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32 O JORNAL

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Cerimnia da comemorao dos 25 anos das atuais instalaes da Escola Bsica e Secundria da S

Cerimnia da comemorao dos 25 anos das atuais instalaes da Escola Bsica e Secundria da SPgina 32

Editorial

Joo Melo, 11. C Uma aluna do 5. ano de escolaridade, Liliana Ferreira Pires, coloca ao Sr. Diretor algumas questes relativas histria da Escola Bsica e Secundria da S. Os momentos que antecederam a cerimnia constituram oportunidade para um agradvel reencontro, em que o convvio foi uma constante.

O Sr. Diretor do agrupamento, Dr. Carlos Dinis, deu incio cerimnia. Da esquerda para a direi ta, na mesa, acompanhavamno: o Sr. Dr. Antnio Carreira, em representao da C. M. de Lamego, de que VicePresidente; a Sr. Dr. Maria Hermnia Quintela, antiga professora e Presidente do Conse lho Diretivo, no ano da mudana para as novas instalaes; o Sr. Professor Doutor. Joo Antnio Teixeira, ilustre conferente; o Sr. Dr. Antnio Car rapatoso, Presidente da Assembleia Municipal; as Sr.as Dr.as Maria Joo Oliveira e Lcia Viegas, professoras recentemente aposentadas, pertencentes Comisso de Honra.

conversa com os meus filhos, digo-lhes muitas vezes que Portugal ser aquilo que os jovens, iguais a eles, quiserem que seja. Considero que a ambio e o sonho so a medida de todas as coisas. O trabalho, a perseverana, a solidariedade so valores que os mais novos devem alimentar para concretizarem os seus desejos. A criao d O Jornal, pelos alunos da Escola Bsica e Secundria da S, um projeto que se enquadra neste esprito de conquista e de realizao que os professores, os pais, os encarregados de educao e a restante comunidade devem procurar acarinhar e ajudar a crescer. Mais do que um projeto jornalstico que se prope contar o dia a dia deste estabelecimento de ensino, O Jornal um meio que auxiliar a Escola Bsica

Palavra do Presidente

e Secundria da S a lanar um dilogo permanente com os lamecenses, a ponte entre uma unidade de ensino de referncia para vrias geraes e a cidade que a acolhe. Acredito que uma sociedade (Continua na pg. 2)

Associao de Freguesias do Sudeste do Municpio de Lamego (A.F.S.M.L.)

Foi com manifesto interesse que os assistentes ouviram as inter venes dos membros da mesa.

Quando j todos, elementos da mesa e pblico, ocupavam os seus lugares.

s Freguesias, pilares do Estado Democrtico e verdadeiros governos de proximidade, desempenham, hoje, uma misso preponderante, intervindo de forma direta na resoluo dos seus problemas e necessidades dos cidados. Perante os desafios impostos s sociedades modernas, compete aos rgos do poder local dinamizar e corporizar os mecanismos legais existentes, de forma a assegurar junto dos cidados uma prestao de servios qualificada. Neste sentido, aps um amplo traba-

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As Freguesias, pilares do Estado

primeira edio de O Jornal assinala o nascimento de um novo projeto de jornal escolar do Agrupamento, substituindo o projeto Publique-S, descontinuado por motivos ponderosos apresentados pelas suas coordenadoras e a que no pude deixar de atender. Fui testemunha do enorme labor, do ingente esforo e incomensurvel dedicao das suas responsveis para que as seis edies publicadas no final de cada perodo dos ltimos dois anos letivos fossem uma realidade, na forma e no suporte que faziam parte do meu compromisso de manter vivo o projeto do jornal escolar, alargado ao Agrupamento, em papel e distribudo gratuitamente junto da comunidade escolar. equipa responsvel cessante, nas pessoas das Dr. Helena Sebastiana e Dr. Filomena Teixeira, por isso, o meu pblico agradecimento e o reconhecimento da qualidade do seu trabalho. Terminado este ciclo, um novo surge, com o O Jornal que se apresenta com algumas alteraes, a comear no nmero de edies por ano, reduzido para duas, num novo formato, passando pelo aumento do nmero de exemplares por cada tiragem para chegar a um pblico leitor mais vasto, mas continuando a ser de distribuio gratuita e em suporte de papel. A sua linha editorial visar combinar a dimenso informativa, ligada comunidade educativa, em especial aos alunos, professores, educadoras, funcionrios, pais e encarregados de educao das diferentes unidades orgnicas do Agrupamento de Escolas da S, mas tambm do concelho em geral, sempre que oportuno, com a dimenso crtica e reflexiva, que promova o debate de ideias atravs dos artigos de opinio dos seus colaboradores, no respeito pelos direitos e deveres da liberdade de informar e(Continua na pg. 2)

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(Continuao da 1. pg.)

Palavra do Presidentetanto mais desenvolvida, quanto mais crticos e interventivos forem os elementos que a constituem. A adolescncia a altura ideal para lanar as bases de uma cidadania responsvel, mas irreverente e saudvel. Em nome da Cmara Municipal de Lamego, quero felicitar todos aqueles que de alguma forma colaboram na redao e edio dO Jornal e expressar o desejo de que continuem a realizar um bom trabalho e, claro, divulgar o que de melhor a Escola Bsica e Secundria da S capaz de fazer. Parabns! Francisco Lopes, Presidente da Cmara Municipal de Lamego(Continuao da 1. pg.)

liberdade de expresso. Ser um jornal que combinar a dimenso pedaggica com a dimenso ldica como convm a um jornal escolar. Ser um jornal que respeitar critrios de rigor e de independncia, promovendo a pluralidade de ideias, a participao e a defesa da incluso. Este projeto, no fora a pronta adeso ao desafio que lhes foi lanado, seria impossvel de concretizar sem o empenho e dedicao causa da sua coordenadora e principal responsvel, Dr. Amlia Bernardo, professora bibliotecria da

Editorial

biblioteca da escola sede do Agrupamento, da sua equipa e do senhor Presidente da Associao de Juntas de Freguesia do Sudeste de Lamego, Sr. Antnio Rodrigues, cuja parceria se tornou vital para a concretizao deste sonho. A todos a minha gratido e a certeza de que a Direo do Agrupamento se empenhar para que o O Jornal cumpra as finalidades a que se prope. Carlos Dinis M. Almeida, Diretor

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Associao de Freguesias do Sudeste do Municpio de Lamego (A.F.S.M.L.)

lho de sensibilizao e cooperao entre os associados, foi constituda a Associao de Freguesias do Sudeste do Municpio de Lamego (A.F.S.M.L.), com sede na Freguesia de Britiande. Fundada em 23 de julho de 2010, constituda pelas Juntas de Freguesia de Britiande, Vrzea de Abrunhais, Cepes, Melces, Lalim, Lazarim, Ferreirim, Figueira, Meijinhos, Valdigem e Parada do Bispo. Desde ento, a A.F.S.M.L. define, no mbito das atribuies e competncias das Freguesias associadas, objetivos comuns nos domnios da promoo de estudos, elaborao de projetos

As Freguesias, pilares do Estadoe gesto de planos, procurando garantir o progresso e melhoria da qualidade de vida das populaes. Presta um amplo servio no mbito da celebrao de protocolos, colaborao tcnica, aes de formao e realizao de contratos para fornecimentos e aquisio de bens e servios para a Associao e Associados. No mbito da educao, destacam-se os servios prestados no Centro Escolar de Lamego Sudeste, em particular a gesto da orgnica de apoio ao seu funcionamento, nas reas de fornecimento das refeies escolares na cantina, prolongamento de horrio, transportes escolares, segurana e manuteno do edifcio. No fornecimento de refeies escolares, impe assegurar uma alimentao equilibrada e adequada s necessidades da populao escolar, segundo os princpios dietticos preconizados pelas normas de alimentao definidas pelo Ministrio da Educao e com observncia das normas gerais de higiene e segurana alimentar, garantidas por colaboradores qualificados na rea em questo e submetidos a formaes de carter contnuo. O prolongamento de horrio que feito a partir das 16h00 acompanhado por um corpo tcnico especializado na rea da educao infantil, e prestado 5 dias por semana. O servio de transportes escolares efetuado atravs de viaturas devidamente equipadas e licenciadas para o efeito, constituindo-se num servio de proximidade, porta a porta, nas diversas Freguesias. Os nossos colaboradores (motoristas e vigilantes) so credenciados e portadores de capacidade tcnica e profissional, nas reas de preven-

Ficha TcnicaPropriedade: Agrupamento de Escolas da S - Lamego Coordenao: Maria Amlia Bernardo Equipa: Ana Zagalo, Conceio Canelas, Dalila Carvalho, Diogo Filipe, Francisco Soeiro, Helena Gama, Jos Francisco Carvalho, Maria Jos Alvelos e Palmira Lopes. Periodicidade: Semestral Composio e impresso: Lamibrinde Sociedade Grfica, Lda. - Britiande.

o rodoviria, primeiros socorros e conduo defensiva, atestados pelas entidades competentes. Apostamos ainda na formao dos nossos colaboradores, os quais tambm esto sujeitos a um elevado nvel de seleo. A competncia e o rigor definem-se como caractersticas da A.F.S.M.L. para fazer face aos desafios com que atualmente se confronta, sem que fragilize o grau de satisfao manifestado em todas as reas dos servios prestados. A construo do Centro Escolar veio combater o abandono e excluso escolar, melhorar a qualidade do ensino e reaproximar a comunidade envolvente, apresentando condies para o desenvolvimento das atividades extracurriculares e uma organizao mais eficiente dos transportes escolares. A conjugao de esforos em parceria com o Municpio de Lamego e o Agrupamento de Escolas da S Lamego veio reforar o papel preponderante para o sucesso escolar e promover a igualdade de oportunidades no acesso ao saber. Porque a cidadania ativa contribui para uma valorizao da nossa sociedade, determinante eleger como objetivo comum a melhoria da satisfao das pessoas, para que desta forma se possa contribuir para uma sociedade mais inclusiva. Antnio Manuel Santos Rodrigues, Presidente da Associao de Freguesias do Sudeste do Concelho de Lamego

InformaoOs textos inseridos neste jornal foram escritos segundo as normas do novo Acordo Ortogrfico.

ara quem, como eu, entrou nos anos sessenta, como docente, na Escola Industrial e Comercial de Lamego, vazia de qualquer mobilirio; acompanhou os primeiros passos e adolescncia desta criana e participou na sua mudana de instalaes, em 1986, j como Escola Secundria da S, a celebrao das bodas de prata das novas instalaes no passado dia 15 de dezembro de 2011, constituiu um verdadeiro momento histrico. Por volta das 17.45h, e logo entrada do edifcio, o encontro de colegas e funcionrios, cujas vidas profissionais e familiares os fizeram perder contacto durante anos, foi uma espcie de Abre-te Ssamo de recordaes e vivncias que os inundaram de felicidade. A sesso solene de comemorao dos 25 anos de existncia das novas instalaes foi iniciada com o Hino do Agrupamento de Escolas da S. Seguiu-se a projeo, em ecr gigante, de um vdeo com imagens de variadas atividades desportivas e culturais, realizadas ao longo do tempo, por professores e alunos desta instituio, e que nos deixaram convictos da sua posio de vanguarda. A mesa era constituda por sete elementos: o Sr Diretor do Agrupamento, Dr Carlos Dinis; o Sr Vice-Presidente da Cmara, Dr Antnio Carreira; o Representante da Assembleia Municipal, Sr Dr Jos Carrapatoso; o Conferencista convidado, Sr Cnego Dr Joo Antnio Teixeira e as professoras aposentadas, Sr.as Dr.as Maria Joo Oliveira, Lcia Carrapatoso e Maria Hermnia Quintela. Todos os intervenientes reconheceram o valioso trabalho que tem sido desenvolvido ao longo dos anos nesta escola, tendo sido referidas situaes concretas relacionadas com as respetivas vivncias; ou como encarregado de Educao caso do Sr Dr Jos Carrapatoso -, ou como professores (antigos e atuais) caso dos Srs. Drs. Antnio Carreira e Maria Hermnia Quintela. Tambm os testemunhos de um antigo aluno e de um assistente operacional fizeram reviver, com graa e boa disposio, alguns momentos por eles vividos em, tempo passado. De realar a interveno do Sr Cnego Dr. Joo Antnio Teixeira que, com a eloquncia e profundidade a que j nos habituou, apresentou uma dissertao que consideramos um verdadeiro tratado sobre Educao e em que so focadas as suas variadas componentes, dando especial nfase ao papel do professor, no apenas como transmissor de conhecimentos, mas, muito especialmente, como formador, um referencial de conduta para a vida. Como no podia deixar de ser, os entusisticos aplausos traduziram a admirao da assistncia. Aps a sesso, os convidados foram ainda brindados com alguns acepipes na cantina da escola, dando margem a mais trocas de abraos e palavras de carinho entre amigos que h muito se no viam. No novo ano de 2012, formulo votos de continuao de sucesso no trabalho a realizar, a todos quantos integram o Agrupamento de Escolas da S. Bem hajam. Professora Maria Hermnia Quintela

Bodas de prata

Neste espao, de toda a pertinncia correspondermos ao grande interesse manifestado a respeito da conferncia A escola (sempre) mais que a escola: o espao, o tempo e as pessoas, proferida pelo Sr. Padre Professor Doutor Joo Antnio Teixeira, no mbito da comemorao dos 25 anos da Escola Bsica e Secundria da S Lamego, nas atuais instalaes. Assim, publicamos alguns excertos da mesma e informamos que o texto integral ser, a breve trecho, publicado online, na plataforma Moodle do Agrupamento de Escolas da S, cujo endereo : www.aves.edu.pt/moodle/.

A escola (sempre) mais que a escola: o espao, o tempo e as pessoasUma escola no s o edifcio onde decorrem as aulas. todo o mbito do processo educativo, do crescimento da pessoa. tambm a casa da famlia. tambm a rua. tambm a oficina. tambm o escritrio. tambm o campo. tambm a comunicao social, etc. () Por outro lado, uma escola comea antes do seu incio e prolonga-se depois do seu fim. Uma escola comea quando se nasce e s termina quando se morre. () Nunca podemos, por isso, falar da escola falando s da escola. A escola um espao que se projeta muito para l do seu espao. E um tempo que se faz sentir muito para l do seu tempo. O seu efeito claramente intemporal. () No percurso educativo, no intervm apenas os professores e os alunos. Intervm igualmente os encarregados de educao, os vizinhos, no fundo, todos os agentes do processo educativo e da vida social. () Um professor nunca pode ser um mero tcnico. E tem de ser mais que um especialista. Acima de tudo, ele um artista, uma espcie de parteiro, algum que faz germinar maieuticamente o que est semeado na alma humana. () sempre enriquecedor ler, nem que seja avulsamente, caoticamente, anarquicamente. O encontro com os livros acaba por imprimir sempre algo na alma que nunca se apaga. () Na hora que passa, as finanas podem ser o mais urgente. Mas no h dvida de que a educao o mais importante. ()

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Ingredientes: Bacalhau demolhado - 4 postas Azeite - 1dl Alho 3 dentes Sal q.b. Noz moscada q.b.

Bacalhau com natasBatatas - 1 kg Cebolas mdias - 2 unid. Natas - 2 pacotes Pimenta q.b. Cenouras - 4 grandes

Clube de Proteo Civil 2011/2012:

Aposta em Formao na Segurana

Clube de astronomia

Descasque as batatas, lave-as, corte-as s rodelas e frite-as em leo quente, sem deixar alourar. Depois de fritas, escorra-as bem e coloque-as em papis absorventes para lhes tirar o excesso de gordura. Tempere-as com sal. Corte as cebolas em meias luas finas e refogue-as em azeite, juntamente com alho picado, noz-moscada e pimenta, at ficarem translcidas. Junte as lascas de bacalhau, deixe refogar mais um pouco, misture as natas, e depois as batatas e envolva-as no preparado. Deite o preparado num pirex e por cima disponha as cenouras raladas. Por fim, o molho bchamel e leve ao forno a alourar. Molho bchamel: Farinha - 40gr; Manteiga - 40gr; Leite - 2,5 dl Derreta a manteiga num tacho, acrescente a farinha e mexa bem; junte, aos poucos, o leite, mexendo sempre at borbulhar; finalmente, retire do lume e tempere com sal, pimenta e noz-moscada. Este o meu bacalhau com natas. Espero que experimentem e gostem! Helena Gonalves

Sopa de cebola com moiraIngredientes: 1kg de batatas 2 cebolas 1 moira gua e sal q. b. Tempo de preparao: 1h Pem-se a cozer as batatas. Escalda-se a moira em gua a ferver e junta-se s batatas. Quando cozida a moira, retira-se, para passar as batatas. Deve obter-se uma gua grossa. Juntam-se as cebolas cortadas em meia-lua. Deixa-se cozer. Retira-se do lume e serve- se em tigelas de barro, com a moira cortada aos pedaos. Armando Jos Pereira Azevedo,4 B, Centro Escolar de Lamego Sudeste

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Escola, para alm do espao dinmico de transmisso de saberes, constitui fator de integrao na sociedade e vetor de formao do futuro cidado. Assim, na preparao de todos os intervenientes, assume particular importncia a aquisio de um conjunto de competncias, nas quais se real-

Fralda bordada em ponto cruzMATERIAL: Use dois fios para a cruz e um fio para o ponto linear. Apresentado porAmlia Pinto

os tempos que correm, vulgar ouvir-se dizer que ningum, ou quase, d ponto sem n. Inerente a esta expresso, a inteno de, forma sugestiva, analisar o comportamento de outrem e concluir da sua faceta calculista e, portanto, simulada, egosta e interesseira. Neste contexto, quando algum pratica um gesto desinteressado, desprovido das caratersticas acima indicadas, ficamos surpreendidos e construmos uma imagem positiva de quem o protagoniza. Se, porventura, esse gesto revela, ainda, a inteno assumida de proporcionar ferramentas portadoras de mais saber, mais cultura, maior ligao aos valores que deveriam estar na origem da nossa interao familiar, social e profissional, ento, refletimos mais e, eventualmente, melhor. Conclumos, ento, da assuno da misso de educar/formar nos valores, com valores, para os valores e pelos valores. A GRADIVA encaixa perfeitamente no perfil traado. Ao oferecer biblioteca escolar (BE) da Escola Bsica e Secundria da S Lamego (escola sede do Agrupamento de Escolas da S Lamego), 122 obras de reas diversificadas, concretizou o que anteriormente fica exposto. Graas GRADIVA, as comunidades escolar e educativa tm ao seu alcance mais ferramentas propiciadoras de saberes essenciais formao para a cidadania. Amlia Bernardo, Coordenadora das BE do agrupamento

Obrigada, Gradiva!

am a segurana e preveno de riscos. Estas competncias devero contribuir para a adoo de atitudes e comportamentos responsveis e adequados, face a acidentes graves que as populaes possam vir a enfrentar. Educar para a segurana , pois, educar para a preveno e a Escola constitui o territrio preferencial de interveno, quer pelo impacto das comunidades educativas na populao em geral, quer pelos efeitos multiplicadores nas futuras geraes. Assim, este clube, funcionando s 4 feiras, das 8.15h s 09.45, pretende lanar as bases para que se possa construir uma verdadeira cultura de segurana, envolvendo toda a comunidade educativa. Como proposta de atividades, alm de estar a trabalhar estes contedos com a turma do 6 D, pretende atualizar o Plano de Preveno e Emergncia (Estrutura Interna de Segurana e Plano de Evacuao), dinamizar a realizao de um desdobrvel para fornecer aos diretores de turma sobre este plano, realizar sesses de informao/esclarecimento sobre preveno de riscos internos (relacionados com as caractersticas dos edifcios escolares e respetivos equipamentos) e externos (naturais e tecnolgicos). Pretende, ainda, fazer um levantamento de perigos que a escola apresenta para a integridade fsica dos seus ocupantes e apresentao de propostas. Para alm de tudo isto, pretende, tambm, estabelecer parcerias com outras entidades: Juntas de Freguesia, Cmara Municipal, PSP (Viseu Equipa de Inativao de Explosivos e Segurana em Edifcios), DGIC, Servios Municipais de Proteo Civil, Bombeiros, Instituto do Ambiente, Direo Geral de Recursos Florestais, entre outros, para que possamos atingir mais facilmente estes objetivos. Assim, integrado no Plano Anual de Atividades deste agrupamento de Escolas da S, realizou-se, no dia 12 de outubro de 2011, um Workshop - Da Preveno Ao, dirigido aos assistentes operacionais, que teve como principais objetivos aprender a lidar com os extintores e saber como atuar em caso de incndio. Tambm, neste mbito, foi realizado um simu-

o dia sete de dezembro de 2011, o grupo do Clube de Astronomia foi visitar a empresa SUNWAVE. A nossa visita de estudo tinha como objetivo conhecer alguns equipamentos para o aproveitamento da energia solar e outras fontes renovveis. O senhor engenheiro Lus Correia explicounos o funcionamento de alguns equipamentos como: o pavimento e as pedras radiantes, os emissores trmicos, os infravermelhos, radiadores toalheiros e outros. Para a Lnia, o melhor equipamento foi a rocha natural (granito) onde aqueceu frequentemente as mos! Para a Ana, foi a luz de infravermelhos que serve para aquecer diretamente os corpos em espaos abertos ou em empresas de grandes dimenses, muito utilizado nos pases nrdicos. Para o Joo, foi o painel solar fotovoltaico giratrio que permite a sua orientao em funo do movimento diurno e aparente do sol. Para o Tiago, foi o radiador toalheiro que bastante eficiente para o uso dirio. O Marcelo foi o nosso reprter fotogrfico. Ficmos a saber que o nosso Pas apresenta grandes potencialidades para a utilizao de paineis solares, devido existncia de um elevado nmero de horas de sol, ao longo do ano. Ns, os mais jovens, temos uma tarefa importante na sensibilizao de todos os cidados para a utilizao destas novas fontes de energia, de modo a reduzirmos a nossa dependncia energtica e a protegermos o nosso planeta das alteraes climticas que originam catstrofes ambientais sem fronteiras. Alunos do Clube de Astronomia lacro, no dia 20 de janeiro de 2012, durante o qual foi promovida uma cidadania ativa e participante e foram testadas as atitudes e comportamentos adequados em situaes de emergncia. Registou-se a presena de uma ambulncia e de um carro dos Bombeiros Voluntrios de Lamego que, com a sua equipa de preveno, ajudaram a tornar este dia mais emocionante! Professora Margarida Jos Duarte

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Dia Internacional da Pessoa com Deficincia

H ARTE NOS 3RRRS A U D A V E LGabinete de Sade, 12. B

Gabinete de Sade, 12. BS A U D A V E L

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Helena Gama, professora, Cristina Zagalo, educadora

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A Escola Bsica e Secundria da S uma escola de excelncia. Este ano est de parabns Pelos 25 anos de existncia. Em 17 de novembro de 1986, Viemos para este espao. Juntos crescemos e aprendemos A ser adultos com desembarao. Esta escola d-nos mais Do que qualquer pessoa pensa. Ensina-nos o ABC E a respeitar a diferena! Filipa Santos, n. 2, 9. C

Interao com os Avs

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9Dia do Idoso uma data comemorada internacionalmente, no dia 1 de outubro. Assim, e semelhana do ano anterior, o Centro Escolar de Lamego Sudeste promoveu um convvio inter-geracional, envolvendo os alunos do 4 ano do 1 CEB e da educao prescolar e os utentes do Lar Santo Antnio. Nesta data, homenagemos a 3. idade, a maravilhosa idade da sabedoria, das experincias vividas e do amor desprendido dos avs. Esta ao teve por objetivo proporcionar momentos agradveis e alegres, com msica, danas, jogos, contos, oferta de lembranas aos idosos e um pequeno lanche, tornando a manh animada e diferente do habitual. Estes momentos so sempre aproveitados no s para a confraternizao, mas tambm, para sensibilizar para a dignidade da vida do idoso, exercitar a

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Leopoldina Borges, Coordenadora do Centro Escolar de Lamego Sudeste

Solues: Verticais: 1- Windhoek. 2 Checo. 3 Indonsia. 4 Brasil. 5 Nigria. 6 Alemo. 7 Azerbaijo. 8- Teero. 9 Alasca. 10 Nger. Horizontais: 1 Dinamarca. 2 Washington. 3 Prata. 4 Senegal. 5Americano. 6 Camberra. 7 Eslava. 8 Indo. 9 Trieste. 10 Iro.

Solues

Lus Pereira, n 16, 9. A

Ests triste? A leitura a cura.

cidadania e abrir a escola comunidade. Esta interao tambm se verificou no Cantar de Reis, em que um grupo de idosos surpreendeu os alunos do Centro Escolar, comemorando esta festividade. Novas iniciativas esto planeadas em diferentes turmas, no mbito do projeto MEMRIAS QUE FALAM, VOZES QUE SEDUZEM, integrado no Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade Intergeracional. No prximo nmero deste jornal, ser dada notcia das interaes que vierem a ser desenvolvidas no contexto deste projeto.

Verticais: 1 Pas com mesma bandeira em uso h mais tempo. 2 Capital dos EUA. 3 Metal que deu origem ao nome da Argentina. 4 Pas da frica Ocidental. 5 Segundo maior continente. 6 Capital da Austrlia. 7 Nome do grupo de lnguas a que pertencem o esloveno e o russo. 8 Rio indiano (invertido). 9 Cidade italiana do mar Adritico, perto de Veneza. 10 Pas banhado pelo Mar Cspio.Lus Pereira, n. 16 9. A

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CRUCIGRAMA

u sou a Filipa do 9. C, sou cega, provavelmente muitos de vocs j me viram a caminhar pelos corredores com a minha bengala. Pois bem, no passado dia 3 de dezembro comemormos o Dia Internacional da Pessoa com Deficincia e a minha professora e eu fizemos um flyer comemorativo, com um poema, escrito a tinta e a braille. Todos os meus livros so escritos em braille para que eu possa ler, passando os meus dedos pelo papel. Tenho uma mquina especial que serve de lpis ou caneta. A minha mquina faz muito barulho e leva os meus colegas e professores loucura Ah! Ah! Ah! No, estou apenas a brincar Porque nesta escola todos me tratam bem e eu sou bastante feliz aqui! Mas continuando com o que me levou a escrever-vos Eu fui ler o poema sala de professores e espalhamos alguns pela escola. Como no sei se tiveram a oportunidade de ouvir/ler o nosso poema, escrevo-o novamente:

Solues Solues1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 1. Vitaminas. Vitaminas. 2. Iodo. Iodo. Nervos. 3. Nervos. 4. Energia. Energia. 5. Reproduo. Reproduo. 6. Sistema. Sistema. 7. gua. gua. Urina. 8. Urina. Dor. 9. Dor. Abstinncia. 10. Abstinncia. 11. Verdes. Verdes. 12. Predao. Predao. 13. Leuccitos. Leuccitos.

servindo-se da divisa H ARTE NOS 3 RRR, aposta na reutilizao dos materiais, assente na sustentabilidade, autossuficincia e respeito pelo meio ambiente. Os atelis ganham cor e o espao escolar metamorfoseia-se em cenrio ecolgico. O trabalho de colaborao com este arteso lamecense no fica por aqui. No incio da primavera, Fernando Rui Gonalves regressar, para dinamizar um novo trabalho, pleno de arte e sensibilidade, integrado no tema da rea de projeto, comum ao 1. ciclo e educao prescolar, e integrado no clube ABRAAR A NATUREZA.

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CruzadexGabinete de Sade,

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Gabinete de 12. Horizontais: BSade, 12. B 1 Capital da Nambia. 2 Lngua de um pas do centro da Europa. 3 Maior pas muulmano. 4 Maior pas da Amrica Latina. 5 Pas mais populoso de frica. 6 Povo da nao com maior populao na UE. 7 Antiga repblica da URSS. 8 Capital do Iro. 9 Maior estado dos EUA. 10 Rio Africano.

Solues

S A U D A V E L

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13.

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Vitaminas. Iodo. Nervos. Energia. Reproduo. Sistema. gua. Urina. Dor. Abstinncia. Verdes. Predao. Leuccitos.

Ol a todos,

1. Nutriente essencial ao funcionamento do organismo. 2. Evita doenas da tiride, como o bcio. 3. Feixes de fibras nervosas por onde passa o impulso nervoso. 4. Necessria s funes vitais. 5. Processo que garante a perpetuao da espcie. 6. Conjunto de elementos que trabalham para uma mesma finalidade. 7. Substncia mais abundante do nosso organismo. 8. Elimina as toxinas resultantes do metabolismo. 9. Uma das manifestaes de inflamao. 10. Mtodo anticoncecional infalvel. 11. Legumes ricos em celulose. 12. Relao trfica entre dois seres vivos diferentes. 13. Clulas sanguneas responsveis pela defesa do organismo.

s alunos do Jardim de Infncia e do 1. Ciclo do Agrupamento de Escolas da S foram presenteados, ainda o Pai Natal no se fazia sentir na chamin, com as pinceladas de arte e talento do arteso lamecense Fernando Rui Gonalves. Crianas dos 3 aos 10 anos viveram um momento de magia, na oficina de artes, integrado no projeto VEM AMBIENTARTE, onde puderam dar asas sua criatividade e aptido imaginativa e artstica, transformando lixo para contentor em arte decorativa, embelezando, com o recurso aos mais diversos materiais e s mais variadas tcnicas, as rvores de Natal do Centro Escolar de Lamego Sudeste e da EB1 Lamego N. 2. A sua presena emptica, nos dias 7, 8 e 9 de novembro serviu, quer como ao de consciencializao para a prtica da reciclagem, enfatizando o precioso conceito dos 3 RRR, quer como transformao do espao escolar em ateli ecolgico, onde os alunos eram convidados a brincar, manipulando, de forma ldica e criativa, material aparentemente intil, transformando-o em arte decorativa: embalagens de ovos ganhavam vida no formato de estrelas pintadas ao sabor da imaginao das crianas; rolos de papel higinico, de papel de cozinha, cartes e embalagens de garrafas refundiam-se em sinos, flores, bolas, estrelas e tantos outros enfeites de Natal. O culminar deste trabalho deu-se no ms de dezembro, aquando da montagem das rvores de Natal nos trios das duas escolas. Alunos e arteso transformaram papelo em pinheiros, decorando-os com arte e beleza. As crianas sentiram este momento como magia Fernando Rui tem vindo a colaborar em projetos inovadores com outras escolas e,

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Crucigrama1. Nutriente essencial ao funcionamento do organismo. 1. Nutriente essencial ao funcionamento do organismo. 2. Evita doenas da tiride, como o bcio. 2. Evita doenas da tiride, como o bcio. 3. Feixes de fibras nervosas por onde passa o impulso 3. Feixes de fibras nervosas por onde passa o impulso nervoso. nervoso. 4. Necessria s funes vitais. 4. Necessria s funes vitais. 5. Processo que garante a perpetuao da espcie. 5. Processo que garante a perpetuao da espcie. 6. Conjunto de elementos que trabalham para uma 6. Conjunto de elementos que trabalham para uma mesma finalidade. mesma finalidade. 7. Substncia mais abundante do nosso organismo. 7. Substncia mais abundante do nosso organismo. 8. Elimina as toxinas resultantes do metabolismo. 8. Elimina as toxinas resultantes do metabolismo. 9. Uma das manifestaes de inflamao. 9. Uma das manifestaes de inflamao. 10. Mtodo anticoncecional infalvel. 10. Mtodo anticoncecional infalvel. 11. Legumes ricos em celulose. 11. Legumes ricos em celulose. 12. Relao trfica entre dois seres vivos diferentes. 12. Relao trfica entre dois seres vivos diferentes. 13. Clulas sanguneas responsveis pela defesa do 13. Clulas sanguneas responsveis pela defesa do organismo. organismo.

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Ele viaja, Leve como o vento, Inconsciente, certamente, Sbio invulgar, Amigo incondicional, Brincalho, Encantando, falando, Trabalhando, sorrindo, Ele viaja! Com tanto para contar!... Orgulhoso, Soletrando, Tontas, Antigas, viagens.

Viagem

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Vai acontecer Semana da Leituraeducao pr-escolar e dos diferentes cursos, ciclos e anos; Poemas Solta (divulgao dos poemas selecionados, atravs da exposio em mupis); A Poesia Toma Caf Consigo! (distribuio, em vrios cafs do concelho de Lamego, de poemas inscritos em pequenos desdobrveis que acompanharo o servio s mesas); Leitura de textos literrios por agentes da comunidade escolar, em diferentes locais do CELS e das escolas do agrupamento; Partilha das atividades com a comunidade educativa e outros, utilizando como suportes a plataforma do agrupamento, os blogues das BE, o Facebook, a pgina da Rede de Bibliotecas de Lamego, mupis, e o jornal do agrupamento (em suporte papel e em suporte digital).

Louco, mas Otimista. Uma viagem alucinante, Raros pensamentos!... Ele viaja, Numa iluso, Avanando, Orgulhosamente, naquelas viagens... Elisabete, 1 ano do Curso Profissional de Tcnico Auxiliar de Sade

Semana da Leitura, segundo orientaes da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE), decorrer de 5 a 9 de maro. No Agrupamento de Escolas da S, semelhana de anos anteriores, integrar vrias iniciativas, concebidas, planeadas e realizadas pelas bibliotecas escolares da Escola Bsica e Secundria da S e do Centro Escolar de Lamego Sudeste (CELS), em Ferreirim, em interao com diferentes agentes das comunidade escolar e educativa. Apresentamos as vrias atividades em agenda: Feira do Livro: 5 7 de maro, na Escola Bsica e Secundria da S; 8 e 9 de maro, no CELS; Encontro com a escritora Manuela Castro Neves, destinado a professores de todos os ciclos de ensino;

BIBLIOTECAS ESCOLARES ESPAOS DE FORMAO PARA A CIDADANIAs bibliotecas escolares (BE) de hoje pouco ou nada tm a ver com as de outrora. Nestas, os livros estavam encerrados em armrios protegidos por rede e fechados chave. Constituam objetos fora do alcance dos leitores, apenas podendo ser-lhes facultados por um funcionrio detentor privilegiado do sumo poder retirar os livros dos armrios. Por outro lado, trabalhar em grupo, numa BE, era proibido, pois o silncio absoluto era a regra. Decerto, na cabea dos leitores, estar j a pergunta: atualmente, tais procedimentos mantm-se? Caso tenham sido objeto de mudana, em que sentidos se faz esta sentir? Para responder, veja-se o que se passa nas duas BE do Agrupamento de Escolas da S Lamego: uma integrada na Escola Bsica e Secundria da S e a outra no Centro Escolar de Lamego Sudeste, em Ferreirim. Estas BE procuram inserir-se nas dinmicas de aprendizagens ativas e participadas. A autonomia que se exige ao aluno, na sala de aula, aquela de que ele usufrui para percorrer as estantes, proceder, livremente, pr-leitura das obras e seleo das que servem os fins em vista. As BE assumem-se como espaos de educao/formao, em articulao com as atividades de ensino/aprendizagem, impondo-se como extenses da sala de aula. Aprende-se a pesquisar, selecionar e tratar a informao. Aprende-se que conceber, planear, elaborar e rever um trabalho no um mero exerccio de copy paste, pois existe a obrigao de respeitar os direitos de autor. Aprende-se que as instalaes, os materiais e o mobilirio/equipamento so de todos e, portanto, tm de ser objeto de um uso consciente e cuidado. Aprende-se que h regras de civilidade que necessrio respeitar e fazer respeitar. Aprende-se que todos os nossos atos tm consequncias boas ou ms, de acordo com as opes realizadas. Em suma, as BE integram-se nas dinmicas educativas do agrupamento, valorizando e respeitando o Projeto Educativo e o Plano Anual de Atividades. Pese embora a essencialidade destas facetas, uma outra adquire uma importncia decisiva as

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Sopa de letras

Como o cu lindo, quando est estrelado! Ainda mais lindo, quando existe luar!... Ruas, que ficam Iluminadas, com uma luz suave Ningum consegue explicar A natureza que paira no ar. Ficam recordaes para a vida, Iluminadas sob a luz do luar, Lindas so as que marcam!... Iluses, as que vivemos em sonho e Pensamos realidade, Antes mesmo de terminar. Olhamos em direo ao cu, L bem alto!... Faz-nos crescer por dentro. Iluses, mentiras e alegrias, Vida, s mesmo assim! E s faz sentido se assim for. Importante a vida, assim como Respirar!... E Assim que termina mais uma noite de luar. Carina Carvalho, 1 ano do Curso Profissional de Tcnico Auxiliar de Sade

Como o cu lindo!

Sonhar, Inventar, Rimar - concurso de Caros leitores, o e aos de Educao poesia dirigido s crianas Grupo alunos da

Especial sugere uma das BEde letras para Coordenadora sopa do agrupamento

Amlia Bernardo,

falar da deficincia de outra maneira. Esperamos que gostem e consigam encontrar as 12 palavras.

Sopa de letrasL Q C A M U O L A D N I F E E R T I U S A A I R I N N I D R E N I E I S I O Y I E T Z C A D E O A T A V P S O M O M T A N U A P A R T I C I P A A O O P I I R C N D I N T E R A D R P I U P T E A O X I I M O C P A R T U D E F I A R O D P P A R A L I S I A P C E R E B R A L I M U L T I D E F I C I E N C I A R E Z P

Caros leitores, o Grupo de Educao Especial sugere uma sopa de letras para falar da deficincia de outra maneira. Esperamos que gostem e consigam encontrar as 12 palavras.

Uma luz que brilha no alm, ainda no de ningum, mas quem a apanhar, no vai parar de brincar, de sorrir e de saltar. Ela voa com o vento, acaba com a solido, mas o que ser essa luz? um amigo, pois ento! s comunicar, ele vem logo ajudar, alegre e brincalho,Lus Pereira, n 16, 9. A com um lugar no corao. Sandro Alves, 6. D, n. 22

O amigo

I G U A L D A D E H D U I R Q S A Z X C

A B F E R T W A Q L I V C E G U E I R A

E U D R S U R D E Z F C A D E L O S E T

S G E T R A O P A R E T I P O Z E A R R

C H F B S U P E R C R O C A N F R U R I

O J I M A F R E S P E I T O P A U T T S

AUTISMO CEGUEIRA DEFICINCIA DIFERENA ESCOLA IGUALDADE MULTIDEFICINCIA PARALISIA CEREBRAL PARTICIPAAO RESPEITO SURDEZ TRISSOMIAGrupo da educao especial

BE como lcus de bem-estar e lazer. Na verdade, so muitos os alunos que as procuram nos intervalos ou hora de almoo, antes ou depois da refeio, para lerem, consultarem o seu mail ou praticarem jogos educativos. Sublinhe-se que apenas estes so permitidos. Por ltimo, as BE marcam quem passa pelas escolas do agrupamento. Vrios ex- -alunos encontram-se com a BE da escola sede no Facebook e/ou vm visitar os docentes e as assistentes operacionais que os marcaram positivamente, orientando, ouvindo, mas tambm repreendendo e corrigindo comportamentos. As BE, no momento, afirmam-se como espaos abertos, educativos/formativos, vocaciona-

dos para os valores. Dada a abertura comunidade educativa, torne-se um utilizador das BE do agrupamento, ainda que no seja aluno, docente ou no docente das escolas que o constituem. Dialogue connosco em www.aves.edu.pt/biblioteca, http://www.facebook.com/bibliotecaescolarse (Escola Bsica e Secundria da S) e http://aves.edu.pt/ces/ (Centro Escolar de Lamego Sudeste). Requisite material livro. Leia porque LER SABER+. Amlia Bernardo, Coordenadora das BE do Agrupamento de Escolas da S - Lamego

Rede de Bibliotecas de Lamego: um desafio no presente, uma rede para o FUTURO!os ltimos anos, o trabalho em rede tem sido enfatizado como a mais significativa inovao humana no campo da organizao social. Uma rede constitui-se como um sistema de ligaes que possibilita organizar pessoas e instituies, de forma igualitria e democrtica, em torno de um objetivo comum. Por outro lado, a rpida evoluo tecnolgica, a disseminao da informao e o desenvolvimento de objetos digitais favorecem a expanso das sociedades em rede e a criao e consolidao de redes locais de bibliotecas, constituindo-se como fatores decisivos no desenvolvimento de uma sociedade de informa-

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Querer poder, ler saber.

Grupo da educao especial

o que combate a infoexcluso e promove a infoliteracia. Nesta perspectiva, a Rede de Bibliotecas de Lamego (RBL) surge-nos imbuda deste esprito de partilha e insere-se no mbito da criao de parcerias que consolidam dinmicas de trabalho colaborativo ao nvel da organizao, gesto e disponibilizao de recursos documentais, bem como da promoo de dinmicas na rea das diferentes literacias. A RBL define-se como uma estrutura de cooperao aberta livre participao de todas as Bibliotecas do concelho de Lamego, visando o desenvolvimento do trabalho cooperativo e par-

tilhado entre as Bibliotecas do concelho e a Biblioteca Municipal, otimizando atividades e recursos atravs de uma parceria efetiva que se concretiza na partilha de experincias no domnio da gesto e dinamizao de bibliotecas, numa poltica coordenada de aquisies e na dinamizao do emprstimo interbibliotecas, assente na observncia de princpios tcnicos (biblioteconmicos e informticos) uniformizados, atravs de uma plataforma tecnolgica o Portal Web da Rede de Bibliotecas de Lamego. Grupo de trabalho da Rede de Bibliotecas de Lamego

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Requalificao da Escola N. 2 de Lamego

oferece melhores condies a mais de 220 alunos

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ampliao e requalificao da Escola N. 2 de Lamego, localizada na Av. Egas Moniz, a etapa mais recente no processo de reorganizao da rede escolar que a Cmara Municipal de Lamego tem em curso com o objetivo de dotar de melhor qualidade o ensino pr- escolar e 1. ciclo do concelho. Mais de 220 alunos, que provisoriamente esto a frequentar as suas aulas na antiga n. 1 enquanto decorre o perodo de obras, vo regressar, a partir do prximo ano letivo, sua escola de origem, prestes a ser transformada num moderno centro escolar, adaptada s necessidades atuais e apta a responder ao previsvel aumento do nmero de alunos que ali passaro a ter aulas. Desde julho ltimo, dezenas de pessoas trabalham diariamente para renovar as antigas salas de aula, as instalaes sanitrias, a cozinha e o refeitrio. Para alm disto, as obras em curso vo acrescentar quatro novas salas, uma delas destinada ao pr-escolar e as restantes ao 1. ciclo. Esto ainda a ser criados espaos prprios para o ensino da msica e da informtica e para o ensino especial. O projeto da nova n. 2 contempla ainda a requalificao da envolvente exterior que integra a criao de um parque infantil com uma horta pedaggica e a construo de um parque de estacionamento de apoio. A autarquia adjudicou, por concurso pblico, a realizao desta empreitada firma Floponor Florestas e Obras Pblicas do Norte, S.A., pelo valor de

1.622.289,58, mais IVA. Recorde-se que a modernizao deste estabelecimento de ensino, segue-se entrada em funcionamento de trs novos centros escolares no concelho, construdos de raiz nas freguesias de Ferreirim e Penude e na cidade de Lamego, junto Escola EB 2/3. Com a construo de novos centros escolares, uma prioridade absoluta da Cmara Municipal de Lamego, as crianas do concelho vo passar a ter sua disposio uma escola de melhor qualidade e mais inovadora. Ser mais eficaz o combate ao abandono e excluso escolar, a implementao do programa Escola a Tempo Inteiro e a oferta de refeies e outros apoios sociais aos alunos. Na opinio de Francisco Lopes, Presidente da autarquia, o reordenamento do sistema educativo local uma reforma sem paralelo na Histria deste concelho. Pese embora os atuais constrangimentos financeiros, considero que o investimento municipal na Educao absolutamente estratgico para consolidar os nveis de progresso social e econmico. Ricardo Pereira, Gabinete de Comunicao da CML

Centro Novas Oportunidades da Escola Bsica e Secundria da S

Lamego resiste aos cortes do MEC na reestruturao da rede de educao de adultosesta fase de reestruturao da rede dos Centros Novas Oportunidades (CNO) e da educao de adultos em geral, o Centro Novas Oportunidades da Escola Bsica e Secundria da S, em Lamego, viu renovado o seu financiamento para o perodo de 01/01/2012 a 31/08/2012. Segundo a Agncia Nacional de Qualificao (ANQ), o sobredimensionamento atual da rede, a escassez de recursos financeiros disponveis e as necessidades de financiamento de outras medidas, nomeadamente com vista promoo de nveis mais elevados de empregabilidade, levaram a uma reduo de cerca de 30% do nmero de centros novas oportunidades financiados. Esta reduo visa permitir aos formandos concluir os seus processos de certificao, mas, tambm, ir ao encontro da necessidade de redimensionamento da rede. At final de agosto, sero concludos estudos de Avaliao da Iniciativa Novas Oportunidades e, aps essa data, sero anunciadas alteraes mais profundas na estrutura e objetivos do pro-

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grama Novas Oportunidades. At data, no entanto, o nosso centro tem pautado a sua atuao pelo rigor e por patamares de exigncia, de modo a credibilizar a certificao de todos os adultos inscritos. Desde 2009, foram certificados mais de 250 adultos do nvel bsico e do nvel secundrio e, atualmente, esto inscritos cerca de 800 adultos que procuram obter a sua certificao. No seu dia a dia de atuao, tm sido realizadas, igualmente, diversas sesses de divulgao e de formao complementar em diversas reas. Congratulamo-nos, por isso, com a manuteno do nosso centro, que continuar em funcionamento na Escola Bsica e Secundria da S, diariamente, das 10h s 22h, ao servio da populao adulta do concelho e arredores que pretende melhorar o seu nvel de qualificao e de certificao. O Coordenador do CNO, Paulo Guerra

caso para dizer Ano Novo - Escola Nova! Neste ano letivo de 2011/2012, a Escola Bsica 1 N.2 de Lamego mudou de armas e bagagens para as antigas instalaes da Escola Bsica N.1 de Lamego. Esta pequena mudana geogrfica dentro da cidade de Lamego (mudou-se da S para Almacave) veio produzir pequenas mudanas nos hbitos dirios das famlias que usufruem deste estabelecimento de ensino. Feitas as necessrias diligncias nos transportes das crianas, nos almoos, nos tempos de recreio, na partilha de cantina (A.T.L. da Junta de Freguesia da S partilha o mesmo espao) e tudo o que dissesse respeito s funcionalidades para se iniciar corretamente o ano letivo nesta nova escola, o ano iniciou. Apraz aqui dizer que esta nova mudana trouxe benefcios para as crianas, dadas as caratersticas dos espaos envolventes. Os alunos passaram a ter um ambiente externo mais limpo, fruto de o espao estar mais trabalhado que na antiga escola, pois a encontrava-se ainda num estado bruto, a necessitar de trabalho do homem. Tambm o parque adjacente escola permite que pais ou famlia direta possam passar um tempo de qualidade com as suas crianas. Comeou o ano, pais preparam as suas crianas, curiosas e ansiosas, para esta contnua etapa de aprendizagem que, com muita pena (opinio prpria), viram que no podiam contar com o seu professor do ano transato. escola coube o dever de substituir a figura presente no imaginrio dos alunos do 2B, o sr. professor Moura Marques. Neste primeiro perodo, os alunos foram confrontados com sucessivas alteraes de professores: foram quatro, s neste perodo, o que, de uma maneira ou de outra, acabou sempre por afetar as crianas, ou no contexto de aprendizagem ou no contexto relacional. Nestas transies, das quais o Ministrio da Educao e Cincia o principal responsvel, fica uma palavra de apreo sr. professora Bernardete, tambm coordenadora da escola, que, com empenho e esforo, tentou sempre amenizar as transies de professores, tentando colocar os mesmos ao corrente das diversas situaes, para que os alunos no fossem prejudicados. Uma ltima palavra para a restante comunidade escolar, professores, assistentes operacionais e todos os intervenientes no processo que, direta ou indiretamente, permitem que a escola seja um lugar de aprendizagem, de convvio social e de boas maneiras. Um muito obrigado. Se todos ajudarmos da maneira que nos possvel, todos samos a ganhar. Pais dos Alunos da turma do 2. B da EB1 N. 2 de Lamego

Ano Novo, Vida Nova!

Os textos a seguir apresentados so da autoria de alunos, tendo sido elaborados no contexto da aula de lngua portuguesa (3. ciclo do ensino bsico) e de portugus (ensino secundrio), no espao dedicado oficina de escrita. Tendo como pontos de partida contos populares e o poema de Nuno Jdice, O jogo, os alunos ousaram a experincia da escrita criativa.

muitos, muitos anos, numa terra longnqua, havia um prncipe muito belo e rico. O rei estava muito preocupado porque o filho no gostava de nenhuma das princesas que lhe apresentava para esposar. Certo dia, o prncipe estava a passear pela aldeia, quando viu uma rapariga muito bela, uma camponesa que vendia fruta no mercado. Gostou logo dela e resolveu falar-lhe. A camponesa tambm correspondeu, mas desconhecia que se tratava do prncipe. O rei continuava a procurar uma noiva para o filho. No entanto, este recusava-as sempre, at as mais belas e simpticas. Estava apaixonado pela camponesa. Todas as noites suspirava sozinho nos seus aposentos, dizendo: Ai! Ai! Ai!! O pai apercebeu-se de que o filho estava muito triste e perguntou-lhe qual o motivo da sua tristeza. Depois de muita insistncia, o prncipe exclamou: Estou muito triste porque sei que se sente desgostoso por eu no aceitar nenhuma das princesas como noiva. Esse um dos mistrios que gostaria de desvendar! No percebo! So todas to belas! afirmava o rei.

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Mil ais No gosto de nenhuma delas, pois estou enamorado por outra pessoa! Quem ela? Diz-me: quem ela? . a camponesa que vende fruta. O qu!? Jamais um prncipe casar com uma camponesa!!! Nunca irei permitir! Nunca!!! Mas o prncipe no obedeceu ao pai e continuou a encontrar-se com ela, porm, sempre disfarado, escondendo a sua verdadeira condio social. Um dia, o pai da camponesa descobriu quem era o apaixonado da filha e contou- lhe. Esta ficou desconsolada e desapareceu sem deixar rasto, pois sentia-se atraioada. O prncipe no era feliz e, todas as noites, devido ao sofrimento, ia para a janela e gritava Ai! Ai! Ai! Ai! Tantos ais pronunciou que, ao chegar aos mil ais, ouviu uma voz muito suave, sussurrando para que no desesperasse, pois ali estava ela. A jovem camponesa voltou e o rei, ciente da dor do filho, permitiu a unio de ambos. Assim, o prncipe e a camponesa viveram felizes para sempre. Mariana Almeida, 8C, n 21 Ana Rita Sarmento, 8C, n. 2

O jogoAbro a caixa do inverno. Tiro os ventos, as rajadas da chuva, os bancos de neve de onde fugiram todos os pssaros. Desenrolo minha frente os pntanos do inverno, Ando volta deles para desentorpecer as pernas; sacudo o frio das mos, limpo a chuva que se me colou aos cabelos. Depois volto a lanar os dados e avano at primavera. Nuno Jdice, O meu primeiro lbum de poesia, seleco de Alice Vieira, Dom Quixote, Lisboa, 2007 O poema de Nuno Jdice, O Jogo, foi o ponto de partida para um tempo de sensibilizao s caratersticas do texto potico. Depois, como sempre fazemos em oficina de escrita, pusemos as mos na massa, procurmos as nossas prprias palavras e experimentmos escrever. Como o poeta. Abro a caixa do inverno. Ponho de lado o frio, a neve que habita no alto do pinheiro, e a geada que faz tremer a relva pela manh. Retiro o gorro, as botas e o cachecol. Separo o vento do meu caminho; construo dias longos e noites curtas. Depois volto a lanar os dados e avano at primavera. Carolina Bastos Abro a caixa da primavera. Monto as flores nos canteiros e vou enchendo as rvores de folhas e flores. Espalho a relva ao lado dos canteiros. Ando volta dela para sentir o cheiro. Ouo Os pssaros a cantar e as razes a levantar a terra. Chamo as andorinhas para poisarem nos beirais do telhado. Depois volto a lanar os dados e avano at ao vero. Diogo Vieira e Diogo Ferreira

um pas muito distante, havia um velho muito astuto. Diziam que tinha uma chave que abria as sete portas do cu. Todas as pessoas andavam intrigadas e pretendiam possuir aquela chave, mas o velho era cuidadoso e muito prudente e guardava o seu bem precioso a sete chaves. Entretanto, o velho foi ficando debilitado, adoeceu e, em pouco tempo, acabou por morrer. O rei, julgando-se dono e senhor de quase todas as terras, quando soube do sucedido, pensou que era chegado o momento de se tornar o dono do mundo. Mandou casa do velho pessoas da sua confiana para que lhe trouxessem a chave. No entanto, nunca ningum voltou. Certo dia, o rei, cansado de esperar pelos seus subalternos, decidiu pr-se a caminho

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A chave de ouro

para averiguar o que se passava. Chegou casa e entrou. Estava tudo escuro, no via nada comeou a andar lentamente e, aos poucos, foi-se aproximando de uma luz muito intensa e brilhante. Afirmou radiante: a chave! Ficou to ansioso, que desatou a correr. O cho de madeira rangia a cada passada e, subitamente, cedeu, abrindo-se um buraco sem fundo, onde se precipitou o rei, sem tempo sequer para pedir auxlio nem conseguir atingir a chave. Dizia-se que o velho continuava a zelar pela sua chave de ouro e amaldioava todos aqueles que ousavam entrar na sua casa para a possurem. Sofia Lima, 8 D, n 19, Maria Sofia Perestrello, 8 D, n 16

Se ignorncia tem horror seja leitor.

Ler voar para uma outra dimenso.

Abro a caixa do vero. Distribuo a alegria, O calor, os jogos ao ar livre e as frias. Separo as t-shirts, os cales, as saias, os chinelos e os bons. Monto a ventoinha: construo noites curtas e dias longos. Depois volto a lanar os dados e avano at ao outono. Diana e Dbora

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Textos publicados no blogue Escreve, que isso passa: aves.edu.pt/cle/

Na perspetiva da incluso

A casa das palavras(Homenagem a Eduardo Galeano)A ideia surgiu ao ler um texto do autor uruguaio, La casa de las palabras, inserto no seu Libro de los abrazos. O texto foi apresentado ao grupo de escreventes que o achou muito estimulante. Lanaram-se vrias possibilidades de entrada nesta curiosa casa. Eis duas delas:

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Faz de Conta(Homenagem a Eugnio de Andrade)- Faz de conta que sou mar. - Eu serei o teu barco a navegar. - Faz de conta que sou oceano. - Eu serei a tua sereia. - Faz de conta que sou janela. - Eu serei a tua paisagem. - Faz de conta que sou texto. - Eu serei as tuas palavras. - Faz de conta que sou escritor. - Eu serei o teu poema. - Faz de conta que sou caderno. - Eu serei as tuas pginas. - Faz de conta que sou caneta. - Eu serei o teu papel. () Faz de conta, faz de conta. Alssia Pereira, Andreia Fernandes, Beatriz Duarte, Beatriz Carvalheira, Cludia Teles, Mariana Ferreira, Mariana Rua, Sofia Fernandes e Susana Oliveira, 7. D

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inha ouvido dizer que a casa das palavras uma espcie de segunda casa para poetas, escritores, jornalistas, bloggers, neologistas, sem esquecer os publicitrios, que so dos que mais brincam com elas. Un da hermoso estava eu a vagabundear num labirinto sem fim, at que dou de caras com um grande alvoroo. Era uma multido a entrar e a sair daquela esplendorosa casa, pessoas de vrios continentes. Todas elas pretendiam o mesmo: ver, tocar, cheirar, trincar as palavras. Entrei e magnfico! As palavras pai-

ravam como uma leve brisa, andavam umas atrs das outras, para formarem neologismos: caminho-pipa, seguro-emprego e motoboy, enquanto as palavras caras eram as mais raras de encontrar. S consegui ver ao longe a hecatombe e a meticulosa. Andei por uns minutos, at que uma pousou em cima do meu nariz. Olhei-a, acarinhei-a, e ela? Olhou-me e ternamente declarou AMO-TE. Nesse mesmo segundo, essa palavra ficou presa dentro do meu corao. Diogo Ribeiro, 11. B

(Homenagem a Nuno Jdice)

Contributos para um calendrio

Novembro Abro o ba de novembro. Despejo as castanhas, o Silncio e a chuva. Desdobro as luvas, o gorro e a felicidade que o nevoeiro me traz. Apanho o vento, o cinzento e a lenha que estavam no canto. Trinta dias depois abrirei a arca de dezembro. Sebastio Perestrello, 11. B Maro Abro o cesto de maro. Escapa-se de imediato o cheirinho a lima e a limo. Sabo-

reio de novo o to desejado batido de banana com iogurte de morango. Libertam-se os pssaros vidos por retomarem os ensaios dos concertos de vero. Os grilos escalam o cesto para prepararem as suas marchas nupciais. O calor evade-se lentamente acompanhado pelos passeios pelas montanhas. Desenrolo os primeiros raios de Sol e arrumo as nuvens cinzentas. Soltam-se os animais do seu sono de beleza e desembrulho as tenras folhas das rvores. Colho o ltimo ramalhete de mimosas e j sinto o aroma de abril. Matilde de Seplveda Velloso, 11. B

Se eu fosseSe eu fosse uma criana Teria muita esperana! Se eu fosse uma parede Pintar-me-ia de verde! Se eu fosse uma rvore Seria de tudo menos de mrmore! Se eu fosse um arbusto Divertir-me-ia, no jardim, com o Augusto! Se eu fosse jardim Cheiraria flores de jasmim! Se eu fosse flor Oferecer-te-ia o meu odor! Se eu fosse uma ave Voaria mais alto que uma nave! Se eu fosse andorinha Voaria de manhzinha! Se eu fosse pardal Saltitaria at ao Natal!

evoluo da sociedade leva a que cada vez mais se promova a igualdade de oportunidades e a melhoria da qualidade de vida de todos os indivduos. Uma das bases dessa qualidade de vida a promoo de uma escola inclusiva, em que todos os alunos tm acesso educao, incluindo os alunos portadores de deficincia. A incluso de alunos com Necessidades Educativas Especiais na escola do ensino regular representa um passo importante para a sociedade, uma vez que a torna mais aberta diferena e mais solidria, no s para com as pessoas portadoras de deficincia, mas tambm para com todos os indivduos, independentemente da raa, etnia ou lngua. Na escolarizao de todos, o ambiente escolar tornase mais rico e exigente e potencia qualidades de entreajuda, respeito e fraternidade. A escola deve aceitar o facto de que nem todos os alunos atingem os objetivos curriculares ao mesmo tempo, devendo considerar uma variedade curricular que se adeque s caractersticas individuais de cada um, tendo em ateno o aluno como um todo, respeitando trs nveis de desenvolvimento essenciais: acadmico, socio-emocional e pessoal. Em 1994, a Declarao de Salamanca refere como princpio fundamental da incluso que todos os alunos devem aprender juntos, sempre que possvel, independentemente das dificuldades e das diferenas que apresentam. As escolas devem reconhecer e satisfazer as necessidades diversas dos seus alunos, adaptando-se aos vrios estilos e ritmos de aprendizagem, de modo a garantir um bom nvel de educao para todos atravs de currculos adequados, de uma boa organizao escolar, de estratgias pedaggicas, de utilizao de recursos e de uma cooperao com as respetivas comunidades. Como diz Hunt (2003), Todas as crianas podem aprender e todas tm o direito de serem educadas com os seus pares em salas heterogneas, etariamente adequadas e na sua comunidade. A publicao do Decreto-Lei n. 3/2008, de 7 de janeiro, com as alteraes constantes da Lei n.21/2008 de 12 de maio, veio dar um novo enquadramento legal aos apoios especializados e s respostas educativas a implementar na educao pr-escolar e nos ensinos bsico e secundrio para os alunos com Necessidades

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Educativas Especiais (NEE) de carter permanente. A Educao Especial assegura s crianas e jovens com NEE de carter permanente o direito ao reconhecimento da sua singularidade e oferta de respostas educativas adequadas (Art. 2., n.4). No Agrupamento de Escolas da S, esto matriculados 43 de alunos com Necessidades Educativas Especiais que frequentam o Jardim de Infncia de Britiande, o Centro Escolar de Lamego Sudeste, a E.B.1 Lamego N. 2 e a Escola Bsica e Secundria da S. Para desenvolver respostas adequadas e diferenciadas a estes alunos com limitaes significativas ao nvel da atividade e participao, resultantes de perturbaes nos domnios cognitivo, motor, sensorial (audio e viso), comunicao, fala e linguagem, sade fsica e personalidade, exerce funes um grupo de docentes de Educao Especial. Este grupo de docentes presta apoio especializado aos alunos com NEE em contexto escolar, nomeadamente, na sala de aula, em salas de apoio e nas Unidades de Apoio Especializado para a educao de alunos com multideficincia (UAEM) dos 1. e 2. ciclos. Uma das docentes desloca-se a duas escolas de Lamego para apoiar especificamente alunos com baixa viso. A Educao Especial pretende, assim, diminuir barreiras de acesso formao e educao de todos os alunos e contribuir para um mundo mais igual para todos. Grupo de Educao Especial do Agrupamento de Escolas da S - Lamego

atividade fsica tem uma grande importncia e influncia na minha vida, no s no meu bem-estar fsico, mas tambm psicolgico. Com o avano da tecnologia, o ser humano tornou-se cada vez mais sedentrio. As brincadeiras das crianas mudaram (j no muito includa a atividade fsica na maior parte delas), as pessoas raramente andam a p (devido ao desenvolvimento dos meios de transporte e comunicao). Ou seja, os hbitos mudaram e as pessoas, a favor da lei do menor esforo, foram arrastadas. Estes fatores levam a um nvel de vida pouco saudvel e, quando conjugados com uma alimentao inadequada, levam obesidade. Isto foi o que aconteceu comigo cheguei a uma altura da minha vida em que no gostava de mim, nem me suportava. Apesar de, felizmente, nunca ter tido nenhum problema de sade, a aparncia e a maneira como olhamos o nosso Eu dominam e controlam a nossa vida, em tudo. Decidi, por bem, mudar. Fiz uma correo na alimentao (com a ajuda de um profissional), mas o que mais me ajudou foi a atividade fsica. Praticar desporto, ginsio, caminhadas, so atividades que nunca mais deixarei. Todo o tempo e esforo necessrios para realiz-las so recompensados pela sensao de bem-estar, no s connosco, mas tambm com o mundo. Annimo

A importncia da atividade fsica na minha vida

a nossa escola, temos uma unidade de multideficincia e, como tal, tiveram de se fazer algumas alteraes para poder propiciar uma melhor adaptao e integrao aos alunos que a integram. Assim, foram melhorados os acessos entrada principal, com a criao de uma rampa e a colocao de paralelos, para facilitar a circulao das cadeiras de rodas. Tambm foi colocado um elevador, no sentido de tornar acessveis as aulas no 1 e 2 pisos. Visto que as casas de banho, nos intervalos, registam uma frequncia muito elevada, foi tambm criada uma casa de banho devidamente equipada. Esta integrao essencial para a qualidade de vida dos alunos portadores de deficincia, de forma a no se sentirem excludos e inferiores a ns. Este o desafio que todos os dias enfrentamos: Todos diferentes, todos iguais. Ariana, Antnio, Rben e Sara, 12D

Luta pela igualdade

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s alunos inspiraram-se em anncios publicitrios para celebrar os 25 anos das atuais instalaes da Escola Bsica e Secundria da S Deixar a S!? Eu que no sou parvo! A S fantstica, no ? O que da S bom. S: o poder desta escola infinito. S: o que Lamego tem de melhor.

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Momento de publicidadeS: unidos pelo saber. S: puro Saber. S: a brilhar desde 1986. S: na vanguarda do ensino. Sonha com mais, conta com a S. S: parte de ns. S: o saber no engana. S: a criar sucesso todos os anos. Sebastio, Maria, Matilde e Ana, 11. B

ESTAS a ver o primeiro blogue de um curso profissional da escola. Visita-o em http://aves.edu. pt/tas/ e encontrars conselhos e ensinamentos teis para a SADE, a tua e a dos que te rodeiam.

Andreia Fernandes e Sofia Fernandes, 7D

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Carnaval 2012

ais uma vez, os jardins de infncia e as escolas do 1 Ciclo do Ensino Bsico do Agrupamento de Escolas da S animaram as ruas, nesta quadra carnavalesca. Este ano o tema do desfile foi: Vem AmbientArte, pois importa despertar e desenvolver nas nossas crianas o carinho e o respeito pela natureza, propiciadores da sua valorizao e proteo!!! A arte dos 3 RRR esteve bem presente, dando um colorido fantstico a um dia que nasceu encoberto. Parabns a todos os que ajudaram a tornar possvel este dia: professores/educadores, pais/encarregados de educao e assistentes operacionais que tanta colaborao deram na confeo dos maravilhosos fatos, cartazes, etc. Para encerrar a atividade, e cumprindo a tradio, foi lido o testamento com as deixas e queimados os compadres e as comadres perante o entusiasmo de pequenos e grados. Toda a comunidade est de parabns!

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Paixo pela fotografiaJoo Alexandre Melo tem 17 anos, est no 11. ano de Lnguas e Humanidades, na nossa escola, que frequenta desde o 7. ano. natural e residente em Lamego e desde pequeno que se interessa por imagens, primeiro por desenhos em papel, agora por fotografia. Tem todo o prazer em fotografar os eventos sociais e desportivos, quando lhe pedem para o fazer, como, por exemplo, recentemente, aconteceu com o I ENCONTRO DE BOCCIA, a pedido do Sr. Professor Jorge Reis. E f-lo de um modo muito apreciado por colegas e professores. este talento do Joo que aqui se divulga.Maria Filomena - Quando comeou a fotografar? Joo - H 3 anos, quando recebi uma mquina fotogrfica digital de prenda de aniversrio. M. F. - Como aprendeu a tirar fotografias? J. - Sozinho, tirava fotografias quase todos os dias e foi assim que fui aprendendo. M. F. - Estudou fotografia? Sozinho, com algum? J. - No foi bem estudar fotografia, mas desde que investi numa cmara fotogrfica, li muitos artigos sobre os modos e as tcnicas utilizadas, embora deva dizer que o que mais sei provm da experincia e da prtica. M. F. - H algum fotgrafo que o tenha inspirado? J. - No propriamente, mas gosto de ver fotografias de vrios fotgrafos (amadores e profissionais) nas pginas que visito e isso inspira-me muito. M. F. - Costuma frequentar sites de fotografias? J. - No muitos, tenho dois ou trs que costumo visitar, mas, geralmente, uso apenas um para divulgar, o Flickr.com. M. F. - Segue alguma regra para tirar uma fotografia? J. - Depende da situao, mas tenho por hbito manter a cmara na horizontal para que as fotografias saiam sempre direitas. No tremer fundamental para as fotografias ficarem focadas. Tambm existe o caso de fotografias noturnas ou de locais muitos escuros, em que tenho de usar o modo manual para focar, escolher a abertura e o tempo de exposio que, neste caso, determinante. Peo a ajuda de um amigo com uma luz, para focar, visto que est tudo escuro, escolho o tempo e a abertura da lente corretamente e - mais importante - no mexo o trip ou o suporte, porque a mquina tem de estar imvel durante vrios segundos, em alguns casos. M. F. - O que que faz de uma fotografia uma boa fotografia? J. - Penso que uma boa fotografia tem de ser tirada num local minimamente bonito, nem que seja para fazer de fundo (normalmente desfocado) de uma fotografia de uma pessoa. Acho tambm que a originalidade um ponto muito importante para uma boa fotografia. M. F. - Quantas fotografias faz por ano? J. - No costumo contar as fotografias que tiro, mas posso afirmar que, desde abril de 2011 (ms em que comprei a mquina que tenho atualmente) at ao momento, tenho registadas quase 16 mil fotografias, sem contar com as da mquina digital que uso s vezes. M. F. - Quantas fotografias tem de que goste muito? J. - De que goste mesmo muito, no chega a uma centena. M. F. - O que gosta mais de fotografar? J. - Adoro fazer macros a pequenas coisas e a detalhes, adoro tirar fotografias a pessoas e animais com a teleobjetiva, adoro fazer fotografias noturnas com todo o cuidado e usando o trip, mas do que mais gosto de usar a lente com mais amplitude e fazer fotografias de paisagens, principalmente locais com muita vegetao. M. F. - Os seus trabalhos evidenciam esse gosto por paisagens J. - Tento aproveitar todas as oportunidades para fotografar paisagens, sejam elas uma cidade, um vale com um rio, um campo, uma floresta... gosto de tirar fotografias a pessoas que tento apanhar apenas dos ombros para cima. Fotografia de multides no muito o meu estilo. Gosto muito de captar as flores com todas as suas cores. Apesar de gostar de automveis, no so algo que goste muito de fotografar, prefiro captar os detalhes. M. F. - O que gostava de aprender nesta rea? J. - Gostava de aprender todas as tcnicas da fotografia e gostava de o fazer ao lado de um fotgrafo profissional, mas penso que, primeiro,

O xadrez mudou a minha vida

Lamego faz campees

tenho de estudar fotografia. M. F. - Tem projetos para um futuro profissional nesta rea? J. - Gostaria imenso de estudar fotografia. Tenho procurado e encontrei alguns cursos de artes visuais, que incluem fotografia, que talvez possam ser uma realidade num futuro prximo. O que mais gostava era de fazer da fotografia a minha profisso, mas at agora ainda no me apareceu nada. Esforo-me por conseguir boas fotografias e ter conhecimento de tudo neste tema, mas ainda sou muito novo e espero que apaream oportunidades. Para ver estas e outras fotografias do Joo Melo a cores, visitem 0 Jornal digital, cujo endereo ser divulgado brevemente. Maria Filomena, Professora

e todos os clubes da Escola Bsica e Secundria de S, o Clube do Xadrez o mais frequentado. Com meia centena de participantes, dos quais metade presena habitual, este clube a razo de haver um nmero reduzido de alunos nos corredores, s teras, quintas e sextas-feiras. Os professores Simo Carvalho, de educao moral e religiosa catlica, e Rui Rodrigues, de cincias naturais, cincias da natureza e biologia/geologia, satisfazem todos com jogos muito renhidos entre os participantes e entre os participantes e o professor Simo Carvalho. Os melhores jogadores competem uns contra os outros regularmente para ver quem o vencedor da memorvel taa fictcia O Axadrezado. O Clube de Xadrez fornece gratuitamente as peas e o tabuleiro, o que muito difcil de encontrar nos tempos que correm! Fornece, tambm, uma hora de divertimento com os simpatiqussimos professores responsveis que tm muita pacincia (por falar em pacincia, se no souberes jogar xadrez, as lies so grtis) para nos aturar, quando comeamos a falar alto e a ficar nervosos por perdermos um jogo. Este artigo serve para vos incentivar a integrar a grande nao xadrezista, como scio. E lembrem-se: xadrez s para maiores de 5 anos, pois crianas mais novas tm uma atrao especial para colocar peas na boca. Francisco Brs e Lus Pereira, 9 A

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As imagens de Lamego e da escola que selecionmos ilustram a singularidade do olhar deste jovem que espera continuar a captar belos momentos, fazer boas fotografias, investir em melhores equipamentos para aumentar a qualidade, de forma a melhorar os resultados finais. E ns esperamos que ele siga o seu sonho.

asco Azevedo, do Sporting Clube de Lamego, venceu, pela terceira vez consecutiva, a Maratona de Lisboa, prova que serve igualmente para atribuir o ttulo de Campeo Nacional da especialidade. O atleta vive e treina em Lamego e j conquistou quatro ttulos na maratona. No final da prova, afirmou: Para mim, continua a ser a mesma alegria ganhar. No fcil chegar aqui em boa forma, eu trabalho na construo civil. provvel podermos encontrar o campeo na nossa cidade, pois, para se apresentar ao melhor nvel nas maratonas, Vasco Azevedo corre diariamente cerca de duas horas, o que confessa Nem sempre fcil de conciliar com o trabalho. O vencedor da Maratona de Lisboa tambm j ganhou este ano duas provas realizadas no concelho de Lamego: o Grande Prmio de Atle-

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tismo de Aves e a Prova de Atletismo da Penajia. Vasco Azevedo integra a equipa de atletismo do SC de Lamego. importante perceber que mesmo um homem modesto que trabalha na construo civil pode ser um campeo e deve servir como exemplo. Mesmo depois do trabalho, o atleta encontra tempo para treinar e importante que toda a gente, mesmo que no seja sua inteno participar em competies, tente realizar alguma atividade fsica. Por outro lado, este atleta provou que devemos seguir os nossos sonhos, pois at uma pessoa com 37 anos e de uma cidade pouco conhecida pode ser campe nacional e at, quem sabe, talvez lutar por um lugar nos prximos Jogos Olmpicos. Monteiro, n 11, e Tiago Guerreiro, n16, 12A

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o iniciar-se um novo ano, sentimo-nos recomear interessante observarmos o clima que se gera nos locais de trabalho, nas ruas, nos espaos de convvio pblicos em que as pessoas se apressam a formular votos de um ano repleto de tudo aquilo que o anterior parece no ter trazido. Tambm curioso verificar que todos, mas todos, alimentamos a esperana de que o ano vindouro seja sempre melhor Da, as doze passas saboreadas com desejos bem ntimos em qualquer passagem de ano Sentimo-nos, de facto, recomear. E a verdade que, tal como precisamos de paragens, de

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tempos de estagnao e de momentos de reflexo, precisamos igualmente de recomeos Estes constituem a fase em que pensamos agora que vai ser e, por isso, afiguram-se-nos mais importantes e auspiciosos, sentindo, dentro de ns, o desejo de, mais uma vez, partir descoberta do que h de vir num clima de surpresa, esperana e expectativa. Recomear, para l de pontuar o tempo, funciona como uma possibilidade de uma outra vida ou de uma outra realidade, embora com a conscincia de que, ano a ano, percorremos o nosso tempo. Vamos construindo mais e mais objetivos, metas diversas, deixando cair pelo caminho

RECOMEAR

o que no tinha tanta importncia assim, mas (re) buscando sempre, no passado, as boas experincias da vida, os nossos bas das melhores memrias e, assim, gozando, de formas sempre diferentes, a sensao de que nada se esgota, nada se perde e h sempre um outro e outro recomeo. No ano em que a escola sede do Agrupamento comemora vinte e cinco anos de existncia no espao fsico em que hoje se localiza, procuremos todos recomear numa linha de respeito para com o passado, abrindo frinchas de luminosidade e alimentando expectativas de concretizaes futuras. Leonor Costa, Coordenadora do 3. CEB

As nossas leituras ContextualizaoOs alunos do 7. B, no mbito de uma interao da disciplina de lngua portuguesa e da biblioteca escolar da Escola Bsica e Secundria da S, leem vrias obras e partilham entre si as impresses que as mesmas lhes causam. A seguir, so apresentados alguns dos trabalhos produzidos. Trata-se de anlises crticas simples, em consonncia com a faixa etria dos leitores. Valem pelo esforo de leitura e pelo desenvolvimento de competncias leitoras, de expresso e de sntese. Podero, ainda, constituir sugestes de leitura. Esperamos que no sejam demasiado severos nas vossas apreciaes. Estamos abertos a comentrios, no sentido de uma troca salutar de experincias de leitura e de achegas ao trabalho apresentado.

Obra lida: Uma aventura na ilha deserta Autoras: Ana Maria Magalhes e Isabel Alada Editora: Caminho A capa motiva leitura porque apresenta uma cena com muita ao - o Chico a lutar com um tubaro. A minha personagem preferida o Chico, por ser engraado. A personagem de que menos gostei a Nvea porque era arrogante, no incio. Apesar de as lies serem muitas, escolhi uma que me pareceu importante: um grupo deve permanecer junto. Recomendaria este livro a um amigo, se ele gostasse de mistrio. Rben Rua

Obra lida: Carros 2 (Coleo Disney Pixar) Titulo original: Cars 2, Classic storybook Adaptado por: Lisa Marsoli Ilustrado por: Caroline La Velle Egan, Scott Tilley, Andrew Phillipson e Seung Beom Kim Editora: Everest Editora Gosto da capa do livro porque apresenta alguns carros de corrida da Disney. Assim, tem uma relao com a histria, uma vez que estes carros so algumas das personagens. A capa motiva leitura porque gosto de carros. Para mim, a personagem preferida deste livro o Mate porque engraado, divertido, brincalho e, o mais importante, honesto. A personagem de que menos gostei o Miles Axlerad porque mentiu e queria arruinar as energias renovveis. As lies que aprendi so as seguintes: mais vale ter algo velho e ruim do que ter coisas novas e boas s para se ser o melhor; mais vale ser honesto do que aldrabo. Marcelo Loureiro

Obra lida: O Mscara de Ferro (Coleo Biblioteca RTP, Clssicos em Banda Desenhada) Autor: Alexandre Dumas Editora: Editorial Publica, Lda. Gosto da capa porque desperta interesse e entusiasmo pela leitura do livro: mostra o Mscara de Ferro e um mosqueteiro com uma espada. A personagem de que mais gostei o Mscara de Ferro, um rapaz que sabia o segredo do rei. Este segredo vinha escrito numa carta que tinha cado a um poo. Ele tinha ido busc- la e foi condenado por esse ato. A personagem de que menos gostei o rei Lus XIV porque mandou esconder o rosto do homem que conhecia o seu segredo, condenando-o a usar uma mscara de ferro. Aprendi que, s vezes, mais vale no sabermos os segredos do que sofrermos por os sabermos. Eu recomendaria este livro a quem gosta de entusiasmo e ao. Joo Almeida

Bora l! Ler + para saber +!

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Geminao com Bouchemaine atrai jovens franceses a Lamego no prximo vero

distncia de quase 1400 quilmetros que separa a cidade de Lamego e a municipalidade francesa de Bouchemaine vai estreitar-se com a concretizao de um acordo de geminao que promover o intercmbio de ideias, experincias e solues, dentro de uma perspetiva europeia. No mbito da formalizao desta aliana, uma delegao lamecense chefiada por Francisco Lopes, Presidente da Cmara Municipal, efetuou uma visita de trabalho, de 10 a 14 de outubro, ao municpio de Bouchemaine e regio do Vale do Loire, patrimnio mundial da UNESCO. O primeiro passo concreto para o aprofundamento desta nova relao ser dado j no prximo vero com o acolhimento em Lamego de jovens franceses que participaro em atividades desportivas e culturais. O estabelecimento de um acordo formal que unir o destino dos dois municpios ser concretizado at ao final do ano, aps a aprovao dos respetivos rgos autrquicos. Francisco Lopes e Anne-Sophie Hocquet de Lajartre, a sua homloga francesa, justificam esta aproximao com a existncia de vrios elementos em comum nos seus territrios: Lamego e Bouchemaine so banhados por um grande rio (Douro e Loire), a cultura do vinho domina grande parte da sua paisagem natural e, no menos importante, as regies do Douro e do Loire esto inscritas na lista do patrimnio mundial da UNESCO como paisagem cultural viva a preservar. Para o futuro, os autarcas elegem o desenvolvimento de projetos comuns nas reas do turismo, cultura, juventude, educao e desporto como prioritrios para construir uma relao duradoira, tendo como pano de fundo a cooperao europeia. Acredito que a nossa ligao com o municpio de Bouchemaine ser muito profcua a diversos nveis. Por exemplo, estou otimista que ser possvel construir parcerias entre instituies de ensino de Lamego e da regio do Loire, afirma Francisco Lopes. Anne-Sophie tambm sublinhou que dentro do esprito de abertura da Europa, temos o sonho de desenvolver fortes laos que beneficiem a juventude, o desporto e a cultura dos dois municpios. No mbito da formalizao desta parceria tambm foi decidida

a constituio de um comit de geminao composto, em partes iguais, por representantes dos dois municpios, encarregado de animar e desenvolver a geminao. Curiosamente, esta ligao ser o primeiro acordo formalizado pelas duas autarquias a este nvel. Para alm do autarca, a comitiva oriunda da cidade de Lamego que se deslocou quela regio do noroeste de Frana foi constituda por Manuel Coutinho (vereador da autarquia), Jos Pinto (chefe de gabinete), lvaro Bonito (Diretor da Escola Superior de Tecnologia e Gesto de Lamego), Miguel Duarte (Diretor da Escola de Hotelaria e Turismo do Douro-Lamego) e Evaristo Cardoso (em representao da Associao de Empresrios de Hotelaria e Turismo do Douro). Durante a sua estadia, a delegao portuguesa teve a oportunidade de aprofundar o conhecimento da realidade local atravs do dilogo com representantes oficiais de diversas associaes e instituies e a visita a produtores de vinho e

a alguns dos mais emblemticos monumentos histricos da regio. No faltou at a participao num jogo tradicional da regio la Boule de Fort que exige muita concentrao e que praticado sobretudo pela populao snior. Nascida junto confluncia dos rios Maine e Loire, Bouchemaine fica situada no noroeste da Frana, prxima do centro histrico de Angers, e conhecida por oferecer a quem a visita amplos espaos naturais e o charme de uma paisagem rural arborizada. Tem neste momento cerca de 6 mil habitantes. Inserida na regio de origem controlada Savennires tambm afamada pelos seus vinhos brancos secos. Aps 2003, este municpio foi includo na rea do Vale do Loire classificado como patrimnio mundial da UNESCO como paisagem cultural, viva e evolutiva, marcada pela cultura da vinha e do vinho e por um extraordinrio patrimnio arquitectnico. Ricardo Pereira, Gabinete de Comunicao da CML

Quem pouco l, pouco aprende.

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odos temos objetivos na vida: ter um bom emprego, ter uma boa famlia e ver algum feliz. A ONU, em 2000, quis ver toda a gente feliz. Foram, ento, definidos os objetivos do Milnio para 2015. Estes pretendem eliminar a pobreza e resolver os principais problemas a nvel mundial: Reduzir para metade a pobreza extrema e a fome; Alcanar o ensino primrio universal; Promover a igualdade entre gneros; Reduzir em 2/3 a mortalidade das crianas; Reduzir em 3/4 a taxa de mortalidade materna; Combater o VIH/SIDA, a malria e outras doenas; Garantir a sustentabilidade; Criar uma parceria mundial para o desenvolvimento. Na minha opinio, muito difcil alcanar a maioria destes oito objetivos em apenas 15 anos. Em alguns pases, a concretizao dos

Os Objetivos do Milnio

Objetivos de Desenvolvimento do Milnio est no bom caminho, mas, noutros, a sua realizao est longe de ser atingida. Enquanto alguns alcanaram o objetivo da gua potvel, outros, que representam 70% da populao mundial, esto a demorar a consegui-lo. No que se refere mortalidade de menores de cinco anos, cerca de metade dos pases esto no caminho certo para atingirem o objetivo, porm, outros, que representam cerca de 60% da populao mundial, esto a ficar para trs. Tambm o flagelo do VIH/SIDA traz srias preocupaes. A prevalncia mundial da doena entre adultos est ainda em crescimento. S alguns pases (e pouca populao mundial) esto no caminho certo. Todavia, pode ser que haja uma mudana radical nos restantes. importante que cumpramos os nossos objetivos pessoais; no entanto, devemos todos contribuir para um mundo melhor. Francisco Brs, n 9, 9 A

o saberemos, por certo, o que o futuro vai oferecer aos jovens que hoje frequentam a escola. No entanto, sentimos que esse futuro ser muito diferente daquele que foi prospetivado pelas narrativas dos finais do sculo XX que garantiam uma sociedade de bem-estar, ocupao hedonista do tempo livre, proteo social quase ilimitada e trabalho/emprego para toda a vida ativa. Este paradigma, que formatou o nosso pensamento durante os anos noventa do sculo passado, permitia subentender, entre outras coisas, que o simples acesso ao percurso escolar seria como uma passerelle para o mundo do trabalho, para a autonomia econmica e realizao pessoal de todos. Hoje, poucos anos volvidos, e no mesmo perodo geracional, verificamos com amargura que os nossos filhos no tero a pr-anunciada vida facilitada. No h trabalho e, muito menos, emprego. O paradigma social, econmico e educativo apregoado desde os finais do sculo passado perdeu validade. Como tal, somos impelidos, aqueles que pensam, a procurar outros modelos de anlise da feroz realidade que nos apresentada no incio do sculo XXI, que corrijam, eliminem ou substituam conceitos, prticas e significaes sociais que nos levaram ao caminho estreito em que nos encontramos agora. E a escola, como observatrio privilegiado das evolues e convulses socias, no fica imune a tudo isto. As polticas educativas adotadas nas ltimas dcadas e propugnadas por mentes autoiluminadas ficaro na gaveta dos tempos como razo de ser de quem queria ficar na histria pequena, como protagonista de alguma coisa de diferente. Em consequncia, em vez de definir os conhecimentos e capacidades que os alunos deveriam adquirir, acharam por bem copiar do modelo empresarial a institucionalizao da categoria de competncias essenciais para o currculo nacional dos percursos educativos. Para quem viveu essa derivao educativa, tal deciso significou que tudo servia para tornar as estatsticas do desempenho do sistema educativo portugus mais simpticas. Em vez do desenvolvimento do ensino em cada disciplina ser referenciado pelos objetivos curriculares e contedos de cada programa e pelas respetivas metas de aprendizagem (o trabalho na escola assim que se estrutura), optou-se por perfilhar os conceitos e a linguagem do mundo empresarial, como se as escolas pudessem ser entendidas como empresas. Demasiada ambiguidade na orientao das aprendizagens menorizou o papel do conhecimento e da transmisso de conhecimentos. No era importante a aquisio

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Pensar a escolade informao. Desprezou-se a memorizao. No interessava a avaliao dos conhecimentos dos alunos em cada contedo disciplinar. No interessavam alunos instrudos. O que contava era dar a ideia, a todos, aos alunos, aos pais e encarregados de educao e opinio pblica e publicada, que, deste modo, seramos todos felizes e com um futuro radioso, mesmo aqueles (e so cada vez em maior nmero) que passaram pela escola sem esforo, sacrifcio e disciplina. Em consequncia deste experimentalismo, imposto pelos decisores iluminados, as ilaes surgiram implacveis e pelo lado mais simplista: a escola no prepara os alunos e a culpa dos professores! Passado esse tempo de inconscincia, importa agora assumir que a escola tem de ser entendida, vivida e trabalhada de modo diferente para desempenhar um papel social distinto daquele que lhe foi atribudo desde que permitiu ser objeto de paixo da classe politica. Sabemos que no ser somente com a aquisio de diplomas que aqueles que hoje so os nossos alunos garantiro uma vida de qualidade. Mas tambm sabemos que, se a escola proporcionar conhecimentos e aquisio de uma cultura de hbitos de trabalho, de esforo e dedicao (e de sacrifcio, porque no diz-lo?), as pessoas que moram nos nossos alunos tero outra qualidade humana e cvica e construiro uma sociedade melhor do que esta. Neste contexto, faz todo o sentido refletir o Projeto Educativo deste Agrupamento e recordar uma das metas educativas anunciadas que visa promover a qualidade das aprendizagens em geral, em especial, nas disciplinas como a Lngua Materna, a Matemtica, as Cincias e as Lnguas Estrangeiras. Em consequncia, uma evidncia qualitativa indiscutvel e oportuna a ateno manifestada pelo Conselho Geral, na ltima reunio, ao deliberar a implementao de provas globais em todas as disciplinas de estudo no 5 ano de escolaridade, a ttulo experimental para o ano letivo de 2011/2012, tendo como objetivo a adaptao dos alunos ao momento de avaliao externa no 6ano. Esta deciso, no mnimo, rejeita o facilitismo trazido pelo experimentalismo educativo dos ltimos tempos e um forte sinal de metamorfose, para que a escola reafirme, culturalmente, o seu papel determinante na formao dos nossos alunos para um futuro diferente, muito diferente. Mas melhor, incomparavelmente melhor, e onde a mediocridade, o oportunismo e o chico espertismo no podero ter lugar. Dalila Carvalho, Presidente do Conselho Geral

Matemtica de raiz, Para quem sabe o que a bissetriz. Matemtica de bolso, Para quem pede o reembolso. Matemtica de crtica, Para quem estuda a fora gravtica. Matemtica horripilante, para quem estudante. Matemtica de reguada, Para quem no sabe a tabuada. Matemtica de asno, Para quem no tem entusiasmo. Matemtica de estupidez, Para quem no boa rs Fenmeno do milnio, Para quem um gnio. Forma binria, Pra quem anda na primria. De primores, Pra quem por ela morre de amores. Para mim, uma coisa sem fim

Tipos de Matemtica

Vtor Cachopo, 9. C, n. 20

S

Brincadeiras de criana

Ler aprender, escrever dar a conhecer.

altar corda, jogar s escondidas e ao lencinho so brincadeiras que todos recordamos da nossa infncia. Podamos correr, saltar e brincar na rua sem qualquer problema; os pais e as crianas sentiam que fora de casa estavam em segurana. Estas brincadeiras requeriam mais esforo e atividade fsica por parte das crianas, o que lhes proporcionava um estilo de vida mais saudvel (menos sedentrio). Atualmente, apercebemo-nos de que a maior partes destas brincadeiras foram esquecidas e substitudas por outros tipos de divertimentos como: jogos no computador, redes sociais e outros jogos eletrnicos. So atividades, muitas vezes, pouco educativas e que no requerem atividade fsica. Deste modo, ao longo dos tempos modernos, as crianas foram adquirindo hbitos de vida sedentrios que prejudicam a sua sade, originando, frequentemente, problemas como a obesidade. O aumento da criminalidade nas ruas e a falta de tempo por parte dos pais contribuem, tambm, para que estes prefiram que os filhos brinquem em casa (onde, pensam, a segurana maior), em vez de o fazerem no espao exterior. Podemos concluir que, apesar de no ser o melhor para a sade dos filhos, atualmente, os pais preferem que aqueles no pratiquem tanta atividade fsica, pois esta implica, em certos casos, riscos que todos querem evitar. Jssica Pereira, n8, Ricardo Alves, n13, Sara Duarte, n15, 12A

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esde 1997 que a educao pr-escolar reconhecida, por lei, como a primeira etapa da educao bsica. A publicao da Lei-Quadro e das Orientaes Curriculares para a Educao Pr-Escolar, bem como a criao da rede nacional de estabelecimentos de educao pr-escolar foram fatores determinantes, no sentido do reconhecimento da sua importncia educativa. Sendo a educao pr-escolar to importante, a obrigatoriedade da sua frequncia para o grupo etrio dos 5 anos e a generalizao da oferta aos restantes grupos de 3 e 4 anos levariam a uma questo j muito debatida: a obrigatoriedade quando, como e que benefcios? semelhana de outros pases (Sua, Reino Unido e Holanda, entre outros), em Portugal, tambm deveria ser obrigatria, quando as crianas ingressam no 1 ciclo do ensino bsico, a apresentao de um comprovativo da frequncia do jardim-de-infncia, pelo menos no ano anterior ao seu ingresso naquele nvel de ensino. A oferta da educao pr-escolar pblica gratuita para todas as crianas ainda no acontece, nomeadamente nos grandes centros urbanos, assistindo-se, assim, a uma espcie de discriminao educativa. No devemos confundir obrigatoriedade com escolarizao. Na minha opinio, devemos apostar, sim, na obrigatoriedade, mas