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JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS CONFIANTE NO FUTURO DE ÁFRICA Chefe de Estado angolano disse acreditar na “mudança e na reno- vação de África”, apesar do ressur- gimento dos conflitos e das crises políticas no continente berço. “Nunca nos deixámos influenciar pelo ‘afro-pessimismo’ que certa elite propagou no passado recente”, realçou o Presidente José Eduardo dos Santos. Ao discursar na cerimónia de apresentação de cumprimentos pelo corpo diplomático acredi- tado em Angola, o Presidente considerou o advento das potências económicas emer- gentes, com o mundo cada vez mais multipo- lar, uma “circunstância histórica que África não pode deixar de aproveitar”. Edição dos Serviços de Imprensa da Embaixada de Angola em Portugal - Janeiro de 2013 Visite o site da Embaixada de Angola em www.embaixadadeangola.org Visite o site da Embaixada de Angola em www.embaixadadeangola.org a ctualidade ctualidade Edição dos Serviços de Imprensa da Embaixada de Angola em Portugal - Janeiro de 2013 a ctualidade ctualidade Edição dos Serviços de Imprensa da Embaixada de Angola em Portugal Edição dos Serviços de Imprensa da Embaixada de Angola em Portugal a ctualidade ctualidade ANGOLA ANGOLA CHIKOTI O O A subsecretária-geral das Nações Unidas, Zainab Bangura, elogiou Angola por ter aprovado a Lei con- tra a Violência Doméstica, que, na sua opinião, contribui para a pro- tecção das famílias. PÁGINA 3 PÁGINA 2 ONU ELOGIA ANGOLA O ministro das Relações Exte- riores, Georges Chikoti, manifestou a disposição de Angola apoiar a União Africana nas discussões rela- tivas ao conflito militar no Mali, mas esclareceu que o País apenas pode propor a sua ajuda quando souber o que se pode fazer. PÁGINA 5 AJUDA AO MALI É CONTRIBUIÇÃO INTERNACIONAL PALANCAS NEGRAS FORA DO CAN Angola está fora do CAN ao ser derro- tada por 2-1 frente a Cabo Verde, em Porth Elizabeth. A classe de Gilberto e o esforço de Amaro foram insufi- cientes para levar de vencida a estre- ante selecção dos Tubarões Azuis. PÁGINA 12 ANGOLA PERSPECTIVA GRANDE PRODUÇÃO DE CEREAIS Angola perspectiva, no domínio da agricultura, a produção anual de 25 milhões de toneladas de alimentos, entre cereais, grãos e tubérculos, anunciou em Pequim o director do Gabinete de Estudos e Análises do Ministério das Relações Exteriores (MIREX), Francisco da Cruz. PÁGINA 6 Boletim Março 2012:Angola Teste.qxd 15-02-2013 13:17 Page 1

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JOSÉ EDUARDO DOS SANTOSCONFIANTE NO FUTURO DE ÁFRICA

Chefe de Estado angolano disseacreditar na “mudança e na reno-vação de África”, apesar do ressur-gimento dos conflitos e das crises

políticas no continente berço. “Nunca nosdeixámos influenciar pelo ‘afro-pessimismo’que certa elite propagou no passado recente”,realçou o Presidente José Eduardo dos Santos.Ao discursar na cerimónia de apresentação decumprimentos pelo corpo diplomático acredi-tado em Angola, o Presidente considerou oadvento das potências económicas emer-gentes, com o mundo cada vez mais multipo-lar, uma “circunstância histórica que África nãopode deixar de aproveitar”.

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a ctualidadectualidadeEdição dos Serviços de Imprensa da Embaixada de Angola em Portugal - Janeiro de 2013

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a ctualidadectualidade

ANGOLAANGOLA

CHIKOTI

OO

A subsecretária-geral das NaçõesUnidas, Zainab Bangura, elogiouAngola por ter aprovado a Lei con-tra a Violência Doméstica, que, nasua opinião, contribui para a pro-tecção das famílias.

PÁGINA 3

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ONUELOGIA ANGOLA

O ministro das Relações Exte-riores, Georges Chikoti, manifestoua disposição de Angola apoiar aUnião Africana nas discussões rela-tivas ao conflito militar no Mali,mas esclareceu que o País apenaspode propor a sua ajuda quandosouber o que se pode fazer.

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AJUDA AO MALIÉ CONTRIBUIÇÃOINTERNACIONAL

PALANCAS NEGRASFORA DO CAN

Angola está fora do CAN ao ser derro-tada por 2-1 frente a Cabo Verde, emPorth Elizabeth. A classe de Gilberto eo esforço de Amaro foram insufi-cientes para levar de vencida a estre-ante selecção dos Tubarões Azuis.

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ANGOLA PERSPECTIVAGRANDE PRODUÇÃO

DE CEREAIS Angola perspectiva, no domínio da agricultura, a produçãoanual de 25 milhões de toneladas de alimentos, entrecereais, grãos e tubérculos, anunciou em Pequim o directordo Gabinete de Estudos e Análises do Ministério dasRelações Exteriores (MIREX), Francisco da Cruz.

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o discursar na cerimónia deapresentação de cumprimen-tos pelo corpo diplomáticoacreditado em Angola, o

Presidente considerou o advento daspotências económicas emergentes, como mundo cada vez mais multipolar, uma“circunstância histórica que África nãopode deixar de aproveitar”. “Os paísessubdesenvolvidos têm outras oportu-nidades para encontrar vias de cresci-mento e de progresso”, sustentou.O líder angolano condena por isso oretorno à violência e às rebeliõesarmadas usadas como forma de atingir opoder de Estado ou para solucionarquerelas internas. Para José Eduardo dosSantos é inaceitável que África tenhanovos cortejos de refugiados emcondições sub-humanas. Condenou aviolência no Leste da República De-mocrática do Congo, Mali, República

Centro Africana e Guiné-Bissau, con-siderando “um retrocesso no processo dedemocratização” em África. “Governoslegitimados pela escolha livre dos

cidadãos nas urnas não devem serdepostos por forças rebeldes ou porprocessos anti-democráticos”, defendeu.O Chefe de Estado angolano desaprovoutambém o recrudescer da tensão noMédio Oriente, e considerou “imperativo”a abertura de canais de diálogo e de con-certação política entre os principaisactores para a busca de “entendimentosinternos e internacionais conducentes àpreservação da paz e da segurança”.O Presidente angolano fez alusão aoEstado da Palestina, considerando igual-mente necessário o reconhecimento deIsrael e da Palestina como “dois Estadossoberanos”. “A humanidade quer ummundo cada vez mais equilibrado e maisinter-dependente”, em que a “compatibi-lização de interesses e a busca de con-sensos sejam a motivação e o propósitodos líderes que tratam das relações inter-nacionais”.

A

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PRESIDENTE DOS SANTOSCONFIANTE NO FUTURO DE ÁFRICA

POLÍTICA

ANGOLA DEFENDEDIPLOMACIA ECONÓMICA

ministro das Relações Exterioresrevelou, em Luanda, que apostapara este ano está centrada na

diplomacia económica para satisfazer ointeresse nacional. “A diplomacia económi-ca é uma dimensão essencial da actividadedo Ministério das Relações Exteriores paraeste ano”, disse Georges Chikoti, que pediuaos embaixadores que desenvolveremuma diplomacia activa, assente no respeitomútuo e na reciprocidade de vantagens.O ministro Georges Chikoti, que falava à imprensa no final dareunião anual com os embaixadores, incentivou os diplomatas apromoverem, cada vez mais, a imagem de Angola no estrangeiroe a trabalharem na organização da comunidade angolana nadiáspora, desenvolvendo e incentivando o patriotismo e a soli-dariedade.“Este encontro vai permitir ao Ministério das Relações Exterioresorganizar melhor o seu trabalho no domínio da diplomacia. Porisso, este ano vamos realizar várias actividades para análise da

cooperação bilateral”, anunciou o ministro,que disse estar satisfeito pelo nível dosdebates e das análises sobre vários temasde interesse para Angola e para o sector.Durante dois dias foram analisadas questõesde política externa angolana a nível bilaterale multilateral, o estado das relações políticase diplomáticas e de cooperação bilateral,constrangimentos e perspectivas.Os diplomatas salientaram o papel activo deAngola nas organizações regionais e inter-

nacionais em defesa dos interesses nacionais e em prol da paz,segurança e estabilidade mundiais e verificaram que, apesar dehaver várias instituições internacionais e tratados universais, con-tinentais e regionais que facilitam as relações entre países,prevalecem situações de conflito e tensões internacionais. Porisso, manifestaram preocupação quanto à situação no continenteafricano, principalmente com a questão do narcotráfico e ainfluência negativa que tem na estabilidade e segurança deAngola.

O

O Chefe de Estado angolano disse acreditar na “mudança e na renovação de África”,apesar do ressurgimento dos conflitos e das crises políticas no continente berço.“Nunca nos deixámos influenciar pelo ‘afro-pessimismo’ que certa elite propagou

no passado recente”, realçou o Presidente José Eduardo dos Santos.

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POLÍTICA

«EFICIÊNCIA E DISCIPLINASÃO CHAVE PARA O ÊXITO»

o discursar perante os mem-bros do Comité Central do seupartido, no Complexo do

Futungo II, José Eduardo dos Santosdefendeu uma política de quadros“actualizada, coerente, realista e eficaz”,centrada em “critérios objectivos de for-mação, colocação, remuneração, avalia-ção de desempenho e de ascensão pormérito próprio”.Eduardo dos Santos recomendou aosresponsáveis da administração públicae das estruturas do partido que “tratemos assuntos de forma objectiva na basedas leis e regulamentos”.“As questões subjectivas não devem sercolocadas acima dos interesses gerais”,defendeu.O líder do partido maioritário conside-rou justos os resultados nas eleiçõesgerais de 31 de Agosto de 2012 e elogioua atitude da “imensa maioria” dos mili-

tantes, amigos e simpatizantes do MPLApela dedicação, espírito de sacrifício ezelo. “É preciso trabalharmos juntos ecom determinação no cumprimentodas nossas promessas”, disse.

MEDIDAS PARA EVITAR FALHASE INSUFICIÊNCIAS

José Eduardo dos Santos anunciou queo MPLA vai propor medidas para evitar

falhas e insuficiências em futuros pro-cessos eleitorais, no âmbito do seuempenho em prol de uma sociedadedemocrática e respeitadora das liber-dades e garantias dos cidadãos.“O MPLA é um partido progressista edemocrático.Trabalha para a construção do EstadoSocial e para criar uma sociedade debem-estar em Angola, e promove ademocracia política, económica, sociale cultural”, afirmou.Defendeu a elevação da consciênciapolítica dos angolanos, através da intro-dução de um modelo de formaçãopolítica e patriótica no sistema de ensi-no, para permitir que os alunos e estu-dantes conheçam as tradições e aHistória de Angola, os princípios e va-lores políticos, morais, cívicos, éticos eculturais em que assenta a sociedadeangolana.

A

subsecretária-geral das Nações Unidas, Zainab Ban-gura, elogiou Angola por ter aprovado a Lei contra aViolência Doméstica, que, na sua opinião, contribui

para a protecção das famílias.Zainab Bangura, também representante especial doSecretário-Geral das Nações Unidas para as questões deViolência Sexual em Conflito, fez este elogio durante umaaudiência que lhe foi concedida pelo ministro angolano dasRelações Exteriores, Georges Chikoti, à margem da XXII sessãoordinária do Conselho Executivo da União Africana (UA), emAddis Abeba.A alta funcionária das Nações Unidas, que participou nareunião de ministros da UA na qualidade de convidada, disseque Angola é um exemplo a seguir em matéria de legislaçãocontra a violência doméstica. A referida lei, aprovada por una-nimidade pela Assembleia Nacional, em Junho de 2011, e pro-mulgada um mês mais tarde pelo Presidente da República,

José Eduardo dos Santos, adopta um conjunto de medidas deapoio e protecção da vítima. Entre essas medidas, destaca-sea possibilidade de encaminhamento para espaços de abrigo,sempre que a gravidade da situação imponha, bem como arestrição de contactos entre a vítima e o agente do crime,sempre que a segurança daquela ou o interesse processual ojustifique.

AONU ELOGIA ANGOLA

PRESIDENTE EDUARDO DOS SANTOS E A EXECUÇÃODO PLANO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO 2013-2017

O Presidente José Eduardo dos Santos disse, em Luanda,que o êxito da execução do Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017

e do Orçamento Geral de Estado para 2013 depende da eficiênciae disciplina no trabalho feito por pessoas qualificadas,

com conhecimentos e habilidades necessárias.

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CARTA DE RAUL CASTROAO CHEFE DE ESTADO

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POLÍTICA

secretário de Estado das RelaçõesExteriores, Manuel Augusto, es-clareceu, em Luanda, que o facto

de a Comunidade de Desenvolvimento daÁfrica Austral (SADC) ter prometido o envio detropas para a República Democrática doCongo não significa que a organização nãoseja pela paz. Manuel Augusto, que falava àimprensa angolana no termo da visita aAngola do Presidente sul-africano, JacobZuma, lembrou que a SADC privilegia sempre o diálogo para a solução dos proble-mas. “A SADC prefere que o diálogo seja a via privilegiada – senão mesmo a única –para a solução de diferendos, mas perante factos consumados, como é o caso dainstabilidade na RDC, a SADC disponibilizou-se a integrar a chamada ForçaInternacional Neutra”, esclareceu.De acordo com as últimas decisões tomadas recen-temente em Adis Abeba, a Força Internacional Neutra vai funcionar em coordenaçãocom a Missão de Estabilização das Nações Unidas na RDC (MONUSCO). Nestemomento, está a ser discutida a operacionalidade da referida Força, para se concluircomo se pode contribuir para restaurar a autoridade do Estado sobre todo o territórioda República Democrática do Congo e para a estabilidade ao longo das fronteirascom os países vizinhos. As Nações Unidas apoiam o plano de desdobramento de sol-dados no quadro da Força Internacional Neutra, através da Brigada de Intervenção, noleste da República Democrática do Congo.

MANUEL AUGUSTO EXPLICA RAZÕESDO ENVIO DE TROPAS AO LESTE DA RDC

O

PresidenteJosé Eduar-do dos San-

tos recebeu, em au-diência, o encarrega-do de Negócios daEmbaixada de Cubaem Angola, que foiportador de umamensagem do Chefede Estado daquele país, Raul Castro.João Socorro Maceda dirige a missãodiplomática cubana em Angola naausência da embaixadora Gisela GarciaRivera. Angola e Cuba cooperam, entreoutros, nos sectores da saúde, edu-cação, construção e formação dequadros. Em Angola há cerca de 3.500colaboradores cubanos que trabalhamem projectos ligados à saúde, edu-cação e construção. O projecto decombate à malária e HIV-Sida, com aparticipação cubana, regista grandeimpacto nas comunidades graças aacções sobre a importância da pre-

venção contra estasendemias. Outro pro-jecto de enormeimpacto é o “Sim, euposso” destinado acombater o analfa-betismo, que tem aparticipação de 12 té-cnicos cubanos quetrabalham com 1.576

facilitadores angolanos. A iniciativa,desenvolvida nas províncias deLuanda, Benguela, Huambo e Bié, per-mitiu tirar do analfabetismo 170.483angolanos, na maioria mulheres.O projecto, com método de ensinocubano e a anuência da Organizaçãodas Nações Unidas para a Educação,Ciência e a Cultura (UNESCO) conhecegrande êxito em muitos países daAmérica Latina e África.Esta é a segunda mensagem que RaulCastro dirige ao Chefe de Estadoangolano num intervalo de trêsmeses.

O

ANGOLAÉ UMA LIÇÃO

NKOSAZANA ZUMA

presidente da Comissão daUnião Africana defendeu,em Luanda, que os líderes

do continente precisam de reflectirprofundamente sobre o futuro deÁfrica. “Precisamos de fazer umareflexão mais profunda sobre deonde viemos, onde estamos e paraonde pretendemos ir ”, disseNkosazana Dlamini Zuma após oencontro com o Presidente JoséEduardo dos Santos. Zuma destacou aimportância do encontro com oPresidente angolano, a poucos diasdo início da cimeira dos Chefes deEstado e de Governo africanos. “Eraimportante abordar com o PresidenteJosé Eduardo dos Santos sobre o quepensa da União Africana e sobre opapel que Angola pode desempen-har dentro da organização”, realçou apresidente da Comissão da UniãoAfricana.A chefe do órgão executivo da UniãoAfricana (UA) disse que foi a Luanda,porque quis “trocar ideias” e ouvir aopinião do Presidente angolanosobre “muitas questões de interessecomum”, e acrescentou que a suavisita também foi motivada pela“grande importância” do país devidoao “papel que tem desempenhadode forma activa tanto a nível da ÁfricaCentral, como também da organiza-ção continental”.

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POLÍTICA

ministro das Relações Exte-riores, Georges Chikoti, de-fendeu, em Addis Abeba, a

entrada em acção, o mais tardar até 2015,da Brigada em Estado de Alerta da UniãoAfricana (UA) para fazer face aos con-stantes golpes de Estado no continenteou conflitos como os que ocorrem noleste da República Democrática do Congoe no Mali. Georges Chikoti disse que aorganização continental foi surpreendidano ataque contra o Mali, porque nuncaesteve preparada para situações dogénero. “A África ocidental ficou de mobi-lizar homens e recursos para este efeito,mas até hoje também não se fez nada. Sódepois da intervenção francesa é que ospaíses começaram a mobilizar-se”, lem-brou o chefe da diplomacia angolana,para quem a UA deve rever todas asdecisões já tomadas no âmbito da “arqui-tectura africana de intervenção rápida porregiões”, para que a Brigada em Estadode Alerta seja concluída antes de 2015,como está previsto. A ideia que presidiu àcriação da Brigada, frisou, é dotar a UniãoAfricana de condições para mobilizar assuas forças em tempo adequado paraimpedir que golpes de estado ou actosinconstitucionais ocorram: “o que esta-mos a verificar é que estamos a correratrás do tempo”, sublinhou o chefe dadiplomacia angolana.

ANGOLA COMBATEGOLPES DE ESTADO

O

ngola concluiu “com êxito”o seu mandato na presi-dência da Zona de Paz e

Cooperação do Atlântico Sul (ZOPACAS),permitindo promover, junto dos par-ceiros internacionais, as recomen-dações do Plano de Acção de Luanda,adoptado em 2007, disse, em Monte-videu, Uruguai, o ministro das Rela-ções Exteriores, Georges Chikoti. Ao apresentar o relatório debalanço no acto de abertura da VII reunião ministerial daZOPACAS, que decorre na capital uruguaia, o ministro desta-cou as acções realizadas por Angola visando a materializaçãodas decisões da reunião de Luanda. Os eixos principais dasdecisões de Luanda são a cooperação económica, parceriaspara o desenvolvimento sustentável, prevenção de crimes e

combate ao tráfico de drogas, comér-cio ilícito de armas ligeiras e depequeno porte, assim como o crimetransnacional organizado, incluindo apirataria. De acordo com uma nota doMinistério das Relações Exteriores,Georges Chikoti realçou que o traba-lho de Angola esteve também viradopara a paz, estabilidade e segurança,

incluindo a prevenção de conflitos, pesquisa científica, biodi-versidade, assuntos marinhos e ecologia, bem como a con-solidação da ZOPACAS. A VII reunião ministerial da Zona dePaz e Cooperação do Atlântico Sul, cuja presidência passapara o Uruguai, terminou ontem, com a adopção do Plano deAcção e da Declaração de Montevideu e de outros documen-tos sobre a Guiné-Bissau e a RDC.

MANDATO ANGOLANO TERMINA NA ZOPACAS

A

«AJUDA AO MALIÉ CONTRIBUIÇÃOINTERNACIONAL»

ministro das Re-lações Exterio-res, Georges Chi-

koti, manifestou a dis-posição de Angola apoiara União Africana nas dis-cussões relativas ao confli-to militar no Mali, masesclareceu que o País ape-nas pode propor a suaajuda quando souber oque se pode fazer.Chikoti falou à imprensaangolana à saída de umencontro com a homólogasul-africana, Maite Nkoa-na-Mashabane. Conside-rou o conflito no Mali um problema internacional para cuja solução todos ospaíses estão a tentar ajudar, incluindo as Nações Unidas e lembrou que aFrança já está a prestar o seu apoio, militarmente.À margem da sessão ordinária do Conselho Executivo da União Africana, ochefe da diplomacia angolana recebeu em audiências separadas a sub--secretária geral das Nações Unidas, Zeinab Bangura, os ministros dosNegócios Estrangeiros de Itália, Steffan de Mistura, e o vice-ministro dosAssuntos Externos da Índia, Sudhir Vyas, com os quais abordou assuntos deinteresse bilateral. Com o mesmo objectivo, Georges Chikoti recebeu os mi-nistros dos Negócios Estrangeiros de Espanha, Gonzalo de Benito Secades, eda Palestina, Riyad Al Malki.

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GEORGES CHIKOTI

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Banco Na-cional deA n g o l a

(BNA) procedeu àapresentação e lan-çamento oficial danova família de no-tas e moedas me-tálicas do Kwanza.A Lei, que autoriza oBNA a emitir e pôrem circulação novasnotas e moedas me-tálicas do Kwanza,foi aprovada pela AssembleiaNacional a 26 de Junho do ano pas-sado (2012). Na ocasião, o gover-nador do BNA, José de LimaMassano, afirmou não se tratar detroca de moeda, "porque as notasnovas serão introduzidas paulatina-mente na economia, em circulaçãosimultânea com as actuais", atéestas serem completamente reti-radas do circuito. Ainda no domínio

da valorização epreservação do va-lor da moeda, clari-ficou que se im-põem a implemen-tação de uma novaestratégia mais com-pleta de monitoriza-ção da economia,que contemple acirculação e largaaceitação de moe-das metálicas emtransacções inter-

nas de pagamento, facilitando aorganização do comércio, a for-mação e a estabilidade de preços naeconomia. A nova família de notas emoedas metálicas do Kwanza com-preende "notas de valor facial deum, cinco, dez, 50,100, 200, 500, mil, 2mil, 5 mil e 10 mil, enquanto asmoedas são de cinco e dois kwan-zas e de 50 e dez cêntimos de valorfacial.

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ECONOMIA

BNA LANÇA NOVASNOTAS E MOEDAS

METÁLICAS DO KWANZA

O

ANGOLA PERSPECTIVA GRANDEPRODUÇÃO DE CEREAIS

ngola perspectiva, no domínioda agricultura, a produção anualde 25 milhões de toneladas de

alimentos, entre cereais, grãos e tubércu-los, anunciou em Pequim o director doGabinete de Estudos e Análises doMinistério das Relações Exteriores (MIREX),Francisco da Cruz.De acordo com o diplomata, a perspectivaé a produção de 20 milhões de toneladasde mandioca, 2,5 milhões de toneladas de cereais, 1,5 milhões de toneladasde batatas e um milhão de toneladas de grãos (feijão, amendoim e soja).Os números foram divulgados pelo embaixador durante a conferência sobre o30º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre Angola ea China, promovida entre as autoridades daquele país e a embaixada angolanaem Pequim. Quanto à pecuária, o diplomata disse que Angola prevê atender60 por cento das necessidades de frango e 50 por cento de carne de ovino,caprino e bovino.

A

ROAMINGPRÉ-PAGODA UNITELNA RÚSSIA

operadora angolana Uni-tel fez chegar à Rússia oseu serviço de “Roa-

ming” pré-pago, através de umaparceria com a companhia localMTS, indica uma nota de impren-sa a que o Jornal de Angola teveacesso.O documento afirma que, a par-tir de agora, os clientes Unitelque desloquem àquele paíseuropeu têm à sua disposiçãoum serviço que permite mantercontacto com fami-liares e ami-gos, apesar da distância.O serviço de “roaming” pré-pago Camel, da Unitel, foi tam-bém reforçado na Turquia, tendopor base uma segunda parcerianeste último país, desta vez coma ope-radora local Turkcell,anunciou a empresa angolana.Com nove milhões de clientes, aUnitel afirma manter a aposta noalargamento da sua rede de“roaming”, que chega a cada vezmais países em todo o mundo.

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ECONOMIA

ANA DIAS LOURENÇONO BANCO MUNDIAL

antiga ministra do Pla-neamento, Ana Dias Lou-renço, assumiu, este mês,

em Washington, o assento deAngola na reunião do ConselhoExecutivo da organização de BrettonWoods (Banco Mundial), que integraos presidentes e os directores exe-cutivos.Indicada pelo Presidente da Re-pública, a antiga ministra assumepor dois anos o cargo de directoraexecutiva temporária da 25ª Cons-tituência, da qual fazem parteAngola, Nigéria e África do Sul.Dias Lourenço substitui MansurMuhtar, antigo ministro das Finançasda Nigéria, que rendeu RenosiDenise Mokate, da África do Sul, nocargo de director executivo daquelefórum do BM.Fundada em Novembro de 2010 paradar resposta ao crescimento e aopeso económico destes três países,esta Constituência teve RenosiMokate como primeira directoraexecutiva. Até àquela data, estes trêspaíses faziam parte de umaConstituência composta por 23 paí-

ses da África Subsaariana. A pas--sagem formal de testemunho foifeita em Tóquio, Japão, no termo dareunião anual do BM e do FundoMonetário Internacional (FMI), quedecorreu de 8 a 13 de Outubro de2012.Ana Dias Lourenço é formada emEconomia pela Universidade Agos-tinho Neto e possui formação com-plementar em Gestão, Análise eAvaliação de Projectos.Do seu curriculum destacam-se ain-da os cursos de Gestão de PolíticasMacro-Económicas no Instituto deDesenvolvimento Económico doBM.

A

REALÇADA IMPORTÂNCIA DO PROJECTOOKAVANGO-ZAMBEZE

Ministério da Hotelaria eTurismo começa, embreve, a executar os pro-

gramas do sector para o projectoOkavango-Zambeze, onde oKuando-Kubango é o maior be-neficiário. Segundo o ministro dopelouro, Pedro Mutindi, o territóriodo Kuando-Kubango é um pulmãoflorestal e tem grandes reservasde água, o que garante condiçõesexcepcionais para desenvolver osector do turismo. “O governo doKuando-Kubango está de parabéns e, tendo em vista a exe-cução dos planos directores do turismo, o ministério vai de-

senvolver acções naquilo que éda sua competência no ProjectoÁrea Transfronteiriça de Conser-vação Okavango-Zambeze comopólo de desenvolvimento local”,disse Pedro Mutindi.O acordo de execução do projec-to regional turístico transfronteiriçoOkavango-Zambeze foi rubricadoem Agosto de 2011, em Luanda, noâmbito da 31ª Cimeira dos Chefesde Estado e de Governo da SADC.O projecto vai trazer grandes

benefícios aos países da região, sobretudo no que se refereao desenvolvimento económico e social.

O

PEDRO MUTINDI

FAO DESTACA CASODE ANGOLA NA LUTA

CONTRA A DESNUTRIÇÃOPresidente José Eduardo dosSantos propôs, este mês, àOrganização das Nações

Unidas para Alimentação e Agricultura(FAO) a criação de um fundo fi-duciário de ajuda aos países maisnecessitados.A proposta foi feita na audiência con-cedida pelo Chefe de Estado ao direc-tor-geral da FAO, que esteve emAngola em visita de trabalho.À saída do encontro, no Palácio daCidade Alta, José Graziano da Silvalembrou que há países em África emcondições de ajudar outros.“Temos em África países em con-dições muito melhores do que há dezou 20 anos que podem ajudar Es-tados vizinhos”, disse. O director-geral da FAO salientou que o fundofiduciário “África ajuda os Africanos”“é um apelo ao sentimento denacionalidade e de regionalidade”por se destinar a “enfrentar e vencer afome” com recursos próprios regio-nais.

O

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ECONOMIA

EMIGRANTES LUSOS EM ANGOLAENVIAM MAIS DINHEIRO PARA PORTUGAL

s remessas para Por-tugal de emigrantesportugueses em An-

gola dispararam em 2012,superando até Novembro ototal do ano anterior, a maiorsubida entre as origens destastransferências financeiras, se-gundo dados do Banco dePortugal.Até Novembro do ano passa-do, as remessas de Angolaascenderam a 244,9 milhõesde euros, quando em todo oano de 2011 atingiram 147,3 mi-lhões de euros e represen-taram mais do dobro do valor de 2009 (103,4 milhões deeuros).Angola representa a maior fatia das remessas dos PaísesAfricanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), tendo osrestantes países deste grupo assistido a variações pouco sig-nificativas ao longo do ano passado.Para José Cesário, secretário de Estado das Comunidades, osdados do Banco de Portugal são um sinal da crescente emi-gração, mas também de confiança no sistema bancário.“Traduz o aumento da emigração, sobretudo para alguns paí-ses, como Angola. Não deixa de traduzir confiança no sistemabancário português e o aumento das remessas de Espanha ésinal disso”, disse. Segundo o Banco de Portugal, as remessas

de emigrantes portuguesesatingiram 2,5 mil milhões deeuros em Novembro, superan-do o total anual recente.O crescimento foi contínuo de2009 (2,28 mil milhões deeuros) para 2010 (2.425 mi-lhões de euros) e 2011 (2,43 milmilhões de euros).Em No-vembro passado, o valor dasremessas dos emigrantes por-tugueses atingiu os 204 mi-lhões de euros, mais 14 porcento que o valor registadoem Novembro do ano passa-do. Mais de metade deste

valor continua a chegar de emigrantes em países da UniãoEuropeia, cerca de 106 milhões de euros, e deste valor mais demetade chega de França, um quarto do total mensal, com 55,2milhões.As remessas de emigrantes portugueses que chegam depaíses que fazem parte da Organização para a Cooperação eDesenvolvimento Económico (OCDE) correspondem a 85 porcento do valor total das remessas relativas ao mês deNovembro, com 173,5 milhões de euros do total de 204 mi-lhões de euros. Entre os países que registaram maior cresci-mento nos 11 primeiros meses de 2012 está a Alemanha (156,4milhões de euros), Espanha (116 milhões de euros), Holanda(40,8 milhões) e Itália (17,9 milhões).

A

criação do Fundo Soberanoangolano e uma emissãointernacional de dívida or-

ganizada pelo banco russo VTB reno-varam o interesse dos mercadosfinanceiros em Angola, refere o sítioEMEA Finance.Com o crescimento económico emaceleração para próximo de oito porcento em 2012 e este ano e a dívidasoberana angolana cotada pela Fitch,Moody’s e Standard & Poor’s, aguar-da-se uma emissão de títulos doTesouro, que tem vindo a ser adiada,afirma o sítio. “As notícias do FundoSoberano de Angola e o lançamento

dos títulos de participação do bancoVTB renovam a atenção dos investi-dores em relação ao país”, salienta aEMEA Finance numa análise com otítulo “Angola a ganhar ímpeto”.O VTB, a meio do ano passado, Emmeados do ano passado, concedeuum empréstimo ao Executivo queprocedeu posteriormente a umaemissão de títulos de participaçãovendidos no mercado financeirosecundário.Como reflexo, mil milhões de dólaresde títulos angolanos foram negocia-dos em Agosto nos mercados inter-nacionais.

FUNDO SOBERANO ATRAIINVESTIDORES E RELANÇA MERCADO

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SOCIEDADE

embaixador de Angola emPortugal, José Marcos Barri--ca, apelou, este mês, ao

patriotismo dos angolanos residentesna diáspora lusa para combater “gru-pos de pessoas bem identificadas queinsistem em denegrir as instituiçõesangolanas”.Numa mensagem pronunciada noacto de cumprimentos de ano novo,promovido pela missão diplomática,Marcos Barrica afastou qualquer recur-so à violência, defendendo, pelo con-trário, “diálogo construtivo e abertocom estas forças anti-angolanas”.“É preciso conversar com estas pes-soas e convencê-las sobre a verdadedas coisas. Isso é um trabalho patrióti-co e recomenda-se”, disse MarcosBarrica, considerando que tais cam-panhas resultam do carácter saudosis-tas, sobretudo, daqueles que se sen-tem derrotados ou "perdido o entãoimpério em Angola”, com a independência nacional, em 1975.“Em Portugal, temos correntes fortes que denigrem a imagemde Angola e das suas instituições, pois, vivem o revanchismocontra a soberania do Estado angolano”, disse Marcos Barrica,

para quem “a defesa da pátria deveestar à cima de todas as coisas”.Contudo, ressaltou o facto de odenegrimento de Angola nada ter aver com a orientação do Estado por-tuguês, “pelo que urge separar ascoisa”. Aos mais de 50 mil angolanosresidentes em Portugal o embai-xador exortou ao espírito de soli-dariedade familiar e laboral, como“passo para a coesão”, expresso “noamparo, carinho e apoio aos maisnecessitados”. Destacando, em 2012,a realização no país de “importanteseventos” (citou as eleições gerais e atomada de posse do Presidente daRepública e do Parlamento), MarcosBarrica apelou ao espírito de missãopara os novos desafios, “em quetodos nós, filhos da pátria, somoschamados a fazer face, onde querque estejamos”. “Se a missão doembaixador é representar o Estado e

defender a sua imagem, a melhor forma de defender estamesma imagem do país e das nossas instituições é a entre-ga ao trabalho. Cada angolano no exterior do país deve serum embaixador de Angola”, enfatizou.

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Conselho Nacional da Juventude (CNJ) de Angolaimpulsionou, durante a presidência do Fórum daJuventude da Comunidade de Países de Língua

Portuguesa (FJ-CPLP), a estruturação do Plano Estratégico paraa Juventude da CPLP, disse em Lisboa o seu presidente ces-sante, Cláudio Aguiar. Ao discursar como um dos oradores noencerramento da conferência “Jovens da CPLP”, CláudioAguiar referiu que o Plano Estratégico para a Juventude daCPLP tem como eixos principais a juventude, promoção dalíngua e cultura lusófona, desenvolvimento económico esocial, fortalecimento político e institucional, entre outros.Fazendo uma espécie de balanço do seu mandato de doisanos, Cláudio Aguiar destacou ainda o “aprofundamento dasrelações Sul-Sul, visando a parceria com o espaço Ibero-americano de Juventude e a Escola de Jovens Líderes daCPLP”, assim como a “coordenação e concertação nas NaçõesUnidas, na Universidade Africana de Juventude eDesenvolvimento (Cabo Verde) e na Universidade deJuventude e Desenvolvimento da Espanha”. Destacou tam-bém como tarefas implementadas ao longo do seu mandato,que passou ontem para a Guiné-Bissau, o “alargamento aos

novos membros, com a reaproximação do CNJ a São Tomé ePríncipe e a adesão do Brasil e Timor-Leste como membrosefectivos e de pleno direito” e defendeu ser “fundamental amanutenção do diálogo entre as organizações juvenis daCPLP, a promoção da mobilidade e intercâmbio juvenis”.

ANGOLA IMPULSIONA PLANOESTRATÉGICO DA JUVENTUDE DA CPLP

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EMBAIXADOR MARCOS BARRICAAPELA AO PATRIOTISMO DOS ANGOLANOS

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SOCIEDADE

MEMÓRIA HISTÓRICAMERECE PROTECÇÃOs FundaçõesSagrada Es-p e r a n ç a

(FSE), de Angola, eAmílcar Cabral (FAC),de Cabo Verde, assi-naram na Cidade daPraia um acordo decooperação para pre-servar a memória his-tórica, cultural e cientí-fica das independências dos dois país-es. No âmbito deste acordo, as duasfundações vão promover a troca e aconsulta de acervos, além da realiza-ção de seminários, conferências eexposições.A cooperação entre as duas fun-dações, a ser feita através de um pro-grama plurianual, tendo por base acolaboração conjunta em projectospara divulgar a história das inde-pendências e das suas personagens,propõe-se ainda a apoiar, em parceriacom as universidades, a divulgação eestudos mais aprofundados sobreessa história.

O acordo, celebradoapós três dias de tra-balhos do FórumAmílcar Cabral nacapital cabo-verdiana,foi assinado por Pe-dro Pires, presidenteda Fundação AmílcarCabral, e por AfonsoVan-Dúnem “Mbin-da”, presidente da

Fundação Sagrada Esperança. PedroPires disse que o acordo significa “umpasso importante” para a valorizaçãodos heróis das independências dosdois países, com particular destaquepara Amílcar Cabral e Agostinho Neto.Afonso Van-Dúnem Mbinda apelou àparticipação dos jovens em estudosmais aprofundados sobre as duas per-sonalidades e sobre as histórias dosdois movimentos que lideraram osprocessos de luta pela independência- Movimento Popular de Libertação deAngola (MPLA) e Partido Africano daIndependência da Guiné e CaboVerde (PAIGC).

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m acordo de coope-ração no domínio doensino e pesquisa foi

assinado, entre a UniversidadeAgostinho Neto (UAN) e a Uni-versidade japonesa de Ryu-koku.Foram signatários do acordo oreitor da UAN, Orlando da Mata,e o presidente da Universidadede Ryukoku, Tesshin Akamatsu.O acordo vai permitir que asFaculdades de Ciências e deEngenharia da UAN e a EscolaSuperior de Ciências e Te-cnologia da Universidade de Ryukoku façam intercâmbiode estudantes licenciados, interessados em desenvolveractividades académicas e consolidar a sua compreensãointernacional. Vão beneficiar de bolsa de estudos até doisestudantes por ano, com o suporte financeiro da instituição

de acolhimento durante seismeses ou um ano. Trata-se doprimeiro protocolo do géneroentre as duas universidades, etem duração de três anos re-nováveis. As partes prevêemalargar a parceria , com odesenvolvimento de outrosprogramas de intercâmbio deestudantes e de pessoal admi-nistrativo, projectos conjuntosde pesquisa e ensino.O reitor da UniversidadeAgostinho Neto, Orlando daMata, está no Japão desde

sexta-feira, à frente de uma delegação académica integra-da pelo vice-reitor para os Assuntos Científicos, José PedroDomingos, e pelos decanos das Faculdades de Ciências ede Engenharia, João Gaspar da Silva e Alice Ceita e Almeida,respectivamente.

UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETOASSINA ACORDO COM JAPONESES

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ENSINO SUPERIORAPOSTA NA INVESTIGAÇÃO

ministro do Ensino Superior,Adão Ferreira do Nascimento,defendeu, em Luanda, a ne-

cessidade da promoção da investigaçãocientífica para que o País seja uma refe-rência na região. O ministro falava noacto de posse dos primeiros membrosdo corpo directivo do Instituto Superior paraas Tecnologias de Informação. “Osdocentes universitários e não universitáriosdevem aplicar os melhores métodos deaprendizagem durante o processo de ensi-no, para que os estudantes compreendammelhor as matérias”, disse Adão doNascimento. O ministro do Ensino Superiordisse que apostar na formação de quadroscom qua-lidade consta do programa doExecutivo para os próximos cinco anos.

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CULTURA

ARTISTAS ANGOLANOSEXPÕEM "NO FLY ZONE"

m conjunto de obras deartistas angolanos estarápatente até 31 de Março no

Museu Colecção Berardo, no CentroCultural de Belém (CCB), em Lisboa,numa exposição denominada “No FlyZone”, ante-câmara da terceira Trienalde Luanda, marcada para os meses deNovembro e Dezembro deste ano, nacapital angolana.Numa co-produção Museu ColecçãoBerardo/“Núcleo Criativo” de Angola, aex-posição conta com a participaçãodos artistas Paulo Kapela, Yonamine, Kiluanji Kia Henda,Edson Chagas, Binelde Hyrcam e Nástio Mosquito, tendocomo curadores Fernando Alvim, Simon Njami e SuzanaSousa.Segundo Pedro Lapa, director artístico do museu, a exposição“é não só sinal de uma nova vida que Angola experimentadepois da descolonização e da guerra, como define um posi-cionamento num quadro problematizado sobre as herançasculturais e a sua redefinição, as migrações dos conflitos e oseu 'feedback'”.Na exposição, Kapela “reproduz, numa espécie de altar, ahistória recente angolana, particularmente a da cidade deLuanda, recorrendo a recortes de jornais, desenhos, objectosencontrados e textos, num processo contínuo de fixação da

memória e de exorcismo do passado”,descreve a curadora Suzana Sousa.Kiluanji, na série fotográfica “homemnovo”, analisa “a relação de Luandacom o seu passado colonial, atravésdos pedestais hoje vazios de estátuase ocupados por figuras que fazemparte da história contemporânea dacidade”.Nástio Mosquito, em “My African Mind(2009)”, “desconstrói o discurso ociden-tal sobre África, na tentativa de ques-tionar como África é retirada da mod-

ernidade, como o negro é transformado em monstro, como acultura se torna ritual e, principalmente, como se estabeleceeste processo de exoticização do outro, de um espaço, damemória”. Em contrapondo, adianta que Edson Chagas “retirado contexto antropológico as máscaras africanas e atribui-lhes uma identidade actual”, processo semelhante utilizadopor Hyrcan, na obra “Thirteen Hours (2011)”, “onde as galinhasassumem características humanas e papéis sociais”, enquan-to Yonamine “remete-nos para a história europeia e mundial:a partir do indivíduo, o artista trabalha o arquivo da memória,entendido como um espaço onde a memória é construída devivências particulares”.A exposição “No Fly Zone” está aberta ao público todos osdias da semana (das 10 às 19 horas), com entrada gratuita.

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DANÇA CONTEMPORÂNEADE ANGOLA EM LISBOA

espectáculo “PaisagensPropícias”, de Rui LopesGraça com a Companhia

de Dança Contemporânea deAngola, esteve em cartaz, emLisboa, no Teatro Camões. Depoisda experiência de “Gold”, peça cria-da em 2011 com a companhiamoçambicana, o coreógrafo RuiLopes Graça decidiu voltar a África,novamente com a ajuda do músicoJoão Lucas, para mergulhar, destavez, na obra de Ruy DuarteCarvalho com a Companhia deDança Contemporânea de Angola.A ideia para o espetáculo partiu deum desafio de Rute Magalhães,viúva do escritor, antropólogo, rea-lizador e pintor angolano (1941-2001), ao grupo de dança que con-

vidou Lopes Graça. Em Agosto, ocoreógrafo e o músico foram aoNamibe. “Estivemos a respirar omesmo ar do Ruy Duarte deCarvalho, a seguir os mesmos tra-jectos e falámos com os amigosdele. Foi lá que tudo começou”,revelou. Depois da pesquisa, disse,começou o trabalho com os seteintérpretes do espectáculo, “quevieram de grupos de dança tradi-

cional e traziam experiências dis-tintas”. A coreografa Ana Claradisse que o espectáculo traz detudo: “está lá a forma de estar doRuy, que era um a pessoa muitoespecial, o deserto, os pastores, osbois. Estão lá todos os elementosque identificam aquela região, mascom uma abordagem contem-porânea”.Para a coreografa, o espectáculotraz também as contradições deum país, cuja economia crescemais rapidamente do que aatenção dada à cultura. Depois deLisboa, “Paisagens Propícias” vai aCuba, Polónia e Israel. Logo queterminarem as pequenas obras noteatro o espectáculo é apresentadoem Angola.

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DESPORTO

ngola estáfora do CANao ser der-

rotada por 2-1 frente aCabo Verde, em PorthElizabeth. A classe deGilberto e o esforçode Amaro foram insu-ficientes para levar devencida a estreanteselecção dos TubarõesAzuis. O jogo come-çou com Cabo Verde alevar muito perigo à baliza de Lamá.Manucho, aos nove minutos, falhou umaboa oportunidade. A partir daqui Angolaganhou o domínio do jogo e aos 11 mi-nutos, Gilberto fez um dos seus centros eManucho em boa posição atirou ao lado.O ascendente de Angola foi-se cimentan-do, com Amaro a fazer um jogo impecá-vel, defendendo bem e atacando melhor.Os dois “centrais”, Bastos e Dani, nãodavam qualquer hipótese ao ataque deCabo Verde.Adivinhava-se a qualquer momento ogolo dos Palancas Negras. Aos 32 minu-tos, Amaro correu pelo corredor esquer-do, centrou tenso e Djalma apareceu napequena área de Vozinha para con-cretizar. O central Nando ainda ajudou amarcar o golo na própria baliza. Angolaestava a ganhar com justiça, pois foi a

única equipa que feztudo para marcar.No segundo tempoCabo Verde entrou emcampo para virar orumo dos aconteci-mentos, mas os jo-gadores do meio cam-po estavam demasia-do lentos. Angola rapi-damente equilibrou apartida e tentou nocontra ataque ampliar

a vantagem. Mas Djalma e Mateus estive-ram infelizes e muito abaixo das suascapacidades. O meio campo foi aguen-tando a pressão do adversário até queaos 70 minutos Angola podia ter amplia-do a vantagem se o árbitro tivesse assi-nalado uma falta sobre Manucho dentroda área.Angola carregou sobre o adversário e aos74 minutos ganhou quatro cantos segui-dos. Mas esse foi o canto do cisne.Porque a equipa teve uma evidente que-bra física e os jogadores de Cabo Verde,mais frescos, ganharam o meio campo.O empate de Cabo Verde, aos 80 minu-tos, coroou esse domínio. Ferrín lançouem campo Yano, que logo na primeirajogada quase marcou. Em cima dos 90minutos Cabo Verde marcou o merecidogolo da vitória.

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WALTER FAUSTINO CONQUISTABRONZE NO OPEN

INTERNACIONAL DE JIU-JITSU

PALANCAS NEGRASFORA DO CAN

JIU-JITSU

Direcção: Embaixador José Marcos Barrica _ Editor: Estevão AlbertoProdução e Coordenação: Serviços de Imprensa _ Co-Produtor: Paulo de Jesus _ Paginação e design: Madalena Raimundo

Avenida da República , 68 _ 1069-213 Lisboa _ Tel: 217 942244 _ 217 971736 _ Fax: 217 986405

www.embaixadadeangola.org _ E-mail: [email protected]: 6.000 exemplares _ Depósito Legal: 171.523/01

Ficha Técnica

Sport Lisboa e Benfica celebrou, em Luanda, um protocolo com o ColégioCaju de Talatona, para a criação de um projecto de formação para descober-ta de talentos do futebol. O acordo denominado “Geração Benfica Escola de

Futebol Cajú” foi assinado entre Armando Carneiro, em representação do presidente doBenfica, Luís Felipe Vieira, e Irene Barata, directora daquela instituição de ensino. Comassinatura do protocolo, a Escola Geração Benfica CAJU vai poder contar nesta empreita-da com técnicos do referido colégio e especialistas do Benfica, vindos de Portugal.A escola de futebol tem como objectivo formar, no decorrer de presente ano, 400alunos, com idades compreendidas entre os cinco e os 16 anos.

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BENFICA CELEBRA PROTOCOLOCOM COLÉGIO CAJÚ

angolano Walter Faustino,campeão do mundo de jiu-jitsu, conquistou, este mês,

medalha de bronze no primeiro dia deprova do Open Internacional da modali-dade, no Complexo Desportivo do CasalVistoso, em Lisboa.Campeão mundial nos 82 quilogramas,Walter Faustino entrou em grande naprova, depois de vencer os três primeiroscombates do dia e garantir um lugar nosquartos-de-final, tendo arrebatado obronze. “Lobão”, como é conhecido naslides desportivas, defende as cores daequipa angolana “Z1 Academy”, visandoo campeonato africano da modalidade,que se realiza a 4 de Fevereiro, na Áfricado Sul, cujo título também ostenta.O Open Internacional de jiu-jitsu reuniualguns dos melhores atletas da modali-dade, como os norte-americanos DanielDebrugge e Joseph Ruggiero, vence-dores das últimas provas do género.

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