Upload
truongdat
View
217
Download
2
Embed Size (px)
Citation preview
JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA
O perfil de liderança adequado à alta administração de empresas do ramo automotivo,
para melhoria contínua do sistema de qualidade
Guaratinguetá
2016
asTRABALHOS
FUTUROS
JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA
O perfil de liderança adequado à alta administração de empresas do ramo automotivo,
para melhoria contínua do sistema de qualidade
Dissertação apresentada à Faculdade de Engenharia do
Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual
Paulista, para a obtenção do título de Mestre em
Engenharia de Produção na área de Gestão e Otimização
do Curso de Mestrado Profissional.
Orientador: Prof. Dr. Jorge Muniz Jr.
Co-orientador: Profª. Drª. Andréia Maria Pedro Salgado
Sponsor: Marcos Antônio Balbinot
Guaratinguetá
2016
A447p
Almeida, José Eduardo de Oliveira
O Perfil de liderança adequado à alta administração de empresas do
ramo automotivo para melhoria contínua do sistema de qualidade / José
Eduardo de Oliveira Almeida – Guaratinguetá, 2016.
133 f : il.
Bibliografia: f. 73-85
Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de
Engenharia de Guaratinguetá, 2016.
Orientador: Prof. Dr. Jorge Muniz Júnior
Coorientadora: Profª Drª Andréia Maria Pedro Salgado
1. Liderança. 2. Qualidade. 3. Desempenho. I. Título
CDU 316.43(043)
Guaratinguetá
2016
ALMEIDA, J. E. O. O perfil de liderança adequado à alta administração de empresas do ramo
automotivo, para garantir a melhoria contínua do sistema de qualidade. 2015. Dissertação (Mestrado
Profissional em Engenharia de Produção) – Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguetá,
Universidade Estadual Paulista, Guaratinguetá, 2016.
RESUMO
Nesta dissertação aborda-se o perfil de liderança adequado à alta administração de
empresas do ramo automotivo, para garantir a melhoria contínua do sistema de qualidade.
Buscou-se fundamentação teórica sobre o conceito de qualidade relacionando às principais
normas de qualidade existentes, bem como o processo de certificação. O foco foi dado sobre as
normas relacionadas ao processo de produção automotivo com aprofundamento na norma VDA
6.3 aplicada na empresa relacionada ao estudo. Foram discutidos os principais conceitos de
liderança e seus estilos, assim como os conceitos de competências gerenciais relacionadas aos
conhecimentos, habilidades e atitudes e as dimensões de competências. A metodologia aplicada
foi baseada em um estudo de caso exploratório e utilizou-se do método qualitativo de pesquisa
empírica, obtido pela pesquisa de literatura, capturando as perspectivas e pontos de vista da alta
administração da empresa. Para coleta de dados utilizou-se de entrevistas semiestruturadas, com
cinco executivos de grande experiência profissional na área automotiva. Foram definidos pelos
entrevistados, segundo suas experiências, as competências necessárias e os adjetivos que formam
os perfis de liderança e suas definições. O estudo demonstrou quais elemento do cruzamento,
entre os conceitos de liderança, qualidade e competência, se integravam ao perfil de liderança
que foi resultante da análise da entrevista com os gestores. Este perfil foi identificado por meio
de adjetivos referentes à liderança e seus comportamentos, pelos próprios gestores. A entrevista
semiestruturada permitiu uma análise preliminar que resultou em 15 adjetivos, que configuram
o pensamento dos representantes da alta administração que foram entrevistados. Estes adjetivos
definem características próprias de gestores que contribuem para formar um perfil de liderança
adequado para garantir a melhoria contínua do sistema de qualidade. Os resultados obtidos
fornecem uma base para futuros trabalhos com análises quantitativas envolvendo as
competências e os perfis de liderança adequados à melhoria contínua do sistema de qualidade
nas industrias do ramo automotivo.
PALAVRAS-CHAVE: Competência, perfil de liderança, qualidade.
ALMEIDA, J. E. O. The leadership profile appropriate to senior management of companies in the
automotive industry, to ensure the maintenance of the quality system 2015. Dissertation (Master
Degree in Production Engineering) – Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguetá,
Universidade Estadual Paulista, Guaratinguetá, 2016.
ABSTRACT
This dissertation addresses the leadership profile appropriate to senior management of
companies in the automotive industry, to ensure continuous improvement of the quality system.
It attempted to theoretical foundation of the concept of quality relating to the main existing
quality standards and the certification process. The focus was on the standards related to the
automotive production process of deepening the VDA 6.3 applied to the company related to the
study. The main concepts of leadership were discussed and their styles, as well as the concepts
of managerial skills related to knowledge, skills, attitudes, and dimensions of skills. The
methodology used based on an exploratory case study and it used the qualitative method of
empirical research, obtained by literature search, capturing the perspectives and views of senior
management of the company. For data collection, we used semi-structured interviews with five
executives of great professional experience in the automotive field. The respondents according
to their experience, the skills and the adjectives that form the leadership profiles and their
definitions defined them. The study showed that the cross member between the concepts of
leadership, quality and competence, were integrated to the profile of leadership that resulted from
the analysis of the interview with the managers. This profile was identified by means of
adjectives related to leadership and their behaviors by their own managers. The semi-structured
interview allowed a preliminary analysis resulted in 15 adjectives, which shape the thinking of
senior management representatives interviewed. These adjectives define characteristics of
managers who contribute to form a proper leadership profile to ensure continuous improvement
of the quality system. The results provide a basis for future work with quantitative analysis
involving the skills and leadership profiles suitable for the continuous improvement of the quality
system in the industries of automotive industry
KEYWORDS: Competence, leadership profile, quality
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AVSQ AnfiaValutazione Sistemi Qualitá
EAQF Evaluation Aptitude Qualité Fournisseur
ISO International Organization for Standardization’s
ISO TS International Organization for Standardization’s Technical Specification
OHSAS Occupational Health and Safety Assessment Services
QS 9000 Quality Standard
SA Social Accountability
SSO Segurança e Saúde Ocupacional
TQM Total Quality Management
VDA Verband der Automobilindustrie
RD Responsável da Direção
SUMÁRIO:
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 7
1.1 OBJETIVO ............................................................................................................ 9
1.2 DELIMITAÇÕES ................................................................................................. 9
1.3 CONTRIBUIÇÕES ............................................................................................... 9
2 EMBASAMENTO TEÓRICO ......................................................................... 11
2.1 LIDERANÇA ...................................................................................................... 11
2.2 QUALIDADE ..................................................................................................... 19
2.3 COMPETÊNCIAS GERENCIAIS ..................................................................... 26
2.3.1 Conhecimento, Habilidade e Atitude ............................................................... 26
2.3.2 Dimensões de Competência ..................................................................................... 28
2.4 O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, A GESTÃO E A MELHORIA
CONTÍNUA DA CERTIFICAÇÃO ............................................................................................... 33
3 METODO ........................................................................................................... 41
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................... 45
5 CONCLUSÕES ................................................................................................. 72
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 73
APÊNDICE ........................................................................................................ 86
7
1 INTRODUÇÃO
O gerenciamento da cadeia de abastecimento e do processo produtivo, são fundamentais
para buscar a competitividade e o sucesso da organização (COUSINS; SPEKMAN, 2003). O
gerenciamento da cadeia de suprimento exige da organização o compromisso com o processo de
certificação de qualidade, influenciando seus fornecedores e promovendo a mudança de seu
modelo organizacional (JOHNSON; DANA ; WALCK, 2004).
As normas de qualidade são utilizadas pelas empresas para criar produtos ou serviços que
obedeçam aos princípios da qualidade e melhoria contínua em toda a cadeia de fornecimento e
produção. Atualmente existem normas específicas para ramos de atividades como por exemplo;
Saúde e Segurança Ocupacional SSO - OHSAS 18001:2007, Segurança alimentar – ISO 22000
aplica os princípios do HACCP (Hazard Analysis Critical Control Point), Gestão de
Responsabilidade Social – SA 8000:2001. Em todos estes ramos de atividade considera-se que a
alta administração tem papel estratégico para a gestão da qualidade.
A indústria automotiva é importante para a economia mundial, em função do valor
agregado dos seus produtos. Uma característica neste setor é a utilização de normas de qualidade
como a ISO, ISO TS, QS 9000, AVSQ, EAQF e VDA.
Em 2015, houve nova revisão da norma ISO 9001 que atribui maior responsabilidade à
liderança, excluindo o Representante da Alta Direção (RAD), que detinha esta responsabilidade
perante a organização e os órgãos certificadores.
Demonstrando a importância do papel da alta administração e a aplicação do conceito de
liderança no processo de implantação e melhoria contínua das normas de qualidade, a revisão da
ISO 9001 -2015 omite a figura do RD (Representante da Direção) como principal responsável
pelo sistema de gestão da qualidade, a partir de agora esse papel será descentralizado e ficará a
cargo das lideranças da empresa, visando disseminar verdadeiramente a cultura da gestão da
qualidade (HAMPTON; DEBRA; HAY, 2014).
A alta administração será responsável para a efetividade do Gerenciamento do Sistema de
Qualidade (QMS).
As organizações apresentam dificuldades para implementação e melhoria contínua de
sistemas de qualidade, principalmente devido à necessidade da existência de uma cultura
organizacional envolvendo a liderança e o compromisso com a qualidade (SARROS; COOPER;
SANTORA, 2008).
8
O alinhamento do perfil de liderança da alta administração e a cultura organizacional
focada em qualidade contribui para orientar a organização para buscar a melhoria contínua do
sistema de qualidade.
Lidar com o aspecto humano é uma habilidade de liderança importante, que contribui na
busca do entendimento das orientações da alta administração sobre importância da melhoria
contínua de normas de sistema de qualidade para a organização (ALMEIDA; MUNIZ Jr.;
COSTA, 2014). Neste sentido, os fatores relacionados às pessoas, como treinamento,
responsabilidade e cultura organizacional são relevantes para a gestão (PSOMAS;
FOTOPOULOS; KAFETZOPOULOS, 2010). Para alinhar a cultura organizacional, aos
objetivos de qualidade, a alta administração precisa ter habilidades de liderança capazes de criar
o ambiente adequado para a melhoria contínua do sistema de qualidade.
Tanaka; Muniz Jr., (2012) identificam fatores críticos para implementação e melhoria
contínua de sistemas de melhoria, o que inclui sistema de qualidade, na percepção de líderes e
consultores envolvidos com projeto de melhoria. O estudo destaca a importância da liderança na
implementação e melhoria contínua do sistema de qualidade, bem como comprometimento da
direção.
Nesse contexto, uma questão de pesquisa relevante é: qual o perfil de liderança da alta
administração que contribui para estabelecer a cultura organizacional necessária à melhoria
contínua do sistema de qualidade?
Entender a relação entre a melhoria contínua do sistema de qualidade e o perfil de liderança
da alta direção para a gestão da organização é importante para alcançar níveis de qualidade
competitivos no mercado globalizado atual. A melhoria contínua do sistema de qualidade está
relacionada com os estilos de lideranças usados pelas organizações, bem como o perfil
comportamental dessa liderança.
É preciso alinhar o perfil de liderança da alta administração buscando evitar conflitos entre
os aspectos comportamentais dos gestores e as necessárias para a operação. Gerentes e
funcionários de linha divergem consideravelmente em várias características individuais como;
sensibilidade, equidade, comportamento de cidadania organizacional e crescimento (PATTI;
FOK; HARTMANS, 2004). Essas diferenças afetam a cultura e os resultados organizacionais de
forma distinta. Portanto, se não houver um alinhamento do estilo de liderança da alta direção é
possível que os funcionários venham a reagir de forma diferente na implementação e melhoria
contínua do sistema da qualidade, prejudicando os resultados esperados.
A literatura indica que os membros da alta administração, ao replicar e compartilhar seu
conhecimento, facilitam o envolvimento das pessoas para estabelecer a direção estratégica,
9
construção e melhoria contínua de um sistema de gestão. A boa liderança influencia no
desempenho organizacional e operacional, desenvolvimento individual, motivação da base da
organização e aprendizagem organizacional. Estes fatores influenciam a construção da cultura
organizacional e capacidade de integrar os conceitos de qualidade necessários ao funcionamento
do sistema de qualidade.
1.1 Objetivo
Este trabalho investiga o perfil de liderança da alta administração necessárias para manter
o sistema de qualidade em empresas do ramo automotivo. O perfil da liderança é tratado pelas
competências relativas ao trinômio de Conhecimento, Habilidade e Atitude.
Propõe-se ainda a relação deste perfil com os requisitos da norma de qualidade VDA 6.3.
1.2 Delimitação
Por tratar-se de um mestrado profissional, a indicação do projeto de pesquisa foi feita pela
direção da empresa diante de sua necessidade em garantir a melhoria contínua da norma VDA
6.3, específica para o ramo automobilístico. O sistema de qualidade representado pela aplicação
da norma VDA 6.3 é critério para homologação de fornecedores e sem ela, a empresa pode ser
descredenciada.
Não se pretende identificar ou atrelar o perfil de liderança a traços de personalidade ou a
características individuais específicas.
O estudo é realizado numa montadora de veículos comerciais por encomenda, ônibus e
caminhões.
1.3 Contribuição
Este estudo contribui para orientar a melhoria contínua do sistema de forma sustentável,
garantindo a manutenção do credenciamento de fornecedor homologado. Como consequência, a
alta administração terá à sua disposição conhecimentos capazes de auxiliar na condução das
ações necessárias para melhoria contínua da certificação de qualidade. Estes conhecimentos, se
bem aplicados, também podem influenciar o desenvolvimento da cultura organizacional da
10
empresa, sobretudo na questão da qualidade e melhoria contínua. Se espera que indivíduos com
níveis mais elevados dentro da organização, no caso a alta administração, possuam maior
influência sobre as decisões que são de natureza estratégica. Contudo, para a maioria das
pesquisas nesse sentido, há indícios de que esses indivíduos provavelmente influenciarão a
organização no sentido de garantir a manutenção dos conceitos de qualidade, estabelecidos no
processo de certificação. Conceitos estes que são de cunho estratégico para o futuro da
organização (CARPENTER; et. Al., 2004).
O estudo busca contribuir identificando o perfil de liderança da alta administração da
empresa visando a melhoria contínua do sistema de qualidade, no caso a norma VDA 6.3. Os
perfis serão identificados por meio de entrevistas com gestores experientes. Os resultados
fundamentaram a discussão do perfil de liderança adequado para a implementação de melhorias
de qualidade no processo.
11
2 EMBASAMENTO TEÓRICO
O Embasamento Teórico é fundamentado na discussão do Apêndice A, que resume os
principais pontos dos artigos analisados. Trata-se, portanto, de uma revisão sistemática da
literatura, base de dados, período temporal e palavras chaves. O tratamento dos artigos analisados
é ilustrado no Quadro 1.
Quadro 1: Exemplo de registro das informações dos artigos analisados (detalhe Apêndice A)
Autor Objetivo Resultado Método
Sugestão
trabalho
futuros
LAK
SHM
AN
(20
06
)
Este artigo desenvolve
uma teoria de
liderança de
qualidade, com foco
em traços do líder,
valores e
comportamentos com
base em princípios de
TQM subjacentes...
O grau em que os
líderes comunicam a
importância dos
clientes internos e
externos da unidade
será positivamente
relacionada com o
desempenho da
unidade...
Questionário
sobre
desenvolvimento
de liderança
(RDQUO).
Este artigo faz
contribuições
tanto para a
liderança e
literaturas
TQM...
Fonte: Autor
2.1 Liderança
O tema liderança está presente na humanidade por meio dos exemplos de grandes líderes,
que souberam conduzir as pessoas rumo a objetivos comuns, que de alguma forma ajudaram a
construir a história da humanidade. Esta história vem sido contada por meio das conquistas desses
líderes (BASS; BERNARD, 2007).
Considera-se que a liderança é um fenômeno real e muito importante nas ciências
humanas. A mesma é aplicada sobre o desempenho das equipes, grupos e organizações buscando
atingir objetivos comuns. Uma boa liderança promove uma equipe eficaz e aprimora a
performance do Grupo, que por sua vez, aumenta o bem-estar das pessoas que formam a equipe.
Da mesma forma uma má liderança degrada a qualidade de vida para todos os membros da equipe
(HOGAN et al., 2005).
Liderança é normalmente definida em termos de pessoas que estão no comando de
organizações e suas unidades; por definição, essas pessoas são líderes. Mas é preciso refletir por
12
um momento sobre as habilidades necessárias para manter uma estrutura hierárquica de uma
organização. Os exemplos positivos do exercício de liderança real são os que de fato, contribuem
para o sucesso da organização. Segundo Hogan et al., (2005), as pessoas que alcançam posições
de liderança nas grandes organizações se distinguem pelo trabalho duro, inteligência, ambição,
habilidade política, e sorte.
Pessoas evoluem como os animais que vivem em grupo, porque não há segurança quando
isolados. Durante o 2 milhões de anos de pré-história humana, os vários grupos de hominídeos
estavam em concorrência para o controle dos recursos, e a competição foi normalmente bastante
selvagem (HARTOG; JOOP, 2000). Essa condição favoreceu o surgimento de pessoas que se
destacavam do grupo assumindo o poder sobre as decisões principais do grupo, estabelecendo
normas de conduta. Foram os primeiros líderes. Estes líderes representavam uma segurança para
o grupo por demonstrarem que estavam mais preparados para enfrentar situações de perigo e
tinham mais condições de alcançar meios de sobrevivência para o grupo. Este exercício de poder
identificava quem era mais capacitado para liderar o grupo, isso pela combinação de dois fatores
principais, que eram, força e inteligência.
A atuação da liderança afeta a percepção dos empregados, bem como o seu compromisso,
motivação e confiança. Trabalhar em liderança significa estabelecer metas e promover motivação
(KEEGAN; HARTOG, 2004). A responsabilidade da liderança constitui a capacidade de
conduzir o grupo, para isso precisa ser capaz de criar objetivos e metas para si e para os membros
do grupo. Um bom líder direciona a equipe rumo ao objetivo, estabelecendo quais metas devem
ser cumpridas para alcançar o que foi estabelecido.
Trabalhar a liderança, apoio organizacional e processual e justiça interpessoal podem
ajudar a delinear a importância dos supervisores diretos e gerentes de linha de frente na
implementação de práticas de RH (por exemplo, COLQUITT; JASON, 2001, DE HAAS et al.,
2000, LOCKE et al., 2002, RHOADES et al., 2002).
Madlock; Paul, (2008) indica que o estilo de liderança e supervisão, sua competência e
formas de comunicação influenciam a satisfação dos funcionários. Barczak et al., (2001)
demonstram que funcionários satisfeitos são amistosos ao aprendizado e disciplina necessários à
melhoria contínua da norma. Barczak et al., (2001) e Lakshman, (2006), o Quadro 1, apresentam
fatores que influenciam a satisfação dos funcionários melhoria contínua do sistema de qualidade.
Funcionários satisfeitos estão mais propensos a buscar melhores resultados para a
organização, pois entendem que as condições favoráveis ao ambiente de trabalho estão
relacionadas aos resultados que apresentam no seu trabalho. O estilo de liderança deve favorecer
13
este pensamento proporcionando as condições de trabalho que levem à satisfação dos
funcionários.
O Quadro 2 apresenta fatores que podem influenciar a satisfação dos funcionários e suas
definições. Estes fatores são importantes para buscar resultados de qualidade nas organizações.
Quadro 2 fatores que influenciam a satisfação dos funcionários Barczak et al., (2001)
Fator Definição Autor
Características da equipe Enfoca equipes eficazes com consenso, coesão, compartilhamento e
integração.
Bar
czak
et
al., (
2001
)
Objetivos e Metas claras Importantes para que a organização os conheça e entenda
Recompensas Estabelecer um programa de avaliação de desempenho que tenha
credibilidade e um sistema de recompensas reconhecido pelos
funcionários da organização
Liderança Ser eficaz para obter resultados mensuráveis, em especial o indicador de
satisfação dos funcionários, que é estritamente relacionado à qualidade
de gestão estabelecida pela liderança.
Apoio à gestão Influencia na disponibilização de recursos para que a organização possa
executar as atividades previstas
Conflito e estresse A forma com que a organização administra as situações com diferentes
opiniões. Neste caso, busca-se que as diferenças sejam respeitadas e as
pessoas se sentem motivadas a expressar seus pontos de vista. Sobre este
aspecto
Comunicação
Relação entre a qualidade da comunicação dos líderes na organização e
sua influência sobre os resultados operacionais
Lak
shm
an, (2
006)
Percepção A importância das relações envolvendo clientes internos e externos e o
incentivo ao cooperativismo
Cultura de equipe Relativa ao trabalho em equipe e compartilhamento das informações
Resultados da
organização
Níveis mais elevados de eficácia e participação influenciam
positivamente os resultados da organização
Equipes A utilização de equipes autônomas, o comportamento de coaching, o
apoio e delegação de autoridade
Comportamento Importância do comportamento estruturante, uso da inteligência e
conhecimento para condução de experimentos
Controle de variáveis A capacidade de identificar as variáveis de ruídos e seus efeitos sobre os
resultados da organização
Fonte: Autor
14
Zaccaro et al., (2002) indicam proposições baseadas no modelo de liderança que são
importantes para o desenvolvimento das organizações, entre elas o estabelecimento de metas e
objetivos e a importante de que sejam claros e factíveis com ampla divulgação para que toda a
organização de forma que seja compreendida. Estes autores indicam a utilização de ferramentas
de gestão por contribuírem para definir os papéis individuais e coletivos, por meio de
metodologias eficazes para gerar resultados adequados, bem como possibilitam meios para
estabelecer estratégias e monitoramento de resultados. As suas proposições, baseadas no modelo
de liderança, são importantes para o desenvolvimento das organizações e contribuem como
fundamentação para alcançar uma liderança eficaz, pela capacitação dos liderados, condições
adequadas de trabalho, processamento das informações, resolução de problemas e uso de
metodologias adequadas.
Zeitz et al., (2009), demonstram que o estabelecimento de metas nas certificações,
contribuem para o desenvolvimento dos funcionários, pela sua mobilização e motivação, além
de estimular novas habilidades nas pessoas.
Fotis et al., (2006) indicam que o ciclo de vida da competência é composto de quatro macro
fases importantes, que visam a contínua promoção e desenvolvimento da competência individual
e organizacional. São elas:
O mapeamento de competências: Consiste em fornecer à organização uma visão
geral de todas as competências necessárias para cumprir as suas metas, que são
definidas segundo o plano de negócio da organização, os requisitos de projetos,
as necessidades do grupo de trabalho e requisitos de função. O nível de
proficiência necessário para cada perfil de trabalho deve ser bem definido nesta
fase.
O diagnóstico: Consiste em obter informações significativas que demonstrem a
situação do nível de competências e proficiência equivalente de cada funcionário.
Uma análise de lacuna de competências é também essencial nesta fase, a fim de
definir a diferença entre o número e o nível de competências que os funcionários
possuem, em comparação com o número e nível de competências exigido pela
organização, de acordo com a sua função de trabalho.
O desenvolvimento: lida com o agendamento de atividades, de modo a aumentar
o número e proficiência e o nível de competências que os funcionários devem ter,
de acordo com as duas fases anteriores.
15
O monitoramento: Consiste na monitorização das competências, ou seja, um
exame contínuo dos resultados alcançados pela fase de desenvolvimento de
competências.
Zeitz et al., (2009) indicam que a presença e aceitação de um sistema de certificação pode
aumentar o incentivo para investimentos em capital humano, porque a certificação dá a vantagem
competitiva ao trabalhador.
Patti; Fok; Hartman, (2004) indicam que existem comportamentos diferentes entre
gerentes e os funcionários operacionais que influenciam a concordância no cumprimento dos
requisitos exigidos pelas normas de qualidade. Algumas destas diferenças são:
Benevolência: Os gerentes são mais propensos a buscar resultados que estejam
dentro dos objetivos estabelecidos, demonstrando menos benevolência ao não
cumprimento das metas.
Força para realização: Os gerentes são mais propensos a dispender esforços
adicionais para alcançar os resultados que foram estabelecidos no planejamento.
Altruísmo: Os funcionários são mais propensos ao individualismo em assuntos
relacionados aos objetivos organizacionais.
Excelência no atendimento: Os gerentes são mais propensos a buscar padrões
excelentes de atendimento.
Estas diferenças de comportamento influenciam o processo para estabelecer qual
o perfil de liderança adequado à melhoria contínua do sistema de qualidade. O
líder deve considerar estas diferenças para obter os comportamentos esperado dos
funcionários.
Zaccaro et al., (2001) indicam a capacidade de criar conectividade que consiste em
estabelecer fluxo de informações por meio de aplicação de feedback e processos motivacionais.
Carlos et al., (2011), indicam que quando o sistema de qualidade é implementado pelo
gerente geral, a credibilidade por parte da organização é maior do que quando implementado pelo
gerente de qualidade. Ele também confirma o papel diferente de cada gestor na aprovação do
sistema de gestão e demonstra que quando o tema é abordado sob o aspecto financeiro, não
apresenta este mesmo comportamento. O artigo sugere que ao contrário dos gerentes de
qualidade, os gerentes gerais não percebem a relação entre a gestão de qualidade e o desempenho
financeiro.
Zeitz et al., (2009) demonstram que a certificação estabelece metas específicas, contribui
para o desenvolvimento dos funcionários, mobilizam e motivam as pessoas à adquirirem novas
16
habilidades. A presença e aceitação de um sistema de certificação pode aumentar o incentivo
para investimentos em capital humano, porque a certificação dá a vantagem competitiva ao
trabalhador pelo conhecimento adquirido sobre qualidade. O artigo também indica que a
conclusão, com sucesso, de um processo de certificação pode:
Mudar o comportamento profissional dos envolvidos: O estabelecimento de um
sistema de qualidade pressupõe procedimento, instruções e registros, isso
favorece a conduta dos profissionais a medida que torna o trabalho mais
organizado e com menor índice de retrabalho. O processo monitora as atividades
por meio de indicadores.
Mudar a auto- identidade: O processo de certificação e a melhoria contínua deste
processo permite às pessoas a realização das atividades com estabilidade e
menores índices de retrabalho, isso favorece às pessoas interessadas em seu
próprio desenvolvimento em equilíbrio com o desenvolvimento da organização.
É uma oportunidade de mostrar seu potencial.
O trabalhador pode sentir-se mais como um "profissional": Um sistema de
qualidade oferece processos robustos, com índices de acerto elevados e menor
investimento em retrabalho. Diante deste cenário o funcionário entende melhor
seu papel na organização favorecendo seu profissionalismo.
Abordar as tarefas por meio de ferramentas de resolução de problemas: Um
sistema de qualidade implementado estabelece a obrigatoriedade de utilizar
ferramentas de gestão, que tratam os problemas de forma sistematizada,
garantindo soluções definitivas.
Zaccaro et al., (2001) indicam o compartilhamento dos modelos mentais que consiste em
estabelecer mecanismos que possibilitem que as pessoas enxerguem os processos e modelos de
gestão de forma integrada permitindo o alinhamento das ideias.
A base de dados apresentada no apêndice 1 indica estudos sobre liderança em implantação
de sistemas de qualidade em vários setores:
Indústria em geral (ZACCARO et al., 2001, LAKSHMAN, 2006,
TORTORELLA et al., 2014, OPRIME; MENDES; PIMENTA, 2011, TARÍ;
SABATER, 2003. MADLOCK; PAUL 2008, WALDMAN, 1993, ZEITZ et al.,
2009, NICHOLLS, 1994, TURNER et al., 2009).
Automotivo (PATTI; FOK; HARTMAN, 2004, SILVA et al., 2011, DE
TOLEDO et al., 2008).
17
Telecomunicações (KUNDU; MAHONAR, 2012, FLEURY; FLEURY, 2001,
VIERA; LUZ, 2005, CONSTANTINE; NICHOLAS; LADANY, 2000)
o Educação (KRISKO; MARY ELLEN, 2001, PAULA JORDE; BLOOM,
1992, STEWART et al., 2000)
Eletrônica (STERMAN; REPENNING; KOFMAN, 1997)
Software (DRAGANIDIS; GREGORIS; MENTZAS, 2006)
Estes estudos são conduzidos em diversos países:
Brasil (TORTORELLA et al., 2014, OPRIME; MENDES; PIMENTA, 2010,
SILVA et al., 2008, TOLEDO et al., 2008).
Espanha (TARÍ; SABATER, 2003, CARLOS A; ALBACETE-SÁEZ; MARIA
MAR FUENTES-FUENTES; ANA MARÍA BOJICA, 2011).
EUA: (ANAND; CHHAJED; DELFIN, 2012, MAZUR; MCCREERY;
ROTHENBERG, 2012; SHARMA et al., 2010)
E outros, como: Suécia (RALF MULLER; RODNEY; TURNER, 2009), Romênia
(CRISTEA, 2009), Grécia (FOTIS; DRAGANIDIS; GREGORIS; MENTZAS,
2006), Austrália (KANDAMPULLY, 2002), França (RALF MULLER;
RODNEY TURNER, 2009).
A estrutura da norma ISO 9000:2015 estabelece em seus requisitos, maior
responsabilidade da liderança sobre a melhoria contínua da norma. A versão anterior colocava
na função do RD, a principal responsabilidade sobre o processo de certificação e a melhoria
contínua do sistema de qualidade, isso de certa forma afastava a liderança deste processo. A
versão de 2015 percebeu esta deficiência e destacou o papel da liderança, como responsáveis
pela implantação e melhoria contínua do sistema de qualidade. Este fato, além de contribuir com
os objetivos da qualidade, dá maior ênfase à própria liderança, mostrando sua importância como
fator determinante das ações da organização.
Na norma ISO 9001:2015 indica:
5. Liderança e comprometimento
Generalidades
A Alta Direção deve demonstrar liderança e comprometimento com relação ao sistema de
Gestão da qualidade:
a) responsabilizando-se por prestar contas pela eficácia do sistema de gestão da qualidade.
(Norma NBR ISO 9001: 2015).
O Quadro 3 apresenta os métodos de pesquisa usados e os autores
18
Quadro 3: Métodos de pesquisa.
Método Autor
Teórico ZACCARO; RITTMAN; MARKS, (2001), LAKSHMAN, (2006),
KUNDU; MAHONAR, (2012), STERMAN; REPENNING;
KOFMAN, (1997), FRYER; ANTONY; DOUGLAS, (2007),
FLEURY; FLEURY, (2001), VIERA; LUZ, (2005) BROTMAN
LIOY et al., 1998, ZEITZ et al., (2009), STEWART et al., (2000),
BERIO, (2005), JOHN NICHOLLS, 1994, DIONNE et al., (2004),
BURKE, (2007), SHARMA et al., (2010), FOTIS; DRAGANIDIS;
GREGORIS; MENTZAS, (2006), JAY KANDAMPULLY, (2002).
Estudo de Caso PATTI; FOK; HARTMAN, (2004), BARCZAK ; WILEMON,
(2001), BESSANT; CAFFYN; GALLAGHER, (2001),
TORTORELLA et al., (2014), YEN-TSANG; CSILLAG;SIEGLER,
(2012), ANAND; CHHAJED; DELFIN, (2012), MAZUR;
MCCREERY; ROTHENBERG, (2012), CRISTEA, (2009),
OPRIME; MENDES; PIMENTA, (2010), SILVA et al., (2008),
TARÍ; SABATER, (2003), FARRIS; VANAKEN; DOOLEN;
WORLEY, (2008), TANAKA, MUNIZ E FARIA (2012), TOLEDO
et al., (2008), WALDMAN et al., (1998), PAUL; MADLOCK,
(2008), PAULA LORDE; BLOOM, (1992), SHARMA et al., (2010),
PAPWORTH et al., (2009), RODNEY; TURNER, J.; MÜLLER;
DULEWICZ, (2009), ALBACETE et al., (2011).
Fonte: Autor
Mapeou-se como oportunidades de pesquisa os seguintes temas:
Análise da influência de variáveis subjetivas em atividade de melhoria contínua,
tais como liderança em empresas com outros sistemas de qualidade além da ISO
9000 (OPRIME; MENDES; PIMENTA, 2010, TANAKA; MUNIZ JR.; FARIA
NETO, 2012)
Investigação de motivações para a certificação (FERTIG; ZEITZ; BLAU, 2009)
Analise da influência da liderança em diferentes estruturas de equipe
(ZACCARO; RITTMAN; MARKS, 2001).
Pesquisa da influência das variáveis de contingência, como a definição da
estratégia, situação da indústria, do país e o crescimento da empresa (SOUSA;
VOSS, 2008)
Exploração da capacidade de inovação com base neste modelo (porque ele deveria
ser menos normativo) e em seguida, comparando-a com os resultados do presente
estudo. (YEN-TSANG; CSILLAG; SIEGLER, 2012).
19
Avaliação o papel da cultura organizacional nos diferentes perfis de liderança,
bem como a interação dos gestores com diferentes perfis, com suas equipes e as
partes interessadas no projeto (RALF MULLER; RODNEY TURNER, 2009)
2.2 Qualidade
Os conceitos de qualidade foram se aperfeiçoando, conforme as organizações também
evoluíam. Buscava-se reduzir a complexidade para facilitar o entendimento e tornar a qualidade
uma rotina nas organizações. O Quadro 4 apresenta a evolução dos conceitos de qualidade no
decorrer do tempo.
Quadro 4 - Conceitos de qualidade Título Conceito Autor Ano
Qualidade baseada no
cliente
É a conformidade às necessidades do cliente CROSBY 1984
É a adequação ao uso JURAN 1995
Qualidade baseada no
valor
O produto possui a melhor relação custo benefício, ou
seja, qualidade consiste em desenvolver, criar e fabricar
mercadorias mais econômicas, úteis e satisfatórias para
o consumidor
ISHIKAWA 1986
Qualidade baseada na
manufatura
É a conformidade às especificações e aos requisitos,
além de não haver defeito, em suma, é a busca do zero
defeito
GOLDRATT;
FOX
1992
Qualidade na visão
gerencial
É a composição total das características de marketing,
engenharia, fabricação e manutenção de um produto ou
serviço pelo qual o mesmo, em uso, atenderá às
expectativas do cliente
FEIGENBAUM, 1994
Qualidade baseada no
produto
O produto possui algo, que lhe acrescenta valor, que os
produtos similares não possuem
JURAM 1995
Qualidade subjetiva Não sei ao certo o que é qualidade, mas eu a reconheço
quando a vejo
ROPKE et al. 1996
A qualidade só pode ser definida em termos de quem
avalia
DEMING 1990
Qualidade baseada na
perfeição
É fazer a coisa certa na primeira vez RÖPKE et al. 1996
Fonte: (HARO, 2001)
O conceito TQM (Total Quality Management) norteia esta análise. A Gestão da Qualidade
Total (TQM) tem desempenhado um papel importante no desenvolvimento de práticas de gestão
contemporânea. Qualidade é considerado um fator estratégico fundamental para alcançar o
20
sucesso do negócio (THAI et al., 2006). No princípio, a metodologia de aplicação da garantia da
qualidade tinha como característica um alto custo, baixa produtividade, alto índice de falha,
atuação somente após a falha concretizada e análise meramente pontual. As responsabilidades
estavam sobre a operação, sem que a mesma se sentisse de fato comprometida com os resultados.
A operação tinha visão de execução e a gestão da qualidade era basicamente informal, embora
estruturas formais pudessem ser encontradas nas grandes fábricas.
Artesãos habilidosos controlavam seu próprio serviço e garantiam a qualidade do que
produziam. Supervisores e artesãos eram utilizados para treinar operários não-capacitados e
verificar o resultado de seu trabalho. Mais tarde, a atividade de verificação passou a ser
desempenhada por inspetores em tempo integral (JURAN, 1997). Mesmo com essa evolução o
sistema ainda era falho, pois as ações eram realizadas nas consequências e não tratavam as causas,
favorecendo um alto índice de repetitividade de falhas no processo.
Com o aparecimento de conceitos estatísticos, possibilitou-se utilizar processos de
inspeção por amostragem, reduzindo os custos operacionais e aumentando a credibilidade do
processo. Contudo ainda se mantinha a responsabilidade sobre a operação e as ações, apesar de
aplicadas sobre a causa, ainda tinham aplicações pontuais. Com a introdução do conceito de
Requisitos de garantia da qualidade a responsabilidade passou a ser no campo tático da
organização, de forma preventiva e sobre as causas potenciais.
Apesar da evolução para uma visão sistêmica, essa visão era fechada sobre o fato ocorrido.
O conceito mais atual que predomina atualmente está fundamentado na gestão estratégica da
organização, atua de forma preditiva, as ações impactam o negócio e a visão é sistêmica
contingencial. Dessa forma obtém-se grande confiabilidade, sustentabilidade, custos adequados,
produtividade e impacto positivo no negócio.
Segundo Ezequiel, (1996), é possível apresentar um resumo da evolução da qualidade, que
mostra a época aproximada relacionando com a forma com que o sistema de qualidade era
garantido. Conforme é apresentado no Quadro 5, se observa variações que ocorreram no passar
do tempo entre a responsabilidade, atitude da gerência, onde a ação deveria ser tomada e como
era a visão sobre o aspecto da qualidade.
21
Quadro 5 - Evolução da Garantia da Qualidade Época
aproximada
Garantia da
Qualidade por:
Responsabilidade
do nível
Atitude da
Gerência
Ação Visão
1900 até
1930
Inspeção 100% Operacional Reativa Sobre o produto
atuando no efeito
Pontual
1925/30 até
1945/50
Controle estatístico
de processo inspeção
por amostragem
Operacional Corretiva
Sobre os processos
nas causas reais Pontual
1945/50 até
1980/85
Requisitos de Garantia
da Qualidade Tático Preventiva Sobre sistema nas
causas potenciais
Sistêmica
fechada
A partir de
1980/85
Gestão Estratégica
(TQM)
Estratégico Preditiva Sobre o negócio Sistêmica
contingencial
Fonte: (EZEQUIEL, 1996)
As normas de sistemas de qualidade indicam a necessidade de padronização de conceitos
de qualidade e a aplicação ordenada desses conceitos dentro da organização. Com o crescimento
da importância da aplicação das normas e certificação por organismos credenciados, percebeu-
se uma nova demanda por normas mais específicas em relação ao ramo de atividade.
Considerando a área industrial encontramos diversas normas que atendem ambientes
específicos com significados pertinentes as suas aplicações. O Quadro 6 indica algumas normas
de sistemas de qualidade, aplicadas em diversas áreas industriais.
Quadro 6: Normas de sistemas de qualidade. ÁREA NORMA SIGNIFICADO DA NORMA
Qualidade Série ISO 9000 (ISO 9001, ISO 9004
e ISO 19011)
Conjunto de normas publicadas que especificam os itens para
implementação do sistema de gestão da qualidade.
Tecnologia
informação
CMM(US,2000)/BS7799(UK.1998/99
)/ISO177991 CMMI(US.2002)
Sistema utilizado para gerenciar a informação de acordo com as
políticas baseadas na análise do risco do negócio.
Automotiva QS9000ISO/TS16949/ISO/IAOB
1999/CMMI(US.2002)VDA6.3/
AVQ EAQF
Normas relacionadas a montadoras de automóveis.
Ambiente ISO14000.1999ISO14001.2004 Normas com princípios básicos para desenvolver um sistema de
gestão ambiental dentro da empresa.
Segurança saúde OHSAS18001:1999(UK) / SMS2002)
COOL PROGRAM
(SINGAPURA:2003
Normas direcionadas à saúde e segurança do trabalhador.
Segurança
alimentar
HACCP (DINAMARCA 1994) / BRC
(UK,1998) / SQF20000 (SUIÇA) /
ISO22000:2005
Sistema de higiene e segurança alimentar de acordo com métodos
e regulamentos específicos.
Fonte: Internet, adaptado de http://gestao-de-qualidade.info/normas-iso.html.
22
Normas de qualidade relevantes evidenciam a importância do envolvimento da alta direção
no processo de certificação. As normas QS 9000, AVSQ, EAQF, VDA e a ISO TS 16949 são
específicas para o setor automotivo, porém a série ISO é empregada em outros setores (químico,
eletrônico, etc.). Todas elas dão importância a atuação da alta administração, colocando a
responsabilidade da mesma como requisito de certificação. O Quadro 7 mostra a relação entre
normas nos requisitos e as descrições que envolvem a alta administração nas normas ISO
9001:2015, ISO TS 16949 e VDA 6.3.
Quadro 7 - Relação dos requisitos que envolvem a alta administração e as normas ISO e VDA Norma Setor Requisito Descrição
ISO
90
01
/201
5
To
do
s
5.-Liderança.5.1.-Comprometimento da
direção. 5.2-Liderança e
comprometimento. 5.3-Política da
qualidade. 5.4-Funções,
responsabilidades E autoridades
organizacionais.
A Alta Direção deve fornecer evidência do seu
comprometimento com o desenvolvimento, com a
implementação do sistema de gestão da qualidade e com a
melhoria contínua de sua eficácia.
VD
A
6.3
/201
0
Au
tom
oti
vo 6.1.1.-foram atribuídas ao pessoal
responsabilidades e competências
quanto à supervisão da qualidade do
produto e do processo?
A cooperação em programas de aprimoramento. A auto
inspeção por parte do funcionário. A liberação do processo
(liberação/controle da primeira unidade/controle da última
unidade). O controle do processo (interpretação de cartas de
controle). A competência para determinar uma interdição
ISO
/TS
16
94
9/2
009
Au
tom
oti
vo 5. Responsabilidade da direção
5.1 Comprometimento da direção
Consolidação do sistema de qualidade por meio do
comprometimento. Administração X Direção. Comunicação
para conscientização. Estabelecimento da política de
qualidade, de objetivos e de condução da análise crítica pela
direção.
Fonte: Autor
O termo qualidade possui uma definição intuitiva, gerada pela utilização da palavra no
cotidiano das pessoas. Desta forma, sintetizar uma definição técnica única para a palavra
qualidade torna-se uma tarefa crítica, visto que é um termo abrangente; dinâmico e de domínio
público (PALADINI, 2004).
Durante alguns anos a certificação de uma empresa pela norma ISO série 9000 foi
considerada a panaceia para todos os males relacionados à qualidade dos produtos
comercializados. Todavia, algumas montadoras não viam as coisas dessa maneira, a alemã
Mercedes-Benz, por exemplo, não se sentia confortável com o certificado ISO 9000 como
garantia de que os produtos adquiridos de seus fornecedores estivessem isentos de problemas.
A Verband der Automobilindustrie e.V. (VDA) – ou Associação da Indústria
Automobilística Alemã – foi criada em 1901, na cidade de Eisenach, Alemanha. A mesma tem
como filosofia que “Os problemas de qualidade e da gestão de qualidade não são, em primeira
23
análise, de natureza técnica, mas em muitos casos, condicionados pela administração,
organização e estruturas” (DAIMLER, 2008).
A normatização promove os interesses da indústria montadora e obriga esses a possuírem
uma certificação com base no sistema da qualidade automotivo alemão, denominada VDA 6, a
qual deveria ser obtida a partir de uma auditoria de segunda parte, ou seja, conduzida pela própria
montadora
A visão que as montadoras tinham era de que o sistema da qualidade com base na ISO
9000 apenas padronizava conceitos e documentação, contudo os requisitos relacionados ao
produto e ao processo não eram do todo garantidos. Na realidade o que as montadoras buscavam
era a adequação ao uso, conforme pregava (JURAN, 1995), e a melhoria contínua, com ênfase
na prevenção do defeito e na redução de variações e desperdícios em toda a cadeia de
fornecimento.
Todas as grandes montadoras da área automobilística possuem, ou tomam como base
normas específicas para o sistema da garantia da qualidade que não a norma ISO 9000. O que se
observa é que as normas de qualidade específicas para a indústria automotiva surgiram dentro de
polos produtivos ou regiões, para tanto temos nas montadoras de origem norte americanas a
aplicação da QS 9000, já montadoras originárias da França aplicam a EAQF, as montadoras
italianas aplicam a AVQS e as alemãs a VDA 6.3.
O Quadro 8 a seguir exemplifica algumas montadoras e as normas que aplicam para
certificação da qualidade exigida aos seus fornecedores.
Quadro 8 - Normas de Sistema da Qualidade exigidas pelas diferentes montadoras MONTADORA NORMA DE SISTEMA DA
QUALIDADE EXIGIDO
Chrysler - Ford - General Motors (Estados Unidos) QS-9000
Fiat (Itália) AVSQ
Citroen - Peugeot - Renault (França) EAQF
Audi - Mercedes-Benz - Volkswagen (Alemanha) VDA.
Fonte: (BQI 1998)
É objeto do estudo, está na análise dos requisitos da norma VDA, que apresentam
direcionamentos para a alta direção e aplicações do conceito de liderança.
A VDA é exigida aos fornecedores da indústria automobilística cujos clientes fazem parte
da Associação de Fabricantes para a Indústria Automobilística alemã. Publicada pela 1ª vez em
1991 em forma de um questionário de avaliação dos sistemas da qualidade, com base na norma
24
ISO 9004. A forma como foi idealizada, trouxe uma excelente repercussão, até mesmo fora do
setor automobilístico, em âmbito internacional.
Os fornecedores são geralmente avaliados com base em critérios predeterminados. De
acordo com Nenadál, (2006) esses critérios podem incluir a eficácia do sistema de gestão da
qualidade, tempo de entrega, condições de pagamento, o índice do custo total, e muitos outros.
Não há dúvida de que os bons resultados corporativos são em grande parte condicionados pela
adequada escolha de fornecedores e relações mutuamente benéficas.
A prática demonstrou que a VDA não só serve ao propósito de preparação e execução de
auditorias internas, mas também como melhor instrumento auxiliar na preparação para uma
certificação, já que expõe os requisitos exigidos na forma de perguntas de fácil interpretação.
Na 3ª edição (1996), a VDA adequou-se a revisão da norma ISO 9000 e incorporou
exigências impostas por outras montadoras em matéria de regulamento, ou seja, buscou um
realinhamento com alguns conceitos da EAQF (França) e QS-9000 (EUA). Isso foi feito para
que os resultados das auditorias por esses três requisitos pudessem ser comparáveis
(MENDONÇA, 1998).
Foram implementadas correções e atualizações por meio de sugestões de usuários e de
seminários de auditores, como a divisão do questionário em duas partes: uma enfocando à
Direção da empresa e outra dando ênfase aos Produtos e Processos.
Por ser uma norma que mantém critérios rígidos de padronização, sua aplicação permite
alcançar altos níveis de qualidade e excelência operacional, fatores exigidos na certificação
(VERBAND DER AUTOMOBILINDUSTRIE e QMC - Quality Management Center, 1998).
A norma estabelece condutas de qualidade em toda a organização, gera comportamentos
padronizados, cultura de qualidade e contribui diretamente para estabelecer produtos e serviços
de qualidade.
A cultura de qualidade favorece a gestão dos processos e garante níveis de qualidade
percebidos pelo cliente. Existe uma relação entre a qualidade do serviço, a lealdade e a
preferência do cliente (BOULDING et al., 1993).
Com processos bem definidos e padrões estabelecidos, os resultados de qualidade passam
a ser rotina na organização. Os gestores agregam valor a seu cargo e aos processos da empresa.
Os processos segundo os padrões da norma VDA permitem às pessoas maior garantia de
sucesso em seu trabalho. Com isso, o gestor, que antes precisava “tomar conta” do processo,
passa a interagir com a equipe para a garantia da qualidade dos produtos e serviços oferecidos.
A norma VDA é formada por 9 volumes, no caso do estudo, o foco está no volume 6, parte
3, onde são apresentados os requisitos que devem ser atendidos pela organização auditada. Estes
25
requisitos estão descritos em forma de questionamentos feitos à organização que está sob
processo de auditoria. As respostas devem ser avaliadas por meio das evidencias que comprovam
a robustez do sistema de qualidade que passa pelo processo de avaliação (VERBAND DER
AUTOMOBILINDUSTRIE e QMC - Quality Management Center, 1998).
O Quadro 9 apresenta os requisitos referentes à norma VDA que estão relacionados no
Quadro 7, que tem interface com o tema liderança e responsabilidade da alta direção.
Quadro 9 - Requisitos relevantes para a liderança na norma VDA 6.3
Requisito Descrição
PARTE 2 GERENCIAMENTO DE PROJETO
P2.1 A organização do projeto (gerenciamento do projeto) foi estabelecida e as tarefas e competências do gerente
de projeto e dos membros da equipe foram definidas?
P2.4 A organização do projeto assegura no projeto o gerenciamento de alterações?
P2.5 As pessoas responsáveis na organização e junto aos clientes estão integradas no serviço de processamento
das alterações?
PARTE 4 REALIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO E DO PROCESSO
P4.3 Os recursos humanos existem e foram qualificados?
PARTE 5 GERENCIAMENTO DOS FORNECEDORES
P5.7 Os funcionários estão preparados para as respectivas tarefas e as responsabilidades estão definidas?
PARTE 6 ANÁLISE DE PROCESSO / PRODUÇÃO
P6.3.1 Responsabilidades e competências para supervisão da qualidade do produto/processo foram delegados aos
colaboradores?
P6.3.2 Os colaboradores estão qualificados para cumprir as tarefas exigidas e suas qualificações estão sendo
mantidas?
P6.3.3 Existe um plano de utilização dos recursos humanos?
P6.4.3 Os postos de trabalho e de teste estão adequados para as exigências?
PARTE 7 ATENDIMENTO AO CLIENTE / SATISFAÇÃO DO CLIENTE / SERVIÇOS
P7.2 O atendimento ao cliente está sendo garantido?
P7.6 Os funcionários estão qualificados para as respectivas tarefas e as responsabilidades estão definidas?
Fonte: (VDA 6.3/2010).
Na visão moderna de gestão, a norma contribui para agregar valor ao produto ou serviço.
Segundo Dick, (2000) uma melhor qualidade tem uma relação positiva e consistente em um
26
melhor desempenho da empresa. Os fatores essenciais para o sistema da garantia da qualidade
são, controle de processos eficazes, controle de qualidade e melhor qualidade de conformidade.
Cultura organizacional engloba padrões de comportamento que compreendem as
manifestações físicas observáveis e padrões de atividade. Uma norma que é aplicada gera
padronização, melhoria constante, inovação e qualidade, fatores que influenciam na cultura da
organização.
2.3. Competências Gerenciais
2.3.1 Conhecimentos, Habilidades e Atitudes
A primeira e mais influente tipologia genérica de Conhecimentos, Habilidades e Atitudes
foi desenvolvida por Bloom e colegas dos anos 1960 (BLOOM, 1976; BLOOM; HASTINGS;
MADAUS, 1971, BLOOM; MESIA; KRATHWOHL, 1964) para utilização em
estabelecimentos de ensino. Geralmente conhecida como Bloomís taxonomia, que se baseia em
três domínios de atividades educacionais: cognitiva, afetivo e psicomotor (que foi adicionado
mais tarde). O domínio cognitivo refere-se à capacidade intelectual (conhecimento), o domínio
afetivo refere-se a área emocional (atitudes), enquanto o domínio psicomotor está relacionado a
forma de realização (habilidades). Essa taxonomia é muito influente no mundo dos formadores
que frequentemente referem-se a estes como CHA (conhecimentos, habilidades e atitudes). Esse
conceito relaciona-se com os resultados da aprendizagem, uma vez que define o que os
indivíduos devem ter adquirido, em termos de conhecimentos, habilidades e atitudes, após o
processo de formação (WINTERTON et al., 2006).
A Figura 1 ilustra a dinâmica deste processo agregando valor econômico e social a
organização segundo interpretação de Fleury; Fleury (2001).
Figura 1 - Ações derivadas das competências para agregar valor para a organização
Fonte: (FLEURY; FLEURY, 2001).
27
Considerando este conceito, a competência é definida como um saber agir de forma
responsável, segundo uma autoridade estabelecida e reconhecida pelas pessoas, implicando em
ter a capacidade de comprometer e mobilizar pessoas para o objetivo proposto. É a capacidade
de dar direcionamento às pessoas para garantir o alinhamento das ações relacionadas aos
objetivos propostos. Consiste em ser capaz de integrar, transferir conhecimentos, obter recursos
e demonstrar habilidades, que agreguem valor econômico à organização e valor social ao
indivíduo (FLEURY; FLEURY, 2001).
Para melhor entendimento desse conceito de competência apresentado por (FLEURY;
FLEURY, 2001). É preciso analisar com mais detalhe as definições por meio dos verbos de ação
que foram citados. São eles: saber agir, saber mobilizar, saber transferir, saber aprender, saber se
engajar, ter visão estratégica e assumir responsabilidades. O Quadro 10 ilustra a definição de
cada uma destas competências considerando os conhecimentos, habilidades e atitudes, conforme
estabelecido por (BLOOM, 1976; BLOOM; HASTINGS; MADAUS, 1971; BLOOM; MESIA;
KRATHWOHL, 1964).
Quadro 10 - Definições das competências identificadas. COMPETÊNCIA DEFINIÇÃO
Saber agir: Saber o que e o por que faz, saber julgar, escolher e decidir
Saber mobilizar recursos Criar sinergia, mobilizar recursos e competências
Saber comunicar Compreender, trabalhar, transmitir informações, conhecimentos
Saber aprender Trabalhar o conhecimento e a experiência, rever modelos mentais, saber
desenvolver-se
Saber engajar-se e
comprometer-se
Saber empreender, assumir riscos, comprometer-se
Saber assumir
responsabilidades
Ser responsável assumindo os riscos e consequências de suas ações e sendo por
isso reconhecido
Ter visão estratégica Conhecer, entender o negócio da organização, o seu ambiente identificando
oportunidades e alternativas
Fonte: (LE BOTERF, 2000).
Para embasamento sobre competências, outro conceito considerado no presente trabalho é
o de Dimensões (DULEWICZ; HIGGS, 2006), apresentados a seguir.
Os conceitos de competência baseados em dimensões complementam os conceitos
baseados em conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA), pois além de exemplificar
conceituam em um nível mais detalhado o significado de cada dimensão.
28
2.3.2 Dimensões da Competência
O estudo realizado por (DULEWICZ; HIGGS, 2006) com uma extensa revisão das teorias
existentes e suas ferramentas de avaliação possibilitou criar o conceito das dimensões de
competências.
Dimensão 1: Competência Intelectual
1. Análise crítica e julgamento:
O líder reúne informações a partir de uma vasta gama de fontes, sondando os fatos,
identificando vantagens e desvantagens. Juízos de consciência e tomadas de decisões, bem como
o impacto de quaisquer suposições feitas.
2. Visão e imaginação:
O líder é imaginativo e inovador. Ele tem uma visão clara do futuro e é capaz de prever o
impacto das mudanças sobre a implementação, potenciais problemas e as realidades comerciais.
3. Perspectiva estratégica:
O líder está ciente das questões e implicações mais importantes. Ele equilibra
considerações de curto e longo prazo e identifica oportunidades e ameaças.
Dimensão 2: Competências gerenciais
4. Gestão de recursos:
O líder organiza recursos e coordena-os de forma eficiente e eficaz. Ele estabelece
objetivos claros e converte metas em planos de ação a longo prazo.
5. Comunicação envolvente:
O líder envolve-se com o outro e ganha o seu apoio por meio de uma comunicação sob
medida para cada público. Ele é acessível e disponível.
6. Empowering:
O líder dá aos subordinados autonomia e encoraja-os a assumir desafios, para resolver
problemas e desenvolver sua própria responsabilidade.
7. Desenvolver:
29
O líder incentiva os outros a assumir cada vez mais tarefas exigentes, funções e
responsabilidades. Ele desenvolve competências nos outros e investe tempo e esforço em treiná-
los.
8. Realização:
O líder mostra uma determinação inabalável para alcançar os objetivos e implementar
decisões.
Dimensão 3: Competências emocionais
9. Autoconhecimento:
O líder está ciente dos seus próprios sentimentos, e é capaz de reconhece-los e controlá-
los.
10. Resiliência emocional:
O líder é capaz de manter o desempenho consistente em uma gama de situações. Ele
mantém o foco no curso das ações e na necessidade de obter resultados, mesmo em fase crítica
dos seus desafios pessoais.
11. Intuição:
O líder chega a decisões claras e é capaz de dirigir a sua execução em face de informações
incompletas ou ambíguas usando tanto o racional como percepções "emocionais".
12. Sensibilidade interpessoal:
O líder está ciente, e tem em conta as necessidades e percepções dos outros na tomada de
decisões, a fim de propor soluções para problemas e desafios.
13. Influência:
O líder pode persuadir os outros a mudar o ponto de vista, com base na compreensão da
sua posição e o reconhecimento da necessidade de ouvir esta perspectiva. É capaz de
proporcionar uma base racional para a mudança.
14. Motivação:
O líder tem unidade e energia para alcançar resultados claros e causar um impacto.
15. Engajamento:
O líder mostra compromisso claro para um curso de ações em face dos desafios e palavras
para incentivar os outros e apoiar a orientação escolhida.
Usando essas dimensões foram identificados por (DULEWICZ; HIGGS, 2006) três perfis
de liderança para projetos de mudanças organizacionais, por eles classificados como:
30
1. Objetivo orientado: um estilo focado na entrega de resultados claramente entendidos num
contexto relativamente estável.
2. Envolvimento: ser um estilo para as organizações de transição que enfrentam significativa,
mas não necessariamente radical, mudança de seu modelo de negócio ou modo de trabalho.
3. Engajamento: um estilo baseado na capacitação e envolvimento no contexto altamente
transformacional. Esse estilo de liderança é focado na produção de mudança radical pelo
envolvimento e compromisso.
O Quadro 11 identifica quais os níveis (baixo, médio e alto), que as competências exigem
para que possam ser incrementadas de forma eficaz.
Quadro 11 - Relação das dimensões de competências Grupo Competência Objetivo orientado Envolvimento Engajamento
Intelectual
1. Análise crítica e julgamento Alto Médio Médio
2. Visão e imaginação Alto Alto Médio
3. Perspectiva estratégica Alto Médio Médio
Gerencial
4. Gestão de recursos Alto Médio Baixo
5. Comunicação envolvente Médio Médio Alto
6. Empowering Baixo Médio Alto
7. Desenvolvimento Médio Médio Alto
8. Realização Alto Médio Médio
Emocional
9. Autoconhecimento Médio Alto Alto
10. Resiliência emocional Alto Alto Alto
11. Intuição Médio Médio Alto
12. Sensibilidade interpessoal Médio Médio Alto
13. Influência Médio Alto Alto
14. Motivação Alto Alto Alto
15. Engajamento Alto Alto Alto
Fonte: (DULEWICZ; HIGGS, 2006)
A análise das competências e do perfil de liderança é importante para traçar um paralelo
com as atitudes necessárias para melhoria contínua da norma e os princípios estabelecidos por
ela.
O estudo de trabalhos sobre normas de qualidade e a relação destas com os conceitos de
liderança, modelos de gestão e competências gerenciais permitem entender o contexto e as
particularidades dos comportamentos gerenciais, na implantação do sistema de qualidade. Essa
31
relação deu subsídios para o questionário. Os argumentos demonstram a importância, do perfil
de liderança adequado da alta administração da empresa, durante o processo de certificação e
principalmente na melhoria contínua do sistema de qualidade. O Quadro 12 demonstra isso e
apresenta outros autores cujos trabalhos tratam destes temas.
Quadro 12 - Adaptação dos conceitos DULEWICZ; HIGGS, (2005) e LE BOTERF, (2000)
Gru
po
Competência Gestão Conhecimentos
Habilidades Atitudes
Inte
lect
ual
Análise crítica e
julgamento A liderança e o Sistema de Qualidade no Planejamento Estratégico
O Planejamento Estratégico é o processo de elaboração da estratégia, no qual se defini a relação entre a organização e o ambiente interno e
externo, bem como os objetivos organizacionais, com a definição de
estratégias alternativas (MAXIMIANO, 2006).
Saber agir
Visão e imaginação Ter visão estratégica
Perspectiva estratégica Ter visão estratégica
Ger
enci
al
Comunicação envolvente Saber comunicar
Gestão de recursos A liderança diante da Gestão de Recursos para o Sistema de Qualidade Um aspecto importante em relação aos recursos é a utilização destes com
base na experiência e conhecimento (aplicável a descoberta e exploração
de oportunidades) que estão relacionados ao desempenho e melhoria dos resultados da empresa (WIKLUND; SHEPHERD, 2003).
Saber mobilizar recursos
Empowering A Liderança e Gestão de Pessoas para o Sistema de qualidade
É fundamental que haja um plano de treinamento de funcionários com atualizações periódicas para definir objetivos do SGA, responsabilidades
e riscos (CHRISTINI et al 2004).
Saber mobilizar recursos
Desenvolvimento Saber aprender
Realização A Liderança e a Gestão da Qualidade
Gestão da qualidade é uma filosofia de gestão holística que busca a melhoria contínua em todas as funções de uma organização, e isso só
pode ser alcançado se o conceito de qualidade total é utilizado na
aquisição de recursos para o atendimento ao cliente após a venda (KAYNAK, 2003).
Saber engajar-se e
comprometer-se
Em
oci
onal
Autoconhecimento
A Liderança e a Gestão do Processo de Produção
Criar valor para os seus stakeholders é um dos traços mais característicos
do conceito de gestão da qualidade. Esta focalização no campo da qualidade competitiva encoraja uma abordagem de processo de produção
para gestão da qualidade (BIAZZO; BERNARDI, 2003).
Saber agir
Resiliência emocional Saber assumir
responsabilidades
Intuição Saber comunicar
Sensibilidade
interpessoal Saber aprender
Influência Saber mobilizar recursos
Motivação Saber mobilizar recursos
Engajamento Saber assumir
responsabilidades
Fonte: Autor
O Quadro 12 apresenta a relação estabelecida entre conceitos de DULEWICZ; HIGGS,
(2005) e LE BOTERF, (2000).
Após a análise sobre os conceitos de qualidade, liderança e competências, é possível fazer
uma relação entre esta análise e os quesitos da norma VDA 6.3 que foram destacados por terem
relação direta com a questão de competências e perfis de liderança. Com isso é possível
identificar quais as ações identificadas por (FLEURY; FLEURY, 2001) se relacionam com os
itens da norma.
32
Quadro 13 - Adaptado das competências por Le Boterf, (2000) e requisitos da norma VDA.
Competência gerenciais identificada nos requisitos da norma VDA 6.3, que se relacionam com os verbos
de ação descritos por Le Boterf, (2000). Os pontos centrais das questões, estão sublinhados.
Sab
er a
gir
Sab
er m
ob
iliz
ar r
ecu
rso
s
Sab
er c
om
unic
ar
Sab
er a
pre
nder
Sab
er e
ngaj
ar-s
e e
com
pro
met
er-s
e S
aber
ass
um
ir
resp
on
sabil
idad
e
Ter
vis
ão e
stra
tégic
a
Gerenciamento de Projetos, questão 1 (P2.1) A organização do projeto (gerenciamento do projeto) foi
estabelecida e as tarefas e competências do gerente de projeto e dos membros da equipe foram definidas?
X
Gerenciamento de Projetos, questão 4 (P2.4) A organização do projeto assegura no projeto o
gerenciamento de alterações?
X
Gerenciamento de projetos, questão 5 (P2.5). As pessoas responsáveis na organização e junto aos
clientes estão integradas no serviço de processamento das alterações?
X
Execução do Desenvolvimento de Produto e de Processo, questão 3 (P4.3). Os postos de trabalho e de
teste estão adequados para as exigências?
X
Gerenciamento de Fornecedores, questão 7 (P5.7). Os funcionários estão preparados para as respectivas
tarefas e as responsabilidades estão definidas?
X
Análise de Processo e Produção, questão 3.1 (P6.3.1). Responsabilidades e competências para
supervisão da qualidade do produto/processo foram delegados aos colaboradores?
X
Análise de Processo e Produção, questão 3.2 (P6.3.2). Os colaboradores estão qualificados para cumprir
as tarefas exigidas e suas qualificações estão sendo mantidas?
X
Análise de Processo e Produção, questão 3.3 (P6.3.3). Existe um plano de utilização dos recursos
humanos?
X
Atendimento ao Cliente, Satisfação do Cliente, Serviço, questão 2 (P7.2). O atendimento ao cliente está
sendo garantido?
X
Fonte: Autor
O Quadro 13 demonstra que os requisitos da norma quando confrontados com os verbos
de ação descritos por Le Boterf, apresentam um ou mais relacionamentos. A comunicação eficaz
contribui para o entendimento de que determinados requisitos da norma devem estabelecer as
tarefas e competências do gerente de projeto e dos membros da equipe. Em situações em que os
projetos devem passar por alterações o gerenciamento destas alterações deve ser assumido para
garantir que sejam acompanhadas corretamente. O engajamento é um fator que garante a
integração dos clientes nas necessidades de alterações no projeto. Os recursos de produção devem
ser adequados para que as pessoas possam se preparar para assumir suas responsabilidades sobre
a supervisão da qualidade e capacitação para aprender sobre suas tarefas. Os recursos humanos
devem ser aprimorados e aproveitados na sua capacidade de realização sabendo agir para
garantindo o atendimento pleno ao cliente.
33
2.4 O planejamento estratégico, a gestão e a melhoria contínua da certificação.
O Planejamento Estratégico é o processo de elaboração da estratégia, no qual se define a
situação da organização no ambiente interno e externo, bem como os objetivos organizacionais,
com a definição de estratégias alternativas (MAXIMIANO, 2006).
Segundo Carvalho; et. al., (2008), o planejamento estratégico consiste em consolidar os
Valores da organização, entender a Missão, definir a Visão, identificar os Objetivos e estabelecer
as Metas, gerando as ações que devem ser executadas e a maneira como devem ser monitoradas
(indicadores). O Planejamento Estratégico é crucial para o sucesso da organização, e a
responsabilidade deste planejamento assenta sobretudo nos gestores de topo, dado o nível de
decisões que é necessário tomar.
Na generalidade o planejamento pode ser dividido em três níveis:
Planejamento estratégico.
Planejamento táctico.
Planejamento operacional.
A visão, missão, objetivos e valores permitem conhecer o "para onde se quer ir" enquanto
a restante estratégia permite resposta ao "por onde se pretende ir". A relação da alta direção com
o processo de certificação deve começar na elaboração do planejamento estratégico. É nele que
são definidas todas as ações que a organização deve tomar, no sentido de alcançar seus objetivos
como instituição. Mullane, (2002) argumentou que missão e visão são úteis para operações
práticas do dia-a-dia. Isso demonstra que deve fazer parte da cultura das organizações, da mesma
forma, a cultura de qualidade, em função da amplitude de sua preparação e dos investimentos
demandados.
Normalmente, a certificação é uma exigência dos clientes, que esperam receber produtos
com garantia de qualidade, preços atrativos em prazos adequados, fatores que acreditam serem
garantidos por uma certificação de qualidade. Ao identificar a necessidade de uma certificação
de qualidade, a alta direção precisa se comprometer com a implantação e melhoria contínua desta.
A importância da alta administração atuar como uma alavanca de mudanças para melhorar
a qualidade, reside na sua capacidade de direcionar a organização para estabelecer uma cultura
voltada para a mudança, por meio de seus vários sistemas de tomada de decisão. Isso se torna
possível quando as competências de gestão da alta administração e as iniciativas pessoais
utilizadas para combinar recursos de forma produtiva na busca de melhores resultados
(MOHAMMAD, 2006).
34
Mais especificamente na área automotiva, a certificação é considerada uma obrigação dos
fornecedores, a não adequação significa a perda da qualidade de fornecedor, ficando este
impedido de ofertar produtos para as montadoras. Diante deste cenário, o profissional que
responde como representante da direção da organização, e do sistema de qualidade, deve dar
importância à certificação, sendo necessário o engajamento com a mudança. Todos os membros
da alta direção devem apropriar-se deste objetivo sem restrições e iniciar o processo de mudança
importante para a organização buscar a certificação.
Uma das questões que deve ser bem avaliada no momento da decisão de iniciação do
processo de certificação, durante o planejamento estratégico, é sobre a definição dos recursos
necessários para o processo de preparação para a certificação. Um aspecto importante em relação
aos recursos é a utilização destes com base na experiência e conhecimento (aplicável a descoberta
e exploração de oportunidades) que estão relacionados ao desempenho e melhoria dos resultados
da empresa (WIKLUND; SHEPHERD, 2003).
É preciso considerar que um processo para uma certificação deve provocar uma mudança
de cultura na organização, pois um sistema de qualidade pressupõe que todos da organização
estejam alinhados em um mesmo sentido. Considerando a necessidade de um perfil de liderança
adequado para este processo, pode-se relacionar os conceitos apresentados anteriormente; de
liderança, de modelo de gestão e competências para criar um paralelo das definições com a
aplicação nas diversas áreas da organização.
O campo da gestão estratégica de recursos humanos tem desfrutado de uma notável
ascendência durante as duas últimas décadas, tanto como literatura acadêmica como prática
(BECKER; HUSELID, 2006). Este conceito indica que para se alcançar os resultados esperados
para a organização é importante estabelecer mecanismos na área de RH, que busquem
desenvolver as competências relacionadas aos conhecimentos, habilidades e atitudes, capazes de
garantir a melhoria contínua do sistema de qualidade.
Os recursos humanos são a base para qualquer processo de desenvolvimento da
organização, isso não é diferente quando se refere a implantação de um sistema de qualidade.
Em um primeiro momento o foco está justamente na alta direção, haja visto que justamente ela
que deverá desencadear o processo de certificação e garantir sus melhoria contínua. O RH deve
realizar a análise de descritivo de posto, elaborar o plano de treinamento e estabelecer o processo
de avaliação de desempenho, alinhado a todas as áreas da organização, visando criar as
competências necessárias para que a certificação seja alcançada e mantida. Resultados
impressionantes foram alcançados pelas empresas líderes japonesas como consequência de uma
35
busca contínua de melhorias de qualidade desde 1950 (DAHLGAARD; MI DAHLGAARD-
PARK, 2006).
O plano de treinamento deve contemplar as competências necessárias à alta direção e qual
o perfil de liderança adequado. Após o entendimento destas competências e do perfil adequado,
deve-se realizar o mapeamento dos perfis atuas tanto da alta direção como dos outros gestores da
organização. O cruzamento entre perfil adequado e perfil atual vai dar subsídio para estruturar o
plano de treinamento direcionado aos líderes da organização. Este processo necessita de recursos
para treinamentos e se a organização não tiver estrutura precisa recorrer a consultores. Além do
treinamento para as lideranças, é preciso que toda a organização se prepare para a certificação,
portanto é preciso um plano de treinamento e comunicação que contemple toda a organização.
Como o sistema de qualidade precisa ser monitorado, o RH deve traçar planos de treinamentos
específicos para qualificar pessoas, que serão capazes de manusear instrumentos de medição e
realizar auditorias do processo. É fundamental que haja um plano de treinamento de funcionários
com atualizações periódicas para definir objetivos do SGA, responsabilidades e riscos
(CHRISTINI et al., 2004).
Todas estas medidas precisam ser analisadas e os recursos necessários para que sejam
aplicadas devem ser disponibilizados. Neste sentido pode-se relacionar a importância do
alinhamento entre liderança e competências gerenciais para prover o ambiente adequado às
pessoas, que devem fazer parte do perfil de liderança na melhoria contínua do sistema de
qualidade.
A área de qualidade deve ser o motor do sistema de qualidade, isso significa dizer que é
necessário fazer com que o processo esteja alinhado com as especificações dos clientes
garantindo que este não seja afetado em suas necessidades, não só de qualidade, mas de prazo e
preço.
Gestão da qualidade é uma filosofia de gestão holística que busca a melhoria contínua em
todas as funções de uma organização, e isso só pode ser alcançado se o conceito de qualidade
total é utilizado na aquisição de recursos para o atendimento ao cliente após a venda (KAYNAK,
2003). Além de ser o motor do sistema de qualidade, também é responsável pelo monitoramento
do processo e garantia da qualidade para o cliente. Para que possa realizar este papel são precisos
equipamentos capazes de medir o nível de qualidade fabricado. Estes equipamentos precisam ser
certificados e necessitam de calibração que garanta que suas medições estão dentro dos padrões
internacionais. Todos os recursos necessários para que a qualidade seja capaz de monitorar o
processo devem ser analisados para que os investimentos estejam disponibilizados no momento
adequado.
36
As práticas de gestão de qualidade e infraestrutura que envolvem a alta administração tais
como treinamento e relações humanas afetam o desempenho da organização por meio dos
resultados de qualidade, nomeadamente: fornecedores, qualidade do produto, design de serviço
e gestão de processo.
A produção é responsável pela execução do produto, portanto o nível de qualidade é
resultante do rigor sobre a metodologia de fabricação que garante a padronização (nível de
qualidade), os prazos e os custos. Criar valor para os seus stakeholders é um dos traços mais
característicos do conceito de gestão da qualidade. Esta focalização no campo da qualidade
competitiva encoraja uma abordagem de processo de produção para gestão da qualidade
(BIAZZO; BERNARDI, 2003).
Para que possa garantir os resultados esperados, além de pessoas treinadas, necessita-se de
recursos de produção, como equipamentos, máquinas e dispositivos disponíveis no momento da
execução do produto. Estes investimentos devem ser avaliados durante a elaboração do plano de
certificação.
O sistema de qualidade contempla o processo ainda na fase do projeto, isso significa que
os recursos necessários para o desenvolvimento do produto devem estar disponíveis no momento
adequado, os principais recursos são: qualificação técnica das pessoas, equipamentos capazes de
oferecer resultados precisos nos projetos de desenvolvimento de produtos.
À medida que mais organizações adotam abordagens de gerenciamento de projetos e a
demanda por gerentes de projeto cresce, há cada vez mais interesse na competência dos gerentes
de projeto e em normas para o desenvolvimento e avaliação de competência de gerenciamento
de projeto. Padrões de gerenciamento de projetos estão sendo usados extensivamente em todo o
mundo em metodologias de gerenciamento de projetos corporativos de treinamento e
desenvolvimento, programas de certificação profissional e no pressuposto de que existe uma
relação positiva entre padrões e desempenho eficaz no local de trabalho (CRAWFORD, 2005).
O controle sobre os insumos, dentro de um sistema de qualidade, deve ser preciso. Para
isso é necessário investir em treinamento, equipamentos de controle de estoque e organização
física de estoque. É preciso garantir o abastecimento para a produção, no tempo certo, nas
quantidades adequadas e com rastreabilidade.
Gestão da cadeia de suprimentos tornou-se uma ferramenta estratégica significativa para
as empresas que se esforçam para melhorar a qualidade, serviço ao cliente e sucesso competitivo
(CHOON TAN et al., 2002).
Além do controle financeiro, a área de finanças deve acompanhar a distribuição de recursos
e a correta utilização destes, garantindo aplicação eficiente destes recursos. A área financeira
37
deve avaliar os investimentos para analisar a viabilidade econômica ainda no processo de
planejamento estratégico quando este tratar do programa de certificação. As empresas com
melhores gestores terão maiores retornos a longo prazo, uma vez que melhores gestores são
propensos a escolher melhores projetos com um VPL (valor presente líquido maior para qualquer
escala dada) e implementá-los mais habilmente, com maior qualidade de gestão
(CHEMMANUR; PAEGLIS, 2005).
A análise sobre os recursos necessários à certificação deve ser realizada no início do
processo e monitorada constantemente, para que não fuja do escopo que foi traçado, evitando
que o sistema de qualidade não seja implantado de forma plena. Auditorias internas da qualidade
devem ser utilizadas não apenas para verificar a adesão ao que foi definido no sistema de
qualidade, mas também para explorar oportunidades de melhoria contínua. (CHIN et al., 2000).
Negligenciar a análise dos recursos pode significar o impedimento do processo de
certificação e isso gera mais necessidade de recursos, que muitas vezes não estarão disponíveis.
Considerando que um processo produtivo alinha todos os recursos da organização no
objetivo de oferecer ao cliente o produto ideal, não se pode deixar de considerar os recursos
necessários para manter o funcionamento dos equipamentos, visando garantir que estejam
disponíveis, em condições ideais de utilização. A área de manutenção precisa de equipamentos
de monitoração, de ajustes e da garantia de que os reparos não interferirão nas especificações do
produto. Estes recursos precisam ser analisados, pois podem comprometer os resultados caso as
máquinas e equipamentos não estejam em condições ou estejam fora das especificações. Segundo
Chemmanur; Paeglis, (2005), as empresas com melhor reputação de gestão de qualidade são
capazes de atrair mais investidores institucionais.
38
Quadro 15 Análise da relação entre competências, ações da liderança e VDA. VDA
Ação da Liderança Competências
(Le Boterf) Análise de Processo e Produção, questão 3.1 (P6.3.1). Responsabilidades e competências para supervisão da qualidade do
produto/processo foram delegados aos colaboradores?
Sistema de Qualidade no Planejamento Estratégico
Saber assumir responsabilidades
Execução do Desenvolvimento de Produto e de Processo, questão 3
(P4.3). Os postos de trabalho e de teste estão adequados para as exigências?
Gestão de Recursos para o Sistema
de Qualidade
Saber mobilizar recursos
Análise de Processo e Produção, questão 3.3 (P6.3.3). Existe um plano
de utilização dos recursos humanos? Gestão de Pessoas para o Sistema
de qualidade
Ter visão estratégica
Atendimento ao Cliente, Satisfação do Cliente, Serviço, questão 2 (P7.2). O atendimento ao cliente está sendo garantido?
Gestão da Qualidade Saber agir
Análise de Processo e Produção, questão 3.2 (P6.3.2). Os colaboradores
estão qualificados para cumprir as tarefas exigidas e suas qualificações estão sendo mantidas?
Gestão do Processo de Produção
Gestão de Produção
Saber aprender
Gerenciamento de Projetos, questão 1 (P2.1) A organização do projeto
(gerenciamento do projeto) foi estabelecida e as tarefas e competências do gerente de projeto e dos membros da equipe foram definidas?
Gestão de Projetos Saber comunicar
Gerenciamento de projetos, questão 5 (P2.5). As pessoas responsáveis
na organização e junto aos clientes estão integradas no serviço de
processamento das alterações?
Gestão de Suprimentos Saber engajar-se
comprometer-se
Execução do Desenvolvimento de Produto e de Processo, questão 3
(P4.3). Os postos de trabalho e de teste estão adequados para as
exigências?
Gestão Financeira Saber mobilizar recursos
Fonte: Autor (adaptado de Le Boterf)
O Quadro 15 relaciona os itens da norma VDA, com as responsabilidades da alta direção
e as competências segundo Le Boterf, (2001). Esta relação indica que as responsabilidades da
alta direção estão previstas pela norma VDA e necessitam de determinadas competências para
serem eficientes.
A competência “Saber assumir responsabilidades” (Le Boterf), se relaciona com o
requisito 3.1 da norma VDA que define a responsabilidade e competência para a supervisão da
qualidade, este requisito indica a importância da ação do líder no sistema de qualidade e
planejamento estratégico e sua responsabilidade de atuar com delegação.
A competência “Saber mobilizar recursos” (Le Boterf), se relaciona com o requisito 4.3 da
norma VDA, que trata da execução do Desenvolvimento de Produto e de Processo, questão que
avalia se os postos de trabalho e de teste estão adequados para as exigências, onde o líder faz a
gestão de recursos para que o processo seja executado.
A análise de Processo e Produção, questão 3.3 da norma VDA, é sobre a existência de um
plano de utilização dos recursos humanos. Este requisito demonstra a preocupação que a
liderança deve ter com sua responsabilidade na gestão de pessoas para garantia do sistema de
qualidade. Este requisito se relaciona com a competência do líder em ter visão estratégica e
utilizar esta competência para mobilizar pessoas.
O Atendimento ao Cliente, Satisfação do Cliente, Serviço, requisitos da questão 2 (P7.2)
da norma VDA tem a preocupação se o atendimento ao cliente está sendo garantido por meio da
39
ação do líder sobre a gestão de qualidade, significa que ele precisa ter a competência de saber
agir para garantia da qualidade e melhoria contínua do sistema de qualidade.
Análise de Processo e Produção, questão 3.2 (P6.3.2) da norma VDA. Os colaboradores
estão qualificados para cumprir as tarefas exigidas e suas qualificações estão sendo mantidas.
Este quesito identifica a necessidade de a liderança ser capaz de fazer a gestão do processo de
produção Gestão de Produção e saber aprender com as experiências e com as pessoas.
O gerenciamento de Projetos, questão 1 (P2.1) da norma, demonstra a importância da
organização do projeto (gerenciamento do projeto) e se foram estabelecidas as tarefas e
competências do gerente de projeto e dos membros da equipe. O líder deve ser capaz de realizar
a gestão de projetos e saber comunicar-se com a equipe para tornar os projetos factíveis.
O gerenciamento de projetos, questão 5 (P2.5) da norma VDA, verifica se as pessoas
responsáveis na organização e junto aos clientes estão integradas no serviço de processamento
das alterações que envolvem capacitação para gestão de Suprimentos. O líder deve saber engajar-
se comprometer-se com o processo de alterações.
A execução do desenvolvimento de Produto e de Processo, questão 3 (P4.3) da norma
VDA, avalia se os postos de trabalho e de teste estão adequados para as exigências. Estas
exigências dependem de questões que envolvem a gestão financeira, portanto a capacidade de o
líder em saber mobilizar recursos.
A alta direção é responsável pelo processo de certificação, bem como pela implantação e
melhoria contínua desta na organização. O processo de certificação exige investimentos,
mudança comportamental, grande engajamento e comprometimento.
A alta direção deve estar preparada para administrar o sistema de qualidade de forma
sustentável e para isso precisa envolver-se exigindo de forma rotineira o engajamento dos seus
líderes e subordinados. O compromisso de gestão é crucial para o sucesso da melhoria contínua
do sistema de qualidade (CHIN et al., 2000). O processo de melhoria contínua do sistema de
qualidade está fundamentado em auditorias sistemáticas que medem o processo e ajustam-no
conforme os desvios existentes.
As organizações que implementam o sistema de gestão da qualidade, devem realizar
auditorias internas, pois estas são um subsistema da gestão global. Estudos de Karapetrovic et
al., (2006) e Bernardo et al., (2009) fornecem evidências empíricas de que as auditorias internas
apresentam níveis de integração, de acordo com o nível de integração de sistemas de gestão.
Além das auditorias sistemáticas, a alta direção deve alinhar os gestores com foco na
melhoria contínua da certificação pelo tempo necessário até que se torne sustentável e rotineiro
na organização. A melhoria contínua do sistema de qualidade é um processo contínuo, que busca
40
condicionar às pessoas a seguirem os princípios da qualidade de forma contínua sem retroagir e
buscando melhoria contínua. O papel da alta direção está na vigilância sobre estes princípios
agindo como facilitadores e incentivadores.
As ações da alta administração são fundamentais para que a empresa alcance os resultados
de qualidade necessários para a certificação da organização em um sistema de qualidade, isto é
consistente, pois segundo Deming, (1986) a gestão de topo é a principal força por trás da unidade
de qualidade e satisfação do cliente é a dimensão mais importante na gestão da qualidade em
uma organização.
A alta administração precisa apresentar características que os torne líderes carismáticos
que, por meio de sua liderança e de provas de seu sucesso, ofereçam bem-estar aos seus liderados,
unindo-os numa relação de exemplaridade que, por sua vez, fecha o circuito, em um modelo de
sistema de trocas baseadas na gratuidade e na consolidação de uma parceria ética e moral
(DULLO, 2011).
41
3 MÉTODO DE PESQUISA
A pesquisa analisa o perfil de liderança que pode contribuir para a melhoria contínua das
normas de qualidade. O estudo é delimitado à norma VDA 6.3 numa planta industrial fornecedora
de veículos customizados de carga e passageiros. Trata-se de uma empresa de médio porte. O
estudo foi realizado no decorrer do processo de recertificação da norma VDA 6.3. É um Centro
de Modificação e customização de uma montadora de caminhões e ônibus de classe mundial,
localizada na região do Vale do Paraíba, no estado do Rio de Janeiro, no Brasil. A Empresa tem
capital nacional e foi fundada em 2001, obteve sua primeira certificação ISO 9001 em 2004 e
atende exclusivamente a montadora e as suas 150 concessionárias.
O procedimento metodológico usado para a pesquisa (Figura 2) contempla três fases: (1.ª)
a caracterização teórica do tema Liderança e Sistemas de Qualidade, utilizando-se da revisão
bibliográfica e dos resultados do trabalho de campo; (2.ª) o delineamento do trabalho de campo,
com a caracterização do procedimento metodológico da pesquisa e a definição dos critérios de
confiabilidade e validade; e (3.ª) a realização do trabalho de campo com entrevistas com gestores
experientes.
Figura 2 - Etapas Adotadas para a Realização da Pesquisa.
Fonte: Autor
42
A Etapa A1 (Figura 2) consistiu na análise de artigos selecionados com as palavras
“leadership”, “quality” and “competence” Foram analisados 48 artigos. O Apêndice 1 estrutura
os artigos analisados por objetivo, resultados, método, sugestão de trabalhos futuros o que
amparou a revisão teórica.
A Etapa B1 (Figura 2) permitiu escolher o enfoque qualitativo para condução da pesquisa,
o qual investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto real. O estudo utiliza a
perspectiva e ponto de vista da alta administração da empresa por meio de entrevista, e seguiu as
etapas da Figura 2. A Etapa B2 permitiu a elaboração do roteiro da entrevista em 2 Blocos:
Bloco 1 (Questões 1, 2 e 3) foi estruturado no conceito de Competências baseado em
Conhecimentos, Habilidades e Atitudes (BLOOM, 1976).
1) quais os conhecimentos necessários à alta administração para garantir a melhoria contínua do
sistema de qualidade na organização?
2) quais as habilidades necessárias à alta administração para garantir a melhoria contínua do
sistema de qualidade na organização?
3) quais as atitudes necessárias à alta administração para garantir a melhoria contínua do sistema
de qualidade na organização?
Bloco 2 (Questões de 4 a 11) foi baseado na pesquisa sobre “Fatores Críticos de Sucesso
e Problemas para Manutenção da ISO 9000 (AB WAHID; CORNER, 2009).
4) quais as dificuldades para a melhoria contínua da certificação do sistema de qualidade?
5) como a alta direção deve promover o envolvimento dos trabalhadores na fase de melhoria
contínua, por meio do compromisso de gestão?
6) como a alta direção deve orientar as pessoas na tradução da visão e dos objetivos da
organização para melhoria contínua do sistema de gestão?
7) como a alta direção deve convencer as pessoas de que as coisas que eles fazem para a melhoria
contínua do sistema de qualidade, são benéficas não só para a empresa, mas também para si
mesmas?
8) como a alta administração deve atuar no planejamento estratégico, relacionado às questões de
qualidade e consequentemente de melhoria contínua do sistema de qualidade.
9) como a alta administração deve motivar a organização para o engajamento necessário à
melhoria contínua do sistema da qualidade?
10) como a alta administração deve dar feedback para direcionar as ações para melhoria contínua
do sistema da qualidade?
11) quais aspectos humanos devem ser observados para gerar trabalho em equipe para melhoria
contínua de uma norma de qualidade?
43
Para maximizar as vantagens e minimizar as limitações potenciais do Delineamento do
Trabalho de Campo (2.ª Fase), utilizou-se de entrevistas, analise de conteúdo e reunião de
fechamento. A análise de conteúdo é uma técnica sistemática, replicável para comprimir muitas
palavras de texto em menos categorias de conteúdo com base em regras explícitas de codificação
(BERELSON, 1952, GAO, 1996, KRIPPENDORFF, 1980 e WEBER, 1990).
HOLSTI, (1969) oferece uma definição ampla de análise de conteúdo como, "qualquer
técnica para fazer inferências por forma objetiva e sistemática identificação de características
específicas de mensagens".
O Trabalho de Campo (3.ª Fase) contempla a aplicação dos instrumentos empresa
pesquisada, e foi conduzida junto a 5 gestores da empresa pesquisada cujo perfil é apresentado
no Quadro 14.
Quadro 14: perfil dos executivos do primeiro escalão entrevistados: Entrevistado Gerência Formação Experiência
Automotiva
E1 Finanças
Mestrado engenharia de transporte (IME)
16 anos Pós Grad. Adm. Financeira e Auditoria INPG/UNITAL 1994
Graduação em Economia AEDB/RJ 1990
E2 Industrial
MBA em Gestão Empresarial pelo IBMEC – 2015
16 anos Pós-Graduação em Logística Empresarial pela FGV – 2002
Graduação em Engenharia de Produção – UERJ – 2000
E3 Engenharia
MBA Empresarial (PDD) Fundação Dom Cabral – 2011
34 anos Lean Process Development – Lean Institute - 2004
Graduado em Engenharia Mec. Automobilística – FEI - 1979
E4 Qualidade
MBA Empresarial (PDD) Fundação Dom Cabral – 2014
35 anos Tecnologia Mecânica FEI - 1980
Técnico em Mecânica Automotiva – SENAI – 1979
E5 Manufatura MBA Empresarial (PDD) Fundação Dom Cabral – 2014
32 anos Economia AEDB 2002
Fonte: Autor
Na Etapa de Validação de Resultados discutiu-se as informações extraídas da análise de
conteúdo que seriam mais relevantes para melhoria contínua do sistema de qualidade. Estas ações
foram relacionadas à adjetivos, que na visão dos entrevistados, comporiam o perfil de liderança
adequado. Após definir os adjetivos, os participantes criaram em consenso a definição de cada
um dos adjetivos segundo a visão do grupo.
No capítulo são analisados textos sobre sistemas de qualidade que indicam a importância
do comprometimento da Alta Direção, e o uso das competências gerenciais e de liderança.
O comprometimento da Alta Direção aparece como requisito no escopo das principais
normas de qualidade. Esta informação surge da análise das normas de qualidade ISO 9001/2015,
que atende diversos ramos de atividades, a norma ISO TS 16949/2009, que é um desdobramento
44
da ISO 9001, com foco no ramo automotivo e a VDA 6.3/2010, que é especifica do ramo
automotivo com foco na indústria de procedência alemã.Os conceitos de liderança e
competências gerenciais, fornecem a base para estruturar o perfil da liderança adequado para
melhoria contínua da certificação de qualidade, em uma organização do ramo automotivo. Os
conceitos apresentados complementam-se quando aplicados na relação dos líderes da alta
administração pelo planejamento estratégico, conforme descrito a seguir.
Planejamento Estratégico é um processo gerencial que se refere à formulação de objetivos
que visam a seleção de programas de ação, bem como a execução, levando em conta as condições
internas e externas à empresa e sua evolução esperada. Também considera premissas básicas que
a empresa deve respeitar para que todo o processo tenha coerência e sustentação.
45
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
As respostas coletadas nas entrevistas que foram agrupadas em Conhecimentos,
Habilidades e Atitudes, baseando-se nos trabalhos de Le Boterf, (2000).
As respostas indicadas pelos entrevistados sobre que “conhecimentos são necessários para
os gestores garantirem a melhoria contínua do sistema de qualidade na organização” foram
sintetizadas em Negociação, Ferramentas de Qualidade, Normas de Qualidade, Garantia da
Qualidade e Gestão Estratégica.
O Quadro 16 registra trechos das entrevistas tratados por Análise de Conteúdo
(STEMLER, 2001) que evidenciam esta síntese.
Os trechos das entrevistas, relacionados às competências baseadas em Conhecimento,
habilidades e Atitudes, foram condensados e sintetizados nos Quadros 16, 17 e 18.
Quadro 16 - Conhecimentos Necessários para Melhoria contínua do Sistema de Qualidade
Trecho da Entrevista Condensado Conhecimento Saberes de Le
Boterf “...entendo que a implantação e manutenção de um sistema
de qualidade passa por um processo de negociação
estratégica entre as áreas envolvidas...” (E1)
Processo negociação
“Negociação”
Saber o que e o por que
faz, saber julgar,
escolher e decidir
“... não havendo acordo entre as pessoas, aumenta a dificuldade na implantação, por isso os acordos entre as áreas
são necessários...” (E3)
Necessidade de acordo
entre as áreas
“... sabemos que as áreas buscam seus próprios resultados, sem corporativismo não alcança o sucesso... (E5)
Corporativismo
“...não se pode fazer gestão de qualidade sem conhecer a
fundo à norma que será utilizada para certificação...” (E3)
Conhecimento
aprofundado
“Normas de
qualidade”
“... afinidade com a norma é fundamental para que o gestor tenha de fato o domínio sobre o processo...” (E5)
Afinidade
“...é preciso dedicar tempo para aprimorar seu conhecimento
sobre garantia da qualidade pois será muito útil na manutenção de um sistema de qualidade...” (E1)
Aprimoramento
“... sem dominar os conceitos de garantia de qualidade, a
manutenção do sistema de qualidade se torna uma tarefa
árdua...” (E4)
Domínio dos conceitos
“... o gestor que não assumir a responsabilidade sobre o
processo de garantia da qualidade...” (E2) Responsabilidade GQ
“...os gestores precisam participar do processo de
implantação e garantir a manutenção do sistema, para isso devem conhecer bem as ferramentas da qualidade...” (E2)
Informação das
ferramentas “Ferramentas da
qualidade”
Trabalhar
conhecimento e experiência, rever
modelos mentais,
saber desenvolver-se
“...não vejo como manter o SQ sem a capacitação dos
gestores em ferramentas de qualidade...” (E4) Capacitação
“... a decisão de certificação faz parte do planejamento
estratégico da organização e, portanto, o gestor deve ser
capaz de desdobrar os objetivos, entre eles, a questão da
certificação...” (E3)
Elaborar objetivos e
metas “Gestão
estratégica”
Conhecer, entender o
negócio da organização, o seu
ambiente identificando
oportunidades e alternativas
“... todas as ações realizadas pela empresa precisam
estar alinhadas ao planejamento estratégico...” (E1) Alinhamento
“...fazer as ações chegarem a todas as pessoas pode ser o
diferencial para o sucesso...” (E2) Diferencial
Fonte: Autor
46
As entrevistas foram condensadas em palavras que geram novas categorias para a análise
do trecho da entrevista (Quadro 16). O conhecimento considerado como negociação, englobam:
processo de negociação, necessidade de acordo entre as áreas e corporativismo. Este
conhecimento se torna importante, pois o sistema de qualidade necessita a integração entre as
várias áreas, que podem ser discordantes sobre um procedimento ou processo. Para se efetuar a
negociação é necessário a aquisição de alguns saberes como o que se está produzindo e porque,
para que na necessidade de alguma negociação tomar as melhores decisões baseada em
julgamentos e escolhas conscientes.
Outras falas dos participantes foram condensadas em: conhecimento aprofundado,
afinidade, aprimoramento, domínio dos conceitos e responsabilidade da gestão de qualidade.
Esta categorização apresenta um sentido de proximidade e aprofundamento do
conhecimento em relação a norma de qualidade, indicando a importância de aprimorar
conhecimentos teóricos e práticos sobre a qualidade.
A responsabilidade é a capacidade de o indivíduo responder pelo processo de qualidade,
bem como um comportamento de assunção de tarefas e atividades. Estes dois blocos analisados
sob o ponto de vista dos saberes de Le Boterf, se relacionam com: “Saber o que e o por que faz,
saber julgar, escolher e decidir” que significam a habilidade do indivíduo em saber tomar
decisões, com escolhas e julgamentos pertinentes ao contexto e a situação que se expõe.
Dois trechos da entrevista foram condensados em informações sobre ferramentas de
qualidade e capacitação, o que indica a necessidade de conhecimento aprofundado sobre aspectos
que envolvam a utilização de ferramentas de qualidade e suas aplicabilidades em uma situação
de melhoria contínua do sistema de qualidade.
Para alcançar este nível de aprimoramento necessário, que significa ter capacidade de
manter o sistema de qualidade funcionando adequadamente, é preciso trabalhar o conhecimento
e a experiência, rever modelos mentais, saber desenvolver-se, ou seja, torna-se importante neste
momento para a organização. Neste ponto é que se observa a importância que representa o
conhecimento explícito já descrito em forma de procedimentos, instruções de trabalho e
formulários, bem como o conhecimento tácito, advindo da experiência, que ainda não foi
trabalhado para se tornar explícito dependendo fortemente das pessoas que detém este
conhecimento. Em algumas situações é preciso preparar as pessoas que detém o conhecimento
tácito, para que entendam a importância de transmitir às outras pessoas estes conhecimentos.
Algumas vezes o medo de transmitir conhecimento demonstra a insegurança da pessoa com
relação à sua importância para a organização. Talvez este seja um dos maiores complicadores da
gestão do conhecimento.
47
O último bloco do Quadro 16 é composto por três trechos que foram condensados em
gestão estratégica e diferencial.
A Gestão Estratégica” é a capacidade de gerir a organização conforme estabelecido no
planejamento estratégico, sobre todo o processo de melhoria contínua do sistema de qualidade.
A amplitude do conhecimento sobre gestão estratégica e a forma com que este
conhecimento é disseminado por toda a organização, faz com que se relacione com conhecer,
entender o negócio da organização e o seu ambiente, identificando oportunidades e alternativas
que podem contribuir com a melhoria contínua do sistema de qualidade da organização.
Quadro 17 - Habilidades necessárias para garantir o sistema de qualidade.
Trecho da Entrevista Condensado Habilidade LE BOTERF, 2000
“...a liderança é uma habilidade importante
para todos os gestores, principalmente quando
é preciso motivar as pessoas para manter uma
certificação, que exige comprometimento da
equipe...” (E3)
Motivação
“Mobilização”
Criar sinergia,
mobilizar recursos e
competências
“...sem comando adequado as pessoas perdem
a direção...” (E4) Direcionamento
“...toda mudança precisa de um líder para
conduzir as pessoas rumo aos objetivos
estabelecidos...” (E1)
Condução de pessoas
“...a presença do líder faz com que as coisas
aconteçam...” (E1) Presença do líder
“...a base para toda organização está na
liderança, a melhoria contínua do sistema de
qualidade também está ligada à liderança...”
(E5)
Acesso à liderança
“...a comunicação é uma das grandes
dificuldades das organizações, apesar de tantas
novas tecnologias existentes atualmente…”
(E2)
Utilização de recursos
de comunicação
“Comunicação”
Compreender,
trabalhar, transmitir
informação,
conhecimentos
“...a comunicação é um dos fatores que
contribuem para o sucesso do sistema de
qualidade...” (E4)
Conhecimento sobre o
Sistema de Qualidade
“...uma boa comunicação, garante o bom
entendimento das pessoas em relação à
importância da melhoria contínua do sistema
de qualidade...” (E1)
Fluidez das
informações
“...uma fraqueza de muitas organizações está
no processo inadequado da comunicação,
principalmente a interna...” (E3)
Processo interno de
comunicação
“...sem comunicação adequada o sistema está
fadado ao insucesso, por isso a comunicação
deve ser tratada com excelência...” (E2)
Excelência no sistema
de comunicação
“...uma certificação em um sistema de qualidade
gera diversos conflitos entre os setores da
empresa. Os gestores precisam ter habilidade
para administrar estes conflitos incentivando a
colaboração para resolve-los de forma
integrada...” (E3).
Incentivo para
resolução
“Administração de
conflitos”
Saber o que e o por
que faz, saber julgar,
escolher e decidir
“...uma equipe que não tem consenso gasta
muita energia com os conflitos internos...” (E5) Consenso
“...conflitos são normais em uma equipe,
contudo a tratativa dos conflitos pode ser
produtiva ou improdutiva...” (E4)
Conflitos produtivos
Fonte: Autor
48
O Quadro 17 condensa os trechos da entrevista identificando-os por blocos de habilidades.
A habilidade de Mobilização é um processo que envolve a capacidade do líder em criar um
ambiente que motive as pessoas a seguir o direcionamento da organização. Para conduzir a
equipe, precisa estar presente e ser acessível. Esta capacidade se relaciona com os saberes de Le
Boterf “Criar sinergia, mobilizar recursos e competências”.
A segunda habilidade identificada na entrevista é a Comunicação. Esta habilidade consiste
em utilizar adequadamente os recursos de comunicação existentes, para disseminar o
conhecimento relativo ao Sistema de Qualidade por toda a organização, por meio de um processo
de excelência em comunicação que permita fluidez das informações. Estas condições se
relacionam com o saber compreender, trabalhar, transmitir informação e conhecimentos, de Le
Boterf.
O terceiro bloco de palavras categorizadas se relaciona com a habilidade de administração
de conflitos, necessária para que o líder seja capaz de atuar de forma equilibrada permitindo
situações de conflito produtivas que gerem mudanças e quebrem paradigmas de forma saudável
para as pessoas e a organização. O incentivo deve ser no sentido da resolução dos conflitos
buscando sempre o consenso. Os conflitos, nestas condições, se relacionam com o saber o que e
o por que faz, saber julgar, escolher e decidir segundo Le Boterf.
Ter atitudes positivas favorece a gestão das equipes, quando relacionamos o
comportamento positivo dos gestores aos resultados de qualidade, entendemos o quanto é
importante estabelecer uma cultura organizacional com visão em qualidade.
Entende-se que no âmbito académico quanto no prático, as atitudes comportamentais da
liderança influenciam a cultura organizacional. Esta consideração tem atraído atenção, e alguns
estudos advogam a interdependência entre ambos as atitudes da liderança e a cultura
organizacional. De um lado, o líder assume o papel de criar, manter ou mudar tipos particulares
de cultura, realizando sua gestão baseada em atitudes positivas. Nesse sentido, as atitudes do
líder são fundamentais para definir a natureza, a direção e o impacto dessa gestão. Por outro lado,
considera-se que o líder em seu pensamento, sentimento e respostas, também é influenciado nas
suas atitudes pela cultura organizacional. Assim, as atitudes, para entender e trabalhar em urna
cultura é pré-requisito para urna liderança eficaz (SCHEIN, 1992º)
Quadro 18 busca as atitudes necessárias para que os gestores mantenham o sistema de
qualidade.
49
Quadro 18 - Atitudes necessárias para garantir o sistema de qualidade
Trecho da Entrevista Condensado Atitudes (LE BOTERF,
2000)
“...não se pode pensar em implantar ou manter um sistema de
qualidade sem que haja comprometimento dos gestores, é
preciso participar efetivamente de tudo que envolve a garantia
da qualidade...” (E1)
Participação
Co
mp
rom
etim
ento
Saber
empreender,
assumir riscos,
comprometer-se
“...quando obtemos o comprometimento das pessoas, a
possibilidade de alcançar resultados positivos é uma
constante...” (E3)
Acompanhamento dos
resultados
“...pessoas comprometidas são mais produtivas e isso
favorece muito a melhoria contínua do sistema de
qualidade...” (E2)
Busca pela Produtividade
”...estar engajado é fundamental. Gestores engajados não
permitem desvios no sistema de qualidade...” (E5) Engajamento
“...quando todos estão engajados e querem o resultado, o
sistema de qualidade passa a ser uma responsabilidade de
todos...” (E1)
Responsabilidade
“...quando temos equipes engajadas percebemos que a
prioridade estará sempre na superação dos objetivos e isso faz
diferença na melhoria contínua do SQ... (E4)
Persistência nos objetivos
“...um gestor precisa ter atitudes de iniciativa, pois assim
consegue atuar sempre que necessário e isso ajuda a manter as
condições adequadas para melhoria contínua do sistema de
qualidade...” (E1)
Preocupação com as
Condições adequadas
Inic
iati
va
“...ficar parado diante de situações imprevistas pode aumentar
o impacto com o passar do tempo, o gestor deve estar atento
para agir na hora certa...” (E3)
Atenção
“...pessoas que se antecipam aos problemas podem contribuir
muito com o processo de melhoria contínua do sistema de
qualidade...” (E4)
Contribuição
“...sabemos que uma certificação significa muito trabalho e
para garantir a melhoria contínua do sistema de qualidade é
preciso muita determinação dos gestores para manter sua
motivação...” (E3)
Dedicação ao Trabalho D
eter
min
ação
Trabalhar o
conhecimento e
a experiência,
rever modelos
mentais, saber
desenvolver-se
“...as dificuldades que estão embutidas no dia a dia da empresa
se amplificam durante o processo de certificação por isso
todos devem ter postura e determinação...” (E2)
Postura proativa
“...os resultados demoram para acontecer, por isso é preciso
entender a importância da determinação das pessoas...” (E5) Sentido de Importância
Fonte: Autor
O Quadro 18 indica trechos das entrevistas que identificam atitudes importantes
relacionadas aos saberes de Le Boterf.
A primeira atitude identificada é o comprometimento, esta atitude é evidenciada pelo nível
de participação do líder no processo de melhoria contínua do sistema de qualidade, na forma
como ele acompanha os resultados de qualidade da organização, o comportamento diante da
busca pela melhor produtividade, seu engajamento, persistência e responsabilidade com os
objetivos e metas estabelecidos para a melhoria contínua do sistema de qualidade. O líder que
tem comprometimento se preocupa com as condições adequadas para alcançar os objetivos,
direciona as pessoas para níveis elevados de responsabilidade.
A segunda atitude identificada é a iniciativa, que foi extraída dos trechos da entrevista
condensados em três expressões, que provocam a decisão de agir diante de situações adversas
50
com constante preocupação em manter as condições adequadas para a melhoria contínua da
norma, o que significa, estar atento e atuar, sempre que as condições não estejam adequadas,
buscando recompor as condições ideais, contribuindo com a melhoria contínua do sistema de
qualidade.
As atitudes de comprometimento e iniciativa se relacionam com saber empreender,
assumir riscos e comprometer-se de Le Boterf.
Também foi identificada a atitude de determinação, por meio das palavras dos trechos da
entrevista. A determinação é demonstrada pela dedicação ao trabalho, postura proativa e sentido
de importância, atitudes que refletem o sentimento de importância dado a melhoria contínua do
sistema de qualidade. A determinação faz com que o líder trabalhe o conhecimento e a
experiência, rever modelos mentais e saber desenvolver-se, comportamentos evidenciados por
Le Boterf.
A abordagem a partir do Quadro 16, passa a ser sobre a operacionalização da implantação
e melhoria contínua do sistema de qualidade. As questões foram formuladas baseadas em
palavras chaves que buscam identificar ações que serviram como base para identificar
competências necessárias a alta administração no processo de implantação e melhoria contínua
da certificação.
A falta de constância ou rigor no compromisso assumido de gestão sobre pessoas e
processos e a falta do envolvimento destes, no processo de implantação e melhoria contínua do
sistema de qualidade, pode provocar falhas principalmente no compromisso deles com a
realização das auditorias de qualidade. Fato este que comprova a falta de compreensão sobre os
requisitos do sistema de qualidade (MCCULLOUGH; LAURIE, 1995; DZUS; SYKES, 1993).
As faltas de medidas corretivas internas eficazes são prejudiciais para o sistema de
qualidade, uma vez que as não-conformidades e as deficiências foram identificadas, mas a
organização não é consciente da importância da melhoria contínua do sistema de qualidade. Isso
normalmente é consequência de procedimentos que não foram bem estabelecidos e por
consequência são incapazes de garantir a melhoria contínua do sistema de qualidade após a
certificação (AB. WAHID; CORNER, 2009).
Os resultados do Quadro 16 buscam identificar quais as dificuldades existentes na
organização, relativas às competências (Conhecimentos, Habilidades e Atitudes) ou recursos que
geram condições adversas para implantação e melhoria contínua do sistema de qualidade,
segundo a experiência dos entrevistados.
Houve consenso de que as dificuldades relatadas, na maioria das vezes, não são novidades
na organização, pois estão presentes na rotina diária de trabalho, de forma sistemática, e muitas
51
vezes, por não serem tratadas como prioridade, são deixadas de lado para uma análise e solução
futura, mas que nunca chega.
As questões apresentadas nos Quadros de 16 a 23 estão baseados na pesquisa sobre
“Fatores Críticos de Sucesso e Problemas para Manutenção da ISO 9000 (AB WAHID;
CORNER, 2009) ”. Os fatores críticos de sucesso são determinantes para que a organização possa
dar foco nos fatores mais importantes do seu negócio. Durante o planejamento estratégico são
definidos pela alta direção quais fatores são determinantes para que a organização alcance seus
objetivos estratégicos.
O Quadro 19, mostra quais os principais problemas existentes, apresenta um trecho da
entrevista para dar entendimento no significado do problema apresentado e condensa o trecho da
entrevista dando um significado resumido.
Quadro 19 - Dificuldades para melhoria contínua do sistema de qualidade
Trecho da Entrevista Condensado Dificuldades (LE BOTERF,
2000) “...considero que a não continuidade das ações relacionadas à
certificação é um dos fatores principais que podem causar a perda da certificação. O gestor deve ter atenção constante sobre esta questão...”
(E1)
Atenção constante
“Continuidade
das implementações”
Saber empreender,
assumir riscos, comprometer-se
“...os esforços de implantação nem sempre são mantidos após o recebimento do certificado, os gestores devem intensificar o rigor
após o momento da certificação...” (E5)
Rigor
“...a dificuldade está justamente após a certificação, a alta direção deve planejar o processo após a implantação para garantir a
continuidade...” (E2)
Planejamento
“...pessoas comprometidas são a base de um sistema de qualidade...”
(E3) Pessoas
“Comprometimen
to das pessoas”
Criar sinergia, mobilizar recursos e
competências
“...não se pode pensar em sistema de qualidade sem estabelecer
cultura de comprometimento...” (E4) Cultura
“...o comprometimento é um fator obrigatório para se pensar em
certificação e principalmente melhoria contínua...” (E1) Obrigatoriedade
“...quando encontramos equipes comprometidas os resultados são
questão de tempo...” (E5) Tempo
“...a postura negativa dos envolvidos no processo de implantação e
melhoria contínua do sistema de qualidade pode colocar em risco o próprio sistema...” (E4)
Risco Postura
Ser responsável assumindo os riscos e
consequências de suas
ações e sendo por isso reconhecido
“...inaceitável uma postura negativa para melhoria contínua...” (E1) Exclusão de condutas
negativas “...não aceitar pessoas com posturas negativas...” (E2)
“..., a falta de chefias preparadas para conduzir as equipes prejudica muito esse processo...” (E3)
Preparação das chefias
“Gestão das chefias”
“...os chefes, ou mesmo líderes, devem ser qualificados para gestão,
pois as pessoas esperam isso deles...” (E2) Qualificação
“...um dos problemas mais comuns hoje em dia está na falta de chefias capazes de fazer gestão...” (E4)
Capacitação
“...gestão não é simples de ser operacionalizada, as chefias
apresentam dificuldade em aplicar ferramentas de gestão...” (E1) Ferramentas de gestão
“...os procedimentos fazem parte dos fundamentos do sistema de qualidade, consequentemente devem ser respeitados...” (E2)
Fundamentos
Cumprimento procedimentos
Saber o que e o por que faz, saber julgar,
escolher e decidir
“...as pessoas normalmente apresentam resistência em seguir padrões,
principalmente quando a sequência é diferente do que pensa...” (E5) Resistência
“...rigor é a base de sustentação para garantir a melhoria contínua do sistema de qualidade...” (E3)
Base de sustentação
Fonte: Autor
52
Os três primeiros trechos da entrevista apresentados no Quadro 19 indicam quais as
dificuldades para garantir a continuidade da melhoria contínua do sistema de qualidade e das
implementações, relativas ao processo de certificação. Esta afirmação indica por meio dos
condensados, que a liderança deve integrar ao seu planejamento à necessidade de manter o rigor
sobre o cumprimento dos procedimentos, bem como manter a atenção constante sobre os
processos que foram estabelecidos, para evitar que a organização retorne a situação anterior à
certificação. A continuidade das implementações se relaciona com os saberes de Le Boterf Saber
empreender, assumir riscos, comprometer-se.
Os quatro trechos seguintes, indicam como dificuldade, manter o comprometimento das
pessoas, evitando o relaxamento comum que acontece nas organizações após a certificação. O
líder deve considera o comprometimento como essencial ao processo de melhoria contínua do
sistema de qualidade e por isso, disponibilizar tempo para manter o acompanhamento das pessoas
e cuidar para que a cultura de qualidade se estabeleça na organização. Para manter o
comprometimento das pessoas é necessário criar sinergia, mobilizar recursos e competências,
conforme estabelecido pelos saberes de Le Boterf.
Dois trechos da entrevista apresentam uma preocupação relativa a postura das pessoas e as
consequências que geram sobre as condições de melhoria contínua do sistema de qualidade, é
importante que a liderança exclua as condutas negativas que podem colocar em risco a melhoria
contínua do sistema de qualidade estabelecido pela certificação.
Nos quatro trechos seguintes os entrevistados demonstraram preocupações com os
modelos de gestão aplicados pelas chefias e a influência destes na questão da melhoria contínua
da norma de qualidade, o entendimento desta questão indica a necessidade de preparação dos
líderes pela capacitação e qualificação em ferramentas de gestão capazes de dar sustentabilidade
ao sistema de qualidade.
Estes dois blocos se relacionam com os saberes de Le Boterf que estabelecem a
necessidade de ser responsável assumindo os riscos e consequências de suas ações e sendo por
isso reconhecido.
Os três últimos trechos do Quadro 16 indicam a importância que a liderança deve dar ao
cumprimento dos procedimentos que são a base da estrutura do sistema de qualidade, bem como
a garantia da padronização e controle do processo. Os líderes devem ter como objetivo atuar
sobre a resistência que as pessoas apresentam em seguir normas e procedimentos, fator que
prejudica os resultados de qualidade e os fundamentos do sistema de qualidade. Estes trechos são
relacionados aos saberes de Le Boterf que estabelecem a necessidade de saber o que e o por que
faz, saber julgar, escolher e decidir.
53
O Quadro 20 trata o tema do comprometimento da alta administração, com a implantação
e melhoria contínua do sistema de qualidade. Este tema remete à importância do
comprometimento da alta direção confirmando a afirmação de Chin et al., (2000), o compromisso
de gestão é crucial para o sucesso da melhoria contínua do sistema de qualidade.
A questão apresentada no quadro 20 é sobre as ações que podem contribuir para que a alta
administração possa criar confiança, sobre seu comprometimento com a melhoria contínua do
sistema da qualidade?
Quadro 20 - Comprometimento dos trabalhadores na fase de melhoria contínua, por meio do
compromisso de gestão?
Trecho da Entrevista Condensado Ações (LE BOTERF, 2000)
“...o gestor deve dar o exemplo, pela sua
conduta, para que as pessoas da empresa
sigam suas ações...” (E1)
Conduta
“Exemplaridade”
Ser responsável assumindo
os riscos e consequências de
suas ações e sendo por isso
reconhecido
“...as atitudes e comportamentos são mais
importantes que o discurso...” (E3) Importância
“...o modelo é uma forma de mobilizar as
pessoas no sentido que o líder busca
conduzi-las...” (E4)
Mobilização de
pessoas
“...um gestor precisa saber como estão sendo
conduzidas as ações relacionadas ao
processo de certificação...” (E2)
Condução das ações
“Acompanhar as
ações”
Conhecer, entender o
negócio da organização, o
seu ambiente identificado
oportunidades e alternativas
“...é importante acompanhar de perto a
evolução dos fatos todos os dias...” (E5) Acompanhamento
“...a presença do gestor nos acontecimentos
do dia a dia faz muita diferença...” (E1) Diferencial
“...se o gestor precisa ter domínio sobre o
processo...” (E3) Domínio
“...um sistema de qualidade só se mantém se
houver uma preocupação importante em
relação aos recursos necessários...” (E4)
Preocupação
“Prover recursos
para o trabalho”
Criar sinergia, mobilizar
recursos e competências
“...O gestor deve ser um facilitador capaz de
prover recursos...” (E2) Facilitador
“...as condições de trabalho facilitam a
obtenção de qualidade...” (E5) Obtenção de qualidade
“...as pessoas precisam dos recursos para
melhorar seu resultado...” (E1) Aperfeiçoamento
“... raramente estes gestores comemoram
com a equipe os resultados positivos...” (E3) Trabalho em equipe
Equipe
“...essa visão de valorizar as conquistas
transmite à equipe motivação...” (E4) Motivação
“...as pessoas esperam fazer parte da solução
e resultados...” (E2) Parte da solução
“...a maioria dos gestores tem dificuldade
em utilizar a ferramenta de feedback...” (E3) Ferramentas
“Dar e receber
feedback”
Compreender, trabalhar,
transmitir informações,
conhecimentos
“...quando utiliza esta ferramenta consegue
gerar confiança...” (E 5) Adequação
“...as pessoas esperam que seu desempenho
seja avaliado...” (E1) Avaliação
Fonte: Autor
54
As análises sobre a questão indicam a importância que é dada a questão comportamental
dos gestores, que pela postura pessoal influenciam o comportamento das pessoas que fazem parte
da organização. Fica evidente a necessidade de um relacionamento humano e profissional, de
forma integrada, entre o gestor e as pessoas de organização para gerar confiança.
Para a orientação é necessário um processo de aprendizado. A formação é uma atividade
planejada e instrutiva destinada a facilitar a aquisição de conhecimentos, desenvolvimento de
habilidades e atitudes, a fim de melhorar o desempenho. A eficácia da formação refere-se à
extensão em que são alcançados os objetivos de formação (WANDERSMAN et al., 2012).
Os três primeiros trechos da entrevista indicam a exemplaridade como uma conduta dos
líderes que deve ser demonstrada por meio das suas ações. Exemplaridade neste caso está
relacionada a conduta do líder com relação aos princípios da norma de qualidade, a importância
que dá a norma e como demonstra seu respeito aos procedimentos estabelecidos por ela. O que
se espera é que a exemplaridade contribua na capacidade de mobilização das pessoas para que
busquem seguir os princípios estabelecidos pela norma de qualidade. A exemplaridade neste
contexto se relaciona com os saberes de Le Boterf, ser responsável assumindo os riscos e
consequências de suas ações e sendo por isso reconhecido.
Os quatro trechos seguintes indicam como responsabilidade do líder, o acompanhamento
das ações necessárias para melhoria contínua da norma de qualidade. Para isso é preciso que o
líder tenha o entendimento, de que o seu papel é de adquirir o conhecimento necessário para ter
domínio e conduzir estas ações de forma diferenciada. Esta ação se relaciona com os saberes de
Le Boterf, conhecer, entender o negócio da organização, o seu ambiente identificado
oportunidades e alternativas.
Nos trechos seguintes, a ação resultante dos condensados é prover recursos para o trabalho,
já que a melhoria contínua da norma passa pela necessidade da existência de recursos suficientes
para atender os requisitos estabelecidos pela norma. O líder, como facilitador, deve manter uma
preocupação constante sobre a disponibilização de recursos para obtenção da qualidade exigida
pela norma buscando o aperfeiçoamento do processo.
Os três trechos seguintes quando condensados apresentam como responsabilidade do líder
o correto entendimento sobre o conceito de equipe, bem como a aplicação deste conceito em suas
ações rotineiras na organização. Os trechos indicam a importância do trabalho em equipe como
fator de motivação a partir do momento que as pessoas acreditem de fato que são parte da solução,
e, portanto, podem contribuir para o resultado da organização, pelo entendimento da importância
da melhoria contínua da norma de qual
55
Os dois blocos de ações apresentados se relacionam com os saberes de Le Boterf, criar
sinergia, mobilizar recursos e competências.
Os três últimos trechos, relacionados as ações necessárias à melhoria contínua do sistema
de qualidade, estão relacionados a importância, do líder agir dando e recebendo feedback. Para
isso é preciso conhecer as ferramentas de gestão que promovem esta capacitação, adequar as
ferramentas ao contexto da organização e promover sistemas de avalição que registrem as
informações obtidas no feedback. Esta ação se relaciona com os saberes de Le Boterf,
compreender, trabalhar, transmitir informações, conhecimentos.
O Quadro 21 identifica como a alta administração deve agir para uma orientação adequada
às pessoas na tradução da visão e dos objetivos da organização para garantir a melhoria contínua
do sistema de gestão.
Quadro 21 - Como a alta direção deve orientar as pessoas na tradução da visão e dos objetivos
da organização para melhoria contínua do sistema de gestão?
Trecho da Entrevista Condensado Ações LE BOTERF,
(2000)
“...as pessoas precisam estar informadas e ao mesmo tempo sentir-se
parte das decisões que precisam ser tomadas...” (E2) Informação
“Man
ter
as p
esso
as i
nfo
rmad
as”
Compreender,
trabalhar,
transmitir
informações,
conhecimentos
“...as reuniões são importantes para orientar a equipe e buscar a
contribuição de cada membro da equipe” (E1) Contribuição
“...as reuniões permitem que as pessoas se comuniquem mais...” (E5) Comunicação
“...a integração das pessoas pode ser facilitada pelo contato nas
reuniões...” (E4) Integração
“...considerando que uma certificação faz parte do planejamento
estratégico da empresa, compartilhar os planos da empresa deve ser uma
rotina da alta administração...” (E2)
Ações rotineiras
“...possibilita orientar às pessoas em qual caminho devem seguir para
que possam contribuir de fato para a melhoria contínua da
certificação...” (E3)
Orientação
“...saber quais os passos da empresa vão ajudar a somar os esforços
individuais...” (E1) Esforços
“...a informação é a base para qualquer processo de certificação...” (E5) Sustentação
“...manter as pessoas informadas auxilia a manter o andamento das ações
no sentido correto...” (E4) Direcionamento
“...antecipar possíveis contratempos pelo fluxo correto de informação...”
(E3)
Fluxo
informações
“...pessoas bem informadas são capazes de contribuir melhor para a
organização...” (E2) Contribuição
“...os gestores em algumas situações não se preocupam adequadamente
com o desdobramento do planejamento estratégico, isso interrompe o
processo e prejudica os resultados...” (E5)
Desdobramento
Pro
mo
ver
a p
arti
cip
ação
das
pes
soas
no
pla
nej
amen
to e
stra
tég
ico
Conhecer,
entender o
negócio da
organização, o
seu ambiente
identificando
oportunidades e
alternativas
“...quando o desdobramento acontece corretamente os objetivos ficam
claros possibilitando bons resultados, isso também contribui para
orientar as pessoas para que possam contribuir verdadeiramente no
processo de certificação” (E4)
Objetivos claros
“...só é possível o comprometimento das pessoas se elas se sentirem
participantes do processo decisório...” (E1) Participação
“...é preciso ter consciência da importância da padronização...” (E3) Padronização
“...seguir procedimentos possibilita resultados previsíveis no
processo...” (E2) Previsão
“...o rigor nos procedimentos garante que as coisas acontecerão
conforme previstas...” (E5) Garantia
Fonte: Autor
56
O Quadro 21 indica que para uma orientação adequada as ações devem estar relacionadas
a integração das pessoas e um processo de comunicação eficaz que seja capaz de manter as
pessoas e os processos alinhados aos objetivos estratégicos.
O primeiro bloco de apresenta uma série de trechos da entrevista que indicam a
importância de manter as pessoas informadas para que se mantenha uma comunicação aberta
entre o líder e sua equipe, gerando integração em todas as ações rotineiras onde haja esforços de
contribuição de todos dando sustentação ao líder para que possa orientar e conduzir a equipe
garantindo as rotinas necessárias à melhoria contínua do sistema de qualidade. Manter as pessoas
informadas contribui para o direcionamento do fluxo de informações para uma comunicação
adequada estes conceitos se relacionam com os saberes de Le Boterf “Compreender, trabalhar,
transmitir informações, conhecimentos”.
Os seis blocos seguintes indicam a importância de promover a participação das pessoas no
planejamento estratégico da organização, para contribuir com a liderança na dinâmica de
orientação e condução das pessoas rumo aos objetivos e metas da organização. A visão é formada
no campo estratégico e deve ser desdobrada, o que significa transformar os objetivos estratégicos
em metas e ações em todos os níveis da organização, utilizando planos de ação e indicadores de
resultados. Os objetivos e metas precisam ser claros e factíveis apresentados de forma
padronizada, o que facilita o entendimento em todos os níveis da organização, permitindo
acompanhar os resultados analisando as tendências e garantindo uma previsão segura que permita
perceber se as metas estão no caminho da visão estabelecida no nível estratégico. Estas
considerações se relacionam com os saberes de Le Boterf “Conhecer, entender o negócio da
organização, o seu ambiente identificando oportunidades e alternativas.
O Quadro 22 apresenta os incentivos para que as pessoas se comprometam com a
implantação e melhoria contínua do sistema de qualidade. Líderes que compreendem as emoções
parecem estimular os subordinados a trabalhar de forma mais eficaz e eficiente. (GROSSMAN,
2000)
O item da entrevista apresenta as ações relacionadas a capacidade de incentivar a equipe
para a implantação e melhoria contínua do sistema de qualidade.
57
Quadro 22: Incentivos
Trecho da Entrevista Condensado Ações (LE BOTERF, 2000)
“...nem sempre os bons resultados são
reconhecidos pelos gestores...” (E4) Reconhecimento
“Reconhecer
bons
resultados”
Saber o que e o por que faz,
saber julgar, escolher e decidir
“...dar reconhecimento é um estímulo que
contribui para que as pessoas se
comprometam com o processo de
melhoria contínua da certificação...” (E1)
Comprometimento
“...as pessoas buscam ser reconhecidas
pelos seus resultados positivos na mesma
medida que são cobradas nos negativos...”
(E3)
Justiça, equidade nas
avaliações
“...o gestor está preparado para cobrar
resultados, mas nem todos estão
preparados para reconhecer os bons
resultados...” (E2)
Preparação
“...os processos certificados, normalmente
apresentam bons resultados. Estes
resultados devem ser divulgados para que
estimulem as pessoas...” (E5)
Resultados
“Divulgar
bons
resultados”
Compreender, trabalhar,
transmitir informações,
conhecimentos
“...para buscarem novos e melhores
resultados as pessoas precisam conhece-
los...” (E4)
Aperfeiçoamento
“...as informações sobre os bons
resultados são como recompensas para as
pessoas comprometidas com a
organização...” (E1)
Recompensa
“...uma empresa precisa buscar
compartilhar conquistas que alavanquem
seu crescimento...” (E5)
Crescimento
“...divulgar as conquistas estimulam as
pessoas a contribuírem mais...” (E2) Contribuição
“...para que se comprometam as pessoas
precisam estar cientes do resultado da
empresa e suas conquistas...” (E3)
Comprometimento
“...conquistas são grandes passos nos
objetivos da empresa, é muito importante
que sejam compartilhadas por todos...”
(E4)
Metas
“...para estimular as pessoas é preciso
gerar as competências...” (E1) Competências
Proporcionar
treinamentos
Trabalhar o conhecimento e a
experiência, rever modelos
mentais, saber desenvolver-se
“...o treinamento aplicado na frequência
adequada proporciona a capacitação
necessária...” (E2)
Capacitação
“...pessoas capacitadas são fundamentais
para alcançar os resultados esperados...”
(E4)
Resultados
“...os gestores precisam destacar as boas
práticas internas e externas...” (E1) Reconhecimento
“...boas práticas possibilitam alcançar os
objetivos contribuindo para a melhoria
contínua do sistema de qualidade...” (E5)
Contribuição
“...se existem boas práticas sendo
realizadas, precisamos destacar e
aproveitar para evoluir nossa condição...”
(E3)
Aproveitamento
Fonte: Autor
58
O Quadro 22 indica que para gerar estímulos é preciso aprofundar o relacionamento e
manter o nível adequado de informações por meio de um processo adequado de comunicação.
Assim as pessoas se sentirão estimuladas para buscar cumprir os objetivos.
O primeiro bloco de trechos da entrevista, indicam a importância dada pelos entrevistados
para a questão do reconhecimento sobre bons resultados. É importante o entendimento de que
bons resultados não são obra do acaso, para se obter resultados importantes é preciso que a
liderança faça um trabalho de preparação, tanto próprio, como dos membros da equipe
desenvolvendo competências que trarão o comprometimento necessário e contribuirão para os
bons resultados. Para que haja justiça no reconhecimento é fundamental que a análise dos
resultados tenha equidade na avaliação. Encontra nos saberes de Le Boterf o relacionamento com
os conceitos estabelecidos “Saber o que e o por que faz, saber julgar, escolher e decidir”.
Os blocos seguintes apresentam sete trechos da entrevista que indicam a importância em
divulgar os bons resultados, para que as pessoas entendam que a recompensa principal está no
aperfeiçoamento e crescimento das pessoas tornando-as comprometidas e capazes de contribuir
com a realização das metas estabelecidas pela organização. Dentro dos saberes de Le Boterf, a
que se relaciona com estes conceitos é, “Compreender, trabalhar, transmitir informações,
conhecimentos”.
O último bloco é composto de seis trechos da entrevista que indicam a importância de
proporcionar treinamento para as pessoas da organização. Valorizam a busca da capacitação
adequada ao desenvolvimento das competências necessárias para melhoria contínua do sistema
de qualidade, visando alcançar os resultados previstos na estratégia. Os entrevistados indicam
que este processo deve ser desenvolvido integrado a ações de reconhecimento às contribuições
das pessoas e o aproveitamento dos recursos humanos da organização. Dentre os saberes de Le
Boterf, o que se alinha a esta situação é “Trabalhar o conhecimento e a experiência, rever modelos
mentais, saber desenvolver-se”.
Os próximos trechos da entrevista são relativos ao planejamento, que é um ponto crítico
para o processo de certificação e melhoria contínua da norma de qualidade. A necessidade de
obter resultados destaca a importância dos aspectos técnicos e de gestão, considerando três
funções básicas: planejamento, organização e controle e melhoria da qualidade. O objetivo da
administração é reduzir o custo gerado pelos erros, buscando otimizar os custos totais de
qualidade (JURAN; GRYNA, 1993).
O quadro 23 apresenta a visão da alta administração identificando como deve planejar as
ações que garantam a melhoria contínua do sistema da qualidade?
59
Quadro 23 - Como a alta administração deve atuar no planejamento estratégico, relacionado às
questões de qualidade e consequentemente de melhoria contínua do sistema de qualidade?
Trecho da Entrevista Códigos Ações (LE BOTERF, 2000)
“...infelizmente o planejamento não faz
parte da rotina de muitos gestores...”
(E4)
Rotina
Planejamento
Conhecer, entender o
negócio da organização, o
seu ambiente
identificando
oportunidades e
alternativas
“...fazer um bom planejamento assegura
que no momento da execução as arestas
estarão aparadas e as variáveis
controladas...” (E1).
Variáveis controladas
“...muitos gestores não dedicam tempo
adequado ao planejamento...” (E5)
Tempo
“...se planejamento é dentro do
cronograma a execução é melhor...”
(E2)
Cronograma
“...uma garantia de que as pessoas
seguirão o que foi planejado, está
justamente na participação delas no
processo de planejamento...” (E3)
Participação
“...isso dá sentimento de autoria e faz
com que todos torçam para o projeto dar
certo...” (E4)
Expectativa positiva
“...o envolvimento da equipe é
importante, sobremaneira no
planejamento...” (E1)
Elaboração
“...cada detalhe do planejamento deve
ser considerado...” (E2)
Detalhes
“... itens simples durante o planejamento
podem fazer muita diferença na
execução...” (E3)
Clareza e objetividade
“...a devida atenção aos detalhes pode
evitar problemas potenciais na
execução...” (E5)
Detalhes
“...planejar significa observar todas as
possibilidades que envolvem um
projeto...” (E4)
Possibilidades
“...utilizar ferramentas de planejamento
facilita muito...” (E3)
Planejamento
“... as ferramentas identificam os pontos
chaves para o sucesso do
planejamento...” (E1).
Pontos chaves
“...boas ferramentas de planejamento
podem ser um diferencial no resultado
final...” (E2)
Ferramentas
“...para iniciar qualquer planejamento, o
ambiente deve estar adequado...” (E5)
Ambiente
“Organizar o
ambiente”
Criar sinergia, mobilizar
recursos e competências
“...ambiente adequado significa estar
organizado e preparado...” (E3)
Ambiente
“...para desenvolver precisa de
condições de planejamento
adequadas...” (E4)
Condições
Fonte: Autor
O Quadro 23 indica que o planejamento se relaciona diretamente com a obtenção e
disponibilização de recursos, tanto materiais como de pessoas.
O planejamento deve fazer parte da Rotina da organização no nível estratégico, tático e
operacional. A utilização de ferramentas de gestão para identificar os pontos chaves, facilita
estabelecer condições para manter as variáveis de processo controladas e elaborar metas
60
objetivas, com clareza de detalhes. A participação das pessoas na identificação dos problemas,
cria possibilidades e condições de gerar expectativas positivas para melhor aproveitamento de
recursos, entre eles o tempo de planejamento e realização. Com isso, os objetivos e metas podem
ser alcançadas conforme definidos na estratégia.
O Quadro 24 envolve ações da alta administração que influenciam o nível de motivação
das pessoas, questão que representa um fator crítico para a melhoria contínua do SG.
A alta administração deve manter em conta os diferentes fatores de motivação dos
funcionários da organização e desenvolver um sistema de recompensa que satisfaça todos
(GOVINDARAJULU; DAILY, 2004).
O Quadro 24 apresenta trechos da entrevista e a condensação destes trechos, bem como a
identificação das ações que podem influenciar positivamente a questão de motivação.
Quadro 24 - Como a alta administração deve motivar a organização para o engajamento
necessário à melhoria contínua do sistema da qualidade?
Trecho da Entrevista Condensado Ações
LE
BOTERF,
(2000)
“...a presença do gestor junto a equipe demonstra sua preocupação com
pessoas...” (E3)
Atenção
Aco
mp
anh
amen
to
“...isso motiva as pessoas a se engajarem na melhoria contínua do
sistema de qualidade” (E1)
Engajamento
“...estar próximo ao fato facilita a tomada de decisão correta e isso
motiva as pessoas...” (E2)
Proximidade
“...os funcionários se sentem motivados quando percebem que os
gestores estão próximos com intuito de ajudar...” (E5)
Parceria
“...ser tratado de forma justa significa que as decisões de gestão são
tomadas conforme o merecimento das pessoas...” (E3)
Decisões corretas
Tra
tar
com
just
iça
“... assim as pessoas se motivam e se engajam...” (E5) Engajamento
“...o gestor deve conhecer as pessoas e trata-las conforme seu
merecimento...” (E1)
Conhecimento
“...para que os funcionários se motivem e se engajem é preciso que o
gestor apresente os objetivos e metas de forma clara...” (E4)
Clareza
Ob
jeti
vo
s
clar
os
Compreender,
trabalhar,
transmitir
informações,
conhecimento
s
“...metas claras podem ser desafiadoras e viáveis...” (E3). Desafios
“...os objetivos não podem ser de difícil compreensão, cabe ao gestor
colocar de forma clara...” (E1)
Simplicidade
“...resultados expressivos precisam ser reconhecidos e premiados...”
(E5)
Reconhecimento
Pre
mia
r re
sult
ado
s
Criar sinergia,
mobilizar
recursos e
competências
“...as pessoas esperam ser valorizadas e premiadas quando forem além
das metas...” (E2)
Valorização
“...resultados negativos são sempre evidenciados, os gestores devem
aprender a premiar resultados positivos...” (E4)
Aprendizado
“...não está na cultura dos gestores o incentivo por meio de premiação,
mas é importante considerar o valor que esta dinâmica tem...” (E3)
Incentivo
“...as condições de trabalho são fundamentais para motivar e engajar as
pessoas...” (E1)
Condições
Co
ndiç
ões
d
e
trab
alh
o “...principalmente para melhoria contínua do sistema de qualidade, pois
as normas contemplam categoricamente a necessidade de um ambiente
de trabalho adequado...” (E4).
Adequação
“...as pessoas esperam ser tratadas com respeito...” (E2) Respeito
Fonte: Autor
61
O primeiro grupo de trechos da entrevista do Quadro 24 indica a importância da questão
do acompanhamento das pessoas pelos líderes, contudo é preciso entender a amplitude do
significado de acompanhamento, neste caso significa, estar próximo e dar atenção às pessoas,
conhecer suas necessidades e trabalhar em parceria engajados com os objetivos e metas da
organização.
O segundo grupo de trechos da entrevista apresenta, como fator importante para criar um
ambiente propenso à motivação, uma forma justa de tratamento entre a liderança e as pessoas da
organização, para isso é importante que os gestores tenham conhecimento, habilidades e atitudes
que capacitem a tomar decisões corretas, fator que encoraja o engajamento próprio e da equipe
na direção dos objetivos e metas da organização.
Os dois blocos de trechos da entrevista citados anteriormente se relacionam com os saberes
de Le Boterf, “Saber o que e o por que faz, saber julgar, escolher e decidir”.
Nos três blocos seguintes, identificou-se a importância de estabelecer objetivos claros com
simplicidade, mas que apresentem metas desafiadoras, capazes de motivar para o engajamento
das pessoas. Estes fatores se relacionam com os saberes de Le Boterf, “Compreender, trabalhar,
transmitir informações, conhecimentos”.
Os quatro trechos seguintes, indicam que premiar resultados tem um papel importante para
motivar e engajar as pessoas. O reconhecimento e valorização de um trabalho que tenha um
resultado diferenciado cria incentivo e motiva ao aprendizado necessário para a melhoria dos
resultados.
Os três últimos trechos da entrevista indicam que a motivação e engajamento estão
relacionados as condições de trabalho que são oferecidas às pessoas, para desempenharem suas
atividades relacionadas a melhoria contínua do sistema de qualidade. Ter as condições de
trabalho adequadas demonstra o respeito que a organização tem com seus funcionários, isso
propicia maior foco na resolução de problemas relativos a melhoria de processo, já que as
necessidades básicas de ambiente de trabalho estão satisfatórias.
Estes dois últimos blocos dos trechos da entrevista estão relacionados aos saberes de Le
Boterf, “Criar sinergia, mobilizar recursos e competências”.
O Quadro 25 diz respeito ao posicionamento da alta administração, para identificar ações
que favoreçam o direcionamento das pessoas no processo de implantação e melhoria contínua do
sistema de qualidade. Gestão do processo de implantação e melhoria contínua do sistema de
qualidade implica em orientar todas as atividades e esforços no sentido de tarefas comuns, que
devem ser realizadas para integrar e coordenar todo o sistema (PSOMAS et al., 2011).
62
Identifica as ações de direcionamento descritas nos condensados dos trechos da entrevista.
Busca identificar como a alta administração deve direcionar as ações de toda a organização, no
sentido de melhoria contínua do sistema da qualidade?
Quadro 25 – Como a alta administração deve direcionar as ações das pessoas para melhoria
contínua do sistema da qualidade?
Trecho da Entrevista Condensado Ações (LE BOTERF, 2000)
“...o planejamento precisa ser respeitado
em todas as suas etapas garantindo o
direcionamento das pessoas...” (E4)
Respeito ao planejamento
Pla
nej
amen
to
Conhecer, entender o
negócio da
organização, o seu
ambiente
identificando
oportunidades e
alternativas
“...o rigor em seguir o direcionamento
dentro dos limites determinados...” (E3) Rigor em seguir as orientações
“...o sucesso do sistema de qualidade passa
pelo direcionamento das ações...” (E2) Ações coordenadas
“...planejar e seguir o direcionamento é
missão do gestor...” (E1) Responsabilidade com suas ações
“...para direcionar as ações no sentido da
melhoria contínua da norma, os gestores
têm o dever de alinhar os objetivos...” (E4)
Alinhar os objetivos
“...ter preocupação em estabelecer e
alinhar objetivos...” (E5) Estabelecer linhas de ação
“...os objetivos devem estar sempre
relacionados e alinhados com o
planejamento estratégico da
organização...” (E2).
Relação com o planejamento
estratégico
“...para garantir o perfeito entendimento
do processo de certificação e sua melhoria
contínua, é preciso estabelecer estratégias
claras...” (E3) Entendimento das estratégias
“...estratégias de fácil entendimento
ajudam a direcionar as ações...” (E1).
“...as pessoas precisam entender o sentido
que as estratégias fazem...” (E5) Sentido da estratégico
“...ter noções claras sobre objetivos e
estratégias facilita o engajamento...” (E4) Engajamento com os objetivos
“...o desdobramento dos objetivos a todos
os níveis da organização e sua correta
priorização são fatores de muita
importância...” (E3)
Importância da priorização
“...para direcionar as ações no sentido da
melhoria contínua da certificação é preciso
priorizar os objetivos...” (E2).
Priorizar objetivos
“...objetivos precisam de priorização para
dar direcionamento às pessoas...” (E1) Escolha a ação mais significativa
“...direcionar pessoas implica em
responsabilidade sobre riscos...” (E5) Responsabilidade sobre os riscos
“Av
alia
r ri
sco
s”
Ser responsável
assumindo os riscos e
consequências de suas
ações e sendo por isso
reconhecido
“... é preciso uma avaliação rigorosa sobre
os riscos que a organização e as pessoas
estarão expostas...” (E4)
Avaliação dos riscos “...uma correta avaliação dos riscos que
envolvem a organização no processo de
certificação e melhoria contínua do
Sistema de Qualidade...” (E3)
Fonte: Autor
63
O Quadro 25 indica no primeiro bloco de trechos da entrevista que indicam que o
planejamento é importante para o direcionar as ações das pessoas para a melhoria contínua do
sistema de qualidade. Para que o planejamento seja respeitado é preciso rigor em seguir as
orientações, realizar ações coordenadas e ter engajamento com os objetivos. Todas as ações
devem ser relacionadas ao planejamento estratégico da organização, que alinha os objetivos,
estabelece linhas de ação, dá sentido e entendimento à estratégia. Este bloco de trechos da
entrevista se relaciona com os saberes de Le Boterf “Conhecer, entender o negócio da
organização, o seu ambiente identificando oportunidades e alternativas”.
O segundo bloco de trechos da entrevista indica a importância de avaliar os riscos que
podem ser representativos durante o processo de direcionamento das pessoas para os objetivos
da organização, é preciso que haja responsabilidade no processo decisório que envolvam riscos
que possam comprometer a melhoria contínua do sistema de qualidade. Este bloco se relaciona
com os saberes de Le Boterf “Ser responsável assumindo os riscos e consequências de suas ações
e sendo por isso reconhecido”.
As práticas de qualidade, necessárias para certificação, destacam os recursos humanos para
criar um ambiente e cultura que suportam inovação (THAI HOANG et al., 2006).
Quadro 26 - Quais aspectos humanos devem ser observados para gerar trabalho em equipe para
melhoria contínua de uma norma de qualidade?
Trecho da Entrevista Condensado Ações LE BOTERF,
(2000)
“...é preciso que haja respeito incondicional às pessoas para que se sintam
reconhecidas e seguras na organização...” (E1). Reconhecimento
Res
pei
to
inco
nd
icio
nal
às p
esso
as
Criar sinergia,
mobilizar
recursos e
competências
“...as pessoas esperam ser respeitadas em seu trabalho...” (E2) Expectativas
“...a receptividade das pessoas vem pelo respeito por elas...” (E4) Receptividade
“...o gestor deve demonstrar seu respeito pelas pessoas...” (E3) Respeito
“...um processo de certificação exige condições adequadas...” (E5) Exigência
Co
ndiç
ões
adeq
uad
as
“...para a execução das atividades e garantir que a certificação se mantenha,
é preciso cuidar das condições de trabalho...” (E1) Cuidado
“...condições de trabalho para que as pessoas se concentrem na melhoria
contínua da norma...” (E2). Concentração
“...as pessoas que estão envolvidas no processo de certificação e na melhoria
contínua do sistema de qualidade precisam se sentir valorizadas...” (E3) Valorização
Dar
val
or
as
pes
soas
“...os gestores devem reconhecer sua dependência da equipe e dar o devido
valor às pessoas que a compõe...” (E5). Relacionamento
“...pessoas valorizadas realizam suas atividades com mais dedicação...” (E1) Dedicação
“...as pessoas sempre esperam ser tratadas com justiça...” (E4) Expectativas
Tra
tar
as
pes
soas
co
m
just
iça
Saber o que e o
por que faz, saber
julgar, escolher e
decidir
“...quando existe o sentimento de justiça as pessoas se dispõem...” (E3) Sentimento
“...pessoas tratadas com justiça contribuem melhor...” (E5) Contribuição
“...gestores que tratam as pessoas com justiça conseguem melhores
condições para a melhoria contínua da norma de qualidade...” (E1) Resultados
“...as pessoas precisam participar do processo de desenvolvimento...” (E2) Participante
Dar
ap
oio
ao
des
env
olv
imen
to Trabalhar o
conhecimento e a
experiência, rever
modelos mentais,
saber
desenvolver-se
“...é responsabilidade dos gestores o desenvolvimento das pessoas...” (E3) Apoio
“...os gestores devem ter preocupação e responsabilidade com o
desenvolvimento das pessoas...” (E4). Preocupação
Fonte: Autor
64
Os trechos da entrevista apresentados nos primeiros blocos do Quadro 26 indicam a
importância de a liderança ter respeito às pessoas, para isso é importante entender as expectativas
das pessoas e reconhecer os esforços individuais e coletivos de cada membro da equipe
garantindo uma boa receptividade das pessoas em relação ao líder.
O bloco seguinte indica a necessidade de cuidar do ambiente de trabalho atendendo as
exigências estabelecidas para obtenção das condições ideais à melhoria contínua do sistema de
qualidade, bem como indica a importância de manter um ambiente de trabalho que favoreça a
concentração das pessoas.
O terceiro bloco indica a importância de dar valor às pessoas, favorecendo o
relacionamento, reconhecendo a dedicação das pessoas e seus resultados positivos que
contribuem com os objetivos da organização.
Os três primeiros blocos se relacionam com os saberes de Le Boterf “Criar sinergia,
mobilizar recursos e competências”.
O bloco seguinte dos trechos da entrevista indica a importância de tratar as pessoas com
justiça, pois este sentimento faz parte das expectativas das pessoas gerando um sentimento de
contribuição que conduz a resultados positivos para a organização e consequentemente para a
melhoria contínua do sistema de qualidade. Este bloco se relaciona com os saberes de Le Boterf
“Saber o que e o por que faz, saber julgar, escolher e decidir”.
O último bloco de trechos da entrevista indica a importância de dar apoio ao
desenvolvimento das pessoas para que adquiram capacitação e desenvolvam competências
necessárias à melhoria contínua do sistema de qualidade, para isso é preciso incentivar a
participação das pessoas, dar apoio às suas necessidades de recursos demonstrando preocupação
com cada um dos membros da organização. Este bloco se relaciona com os saberes de Le Boterf
“Trabalhar o conhecimento e a experiência, rever modelos mentais, saber desenvolver-se”.Com
as informações dos quadros consolidadas foi realizada uma reunião de discussão dos resultados
tabulados com os gestores que participaram da entrevista. Esta reunião teve uma duração de 2
horas.
Os gestores indicaram que os temas estão alinhados com o processo que a empresa está
passando após a concretização da certificação na norma VDA 6.3, que ocorreu em dezembro de
2015. Segundo eles, “analisando as respostas que foram apresentadas, percebe-se coerência entre
os comportamentos necessários para a melhoria contínua da certificação e os perfis que surgiram
nas entrevistas”. Um detalhe que obteve concordância de todos e que chamou a atenção nos
resultados obtidos, foi uma percepção clara de que as atitudes e comportamentos da liderança
65
influenciam significativamente o retorno oferecido pelos liderados, em forma de ações
direcionadas ao processo de certificação e melhoria contínua da norma.
Também acrescentaram a percepção sobre a grande preocupação na questão da melhoria
contínua da norma após a certificação, o que definiram como um fator muito importante, e que
até esse momento, não tinham uma percepção clara sobre isso. Concordaram que, no momento
seguinte à consolidação da certificação, existe um relaxamento natural dos envolvidos, que pode
comprometer todo o trabalho realizado e o esforço para obter a certificação.
Após a consolidação dos dados, na reunião com os entrevistados, foi solicitado uma nova
reunião, desta vez com uma duração de 4 horas, para análise conjunta, entre eles, para definirem,
em consenso, os adjetivos que consideram importantes no perfil da liderança, para a certificação
e melhoria contínua do sistema de qualidade, neste caso, aplicados à norma VDA 6.3. Os
adjetivos e conceitos foram baseados nas entrevistas.
Os conceitos destes adjetivos foram elaborados, por meio de um brainstorming baseado
nos resultados dos quadros, onde foram definidos os adjetivos, que segundo os entrevistados
deveriam compor o perfil de liderança da alta direção para implantação e melhoria contínua da
norma de qualidade. Após a elaboração da lista dos adjetivos foram selecionados pelos
entrevistados, por consenso, os mais relevantes. Após isso, foi preciso mais uma reunião de 4
horas com objetivo de dar uma definição final destes adjetivos, sendo que todos os entrevistados
participaram da construção destas definições. Abaixo estão os adjetivos com as devidas
definições em consenso:
• Perseverante: “O líder tem a atitude de se preocupar não somente com a implantação de
projetos, sistemas e atividades, mas mantém o compromisso de perdurar o acompanhamento
durante todo o tempo necessário”.
• Gestor: “O líder tem a habilidade de gestão que o capacita a conduzir as pessoas na
busca da implantação do sistema de qualidade, além de manter a motivação para que as pessoas
apliquem o rigor necessário à melhoria contínua do sistema de forma perene”.
• Exemplar: “O líder tem uma atitude baseada em um comportamento adequado em
relação às normas e procedimentos da organização, todas as suas orientações são baseadas no
seu próprio posicionamento”.
• Realizador. “Tem capacidade de realização, trata as questões pelo planejamento e
garantia de que serão realizadas conforme planejadas. Tem preocupação com a obtenção de
recursos que são necessários à realização da ação”.
66
• Compartilhador: “Possui conhecimento suficiente para execução da sua missão e
desenvolve ferramentas de compartilhamento dos conhecimentos gerando um ambiente
favorável à gestão do conhecimento”.
• Participativo: “O líder utiliza seu potencial para promover a disseminação do
conhecimento por todos os níveis da organização facilitando o desdobramento do planejamento
estratégico”.
• Reconhecedor: “Tem atitudes positivas demonstradas pelo reconhecimento das
realizações das pessoas dando a devida importância ao potencial de cada pessoa da organização”.
• Valorizador: “Suas atitudes demonstram que dá valor às pessoas, segundo seus
resultados, evidenciando o quanto elas são importantes para a organização”.
• Planejador: “Seu conhecimento proporciona utilizar o planejamento de forma rotineira,
obtendo resultados significativos facilitados pelo processo de planejamento”.
• Detalhista: “Seu conhecimento sobre planejamento faz com que reconheça o valor real
dos detalhes que podem ser representativos no resultado final”.
• Acompanhante: “Tem habilidade de se fazer presente durante as atividades das pessoas,
conhecendo de perto as dificuldades existentes e providenciando recursos que possibilitem um
resultado melhor ao processo”.
• Desafiador: “Seu conhecimento sobre a estratégia da organização permite desdobrar os
objetivos buscando resultados desafiadores, tendo o cuidado de elaborá-los dentro de condições
que sejam possíveis se todos derem o melhor de suas competências”.
• Rigoroso: “O conhecimento sobre planejamento faz com que seja rigoroso em manter
as etapas planejadas, possibilitando alcançar resultados conforme foram programados com
mínimos desvios”.
• Sucinto: “Por ter conhecimento sobre os processos da organização, consegue estabelecer
objetivos de forma objetiva e de fácil entendimento garantindo que as pessoas cumprirão
adequadamente suas responsabilidades”.
• Justo: “Suas atitudes são baseadas em princípios e valores que norteiam suas decisões e
possibilitam ações reconhecidas como justas pelas pessoas da organização”.
Destes adjetivos os que foram considerados como principais foram:
Gestor, pela importância da capacidade de gerir a equipe direcionando os esforços
para a melhoria contínua do sistema de qualidade.
Exemplar, pela necessidade de agir em conformidade com os procedimentos
estabelecidos e um comportamento adequado aos valores e princípios da
organização.
67
Realizador, pela capacidade de transformar ideias em ações práticas do dia a dia,
garantindo que o que foi planejado é realizado.
O Quadro 27, relaciona as necessidades relatadas pelos gestores, com as competências por
eles destacadas e os adjetivos elaborados pelos gestores como perfil de liderança adequado a
melhoria contínua do sistema de qualidade. As competências identificadas que são marcadas com
“X”, e são consideradas, quanto mais elevadas melhor.
Quadro 27 - Relação competência com perfil de liderança
Item Necessidades consideradas como relevantes pelos
entrevistados
Competência
Perfil de liderança Ideal
Conh
ecim
ento
s
Hab
ilid
ades
Ati
tud
es
No
rmas
qu
alid
ade
Fer
ram
enta
s qual
idad
e
Mobil
izaç
ão
Co
mun
icaç
ão
Eng
ajam
ento
Co
mp
rom
etim
ento
Gestão Dar continuidade das implementações X X Perseverante
Gestão de chefias eficaz X X Gestor
Confiança Exemplaridade X X X Exemplar
Prover recursos para o trabalho X X Realizador
Orientação
Compartilhar os planos da empresa X X X Compartilhador
Promover a participação no desdobramento do planejamento
estratégico X X Participativo
Incentivo Reconhecer bons resultados X X Reconhecedor
Premiar ideias X X Valorizador
Planejamento Dedicar tempo ao planejamento X X Planejador
Dar importância a todos os itens do planejamento X X Detalhista
Motivar Acompanhar as atividades junto com os funcionários X X Acompanhante
Estabelecer objetivos desafiadores e realizáveis X X Desafiador
Direcionar Planejamento rigoroso das ações a serem executadas X X Rigoroso
Apresentar objetivos claros X X Sucinto
Aspectos
humanos
Tratar as pessoas com justiça X Justo
Dar valor as pessoas X Valorizador
Fonte: Autor
O Quadro 27 sintetiza as palavras chaves levantadas no questionário, com as necessidades
levantadas, as competências e o perfil de liderança identificados pelos gestores na reunião de
feedback.
68
A primeira coluna foi baseada nas palavras chaves utilizadas nas questões das entrevistas,
a segunda nas necessidades indicadas para cada palavra chave. Estes fatores foram relacionados
às competências apresentadas pelos entrevistados e o perfil que os gestores consideram ideais
para o líder na melhoria contínua do sistema de qualidade.
O primeiro item o perfil de liderança identificado é a gestão, que se relaciona com a
perseverança, onde a ação da liderança é dar continuidade nas implementações com uma gestão
eficaz, para isso é preciso ter o conhecimento das normas de qualidade, ter a habilidade de
mobilizar pessoas e as atitudes de engajamento e comprometimento.
Em seguida, o item identificado é a confiança, que se relaciona com a exemplaridade do
líder e sua preocupação em prover recursos para o trabalho. Os gestores consideram que o líder
deve desenvolver a habilidade de mobilizar pessoas e as atitudes de engajamento e
comprometimento que devem compor o um líder realizador de conduta exemplar.
O terceiro item identificado pelos gestores é a orientação, por meio do compartilhamento
dos planos da empresa, promovendo a participação no desdobramento do planejamento
estratégico. O líder precisa ter conhecimento sobre ferramentas da qualidade, habilidade de
mobilização e comunicação e atitudes que demonstrem comprometimento.
Em seguida os gestores indicam o item incentivo que está no perfil do líder como
reconhecedor de bons resultados e valorizador que premia boas ideias. O líder deve ter a
habilidade de mobilizar pessoas e de comunicação, bem como ser comprometido com a empresa.
Os autores indicam o planejamento como fator importante para a organização, para isso o
líder deve dedicar tempo ao planejamento dando importância aos detalhes do planejamento, ter
conhecimento de normas de qualidade, ferramentas de qualidade e ter atitude de
comprometimento.
O item seguinte é motivar, fator que indica a importância de acompanhar as atividades
junto com os funcionários e estabelecer objetivos desafiadores e realizáveis para propiciar o
ambiente para a motivação. É importante desenvolver a habilidade de mobilização e
comunicação, bem como ter atitudes de engajamento e comprometimento. O líder deve ter um
perfil que sejas desafiador e acompanhante da sua equipe.
O item direcionar está relacionado com o planejamento rigoroso das ações a serem
executadas com objetivos claros. Para isso é preciso ter conhecimento sobre normas de qualidade
e ferramentas de qualidade, habilidade de comunicação e comprometimento. O perfil adequado
para a liderança indicado pelos gestores é ser sucinto e rigoroso.
69
O último item identificado é sobre os aspectos humanos onde indicam a importância de
tratar as pessoas com justiça dando o devido valor para elas. Os gestores identificaram que é
importante a habilidade de mobilizar pessoas para ter o perfil de justo e valorizador.
O Quadro 28 indica as relações existentes entre o perfil ideal de liderança para a melhoria
contínua do sistema de qualidade, definidos pelos gestores, as competências segundo Le Boterf,
os processos decorrentes do planejamento estratégico e a norma VDA.
Quadro 28: Relação perfil, CHA, processo e VDA
Perfil de liderança
Ideal
CHA
Gestão Norma VDA
Conh
ecim
ento
s
Hab
ilid
ade
s Ati
tud
es
No
rmas
qu
alid
ade
Fer
ram
enta
s
qual
idad
e
Lid
eran
ça
Co
mun
icaç
ão
Eng
ajam
ento
Co
mp
rom
etim
ento
Perseverante X X
Projetos
Gerenciamento de Projetos, questão 1 (P2.1) A organização do
projeto (gerenciamento do projeto) foi estabelecida e as tarefas e
competências do gerente de projeto e dos membros da equipe foram
definidas?
Planejador X X
Sucinto X X
Desafiador X X
Valorizador X X
Pessoas Análise de Processo e Produção, questão 3.3 (P6.3.3). Existe um
plano de utilização dos recursos humanos?
Justo X
Reconhecedor X X
Exemplar X X X
Gestor X X Gestão da
Produção
Análise de Processo e Produção, questão 3.2 (P6.3.2). Os
colaboradores estão qualificados para cumprir as tarefas exigidas e
suas qualificações estão sendo mantidas? Participativo X X
Realizador X X
Recursos Execução do Desenvolvimento de Produto e de Processo, questão 3
(P4.3). Os postos de trabalho e de teste estão adequados para as
exigências?
Compartilhador X X X
Suprimentos Gerenciamento de projetos, questão 5 (P2.5). As pessoas
responsáveis na organização e junto aos clientes estão integradas no
serviço de processamento das alterações?
Detalhista X X
Qualidade
Análise de Processo e Produção, questão 3.1 (P6.3.1).
Responsabilidades e competências para supervisão da qualidade do
produto/processo foram delegados aos colaboradores? Rigoroso X X
Acompanhante X X
Gestão
Financeira
Execução do Desenvolvimento de Produto e de Processo, questão 3
(P4.3). Os postos de trabalho e de teste estão adequados para as
exigências?
Fonte: Autor
70
A área de Gestão de Projetos está relacionada com a norma VDA 6.3 no requisito
“Gerenciamento de Projetos, questão 1 (P2.1) A organização do projeto (gerenciamento do
projeto) foi estabelecida e as tarefas e competências do gerente de projeto e dos membros da
equipe foram definidas? ” Os perfis de liderança que se relacionam com a área de projeto são:
perseverante, planejador, sucinto e desafiador.
A área de Gestão de Pessoas se relaciona com a norma VDA 6.3 “Análise de Processo e
Produção, questão 3.3 (P6.3.3). Existe um plano de utilização dos recursos humanos? ” Para esta
área os perfis de liderança que se adequam são: justo, reconhecedor, exemplar.
A área de Gestão de Recursos se relaciona com a norma VDA 6.3 “Execução do
Desenvolvimento de Produto e de Processo, questão 3 (P4.3). Os postos de trabalho e de teste
estão adequados para as exigências? ” O perfil que se adequa a esta área é de realizador.
A área de Gestão de Suprimentos se relaciona com a norma VDA 6.3 “Gerenciamento de
projetos, questão 5 (P2.5). As pessoas responsáveis na organização e junto aos clientes estão
integradas no serviço de processamento das alterações? ” Para esta área o perfil adequado é
compartilhador
A área de qualidade se relaciona com a norma “Análise de Processo e Produção, questão
3.1 (P6.3.1). Responsabilidades e competências para supervisão da qualidade do
produto/processo foram delegados aos colaboradores? ” O perfil que se adequa para esta área é
o de rigoroso e detalhista.
Por último a área de gestão é a financeira, que se relaciona com a norma “Execução do
Desenvolvimento de Produto e de Processo, questão 3 (P4.3). Os postos de trabalho e de teste
estão adequados para as exigências? “ O perfil que se adequa para esta área é o de
acompanhamento.
Os resultados apontam para uma abordagem prática sobre competências relacionadas ao
perfil de liderança e necessidades para melhoria contínua do sistema de qualidade. Também
apresenta argumentação, para uma análise aprofundada, sobre perfis de liderança e suas
influências sobre implantação e melhoria contínua de sistemas de qualidade, bem como uma
reflexão gerencial sobre o papel da alta administração e sua relação com o conceito de qualidade.
Apresenta uma abordagem sobre aspectos da melhoria contínua da certificação que podem ser
explorados com mais profundidade em estudos futuros. A contribuição também ocorre sobre o
processo de certificação e de melhoria contínua, para a empresa fruto do estudo, já que os gestores
envolvidos no processo foram geradores dos dados, resultantes do questionário aberto e das
entrevistas semiestruturadas. O conteúdo alerta para a importância da questão da melhoria
contínua da norma após a certificação.
71
Os resultados dos estudos sobre a identificação das habilidades, posturas e
comportamentos da alta administração, que favoreçam a melhoria contínua do sistema de
qualidade em uma organização podem contribuir para futuras investigações sobre os efeitos e
influencias destes comportamentos da alta direção sobre as pessoas táticas e operacionais que
compõe a base da organização, em vários tipos de empresas. Outra contribuição é sobre
investigações que demonstrem a melhoria dos resultados globais da organização pela influência
da alta administração na cultura da organização, sobretudo nas questões que envolvam melhoria
da qualidade.
72
5. CONCLUSÕES
O embasamento para conclusão do presente trabalho foi retirado das análises dos conceitos
de liderança, explorado por vários autores de diversas nacionalidades, dos sistemas de qualidade
do setor automotivo, representados principalmente pela norma ISO e VDA 6.3, que reúnem
requisitos específicos do comprometimento da alta direção com o sistema de qualidade e, dos
conceitos de competências gerenciais baseados em Conhecimento, Habilidades e Atitudes. Isso
possibilitou realizar cruzamentos dos conceitos de liderança, qualidade e competências com os
itens da norma VDA 6.3, estabelecendo uma relação entre eles. O estudo demonstrou quais
elemento do cruzamento, entre os conceitos de liderança, qualidade e competência, se integravam
ao perfil de liderança que foi resultante da análise da entrevista com os gestores. Este perfil foi
identificado por meio de adjetivos referentes à liderança e seus comportamentos, os quais foram
identificados pelos próprios gestores. A entrevista semiestruturada permitiu uma análise
preliminar que resultou em 15 adjetivos, que configuram o pensamento dos representantes da
alta administração que foram entrevistados. Estes adjetivos definem características próprias de
gestores que contribuem para formar um perfil de liderança adequado para garantir a melhoria
contínua do sistema de qualidade.
Estas características são fundamentais para indicar o caminho que os gestores devem
seguir para alcançar o perfil de liderança adequado à melhoria contínua do sistema de qualidade.
O resultado deste trabalho possibilita estudos futuros mais aprofundados, utilizando base
estatística para análise quantitativa, que dê sustentação teórica, para definir precisamente o perfil
adequado da liderança adequados à melhoria contínua do sistema de qualidade. Informações que
serão úteis para a gestão da organização no momento de alinhar as competências gerenciais, tanto
no processo de recrutamento e seleção, como no programa de treinamento e desenvolvimento.
Programas que, quando bem implementados, possibilitam preparar gestores para atender ao
processo de implantação, bem como de melhoria contínua de um sistema de qualidade, de forma
eficiente.
73
REFERÊNCIAS
AB WAHID, Roslina; CORNER, James. Critical success factors and problems in ISO 9000
maintenance. International Journal of Quality & Reliability Management, v. 26, n. 9, p. 881-893,
2009.
AGUINIS, Herman; KRAIGER, Kurt. Benefits of training and development for individuals and
teams, organizations, and society. Annual review of psychology, v. 60, p. 451-474, 2009.
ALBACETE-SÁEZ, Carlos A.; MAR FUENTES-FUENTES, Maria; MARIA BOJICA, Ana.
Quality management, strategic priorities and performance: the role of quality leadership.
Industrial Management & Data Systems, v. 111, n. 8, p. 1173-1193, 2011.
ALMEIDA D., MUNIZ Jr., COSTA A.; Critical fators to Quality Management System
Implementation: relevant Literature Review 1992-2012. Industrial and Systems Engineering
Research Conference Y. Guan and H. Liao, eds. 2014.
AMABILE, Teresa M. et al. Leader behaviors and the work environment for creativity: Perceived
leader support. The Leadership Quarterly, v. 15, n. 1, p. 5-32, 2004.
ANAND, GOPESH; CHHAJED, DILIP; DELFIN, Luis. Job autonomy, trust in leadership, and
continuous improvement: An empirical study in health care. Operations Management Research,
v. 5, n. 3-4, p. 70-80, 2012.AVSQ
AVOLIO, B. J.; BASS, B. M. Manual for the multifactor leadership questionnaire (Form 5X).
Redwood City, CA: Mindgarden, 2002.
BARBUTO, JOHN E. Taking the charisma out of transformational leadership. Journal of Social
Behavior and Personality, v. 12, n. 3, p. 689, 1997.
BARCZAK, GLORIA; WILEMON, DAVID. Factors influencing product development team
satisfaction. European Journal of Innovation Management, v. 4, n. 1, p. 32-36, 2001.
BARRETT, Peter; BALDRY, David. Facilities management: Towards best practice. John Wiley
& Sons, 2009.
BASS, BERNARD M. Executive and strategic leadership*. International Journal of Business, v.
12, n. 1, p. 33, 2007.
74
BASS, BERNARD M. Leadership and performance beyond expectations. Free Press; Collier
Macmillan, 1985.
BECKER, BRIAN E.; HUSELID, MARK A. Strategic human resources management: where do
we go from here?. Journal of management, v. 32, n. 6, p. 898-925, 2006.
BEI, Chun et al. A Preliminary Discussion on the Building of Collegian Party Member Quality
Warranty System [J]. Journal of Guangdong University of Technology (Social Sciences Edition),
v. 3, p. 029, 2008.
BELDERBOS, René; CARREE, Martin; LOKSHIN, Boris. Cooperative R&D and firm
performance. Research policy, v. 33, n. 10, p. 1477-1492, 2004.
BERELSON, Bernard. Content analysis in communication research. 1952.
BERIO, Giuseppe; HARZALLAH, Mounira. Knowledge management for competence
management. Journal of Universal Knowledge Management, v. 1, p. 21-28, 2005.
BERNARDO, M., CASADESUS, M., KARAPETROVIC, S., HERAS, I., 2009. How integrated
are environmental, quality and other standardized management systems? An empirical study.
Journal of Cleaner Production 17 (8), 742–750.
BESSANT, John; CAFFYN, Sarah; GALLAGHER, Maeve. An evolutionary model of
continuous improvement behaviour. Technovation, v. 21, n. 2, p. 67-77, 2001.
BIAZZO, STEFANO; BERNARDI, GIOVANNI. Process management practices and quality
systems standards: risks and opportunities of the new ISO 9001 certification. Business Process
Management Journal, v. 9, n. 2, p. 149-169, 2003.
BLOOM, BENJAMIN S. Human characteristics and school learning. McGraw-Hill, 1976.
BLOOM, BENJAMIN S.; HASTINGS, J. T.; MADAUS, G. F. Handbook of summative and
formative evaluation of student learning. 1971.
BLOOM, Paula Jorde; SHEERER, Marilyn. The effect of leadership training on child care
program quality. Early Childhood Research Quarterly, v. 7, n. 4, p. 579-594, 1992.
BOULDING, WILLIAM et al. A dynamic process model of service quality: from expectations
to behavioral intentions. Journal of marketing research, v. 30, n. 1, p. 7, 1993.
75
BROADBENT, Donald Eric. Perception and communication. Elsevier, 2013.
BURKE, C. Shawn et al. Trust in leadership: A multi-level review and integration. The
Leadership Quarterly, v. 18, n. 6, p. 606-632, 2007.
CARPENTER, MASON A.; GELETKANYCZ, MARTA A.; SANDERS, WM GERARD.
Upper echelons research revisited: Antecedents, elements, and consequences of top management
team composition. Journal of management, v. 30, n. 6, p. 749-778, 2004.
CARVALHO, AMÂNCIO. Promoção da Saúde: concepções, valores e práticas de estudantes de
Enfermagem e de outros cursos do ensino superior. 2008.
CHEMMANUR, THOMAS J.; PAEGLIS, IMANTS. Management quality, certification, and
initial public offerings. Journal of Financial Economics, v. 76, n. 2, p. 331-368, 2005.
CHIN, K., POON, G.K. AND PUN, K. (2000), “The critical maintenance issues of the ISO 9000
system: Hong Kong manufacturing industries perspective”, Work Study, Vol. 49 No. 3, pp. 89-
96.
CHOON TAN, KEAH; LYMAN, STEVEN B.; WISNER, JOEL D. Supply chain management:
a strategic perspective. International Journal of Operations & Production Management, v. 22, n.
6, p. 614-631, 2002.
CHRISTINI, GWEN; FETSKO, MICHAEL; HENDRICKSON, CHRIS. Environmental
management systems and ISO 14001 certification for construction firms. Journal of Construction
Engineering and Management, v. 130, n. 3, p. 330-336, 2004.
COCHRAN-SMITH, Marilyn; LYTLE, Susan L. Inquiry as stance: Practitioner research for the
next generation. Teachers College Press, 2009.
COLQUITT, JASON A. et al. Justice at the millennium: a meta-analytic review of 25 years of
organizational justice research. Journal of applied psychology, v. 86, n. 3, p. 425, 2001.
CONSTANTINE, Madonna G.; LADANY, Nicholas. Self-report multicultural counseling
competence scales: Their relation to social desirability attitudes and multicultural case
conceptualization ability. Journal of Counseling Psychology, v. 47, n. 2, p. 155, 2000.
COUSINS P. D., e SPEKMAN R. "Suprimento estratégico e a gestão das relações inter e intra-
organizacionais." Journal para Compras e Suprimentos Gestão 9.1 (2003): 19-29
76
CRAWFORD, LYNN. Senior management perceptions of project management competence.
International journal of project management, v. 23, n. 1, p. 7-16, 2005.
CRISTEA, Adriana Anca et al. The reasssesment of the service quality system within the
romanian hotel industry-A premise for increasing the competition of the tourist offer. Amfiteatru
Economic, v. 26, n. 2, p. 451-461, 2009.
CROSBY, FAYE. The denial of personal discrimination. American Behavioral Scientist, v. 27,
n. 3, p. 371-386, 1984.
DAHLGAARD, JENS J.; MI DAHLGAARD-PARK, SU. Lean production, six sigma quality,
TQM and company culture. The TQM magazine, v. 18, n. 3, p. 263-281, 2006.
DAIMLER, Renate. Basics der systemischen Strukturaufstellungen. München: Kösel, 2008.
DAMIANI, Amélia Luisa; CARLOS, Ana Fani Alessandri; SEABRA, Odette CL. O espaço no
fim do século: a nova raridade. Contexto, 2001.
DAVIS, Jocelyn R.; BOSWELL, Edwin H.; FRECHETTE, Henry M. Strategic speed: Mobilize
people, accelerate execution. Harvard Business Press, 2010.
DE HAAS, MARCO et al. Macro and micro goal setting: In search of coherence. Applied
Psychology, v. 49, n. 3, p. 579-595, 2000.
DE TOLEDO, José Carlos et al. Práticas de gestão no desenvolvimento de produtos em empresas
de autopeças. Production, v. 18, n. 2, p. 405, 2008.
DEMING, W. EDWARDS. Qualidade: a revolução da administração. In:Qualidade: a revolução
da administração. Marques Saraiva, 1990.
DEMING, W.E., 1986. Out of the Crisis. Massachusetts Institute of Technology, Center for
Advanced Engineering Study, Cambridge, MA.
DEN HARTOG, DEANNE N.; BOSELIE, PAUL; PAAUWE, JAAP. Performance
management: A model and research agenda. Applied psychology, v. 53, n. 4, p. 556-569, 2004.
DICK, GAVIN PM. ISO 9000 certification benefits, reality or myth?. The TQM magazine, v.
12, n. 6, p. 365-371, 2000.
77
DIETMEYER, Brian; KAPLAN, Rob. Strategic Negotiation: A breakthrough 4-step process for
effective business negotiation. Dearborn Trade Publishing, 2004.
DIONNE, Shelley D. et al. Transformational leadership and team performance. Journal of
organizational change management, v. 17, n. 2, p. 177-193, 2004.
DRAGANIDIS, Fotis; MENTZAS, Gregoris. Competency based management: a review of
systems and approaches. Information Management & Computer Security, v. 14, n. 1, p. 51-64,
2006.
DRAGANIDIS, Fotis; MENTZAS, Gregoris. Competency based management: a review of
systems and approaches. Information Management & Computer Security, v. 14, n. 1, p. 51-64,
2006.
DULEWICZ, VICTOR; HIGGS, MALCOLM. Assessing leadership styles and organisational
context. journal of Managerial Psychology, v. 20, n. 2, p. 105-123, 2005.
DULLO, EDUARDO. A pedagogy of the exemplarity: the christian gift as gratuity. Religião &
Sociedade, v. 31, n. 2, p. 105-129, 2011.
DZUS, George; SYKES, E. G. HOW TO SURVIVE ISO-9000 SURVEILLANCE. Quality
Progress, v. 26, n. 10, p. 109-112, 1993.
EISENHARDT K "Teorias de construção de Case Study Research" ACAD GERIR REV 01 de
outubro de 1989 14 : 4 532 - 550 ; doi: 10,5465 / AMR.1989.4308385.
EZEQUIEL, TAUTIBIO A. Sistema da Qualidade ISO 9000. São Paulo, 1996.
FALUDI, Andreas. A reader in planning theory. Elsevier, 2013.
FARRIS, Jennifer A. et al. Learning from less successful Kaizen events: a case study.
Engineering Management Journal, v. 20, n. 3, p. 10-20, 2008.
FEIGENBAUM, ARMAND VALLIN. Controle da qualidade total. Makron Books, 1994.
FLEURY, FLEURY. Construindo o conceito de competência. Revista de administração
contemporânea, v. 5, n. SPE, p. 183-196, 2001.
78
FREEMAN, R. Edward. Strategic management: A stakeholder approach. Cambridge University
Press, 2010.
FRYER, Karen J.; ANTONY, Jiju; DOUGLAS, Alex. Critical success factors of continuous
improvement in the public sector: a literature review and some key findings. The TQM
Magazine, v. 19, n. 5, p. 497-517, 2007.
GAO, Ge; TING-TOOMEY, Stella; GUDYKUNST, William B. Chinese communication
processes. 1996.
GOLDRATT, ELIYAHU. M.; FOX, ROBERT E. A corrida pela vantagem competitiva. São
Paulo: Educator, 1992.
GOODWIN, VICKI L.; WOFFORD, J. C.; WHITTINGTON, J. LEE. A theoretical and
empirical extension to the transformational leadership construct. Journal of Organizational
Behavior, v. 22, n. 7, p. 759-774, 2001.
GOVINDARAJULU, NALINI; DAILY, BONNIE F. Motivating employees for environmental
improvement. Industrial Management & Data Systems, v. 104, n. 4, p. 364-372, 2004.
GROSSMAN, R. J. (2000). Emotions at work. Health Forum Journal, 43(5), 18–22.
HAMPTON, DEBRA M. HAY. A Step Forward. Quality Progress, v. 47, n. 3, p. 38, 2014.
HARO, DANIEL GARCIA. Sistemas da qualidade na indústria automobilística: uma proposta
de auto-avaliação unificada. 2001.
HARTOG, JOOP. Over-education and earnings: where are we, where should we go?. Economics
of education review, v. 19, n. 2, p. 131-147, 2000.
HARVEY, ARLENE. A dramaturgical analysis of charismatic leader discourse. Journal of
Organizational Change Management, v. 14, n. 3, p. 253-265, 2001.
HERSEY, PAUL; BLANCHARD, KENNETH H. Psicologia para administradores: a teoria e as
técnicas da liderança situacional. In: Psicologia para administradores: a teoria e as técnicas da
liderança situacional. Epu, 1986.
79
HOGAN, ROBERT; KAISER, ROBERT B. What we know about leadership. Review of general
psychology, v. 9, n. 2, p. 169, 2005.
HOLSTI, Ole R. Content analysis for the social sciences and humanities. 1969.
ISHIKAWA, KAORU. TQC-Total Quality Control: estratégia e administração da qualidade.
IMC Internacional Sistemas Educativos, 1986.
JOHNSON, DANA, e WALCK C. "O sucesso Certificado: integração da sustentabilidade nos
sistemas de gestão das empresas." Journal of Forestry 102,5 (2004): 32-39
JURAN, J.M. AND GRYNA, F.M. (1993), Quality Planning and Analysis, 3rd ed., McGraw
Hill, New York, NY.
JURAN, JOSEPH M. Managerial breakthrough: The classic book on improving management
performance. McGraw-Hill, 1995.
JURAN, JOSEPH M. Qualidade no século XXI. HSM Management, n. 3, p. 96-104, 1997.
JÜTTNER, Uta. Supply chain risk management: Understanding the business requirements from
a practitioner perspective. The International Journal of Logistics Management, v. 16, n. 1, p. 120-
141, 2005.
KANDAMPULLY, Jay. Innovation as the core competency of a service organisation: the role of
technology, knowledge and networks. European Journal of Innovation Management, v. 5, n. 1,
p. 18-26, 2002.
KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P. The Office of Strategy Management*. Strategic
Finance, v. 87, n. 4, p. 8, 2005.
KARAPETROVIC, S., CASADESUS, M., HERAS, I., 2006. Dynamics and Integration of
Standardized Management Systems: An Empirical Study, Documenta Universitaria, Girona,
Spain.
KAYNAK, HALE. The relationship between total quality management practices and their effects
on firm performance. Journal of operations management, v. 21, n. 4, p. 405-435, 2003.
KEEGAN, Anne E.; DEN HARTOG, Deanne N. Transformational leadership in a project-based
environment: a comparative study of the leadership styles of project managers and line managers.
International journal of project management, v. 22, n. 8, p. 609-617, 2004.
80
KOUZES, James M.; POSNER, Barry Z. Credibility: How leaders gain and lose it, why people
demand it. John Wiley & Sons, 2011.
KRATHWOHL, D. R.; BLOOM, B. S.; MASIA, B. B. II: handbook II: affective domain. David
McKay, New York, 1964.
KRIPPENDORFF, Klaus; WAJIDI, Farid. Analisis isi: Pengantar teori dan metodologi. Rajawali
Pers, 1980.
KRISKO, Mary Ellen. Teacher Leadership: A Profile To Identify the Potential. 2001.
KUNDU, GOUTAM; MANOHAR, B. MURALI. Critical success factors for implementing lean
practices in it support services. International Journal for Quality research, v. 6, n. 4, p. 301-312,
2012.
LAKSHMAN, C. A theory of leadership for quality: Lessons from TQM for leadership theory
1. Total Quality Management & Business Excellence, v. 17, n. 1, p. 41-60, 2006.
LE BOTERF, GUY. Construire les compétences individuelles et collectives. Ed. d'Organisation,
2000.
LOCKE, EDWIN A.; LATHAM, GARY P. Building a practically useful theory of goal setting
and task motivation: A 35-year odyssey. American psychologist, v. 57, n. 9, p. 705, 2002.
MADLOCK, PAUL E. The link between leadership style, communicator competence, and
employee satisfaction. Journal of Business Communication, v. 45, n. 1, p. 61-78, 2008.
MANUJ, Ila; MENTZER, John T. Global supply chain risk management. Journal of Business
Logistics, v. 29, n. 1, p. 133-155, 2008.
MAXIMIANO, ANTONIO CESAR AMARU. Administração para empreendedores:
fundamentos da criação e da gestão de novos negócios. Pearson Prentice Hall, 2006.
MAZUR, LUKASZ; MCCREERY, JOHN; CHEN, SHI-JIE. Quality improvement in hospitals:
Identifying and understanding behaviors. Journal of Healthcare Engineering, v. 3, n. 4, p. 621-
648, 2012.
81
MCCLELLAND, D. C. Testing for competence rather than intelligence. American Psychologist,
n. 28, p. 1-4, 1973.
MCMINN, THOMAS FRANKLIN. The conceptualization and perception of biblical servant
leadership in the southern Baptist convention. 2001. Tese de Doutorado. Southern Baptist
Theological Seminary.
MENDIS, B. V. G.; FASANA, S. F. Relationship of job satisfaction and organizational
commitment: A Field study in insurance sector. Technical Session–Entrepreneurship and
Management, p. 20, 2015.
MENDONÇA, SONIA REGINA. Estado e sociedade. História: pensar e fazer. Rio de Janeiro:
Laboratório Dimensões da História, p. 17, 1998.
MOHAMMAD MOSADEGH RAD, ALI. The impact of organizational culture on the successful
implementation of total quality management. The TQM Magazine, v. 18, n. 6, p. 606-625, 2006.
MULLANE, JOHN V. The mission statement is a strategic tool: when used properly.
Management Decision, v. 40, n. 5, p. 448-455, 2002
NANCARROW, Susan A. et al. Ten principles of good interdisciplinary team work. Hum Resour
Health, v. 11, n. 1, p. 19, 2013.
NENADÁL, JAROSLAV. Management partnerství s dodavateli: nové perspektivy firemního
nakupování. Management press, 2006.
NICHOLLS, John. The “heart, head and hands” of transforming leadership. Leadership &
organization development journal, v. 15, n. 6, p. 8-15, 1994.
NICOLAOU, Andreas I. Quality of postimplementation review for enterprise resource planning
systems. International Journal of Accounting Information Systems, v. 5, n. 1, p. 25-49, 2004.
NONAKA, Ikujiro. The knowledge-creating company. Harvard Business Review Press, 2008.
NORTHOUSE, PETER G. Leadership: Theories and practices. 2007.
OPRIME, Pedro Carlos; MENDES, GH de S.; PIMENTA, Márcio L. Fatores críticos para a
melhoria contínua em indústrias brasileiras. Revista Produção, v. 21, n. 1, p. 1-13, 2011.
82
PALADINI, E. P. Sistema de convergência interativa: Estrutura e processo de gerenciamento da
melhoria nas organizações. Relatório de pesquisa. Brasília: CNPq, 2004.
PAPWORTH, Mark A.; MILNE, Derek; BOAK, George. An exploratory content analysis of
situational leadership. Journal of Management Development, v. 28, n. 7, p. 593-606, 2009.
PATTI A., FOK L., e HARTMAN S. "Differences between Managers and Line Employees in a
Quality Management Environment." International Journal of Quality & Reliability Management.
21.2 (2004): 214-230.
POLLARD, C. WILLIAM. The leader who serves. Strategy & Leadership, v. 25, n. 5, p. 49-52,
1997.
PONTE, Stefano; GIBBON, Peter. Quality standards, conventions and the governance of global
value chains. Economy and society, v. 34, n. 1, p. 1-31, 2005.
PSOMAS E., FOTOPOULOS C., e KAFETZOPOULOS D. "Critical Factors for Effective
Implementation of ISO 9001 in SME Service Companies: A International Journal 20,5 (2010):
440-457.
PSOMAS, EVANGELOS L.; FOTOPOULOS, CHRISTOS V.; KAFETZOPOULOS,
DIMITRIOS P. Core process management practices, quality tools and quality improvement in
ISO 9001 certified manufacturing companies. Business Process Management Journal, v. 17, n.
3, p. 437-460, 2011.
PÚBLIO, MARCELO ABILIO. Como planejar e executar uma campanha de propaganda.
Editora Atlas SA, 2000.
QASIM, Samina; SAYEED, F. C. Exploring Factors Affecting Employees' Job Satisfaction at
Work. Journal of Management and Social Sciences, v. 8, n. 1, p. 31-39, 2012.
QUINN, THOMAS. Introduction. In: Electing and Ejecting Party Leaders in Britain. Palgrave
Macmillan UK, 2012. p. 1-7.
RHOADES, LINDA; EISENBERGER, ROBERT. Perceived organizational support: a review of
the literature. Journal of applied psychology, v. 87, n. 4, p. 698, 2002.
83
RODNEY TURNER, J.; MÜLLER, Ralf; DULEWICZ, Vic. Comparing the leadership styles of
functional and project managers. International Journal of Managing Projects in Business, v. 2, n.
2, p. 198-216, 2009.
RÖPKE, SASCHA et al. Uma introdução às normas da série ISO 9000. São Paulo, 1996.
RUSSELL, ROBERT F.; GREGORY STONE, A. A review of servant leadership attributes:
Developing a practical model. Leadership & Organization Development Journal, v. 23, n. 3, p.
145-157, 2002.
SALLIS, Edward. Total quality management in education. Routledge, 2014.
SARROS J., COOPER B., SANTORA J. "Building a climate for innovation through
transformational leadership and organizational culture." Journal of Leadership & Organizational
Studies 15.2 (2008): 145-158.
SCHAUFELI, Wilmar; SALANOVA, M. Work engagement. Managing social and ethical issues
in organizations, p. 135-177, 2007.
SCHIPPERS, M. C.; DEN Hartog, D. N.; KOOPMAN, P. L. Reflexivity in teams: The relation
with trust, group potency, team leadership, and performance in work teams. In: Proceedings of
the Academy of Management 2001. 2001.
SHARMA, Payal et al. Motivating forces: Cross-level impact of empowering leadership and
relationship conflict. In: Annual Conference of the Society for Industrial and Organizational
Psychology. 2010.
SILVA, Iris Bento da et al. Integrando a promoção das metodologias Lean Manufacturing e Six
Sigma na busca de produtividade e qualidade numa empresa fabricante de autopeças. Gestão &
Produção, 2011.
SOUSA, Rui; VOSS, Christopher A. Contingency research in operations management practices.
Journal of Operations Management, v. 26, n. 6, p. 697-713, 2008.
STEMLER S. "An overview of content analysis". Practical Assessment Research & Evaluation".
(2001).
STERMAN, John D.; REPENNING, Nelson P.; KOFMAN, Fred. Unanticipated side effects of
successful quality programs: Exploring a paradox of organizational improvement. Management
Science, v. 43, n. 4, p. 503-521, 1997.
84
STEWART, Jane et al. Clarifying the concepts of confidence and competence to produce
appropriate self‐evaluation measurement scales. Medical education, v. 34, n. 11, p. 903-909,
2000.
TANAKA W. Y.; MUNIZ Jr., A. F. Fatores Críticos para Implantação de Projetos de Melhoria
Contínua Segundo Líderes e Consultores Industriais. Revista Eletrônica Sistemas & Gestão,
2012.
TARI, Juan Jose; SABATER, Vincente. Quality Tools and Techniques: Are They Necessary for
Quality Improvement. International Journal of Production Economics, 2003.
TEMTIME, ZELEALEM T. The moderating impacts of business planning and firm size on total
quality management practices. The TQM Magazine, v. 15, n. 1, p. 52-60, 2003.
THAI HOANG, DINH; IGEL, BARBARA; LAOSIRIHONGTHONG, TRITOS. The impact of
total quality management on innovation: Findings from a developing country. International
journal of quality & reliability management, v. 23, n. 9, p. 1092-1117, 2006.
TORTORELLA, Guilherme Luz et al. Dimensões do aprendizado organizacional: variáveis
contextuais em empresas em implementação enxuta. Revista Produção Online, v. 14, n. 3, p.
1077-1103, 2014.
TROPMAN, John E. Effective meetings: Improving group decision making. Sage Publications,
2013.
VAN DE VEN, ANDREW H.; POOLE, MARSHALL SCOTT. Alternative approaches for
studying organizational change. Organization studies, v. 26, n. 9, p. 1377-1404, 2005.
VERBAND DER AUTOMOBILINDUSTRIE e QMC - Quality Management Center (1998)
VIEIRA, Adriane; LUZ, Talita Ribeiro da. Do saber aos saberes: comparando as noções de
qualificação e de competência. Organizações & Sociedade, v. 12, n. 33, p. 93-108, 2005.
WALDMAN, David A. A theoretical consideration of leadership and total quality management.
The Leadership Quarterly, v. 4, n. 1, p. 65-79, 1993.
WANDERSMAN, Abraham; CHIEN, Victoria H.; KATZ, Jason. Toward an Evidence‐Based
System for Innovation Support for Implementing Innovations with Quality: Tools, Training,
Technical Assistance, and Quality Assurance/Quality Improvement. American journal of
community psychology, v. 50, n. 3-4, p. 445-459, 2012.
85
WEBER, Robert Philip. Basic content analysis. Sage, 1990.
WERTZ, James R. (Ed.). Spacecraft attitude determination and control. Springer Science &
Business Media, 2012.
WIKLUND, JOHAN; SHEPHERD, DEAN. Knowledge‐based resources, entrepreneurial
orientation, and the performance of small and medium‐sized businesses. Strategic management
journal, v. 24, n. 13, p. 1307-1314, 2003.
WINTERTON, JONATHAN; DELAMARE-LE DEIST, FRANÇOISE; STRINGFELLOW,
EMMA. Typology of knowledge, skills and competences: clarification of the concept and
prototype. Luxembourg: Office for Official Publications of the European Communities, 2006.
WÜLLENWEBER, Kim et al. The impact of process standardization on business process
outsourcing success. Information Systems Frontiers, v. 10, n. 2, p. 211-224, 2008.
YEN-TSANG, Chen; CSILLAG, João Mário; SIEGLER, Janaina. Theory of reasoned action for
continuous improvement capabilities: a behavioral approach. Revista de Administração de
Empresas, v. 52, n. 5, p. 546-564, 2012.
YU, Chun-Sheng et al. Relationship of emotional intelligence with conflict management styles:
an empirical study in China. International Journal of Management and Enterprise Development,
v. 3, n. 1-2, p. 19-29, 2005.
YUKL, GARY A. Leadership in organizations. 2002.
YUKL, GARY. An evaluation of conceptual weaknesses in transformational and charismatic
leadership theories. The leadership quarterly, v. 10, n. 2, p. 285-305, 1999.
ZACCARO, STEPHEN J.; RITTMAN, ANDREA L.; MARKS, MICHELLE A. Team
leadership. The Leadership Quarterly, v. 12, n. 4, p. 451-483, 2002.
ZEITZ, Gerald; BLAU, Gary; FERTIG, Jason. Boundaryless careers and institutional resources.
The International Journal of Human Resource Management, v. 20, n. 2, p. 372-398, 2009.
86
APENDICE A Tabela de estudos
Pat
ti,
Fok
e H
artm
an (
200
4)
A p
esqu
isa
rela
tada
aqu
i m
ost
ra q
ue
os
ger
ente
s d
ifer
em n
a su
a se
nsi
bil
idad
e eq
uid
ade,
co
mp
ort
amen
to d
e ci
dad
ania
org
aniz
acio
nal
e c
resc
imen
to p
reci
sa d
e fo
rça.
Alé
m d
isso
, es
sas
dif
eren
ças
são m
ost
rad
as
par
a in
fluen
ciar
a f
orm
a co
mo
cad
a g
rupo
per
cebe
prá
tica
s Q
M.
Os
resu
ltad
os
ind
icam
qu
e o
s g
eren
tes
e fu
nci
onár
ios
da
linh
a d
e per
ceb
er q
ue
as p
ráti
cas
QM
afet
ar a
cult
ura
org
aniz
acio
nal
e r
esult
ado
s o
rgan
izac
ion
ais
de
form
a dif
eren
te p
ara
gar
anti
r q
ue
ess
es d
riv
ers
são
to
talm
ente
ate
ndid
os
Os
ger
ente
s e
fun
cion
ário
s da
linh
a sã
o d
ifer
ente
s em
qu
alqu
er u
ma
das
var
iáv
eis
hip
oté
tica
s. A
MA
NO
VA
ind
icou
que
os
ger
ente
s e
fun
cion
ário
s d
e li
nh
a sã
o r
ealm
ente
dif
eren
tes.
Os
resu
ltad
os
ind
icam
qu
e g
esto
res
são
mai
s el
evad
os
em b
enev
olê
nci
a (B
EN
). A
dic
ional
men
te,
ges
tore
s bu
scam
con
form
idad
e fa
cili
tan
do
as
met
as o
rgan
izac
ionai
s. O
s re
sult
ado
s in
dic
am
que
os
ger
ente
s e
funci
on
ário
s d
a li
nh
a sã
o d
e fa
to d
ifer
ente
em
vár
ias
cara
cter
ísti
cas
ind
ivid
uai
s. É
im
po
rtan
te c
om
pre
end
er c
om
o i
sso a
feta
a s
ua
per
cep
ção
de
prá
tica
s d
e m
elho
ria
de
qual
idad
e.
"A a
nál
ise
de
var
iân
cia
mu
ltiv
aria
da
foi
real
izad
a p
ara
det
erm
inar
se
os
ger
ente
s e
fun
cion
ário
s d
a li
nha
são
dif
eren
tes
em q
ual
quer
um
a das
var
iáv
eis
hip
oté
tica
s.
RE
SU
LT
AD
O:
A
MA
NO
VA
ind
icou
qu
e o
s g
eren
tes
e li
nha f
un
cio
nár
ios
são
rea
lmen
te d
ifer
ente
s. O
s re
sult
ado
s in
dic
am q
ue
ges
tore
s sã
o m
ais
elev
ado
s em
am
bos
ben
evolê
nci
a (B
EN
) e
GN
S (
Gro
wth
nee
ds
stre
ng
th).
Adic
ional
men
te, g
esto
res
se a
pre
senta
m s
ign
ific
ativ
amen
te e
m d
ois
fat
ore
s O
CB
(1
- C
om
pli
ence
elp
ing c
o-w
ork
ers,
3-
Alt
ruis
m, 4
- O
uts
tand
ing
att
endan
ce e
5-
Fac
ilit
atin
g
org
aniz
atio
nal
go
als)
- d
e co
nfo
rmid
ade
faci
lita
ndo
as
met
as o
rgan
izac
ionai
s. U
ma
vez
qu
e n
oss
os
resu
ltad
os
ind
icam
que
os
ger
ente
s e
fun
cion
ário
s d
a li
nha
são
de
fato
dif
eren
tes
em
vár
ias
cara
cter
ísti
cas
indiv
iduai
s é
imp
ort
ante
co
mp
reen
der
co
mo
iss
o a
feta
a s
ua
per
cep
ção d
e p
ráti
cas
QM
. G
eren
tes
e fu
nci
on
ário
s d
a li
nh
a tê
m d
ifer
ente
s o
rig
ens,
nív
eis
educa
cio
nai
s,
soci
al e
res
pon
sab
ilid
ades
de
trab
alho
que,
po
r su
a v
ez,
po
de
lev
á-l
os
a v
er o
e a
mbie
nte
org
aniz
acio
nal
de
dif
eren
tes
man
eira
s. A
am
ost
ra t
ota
l par
a es
ta p
esq
uis
a co
nsi
stiu
em
apro
xim
adam
ente
56
par
es d
e ger
ente
s e
funci
onár
ios
da
linh
a.
Cad
a par
ger
ente
-não
-ger
ente
rep
rese
nta
do
um
a o
rgan
izaç
ão. E
stas
org
aniz
ações
fo
ram
ab
ord
adas
pel
os
alun
os
de
pó
s-g
rad
uaç
ão e
m g
estã
o e
nfa
tiza
ndo
QM
e t
ud
o ind
icav
a qu
e el
es tin
ham
ao m
eno
s u
m i
nte
ress
e m
oder
ado n
o m
ovim
ento
da
qu
alid
ade.
Os
entr
evis
tado
s no
est
ud
o f
ora
m c
erca
de
35 p
or
cento
do s
exo f
emin
ino,
e a
faix
a et
ária
era
de
20 a
no
s ao
s 5
0 a
no
s, c
om
um
a id
ade
méd
ia d
e ce
rca
de
38 a
nos.
A m
édia
de
exper
iênci
a d
e tr
abal
ho
era
de
15,5
ano
s, e
os
ger
ente
s ti
nh
am u
ma
méd
ia d
e 7
,5 a
no
s d
e ex
per
iên
cia
de
ges
tão
. O
s ti
po
s d
e o
rgan
izaç
ões
incl
uem
14 %
em
fab
rica
ção,
74
% e
m s
erv
iço (
10
% n
o v
arej
o,
15 %
no s
eto
r ban
cári
o e
fin
ança
s, 2
% e
m h
ote
lari
a, 1
2 %
na
área
da
saúd
e e
34 %
, o
utr
os)
, 12
% n
o g
over
no
. O
s
par
tici
pan
tes
fora
m c
onv
idad
os
a p
reen
cher
vár
ios
inst
rum
ento
s de
pes
quis
a. o
in
stru
men
to P
atti
et al
. (2
00
1)
dev
ido
ao s
eu c
om
pri
men
to r
edu
zido
e a
pli
cab
ilid
ade
ger
al p
ara
um
a v
arie
dad
e
de
org
aniz
açõ
es e
nív
eis
da
org
aniz
ação
."
Os
pro
fiss
ion
ais
dev
em e
star
cie
nte
s de
que
as d
ifer
ença
s in
div
idu
ais
iner
ente
s en
tre
ger
ente
s e
funci
onár
ios
da
linh
a fa
rá c
om
que
eles
per
cebam
as
imple
men
taçõ
es Q
M d
e fo
rma
dif
eren
te
A b
oa
no
tíci
a é
que
ambo
s o
s g
eren
tes
e fu
nci
onár
ios
da l
inh
a v
eem
a Q
M c
om
o p
osi
tiv
a m
esm
o q
ue
po
r m
oti
vo
s d
ifer
ente
s. A
mbo
s o
s g
rupo
s ap
aren
tem
ente
, fa
zem
alg
o l
ong
e d
e p
ráti
cas
QM
qu
e o
s aj
udam
a e
nco
ntr
ar m
ais
sati
sfaç
ão e
m s
eus
trab
alho
s. E
sta
pes
qu
isa
most
rou
qu
e o
s ger
ente
s e
funci
on
ário
s d
a li
nh
a s
ão d
ifer
ente
s e
reag
em e
xcl
usi
vam
ente
às
prá
tica
s Q
M.
É
nec
essá
rio o
bte
r u
ma
mel
ho
r co
mp
reen
são
des
sas
dif
eren
ças
, se
qu
iser
mo
s m
elh
ora
r a
tax
a d
e su
cess
o d
e Q
M i
mp
lem
enta
ções
.
AUTOR OBJETIVO RESULTADOS METODO TRABALHOS FUTUROS
87
LA
KS
HM
AN
(20
06
)
"O o
bje
tiv
o d
este
art
igo
é c
on
stru
ir l
iter
atu
ras
de
ges
tão c
om
fo
co e
m l
ider
ança
e q
ual
idad
e, b
em c
om
o d
esen
volv
er u
ma
teo
ria
de
lid
eran
ça, co
nce
ntr
and
o-s
e ex
pli
cita
men
te s
ob
re o
pap
el
do
s lí
der
es c
om
o g
eren
tes
de
qual
idad
e em
vár
ios
nív
eis
de
anál
ise
" "Est
e ar
tigo
arg
um
enta
qu
e o
pap
el d
e g
estã
o d
a qu
alid
ade
nas
org
aniz
ações
não
fo
i es
pec
ific
amen
te a
bo
rdad
o n
a li
tera
tura
sob
re l
ider
ança
apes
ar d
a su
a im
po
rtân
cia
par
a as
org
aniz
açõ
es,
com
o e
vid
enci
ado
pel
a cr
esce
nte
im
po
rtân
cia
do
TQ
M (
Hen
dri
cks
& S
ing
hal,
199
7)
e d
o r
econ
hec
imen
to d
a v
alid
ade
do
s q
uad
ros
TQ
M c
om
o i
nte
rven
ção l
egít
ima
e v
alid
ações
nas
org
aniz
açõ
es (
Hac
km
an &
Wag
eman
, 1995
) p
ara
refo
rçar
a e
feti
vid
ade
org
aniz
acio
nal
. E
spec
ific
amen
te, ap
esar
do
rec
onhec
imen
to d
os
fund
ado
res
do
mo
vim
ento
TQ
M s
ob
re a
im
po
rtân
cia
da
lid
eran
ça p
ara
a in
icia
tiv
a d
e g
estã
o d
a qu
alid
ade
tota
l, t
eori
as d
e li
der
ança
não
inco
rpo
rara
m e
studo
s de
lider
ança
no
s q
uad
ros
de
qu
alid
ade.
Is
to t
em s
ido
um
a te
nta
tiv
a d
e id
enti
fica
r
as c
on
trib
uiç
ões
qu
e a
filo
sofi
a T
QM
e l
iter
atu
ra a
sso
ciad
as f
azem
a l
iter
atu
ra l
ider
ança
. C
om
bas
e em
tai
s co
ntr
ibu
ições
, o n
úcl
eo p
rin
cip
al d
a fi
loso
fia
TQ
M,
e ex
ten
sõe
s d
a li
tera
tura
sob
re l
ider
ança
, es
te a
rtig
o d
esen
volv
eu p
ropo
siçõ
es t
eóri
cas
ger
ais
sob
re a
lid
eran
ça q
ue
inco
rpo
ram
ele
men
tos
bás
ico
s do
mov
imen
to T
QM
.
Est
a te
ori
a bas
eia-
se e
xp
lici
tam
ente
so
bre
os
pri
ncí
pio
s fu
ndam
enta
is d
a ges
tão d
a qu
alid
ade
tota
l e
des
envo
lve
um
qu
adro
par
a o
des
envo
lvim
ento
de
um
a te
ori
a d
a li
der
ança
par
a a
qual
idad
e.
Cad
a do
s p
rin
cípio
s da
ges
tão
da
qu
alid
ade
tota
l fo
ram
abo
rdad
as e
m s
equên
cia
e u
m n
úm
ero
de
pro
posi
ções
ter
sid
o e
nqu
adra
da
em t
orn
o d
e ca
da
um
des
tes
pri
ncí
pio
s
fund
amen
tais
. E
ste
arti
go
ofe
rece
a r
eali
zaçã
o e
xplí
cita
do p
apel
do
s lí
der
es c
om
o g
esto
res
de
qual
idad
e.
A n
oçã
o d
e cl
ien
tes
é am
pli
ada
par
a in
cluir
um
a sé
rie
de
gru
po
s de
inte
ress
e
den
tro
da
org
aniz
ação
qu
e o
s lí
der
es p
reci
sam
con
centr
ar-s
e e,
ass
im, at
ing
ir o
des
emp
enho
. "
" "Est
e ar
tigo
est
end
e-s
e e
bas
eia-
se n
a o
bra
de
Wal
dm
an,
arg
um
enta
nd
o p
ara
um
im
pac
to m
ais
fort
e d
a li
der
ança
na
cult
ura
org
aniz
acio
nal
qu
e po
ster
iorm
ente
im
pac
tarã
o v
alo
res,
ati
tud
es
e co
mpo
rtam
ento
s do
s in
div
idu
ais
nas
org
aniz
ações
ten
tando
contr
ola
r a
qu
alid
ade.
A
o c
on
cen
trar
-se
dir
etam
ente
sob
re o
to
tal
com
po
rtam
ento
e p
olí
tica
s o
rien
tad
as p
ara
a q
ual
idad
e e
iden
tifi
caçã
o d
o t
rata
men
to a
pro
pri
ado
da
lider
ança
, al
ém d
e val
ore
s e
atit
udes
, b
asea
das
em
con
sist
ênci
a co
m a
fil
oso
fia
da
ges
tão
da
qu
alid
ade
tota
l, n
oss
a es
tru
tura
ag
reg
a v
alo
r às
abo
rdag
ens
exis
ten
tes.
A
ssim
, alé
m d
e fo
car
na
amp
la g
ama
de
com
po
rtam
ento
s, t
ais
com
o v
isão
in
spir
ado
ra,
pro
mov
er m
udan
ça,
e es
tim
ula
ção
inte
lect
ual
, es
te a
rtig
o a
rtic
ula
com
po
rtam
ento
s m
ais
espec
ífic
os
org
aniz
ada
em t
orn
o d
os
gra
ndes
pri
ncí
pio
s d
a ges
tão
da
qual
idad
e to
tal.
P
or
exem
plo
, tr
abal
har
em
equ
ipes
e p
roce
sso
s d
e g
rupo
(p
or
exem
plo
, C
ohen
& B
aile
y,
19
97;
Wag
eman
, 200
1)
são
usa
do
s p
ara
foca
r e
des
env
olv
er c
om
po
rtam
ento
s de
lider
ança
fu
nci
on
ais
no
conte
xto
de
equip
es.
Nes
te c
onte
xto
teó
rico
, o
co
nju
nto
de
val
ore
s
asso
ciad
os
com
os
três
pri
ncí
pio
s fu
nd
amen
tais
de
TQ
M s
ão p
ropo
stas
par
a le
var
a c
om
po
rtam
ento
s de
com
un
icaç
ão e
lid
eran
ça c
orr
espo
nd
ente
s.
Par
tici
paç
ão e
tra
bal
ho
em
equip
e co
mo
val
ore
s de
líd
eres
são
pro
po
sto
s p
ara
ser
rela
cion
ado
par
a a
equ
ipe
par
a es
tru
tura
r co
mp
ort
amen
tos
e im
ple
men
taçã
o n
o s
iste
ma d
e p
arti
cipaç
ão.
Val
ore
s de
mel
ho
ria
conti
nua
do
s lí
der
es
e do
s tr
aço
s in
tele
ctu
ais
do
líd
er (
po
r ex
emplo
Bar
rick
& M
oun
t, 1
99
1)
são p
ropo
sto
s p
ara
ser
rela
cion
ado
a c
om
po
rtam
ento
s ex
per
imen
taçã
o s
iste
mát
ica
" "Est
e ar
tigo
faz
co
ntr
ibuiç
ões
tan
to p
ara
a li
der
ança
e lit
erat
ura
s T
QM
. A
con
trib
uiç
ão p
ara
a li
tera
tura
lid
eran
ça e
stá
em i
den
tifi
car
expli
cita
men
te o
val
or
da
filo
sofi
a T
QM
e s
ua
pote
nci
al
con
trib
uiç
ão p
ara
a ár
ea d
e li
der
ança
e n
a co
nst
ruçã
o d
e p
ropo
siçõ
es e
xpli
cita
men
te q
ue
inco
rpo
ram
ele
men
tos
de
qual
idad
e p
ara
a te
ori
a d
esen
vo
lvid
a. A
co
ntr
ibuiç
ão a
lit
erat
ura
TQ
M é
em t
erm
os
de
des
envolv
imen
to d
e um
a es
trutu
ra q
ue
inco
rpo
ra e
spec
ific
amen
te o
pap
el d
os
líd
eres
na
inic
iati
va
TQ
M e
, po
rtan
to,
iden
tifi
car
as
ações
do
s lí
der
em
pote
nci
al q
ue
pod
em
faci
lita
r a
imple
men
taçã
o d
o T
QM
nas
org
aniz
açõ
es, q
ue
tem
sid
o e
m g
eral
con
sider
ada
em m
uit
os
estu
do
s de
caso
co
mo
um
des
afio
par
a d
izer
o m
ínim
o. A
lém
das
con
trib
uiç
ões
teó
rica
s
que
pod
em s
er d
eriv
adas
de
um
a ta
l p
ersp
ecti
va,
um
nú
mer
o d
e im
pli
caçõ
es d
e g
estã
o,
tam
bém
podem
ser
ex
traí
das
des
sa a
bo
rdag
em.
Su
rgem
as
imp
lica
ções
ger
enci
ais
a p
arti
r d
a
iden
tifi
caçã
o d
a n
eces
sid
ade
de
com
un
icar
os
seu
s val
ore
s fu
nd
amen
tais
rel
acio
nad
os
com
o f
oco
no
tra
bal
ho
em
equ
ipe
e m
elho
ria
con
tínu
a p
ara
todo
s o
s m
emb
ros
da
org
aniz
ação
. A
lém
dis
so, a
iden
tifi
caçã
o d
e id
eias
, ta
is c
om
o a
nec
essi
dad
e de
max
imiz
ar o
pro
pó
sito
da
Teo
ria
da
Lid
eran
ça p
ara
a Q
ual
idad
e
"
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS
FUTUROS
RESULTADOS METODO
88
BE
SS
AN
T, C
AF
FY
N,G
AL
LA
GH
ER
(2
001
)
"Est
e ar
tigo
rel
ata
um
a ex
ten
sa a
nál
ise
de
estu
do
de
caso
s co
m b
ase
em p
esq
uis
as, q
ue
exp
lora
o q
uão
alt
o e
nvo
lvim
ento
na
mel
ho
ria
contí
nu
a po
de
ser
con
stru
ída
e m
anti
da
com
o c
ult
ura
org
aniz
acio
nal
."
Exp
eriê
nci
a em
um
a var
ied
ade
de
exem
plo
s d
e ca
sos
suger
e qu
e o
des
envo
lvim
ento
é e
ssen
cial
men
te u
m p
roce
sso
ev
olu
tivo
, e
qu
e é
po
ssív
el i
den
tifi
car
vár
ias
etap
as d
iscr
etas
no
cam
inho
par
a a
CI.
Ap
ren
diz
agem
tem
qu
e oco
rrer
tan
to d
entr
o d
e u
ma
fase
par
ticu
lar
(que
cria
e i
nco
rpo
raçã
o d
e ro
tin
as)
e en
tre
os
está
gio
s (m
ov
endo p
ara
adic
ion
ar n
ov
as r
oti
nas
e i
nte
grá
-lo
s
com
os
ante
rio
res)
. N
este
tra
bal
ho a
bord
amo
s a
qu
estã
o d
a C
I em
gra
nde
par
te c
om
o u
m c
on
junto
de
roti
nas
par
a fa
zer
o q
ue
já f
azem
os
mel
ho
r. M
as h
á ev
idên
cias
em
erg
ente
s d
e qu
e es
sa
capac
idad
e, u
ma
vez
est
abel
ecid
o, p
od
e ta
mbém
con
trib
uir
par
a fa
zer
cois
as n
ovas
- a
ro
tinas
"in
ovaç
ão".
Qu
em:
103
org
aniz
açõ
es (
Set
or:
man
ufa
tura
, se
rviç
os,
sec
tor
pú
bli
co)
Onde:
Mai
ori
a não
RE
INO
UN
IDO
Co
mo:
En
trev
ista
sQu
and
o:
20
01
Tra
bal
ho
s fu
turo
s po
dem
tes
tar
o m
odel
o r
esu
ltad
o d
este
art
igo
e r
efin
á-l
o c
aso
nec
essá
rio
.
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
89
TO
RT
OR
EL
LA
et
all
(2014
)
Ess
e es
tudo
vis
a ex
amin
ar o
rel
acio
nam
ento
en
tre
as v
ariá
vei
s co
nte
xtu
ais
e a
freq
uên
cia
de
oco
rrên
cia
de
pro
ble
mas
de
AO
em
em
pre
sas
qu
e es
tão
im
ple
men
tando
a P
E.
Em
pre
sas
consi
der
adas
gra
nd
es d
evid
o a
o n
úm
ero
de
emp
reg
ado
s, s
ão m
enos
pro
pen
sas
a ap
rese
nta
r p
rob
lem
as q
uan
to a
dim
ensã
o "
Cri
ar s
iste
mas
par
a ca
ptu
rar
e co
mp
arti
lhar
ap
rend
izad
o"
;A r
ecei
ta a
nu
al p
or
si s
ó n
ão i
nfl
uen
cia
sign
ific
ativ
amen
te a
oco
rrên
cia
de
pro
ble
mas
em
nen
hu
mas
das
dim
ensõ
es d
e A
OO
nív
el e
duca
cio
nal
não
ap
rese
nto
u i
mp
acto
sig
nif
icat
ivo n
as
dim
ensõ
es a
nal
isad
as,
po
rém
é d
e co
nhec
imen
to d
os
auto
res
qu
e tr
ata-s
e d
e u
m f
acil
itad
or
imp
ort
ante
na
imp
lem
enta
ção
da
PE
; E
mp
resa
s qu
e po
ssu
em u
ma
equip
e d
e M
C s
ão m
enos
pro
pen
sas
a ap
rese
nta
r p
rob
lem
as n
a d
imen
são
"D
ar a
uto
no
mia
ao
s in
div
ídu
os
em u
ma
dir
eção
de
vis
ão c
ole
tiva;
A i
dad
e da
pla
nta
ap
rese
nto
u s
ignif
icat
iva
rela
ção
co
m a
dim
ensã
o
"In
cen
tivar
a c
ola
bo
raçã
o e
o a
pre
nd
izad
o d
a eq
uip
e".
Os
resu
ltad
os
tam
bém
fo
rnec
em s
upo
rte
às o
bse
rvaç
ões
sob
re a
dif
iculd
ade
de
pla
nta
s m
ais
vel
has
em
ad
apta
r su
a cu
ltu
ra
org
aniz
acio
nal
de
form
a a
favo
rece
r a
aber
tura
, p
arti
cip
ação
e t
ran
spar
ênci
a do t
rab
alh
o e
m e
qu
ipe;
A v
ariá
vel
Nív
el d
e S
ind
ical
izaç
ão m
ost
rou
-se
a m
ais
infl
uen
te n
a am
ost
ra d
o e
studo
e
tam
bém
um
a var
iáv
el-c
hav
e p
ara
mel
ho
rar
o A
O, es
sa v
ariá
vel
tev
e u
ma
asso
ciaç
ão n
egat
iva
com
qu
ase
as d
imen
sões
de
AO
. S
end
o a
ssim
, em
pre
sas
co
m m
aio
r nív
el d
e si
ndic
aliz
ação
são
mai
s p
ropen
sas
a ap
rese
nta
r p
roble
mas
de
AO
na
imp
lem
enta
ção
da
PE
;
" Qu
em:
13 e
mp
resa
s
Ond
e B
rasi
l
C
om
o:
Ques
tion
ário
Q
uan
do
: D
ura
nte
3 m
eses
Um
a in
ves
tig
ação
futu
ra p
od
e det
erm
inar
se
exis
te q
ual
quer
efe
ito
co
mbin
ado
e c
om
par
ar o
s re
sult
ado
s co
m a
s re
laçõ
es e
nco
ntr
adas
nes
te e
stu
do
.
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
90
YE
N-T
SA
NG
, C
SIL
LA
G,
SIE
GL
ER
(2
01
2)
Est
e tr
abal
ho
ap
rese
nta
a A
ção
Fun
dam
enta
da
teó
rica
su
ger
ida
po
r F
roeh
le e
Roth
(200
4)
par
a an
alis
ar c
apac
idad
es o
per
acio
nai
s q
ue
exp
lora
m o
model
o a
deq
uad
o n
o c
onte
xto
da
Ges
tão
de
Op
eraç
ões
.
"A F
igu
ra 5
(pag
.560
) e
tabel
a 5
(pag
.559
) dem
on
stra
um
a o
ver
wie
w d
os
três
cas
os.
Há
evid
ênci
as d
e qu
e, e
m p
rim
eiro
lugar
, o
co
mpo
rtam
ento
CI
está
in
tim
amen
te l
igad
a co
m a
in
tençã
o,
no
rmas
e h
abil
idad
es,
e é
segu
ida
pel
as a
titu
des
e c
ren
ças
com
po
rtam
enta
is q
ue
são n
eces
sári
as p
ara
mel
ho
rar
con
tinu
amen
te.
Isso
des
afia
o v
alo
r do F
/ A
mod
elo o
nd
e ap
enas
a i
nte
nçã
o
pre
cede
com
po
rtam
ento
. E
stas
des
cob
erta
s ta
mb
ém s
uger
em q
ue
as r
elaç
ões
en
tre
as v
ariá
vei
s n
o F
/ O
mod
elo
pode
ser
infl
uen
ciad
o,
pel
as v
ariá
vei
s d
e co
nti
ng
ênci
a, c
om
o a
pre
ssão
ind
ust
rial
co
mp
etit
iva
e u
ma
def
iniç
ão d
e es
trat
égia
org
aniz
acio
nal
. A
o l
on
go d
as e
ntr
evis
tas,
pod
e-s
e in
feri
r qu
e a
rela
ção
cau
sal
entr
e as
cre
nça
s su
bje
tiv
as e
no
rmas
, at
itudes
e a
uto
efic
ácia
ap
oia
das
as
seg
uin
tes
pro
po
siçõ
es:
1)
Ati
tud
e,
no
rma
e au
to e
ficá
cia
def
inem
a i
nte
nçã
o d
e re
aliz
ar a
mel
ho
ria
con
tínu
a; 2
) cr
ença
s su
bje
tiv
as s
ubja
cen
tes
a ca
da
um
a das
ati
tud
es,
no
rmas
e e
xem
plo
s de
auto
efi
cáci
a. I
nte
nçõ
es, at
itu
des
e c
rença
s co
mpo
rtam
enta
is d
esem
pen
hou
um
pap
el i
mp
ort
ante
na
man
ute
nçã
o d
o c
om
po
rtam
ento
CI.
O j
orn
al d
esco
bri
u q
ue
com
o
apab
ilit
y C
I, a
s in
ten
ções
de
real
izar
CI
com
po
rtam
ento
pod
e se
r su
bst
itu
ído p
or
moti
vaç
ões
no
rmat
ivas
e d
a pró
pri
a in
ten
ção p
od
e não
ser
o ú
nic
o p
red
ito
, n
em m
edia
r to
das
as
ou
tras
var
iávei
s p
ara
exec
uta
r u
m t
ipo
de
com
po
rtam
ento
. A
pes
qu
isa
sug
ere
que
o F
/ A
mo
del
o p
od
e se
r ex
trem
amen
te ú
til
na
inv
esti
gaç
ão n
um
con
tex
to d
e o
per
ações
, bem
co
mo
a s
ua
impo
rtân
cia
já c
om
pro
vad
a
Na
saúd
e, p
sico
log
ia e
mar
ket
ing
. N
o e
nta
nto
, el
e n
eces
sita
de
ser
aju
stad
a p
ara
lidar
co
m a
lgu
mas
var
iáv
eis
org
aniz
acio
nai
s e
op
erac
ion
ais
de
form
a qu
e el
e po
de
ser
mai
s ad
equad
o p
ara
pes
quis
a de
OM
."
" Qu
em:
3 c
om
pan
ies
(oper
atio
nal
dir
ecto
r, a
pla
nt/
pro
duct
ion m
anag
er,
thre
e to
fou
r o
per
atio
nal
lev
el e
mplo
yee
s)
Ond
e:B
rasi
l
Co
mo:
entr
evis
tas
sem
i-es
trutu
radas
e v
isit
as t
écn
icas
.
Qu
ando
: 201
2
Em
pes
quis
as f
utu
ras,
rec
om
end
amo
s te
star
est
e m
odel
o e
mpir
icam
ente
no c
on
texto
da
oper
ação
e t
amb
ém l
evar
em
con
ta a
in
fluên
cia
das
var
iáv
eis
de
con
tin
gên
cia,
co
mo
a d
efin
ição
da
estr
atég
ia,
indú
stri
a, p
aís
ou
o c
resc
imen
to d
a em
pre
sa (
SO
US
A e
VO
SS
, 2
001
, 2
008
) .
Est
e tr
abal
ho
sug
ere
tam
bém
a e
xp
lora
r a
cap
acid
ade
de
inov
ação
co
m b
ase
nes
te m
odel
o (
po
rque
ele
dev
eria
ser
men
os
no
rmat
iva)
e e
m s
eguid
a, c
om
par
ando
-a c
om
os
resu
ltad
os
do p
rese
nte
est
udo
.
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
91
AN
AN
D,
CH
HA
JED
, D
EL
FIN
(201
2)
"Est
e ar
tigo
exam
ina
a in
fluên
cia
da
auto
no
mia
no
tra
bal
ho
e c
on
fian
ça n
a li
der
ança
, p
ara
o c
om
pro
met
imen
to d
os
cola
bo
rad
ore
s nas
ati
vid
ades
de
mel
ho
ria
contí
nua.
"
" Co
mo
é e
vid
ente
no g
ráfi
co (
pag
.76
), o
efe
ito
da
auto
nom
ia n
o t
rabal
ho n
o c
om
pro
mis
so d
e m
elh
ori
a co
ntí
nua
é m
uit
o m
ais
fort
e q
uan
do a
co
nfi
ança
na
lider
ança
é a
o m
ais
alto
nív
el.
Ass
im, as
hip
óte
ses
- 2
) C
on
fian
ça n
a li
der
ança
est
á po
siti
vam
ente
rel
acio
nad
a co
m c
om
pro
mis
so d
e C
I; 3
) m
aio
r o
nív
el d
e co
nfi
ança
qu
e o
s fu
nci
on
ário
s co
loca
r n
a li
der
ança
, m
aio
r se
rá
o e
feit
o d
e au
tono
mia
no t
rab
alho
no
co
mp
rom
isso
co
m a
CI;
- F
ora
m a
mpla
men
te a
poia
das
em
no
sso
s dad
os,
e h
ipote
ses
- 1
) au
tono
mia
de
trab
alho
est
á po
siti
vam
ente
rel
acio
nad
a co
m
com
pro
mis
so d
e C
I; -
Fo
i m
od
erad
amen
te s
upo
rtad
o.
No
ssa
hip
óte
se r
esult
and
o q
ue
a ca
pac
itaç
ão d
os
emp
reg
ado
s em
seu
s tr
abal
ho
s do d
ia-a
-dia
infl
uen
cia
os
ben
efíc
ios
qu
e ver
po
r si
mes
mo
s de
mel
ho
rar
os
pro
cess
os
de
trab
alho
e a
um
enta
a p
robab
ilid
ade
de
par
tici
paç
ão e
m i
nic
iati
vas
CI
foi
apoia
da
po
r no
sso
s re
sult
ado
s em
pír
ico
s.
Co
mo
é e
vid
ente
no g
ráfi
co (
pag
.76
), o
efe
ito
da
auto
nom
ia n
o t
rabal
ho n
o c
om
pro
mis
so d
e m
elh
ori
a co
ntí
nua
é m
uit
o m
ais
fort
e q
uan
do a
co
nfi
ança
na
lider
ança
é a
o m
ais
alto
nív
el.
Ass
im, as
hip
óte
ses
- 2
) C
on
fian
ça n
a li
der
ança
est
á po
siti
vam
ente
rel
acio
nad
a co
m c
om
pro
mis
so d
e C
I; 3
) m
aio
r o
nív
el d
e co
nfi
ança
qu
e o
s fu
nci
on
ári
os
colo
car
na
lid
eran
ça, m
aio
r se
rá
o e
feit
o d
e au
tono
mia
no t
rab
alho
no
co
mp
rom
isso
co
m a
CI;
- F
ora
m a
mpla
men
te a
po
iadas
em
no
sso
s d
ado
s, e
o h
ipóte
sis
- 1
) au
tono
mia
de
trab
alho e
stá
po
siti
vam
ente
rel
acio
nad
a co
m
com
pro
mis
so d
e C
I; -
Fo
i m
od
erad
amen
te s
upo
rtad
o.
No
ssa
hip
óte
se r
esult
and
o q
ue
a ca
pac
itaç
ão d
os
emp
reg
ado
s em
seu
s tr
abal
ho
s do d
ia-a
-dia
infl
uen
cia
os
ben
efíc
ios
qu
e ver
po
r si
mes
mo
s de
mel
ho
rar
os
pro
cess
os
de
trab
alho
e a
um
enta
a p
robab
ilid
ade
de
par
tici
paç
ão e
m i
nic
iati
vas
CI
foi
apoia
da
po
r no
sso
s re
sult
ado
s em
pír
ico
s.
" " Qu
em:
Fro
ntl
ine
emp
loy
ees(
Ch
rist
ie C
linic
) O
nde:
EU
A C
om
o:
Su
rvey
Q
uan
do:D
ecem
ber
of
201
0
A p
esqu
isa
futu
ra p
od
e aj
ud
ar a
res
olv
er a
ques
tão d
e sa
ber
se
o e
feit
o d
e ca
tego
ria
de
trab
alho
e s
tatu
s m
édic
o d
e fa
to é
um
fen
ôm
eno
du
radou
ro n
o c
om
pro
mis
so p
ara
a sa
úd
e se
im
po
rta
mel
ho
ria
contí
nua.
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
92
MA
ZU
R, M
CC
RE
ER
Y,R
OT
HE
NB
ER
G(2
012
)
"Est
a p
esqu
isa
anal
isa o
pro
cess
o d
e im
ple
men
taçã
o d
a m
etodo
log
ia lea
n p
roje
tada
para
cond
uzi
r à
mel
ho
ria
con
tín
ua
em trê
s ho
spit
ais
rura
is, c
om
foco
em
pro
fiss
ion
ais
de
saú
de
env
olv
idos
no e
sfo
rço c
om
o p
arti
cipan
tes.
"
" 3 f
ato
res
fora
m d
esta
cad
os:
1)
A a
pli
caçã
o d
o c
onh
ecim
ento
; 2
) R
efle
xão
e I
nte
rnal
izaç
ão;
3)
Co
mp
rom
isso
. C
om
o i
mpli
ca a
expo
siçã
o d
e 5
(p
ag.1
8),
o p
rofi
ssio
nal
de
saúd
e de
pri
mei
ra
lin
ha
faz
a tr
ansi
ção
ao
long
o d
o t
emp
o a
par
tir
de
um
sin
gle
-loo
p p
ara
um
ap
rend
iz m
agra
de
circ
uit
o d
up
lo,
apli
can
do
con
hec
imen
to e
nxu
to,
refl
etin
do
sob
re e
in
tern
aliz
ar a
s li
ções
e
insi
gh
ts a
par
tir
des
ta a
pli
caçã
o e
co
mp
rom
isso
ed
ifíc
io. A
lgu
mas
rec
om
endaç
ões
: 1
) N
ão h
á g
rand
e val
or
na
ob
tençã
o d
e u
m g
rand
e nú
mer
o d
e p
rofi
ssio
nai
s d
e p
rim
eira
lin
ha
par
a par
tici
par
de
Rie
s, l
ogo
que
po
ssív
el;
2)
Os
líder
es d
evem
lev
ar o
co
mp
rom
isso
fin
ance
iro
par
a aj
ust
ar o
s n
ívei
s d
e p
esso
al p
ara
área
s q
ue
têm
fun
cion
ário
s que
trab
alham
na
mel
ho
ria
mag
ra;
3)
Lid
eran
ça e
nvo
lver
co
m m
édia
ger
ênci
a e
pro
fiss
ion
ais
de
recu
rso
s H
um
ano
s d
o h
osp
ital
par
a id
enti
fica
r o
s lí
der
es l
ean p
rov
ável
em
erg
ente
s a
nív
el d
a li
nha
de
fren
te,
e em
segu
ido,
forn
ecer
op
ort
un
idad
es p
ara
qu
e el
as s
urg
em.
Err
ado
?
Go
og
le T
radu
tor
par
a em
pre
sas:
Go
ogle
Too
lkit
de
trad
uçã
o p
ara
app
sTra
duto
r d
e si
tesG
lob
al M
ark
et F
ind
er
Des
ativ
ar t
radu
ção i
nst
antâ
nea
Sob
re o
Go
og
le T
radu
torC
elu
larC
om
unid
adeP
rivac
idad
e e
Ter
mo
sAju
daE
nv
iar
feed
bac
k
" " Qu
em:
3 H
osp
itai
s; O
nd
e:C
aroli
na
do
No
rte,
EU
A;
Co
mo:
Su
rvey
, o
bse
rvaç
ão d
iret
a, e
ntr
evis
tas,
e u
tili
zaçã
o d
e g
rup
os
foco
s; Q
uan
do:
Du
ran
te o
s do
is p
rim
eiro
s an
os
de
imp
lem
enta
ção
do L
EA
N n
os
ho
spit
ais
em q
ues
tão;
Pes
qu
isas
futu
ras
dev
em a
mpli
ar e
sta
ob
ra p
ara
test
ar o
s re
sult
ado
s aq
ui ap
rese
nta
do
s, e
par
a co
nti
nu
ar a
ref
inar
in
stru
men
tos
de
med
ição
nec
essá
rio
s p
ara
aval
iar
os
com
po
rtam
ento
s m
agro
s
e m
agro
pen
san
do n
a sa
úde
pro
fiss
ion
ais
de
pri
mei
ra l
inha;
Ou
tro
s tr
abal
ho
s dev
em c
entr
ar-s
e em
dad
os
cole
tad
os
em d
ifer
ente
s co
nfi
gu
raçõ
es p
ara
ver
se
os
resu
ltad
os
são c
on
sist
ente
s
em s
emel
han
te h
osp
itai
s lo
cali
zado
s em
dif
eren
tes
reg
iões
geo
grá
fica
s; U
ma
opo
rtu
nid
ade
par
a p
esq
uis
as f
utu
ras
vem
do
seu
foco s
ob
re a
apli
caçã
o e
m e
stág
io i
nic
ial.
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
93
KU
ND
U,
MA
HO
NA
R (
201
2)
Est
e ar
tigo
pro
cura
iden
tifi
car
os
fato
res
que
são
crí
tico
s p
ara
o s
uce
sso d
a im
ple
men
taçã
o d
e p
rin
cípio
s le
an e
m s
erv
iço
s de
sup
ort
e d
e T
I.
"As
pro
post
as s
ão:
ider
ança
e G
estã
o
Co
mp
rom
isso
da
ges
tão
de
topo
" Co
mo
: L
evan
tam
ento
bib
liog
ráfi
co
Quan
do
:20
12
Ess
enci
alm
ente
, es
te e
studo
pod
e se
r em
pre
gue
com
o u
ma
bas
e par
a m
ais
inv
esti
gaç
ão e
mpír
ica.
No
fu
turo
, o
s au
tore
s p
rete
ndem
rea
liza
r u
ma
pes
qu
isa,
envo
lven
do o
gru
po
de
acad
êmic
os,
con
sult
ore
s e
pro
fiss
ion
ais
par
a in
ves
tigar
e v
alid
ar o
s Q
CA
.
AUTOR OBJETIVO TRABALHO
S FUTUROS
RESULTADOS METODO
94
CR
IST
EA
(2009
)
Pro
po
r n
ovas
fo
rmas
de
aval
iaçã
o d
o s
erv
iço d
e ho
téis
da
Ro
men
ia, de
modo
a i
nce
nti
var
um
a m
elh
ora
do s
erv
iço p
rest
ado.
"Em
pri
ncí
pio
, ex
iste
m d
uas
man
eira
s d
e ab
ord
ar a
mel
ho
ria
da
indú
stri
a ro
men
a do
hote
l qu
alid
ade
do
ser
viç
o:
em p
rim
eiro
lug
ar,
com
ple
tan
do
cri
téri
os
das
no
rmas
da
met
odo
log
ia e
m
rela
ção
à e
stre
la c
lass
ific
ação
de
un
idad
es d
e al
oja
men
to, es
trutu
ra e
em
seg
und
o l
ugar
a c
riaç
ão d
e u
ma
aval
iaçã
o s
iste
ma
da
qu
alid
ade
do h
ote
l e
serv
iço
de
rest
aura
nte
."
" Pes
qu
isa
e an
ális
e d
e ou
tro
s m
éto
do
s p
ara
aval
iaçã
o d
a qu
alid
ade
do
ser
viç
o p
rest
ado
em
ho
téis
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
95
LA
KS
HM
AN
(2006
)
Est
e ar
tigo
des
envo
lve
um
a te
ori
a d
e li
der
ança
de
qual
idad
e, c
om
foco
no
s tr
aço
s do
líd
er, val
ore
s e
com
po
rtam
ento
s bas
eado
s em
pri
ncí
pio
s de
TQ
M.
1)
O g
rau
em
qu
e o
s lí
der
es c
om
un
icar
a i
mpo
rtân
cia
do
s cl
ien
tes
inte
rno
s e
exte
rno
s à
un
idad
e m
emb
ros
serã
o p
osi
tivam
ente
rel
acio
nad
a co
m o
des
emp
enho
da
unid
ade;
2)
O g
rau
em
que
os
líd
eres
vee
m s
eus
clie
nte
s in
tern
os
e ex
tern
os
com
o p
arce
iros
em u
m r
elac
ionam
ento
co
op
erat
ivo
ser
á po
siti
vam
ente
rel
acio
nad
a co
m o
des
emp
enho d
a un
idad
e; 3
) O
gra
u e
m q
ue
a
par
tici
paç
ão líd
eres
val
or
e tr
abal
ho
em
equ
ipe
e co
mpar
tilh
amen
to d
e in
form
açõ
es e
star
á d
iret
amen
te r
elac
ion
ada
aos
seu
s co
mp
ort
amen
tos
de
com
un
icaç
ão s
ob
re a
im
po
rtân
cia
do
tra
bal
ho
em e
qu
ipe
e, a
ssim
, p
rom
ov
er u
ma
aber
tura
OS
cult
ura
org
aniz
acio
nal
e c
om
par
tilh
amen
to d
e in
form
açõ
es e
ntr
e to
dos
os
nív
eis;
4)
Nív
eis
mai
s el
evad
os
de
efic
ácia
par
tici
paç
ão d
entr
o d
a
unid
ade
vai
lev
ar a
nív
eis
mai
s al
tos
de
des
emp
enh
o d
a un
idad
e; 5
) O
gra
u e
m q
ue
os
líd
eres
usa
m e
qu
ipes
au
to-g
estã
o,
com
o p
arte
do
pro
jeto
glo
bal
da
org
aniz
ação
ser
á po
siti
vam
ente
rela
cio
nad
os
ao d
esem
pen
ho d
a q
ual
idad
e d
a o
rgan
izaç
ão;
6)
da
equip
e d
e p
roje
to e
de
coac
hin
g c
om
po
rtam
ento
s do
líd
er s
erá
po
siti
vam
ente
rel
acio
nad
a co
m o
des
empen
ho
das
eq
uip
es;
7)
O g
rau
em
qu
e os
líd
eres
apo
iar
as e
quip
es,
forn
ecen
do
auto
rid
ade
par
a to
mar
dec
isõ
es c
ríti
cas
serã
o p
osi
tiv
amen
te r
elac
ion
ada
com
o d
esem
pen
ho
da
unid
ade;
8)
O g
rau
em
qu
e os
líd
eres
mel
ho
rar
a co
munic
ação
en
tre
mem
bro
s d
a eq
uip
e e
entr
e eq
uip
es s
erão
po
siti
vam
ente
rel
acio
nad
a co
m o
des
emp
enh
o d
a u
nid
ade;
9)
com
po
rtam
ento
s L
íder
est
rutu
rante
s q
ue
mel
ho
ram
tan
to o
"co
ntr
ole
" e
"exp
lora
ção
" as
pec
tos
de
estr
utu
ras
de
equ
ipe
irá
resu
ltar
em
mel
ho
r tr
abal
ho
em
equ
ipe
e p
arti
cipaç
ão;
10
) L
íder
es a
lta
con
scie
nti
zaçã
o s
ão m
ais
con
tro
le
em s
ua
estr
utu
raçã
o C
on
sid
eran
do q
ue
os
líder
es e
levad
os
em p
ensa
men
tos
são m
ais
exp
lora
r em
seu
co
mpo
rtam
ento
est
rutu
raçã
o. L
íder
es e
lev
ados
em a
mb
os
os
traç
os
são
mai
s ef
icaz
es,
forn
ecen
do
am
bo
s o
s ti
po
s d
e co
mport
amen
tos
estr
utu
ran
tes;
11
) O
gra
u q
ual
os
líder
es c
om
un
ican
tes
a im
po
rtân
cia
da
CI
de
pro
cess
os
de
trab
alho
e o
s re
sult
ado
s se
rão
posi
tiv
amen
te
rela
cio
nad
a co
m a
su
a ef
iciê
nci
a e
par
a o
des
emp
enh
o d
a u
nid
ade;
12
) O
s lí
der
es q
ue
val
ori
zam
CI
e sã
o r
ico
s em
pen
sam
ento
s par
a se
env
olv
er e
m c
om
po
rtam
ento
s de
exper
imen
taçã
o
mai
s si
stem
átic
os
par
a C
I; 1
3)
A m
edid
a em
qu
e o
s lí
der
es d
e d
esig
n e
co
ndu
zir
exp
erim
ento
s si
stem
átic
os
sob
re o
im
pac
to d
as v
ariá
vei
s-ch
ave
no d
esem
pen
ho
de
qual
idad
e es
tá
po
siti
vam
ente
rel
acio
nad
a co
m o
des
empen
ho
ger
al d
a un
idad
e; 1
4)
Líd
er s
iste
mát
ica
com
po
rtam
ento
s de
exper
imen
taçã
o p
ara
max
imiz
ar a
rel
ação
sin
al-r
uíd
o d
e var
iáv
eis
do r
esult
ado
estã
o p
osi
tiv
amen
te r
elac
ionad
os
com
efi
ciên
cia
de
líd
er e
des
emp
enh
o d
a u
nid
ade;
15
) A
med
ida
em q
ue
os
líder
es s
ão m
ais
cap
azes
de
sep
arar
as
var
iáv
eis
sinal
das
var
iáv
eis
de
ruíd
o,
em t
erm
os
de
seu
s ef
eito
s so
bre
as
dim
ensõ
es-c
hav
e d
e des
emp
enh
o,
está
po
siti
vam
ente
rel
acio
nad
a co
m e
fici
ênci
a do
s lí
der
e d
esem
pen
ho
da
un
idad
e.
" Co
mo
: L
evan
tam
ento
Bib
liog
ráfi
co
Q
uan
do
:2006
Tal
co
mo a
con
tece
co
m q
ual
qu
er t
este
teo
ria,
vár
ios
estu
do
s u
sand
o u
ma
var
ied
ade
de
met
odo
log
ias
são s
usc
eptí
vei
s p
ara
ser
ben
éfic
o n
a v
alid
ação
do r
efer
enci
al t
eóri
co p
rop
ost
o a
qu
i.
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS
FUTUROS
RESULTADOS METODO
96
Bar
czak
e W
ilem
on
(200
1)
Iden
tifi
car
a dir
eção
, p
ara
qu
e as
açõ
es a
pro
pri
adas
po
ssam
ser
to
mad
as p
ara
esta
bel
ecer
equ
ipes
co
m m
aio
r p
robab
ilid
ade
de
suce
sso
, co
m ê
nfa
se s
ob
re o
s fa
tore
s qu
e in
flu
enci
am a
sati
sfaç
ão d
os
mem
bro
s d
a eq
uip
e e
as a
ções
qu
e o
s ger
ente
s p
reci
sam
to
mar
par
a g
aran
tir
que
esse
s d
river
s sã
o t
ota
lmen
te a
tendid
os
" F
ora
m i
den
tifi
cado
s se
is f
ato
res-
chav
es d
o n
oss
o e
stud
o n
a d
ireç
ão d
a sa
tisf
ação
do
s m
emb
ros
da
equip
e. E
las
são:
(1
) ca
ract
erís
tica
s da
equ
ipe;
(2
) as
met
as d
o p
roje
to c
laro
s;
(3
) cl
arez
a so
bre
av
alia
ção
e r
eco
mp
ensa
s;
(4
) u
ma
lid
eran
ça e
fica
z;
(5
) d
e ap
oio
à g
estã
o;
(6
) n
ívei
s ad
min
istr
ávei
s de
con
flit
o e
est
ress
e.
" " " E
ntr
evis
tas
em p
rofu
nd
idad
e, u
tili
zan
do u
m e
stru
tura
do
pro
toco
lo f
ora
m r
eali
zado
s co
m 7
1 m
emb
ros
Equip
es N
PD
bas
eado
s n
a te
cnolo
gia
div
ersi
fica
da
em 1
8 e
mp
resa
s. E
stas
em
pre
sas
fora
m e
sco
lhid
as a
par
tir
de
um
a v
arie
dad
e de
ind
úst
rias
, in
clu
ind
o t
ecn
olo
gia
méd
ica,
so
ftw
are,
ele
trô
nic
a, a
uto
maç
ão i
ndu
stri
al,
tele
com
unic
açõ
es, b
iote
cno
logia
e h
ard
war
e.
Em
pre
sas
par
ticu
lare
s fo
ram
esc
olh
ido
s d
evid
o a
su
a uti
liza
ção d
e lo
ng
a dat
a do
NP
D,
equ
ipes
mult
ifun
cionai
s, a
cess
ibil
idad
e p
ara
os
pes
quis
ado
res
e dis
pon
ibil
idad
e p
ara
par
tici
par
do
estu
do
.
Mem
bro
s in
div
iduai
s d
a eq
uip
e fo
ram
sel
ecio
nad
os
par
a ra
zões
sim
ilar
es. T
odas
as
entr
evis
tas
fora
m g
ravad
as e
tra
nsc
rita
s. O
com
pri
men
to m
édio
de
cad
a en
trev
ista
fo
i d
e ce
rca
de u
ma
ho
ra e
mei
a.
Tod
os
os
ind
ivíd
uo
s e
as e
mp
resa
s fo
ram
co
m b
ase
nos
EU
A.
Cer
ca d
e 6
8 p
or
cen
to d
os
inqu
irid
os
eram
do
eng
enh
aria
en
qu
anto
o r
esta
nte
de
32
po
r ce
nto
os
mem
bro
s d
a eq
uip
e er
am d
e outr
as á
reas
fun
cio
nai
s, c
om
o m
ark
etin
g, gar
anti
a d
e q
ual
idad
e
e fa
bri
caçã
o.
Cer
ca d
e 54
po
r ce
nto
do
s m
emb
ros
da
equip
e ti
nh
am o
gra
u d
e b
ach
arel
enq
uan
to 3
4 p
or
cen
to t
inh
am m
estr
ado
s.
" "1)
Imp
lica
ções
par
a a
ger
ênci
a sê
nio
r: a
) C
on
stru
ir u
ma
cult
ura
org
aniz
acio
nal
qu
e s
up
ort
a tr
abal
ho
em
eq
uip
e. b
) A
sseg
ura
r q
ue
os
líd
eres
de
equ
ipe
poss
uem
trê
s co
nju
nto
s d
e h
abil
idad
es
crít
icas
: in
terp
esso
al, p
roje
to e
ges
tão t
écn
ica.
c)
Rec
on
sider
ar o
s cr
itér
ios
de
contr
ataç
ão
par
a in
clu
ir h
abil
idad
es i
nte
rpes
soai
s, j
unta
men
te c
om
fun
cion
al e
esp
ecia
liza
ção.
d
) M
elho
rar
a fo
rma
com
o o
s m
emb
ros
da
equip
e sã
o a
val
iado
s e
reco
mpen
sado
s po
r se
us
esfo
rço
s.
e) E
star
cie
nte
das
cau
sas
de
estr
esse
e d
esen
vo
lver
ati
vid
ades
par
a aj
udar
os
mem
bro
s da
equ
ipe
lid
ar c
om
str
ess.
2)
Im
pli
caçõ
es p
ara
os
líder
es d
e eq
uip
e: a
) D
esen
volv
er,
ger
enci
ar e
man
ter
o r
elac
ion
amen
to d
a eq
uip
e co
m a
ger
ênci
a sê
nio
r.
b)
Co
mp
reen
der
a d
inâm
ica
inte
rna
das
equ
ipes
fu
nci
onai
s e
tom
ar a
s m
edid
as a
deq
uad
as p
ara
ger
enci
ar e
ssas
rel
ações
. 3
) Im
pli
caçõ
es p
ara
os
mem
bro
s da
equ
ipe:
a)
Po
ssuir
as
cap
acid
ades
nec
essá
rias
par
a se
r u
m e
fica
z m
emb
ro
da
equ
ipe.
b
) R
eco
nh
ecer
que
as f
ort
es h
abil
idad
es d
e co
mun
icaç
ão n
ão s
ão s
ufi
cien
tes
par
a se
r u
m e
fica
z m
embro
de
equip
e. c
) R
eco
nh
ecer
qu
e as
fo
rtes
hab
ilid
ades
de
com
unic
ação
não
são
su
fici
ente
s par
a se
r u
m m
emb
ro d
e eq
uip
e ef
icaz
.
"
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
97
Zac
caro
, R
ittm
an a
nd M
ark
s 200
1
" E
ste
arti
go,
apre
senta
um
qu
adro
co
nce
itu
al p
ara
refl
etir
sob
re o
s ef
eito
s d
a li
der
ança
no
des
empen
ho
da
equ
ipe.
A
rgum
enta
qu
e a
lider
ança
pro
cess
a a
efic
ácia
da
equ
ipe
pel
a su
a
infl
uên
cia,
co
m e
feit
os
sob
re q
uat
ro c
onju
nto
s de
pro
cess
os
de e
quip
e: c
ogn
itiv
a, m
oti
vac
ion
al, af
etiv
o e
coo
rden
ação
.
Po
de-
se a
rgu
men
tar
ain
da
que
um
a sé
rie
de
cara
cter
ísti
cas
ambie
nta
is, o
rgan
izac
ionai
s e
cara
cter
ísti
cas
de
equip
e po
dem
mod
erar
a m
agnit
ude
des
ses
efei
tos.
"
Pro
po
siçã
o 1
: A
ex
ten
são e
qu
alid
ade
das
ati
vid
ades
qu
e dão
sen
tid
o a
s at
ivid
ades
de
lider
ança
s es
tão p
osi
tivam
ente
rel
acio
nad
as c
om
a p
reci
são e
gra
u d
e co
mp
arti
lham
ento
da
equ
ipe
com
os
mo
del
os
men
tais
. P
ropo
siçã
o 2
: E
qu
ipes
co
m l
íder
es q
ue
des
envo
lvem
cap
acid
ades
no
s m
emb
ros
par
a fa
zer
pro
cess
amen
to d
e in
form
açõ
es e
ince
nti
var
a s
ua
par
tici
paç
ão n
a re
solu
ção
de
pro
ble
ma
gar
ante
qu
e a
equip
e vai
se
envo
lver
em
mai
s p
roce
ssam
ento
s d
e in
form
ações
co
leti
vas
do
que
as e
qu
ipes
com
líd
eres
que
usa
m m
ais
o e
stil
o d
ireti
vo. P
rop
osi
ção
3:
As
equip
es
com
líd
eres
qu
e des
env
olv
em e
moti
vam
mem
bro
da
equip
e co
m c
apac
idad
es c
og
nit
ivas
e f
orn
ecem
fee
dba
ck s
ob
re o
des
empen
ho
adeq
uad
o s
ão m
ais
pro
pen
sos
a se
en
volv
erem
em
con
ecti
vid
ade
cole
tiv
a ef
icaz
do q
ue
equip
es c
om
líd
eres
qu
e não
ex
ibem
ess
es c
om
po
rtam
ento
s d
e li
der
ança
. P
rop
osi
ção 4
: A
s eq
uip
es c
ujo
s lí
der
es e
stab
elec
em m
etas
de
alto
des
emp
enho,
exo
rtam
e e
nco
raja
m o
s m
emb
ros
a ad
apta
r e
atin
gir
ess
as m
etas
, fo
rnec
em e
stra
tég
ias
de
des
emp
enho
par
a al
cança
r es
sas
met
as e
est
raté
gia
s d
e des
emp
enho
são
o m
od
elo
ap
rop
riad
o q
ue
irá
exib
ir m
aio
r ef
icác
ia d
a eq
uip
e e
coes
ão d
o q
ue
as e
qu
ipes
co
m l
íder
es q
ue n
ão s
e en
volv
em e
m t
ais
ativ
idad
es.
Pro
po
siçã
o 5
: A
s eq
uip
es c
ujo
s lí
der
es f
orn
ecem
met
as d
e d
esem
pen
ho
clar
as,
atri
buiç
ões
de
funçã
o e
est
raté
gia
s de
des
emp
enh
o v
ão r
eagir
men
os
emoci
onal
men
te,
com
men
or
estr
esse
e m
eno
r co
ntá
gio
às
circ
unst
ânci
as e
moci
onai
s do
qu
e as
eq
uip
es c
ujo
s
líd
eres
ofe
rece
m p
ouca
ou
nen
hum
a es
tru
tura
e d
ireç
ão.
Pro
po
siçã
o 6
: S
eleç
ão c
ujo
s lí
der
es e
stab
elec
em n
orm
as e
in
cen
tivam
o c
ontr
ole
em
oci
on
al v
ão e
xib
ir m
eno
s co
nfl
ito
s af
etiv
os
do
que
os
líder
es q
ue
não
est
abel
ecem
tai
s n
orm
as. P
ropo
siçã
o 7
: eq
uip
es c
ujo
s lí
der
es c
om
bin
am c
apac
idad
es indiv
iduai
s co
m o
s p
apéi
s n
eces
sári
os,
ofe
rece
m e
stra
tég
ias
clar
as d
e d
esem
pen
ho,
mo
nit
ora
m e
fo
rnec
em f
eedb
ack
so
bre
açõ
es d
os
mem
bro
s d
a eq
uip
e n
a re
aliz
ação
des
sas
estr
atég
ias,
aju
stam
as
cond
ições
de
mud
ança
am
bie
nta
l e
com
iss
o a
s aç
ões
vão
ser
mel
ho
r
coo
rden
adas
e m
ais
efic
azes
, do
que
equip
es q
ue
os
líd
eres
não
exib
em e
ssas
ati
vid
ades
.
" "Nes
te a
rtig
o,
apre
sen
tam
os
um
quad
ro c
once
itu
al p
ara
pen
sar
sob
re o
s ef
eito
s d
a li
der
ança
no
des
empen
ho
da
equip
e.
Arg
um
enta
mo
s q
ue
a li
der
ança
pro
cess
a a
efic
ácia
da
equip
e p
ela
sua
infl
uên
cia
com
efe
ito
s so
bre
qu
atro
con
jun
tos
de
pro
cess
os
de
equ
ipe:
co
gn
itiv
a, m
oti
vac
ional
, af
etiv
o e
co
ord
enaç
ão.
Po
der
íam
os
argu
men
tar
aind
a qu
e u
ma
séri
e d
e ca
ract
erís
tica
s am
bie
nta
is, org
aniz
acio
nai
s e
cara
cter
ísti
cas
de
equip
e p
od
em m
oder
ar a
mag
nit
ud
e des
ses
efei
tos.
"
"Nó
s ta
mb
ém s
ug
erim
os
que,
co
mo a
s eq
uip
es a
lcan
çam
um
nív
el s
ign
ific
ativ
o d
e ex
per
iên
cia,
ou
tros
mem
bro
s po
dem
ass
um
ir f
un
çõe
s d
e li
der
ança
, en
quan
to o
s lí
der
es d
esig
nad
os
resp
eita
m o
lim
ite
das
suas
res
po
nsa
bil
idad
es. F
inal
men
te, n
ós
esb
oça
mo
s b
rev
emen
te v
ária
s fo
rmas
pel
as q
uai
s as
equ
ipes
in
flu
enci
am a
efi
cáci
a do
líd
er.
As
teo
rias
de
lider
ança
de
equip
e ex
iste
nte
s te
ndem
a m
inim
izar
in
flu
ênci
as d
os
con
trib
uin
tes
par
a ca
da
um
des
tes
pro
cess
os.
Iss
o c
ond
uz
a u
ma
min
imiz
ação
in
feri
or
da
com
pre
ensã
o
com
ple
ta d
o d
esem
pen
ho
da
tom
ada
de
dec
isão
cole
tiv
a. E
m e
qu
ipes
co
mo
unid
ades
mil
itar
es,
ou
aq
uel
es e
m f
orm
as o
rgan
izac
ion
ais
mai
s tr
adic
ionai
s, q
ue
no
rmal
men
te s
ão o
rgan
izad
as
nu
ma
fort
e es
trutu
ra h
ierá
rqu
ica,
um
a g
rand
e po
rção
de
var
iân
cia
no
des
emp
enh
o p
od
e r
esid
ir f
ato
res
asso
ciad
os
à li
der
ança
. A
inca
pac
idad
e de
com
pre
end
er e
sta
rela
ção
pod
e li
mit
ar a
trei
nam
ento
e d
esen
volv
imen
to d
e ta
is e
qu
ipes
e l
íder
es, re
spec
tivam
ente
. A
lter
nat
ivam
ente
, ta
l co
mo
muit
as o
rgan
izaç
ões
, pas
sar
de
um
a es
trutu
ra h
ierá
rqu
ica t
radic
ion
al p
ara
um
a eq
uip
e
de
bas
e, e
quip
e p
roce
sso
s tê
m u
ma
infl
uên
cia
cada
vez
mai
s im
po
rtan
te d
o l
íder
e e
feti
vid
ade
org
aniz
acio
nal
. T
ais
infl
uên
cias
pre
cisa
m s
er c
on
sid
erad
as c
om
mai
s cu
idad
o e
mod
elad
as e
m
teo
rias
de
lid
eran
ça o
rgan
izac
ion
al e
est
raté
gic
a.
"
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
98
ST
ER
MA
N, R
EP
EN
NIN
G,
KO
FM
AN
(199
7)
Est
e ar
tigo
in
dic
a que
a re
solu
ção
do
par
ado
xo
dev
e si
tuar
-se
no
s ef
eito
s se
cun
dár
ios
bem
-su
cedid
os
em m
elho
ria,
não
em
fo
rças
qu
e im
ped
em a
mudan
ça o
u e
ven
tos
econ
ôm
ico
s
exte
rno
s. E
ste
arti
go
exp
lora
as
cau
sas
e co
nse
qu
ênci
as d
este
par
adoxo
.
Sim
ula
ções
mo
stra
ram
qu
e a
alte
rnat
iva
de
não
im
ple
men
tar
TQ
M e
ra p
ior;
Co
mo
foi
enco
ntr
ado
um
res
ult
ado
da
sim
ula
ção
de
que
a se
gu
ran
ça n
o e
mp
reg
o n
ão
é g
aran
tia
de
suce
sso
da
TQ
M, e
pod
e se
r au
to d
estr
uti
vo
, po
rtan
to m
ante
r a
polí
tica
de
não
-dem
issã
o n
ão é
rec
om
endad
o.
Co
m u
ma
polí
tica
em
um
cen
ário
fav
orá
vel
, po
der
ia im
ped
ir s
itu
ações
dif
ícei
s in
flu
enci
adas
pel
a cr
ise.
A r
eso
luçã
o é
o r
eco
nh
ecim
ento
de
qu
e a
ligaç
ão e
ntr
e a
mel
ho
ria
de
resu
ltad
os
e o s
uce
sso f
inan
ceir
os
é m
ais
com
ple
xa
do q
ue
a cr
ença
gen
eral
izad
a d
e que
os
ben
efíc
ios
fin
ance
iro
s d
evem
seg
uir
o p
roce
sso
bem
-su
cedid
o.
Pro
gra
mas
de
mel
ho
ria
estã
o i
nti
mam
ente
lig
ado
co
m a
s outr
as a
tivid
ades
da
emp
resa
, ju
nta
men
te c
om
os
seu
s cl
iente
s, o
mpet
tido
res,
e o
s m
erca
do
s fi
nan
ceir
os.
Um
res
ult
ado c
entr
al d
o m
od
elo é
o i
mp
acto
des
equ
ilib
rad
o d
e at
ivid
ade
de
mel
ho
ria
em d
ifer
ente
s p
arte
s do
s p
roce
sso
s o
rgan
izac
ionai
s.
" Qu
em:
Anal
og
Dev
ices
, In
c.;
C
om
o:P
esqu
isa,
lev
anta
men
to e
anál
ise
de
dad
os,
entr
evis
tas,
sim
ula
ções
.
Qu
and
o:
1997
Pes
qu
isas
Fu
tura
s e
test
es d
e ca
mpo
são
nec
essá
rio
s p
ara
test
ar a
efe
tiv
idad
e de
ferr
amen
tas
com
o:
qu
alit
y f
un
ctio
n d
eplo
ym
ent
(Hau
ser
and C
lau
sing
1988
), H
osh
in p
lann
ing
S
hib
a et
al.
1993
), s
oft
sy
stem
s m
ethod
s (C
hec
kla
nd 1
98
1),
and
sim
ula
tio
n a
nd g
amin
g (
Mo
recr
oft
and
Ste
rman
1994
).
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
99
OP
RIM
E, M
EN
DE
S,
PIM
EN
TA
(2
01
0)
O o
bje
tivo
des
te a
rtig
o é
id
enti
fica
r e
anal
isar
fat
ore
s cr
ític
os
no d
esen
volv
imen
to d
e at
ivid
ades
de
mel
ho
ria
con
tín
ua
em e
mp
resa
s in
du
stri
ais
bra
sile
iras
.
Ver
ific
ou
-se
qu
e a
prá
tica
de
trei
nam
ento
de
pes
soal
em
fer
ram
enta
s de
solu
ção d
e p
rob
lem
as t
em i
mpac
to p
osi
tivo
no r
esult
ado d
as a
tiv
idad
es d
e m
elho
ria
con
tínua.
A m
esm
a si
tuaç
ão f
oi
ob
serv
ada
par
a a
exis
tên
cia
de
pla
no
s d
e su
ges
tão n
a em
pre
sa.
A c
om
unic
açã
o f
ace
a fa
ce a
pre
sen
tou
co
rrel
ação
po
siti
va
com
os
indic
ado
res
de
resu
ltad
o r
elac
ion
ado
s à
sati
sfaç
ão d
os
clie
nte
s e
ao d
esen
volv
imen
to d
e hab
ilid
ades
do
s em
pre
gad
os.
É c
on
stat
ada
qu
e a
exis
tênci
a d
e u
m s
iste
ma
de
ince
nti
vo
s te
m i
nfl
uên
cia
po
siti
va
no a
um
ento
da
pro
duti
vid
ade,
na
redu
ção
do
lea
d tim
e e
no
des
envo
lvim
ento
das
hab
ilid
ades
do
s em
pre
gad
os.
Oit
o f
erra
men
tas
apre
sen
tam
ev
iden
cias
est
atís
tica
s de
contr
ibu
ição
par
a m
elh
ora
r o
des
empen
ho
das
ati
vid
ades
de
MC
:
ferr
amen
tas
de
iden
tifi
caçã
o d
e p
rob
lem
as,
as s
ete
ferr
amen
tas
bás
icas
de
qual
idad
e, a
s se
te f
erra
men
tas
ger
enci
ais
da
qual
idad
e, a
s fe
rram
enta
s de
map
eam
ento
de
pro
cess
os,
QF
D,
as
ferr
amen
tas
de
vis
ual
izaç
ão,
técn
icas
de
sim
ula
ção e
o c
on
tro
le e
stat
ísti
co d
e p
roce
sso.
A p
rinci
pal
dim
ensã
o r
ela
cion
ada
à p
rom
oçã
o d
as p
ráti
cas
de
MC
é a
fo
rmal
izaç
ão d
e polí
tica
s d
e
ince
nti
vo
s.
Q
uan
to a
o s
upo
rte
e li
der
ança
do p
roce
sso d
e m
elh
ori
a, d
esta
cam
-se
a li
der
ança
ger
enci
al e
as
vis
itas
reg
ula
res
ao c
hão
de
fáb
rica
pel
a ger
ênci
a. F
ora
m i
den
tifi
cado
s fa
tore
s
crít
ico
s co
mo:
o t
rein
amen
to e
m f
erra
men
tas
de
solu
ção d
e p
roble
mas
, o
in
centi
vo a
sug
estõ
es,
a uti
liza
ção
de
com
un
icaç
ão f
ace
a fa
ce,
o u
so d
e vis
itas
ao c
hão
de
fáb
rica
e a
do
ção d
e
sist
emas
de
ince
nti
vo
s.
" Qu
em: 46
Em
pre
sas
bra
sile
rias
de
po
rtes
e s
eto
res
div
erso
s.
O
nde:
Bra
sil
Co
mo: su
rvey
, qu
esti
onár
io c
om
res
po
nsá
vei
s na
ges
tão
de
pro
gra
mas
ou
ati
vid
ades
de
mel
ho
ria
Quan
do:
2007
Co
mo l
imit
ação
, ai
nd
a qu
e se
ob
serv
e r
elat
iva
con
fiab
ilid
ade
do
s co
nst
ruct
os,
est
es a
inda
são s
uje
ito
s a
mel
ho
rias
, in
corp
ora
nd
o-s
e no
vas
dim
ensõ
es a
ele
s. O
utr
a li
mit
ação
dec
orr
e da
abra
ng
ênci
a do t
ema
trat
ado
, su
jeit
o a
gra
nd
e nú
mer
o d
e v
ariá
vei
s su
bje
tivas
, o q
ue
imp
lica
na
nec
essi
dad
e de s
erem
in
corp
ora
do
s n
ovo
s te
mas
rel
acio
nad
os
às a
tiv
idad
es d
e M
C,
qu
e n
ão
fize
ram
par
te d
o e
scop
o d
este
tra
bal
ho
, m
as q
ue
po
dem
ser
co
nsi
der
ado
s em
tra
bal
ho
s fu
turo
s. A
lém
des
tas,
outr
a li
mit
ação
co
nsi
ste
no
fat
o d
e a
amo
stra
ter
sid
o b
asea
da
som
ente
em
emp
resa
s que
po
ssu
em I
SO
90
00
, n
ão p
oss
ibil
itan
do
, d
essa
fo
rma,
gen
eral
izar
, an
alis
ar o
im
pac
to d
e ce
rtif
icaç
ões
de
qual
idad
e so
bre
as
qu
estõ
es a
qui
lev
anta
das
qu
anto
à M
C. E
sta
lacu
na
pod
e se
r ex
plo
rad
a em
tra
bal
ho
s fu
turo
s so
bre
o t
ema.
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
100
SIL
VA
et
al. (2
00
8)
O o
bje
tivo
des
te t
rab
alho
é a
pre
senta
r u
ma
inci
ativ
a de
inte
gra
r a
pro
mo
ção d
as m
etodo
log
ias
Lea
n M
anu
fact
uri
ng
e S
ix S
ugm
a n
a bu
sca
de
um
mel
ho
r d
esem
pen
ho
op
erac
ion
al.
"A e
mp
resa
con
segu
iu e
stab
elec
er c
on
diç
ões
mai
s fa
vo
rávei
s p
ara
con
cili
ar a
ap
lica
ção d
a L
M e
SS
atu
and
o s
ob
re a
s d
imen
sões
da
org
aniz
ação
, d
irec
ion
amen
to,
amb
iente
e m
éto
do d
e
mel
ho
ria.
A
o
esta
bel
ecer
o
C
on
selh
o
LS
S,
a em
pre
sa es
tabel
eceu
u
ma
lid
eran
ça
ún
ica
par
a co
man
dar
e
con
cili
ar
a d
isse
min
ação
d
as
met
odo
logia
s L
M e
SS
e
apro
vei
tar
as
com
ple
men
tari
dad
es e
xis
ten
tes
entr
e el
as;
Co
m o
red
esen
ho d
a es
trutu
ra d
e su
sten
taçã
o, a
mel
ho
r co
mu
nic
ação
da
estr
utu
ra L
SS
co
m a
hie
rarq
uia
da
emp
resa
pas
sou
a a
judar
os
BB
s a
obte
r o
res
pal
do
nec
essá
rio
ao
des
envo
lvim
ento
e ex
ecu
ção d
os
pro
jeto
s, f
acil
itan
do a
con
du
ção
do
s p
roje
tos
LS
S n
os
pro
cess
os
de
neg
óci
o c
om
bas
e no
sis
tem
a m
atri
cial
; O
s p
roje
tos
LS
S c
om
par
tilh
am o
fat
o d
e se
rem
ori
gin
ado
s a
par
tir
de
um
est
ud
o d
e M
FV
e d
e, n
a fa
se d
e im
pla
nta
ção
, in
clu
ir a
det
erm
inaç
ão d
o T
P d
o p
roce
sso m
elho
rado o
u d
o n
ovo p
roce
sso
, bem
co
mo
o t
rein
amen
to d
as p
esso
as e
nvo
lvid
as n
a su
a
exec
uçã
o.
Ain
da
qu
e nu
m p
roje
to L
SS
pre
dom
ine
a ab
ord
agem
SS
, p
ara
fin
s d
e tr
ein
amen
to p
ráti
co d
as p
esso
as e
nvolv
idas
, é
acio
nad
o o
mec
anis
mo d
e re
aliz
ar e
ven
tos
Kai
zen;
Co
m o
adv
ento
da
LS
S,
a fo
rma
estr
utu
rad
a d
a se
quên
cia
DM
AIC
fo
i es
tend
ida
ao d
esen
volv
imen
to d
e p
roje
tos
com
ên
fase
em
LM
; C
om
a L
SS
, ai
nda
qu
e nu
m p
roje
to p
redo
min
e a
apli
caçã
o d
e fe
rram
enta
s an
alít
icas
da
SS
, o
seu
des
env
olv
imen
to to
rnou
-se
mai
s co
mple
to, in
clu
indo
um
cu
idad
o m
aio
r co
m a
im
pla
nta
ção
do
TP
e a
der
ênci
a a
ele.
O c
aso
est
ud
ado f
orn
ece
evid
ênci
as d
e qu
e a
pro
moçã
o d
a ab
ord
agem
in
teg
rati
va
da
LS
S e
stim
ula
a i
nco
rpo
raçã
o d
e el
emen
tos
da
SS
em
pro
jeto
s em
qu
e p
reval
ece
o e
nfo
qu
e da
LM
e v
ice-v
ersa
."
" Qu
em:E
mp
resa
fab
rica
nte
de
auto
peç
as
C
om
o:
Est
udo
de
caso
, en
trev
ista
s se
mie
stru
tura
das
co
m g
esto
res
O
nd
e: B
rasi
l
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
101
TA
RÍ,
SA
BA
TE
R (
20
03
)
Nes
te t
rab
alho
, re
aliz
ou
-se
um
est
udo
em
pír
ico
, a
fim
de
ver
ific
ar a
im
po
rtân
cia
des
sas
ferr
amen
tas
e té
cnic
as p
ara
mel
ho
ria
TQ
M e
seu
efe
ito
.
"TQ
M f
ato
res
crít
ico
s es
tão
po
siti
vam
ente
rel
acio
nad
os
com
as
ferr
amen
tas
e té
cnic
as p
ara
mel
ho
ria
da
qual
idad
e. R
esu
ltad
os
de
TQ
M e
stão
po
siti
vam
ente
rel
acio
nad
os
com
as
ferr
amen
tas
e té
cnic
as p
ara
mel
ho
ria
da
qu
alid
ade.
As
emp
resa
s co
m u
m n
ível
mai
s el
evad
o T
QM
têm
im
ple
men
tado
em
mai
or
med
ida
as f
erra
men
tas
e té
cnic
as p
ara
mel
ho
ria
da
qu
alid
ade.
As
emp
resa
s
com
mel
ho
res
resu
ltad
os
TQ
M t
êm i
mp
lem
enta
do e
m m
aio
r m
edid
a as
fer
ram
enta
s e
técn
icas
par
a m
elho
ria
da
qual
idad
e. A
s re
spo
stas
qu
e re
ceb
emo
s m
ost
ram
que
as m
ais
uti
liza
das
ferr
amen
tas
e té
cnic
as s
ão,
pri
nci
pal
men
te,
as a
udit
ori
as e
grá
fico
s. S
PC
e f
luxog
ram
as e
stão
em
ter
ceir
o l
ug
ar e
quar
to,
mas
co
m u
ma
gra
nd
e dif
eren
ça e
m r
elaç
ão a
os
do
is p
rim
eiro
s
inst
rum
ento
s. O
s m
eno
s uti
liza
do
s sã
o c
urv
as d
e P
aret
o,
dia
gra
mas
de
causa
-efe
ito
e d
iag
ram
as d
e co
rrel
ação
. O
s o
ito
fat
ore
s cr
ític
os
(de
lid
eran
ça,
ges
tão
de
pes
soal
, a
apre
nd
izag
em,
o
pla
nej
amen
to d
a qu
alid
ade,
ges
tão d
e fo
rnec
edo
res,
foco
no
cli
ente
, ges
tão
de
pro
cess
os,
mel
ho
ria
contí
nua)
são
todo
s si
gnif
icat
ivam
ente
rel
acio
nad
a co
m T
QM
T, e
xce
to o
fat
or
de
lid
eran
ça,
o q
ue
pod
e in
dic
ar q
ue
a ges
tão
não
est
á co
mp
rom
etid
a o s
ufi
cien
te p
ara
um
uso
mai
s am
plo
des
tas
ferr
amen
tas
e té
cnic
as e
ntr
e o
s fu
nci
on
ário
s. .
"
" Qu
em:
10
8 e
mp
resa
s ce
rtif
icad
as c
om
a I
SO
900
0 n
a re
giã
o d
o A
lica
nte
O
nd
e: E
span
ha
Co
mo:
En
trev
ista
s es
tru
tura
das
bas
eadas
em
um
ques
tio
nár
io e
qu
estõ
es a
ber
tas.
Pro
cedim
ento
rea
liza
do
com
os
resp
on
sáv
eis
pel
a ár
ea d
e qu
alid
ade.
Q
uan
do:
2002
Fin
alm
ente
, es
tas
contr
ibuiç
ões
pod
eria
m s
er a
deq
uad
amen
te c
om
ple
men
tad
as p
elo
futu
ro t
rabal
ho
de
inves
tigaç
ão e
m t
rês
dir
eçõ
es:
estu
dar
ess
es a
spec
tos
em u
ma
emp
resa
mai
or
da
amo
stra
, an
ális
e de
estu
do
s d
e ca
so,
a fi
m d
e v
erif
icar
a u
tili
zaçã
o d
este
s in
stru
men
tos
e té
cnic
as e
est
ud
ando
em
pre
sas
qu
e u
sam
um
a v
arie
dad
e de
mét
odo
s d
e qu
alid
ade,
mas
não
est
ão
cert
ific
ado
s. e
téc
nic
as e
ntr
e o
s fu
nci
on
ário
s. .
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
102
FR
YE
R, A
NT
ON
Y,
DO
UG
LA
S (
2007
)
Det
erm
inar
os
fato
res
crít
icos
de
suce
sso
(C
SF
) p
ara
pro
jeto
s de
mel
ho
ria
contí
nu
a no
set
or
púb
lico
.
"No
set
or
pú
bli
co,
o c
om
pro
mis
so d
e g
estã
o f
oi
un
iver
salm
ente
cit
ado c
om
o s
endo c
ríti
co.
Ges
tão d
e cl
ien
tes,
ges
tão
de
pro
cess
os
e ca
pac
itaç
ão d
os
funci
on
ário
s fo
ram
fu
ndam
enta
is e
m
75
po
r ce
nto
do
s p
apéi
s. O
des
ign
do
pro
duto
foi
list
ado
em
um
pap
el.
Ges
tão
de
forn
eced
ore
s, g
estã
o d
e cl
ien
tes,
a m
ediç
ão d
e d
ado
s e
elab
ora
ção
de
rela
tóri
os
de
qu
alid
ade,
cu
ltu
ra d
e
qual
idad
e, t
rabal
ho e
m e
qu
ipe,
cap
acit
ação
de
fun
cion
ário
s, e
stru
tura
org
aniz
acio
nal
e p
erm
anen
te m
onit
ori
zaçã
o e
aval
iaçã
o d
e av
alia
ção f
ora
m l
ista
do
s em
met
ade
do
s p
apéi
s. D
os
29
arti
gos
rev
isad
os,
ap
enas
um
pap
el n
ão c
on
sid
erav
a o
co
mp
rom
isso
de
ges
tão
co
mo
um
CS
F, in
dep
end
ente
men
te d
o s
ecto
r ou
lo
cali
zaçã
o g
eog
ráfi
ca. S
em o
apo
io v
isív
el e
ati
va
de
ofi
ciai
s
super
iore
s é
imp
rováv
el t
er s
uce
sso
um
pro
gra
ma
de
mel
ho
ria
con
tínua.
To
man
do
-se
com
o o
s p
rinci
pai
s fa
tore
s, a
qu
eles
lis
tad
os
em m
ais
de
meta
de
dos
arti
go
s, ú
nic
o c
lien
te g
estã
o e
co
mp
rom
isso
de
ges
tão
fo
ram
fun
dam
enta
is p
ara
todo
s o
s tr
ês s
eto
res.
O
seto
r p
úb
lico
era
dif
eren
te d
e am
bos
os
sect
ore
s in
du
stri
ais
e de
serv
iço
s em
qu
e o e
mpo
wer
men
t d
os
fun
cio
nár
ios
e ges
tão d
e p
roce
sso
s es
tav
am n
o t
op
o d
a li
sta.
Tra
bal
ho
em
equ
ipe
e
estr
utu
ra o
rgan
izac
ional
tam
bém
era
m m
ais
impo
rtan
tes
no s
eto
r p
úbli
co d
o q
ue
no
s se
tore
s de
man
ufa
tura
ou d
e se
rviç
os.
Há
dif
eren
ças
entr
e o
s se
tore
s, c
om
org
aniz
açõ
es d
o s
eto
r pú
bli
co
con
centr
ando
-se
em Q
CA
sob
re p
roce
sso
s e
capac
itaç
ão d
os
fun
cion
ário
s, o
rgan
izaç
ões
do
set
or
de
serv
iços
em u
ma
cult
ura
de
qual
idad
e e
org
aniz
ações
de
man
ufa
tura
con
centr
ando
-se
na
form
ação
e a
pre
nd
izag
em.
Un
ifo
rmem
ente
em
todo
s o
s se
tore
s, o
co
mp
rom
isso
de
ges
tão
est
á li
stad
o c
om
o o
top
o C
SF
com
ges
tão
de
clie
nte
s d
e p
erto
. ."
" Th
eore
tica
l pap
er b
ased
on
a l
iter
atu
re r
evie
w.
"A r
essa
lva
a es
te t
rabal
ho é
qu
e te
m h
avid
o t
rabal
ho p
ub
lica
do
in
sufi
cien
te p
rodu
zido
par
a d
esen
har
qu
aisq
uer
con
clu
sões
est
atis
tica
men
te s
ignif
icat
ivas
sob
re a
s d
ifer
ença
s e
sem
elhan
ças
em C
SF
de
entr
e o
s d
ifer
ente
s se
tore
s."
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
103
Fle
ury
; F
leu
ry (
AN
O)
"Est
e T
rabal
ho
Pro
cura
res
po
nd
er À
s se
gu
inte
s qu
estõ
es:
Qu
al a
Rel
ação
En
tre
Co
mp
etên
cias
org
aniz
acio
nai
s e
Est
raté
gia
s C
om
peti
tiv
as n
as E
mp
resa
s? N
o c
aso d
e em
pre
sas
situ
adas
em
dif
eren
tes
nív
eis,
quai
s se
riam
as
impli
caçõ
es d
essa
inte
raçã
o:
Est
raté
gia
e C
om
pet
ênci
as.
"
Fo
i ob
serv
ado
qu
e o
mod
elo p
rop
ost
o f
oi
refe
rên
cia
impo
rtan
te p
ara
anál
ise
das
men
cion
adas
est
raté
gia
s e
com
pet
ênci
as o
rgan
izac
ionai
s d
as e
mp
resa
s p
esq
uis
adas
, e
m d
ifer
ente
s par
tes
da
cadei
a p
rodu
tiva.
O u
so d
a ti
po
logia
, se
gm
enta
nd
o o
mer
cad
o/
pro
du
to e
m s
erv
iços
de
mas
sa,
loja
de
serv
iço
s e
serv
iço
s p
rofi
ssio
nai
s, p
oss
ibil
itou
evid
enci
ar a
s co
mpet
ênci
as n
eces
sári
as
aos
forn
eced
ore
s de
equ
ipam
ento
s.
" "O T
rab
alho
est
á E
stru
tura
do e
m trê
s p
arte
s. A
pri
mei
ra e
sta
con
stit
uíd
a in
tro
du
ção, a
segun
da
diz
res
pei
to à
par
te c
on
stru
ção
do
model
o teó
rico
: to
ma
a o
rig
em d
o c
once
ito
de
com
pet
ênci
a,
apre
senta
-se
o c
once
ito
em
seu
s vár
ios
nív
eis
de
com
pre
ensã
o c
amin
ha-
se a
ela
bo
raçã
o d
e u
m m
od
elo d
e an
ális
e. n
/ d
ter
ceir
a, p
rocu
ra-s
e il
ust
rar
esse
mod
elo a
par
tir
da
apre
sen
taçã
o d
e
um
a pes
qu
isa
real
izad
a en
tre
as e
mp
resa
s d
a In
dúst
ria
de
Tel
eco
mun
icaç
ões
. E
ssa
Pes
qu
isa
po
ssib
ilit
ará
refe
ren
ciar
em
pir
icam
ente
qu
estõ
es p
rop
ost
as n
este
est
ud
o
" Os
entr
evis
tad
os
adm
item
ser
nec
essá
rio
des
envo
lver
co
mpet
ênci
as o
u r
eorg
aniz
ar a
s co
mp
etên
cias
an
tes
de
se p
assa
r as
mu
dan
ças
nas
ori
enta
ções
est
raté
gic
as. O
mo
del
o d
e ges
tão d
e
com
pet
ênci
as e
stá
em c
on
stru
ção:
colo
ca a
o p
esqu
isad
or
des
afio
s te
óri
cos
e, a
os
pro
fiss
ionai
s, o
des
afio
do
eq
uac
ion
amen
to d
a a
mb
iguid
ade
entr
e d
iscu
rso e
prá
tica
.
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
104
Vie
ra;
Lu
z (2
005
)
Rec
up
erar
o d
ebat
e re
lati
vo
ao
s co
nce
ito
s de
qual
ific
ação
e d
e co
mp
etên
cia,
rev
elan
do
suas
dim
ensõ
es s
oci
al,
con
ceit
ual
e e
xper
imen
tal,
e b
usc
ando
ev
iden
ciar
se
e co
mo
tai
s d
imen
sões
são
fo
rtal
ecid
as e
/ou
en
fraq
uec
idas
na
pas
sag
em d
a q
ual
ific
ação
par
a a
ges
tão
das
co
mp
etên
cias
.
As
evid
ênci
as e
mpír
icas
en
contr
adas
po
ssib
ilit
am a
con
clu
são d
e q
ue,
no
s d
ois
cas
os
estu
dad
os,
a d
imen
são
conce
itual
da
qual
ific
ação
é u
sad
a p
ara
refo
rçar
a “
cult
ura
de
apre
nd
izag
em”,
um
a v
ez q
ue
qu
alq
uer
tip
o d
e fo
rmaç
ão a
pre
senta
da
pel
o tra
bal
had
or
aten
de
aos
pro
pó
sito
s das
em
pre
sas
pes
quis
adas
, se
nd
o n
eces
sári
a a
form
ação
em
nív
el s
up
erio
r ap
enas
par
a o
s g
esto
res.
Ev
iden
cio
u-s
e q
ue
os
dip
lom
as e
cer
tifi
cad
os
per
dem
seu
pre
stíg
io s
e n
ão f
ore
m c
om
ple
men
tado
s pel
a ex
per
iên
cia
qu
e, e
m g
eral
, é
mai
s im
po
rtan
te d
o q
ue
a fo
rmaç
ão a
cadêm
ica.
A p
erda
de
pre
stíg
io d
os
dip
lom
as a
carr
eta,
com
o c
on
sequ
ênci
a, o
ex
ercí
cio d
e ca
rrei
ras
sem
um
dir
ecio
nam
ento
def
inid
o d
as p
rofi
ssõ
es e
ocu
paç
ões
, se
ndo
in
úm
ero
s o
s ca
sos
em q
ue
as p
esso
as
ocu
pam
po
siçõ
es q
ue
nad
a tê
m a
ver
co
m a
fo
rmaç
ão r
eceb
ida.
Deb
ilit
a-s
e, a
ssim
, o c
om
pro
met
imen
to d
o t
rabal
had
or
com
os
val
ore
s p
rofi
ssio
nai
s e
des
apar
ece
a so
lid
arie
dad
e à
cate
go
ria,
favo
rece
ndo
o e
stab
elec
imen
to d
e re
laçõ
es d
e tr
abal
ho
ind
ivid
ual
izad
as.
" "O T
rab
alho
est
á E
stru
tura
do
em
trê
s par
tes.
A p
rim
eira
E e
sta
con
stit
uíd
a in
tro
du
ção. a
seg
unda
diz
res
pei
to à
par
te c
on
stru
ção
do
mod
elo
teó
rico
: to
ma
a o
rig
em d
o c
once
ito
de
com
pet
ênci
a,
apre
senta
-se
o c
on
ceit
o e
m s
eus
vár
ios
nív
eis
de
com
pre
ensã
o
cam
inha-s
e a
elab
ora
ção
de
um
mod
elo
de
anál
ise.
n /
d t
erce
ira,
pro
cura
-se
ilu
stra
r es
se m
odel
o a
par
tir
da
apre
sen
taçã
o d
e
um
a pes
qu
isa
real
izad
a en
tre
as e
mp
resa
s d
a In
dúst
ria
de
Tel
eco
mun
icaç
ões
. E
ssa
Pes
qu
isa
po
ssib
ilit
ará
refe
ren
ciar
em
pir
icam
en
te q
ues
tões
pro
po
stas
nes
te e
stud
o
" Os
resu
ltad
os
da
pes
quis
a co
rro
bo
ram
a t
ese
do
des
loca
men
to e
mo
stra
m q
ue
a dim
ensã
o e
xp
erim
enta
l é
refo
rçad
a na
ges
tão
de
com
pet
ênci
as.
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
105
Far
ris,
Van
Ak
en,
Do
ole
n, W
orl
ey (
200
8)
"Est
e ar
tigo
ap
rese
nta
os
resu
ltad
os
de
um
est
ud
o d
e ca
mp
o d
e 5
1 e
ven
tos
Kai
zen e
m s
eis
org
aniz
açõ
es d
e m
anu
fatu
ra d
e n
avio
s, o
nd
e a
reg
ress
ão m
últ
ipla
foi
uti
liza
da
par
a te
star
o
rela
cio
nam
ento
en
tre
a en
trad
a do
even
to K
aize
n e
ati
tud
es e
de
reso
luçã
o d
e p
roble
mas
. O
s re
sult
ados
são
usa
do
s par
a d
esen
vo
lver
dir
etri
zes
de
pro
jeto
par
a o
rgan
izaç
ões
qu
e u
tili
zam
even
tos
Kai
zen
.
" "Ap
ós
a co
ncl
usã
o d
o e
stud
o,
os
achad
os
fora
m r
elat
ado
s par
a as
org
aniz
açõ
es p
arti
cip
ante
s p
ara
aval
iar
a v
alid
ade
das
con
clu
sões
do
est
udo
e p
ara
per
mit
ir a
org
aniz
ação
par
a b
enef
icia
r
do
s re
sult
ados.
Em
ger
al, o
s p
arti
cipan
tes
das
org
aniz
açõ
es e
nco
ntr
am
os
resu
ltad
os
do e
studo
conv
ince
nte
e u
sados
estu
dar
ret
orn
o p
ara
aval
iar
a ef
icác
ia d
e su
as p
ráti
cas
atu
ais
e id
enti
fica
r
po
ssív
eis
alte
raçõ
es. C
om
o m
enci
on
ado, o e
studo
fo
rnec
eu a
po
io p
arci
al p
ara
a tr
ês h
ipó
tese
s d
e in
ves
tig
ação
lar
gas
. D
esco
bert
as e
spec
ífic
as d
o e
studo
são
os
seguin
tes:
Pro
cess
os
inte
rnos
e cl
arez
a o
bje
tiv
o e
ram
os
mai
s fo
rtes
pre
dit
ore
s de
amb
as a
s ca
pac
idad
es e
ati
tude
kai
zen
. A
poio
à g
estã
o e
eq
uip
e h
eter
ogên
ea f
unci
on
al f
ora
m p
red
ito
res
sig
nif
icat
ivo
s d
e at
itud
e, m
as
não
cap
acid
ades
de
kai
zen
. A
uto
no
mia
Tea
m,
com
pro
met
imen
to a
feti
vo
de
mu
dar
, d
ific
uld
ade
obje
tivo
, ár
ea d
e tr
abal
ho,
kai
zen
eq
uip
e ex
per
iênci
a e
equip
e d
e ex
per
iênci
a de
líder
fo
ram
sign
ific
ativ
amen
te r
edit
ore
s ca
tiv
as d
e ca
pac
idad
es k
aize
n m
as n
ão a
titu
de.
Alg
um
as v
ariá
vei
s p
ropo
sta
par
a af
etar
ev
ento
Kai
zen
saí
da
vem
, ou
sej
a, o
rien
taçã
o d
e aç
ão,
a q
ual
idad
e d
a
ferr
amen
ta,
e do
pro
cess
o d
e pla
nej
amen
to d
e ev
ento
s, n
ão m
ost
rou
rel
acio
nam
ento
sig
nif
icat
ivo
par
a q
ual
qu
er r
esu
ltad
o n
este
est
ud
o.
" " "Est
a pes
quis
a uti
lizo
u u
m c
amp
o tra
nsv
ersa
l m
ult
i-si
te e
stud
o d
e se
is o
rgan
izaç
ões
de
man
ufa
tura
(T
abel
a 3 )
. Org
aniz
ações
fo
ram
sel
ecio
nad
os
de
modo
não
ale
ató
rio, d
evid
o à
nec
essi
dad
e
de
aces
so a
os
dad
os
a par
tir
de
vár
ios
even
tos,
bem
co
mo c
erto
s d
ado
s em
nív
el d
e o
rgan
izaç
ão, ex
igin
do
to
p g
estã
o m
ento
de
bu
y-i
n e
co
mp
rom
isso
de
long
o p
razo
co
m o
est
udo
.
" Par
a co
nhec
imen
to d
os
auto
res,
est
e es
tudo
foi o
pri
mei
ro a
em
pir
icam
ente
in
ves
tigar
as
rela
ções
quan
tita
tiv
as e
ntr
e as
var
iávei
s de
entr
ada
e d
e p
roce
sso e
hu
man
o inic
ial re
curs
o r
esu
ltad
os
em e
ven
tos
Kai
zen,
usa
nd
o v
ário
s ev
ento
s a
par
tir
de
vár
ias
org
aniz
açõ
es.
A p
esqu
isa
adic
ion
al é
nec
essá
ria
par
a co
nfi
rmar
e e
sten
der
esse
s ac
had
os.
Outr
o e
stu
do d
e li
mit
açõ
es i
ncl
ui:
Em
bo
ra o
s dad
os
fora
m c
ole
tado
s de
51
even
tos
Kai
zen
e m
ais
de
300
par
tici
pan
tes,
a a
mo
stra
rep
rese
nta
apen
as s
eis
org
aniz
ações
. A
lém
dis
so,
os
crit
ério
s d
e se
leçã
o d
elib
erad
amen
te
resu
ltar
am n
a se
leçã
o d
e fa
bri
caçã
o o
rgan
izaç
ões
que
fora
m r
elat
ivam
ente
exp
erie
nte
s n
o u
so e
stra
tégic
o d
e ev
ento
s K
aize
n.
Ass
im,
é po
ssív
el q
ue
ach
ado
s po
dem
não
gen
eral
izar
par
a
mar
cad
amen
te d
ifer
ente
s co
nte
xto
s o
rgan
izac
ionai
s.
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
106
"Mar
ia T
erez
a L
eme
Fle
ury
Afo
nso
Fle
ury
(2
001
: 183
-19
6)"
"O o
bje
tiv
o d
este
tex
to é
rec
up
erar
o d
ebat
e t
eóri
co a
res
pei
to d
a n
oçã
o d
e co
mp
etên
cia,
est
abel
ecen
do
o d
iálo
go e
ntr
e a
lite
ratu
ra a
mer
ican
a e
euro
péi
a.
Bu
scan
do
expli
cita
r o
con
ceit
o e
m s
eus
vár
ios
nív
eis
de
com
pre
ensã
o,
elab
ora
mo
s o
mod
elo
, re
laci
on
ando
-o à
s es
trat
égia
s o
rgan
izac
ion
ais
e ao
s p
roce
sso
s d
e ap
rend
izag
em v
isan
do a
o
des
envo
lvim
ento
de
com
pet
ênci
as."
"Tra
bal
har
o c
on
ceit
o d
e co
mpet
ênci
a as
soci
ado à
est
raté
gia
e à
ap
ren
diz
agem
org
aniz
acio
nal
, co
m t
odo
o s
eu p
ote
nci
al h
eurí
stic
o,
imp
lico
u u
ma
via
gem
pel
o A
tlân
tico
, p
rocu
rando o
diá
logo
entr
e a
lite
ratu
ra a
mer
ican
a e
euro
pei
a. A
tro
pic
aliz
ação
do
con
ceit
o,
po
r nó
s re
aliz
ada,
fo
i fr
uto
não
ap
enas
de
um
a re
flex
ão t
eóri
ca,
mas
res
ult
ado
de
trab
alh
os d
e p
esqu
isa
e
con
sult
ori
a (F
leu
ry e
Fle
ury
,
2000
). A
noçã
o d
e co
mp
etên
cia,
exp
lora
da
nes
te t
exto
, la
nça
lu
z so
bre
um
asp
ecto
im
po
rtan
te:
se p
or
um
lad
o,
agre
ga
val
or
eco
nô
mic
o à
org
aniz
ação
, po
r ou
tro
não
men
os
rele
van
te d
eve
agre
gar
val
or
soci
al a
o i
ndiv
íduo
, ou s
eja,
as
pes
soas
, ao
des
env
olv
erem
co
mpet
ênci
as e
ssen
ciai
s par
a o
su
cess
o d
a o
rgan
izaç
ão,
estã
o t
ambém
inv
esti
ndo
em
si
mes
mas
, n
ão s
ó c
om
o
cid
adão
s o
rgan
izac
ion
ais,
mas
com
o c
idad
ãos
do
pró
pri
o p
aís
e d
o m
undo
."
" Deb
ate
acad
êmic
o d
as l
iter
atu
ras
rela
cio
nad
as a
o c
once
ito
de
com
pet
ênci
a n
a li
tera
tura
am
eric
ana
e eu
rop
eia
"A n
oçã
o d
e co
mpet
ênci
a, e
xplo
rada
nes
te t
exto
, la
nça
luz
sob
re u
m a
spec
to i
mp
ort
ante
: se
po
r u
m l
ado
, ag
reg
a val
or
eco
nô
mic
o à
org
aniz
ação
, p
or
ou
tro
não
men
os
rele
van
te d
eve
agre
gar
val
or
soci
al a
o i
nd
ivíd
uo,
ou
sej
a, a
s p
esso
as,
ao d
esen
volv
erem
co
mpet
ênci
as e
ssen
ciai
s par
a o s
uce
sso
da
org
aniz
ação
, es
tão
tam
bém
inv
esti
ndo e
m s
i m
esm
as,
não
só
co
mo
cid
adão
s
org
aniz
acio
nai
s, m
as c
om
o c
idad
ãos
do p
róp
rio p
aís
e d
o m
un
do
."
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
107
Tan
aka,
Mun
iz e
Far
ia 2
01
2
An
alis
ar f
ato
res
qu
e in
flu
enci
am a
im
pla
nta
ção
de
pro
jeto
s d
e m
elho
ria
no
am
bie
nte
oper
ário
indu
stri
al. C
om
o o
bje
tivo
esp
ecíf
ico
, te
m-s
e: (
a) i
den
tifi
caçã
o d
e fa
tore
s re
laci
onad
os
à
impla
nta
ção d
e p
roje
tos
de
mel
ho
ria
e (b
) av
alia
ção d
e fa
tore
s re
laci
onad
os
à im
pla
nta
ção
de
pro
jeto
s d
e m
elho
ria.
"Est
e tr
abal
ho a
pre
senta
dez
esse
te f
ato
res
crít
ico
s q
ue,
na
opin
ião d
e lí
der
es d
e p
roje
to e
co
nsu
lto
res
de
dif
eren
tes
seto
res
e ex
per
iênci
a, s
ão r
elev
ante
s p
ara
a im
pla
nta
ção
de
pro
jeto
s d
e
mel
ho
ria
de
mel
ho
ria
no a
mb
ien
te o
per
ário
ind
ust
rial
. •
FC
2 -
Com
pro
met
imen
to d
a al
ta d
ireç
ão.
• F
C3
- L
ider
ança
.
• F
C11
– P
roje
tos
alin
had
os
com
as
met
as d
o n
egó
cio.
• F
C1
– C
ult
ura
de
mel
ho
ria
contí
nu
a.
• F
C13
- M
etas
.
• F
C4
– E
xem
plo
do l
íder
• F
C1
5 –
Aco
mp
anham
ento
do
s re
sult
ado
s P
ode-
se o
bse
rvar
qu
e o
su
cess
o d
os
pro
jeto
s de
mel
ho
ria
dep
end
e de
cert
os
fato
res,
os
qu
ais
fora
m c
lass
ific
ado
s co
mo
crí
tico
s par
a o
suce
sso.
Ate
nd
er p
arte
des
tes
fato
res
não
é g
aran
tia
sufi
cien
te d
e q
ue
os
pro
jeto
s de
mel
ho
rias
sej
am i
mp
lan
tado
s e
man
tido
s. O
suce
sso
é d
efin
ido
quan
do
a e
mp
resa
é c
apaz
de
trab
alhar
em
har
mo
nia
co
m t
odo
s el
es.
Rec
om
end
a-se
qu
e as
org
aniz
açõ
es q
ue
bu
scam
su
cess
o n
a im
pla
nta
ção
do
s p
roje
tos
de
mel
ho
ria
aval
iem
o p
roce
sso
de
impla
nta
ção
ten
do
em
vis
ta o
s fa
tore
s cr
ític
os
de
suce
sso
id
enti
fica
dos
e an
alis
ado
s nes
te t
rab
alho
. O
bse
rvou
-se
qu
e am
bas
as
exp
eriê
nci
as d
esse
s pro
fiss
ion
ais
indic
am q
ue
fato
res
com
o “
FC
2 –
Co
mp
rom
etim
ento
da
Alt
a D
ireç
ão”,
“F
C3
– L
ider
ança
” e
“FC
11
– P
roje
tos
alin
had
os
com
as
met
as d
o n
egóci
o”
se d
est
acam
. A
nal
isan
do
os
resu
ltad
os
ob
tido
s, o
bse
rva-s
e que
alg
un
s fa
tore
s sã
o i
gu
alm
ente
rec
on
hec
ido
s co
mo
fat
ore
s de
suce
sso p
elos
lid
eres
e c
on
sult
ore
s. E
ntr
e es
tes
fato
res,
a m
aio
ria
das
cit
açõ
es r
emet
e ao
co
mp
rom
etim
ento
da
alta
dir
eção
e à
lid
eran
ça, q
ue
na
lite
ratu
ra p
esquis
ada
(Fig
ura
3)
são d
ois
do
s tr
ês f
ato
res
que
po
ssuem
po
siçã
o u
nân
ime
pel
os
auto
res.
O t
rab
alho
tam
bém
av
alia
os
refe
rido
s fa
tore
s po
r m
eio d
e p
esqu
isa
fech
ada
com
lid
eres
de
pro
jeto
de
um
a tr
adic
ional
em
pre
sa d
e d
esen
vo
lvim
ento
e f
abri
caçã
o d
e p
rod
uto
s in
ovad
ore
s.
Res
pond
endo
a p
erg
un
ta q
ue
ger
ou e
ste
trab
alho
, po
de-s
e diz
er q
ue
os
pri
nci
pai
s fa
tore
s cr
ític
os
par
a a
impla
nta
ção
do
s p
roje
tos
de
mel
ho
ria
são
:"
" Pes
qu
isa
qu
alit
ativ
a e
tem
du
as e
tap
as d
e co
leta
s d
e dad
os
(a)
entr
evis
tas
(qu
esti
onár
io s
emie
stru
tura
do
) co
m c
onsu
lto
res
e lí
der
es d
e p
roje
tos
de
mel
hori
a em
in
dú
stri
as d
e div
erso
s se
tore
s
(B)
qu
esti
on
ário
fec
had
o e
m t
rês
empre
sas
de
um
gra
nd
e g
rupo
qu
ímic
o c
om
tra
diç
ão e
m p
esq
uis
a e
des
envo
lvim
ento
.
"Co
m r
elaç
ão a
tra
bal
ho
s fu
turo
s, a
lgum
as s
uges
tões
pod
em s
er f
eita
s. P
rim
eira
men
te, su
ger
e-s
e re
pet
ir o
est
ud
o c
om
am
ost
ras
mai
ore
s p
ara
val
idar
ten
dên
cias
qu
e fo
ram
id
enti
fica
das
nes
ta
pes
quis
a, m
as q
ue
não
fo
ram
est
atis
tica
men
te t
esta
das
.
Co
m r
elaç
ão a
os
fato
res
crít
ico
s en
contr
ado
s, s
uger
e-se
dim
inu
ir o
nú
mer
o d
e fa
tore
s cr
ític
os
pes
qu
isad
os,
est
abel
ecen
do
rel
açõ
es d
e h
iera
rqu
ia p
or
mei
o d
e m
étodo
s d
e d
ecis
ão m
ult
icri
téri
o,
pois
alg
un
s do
s F
C i
den
tifi
cado
s n
a en
trev
ista
ab
erta
não
fo
ram
co
nsi
der
ado
s co
mo
im
po
rtan
tes
na
pes
qu
isa
fech
ada.
É s
ug
erid
o t
ambém
am
pli
ar a
pes
quis
a par
a in
ves
tig
ar a
tax
a d
e co
ncl
usã
o d
os
pro
jeto
s d
e m
elho
ria
e o
ret
orn
o f
inan
ceir
o, b
em c
om
o d
elim
itar
o f
utu
ro e
stu
do
ao
s p
roje
tos
de
mel
ho
ria
qu
e
apre
senta
ram
efi
cáci
a em
su
a im
ple
men
taçã
o."
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
108
"To
ledo
, et
al
2008
" Est
e ar
tig
o a
pre
senta
os
resu
ltad
os
de
um
a p
esqu
isa
de
levan
tam
ento
, co
ndu
zida
com
o o
bje
tivo
de
iden
tifi
car
e an
alis
ar a
s p
ráti
cas,
bem
co
mo o
s p
rin
cipai
s p
roble
mas
e t
end
ênci
as,
da
ges
tão
do P
DP
em
em
pre
sas
da
indú
stri
a b
rasi
leir
a d
e au
top
eças
.
"De
um
mo
do
ger
al, fo
i o
bse
rvad
o q
ue
as e
mp
resa
s d
a am
ost
ra já
ado
tara
m o
u e
stão
ad
ota
nd
o m
od
elo
s d
e re
ferê
nci
a p
ara
a g
estã
o d
o P
DP
. O
uso
des
ses
mo
del
os
de
refe
rênci
a es
tá a
ssoci
ado
a u
ma
mai
or
val
ori
zaçã
o d
esse
pro
cess
o p
or
par
te d
as m
atri
zes
das
em
pre
sas
(no
cas
o d
e m
ult
inac
ion
ais)
, à
dif
usã
o d
a Q
S 9
000
na
déc
ada
de
19
90
e d
a T
S 1
69
49
mai
s re
cente
men
te,
que
exig
em a
ado
ção
de
um
mod
elo
de
estr
utu
raçã
o m
ínim
a par
a o
des
envo
lvim
ento
de
pro
du
to d
o t
ipo
AP
QP
, e
à n
eces
sid
ade
de
cap
acit
ação
das
un
idad
es l
oca
is p
ara
par
tici
par
em d
e p
roje
tos
de
co d
esig
n c
oo
rden
ado
s po
r cl
iente
s (m
on
tado
ras
e/ou
sis
tem
ista
s).
Con
jun
tam
ente
co
m o
s m
od
elo
s, s
ão a
do
tado
s al
gun
s m
éto
do
s e
técn
icas
de
apo
io à
ges
tão
do
PD
P,
com
o F
ME
A,
Eng
enh
aria
Sim
ult
ânea
, B
ench
mar
kin
g,
Pro
jeto
de
Exper
imen
tos
e
ferr
amen
tas
de
supo
rte
tecn
oló
gic
o à
ati
vid
ade
de
pro
jeto
e d
e ar
maz
enam
ento
de
dad
os,
co
mo C
AD
e E
ng
inee
rin
g D
ata
Man
agem
ent
(ED
M).
O u
so d
essa
s té
cnic
as p
od
e se
r co
nsi
der
ado
com
o c
on
soli
dad
o n
a g
rand
e m
aio
ria
das
em
pre
sas
estu
dad
as. E
las
são
per
cebid
as p
elas
em
pre
sas
com
o c
ontr
ibu
indo p
osi
tiv
amen
te p
ara
o d
esem
pen
ho e
m q
ual
idad
e (q
ual
idad
e d
o p
roje
to),
em t
emp
o e
em
cu
sto (
pro
duti
vid
ade)
do P
DP
, se
nd
o q
ue
a in
ten
sidad
e p
erce
bid
a d
essa
con
trib
uiç
ão v
aria
entr
e as
em
pre
sas.
"
"Dad
o o
obje
tiv
o d
a p
esqu
isa,
a p
esquis
a d
e le
van
tam
ento
, ta
mbém
conh
ecid
a co
mo s
urv
ey, é
a m
ais
apro
pri
ada
po
r per
mit
ir, po
r m
eio
de
um
a am
ost
ra,
refl
exões
par
a to
da
a po
pula
ção d
e
estu
do
, qu
e sã
o a
s em
pre
sas
bra
sile
iras
de
auto
peç
as q
ue
real
izam
ati
vid
ades
de
des
envo
lvim
ento
de
pro
du
to.
Dev
e-s
e des
taca
r qu
e is
to i
mpli
ca n
a ex
clu
são
de
um
a p
arte
das
em
pre
sas
liad
as a
o S
indic
ato
Nac
ion
al d
a In
dú
stri
a d
e C
om
pon
ente
s par
a V
eícu
los
Auto
moto
res
(Sin
dip
eças
), u
ma
vez
qu
e nem
tod
as a
s em
pre
sas
de
auto
peç
as r
eali
zam
ati
vid
ades
de
des
envo
lvim
ento
de
pro
duto
e o
u d
e p
roce
sso n
o p
aís.
Seg
undo
o S
ind
ipeç
as,
no a
no d
e 2003
ex
isti
am n
o p
aís
cerc
a d
e 90 e
mp
resa
s d
e au
top
eças
co
m m
ais
de
500
fun
cion
ário
s q
ue
real
izar
iam
ati
vid
ades
de
des
envo
lvim
ento
de
pro
duto
lo
cais
, ai
nd
a q
ue
em d
ifer
ente
s g
rau
s d
e co
mp
lexid
ade
e de
esco
po
das
ati
vid
ades
do
pro
jeto
(al
gu
mas
fas
es d
o d
esen
vo
lvim
ento
, p
or
exem
plo
, p
od
em s
er
real
izad
as n
as m
atri
zes
das
auto
peç
as o
u m
esm
o n
as m
onta
do
ras)
.
Alé
m d
essa
s em
pre
sas,
tam
bém
ex
isti
riam
no p
aís
cerc
a d
e 30 e
mp
resa
s d
e peq
uen
o e
méd
io p
ort
e qu
e re
aliz
aria
m a
tiv
idad
es d
e d
esen
volv
imen
to d
e p
rod
uto
. P
ara
tod
as e
ssas
em
pre
sas
(cer
ca d
e 1
20
) hav
ia i
nfo
rmaç
ões
ou
fo
rtes
ind
ício
s d
a re
aliz
ação
de
ativ
idad
es d
e des
env
olv
imen
to d
e p
rod
uto
, dev
ido a
alg
um
as c
arac
terí
stic
as d
as m
esm
as,
com
o p
or
exem
plo
: o t
ipo e
com
ple
xid
ade
do p
roduto
fo
rnec
ido
, ce
rtif
icaç
ões
QS
900
0 (
ou
TS
1694
9)
e IS
O 9
00
1(q
ue
abra
ng
e o
pro
cess
o d
e d
esen
vo
lvim
ento
de
pro
duto
), u
so d
o m
od
elo
AP
QP
– A
dv
ance
Pro
du
ct
Qu
alit
y P
lan
nin
g e
o tip
o d
e cl
ien
te d
a em
pre
sa (
mo
nta
do
ra, s
iste
mis
ta o
u m
erca
do
de
rep
osi
ção
). N
orm
alm
ente
as
emp
resa
s qu
e fo
rnec
em d
iret
o p
ara
as
mo
nta
do
ras
e as
sis
tem
ista
s re
aliz
am
ativ
idad
es d
e d
esen
vo
lvim
ento
de
pro
duto
em
alg
um
gra
u. D
esta
fo
rma,
a p
opu
laçã
o to
tal,
co
m p
ote
nci
al p
ara
faze
r p
arte
da
amo
stra
pes
quis
ada,
era
est
imad
a em
120
em
pre
sas.
Todas
essa
s
emp
resa
s fo
ram
id
enti
fica
das
e a
equ
ipe
de
pes
quis
ado
res
entr
ou
em
co
nta
to (
po
r te
lefo
ne
e p
or
e-m
ail)
co
m o
s re
spo
nsá
vei
s p
elo d
esen
volv
imen
to d
e p
rod
uto
das
mes
mas
. A
mai
ori
a das
emp
resa
s n
ão a
ceit
ou
rec
eber
a v
isit
a do
s p
esqu
isad
ore
s p
ara
apli
caçã
o i
n l
oco
do
ques
tion
ário
, al
egan
do
qu
e, p
or
razõ
es e
stra
tég
icas
do d
esen
volv
imen
to d
e p
rod
uto
s, n
ão p
oder
iam
resp
ond
er a
o q
ues
tionár
io. F
ora
m v
isit
adas
pes
soal
men
te 3
2 e
mp
resa
s, e
ntr
etan
to, em
9 e
mp
resa
s, o
s en
trev
ista
do
s al
egar
am q
ue p
reci
sav
am d
e u
ma
auto
riza
ção, da
dir
eto
ria
super
ior,
par
a
lib
erar
em a
po
ster
iori
o q
ues
tion
ário
. Des
sas
9 e
mp
resa
s, s
eis
info
rmar
am q
ue
não
fo
ram
au
tori
zadas
a f
orn
ecer
o q
ues
tion
ário
res
pon
did
o e
trê
s em
pre
sas
reto
rnar
am o
s qu
esti
on
ário
s ap
enas
par
cial
men
te r
espo
nd
ido
s, o
s qu
ais
não
pud
eram
ser
ap
rov
eita
do
s.
Ass
im,
con
segu
iu-s
e 23
ques
tion
ário
s, o
u s
eja,
um
a am
ost
ra q
ue
rep
rese
nta
19
% d
a pop
ula
ção
id
enti
fica
da.
Ess
e ín
dic
e d
e re
spo
sta
está
co
eren
te c
om
pes
quis
as d
e ca
mp
o s
ob
re g
estã
o d
o
PD
P r
eali
zad
as e
m o
utr
os
paí
ses
(GR
IFF
IN,
19
97;
MA
RC
H-S
OR
DÁ
et
al., 2
002
; S
ÁN
CH
EZ
; P
ÉR
EZ
, 200
3).
O q
ues
tion
ário
tin
ha
a m
aio
ria
das
ques
tões
fec
had
as,
e fo
i d
esen
vo
lvid
o
com
bas
e nas
prá
tica
s as
soci
adas
às
dim
ensõ
es t
rad
icio
nai
s d
a ges
tão
do
PD
P,
con
form
e a
bib
liog
rafi
a da
área
(d
imen
sões
: es
trat
égic
a, o
rgan
izac
ional
, et
apas
/ati
vid
ades
, re
curs
os
e
info
rmaç
ões
). I
nic
ialm
ente
o q
ues
tionár
io f
oi
test
ado
em
du
as e
mp
resa
s da
regiã
o d
e C
ampin
as, p
ara
a
real
izaç
ão d
as a
deq
uaç
ões
nec
essá
rias
. O
qu
esti
onár
io a
bra
ng
eu q
uat
ro c
onju
nto
s d
e qu
estõ
es:
• d
ado
s ger
ais
e de
cara
cter
izaç
ão d
a em
pre
sa;
• p
ráti
cas
da
ges
tão
do
PD
P;
• in
dic
ado
res
de
des
emp
enho
do
PD
P;
e
• p
rin
cipai
s p
roble
mas
e t
end
ênci
as d
o P
DP
."
Em
bo
ra h
aja
um
a d
efas
agem
tem
po
ral
entr
e a
real
izaç
ão d
esta
pes
qu
isa
de
cam
po
e a
dif
usã
o d
e se
us
resu
ltad
os
nes
te a
rtig
o,
a p
erce
pçã
o d
os
auto
res
é d
e qu
e n
ão h
ou
ve,
nes
se p
erío
do,
um
a m
ud
ança
no
set
or
de
auto
peç
as c
om
im
pli
caçõ
es s
ignif
icat
ivas
na
ges
tão
do P
DP
, e
que
é p
rov
ável
que
as c
ham
adas
boas
prá
tica
s d
e ges
tão
est
ejam
mai
s co
nso
lid
adas
e d
ifund
idas
nas
emp
resa
s b
rasi
leir
as d
o s
eto
r, e
m f
unçã
o d
a in
ten
sifi
caçã
o d
as e
xig
ênci
as d
a T
S 1
694
9,
da
inte
gra
ção e
ntr
e au
top
eças
(si
stem
ista
s e
forn
eced
ore
s) e
as
mon
tado
ras,
e d
a m
aio
r d
ifu
são
de
técn
icas
de
ges
tão
de
pro
jeto
s e
de
ferr
amen
tas
Lea
n–
Sig
ma
apli
cad
as a
o d
esen
volv
imen
to d
e p
rodu
to.
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS
FUTUROS RESULTADOS METODO
109
Dav
id A
. W
ald
man
Dav
id e
t al
(199
8)
O o
bje
tivo
des
te e
stu
do
fo
i re
aliz
ar u
ma
pes
quis
a qu
alit
ativ
a, o
rien
tada
par
a in
ves
tig
ação
in
duit
iva
de
lid
eran
ça e
esf
orç
os
par
a m
elho
ria
da
qu
alid
ade
(QI)
E
sta
abo
rdag
em f
oi
esco
lhid
a
ten
do
em
conta
qu
e há
rela
tiv
amen
te p
ouca
ev
idên
cia
a re
spei
to d
a nat
ure
za d
a li
der
ança
efi
caz
nas
org
aniz
ações
. E
xis
tem
pote
nci
ais
dif
eren
ças
entr
e n
ívei
s g
eren
ciai
s, b
em c
om
o o
esf
orç
o
e p
ersi
stên
cia
de
lider
ança
par
a ev
olu
ir.
An
ális
es q
ual
itat
ivas
en
vo
lven
do
a i
den
tifi
caçã
o d
e te
mas
rel
evan
tes
ou
esq
uem
as c
ateg
óri
cos,
cole
ta d
e d
ado
s d
e u
ma
form
a ab
erta
est
rutu
rad
a, e
des
envo
lvim
ento
da
teo
ria
de
aco
rdo c
om
os
dad
os
cole
tado
s. C
om
bas
e n
as a
nál
ises
, d
esen
vo
lveu
-se
um
mo
del
o p
ropo
sto d
e ca
min
ho
s al
tern
ativ
os
de
lid
eran
ça e
com
pro
mis
so g
eren
cial
em a
sso
ciaç
ão c
om
um
pro
cess
o d
e Q
I. U
m c
amin
ho
qu
e en
vo
lve
com
pro
mis
so c
on
tinuan
do
par
a o
s es
forç
os
de
QI
resu
lta
em u
ma
cult
ura
de
mu
dan
ça.
Em
contr
aste
, u
m s
egund
o c
amin
ho
env
olv
e co
mp
rom
isso
vac
ilan
te e
po
der
ia l
evar
a r
esu
ltad
os
neg
ativ
os
tais
co
mo c
inis
mo
so
bre
a p
oss
ibil
idad
e de
org
aniz
ação
mud
ar. E
m s
um
a, e
ste
estu
do
dem
on
stra
o p
ote
nci
al v
alo
r de
pro
sseg
uir
um
a ab
ord
agem
indu
tiva
em p
esqu
isas
sob
re l
ider
ança
.
Ali
nham
ento
entr
e av
alia
do
res
fora
m r
eali
zado
s p
ara
cad
a u
m d
os
caso
s. A
con
fiab
ilid
ade
foi
med
ida
com
o u
m p
erce
ntu
al d
e ac
ord
os
div
idid
o p
elo
con
ceit
o c
on
tag
ens
tota
is.
Per
centu
ais
var
iara
m d
e 48
% -
78%
. D
epois
da
con
fiab
ilid
ade
fora
m c
alcu
lado
s, d
ois
dos
pes
quis
ado
res
neg
oci
ado u
m a
cord
o s
ob
re t
od
as a
s ac
usa
ções
co
nce
ito
, de
modo
qu
e o
s ac
ord
os
cheg
aria
m a
loo
%,
ou
sej
a, d
e co
mu
m a
cord
o.
Est
as c
onta
gen
s fo
ram
usa
das
no
s re
sult
ado
s e
são
ap
rese
nta
do
s na
Tab
ela
1 a
bai
xo.
A T
abel
a 1
in
clui
ho
men
s- a
ções
de
lid
eran
ça u
sando
tan
to a
lta
e
méd
ia g
erên
cia
(ou
sej
a, s
eus
com
po
rtam
ento
s e
ações
) co
mo
o f
oco
do m
enci
ona.
" O p
rese
nte
est
ud
o e
nv
olv
e u
m d
esig
n m
últ
iplo
de
estu
do
de
caso
uti
liza
ndo d
ado
s qu
alit
ativ
os.
Em
cas
os
de
indú
stri
a: o
fere
ce u
m e
squ
ema
de
clas
sifi
caçã
o d
e p
esqu
isa
qu
alit
ativ
a co
m b
ase
no g
rau
de
par
tici
paç
ão n
a o
rgan
izaç
ão e
m e
ven
tos
adic
ionai
s po
r par
te d
o p
esqu
isad
or.
A c
ole
ta d
e d
ados
se b
aseo
u e
m e
ntr
evis
tas
real
izad
as e
m t
rês
caso
s. O
s d
ado
s das
entr
evis
tas
fora
m
acre
scid
os
de
ob
serv
ação
e e
xam
es d
e d
ocu
men
tos.
Est
e ú
ltim
o p
od
e se
r es
pec
ialm
ente
úti
l par
a v
erif
icar
a v
alid
ade
das
in
form
açõ
es o
bti
das
a p
arti
r d
e m
éto
do
s co
mo;
entr
evis
tas
(Bry
man
,
1989
). E
stu
do
de
caso
é u
m m
étod
o d
e in
ves
tig
ação
ap
rop
riad
o q
uan
do
a p
ergu
nta
pes
qu
isa
é ex
plo
rató
ria
na
nat
ure
za,
conte
mp
orâ
nea
, e
even
tos
sign
ific
ativ
os
ou
var
iáv
eis
não
pod
e se
r
man
ipu
lad
o (
Yin
, 1
989
).
A p
esqu
isa
futu
ra p
od
eria
ten
tar
det
erm
inar
a e
xte
nsã
o e
m q
ue
esse
s ca
min
hos
são g
ener
aliz
açõ
es c
apaz
de
ou
tro
s co
nte
xto
s o
rgan
izac
ion
ais.
Alé
m d
isso
, ex
iste
um
a n
eces
sidad
e d
e
com
pre
end
er a
esp
ecíf
ica
con
seq
uên
cia
resu
ltad
os
de
po
siti
vo
s, tai
s co
mo m
udan
ças
cu
ltu
rais
volt
adas
par
a Q
I. N
a p
rese
nte
pes
qu
isa
no
tam
os
con
exões
entr
e an
edóti
cos
mu
dan
ça d
e cu
ltu
ra
e des
empen
ho o
s re
sult
ado
s, b
em c
om
o s
e o
s es
forç
os
P T
enho c
onti
nu
ou a
o l
on
go
do
tem
po n
o c
aso
de
três
rea
ções
. U
sand
o u
ma
abo
rdag
em d
eduti
va,
Po
wel
l (1
99
5)
forn
eceu
alg
uns
dad
os
esp
ecif
ica-
inic
ial
ligan
do
asp
ecto
s de
QI
mud
ança
de
cult
ura
e o
s re
sult
ado
s de
des
empen
ho
. A
o m
esm
o t
emp
o, el
e pod
e se
r ai
nd
a m
ais
ben
éfic
o p
ara
ente
nd
er o
im
pac
to d
e ci
nis
mo
ou a
pat
ia e
m d
ireç
ão a
org
aniz
ação
- e
stra
tég
ias
org
aniz
acio
nai
s, m
ud
ança
s em
ger
al,
e o
s es
forç
os
de
QI,
em
par
ticu
lar.
Ser
á q
ue
o m
ento
inic
ial
des
env
olv
imen
to d
e ci
nis
mo
im
ped
e o
futu
ro s
alto
de
par
tida
de
no
vo
s es
forç
os
de
QI?
Ser
á qu
e a
resi
stên
cia
ser
mu
ito f
ort
e, o
u p
od
eria
lid
eran
ça c
om
bin
ada
com
ou
tras
est
raté
gia
s, c
om
o a
trit
o e
sel
eção
ser
uti
liza
das
par
a
reno
var
os
pro
cess
os
de
QI?
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
110
Pau
l E
. M
adlo
ck 2
008
O p
rese
nte
est
ud
o a
nal
iso
u a
in
flu
ênci
a da
com
pet
ênci
a de
com
un
icad
or
do
su
per
vis
or
e se
u e
stil
o d
e li
der
ança
no t
rab
alho
rel
acio
nad
os
a sa
tisf
açã
o d
o e
mp
reg
ado
.
A p
rim
eira
hip
óte
se p
rev
ê re
laçõ
es s
ign
ific
ativ
as e
posi
tiv
as e
ntr
e co
mp
etên
cia,
co
mu
nic
ação
, su
per
vis
or
do
tra
bal
ho,
sati
sfaç
ão d
o e
mp
reg
ado
e c
om
unic
ação
. O
s re
sult
ado
s d
as t
rês
corr
elaç
ões
de
Pea
rson
apoia
m a
hip
óte
se in
dic
ando
rel
ações
po
siti
vas
est
atis
tica
men
te s
ignif
ican
tes
entr
e o p
redit
or
e v
ariá
vei
s d
e cr
itér
io. F
oi en
con
trad
a u
ma
fort
e re
laçã
o e
ntr
e su
per
vis
or
com
un
icad
or,
com
pet
ênci
a e
sati
sfaç
ão c
om
unic
ação
do
em
pre
gad
o.
Con
sid
eran
do
qu
e fo
i en
contr
ada
um
a re
laçã
o m
od
erad
a en
tre
sup
erv
iso
r co
mu
nic
ado
r, c
om
pet
ênci
a e
sati
sfaç
ão n
o
trab
alho
do
s fu
nci
onár
ios.
A s
egu
nda
hip
óte
se p
revê
rela
cionam
ento
s si
gn
ific
ativ
os
e p
osi
tiv
os
entr
e su
per
vis
or,
est
ilo
de
lider
ança
rel
acio
nal
co
mu
nic
ação
e s
atis
façã
o d
o e
mp
reg
ado
no
trab
alho
. O
s re
sult
ado
s da
corr
elaç
ão d
e P
ears
on a
po
iam
a h
ipóte
se, in
dic
and
o r
elaç
ões
po
siti
vas
est
atis
tica
men
te s
ign
ific
ante
s en
tre
as v
ariá
vei
s d
e p
rev
isão
e d
e cr
itér
io. E
spec
ific
amen
te,
um
a fo
rte
rela
ção
foi en
contr
ada
entr
e su
per
vis
or,
est
ilo e
lid
eran
ça r
elac
ion
al, sa
tisf
ação
, co
mun
icaç
ão d
o e
mp
regad
o, en
quanto
que
um
a fr
aca
rela
ção e
ra e
nco
ntr
ada
entr
e su
per
vis
or
esti
lo
de
lid
eran
ça r
elac
ional
e s
atis
façã
o d
o e
mp
reg
ado
no
tra
bal
ho
. U
ma
fort
e re
laçã
o f
oi
enco
ntr
ada
entr
e su
per
vis
or
com
unic
ado
r, c
om
pet
ênci
a d
e co
mu
nic
ação
e s
atis
façã
o d
o e
mp
reg
ado,
enq
uan
to f
oi
enco
ntr
ada
um
a re
laçã
o m
oder
ada
entr
e co
mpet
ênci
a, s
up
erv
iso
r co
mu
nic
ado
r, e
sat
isfa
ção n
o t
rab
alh
o d
os
fun
cion
ário
s.
" Os
par
tici
pan
tes
fora
m 2
20
adult
os
de
trab
alh
o (
52
,7%
do
sex
o m
ascu
lin
o, n
= 1
16;
e de
47,3
% f
emin
ino,
n =
10
4),
co
m u
m i
nte
rval
o e
m p
oss
e de
1 a
40 a
no
s (M
= 8
,6, D
P =
10
,0).
Os
par
tici
pan
tes
fora
m 2
20
adult
os
de
trab
alh
o (
52,7
% d
o s
exo
mas
culi
no, n
= 1
16
; e
de
47,3
% f
emin
ino
, n =
10
4),
co
m u
m i
nte
rval
o e
m p
oss
e d
e 1
a 4
0 a
nos
(M =
8,6
, D
P =
10
,0).
Dos
par
tici
pan
tes,
11
2 r
elat
aram
tra
bal
har
par
a u
m s
up
erv
iso
r do s
exo
fem
inin
o e
10
8 r
elat
ado a
tra
bal
har
par
a u
m s
uper
vis
or
do s
exo
mas
culi
no.
Os
par
tici
pan
tes
tinh
am id
ades
de
18 a
64 (
M =
34,5
, D
P =
14
), a
o p
asso
que
super
vis
ore
s v
ario
u d
e 2
2 a
75
(M
= 4
2,6
; D
P =
10
,7).
Os
par
tici
pan
tes
rela
tara
m a
tra
bal
har
par
a u
ma
var
ied
ade
de
org
aniz
açõ
es i
ncl
uin
do
a e
duca
ção (
7,0
%),
gov
erno
(15
,0%
), s
erv
iço
s (4
7,3
%),
alt
a te
cno
log
ia (
7,1
%),
indú
stri
as t
ran
sfo
rmad
ora
s (1
4,9
%),
ad
min
istr
ação
púb
lica
(4,2
%)
e o
utr
os
(4,5
%).
A lit
erat
ura
rev
isad
a par
a es
te e
stud
o p
arec
e ap
oia
r a
noçã
o d
e qu
e co
mun
icaç
ão e
ntr
e o
s em
pre
gad
os
e su
per
vis
ore
s te
m u
ma
infl
uên
cia
sob
re o
sat
isfa
ção
no
tra
bal
ho
do
s fu
nci
on
ário
s. C
om
bas
e na
pes
quis
a e
aval
iaçã
o a
lac
un
a n
a p
esqu
isa
ante
rio
r re
levan
te p
ara
a in
flu
ênci
a q
ue
super
vis
or
com
unic
ador
com
pet
ente
est
ilo d
e li
der
ança
de
tare
fas
e es
tilo
de
lid
eran
ça r
elac
ion
al
têm
em
pre
gad
o e
m t
rab
alho
e s
atis
façã
o d
e co
mu
nic
ação
, as
seg
uin
tes
hip
óte
ses
e p
esqu
isa
per
gun
tas
fora
m a
van
çado
s. H
ipó
tese
s e
Qu
estõ
es d
e P
esq
uis
a. H
ipóte
se 1
: H
aver
á u
ma
rela
ção
sign
ific
ativ
a e
po
siti
va
entr
e co
mpet
ênci
a de
com
un
icaç
ão e
su
per
vis
or
do
tra
bal
ho d
o e
mp
reg
ado e
co
mu
nic
ação
- s
atis
façã
o. H
ipó
tese
2:
Hav
erá
um
a re
laçã
o s
ign
ific
ativ
a e
po
siti
va
entr
e
super
vis
or
esti
lo d
e li
der
ança
rel
acio
nal
e d
o t
rab
alho
do
em
pre
gad
o e
com
unic
ação
sat
isfa
ção
caç
ão.
Hip
óte
se 3
: H
aver
á u
ma
rela
ção
sig
nif
icat
iva
e po
siti
va
entr
e es
tilo
de
lider
ança
a
tare
fa d
o s
up
erv
iso
r e
do
tra
bal
ho
do e
mp
reg
ado
e c
om
unic
ação
sat
isfa
ção
hip
óte
se 4
: H
aver
á u
ma
rela
ção
sig
nif
icat
iva
e po
siti
va
entr
e a
tare
fa d
e u
m s
up
erv
iso
r e
esti
lo d
e li
der
ança
rela
cio
nal
e c
om
unic
ação
co
mp
etên
cia.
Per
gu
nta
Res
earc
h 1
a: Q
ual
o c
om
port
amen
to e
xib
ido
po
r u
m s
uper
vis
or-
tare
fa lid
eran
ça, li
der
ança
rel
acio
nal
, ou c
om
pet
ênci
a co
mun
icad
or
vonta
de
serv
ir c
om
o u
m p
redit
or
de
mai
or
sati
sfaç
ão c
om
unic
ação
do
em
pre
gad
o?
Per
gunta
Res
earc
h 1
b:
Qu
al o
co
mport
amen
to e
xib
ido
po
r u
m s
up
erv
iso
r-ta
refa
lid
eran
ça,
lider
ança
rel
acio
nal
,
ou v
on
tade
e co
mp
etên
cia
do c
om
unic
ado
r
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
111
Bro
tman
Lio
y, et
al
19
98
O o
bje
tivo
da
pre
sente
Art
igo é
co
meç
ar o
diá
logo
entr
e p
sico
logis
tas
sob
re a
nec
essi
dad
e d
e se
to
rnar
mai
s p
ró-a
tiv
a a
tom
ada
de
dec
isão
no
s es
forç
os
edu
cati
vo
s e
def
inir
a e
spec
iali
dad
e
de
coac
hin
g e
xec
uti
vo
. O
art
igo
dis
cute
mo
del
os
usa
ndo
fee
db
ack
360
° (
Die
dri
ch,
1996
); o
uso
de
con
stru
ção
de
rela
cion
amen
to,
des
envolv
imen
to d
e co
mp
etên
cias
(P
e-
Ter
son
,
1996
); a
bo
rdag
em b
asea
da
em s
iste
mas
, co
nte
xtu
al (
Tob
ias,
199
6);
sis
tem
a al
tam
ente
est
rutu
rado
bas
eado
s em
abo
rdag
em (
Kie
l, R
imm
er,
Wil
liam
s, &
Doy
le,
199
6);
a
nec
essi
dad
e d
e
mu
dan
ça d
e cu
ltu
ra e
a p
rom
oçã
o d
a div
ersi
dad
e no
lo
cal d
e tr
abal
ho
(K
atz
& M
ille
r, 1
996
); s
up
ort
e p
ara
exec
uti
vo
s co
m b
ase
na
cap
acid
ade
do
tre
inad
or
(Lev
inso
n, 199
6).
Sap
ori
to (
1996
)
apo
nto
u q
ue
o c
oac
hin
g b
em-s
uce
did
o p
ode
levar
colo
qu
e ap
enas
qu
ando e
stá
clar
o p
ara
líder
es o
rgan
izac
ion
ais
que
o p
roce
sso
de
coac
hin
g é
co
nsi
sten
te e
ali
nhad
a co
m a
s re
alid
ades
emp
resa
riai
s. W
ith
ersp
oo
n e
Wh
ite
(1996
) su
ger
iram
qu
e o
s tr
ein
ado
res
pod
em d
esem
pen
har
qu
atro
fun
ções
dif
eren
tes
qu
e p
reci
sam
ser
esc
lare
cid
os
cedo
tre
inam
ento
pro
cess
o.
Ele
s
iden
tifi
cara
m t
rein
ado
r (a
) p
ara
as c
om
pet
ênci
as f
oca
da
em t
aref
as e
spec
ífic
as;
(b)
par
a des
empen
ho
, d
e fo
rma
mai
s am
pla
fo
cada
na
exec
uti
va
(c)
par
a o
des
envo
lvim
ento
, co
m o
fo
co
sob
re o
futu
ro p
apel
do
ex
ecuti
vo
ou e
mp
rego
; e
(d)
par
a o
tra
bal
ho
fo
cado n
a ag
end
a do
ex
ecuti
vo
.
Coac
hin
g e
xec
uti
vo f
oi
iden
tifi
cado
co
mo u
ma
"co
mp
etên
cia
emer
gen
te",
na
prá
tica
de
con
sult
a p
sico
lógic
a par
a o
rgan
izaç
ões
. P
sicó
log
os
em t
od
o o
mun
do
est
ão a
judan
do
ex
ecuti
vo
s
tale
nto
sos
em f
azer
mud
ança
s co
mpo
rtam
enta
is q
ue
pro
duze
m f
ort
e li
der
ança
par
a eq
uip
á-l
os
par
a d
esen
vo
lver
seu
s su
cess
ore
s. N
a fa
lta
de
cred
enci
amen
to, a
prá
tica
do
exec
uti
vo
tre
inad
o
esta
bel
ece
pad
rões
def
inid
os
de
com
pet
ênci
a p
ara
pre
serv
ar a
in
teg
ridad
e do
cam
po
e a
co
nfi
ança
do c
on
sum
ido
r. P
orq
ue
o o
bje
tiv
o f
inal
de
coac
hin
g e
xec
uti
vo é
fre
qu
ente
men
te s
ust
enta
r
mu
dan
ça d
e co
mp
ort
amen
to, is
to é
alc
ança
do
po
r m
eio
da
apli
caçã
o d
e p
rin
cípio
s p
sico
lóg
ico
s es
tabel
ecid
os.
Psi
cólo
go
s tê
m a
ob
rigaç
ão d
e def
inir
as
com
pet
ênci
as n
eces
sári
a p
ara
se o
bte
r
o c
om
po
rtam
ento
su
sten
táv
el, al
tera
r p
or
mei
o d
e tr
ein
amen
to p
oss
ibil
itan
do
que
o e
xec
uti
vo
sej
a p
roat
ivo
na
tran
smis
são
do
s pad
rões
de
com
pet
ênci
a p
ara
o p
úb
lico
.
" Co
m b
ase
no
no
sso
ex
per
imen
tal
, id
enti
fica
mo
s u
ma
séri
e d
e nú
cleo
s d
e co
mp
etên
cias
qu
e o
ex
ecuti
vo
tre
inad
or
con
trat
ado
dev
e te
r par
a aj
ud
ar a
tra
zer
du
rado
ura
mud
ança
de
com
po
rtam
ento
Po
rqu
e o
ob
jeti
vo
fin
al d
e co
achin
g e
xec
uti
vo
é f
requ
ente
men
te s
ust
enta
da
mu
dan
ça d
e co
mpo
rtam
ento
, es
te é
o m
elh
or
con
seg
uid
o p
or
mei
o d
a ap
lica
ção
de
esta
- p
rincí
pio
s psi
coló
gic
os
esta
bel
ecid
os.
psi
cólo
go
s tê
m a
ob
rig
ação
de
def
inir
as
com
pet
ênci
as n
eces
sári
a par
a se
obte
r o c
om
po
rtam
ento
sust
enta
da
alte
rar
po
r m
eio d
e ex
ecuti
vo t
rein
ar e
ser
pro
ativ
o n
a tr
ansm
issã
o
esse
s pad
rões
de
com
pet
ênci
a p
ara
o p
úb
lico
. S
ó d
esta
fo
rma
pod
e es
tar
em r
ápid
o d
esen
vo
lvim
ento
rei
no d
entr
o d
a p
sico
logia
ch
egar
ao p
ote
nci
al c
om
o u
m r
ecu
rso i
nes
tim
ável
par
a o
neg
óci
o e
xec
uti
vo
s.
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
112
Dav
id A
. W
ald
man
1993
O o
bje
tivo
des
te tra
bal
ho
fo
i fo
rnec
er u
ma
expli
caçã
o m
ais
teó
rica
par
a a
con
exão
entr
e li
der
ança
e T
QM
, do
qu
e at
é ag
ora
tem
sid
o c
on
sid
erad
a. P
ara
essa
med
ida,
fo
ram
des
crit
os,
con
teúd
o
e p
roce
ssos
de
lid
eran
ça r
elev
ante
s e
as l
igaç
ões
co
m a
cult
ura
org
aniz
acio
nal
lev
ando
em
con
ta o
con
texto
soci
al.
Vár
ias
ques
tões
de
pes
quis
a sã
o r
elev
ante
s par
a o
mod
elo
mo
stra
do
na
Fig
ura
I.
Em
pri
mei
ro l
ug
ar,
há
um
a co
mum
um
co
nju
nto
de
ele
men
tos
cara
cter
ísti
cos
ori
enta
da
de
um
TQ
M-
org
aniz
acio
nal
cult
ura
? E
mbo
ra B
ush
e (1
98
8)
der
ivad
o t
rês
tais
ele
men
tos,
ele
ad
mit
iu q
ue
seu t
rabal
ho s
ó e
stá
foca
do n
a fa
bri
caçã
o d
efin
içõ
es e
que
a in
ves
tigaç
ão a
dic
ion
al f
oi
nec
essá
ria
iden
tifi
car
TQ
M-
cult
ura
s o
rien
tadas
em
ou
tro
s am
bie
nte
s. C
om
efe
ito,
Saf
fold
(1
988
) ques
tion
aram
a e
xte
nsã
o e
m q
ue
elem
ento
co
mu
m d
e cu
ltu
ra p
od
e se
r ca
ract
erís
tica
da
de
alto
des
empen
ho o
rgan
izaç
ões
. E
m s
egu
nd
o l
ug
ar, d
e ac
ord
o c
om
a s
itu
ação
-pes
soa
pon
to d
e v
ista
, é
a re
laçã
o e
ntr
e li
der
ança
e o
rgan
izac
ion
al c
ult
ura
ver
dad
eira
men
te r
ecíp
roca
? Q
uai
s sã
o o
s
mec
anis
mo
s p
elo
s qu
ais
um
a cu
ltu
ra m
old
a o c
om
po
rtam
ento
de
líder
es?
Qu
e as
pec
tos
de
um
a si
tuaç
ão p
od
e fa
zer
com
qu
e o in
ato, tr
ansf
orm
acio
nal
qual
idad
e d
e li
der
ança
de
um
ind
ivíd
uo
a su
rgir
? A
im
po
rtân
cia
de
tais
per
gu
nta
s fo
i re
cen
tem
ente
des
taca
da
po
r K
ozl
ow
ski e
Do
her
ty (
1989
), q
ue
ped
em m
ais
pes
quis
a ex
amin
ar a
s li
gaç
ões
entr
e li
der
ança
e o
rgan
izac
ional
cli
ma.
" Um
a te
rcei
ra q
ues
tão
env
olv
e as
met
od
olo
gia
s d
e pes
quis
a qu
e po
de
ser
mel
ho
r ap
lica
do
par
a ex
amin
ar a
s re
laçõ
es n
a F
igu
ra 1
. T
al c
om
o r
efer
ido
po
r S
chei
n (
199
0)
org
aniz
acio
nal
-cu
ltu
ra
pes
quis
a es
tá n
um
a ev
olu
tiv
a fa
se e
, co
mo
tal
, es
tá n
a nec
essi
dad
e de
etnog
ráfi
co,
clín
ico
-des
crit
ivo
, m
etodo
logia
s e
induti
vo.
Est
e ti
po d
e ab
ord
agem
foi
feit
o c
om
suce
sso
po
r B
ush
e
(198
8).
A m
eto
do
log
ia m
ais
ded
uti
va t
alv
ez i
nco
rpo
rand
o p
ronta
men
te q
uan
tifi
cávei
s m
edid
as d
e in
qu
érit
o,
po
de
ser
men
os
acon
selh
ável
, u
ma
vez
que
ass
um
iria
con
hec
imen
to a
van
çado
das
dim
ensõ
es r
elev
ante
s a
ser
estu
dad
a (S
chei
n, 19
90
). E
spec
ialm
ente
no
que
diz
res
pei
to a
os
elem
ento
s co
mu
ns
de
um
a o
rien
tada
TQ
M-
cult
ura
, ta
l co
nhec
imen
to n
ão d
eve
ser
assu
mid
o
nes
te p
onto
no
tem
po
.
A c
om
unid
ade
emp
resa
rial
tem
avan
çado
rap
idam
ente
em
ten
tati
vas
de
imp
lem
enta
r T
QM
. E
stas
ten
tati
vas
têm
sid
o e
nca
beç
ada
s p
or
escr
ito
res
imp
lora
ndo
a n
eces
sid
ade
de
lid
eran
ça
com
po
rtam
ento
, m
as e
ste
arti
go tem
tid
o u
ma
ori
enta
ção m
ais
teó
rica
a f
im d
e m
elh
or
com
pre
end
eras
ques
tões
e o
s vín
culo
s qu
e ex
iste
m n
o q
ue
diz
res
pei
to à
lid
eran
ça e
TQ
M.
A e
sper
ança
é qu
e es
ta p
ersp
ecti
va
po
de
aju
dar
os
pes
quis
ado
res
a g
uia
par
a si
stem
atiz
ação
ender
eço
qu
estõ
es d
e li
der
ança
de
imp
ort
ânci
a a
TQ
M p
rati
can
tes.
O m
od
elo e
sten
deu
aq
ui
é d
e âm
bit
o g
eral
e, p
ort
anto
, re
flex
o d
a es
cass
ez d
e p
esq
uis
a ex
amin
and
o l
igaç
ões
en
tre
cult
ura
, li
der
ança
e T
QM
. N
o f
utu
ro,
a m
odel
o p
od
e se
r m
ais
elab
ora
da
e to
rnad
a m
ais
esp
ecíf
ica,
po
r ex
emp
lo,
con
sid
eran
do
lig
ações
en
tre
fato
res
esp
ecíf
ico
s d
e li
der
ança
e c
om
po
rtam
ento
s T
QM
esp
ecíf
ico
s o
u p
olí
tica
s. A
lém
dis
so,
outr
os
de
lider
ança
e c
ult
ura
fat
ore
s an
tece
den
tes
pod
eria
ser
incl
uíd
o n
o o
mod
elo p
ara
form
ar u
ma
imag
em m
ais
com
ple
ta d
o d
esen
vo
lvim
ento
TQ
M.
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
113
JAS
ON
Fer
tig
, G
eral
d Z
eitz
, G
ary
BL
AU
(2
00
9)
Ate
star
a c
om
pet
ênci
a d
os
trab
alh
adore
s, f
om
enta
r o d
esen
volv
imen
to d
o e
mp
reg
ado,
e em
últ
ima
anál
ise,
mel
ho
rar
o d
esem
pen
ho d
o t
rab
alho
(K
lein
er,
2006
; L
ivin
go
od &
Au
ld,
2001;
Ray
mond
, 20
01
). I
sto p
od
e se
r re
feri
do c
om
o "
tend
o b
om
" (c
f. G
ioia
& C
orl
ey,
20
02
). P
or
ou
tro
lad
o,
cert
ific
açõ
es s
ão s
ímbolo
s po
der
oso
s qu
e po
dem
ser
uti
liza
do
s p
elo
s tr
abal
had
ore
s
par
a g
anhar
po
sto
s de
trab
alho e
sal
ário
s m
ais
elev
ado
s e
pel
os
emp
regad
ore
s p
ara
ang
aria
r p
rest
ígio
e i
nfl
uên
cia
. E
sta
fun
ção p
od
e se
r ch
amad
a d
e "b
oa
apar
ênci
a".
Em
bo
ra a
mbo
s "s
er
bo
m"
e "b
oa
apar
ênci
a" t
em u
m l
ug
ar l
egít
imo
, es
tam
os
de
aco
rdo
co
m o
s cr
ític
os
(po
r ex
emplo
, C
oll
ins,
200
7)
que
suger
em q
ue
a co
nce
ntr
ação
exce
ssiv
a na
últ
ima
pod
e co
mp
rom
eter
a
efic
ácia
de
cert
ific
ação
sis
tem
as d
e re
síduo
s e
esfo
rço
e r
ecu
rso
s. N
o r
esta
nte
des
te a
rtig
o,
des
env
olv
er d
uas
pro
po
siçõ
es g
erai
s. P
rim
eiro
, ce
rtif
icaç
ões
adq
uir
ido
s e
uti
liza
do
s p
rim
ar-
por
razõ
es i
nte
rnas
ou
autô
no
mo
s sã
o m
ais
pro
pen
sos
a at
ingir
seu
ofi
cial
pro
pósi
tos
e re
sist
ir a
ser
im
pla
nta
do
co
mo
mer
os
sím
bo
los.
Em
seg
un
do l
ugar
, as
est
raté
gia
s es
tão
dis
po
nív
eis
capaz
de
org
aniz
açõ
es, co
mu
nid
ades
pro
fiss
ion
ais
e o
s o
rgan
ism
os
de
cert
ific
ação
par
a p
roje
tar
e ap
rese
nta
r o
pro
cess
o d
e ce
rtif
icaçã
o, d
e ta
l fo
rma
a in
centi
var
mo
tivaç
ões
- in
tern
as e
ntr
e aq
uel
es
que
des
envo
lvem
, o
bte
r e
uti
liza
r as
cer
tifi
caçõ
es d
os
emp
reg
ado
s.
"Cer
tifi
caçõ
es t
ambém
pod
em c
ontr
ibuir
par
a o
des
envo
lvim
ento
do
em
pre
gad
o.
Ele
s p
rovid
enci
am m
etas
esp
ecíf
icas
, d
esaf
iado
ras
que
mo
tiv
am o
s tr
abal
had
ore
s a
adqu
irir
em n
ovas
hab
ilid
ades
de
trab
alho
(Pie
rson
, F
roli
ck, &
Chen
, 20
01;
Ry
an &
Con
nel
l, 1
989
). A
pre
sen
ça d
e u
m b
em a
ceit
o s
iste
ma
de
cert
ific
ação
par
a u
m tra
bal
ho
pod
e au
men
tar
o in
centi
vo
par
a in
ves
tir
em c
apit
al h
um
ano,
po
rque
a ce
rtif
icaç
ão d
á a
van
tagem
co
mpet
itiv
a ao
tra
bal
had
or
(Kle
iner
, 20
06
). A
val
iaçõ
es d
e ce
rtif
icaç
ão d
ão a
o t
rab
alhad
or
feed
bac
k ú
til
sob
re c
onh
ecim
ento
s e
hab
ilid
ades
im
po
rtan
te
rela
cio
nad
o c
om
o t
rab
alh
o.
A r
eali
zaçã
o d
e pas
sar
po
r u
m e
xam
e de
cert
ific
ação
e a
quis
ição
das
co
mpet
ênci
as a
ssoci
adas
po
de
aum
enta
r a
auto
esti
ma
pes
soal
e b
em-e
star
psi
coló
gic
o
(Ry
an &
Dec
i, 2
00
0).
A c
on
clu
são
bem
-su
ced
ida
de
um
pro
cess
o d
e ce
rtif
icaç
ão p
od
e m
udar
au
to-
iden
tidad
e. O
tra
bal
had
or
pode
sen
tir-
se m
ais
com
o u
m "
"pro
fiss
ion
al""
e s
er m
ais
incl
inad
os
par
a ab
ord
ar a
s ta
refa
s de
um
a fo
rma
de
reso
luçã
o d
e p
roble
mas
. P
oss
uin
do
um
a ce
rtif
icaç
ão p
od
e p
rom
over
a c
olo
cação
de
trab
alho
ad
equ
ado
na
econ
om
ia d
o c
onh
ecim
ento
""ag
ente
liv
re""
" Par
a d
escr
ever
o p
apel
da
mo
tivaç
ão i
nte
rna
usa
mo
s A
uto
det
erm
inaç
ão T
eori
a (S
DT
), u
ma
vez
que
tenh
a si
do
des
env
olv
ido p
or
Ed
war
d D
eci,
Ric
har
d R
yan
, e
ou
tro
s (B
aum
eist
er &
Lea
ry,
1995
; D
eci
& R
yan
, 19
85
, 200
0;
Dec
i, E
gh
rari
, P
atri
ck,
& L
eon
e, 1
99
4;
gag
ne
& D
eci,
200
5;
Van
stee
nk
iste
, D
eci,
Sh
eldon
, S
imon
s, e
Len
s, 2
004
; V
anst
eenk
iste
et
al.,
2007
). S
DT
é ú
til
aqu
i par
a tr
ês r
azões
. P
rim
eiro
, el
e in
corp
ora
um
a sé
rie
de
teo
rias
so
bre
o p
apel
do
inte
rno e
mo
tivaç
ões
in
trín
seca
s n
o l
oca
l de
trab
alho (
ver
Sac
hau
, 200
7).
Em
seg
undo
lugar
, é
apo
iada
po
r m
uit
a pes
quis
a em
pír
ica
(Dec
i, K
oes
tner
, e
Ry
an,
19
99
; H
od
gin
s &
Lie
bes
kin
d,
2003
). L
ewis
e V
izin
ho
s (2
00
5)
con
stat
ou
que
su
jeit
os
de
pes
qu
isa
de
gra
du
ação
que
eram
mai
s (u
ma
cara
cter
ísti
ca c
hav
e au
tod
eter
min
ada
de
moti
vaç
ão i
nte
rna)
era
m m
eno
s p
ropen
sos
a diz
er q
ue
iria
usa
r au
to a
pre
senta
ção
tát
icas
em
um
cen
ário
des
crit
o p
elo
s p
esqu
isad
ore
s. D
rory
e
Zai
dm
an (
2007
) es
tud
aram
o u
so d
e p
ráti
cas
de
ges
tão
de
imp
ress
ão e
m r
elaç
ão o
rgân
ica
org
aniz
açõ
es b
uro
crát
icas
. O
rgan
izaç
ões
org
ânic
as s
ão m
eno
s hie
rárq
uic
a e
tip
icam
ente
mai
s
pre
ocu
pad
o e
m d
esen
vo
lver
fo
rtes
mo
tivaç
ões
de
trab
alho
in
trín
seca
em
seu
s m
emb
ros.
Est
e es
tudo
de
208
funci
onár
ios
de
org
aniz
açõ
es d
e I
& D
mil
itar
e d
esco
bri
u q
ue
mem
bro
s d
a
org
aniz
ação
mec
anic
ista
(M
ilit
ar)
fora
m m
ais
pro
pen
sos
a u
sar
táti
cas
de
ger
enci
amen
to d
e im
pre
ssão
, e
este
s fo
ram
des
tin
adas
pri
nci
pal
men
te n
os
sup
erv
iso
res.
Em
con
tras
te, o
s m
emb
ros
das
org
aniz
açõ
es o
rgân
icas
(I
& D
) fo
ram
men
os
pro
pen
sos
a u
sar
o g
eren
ciam
ento
de
imp
ress
ão, e
este
s fo
ram
dir
igid
os
igu
alm
ente
em
sup
erv
iso
res
e co
leg
as.
Em
ter
ceir
o lu
gar
, fo
rnec
e u
ma
anál
ise
SD
T s
ofi
stic
ada
do
s v
ário
s ti
po
s d
e m
oti
vaç
ão p
rov
ável
qu
e es
teja
pre
sen
te e
ntr
e aq
uel
es q
ue
pro
cura
m o
u u
sand
o e
mp
reg
ado h
abil
idad
es c
erti
fica
ções
de
aju
ste
(ver
Tab
ela
1).
Que
a m
oti
vaç
ão i
ntr
ínse
ca p
od
e se
r u
m p
oder
oso
vig
or
no l
oca
l de
trab
alho t
em s
ido d
efen
did
o p
or
vár
ios
escr
ito
res
(Dem
ing
, 198
6;
Her
zber
g,
19
66;
Her
zber
g,
Mau
sner
, &
Sny
der
man
, 1
959
; M
cgre
go
r, 1
96
0;
Veb
len,
192
2).
Ry
an e
Dec
i (2
00
0)
des
crev
em a
mo
tivaç
ão i
ntr
ínse
ca c
om
o "
" te
nd
ênci
a in
eren
te p
ara
pro
cura
r nov
idad
e e
des
afio
s, p
ara
este
nd
er e
exer
cíci
o u
m d
e ca
pac
idad
es,
par
a ex
plo
rar,
e p
ara
apre
nd
er "
"(p
. 7
0).
A p
esqu
isa
ind
ica
que
ele
pro
duz
um
a v
arie
dad
e d
e b
enef
ício
s: m
ais
envo
lvim
ento
co
m u
ma
ativ
idad
e,
mel
ho
r ta
refa
des
empen
ho
, m
aio
r p
ersi
stên
cia
tare
fa,
mai
or
sati
sfaç
ão,
e um
sen
so d
e b
em-e
star
pes
soal
(B
aard
, D
eci,
e R
yan
, 2
004
; D
eci
& R
yan
, 1
985
; L
yn
ch,
Pla
nta
, e
Ry
an,
2005;
Utm
an, 19
97
). É
esp
ecia
lmen
te i
mpo
rtan
te p
ara
as t
aref
as "
"Exig
indo
cri
ativ
idad
e, f
lexib
ilid
ade
cogn
itiv
a e
com
pre
ensã
o c
once
itu
al""
" "As
reiv
indic
açõ
es q
ue
fize
mo
s nes
te a
rtig
o d
evem
ser
exam
inad
as e
mp
iric
amen
te.
Esp
ecif
icam
ente
, a
inv
esti
gaç
ão d
eve
inv
esti
gar
os
tipo
s e
forç
a d
e m
oti
vaç
ões
par
a a
cert
ific
ação
, o
s fa
tore
s q
ue
ger
am e
ssas
moti
vaç
ões
, e
seu
s ef
eito
s so
bre
o f
unci
onam
ento
do
pro
cess
o
de
cert
ific
ação
. Is
to i
ncl
uir
ia m
oti
vaç
ões
en
tre
os
trab
alhad
ore
s que
as p
rocu
ram
, o
s em
pre
gad
ore
s q
ue
eles
, o
uso
Ass
oci
açõ
es p
rofi
ssio
nai
s qu
e pat
roci
nam
e d
efen
dem
ele
s, e
fun
cion
ário
s d
as a
gên
cias
cer
tifi
cad
ora
s q
ue
os
forn
ecem
.
A r
elaç
ão e
ntr
e ti
po
s de
moti
vaç
ão p
ara
cert
ific
ar e
ori
enta
ções
de
trab
alho
dev
e ta
mbém
ser
in
ves
tigad
a. W
rzes
nie
wsk
i, M
cCau
ley,
Ro
zin e
Sch
war
tz (
199
7)
esbo
ço t
rês
ori
enta
ções
dif
eren
tes
pes
soas
po
dem
ter
para
seu
tra
bal
ho:
com
o u
m t
rab
alho
, u
ma
carr
eira
, o
u u
m c
ham
ado.
O t
rab
alho
é v
isto
co
mo
um
tra
bal
ho
se
o i
nte
ress
e p
rin
cipal
é o
s b
enef
ício
s m
ater
iais
forn
ecid
os.
Est
a o
rien
taçã
o p
arec
eria
par
a g
erar
a f
orm
a de
moti
vaç
ão p
ara
cert
ific
ar c
ham
ado r
egula
ção e
xte
rna.
A c
erti
fica
ção é
pro
cura
da
apen
as p
ara
gan
har
rec
om
pen
sas
extr
ínse
cas,
tais
com
o s
alár
ios
mai
s el
evad
os.
Dar
ori
enta
ção,
a p
esso
a v
ê o
seu
tra
bal
ho c
om
o u
m m
eio
de
adq
uir
ir s
tatu
s so
cial
mai
s el
evad
o,
pod
er e
auto
- es
tim
a d
o t
rab
alho
. E
sta
ori
enta
ção
par
ece
pro
váv
el p
ara
ger
ar a
fo
rma
de
mo
tivaç
ão r
efer
ido c
om
o r
egula
ção
iden
tifi
cad
a. C
erti
fica
ção s
eria
m p
erse
gu
ido
s p
rinci
pal
men
te c
om
o u
m m
eio d
e co
nst
ruçã
o d
e au
to-e
stim
a e
stat
us
soci
al.
O t
rab
alho
é v
isto
co
mo
um
a vo
caçã
o, se
fo
r fe
ito
par
a a
sati
sfaç
ão e
rea
liza
ção q
ue
pro
po
rcio
na,
bem
co
mo s
uas
con
trib
uiç
ões
par
a o
s cl
iente
s e
par
a a
soci
edad
e. T
al o
rien
taçã
o p
arec
eria
incl
ina
a pes
soa
em d
ireç
ão m
oti
vaç
ões
alt
amen
te i
nte
rno
s par
a a
cert
ific
ação
: in
teg
rado
ex
trín
seca
e m
oti
vaç
ão i
ntr
ínse
ca.
"
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS
FUTUROS
RESULTADOS METODO
114
Sen
Sen
dja
ya,
Jam
es C
. S
arro
s e
Jose
ph C
. S
anto
ra
Est
e ar
tigo
ex
amin
a o
des
envo
lvim
ento
e v
alid
ação
in
icia
l d
e u
ma
med
ida
de
com
po
rtam
ento
mu
ltid
imen
sio
nal
de
lid
eran
ça s
erv
ido
ra (
Ser
van
t L
ead
ersh
ip C
om
po
rtam
ento
Sca
le).
Am
bo
s
são
est
ud
os
qual
itat
ivo
s e
qu
anti
tati
vos
rela
tado
s p
ara
esta
bel
ecer
pro
pri
edad
e p
sico
mét
rica
pre
lim
inar
par
a u
ma
nov
a m
edid
a co
m 3
5 i
ten
s em
sei
s dim
ensõ
es.
"Tab
ela
IV a
pre
senta
as
méd
ias,
des
vio
s-p
adrã
o,
corr
elaç
ões
e c
on
fiab
ilid
ade
par
a o
s se
is f
ato
res
de
lider
ança
ser
vid
ora
. A
con
fiab
ilid
ade
e co
nsi
stên
cia
inte
rna
de
tod
os
os
seis
fat
ore
s
exce
did
o o
nív
el r
eco
men
dad
o d
e 0
,70
par
a co
efic
iente
de
Cro
nbac
h a
lfa
(Nu
nn
ally
, 197
8),
qu
e var
ia e
ntr
e 0
,72 e
0,9
3.
Cad
a u
ma
das
sei
s su
b e
scal
as (
ou
sej
a, v
olu
ntá
rio
Subo
rdin
ação
, au
to a
utê
nti
co,
Pac
tual
Rel
acio
nam
ento
, M
ora
lidad
e R
espon
sáv
el,
Tra
nsc
enden
tal
Esp
irit
ual
idad
e, t
ran
sfo
rman
do
in
flu
-
Ser
vo C
om
po
rtam
ento
de
Lid
eran
ça n
as O
rgan
izaç
ões
cia
) fo
i an
alis
ada
indiv
idual
men
te p
ara
det
erm
inar
se
os
iten
s p
rodu
zido
s um
bo
m a
just
e par
a o
dad
o.
Os
resu
ltad
os
do p
roce
sso
iter
ativ
o-e
spec
ific
ação
par
a ca
da
um
do
s se
is f
ato
res
são
ap
rese
nta
do
s na
Tab
ela
V, co
mp
aran
do
o b
em-o
f-fi
t es
tatí
stic
as d
o i
nic
ial
e fi
nal
mo
del
os.
O p
roce
sso
de
mod
elo
-esp
ecif
icaç
ão f
oi co
ndu
zid
o n
a b
ase
do
val
or
teó
rico
ju
stif
icaç
ão (
Hoyle
, 19
95
; M
acC
allu
m, 1
995
), e
mb
ora
os
índ
ices
de
mod
ific
ação
fo
ram
igu
alm
ente
co
nsi
der
ado
s.
Um
a vez
qu
e as
ten
tati
vas
par
a m
elho
rar
a m
ediç
ão d
e um
mo
del
o,
excl
usi
vam
ente
co
m b
ase
no
s ín
dic
es d
e m
odif
icaç
ão p
od
e re
sult
ar e
m e
stru
tura
ab
surd
a e
esti
mat
ivas
de
par
âmet
ros
(Hai
r et
al.
,
Tab
ela
IV. M
édia
, des
vio
pad
rão, co
rrel
ações
e c
on
fiab
ilid
ade
de
esca
la c
om
po
rtam
ento
de
lid
eran
ça s
ervo
fato
res
com
73
ite
ns
(N =
27
7)
" " "En
trev
ista
s se
mie
stru
tura
das
co
m 1
5 e
xec
uti
vo
s se
nio
res
em f
ins
lucr
ati
vos
e n
ão t
em f
ins
lucr
ativ
os
anál
ise
fato
rial
con
firm
ató
ria
(CF
A)
par
a m
odel
ar a
s es
tru
tura
s de
fato
r de
o S
LB
S,
per
mit
ind
o a
nál
ises
ind
epen
den
tes
de
ambo
s a
med
ição
e c
om
- es
tru
tura
de
com
po
nen
tes
da
con
stru
ção
(A
nder
son
e G
erbin
g, 1
982
; F
assi
ng
er, 19
87
).
" "In
ves
tig
ações
em
pír
icas
fu
turo
s das
pro
pri
edad
es p
sico
mét
rica
s da
lid
eran
ça s
erv
ido
ra s
ão e
ssen
ciais
no d
esen
volv
imen
to e
val
idaç
ão d
e co
nst
ruto
, te
nd
o e
m c
onta
qu
e es
ta-
inst
itui
as
pro
pri
edad
es p
sico
mét
rica
s d
e m
edid
as c
om
po
rtam
enta
is é
um
co
mple
xo e
dem
ora
do
pro
cess
o (
Anas
tasi
e U
rbin
a, 1
99
7;
Cro
nb
ach
e M
eeh
l, 1
955
). É
rec
on
hec
ido q
ue
pod
e hav
er
pre
ocu
paç
ões
sob
re a
val
idad
e d
iscr
imin
ante
do
fat
or
de
seis
mo
del
o d
esen
vo
lvid
os
no e
studo
. A
an
ális
e do
mo
del
o c
on
corr
ente
ser
ia n
eces
sári
a em
futu
ros
est
udo
s p
ara
com
par
ar o
s ín
dic
es
de
aju
ste
rela
tivo
do m
od
elo
de
seis
fat
or
corr
elac
ionad
a e
mo
del
o d
e um
fat
or.
O m
odel
o d
e se
is f
ato
r co
rrel
acio
nad
o d
ever
á se
r si
gn
ific
ativ
amen
te s
up
erio
r à
do
fat
or
mo
del
o e
outr
os
mod
elos
con
corr
ente
s. N
esta
fas
e, n
o e
nta
nto
, acr
edit
amo
s qu
e é
impo
rtan
te p
ara
man
ter
o m
od
elo d
e se
is f
ato
res,
à l
uz
de
suas
co
rrel
ações
co
m a
nte
ced
ente
dif
eren
te e
var
iáv
eis
de
des
fech
o.
Ou
tra
dir
eção
de
pes
quis
a im
po
rtan
te é
est
abel
ecer
a p
red
itiv
a e
con
corr
ente
e v
alid
ade
da
med
ida
à lu
z de
alg
un
s an
tece
den
tes-
chav
e e
resu
ltad
os
do
ser
vo
Lid
eran
ça.
Par
a es
te f
im,
exam
inam
os
a li
der
ança
ser
vid
ora
em
um
a o
rgan
izaç
ão m
aio
r co
nte
xto
nes
ta s
eção
e s
uger
ir a
lgun
s ca
min
ho
s p
ara
futu
ros
estu
do
s de
val
idaç
ão d
o S
LB
S.
"
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
115
Kri
sko
, M
ary
Ell
en (
200
1)
Est
e es
tud
o e
xam
ina
a re
laçã
o e
ntr
e o
pro
fess
or
e a
lid
eran
ça e
m u
m p
asso
alé
m d
a p
apel
tra
dic
ional
do
pro
fess
or,
o d
esen
volv
imen
to d
e u
m p
erfi
l d
o p
rofe
sso
r lí
der
.
Os
resu
ltad
os
rev
elar
am o
ito
atr
ibu
tos
iden
tifi
cáv
eis
de
líd
eres
de
pro
fess
ore
s, q
ue
com
pre
end
em o
s co
mpon
ente
s b
ásic
os
do l
íder
pro
fess
or
per
fil.
O p
erfi
l d
e lí
der
pro
fess
or
iden
tifi
ca
ind
ivíd
uo
s qu
e sã
o c
riat
ivas
, ap
ren
diz
es e
fica
zes
/ ef
icie
nte
s, f
lex
ívei
s, e
ao l
on
go d
a vid
a qu
e tê
m u
m s
enti
do d
e h
um
or,
est
ão d
isp
ost
os
a co
rrer
ris
cos
resp
on
sávei
s, e
têm
bo
a in
trap
esso
al
senti
do e
fo
rtes
hab
ilid
ades
in
terp
esso
ais.
" Est
es d
escr
ito
res
fora
m e
xam
inad
os,
org
aniz
ado
s e
clas
sifi
cad
os
em c
ateg
ori
as tem
átic
as. E
spec
ífic
o C
ateg
ori
as s
up
ort
ado
hab
ilid
ades
in
terp
esso
ais
e in
trap
esso
ais
sen
so d
e si
mes
mo, co
mo
bem
co
mo h
ábit
os
da
men
te.
"Ex
per
iênci
as d
e li
der
ança
no
s p
rim
eiro
s an
os
de
pro
po
rcio
nar
opo
rtu
nid
ades
par
a o
s in
div
íduo
s par
a es
tab
elec
er e
con
stru
ir a
co
nfi
ança
, re
forç
ando
os
atri
buto
s de
lider
ança
e h
abil
idad
es.
Os
pro
fess
ore
s q
ue
exer
cem
um
a ex
ten
sa i
nfl
uên
cia
na
sala
de
aula
e d
a co
mu
nid
ade
esco
lar
têm
sen
tido
exce
pci
onal
e i
ntr
apes
soal
são
mes
tres
em
hab
ilid
ades
in
terp
esso
ais.
Em
um
a co
mun
idad
e de
apre
nd
izag
em d
e p
rofe
sso
res
líder
es i
nce
nti
vam
co
mpar
tilh
ada
resp
on
sab
ilid
ades
.
"
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
116
Pau
la l
ord
e B
loo
m (
1992
)
Est
e ar
tigo
do
cum
enta
res
ult
ado
s d
e fo
rmaç
ão e
m t
rês
área
s: (
1)
nív
el d
e per
cepçã
o d
e co
mpet
ênci
a; (
2)
a qu
alid
ade
do
en
sino
na
sala
de
aula
(3
) a
qu
alid
ade
de
vid
a n
o t
rab
alho
par
a o
pes
soal
.
"A c
om
par
ação
do
s d
ado
s de
test
es p
reli
min
ares
e p
ost
erio
res
revel
aram
um
fo
rte
aum
ento
est
atis
tica
men
te s
ign
ific
ativ
o n
o n
ível
de
per
cep
ção
de
com
pet
ênci
a do
s par
tici
pan
tes
em t
od
as
as c
inco
clu
ster
s. O
s par
tici
pan
tes
rela
tara
m u
m a
um
ento
no
seu
nív
el d
e co
nhec
imen
to e
hab
ilid
ade
em t
odas
as
28
zon
as.
O p
ré-t
este
esc
ore
méd
io s
om
ando
to
das
as
área
s fo
i d
e 80
,38;
a
esco
re t
ota
l p
ós-
test
e m
édia
foi
112
,17
, p
ara
um
au
men
to m
édio
de
32 p
on
tos.
Qu
ando
con
vid
ado a
ref
leti
r so
bre
com
o e
les
hav
iam
cre
scid
o p
rofi
ssio
nal
men
te a
par
tir
de
par
- pan
do
no
pro
gra
ma,
as
resp
ost
as m
ais
com
un
s par
ecem
rel
acio
nar
co
m u
m g
anh
am e
m
auto
con
fian
ça,
que
po
r su
a v
ez p
arec
ia t
radu
zir-
se n
um
a m
ais
fort
e c
onv
icçã
o p
rofi
ssio
nal
e u
m r
essu
rgim
ento
da
ener
gia
e e
ntu
sias
mo e
m r
elaç
ão a
edu
caçã
o i
nfa
nti
l. A
dec
lara
ção
, ""
Eu
me
sin
to m
uit
o m
ais
con
fian
te c
om
o u
m e
du
cado
r d
e in
fânci
a, "
"foi
ecoad
a p
or
muit
os
do
s p
arti
cip
ante
s em
suas
ref
lex
ões
. E
les
apar
ecer
am a
pro
cura
r, e
en
contr
ar a
po
io e
ref
orç
os
men
to
par
a, m
uit
as d
as p
ráti
cas
que
eles
hav
iam
est
abel
ecid
o p
or
mei
o d
a ex
per
iênci
a.
E,
em u
ma
bas
e m
ais
amp
la, p
arti
cip
ação
e c
oncl
usã
o d
o m
estr
ado
pro
gra
ma
de
refo
rço
da
auto
esti
ma.
Rel
acio
nad
o c
om
est
as p
erce
pçõ
es
fora
m d
ecla
raçõ
es s
ob
re o
au
men
to d
a co
mp
reen
são
po
siçã
o e
con
seq
uen
te m
elh
ori
a d
e h
abil
idad
es i
nte
rpes
soai
s. M
uit
os
com
enta
ram
sob
re a
nat
ure
za
po
siti
va
do
pro
cess
o d
e g
rupo e
o c
resc
imen
to e
xp
erim
enta
do p
or
mei
o d
e in
tera
ções
de
gru
po
. D
e u
m m
odo s
emel
han
te,
outr
os
par
tici
pan
tes
fala
ram
de
sua
mai
or
asse
rtiv
idad
e, m
ais
pro
fiss
ional
co
mpo
rtam
ento
, e
sua
von
tade
de
def
end
er a
s cr
ian
ças
e o
s p
rofi
ssão
. ""
Est
iquei
est
e an
o""
, d
isse
um
alu
no
. ""
Saí
co
m a
mb
os
pés
e n
ão c
aiu
. N
a v
erd
ade,
eu
vo
ei!
""O
utr
o
estu
dan
te c
aptu
rou a
sen
tim
ento
s d
e m
uit
os
quan
do
ela
co
men
tou
: ""
Eu
est
ava
mo
rren
do
len
tam
ente
pro
fiss
ional
men
te
--E
u E
stav
a em
um
bar
ranco
. V
ocê
abri
u m
eus
olh
os,
au
men
tou
min
ha
auto
esti
ma,
e m
e m
oti
vou
a s
e en
volv
er e
m q
ues
tões
da
pri
mei
ra i
nfâ
nci
a. "
Tre
ze p
rofe
sso
res
e 9 d
iret
ore
s de
cen
tro
s H
ead S
tart
com
pu
sera
m a
am
ost
ra-a
lvo
par
a es
te e
stu
do
. E
stes
in
div
íduos
fora
m s
elec
ionad
os
de
um
gru
po
de
31 p
arti
cipan
tes
na
form
ação
inic
ial
Lid
eran
ça I
nfâ
nci
a P
rog
ram
a p
orq
ue
eles
tin
ham
a r
espo
nsa
bil
idad
e de
sup
erv
isão
im
edia
ta p
ara
a q
ual
idad
e das
prá
tica
s d
e en
sino
em
suas
res
pec
tiv
as s
alas
de
aula
ou c
entr
os.
Os
ind
ivíd
uos
fora
m t
od
as a
s m
ulh
eres
, ti
nha
trab
alh
ado n
o c
amp
o d
a ed
uca
ção
na
pri
mei
ra i
nfâ
nci
a sã
o u
ma
méd
ia d
e 12
an
os,
tev
e re
spon
sab
ilid
ades
fam
ilia
res,
e f
ora
m e
m g
eral
in
cert
os
sob
re s
ua
capac
idad
e ac
adêm
ica.
Par
a fo
rnec
er d
ado
s d
e co
mp
araç
ão,
um
nú
mer
o i
gual
de
dir
eto
res
Hea
d S
tart
e p
rofe
sso
res
de
chu
mbo q
ue
não
rec
eber
am t
rein
ame
nto
fo
ram
co
nv
idad
os
a par
tici
par
em
o e
stud
o.
Est
es
volu
ntá
rio
s fo
ram
so
lici
tado
s po
r m
eio
de
cart
as e
nv
iadas
a H
ead
Sta
rt p
rogra
mas
em
Ch
icag
o e
po
r co
nta
tos
pes
soai
s. T
abel
a I
(p. 58
2)
pró
- v
ides
um
res
um
o d
as c
arac
terí
stic
as d
o g
rupo
-
alv
o d
e fu
nd
o (
aqu
eles
rec
eben
do
tre
inam
ento
) e o
gru
po
de
com
par
ação
. U
m t
este
T f
oi
real
izad
a nas
var
iáv
eis
de
bas
e ob
serv
adas
na
Tab
ela
1 p
ara
dis
cern
ir s
e ho
uv
e es
tati
stic
amen
te
dif
eren
ças
sig
nif
icat
ivas
entr
e o
gru
po a
lvo
e o
gru
po
de
com
par
ação
ante
s do
cic
lo d
e tr
ein
amen
to c
om
eço
u.
Em
to
das
as
área
s, n
ão d
ifere
m e
stat
isti
cam
ente
e s
ignif
icat
ivam
ente
à t
on
a.
" "Ap
esar
des
tas
lim
itaç
ões
, o
s re
sult
ado
s d
este
est
ud
o f
orn
ecem
ev
idên
cia
par
a ap
oia
r a
afir
maç
ão d
e qu
e o
dir
eto
r d
e u
m p
rog
ram
a de
pri
mei
ra i
nfâ
nci
a é
in-
escr
itu
ra "
"gu
ard
iã d
e
qual
idad
e.""
Am
bo
s o
s dad
os
qu
anti
tati
vo
s e
qu
alit
ativ
os
ates
tam
o i
mp
acto
ev
iden
te q
ue
o p
rog
ram
a d
e tr
ein
amen
to t
eve
sob
re o
pro
gra
ma
dir
eto
res
qu
e, p
or
sua
vez
, p
rom
ov
eu m
udan
ças
no a
mb
iente
de
trab
alho
par
a o c
orp
o d
oce
nte
. E
ste
esfo
rço
de
inte
rven
ção p
arec
e te
r m
elho
rad
o a
com
pet
ênci
as d
e su
per
vis
ão e
de
lider
ança
do
s par
tici
pan
tes.
Con
tinuaç
ão p
rofi
ssio
nal
izaç
ão d
o c
amp
o d
a p
rim
eira
in
fân
cia
terá
que
ter
pre
par
ação
e t
rein
amen
to d
e dir
eto
res
e ou
tro
s ad
min
istr
ado
res,
co
mo
bem
co
mo
os
pro
fess
ore
s q
ue
asp
iram
a
po
siçõ
es d
e li
der
ança
. E
ssa
form
ação
, co
mo e
ste
estu
do
sug
ere,
dev
e ben
efic
iar
tan
to o
s p
rofi
ssio
nai
s en
volv
ido
s e
os
filh
os
mat
ricu
lado
s em
su
as s
alas
de
aula
.
"
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS
FUTUROS
RESULTADOS METODO
117
Jane
Ste
war
t, e
t al
(2
000
)
"Est
e tr
abal
ho
rev
isa
a li
tera
tura
so
bre
au
to-
aval
iaçã
o e
dis
cute
as
pes
quis
as q
ual
itat
ivas
de
peq
uen
a es
cala
que
exp
lora
ram
o t
erm
o c
om
pet
ênci
a, m
edid
as ú
teis
em
um
a es
cala
de
auto
aval
ição
. A
pre
ciaç
ão,
de
com
pet
ênci
a sã
o t
erm
os
úte
is p
ara
ofe
rece
r in
form
açõ
es q
ue
exp
ress
am c
ren
ças
sob
re a
sua
cap
acid
ade
par
a re
aliz
ar o
seu
tra
bal
ho
. E
ste
estu
do
an
alis
a o
qu
e as
pes
soas
sab
iam
sob
re a
sua
cap
acid
ade
e se
bas
eou
na
exp
eriê
nci
a an
teri
or
do i
ndiv
íduo
sob
re a
tar
efa.
" Os
auto
res
sug
erem
que
o p
roce
sso
de
aval
iar
a si
mes
mo é
com
pli
cad
o,
e po
r su
a p
róp
ria
nat
ure
za n
unca
po
de
ser
obje
tiv
a ou l
ivre
das
cre
nça
s e
val
ore
s in
div
íduo
s d
etêm
cer
ca d
e si
.
Po
rtan
to i
nst
rum
ento
s d
e au
to a
val
iaçã
o s
ão m
ais
uti
liza
do
s par
a aj
ud
ar a
ind
icaç
ão a
nal
isar
suas
prá
tica
s de
trab
alho
e p
ara
pro
mov
er r
eaçã
o n
o d
esem
pen
ho
. E
les
não
dev
em s
er u
tili
zado
s
par
a ju
lgar
o `
pre
cisã
o"
da
aval
iaçã
o d
o i
nd
ivíd
uo.
" Usa
mo
s u
ma
técn
ica
Del
ph
i p
ara
iden
tifi
car
o t
aref
as e
co
mp
etên
cias
qu
e o
s su
per
vis
ore
s ed
uca
cio
nai
s p
ara
torn
ar o
tra
bal
ho
de
pré
reg
isto
. N
a fa
se 2
foi
uti
liza
do
um
est
ud
o q
ual
itat
ivo
em p
equen
a es
cala
(v
er T
abel
a 1
) p
ara
explo
rar
o v
alo
r do
s te
rmos
`de
com
pet
ênci
a 'c
om
o m
edid
as d
e p
erce
pçã
o d
e su
a ca
pac
idad
e p
ara
uso
em
no
sso i
nst
rum
ento
de
auto
av
alia
ção
.
Tín
ham
os
iden
tifi
cado
as
ativ
idad
es d
o t
rab
alho (
tare
fas)
e a
s hab
ilid
ades
pes
soai
s nec
essá
rias
par
a fu
nci
on
ar d
entr
o d
o t
rab
alho (
hab
ilid
ades
) e,
po
rtan
to, nec
essá
rio
s p
ara
cria
r es
cal
as p
ara
as d
uas
tar
efas
e h
abil
idad
es.
As
med
idas
obje
tiv
as 'n
ão s
eria
m a
tingív
eis
pel
as r
azõ
es a
ludid
as a
cim
a, m
as a
s no
ssas
esc
alas
nec
essá
rias
par
a m
edid
as r
eais
e s
ign
ific
ativ
os
de
cap
acid
ade
e
pro
gre
ssão
. P
or
con
segu
inte
, a
esca
la t
eve
de
ser
lin
ear
e, m
eno
s bip
ola
r (p
or
exem
plo
, de
'bo
m' p
ara
`mau
'). Já
mo
stra
mo
s q
ue
as p
rinci
pai
s m
udan
ças
repo
rtad
as
par
a o
s de
casa
s ao
long
o
do a
no f
ora
m a
per
cep
ção d
o n
ível
de
apo
io q
ue
era
nec
essá
rio
par
a at
ingir
prá
tica
co
mp
eten
te e
um
a re
du
ção e
m s
uas
an
sied
ades
.
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
118
Giu
sepp
e B
erio
(200
5)
Per
mit
ir m
over
-se
par
a té
cnic
as d
e en
gen
har
ia, d
e co
nh
ecim
ento
e t
ecn
olo
gia
s, a
fim
de
aum
enta
r a
flex
ibil
idad
e (a
lter
açõ
es e
m c
om
pet
ênci
as),
o u
so e
a i
mple
men
taçã
o (
po
r ex
emplo
, co
m
alg
um
as t
ecn
olo
gia
s w
eb r
elac
ion
adas
co
m a
onto
logia
[G
uar
ino
, 95
]),
de
um
a co
mp
etên
cia
em s
iste
ma
de
info
rmaç
ão d
e ges
tão.
Par
a es
te o
bje
tiv
o,
po
r u
m l
ado
, an
alis
ou
-se
a li
tera
tura
sob
re f
erra
men
tas
de
ges
tão
de
com
pet
ênci
as e
xis
tente
e a
pli
caçã
o d
e ab
ord
agen
s té
cnic
as d
e co
nh
ecim
ento
(qu
e es
tam
os
clas
sifi
cand
o n
a aq
uis
ição
de
con
hec
imen
to, c
on
hec
imen
to e
xtr
ação
e té
cnic
as d
e ra
cio
cínio
). P
or
ou
tro
lad
o,
inv
esti
ga-s
e té
cnic
as d
e co
nhec
imen
to q
ue
pod
em s
er u
sad
as e
m d
ireç
ão a
o o
bje
tivo
.
"Na
lite
ratu
ra,
div
erso
s tr
abal
ho
s d
e p
esq
uis
a es
tav
am i
nte
ress
ado
s n
a ap
lica
ção d
e té
cnic
as p
ara
des
env
olv
er c
onh
ecim
ento
e c
om
pet
ênci
a d
e g
estã
o.
Est
e tr
abal
ho
ref
erên
cia
os
vár
ios
pro
cess
os
de
ges
tão
de
com
pet
ênci
as. E
las
cost
um
am u
sar
um
a li
ngu
agem
fo
rmal
(L
D,
F-L
ogic
, X
ML
, et
c.)
par
a d
efin
ir u
ma
met
odo
logia
de
com
pet
ênci
a e
par
a ra
cio
cin
ar s
ob
re e
le.
Par
a
sim
pli
fica
r a
com
pet
ênci
a ex
iste
a a
val
iaçã
o, el
es u
sam
mét
odo
s par
a ex
trai
r co
mpet
ênci
as a
dq
uir
idas
a p
arti
r de
do
cum
ento
s re
laci
on
adas
co
m i
ndiv
íduo
s, s
eus
inte
ress
es o
u a
s ta
refa
s que
des
empen
ham
. F
inal
men
te, par
a re
cup
erar
um
a co
rres
pon
dên
cia
sem
ânti
ca e
ntr
e p
erfi
s ex
igid
os
e ad
quir
idas
, el
es p
ropõ
em a
lgo
ritm
os
bas
eado
s em
dis
tân
cias
sem
ânti
cas.
No
en
tanto
, el
es
pri
ori
zar
um
tip
o d
e p
roce
sso
s en
tre,
id
enti
fica
ção
, av
alia
ção
e a
qu
isiç
ão.
Ele
s sã
o,
po
r v
ezes
, m
odu
lare
s co
m r
espei
to à
mo
del
ação
co
mpet
ênci
a; p
or
exem
plo
, el
es n
ão
dis
ting
uir
en
tre
com
pet
ênci
as e
qu
alif
icaç
ão, ou
a d
isp
on
ibil
idad
e e
com
pet
ênci
as;
eles
mal
dis
ting
uir
entr
e co
mp
etên
cias
req
uer
idas
e a
dqu
irid
as.
" " "O m
od
elo C
RA
I su
ger
e qu
e h
á dois
ele
men
tos
pri
nci
pai
s n
eces
sári
os
par
a a
mo
del
agem
de
com
pet
ênci
as:
o m
od
elo d
e em
pre
sa [
Ver
nad
at, 9
6],
que
forn
ece
a ra
zão p
ara u
ma
com
pet
ênci
a
e a
def
iniç
ão d
a p
róp
ria
com
pet
ênci
a. A
def
iniç
ão d
a co
mp
etên
cia
nec
essá
ria
pod
e se
r ab
ord
ada u
sand
o o
nto
logia
s, o
u s
eja,
a in
trod
uçã
o d
e u
ma
onto
logia
ex
plí
cita
das
co
mp
etên
cias
requ
erid
as [
Po
sea,
04
], [
Vas
con
celo
s, 0
3],
[C
olu
cci,
03
]. E
sta
com
pet
ênci
a de
on
tolo
gia
po
de
aind
a se
r co
mpo
sto
po
r u
ma
on
tolo
gia
esp
ecíf
ica
e u
ma
onto
logia
de
refe
rênci
a (p
or
exem
plo
,
[ V
asco
nce
los,
03
]).
Par
a d
efin
ir c
om
pet
ênci
as o
mai
s p
ráti
co é
rel
acio
nad
o c
om
a u
so d
e E
ntr
evis
ta (
estr
utu
rado
s o
u n
ão,
cole
tad
os
auto
mat
icam
ente
) [L
ey, 03
].
As
razõ
es p
ara
um
a co
mp
etên
cia
(ist
o é
, nes
te c
onte
xto
, p
or
isso
é n
eces
sári
a um
a co
mp
etên
cia)
: E
ste
asp
ecto
car
acte
riza
as
com
pet
ênci
as n
eces
sári
as d
e ac
ord
o c
om
a m
issã
o o
u p
ara
o
obje
tiv
o a
ati
ng
ir.
On
tolo
gia
é f
requ
ente
men
te r
epre
sen
tado
em
alg
um
as l
ógic
as d
e d
escr
ição
mes
mo
no
con
tex
to d
e m
odel
agem
co
mp
etên
cia
[Colu
cci,
03
]. E
sta
rep
rese
nta
ção
lóg
ica
per
mit
e o u
so d
e co
mp
etên
cias
e p
ropo
rcio
na
um
supo
rte
par
a a
evo
luçã
o c
om
pet
ênci
a
24
Ber
io G
., H
arza
llah
M .
: G
estã
o d
o C
onh
ecim
ento
par
a G
estã
o d
e C
om
pet
ênci
as
pel
o e
xem
plo
, m
ecan
ism
o d
e cl
assi
fica
ção
auto
mát
ica.
In
scri
ção l
óg
icas
tam
bém
pod
e se
r ad
equad
o
par
a a
mod
elag
em d
e d
efin
ição
inco
mp
leta
de
com
pet
ênci
as [
Co
lucc
i, 0
3].
" "Co
m b
ase
na
clas
sifi
caçã
o e
rea
liza
da
a an
ális
e de
ob
ras
exis
tente
, par
ece
inte
ress
ante
par
a nó
s par
a fo
rnec
er u
ma
rep
rese
nta
ção u
nif
icad
a d
e u
ma
arqu
itet
ura
co
nce
itu
al a
po
iar
os
div
erso
s p
roce
sso
s d
e ges
tão d
e co
mpet
ênci
as.
Est
a ar
quit
etu
ra i
nte
gra
tan
to a
lit
erat
ura
rev
isad
a (r
efer
ênci
a co
mp
etên
cia
onto
logia
, onto
logia
com
pet
ênci
a de
ges
tão
, si
stem
a d
e e-l
earn
ing,
etc.
) e
do C
RA
I
"
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
119
"JA
SO
N F
eRT
Ig g
eRA
LD
ZeI
TZ
gA
RY
BL
AU
" Nes
te a
rtig
o,
des
crev
em u
ma
abo
rdag
em à
cer
tifi
caçã
o q
ue
sug
erim
os
que
pod
e se
rvir
de
bas
e p
ara
a p
esq
uis
a em
pír
ica,
bem
com
o a
ap
lica
ção
úti
l. E
spec
ific
amen
te,
pro
po
mo
s q
ue
a
cert
ific
ação
tem
um
ou
do
is g
um
es c
arac
tere
(cf
. A
shfo
rth
& g
ibb
s, 1
990
; K
lein
er,
2006
). P
or
um
lad
o,
o s
eu p
rop
ósi
to d
ecla
rad
o é
ate
star
a c
om
pet
ênci
a do
tra
bal
had
or,
pro
mov
er o
des
envo
lvim
ento
do
s co
labo
rado
res
e, f
inal
men
te,
mel
ho
rar
o d
esem
pen
ho
de
trab
alho
(K
lein
er,
20
06;
Liv
ingo
od
& A
uld
, 20
01;
Ray
mon
d,
2001
). I
sto
pod
e se
r re
feri
do
co
mo
"se
r bo
m"
(cf.
gio
ia &
Co
rley
, 2002
). P
or
ou
tro
lad
o, a
s ce
rtif
icaç
ões
são
po
tente
s sí
mb
olo
s qu
e po
dem
ser
usa
do
s p
elo
s tr
abal
had
ore
s p
ara
obte
r em
pre
go
s e
salá
rio
s m
ais
elev
ado
s e
pel
os
emp
regad
ore
s
par
a an
gar
iar
pre
stíg
io e
in
fluên
cia.
Est
a fu
nçã
o p
ode
ser
cham
ada
de
"bonit
o"
Cer
tifi
caçõ
es s
ão s
usc
eptí
vei
s de
aum
enta
r a i
mp
ort
ânci
a d
as a
pti
dõ
es d
os
emp
reg
ado
s em
pre
val
ênci
a e
os
trab
alh
ado
res
cada
vez
to
rnam
-se
mai
s m
óvei
s e
as o
rgan
izaç
ões
cad
a v
ez m
ais
recr
uta
m d
e lo
cais
dis
tan
tes
e p
ouco
co
nh
ecid
os
e co
nfi
am n
os
serv
iço
s d
e p
rov
edo
res.
Cer
tifi
caçõ
es d
e te
rcei
ros
forn
ece
m u
ma
man
eira
co
nv
enie
nte
e r
elat
ivam
ente
bar
ata
par
a es
tim
ar a
nat
ure
za e
a q
ual
idad
e das
com
pet
ênci
as. N
o e
nta
nto
, o a
um
ento
de
cert
ific
açõ
es, p
od
e si
gn
ific
ar u
ma
ten
dên
cia
par
a im
pla
ntá
-las
co
mo
sím
bolo
s p
ara
gan
har
pre
stíg
io, p
od
er e
rec
om
pen
sas.
Lid
ar c
om
iss
o s
erá
um
des
afio
con
stan
te p
ara
aqu
eles
que
des
ejam
man
ter
a in
teg
rid
ade
e a
efic
ácia
do
s si
stem
as d
e ce
rtif
icaç
ão.
Par
a te
r ce
rtez
a, m
uit
os
fato
res
técn
ico
s e
inst
itu
cion
ais
estã
o e
nvo
lvid
os
em s
iste
mas
de
cert
ific
ação
, co
mo
fo
i des
env
olv
ido p
or
mu
ito
s au
tore
s (H
ale,
200
0;
Ray
mo
nd
, 20
01
). N
este
art
igo
, su
ger
imo
s a
olh
ar p
ara
a nat
ure
za d
as m
oti
vaç
ões
env
olv
idas
na
obte
nçã
o e
uti
liza
ção
de
cert
ific
açõ
es.
Sug
erim
os
que
um
a m
aio
r m
oti
vaç
ão i
nte
rna
entr
e to
das
as
par
tes
po
de
me
lho
rar
suas
fin
alid
ades
pre
tend
idas
e m
ante
r so
b c
ontr
ole
a
ten
dên
cia
par
a u
sá-l
os
apen
as p
elo
seu
val
or
sim
bóli
co.
"A c
red
enci
al d
o ter
mo
é p
or
vez
es u
tili
zado
na
lite
ratu
ra c
om
o u
ma
cate
go
ria
mai
s ger
al q
ue
com
pre
end
e o
s ti
po
s v
olu
ntá
rio
s e
ob
rig
ató
rio
s (A
sso
ciaç
ão A
mer
ican
a de
pes
quis
a ed
uca
cion
al
de
ver
: w
ww
.aer
a.net
). P
refe
rim
os
não
usa
r cr
eden
ciai
s n
esse
sen
tido
po
rque
tem
ou
tro
sig
nif
icad
o, u
sado n
este
art
igo
. N
a se
guin
te d
iscu
ssão
, n
ós
usa
mo
s o
ter
mo
cer
tifi
caçã
o p
ara
refe
rir-
se a
hab
ilid
ade
de
terc
eiro
s fo
rmal
con
junto
tes
tam
ento
s se
jam
vo
luntá
rio
s o
u o
bri
gat
óri
os.
"As
dec
lara
ções
qu
e fi
zem
os
nes
te a
rtig
o p
reci
sam
ser
exam
inad
as e
mp
iric
amen
te.
Esp
ecif
icam
ente
, a
inv
esti
gaç
ão d
eve
inves
tig
ar o
s ti
po
s e
a fo
rça
das
mo
tiv
açõ
es p
ara
cert
ific
ação
,
fato
res
que
ger
am e
ssas
moti
vaç
ões
e s
eus
efei
tos
sob
re o
fun
cion
amen
to d
o p
roce
sso
de
cert
ific
ação
. Is
to i
ncl
uir
ia m
oti
vaç
õe
s en
tre
os
trab
alh
ado
res
que
bu
scam
a e
les,
os
emp
regad
ore
s
que
os
usa
m,
as a
sso
ciaç
ões
pro
fiss
ion
ais
que
pat
roci
nam
e d
efen
dem
os
fun
cion
ário
s nas
agên
cias
de
cert
ific
ação
que
forn
ecê-l
os.
A r
elaç
ão e
ntr
e ti
po
s de
mo
tivaç
ão p
ara
cert
ific
ar e
ori
enta
ções
de
trab
alho
tam
bém
dev
e se
r in
ves
tigad
a. W
rzes
nie
wsk
i, M
cCau
ley
, R
ozi
n e
Sch
war
tz (
1997
) des
crev
em t
rês
dif
eren
tes
ori
enta
ções
, as
pes
soas
pod
em t
er n
a d
ireç
ão d
e se
u t
rab
alho
: co
mo u
m e
mp
reg
o,
um
a ca
rrei
ra o
u u
ma
vo
caçã
o.
Tra
bal
ho é
vis
to c
om
o u
m t
rab
alho
, se
o i
nte
ress
e p
rim
ário
é o
s b
enef
ício
s
mat
eria
is f
orn
ecid
os.
Ess
a o
rien
taçã
o p
arec
e g
erar
a f
orm
a d
e m
oti
vaç
ão p
ara
cert
ific
ar a
ch
amad
a re
gu
laçã
o e
xte
rna.
É p
edid
a a
cert
ific
ação
só p
ara
gan
har
rec
om
pen
sas
extr
ínse
cas
com
o
mai
or
rem
uner
ação
. U
ma
carr
eira
ori
enta
ção
sig
nif
ica
os
po
nto
s de
vis
ta d
a p
esso
a se
u t
rab
alho
co
mo
um
mei
o d
e ad
quir
ir s
tatu
s so
cial
mai
s el
evad
o, po
der
e a
uto
esti
ma
do
tra
bal
ho.
Ess
a
ori
enta
ção
par
ece
pro
váv
el g
erar
a f
orm
a d
e m
oti
vaç
ão r
efer
ida
com
o id
enti
fica
do
o R
egula
men
to. C
erti
fica
ção
iri
a se
r p
erse
gu
ida
pri
nci
pal
men
te c
om
o u
m m
eio
de
con
stru
ção
de
auto
esti
ma
e st
atu
s so
cial
. T
rab
alho
é v
isto
co
mo u
ma
voca
ção
se
for
feit
o p
ara
a sa
tisf
ação
e a
sat
isfa
ção
pro
po
rcio
na,
bem
com
o s
uas
con
trib
uiç
ões
ao
s cl
iente
s e
à so
cied
ade.
Tal
um
a o
rien
taçã
o
par
ece
incl
inar
a p
esso
a em
dir
eção
a m
oti
vaç
ões
alt
amen
te i
nte
rnas
par
a ce
rtif
icaç
ão:
inte
gra
da
extr
ínse
ca e
a m
oti
vaç
ão i
ntr
ínse
ca.
"
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
120
John
Nic
holl
s 199
4
"A l
ider
ança
est
raté
gic
a da
org
aniz
ação
tam
bém
aju
da
a co
mple
tar
esta
lac
una,
co
loca
ndo u
ma
ênfa
se i
gu
al e
m c
amin
ho
- d
esco
ber
ta e
con
stru
ção d
e cu
ltu
ra [
4].
Ass
im,
tal
com
o d
escr
ito
nu
m c
om
pan
hei
ro a
rtig
o,
em o
utr
os
lugar
es [
5],
a l
ider
ança
est
raté
gic
a es
trel
as -
com
val
or
par
a o c
lien
te e
m s
eu c
ora
ção –
tem
evo
luír
am p
ara r
eun
ir t
od
os
os
conce
ito
s e
técn
icas
aci
ma
refe
rido
s nu
m q
uad
ro c
once
ptu
al.
Isto
tem
foi
enco
ntr
ado
um
gu
ia ú
til
par
a o
s g
esto
res
na
sua
estr
atég
ica
Lid
eran
ça. C
om
o p
ode
ser
vis
to n
a F
igu
ra 1
, o o
bje
tivo
cen
tral
no
co
raçã
o d
a es
trel
a es
trat
égic
o lid
eran
ça é
a e
ntr
ega
de
val
or
par
a o
cli
ente
. T
al c
om
o m
ost
rado
, est
e re
qu
er r
adic
al m
udan
ças
de
par
adig
ma
em d
ireç
ão a
am
bo
s o
s p
ovo
s e
os
clie
nte
s qu
e vai
pra
tica
men
te v
irar
a o
rgan
izaç
ão d
e ca
beç
a p
ara
bai
xo e
do
av
ess
o.
Tra
zend
o o
cli
ente
no
cen
tro
da
org
aniz
açã
o é
rei
vin
dic
ada
po
r A
lbre
cht
[6]
par
a se
r a
mai
s im
po
rtan
te p
rio
ridad
e d
e q
ual
qu
er o
rgan
izaç
ão. Is
to c
oin
cid
e co
m a
sug
estã
o, fe
ita
ante
rio
rmen
te
em o
utr
o l
ug
ar [
7],
ess
e v
alo
r p
ara
o c
lien
te f
oi,
de
fato
, a
mel
ho
r ex
pre
ssão
da
unid
ade
fund
amen
tal
po
r tr
ás d
a ev
olu
ção
do
TQ
M.
Isto
é, in
tere
ssan
te n
ota
r qu
e es
ta v
isão
em
erg
ente
é, de
fato
, u
ma
indic
ação
de
con
tençã
o d
e P
eter
Dru
cker
[8
], f
eita
pel
a p
rim
eira
vez
mai
s d
e 40
ano
s at
rás,
qu
e ""
só h
á u
ma
def
iniç
ão v
álid
a da
fin
alid
ade
do n
egó
cio:
cria
r u
m c
lien
te "
".
" "A e
stre
la e
stra
tégic
a li
der
ança
olh
a es
trat
égia
a p
arti
r de
um
a p
ersp
ecti
va
de
lid
eran
ça.
A l
ider
ança
est
raté
gic
a da
org
aniz
ação
req
uer
igual
ate
nçã
o t
anto
cam
inho
e c
on
stru
ção d
e cu
ltu
ra.
Isto
sig
nif
ica
que,
na
real
izaç
ão d
o p
apel
de
lid
eran
ça,
form
ula
ção
e e
stra
tég
ia d
e im
ple
men
taçã
o n
ão s
ão s
equ
enci
ais
e se
par
ada,
mas
são
sub
sum
ido
s nas
ati
vid
ades
de
lid
era
nça
com
ple
men
tare
s de
cam
inh
o e
con
stru
ção d
e cu
ltu
ra.
Da
mes
ma
form
a, u
ma
per
spec
tiv
a d
e li
der
ança
aju
da
a fo
rnec
er u
m q
uad
ro e
m q
ue
se r
elac
ion
ar c
om
os
muit
os
no
vo
s co
nce
ito
s e
técn
icas
dec
orr
ente
s d
a ev
olu
ção
da
estr
atég
ica
pen
sando
e do
cam
po
em
ráp
ida
evolu
ção
da
mu
dan
ça g
estã
o.
Par
a g
aran
tir
o s
uce
sso
com
pet
itiv
o e
m r
ápid
a m
udan
ça d
e h
oje
am
bie
nte
de
neg
óci
os
po
r m
eio
de
um
des
empen
ho a
deq
uad
o d
e o p
apel
de
lider
ança
est
raté
gic
a, a
ges
tão
de
qual
qu
er
org
aniz
ação
dev
e p
rim
eiro
faz
er d
ois
par
adig
mas
esse
nci
al t
urn
os.
Est
es e
nv
olv
em m
ud
ança
s fu
nd
amen
tais
na
man
eira
ele
s p
ensa
m e
se
com
po
rtam
em
rel
ação
a a
mbas
as
pes
soas
e
" " "Est
e ar
tigo
an
alis
a o
s co
mpon
ente
s da
estr
ela
em p
orm
eno
res.
Ind
ivid
ual
men
te,
eles
ten
dem
a s
er c
ois
as q
ue
par
ecem
sen
sata
s, m
as e
stão
apto
s a
per
der
fo
rça
um
a vez
qu
e o
""s
ab
or
do
mês
"" s
e es
goto
u.
Olh
ou
em
no
co
nte
xto
da
estr
ela,
no
en
tanto
, qu
e ca
da
um
del
es
des
empen
har
o s
eu p
apel
em
um
quad
ro g
lobal
que
tem
um
a ló
gic
a co
nv
ince
nte
, co
m u
m c
om
pet
itiv
o
clar
o.
" "Par
a g
aran
tir
o s
uce
sso
co
mp
etit
ivo
em
ráp
ida
mud
ança
de
hoje
am
bie
nte
de
neg
óci
os,
po
r u
m d
esem
pen
ho
ad
equ
ado
de
o p
apel
de
lid
eran
ça e
stra
tégic
a, a
ges
tão
de
qu
alqu
er o
rgan
izaç
ão
dev
e p
rim
eiro
faz
er d
ois
par
adig
mas
esse
nci
al t
urn
os.
Est
es e
nv
olv
em m
ud
ança
s fu
nd
amen
tais
na
man
eira
ele
s pen
sam
e s
e co
mpo
rtam
em
rel
ação
a a
mb
as a
s p
esso
as e
cli
ente
s.
Um
a vez
qu
e es
sas
mud
ança
s d
e p
arad
igm
a tê
m s
ido
ab
sorv
idas
pel
a h
iera
rquia
de
ges
tão
inte
ira,
de
cim
a p
ara
bai
xo
, a
org
aniz
ação
pode
com
eçar
a f
azer
as
mudan
ças
nec
essá
rias
par
a
imple
men
tar
um
con
junto
de
prá
tica
s q
ue
sup
ort
am o
nov
o p
ensa
ndo
. Ju
nto
s, e
stes
irã
o a
sseg
ura
r qu
e a
org
aniz
ação
é v
olt
ada
par
a al
can
çar
o s
uce
sso
co
mpet
itiv
o p
ela
entr
ega
de
um
val
or
super
ior
ao c
lien
te.
A e
stre
la e
stra
tégic
a m
udan
ça é
um
gu
ia c
on
ceit
ual
, dan
do
co
erên
cia
par
a a
gra
nd
e v
arie
dad
e de
con
ceit
os
mod
ern
os
e té
cnic
as p
ara
qu
e o
s ges
tore
s dev
em d
edic
ar s
uas
ener
gia
s.
"
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
121
Sh
elle
y D
. D
ion
ne
e F
ranci
s J.
Yam
mar
ino
(2
004
)
"Co
mo
tal
, n
ós
dis
cuti
mo
s a
lid
eran
ça t
ran
sfo
rmac
ion
al c
om
o t
eori
a pod
e fo
rnec
er u
m q
uad
ro n
o q
ual
a i
nv
esti
gar
o i
mp
acto
de
um
líd
er n
o d
esem
pen
ho
da
equip
e.
Po
stu
lam
os
qu
e a
infl
uên
cia
idea
liza
da
/ m
oti
vaç
ão in
spir
ada,
est
ímu
lo inte
lect
ual
e c
on
sider
ação
ind
ivid
ual
izad
a p
od
eria
pro
du
zir
resu
ltad
os
inte
rmed
iári
os,
tai
s co
mo
vis
ão c
om
par
tilh
ada,
equ
ipe
com
pro
mis
so, u
m a
mb
ien
te d
e eq
uip
e h
abil
itad
a e
con
flit
o e
qu
ipe
fun
cion
al. P
or
sua
vez
, es
tes
resu
ltad
os
inte
rméd
ios
po
dem
afe
tar
po
siti
vam
ente
a e
qu
ipe
de
com
un
icaç
ão, co
esão
e co
nfl
ito g
estã
o.
Imp
lica
ções
par
a o
des
envo
lvim
ento
da
equ
ipe,
tre
inam
ento
da
equip
e e
estr
utu
ra d
a eq
uip
e sã
o a
pre
senta
das
.
" "Per
spec
tiv
as d
e v
ário
s nív
eis
em d
esen
vo
lvim
ento
teo
ria
mel
ho
rar
a n
oss
a co
mp
reen
são
da
com
ple
xid
ade
das
equ
ipes
, rec
on
hec
endo
a im
po
rtân
cia
de
del
inea
r re
laçã
o e
ntr
e as
car
acte
ríst
icas
do
s in
div
ídu
os,
dup
las
e g
rupo
s (Y
AM
MA
RIN
O, 19
96
;. Y
amm
arin
o e
t ai
, 1
998
). E
m ú
ltim
a an
ális
e, e
stes
de
nív
el m
últ
iplo
per
spec
tiva
sco
uld
pro
mo
te b
ette
r le
ader
ship
/ tea
m p
erfo
rman
ce
pro
cess
mod
els.
Alg
um
as q
ues
tões
ori
enta
das
à p
ráti
ca e
nvo
lvem
tip
os
de
equ
ipes
e m
emb
ro d
a eq
uip
e ca
ract
erís
tica
s. C
on
sider
ação
das
equ
ipes
em
tod
os
os
nív
eis
den
tro
da
org
aniz
ação
, das
pri
nci
pai
s
equ
ipes
de
ger
enci
amen
to p
ara
equ
ipes
de
pro
duçã
o,
pod
eria
ref
inar
ain
da
mai
s u
ma
lid
eran
ça /
des
emp
enh
o d
a eq
uip
e m
od
elo
co
nce
itu
al.
Av
alia
ção
de
qu
ais
os
tipo
s d
e am
bie
nte
s ou
fato
res
da
equip
e pod
em a
feta
r o
s p
roce
sso
s d
e tr
abal
ho
em
equ
ipe
e des
emp
enh
o t
amb
ém p
oder
ia s
er b
enéf
ico,
com
o e
vid
ênci
a m
ost
ra q
ue
a eq
uip
e co
mpar
tilh
ada
mo
del
os
men
tais
e
pro
cess
os
de
com
un
icaç
ão p
od
em s
er a
feta
do
s p
ela
no
vel
a co
ntr
a ro
tin
a am
bie
nte
s (M
ark
s et
al.
, 20
00
). I
nves
tigan
do
ess
as q
ues
tões
po
der
iam
mel
ho
rar
pra
tica
nte
s de
gen
eral
izaç
ão e
guia
de
ajud
a n
a def
iniç
ão d
o q
ue
o t
rabal
ho
em
equ
ipe
pro
cess
os
pod
em s
er m
ais
rele
van
tes
par
a co
nsi
der
ar e
m q
ue
nív
el.
Em
rel
ação
às
cara
cter
ísti
cas
mem
bro
da
equ
ipe,
pou
cos,
se
hou
ver
, es
tudo
s ex
amin
aram
as
impli
caçõ
es d
a div
ersi
dad
e eq
uip
e so
bre
os
req
uis
ito
s de
lider
ança
. D
iver
sid
ade
den
tro
a e
quip
e
pod
eria
po
ten
cial
men
te a
feta
r o
fu
nci
onam
ento
da
equip
e, t
om
ada
de
dec
isão
e c
oes
ão.
Pes
qu
isas
fu
tura
s p
od
eria
m e
xam
inar
o i
mp
acto
da
tran
sfo
rmaç
ão l
ider
ança
em
div
ersa
s eq
uip
es, ou
o i
mpac
to d
e d
iver
sas
equ
ipes
na
lid
eran
ça r
equ
isit
os.
Am
bas
as
inv
esti
gaç
ões
pod
eria
m m
elho
rar
a no
ssa
com
pre
ensã
o d
e
Lid
eran
ça e
eq
uip
e d
esem
pen
ho
" " No
enta
nto
, D
e G
roo
t et
ai.
(2
000
, p.
363
) ob
serv
aram
em
su
a m
eta-a
nál
ise
qu
e, q
uan
do a
lid
eran
ça e
des
empen
ho
fo
ram
ex
amin
ado
s "r
esu
ltad
os
mo
stra
m u
m t
aman
ho
de
efei
to a
o n
ível
do
gru
po
de
anál
ise
qu
e é
o d
ob
ro e
m m
agn
itude,
em
rel
ação
ao
tam
anho
do
efe
ito
no
indiv
íduo
nív
el".
Po
rtan
to, a
s ev
idên
cia
s su
ger
em q
ue
a li
der
ança
tra
nsf
orm
acio
nal
e e
qu
ipe
des
emp
enho
pod
e se
r u
ma
área
fru
tífe
ra p
ara
um
a m
aio
r ex
plo
raçã
o.
"Em
rel
ação
a d
ireç
ões
fu
tura
s, p
reci
sam
os
con
sid
erar
qu
estõ
es t
anto
em
pír
icas
/ s
ub
stan
tiv
as
(o
u s
eja,
qu
estõ
es o
rien
tad
as p
ara
a in
ves
tig
ação
), e
qu
estõ
es d
e gen
eral
izaç
ão (
ou
sej
a, q
ues
tões
ori
enta
das
par
a o p
rati
can
te).
A q
ues
tão d
e p
esqu
isa
ori
enta
da
mai
s ób
via
é q
ue
este
mo
del
o
dev
e se
r co
mp
leta
men
te t
esta
do.
Dev
ido
à n
atu
reza
das
pro
po
siçõ
es e
nvolv
endo
am
bo
s o
s lí
der
es e
equ
ipes
(m
inim
amen
te),
nív
eis
de
anál
ise
de
impli
caçõ
es e
m o
des
enho
, a
reco
lha
de
dad
os,
e t
écn
icas
an
alít
icas
pre
cisa
ser
con
sider
ado.
"
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
122
C.
Sh
awn
Bu
rke
(20
07
)
"Po
rtan
to,
o o
bje
tivo
des
te a
rtig
o s
erá
o d
e ap
rese
nta
r u
m m
od
elo i
nte
gra
do
r d
e co
nfi
ança
na
lider
ança
. P
ara
des
envo
lver
est
e m
odel
o,
obte
mo
s ap
rovei
tad
o a
exte
nsa
pes
qu
isa
qu
e fo
i
con
du
zid
a n
as á
reas
de
con
fian
ça,
lider
ança
e c
on
fian
ça e
m L
ider
ança
. A
ên
fase
fo
i co
loca
da
na
iden
tifi
caçã
o d
e an
tece
den
tes
da
con
fian
ça q
ue
atra
ves
sam
os
nív
eis
org
aniz
acio
nai
s e
rep
rese
nta
m c
onte
xto
org
aniz
acio
nal
. A
lém
dis
so, em
bo
ra s
e re
conh
eça
que
a co
nfi
ança
é u
m p
roce
sso
rec
ípro
co q
ue
exis
te d
entr
o e
en
tre
os
dif
eren
tes
nív
eis
org
aniz
acio
nai
s
" Nes
te a
rtig
o,
um
a re
vis
ão d
os
ante
ceden
tes,
mod
erad
ore
s e
resu
ltad
os
de
con
fian
ça n
a li
der
ança
fo
ram
fo
rnec
ido
s. I
sto
é e
sper
ava
que
usa
ndo
a e
stru
tura
de
org
aniz
ação
de
com
pet
ênci
a,
ben
evolê
nci
a e
inte
gri
dad
e al
gum
a cl
arez
a é
ofe
reci
da
sob
re a
s q
ues
tões
qu
e es
tão r
eceb
endo a
tençã
o e
mp
íric
a e
lacu
nas
exis
tente
s. A
lém
dis
so,
cham
a a
aten
ção p
ara
um
sub
con
junto
de
ques
tões
de
med
ição
rel
acio
nad
as a
co
nfi
ar e
m p
esq
uis
a.
" "o p
rese
nte
art
igo
tem
um
a per
spec
tiv
a de
bai
xo p
ara
cim
a ce
ntr
ado
pri
nci
pal
men
te n
a co
nfi
ança
na
lid
eran
ça a
par
tir
da
per
spec
tiv
a do
s nív
eis
indiv
idu
ais
e d
e eq
uip
e. F
inal
men
te,
as
ques
tões
sel
ecio
nad
as r
elac
ionad
os
com
a a
val
iaçã
o e
mpír
ica
de
a co
nst
ruçã
o d
e co
nfi
ança
ser
ão d
iscu
tid
os.
" "Esp
era-
se q
ue
com
est
a m
aio
r at
ençã
o, o
s p
esqu
isad
ore
s po
ssam
co
nsi
der
ar m
etod
olo
gia
s d
e pes
qu
isa
alte
rnat
ivas
e a
lav
anca
r o c
onh
ecim
ento
ad
icio
nal
adqu
irid
a em
rel
açõ
es d
e co
nfi
ança
par
a fo
rnec
er a
van
ços
teó
rico
s e
solu
ções
prá
tica
s. D
uas
ques
tões
que
requ
erem
ex
ame
futu
ros
incl
uem
a e
xp
ansã
o d
a p
esq
uis
a d
e co
nfi
ança
de
dup
las
par
a co
nfi
gu
raçõ
es (
ou
sej
a, t
rês
ou
mai
s in
div
íduo
s) e
um
a av
alia
ção
so
bre
se
os
com
pon
ente
s d
a eq
uip
e d
e co
nfi
abil
idad
e (c
om
pet
ênci
a, b
enev
olê
nci
a e
inte
gri
dad
e)
são
igu
alm
ente
im
po
rtan
tes
no
s re
sult
ado
s d
e co
nfi
ança
.
A q
ues
tão d
e ex
pan
dir
a p
esqu
isa
par
a as
con
fig
ura
ções
de
con
fian
ça d
a eq
uip
e d
eco
rre
do
fat
o d
e qu
e as
per
cepçõ
es i
ndiv
idu
ais
pod
em s
er i
nfl
uen
ciad
as d
iret
a e
ind
iret
amen
te p
or
aqu
eles
a qu
em e
les
inte
rag
em r
egu
larm
ente
co
m.
"
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
123
"Gil
ad C
hen
, P
ayal
Nan
gia
Sh
arm
a,
Su
zann
e K
. E
din
ger
, e
Deb
ra L
. S
hap
iro
(201
0)
" " O p
ropó
sito
de
no
sso a
rtig
o é
abo
rdar
trê
s la
cun
as e
spec
ífic
as n
o e
nte
nd
imen
to d
e c
om
o e
quan
do a
s eq
uip
es e
xer
cem
in
flu
ênci
as c
on
textu
ais
sob
re a
mo
tivaç
ão d
os
mem
bro
s de
contr
ibuir
par
a su
as e
qu
ipes
.
No
ssa
pes
quis
a ta
mb
ém o
fere
ce d
uas
im
pli
caçõ
es i
mp
ort
ante
s par
a m
anag
ers
e o
rgan
izaç
ões
. P
rim
eiro
, n
oss
os
resu
ltad
os
indic
am q
ue
os
líder
es d
e eq
uip
e qu
e se
en
volv
em e
m
com
po
rtam
ento
s d
e li
der
ança
cap
acit
ar s
ão s
usc
eptí
vei
s d
e ex
erce
r in
flu
ênci
as m
oti
vac
ionai
s so
bre
os
mem
bro
s de
sua
equip
e, m
as q
ue
tal
infl
uên
cias
po
siti
vas
são
mai
s p
rováv
eis
de
oco
rrer
quan
do
a r
elaç
ão c
on
flit
o e
m e
qu
ipes
é m
anti
do
a n
ívei
s m
ais
bai
xos.
Usa
nd
o e
studo
s d
e la
bo
rató
rio
e d
e ca
mpo
in
terc
ult
ura
l co
m a
mo
stra
s de
líd
eres
, fu
nci
on
ário
s e
estu
dan
tes
de
os
Est
ado
s U
nid
os
e a
Rep
úbli
ca P
op
ula
r da
Chin
a, e
xam
inam
os
com
o
estí
mulo
s em
nív
el d
e eq
uip
e, i
ncl
uin
do c
apac
itaç
ão d
e li
der
ança
e c
on
flit
o d
e re
laci
on
amen
to,
se c
om
bin
am p
ara
infl
uen
ciar
os
mem
bro
s do "
indiv
ídu
o i
nsp
irad
or
esta
do
de
capac
itaç
ão
psi
coló
gic
a e
afet
iva.
Co
mp
rom
isso
. C
om
o p
revis
to,
ver
ific
ou
-se
que
este
s es
tad
os
mo
tivac
ion
ais
são
indiv
idu
alm
ente
e e
m c
on
junto
in
fluen
ciad
o p
elo
nív
el d
e ca
pac
itaç
ão d
as e
qu
ipes
e
lid
eran
ça c
on
flit
o d
e re
laci
on
amen
to e
qu
e es
ses
esta
do
s m
oti
vac
ionai
s m
edia
r as
rel
ações
en
tre
estí
mu
los
da
equ
ipe
e co
mp
ort
amen
tos
inov
ado
res
e tr
abal
ho
em
equ
ipe
do
s m
emb
ros
da
equ
ipe
e in
ten
ções
de
mud
ança
. A
lém
dis
so,
os
resu
ltad
os
real
izad
os
ap
esar
de
con
tro
lar
a n
acio
nal
idad
e e
cole
tivis
mo d
os
mem
bro
s d
a eq
uip
e. N
ós
dis
cuti
mo
s co
ntr
ibu
ições
do
no
sso
estu
do
à m
oti
vaç
ão d
a eq
uip
e, c
on
flit
o e
lit
erat
ura
s de
estr
esse
.
"A
lém
dis
so, co
leta
mo
s d
ado
s em
apen
as d
ois
paí
ses:
os
Est
ado
s M
emb
ros
da
Rep
úbli
ca P
opu
lar
da
Chin
a. E
mbo
ra e
stes
do
is p
aíse
s sã
o d
ifer
ente
s em
mu
itas
var
iáv
eis
cult
ura
is,
eles
não
rep
rese
nta
m t
oda
a g
ama
de
cult
ura
s d
ispo
nív
eis
par
a es
tud
ar.
Pes
quis
a re
aliz
ada
em u
ma
mat
riz
mai
or
de
conte
xto
s cu
ltu
rais
per
mit
iria
afi
rmaç
ões
mai
s co
ncl
usi
vo
s q
ue
seja
m f
eita
s a
resp
eito
do
pap
el d
a cu
ltu
ra n
a in
tera
ção
entr
e eq
uip
e es
tím
ulo
s, m
oti
vaç
ão n
o t
rab
alh
o e
com
po
rtam
ento
s do
s em
pre
gad
os.
Fin
alm
ente
, em
bo
ra a
esc
olh
a do
pre
dit
or,
med
iado
r, d
o r
esult
ado
var
iávei
s fo
i te
ori
cam
ente
fun
dam
enta
da,
pes
quis
a ad
icio
nal
po
deri
a ex
pan
da
o g
rup
o d
e v
ariá
vei
s te
stad
as. P
or
exem
plo
,
uso
de
dif
eren
tes
con
jun
tos
de
des
afio
e d
e im
ped
imen
to e
stre
sso
res
(tai
s co
mo
abu
siva
vis
ão o
u p
apel
de
sob
reca
rga;
cf.
LE
PIN
E e
t al
., 2
00
5),
bem
co
mo
con
sid
eraç
ão d
e d
ifer
ente
s
estí
mulo
s d
e m
oti
vaç
ão d
a eq
uip
e (p
or
exem
plo
, tr
ansf
orm
ação
lid
eran
ça, a
coes
ão d
a eq
uip
e, a
cap
acit
ação
da
equ
ipe)
, fa
ria
per
mit
ir u
ma
mai
or
inte
gra
ção
entr
e o
s m
odel
os
de
mo
tivaç
ão
da
equip
e e
emp
reg
ado
str
ess.
Alé
m d
isso
, outr
os
de
esta
do
s m
oti
vac
ion
ais
capac
itaç
ão p
sico
lógic
a e
com
pro
met
imen
to a
feti
vo (
com
o p
erce
pçõ
es d
e ju
stiç
a o
u m
oti
vaç
ão i
ntr
ínse
ca),
bem
com
o a
in
clu
são
do
s es
tad
os
afet
ivo
s (p
or
exem
plo
, es
tad
os
emo
cion
ais
neg
ativ
os
e po
siti
vo
s), dev
e se
r co
nsi
der
ada
em m
od
elo
s su
bse
qu
ente
s.
"
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
124
Riv
ers
Kim
Tir
ou
Buch
(200
1)
" OS
Ob
jeti
vo
s des
te e
stu
do
são
do
is:
med
ir o
Im
pac
to d
e u
m p
rog
ram
a de
mud
ança
TQ
M e
os
indic
ado
res
de
des
empen
ho
so
bre
as
atit
ud
es d
os
fun
cion
ário
s, e
explo
rar
o i
mpac
to d
a
lid
eran
ça e
cu
ltu
ra s
ob
re e
stes
res
ult
ado
s.
" " "Est
e es
tudo
ofe
rece
um
su
po
rte
par
a p
rop
or
teó
rica
s li
gaç
ões
a r
espei
to d
a im
po
rtân
cia
da
lider
ança
e d
a cu
ltu
ra p
ara
o s
uce
sso
de
um
a in
icia
tiv
a T
QM
. Os
resu
ltad
os
sug
erem
um
a m
ud
ança
dif
ícil
de
cult
ura
qu
e po
ssib
ilit
a s
ust
enta
r u
ma
seq
uên
cia
de
inte
rven
ções
de
qu
alid
ade,
esp
ecia
lmen
te e
m r
ost
o d
a m
ud
ança
in
tern
a e
amea
ças
exte
rnas
. P
or
qu
e co
mo
am
eaça
s ex
tern
as s
ão
inev
itáv
eis
par
a co
mo o
rgan
izaç
ões
de
hoje
, e
impo
rtan
te p
arág
rafo
os
líd
eres
e a
gen
tes
de
mu
dan
ça c
on
scie
nte
do
s se
us
efei
tos
po
tenci
ais
sob
re p
lanej
ado
mud
ança
s, e
spec
ialm
ente
um
a
ten
dên
cia,
ob
serv
ada
aqui,
em
dir
eção
a u
ma
resp
ost
a am
eaça
, ri
gid
ez.
Do
líd
er s
upo
rte
par
a u
ma
mu
dan
ça e
esp
ecia
lmen
te i
mpo
rtan
te, n
ão e
nta
nto
, ta
mb
ém a
mais
dif
ícil
rit
mo
par
ágra
fo
man
ter
a. f
orm
ação
, a r
eco
mp
ensa
, e s
iste
mas
de
supo
rte
dev
e se
r uti
liza
do
par
a co
mbat
er a
ten
dên
cias
nat
ura
is p
ara
rever
ter
a id
ade,
pad
rões
est
abel
ecid
os
em e
nfr
enta
r as
exte
rnas
am
eaça
s.
Fin
alm
ente
, es
te e
stud
o d
esta
ca u
ns
per
igo
s p
ote
nci
ais
de
pro
gra
mas
de
mud
ança
en
vo
lven
do
múlt
ipla
s in
terv
ençõ
es,
esp
ecia
lmen
te q
uan
do
tem
im
pli
caçõ
es o
po
stas
par
a co
mp
ort
amen
to
do l
íder
e d
esen
volv
imen
to d
os
funci
on
ário
s. R
efer
ênci
as A
nd
erso
n,
j., R
UN
GT
US
AN
AT
HA
M,
e m
. S
CH
RO
ED
ER
, r.
(199
4),
``
a te
ori
a d
a qu
alid
ade
"
AUTOR OBJETIVO RESULTADOS METODO TRABALHOS FUTUROS
125
Mar
k A
. P
apw
ort
h D
erek
Mil
ne
Geo
rge
Bo
ak,
(2009
)
" O p
rese
nte
est
udo
tem
co
mo
ob
jeti
vo e
xp
lora
r a
rela
ção
en
tre
o c
om
po
rtam
ento
de
dis
curs
o l
ider
ança
e a
ex
per
iênci
a su
per
vis
ionan
do
em
bo
ra o
exam
e d
e se
ssões
de
sup
erv
isão
bem
-
suce
did
o
As
entr
evis
tas
fora
m t
ran
scri
tas
e p
rov
a de
leit
ura
. C
odif
icaç
ão c
ateg
ori
as a
ssoci
adas
co
m o
co
nte
úd
o m
anif
esto
fo
ram
def
inid
as p
or
mei
o d
a an
ális
e p
reli
min
ar s
eleçã
o d
e se
gm
ento
s de
entr
evis
ta e
pel
o d
esen
vo
lvim
ento
de
um
dic
ion
ário
de
cod
ific
ação
nu
m i
tera
tivo
mod
al[
2];
To
do o
tex
to f
oi
codif
icad
o e
m c
ateg
ori
as m
utu
amen
te e
xcl
usi
vas
. E
xem
plo
s d
e ca
tego
rias
são
dad
as n
a p
rim
eira
tab
ela.
As
entr
evis
tas
fora
m o
s co
nte
údo
s an
alis
ado
s po
r m
eio
da
med
ição
da
quan
tid
ade
de
tex
to a
ssoci
ado
co
m c
ada
cate
go
ria
usa
ndo
a f
un
ção
Mic
roso
ft W
ord
"co
nta
gem
de
pal
avra
s".
Alg
um
as
cate
go
rias
fo
ram
co
mb
inad
as p
ara
as a
nál
ises
de
esta
r em
con
sonân
cia
com
os
ofe
reci
do
s p
ela
Her
sey
et
al.
(200
1).
Anál
ises
est
atís
tica
s d
e in
ves
tigaç
ão f
ora
m
real
izad
os
(Web
er, 1
990
) p
ara
com
par
ar a
s dif
eren
ças
no
per
fil d
e en
trev
ista
e d
e co
nte
údo
em
rel
ação
ao
s nív
eis
seg
uid
or
de
pro
nti
dão
. Fin
alm
ente
, mai
s d
etal
had
a qu
alit
ativ
a "m
icro
anál
ise"
foi
real
izad
o a
o l
on
go
de
um
a en
trev
ista
.
"Am
ost
ras
de
sess
ões
de
super
vis
ão d
o t
erap
euta
fo
ram
captu
rado
s p
or
gra
vaç
ão e
m v
ídeo
. O
s in
div
ídu
os
conv
idad
os
par
a g
ravar
est
as s
essõ
es d
e su
per
vis
ão f
ora
m e
spec
iali
stas
reco
nh
ecid
os.
A p
arti
r de
um
a am
ost
ra o
rigin
al d
e 1
2 f
itas
, o
ito
fo
ram
sel
ecio
nad
os.
Po
rqu
e o
s su
per
vis
ore
s cl
aram
ente
exp
ress
avam
alt
os
nív
eis
de
sati
sfaç
ão d
entr
o d
as s
essõ
es e
exp
lici
tam
ente
des
crit
o s
uas
nec
essi
dad
es /
pro
ble
mas
cum
pri
do
s p
ela
super
vis
ão.
Ass
im,
apen
as a
s se
ssões
de
con
tro
lo b
em-s
uce
did
os
fora
m u
sad
as p
ara
aval
iar
a hip
óte
ses.
Nív
eis
de
pro
nti
dão
seg
uid
ora
s fo
ram
sis
tem
atic
amen
te e
qu
ipar
ado
s ao
s nív
eis
de
pro
fiss
ional
des
envo
lvim
ento
. C
ateg
ori
zaçã
o f
oi
sincr
on
izad
o p
or
mei
o d
os
indic
ado
res
ofe
reci
do
s p
ela
auto
res
do
mo
del
o (
Her
sey
e B
lan
char
d,
1969
;. H
erse
y e
t al
, 2
001
). D
entr
o d
e u
m c
on
texto
edu
caci
on
al,
Her
sey
e B
lanch
ard
(196
9)
gra
du
and
os
ante
rio
rmen
te a
trib
uíd
os
a R
1,
estu
dan
tes
senio
res
e
estu
dan
tes
de
mes
trad
o p
ara
R2
/ 3
e e
stu
dan
tes
de
do
uto
rado p
ara
R4
. N
a n
oss
a am
ost
ra,
o d
esen
vo
lvim
ento
pro
fiss
ion
al e
stá
atr
asad
o e
m c
om
par
ação
co
m s
ua
amo
stra
po
rqu
e ao
lo
ngo
pis
ta p
rofi
ssio
nal
de
um
ter
apeu
ta R
eino
Un
ido,
po
uco
ou
nen
hu
m c
on
tato
co
m o
cli
ente
oco
rre
em n
ível
de
gra
duaç
ão.
Ass
im,
R1
é i
gu
alad
o a
o n
ovat
o,
form
ação
pré
-pro
fiss
ion
al,
mas
tera
peu
ta d
e pó
s-g
radu
ação
. R2
é ind
icat
ivo
de
um
ter
apeu
ta e
m f
orm
ação
em
qu
e o
s in
div
íduo
s sã
o d
esen
vo
lver
mai
s ra
pid
amen
te h
abil
idad
es e
co
nhec
imen
tos.
R3
equ
ival
e a
um
qu
alif
icad
o
rece
nte
men
te. F
inal
men
te, R
4 e
qu
ival
e à
po
siçã
o d
e u
m p
rofi
ssio
nal
mai
s ex
per
iente
. C
om
o tal
, es
ta a
mo
stra
co
nsi
stiu
de
um
R1
-, q
uat
ro R
2-
e tr
ês ter
apeu
tas
de
nív
el R
3 c
uja
s nec
essi
dad
es
e aj
ust
e ca
ract
erís
tica
com
o m
odel
o. N
ão h
á p
rati
can
tes
de
nív
el R
4 p
arti
cip
ou
; co
nse
quen
tem
ente
, as
car
acte
ríst
icas
das
ses
sões
seg
uid
or
R4
não
po
der
iam
ser
inv
esti
gad
os.
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
126
Fo
tis
Dra
gan
idis
Gre
go
ris
Men
tzas
, (2
006
)
"obje
tiv
o d
o p
rese
nte
tra
bal
ho
é r
evis
ar a
mai
s co
mu
m e
gen
eral
izad
a ges
tão
de
com
pet
ênci
as s
iste
mas
(C
M),
par
a es
tud
ar s
uas
ap
lica
ções
car
acte
ríst
ico
s e
par
a fo
rnec
er d
ireç
ões
fu
tura
s
pes
quis
as.
Alé
m d
e def
inir
o c
on
ceit
o d
e "c
om
pet
ênci
a" n
ós
iden
tifi
cam
os,
quat
ro m
acro
s fa
ses
em u
m c
iclo
de
vid
a co
mpet
ênci
a em
um
sis
tem
a C
M:
ou s
eja,
map
eam
ento
de
com
pet
ênci
as;
dia
gnó
stic
o;
des
env
olv
imen
to;
e m
onit
ora
men
to e
as
anal
isam
os
em d
etal
he.
Alé
m d
isso
, nó
s des
de
um
alg
ori
tmo
par
a o
des
envo
lvim
ento
de
um
mo
del
o d
e co
mp
etên
cias
, o
nú
cleo
em
torn
o d
o q
ual
um
a si
stem
a de
CM
é b
asea
do
.
" Co
m e
sse
trab
alh
o f
oi
forn
ecid
o d
ireç
ões
de
pes
qu
isa
nas
áre
as d
e p
adrõ
es a
ber
tos
(XM
L,
web
ser
viç
os,
RD
F),
tec
nolo
gia
s se
mân
tica
s (o
nto
logia
s e
da
web
sem
ânti
ca)
e po
rtai
s co
m
tecn
olo
gia
s de
self
-ser
vic
e. N
oss
a es
tim
ativ
a é
qu
e es
sas
área
s vão
ter
um
pap
el s
ignif
icat
ivo
na
evolu
ção
do
s si
stem
as d
e C
M.
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
127
Jay
Kan
dam
pu
lly
, (2
002
)
"Est
ud
ar o
s fa
tore
s su
bja
cente
s ao
cre
scim
ento
no
set
or
de
serv
iço
s e
emer
gen
tes
ponto
s d
e vis
ta s
ob
re o
que
con
stit
ui
um
rec
urs
o p
ara
os
serv
iço
s d
e o
rgan
izaç
ões
. E
ste
estu
do
sug
ere
qu
e
o c
on
hec
imen
to a
mo
rfo
rep
rese
nta
o v
erd
adei
ro r
ecu
rso
em
um
a em
pre
sa d
e se
rviç
os
e em
últ
ima
anál
ise,
fo
rnec
e o p
ote
nci
al c
riat
ivo
par
a a
ino
vaç
ão a
ch
amad
a co
mp
etên
cia
centr
al.
As
emp
resa
s fo
cadas
no c
lien
te s
ão p
assí
vei
s d
e n
ov
as e
mel
ho
res
form
as d
e fa
zer
cois
as p
ara
o b
enef
ício
de
seu
s cl
ien
tes.
Tec
nolo
gia
, co
nhec
imen
to e
red
es, re
pre
senta
m u
m ú
nic
o c
onju
nto
de
fato
res
qu
e p
od
em a
bas
tece
r a
inov
ação
nas
org
aniz
açõ
es.
Est
e se
rviç
o é
o e
feit
o c
om
bin
ado
do
s tr
ês e
lem
ento
s q
ue
pro
po
rcio
na
um
a ca
pac
idad
e d
e co
nce
ntr
ar s
eus
recu
rso
s am
orf
os
sob
re o
futu
ro a
ind
a n
ão e
xp
ress
o d
as n
eces
sidad
es d
os
clie
nte
s.
"
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
128
Ral
f M
ull
er, R
od
ney
Tu
rner
(20
09
)
"Est
e es
tud
o e
xam
inou a
rel
ação
en
tre
4 a
uto
rel
ato
s de
aco
nse
lham
ento
mu
ltic
ult
ura
l co
mp
etên
cias
med
idas
e u
m í
nd
ice
ger
al d
e h
abil
idad
e so
cial
. O
s au
tore
s in
ves
tig
aram
tam
bém
a
asso
ciaç
ão e
ntr
e es
sas
4 e
scal
as m
ult
icu
ltu
rais
e c
once
itu
ação
cas
o m
ult
icu
ltura
l h
abil
idad
e. O
s re
sult
ado
s re
vel
aram
rel
açõ
es
po
siti
vas
sig
nif
icat
ivas
en
tre
3 d
os
4 m
ult
icult
ura
l ac
on
selh
and
o
os
esto
qu
es d
e co
mp
etên
cia
e u
ma
med
ida
de
atit
ud
es e
hab
ilid
ade
soci
al.
Alé
m d
isso
, ap
ós
o c
on
tro
le d
a h
abil
idad
e so
cial
, nen
hu
ma
do
s au
tos
rela
tos
de
acon
selh
amen
to m
ult
icu
ltu
ral
esca
las
de
com
pet
ênci
a fo
i si
gn
ific
ativ
am
ente
rel
acio
nad
o c
om
a c
apac
idad
e ca
so c
once
itu
ação
mu
ltic
ult
ura
l. L
imit
ações
de
auto
rel
ato
med
idas
de
com
pet
ênci
a d
e ac
on
selh
amen
to
mu
ltic
ult
ura
l sã
o d
iscu
tido
s, e
im
pli
caçõ
es d
os
resu
ltad
os
par
a a
form
ação
de
acon
selh
amen
to, p
ráti
ca e
pes
quis
a sã
o d
elin
ead
as.
"Os
ger
ente
s de
pro
jeto
da
mai
ori
a do
s p
roje
tos
de
eng
enhar
ia d
e su
cess
o m
ost
ram
fo
rtes
co
mp
etên
cias
de
pen
sam
ento
crí
tico
(IQ
), d
esen
volv
imen
to (
MQ
), b
em c
om
o in
flu
ênci
a, m
oti
vaç
ão
e co
nsc
ienti
zaçã
o (
três
EQ
com
pet
ênci
as).
Su
as c
om
pet
ênci
as n
as d
imen
sões
ges
tão
de
recu
rso
s h
um
ano
s re
laci
onad
os
clas
sifi
car
méd
io.
Os
ger
ente
s d
e p
roje
to d
os
mai
s bem
-su
cedid
os
pro
jeto
s de
info
rmaç
ão e
tec
nolo
gia
de
tele
com
un
icaç
ões
são
fo
rtes
em
tod
as a
s co
mp
etên
cias
, ex
ceto
vis
ão (
IQ),
que
está
a u
ma
forç
a m
édia
.
Os
ger
ente
s d
e p
roje
to d
os
pro
jeto
s d
e m
ud
ança
org
aniz
acio
nal
mai
s b
em-s
uce
did
os
são
fo
rtes
em
tod
as a
s co
mpet
ênci
as,
mas
em
des
envolv
imen
to, al
can
çar
(am
bo
s M
Q)
e in
tuiç
ão (
EQ
).
Ges
tore
s do
s p
roje
tos
mai
s b
em-s
uce
did
os
com
méd
ia c
om
ple
xid
ade
são f
ort
es e
m p
ensa
men
to c
ríti
co (
IQ),
ges
tão
de
recu
rso
s, c
apac
itan
do
e d
esen
volv
endo (
três
co
mp
etên
cias
MQ
), b
em
com
o a
au
toco
nsc
iên
cia,
sen
sibil
idad
e, i
nfl
uên
cia
e co
nsc
iên
cia
(quat
ro E
Q c
om
pet
ênci
as).
Ger
ente
s de
pro
jeto
s m
ais
bem
-suce
did
os
e o
s co
ntr
ato
s de
pre
ço f
ixo m
ost
rar
forç
a em
tod
as
as c
om
pet
ênci
as, ex
ceto
intu
ição
(E
Q).
Ges
tore
s em
pro
jeto
s m
ais
bem
-suce
did
os
com
co
ntr
ato
s d
a co
rreç
ão m
ost
rar
forç
a na
mai
ori
a d
as c
om
pet
ênci
as,
mas
não
na v
isão
e p
ersp
ecti
va
estr
atég
ica
(am
bo
s IQ
), c
om
unic
ação
,
capac
itan
do
, al
can
çand
o (
três
co
mp
etên
cias
MQ
) e
intu
ição
(E
Q).
Ger
ente
s d
e p
roje
tos
mai
s b
em-s
uce
did
os
com
con
trat
os
de
alia
nça
tam
bém
mo
stra
r fo
rça
na
mai
ori
a das
co
mp
etên
cias
. A
pen
as v
isão
e p
ersp
ecti
va
estr
atég
ica
(am
bo
s Q
I), au
tori
zando
, em
des
envo
lvim
ento
(ta
nto
as
com
pet
ênci
as M
Q),
a r
esil
iênci
a em
oci
on
al e
intu
itiv
o (
tan
to a
s co
mp
etên
cias
) fo
ram
infe
rio
res
a 3
. O
s re
sult
ado
s par
a es
tes
pro
jeto
s es
tão, no
enta
nto
, co
m b
ase
em u
m p
equen
o t
aman
ho
da
amo
stra
de
apen
as 1
2 r
espo
stas
.
"
"A f
im d
e d
esen
vo
lver
per
fis
de
lider
ança
do
s ger
ente
s d
e p
roje
to b
em-s
uce
did
as e
m d
ifer
ente
s ti
po
s d
e p
roje
tos
que
ado
tara
m a
per
spec
tiv
a d
a es
cola
de
com
pet
ênci
as c
om
o o
en
ten
dim
ento
atu
alm
ente
mai
s av
ança
do d
a li
der
ança
. O
s co
nce
ito
s fo
ram
op
erac
ion
aliz
ado
s p
ara
per
fis
de
lid
eran
ça:
pel
o u
so d
o D
esen
vo
lvim
ento
Ques
tionár
io d
e L
ider
ança
(L
DQ
). E
sta
ferr
amen
ta d
e
aval
iaçã
o p
ara
a es
cola
de
com
pet
ênci
as d
e li
der
ança
é f
requ
ente
men
te u
sad
a em
est
ud
os
rece
nte
s so
bre
lid
eran
ça e
m g
eren
ciam
ento
de
pro
jeto
s (p
or
exem
plo
, G
eog
heg
an e
Dule
wic
z
(200
8),
Mü
ller
e T
urn
er (
200
7),
Tu
rner
et
al.
(20
09
), Y
oun
g e
Du
lew
icz
(20
06
), W
ren e
Dule
wic
z (2
00
5))
. S
uce
sso
: p
elo u
so d
a m
edid
a d
e su
cess
o d
e 1
0 p
roje
to d
imen
sio
nal
(T
abel
a 2
),
des
envo
lvid
o p
or
Tu
rner
e M
ull
er (
200
5),
co
m b
ase
no
Mo
del
o d
e E
xce
lênci
a P
roje
to (
West
erv
eld,
200
3).
Tip
os
de
pro
jeto
s: p
elo u
so d
o C
raw
ford
et
al.
(2005
) si
stem
a d
e ca
teg
ori
zaçã
o,
lim
itad
o à
s ca
tego
rias
mai
s uti
liza
das
(T
abel
a 3
).
"Est
udo
s fu
turo
s po
der
ão d
esen
volv
er e
val
idar
os
resu
ltad
os
atu
ais,
aval
iand
o o
pap
el d
a cu
ltu
ra o
rgan
izac
ion
al o
u n
acio
nal
no
s dif
eren
tes
per
fis,
bem
com
o a
inte
raçã
o d
os
ges
tore
s co
m
dif
eren
tes
per
fis
com
suas
equ
ipes
e a
s p
arte
s in
tere
ssad
as n
o p
roje
to.
Nó
s m
ost
ram
os
que
a ca
ract
eriz
ação
é f
requ
ente
men
te u
tili
zad
a p
ara
iden
tifi
car
um
a p
esso
a m
ais
adeq
uad
a p
ara
um
a fu
nçã
o o
u p
osi
ção e
m u
ma
org
aniz
ação
. N
este
art
igo a
pre
senta
mo
s os
per
fis
de
lid
eran
ça d
os
ges
tore
s de
pro
jeto
s b
em-s
uce
did
os.
Ist
o f
orn
ece
aos
ger
ente
s de
ger
ente
s d
e p
roje
to c
om
um
per
fil
de
des
tin
o p
ara
os
seu
s ger
ente
s d
e p
roje
to e
m p
roje
tos
de
tipo
dif
eren
te. D
esen
vo
lvim
ento
de
esti
los
de
lider
ança
do
s ges
tore
s d
e p
roje
to p
ara
este
s per
fis
de
des
tino
irá
contr
ibuir
par
a m
elho
res
resu
ltad
os
do p
roje
to e
su
cess
o p
esso
al d
os
indiv
íduo
s."
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
129
Car
los
A. A
lbac
ete-
Sáe
z M
aria
Mar
Fu
ente
s-F
uen
tes
An
a M
aría
Bo
jica
, (2
01
1)
"O o
bje
tiv
o d
este
art
igo
é e
scla
rece
r se
há
dif
eren
ças
na
imple
men
taçã
o d
e g
estã
o d
e qu
alid
ade
(QM
) e
os
resu
ltad
os
obti
do
s, c
om
bas
e na
po
siçã
o d
a pes
soa
resp
on
sável
par
a Q
M e
seu
s /
suas
pri
ori
dad
es e
stra
tég
icas
.
Um
pri
mei
ro r
esu
ltad
o é
qu
e g
estã
o d
e qu
alid
ade
é m
ais
fort
e q
uan
do
é i
mple
men
tad
a p
elo g
eren
te g
eral
do q
ue
pel
o g
eren
te d
e q
ual
idad
e. E
ste
fato
most
ra q
ue
o c
om
pro
mis
so d
a g
eren
te
ger
al p
ara
a qu
alid
ade
con
fere
mai
or
cred
ibil
idad
e no
res
to d
a o
rgan
izaç
ão. E
le t
ambém
co
nfi
rma
o p
apel
dif
eren
te d
e ca
da
ges
tor
na
apro
vaç
ão d
o p
rese
nte
sis
tem
a d
e g
estã
o, u
ma q
ues
tão
que
dev
e se
r es
tudad
o e
m m
aio
r d
etal
he.
Qu
anto
a p
erce
pçã
o d
o n
ível
do
s re
sult
ado
s fi
nan
ceir
os,
não
en
contr
amos
dif
eren
ças
entr
e es
tes
dois
tip
os
de
ges
tore
s. S
e, c
om
o m
ost
ra a
lit
erat
ura
,
ges
tão
da
qu
alid
ade
con
trib
ui
par
a u
m m
elho
r re
sult
ado,
e se
a s
ua
apli
caçã
o é
mai
or
qu
ando
o g
eren
te g
eral
dir
ige,
em
seg
uid
a, a
hip
óte
se s
uger
ida
dev
eria
ter
sid
o c
ontr
asta
da.
O f
ato
de
que
as p
erce
pçõ
es d
e des
emp
enh
o f
inan
ceir
o s
ão s
emel
han
tes
no
s le
va
a p
ensa
r qu
e n
enh
um
do
s ger
ente
s p
erce
be
ges
tão
de
qu
alid
ade
com
o u
m f
ato
r es
sen
cial
par
a al
can
çar
um
alt
o n
ível
de
des
emp
enho
fin
ance
ira
ou
, p
rov
avel
men
te,
qu
e el
es a
cred
itam
em
ou
tros
fato
res
(Hac
km
an e
Wag
eman
, 1
995
). O
s re
sult
ado
s d
este
est
udo
su
ger
em t
ambém
que
os
ger
ente
s g
erai
s, a
o
con
trár
io d
e g
esto
res
de
qual
idad
e, n
ão p
erce
bem
ges
tão d
e qu
alid
ade
com
o d
iret
amen
te r
elac
ion
ada
com
o d
esem
pen
ho f
inan
ceir
o.
Em
bo
ra e
sta
últ
ima
qu
estã
o é
su
rpre
end
ente
, el
e é
supo
rtad
o p
or
resu
ltad
os
ante
rio
res.
"Os
dad
os
de
256
em
pre
sas
qu
e im
ple
men
tara
m Q
M s
ão c
ole
tado
s. U
ma
anál
ise
mu
lti-
gru
po
co
m L
ISR
EL
é e
mp
reg
ado p
ara
con
tras
tar
as h
ipó
tese
s u
tili
zando
um
a am
ost
ra d
e g
ener
al
ger
ente
s, p
or
um
lad
o e
de
ges
tore
s de
qual
idad
e, p
or
ou
tro
. A
chad
os
- E
ste
estu
do
mo
stra
que
QM
é m
ais
fort
e im
ple
men
tad
o q
uan
do
é e
nca
beç
ado
pel
o g
ener
al g
eren
te d
o q
ue
pel
o g
eren
te
de
qu
alid
ade.
Os
auto
res
tam
bém
des
cob
rem
qu
e, e
m a
mb
as a
s am
ost
ras
de
ger
ente
s ger
ais
e o
s ger
ente
s d
e qual
idad
e, a
pen
as u
ma
das
trê
s p
rio
rid
ades
est
raté
gic
as a
nal
isad
as,
ori
enta
ção
par
a o
s cu
sto
s, m
ost
ra u
m e
feit
o p
osi
tiv
o n
os
resu
ltad
os
fin
ance
iro
s. Q
uan
do
a i
nfl
uên
cia
do
QM
no
s re
sult
ados
fin
ance
iro
s é
con
sider
ada,
a r
elaç
ão é
sig
nif
icat
iva
apen
as n
o c
aso
de
a
amo
stra
de
adm
inis
traç
ão d
e qu
alid
ade.
As
lim
itaç
ões
da
anál
ise
real
izad
os
sug
erem
lin
has
de
pes
qu
isa
qu
e po
ssam
en
riqu
ecer
a a
nál
ise
do
pap
el d
a g
estã
o n
a im
ple
men
taçã
o d
e si
stem
as d
e Q
M s
ub
stan
cial
men
te.
É n
eces
sári
o
con
tinu
ar a
van
çan
do n
esta
lin
ha
par
a co
nse
gu
ir m
ais
escl
arec
edo
res
dad
os.
Um
pri
mei
ro p
asso
ser
ia e
xp
and
ir a
am
ost
ra d
o e
stud
o,
um
a v
ez q
ue
suba
a am
ost
ra g
eral
os
ger
ente
s n
ão e
ram
mu
ito g
rand
es.
Info
rmaç
ões
sob
re a
ex
per
iên
cia
fun
cional
ou
tre
inam
ento
po
der
ia e
scla
rece
r o f
oco
est
raté
gic
o a
dota
do
pel
os
ges
tore
s. P
or
exem
plo
, B
arker
e M
uel
ler
(2002
) ex
amin
aram
as r
elaç
ões
entr
e as
car
acte
ríst
icas
do
CE
O e
inves
tim
ento
em
I &
D e
des
cob
rira
m q
ue
os
dir
eto
res
mai
s jo
ven
s e
aqu
eles
co
m e
xper
iên
cia
em m
ark
etin
g, en
gen
har
ia e
P &
D f
azer
mai
ore
s
inv
esti
men
tos.
Alé
m d
isso
, o
utr
a var
iáv
el d
e in
tere
sse
qu
e a
inv
esti
gaç
ão f
utu
ra d
eve
con
sider
ar é
pe
rcep
ção d
o a
mb
iente
, u
ma
vez
que
os
ges
tore
s sã
o u
m i
mpo
rtan
te m
eio
pel
o q
ual
org
aniz
açõ
es r
espon
der
e g
erir
as
amea
ças
e in
cert
ezas
no
am
bie
nte
(H
arri
son e
t al
., 1
988
). O
u s
eja,
as
ações
das
org
aniz
açõ
es
são b
asea
das
em
par
te n
as p
erce
pçõ
es g
estã
o d
e to
po t
em d
e
seu a
mbie
nte
(S
utc
liff
e e
Hub
er, 19
98).
Po
r o
utr
o l
ado, m
uit
as e
mp
resa
s dec
idam
im
ple
men
tar
sist
emas
de
qu
alid
ade
par
a en
fren
tar
mud
ança
s no o
am
bie
nte
. N
a v
erd
ade,
est
ud
os
mo
stra
m
que
um
mai
or
din
amis
mo
e c
om
pet
itiv
idad
e das
o a
mbie
nte
vai
ex
igir
mai
ore
s nív
eis
de
exec
uçã
o e
m a
lgu
ns
elem
ento
s par
a al
can
çar
os
resu
ltad
os
esp
erad
os
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
130
Ves
na
Spas
oje
vić
Brk
ić , N
iko
la D
ond
ur
1 M
irko
Ko
mat
ina
1 D
ejan
Cu
rovic
e M
iliv
oj
Kla
rin
"O o
bje
tiv
o d
este
tra
bal
ho
é a
rea
liza
ção
de
pes
quis
a em
pír
ica
sob
re s
e fa
tore
s de
ges
tão
da
qu
alid
ade
serv
ir c
om
o c
on
fiáv
el e
pre
dit
ore
s v
álid
os
de
pro
du
tivid
ade
tota
l d
os
fato
res
(PT
F)
e
em c
aso a
firm
ativ
o, co
mo
ele
s in
flu
enci
am.
O a
chad
o c
entr
al d
este
est
ud
o é
qu
e os
fato
res
de
QM
, co
mo
nó
s m
od
elam
os
em u
m e
stud
o l
ong
itud
inal
, sã
o c
on
fiáv
eis
e in
stru
men
tos
vál
ido
s par
a a
esti
mat
iva
da
pro
du
tiv
idad
e to
tal
do
s
fato
res
- a
efic
ácia
da
ges
tão
da
qual
idad
e ex
pli
ca a
var
iaçã
o n
a p
rodu
tivid
ade
tota
l do
s fa
tore
s de
emp
resa
s. D
ois
do
s el
emen
tos
de
QM
, lid
eran
ça e
apo
io à
ges
tão
de
pro
gra
mas
de
qu
alid
ade
e m
elho
ria
da
qu
alid
ade
têm
um
sig
nif
icat
ivam
ente
po
siti
va
efei
to s
ob
re a
TF
P,
mas
as
ou
tras
cat
ego
rias
em
no
sso
est
udo
fiz
eram
não
. H
á ta
mb
ém u
ma
boa
do
se d
e v
ariâ
nci
a em
TP
F, que
per
man
ece
sem
ex
pli
caçã
o p
or
no
ssos
elem
ento
s Q
M, co
mo t
esta
do
po
r an
ális
e de
reg
ress
ão.
"Os
dad
os
fora
m r
eco
lhid
os
no p
erío
do
de
200
4 a
200
9 a
par
tir
de
um
a am
ost
ra a
leat
óri
a es
trat
ific
ada
extr
aído
s de
emp
resa
s in
du
stri
ais
sérv
ios
cert
ific
ado
s d
e ac
ord
o c
om
a I
SO
900
0 c
om
um
nú
mer
o t
ota
l d
e 176 o
bse
rvaç
ões
do
s in
stru
men
tos
de
pes
qu
isa.
Em
ord
em p
ara
det
erm
inar
a p
roduti
vid
ade
tota
l d
os
fato
res
po
r m
eio d
a fu
nçã
o d
e p
rod
uçã
o, as
var
iáv
eis
qu
e d
escr
ever
a d
epen
dên
cia
do
val
or
acre
scen
tado
e tra
bal
ho
e c
apit
al f
ato
res
de
pro
duçã
o f
ora
m u
tili
zado
s. P
ara
o D
ado
s de
QM
, os
resu
ltad
os
fora
m s
ubm
etid
os
a an
ális
e fa
tori
al e
cál
culo
s co
nfi
abil
idad
e
com
po
sta
de
mod
o a
ser
uti
liza
da
po
ster
iore
s co
mo
var
iáv
eis
ind
epen
den
tes
na
reg
ress
ão m
últ
ipla
. O
ach
ado
cen
tral
des
te e
studo
é q
ue
os
fato
res
de
QM
fo
rnec
e u
m i
nst
rum
ento
vál
ido e
con
fiáv
el p
ara
a p
rev
isão
de
pro
du
tivid
ade
tota
l do
s fa
tore
s. D
ois
do
s el
emen
tos
de
QM
, li
der
ança
e a
poio
à g
estã
o d
e p
rog
ram
as d
e qu
alid
ade
e m
elho
ria
contí
nua
da
qual
idad
e, p
rovou
ter
um
efe
ito
sig
nif
icat
ivam
ente
po
siti
vo n
a T
FP
, en
quan
to a
s ou
tras
cat
ego
rias
em
no
sso
est
udo
não
o f
ez.
o r
esu
ltad
os
da
pes
qu
isa
são
dir
igid
as p
ara
mo
stra
nd
o a
s em
pre
sas
com
rec
urs
os
lim
itad
os
que
os
elem
ento
s Q
M e
les
dev
eria
m p
rest
ar m
ais
aten
ção n
o o
bje
tivo
de
alca
nça
r u
ma
mai
or
pro
du
tivid
ade.
Ap
esar
do
fat
o d
e qu
e no
ssa
pes
quis
a te
nh
a al
can
çado
sig
nif
icat
ivo
s re
sult
ado
s ver
ific
ávei
s, d
eve-
se e
nfa
tiza
r q
ue
qual
quer
fal
ha n
a p
rese
nte
inv
esti
gaç
ão,
em p
rim
eiro
lug
ar h
aste
do
tam
anh
o d
o a
mo
stra
, e,
em
bo
ra a
val
idad
e in
tern
a do
s no
sso
s v
ariá
vei
s é
ace
itáv
el f
ort
e, e
le e
stá
lon
ge
de
ser
per
feit
o, po
r is
so h
á p
ropo
stas
par
a fu
tura
s p
esqu
isas
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
131
Muh
amm
ad A
sif
Khan
, S
hah
eed
Zulf
ikar
, A
li B
hu
tto
"O o
bje
tiv
o d
este
est
udo
é i
nv
esti
gar
em
pir
icam
ente
as
bar
reir
as d
e ges
tão d
a qu
alid
ade
tota
l im
ple
men
taçã
o e
xper
imen
tado
po
r o
rgan
izaç
ões
de
serv
iço
no
Paqu
istã
o.
Os
resu
ltad
os
iden
tifi
cara
m a
fal
ta d
e p
lanej
amen
to, fa
lta
de
recu
rso
s h
um
ano
s ef
icie
nte
s p
ráti
cas,
de
infr
aest
rutu
ra i
nad
equad
a p
ara
a ges
tão d
a q
ual
idad
e to
tal,
a f
alta
de
apoio
de
lid
eran
ça
e fa
lta
de
foco
no
cli
ente
co
mo b
arre
iras
sig
nif
icat
ivas
par
a a
imple
men
taçã
o d
esta
in
icia
tiv
a. O
s re
sult
ado
s fo
rnec
eram
um
a op
ort
un
idad
e p
ara
ger
ente
s de
qual
idad
e, p
rofi
ssio
nai
s de
recu
rso
s hu
man
os
e p
rofi
ssio
nai
s p
ara
pro
sseg
uir
a i
nte
rven
ção
ap
rop
riad
a es
trat
égia
s par
a co
mp
ensa
r o
s ef
eito
s des
sas
bar
reir
as
"fo
ram
sel
ecio
nad
as d
ez o
rgan
izaç
ões
de
serv
iço
s, c
inco
de
cada
par
a ca
da
fato
r. F
ato
r d
e ca
rga
de
tele
com
unic
açõ
es, as
in
stit
uiç
ões
fin
ance
iras
, co
m v
alo
r in
feri
or
a 0
,50
não
fo
ram
lev
adas
em a
nál
ise.
Fo
ram
sel
ecio
nad
as a
s que
tinham
a e
xp
eriê
nci
a n
eces
sári
a de
Fat
ore
s co
m v
alo
r su
per
ior
a 1
,00 q
ue
esta
vam
im
ple
men
tando
TQ
M [
2,3
]. U
sand
o a
mo
stra
gem
de
con
ven
iên
cia
man
tid
a té
cnic
a, u
ma
amo
stra
de
150
ger
ente
s e
exec
uti
vos
fora
m s
elec
ionad
os
par
a o
est
udo
. U
m q
ues
tio
nár
io c
om
res
ult
ado
s da
auto
adm
inis
traçã
o f
oi
uti
liza
do
par
a co
leta
r o
s d
ado
s. O
inst
rum
ento
do
est
ud
o f
oi
adap
tad
o a
par
tir
Cen
to e
tri
nta
qu
esti
onár
ios
pre
ench
ido
s Q
ues
tion
ário
est
rutu
rad
o f
oi
uti
liza
do
par
a co
leta
r o
s dad
os
a p
arti
r d
e um
a am
ost
ra d
e 1
20
ges
tore
s.
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
132
Gin
és S
anti
ago M
arco
Per
les
"To
tal
Qu
alit
y M
anag
emen
t (T
QM
) é
um
a fi
loso
fia
de
ges
tão
glo
bal
que
incl
ui
um
con
jun
to d
e p
rincí
pio
s cu
ja a
pli
caçã
o e
stá
a au
men
tar.
O m
undo
dos
neg
óci
os
e in
stit
uiç
ões
públi
cas,
tai
s
com
o h
osp
itai
s, u
niv
ersi
dad
es o
u c
âmar
as m
unic
ipai
s, s
ão p
rog
ram
as d
e q
ual
idad
e M
enti
ng
. N
o e
nta
nto
, ap
esar
da
ampla
dif
usã
o d
e T
QM
, a
tax
a d
e su
cess
o d
este
tip
o d
e in
icia
tiv
a é
lim
itan
do o
s re
sult
ado
s, h
eter
og
êneo
. A
cad
êmic
os
e p
rofi
ssio
nai
s sã
o,
po
rtan
to,
tenta
ndo i
den
tifi
car
as c
hav
es q
ue
expli
cam
o s
uce
sso o
u a
fal
ha
de
este
tip
o d
e in
icia
tiv
a. D
ifer
ente
s
exp
lica
ções
têm
foi
dad
o,
mas
a m
aiori
a d
a li
tera
tura
con
cord
a q
ue
com
pro
mis
so, im
pli
caçã
o e
lid
eran
ça s
ão e
lem
ento
s in
dis
pen
sáv
eis
em u
ma
imp
lem
enta
ção
bem
-su
cedid
a d
e T
QM
.
Est
e ar
tigo
art
icu
la r
azõ
es q
ue
just
ific
am a
nec
essi
dad
e de
lider
ança
par
a u
ma
impla
nta
ção
bem
-su
cedid
a d
e T
QM
. A
lit
erat
ura
esp
ecia
liza
da
é unân
ime
em i
nd
ican
do
a n
eces
sid
ade
de
ges
tão
par
tici
paç
ão,
com
pro
mis
so e
lid
eran
ça,
a fi
m d
e im
pla
nta
r es
ta f
iloso
fia
de
ges
tão
. C
on
tud
o,
não
é p
oss
ível
en
con
trar
arg
um
ento
s cl
aro
s p
ara
dis
ting
uir
entr
e o
com
pro
mis
so e
lid
eran
ça e
dem
ost
ra a
nec
essi
dad
e par
a o ú
ltim
o.
Do
mes
mo m
odo
, a
lite
ratu
ra s
ob
re l
ider
ança
de
nav
io,
é fá
cil
ob
serv
ar d
escr
içõ
es p
arci
ais
de
a re
lação
líd
er-s
eguid
or
qu
e n
ão p
erm
item
par
a o
bte
r u
ma
resp
ost
a co
mple
ta a
per
gun
tas
sob
re a
nec
essi
dad
e d
e li
der
ança
na
impla
nta
ção d
e T
QM
e s
eu d
inam
ism
o. E
m p
ouca
s p
alav
ras,
as
razõ
es i
mpu
lsio
nan
do a
s p
esso
as a
seg
uir
um
líd
er p
ode
ser
sin
teti
zad
o e
m t
rês
dim
ensõ
es q
ue
tenho
cham
ado d
e "t
écn
ica,
psi
co-a
feti
vo e
éti
co "
. V
olt
ando a
o c
ampo d
e T
QM
, o c
on
ceit
o d
e ges
tão
da
qual
idad
e ap
rese
nta
das
aqu
i,
no
s per
mit
e par
a re
solv
er a
co
nfu
são
ter
min
oló
gic
a o
corr
endo
anel
na
lite
ratu
ra e
ntr
e o
s co
nce
ito
s de
"O c
om
pro
mis
so"
e "l
ider
ança
ger
enci
al".
Tam
bém
per
mit
e-n
os
dem
on
stra
r -
pel
o
men
os
em t
eori
a -
qu
e a
impla
nta
ção c
om
ple
ta d
o T
QM
pri
ncí
pio
s n
ão é
po
ssív
el s
em l
ider
ança
ger
enci
al.
Um
a v
ez q
ue
este
est
ud
o é
fo
cado
na
étic
a d
imen
são d
a li
der
ança
, an
alis
amo
s a
Qu
e p
rin
cípio
s d
e T
QM
med
ida
pod
e se
r des
envolv
ida
quan
do
ess
a dim
ensã
o e
stá
ause
nte
.
"No
enta
nto
, u
m e
studo
sob
re a
lit
erat
ura
esp
ecia
liza
da
mo
stra
um
a co
nfu
são
ter
min
oló
gic
a en
tre
ges
tão
, co
mp
rom
isso
e l
ider
anç
a ger
enci
al.
O a
uto
r d
este
art
igo
def
ende
a te
se d
e que
"co
mp
rom
isso
" e
"lid
eran
ça"
são s
inô
nim
os.
O d
ocu
men
to v
ai m
ost
rar
que,
par
a co
mp
reen
der
a d
isti
nçã
o a
nte
rio
r, é
nec
essá
rio
con
sider
ar a
dim
ensã
o é
tica
da
lider
ança
co
mp
rom
etem
ges
tore
s p
od
em c
ondu
zir
o p
roce
sso
usa
nd
o e
xcl
usi
vam
ente
seu
pod
er (
com
a a
trib
uiç
ão d
e re
curs
o n
eces
sári
o),
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO
133
Yai
r B
erso
n e
Jon
athan
D. L
into
n
"A p
esq
uis
a re
cente
en
fati
za a
lid
eran
ça t
ransf
orm
acio
nal
co
mo
um
alt
amen
te e
fica
z es
tilo
mo
stra
do p
ara
pre
ver
o d
esem
pen
ho
nas
org
aniz
ações
A e
vid
ênci
a em
pír
ica
da
impo
rtân
cia
da
lid
eran
ça t
ran
sfo
rmad
ora
, par
a o
est
abel
ecim
ento
de
qual
idad
e em
um
am
bie
nte
de
P &
D t
em s
ido
ofe
reci
do.
A l
ider
ança
tra
nsf
orm
acio
nal
, fo
i
enco
ntr
ado
, par
a su
po
rtar
o d
esen
vo
lvim
ento
de
um
a q
ual
idad
e m
eio A
mb
iente
, li
der
ança
tra
nsf
orm
acio
nal
ten
de
par
a ap
oia
r a
qu
alid
ade,
bem
co
mo a
sat
isfa
ção
em
P &
D a
mb
iente
s. A
rela
ção
entr
e a
lider
ança
e q
ual
idad
e tr
ansf
orm
acio
nal
e t
ran
saci
onal
foi
esta
tist
icam
ente
sig
nif
icat
iva
com
an
áli
se d
e re
gre
ssão
, m
as a
pen
as t
ran
sfo
rmac
ion
al é
est
atis
tica
men
te n
o m
odel
o
de
equaç
ões
est
rutu
rais
Est
e es
tudo f
oi
cond
uzi
do
em
org
aniz
ação
de
tele
com
un
icaç
ões
. A
em
pre
sa d
esen
volv
e p
roduto
s d
e har
dw
are,
tai
s co
mo
in
terr
upto
res,
o t
elef
one
pro
ved
ore
s d
e se
rviç
o.
Est
a em
pre
sa e
stá
entr
e as
mai
ore
s o
rgan
izaç
ões
de
alta
tec
nolo
gia
e I
& D
in
stal
ações
em
Isr
ael.
2.2
00 d
e 2
.800 f
un
cion
ário
s p
arti
cip
aram
do
lev
anta
men
to,
o q
ue
rep
rese
nta
um
a ta
xa
de
par
tici
paç
ão d
e
79%
. D
os
2.2
00 p
arti
cipan
tes,
fo
ram
sel
ecio
nad
os
511
fu
nci
onár
ios
de
41
unid
ades
que
trab
alh
avam
em
R &
D c
on
fig
ura
ções
e 8
76
fun
cion
ário
s de
96 u
nid
ades
em
car
go
s ad
min
istr
ativ
os.
O r
esta
nte
do
s em
pre
gad
os
trab
alh
ou e
m e
mp
rego
s n
a in
dú
stri
a e,
po
rtan
to,
não
faz
iam
par
te d
este
est
udo
. O
núm
ero d
e em
pre
gad
os
em u
nid
ades
de
I &
D v
ario
u c
on
sider
avel
men
te c
om
um
a m
édia
de
13 e
um
des
vio
pad
rão
de
9,3
5.
Em
un
idad
es a
dm
inis
trat
ivas
méd
ias
de
funci
on
ário
s po
r u
nid
ade
foi
de
9 c
om
um
pad
rão
des
vio
de
7. 69
,5%
do
s par
tici
pan
tes
de
Unid
ades
de
P &
D e
ram
do s
exo m
ascu
lino
e 7
3,5
% d
os
funci
onár
ios
adm
inis
trat
ivos-
era
m d
o s
exo
mas
culi
no
. O
pri
mei
ro a
uto
r ad
min
istr
ou
as
pes
quis
as p
ara
30
-60 f
un
cion
ário
s de
um
tem
po, ao
lon
go
de
um
per
íod
o d
e 2
mes
es. O
s fu
nci
on
ário
s fo
ram
ped
iu p
ara
men
cion
ar a
pen
as o
seu
có
dig
o d
a u
nid
ade,
a f
im p
ara
gar
anti
r se
u a
non
imat
o.
AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO