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15 de Julho 2013 | nº 93 Págs. 3 e 4 Leia o diálogo JORNAL JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA BAHIA Greve de 83 1983-2013 anos WANDAICK COSTA SINDICATO Os petroleiros deram o tom nas manifestações de quinta (11/7), convocado pelas centrais sindicais, CUT à frente, não somente na passeata no centro de Salvador, mas também em todas as unidades da Petrobrás e suas Subsidiárias. A direção do Sindipetro Bahia interditou a entrada no Ediba, Cofip e UP e a maioria aderiu ao Dia Nacional de Luta; com os bloqueios nas rodovias, a exemplo da BR 324, os ônibus que tentaram furar o piquete foram barrados, o que impediu a grande maioria de chegar ao Trevo da Resistência, Transpetro, Taquipe, PBio e áreas O coordenador geral do Sindipetro Bahia, Paulo César, considera positiva e com resultados imediatos a reunião com a presidente da Petrobrás, Graça Foster, realizada nesta segunda (15/7), no Rio de Janeiro. Todo o staff da empresa participou do encontro: diretores de E&P, ABAST, Gás e Energia, Serviços e o gerente executivo de E&P Norte/Nordeste. O diretor Formigli (E&P) esclareceu que não haverá transferência alguma do Cofip para o Rio de Janeiro e que não faz sentido levar o Tributário sem a Contabilidade, desautorizando qualquer especulação sobre esta mudança. Sobre a desativação gradativa em áreas da E&P e da sondagem na Bahia, os gerentes negaram as evidências reais, mas diante das denúncias dos dirigentes sindicais das demissões dos terceirizados e transferência de pessoal do quadro próprio, a presidente Foster determinou a apuração dos casos relatados. Ficou agendada para esta terça (16/7), nova reunião entre o Sindipetro, FUP e parlamentares, com o gerente Mauro Mendes, para apuração dos fatos. Ainda segundo Paulo César, a presidente da Petrobrás tomou conhecimento da gravidade que envolve o processo de contratação das terceirizadas e das dificuldades financeiras de muitas delas, com demissões de centenas de trabalhadores, a exemplo da Lupatech, Tenace, Sertel e GDK, tanto nas áreas da E&P como na de sondagem. De imediato, ela Leia as entrevistas no encarte Movimento sindical ocupa as ruas Graça Foster atende sindicato, reavalia modelo de contrato e nega mudança do Cofip das sondas terrestres. Houve bloqueios ainda nas BR-101, BA- 099 e na BA-035/Via Parafuso. À tarde, os diretores do Sindipetro Bahia participaram da passeata que saiu do Campo Grande determinou a prorrogação do contrato, por 30 dias, da Lupatech – que demitiria cerca de 300 trabalhadores já nesta terça - e a busca de alternativas. Na carta entregue à Graça Foster, o modelo de contratação de entidades sindicais e aos movimentos sociais que levaram às ruas as reivindicações da classe trabalhadora, em destaque a reforma política com plebiscito já, suspensão dos leilões do petróleo, jornada de 40 horas sem redução dos salários e contra o projeto da terceirização. Acesse o site do sindicato www.sindipetroba.org.br e confira balanço na TV SINDIPETRO. Leia mais no PM. da Petrobrás, através do menor preço, é responsabilizado pela excessiva precarização das relações de trabalho na empresa. O modelo, diz Paulo César, leva as contratadas a rebaixar os preços para ganhar os contratos; posteriormente as empresas vencedoras não conseguem cumprir o acordado, são multadas, não pagam salários nem recolhem as obrigações previdenciárias e trabalhistas e ai quebram. A presidente da Petrobrás não somente concordou com o relato, mas também orientou ao diretor de Serviços que receba os representantes das empresas para reexaminar os preços dos contratos. Acesse www.sindipetroba.org.br e leia na integra a carta entregue à presidente da Petrobrás. em direção à Praça Castro Alves, juntando-se a dezenas Paulo César e João Antônio Moraes conversam com Graça Foster e entregam documento com reivindicações dos trabalhadores Peetroleiros paralisaram as unidades da estatal e engrossaram o coro por plebiscito já; também relembraram nas ruas a greve de 83

JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA BAHIA … · força de trabalho, aumento do efetivo mínimo de técnicos de segurança da si em regime de turno de revezameto, falta

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15 de Julho 2013 | nº 93

Págs. 3 e 4Leia o

diálogoJ O R N A L

JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA BAHIA

Grevede 83

1 9 8 3 - 2 0 1 3

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ato

os petroleiros deram o tom nas manifestações de quinta (11/7), convocado pelas centrais sindicais, cUt à frente, não somente na passeata no centro de salvador, mas também em todas as unidades da Petrobrás e suas subsidiárias.

a direção do sindipetro Bahia interditou a entrada no Ediba, cofip e UP e a maioria aderiu ao dia nacional de Luta; com os bloqueios nas rodovias, a exemplo da BR 324, os ônibus que tentaram furar o piquete foram barrados, o que impediu a grande maioria de chegar ao trevo da Resistência, transpetro, taquipe, PBio e áreas

o coordenador geral do sindipetro Bahia, Paulo césar, considera positiva e com resultados imediatos a reunião com a presidente da Petrobrás, Graça Foster, realizada nesta segunda (15/7), no Rio de Janeiro. todo o staff da empresa participou do encontro: diretores de E&P, aBast, Gás e Energia, serviços e o gerente executivo de E&P norte/nordeste.

o diretor Formigli (E&P) esclareceu que não haverá transferência alguma do cofip para o Rio de Janeiro e que não faz sentido levar o tributário sem a contabilidade, desautorizando qualquer especulação sobre esta mudança. sobre a desativação gradativa em áreas da E&P e da sondagem na Bahia, os gerentes negaram as evidências

reais, mas diante das denúncias dos dirigentes sindicais das demissões dos terceirizados e transferência de pessoal do quadro próprio, a presidente Foster determinou a apuração dos casos relatados. Ficou agendada para esta terça (16/7), nova reunião entre o sindipetro, FUP e parlamentares, com o gerente Mauro Mendes, para apuração dos fatos.

ainda segundo Paulo césar, a presidente da Petrobrás tomou conhecimento da gravidade que envolve o processo de contratação das terceirizadas e das dificuldades financeiras de muitas delas, com demissões de centenas de trabalhadores, a exemplo da Lupatech, tenace, sertel e Gdk, tanto nas áreas da E&P como na de sondagem. de imediato, ela

Leia as entrevistasno encarte

Movimento sindical ocupa as ruas

Graça Foster atende sindicato, reavalia modelo de contratoe nega mudança do Cofip

das sondas terrestres. Houve bloqueios ainda nas BR-101, Ba-099 e na Ba-035/Via Parafuso.À tarde, os diretores do sindipetro Bahia participaram da passeata que saiu do campo Grande

determinou a prorrogação do contrato, por 30 dias, da Lupatech – que demitiria cerca de 300 trabalhadores já nesta terça - e a busca de alternativas.

na carta entregue à Graça Foster, o modelo de contratação

de entidades sindicais e aos movimentos sociais que levaram às ruas as reivindicações da classe trabalhadora, em destaque a reforma política com plebiscito já, suspensão dos leilões do petróleo, jornada de 40 horas sem redução dos salários e contra o projeto da terceirização.

Acesse o site do sindicatowww.sindipetroba.org.bre confira balanço na TV SINDIPETRO. Leia mais no PM.

da Petrobrás, através do menor preço, é responsabilizado pela excessiva precarização das relações de trabalho na empresa. o modelo, diz Paulo césar, leva as contratadas a rebaixar os preços para ganhar os contratos; posteriormente as empresas vencedoras não conseguem cumprir o acordado, são multadas, não pagam salários nem recolhem as obrigações previdenciárias e trabalhistas e ai quebram. a presidente da Petrobrás não somente concordou com o relato, mas também orientou ao diretor de serviços que receba os representantes das empresas para reexaminar os preços dos contratos.

Acesse www.sindipetroba.org.br e leia na integra a carta entregue à presidente da Petrobrás.

em direção à Praça castro alves, juntando-se a dezenas

Paulo César e João Antônio Moraes conversam com Graça Foster e entregam documento com reivindicações dos trabalhadores

Peetroleiros paralisaram as unidades da estatal e engrossaram o coro por plebiscito já; também relembraram nas ruas a greve de 83

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“Sorte grande” beneficia20 trabalhadores na RLAM

AçõeS judiCiAiS

Um grupo de 20 trabalhadores ganhou a “sorte grande” em dois processos ajuizados pela assessoria jurídica do sindipetro Bahia: os beneficiados do processo com liberação de crédito de valores incontroversos - número 0082241-97.2005.5.05.0161 - são os mesmos do

processo número 0021100-14.2004.5.05.0161, só que dessa vez referente a ação da troca de turno. os dois processos, portanto, representam os mesmos 20 trabalhadores substituídos, ou seja, temos vinte “sortudos” na RLaM, que receberãocheques

tanto do processo da troca de turno como dos valores incontroversos. os beneficiados devem procurar o setor jurídico do sindicato para se informar sobre os pagamentos. Essa é mais uma conquista do seu sindipetro Bahia. Fortaleça a sua entidade, sindicalize-se.

Plenário do Sistema diretivo determina substituição de diretoreso Plenário do sistema diretivo, em sua reunião do dia 8/7/2013, avaliou indícios de irregularidades quanto à aquisição de tickets de alimentação, em quantidade muito superior a que cada diretor da Executiva fazia jus, assim como a utilização irregular de cartões de combustível Master em veículos que não são da frota do sindicato, sem a aprovação da diretoria Executiva e do Plenário do sistema diretivo. os dois casos envolvem os diretores allan almeida, carlindo santana e Edson almeida.

além dos fatos acima relatados, foram apresentados outros indícios de irregularidades na aquisição de bens móveis com recursos do sindicato, sem registro no patrimônio da entidade, envolvendo os diretores allan almeida e Edson almeida.

no Plenário do sistema diretivo informou-se também que os diretores envolvidos não tem comparecido às últimas reuniões do Plenário do sistema diretivo, ou justificado a ausência, em que pese o diretor Edson almeida ainda ocupar o setor Financeiro.

diante da gravidade e relevância dos fatos evidenciados, mesmo com a ausência dos diretores envolvidos, a direção da

entidade não poderia deixar de adotar medidas acautelatórias e preventivas visando permitir uma apuração aprofundada dos fatos, sem a interferência dos envolvidos, além de preservar a boa gestão dos recursos patrimoniais do sindicato, garantindo aos envolvidos o pleno exercício do direito à ampla defesa e ao devido processo legal.

Por isso foi deliberado:

a) encaminhar as denúncias apresentadas ao conselho de Ética;

b) nomear comissão interna formada pelos diretores do sindipetro Bahia para fazer a apuração e o levantamento detalhado de todos os indícios de irregularidades

c) viabilizar e garantir o assessoramento jurídico e contábil para instrução e decisão quanto aos fatos apontados por parte do conselho de Ética e para a comissão interna de diretores e, ao fim das apurações, se for o caso, a adoção das medidas legais cabíveis

d) afastar o diretor Edson almeida do setor Financeiro até a conclusão da investigação, e, se for o caso, do processamento e deliberação definitiva quanto à

eventual responsabilização do mesmo pelos órgãos internos da entidade sindical

e) estabelecer prazo máximo de 30 dias para a conclusão dos trabalhos da comissão interna de diretores

f) nomear para compor a comissão interna os seguintes diretores: agnaldo soares, agnaldo dos anjos, Radiovaldo costa, Gilson sampaio e João Marcos, sendo que o diretor agnaldo soares será o coordenador da comissão

g) retirar dos diretores envolvidos toda a estrutura mantida pelo sindicato (ticket alimentação, autorização de abastecimento e condução de veículos da frota do sindipetro ou veículos alugados com o cartão de abastecimento, principalmente o cartão Master e telefone móvel) até o fim das investigações e deliberação dos órgãos da entidade

h) cancelar imediatamente as liberações sindicais dos diretores Edson almeida e allan almeida; quanto ao diretor carlindo santana, como já é aposentado e desligado da Petrobrás, não será necessário tal procedimento

i) publicar nos informativos do sindipetro Bahia as decisões

aprovadas pelo Plenário do sistema diretivo

j) encaminhar cópia dos relatórios apresentados para conhecimento de todos os membros do Plenário do sistema diretivo

k) notificar os diretores Edson almeida, carlindo santana e allan almeida das decisões do Plenário do sistema diretivo

Esta publicação cumpre o que determina a direção da entidade, sendo que as notificações aos diretores envolvidos já foram encaminhadas pela secretaria do sindicato. o documento informa a todos os envolvidos que eles foram substituídos na diretoria Executiva e encaminhados para compor a diretoria Plena, sem cargo e sem a utilização da estrutura sindical, própria dos membros da Executiva, mas com a manutenção de seus mandatos até posterior deliberação pelos órgãos competentes.

a direção do sindipetro Bahia fará todos os esforços para que as investigações esclareçam os fatos e se cumpra assim o que determina o Estatuto da entidade, garantindo o direito de defesa, sem transigir com a transparência que a categoria exige quanto à utilização dos recursos do sindicato

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nº 93 | 15 de Julho 2013diálogoJ O R N A L

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FUP - Filiada à CUT, CNQ e DIEESEEdição 1097 12 a 18/07/2013

Edição 1097 12 a 18 /07/2013

Unidade e organizaçãoTrabalhadores tomam as ruas e fazem história

Petroleiros, metalúrgicos, bancários, rodo-viários, metroviários, ferroviários, professores, químicos, portuários, eletricitários, telefônicos, comerciários, funcionários públicos, operários da construção civil e da indústria naval e diver-sas outras categorias comprovaram a capaci-dade de organização da classe trabalhadora. Todos os estados do país foram tomados por manifestações e paralisações.

Foram realizados atos públicos e passeatas em mais de 150 municípios brasileiros. O MST mobilizou 17 estados, além de ocupar a sede do INCRA, em Brasília. Houve bloqueios em mais de 50 rodovias e protestos nos pedágios, com liberação das catracas. Os acessos para diversos pólos industriais foram interditados, paralisando milhares de trabalhadores em todo o país. No ABC paulista, 40 mil metalúrgicos cruzaram os braços. Os serviços de transporte público foram interrompidos em seis capitais. Vários portos do país também tiveram suas operações suspensas ou reduzidas.

Os petroleiros, que sempre estiveram na vanguarda das lutas sociais, mais uma vez fi-zeram história. Em todo o Sistema Petrobrás, trabalhadores próprios e terceirizados se ma-nifestaram com paralisações de até 24 horas, suspensão de Permissões de Trabalho, atrasos no expediente, entre outras mobilizações nas unidades operacionais e administrativas. Nos locais de trabalho ou nos atos públicos, a cate-

11 de julho de 2013. O Dia Nacio-nal de Luta entrou para a história da classe trabalhadora brasileira. Como há muito tempo não acon-tecia, todas as centrais sindicais do país somaram força, resgatan-do a unidade nacional em torno de reivindicações que há mais de uma década estão na pauta dos trabalhadores, como o fim do fa-tor previdenciário, a redução da jornada de trabalho e o combate à terceirização e à precarização.

goria protestou contra os leilões de petróleo e o Projeto de Lei 4330, que aprofunda a precariza-ção do trabalho terceirizado e coloca em risco uma série de direitos e conquistas.

Além de unificar as lutas dos movimentos sindi-

cal e social, o dia 11 de julho deu o recado para o governo e o Congresso Nacional de que os traba-lhadores organizados estão prontos para maiores embates. As centrais sindicais anunciaram novas mobilizações conjuntas nos dias 06 e 30 de agosto.

No Paraná, petroleiros e petroquímicos pararam por 24 horas

No NF, petroleiros e o MST interditaram a rodovia que dá acesso ao Parque de Tubos

No ABC paulista, petroleiros da Recap somaram-se à manifestação que interditou uma das principais rodovias da região

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o sindipetro Bahia participou de reunião no dia 27/07 para tratar demandas de sMs e RH da Fafen. de acordo com o diretor deyvid Bacelar, foram abordados assuntos diversos como os problemas no Porto de aratu, treinamento básico de combate a incêndio para toda força de trabalho, aumento do efetivo mínimo de técnicos de segurança da si em regime de turno de revezameto, falta de equipe de resgate técnico em regime de turno de revezamento e manutenção das Viaturas de combate das Emergências, entre outros.

acompanhe abaixo alguma das soluções encaminhadas para estes problemas. o relato completo da reunião e as deliberações podem ser lidos no site www.sindipetroba.org.br.

Porto de Aratu

Em emergências, o efetivo mínimo da operação (2 to) não está sendo respeitado, mesmo tendo operações de transferência e estocagem.

os técnicos de operação da tEU do Porto de aratu serão consultados sobre a necessidade de parar as operações de transferência e estocagem no Porto de aratu, quando um dos técnicos de operação (brigadista) tem de se deslocar para emergências em outros locais.

condições inseguras do PV, conforme relatório da ssP e sMs com participação do sindicato.

a partir de setembro de 2013, com o novo contrato de civil da soP, essa sala será realocada para outro local mais seguro.

divulgação de acidentes para a força de trabalho

todos os alertas de sMs de acidentes ocorridos na FaFEn-Ba serão disponibilizados na página do sMs da FaFEn-Ba, na intranet.

elevadores da torre de granulação

após denúncias de trabalhadores ao sindipetro-Ba sobre os diversos problemas ocorridos com esses elevadores, ficou

FAFEN

deliberações sobre SMSe RH

definido em reunião que até o dia 30 de julho será apresentado o projeto e um prazo para instalação de um elevador adequado para a áreas industriais.

Saídas de emergência do prédio do faturamento

após cobranças do sindicato, já foram instalados conjuntos autônomos no prédio com

treinamento dos trabalhadores, disponibilizado máscaras de fuga para todas as pessoas que atuam naquele local, além de sinalização da rota de fuga em caso de emergências e mudança da abertura das portas que antes abriam para dentro do prédio, atrapalhando a saída das pessoas em situações emergenciais. o diretor deyvid Bacelar esteve no

local junto com o companheiro Eliezer santana da ssP e verificou que a sinalização das portas de saída de emergência e rotas de fuga, ainda, pode ser melhorada.

Manutenção das Viaturas de Combate da emergências

a implantação de um contrato regular para manutenção das VcE. Leia+ www.sindipetroba.org.br

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15 de Julho 2013 | nº 93 diálogoJ O R N A L

4FUP - Filiada à CUT, CNQ e DIEESE

Edição 1097 – Boletim da FEDERAÇÃO ÚNICA DOS PETROLEIROS Filiada à CUT www.fup.org.brAv. Rio Branco,133/21º andar, Centro, Rio de Janeiro - (21)3852-5002 [email protected] Edição: Alessandra Murteira - MTb 16763

Texto: Alessandra Murteira e Caroline Cavassa - Projeto gráfico e diagramação: Claudio Camillo - MTb 20478 Diretoria responsável por esta edição: Anselmo, Caetano, Chicão, Daniel, Dary, Divanilton, Hoffman, Leopoldino, Chico Zé, Moraes, Paulo Cesar, Silva, Simão, Ubiraney, Zé Maria,

Manifestantes protestam contra monopólio da Globo e cobram democratização da mídia

Unidade petroleira nas mobilizaçõesO Dia Nacional de Luta contou com a participação de todos os sindicatos de petroleiros do país. A FUP parabeniza todos os trabalhadores próprios e terceirizados que participaram desta mobilização histórica, inclusive os companheiros das bases dissidentes. Veja na página da FUP a participa-ção de todos os sindicatos no dia 11 de julho e as fotos das mobilizações:http://www.fup.org.br/2012/noticias/manchetes/2221444-petroleiros-de-todo-o-pais-soman-se-as-manifestacoes-do-dia--nacional-de-luta

Uma das principais bandeiras das mani-festações do dia 11 de julho, a luta contra o Projeto de Lei 4330, que escancara a terceiri-zação e ataca direitos dos trabalhadores, será intensificada pelas centrais sindicais. Uma nova mobilização nacional foi anunciada para o dia 06 de agosto. Na pressão, os trabalha-dores conseguiram evitar que o projeto fosse votado na Comissão de Constituição, Justiça

As centrais sindicais e movimentos sociais en-cerraram o Dia Nacional de Luta com manifesta-ções em defesa da democratização dos meios de comunicação - uma das bandeiras do dia 11 de ju-lho - e atos em frente às unidades da Rede Globo e TVs associadas à emissora. Houve manifesta-ções em São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Porto Alegre, Salvador e Aracaju. Os protestos conde-naram o monopólio da Rede Globo que, além de concentrar a maior parte das verbas publicitárias do país, detém poder de veto na definição dos canais da NET e da SKY, que possuem 80% do mercado midiático nacional.

Os manifestantes exigiram o fim da proprieda-de cruzada de empresas de mídia, a revogação de concessões pertencentes a políticos e a regu-lamentação do artigo 226 da Constituição Fede-ral, que trata da comunicação. O coordenador do Coletivo Brasil de Comunicação Social Intervozes, Pedro Ekman, explicou: “A Constituição proíbe o monopólio e o oligopólio. Também proíbe a proprie-dade cruzada, ou seja, o mesmo dono ter emisso-ras de rádio e TV, revistas, jornais. Mas isso nunca foi regulamentado, não existe um conjunto de leis que explique o que fazer para impedir isso”.

Para o diretor do Centro de Estudos de Mídias Alternativas Barão de Itararé, Altamiro Borges, a revolta dos manifestantes contra os meios de comunicação se dá pela própria forma como eles lidam com os acontecimentos. “Em um pri-

Nova mobilização 06 de agosto contra o PL 4330e Cidadania da Câmara dos Deputados Fede-rais, onde tramita em fase terminal.

No último dia 10, o presidente da CCJC, de-putado Décio Lima (PT-SC), anunciou que o PL 4330 não será votado antes do dia 13 de agos-to. Até lá, haverá novas reuniões com a comis-são quadripartite, formada por representantes das centrais sindicais, governo, parlamentares e empresários, que já realizou três rodadas de

negociação. Haverá mais quatro reuniões do grupo e, se tiver consenso, a proposta deverá ser apresentada no dia 05 de agosto.

A FUP e seus sindicatos têm participado ativamente das mobilizações em Brasília, fortalecento a luta das centrais para derru-bar o PL 4330, que flexibiliza a CLT e libera por completo a terceirização, inclusive nas atividades fim.

meiro momento, no início das manifestações do mês passado, muitos veículos exigiram firmeza do governo estadual e da Polícia Militar paulista contra os manifestantes. Logo em seguida, mu-daram de lado, tentando pautar o movimento. As pessoas vêm aqui hoje afirmar que não se aceita mais que apenas sete famílias controlem a mídia e o que pode ou não ser dito”, concluiu.

“Globo Sonega”Em São Paulo e em outras capitais, os mani-

festantes gritaram palavras de ordem como “Glo-bo Mente” e “Globo Sonega”, fazendo referência ao processo por sonegação fiscal que a emisso-ra responde na Receita Federal, por não ter de-clarado valores repassados à Fifa pelos direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002.

Na Bacia de Campos, trabalhadores de 20 plataformas aderiram à paralisação de 24 horas

Dia Nacional de Luta

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Petrobrás condenada a recompor níveis por méritoa assessoria jurídica do sindipetro Bahia acompanha e tem ganho grande parte das ações coletivas dos trabalhadores, como as de horas extras decorrente de troca de turno e complemento da RMnR, assim como ações individuais, com destaque para as relacionadas à recomposição dos níveis salariais por mérito, sonegados pela Petrobrás.

cada ação judicial procura recuperar os prejuízos que os trabalhadores tiveram no passado pela não concessão dos níveis, como era previsto na política de avanço de níveis da estatal.

segundo a assessoria jurídica, estas ações podem beneficiar trabalhadores do Regime de turno e do administrativo, de nível médio ou superior, que ingressaram até 1993. com a procedência da ação, os trabalhadores poderão obter diversos níveis salariais, o que aumenta significativamente o salário básico e reflete nos adicionais e demais verbas salariais.

ajuizadas individualmente e com a assistência da direção do sindicato, temos obtido êxito na quase totalidade do que é reivindicado. os primeiros processos já estão na fase de quantificação dos valores, após o tribunal superior do trabalho ter confirmado o direito dos trabalhadores aos níveis por mérito.

O embateem torno daterceirizaçãoo tema da terceirização tem mobilizado parlamentares, centrais sindicais e autoridades governamentais na busca de uma

Boletim informativodos Trabalhadores do Sistema Petrobrás

E X P E d i E n t E

Ladeira da independência, nº16a, nazaré, ssa/Ba, cEP 40040-340 - tel.: 71-3034-9313E-mail: [email protected] site: www.sindipetroba.org.brdiretor de imprensa: Leonardo Urpiatextos e Edição: alberto sobral e carol de athaydeEditoração: Márcio klaudat tiragem: 5.000 exemplares Gráfica: Mundo Plano

solução que atenda aos interesses dos trabalhadores. a pressão patronal por uma regulamentação que mantenha em bases precárias os direitos desses trabalhadores é grande.

o assunto é recorrente no congresso. o texto original em discussão na câmara, o PL 4.330/2004, é de autoria do deputado sandro Mabel (PMdB-

Go), um dos principais defensores dos interesses empresariais no Poder Legislativo. a primeira proposta em bases precarizantes, entretanto, foi o PL 4.302/1998, do governo FHc

Leia texto de Antônio Augusto de Queiroz jornalista, analista político e diretor de documentação do Diap no site www.sindipetroba.org.br

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nº 93 | 15 de Julho 2013diálogoJ O R N A L

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E n t r e v i s t aDemitido na greve de 1983, Gildásio Ribeiro, lembra uma época que para ele, assim como para muitos, foi repleta de sofrimento, mas também de muito aprendizado. Confira mais uma entrevista em homenagem aos grevistas que ficaram à frente de um movimento que entrou para a história da categoria petroleira:

Diálogo – Em 1983 você participou da greve como militante de base. O momento político que o Brasil vivia teve influência nesta decisão de participar de uma greve em plena ditadura militar?

Gildásio Ribeiro – Eu estava muito recente na Petrobrás, já era sindicalizado, mas não fazia parte do sindicato, era um militante de base. Mas a força do sindicato em Mataripe era grande, principalmente para nós que trabalhávamos de turno. na época o presidente e o vice-presidente eram trabalhadores de turno, na operação e no laboratório. no dia de folga quando nos reuníamos para bater aquele babinha os comentários entre nós eram o de vencermos aquele momento da ditadura, constituinte, eleições diretas, a volta da democracia.

Diálogo – Como a categoria recebeu o Decreto Lei 2036, que retirava direitos dos trabalhadores?

GR – naquele momento a gente tinha a consciência que quem mandava no Brasil era o FMi e quem determinava, além do presidente Figueiredo, quem dava o tom na economia do país, era o então todo poderoso delfim neto. E se nós aceitássemos aquele decreto, aquela redução de direitos, ele não pararia por ai. Então,

foi mais do que não deixar implantar, foi dizer um basta àquela onda nefasta de pacotes, de decretos, objetivando reduzir os direitos do povo brasileiro.

Diálogo – Mas esta decisão teve conseqüências.

GR – sim. a demissão. depois da greve, nós tínhamos um fórum sindical, que funcionava na Rua da Mangueira, toda a quarta-feira à noite, que reunia os sindicalistas baianos. Passei a freqüentar estas reuniões até mesmo para entender todo o processo que estava acontecendo. nós, os demitidos de Mataripe e os de Paulínia, criamos uma associação beneficente e eu fiz parte do quadro diretivo desta associação. o fórum é o que nos sustentava como seres políticos porque a gente tinha estrutura política e procurava manter o contato com a base. durante este tempo muitos procuraram novos empregos.

Diálogo – Os demitidos conseguiram se empregar novamente?

GR – alguns conseguiram emprego na Rhodia, que era uma multinacional francesa e que, portanto, não tinha ingerência do governo brasileiro. no meu caso não consegui ficar empregado de jeito nenhum porque a divisão de informação da Petrobrás (diVin) não me deixou em paz. Recordo-me que nos dois anos que levei afastado da Petrobrás eu consegui emprego em uma empresa no sUBaÉ, que é o centro industrial de Feira de santana, chamada Química Geral do nordeste. Mas me descobriram e mandaram me demitir. depois o finado Jair Brito, companheiro de muita

luta, comunista de primeira linha, conseguiu me encaixar na deten. Foram 45 dias até entrar em cena o famigerado repressor, coronel silvio dantas, que perseguia a mim e a outros. Fui trabalhar no turno de quatro a meia noite quando o vigilante chegou para mim e disse: “você é um cara legal, mas o diretor de divisão mandou dizer que se você reagir eu podia puxar a arma. Você me acompanhe até o setor pessoal.” Quando cheguei ao setor pessoal, ele foi curto e grosso: “eu não tenho nada contra você. Foi o serviço de informação que mandou lhe demitir.” Eu, revoltado, voltei para casa e no outro dia fui ao escritório do diVin, que era na cidade baixa. Entrei na sala do coronel e para minha surpresa vi fotos dos demitidos, inclusive minhas. E ele, de uma forma muito cínica disse que só estava cumprindo ordens. Foram dois anos de muito sofrimento, mas também de muito aprendizado. Presenciei diuturnamente o movimento diretas Já. Vimos o quanto o povo brasileiro apostou na mudança, na saída de um general para que um civil assumisse a presidência.

Diálogo – Quando conseguiu retornar ao trabalho?

GR – Em agosto de 1985. Mas ainda assim a divisão não me deixou em paz. não me deixaram voltar para a minha unidade de origem, a Rlam. Então eu fui locado para a então Região de Produção da Bahia.

a qual eu só tenho a agradecer todas as décadas que lá estive.

Diálogo – Passados 30 anos da greve qual a lembrança mais marcante?

GR – Uma recordação muito triste é você estar no seu local de trabalho e ser posto para fora por um batalhão da polícia militar, você está ali lutando por seus direitos e é posto para fora de sua própria casa. Uma lembrança positiva foi o momento que eu voltei, assinei meu contrato de trabalho, ainda que não tenha voltado para o meu local de origem. Foi um motivo de felicidade. E mais recentemente, 10 anos atrás, quando fizemos aquele histórico ato na Rlam, lembrando os 20 anos da greve. até hoje acima do relógio de ponto da Rlam tem uma placa alusiva aos 20 anos da greve. não pensei que esta felicidade pudesse ser suplantada, mas foi. agora em 2013, no dia 11 de julho, no dia nacional de Luta, convocado pelas centrais sindicais, e quando foram completados 30 anos da greve de 1983, estávamos participando do ato das centrais, uma greve também, e tivemos a oportunidade de subir em um carro de som e conseguimos falar para toda aquela gente. se 30 anos atrás saímos escoltados da Refinaria, agora vemos na rua a maior central da américa Latina, que ajudamos a criar, vemos a multidão de jovens, trabalhadores, com bandeiras de todas as cores, mobilizados, exatamente, com os mesmos princípios de 30 anos atrás: melhoria nas condições de vida e trabalho da população brasileira.

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Page 6: JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA BAHIA … · força de trabalho, aumento do efetivo mínimo de técnicos de segurança da si em regime de turno de revezameto, falta

15 de Julho 2013 | nº 93 diálogoJ O R N A L

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E n t r e v i s t aO petroleiro Jorge Cerqueira, um dos grevistas de 1983, relembra os momentos de enfrentamento à repressão, vividos pelos trabalhadores na época. Ele fala também do medo e da perseguição, ressaltando a luta e a coragem de todos que participaram do movimento paredista que parou a produção da RLAM e da REPLAN em plena ditadura militar.

Diálogo – 30 anos se passaram. Qual o seu sentimento em relação à greve de 1983, na qual você teve participação ativa.

Jorge Cerqueira– Primeiro de tudo o sentimento de dever cumprido, fizemos o que deveria ser feito. a História fez seu julgamento e nos deu razão. Fomos parte naquele mosaico político e para formá-lo era necessário que agíssemos como agimos.

Diálogo – Conte algum episódio que aconteceu na época e que ainda permanece vivo na sua memória.

JC – a vontade política da grande maioria de fazer uma greve (de ocupação), que para nós era novidade. a categoria não arredou pé, ficando até que foi retirada pela imposição da Policia Militar, que com um aparato de 1400 homens, paramentados, fortemente armados e até com apresentações de tática de ataque conseguiram nos arrancar da RLaM e nos jogar dentro dos ônibus.

Diálogo – Como foi lidar com a repressão?

JC – Lidar com a repressão é sempre ruim, pois eles sabem muito sobre você e em

contrapartida quase sempre nunca sabemos quem está em nossa perseguição. o medo terrível, pois já conhecíamos as histórias de velhos conhecidos que sumiram por um tempo. outros para sempre, apanharam, foram torturados psicologicamente e outras barbaridades que foram feitas, que geravam um forte estresse estar sendo procurado ou ter a repressão em seu encalço.

Diálogo – Os demitidos conseguiram outros empregos? Houve algum tipo de perseguição?

JC – alguns conseguiram se empregar, mas como a Petrobrás, na Bahia, fez um enxugamento nos estáveis (ou seja não optantes pelo FGts) e esses eram trabalhadores com uma idade mais avançada ficou então mais difícil para eles, resultando dai um número muito grande de pessoas que não conseguiram se empregar. além do mais, corria pelas empresas a famosa “Lista nEGRa”, que impedia que os demitidos que constavam nesta fatídica lista não fossem contratados e quando conseguiam, por um motivo ou por outro, burlar a lista negra e a diVin (divisão de investigação, ligada ao então sni), tomava conhecimento o trabalhador não ficava nem mais por uma hora, era retirado da área por vigilantes armados e encaminhados ao RH e dispensado.

Diálogo – Houve organização pela continuidade da luta, principalmente entre os demitidos?

JC – sim, esta luta é mantida até hoje pela abraspet e sindicatos.

Logo após sermos demitidos, tivemos o nosso sindicato (sindipetro) sob invasão da Policia Federal e depois intervenção do Ministério do trabalho. depois da intervenção o sindicato foi administrado por uma junta composta por três trabalhadores da RLaM (João neves, araponga e Vaz), ainda por determinação do Governo Federal (Mt). após a invasão do sindicato pela PF, buscamos apoio no sindicato dos Eletricitários, onde ficamos até criarmos a associação dos demitidos e continuamos a luta na busca de resolver o retorno.

Diálogo – Os grevistas não tiveram suas reivindicações atendidas e ainda foram demitidos. Mesmo assim é possível dizer hoje que a luta foi válida?

JC – a nossa luta maior era contra os decretos leis do governo federal, que atendendo às imposições do FMi e com medidas draconianas impostas pelos liberais, em 1989 iriam criar o famoso consenso de washington. nestas imposições constavam, entre outras, a forte ausência do Estado na Economia. Foram criados então alguns decretos leis que criavam mudanças drásticas, como exemplo novos trabalhadores praticamente sem nenhum adicional, tão somente com o salário básico, mesmo assim menor que o praticado na época. antevíamos com essas

medidas, num futuro próximo, a demissão de grande parte do pessoal mais antigo e com direitos, para contratar novos empregados sem nenhum direito. conseguimos fazer com que os decretos não fossem aprovados- portanto, sendo atendida a principal reivindicação do movimento na visão puramente economicista; na visão política geral, o movimento se somou a outros que lutavam contra o governo militar que ainda imperava.

Diálogo – Como foi a luta pela anistia política, pela reintegração ao trabalho e pela reparação?

JC – nos juntamos aos companheiros de 1964 e que já detinham uma maior experiência nas lides de gabinete e através da abraspet e outras associações de anistiados políticos estamos encetando esta nova e estressante disputa no sentido de termos reconhecidos os direitos de todos. Hoje falta um grupo menor, mas não descansaremos enquanto não vermos reconhecidos o direito de todos.

Diálogo – Como está hoje a situação dos anistiados da greve de 1983?

JC – Hoje temos um total de 54 companheiros que faltam serem solucionadas as suas questões. Estamos lutando em todas as frentes de luta: seja na política, contactando parlamentares, seja através da cianist (comissão de anistia na câmara), ou seja nas lides através da Justiça Federal. a certeza é uma só: fizemos o movimento e não paramos até então, continuaremos à frente da batalha. 1983 ainda não acabou.

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