendas.

    Segundo o gerente da Unidade de Inovao e Tecnologia do Sebrae-SP Renato Fonseca, antes de aderir a qualquer tecnologia, o empresrio deve analisar a necessidade dos clientes. Se o cliente pede formas de pagamento diferentes das oferecidas, procede analisar as tecnologias disponveis. Caso no peam, no precisa investir, diz Fonseca.

    Para aderir, o empresrio deve entrar em contato com a operadora e solicitar o servio e o aparelho. Algumas exigem a aquisio do equipamento. Em outras, o dispositivo sai de graa, em troca de contrato mensal. A Cielo conta com a Cielo Mobile, que disponibiliza opes de transaes digitadas via aplicativo ou pagamentos por leitor acoplado. O custo mensal do aparelho de R$ 11,90. O aplicativo gratuito, mas realiza apenas transaes no carto de crdito vista e parcelado. Tambm atuam nesse nicho o UOL com o PagSeguro; a Payleven e a iZettle, que cobram pelo equipamento e no h mensalidade.

    CoNhEa as Taxas CobraDas Por alguMas EMPrEsas DE PagaMENTo MvEl

    emPreteCh

    Mobilidade e custo menor incentivam micro e pequenas a oferecer opes de pagamentos pelo celular, unindo tecnologia e praticidade

    oPeRadoRaS dBiTo cRdiTo cRdiTo PaRcelado

    Pagseguro 2,39% 3,19% 3,19%*

    iZettle 3,99% 5,99% 6,99%**

    Payleven 2,69% 3,39% 4,69%***

    Cielo 3,19% 4,05% 6,99%

    * Acrscimo de 2,49% em cada parcela | ** Acrscimo de 1% em cada parcela | *** Acrscimo de 1,3% em cada parcela

    Fonte: Abecs

    Valor transacionado em 2014 pelos cartes de dbito e crdito

    R$ 963 milhes

    Fonte: eMarketer

    Total de smartphones no Brasil, no fim de 2014

    38,8 milhes

    Fonte: Associao Brasileira das Empresas de Cartes de Crdito

    e Servios (Abecs)

    Empresas e autnomos que aceitaram pagamento

    por dispositivos mveis no Brasil em 2014

    250 mil

  • 16 | joRnal de negcioS

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  • 18 | joRnal de negcioS

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  • edio 254 | maio de 2015 | 19

    mpes lideram pedidos de falncia em fevereiro

    micro e pequenas empresas foi o segmento com maior nmero de pedidos de falncia em fevereiro, com 45 solicitaes. nas companhias de mdio porte, a soma alcanou 23, e nas grandes, 21. os dados so do indicador Serasa experian de Falncias e Recuperaes. Houve queda de 21,2% nas requisies de falncia, que totalizaram 89, diante das 113 de janeiro. em comparao a fevereiro de 2014, o recuou foi de 41,1%. os pedidos de recuperao judicial tambm retrocederam: foram 42 em fevereiro, contra 74 em janeiro, queda de 43,2%.

    dicam que o custo de fechamento , em mdia, 44% maior do que o da abertu-ra. A diferena se d, segundo especia-listas, pela burocracia envolvida.

    MAIS LIBERDADEAt hoje, os casos mais rpidos de bai-xa levam um ms, no mximo, diz o consultor de Polticas Pblicas do Sebrae-SP, Jlio Durante. Segundo ele, casos to breves no so frequentes. De modo geral, se o empresrio resol-ve baixar as portas, porque j esgo-tou todas as possibilidades de ajuste

    da parte financeira. A que comea a complicao, por causa das pendncias financeiras. No antigo sistema, antes de tudo, tinha de legalizar e parcelar os dbitos com o Fisco aos fornecedo-res. Se corresse tudo bem, poderia levar perto de seis meses, afirma Durante.

    comum que as dvidas tributrias e as excessivas obrigaes criem uma autntica via crucis. Foi o que aconte-

    partir do ms que vem, a vida do empreendedor que quer fechar

    uma empresa vai ficar mais fcil. Em muitos casos a baixa poder ser feita na hora. Isso porque junho o prazo dado pelo governo federal para a efe-tivao da Rede Nacional para a Sim-plificao do Registro e da Legalizao de Empresas e Negcios ou, simples-mente, Redesim. Trata-se de um siste-ma que integra todas as juntas comer-ciais do Pas e reduz a burocracia para os processos corporativos, da abertura ao fechamento. justamente o encer-ramento das atividades que destaque na estreia da Redesim.

    Ser uma mudana significativa para melhorar o ambiente de neg-cios nacional, com economias de re-cursos e de tempo. Segundo estimati-va da Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE), perto de 1,2 milho de empresas inativas em territrio nacional s existem nos registros das juntas comerciais.

    Esse imenso contingente de em-preendedores se depara com custos considerveis para regularizar a situa-o. Dados da Federao Nacional das Empresas de Servios Contbeis e das Empresas de Assessoramento, Percias, Informaes e Pesquisas (Fenacon) in-

    ceu com a Salles Consultoria Contbil, de Guarulhos, que demorou nove anos para fechar oficialmente um salo de cabeleireiro. E no foi dos casos mais demorados. Levamos nove anos por-que o servio j havia sido iniciado por outro profissional, afirma o scio da contabilidade, Maurcio Carpegiani.

    Com a nova legislao, estima-se que a baixa ocorra em, no mximo, cinco dias. Esses casos devem ser dos que tm dbitos, destaca Durante. Os empresrios com certificado digi-tal e sem nenhum tipo de pendncia podero realizar todo o processo pela internet e encerrar a companhia na hora. A facilidade foi viabilizada com o cruzamento dos dados das juntas co-merciais e da Receita Federal. Assim, o Fisco poder cobrar os dbitos atre-lados ao Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica (CNPJ) baixado, j que eles sero transferidos para o Cadastro de Pessoa Fsica (CPF) dos scios da com-panhia fechada.

    A facilitao ainda vai impactar positivamente os negcios em todo o Pas, uma vez que permitir que o em-presrio comece oficialmente outro empreendimento. Antes, sem regula-rizar o CNPJ da empresa problemtica, era impossvel abrir outro negcio.

    DvIDAS SERO TRANSFERIDAS PARA

    CPF DOS SCIOS

    Fechamento vapt-vuptUnificao dos dados da Receita Federal e das juntas comerciais de todos os Estados diminui prazos e burocracia para encerrar atividade de empresa

    a

    CoNFiar a Palavra-ChavE

    As novas regras para fechamento

    da empresa so imporatnes

    porque facilitam a vida do

    empreendedor. Atualmente,

    ele precisa provar que mais

    que um santo. Se o novo

    processo funcionar, devolver

    ao cidado a confiana na

    palavra dele, que a lgica da

    baixa automtica. Quem estiver

    mentindo, ser penalizado,

    avalia Sergio Approbato Machado

    Jnior, presidente do Sindicato

    das Empresas de Servios

    Contbeis e das Empresas de

    Assessoramento, Percias,

    Informaes e Pesquisas no

    Estado de So Paulo (Sescon-SP).

    Para o especialista, os danos

    causados pelas inmeras

    exigncias da burocracia no

    atingem apenas empresrios

    locais. A dificuldade tanto de

    abrir quanto de fechar uma

    empresa afugenta as empresas

    que querem investir no mercado

    brasileiro. A novidade, se

    funcionar a contento, pode trazer

    dinheiro novo para a economia,

    explica. Approbato no v como

    significativo o movimento de

    alguns empreendedores que

    no pretendem regularizar o

    encerramento para evitar que

    a dvida migre para o seu CPF.

    No faz muito sentido. Em

    qualquer atividade empresarial

    voc responde como pessoa

    fsica pelos dbitos da

    corporao. O empreendedor

    ter de arrumar alguma maneira

    de regularizar, ressalta o

    presidente do Sescon-SP.

  • 20 | joRnal de negcioS

    diminui risco de falta de energia no sudeste e no centro-oeste

    caiu de 7,3% para 6,1% o risco de dficit de energia nas regies Sudeste e centro-oeste. a informao do comit de monitoramento do Setor eltrico (cmSe), grupo tcnico do governo que estuda o setor. no nordeste, o indicador ficou estvel em 1,2%. Segundo dados do cmSe, a chuva de fevereiro foi, respectivamente, 58%, 27%, 138% e 54% da mdia histrica nas regies Sudeste/centro-oeste, nordeste, Sul e norte. em nota, o cmSe afirma que o perodo mido de 2015 ainda no est consolidado.

    bem simples fazer e enviar a DASN--Simei pela internet, siga o roteiro:

    1. O primeiro passo reunir todos os relatrios mensais das receitas brutas de 2014 preenchidas e as notas fiscais de servios tomados e das mercado-rias adquiridas pela empresa, bem como notas fiscais emitidas pelos ser-vios e vendas que fez.

    2. Acesse o programa da Declarao Anual Simplificada DASN-Simei no site: http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/. Entre na se-o Simei Servios, role at chegar ao campo Clculo e Declarao e clique em DASN SIMEI Declarao Anual para o MEI. Voc ser direcio-nado a uma tela onde dever digitar o CNPJ e o cdigo de segurana do prprio site.

    3. Preencha os dados solicitados, como receita bruta total no ano (engloba tudo o que vendeu de produtos e servios em 2014); receita bruta total recebida em 2014 referente a atividades sujeitas a ICMS (venda de mercadorias e indus-trializao de produtos), caso no seja

    prazo de entrega da Declarao Anual Simples Nacional (DASN-

    -Simei) do Microempreendedor Indi-vidual (MEI), referente ao exerccio de 2014, termina dia 31 de maio, sem possibilidade de prorrogao. A multa para quem no cumprir o prazo de R$ 50. Alm disso, no poder emitir os boletos mensais deste ano referentes ao pagamento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Imposto sobre Servio (ISS) e Imposto sobre Circula-o de Mercadorias e Servios (ICMS).

    O consultor do Sebrae-SP Julio Ce-sar Durante alerta que a declarao obrigatria para manter os benefcios da formalizao. O empreendedor que deixar de honrar os pagamentos perde os direitos previdencirios, como au-xlio-acidente, salrio-famlia, penso por morte e aposentadoria por idade. Isso porque a maior parte da tributa-o paga pelo MEI referente ao INSS, ou seja, Previdncia.

    Na declarao, o empreendedor deve apresentar um relatrio com o valor do faturamento da empresa (a receita bruta), registrada at dezem-bro de 2014, alm de informar se teve funcionrio registrado.

    somente prestador de servio; e a infor-mao se possui ou no empregados.

    4. Imprima o recibo de declarao, que conter as informaes prestadas, o dia e hora de transmisso da declarao para a Receita Federal e um nmero de controle. Esse recibo deve ser guarda-do junto com os documentos reunidos para a declarao anual no passo 1.

    EMISSO DE BOLETOSSegundo Durante, quem no efetivar a declarao anual e estiver com o paga-mento do DAS em atraso ser notificado pela Receita Federal com um novo pra-

    INADIMPLENTES CORREM O

    RISCO DE SEREM DESENqUADRADOS

    DO SIMPLES E PASSAR PARA CATEGORIA COM

    CARGA TRIBUTRIA qUASE 20 vEZES MAIOR

    MEIs tm at o dia 31 para declararQuem no cumprir o prazo de entrega da DASN-Simei pode perder os direitos previdencirios, alm de pagar multa de R$ 50

    o zo para quitar os dbitos. Caso continue inadimplente, corre o risco de ser de-senquadrado do Simples e passar para a categoria de Lucro Presumido, na qual os impostos so quase 20 vezes maiores.

    Para ajudar o empreendedor a se capacitar ou se formalizar como MEI, o Sebrae-SP promove anualmente a Semana do Microempreendedor Indi-vidual. Esses mutires realizados em abril trazem resultados positivos, pois a inadimplncia caiu de 60% para 50%, um ndice ainda bem alto, diz Duran-te. J so mais de 3,5 milhes de brasi-leiros cadastrados nesse regime, sendo mais de 900 mil no Estado de So Paulo.

    Agora, o Sebrae-SP oferece mais uma facilidade. Quem ainda no recebeu o carn impresso enviado pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE), pode recorrer aos totens de autoaten-dimento do Sebrae-SP para emisso do DAS. A liberao foi autorizada pelo Co-mit gestor do Simples Nacional. Para a emisso, o interessado precisa informar o CNPJ e selecionar o ms cuja mensali-dade deseja quitar. possvel realizar a operao tambm pela internet por meio do Portal do Simples Nacional: www.portaldoempreendedor.gov.br

  • edio 254 | maio de 2015 | 21

    o Sebrae Responde um servio destinado a atender empreendedores e empresrios de micro e pequenas empresas. Tem como objetivo esclarecer dvidas e orientar sobre a abertura de novos empreendimentos, bem como tratar de questes relacionadas gesto de empresas j constitudas.

    Tenho um pequeno negcio de ma-nuteno hidrulica e gostaria de tirar frias. Quais os cuidados devo tomar para deixar a empresa funcionando?

    Independentemente do setor em que atua, necessrio planejar. Para isso, nada melhor do que o ciclo PDCA: Plane-jar, Desenvolver, Checar e Agir.

    PlaNEJar Comunique suas frias com antecedn-cia para que todos se planejem. Avise todas as partes interessadas: clientes, fornecedores, funcionrios e conta-dores. Antecipe o mximo de tarefas possvel. Finalize assuntos pendentes, tome decises e faa o possvel para aliviar a parte do trabalho que lhe cabe.

    Liste todas as tarefas que devero ser realizadas enquanto estiver afasta-do e as distribua, tomando o cuidado para no sobrecarregar as pessoas. A diviso de acordo com o perfil de cada um importante. Certifique-se de que todos os seus contratos de manuteno sero cumpridos na sua ausncia.

    Se possvel, escolha perodos de me-nor movimento para sair. Dependendo do segmento da empresa, em alguns meses a demanda mais baixa, apro-veite essa poca.

    DEsENvolvEr

    Uma vez em frias conforme o planeja-do, descanse. De nada vai adiantar fa-zer uma bela viagem com o pensamen-to na empresa.

    ChECar

    Mantenha-se conectado. Deixe um n-mero de celular disposio (apenas para ligaes urgentes) e reserve 30 mi-nutos dirios para verificar seus e-mails. Apenas mensagens extremamente im-portantes devero ser respondidas.

    agir CorrETivaMENTEAssim que retornar empresa, verifique o que no saiu conforme o esperado e faa os ajustes necessrios imediata-mente. Aprenda com os erros para que suas prximas temporadas de descan-so sejam ainda melhores.

    Descanso sem preocupaesrafael Barreto, consultor do sebraesP

    quem se enquadra Pode ser MEI toda pessoa que trabalhe por conta

    prpria e exera alguma das 470 atividades que fazem parte do programa, como vendedores de roupas, cabeleireiros, pedreiros, esteticistas, manicures, alfaiates, eletricistas, animadores de festas, borracheiros, confeiteiros, marceneiros, sapateiros, chaveiros, artesos e fotgrafos, entre outros.

    O faturamento mximo deve ser de R$ 60 mil por ano.

    benefcios

    Carga tributria reduzida entre R$ 37,20 a R$ 42,20 por ms, de acordo com a atividade;

    Direito a registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica (CNPJ);

    Contratao de um empregado com menor custo Emisso de nota fiscal; Acesso a crdito; Participao em licitaes pblicas; Iseno de cobrana para registro na

    Junta Comercial e alvar para funcionamento; Cobertura previdenciria.

    inscrio Para se inscrever, basta fazer o cadastro

    no Portal do Empreendedor (www.portaldoempreendedor.gov.br).

    Informaes necessrias: nmero do Cadastro de Pessoas Fsicas (CPF), data de nascimento, nmero do recibo da Declarao de Imposto de Renda de Pessoa Fsica (DIRPF) ou do ttulo de eleitor.

    Para saber mais

  • 22 | joRnal de negcioS

    MAIO

    MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI)20/5Sistema de recolhimento em valores fixos mensais ltimo dia para o pagamento do DAS, referente ao ms de abril de 2015

    30/5Declarao Anual do Simples Nacional DASN-Simei

    SIMPLES NACIONAL (ME/EPP)15/5Pagamento da diferena de carga tributria Diferencial de alquota de ICMS devido pelas empresas optantes pelo Simples referente s aquisies de produtos de outros Estados realizadas em abril de 2015

    20/5Recolhimento do DAS Tributos devidos e apurados na forma do Simples Nacional a ser pago no dia 20 do ms subsequente em que houver sido auferida a receita bruta (LC 123, de 2006, art. 21)

    29/5IR Ganho de capital das optantes pelo Simples Nacional. Imposto de Renda incidente sobre os ganhos de capital (lucros) obtidos na alienao de ativos de abril de 2015

    20/5INSS (Simples Nacional Anexo IV)

    LUCRO PRESUMIDO31/7 E 30/10(ltimo dia do ms seguinte apurao do trimestre)IRPJ Imposto de Renda da Pessoa Jurdica recolhimento trimestral. Meses de recolhimento: julho e outubro

    31/7 E 30/10(ltimo dia do ms seguinte apurao do trimestre)CSLL Contribuio Social sobre o Lucro Lquido recolhimento trimestral. Meses de recolhimento: julho e outubro

    20/5INSS Contribuio Previdenciria devida pelas empresas em geral calculada sobre o total da folha de

    pagamento, bem como dos valores retidos. Recolhimento referente competncia abril de 2015

    25/5Pis/Pasep Faturamento Contribuio com base no faturamento de abril de 2015

    Cofins Faturamento Contribuio com base no faturamento de abril de 2015

    Demais obrigaes previdencirias e trabalhistas, e retenes na fonte6/5 Salrios ltimo dia para o pagamento de abril de 2015

    7/5 FGTS Fundo de Garantia por tempo de servio. Recolhimento relativo competncia de abril de 2015Caged Cadastro geral de empregados e desempregados. Encaminhar ao Min. do Trabalho a relao de admisses, transferncias e demisses de empregados ocorridas em abril de 2015

    15/5INSS Contribuintes Individuais, facultativos e empregadores domsticos

    15/5INSS Produtor rural (pessoa fsica e jurdica) e reteno de 11% na fonte (cesso de mo de obra)

    8/5GPS Entrega ao sindicato da Guia de Recolhimento da Previdncia Social. Entrega, contra-recibo, da cpia da GPS, referente ao recolhimento do ms de abril de 2015, ao sindicato representativo da categoria profissional

    20/5IRRF Imposto retido na fonte. Descontado dos pagamentos do trabalho assalariado, sem vnculo empregatcio e a outras pessoas jurdicas

    QuinzenalmentePIS/Cofins/CSLL FonteContribuies PIS/Cofins/CSLL retidas na fonte

    ndice de confiana do comrcio o mais baixo da srie histrica

    desde maro de 2010, incio da srie, o ndice de confiana do comrcio (icom) nunca esteve to baixo quanto em maro, segundo o instituto Brasileiro de economia (ibre) da Fundao getulio Vargas (FgV). com retrao de 4,4% frente ao ms de fevereiro, teve sua quinta queda consecutiva, atingindo 92 pontos. o novo recuo foi causado pela piora da percepo dos empresrios em relao ao momento da economia nacional. o ndice da Situao atual expectativa sobre a demanda caiu 8,8%, novo mnimo histrico.

    Nos vrios anos acompanhando o Congresso da National Retail Federa-tion (NRF), em Nova York, tenho verifi-cado que os empresrios e executivos brasileiros que visitam o evento procu-ram se comparar com o varejo local.

    importante se ater correta pers-pectiva de comparao. Nosso PIB equi-vale a aproximadamente 15% do ameri-cano. Nos ltimos 15 anos, a economia e o varejo dos Estados Unidos vm cres-cendo constantemente, exceto durante a forte crise do perodo de 2009 a 2011.

    J nossos ltimos 15 anos se aproxi-mam mais do voo da galinha que sobe durante algum tempo para, depois, voltar rapidamente ao solo. Infelizmente, nes-ses prximos anos, estaremos em terra.

    Ao compararmos o varejo e a fora das empresas, as distncias no so di-ferentes. O faturamento de nosso maior varejista, o Grupo Po de Acar, fica em torno 7% dos valores cravados pelo

    Wal Mart nos Estados Unidos. Por l, o Subway tem 27 mil lojas e h sete redes com mais de 10 mil unidades. No Brasil, o Boticrio, com aproximadamente 3,6 mil pontos de venda, a nossa maior cadeia.

    A comparao se torna ainda mais crtica quando envolve Nova York. A cidade tem 8,5 milhes de habitan-tes e recebe 54,3 milhes de turistas por ano. Mesmo com parques, museus e restaurantes, grande parte da atrati-vidade da cidade vem do comrcio.

    Em funo dessa realidade nica, devemos buscar os detalhes e no ten-tar transportar para c o modelo como um todo. questes de fluxos de pesso-as, experincia de compra, arrumao de lojas, mix de produtos, equipes bem treinadas e processos de gesto no de-pendem do tamanho da loja ou do fatu-ramento, mas do reconhecimento da ne-cessidade. Nesses casos, h muito o que aprender e aplicar nossa realidade.

    franCisCo alVareZ, professor da universidade de so Paulo (usP), diretor

    da trade marketing assessoria, consultor e palestrante

    Varejo Brasil EUA: comparao justa?

    agENDa TribuTria

  • negcio dentro da prpria comunidade

    Quatro em cada dez moradores de favelas sonham em abrir a prpria empresa. o resultado integra estudo divulgado pelo instituto data Favela, com apoio do instituto data Popular e da central nica das Favelas (cufa). o Pas tem 12,3 milhes de moradores em comunidades e o levantamento apontou que 63% querem ter o negcio dentro da prpria favela. Para 35% dos entrevistados, o objetivo atuar no ramo de alimentao. outras opes lembradas foram loja de roupa e salo de beleza.

    novar para crescer no apenas uma questo de alternativa. Ela

    pode se transformar em estratgia para sobreviver diante da concorrn-cia cada vez mais acirrada. Ciente dis-so, a empresria Gabriela Nunes deu o pontap inicial em seu negcio com uma ideia nova em mente. Montou a Travel and Coffee to Go com a propos-ta de reunir vrias atividades em um nico ambiente. Assim, Gabriela con-seguiu melhorar muito a produtivida-de da agncia de turismo conjugada com um charmoso caf.

    A inspirao veio das diversas viagens pelo mundo, mas o apoio do Escritrio Regional do Sebrae-SP Capi-tal Sul foi fundamental para organi-zar todas as tarefas que um negcio multidisciplinar exige. Tive de criar processos novos de compras, de pa-gamentos e de pedidos aos diversos fornecedores. Mas, sem dvida, uma coisa adiciona valor a outra, diz. E o mais legal que conseguir comple-mentar a sazonalidade ligada ao co-mrcio porque quando estamos fora

    da temporada de viagens, o caf segu-ra as pontas, explica ela.

    No terrao, a cafeteria o lugar perfeito para marcar um encontro com os amigos e compartilhar aque-las dicas preciosas que s quem j vivenciou uma viagem ou passeio poderia saber. No andar de cima fun-ciona a agncia de viagens com duas consultoras que atendem aos desejos mais variados: um fim de semana na praia, uma viagem pelo Brasil ou um destino internacional. O servio completo e inclui pacotes, mas no se limita a eles. A agncia tambm faz remessas de documentos e objetos, nacionais ou internacionais.

    Conforme destaca o gerente do ER do Sebrae-SP Capital Regional Leste I, Joaquim Xavier, a inovao pode es-tar ligada tecnologia, gesto, marke-ting, processos ou modelo de negcio, como o caso da Travel and Coffee to Go. O objetivo se diferenciar da con-corrncia no mercado e gerar riqueza contnua para a empresa e a socieda-de, afirma ele.

    Mais do que um mero modismo, buscar esse caminho estratgico para as empresas, em especial para as micro e pequenas, que recorrem a ele como forma de crescer e se consolida-rem no mercado. Antes de se lanar a ele, porm Xavier aconselha fazer um diagnstico que poder indicar em que rea preciso implantar prticas inovadoras, independentemente de elas serem em produtos, processos ou mtodo organizacional.

    neste momento que entra o Pro-grama Agentes Locais de Inovao (ALI), por meio do qual profissionais com perfil multidisciplinar visitam os empreendimentos e pesquisam

    PARA sAbER MAIs

    Cinco passos para inovar

    Olhar para o dia a dia;

    Errar para acertar;

    Perseverar;

    Formalizar processo

    de inovao;

    Inovar continuamente.

    Estratgia para conquistar espao diferenciadoCom novas solues, empresas se destacam em relao concorrncia e potencializam resultados

    a inovao pode estar presente

    em prodUtos, processos

    oU mtodos organizacionais

    i solues e respostas s demandas do negcio. O objetivo do programa contribuir para a competitividade das pequenas empresas por meio da difuso de informaes sobre possi-bilidades de inovao e tecnologia, de acordo com as caractersticas de cada empreendimento. As mudanas ge-ram impacto direto na gesto empre-sarial, afirma Xavier.

    capital | edio 254 | maio de 2015 | 23

  • nascimento de empresas registra queda de 5,9% em janeiro

    as dificuldades da economia nacional j se refletem em retrao na criao de novos empreendimentos no Brasil. os dados so do indicador serasa experian de nascimento de empresas. o recuo foi de 5,9% em janeiro de 2015, em comparao ao mesmo perodo de 2014. Foram criadas 150.958 empresas, diante das 160.348 em janeiro do ano passado. entre as regies, o sudeste lidera com 49,7% do total, seguida pelo nordeste, com 19,6%, e o sul, com 15,9%. o centro-oeste ocupa a quarta posio, com 9,4%, e o norte em ltimo, com 5,5%.

    empregos. Segundo o proprietrio, William Araujo Fernandes, o apoio dos ALI foi fundamental para a virada de sua empresa.

    O programa sugeriu a criao de um departamento de ps-venda e manuteno. A novidade fez com que o nmero de pedidos saltasse 200% entre 2013 e 2014, o que demandou a contratao de dez pessoas. Antes,

    as demandas eram atendidas ape-nas por mim e pelo meu pai. Como a procura por nossos servios cresceu muito rpido, foi necessrio ampliar a equipe, conta. No Sebrae-SP, tenho encontrado o suporte necessrio para me capacitar e acompanhar essa ava-lanche, conclui.

    No caso de Ddimo de Moraes, da confeco de lingeries For Night, os horizontes se ampliaram com mu-

    deias inovadoras abrem portas no mercado. Foi o que comprovou

    Rosan Pereira, da O.R. Technocabos Indstria e Comrcio, especializada em desenvolver solues em chicotes eltricos, h 13 anos em atuao. Na busca por qualificao para atender ao setor pblico, o empresrio j con-quistou contrato com a Marinha Mer-cante brasileira. O primeiro passo foi capacitar a O.R. para receber as certi-ficaes ISO fornecidas pela Fundao Vanzolini, uma instituio privada sem fins lucrativos criada, mantida e gerida pelos professores do Departa-mento de Engenharia de Produo da Escola Politcnica da Universidade de So Paulo (Poli/USP).

    O selo necessrio para concorrer a licitaes pblicas, j que rgos do governo exigem certos pr-requisi-tos. Para conquist-lo, Pereira buscou orientaes no Escritrio Regional do Sebrae-SP Capital Leste I, que tem dado consultoria empresa para que tudo esteja em ordem durante a audi-toria da Fundao.

    Atendida pelo programa Agentes Locais de Inovao (ALI), oferecido pelo ER do Sebrae-SP Capital Centro, a ArtMetal, especializada em portes automticos e estruturas metlicas, tambm ampliou as fronteiras de seu mercado e, por isso, gerou novos

    danas na forma de vender, que re-sultaram em aumento significativo da lucratividade. Nosso principal mercado era a Europa, mas, com a crise, deixamos de exportar e cada centavo passou a fazer a diferena, ressalta Moraes. Alm disso, a preci-ficao de seus produtos era feita de forma incorreta e os revendedores lucravam sozinhos. Depois do diag-nstico do ALI, o faturamento men-sal cresceu entre 25% e 30%, conta o empresrio. A loja passou a traba-lhar em processo de consignao, aps consultoria jurdica do ER do Sebrae-SP Capital Norte, e recrutou um time novo, disposto a trabalhar em uma rotina diferente, aps a for-mao correta de preos.

    Sem essa nova postura adotada pelo empreendedor, a For Night pode-ria nem ter sobrevivido. Alm de ser gratuita, a consultoria do ALI me aju-dou a botar ordem na rea financeira e mostrou que podamos abrir o leque de negcios, para no depender ape-nas das vendas internacionais, des-taca Moraes. E foi o que ele fez. Hoje, alm de atender encomendas de dan-arinas de casas noturnas, faz vendas diretas online de roupas femininas para um pblico muito mais abran-gente. Minha filha pode usar peas da marca para uma balada, comenta.

    com a criao de Um departamento

    de ps-vendas e manUteno, a artmetal viU

    os seUs pedidos crescerem 200%

    Passaporte de entrada em novos mercados Ao incluir inovao entre as prticas da empresa, gestores conseguem ampliar a carteira de clientes

    i

    PARA sAbER MAIs

    A empresa que adere ao

    programa Agentes Locais de

    Inovao (ALI) recebe a visita

    do agente para um diagnstico

    completo dos estgios de gesto

    e de inovao, considerando

    tambm oportunidades de

    melhoria a serem exploradas para

    ampliar a sua competitividade.

    Com esse diagnstico, e com

    apoio direto de um funcionrio

    do Sebrae-SP, o agente incentiva

    o empresrio na construo

    de um plano que estimule a

    insero de solues inovadoras

    no ambiente da empresa.

    Aps definido, esse plano

    implementado sob a

    responsabilidade da empresa,

    com o acompanhamento do

    Agente Local de Inovao.

    O acompanhamento pode

    ser feito por at dois anos e

    voc no paga nada por isso.

    Por fim, voc quem diz se quer

    transformar a sua empresa.

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