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JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração de empresas do ramo automotivo, para melhoria contínua do sistema de qualidade Guaratinguetá 2016

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JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA

O perfil de liderança adequado à alta administração de empresas do ramo automotivo,

para melhoria contínua do sistema de qualidade

Guaratinguetá

2016

asTRABALHOS

FUTUROS

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JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA

O perfil de liderança adequado à alta administração de empresas do ramo automotivo,

para melhoria contínua do sistema de qualidade

Dissertação apresentada à Faculdade de Engenharia do

Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual

Paulista, para a obtenção do título de Mestre em

Engenharia de Produção na área de Gestão e Otimização

do Curso de Mestrado Profissional.

Orientador: Prof. Dr. Jorge Muniz Jr.

Co-orientador: Profª. Drª. Andréia Maria Pedro Salgado

Sponsor: Marcos Antônio Balbinot

Guaratinguetá

2016

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A447p

Almeida, José Eduardo de Oliveira

O Perfil de liderança adequado à alta administração de empresas do

ramo automotivo para melhoria contínua do sistema de qualidade / José

Eduardo de Oliveira Almeida – Guaratinguetá, 2016.

133 f : il.

Bibliografia: f. 73-85

Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de

Engenharia de Guaratinguetá, 2016.

Orientador: Prof. Dr. Jorge Muniz Júnior

Coorientadora: Profª Drª Andréia Maria Pedro Salgado

1. Liderança. 2. Qualidade. 3. Desempenho. I. Título

CDU 316.43(043)

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Guaratinguetá

2016

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ALMEIDA, J. E. O. O perfil de liderança adequado à alta administração de empresas do ramo

automotivo, para garantir a melhoria contínua do sistema de qualidade. 2015. Dissertação (Mestrado

Profissional em Engenharia de Produção) – Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguetá,

Universidade Estadual Paulista, Guaratinguetá, 2016.

RESUMO

Nesta dissertação aborda-se o perfil de liderança adequado à alta administração de

empresas do ramo automotivo, para garantir a melhoria contínua do sistema de qualidade.

Buscou-se fundamentação teórica sobre o conceito de qualidade relacionando às principais

normas de qualidade existentes, bem como o processo de certificação. O foco foi dado sobre as

normas relacionadas ao processo de produção automotivo com aprofundamento na norma VDA

6.3 aplicada na empresa relacionada ao estudo. Foram discutidos os principais conceitos de

liderança e seus estilos, assim como os conceitos de competências gerenciais relacionadas aos

conhecimentos, habilidades e atitudes e as dimensões de competências. A metodologia aplicada

foi baseada em um estudo de caso exploratório e utilizou-se do método qualitativo de pesquisa

empírica, obtido pela pesquisa de literatura, capturando as perspectivas e pontos de vista da alta

administração da empresa. Para coleta de dados utilizou-se de entrevistas semiestruturadas, com

cinco executivos de grande experiência profissional na área automotiva. Foram definidos pelos

entrevistados, segundo suas experiências, as competências necessárias e os adjetivos que formam

os perfis de liderança e suas definições. O estudo demonstrou quais elemento do cruzamento,

entre os conceitos de liderança, qualidade e competência, se integravam ao perfil de liderança

que foi resultante da análise da entrevista com os gestores. Este perfil foi identificado por meio

de adjetivos referentes à liderança e seus comportamentos, pelos próprios gestores. A entrevista

semiestruturada permitiu uma análise preliminar que resultou em 15 adjetivos, que configuram

o pensamento dos representantes da alta administração que foram entrevistados. Estes adjetivos

definem características próprias de gestores que contribuem para formar um perfil de liderança

adequado para garantir a melhoria contínua do sistema de qualidade. Os resultados obtidos

fornecem uma base para futuros trabalhos com análises quantitativas envolvendo as

competências e os perfis de liderança adequados à melhoria contínua do sistema de qualidade

nas industrias do ramo automotivo.

PALAVRAS-CHAVE: Competência, perfil de liderança, qualidade.

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ALMEIDA, J. E. O. The leadership profile appropriate to senior management of companies in the

automotive industry, to ensure the maintenance of the quality system 2015. Dissertation (Master

Degree in Production Engineering) – Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguetá,

Universidade Estadual Paulista, Guaratinguetá, 2016.

ABSTRACT

This dissertation addresses the leadership profile appropriate to senior management of

companies in the automotive industry, to ensure continuous improvement of the quality system.

It attempted to theoretical foundation of the concept of quality relating to the main existing

quality standards and the certification process. The focus was on the standards related to the

automotive production process of deepening the VDA 6.3 applied to the company related to the

study. The main concepts of leadership were discussed and their styles, as well as the concepts

of managerial skills related to knowledge, skills, attitudes, and dimensions of skills. The

methodology used based on an exploratory case study and it used the qualitative method of

empirical research, obtained by literature search, capturing the perspectives and views of senior

management of the company. For data collection, we used semi-structured interviews with five

executives of great professional experience in the automotive field. The respondents according

to their experience, the skills and the adjectives that form the leadership profiles and their

definitions defined them. The study showed that the cross member between the concepts of

leadership, quality and competence, were integrated to the profile of leadership that resulted from

the analysis of the interview with the managers. This profile was identified by means of

adjectives related to leadership and their behaviors by their own managers. The semi-structured

interview allowed a preliminary analysis resulted in 15 adjectives, which shape the thinking of

senior management representatives interviewed. These adjectives define characteristics of

managers who contribute to form a proper leadership profile to ensure continuous improvement

of the quality system. The results provide a basis for future work with quantitative analysis

involving the skills and leadership profiles suitable for the continuous improvement of the quality

system in the industries of automotive industry

KEYWORDS: Competence, leadership profile, quality

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AVSQ AnfiaValutazione Sistemi Qualitá

EAQF Evaluation Aptitude Qualité Fournisseur

ISO International Organization for Standardization’s

ISO TS International Organization for Standardization’s Technical Specification

OHSAS Occupational Health and Safety Assessment Services

QS 9000 Quality Standard

SA Social Accountability

SSO Segurança e Saúde Ocupacional

TQM Total Quality Management

VDA Verband der Automobilindustrie

RD Responsável da Direção

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SUMÁRIO:

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 7

1.1 OBJETIVO ............................................................................................................ 9

1.2 DELIMITAÇÕES ................................................................................................. 9

1.3 CONTRIBUIÇÕES ............................................................................................... 9

2 EMBASAMENTO TEÓRICO ......................................................................... 11

2.1 LIDERANÇA ...................................................................................................... 11

2.2 QUALIDADE ..................................................................................................... 19

2.3 COMPETÊNCIAS GERENCIAIS ..................................................................... 26

2.3.1 Conhecimento, Habilidade e Atitude ............................................................... 26

2.3.2 Dimensões de Competência ..................................................................................... 28

2.4 O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, A GESTÃO E A MELHORIA

CONTÍNUA DA CERTIFICAÇÃO ............................................................................................... 33

3 METODO ........................................................................................................... 41

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................... 45

5 CONCLUSÕES ................................................................................................. 72

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 73

APÊNDICE ........................................................................................................ 86

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1 INTRODUÇÃO

O gerenciamento da cadeia de abastecimento e do processo produtivo, são fundamentais

para buscar a competitividade e o sucesso da organização (COUSINS; SPEKMAN, 2003). O

gerenciamento da cadeia de suprimento exige da organização o compromisso com o processo de

certificação de qualidade, influenciando seus fornecedores e promovendo a mudança de seu

modelo organizacional (JOHNSON; DANA ; WALCK, 2004).

As normas de qualidade são utilizadas pelas empresas para criar produtos ou serviços que

obedeçam aos princípios da qualidade e melhoria contínua em toda a cadeia de fornecimento e

produção. Atualmente existem normas específicas para ramos de atividades como por exemplo;

Saúde e Segurança Ocupacional SSO - OHSAS 18001:2007, Segurança alimentar – ISO 22000

aplica os princípios do HACCP (Hazard Analysis Critical Control Point), Gestão de

Responsabilidade Social – SA 8000:2001. Em todos estes ramos de atividade considera-se que a

alta administração tem papel estratégico para a gestão da qualidade.

A indústria automotiva é importante para a economia mundial, em função do valor

agregado dos seus produtos. Uma característica neste setor é a utilização de normas de qualidade

como a ISO, ISO TS, QS 9000, AVSQ, EAQF e VDA.

Em 2015, houve nova revisão da norma ISO 9001 que atribui maior responsabilidade à

liderança, excluindo o Representante da Alta Direção (RAD), que detinha esta responsabilidade

perante a organização e os órgãos certificadores.

Demonstrando a importância do papel da alta administração e a aplicação do conceito de

liderança no processo de implantação e melhoria contínua das normas de qualidade, a revisão da

ISO 9001 -2015 omite a figura do RD (Representante da Direção) como principal responsável

pelo sistema de gestão da qualidade, a partir de agora esse papel será descentralizado e ficará a

cargo das lideranças da empresa, visando disseminar verdadeiramente a cultura da gestão da

qualidade (HAMPTON; DEBRA; HAY, 2014).

A alta administração será responsável para a efetividade do Gerenciamento do Sistema de

Qualidade (QMS).

As organizações apresentam dificuldades para implementação e melhoria contínua de

sistemas de qualidade, principalmente devido à necessidade da existência de uma cultura

organizacional envolvendo a liderança e o compromisso com a qualidade (SARROS; COOPER;

SANTORA, 2008).

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O alinhamento do perfil de liderança da alta administração e a cultura organizacional

focada em qualidade contribui para orientar a organização para buscar a melhoria contínua do

sistema de qualidade.

Lidar com o aspecto humano é uma habilidade de liderança importante, que contribui na

busca do entendimento das orientações da alta administração sobre importância da melhoria

contínua de normas de sistema de qualidade para a organização (ALMEIDA; MUNIZ Jr.;

COSTA, 2014). Neste sentido, os fatores relacionados às pessoas, como treinamento,

responsabilidade e cultura organizacional são relevantes para a gestão (PSOMAS;

FOTOPOULOS; KAFETZOPOULOS, 2010). Para alinhar a cultura organizacional, aos

objetivos de qualidade, a alta administração precisa ter habilidades de liderança capazes de criar

o ambiente adequado para a melhoria contínua do sistema de qualidade.

Tanaka; Muniz Jr., (2012) identificam fatores críticos para implementação e melhoria

contínua de sistemas de melhoria, o que inclui sistema de qualidade, na percepção de líderes e

consultores envolvidos com projeto de melhoria. O estudo destaca a importância da liderança na

implementação e melhoria contínua do sistema de qualidade, bem como comprometimento da

direção.

Nesse contexto, uma questão de pesquisa relevante é: qual o perfil de liderança da alta

administração que contribui para estabelecer a cultura organizacional necessária à melhoria

contínua do sistema de qualidade?

Entender a relação entre a melhoria contínua do sistema de qualidade e o perfil de liderança

da alta direção para a gestão da organização é importante para alcançar níveis de qualidade

competitivos no mercado globalizado atual. A melhoria contínua do sistema de qualidade está

relacionada com os estilos de lideranças usados pelas organizações, bem como o perfil

comportamental dessa liderança.

É preciso alinhar o perfil de liderança da alta administração buscando evitar conflitos entre

os aspectos comportamentais dos gestores e as necessárias para a operação. Gerentes e

funcionários de linha divergem consideravelmente em várias características individuais como;

sensibilidade, equidade, comportamento de cidadania organizacional e crescimento (PATTI;

FOK; HARTMANS, 2004). Essas diferenças afetam a cultura e os resultados organizacionais de

forma distinta. Portanto, se não houver um alinhamento do estilo de liderança da alta direção é

possível que os funcionários venham a reagir de forma diferente na implementação e melhoria

contínua do sistema da qualidade, prejudicando os resultados esperados.

A literatura indica que os membros da alta administração, ao replicar e compartilhar seu

conhecimento, facilitam o envolvimento das pessoas para estabelecer a direção estratégica,

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construção e melhoria contínua de um sistema de gestão. A boa liderança influencia no

desempenho organizacional e operacional, desenvolvimento individual, motivação da base da

organização e aprendizagem organizacional. Estes fatores influenciam a construção da cultura

organizacional e capacidade de integrar os conceitos de qualidade necessários ao funcionamento

do sistema de qualidade.

1.1 Objetivo

Este trabalho investiga o perfil de liderança da alta administração necessárias para manter

o sistema de qualidade em empresas do ramo automotivo. O perfil da liderança é tratado pelas

competências relativas ao trinômio de Conhecimento, Habilidade e Atitude.

Propõe-se ainda a relação deste perfil com os requisitos da norma de qualidade VDA 6.3.

1.2 Delimitação

Por tratar-se de um mestrado profissional, a indicação do projeto de pesquisa foi feita pela

direção da empresa diante de sua necessidade em garantir a melhoria contínua da norma VDA

6.3, específica para o ramo automobilístico. O sistema de qualidade representado pela aplicação

da norma VDA 6.3 é critério para homologação de fornecedores e sem ela, a empresa pode ser

descredenciada.

Não se pretende identificar ou atrelar o perfil de liderança a traços de personalidade ou a

características individuais específicas.

O estudo é realizado numa montadora de veículos comerciais por encomenda, ônibus e

caminhões.

1.3 Contribuição

Este estudo contribui para orientar a melhoria contínua do sistema de forma sustentável,

garantindo a manutenção do credenciamento de fornecedor homologado. Como consequência, a

alta administração terá à sua disposição conhecimentos capazes de auxiliar na condução das

ações necessárias para melhoria contínua da certificação de qualidade. Estes conhecimentos, se

bem aplicados, também podem influenciar o desenvolvimento da cultura organizacional da

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empresa, sobretudo na questão da qualidade e melhoria contínua. Se espera que indivíduos com

níveis mais elevados dentro da organização, no caso a alta administração, possuam maior

influência sobre as decisões que são de natureza estratégica. Contudo, para a maioria das

pesquisas nesse sentido, há indícios de que esses indivíduos provavelmente influenciarão a

organização no sentido de garantir a manutenção dos conceitos de qualidade, estabelecidos no

processo de certificação. Conceitos estes que são de cunho estratégico para o futuro da

organização (CARPENTER; et. Al., 2004).

O estudo busca contribuir identificando o perfil de liderança da alta administração da

empresa visando a melhoria contínua do sistema de qualidade, no caso a norma VDA 6.3. Os

perfis serão identificados por meio de entrevistas com gestores experientes. Os resultados

fundamentaram a discussão do perfil de liderança adequado para a implementação de melhorias

de qualidade no processo.

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2 EMBASAMENTO TEÓRICO

O Embasamento Teórico é fundamentado na discussão do Apêndice A, que resume os

principais pontos dos artigos analisados. Trata-se, portanto, de uma revisão sistemática da

literatura, base de dados, período temporal e palavras chaves. O tratamento dos artigos analisados

é ilustrado no Quadro 1.

Quadro 1: Exemplo de registro das informações dos artigos analisados (detalhe Apêndice A)

Autor Objetivo Resultado Método

Sugestão

trabalho

futuros

LAK

SHM

AN

(20

06

)

Este artigo desenvolve

uma teoria de

liderança de

qualidade, com foco

em traços do líder,

valores e

comportamentos com

base em princípios de

TQM subjacentes...

O grau em que os

líderes comunicam a

importância dos

clientes internos e

externos da unidade

será positivamente

relacionada com o

desempenho da

unidade...

Questionário

sobre

desenvolvimento

de liderança

(RDQUO).

Este artigo faz

contribuições

tanto para a

liderança e

literaturas

TQM...

Fonte: Autor

2.1 Liderança

O tema liderança está presente na humanidade por meio dos exemplos de grandes líderes,

que souberam conduzir as pessoas rumo a objetivos comuns, que de alguma forma ajudaram a

construir a história da humanidade. Esta história vem sido contada por meio das conquistas desses

líderes (BASS; BERNARD, 2007).

Considera-se que a liderança é um fenômeno real e muito importante nas ciências

humanas. A mesma é aplicada sobre o desempenho das equipes, grupos e organizações buscando

atingir objetivos comuns. Uma boa liderança promove uma equipe eficaz e aprimora a

performance do Grupo, que por sua vez, aumenta o bem-estar das pessoas que formam a equipe.

Da mesma forma uma má liderança degrada a qualidade de vida para todos os membros da equipe

(HOGAN et al., 2005).

Liderança é normalmente definida em termos de pessoas que estão no comando de

organizações e suas unidades; por definição, essas pessoas são líderes. Mas é preciso refletir por

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um momento sobre as habilidades necessárias para manter uma estrutura hierárquica de uma

organização. Os exemplos positivos do exercício de liderança real são os que de fato, contribuem

para o sucesso da organização. Segundo Hogan et al., (2005), as pessoas que alcançam posições

de liderança nas grandes organizações se distinguem pelo trabalho duro, inteligência, ambição,

habilidade política, e sorte.

Pessoas evoluem como os animais que vivem em grupo, porque não há segurança quando

isolados. Durante o 2 milhões de anos de pré-história humana, os vários grupos de hominídeos

estavam em concorrência para o controle dos recursos, e a competição foi normalmente bastante

selvagem (HARTOG; JOOP, 2000). Essa condição favoreceu o surgimento de pessoas que se

destacavam do grupo assumindo o poder sobre as decisões principais do grupo, estabelecendo

normas de conduta. Foram os primeiros líderes. Estes líderes representavam uma segurança para

o grupo por demonstrarem que estavam mais preparados para enfrentar situações de perigo e

tinham mais condições de alcançar meios de sobrevivência para o grupo. Este exercício de poder

identificava quem era mais capacitado para liderar o grupo, isso pela combinação de dois fatores

principais, que eram, força e inteligência.

A atuação da liderança afeta a percepção dos empregados, bem como o seu compromisso,

motivação e confiança. Trabalhar em liderança significa estabelecer metas e promover motivação

(KEEGAN; HARTOG, 2004). A responsabilidade da liderança constitui a capacidade de

conduzir o grupo, para isso precisa ser capaz de criar objetivos e metas para si e para os membros

do grupo. Um bom líder direciona a equipe rumo ao objetivo, estabelecendo quais metas devem

ser cumpridas para alcançar o que foi estabelecido.

Trabalhar a liderança, apoio organizacional e processual e justiça interpessoal podem

ajudar a delinear a importância dos supervisores diretos e gerentes de linha de frente na

implementação de práticas de RH (por exemplo, COLQUITT; JASON, 2001, DE HAAS et al.,

2000, LOCKE et al., 2002, RHOADES et al., 2002).

Madlock; Paul, (2008) indica que o estilo de liderança e supervisão, sua competência e

formas de comunicação influenciam a satisfação dos funcionários. Barczak et al., (2001)

demonstram que funcionários satisfeitos são amistosos ao aprendizado e disciplina necessários à

melhoria contínua da norma. Barczak et al., (2001) e Lakshman, (2006), o Quadro 1, apresentam

fatores que influenciam a satisfação dos funcionários melhoria contínua do sistema de qualidade.

Funcionários satisfeitos estão mais propensos a buscar melhores resultados para a

organização, pois entendem que as condições favoráveis ao ambiente de trabalho estão

relacionadas aos resultados que apresentam no seu trabalho. O estilo de liderança deve favorecer

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este pensamento proporcionando as condições de trabalho que levem à satisfação dos

funcionários.

O Quadro 2 apresenta fatores que podem influenciar a satisfação dos funcionários e suas

definições. Estes fatores são importantes para buscar resultados de qualidade nas organizações.

Quadro 2 fatores que influenciam a satisfação dos funcionários Barczak et al., (2001)

Fator Definição Autor

Características da equipe Enfoca equipes eficazes com consenso, coesão, compartilhamento e

integração.

Bar

czak

et

al., (

2001

)

Objetivos e Metas claras Importantes para que a organização os conheça e entenda

Recompensas Estabelecer um programa de avaliação de desempenho que tenha

credibilidade e um sistema de recompensas reconhecido pelos

funcionários da organização

Liderança Ser eficaz para obter resultados mensuráveis, em especial o indicador de

satisfação dos funcionários, que é estritamente relacionado à qualidade

de gestão estabelecida pela liderança.

Apoio à gestão Influencia na disponibilização de recursos para que a organização possa

executar as atividades previstas

Conflito e estresse A forma com que a organização administra as situações com diferentes

opiniões. Neste caso, busca-se que as diferenças sejam respeitadas e as

pessoas se sentem motivadas a expressar seus pontos de vista. Sobre este

aspecto

Comunicação

Relação entre a qualidade da comunicação dos líderes na organização e

sua influência sobre os resultados operacionais

Lak

shm

an, (2

006)

Percepção A importância das relações envolvendo clientes internos e externos e o

incentivo ao cooperativismo

Cultura de equipe Relativa ao trabalho em equipe e compartilhamento das informações

Resultados da

organização

Níveis mais elevados de eficácia e participação influenciam

positivamente os resultados da organização

Equipes A utilização de equipes autônomas, o comportamento de coaching, o

apoio e delegação de autoridade

Comportamento Importância do comportamento estruturante, uso da inteligência e

conhecimento para condução de experimentos

Controle de variáveis A capacidade de identificar as variáveis de ruídos e seus efeitos sobre os

resultados da organização

Fonte: Autor

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Zaccaro et al., (2002) indicam proposições baseadas no modelo de liderança que são

importantes para o desenvolvimento das organizações, entre elas o estabelecimento de metas e

objetivos e a importante de que sejam claros e factíveis com ampla divulgação para que toda a

organização de forma que seja compreendida. Estes autores indicam a utilização de ferramentas

de gestão por contribuírem para definir os papéis individuais e coletivos, por meio de

metodologias eficazes para gerar resultados adequados, bem como possibilitam meios para

estabelecer estratégias e monitoramento de resultados. As suas proposições, baseadas no modelo

de liderança, são importantes para o desenvolvimento das organizações e contribuem como

fundamentação para alcançar uma liderança eficaz, pela capacitação dos liderados, condições

adequadas de trabalho, processamento das informações, resolução de problemas e uso de

metodologias adequadas.

Zeitz et al., (2009), demonstram que o estabelecimento de metas nas certificações,

contribuem para o desenvolvimento dos funcionários, pela sua mobilização e motivação, além

de estimular novas habilidades nas pessoas.

Fotis et al., (2006) indicam que o ciclo de vida da competência é composto de quatro macro

fases importantes, que visam a contínua promoção e desenvolvimento da competência individual

e organizacional. São elas:

O mapeamento de competências: Consiste em fornecer à organização uma visão

geral de todas as competências necessárias para cumprir as suas metas, que são

definidas segundo o plano de negócio da organização, os requisitos de projetos,

as necessidades do grupo de trabalho e requisitos de função. O nível de

proficiência necessário para cada perfil de trabalho deve ser bem definido nesta

fase.

O diagnóstico: Consiste em obter informações significativas que demonstrem a

situação do nível de competências e proficiência equivalente de cada funcionário.

Uma análise de lacuna de competências é também essencial nesta fase, a fim de

definir a diferença entre o número e o nível de competências que os funcionários

possuem, em comparação com o número e nível de competências exigido pela

organização, de acordo com a sua função de trabalho.

O desenvolvimento: lida com o agendamento de atividades, de modo a aumentar

o número e proficiência e o nível de competências que os funcionários devem ter,

de acordo com as duas fases anteriores.

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O monitoramento: Consiste na monitorização das competências, ou seja, um

exame contínuo dos resultados alcançados pela fase de desenvolvimento de

competências.

Zeitz et al., (2009) indicam que a presença e aceitação de um sistema de certificação pode

aumentar o incentivo para investimentos em capital humano, porque a certificação dá a vantagem

competitiva ao trabalhador.

Patti; Fok; Hartman, (2004) indicam que existem comportamentos diferentes entre

gerentes e os funcionários operacionais que influenciam a concordância no cumprimento dos

requisitos exigidos pelas normas de qualidade. Algumas destas diferenças são:

Benevolência: Os gerentes são mais propensos a buscar resultados que estejam

dentro dos objetivos estabelecidos, demonstrando menos benevolência ao não

cumprimento das metas.

Força para realização: Os gerentes são mais propensos a dispender esforços

adicionais para alcançar os resultados que foram estabelecidos no planejamento.

Altruísmo: Os funcionários são mais propensos ao individualismo em assuntos

relacionados aos objetivos organizacionais.

Excelência no atendimento: Os gerentes são mais propensos a buscar padrões

excelentes de atendimento.

Estas diferenças de comportamento influenciam o processo para estabelecer qual

o perfil de liderança adequado à melhoria contínua do sistema de qualidade. O

líder deve considerar estas diferenças para obter os comportamentos esperado dos

funcionários.

Zaccaro et al., (2001) indicam a capacidade de criar conectividade que consiste em

estabelecer fluxo de informações por meio de aplicação de feedback e processos motivacionais.

Carlos et al., (2011), indicam que quando o sistema de qualidade é implementado pelo

gerente geral, a credibilidade por parte da organização é maior do que quando implementado pelo

gerente de qualidade. Ele também confirma o papel diferente de cada gestor na aprovação do

sistema de gestão e demonstra que quando o tema é abordado sob o aspecto financeiro, não

apresenta este mesmo comportamento. O artigo sugere que ao contrário dos gerentes de

qualidade, os gerentes gerais não percebem a relação entre a gestão de qualidade e o desempenho

financeiro.

Zeitz et al., (2009) demonstram que a certificação estabelece metas específicas, contribui

para o desenvolvimento dos funcionários, mobilizam e motivam as pessoas à adquirirem novas

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habilidades. A presença e aceitação de um sistema de certificação pode aumentar o incentivo

para investimentos em capital humano, porque a certificação dá a vantagem competitiva ao

trabalhador pelo conhecimento adquirido sobre qualidade. O artigo também indica que a

conclusão, com sucesso, de um processo de certificação pode:

Mudar o comportamento profissional dos envolvidos: O estabelecimento de um

sistema de qualidade pressupõe procedimento, instruções e registros, isso

favorece a conduta dos profissionais a medida que torna o trabalho mais

organizado e com menor índice de retrabalho. O processo monitora as atividades

por meio de indicadores.

Mudar a auto- identidade: O processo de certificação e a melhoria contínua deste

processo permite às pessoas a realização das atividades com estabilidade e

menores índices de retrabalho, isso favorece às pessoas interessadas em seu

próprio desenvolvimento em equilíbrio com o desenvolvimento da organização.

É uma oportunidade de mostrar seu potencial.

O trabalhador pode sentir-se mais como um "profissional": Um sistema de

qualidade oferece processos robustos, com índices de acerto elevados e menor

investimento em retrabalho. Diante deste cenário o funcionário entende melhor

seu papel na organização favorecendo seu profissionalismo.

Abordar as tarefas por meio de ferramentas de resolução de problemas: Um

sistema de qualidade implementado estabelece a obrigatoriedade de utilizar

ferramentas de gestão, que tratam os problemas de forma sistematizada,

garantindo soluções definitivas.

Zaccaro et al., (2001) indicam o compartilhamento dos modelos mentais que consiste em

estabelecer mecanismos que possibilitem que as pessoas enxerguem os processos e modelos de

gestão de forma integrada permitindo o alinhamento das ideias.

A base de dados apresentada no apêndice 1 indica estudos sobre liderança em implantação

de sistemas de qualidade em vários setores:

Indústria em geral (ZACCARO et al., 2001, LAKSHMAN, 2006,

TORTORELLA et al., 2014, OPRIME; MENDES; PIMENTA, 2011, TARÍ;

SABATER, 2003. MADLOCK; PAUL 2008, WALDMAN, 1993, ZEITZ et al.,

2009, NICHOLLS, 1994, TURNER et al., 2009).

Automotivo (PATTI; FOK; HARTMAN, 2004, SILVA et al., 2011, DE

TOLEDO et al., 2008).

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17

Telecomunicações (KUNDU; MAHONAR, 2012, FLEURY; FLEURY, 2001,

VIERA; LUZ, 2005, CONSTANTINE; NICHOLAS; LADANY, 2000)

o Educação (KRISKO; MARY ELLEN, 2001, PAULA JORDE; BLOOM,

1992, STEWART et al., 2000)

Eletrônica (STERMAN; REPENNING; KOFMAN, 1997)

Software (DRAGANIDIS; GREGORIS; MENTZAS, 2006)

Estes estudos são conduzidos em diversos países:

Brasil (TORTORELLA et al., 2014, OPRIME; MENDES; PIMENTA, 2010,

SILVA et al., 2008, TOLEDO et al., 2008).

Espanha (TARÍ; SABATER, 2003, CARLOS A; ALBACETE-SÁEZ; MARIA

MAR FUENTES-FUENTES; ANA MARÍA BOJICA, 2011).

EUA: (ANAND; CHHAJED; DELFIN, 2012, MAZUR; MCCREERY;

ROTHENBERG, 2012; SHARMA et al., 2010)

E outros, como: Suécia (RALF MULLER; RODNEY; TURNER, 2009), Romênia

(CRISTEA, 2009), Grécia (FOTIS; DRAGANIDIS; GREGORIS; MENTZAS,

2006), Austrália (KANDAMPULLY, 2002), França (RALF MULLER;

RODNEY TURNER, 2009).

A estrutura da norma ISO 9000:2015 estabelece em seus requisitos, maior

responsabilidade da liderança sobre a melhoria contínua da norma. A versão anterior colocava

na função do RD, a principal responsabilidade sobre o processo de certificação e a melhoria

contínua do sistema de qualidade, isso de certa forma afastava a liderança deste processo. A

versão de 2015 percebeu esta deficiência e destacou o papel da liderança, como responsáveis

pela implantação e melhoria contínua do sistema de qualidade. Este fato, além de contribuir com

os objetivos da qualidade, dá maior ênfase à própria liderança, mostrando sua importância como

fator determinante das ações da organização.

Na norma ISO 9001:2015 indica:

5. Liderança e comprometimento

Generalidades

A Alta Direção deve demonstrar liderança e comprometimento com relação ao sistema de

Gestão da qualidade:

a) responsabilizando-se por prestar contas pela eficácia do sistema de gestão da qualidade.

(Norma NBR ISO 9001: 2015).

O Quadro 3 apresenta os métodos de pesquisa usados e os autores

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18

Quadro 3: Métodos de pesquisa.

Método Autor

Teórico ZACCARO; RITTMAN; MARKS, (2001), LAKSHMAN, (2006),

KUNDU; MAHONAR, (2012), STERMAN; REPENNING;

KOFMAN, (1997), FRYER; ANTONY; DOUGLAS, (2007),

FLEURY; FLEURY, (2001), VIERA; LUZ, (2005) BROTMAN

LIOY et al., 1998, ZEITZ et al., (2009), STEWART et al., (2000),

BERIO, (2005), JOHN NICHOLLS, 1994, DIONNE et al., (2004),

BURKE, (2007), SHARMA et al., (2010), FOTIS; DRAGANIDIS;

GREGORIS; MENTZAS, (2006), JAY KANDAMPULLY, (2002).

Estudo de Caso PATTI; FOK; HARTMAN, (2004), BARCZAK ; WILEMON,

(2001), BESSANT; CAFFYN; GALLAGHER, (2001),

TORTORELLA et al., (2014), YEN-TSANG; CSILLAG;SIEGLER,

(2012), ANAND; CHHAJED; DELFIN, (2012), MAZUR;

MCCREERY; ROTHENBERG, (2012), CRISTEA, (2009),

OPRIME; MENDES; PIMENTA, (2010), SILVA et al., (2008),

TARÍ; SABATER, (2003), FARRIS; VANAKEN; DOOLEN;

WORLEY, (2008), TANAKA, MUNIZ E FARIA (2012), TOLEDO

et al., (2008), WALDMAN et al., (1998), PAUL; MADLOCK,

(2008), PAULA LORDE; BLOOM, (1992), SHARMA et al., (2010),

PAPWORTH et al., (2009), RODNEY; TURNER, J.; MÜLLER;

DULEWICZ, (2009), ALBACETE et al., (2011).

Fonte: Autor

Mapeou-se como oportunidades de pesquisa os seguintes temas:

Análise da influência de variáveis subjetivas em atividade de melhoria contínua,

tais como liderança em empresas com outros sistemas de qualidade além da ISO

9000 (OPRIME; MENDES; PIMENTA, 2010, TANAKA; MUNIZ JR.; FARIA

NETO, 2012)

Investigação de motivações para a certificação (FERTIG; ZEITZ; BLAU, 2009)

Analise da influência da liderança em diferentes estruturas de equipe

(ZACCARO; RITTMAN; MARKS, 2001).

Pesquisa da influência das variáveis de contingência, como a definição da

estratégia, situação da indústria, do país e o crescimento da empresa (SOUSA;

VOSS, 2008)

Exploração da capacidade de inovação com base neste modelo (porque ele deveria

ser menos normativo) e em seguida, comparando-a com os resultados do presente

estudo. (YEN-TSANG; CSILLAG; SIEGLER, 2012).

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19

Avaliação o papel da cultura organizacional nos diferentes perfis de liderança,

bem como a interação dos gestores com diferentes perfis, com suas equipes e as

partes interessadas no projeto (RALF MULLER; RODNEY TURNER, 2009)

2.2 Qualidade

Os conceitos de qualidade foram se aperfeiçoando, conforme as organizações também

evoluíam. Buscava-se reduzir a complexidade para facilitar o entendimento e tornar a qualidade

uma rotina nas organizações. O Quadro 4 apresenta a evolução dos conceitos de qualidade no

decorrer do tempo.

Quadro 4 - Conceitos de qualidade Título Conceito Autor Ano

Qualidade baseada no

cliente

É a conformidade às necessidades do cliente CROSBY 1984

É a adequação ao uso JURAN 1995

Qualidade baseada no

valor

O produto possui a melhor relação custo benefício, ou

seja, qualidade consiste em desenvolver, criar e fabricar

mercadorias mais econômicas, úteis e satisfatórias para

o consumidor

ISHIKAWA 1986

Qualidade baseada na

manufatura

É a conformidade às especificações e aos requisitos,

além de não haver defeito, em suma, é a busca do zero

defeito

GOLDRATT;

FOX

1992

Qualidade na visão

gerencial

É a composição total das características de marketing,

engenharia, fabricação e manutenção de um produto ou

serviço pelo qual o mesmo, em uso, atenderá às

expectativas do cliente

FEIGENBAUM, 1994

Qualidade baseada no

produto

O produto possui algo, que lhe acrescenta valor, que os

produtos similares não possuem

JURAM 1995

Qualidade subjetiva Não sei ao certo o que é qualidade, mas eu a reconheço

quando a vejo

ROPKE et al. 1996

A qualidade só pode ser definida em termos de quem

avalia

DEMING 1990

Qualidade baseada na

perfeição

É fazer a coisa certa na primeira vez RÖPKE et al. 1996

Fonte: (HARO, 2001)

O conceito TQM (Total Quality Management) norteia esta análise. A Gestão da Qualidade

Total (TQM) tem desempenhado um papel importante no desenvolvimento de práticas de gestão

contemporânea. Qualidade é considerado um fator estratégico fundamental para alcançar o

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20

sucesso do negócio (THAI et al., 2006). No princípio, a metodologia de aplicação da garantia da

qualidade tinha como característica um alto custo, baixa produtividade, alto índice de falha,

atuação somente após a falha concretizada e análise meramente pontual. As responsabilidades

estavam sobre a operação, sem que a mesma se sentisse de fato comprometida com os resultados.

A operação tinha visão de execução e a gestão da qualidade era basicamente informal, embora

estruturas formais pudessem ser encontradas nas grandes fábricas.

Artesãos habilidosos controlavam seu próprio serviço e garantiam a qualidade do que

produziam. Supervisores e artesãos eram utilizados para treinar operários não-capacitados e

verificar o resultado de seu trabalho. Mais tarde, a atividade de verificação passou a ser

desempenhada por inspetores em tempo integral (JURAN, 1997). Mesmo com essa evolução o

sistema ainda era falho, pois as ações eram realizadas nas consequências e não tratavam as causas,

favorecendo um alto índice de repetitividade de falhas no processo.

Com o aparecimento de conceitos estatísticos, possibilitou-se utilizar processos de

inspeção por amostragem, reduzindo os custos operacionais e aumentando a credibilidade do

processo. Contudo ainda se mantinha a responsabilidade sobre a operação e as ações, apesar de

aplicadas sobre a causa, ainda tinham aplicações pontuais. Com a introdução do conceito de

Requisitos de garantia da qualidade a responsabilidade passou a ser no campo tático da

organização, de forma preventiva e sobre as causas potenciais.

Apesar da evolução para uma visão sistêmica, essa visão era fechada sobre o fato ocorrido.

O conceito mais atual que predomina atualmente está fundamentado na gestão estratégica da

organização, atua de forma preditiva, as ações impactam o negócio e a visão é sistêmica

contingencial. Dessa forma obtém-se grande confiabilidade, sustentabilidade, custos adequados,

produtividade e impacto positivo no negócio.

Segundo Ezequiel, (1996), é possível apresentar um resumo da evolução da qualidade, que

mostra a época aproximada relacionando com a forma com que o sistema de qualidade era

garantido. Conforme é apresentado no Quadro 5, se observa variações que ocorreram no passar

do tempo entre a responsabilidade, atitude da gerência, onde a ação deveria ser tomada e como

era a visão sobre o aspecto da qualidade.

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21

Quadro 5 - Evolução da Garantia da Qualidade Época

aproximada

Garantia da

Qualidade por:

Responsabilidade

do nível

Atitude da

Gerência

Ação Visão

1900 até

1930

Inspeção 100% Operacional Reativa Sobre o produto

atuando no efeito

Pontual

1925/30 até

1945/50

Controle estatístico

de processo inspeção

por amostragem

Operacional Corretiva

Sobre os processos

nas causas reais Pontual

1945/50 até

1980/85

Requisitos de Garantia

da Qualidade Tático Preventiva Sobre sistema nas

causas potenciais

Sistêmica

fechada

A partir de

1980/85

Gestão Estratégica

(TQM)

Estratégico Preditiva Sobre o negócio Sistêmica

contingencial

Fonte: (EZEQUIEL, 1996)

As normas de sistemas de qualidade indicam a necessidade de padronização de conceitos

de qualidade e a aplicação ordenada desses conceitos dentro da organização. Com o crescimento

da importância da aplicação das normas e certificação por organismos credenciados, percebeu-

se uma nova demanda por normas mais específicas em relação ao ramo de atividade.

Considerando a área industrial encontramos diversas normas que atendem ambientes

específicos com significados pertinentes as suas aplicações. O Quadro 6 indica algumas normas

de sistemas de qualidade, aplicadas em diversas áreas industriais.

Quadro 6: Normas de sistemas de qualidade. ÁREA NORMA SIGNIFICADO DA NORMA

Qualidade Série ISO 9000 (ISO 9001, ISO 9004

e ISO 19011)

Conjunto de normas publicadas que especificam os itens para

implementação do sistema de gestão da qualidade.

Tecnologia

informação

CMM(US,2000)/BS7799(UK.1998/99

)/ISO177991 CMMI(US.2002)

Sistema utilizado para gerenciar a informação de acordo com as

políticas baseadas na análise do risco do negócio.

Automotiva QS9000ISO/TS16949/ISO/IAOB

1999/CMMI(US.2002)VDA6.3/

AVQ EAQF

Normas relacionadas a montadoras de automóveis.

Ambiente ISO14000.1999ISO14001.2004 Normas com princípios básicos para desenvolver um sistema de

gestão ambiental dentro da empresa.

Segurança saúde OHSAS18001:1999(UK) / SMS2002)

COOL PROGRAM

(SINGAPURA:2003

Normas direcionadas à saúde e segurança do trabalhador.

Segurança

alimentar

HACCP (DINAMARCA 1994) / BRC

(UK,1998) / SQF20000 (SUIÇA) /

ISO22000:2005

Sistema de higiene e segurança alimentar de acordo com métodos

e regulamentos específicos.

Fonte: Internet, adaptado de http://gestao-de-qualidade.info/normas-iso.html.

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22

Normas de qualidade relevantes evidenciam a importância do envolvimento da alta direção

no processo de certificação. As normas QS 9000, AVSQ, EAQF, VDA e a ISO TS 16949 são

específicas para o setor automotivo, porém a série ISO é empregada em outros setores (químico,

eletrônico, etc.). Todas elas dão importância a atuação da alta administração, colocando a

responsabilidade da mesma como requisito de certificação. O Quadro 7 mostra a relação entre

normas nos requisitos e as descrições que envolvem a alta administração nas normas ISO

9001:2015, ISO TS 16949 e VDA 6.3.

Quadro 7 - Relação dos requisitos que envolvem a alta administração e as normas ISO e VDA Norma Setor Requisito Descrição

ISO

90

01

/201

5

To

do

s

5.-Liderança.5.1.-Comprometimento da

direção. 5.2-Liderança e

comprometimento. 5.3-Política da

qualidade. 5.4-Funções,

responsabilidades E autoridades

organizacionais.

A Alta Direção deve fornecer evidência do seu

comprometimento com o desenvolvimento, com a

implementação do sistema de gestão da qualidade e com a

melhoria contínua de sua eficácia.

VD

A

6.3

/201

0

Au

tom

oti

vo 6.1.1.-foram atribuídas ao pessoal

responsabilidades e competências

quanto à supervisão da qualidade do

produto e do processo?

A cooperação em programas de aprimoramento. A auto

inspeção por parte do funcionário. A liberação do processo

(liberação/controle da primeira unidade/controle da última

unidade). O controle do processo (interpretação de cartas de

controle). A competência para determinar uma interdição

ISO

/TS

16

94

9/2

009

Au

tom

oti

vo 5. Responsabilidade da direção

5.1 Comprometimento da direção

Consolidação do sistema de qualidade por meio do

comprometimento. Administração X Direção. Comunicação

para conscientização. Estabelecimento da política de

qualidade, de objetivos e de condução da análise crítica pela

direção.

Fonte: Autor

O termo qualidade possui uma definição intuitiva, gerada pela utilização da palavra no

cotidiano das pessoas. Desta forma, sintetizar uma definição técnica única para a palavra

qualidade torna-se uma tarefa crítica, visto que é um termo abrangente; dinâmico e de domínio

público (PALADINI, 2004).

Durante alguns anos a certificação de uma empresa pela norma ISO série 9000 foi

considerada a panaceia para todos os males relacionados à qualidade dos produtos

comercializados. Todavia, algumas montadoras não viam as coisas dessa maneira, a alemã

Mercedes-Benz, por exemplo, não se sentia confortável com o certificado ISO 9000 como

garantia de que os produtos adquiridos de seus fornecedores estivessem isentos de problemas.

A Verband der Automobilindustrie e.V. (VDA) – ou Associação da Indústria

Automobilística Alemã – foi criada em 1901, na cidade de Eisenach, Alemanha. A mesma tem

como filosofia que “Os problemas de qualidade e da gestão de qualidade não são, em primeira

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23

análise, de natureza técnica, mas em muitos casos, condicionados pela administração,

organização e estruturas” (DAIMLER, 2008).

A normatização promove os interesses da indústria montadora e obriga esses a possuírem

uma certificação com base no sistema da qualidade automotivo alemão, denominada VDA 6, a

qual deveria ser obtida a partir de uma auditoria de segunda parte, ou seja, conduzida pela própria

montadora

A visão que as montadoras tinham era de que o sistema da qualidade com base na ISO

9000 apenas padronizava conceitos e documentação, contudo os requisitos relacionados ao

produto e ao processo não eram do todo garantidos. Na realidade o que as montadoras buscavam

era a adequação ao uso, conforme pregava (JURAN, 1995), e a melhoria contínua, com ênfase

na prevenção do defeito e na redução de variações e desperdícios em toda a cadeia de

fornecimento.

Todas as grandes montadoras da área automobilística possuem, ou tomam como base

normas específicas para o sistema da garantia da qualidade que não a norma ISO 9000. O que se

observa é que as normas de qualidade específicas para a indústria automotiva surgiram dentro de

polos produtivos ou regiões, para tanto temos nas montadoras de origem norte americanas a

aplicação da QS 9000, já montadoras originárias da França aplicam a EAQF, as montadoras

italianas aplicam a AVQS e as alemãs a VDA 6.3.

O Quadro 8 a seguir exemplifica algumas montadoras e as normas que aplicam para

certificação da qualidade exigida aos seus fornecedores.

Quadro 8 - Normas de Sistema da Qualidade exigidas pelas diferentes montadoras MONTADORA NORMA DE SISTEMA DA

QUALIDADE EXIGIDO

Chrysler - Ford - General Motors (Estados Unidos) QS-9000

Fiat (Itália) AVSQ

Citroen - Peugeot - Renault (França) EAQF

Audi - Mercedes-Benz - Volkswagen (Alemanha) VDA.

Fonte: (BQI 1998)

É objeto do estudo, está na análise dos requisitos da norma VDA, que apresentam

direcionamentos para a alta direção e aplicações do conceito de liderança.

A VDA é exigida aos fornecedores da indústria automobilística cujos clientes fazem parte

da Associação de Fabricantes para a Indústria Automobilística alemã. Publicada pela 1ª vez em

1991 em forma de um questionário de avaliação dos sistemas da qualidade, com base na norma

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ISO 9004. A forma como foi idealizada, trouxe uma excelente repercussão, até mesmo fora do

setor automobilístico, em âmbito internacional.

Os fornecedores são geralmente avaliados com base em critérios predeterminados. De

acordo com Nenadál, (2006) esses critérios podem incluir a eficácia do sistema de gestão da

qualidade, tempo de entrega, condições de pagamento, o índice do custo total, e muitos outros.

Não há dúvida de que os bons resultados corporativos são em grande parte condicionados pela

adequada escolha de fornecedores e relações mutuamente benéficas.

A prática demonstrou que a VDA não só serve ao propósito de preparação e execução de

auditorias internas, mas também como melhor instrumento auxiliar na preparação para uma

certificação, já que expõe os requisitos exigidos na forma de perguntas de fácil interpretação.

Na 3ª edição (1996), a VDA adequou-se a revisão da norma ISO 9000 e incorporou

exigências impostas por outras montadoras em matéria de regulamento, ou seja, buscou um

realinhamento com alguns conceitos da EAQF (França) e QS-9000 (EUA). Isso foi feito para

que os resultados das auditorias por esses três requisitos pudessem ser comparáveis

(MENDONÇA, 1998).

Foram implementadas correções e atualizações por meio de sugestões de usuários e de

seminários de auditores, como a divisão do questionário em duas partes: uma enfocando à

Direção da empresa e outra dando ênfase aos Produtos e Processos.

Por ser uma norma que mantém critérios rígidos de padronização, sua aplicação permite

alcançar altos níveis de qualidade e excelência operacional, fatores exigidos na certificação

(VERBAND DER AUTOMOBILINDUSTRIE e QMC - Quality Management Center, 1998).

A norma estabelece condutas de qualidade em toda a organização, gera comportamentos

padronizados, cultura de qualidade e contribui diretamente para estabelecer produtos e serviços

de qualidade.

A cultura de qualidade favorece a gestão dos processos e garante níveis de qualidade

percebidos pelo cliente. Existe uma relação entre a qualidade do serviço, a lealdade e a

preferência do cliente (BOULDING et al., 1993).

Com processos bem definidos e padrões estabelecidos, os resultados de qualidade passam

a ser rotina na organização. Os gestores agregam valor a seu cargo e aos processos da empresa.

Os processos segundo os padrões da norma VDA permitem às pessoas maior garantia de

sucesso em seu trabalho. Com isso, o gestor, que antes precisava “tomar conta” do processo,

passa a interagir com a equipe para a garantia da qualidade dos produtos e serviços oferecidos.

A norma VDA é formada por 9 volumes, no caso do estudo, o foco está no volume 6, parte

3, onde são apresentados os requisitos que devem ser atendidos pela organização auditada. Estes

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requisitos estão descritos em forma de questionamentos feitos à organização que está sob

processo de auditoria. As respostas devem ser avaliadas por meio das evidencias que comprovam

a robustez do sistema de qualidade que passa pelo processo de avaliação (VERBAND DER

AUTOMOBILINDUSTRIE e QMC - Quality Management Center, 1998).

O Quadro 9 apresenta os requisitos referentes à norma VDA que estão relacionados no

Quadro 7, que tem interface com o tema liderança e responsabilidade da alta direção.

Quadro 9 - Requisitos relevantes para a liderança na norma VDA 6.3

Requisito Descrição

PARTE 2 GERENCIAMENTO DE PROJETO

P2.1 A organização do projeto (gerenciamento do projeto) foi estabelecida e as tarefas e competências do gerente

de projeto e dos membros da equipe foram definidas?

P2.4 A organização do projeto assegura no projeto o gerenciamento de alterações?

P2.5 As pessoas responsáveis na organização e junto aos clientes estão integradas no serviço de processamento

das alterações?

PARTE 4 REALIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO E DO PROCESSO

P4.3 Os recursos humanos existem e foram qualificados?

PARTE 5 GERENCIAMENTO DOS FORNECEDORES

P5.7 Os funcionários estão preparados para as respectivas tarefas e as responsabilidades estão definidas?

PARTE 6 ANÁLISE DE PROCESSO / PRODUÇÃO

P6.3.1 Responsabilidades e competências para supervisão da qualidade do produto/processo foram delegados aos

colaboradores?

P6.3.2 Os colaboradores estão qualificados para cumprir as tarefas exigidas e suas qualificações estão sendo

mantidas?

P6.3.3 Existe um plano de utilização dos recursos humanos?

P6.4.3 Os postos de trabalho e de teste estão adequados para as exigências?

PARTE 7 ATENDIMENTO AO CLIENTE / SATISFAÇÃO DO CLIENTE / SERVIÇOS

P7.2 O atendimento ao cliente está sendo garantido?

P7.6 Os funcionários estão qualificados para as respectivas tarefas e as responsabilidades estão definidas?

Fonte: (VDA 6.3/2010).

Na visão moderna de gestão, a norma contribui para agregar valor ao produto ou serviço.

Segundo Dick, (2000) uma melhor qualidade tem uma relação positiva e consistente em um

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melhor desempenho da empresa. Os fatores essenciais para o sistema da garantia da qualidade

são, controle de processos eficazes, controle de qualidade e melhor qualidade de conformidade.

Cultura organizacional engloba padrões de comportamento que compreendem as

manifestações físicas observáveis e padrões de atividade. Uma norma que é aplicada gera

padronização, melhoria constante, inovação e qualidade, fatores que influenciam na cultura da

organização.

2.3. Competências Gerenciais

2.3.1 Conhecimentos, Habilidades e Atitudes

A primeira e mais influente tipologia genérica de Conhecimentos, Habilidades e Atitudes

foi desenvolvida por Bloom e colegas dos anos 1960 (BLOOM, 1976; BLOOM; HASTINGS;

MADAUS, 1971, BLOOM; MESIA; KRATHWOHL, 1964) para utilização em

estabelecimentos de ensino. Geralmente conhecida como Bloomís taxonomia, que se baseia em

três domínios de atividades educacionais: cognitiva, afetivo e psicomotor (que foi adicionado

mais tarde). O domínio cognitivo refere-se à capacidade intelectual (conhecimento), o domínio

afetivo refere-se a área emocional (atitudes), enquanto o domínio psicomotor está relacionado a

forma de realização (habilidades). Essa taxonomia é muito influente no mundo dos formadores

que frequentemente referem-se a estes como CHA (conhecimentos, habilidades e atitudes). Esse

conceito relaciona-se com os resultados da aprendizagem, uma vez que define o que os

indivíduos devem ter adquirido, em termos de conhecimentos, habilidades e atitudes, após o

processo de formação (WINTERTON et al., 2006).

A Figura 1 ilustra a dinâmica deste processo agregando valor econômico e social a

organização segundo interpretação de Fleury; Fleury (2001).

Figura 1 - Ações derivadas das competências para agregar valor para a organização

Fonte: (FLEURY; FLEURY, 2001).

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Considerando este conceito, a competência é definida como um saber agir de forma

responsável, segundo uma autoridade estabelecida e reconhecida pelas pessoas, implicando em

ter a capacidade de comprometer e mobilizar pessoas para o objetivo proposto. É a capacidade

de dar direcionamento às pessoas para garantir o alinhamento das ações relacionadas aos

objetivos propostos. Consiste em ser capaz de integrar, transferir conhecimentos, obter recursos

e demonstrar habilidades, que agreguem valor econômico à organização e valor social ao

indivíduo (FLEURY; FLEURY, 2001).

Para melhor entendimento desse conceito de competência apresentado por (FLEURY;

FLEURY, 2001). É preciso analisar com mais detalhe as definições por meio dos verbos de ação

que foram citados. São eles: saber agir, saber mobilizar, saber transferir, saber aprender, saber se

engajar, ter visão estratégica e assumir responsabilidades. O Quadro 10 ilustra a definição de

cada uma destas competências considerando os conhecimentos, habilidades e atitudes, conforme

estabelecido por (BLOOM, 1976; BLOOM; HASTINGS; MADAUS, 1971; BLOOM; MESIA;

KRATHWOHL, 1964).

Quadro 10 - Definições das competências identificadas. COMPETÊNCIA DEFINIÇÃO

Saber agir: Saber o que e o por que faz, saber julgar, escolher e decidir

Saber mobilizar recursos Criar sinergia, mobilizar recursos e competências

Saber comunicar Compreender, trabalhar, transmitir informações, conhecimentos

Saber aprender Trabalhar o conhecimento e a experiência, rever modelos mentais, saber

desenvolver-se

Saber engajar-se e

comprometer-se

Saber empreender, assumir riscos, comprometer-se

Saber assumir

responsabilidades

Ser responsável assumindo os riscos e consequências de suas ações e sendo por

isso reconhecido

Ter visão estratégica Conhecer, entender o negócio da organização, o seu ambiente identificando

oportunidades e alternativas

Fonte: (LE BOTERF, 2000).

Para embasamento sobre competências, outro conceito considerado no presente trabalho é

o de Dimensões (DULEWICZ; HIGGS, 2006), apresentados a seguir.

Os conceitos de competência baseados em dimensões complementam os conceitos

baseados em conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA), pois além de exemplificar

conceituam em um nível mais detalhado o significado de cada dimensão.

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28

2.3.2 Dimensões da Competência

O estudo realizado por (DULEWICZ; HIGGS, 2006) com uma extensa revisão das teorias

existentes e suas ferramentas de avaliação possibilitou criar o conceito das dimensões de

competências.

Dimensão 1: Competência Intelectual

1. Análise crítica e julgamento:

O líder reúne informações a partir de uma vasta gama de fontes, sondando os fatos,

identificando vantagens e desvantagens. Juízos de consciência e tomadas de decisões, bem como

o impacto de quaisquer suposições feitas.

2. Visão e imaginação:

O líder é imaginativo e inovador. Ele tem uma visão clara do futuro e é capaz de prever o

impacto das mudanças sobre a implementação, potenciais problemas e as realidades comerciais.

3. Perspectiva estratégica:

O líder está ciente das questões e implicações mais importantes. Ele equilibra

considerações de curto e longo prazo e identifica oportunidades e ameaças.

Dimensão 2: Competências gerenciais

4. Gestão de recursos:

O líder organiza recursos e coordena-os de forma eficiente e eficaz. Ele estabelece

objetivos claros e converte metas em planos de ação a longo prazo.

5. Comunicação envolvente:

O líder envolve-se com o outro e ganha o seu apoio por meio de uma comunicação sob

medida para cada público. Ele é acessível e disponível.

6. Empowering:

O líder dá aos subordinados autonomia e encoraja-os a assumir desafios, para resolver

problemas e desenvolver sua própria responsabilidade.

7. Desenvolver:

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29

O líder incentiva os outros a assumir cada vez mais tarefas exigentes, funções e

responsabilidades. Ele desenvolve competências nos outros e investe tempo e esforço em treiná-

los.

8. Realização:

O líder mostra uma determinação inabalável para alcançar os objetivos e implementar

decisões.

Dimensão 3: Competências emocionais

9. Autoconhecimento:

O líder está ciente dos seus próprios sentimentos, e é capaz de reconhece-los e controlá-

los.

10. Resiliência emocional:

O líder é capaz de manter o desempenho consistente em uma gama de situações. Ele

mantém o foco no curso das ações e na necessidade de obter resultados, mesmo em fase crítica

dos seus desafios pessoais.

11. Intuição:

O líder chega a decisões claras e é capaz de dirigir a sua execução em face de informações

incompletas ou ambíguas usando tanto o racional como percepções "emocionais".

12. Sensibilidade interpessoal:

O líder está ciente, e tem em conta as necessidades e percepções dos outros na tomada de

decisões, a fim de propor soluções para problemas e desafios.

13. Influência:

O líder pode persuadir os outros a mudar o ponto de vista, com base na compreensão da

sua posição e o reconhecimento da necessidade de ouvir esta perspectiva. É capaz de

proporcionar uma base racional para a mudança.

14. Motivação:

O líder tem unidade e energia para alcançar resultados claros e causar um impacto.

15. Engajamento:

O líder mostra compromisso claro para um curso de ações em face dos desafios e palavras

para incentivar os outros e apoiar a orientação escolhida.

Usando essas dimensões foram identificados por (DULEWICZ; HIGGS, 2006) três perfis

de liderança para projetos de mudanças organizacionais, por eles classificados como:

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30

1. Objetivo orientado: um estilo focado na entrega de resultados claramente entendidos num

contexto relativamente estável.

2. Envolvimento: ser um estilo para as organizações de transição que enfrentam significativa,

mas não necessariamente radical, mudança de seu modelo de negócio ou modo de trabalho.

3. Engajamento: um estilo baseado na capacitação e envolvimento no contexto altamente

transformacional. Esse estilo de liderança é focado na produção de mudança radical pelo

envolvimento e compromisso.

O Quadro 11 identifica quais os níveis (baixo, médio e alto), que as competências exigem

para que possam ser incrementadas de forma eficaz.

Quadro 11 - Relação das dimensões de competências Grupo Competência Objetivo orientado Envolvimento Engajamento

Intelectual

1. Análise crítica e julgamento Alto Médio Médio

2. Visão e imaginação Alto Alto Médio

3. Perspectiva estratégica Alto Médio Médio

Gerencial

4. Gestão de recursos Alto Médio Baixo

5. Comunicação envolvente Médio Médio Alto

6. Empowering Baixo Médio Alto

7. Desenvolvimento Médio Médio Alto

8. Realização Alto Médio Médio

Emocional

9. Autoconhecimento Médio Alto Alto

10. Resiliência emocional Alto Alto Alto

11. Intuição Médio Médio Alto

12. Sensibilidade interpessoal Médio Médio Alto

13. Influência Médio Alto Alto

14. Motivação Alto Alto Alto

15. Engajamento Alto Alto Alto

Fonte: (DULEWICZ; HIGGS, 2006)

A análise das competências e do perfil de liderança é importante para traçar um paralelo

com as atitudes necessárias para melhoria contínua da norma e os princípios estabelecidos por

ela.

O estudo de trabalhos sobre normas de qualidade e a relação destas com os conceitos de

liderança, modelos de gestão e competências gerenciais permitem entender o contexto e as

particularidades dos comportamentos gerenciais, na implantação do sistema de qualidade. Essa

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31

relação deu subsídios para o questionário. Os argumentos demonstram a importância, do perfil

de liderança adequado da alta administração da empresa, durante o processo de certificação e

principalmente na melhoria contínua do sistema de qualidade. O Quadro 12 demonstra isso e

apresenta outros autores cujos trabalhos tratam destes temas.

Quadro 12 - Adaptação dos conceitos DULEWICZ; HIGGS, (2005) e LE BOTERF, (2000)

Gru

po

Competência Gestão Conhecimentos

Habilidades Atitudes

Inte

lect

ual

Análise crítica e

julgamento A liderança e o Sistema de Qualidade no Planejamento Estratégico

O Planejamento Estratégico é o processo de elaboração da estratégia, no qual se defini a relação entre a organização e o ambiente interno e

externo, bem como os objetivos organizacionais, com a definição de

estratégias alternativas (MAXIMIANO, 2006).

Saber agir

Visão e imaginação Ter visão estratégica

Perspectiva estratégica Ter visão estratégica

Ger

enci

al

Comunicação envolvente Saber comunicar

Gestão de recursos A liderança diante da Gestão de Recursos para o Sistema de Qualidade Um aspecto importante em relação aos recursos é a utilização destes com

base na experiência e conhecimento (aplicável a descoberta e exploração

de oportunidades) que estão relacionados ao desempenho e melhoria dos resultados da empresa (WIKLUND; SHEPHERD, 2003).

Saber mobilizar recursos

Empowering A Liderança e Gestão de Pessoas para o Sistema de qualidade

É fundamental que haja um plano de treinamento de funcionários com atualizações periódicas para definir objetivos do SGA, responsabilidades

e riscos (CHRISTINI et al 2004).

Saber mobilizar recursos

Desenvolvimento Saber aprender

Realização A Liderança e a Gestão da Qualidade

Gestão da qualidade é uma filosofia de gestão holística que busca a melhoria contínua em todas as funções de uma organização, e isso só

pode ser alcançado se o conceito de qualidade total é utilizado na

aquisição de recursos para o atendimento ao cliente após a venda (KAYNAK, 2003).

Saber engajar-se e

comprometer-se

Em

oci

onal

Autoconhecimento

A Liderança e a Gestão do Processo de Produção

Criar valor para os seus stakeholders é um dos traços mais característicos

do conceito de gestão da qualidade. Esta focalização no campo da qualidade competitiva encoraja uma abordagem de processo de produção

para gestão da qualidade (BIAZZO; BERNARDI, 2003).

Saber agir

Resiliência emocional Saber assumir

responsabilidades

Intuição Saber comunicar

Sensibilidade

interpessoal Saber aprender

Influência Saber mobilizar recursos

Motivação Saber mobilizar recursos

Engajamento Saber assumir

responsabilidades

Fonte: Autor

O Quadro 12 apresenta a relação estabelecida entre conceitos de DULEWICZ; HIGGS,

(2005) e LE BOTERF, (2000).

Após a análise sobre os conceitos de qualidade, liderança e competências, é possível fazer

uma relação entre esta análise e os quesitos da norma VDA 6.3 que foram destacados por terem

relação direta com a questão de competências e perfis de liderança. Com isso é possível

identificar quais as ações identificadas por (FLEURY; FLEURY, 2001) se relacionam com os

itens da norma.

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32

Quadro 13 - Adaptado das competências por Le Boterf, (2000) e requisitos da norma VDA.

Competência gerenciais identificada nos requisitos da norma VDA 6.3, que se relacionam com os verbos

de ação descritos por Le Boterf, (2000). Os pontos centrais das questões, estão sublinhados.

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Sab

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Sab

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resp

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e

Ter

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tégic

a

Gerenciamento de Projetos, questão 1 (P2.1) A organização do projeto (gerenciamento do projeto) foi

estabelecida e as tarefas e competências do gerente de projeto e dos membros da equipe foram definidas?

X

Gerenciamento de Projetos, questão 4 (P2.4) A organização do projeto assegura no projeto o

gerenciamento de alterações?

X

Gerenciamento de projetos, questão 5 (P2.5). As pessoas responsáveis na organização e junto aos

clientes estão integradas no serviço de processamento das alterações?

X

Execução do Desenvolvimento de Produto e de Processo, questão 3 (P4.3). Os postos de trabalho e de

teste estão adequados para as exigências?

X

Gerenciamento de Fornecedores, questão 7 (P5.7). Os funcionários estão preparados para as respectivas

tarefas e as responsabilidades estão definidas?

X

Análise de Processo e Produção, questão 3.1 (P6.3.1). Responsabilidades e competências para

supervisão da qualidade do produto/processo foram delegados aos colaboradores?

X

Análise de Processo e Produção, questão 3.2 (P6.3.2). Os colaboradores estão qualificados para cumprir

as tarefas exigidas e suas qualificações estão sendo mantidas?

X

Análise de Processo e Produção, questão 3.3 (P6.3.3). Existe um plano de utilização dos recursos

humanos?

X

Atendimento ao Cliente, Satisfação do Cliente, Serviço, questão 2 (P7.2). O atendimento ao cliente está

sendo garantido?

X

Fonte: Autor

O Quadro 13 demonstra que os requisitos da norma quando confrontados com os verbos

de ação descritos por Le Boterf, apresentam um ou mais relacionamentos. A comunicação eficaz

contribui para o entendimento de que determinados requisitos da norma devem estabelecer as

tarefas e competências do gerente de projeto e dos membros da equipe. Em situações em que os

projetos devem passar por alterações o gerenciamento destas alterações deve ser assumido para

garantir que sejam acompanhadas corretamente. O engajamento é um fator que garante a

integração dos clientes nas necessidades de alterações no projeto. Os recursos de produção devem

ser adequados para que as pessoas possam se preparar para assumir suas responsabilidades sobre

a supervisão da qualidade e capacitação para aprender sobre suas tarefas. Os recursos humanos

devem ser aprimorados e aproveitados na sua capacidade de realização sabendo agir para

garantindo o atendimento pleno ao cliente.

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33

2.4 O planejamento estratégico, a gestão e a melhoria contínua da certificação.

O Planejamento Estratégico é o processo de elaboração da estratégia, no qual se define a

situação da organização no ambiente interno e externo, bem como os objetivos organizacionais,

com a definição de estratégias alternativas (MAXIMIANO, 2006).

Segundo Carvalho; et. al., (2008), o planejamento estratégico consiste em consolidar os

Valores da organização, entender a Missão, definir a Visão, identificar os Objetivos e estabelecer

as Metas, gerando as ações que devem ser executadas e a maneira como devem ser monitoradas

(indicadores). O Planejamento Estratégico é crucial para o sucesso da organização, e a

responsabilidade deste planejamento assenta sobretudo nos gestores de topo, dado o nível de

decisões que é necessário tomar.

Na generalidade o planejamento pode ser dividido em três níveis:

Planejamento estratégico.

Planejamento táctico.

Planejamento operacional.

A visão, missão, objetivos e valores permitem conhecer o "para onde se quer ir" enquanto

a restante estratégia permite resposta ao "por onde se pretende ir". A relação da alta direção com

o processo de certificação deve começar na elaboração do planejamento estratégico. É nele que

são definidas todas as ações que a organização deve tomar, no sentido de alcançar seus objetivos

como instituição. Mullane, (2002) argumentou que missão e visão são úteis para operações

práticas do dia-a-dia. Isso demonstra que deve fazer parte da cultura das organizações, da mesma

forma, a cultura de qualidade, em função da amplitude de sua preparação e dos investimentos

demandados.

Normalmente, a certificação é uma exigência dos clientes, que esperam receber produtos

com garantia de qualidade, preços atrativos em prazos adequados, fatores que acreditam serem

garantidos por uma certificação de qualidade. Ao identificar a necessidade de uma certificação

de qualidade, a alta direção precisa se comprometer com a implantação e melhoria contínua desta.

A importância da alta administração atuar como uma alavanca de mudanças para melhorar

a qualidade, reside na sua capacidade de direcionar a organização para estabelecer uma cultura

voltada para a mudança, por meio de seus vários sistemas de tomada de decisão. Isso se torna

possível quando as competências de gestão da alta administração e as iniciativas pessoais

utilizadas para combinar recursos de forma produtiva na busca de melhores resultados

(MOHAMMAD, 2006).

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34

Mais especificamente na área automotiva, a certificação é considerada uma obrigação dos

fornecedores, a não adequação significa a perda da qualidade de fornecedor, ficando este

impedido de ofertar produtos para as montadoras. Diante deste cenário, o profissional que

responde como representante da direção da organização, e do sistema de qualidade, deve dar

importância à certificação, sendo necessário o engajamento com a mudança. Todos os membros

da alta direção devem apropriar-se deste objetivo sem restrições e iniciar o processo de mudança

importante para a organização buscar a certificação.

Uma das questões que deve ser bem avaliada no momento da decisão de iniciação do

processo de certificação, durante o planejamento estratégico, é sobre a definição dos recursos

necessários para o processo de preparação para a certificação. Um aspecto importante em relação

aos recursos é a utilização destes com base na experiência e conhecimento (aplicável a descoberta

e exploração de oportunidades) que estão relacionados ao desempenho e melhoria dos resultados

da empresa (WIKLUND; SHEPHERD, 2003).

É preciso considerar que um processo para uma certificação deve provocar uma mudança

de cultura na organização, pois um sistema de qualidade pressupõe que todos da organização

estejam alinhados em um mesmo sentido. Considerando a necessidade de um perfil de liderança

adequado para este processo, pode-se relacionar os conceitos apresentados anteriormente; de

liderança, de modelo de gestão e competências para criar um paralelo das definições com a

aplicação nas diversas áreas da organização.

O campo da gestão estratégica de recursos humanos tem desfrutado de uma notável

ascendência durante as duas últimas décadas, tanto como literatura acadêmica como prática

(BECKER; HUSELID, 2006). Este conceito indica que para se alcançar os resultados esperados

para a organização é importante estabelecer mecanismos na área de RH, que busquem

desenvolver as competências relacionadas aos conhecimentos, habilidades e atitudes, capazes de

garantir a melhoria contínua do sistema de qualidade.

Os recursos humanos são a base para qualquer processo de desenvolvimento da

organização, isso não é diferente quando se refere a implantação de um sistema de qualidade.

Em um primeiro momento o foco está justamente na alta direção, haja visto que justamente ela

que deverá desencadear o processo de certificação e garantir sus melhoria contínua. O RH deve

realizar a análise de descritivo de posto, elaborar o plano de treinamento e estabelecer o processo

de avaliação de desempenho, alinhado a todas as áreas da organização, visando criar as

competências necessárias para que a certificação seja alcançada e mantida. Resultados

impressionantes foram alcançados pelas empresas líderes japonesas como consequência de uma

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35

busca contínua de melhorias de qualidade desde 1950 (DAHLGAARD; MI DAHLGAARD-

PARK, 2006).

O plano de treinamento deve contemplar as competências necessárias à alta direção e qual

o perfil de liderança adequado. Após o entendimento destas competências e do perfil adequado,

deve-se realizar o mapeamento dos perfis atuas tanto da alta direção como dos outros gestores da

organização. O cruzamento entre perfil adequado e perfil atual vai dar subsídio para estruturar o

plano de treinamento direcionado aos líderes da organização. Este processo necessita de recursos

para treinamentos e se a organização não tiver estrutura precisa recorrer a consultores. Além do

treinamento para as lideranças, é preciso que toda a organização se prepare para a certificação,

portanto é preciso um plano de treinamento e comunicação que contemple toda a organização.

Como o sistema de qualidade precisa ser monitorado, o RH deve traçar planos de treinamentos

específicos para qualificar pessoas, que serão capazes de manusear instrumentos de medição e

realizar auditorias do processo. É fundamental que haja um plano de treinamento de funcionários

com atualizações periódicas para definir objetivos do SGA, responsabilidades e riscos

(CHRISTINI et al., 2004).

Todas estas medidas precisam ser analisadas e os recursos necessários para que sejam

aplicadas devem ser disponibilizados. Neste sentido pode-se relacionar a importância do

alinhamento entre liderança e competências gerenciais para prover o ambiente adequado às

pessoas, que devem fazer parte do perfil de liderança na melhoria contínua do sistema de

qualidade.

A área de qualidade deve ser o motor do sistema de qualidade, isso significa dizer que é

necessário fazer com que o processo esteja alinhado com as especificações dos clientes

garantindo que este não seja afetado em suas necessidades, não só de qualidade, mas de prazo e

preço.

Gestão da qualidade é uma filosofia de gestão holística que busca a melhoria contínua em

todas as funções de uma organização, e isso só pode ser alcançado se o conceito de qualidade

total é utilizado na aquisição de recursos para o atendimento ao cliente após a venda (KAYNAK,

2003). Além de ser o motor do sistema de qualidade, também é responsável pelo monitoramento

do processo e garantia da qualidade para o cliente. Para que possa realizar este papel são precisos

equipamentos capazes de medir o nível de qualidade fabricado. Estes equipamentos precisam ser

certificados e necessitam de calibração que garanta que suas medições estão dentro dos padrões

internacionais. Todos os recursos necessários para que a qualidade seja capaz de monitorar o

processo devem ser analisados para que os investimentos estejam disponibilizados no momento

adequado.

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36

As práticas de gestão de qualidade e infraestrutura que envolvem a alta administração tais

como treinamento e relações humanas afetam o desempenho da organização por meio dos

resultados de qualidade, nomeadamente: fornecedores, qualidade do produto, design de serviço

e gestão de processo.

A produção é responsável pela execução do produto, portanto o nível de qualidade é

resultante do rigor sobre a metodologia de fabricação que garante a padronização (nível de

qualidade), os prazos e os custos. Criar valor para os seus stakeholders é um dos traços mais

característicos do conceito de gestão da qualidade. Esta focalização no campo da qualidade

competitiva encoraja uma abordagem de processo de produção para gestão da qualidade

(BIAZZO; BERNARDI, 2003).

Para que possa garantir os resultados esperados, além de pessoas treinadas, necessita-se de

recursos de produção, como equipamentos, máquinas e dispositivos disponíveis no momento da

execução do produto. Estes investimentos devem ser avaliados durante a elaboração do plano de

certificação.

O sistema de qualidade contempla o processo ainda na fase do projeto, isso significa que

os recursos necessários para o desenvolvimento do produto devem estar disponíveis no momento

adequado, os principais recursos são: qualificação técnica das pessoas, equipamentos capazes de

oferecer resultados precisos nos projetos de desenvolvimento de produtos.

À medida que mais organizações adotam abordagens de gerenciamento de projetos e a

demanda por gerentes de projeto cresce, há cada vez mais interesse na competência dos gerentes

de projeto e em normas para o desenvolvimento e avaliação de competência de gerenciamento

de projeto. Padrões de gerenciamento de projetos estão sendo usados extensivamente em todo o

mundo em metodologias de gerenciamento de projetos corporativos de treinamento e

desenvolvimento, programas de certificação profissional e no pressuposto de que existe uma

relação positiva entre padrões e desempenho eficaz no local de trabalho (CRAWFORD, 2005).

O controle sobre os insumos, dentro de um sistema de qualidade, deve ser preciso. Para

isso é necessário investir em treinamento, equipamentos de controle de estoque e organização

física de estoque. É preciso garantir o abastecimento para a produção, no tempo certo, nas

quantidades adequadas e com rastreabilidade.

Gestão da cadeia de suprimentos tornou-se uma ferramenta estratégica significativa para

as empresas que se esforçam para melhorar a qualidade, serviço ao cliente e sucesso competitivo

(CHOON TAN et al., 2002).

Além do controle financeiro, a área de finanças deve acompanhar a distribuição de recursos

e a correta utilização destes, garantindo aplicação eficiente destes recursos. A área financeira

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37

deve avaliar os investimentos para analisar a viabilidade econômica ainda no processo de

planejamento estratégico quando este tratar do programa de certificação. As empresas com

melhores gestores terão maiores retornos a longo prazo, uma vez que melhores gestores são

propensos a escolher melhores projetos com um VPL (valor presente líquido maior para qualquer

escala dada) e implementá-los mais habilmente, com maior qualidade de gestão

(CHEMMANUR; PAEGLIS, 2005).

A análise sobre os recursos necessários à certificação deve ser realizada no início do

processo e monitorada constantemente, para que não fuja do escopo que foi traçado, evitando

que o sistema de qualidade não seja implantado de forma plena. Auditorias internas da qualidade

devem ser utilizadas não apenas para verificar a adesão ao que foi definido no sistema de

qualidade, mas também para explorar oportunidades de melhoria contínua. (CHIN et al., 2000).

Negligenciar a análise dos recursos pode significar o impedimento do processo de

certificação e isso gera mais necessidade de recursos, que muitas vezes não estarão disponíveis.

Considerando que um processo produtivo alinha todos os recursos da organização no

objetivo de oferecer ao cliente o produto ideal, não se pode deixar de considerar os recursos

necessários para manter o funcionamento dos equipamentos, visando garantir que estejam

disponíveis, em condições ideais de utilização. A área de manutenção precisa de equipamentos

de monitoração, de ajustes e da garantia de que os reparos não interferirão nas especificações do

produto. Estes recursos precisam ser analisados, pois podem comprometer os resultados caso as

máquinas e equipamentos não estejam em condições ou estejam fora das especificações. Segundo

Chemmanur; Paeglis, (2005), as empresas com melhor reputação de gestão de qualidade são

capazes de atrair mais investidores institucionais.

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38

Quadro 15 Análise da relação entre competências, ações da liderança e VDA. VDA

Ação da Liderança Competências

(Le Boterf) Análise de Processo e Produção, questão 3.1 (P6.3.1). Responsabilidades e competências para supervisão da qualidade do

produto/processo foram delegados aos colaboradores?

Sistema de Qualidade no Planejamento Estratégico

Saber assumir responsabilidades

Execução do Desenvolvimento de Produto e de Processo, questão 3

(P4.3). Os postos de trabalho e de teste estão adequados para as exigências?

Gestão de Recursos para o Sistema

de Qualidade

Saber mobilizar recursos

Análise de Processo e Produção, questão 3.3 (P6.3.3). Existe um plano

de utilização dos recursos humanos? Gestão de Pessoas para o Sistema

de qualidade

Ter visão estratégica

Atendimento ao Cliente, Satisfação do Cliente, Serviço, questão 2 (P7.2). O atendimento ao cliente está sendo garantido?

Gestão da Qualidade Saber agir

Análise de Processo e Produção, questão 3.2 (P6.3.2). Os colaboradores

estão qualificados para cumprir as tarefas exigidas e suas qualificações estão sendo mantidas?

Gestão do Processo de Produção

Gestão de Produção

Saber aprender

Gerenciamento de Projetos, questão 1 (P2.1) A organização do projeto

(gerenciamento do projeto) foi estabelecida e as tarefas e competências do gerente de projeto e dos membros da equipe foram definidas?

Gestão de Projetos Saber comunicar

Gerenciamento de projetos, questão 5 (P2.5). As pessoas responsáveis

na organização e junto aos clientes estão integradas no serviço de

processamento das alterações?

Gestão de Suprimentos Saber engajar-se

comprometer-se

Execução do Desenvolvimento de Produto e de Processo, questão 3

(P4.3). Os postos de trabalho e de teste estão adequados para as

exigências?

Gestão Financeira Saber mobilizar recursos

Fonte: Autor (adaptado de Le Boterf)

O Quadro 15 relaciona os itens da norma VDA, com as responsabilidades da alta direção

e as competências segundo Le Boterf, (2001). Esta relação indica que as responsabilidades da

alta direção estão previstas pela norma VDA e necessitam de determinadas competências para

serem eficientes.

A competência “Saber assumir responsabilidades” (Le Boterf), se relaciona com o

requisito 3.1 da norma VDA que define a responsabilidade e competência para a supervisão da

qualidade, este requisito indica a importância da ação do líder no sistema de qualidade e

planejamento estratégico e sua responsabilidade de atuar com delegação.

A competência “Saber mobilizar recursos” (Le Boterf), se relaciona com o requisito 4.3 da

norma VDA, que trata da execução do Desenvolvimento de Produto e de Processo, questão que

avalia se os postos de trabalho e de teste estão adequados para as exigências, onde o líder faz a

gestão de recursos para que o processo seja executado.

A análise de Processo e Produção, questão 3.3 da norma VDA, é sobre a existência de um

plano de utilização dos recursos humanos. Este requisito demonstra a preocupação que a

liderança deve ter com sua responsabilidade na gestão de pessoas para garantia do sistema de

qualidade. Este requisito se relaciona com a competência do líder em ter visão estratégica e

utilizar esta competência para mobilizar pessoas.

O Atendimento ao Cliente, Satisfação do Cliente, Serviço, requisitos da questão 2 (P7.2)

da norma VDA tem a preocupação se o atendimento ao cliente está sendo garantido por meio da

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ação do líder sobre a gestão de qualidade, significa que ele precisa ter a competência de saber

agir para garantia da qualidade e melhoria contínua do sistema de qualidade.

Análise de Processo e Produção, questão 3.2 (P6.3.2) da norma VDA. Os colaboradores

estão qualificados para cumprir as tarefas exigidas e suas qualificações estão sendo mantidas.

Este quesito identifica a necessidade de a liderança ser capaz de fazer a gestão do processo de

produção Gestão de Produção e saber aprender com as experiências e com as pessoas.

O gerenciamento de Projetos, questão 1 (P2.1) da norma, demonstra a importância da

organização do projeto (gerenciamento do projeto) e se foram estabelecidas as tarefas e

competências do gerente de projeto e dos membros da equipe. O líder deve ser capaz de realizar

a gestão de projetos e saber comunicar-se com a equipe para tornar os projetos factíveis.

O gerenciamento de projetos, questão 5 (P2.5) da norma VDA, verifica se as pessoas

responsáveis na organização e junto aos clientes estão integradas no serviço de processamento

das alterações que envolvem capacitação para gestão de Suprimentos. O líder deve saber engajar-

se comprometer-se com o processo de alterações.

A execução do desenvolvimento de Produto e de Processo, questão 3 (P4.3) da norma

VDA, avalia se os postos de trabalho e de teste estão adequados para as exigências. Estas

exigências dependem de questões que envolvem a gestão financeira, portanto a capacidade de o

líder em saber mobilizar recursos.

A alta direção é responsável pelo processo de certificação, bem como pela implantação e

melhoria contínua desta na organização. O processo de certificação exige investimentos,

mudança comportamental, grande engajamento e comprometimento.

A alta direção deve estar preparada para administrar o sistema de qualidade de forma

sustentável e para isso precisa envolver-se exigindo de forma rotineira o engajamento dos seus

líderes e subordinados. O compromisso de gestão é crucial para o sucesso da melhoria contínua

do sistema de qualidade (CHIN et al., 2000). O processo de melhoria contínua do sistema de

qualidade está fundamentado em auditorias sistemáticas que medem o processo e ajustam-no

conforme os desvios existentes.

As organizações que implementam o sistema de gestão da qualidade, devem realizar

auditorias internas, pois estas são um subsistema da gestão global. Estudos de Karapetrovic et

al., (2006) e Bernardo et al., (2009) fornecem evidências empíricas de que as auditorias internas

apresentam níveis de integração, de acordo com o nível de integração de sistemas de gestão.

Além das auditorias sistemáticas, a alta direção deve alinhar os gestores com foco na

melhoria contínua da certificação pelo tempo necessário até que se torne sustentável e rotineiro

na organização. A melhoria contínua do sistema de qualidade é um processo contínuo, que busca

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condicionar às pessoas a seguirem os princípios da qualidade de forma contínua sem retroagir e

buscando melhoria contínua. O papel da alta direção está na vigilância sobre estes princípios

agindo como facilitadores e incentivadores.

As ações da alta administração são fundamentais para que a empresa alcance os resultados

de qualidade necessários para a certificação da organização em um sistema de qualidade, isto é

consistente, pois segundo Deming, (1986) a gestão de topo é a principal força por trás da unidade

de qualidade e satisfação do cliente é a dimensão mais importante na gestão da qualidade em

uma organização.

A alta administração precisa apresentar características que os torne líderes carismáticos

que, por meio de sua liderança e de provas de seu sucesso, ofereçam bem-estar aos seus liderados,

unindo-os numa relação de exemplaridade que, por sua vez, fecha o circuito, em um modelo de

sistema de trocas baseadas na gratuidade e na consolidação de uma parceria ética e moral

(DULLO, 2011).

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41

3 MÉTODO DE PESQUISA

A pesquisa analisa o perfil de liderança que pode contribuir para a melhoria contínua das

normas de qualidade. O estudo é delimitado à norma VDA 6.3 numa planta industrial fornecedora

de veículos customizados de carga e passageiros. Trata-se de uma empresa de médio porte. O

estudo foi realizado no decorrer do processo de recertificação da norma VDA 6.3. É um Centro

de Modificação e customização de uma montadora de caminhões e ônibus de classe mundial,

localizada na região do Vale do Paraíba, no estado do Rio de Janeiro, no Brasil. A Empresa tem

capital nacional e foi fundada em 2001, obteve sua primeira certificação ISO 9001 em 2004 e

atende exclusivamente a montadora e as suas 150 concessionárias.

O procedimento metodológico usado para a pesquisa (Figura 2) contempla três fases: (1.ª)

a caracterização teórica do tema Liderança e Sistemas de Qualidade, utilizando-se da revisão

bibliográfica e dos resultados do trabalho de campo; (2.ª) o delineamento do trabalho de campo,

com a caracterização do procedimento metodológico da pesquisa e a definição dos critérios de

confiabilidade e validade; e (3.ª) a realização do trabalho de campo com entrevistas com gestores

experientes.

Figura 2 - Etapas Adotadas para a Realização da Pesquisa.

Fonte: Autor

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42

A Etapa A1 (Figura 2) consistiu na análise de artigos selecionados com as palavras

“leadership”, “quality” and “competence” Foram analisados 48 artigos. O Apêndice 1 estrutura

os artigos analisados por objetivo, resultados, método, sugestão de trabalhos futuros o que

amparou a revisão teórica.

A Etapa B1 (Figura 2) permitiu escolher o enfoque qualitativo para condução da pesquisa,

o qual investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto real. O estudo utiliza a

perspectiva e ponto de vista da alta administração da empresa por meio de entrevista, e seguiu as

etapas da Figura 2. A Etapa B2 permitiu a elaboração do roteiro da entrevista em 2 Blocos:

Bloco 1 (Questões 1, 2 e 3) foi estruturado no conceito de Competências baseado em

Conhecimentos, Habilidades e Atitudes (BLOOM, 1976).

1) quais os conhecimentos necessários à alta administração para garantir a melhoria contínua do

sistema de qualidade na organização?

2) quais as habilidades necessárias à alta administração para garantir a melhoria contínua do

sistema de qualidade na organização?

3) quais as atitudes necessárias à alta administração para garantir a melhoria contínua do sistema

de qualidade na organização?

Bloco 2 (Questões de 4 a 11) foi baseado na pesquisa sobre “Fatores Críticos de Sucesso

e Problemas para Manutenção da ISO 9000 (AB WAHID; CORNER, 2009).

4) quais as dificuldades para a melhoria contínua da certificação do sistema de qualidade?

5) como a alta direção deve promover o envolvimento dos trabalhadores na fase de melhoria

contínua, por meio do compromisso de gestão?

6) como a alta direção deve orientar as pessoas na tradução da visão e dos objetivos da

organização para melhoria contínua do sistema de gestão?

7) como a alta direção deve convencer as pessoas de que as coisas que eles fazem para a melhoria

contínua do sistema de qualidade, são benéficas não só para a empresa, mas também para si

mesmas?

8) como a alta administração deve atuar no planejamento estratégico, relacionado às questões de

qualidade e consequentemente de melhoria contínua do sistema de qualidade.

9) como a alta administração deve motivar a organização para o engajamento necessário à

melhoria contínua do sistema da qualidade?

10) como a alta administração deve dar feedback para direcionar as ações para melhoria contínua

do sistema da qualidade?

11) quais aspectos humanos devem ser observados para gerar trabalho em equipe para melhoria

contínua de uma norma de qualidade?

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43

Para maximizar as vantagens e minimizar as limitações potenciais do Delineamento do

Trabalho de Campo (2.ª Fase), utilizou-se de entrevistas, analise de conteúdo e reunião de

fechamento. A análise de conteúdo é uma técnica sistemática, replicável para comprimir muitas

palavras de texto em menos categorias de conteúdo com base em regras explícitas de codificação

(BERELSON, 1952, GAO, 1996, KRIPPENDORFF, 1980 e WEBER, 1990).

HOLSTI, (1969) oferece uma definição ampla de análise de conteúdo como, "qualquer

técnica para fazer inferências por forma objetiva e sistemática identificação de características

específicas de mensagens".

O Trabalho de Campo (3.ª Fase) contempla a aplicação dos instrumentos empresa

pesquisada, e foi conduzida junto a 5 gestores da empresa pesquisada cujo perfil é apresentado

no Quadro 14.

Quadro 14: perfil dos executivos do primeiro escalão entrevistados: Entrevistado Gerência Formação Experiência

Automotiva

E1 Finanças

Mestrado engenharia de transporte (IME)

16 anos Pós Grad. Adm. Financeira e Auditoria INPG/UNITAL 1994

Graduação em Economia AEDB/RJ 1990

E2 Industrial

MBA em Gestão Empresarial pelo IBMEC – 2015

16 anos Pós-Graduação em Logística Empresarial pela FGV – 2002

Graduação em Engenharia de Produção – UERJ – 2000

E3 Engenharia

MBA Empresarial (PDD) Fundação Dom Cabral – 2011

34 anos Lean Process Development – Lean Institute - 2004

Graduado em Engenharia Mec. Automobilística – FEI - 1979

E4 Qualidade

MBA Empresarial (PDD) Fundação Dom Cabral – 2014

35 anos Tecnologia Mecânica FEI - 1980

Técnico em Mecânica Automotiva – SENAI – 1979

E5 Manufatura MBA Empresarial (PDD) Fundação Dom Cabral – 2014

32 anos Economia AEDB 2002

Fonte: Autor

Na Etapa de Validação de Resultados discutiu-se as informações extraídas da análise de

conteúdo que seriam mais relevantes para melhoria contínua do sistema de qualidade. Estas ações

foram relacionadas à adjetivos, que na visão dos entrevistados, comporiam o perfil de liderança

adequado. Após definir os adjetivos, os participantes criaram em consenso a definição de cada

um dos adjetivos segundo a visão do grupo.

No capítulo são analisados textos sobre sistemas de qualidade que indicam a importância

do comprometimento da Alta Direção, e o uso das competências gerenciais e de liderança.

O comprometimento da Alta Direção aparece como requisito no escopo das principais

normas de qualidade. Esta informação surge da análise das normas de qualidade ISO 9001/2015,

que atende diversos ramos de atividades, a norma ISO TS 16949/2009, que é um desdobramento

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da ISO 9001, com foco no ramo automotivo e a VDA 6.3/2010, que é especifica do ramo

automotivo com foco na indústria de procedência alemã.Os conceitos de liderança e

competências gerenciais, fornecem a base para estruturar o perfil da liderança adequado para

melhoria contínua da certificação de qualidade, em uma organização do ramo automotivo. Os

conceitos apresentados complementam-se quando aplicados na relação dos líderes da alta

administração pelo planejamento estratégico, conforme descrito a seguir.

Planejamento Estratégico é um processo gerencial que se refere à formulação de objetivos

que visam a seleção de programas de ação, bem como a execução, levando em conta as condições

internas e externas à empresa e sua evolução esperada. Também considera premissas básicas que

a empresa deve respeitar para que todo o processo tenha coerência e sustentação.

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45

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

As respostas coletadas nas entrevistas que foram agrupadas em Conhecimentos,

Habilidades e Atitudes, baseando-se nos trabalhos de Le Boterf, (2000).

As respostas indicadas pelos entrevistados sobre que “conhecimentos são necessários para

os gestores garantirem a melhoria contínua do sistema de qualidade na organização” foram

sintetizadas em Negociação, Ferramentas de Qualidade, Normas de Qualidade, Garantia da

Qualidade e Gestão Estratégica.

O Quadro 16 registra trechos das entrevistas tratados por Análise de Conteúdo

(STEMLER, 2001) que evidenciam esta síntese.

Os trechos das entrevistas, relacionados às competências baseadas em Conhecimento,

habilidades e Atitudes, foram condensados e sintetizados nos Quadros 16, 17 e 18.

Quadro 16 - Conhecimentos Necessários para Melhoria contínua do Sistema de Qualidade

Trecho da Entrevista Condensado Conhecimento Saberes de Le

Boterf “...entendo que a implantação e manutenção de um sistema

de qualidade passa por um processo de negociação

estratégica entre as áreas envolvidas...” (E1)

Processo negociação

“Negociação”

Saber o que e o por que

faz, saber julgar,

escolher e decidir

“... não havendo acordo entre as pessoas, aumenta a dificuldade na implantação, por isso os acordos entre as áreas

são necessários...” (E3)

Necessidade de acordo

entre as áreas

“... sabemos que as áreas buscam seus próprios resultados, sem corporativismo não alcança o sucesso... (E5)

Corporativismo

“...não se pode fazer gestão de qualidade sem conhecer a

fundo à norma que será utilizada para certificação...” (E3)

Conhecimento

aprofundado

“Normas de

qualidade”

“... afinidade com a norma é fundamental para que o gestor tenha de fato o domínio sobre o processo...” (E5)

Afinidade

“...é preciso dedicar tempo para aprimorar seu conhecimento

sobre garantia da qualidade pois será muito útil na manutenção de um sistema de qualidade...” (E1)

Aprimoramento

“... sem dominar os conceitos de garantia de qualidade, a

manutenção do sistema de qualidade se torna uma tarefa

árdua...” (E4)

Domínio dos conceitos

“... o gestor que não assumir a responsabilidade sobre o

processo de garantia da qualidade...” (E2) Responsabilidade GQ

“...os gestores precisam participar do processo de

implantação e garantir a manutenção do sistema, para isso devem conhecer bem as ferramentas da qualidade...” (E2)

Informação das

ferramentas “Ferramentas da

qualidade”

Trabalhar

conhecimento e experiência, rever

modelos mentais,

saber desenvolver-se

“...não vejo como manter o SQ sem a capacitação dos

gestores em ferramentas de qualidade...” (E4) Capacitação

“... a decisão de certificação faz parte do planejamento

estratégico da organização e, portanto, o gestor deve ser

capaz de desdobrar os objetivos, entre eles, a questão da

certificação...” (E3)

Elaborar objetivos e

metas “Gestão

estratégica”

Conhecer, entender o

negócio da organização, o seu

ambiente identificando

oportunidades e alternativas

“... todas as ações realizadas pela empresa precisam

estar alinhadas ao planejamento estratégico...” (E1) Alinhamento

“...fazer as ações chegarem a todas as pessoas pode ser o

diferencial para o sucesso...” (E2) Diferencial

Fonte: Autor

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46

As entrevistas foram condensadas em palavras que geram novas categorias para a análise

do trecho da entrevista (Quadro 16). O conhecimento considerado como negociação, englobam:

processo de negociação, necessidade de acordo entre as áreas e corporativismo. Este

conhecimento se torna importante, pois o sistema de qualidade necessita a integração entre as

várias áreas, que podem ser discordantes sobre um procedimento ou processo. Para se efetuar a

negociação é necessário a aquisição de alguns saberes como o que se está produzindo e porque,

para que na necessidade de alguma negociação tomar as melhores decisões baseada em

julgamentos e escolhas conscientes.

Outras falas dos participantes foram condensadas em: conhecimento aprofundado,

afinidade, aprimoramento, domínio dos conceitos e responsabilidade da gestão de qualidade.

Esta categorização apresenta um sentido de proximidade e aprofundamento do

conhecimento em relação a norma de qualidade, indicando a importância de aprimorar

conhecimentos teóricos e práticos sobre a qualidade.

A responsabilidade é a capacidade de o indivíduo responder pelo processo de qualidade,

bem como um comportamento de assunção de tarefas e atividades. Estes dois blocos analisados

sob o ponto de vista dos saberes de Le Boterf, se relacionam com: “Saber o que e o por que faz,

saber julgar, escolher e decidir” que significam a habilidade do indivíduo em saber tomar

decisões, com escolhas e julgamentos pertinentes ao contexto e a situação que se expõe.

Dois trechos da entrevista foram condensados em informações sobre ferramentas de

qualidade e capacitação, o que indica a necessidade de conhecimento aprofundado sobre aspectos

que envolvam a utilização de ferramentas de qualidade e suas aplicabilidades em uma situação

de melhoria contínua do sistema de qualidade.

Para alcançar este nível de aprimoramento necessário, que significa ter capacidade de

manter o sistema de qualidade funcionando adequadamente, é preciso trabalhar o conhecimento

e a experiência, rever modelos mentais, saber desenvolver-se, ou seja, torna-se importante neste

momento para a organização. Neste ponto é que se observa a importância que representa o

conhecimento explícito já descrito em forma de procedimentos, instruções de trabalho e

formulários, bem como o conhecimento tácito, advindo da experiência, que ainda não foi

trabalhado para se tornar explícito dependendo fortemente das pessoas que detém este

conhecimento. Em algumas situações é preciso preparar as pessoas que detém o conhecimento

tácito, para que entendam a importância de transmitir às outras pessoas estes conhecimentos.

Algumas vezes o medo de transmitir conhecimento demonstra a insegurança da pessoa com

relação à sua importância para a organização. Talvez este seja um dos maiores complicadores da

gestão do conhecimento.

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O último bloco do Quadro 16 é composto por três trechos que foram condensados em

gestão estratégica e diferencial.

A Gestão Estratégica” é a capacidade de gerir a organização conforme estabelecido no

planejamento estratégico, sobre todo o processo de melhoria contínua do sistema de qualidade.

A amplitude do conhecimento sobre gestão estratégica e a forma com que este

conhecimento é disseminado por toda a organização, faz com que se relacione com conhecer,

entender o negócio da organização e o seu ambiente, identificando oportunidades e alternativas

que podem contribuir com a melhoria contínua do sistema de qualidade da organização.

Quadro 17 - Habilidades necessárias para garantir o sistema de qualidade.

Trecho da Entrevista Condensado Habilidade LE BOTERF, 2000

“...a liderança é uma habilidade importante

para todos os gestores, principalmente quando

é preciso motivar as pessoas para manter uma

certificação, que exige comprometimento da

equipe...” (E3)

Motivação

“Mobilização”

Criar sinergia,

mobilizar recursos e

competências

“...sem comando adequado as pessoas perdem

a direção...” (E4) Direcionamento

“...toda mudança precisa de um líder para

conduzir as pessoas rumo aos objetivos

estabelecidos...” (E1)

Condução de pessoas

“...a presença do líder faz com que as coisas

aconteçam...” (E1) Presença do líder

“...a base para toda organização está na

liderança, a melhoria contínua do sistema de

qualidade também está ligada à liderança...”

(E5)

Acesso à liderança

“...a comunicação é uma das grandes

dificuldades das organizações, apesar de tantas

novas tecnologias existentes atualmente…”

(E2)

Utilização de recursos

de comunicação

“Comunicação”

Compreender,

trabalhar, transmitir

informação,

conhecimentos

“...a comunicação é um dos fatores que

contribuem para o sucesso do sistema de

qualidade...” (E4)

Conhecimento sobre o

Sistema de Qualidade

“...uma boa comunicação, garante o bom

entendimento das pessoas em relação à

importância da melhoria contínua do sistema

de qualidade...” (E1)

Fluidez das

informações

“...uma fraqueza de muitas organizações está

no processo inadequado da comunicação,

principalmente a interna...” (E3)

Processo interno de

comunicação

“...sem comunicação adequada o sistema está

fadado ao insucesso, por isso a comunicação

deve ser tratada com excelência...” (E2)

Excelência no sistema

de comunicação

“...uma certificação em um sistema de qualidade

gera diversos conflitos entre os setores da

empresa. Os gestores precisam ter habilidade

para administrar estes conflitos incentivando a

colaboração para resolve-los de forma

integrada...” (E3).

Incentivo para

resolução

“Administração de

conflitos”

Saber o que e o por

que faz, saber julgar,

escolher e decidir

“...uma equipe que não tem consenso gasta

muita energia com os conflitos internos...” (E5) Consenso

“...conflitos são normais em uma equipe,

contudo a tratativa dos conflitos pode ser

produtiva ou improdutiva...” (E4)

Conflitos produtivos

Fonte: Autor

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48

O Quadro 17 condensa os trechos da entrevista identificando-os por blocos de habilidades.

A habilidade de Mobilização é um processo que envolve a capacidade do líder em criar um

ambiente que motive as pessoas a seguir o direcionamento da organização. Para conduzir a

equipe, precisa estar presente e ser acessível. Esta capacidade se relaciona com os saberes de Le

Boterf “Criar sinergia, mobilizar recursos e competências”.

A segunda habilidade identificada na entrevista é a Comunicação. Esta habilidade consiste

em utilizar adequadamente os recursos de comunicação existentes, para disseminar o

conhecimento relativo ao Sistema de Qualidade por toda a organização, por meio de um processo

de excelência em comunicação que permita fluidez das informações. Estas condições se

relacionam com o saber compreender, trabalhar, transmitir informação e conhecimentos, de Le

Boterf.

O terceiro bloco de palavras categorizadas se relaciona com a habilidade de administração

de conflitos, necessária para que o líder seja capaz de atuar de forma equilibrada permitindo

situações de conflito produtivas que gerem mudanças e quebrem paradigmas de forma saudável

para as pessoas e a organização. O incentivo deve ser no sentido da resolução dos conflitos

buscando sempre o consenso. Os conflitos, nestas condições, se relacionam com o saber o que e

o por que faz, saber julgar, escolher e decidir segundo Le Boterf.

Ter atitudes positivas favorece a gestão das equipes, quando relacionamos o

comportamento positivo dos gestores aos resultados de qualidade, entendemos o quanto é

importante estabelecer uma cultura organizacional com visão em qualidade.

Entende-se que no âmbito académico quanto no prático, as atitudes comportamentais da

liderança influenciam a cultura organizacional. Esta consideração tem atraído atenção, e alguns

estudos advogam a interdependência entre ambos as atitudes da liderança e a cultura

organizacional. De um lado, o líder assume o papel de criar, manter ou mudar tipos particulares

de cultura, realizando sua gestão baseada em atitudes positivas. Nesse sentido, as atitudes do

líder são fundamentais para definir a natureza, a direção e o impacto dessa gestão. Por outro lado,

considera-se que o líder em seu pensamento, sentimento e respostas, também é influenciado nas

suas atitudes pela cultura organizacional. Assim, as atitudes, para entender e trabalhar em urna

cultura é pré-requisito para urna liderança eficaz (SCHEIN, 1992º)

Quadro 18 busca as atitudes necessárias para que os gestores mantenham o sistema de

qualidade.

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Quadro 18 - Atitudes necessárias para garantir o sistema de qualidade

Trecho da Entrevista Condensado Atitudes (LE BOTERF,

2000)

“...não se pode pensar em implantar ou manter um sistema de

qualidade sem que haja comprometimento dos gestores, é

preciso participar efetivamente de tudo que envolve a garantia

da qualidade...” (E1)

Participação

Co

mp

rom

etim

ento

Saber

empreender,

assumir riscos,

comprometer-se

“...quando obtemos o comprometimento das pessoas, a

possibilidade de alcançar resultados positivos é uma

constante...” (E3)

Acompanhamento dos

resultados

“...pessoas comprometidas são mais produtivas e isso

favorece muito a melhoria contínua do sistema de

qualidade...” (E2)

Busca pela Produtividade

”...estar engajado é fundamental. Gestores engajados não

permitem desvios no sistema de qualidade...” (E5) Engajamento

“...quando todos estão engajados e querem o resultado, o

sistema de qualidade passa a ser uma responsabilidade de

todos...” (E1)

Responsabilidade

“...quando temos equipes engajadas percebemos que a

prioridade estará sempre na superação dos objetivos e isso faz

diferença na melhoria contínua do SQ... (E4)

Persistência nos objetivos

“...um gestor precisa ter atitudes de iniciativa, pois assim

consegue atuar sempre que necessário e isso ajuda a manter as

condições adequadas para melhoria contínua do sistema de

qualidade...” (E1)

Preocupação com as

Condições adequadas

Inic

iati

va

“...ficar parado diante de situações imprevistas pode aumentar

o impacto com o passar do tempo, o gestor deve estar atento

para agir na hora certa...” (E3)

Atenção

“...pessoas que se antecipam aos problemas podem contribuir

muito com o processo de melhoria contínua do sistema de

qualidade...” (E4)

Contribuição

“...sabemos que uma certificação significa muito trabalho e

para garantir a melhoria contínua do sistema de qualidade é

preciso muita determinação dos gestores para manter sua

motivação...” (E3)

Dedicação ao Trabalho D

eter

min

ação

Trabalhar o

conhecimento e

a experiência,

rever modelos

mentais, saber

desenvolver-se

“...as dificuldades que estão embutidas no dia a dia da empresa

se amplificam durante o processo de certificação por isso

todos devem ter postura e determinação...” (E2)

Postura proativa

“...os resultados demoram para acontecer, por isso é preciso

entender a importância da determinação das pessoas...” (E5) Sentido de Importância

Fonte: Autor

O Quadro 18 indica trechos das entrevistas que identificam atitudes importantes

relacionadas aos saberes de Le Boterf.

A primeira atitude identificada é o comprometimento, esta atitude é evidenciada pelo nível

de participação do líder no processo de melhoria contínua do sistema de qualidade, na forma

como ele acompanha os resultados de qualidade da organização, o comportamento diante da

busca pela melhor produtividade, seu engajamento, persistência e responsabilidade com os

objetivos e metas estabelecidos para a melhoria contínua do sistema de qualidade. O líder que

tem comprometimento se preocupa com as condições adequadas para alcançar os objetivos,

direciona as pessoas para níveis elevados de responsabilidade.

A segunda atitude identificada é a iniciativa, que foi extraída dos trechos da entrevista

condensados em três expressões, que provocam a decisão de agir diante de situações adversas

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50

com constante preocupação em manter as condições adequadas para a melhoria contínua da

norma, o que significa, estar atento e atuar, sempre que as condições não estejam adequadas,

buscando recompor as condições ideais, contribuindo com a melhoria contínua do sistema de

qualidade.

As atitudes de comprometimento e iniciativa se relacionam com saber empreender,

assumir riscos e comprometer-se de Le Boterf.

Também foi identificada a atitude de determinação, por meio das palavras dos trechos da

entrevista. A determinação é demonstrada pela dedicação ao trabalho, postura proativa e sentido

de importância, atitudes que refletem o sentimento de importância dado a melhoria contínua do

sistema de qualidade. A determinação faz com que o líder trabalhe o conhecimento e a

experiência, rever modelos mentais e saber desenvolver-se, comportamentos evidenciados por

Le Boterf.

A abordagem a partir do Quadro 16, passa a ser sobre a operacionalização da implantação

e melhoria contínua do sistema de qualidade. As questões foram formuladas baseadas em

palavras chaves que buscam identificar ações que serviram como base para identificar

competências necessárias a alta administração no processo de implantação e melhoria contínua

da certificação.

A falta de constância ou rigor no compromisso assumido de gestão sobre pessoas e

processos e a falta do envolvimento destes, no processo de implantação e melhoria contínua do

sistema de qualidade, pode provocar falhas principalmente no compromisso deles com a

realização das auditorias de qualidade. Fato este que comprova a falta de compreensão sobre os

requisitos do sistema de qualidade (MCCULLOUGH; LAURIE, 1995; DZUS; SYKES, 1993).

As faltas de medidas corretivas internas eficazes são prejudiciais para o sistema de

qualidade, uma vez que as não-conformidades e as deficiências foram identificadas, mas a

organização não é consciente da importância da melhoria contínua do sistema de qualidade. Isso

normalmente é consequência de procedimentos que não foram bem estabelecidos e por

consequência são incapazes de garantir a melhoria contínua do sistema de qualidade após a

certificação (AB. WAHID; CORNER, 2009).

Os resultados do Quadro 16 buscam identificar quais as dificuldades existentes na

organização, relativas às competências (Conhecimentos, Habilidades e Atitudes) ou recursos que

geram condições adversas para implantação e melhoria contínua do sistema de qualidade,

segundo a experiência dos entrevistados.

Houve consenso de que as dificuldades relatadas, na maioria das vezes, não são novidades

na organização, pois estão presentes na rotina diária de trabalho, de forma sistemática, e muitas

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51

vezes, por não serem tratadas como prioridade, são deixadas de lado para uma análise e solução

futura, mas que nunca chega.

As questões apresentadas nos Quadros de 16 a 23 estão baseados na pesquisa sobre

“Fatores Críticos de Sucesso e Problemas para Manutenção da ISO 9000 (AB WAHID;

CORNER, 2009) ”. Os fatores críticos de sucesso são determinantes para que a organização possa

dar foco nos fatores mais importantes do seu negócio. Durante o planejamento estratégico são

definidos pela alta direção quais fatores são determinantes para que a organização alcance seus

objetivos estratégicos.

O Quadro 19, mostra quais os principais problemas existentes, apresenta um trecho da

entrevista para dar entendimento no significado do problema apresentado e condensa o trecho da

entrevista dando um significado resumido.

Quadro 19 - Dificuldades para melhoria contínua do sistema de qualidade

Trecho da Entrevista Condensado Dificuldades (LE BOTERF,

2000) “...considero que a não continuidade das ações relacionadas à

certificação é um dos fatores principais que podem causar a perda da certificação. O gestor deve ter atenção constante sobre esta questão...”

(E1)

Atenção constante

“Continuidade

das implementações”

Saber empreender,

assumir riscos, comprometer-se

“...os esforços de implantação nem sempre são mantidos após o recebimento do certificado, os gestores devem intensificar o rigor

após o momento da certificação...” (E5)

Rigor

“...a dificuldade está justamente após a certificação, a alta direção deve planejar o processo após a implantação para garantir a

continuidade...” (E2)

Planejamento

“...pessoas comprometidas são a base de um sistema de qualidade...”

(E3) Pessoas

“Comprometimen

to das pessoas”

Criar sinergia, mobilizar recursos e

competências

“...não se pode pensar em sistema de qualidade sem estabelecer

cultura de comprometimento...” (E4) Cultura

“...o comprometimento é um fator obrigatório para se pensar em

certificação e principalmente melhoria contínua...” (E1) Obrigatoriedade

“...quando encontramos equipes comprometidas os resultados são

questão de tempo...” (E5) Tempo

“...a postura negativa dos envolvidos no processo de implantação e

melhoria contínua do sistema de qualidade pode colocar em risco o próprio sistema...” (E4)

Risco Postura

Ser responsável assumindo os riscos e

consequências de suas

ações e sendo por isso reconhecido

“...inaceitável uma postura negativa para melhoria contínua...” (E1) Exclusão de condutas

negativas “...não aceitar pessoas com posturas negativas...” (E2)

“..., a falta de chefias preparadas para conduzir as equipes prejudica muito esse processo...” (E3)

Preparação das chefias

“Gestão das chefias”

“...os chefes, ou mesmo líderes, devem ser qualificados para gestão,

pois as pessoas esperam isso deles...” (E2) Qualificação

“...um dos problemas mais comuns hoje em dia está na falta de chefias capazes de fazer gestão...” (E4)

Capacitação

“...gestão não é simples de ser operacionalizada, as chefias

apresentam dificuldade em aplicar ferramentas de gestão...” (E1) Ferramentas de gestão

“...os procedimentos fazem parte dos fundamentos do sistema de qualidade, consequentemente devem ser respeitados...” (E2)

Fundamentos

Cumprimento procedimentos

Saber o que e o por que faz, saber julgar,

escolher e decidir

“...as pessoas normalmente apresentam resistência em seguir padrões,

principalmente quando a sequência é diferente do que pensa...” (E5) Resistência

“...rigor é a base de sustentação para garantir a melhoria contínua do sistema de qualidade...” (E3)

Base de sustentação

Fonte: Autor

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52

Os três primeiros trechos da entrevista apresentados no Quadro 19 indicam quais as

dificuldades para garantir a continuidade da melhoria contínua do sistema de qualidade e das

implementações, relativas ao processo de certificação. Esta afirmação indica por meio dos

condensados, que a liderança deve integrar ao seu planejamento à necessidade de manter o rigor

sobre o cumprimento dos procedimentos, bem como manter a atenção constante sobre os

processos que foram estabelecidos, para evitar que a organização retorne a situação anterior à

certificação. A continuidade das implementações se relaciona com os saberes de Le Boterf Saber

empreender, assumir riscos, comprometer-se.

Os quatro trechos seguintes, indicam como dificuldade, manter o comprometimento das

pessoas, evitando o relaxamento comum que acontece nas organizações após a certificação. O

líder deve considera o comprometimento como essencial ao processo de melhoria contínua do

sistema de qualidade e por isso, disponibilizar tempo para manter o acompanhamento das pessoas

e cuidar para que a cultura de qualidade se estabeleça na organização. Para manter o

comprometimento das pessoas é necessário criar sinergia, mobilizar recursos e competências,

conforme estabelecido pelos saberes de Le Boterf.

Dois trechos da entrevista apresentam uma preocupação relativa a postura das pessoas e as

consequências que geram sobre as condições de melhoria contínua do sistema de qualidade, é

importante que a liderança exclua as condutas negativas que podem colocar em risco a melhoria

contínua do sistema de qualidade estabelecido pela certificação.

Nos quatro trechos seguintes os entrevistados demonstraram preocupações com os

modelos de gestão aplicados pelas chefias e a influência destes na questão da melhoria contínua

da norma de qualidade, o entendimento desta questão indica a necessidade de preparação dos

líderes pela capacitação e qualificação em ferramentas de gestão capazes de dar sustentabilidade

ao sistema de qualidade.

Estes dois blocos se relacionam com os saberes de Le Boterf que estabelecem a

necessidade de ser responsável assumindo os riscos e consequências de suas ações e sendo por

isso reconhecido.

Os três últimos trechos do Quadro 16 indicam a importância que a liderança deve dar ao

cumprimento dos procedimentos que são a base da estrutura do sistema de qualidade, bem como

a garantia da padronização e controle do processo. Os líderes devem ter como objetivo atuar

sobre a resistência que as pessoas apresentam em seguir normas e procedimentos, fator que

prejudica os resultados de qualidade e os fundamentos do sistema de qualidade. Estes trechos são

relacionados aos saberes de Le Boterf que estabelecem a necessidade de saber o que e o por que

faz, saber julgar, escolher e decidir.

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53

O Quadro 20 trata o tema do comprometimento da alta administração, com a implantação

e melhoria contínua do sistema de qualidade. Este tema remete à importância do

comprometimento da alta direção confirmando a afirmação de Chin et al., (2000), o compromisso

de gestão é crucial para o sucesso da melhoria contínua do sistema de qualidade.

A questão apresentada no quadro 20 é sobre as ações que podem contribuir para que a alta

administração possa criar confiança, sobre seu comprometimento com a melhoria contínua do

sistema da qualidade?

Quadro 20 - Comprometimento dos trabalhadores na fase de melhoria contínua, por meio do

compromisso de gestão?

Trecho da Entrevista Condensado Ações (LE BOTERF, 2000)

“...o gestor deve dar o exemplo, pela sua

conduta, para que as pessoas da empresa

sigam suas ações...” (E1)

Conduta

“Exemplaridade”

Ser responsável assumindo

os riscos e consequências de

suas ações e sendo por isso

reconhecido

“...as atitudes e comportamentos são mais

importantes que o discurso...” (E3) Importância

“...o modelo é uma forma de mobilizar as

pessoas no sentido que o líder busca

conduzi-las...” (E4)

Mobilização de

pessoas

“...um gestor precisa saber como estão sendo

conduzidas as ações relacionadas ao

processo de certificação...” (E2)

Condução das ações

“Acompanhar as

ações”

Conhecer, entender o

negócio da organização, o

seu ambiente identificado

oportunidades e alternativas

“...é importante acompanhar de perto a

evolução dos fatos todos os dias...” (E5) Acompanhamento

“...a presença do gestor nos acontecimentos

do dia a dia faz muita diferença...” (E1) Diferencial

“...se o gestor precisa ter domínio sobre o

processo...” (E3) Domínio

“...um sistema de qualidade só se mantém se

houver uma preocupação importante em

relação aos recursos necessários...” (E4)

Preocupação

“Prover recursos

para o trabalho”

Criar sinergia, mobilizar

recursos e competências

“...O gestor deve ser um facilitador capaz de

prover recursos...” (E2) Facilitador

“...as condições de trabalho facilitam a

obtenção de qualidade...” (E5) Obtenção de qualidade

“...as pessoas precisam dos recursos para

melhorar seu resultado...” (E1) Aperfeiçoamento

“... raramente estes gestores comemoram

com a equipe os resultados positivos...” (E3) Trabalho em equipe

Equipe

“...essa visão de valorizar as conquistas

transmite à equipe motivação...” (E4) Motivação

“...as pessoas esperam fazer parte da solução

e resultados...” (E2) Parte da solução

“...a maioria dos gestores tem dificuldade

em utilizar a ferramenta de feedback...” (E3) Ferramentas

“Dar e receber

feedback”

Compreender, trabalhar,

transmitir informações,

conhecimentos

“...quando utiliza esta ferramenta consegue

gerar confiança...” (E 5) Adequação

“...as pessoas esperam que seu desempenho

seja avaliado...” (E1) Avaliação

Fonte: Autor

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54

As análises sobre a questão indicam a importância que é dada a questão comportamental

dos gestores, que pela postura pessoal influenciam o comportamento das pessoas que fazem parte

da organização. Fica evidente a necessidade de um relacionamento humano e profissional, de

forma integrada, entre o gestor e as pessoas de organização para gerar confiança.

Para a orientação é necessário um processo de aprendizado. A formação é uma atividade

planejada e instrutiva destinada a facilitar a aquisição de conhecimentos, desenvolvimento de

habilidades e atitudes, a fim de melhorar o desempenho. A eficácia da formação refere-se à

extensão em que são alcançados os objetivos de formação (WANDERSMAN et al., 2012).

Os três primeiros trechos da entrevista indicam a exemplaridade como uma conduta dos

líderes que deve ser demonstrada por meio das suas ações. Exemplaridade neste caso está

relacionada a conduta do líder com relação aos princípios da norma de qualidade, a importância

que dá a norma e como demonstra seu respeito aos procedimentos estabelecidos por ela. O que

se espera é que a exemplaridade contribua na capacidade de mobilização das pessoas para que

busquem seguir os princípios estabelecidos pela norma de qualidade. A exemplaridade neste

contexto se relaciona com os saberes de Le Boterf, ser responsável assumindo os riscos e

consequências de suas ações e sendo por isso reconhecido.

Os quatro trechos seguintes indicam como responsabilidade do líder, o acompanhamento

das ações necessárias para melhoria contínua da norma de qualidade. Para isso é preciso que o

líder tenha o entendimento, de que o seu papel é de adquirir o conhecimento necessário para ter

domínio e conduzir estas ações de forma diferenciada. Esta ação se relaciona com os saberes de

Le Boterf, conhecer, entender o negócio da organização, o seu ambiente identificado

oportunidades e alternativas.

Nos trechos seguintes, a ação resultante dos condensados é prover recursos para o trabalho,

já que a melhoria contínua da norma passa pela necessidade da existência de recursos suficientes

para atender os requisitos estabelecidos pela norma. O líder, como facilitador, deve manter uma

preocupação constante sobre a disponibilização de recursos para obtenção da qualidade exigida

pela norma buscando o aperfeiçoamento do processo.

Os três trechos seguintes quando condensados apresentam como responsabilidade do líder

o correto entendimento sobre o conceito de equipe, bem como a aplicação deste conceito em suas

ações rotineiras na organização. Os trechos indicam a importância do trabalho em equipe como

fator de motivação a partir do momento que as pessoas acreditem de fato que são parte da solução,

e, portanto, podem contribuir para o resultado da organização, pelo entendimento da importância

da melhoria contínua da norma de qual

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55

Os dois blocos de ações apresentados se relacionam com os saberes de Le Boterf, criar

sinergia, mobilizar recursos e competências.

Os três últimos trechos, relacionados as ações necessárias à melhoria contínua do sistema

de qualidade, estão relacionados a importância, do líder agir dando e recebendo feedback. Para

isso é preciso conhecer as ferramentas de gestão que promovem esta capacitação, adequar as

ferramentas ao contexto da organização e promover sistemas de avalição que registrem as

informações obtidas no feedback. Esta ação se relaciona com os saberes de Le Boterf,

compreender, trabalhar, transmitir informações, conhecimentos.

O Quadro 21 identifica como a alta administração deve agir para uma orientação adequada

às pessoas na tradução da visão e dos objetivos da organização para garantir a melhoria contínua

do sistema de gestão.

Quadro 21 - Como a alta direção deve orientar as pessoas na tradução da visão e dos objetivos

da organização para melhoria contínua do sistema de gestão?

Trecho da Entrevista Condensado Ações LE BOTERF,

(2000)

“...as pessoas precisam estar informadas e ao mesmo tempo sentir-se

parte das decisões que precisam ser tomadas...” (E2) Informação

“Man

ter

as p

esso

as i

nfo

rmad

as”

Compreender,

trabalhar,

transmitir

informações,

conhecimentos

“...as reuniões são importantes para orientar a equipe e buscar a

contribuição de cada membro da equipe” (E1) Contribuição

“...as reuniões permitem que as pessoas se comuniquem mais...” (E5) Comunicação

“...a integração das pessoas pode ser facilitada pelo contato nas

reuniões...” (E4) Integração

“...considerando que uma certificação faz parte do planejamento

estratégico da empresa, compartilhar os planos da empresa deve ser uma

rotina da alta administração...” (E2)

Ações rotineiras

“...possibilita orientar às pessoas em qual caminho devem seguir para

que possam contribuir de fato para a melhoria contínua da

certificação...” (E3)

Orientação

“...saber quais os passos da empresa vão ajudar a somar os esforços

individuais...” (E1) Esforços

“...a informação é a base para qualquer processo de certificação...” (E5) Sustentação

“...manter as pessoas informadas auxilia a manter o andamento das ações

no sentido correto...” (E4) Direcionamento

“...antecipar possíveis contratempos pelo fluxo correto de informação...”

(E3)

Fluxo

informações

“...pessoas bem informadas são capazes de contribuir melhor para a

organização...” (E2) Contribuição

“...os gestores em algumas situações não se preocupam adequadamente

com o desdobramento do planejamento estratégico, isso interrompe o

processo e prejudica os resultados...” (E5)

Desdobramento

Pro

mo

ver

a p

arti

cip

ação

das

pes

soas

no

pla

nej

amen

to e

stra

tég

ico

Conhecer,

entender o

negócio da

organização, o

seu ambiente

identificando

oportunidades e

alternativas

“...quando o desdobramento acontece corretamente os objetivos ficam

claros possibilitando bons resultados, isso também contribui para

orientar as pessoas para que possam contribuir verdadeiramente no

processo de certificação” (E4)

Objetivos claros

“...só é possível o comprometimento das pessoas se elas se sentirem

participantes do processo decisório...” (E1) Participação

“...é preciso ter consciência da importância da padronização...” (E3) Padronização

“...seguir procedimentos possibilita resultados previsíveis no

processo...” (E2) Previsão

“...o rigor nos procedimentos garante que as coisas acontecerão

conforme previstas...” (E5) Garantia

Fonte: Autor

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56

O Quadro 21 indica que para uma orientação adequada as ações devem estar relacionadas

a integração das pessoas e um processo de comunicação eficaz que seja capaz de manter as

pessoas e os processos alinhados aos objetivos estratégicos.

O primeiro bloco de apresenta uma série de trechos da entrevista que indicam a

importância de manter as pessoas informadas para que se mantenha uma comunicação aberta

entre o líder e sua equipe, gerando integração em todas as ações rotineiras onde haja esforços de

contribuição de todos dando sustentação ao líder para que possa orientar e conduzir a equipe

garantindo as rotinas necessárias à melhoria contínua do sistema de qualidade. Manter as pessoas

informadas contribui para o direcionamento do fluxo de informações para uma comunicação

adequada estes conceitos se relacionam com os saberes de Le Boterf “Compreender, trabalhar,

transmitir informações, conhecimentos”.

Os seis blocos seguintes indicam a importância de promover a participação das pessoas no

planejamento estratégico da organização, para contribuir com a liderança na dinâmica de

orientação e condução das pessoas rumo aos objetivos e metas da organização. A visão é formada

no campo estratégico e deve ser desdobrada, o que significa transformar os objetivos estratégicos

em metas e ações em todos os níveis da organização, utilizando planos de ação e indicadores de

resultados. Os objetivos e metas precisam ser claros e factíveis apresentados de forma

padronizada, o que facilita o entendimento em todos os níveis da organização, permitindo

acompanhar os resultados analisando as tendências e garantindo uma previsão segura que permita

perceber se as metas estão no caminho da visão estabelecida no nível estratégico. Estas

considerações se relacionam com os saberes de Le Boterf “Conhecer, entender o negócio da

organização, o seu ambiente identificando oportunidades e alternativas.

O Quadro 22 apresenta os incentivos para que as pessoas se comprometam com a

implantação e melhoria contínua do sistema de qualidade. Líderes que compreendem as emoções

parecem estimular os subordinados a trabalhar de forma mais eficaz e eficiente. (GROSSMAN,

2000)

O item da entrevista apresenta as ações relacionadas a capacidade de incentivar a equipe

para a implantação e melhoria contínua do sistema de qualidade.

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57

Quadro 22: Incentivos

Trecho da Entrevista Condensado Ações (LE BOTERF, 2000)

“...nem sempre os bons resultados são

reconhecidos pelos gestores...” (E4) Reconhecimento

“Reconhecer

bons

resultados”

Saber o que e o por que faz,

saber julgar, escolher e decidir

“...dar reconhecimento é um estímulo que

contribui para que as pessoas se

comprometam com o processo de

melhoria contínua da certificação...” (E1)

Comprometimento

“...as pessoas buscam ser reconhecidas

pelos seus resultados positivos na mesma

medida que são cobradas nos negativos...”

(E3)

Justiça, equidade nas

avaliações

“...o gestor está preparado para cobrar

resultados, mas nem todos estão

preparados para reconhecer os bons

resultados...” (E2)

Preparação

“...os processos certificados, normalmente

apresentam bons resultados. Estes

resultados devem ser divulgados para que

estimulem as pessoas...” (E5)

Resultados

“Divulgar

bons

resultados”

Compreender, trabalhar,

transmitir informações,

conhecimentos

“...para buscarem novos e melhores

resultados as pessoas precisam conhece-

los...” (E4)

Aperfeiçoamento

“...as informações sobre os bons

resultados são como recompensas para as

pessoas comprometidas com a

organização...” (E1)

Recompensa

“...uma empresa precisa buscar

compartilhar conquistas que alavanquem

seu crescimento...” (E5)

Crescimento

“...divulgar as conquistas estimulam as

pessoas a contribuírem mais...” (E2) Contribuição

“...para que se comprometam as pessoas

precisam estar cientes do resultado da

empresa e suas conquistas...” (E3)

Comprometimento

“...conquistas são grandes passos nos

objetivos da empresa, é muito importante

que sejam compartilhadas por todos...”

(E4)

Metas

“...para estimular as pessoas é preciso

gerar as competências...” (E1) Competências

Proporcionar

treinamentos

Trabalhar o conhecimento e a

experiência, rever modelos

mentais, saber desenvolver-se

“...o treinamento aplicado na frequência

adequada proporciona a capacitação

necessária...” (E2)

Capacitação

“...pessoas capacitadas são fundamentais

para alcançar os resultados esperados...”

(E4)

Resultados

“...os gestores precisam destacar as boas

práticas internas e externas...” (E1) Reconhecimento

“...boas práticas possibilitam alcançar os

objetivos contribuindo para a melhoria

contínua do sistema de qualidade...” (E5)

Contribuição

“...se existem boas práticas sendo

realizadas, precisamos destacar e

aproveitar para evoluir nossa condição...”

(E3)

Aproveitamento

Fonte: Autor

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58

O Quadro 22 indica que para gerar estímulos é preciso aprofundar o relacionamento e

manter o nível adequado de informações por meio de um processo adequado de comunicação.

Assim as pessoas se sentirão estimuladas para buscar cumprir os objetivos.

O primeiro bloco de trechos da entrevista, indicam a importância dada pelos entrevistados

para a questão do reconhecimento sobre bons resultados. É importante o entendimento de que

bons resultados não são obra do acaso, para se obter resultados importantes é preciso que a

liderança faça um trabalho de preparação, tanto próprio, como dos membros da equipe

desenvolvendo competências que trarão o comprometimento necessário e contribuirão para os

bons resultados. Para que haja justiça no reconhecimento é fundamental que a análise dos

resultados tenha equidade na avaliação. Encontra nos saberes de Le Boterf o relacionamento com

os conceitos estabelecidos “Saber o que e o por que faz, saber julgar, escolher e decidir”.

Os blocos seguintes apresentam sete trechos da entrevista que indicam a importância em

divulgar os bons resultados, para que as pessoas entendam que a recompensa principal está no

aperfeiçoamento e crescimento das pessoas tornando-as comprometidas e capazes de contribuir

com a realização das metas estabelecidas pela organização. Dentro dos saberes de Le Boterf, a

que se relaciona com estes conceitos é, “Compreender, trabalhar, transmitir informações,

conhecimentos”.

O último bloco é composto de seis trechos da entrevista que indicam a importância de

proporcionar treinamento para as pessoas da organização. Valorizam a busca da capacitação

adequada ao desenvolvimento das competências necessárias para melhoria contínua do sistema

de qualidade, visando alcançar os resultados previstos na estratégia. Os entrevistados indicam

que este processo deve ser desenvolvido integrado a ações de reconhecimento às contribuições

das pessoas e o aproveitamento dos recursos humanos da organização. Dentre os saberes de Le

Boterf, o que se alinha a esta situação é “Trabalhar o conhecimento e a experiência, rever modelos

mentais, saber desenvolver-se”.

Os próximos trechos da entrevista são relativos ao planejamento, que é um ponto crítico

para o processo de certificação e melhoria contínua da norma de qualidade. A necessidade de

obter resultados destaca a importância dos aspectos técnicos e de gestão, considerando três

funções básicas: planejamento, organização e controle e melhoria da qualidade. O objetivo da

administração é reduzir o custo gerado pelos erros, buscando otimizar os custos totais de

qualidade (JURAN; GRYNA, 1993).

O quadro 23 apresenta a visão da alta administração identificando como deve planejar as

ações que garantam a melhoria contínua do sistema da qualidade?

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59

Quadro 23 - Como a alta administração deve atuar no planejamento estratégico, relacionado às

questões de qualidade e consequentemente de melhoria contínua do sistema de qualidade?

Trecho da Entrevista Códigos Ações (LE BOTERF, 2000)

“...infelizmente o planejamento não faz

parte da rotina de muitos gestores...”

(E4)

Rotina

Planejamento

Conhecer, entender o

negócio da organização, o

seu ambiente

identificando

oportunidades e

alternativas

“...fazer um bom planejamento assegura

que no momento da execução as arestas

estarão aparadas e as variáveis

controladas...” (E1).

Variáveis controladas

“...muitos gestores não dedicam tempo

adequado ao planejamento...” (E5)

Tempo

“...se planejamento é dentro do

cronograma a execução é melhor...”

(E2)

Cronograma

“...uma garantia de que as pessoas

seguirão o que foi planejado, está

justamente na participação delas no

processo de planejamento...” (E3)

Participação

“...isso dá sentimento de autoria e faz

com que todos torçam para o projeto dar

certo...” (E4)

Expectativa positiva

“...o envolvimento da equipe é

importante, sobremaneira no

planejamento...” (E1)

Elaboração

“...cada detalhe do planejamento deve

ser considerado...” (E2)

Detalhes

“... itens simples durante o planejamento

podem fazer muita diferença na

execução...” (E3)

Clareza e objetividade

“...a devida atenção aos detalhes pode

evitar problemas potenciais na

execução...” (E5)

Detalhes

“...planejar significa observar todas as

possibilidades que envolvem um

projeto...” (E4)

Possibilidades

“...utilizar ferramentas de planejamento

facilita muito...” (E3)

Planejamento

“... as ferramentas identificam os pontos

chaves para o sucesso do

planejamento...” (E1).

Pontos chaves

“...boas ferramentas de planejamento

podem ser um diferencial no resultado

final...” (E2)

Ferramentas

“...para iniciar qualquer planejamento, o

ambiente deve estar adequado...” (E5)

Ambiente

“Organizar o

ambiente”

Criar sinergia, mobilizar

recursos e competências

“...ambiente adequado significa estar

organizado e preparado...” (E3)

Ambiente

“...para desenvolver precisa de

condições de planejamento

adequadas...” (E4)

Condições

Fonte: Autor

O Quadro 23 indica que o planejamento se relaciona diretamente com a obtenção e

disponibilização de recursos, tanto materiais como de pessoas.

O planejamento deve fazer parte da Rotina da organização no nível estratégico, tático e

operacional. A utilização de ferramentas de gestão para identificar os pontos chaves, facilita

estabelecer condições para manter as variáveis de processo controladas e elaborar metas

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60

objetivas, com clareza de detalhes. A participação das pessoas na identificação dos problemas,

cria possibilidades e condições de gerar expectativas positivas para melhor aproveitamento de

recursos, entre eles o tempo de planejamento e realização. Com isso, os objetivos e metas podem

ser alcançadas conforme definidos na estratégia.

O Quadro 24 envolve ações da alta administração que influenciam o nível de motivação

das pessoas, questão que representa um fator crítico para a melhoria contínua do SG.

A alta administração deve manter em conta os diferentes fatores de motivação dos

funcionários da organização e desenvolver um sistema de recompensa que satisfaça todos

(GOVINDARAJULU; DAILY, 2004).

O Quadro 24 apresenta trechos da entrevista e a condensação destes trechos, bem como a

identificação das ações que podem influenciar positivamente a questão de motivação.

Quadro 24 - Como a alta administração deve motivar a organização para o engajamento

necessário à melhoria contínua do sistema da qualidade?

Trecho da Entrevista Condensado Ações

LE

BOTERF,

(2000)

“...a presença do gestor junto a equipe demonstra sua preocupação com

pessoas...” (E3)

Atenção

Aco

mp

anh

amen

to

“...isso motiva as pessoas a se engajarem na melhoria contínua do

sistema de qualidade” (E1)

Engajamento

“...estar próximo ao fato facilita a tomada de decisão correta e isso

motiva as pessoas...” (E2)

Proximidade

“...os funcionários se sentem motivados quando percebem que os

gestores estão próximos com intuito de ajudar...” (E5)

Parceria

“...ser tratado de forma justa significa que as decisões de gestão são

tomadas conforme o merecimento das pessoas...” (E3)

Decisões corretas

Tra

tar

com

just

iça

“... assim as pessoas se motivam e se engajam...” (E5) Engajamento

“...o gestor deve conhecer as pessoas e trata-las conforme seu

merecimento...” (E1)

Conhecimento

“...para que os funcionários se motivem e se engajem é preciso que o

gestor apresente os objetivos e metas de forma clara...” (E4)

Clareza

Ob

jeti

vo

s

clar

os

Compreender,

trabalhar,

transmitir

informações,

conhecimento

s

“...metas claras podem ser desafiadoras e viáveis...” (E3). Desafios

“...os objetivos não podem ser de difícil compreensão, cabe ao gestor

colocar de forma clara...” (E1)

Simplicidade

“...resultados expressivos precisam ser reconhecidos e premiados...”

(E5)

Reconhecimento

Pre

mia

r re

sult

ado

s

Criar sinergia,

mobilizar

recursos e

competências

“...as pessoas esperam ser valorizadas e premiadas quando forem além

das metas...” (E2)

Valorização

“...resultados negativos são sempre evidenciados, os gestores devem

aprender a premiar resultados positivos...” (E4)

Aprendizado

“...não está na cultura dos gestores o incentivo por meio de premiação,

mas é importante considerar o valor que esta dinâmica tem...” (E3)

Incentivo

“...as condições de trabalho são fundamentais para motivar e engajar as

pessoas...” (E1)

Condições

Co

ndiç

ões

d

e

trab

alh

o “...principalmente para melhoria contínua do sistema de qualidade, pois

as normas contemplam categoricamente a necessidade de um ambiente

de trabalho adequado...” (E4).

Adequação

“...as pessoas esperam ser tratadas com respeito...” (E2) Respeito

Fonte: Autor

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61

O primeiro grupo de trechos da entrevista do Quadro 24 indica a importância da questão

do acompanhamento das pessoas pelos líderes, contudo é preciso entender a amplitude do

significado de acompanhamento, neste caso significa, estar próximo e dar atenção às pessoas,

conhecer suas necessidades e trabalhar em parceria engajados com os objetivos e metas da

organização.

O segundo grupo de trechos da entrevista apresenta, como fator importante para criar um

ambiente propenso à motivação, uma forma justa de tratamento entre a liderança e as pessoas da

organização, para isso é importante que os gestores tenham conhecimento, habilidades e atitudes

que capacitem a tomar decisões corretas, fator que encoraja o engajamento próprio e da equipe

na direção dos objetivos e metas da organização.

Os dois blocos de trechos da entrevista citados anteriormente se relacionam com os saberes

de Le Boterf, “Saber o que e o por que faz, saber julgar, escolher e decidir”.

Nos três blocos seguintes, identificou-se a importância de estabelecer objetivos claros com

simplicidade, mas que apresentem metas desafiadoras, capazes de motivar para o engajamento

das pessoas. Estes fatores se relacionam com os saberes de Le Boterf, “Compreender, trabalhar,

transmitir informações, conhecimentos”.

Os quatro trechos seguintes, indicam que premiar resultados tem um papel importante para

motivar e engajar as pessoas. O reconhecimento e valorização de um trabalho que tenha um

resultado diferenciado cria incentivo e motiva ao aprendizado necessário para a melhoria dos

resultados.

Os três últimos trechos da entrevista indicam que a motivação e engajamento estão

relacionados as condições de trabalho que são oferecidas às pessoas, para desempenharem suas

atividades relacionadas a melhoria contínua do sistema de qualidade. Ter as condições de

trabalho adequadas demonstra o respeito que a organização tem com seus funcionários, isso

propicia maior foco na resolução de problemas relativos a melhoria de processo, já que as

necessidades básicas de ambiente de trabalho estão satisfatórias.

Estes dois últimos blocos dos trechos da entrevista estão relacionados aos saberes de Le

Boterf, “Criar sinergia, mobilizar recursos e competências”.

O Quadro 25 diz respeito ao posicionamento da alta administração, para identificar ações

que favoreçam o direcionamento das pessoas no processo de implantação e melhoria contínua do

sistema de qualidade. Gestão do processo de implantação e melhoria contínua do sistema de

qualidade implica em orientar todas as atividades e esforços no sentido de tarefas comuns, que

devem ser realizadas para integrar e coordenar todo o sistema (PSOMAS et al., 2011).

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62

Identifica as ações de direcionamento descritas nos condensados dos trechos da entrevista.

Busca identificar como a alta administração deve direcionar as ações de toda a organização, no

sentido de melhoria contínua do sistema da qualidade?

Quadro 25 – Como a alta administração deve direcionar as ações das pessoas para melhoria

contínua do sistema da qualidade?

Trecho da Entrevista Condensado Ações (LE BOTERF, 2000)

“...o planejamento precisa ser respeitado

em todas as suas etapas garantindo o

direcionamento das pessoas...” (E4)

Respeito ao planejamento

Pla

nej

amen

to

Conhecer, entender o

negócio da

organização, o seu

ambiente

identificando

oportunidades e

alternativas

“...o rigor em seguir o direcionamento

dentro dos limites determinados...” (E3) Rigor em seguir as orientações

“...o sucesso do sistema de qualidade passa

pelo direcionamento das ações...” (E2) Ações coordenadas

“...planejar e seguir o direcionamento é

missão do gestor...” (E1) Responsabilidade com suas ações

“...para direcionar as ações no sentido da

melhoria contínua da norma, os gestores

têm o dever de alinhar os objetivos...” (E4)

Alinhar os objetivos

“...ter preocupação em estabelecer e

alinhar objetivos...” (E5) Estabelecer linhas de ação

“...os objetivos devem estar sempre

relacionados e alinhados com o

planejamento estratégico da

organização...” (E2).

Relação com o planejamento

estratégico

“...para garantir o perfeito entendimento

do processo de certificação e sua melhoria

contínua, é preciso estabelecer estratégias

claras...” (E3) Entendimento das estratégias

“...estratégias de fácil entendimento

ajudam a direcionar as ações...” (E1).

“...as pessoas precisam entender o sentido

que as estratégias fazem...” (E5) Sentido da estratégico

“...ter noções claras sobre objetivos e

estratégias facilita o engajamento...” (E4) Engajamento com os objetivos

“...o desdobramento dos objetivos a todos

os níveis da organização e sua correta

priorização são fatores de muita

importância...” (E3)

Importância da priorização

“...para direcionar as ações no sentido da

melhoria contínua da certificação é preciso

priorizar os objetivos...” (E2).

Priorizar objetivos

“...objetivos precisam de priorização para

dar direcionamento às pessoas...” (E1) Escolha a ação mais significativa

“...direcionar pessoas implica em

responsabilidade sobre riscos...” (E5) Responsabilidade sobre os riscos

“Av

alia

r ri

sco

s”

Ser responsável

assumindo os riscos e

consequências de suas

ações e sendo por isso

reconhecido

“... é preciso uma avaliação rigorosa sobre

os riscos que a organização e as pessoas

estarão expostas...” (E4)

Avaliação dos riscos “...uma correta avaliação dos riscos que

envolvem a organização no processo de

certificação e melhoria contínua do

Sistema de Qualidade...” (E3)

Fonte: Autor

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63

O Quadro 25 indica no primeiro bloco de trechos da entrevista que indicam que o

planejamento é importante para o direcionar as ações das pessoas para a melhoria contínua do

sistema de qualidade. Para que o planejamento seja respeitado é preciso rigor em seguir as

orientações, realizar ações coordenadas e ter engajamento com os objetivos. Todas as ações

devem ser relacionadas ao planejamento estratégico da organização, que alinha os objetivos,

estabelece linhas de ação, dá sentido e entendimento à estratégia. Este bloco de trechos da

entrevista se relaciona com os saberes de Le Boterf “Conhecer, entender o negócio da

organização, o seu ambiente identificando oportunidades e alternativas”.

O segundo bloco de trechos da entrevista indica a importância de avaliar os riscos que

podem ser representativos durante o processo de direcionamento das pessoas para os objetivos

da organização, é preciso que haja responsabilidade no processo decisório que envolvam riscos

que possam comprometer a melhoria contínua do sistema de qualidade. Este bloco se relaciona

com os saberes de Le Boterf “Ser responsável assumindo os riscos e consequências de suas ações

e sendo por isso reconhecido”.

As práticas de qualidade, necessárias para certificação, destacam os recursos humanos para

criar um ambiente e cultura que suportam inovação (THAI HOANG et al., 2006).

Quadro 26 - Quais aspectos humanos devem ser observados para gerar trabalho em equipe para

melhoria contínua de uma norma de qualidade?

Trecho da Entrevista Condensado Ações LE BOTERF,

(2000)

“...é preciso que haja respeito incondicional às pessoas para que se sintam

reconhecidas e seguras na organização...” (E1). Reconhecimento

Res

pei

to

inco

nd

icio

nal

às p

esso

as

Criar sinergia,

mobilizar

recursos e

competências

“...as pessoas esperam ser respeitadas em seu trabalho...” (E2) Expectativas

“...a receptividade das pessoas vem pelo respeito por elas...” (E4) Receptividade

“...o gestor deve demonstrar seu respeito pelas pessoas...” (E3) Respeito

“...um processo de certificação exige condições adequadas...” (E5) Exigência

Co

ndiç

ões

adeq

uad

as

“...para a execução das atividades e garantir que a certificação se mantenha,

é preciso cuidar das condições de trabalho...” (E1) Cuidado

“...condições de trabalho para que as pessoas se concentrem na melhoria

contínua da norma...” (E2). Concentração

“...as pessoas que estão envolvidas no processo de certificação e na melhoria

contínua do sistema de qualidade precisam se sentir valorizadas...” (E3) Valorização

Dar

val

or

as

pes

soas

“...os gestores devem reconhecer sua dependência da equipe e dar o devido

valor às pessoas que a compõe...” (E5). Relacionamento

“...pessoas valorizadas realizam suas atividades com mais dedicação...” (E1) Dedicação

“...as pessoas sempre esperam ser tratadas com justiça...” (E4) Expectativas

Tra

tar

as

pes

soas

co

m

just

iça

Saber o que e o

por que faz, saber

julgar, escolher e

decidir

“...quando existe o sentimento de justiça as pessoas se dispõem...” (E3) Sentimento

“...pessoas tratadas com justiça contribuem melhor...” (E5) Contribuição

“...gestores que tratam as pessoas com justiça conseguem melhores

condições para a melhoria contínua da norma de qualidade...” (E1) Resultados

“...as pessoas precisam participar do processo de desenvolvimento...” (E2) Participante

Dar

ap

oio

ao

des

env

olv

imen

to Trabalhar o

conhecimento e a

experiência, rever

modelos mentais,

saber

desenvolver-se

“...é responsabilidade dos gestores o desenvolvimento das pessoas...” (E3) Apoio

“...os gestores devem ter preocupação e responsabilidade com o

desenvolvimento das pessoas...” (E4). Preocupação

Fonte: Autor

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64

Os trechos da entrevista apresentados nos primeiros blocos do Quadro 26 indicam a

importância de a liderança ter respeito às pessoas, para isso é importante entender as expectativas

das pessoas e reconhecer os esforços individuais e coletivos de cada membro da equipe

garantindo uma boa receptividade das pessoas em relação ao líder.

O bloco seguinte indica a necessidade de cuidar do ambiente de trabalho atendendo as

exigências estabelecidas para obtenção das condições ideais à melhoria contínua do sistema de

qualidade, bem como indica a importância de manter um ambiente de trabalho que favoreça a

concentração das pessoas.

O terceiro bloco indica a importância de dar valor às pessoas, favorecendo o

relacionamento, reconhecendo a dedicação das pessoas e seus resultados positivos que

contribuem com os objetivos da organização.

Os três primeiros blocos se relacionam com os saberes de Le Boterf “Criar sinergia,

mobilizar recursos e competências”.

O bloco seguinte dos trechos da entrevista indica a importância de tratar as pessoas com

justiça, pois este sentimento faz parte das expectativas das pessoas gerando um sentimento de

contribuição que conduz a resultados positivos para a organização e consequentemente para a

melhoria contínua do sistema de qualidade. Este bloco se relaciona com os saberes de Le Boterf

“Saber o que e o por que faz, saber julgar, escolher e decidir”.

O último bloco de trechos da entrevista indica a importância de dar apoio ao

desenvolvimento das pessoas para que adquiram capacitação e desenvolvam competências

necessárias à melhoria contínua do sistema de qualidade, para isso é preciso incentivar a

participação das pessoas, dar apoio às suas necessidades de recursos demonstrando preocupação

com cada um dos membros da organização. Este bloco se relaciona com os saberes de Le Boterf

“Trabalhar o conhecimento e a experiência, rever modelos mentais, saber desenvolver-se”.Com

as informações dos quadros consolidadas foi realizada uma reunião de discussão dos resultados

tabulados com os gestores que participaram da entrevista. Esta reunião teve uma duração de 2

horas.

Os gestores indicaram que os temas estão alinhados com o processo que a empresa está

passando após a concretização da certificação na norma VDA 6.3, que ocorreu em dezembro de

2015. Segundo eles, “analisando as respostas que foram apresentadas, percebe-se coerência entre

os comportamentos necessários para a melhoria contínua da certificação e os perfis que surgiram

nas entrevistas”. Um detalhe que obteve concordância de todos e que chamou a atenção nos

resultados obtidos, foi uma percepção clara de que as atitudes e comportamentos da liderança

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65

influenciam significativamente o retorno oferecido pelos liderados, em forma de ações

direcionadas ao processo de certificação e melhoria contínua da norma.

Também acrescentaram a percepção sobre a grande preocupação na questão da melhoria

contínua da norma após a certificação, o que definiram como um fator muito importante, e que

até esse momento, não tinham uma percepção clara sobre isso. Concordaram que, no momento

seguinte à consolidação da certificação, existe um relaxamento natural dos envolvidos, que pode

comprometer todo o trabalho realizado e o esforço para obter a certificação.

Após a consolidação dos dados, na reunião com os entrevistados, foi solicitado uma nova

reunião, desta vez com uma duração de 4 horas, para análise conjunta, entre eles, para definirem,

em consenso, os adjetivos que consideram importantes no perfil da liderança, para a certificação

e melhoria contínua do sistema de qualidade, neste caso, aplicados à norma VDA 6.3. Os

adjetivos e conceitos foram baseados nas entrevistas.

Os conceitos destes adjetivos foram elaborados, por meio de um brainstorming baseado

nos resultados dos quadros, onde foram definidos os adjetivos, que segundo os entrevistados

deveriam compor o perfil de liderança da alta direção para implantação e melhoria contínua da

norma de qualidade. Após a elaboração da lista dos adjetivos foram selecionados pelos

entrevistados, por consenso, os mais relevantes. Após isso, foi preciso mais uma reunião de 4

horas com objetivo de dar uma definição final destes adjetivos, sendo que todos os entrevistados

participaram da construção destas definições. Abaixo estão os adjetivos com as devidas

definições em consenso:

• Perseverante: “O líder tem a atitude de se preocupar não somente com a implantação de

projetos, sistemas e atividades, mas mantém o compromisso de perdurar o acompanhamento

durante todo o tempo necessário”.

• Gestor: “O líder tem a habilidade de gestão que o capacita a conduzir as pessoas na

busca da implantação do sistema de qualidade, além de manter a motivação para que as pessoas

apliquem o rigor necessário à melhoria contínua do sistema de forma perene”.

• Exemplar: “O líder tem uma atitude baseada em um comportamento adequado em

relação às normas e procedimentos da organização, todas as suas orientações são baseadas no

seu próprio posicionamento”.

• Realizador. “Tem capacidade de realização, trata as questões pelo planejamento e

garantia de que serão realizadas conforme planejadas. Tem preocupação com a obtenção de

recursos que são necessários à realização da ação”.

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66

• Compartilhador: “Possui conhecimento suficiente para execução da sua missão e

desenvolve ferramentas de compartilhamento dos conhecimentos gerando um ambiente

favorável à gestão do conhecimento”.

• Participativo: “O líder utiliza seu potencial para promover a disseminação do

conhecimento por todos os níveis da organização facilitando o desdobramento do planejamento

estratégico”.

• Reconhecedor: “Tem atitudes positivas demonstradas pelo reconhecimento das

realizações das pessoas dando a devida importância ao potencial de cada pessoa da organização”.

• Valorizador: “Suas atitudes demonstram que dá valor às pessoas, segundo seus

resultados, evidenciando o quanto elas são importantes para a organização”.

• Planejador: “Seu conhecimento proporciona utilizar o planejamento de forma rotineira,

obtendo resultados significativos facilitados pelo processo de planejamento”.

• Detalhista: “Seu conhecimento sobre planejamento faz com que reconheça o valor real

dos detalhes que podem ser representativos no resultado final”.

• Acompanhante: “Tem habilidade de se fazer presente durante as atividades das pessoas,

conhecendo de perto as dificuldades existentes e providenciando recursos que possibilitem um

resultado melhor ao processo”.

• Desafiador: “Seu conhecimento sobre a estratégia da organização permite desdobrar os

objetivos buscando resultados desafiadores, tendo o cuidado de elaborá-los dentro de condições

que sejam possíveis se todos derem o melhor de suas competências”.

• Rigoroso: “O conhecimento sobre planejamento faz com que seja rigoroso em manter

as etapas planejadas, possibilitando alcançar resultados conforme foram programados com

mínimos desvios”.

• Sucinto: “Por ter conhecimento sobre os processos da organização, consegue estabelecer

objetivos de forma objetiva e de fácil entendimento garantindo que as pessoas cumprirão

adequadamente suas responsabilidades”.

• Justo: “Suas atitudes são baseadas em princípios e valores que norteiam suas decisões e

possibilitam ações reconhecidas como justas pelas pessoas da organização”.

Destes adjetivos os que foram considerados como principais foram:

Gestor, pela importância da capacidade de gerir a equipe direcionando os esforços

para a melhoria contínua do sistema de qualidade.

Exemplar, pela necessidade de agir em conformidade com os procedimentos

estabelecidos e um comportamento adequado aos valores e princípios da

organização.

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67

Realizador, pela capacidade de transformar ideias em ações práticas do dia a dia,

garantindo que o que foi planejado é realizado.

O Quadro 27, relaciona as necessidades relatadas pelos gestores, com as competências por

eles destacadas e os adjetivos elaborados pelos gestores como perfil de liderança adequado a

melhoria contínua do sistema de qualidade. As competências identificadas que são marcadas com

“X”, e são consideradas, quanto mais elevadas melhor.

Quadro 27 - Relação competência com perfil de liderança

Item Necessidades consideradas como relevantes pelos

entrevistados

Competência

Perfil de liderança Ideal

Conh

ecim

ento

s

Hab

ilid

ades

Ati

tud

es

No

rmas

qu

alid

ade

Fer

ram

enta

s qual

idad

e

Mobil

izaç

ão

Co

mun

icaç

ão

Eng

ajam

ento

Co

mp

rom

etim

ento

Gestão Dar continuidade das implementações X X Perseverante

Gestão de chefias eficaz X X Gestor

Confiança Exemplaridade X X X Exemplar

Prover recursos para o trabalho X X Realizador

Orientação

Compartilhar os planos da empresa X X X Compartilhador

Promover a participação no desdobramento do planejamento

estratégico X X Participativo

Incentivo Reconhecer bons resultados X X Reconhecedor

Premiar ideias X X Valorizador

Planejamento Dedicar tempo ao planejamento X X Planejador

Dar importância a todos os itens do planejamento X X Detalhista

Motivar Acompanhar as atividades junto com os funcionários X X Acompanhante

Estabelecer objetivos desafiadores e realizáveis X X Desafiador

Direcionar Planejamento rigoroso das ações a serem executadas X X Rigoroso

Apresentar objetivos claros X X Sucinto

Aspectos

humanos

Tratar as pessoas com justiça X Justo

Dar valor as pessoas X Valorizador

Fonte: Autor

O Quadro 27 sintetiza as palavras chaves levantadas no questionário, com as necessidades

levantadas, as competências e o perfil de liderança identificados pelos gestores na reunião de

feedback.

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68

A primeira coluna foi baseada nas palavras chaves utilizadas nas questões das entrevistas,

a segunda nas necessidades indicadas para cada palavra chave. Estes fatores foram relacionados

às competências apresentadas pelos entrevistados e o perfil que os gestores consideram ideais

para o líder na melhoria contínua do sistema de qualidade.

O primeiro item o perfil de liderança identificado é a gestão, que se relaciona com a

perseverança, onde a ação da liderança é dar continuidade nas implementações com uma gestão

eficaz, para isso é preciso ter o conhecimento das normas de qualidade, ter a habilidade de

mobilizar pessoas e as atitudes de engajamento e comprometimento.

Em seguida, o item identificado é a confiança, que se relaciona com a exemplaridade do

líder e sua preocupação em prover recursos para o trabalho. Os gestores consideram que o líder

deve desenvolver a habilidade de mobilizar pessoas e as atitudes de engajamento e

comprometimento que devem compor o um líder realizador de conduta exemplar.

O terceiro item identificado pelos gestores é a orientação, por meio do compartilhamento

dos planos da empresa, promovendo a participação no desdobramento do planejamento

estratégico. O líder precisa ter conhecimento sobre ferramentas da qualidade, habilidade de

mobilização e comunicação e atitudes que demonstrem comprometimento.

Em seguida os gestores indicam o item incentivo que está no perfil do líder como

reconhecedor de bons resultados e valorizador que premia boas ideias. O líder deve ter a

habilidade de mobilizar pessoas e de comunicação, bem como ser comprometido com a empresa.

Os autores indicam o planejamento como fator importante para a organização, para isso o

líder deve dedicar tempo ao planejamento dando importância aos detalhes do planejamento, ter

conhecimento de normas de qualidade, ferramentas de qualidade e ter atitude de

comprometimento.

O item seguinte é motivar, fator que indica a importância de acompanhar as atividades

junto com os funcionários e estabelecer objetivos desafiadores e realizáveis para propiciar o

ambiente para a motivação. É importante desenvolver a habilidade de mobilização e

comunicação, bem como ter atitudes de engajamento e comprometimento. O líder deve ter um

perfil que sejas desafiador e acompanhante da sua equipe.

O item direcionar está relacionado com o planejamento rigoroso das ações a serem

executadas com objetivos claros. Para isso é preciso ter conhecimento sobre normas de qualidade

e ferramentas de qualidade, habilidade de comunicação e comprometimento. O perfil adequado

para a liderança indicado pelos gestores é ser sucinto e rigoroso.

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69

O último item identificado é sobre os aspectos humanos onde indicam a importância de

tratar as pessoas com justiça dando o devido valor para elas. Os gestores identificaram que é

importante a habilidade de mobilizar pessoas para ter o perfil de justo e valorizador.

O Quadro 28 indica as relações existentes entre o perfil ideal de liderança para a melhoria

contínua do sistema de qualidade, definidos pelos gestores, as competências segundo Le Boterf,

os processos decorrentes do planejamento estratégico e a norma VDA.

Quadro 28: Relação perfil, CHA, processo e VDA

Perfil de liderança

Ideal

CHA

Gestão Norma VDA

Conh

ecim

ento

s

Hab

ilid

ade

s Ati

tud

es

No

rmas

qu

alid

ade

Fer

ram

enta

s

qual

idad

e

Lid

eran

ça

Co

mun

icaç

ão

Eng

ajam

ento

Co

mp

rom

etim

ento

Perseverante X X

Projetos

Gerenciamento de Projetos, questão 1 (P2.1) A organização do

projeto (gerenciamento do projeto) foi estabelecida e as tarefas e

competências do gerente de projeto e dos membros da equipe foram

definidas?

Planejador X X

Sucinto X X

Desafiador X X

Valorizador X X

Pessoas Análise de Processo e Produção, questão 3.3 (P6.3.3). Existe um

plano de utilização dos recursos humanos?

Justo X

Reconhecedor X X

Exemplar X X X

Gestor X X Gestão da

Produção

Análise de Processo e Produção, questão 3.2 (P6.3.2). Os

colaboradores estão qualificados para cumprir as tarefas exigidas e

suas qualificações estão sendo mantidas? Participativo X X

Realizador X X

Recursos Execução do Desenvolvimento de Produto e de Processo, questão 3

(P4.3). Os postos de trabalho e de teste estão adequados para as

exigências?

Compartilhador X X X

Suprimentos Gerenciamento de projetos, questão 5 (P2.5). As pessoas

responsáveis na organização e junto aos clientes estão integradas no

serviço de processamento das alterações?

Detalhista X X

Qualidade

Análise de Processo e Produção, questão 3.1 (P6.3.1).

Responsabilidades e competências para supervisão da qualidade do

produto/processo foram delegados aos colaboradores? Rigoroso X X

Acompanhante X X

Gestão

Financeira

Execução do Desenvolvimento de Produto e de Processo, questão 3

(P4.3). Os postos de trabalho e de teste estão adequados para as

exigências?

Fonte: Autor

Page 72: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

70

A área de Gestão de Projetos está relacionada com a norma VDA 6.3 no requisito

“Gerenciamento de Projetos, questão 1 (P2.1) A organização do projeto (gerenciamento do

projeto) foi estabelecida e as tarefas e competências do gerente de projeto e dos membros da

equipe foram definidas? ” Os perfis de liderança que se relacionam com a área de projeto são:

perseverante, planejador, sucinto e desafiador.

A área de Gestão de Pessoas se relaciona com a norma VDA 6.3 “Análise de Processo e

Produção, questão 3.3 (P6.3.3). Existe um plano de utilização dos recursos humanos? ” Para esta

área os perfis de liderança que se adequam são: justo, reconhecedor, exemplar.

A área de Gestão de Recursos se relaciona com a norma VDA 6.3 “Execução do

Desenvolvimento de Produto e de Processo, questão 3 (P4.3). Os postos de trabalho e de teste

estão adequados para as exigências? ” O perfil que se adequa a esta área é de realizador.

A área de Gestão de Suprimentos se relaciona com a norma VDA 6.3 “Gerenciamento de

projetos, questão 5 (P2.5). As pessoas responsáveis na organização e junto aos clientes estão

integradas no serviço de processamento das alterações? ” Para esta área o perfil adequado é

compartilhador

A área de qualidade se relaciona com a norma “Análise de Processo e Produção, questão

3.1 (P6.3.1). Responsabilidades e competências para supervisão da qualidade do

produto/processo foram delegados aos colaboradores? ” O perfil que se adequa para esta área é

o de rigoroso e detalhista.

Por último a área de gestão é a financeira, que se relaciona com a norma “Execução do

Desenvolvimento de Produto e de Processo, questão 3 (P4.3). Os postos de trabalho e de teste

estão adequados para as exigências? “ O perfil que se adequa para esta área é o de

acompanhamento.

Os resultados apontam para uma abordagem prática sobre competências relacionadas ao

perfil de liderança e necessidades para melhoria contínua do sistema de qualidade. Também

apresenta argumentação, para uma análise aprofundada, sobre perfis de liderança e suas

influências sobre implantação e melhoria contínua de sistemas de qualidade, bem como uma

reflexão gerencial sobre o papel da alta administração e sua relação com o conceito de qualidade.

Apresenta uma abordagem sobre aspectos da melhoria contínua da certificação que podem ser

explorados com mais profundidade em estudos futuros. A contribuição também ocorre sobre o

processo de certificação e de melhoria contínua, para a empresa fruto do estudo, já que os gestores

envolvidos no processo foram geradores dos dados, resultantes do questionário aberto e das

entrevistas semiestruturadas. O conteúdo alerta para a importância da questão da melhoria

contínua da norma após a certificação.

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71

Os resultados dos estudos sobre a identificação das habilidades, posturas e

comportamentos da alta administração, que favoreçam a melhoria contínua do sistema de

qualidade em uma organização podem contribuir para futuras investigações sobre os efeitos e

influencias destes comportamentos da alta direção sobre as pessoas táticas e operacionais que

compõe a base da organização, em vários tipos de empresas. Outra contribuição é sobre

investigações que demonstrem a melhoria dos resultados globais da organização pela influência

da alta administração na cultura da organização, sobretudo nas questões que envolvam melhoria

da qualidade.

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72

5. CONCLUSÕES

O embasamento para conclusão do presente trabalho foi retirado das análises dos conceitos

de liderança, explorado por vários autores de diversas nacionalidades, dos sistemas de qualidade

do setor automotivo, representados principalmente pela norma ISO e VDA 6.3, que reúnem

requisitos específicos do comprometimento da alta direção com o sistema de qualidade e, dos

conceitos de competências gerenciais baseados em Conhecimento, Habilidades e Atitudes. Isso

possibilitou realizar cruzamentos dos conceitos de liderança, qualidade e competências com os

itens da norma VDA 6.3, estabelecendo uma relação entre eles. O estudo demonstrou quais

elemento do cruzamento, entre os conceitos de liderança, qualidade e competência, se integravam

ao perfil de liderança que foi resultante da análise da entrevista com os gestores. Este perfil foi

identificado por meio de adjetivos referentes à liderança e seus comportamentos, os quais foram

identificados pelos próprios gestores. A entrevista semiestruturada permitiu uma análise

preliminar que resultou em 15 adjetivos, que configuram o pensamento dos representantes da

alta administração que foram entrevistados. Estes adjetivos definem características próprias de

gestores que contribuem para formar um perfil de liderança adequado para garantir a melhoria

contínua do sistema de qualidade.

Estas características são fundamentais para indicar o caminho que os gestores devem

seguir para alcançar o perfil de liderança adequado à melhoria contínua do sistema de qualidade.

O resultado deste trabalho possibilita estudos futuros mais aprofundados, utilizando base

estatística para análise quantitativa, que dê sustentação teórica, para definir precisamente o perfil

adequado da liderança adequados à melhoria contínua do sistema de qualidade. Informações que

serão úteis para a gestão da organização no momento de alinhar as competências gerenciais, tanto

no processo de recrutamento e seleção, como no programa de treinamento e desenvolvimento.

Programas que, quando bem implementados, possibilitam preparar gestores para atender ao

processo de implantação, bem como de melhoria contínua de um sistema de qualidade, de forma

eficiente.

Page 75: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

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APENDICE A Tabela de estudos

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nh

a sã

o d

e fa

to d

ifer

ente

em

vár

ias

cara

cter

ísti

cas

ind

ivid

uai

s. É

im

po

rtan

te c

om

pre

end

er c

om

o i

sso a

feta

a s

ua

per

cep

ção

de

prá

tica

s d

e m

elho

ria

de

qual

idad

e.

"A a

nál

ise

de

var

iân

cia

mu

ltiv

aria

da

foi

real

izad

a p

ara

det

erm

inar

se

os

ger

ente

s e

fun

cion

ário

s d

a li

nha

são

dif

eren

tes

em q

ual

quer

um

a das

var

iáv

eis

hip

oté

tica

s.

RE

SU

LT

AD

O:

A

MA

NO

VA

ind

icou

qu

e o

s g

eren

tes

e li

nha f

un

cio

nár

ios

são

rea

lmen

te d

ifer

ente

s. O

s re

sult

ado

s in

dic

am q

ue

ges

tore

s sã

o m

ais

elev

ado

s em

am

bos

ben

evolê

nci

a (B

EN

) e

GN

S (

Gro

wth

nee

ds

stre

ng

th).

Adic

ional

men

te, g

esto

res

se a

pre

senta

m s

ign

ific

ativ

amen

te e

m d

ois

fat

ore

s O

CB

(1

- C

om

pli

ence

elp

ing c

o-w

ork

ers,

3-

Alt

ruis

m, 4

- O

uts

tand

ing

att

endan

ce e

5-

Fac

ilit

atin

g

org

aniz

atio

nal

go

als)

- d

e co

nfo

rmid

ade

faci

lita

ndo

as

met

as o

rgan

izac

ionai

s. U

ma

vez

qu

e n

oss

os

resu

ltad

os

ind

icam

que

os

ger

ente

s e

fun

cion

ário

s d

a li

nha

são

de

fato

dif

eren

tes

em

vár

ias

cara

cter

ísti

cas

indiv

iduai

s é

imp

ort

ante

co

mp

reen

der

co

mo

iss

o a

feta

a s

ua

per

cep

ção d

e p

ráti

cas

QM

. G

eren

tes

e fu

nci

on

ário

s d

a li

nh

a tê

m d

ifer

ente

s o

rig

ens,

nív

eis

educa

cio

nai

s,

soci

al e

res

pon

sab

ilid

ades

de

trab

alho

que,

po

r su

a v

ez,

po

de

lev

á-l

os

a v

er o

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mbie

nte

org

aniz

acio

nal

de

dif

eren

tes

man

eira

s. A

am

ost

ra t

ota

l par

a es

ta p

esq

uis

a co

nsi

stiu

em

apro

xim

adam

ente

56

par

es d

e ger

ente

s e

funci

onár

ios

da

linh

a.

Cad

a par

ger

ente

-não

-ger

ente

rep

rese

nta

do

um

a o

rgan

izaç

ão. E

stas

org

aniz

ações

fo

ram

ab

ord

adas

pel

os

alun

os

de

s-g

rad

uaç

ão e

m g

estã

o e

nfa

tiza

ndo

QM

e t

ud

o ind

icav

a qu

e el

es tin

ham

ao m

eno

s u

m i

nte

ress

e m

oder

ado n

o m

ovim

ento

da

qu

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ade.

Os

entr

evis

tado

s no

est

ud

o f

ora

m c

erca

de

35 p

or

cento

do s

exo f

emin

ino,

e a

faix

a et

ária

era

de

20 a

no

s ao

s 5

0 a

no

s, c

om

um

a id

ade

méd

ia d

e ce

rca

de

38 a

nos.

A m

édia

de

exper

iênci

a d

e tr

abal

ho

era

de

15,5

ano

s, e

os

ger

ente

s ti

nh

am u

ma

méd

ia d

e 7

,5 a

no

s d

e ex

per

iên

cia

de

ges

tão

. O

s ti

po

s d

e o

rgan

izaç

ões

incl

uem

14 %

em

fab

rica

ção,

74

% e

m s

erv

iço (

10

% n

o v

arej

o,

15 %

no s

eto

r ban

cári

o e

fin

ança

s, 2

% e

m h

ote

lari

a, 1

2 %

na

área

da

saúd

e e

34 %

, o

utr

os)

, 12

% n

o g

over

no

. O

s

par

tici

pan

tes

fora

m c

onv

idad

os

a p

reen

cher

vár

ios

inst

rum

ento

s de

pes

quis

a. o

in

stru

men

to P

atti

et al

. (2

00

1)

dev

ido

ao s

eu c

om

pri

men

to r

edu

zido

e a

pli

cab

ilid

ade

ger

al p

ara

um

a v

arie

dad

e

de

org

aniz

açõ

es e

nív

eis

da

org

aniz

ação

."

Os

pro

fiss

ion

ais

dev

em e

star

cie

nte

s de

que

as d

ifer

ença

s in

div

idu

ais

iner

ente

s en

tre

ger

ente

s e

funci

onár

ios

da

linh

a fa

rá c

om

que

eles

per

cebam

as

imple

men

taçõ

es Q

M d

e fo

rma

dif

eren

te

A b

oa

no

tíci

a é

que

ambo

s o

s g

eren

tes

e fu

nci

onár

ios

da l

inh

a v

eem

a Q

M c

om

o p

osi

tiv

a m

esm

o q

ue

po

r m

oti

vo

s d

ifer

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s. A

mbo

s o

s g

rupo

s ap

aren

tem

ente

, fa

zem

alg

o l

ong

e d

e p

ráti

cas

QM

qu

e o

s aj

udam

a e

nco

ntr

ar m

ais

sati

sfaç

ão e

m s

eus

trab

alho

s. E

sta

pes

qu

isa

most

rou

qu

e o

s ger

ente

s e

funci

on

ário

s d

a li

nh

a s

ão d

ifer

ente

s e

reag

em e

xcl

usi

vam

ente

às

prá

tica

s Q

M.

É

nec

essá

rio o

bte

r u

ma

mel

ho

r co

mp

reen

são

des

sas

dif

eren

ças

, se

qu

iser

mo

s m

elh

ora

r a

tax

a d

e su

cess

o d

e Q

M i

mp

lem

enta

ções

.

AUTOR OBJETIVO RESULTADOS METODO TRABALHOS FUTUROS

Page 89: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

87

LA

KS

HM

AN

(20

06

)

"O o

bje

tiv

o d

este

art

igo

é c

on

stru

ir l

iter

atu

ras

de

ges

tão c

om

fo

co e

m l

ider

ança

e q

ual

idad

e, b

em c

om

o d

esen

volv

er u

ma

teo

ria

de

lid

eran

ça, co

nce

ntr

and

o-s

e ex

pli

cita

men

te s

ob

re o

pap

el

do

s lí

der

es c

om

o g

eren

tes

de

qual

idad

e em

vár

ios

nív

eis

de

anál

ise

" "Est

e ar

tigo

arg

um

enta

qu

e o

pap

el d

e g

estã

o d

a qu

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ade

nas

org

aniz

ações

não

fo

i es

pec

ific

amen

te a

bo

rdad

o n

a li

tera

tura

sob

re l

ider

ança

apes

ar d

a su

a im

po

rtân

cia

par

a as

org

aniz

açõ

es,

com

o e

vid

enci

ado

pel

a cr

esce

nte

im

po

rtân

cia

do

TQ

M (

Hen

dri

cks

& S

ing

hal,

199

7)

e d

o r

econ

hec

imen

to d

a v

alid

ade

do

s q

uad

ros

TQ

M c

om

o i

nte

rven

ção l

egít

ima

e v

alid

ações

nas

org

aniz

açõ

es (

Hac

km

an &

Wag

eman

, 1995

) p

ara

refo

rçar

a e

feti

vid

ade

org

aniz

acio

nal

. E

spec

ific

amen

te, ap

esar

do

rec

onhec

imen

to d

os

fund

ado

res

do

mo

vim

ento

TQ

M s

ob

re a

im

po

rtân

cia

da

lid

eran

ça p

ara

a in

icia

tiv

a d

e g

estã

o d

a qu

alid

ade

tota

l, t

eori

as d

e li

der

ança

não

inco

rpo

rara

m e

studo

s de

lider

ança

no

s q

uad

ros

de

qu

alid

ade.

Is

to t

em s

ido

um

a te

nta

tiv

a d

e id

enti

fica

r

as c

on

trib

uiç

ões

qu

e a

filo

sofi

a T

QM

e l

iter

atu

ra a

sso

ciad

as f

azem

a l

iter

atu

ra l

ider

ança

. C

om

bas

e em

tai

s co

ntr

ibu

ições

, o n

úcl

eo p

rin

cip

al d

a fi

loso

fia

TQ

M,

e ex

ten

sõe

s d

a li

tera

tura

sob

re l

ider

ança

, es

te a

rtig

o d

esen

volv

eu p

ropo

siçõ

es t

eóri

cas

ger

ais

sob

re a

lid

eran

ça q

ue

inco

rpo

ram

ele

men

tos

bás

ico

s do

mov

imen

to T

QM

.

Est

a te

ori

a bas

eia-

se e

xp

lici

tam

ente

so

bre

os

pri

ncí

pio

s fu

ndam

enta

is d

a ges

tão d

a qu

alid

ade

tota

l e

des

envo

lve

um

qu

adro

par

a o

des

envo

lvim

ento

de

um

a te

ori

a d

a li

der

ança

par

a a

qual

idad

e.

Cad

a do

s p

rin

cípio

s da

ges

tão

da

qu

alid

ade

tota

l fo

ram

abo

rdad

as e

m s

equên

cia

e u

m n

úm

ero

de

pro

posi

ções

ter

sid

o e

nqu

adra

da

em t

orn

o d

e ca

da

um

des

tes

pri

ncí

pio

s

fund

amen

tais

. E

ste

arti

go

ofe

rece

a r

eali

zaçã

o e

xplí

cita

do p

apel

do

s lí

der

es c

om

o g

esto

res

de

qual

idad

e.

A n

oçã

o d

e cl

ien

tes

é am

pli

ada

par

a in

cluir

um

a sé

rie

de

gru

po

s de

inte

ress

e

den

tro

da

org

aniz

ação

qu

e o

s lí

der

es p

reci

sam

con

centr

ar-s

e e,

ass

im, at

ing

ir o

des

emp

enho

. "

" "Est

e ar

tigo

est

end

e-s

e e

bas

eia-

se n

a o

bra

de

Wal

dm

an,

arg

um

enta

nd

o p

ara

um

im

pac

to m

ais

fort

e d

a li

der

ança

na

cult

ura

org

aniz

acio

nal

qu

e po

ster

iorm

ente

im

pac

tarã

o v

alo

res,

ati

tud

es

e co

mpo

rtam

ento

s do

s in

div

idu

ais

nas

org

aniz

ações

ten

tando

contr

ola

r a

qu

alid

ade.

A

o c

on

cen

trar

-se

dir

etam

ente

sob

re o

to

tal

com

po

rtam

ento

e p

olí

tica

s o

rien

tad

as p

ara

a q

ual

idad

e e

iden

tifi

caçã

o d

o t

rata

men

to a

pro

pri

ado

da

lider

ança

, al

ém d

e val

ore

s e

atit

udes

, b

asea

das

em

con

sist

ênci

a co

m a

fil

oso

fia

da

ges

tão

da

qu

alid

ade

tota

l, n

oss

a es

tru

tura

ag

reg

a v

alo

r às

abo

rdag

ens

exis

ten

tes.

A

ssim

, alé

m d

e fo

car

na

amp

la g

ama

de

com

po

rtam

ento

s, t

ais

com

o v

isão

in

spir

ado

ra,

pro

mov

er m

udan

ça,

e es

tim

ula

ção

inte

lect

ual

, es

te a

rtig

o a

rtic

ula

com

po

rtam

ento

s m

ais

espec

ífic

os

org

aniz

ada

em t

orn

o d

os

gra

ndes

pri

ncí

pio

s d

a ges

tão

da

qual

idad

e to

tal.

P

or

exem

plo

, tr

abal

har

em

equ

ipes

e p

roce

sso

s d

e g

rupo

(p

or

exem

plo

, C

ohen

& B

aile

y,

19

97;

Wag

eman

, 200

1)

são

usa

do

s p

ara

foca

r e

des

env

olv

er c

om

po

rtam

ento

s de

lider

ança

fu

nci

on

ais

no

conte

xto

de

equip

es.

Nes

te c

onte

xto

teó

rico

, o

co

nju

nto

de

val

ore

s

asso

ciad

os

com

os

três

pri

ncí

pio

s fu

nd

amen

tais

de

TQ

M s

ão p

ropo

stas

par

a le

var

a c

om

po

rtam

ento

s de

com

un

icaç

ão e

lid

eran

ça c

orr

espo

nd

ente

s.

Par

tici

paç

ão e

tra

bal

ho

em

equip

e co

mo

val

ore

s de

líd

eres

são

pro

po

sto

s p

ara

ser

rela

cion

ado

par

a a

equ

ipe

par

a es

tru

tura

r co

mp

ort

amen

tos

e im

ple

men

taçã

o n

o s

iste

ma d

e p

arti

cipaç

ão.

Val

ore

s de

mel

ho

ria

conti

nua

do

s lí

der

es

e do

s tr

aço

s in

tele

ctu

ais

do

líd

er (

po

r ex

emplo

Bar

rick

& M

oun

t, 1

99

1)

são p

ropo

sto

s p

ara

ser

rela

cion

ado

a c

om

po

rtam

ento

s ex

per

imen

taçã

o s

iste

mát

ica

" "Est

e ar

tigo

faz

co

ntr

ibuiç

ões

tan

to p

ara

a li

der

ança

e lit

erat

ura

s T

QM

. A

con

trib

uiç

ão p

ara

a li

tera

tura

lid

eran

ça e

stá

em i

den

tifi

car

expli

cita

men

te o

val

or

da

filo

sofi

a T

QM

e s

ua

pote

nci

al

con

trib

uiç

ão p

ara

a ár

ea d

e li

der

ança

e n

a co

nst

ruçã

o d

e p

ropo

siçõ

es e

xpli

cita

men

te q

ue

inco

rpo

ram

ele

men

tos

de

qual

idad

e p

ara

a te

ori

a d

esen

vo

lvid

a. A

co

ntr

ibuiç

ão a

lit

erat

ura

TQ

M é

em t

erm

os

de

des

envolv

imen

to d

e um

a es

trutu

ra q

ue

inco

rpo

ra e

spec

ific

amen

te o

pap

el d

os

líd

eres

na

inic

iati

va

TQ

M e

, po

rtan

to,

iden

tifi

car

as

ações

do

s lí

der

em

pote

nci

al q

ue

pod

em

faci

lita

r a

imple

men

taçã

o d

o T

QM

nas

org

aniz

açõ

es, q

ue

tem

sid

o e

m g

eral

con

sider

ada

em m

uit

os

estu

do

s de

caso

co

mo

um

des

afio

par

a d

izer

o m

ínim

o. A

lém

das

con

trib

uiç

ões

teó

rica

s

que

pod

em s

er d

eriv

adas

de

um

a ta

l p

ersp

ecti

va,

um

mer

o d

e im

pli

caçõ

es d

e g

estã

o,

tam

bém

podem

ser

ex

traí

das

des

sa a

bo

rdag

em.

Su

rgem

as

imp

lica

ções

ger

enci

ais

a p

arti

r d

a

iden

tifi

caçã

o d

a n

eces

sid

ade

de

com

un

icar

os

seu

s val

ore

s fu

nd

amen

tais

rel

acio

nad

os

com

o f

oco

no

tra

bal

ho

em

equ

ipe

e m

elho

ria

con

tínu

a p

ara

todo

s o

s m

emb

ros

da

org

aniz

ação

. A

lém

dis

so, a

iden

tifi

caçã

o d

e id

eias

, ta

is c

om

o a

nec

essi

dad

e de

max

imiz

ar o

pro

sito

da

Teo

ria

da

Lid

eran

ça p

ara

a Q

ual

idad

e

"

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS

FUTUROS

RESULTADOS METODO

Page 90: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

88

BE

SS

AN

T, C

AF

FY

N,G

AL

LA

GH

ER

(2

001

)

"Est

e ar

tigo

rel

ata

um

a ex

ten

sa a

nál

ise

de

estu

do

de

caso

s co

m b

ase

em p

esq

uis

as, q

ue

exp

lora

o q

uão

alt

o e

nvo

lvim

ento

na

mel

ho

ria

contí

nu

a po

de

ser

con

stru

ída

e m

anti

da

com

o c

ult

ura

org

aniz

acio

nal

."

Exp

eriê

nci

a em

um

a var

ied

ade

de

exem

plo

s d

e ca

sos

suger

e qu

e o

des

envo

lvim

ento

é e

ssen

cial

men

te u

m p

roce

sso

ev

olu

tivo

, e

qu

e é

po

ssív

el i

den

tifi

car

vár

ias

etap

as d

iscr

etas

no

cam

inho

par

a a

CI.

Ap

ren

diz

agem

tem

qu

e oco

rrer

tan

to d

entr

o d

e u

ma

fase

par

ticu

lar

(que

cria

e i

nco

rpo

raçã

o d

e ro

tin

as)

e en

tre

os

está

gio

s (m

ov

endo p

ara

adic

ion

ar n

ov

as r

oti

nas

e i

nte

grá

-lo

s

com

os

ante

rio

res)

. N

este

tra

bal

ho a

bord

amo

s a

qu

estã

o d

a C

I em

gra

nde

par

te c

om

o u

m c

on

junto

de

roti

nas

par

a fa

zer

o q

ue

já f

azem

os

mel

ho

r. M

as h

á ev

idên

cias

em

erg

ente

s d

e qu

e es

sa

capac

idad

e, u

ma

vez

est

abel

ecid

o, p

od

e ta

mbém

con

trib

uir

par

a fa

zer

cois

as n

ovas

- a

ro

tinas

"in

ovaç

ão".

Qu

em:

103

org

aniz

açõ

es (

Set

or:

man

ufa

tura

, se

rviç

os,

sec

tor

bli

co)

Onde:

Mai

ori

a não

RE

INO

UN

IDO

Co

mo:

En

trev

ista

sQu

and

o:

20

01

Tra

bal

ho

s fu

turo

s po

dem

tes

tar

o m

odel

o r

esu

ltad

o d

este

art

igo

e r

efin

á-l

o c

aso

nec

essá

rio

.

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 91: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

89

TO

RT

OR

EL

LA

et

all

(2014

)

Ess

e es

tudo

vis

a ex

amin

ar o

rel

acio

nam

ento

en

tre

as v

ariá

vei

s co

nte

xtu

ais

e a

freq

uên

cia

de

oco

rrên

cia

de

pro

ble

mas

de

AO

em

em

pre

sas

qu

e es

tão

im

ple

men

tando

a P

E.

Em

pre

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consi

der

adas

gra

nd

es d

evid

o a

o n

úm

ero

de

emp

reg

ado

s, s

ão m

enos

pro

pen

sas

a ap

rese

nta

r p

rob

lem

as q

uan

to a

dim

ensã

o "

Cri

ar s

iste

mas

par

a ca

ptu

rar

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mp

arti

lhar

ap

rend

izad

o"

;A r

ecei

ta a

nu

al p

or

si s

ó n

ão i

nfl

uen

cia

sign

ific

ativ

amen

te a

oco

rrên

cia

de

pro

ble

mas

em

nen

hu

mas

das

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ensõ

es d

e A

OO

nív

el e

duca

cio

nal

não

ap

rese

nto

u i

mp

acto

sig

nif

icat

ivo n

as

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ensõ

es a

nal

isad

as,

po

rém

é d

e co

nhec

imen

to d

os

auto

res

qu

e tr

ata-s

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e u

m f

acil

itad

or

imp

ort

ante

na

imp

lem

enta

ção

da

PE

; E

mp

resa

s qu

e po

ssu

em u

ma

equip

e d

e M

C s

ão m

enos

pro

pen

sas

a ap

rese

nta

r p

rob

lem

as n

a d

imen

são

"D

ar a

uto

no

mia

ao

s in

div

ídu

os

em u

ma

dir

eção

de

vis

ão c

ole

tiva;

A i

dad

e da

pla

nta

ap

rese

nto

u s

ignif

icat

iva

rela

ção

co

m a

dim

ensã

o

"In

cen

tivar

a c

ola

bo

raçã

o e

o a

pre

nd

izad

o d

a eq

uip

e".

Os

resu

ltad

os

tam

bém

fo

rnec

em s

upo

rte

às o

bse

rvaç

ões

sob

re a

dif

iculd

ade

de

pla

nta

s m

ais

vel

has

em

ad

apta

r su

a cu

ltu

ra

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aniz

acio

nal

de

form

a a

favo

rece

r a

aber

tura

, p

arti

cip

ação

e t

ran

spar

ênci

a do t

rab

alh

o e

m e

qu

ipe;

A v

ariá

vel

Nív

el d

e S

ind

ical

izaç

ão m

ost

rou

-se

a m

ais

infl

uen

te n

a am

ost

ra d

o e

studo

e

tam

bém

um

a var

iáv

el-c

hav

e p

ara

mel

ho

rar

o A

O, es

sa v

ariá

vel

tev

e u

ma

asso

ciaç

ão n

egat

iva

com

qu

ase

as d

imen

sões

de

AO

. S

end

o a

ssim

, em

pre

sas

co

m m

aio

r nív

el d

e si

ndic

aliz

ação

são

mai

s p

ropen

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a ap

rese

nta

r p

roble

mas

de

AO

na

imp

lem

enta

ção

da

PE

;

" Qu

em:

13 e

mp

resa

s

Ond

e B

rasi

l

C

om

o:

Ques

tion

ário

Q

uan

do

: D

ura

nte

3 m

eses

Um

a in

ves

tig

ação

futu

ra p

od

e det

erm

inar

se

exis

te q

ual

quer

efe

ito

co

mbin

ado

e c

om

par

ar o

s re

sult

ado

s co

m a

s re

laçõ

es e

nco

ntr

adas

nes

te e

stu

do

.

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 92: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

90

YE

N-T

SA

NG

, C

SIL

LA

G,

SIE

GL

ER

(2

01

2)

Est

e tr

abal

ho

ap

rese

nta

a A

ção

Fun

dam

enta

da

teó

rica

su

ger

ida

po

r F

roeh

le e

Roth

(200

4)

par

a an

alis

ar c

apac

idad

es o

per

acio

nai

s q

ue

exp

lora

m o

model

o a

deq

uad

o n

o c

onte

xto

da

Ges

tão

de

Op

eraç

ões

.

"A F

igu

ra 5

(pag

.560

) e

tabel

a 5

(pag

.559

) dem

on

stra

um

a o

ver

wie

w d

os

três

cas

os.

evid

ênci

as d

e qu

e, e

m p

rim

eiro

lugar

, o

co

mpo

rtam

ento

CI

está

in

tim

amen

te l

igad

a co

m a

in

tençã

o,

no

rmas

e h

abil

idad

es,

e é

segu

ida

pel

as a

titu

des

e c

ren

ças

com

po

rtam

enta

is q

ue

são n

eces

sári

as p

ara

mel

ho

rar

con

tinu

amen

te.

Isso

des

afia

o v

alo

r do F

/ A

mod

elo o

nd

e ap

enas

a i

nte

nçã

o

pre

cede

com

po

rtam

ento

. E

stas

des

cob

erta

s ta

mb

ém s

uger

em q

ue

as r

elaç

ões

en

tre

as v

ariá

vei

s n

o F

/ O

mod

elo

pode

ser

infl

uen

ciad

o,

pel

as v

ariá

vei

s d

e co

nti

ng

ênci

a, c

om

o a

pre

ssão

ind

ust

rial

co

mp

etit

iva

e u

ma

def

iniç

ão d

e es

trat

égia

org

aniz

acio

nal

. A

o l

on

go d

as e

ntr

evis

tas,

pod

e-s

e in

feri

r qu

e a

rela

ção

cau

sal

entr

e as

cre

nça

s su

bje

tiv

as e

no

rmas

, at

itudes

e a

uto

efic

ácia

ap

oia

das

as

seg

uin

tes

pro

po

siçõ

es:

1)

Ati

tud

e,

no

rma

e au

to e

ficá

cia

def

inem

a i

nte

nçã

o d

e re

aliz

ar a

mel

ho

ria

con

tínu

a; 2

) cr

ença

s su

bje

tiv

as s

ubja

cen

tes

a ca

da

um

a das

ati

tud

es,

no

rmas

e e

xem

plo

s de

auto

efi

cáci

a. I

nte

nçõ

es, at

itu

des

e c

rença

s co

mpo

rtam

enta

is d

esem

pen

hou

um

pap

el i

mp

ort

ante

na

man

ute

nçã

o d

o c

om

po

rtam

ento

CI.

O j

orn

al d

esco

bri

u q

ue

com

o

apab

ilit

y C

I, a

s in

ten

ções

de

real

izar

CI

com

po

rtam

ento

pod

e se

r su

bst

itu

ído p

or

moti

vaç

ões

no

rmat

ivas

e d

a pró

pri

a in

ten

ção p

od

e não

ser

o ú

nic

o p

red

ito

, n

em m

edia

r to

das

as

ou

tras

var

iávei

s p

ara

exec

uta

r u

m t

ipo

de

com

po

rtam

ento

. A

pes

qu

isa

sug

ere

que

o F

/ A

mo

del

o p

od

e se

r ex

trem

amen

te ú

til

na

inv

esti

gaç

ão n

um

con

tex

to d

e o

per

ações

, bem

co

mo

a s

ua

impo

rtân

cia

já c

om

pro

vad

a

Na

saúd

e, p

sico

log

ia e

mar

ket

ing

. N

o e

nta

nto

, el

e n

eces

sita

de

ser

aju

stad

a p

ara

lidar

co

m a

lgu

mas

var

iáv

eis

org

aniz

acio

nai

s e

op

erac

ion

ais

de

form

a qu

e el

e po

de

ser

mai

s ad

equad

o p

ara

pes

quis

a de

OM

."

" Qu

em:

3 c

om

pan

ies

(oper

atio

nal

dir

ecto

r, a

pla

nt/

pro

duct

ion m

anag

er,

thre

e to

fou

r o

per

atio

nal

lev

el e

mplo

yee

s)

Ond

e:B

rasi

l

Co

mo:

entr

evis

tas

sem

i-es

trutu

radas

e v

isit

as t

écn

icas

.

Qu

ando

: 201

2

Em

pes

quis

as f

utu

ras,

rec

om

end

amo

s te

star

est

e m

odel

o e

mpir

icam

ente

no c

on

texto

da

oper

ação

e t

amb

ém l

evar

em

con

ta a

in

fluên

cia

das

var

iáv

eis

de

con

tin

gên

cia,

co

mo

a d

efin

ição

da

estr

atég

ia,

indú

stri

a, p

aís

ou

o c

resc

imen

to d

a em

pre

sa (

SO

US

A e

VO

SS

, 2

001

, 2

008

) .

Est

e tr

abal

ho

sug

ere

tam

bém

a e

xp

lora

r a

cap

acid

ade

de

inov

ação

co

m b

ase

nes

te m

odel

o (

po

rque

ele

dev

eria

ser

men

os

no

rmat

iva)

e e

m s

eguid

a, c

om

par

ando

-a c

om

os

resu

ltad

os

do p

rese

nte

est

udo

.

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 93: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

91

AN

AN

D,

CH

HA

JED

, D

EL

FIN

(201

2)

"Est

e ar

tigo

exam

ina

a in

fluên

cia

da

auto

no

mia

no

tra

bal

ho

e c

on

fian

ça n

a li

der

ança

, p

ara

o c

om

pro

met

imen

to d

os

cola

bo

rad

ore

s nas

ati

vid

ades

de

mel

ho

ria

contí

nua.

"

" Co

mo

é e

vid

ente

no g

ráfi

co (

pag

.76

), o

efe

ito

da

auto

nom

ia n

o t

rabal

ho n

o c

om

pro

mis

so d

e m

elh

ori

a co

ntí

nua

é m

uit

o m

ais

fort

e q

uan

do a

co

nfi

ança

na

lider

ança

é a

o m

ais

alto

nív

el.

Ass

im, as

hip

óte

ses

- 2

) C

on

fian

ça n

a li

der

ança

est

á po

siti

vam

ente

rel

acio

nad

a co

m c

om

pro

mis

so d

e C

I; 3

) m

aio

r o

nív

el d

e co

nfi

ança

qu

e o

s fu

nci

on

ário

s co

loca

r n

a li

der

ança

, m

aio

r se

o e

feit

o d

e au

tono

mia

no t

rab

alho

no

co

mp

rom

isso

co

m a

CI;

- F

ora

m a

mpla

men

te a

poia

das

em

no

sso

s dad

os,

e h

ipote

ses

- 1

) au

tono

mia

de

trab

alho

est

á po

siti

vam

ente

rel

acio

nad

a co

m

com

pro

mis

so d

e C

I; -

Fo

i m

od

erad

amen

te s

upo

rtad

o.

No

ssa

hip

óte

se r

esult

and

o q

ue

a ca

pac

itaç

ão d

os

emp

reg

ado

s em

seu

s tr

abal

ho

s do d

ia-a

-dia

infl

uen

cia

os

ben

efíc

ios

qu

e ver

po

r si

mes

mo

s de

mel

ho

rar

os

pro

cess

os

de

trab

alho

e a

um

enta

a p

robab

ilid

ade

de

par

tici

paç

ão e

m i

nic

iati

vas

CI

foi

apoia

da

po

r no

sso

s re

sult

ado

s em

pír

ico

s.

Co

mo

é e

vid

ente

no g

ráfi

co (

pag

.76

), o

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ito

da

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nom

ia n

o t

rabal

ho n

o c

om

pro

mis

so d

e m

elh

ori

a co

ntí

nua

é m

uit

o m

ais

fort

e q

uan

do a

co

nfi

ança

na

lider

ança

é a

o m

ais

alto

nív

el.

Ass

im, as

hip

óte

ses

- 2

) C

on

fian

ça n

a li

der

ança

est

á po

siti

vam

ente

rel

acio

nad

a co

m c

om

pro

mis

so d

e C

I; 3

) m

aio

r o

nív

el d

e co

nfi

ança

qu

e o

s fu

nci

on

ári

os

colo

car

na

lid

eran

ça, m

aio

r se

o e

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o d

e au

tono

mia

no t

rab

alho

no

co

mp

rom

isso

co

m a

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- F

ora

m a

mpla

men

te a

po

iadas

em

no

sso

s d

ado

s, e

o h

ipóte

sis

- 1

) au

tono

mia

de

trab

alho e

stá

po

siti

vam

ente

rel

acio

nad

a co

m

com

pro

mis

so d

e C

I; -

Fo

i m

od

erad

amen

te s

upo

rtad

o.

No

ssa

hip

óte

se r

esult

and

o q

ue

a ca

pac

itaç

ão d

os

emp

reg

ado

s em

seu

s tr

abal

ho

s do d

ia-a

-dia

infl

uen

cia

os

ben

efíc

ios

qu

e ver

po

r si

mes

mo

s de

mel

ho

rar

os

pro

cess

os

de

trab

alho

e a

um

enta

a p

robab

ilid

ade

de

par

tici

paç

ão e

m i

nic

iati

vas

CI

foi

apoia

da

po

r no

sso

s re

sult

ado

s em

pír

ico

s.

" " Qu

em:

Fro

ntl

ine

emp

loy

ees(

Ch

rist

ie C

linic

) O

nde:

EU

A C

om

o:

Su

rvey

Q

uan

do:D

ecem

ber

of

201

0

A p

esqu

isa

futu

ra p

od

e aj

ud

ar a

res

olv

er a

ques

tão d

e sa

ber

se

o e

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o d

e ca

tego

ria

de

trab

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e s

tatu

s m

édic

o d

e fa

to é

um

fen

ôm

eno

du

radou

ro n

o c

om

pro

mis

so p

ara

a sa

úd

e se

im

po

rta

mel

ho

ria

contí

nua.

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 94: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

92

MA

ZU

R, M

CC

RE

ER

Y,R

OT

HE

NB

ER

G(2

012

)

"Est

a p

esqu

isa

anal

isa o

pro

cess

o d

e im

ple

men

taçã

o d

a m

etodo

log

ia lea

n p

roje

tada

para

cond

uzi

r à

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ho

ria

con

tín

ua

em trê

s ho

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ais

rura

is, c

om

foco

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pro

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ion

ais

de

saú

de

env

olv

idos

no e

sfo

rço c

om

o p

arti

cipan

tes.

"

" 3 f

ato

res

fora

m d

esta

cad

os:

1)

A a

pli

caçã

o d

o c

onh

ecim

ento

; 2

) R

efle

xão

e I

nte

rnal

izaç

ão;

3)

Co

mp

rom

isso

. C

om

o i

mpli

ca a

expo

siçã

o d

e 5

(p

ag.1

8),

o p

rofi

ssio

nal

de

saúd

e de

pri

mei

ra

lin

ha

faz

a tr

ansi

ção

ao

long

o d

o t

emp

o a

par

tir

de

um

sin

gle

-loo

p p

ara

um

ap

rend

iz m

agra

de

circ

uit

o d

up

lo,

apli

can

do

con

hec

imen

to e

nxu

to,

refl

etin

do

sob

re e

in

tern

aliz

ar a

s li

ções

e

insi

gh

ts a

par

tir

des

ta a

pli

caçã

o e

co

mp

rom

isso

ed

ifíc

io. A

lgu

mas

rec

om

endaç

ões

: 1

) N

ão h

á g

rand

e val

or

na

ob

tençã

o d

e u

m g

rand

e nú

mer

o d

e p

rofi

ssio

nai

s d

e p

rim

eira

lin

ha

par

a par

tici

par

de

Rie

s, l

ogo

que

po

ssív

el;

2)

Os

líder

es d

evem

lev

ar o

co

mp

rom

isso

fin

ance

iro

par

a aj

ust

ar o

s n

ívei

s d

e p

esso

al p

ara

área

s q

ue

têm

fun

cion

ário

s que

trab

alham

na

mel

ho

ria

mag

ra;

3)

Lid

eran

ça e

nvo

lver

co

m m

édia

ger

ênci

a e

pro

fiss

ion

ais

de

recu

rso

s H

um

ano

s d

o h

osp

ital

par

a id

enti

fica

r o

s lí

der

es l

ean p

rov

ável

em

erg

ente

s a

nív

el d

a li

nha

de

fren

te,

e em

segu

ido,

forn

ecer

op

ort

un

idad

es p

ara

qu

e el

as s

urg

em.

Err

ado

?

Go

og

le T

radu

tor

par

a em

pre

sas:

Go

ogle

Too

lkit

de

trad

uçã

o p

ara

app

sTra

duto

r d

e si

tesG

lob

al M

ark

et F

ind

er

Des

ativ

ar t

radu

ção i

nst

antâ

nea

Sob

re o

Go

og

le T

radu

torC

elu

larC

om

unid

adeP

rivac

idad

e e

Ter

mo

sAju

daE

nv

iar

feed

bac

k

" " Qu

em:

3 H

osp

itai

s; O

nd

e:C

aroli

na

do

No

rte,

EU

A;

Co

mo:

Su

rvey

, o

bse

rvaç

ão d

iret

a, e

ntr

evis

tas,

e u

tili

zaçã

o d

e g

rup

os

foco

s; Q

uan

do:

Du

ran

te o

s do

is p

rim

eiro

s an

os

de

imp

lem

enta

ção

do L

EA

N n

os

ho

spit

ais

em q

ues

tão;

Pes

qu

isas

futu

ras

dev

em a

mpli

ar e

sta

ob

ra p

ara

test

ar o

s re

sult

ado

s aq

ui ap

rese

nta

do

s, e

par

a co

nti

nu

ar a

ref

inar

in

stru

men

tos

de

med

ição

nec

essá

rio

s p

ara

aval

iar

os

com

po

rtam

ento

s m

agro

s

e m

agro

pen

san

do n

a sa

úde

pro

fiss

ion

ais

de

pri

mei

ra l

inha;

Ou

tro

s tr

abal

ho

s dev

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entr

ar-s

e em

dad

os

cole

tad

os

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ifer

ente

s co

nfi

gu

raçõ

es p

ara

ver

se

os

resu

ltad

os

são c

on

sist

ente

s

em s

emel

han

te h

osp

itai

s lo

cali

zado

s em

dif

eren

tes

reg

iões

geo

grá

fica

s; U

ma

opo

rtu

nid

ade

par

a p

esq

uis

as f

utu

ras

vem

do

seu

foco s

ob

re a

apli

caçã

o e

m e

stág

io i

nic

ial.

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 95: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

93

KU

ND

U,

MA

HO

NA

R (

201

2)

Est

e ar

tigo

pro

cura

iden

tifi

car

os

fato

res

que

são

crí

tico

s p

ara

o s

uce

sso d

a im

ple

men

taçã

o d

e p

rin

cípio

s le

an e

m s

erv

iço

s de

sup

ort

e d

e T

I.

"As

pro

post

as s

ão:

ider

ança

e G

estã

o

Co

mp

rom

isso

da

ges

tão

de

topo

" Co

mo

: L

evan

tam

ento

bib

liog

ráfi

co

Quan

do

:20

12

Ess

enci

alm

ente

, es

te e

studo

pod

e se

r em

pre

gue

com

o u

ma

bas

e par

a m

ais

inv

esti

gaç

ão e

mpír

ica.

No

fu

turo

, o

s au

tore

s p

rete

ndem

rea

liza

r u

ma

pes

qu

isa,

envo

lven

do o

gru

po

de

acad

êmic

os,

con

sult

ore

s e

pro

fiss

ion

ais

par

a in

ves

tigar

e v

alid

ar o

s Q

CA

.

AUTOR OBJETIVO TRABALHO

S FUTUROS

RESULTADOS METODO

Page 96: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

94

CR

IST

EA

(2009

)

Pro

po

r n

ovas

fo

rmas

de

aval

iaçã

o d

o s

erv

iço d

e ho

téis

da

Ro

men

ia, de

modo

a i

nce

nti

var

um

a m

elh

ora

do s

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iço p

rest

ado.

"Em

pri

ncí

pio

, ex

iste

m d

uas

man

eira

s d

e ab

ord

ar a

mel

ho

ria

da

indú

stri

a ro

men

a do

hote

l qu

alid

ade

do

ser

viç

o:

em p

rim

eiro

lug

ar,

com

ple

tan

do

cri

téri

os

das

no

rmas

da

met

odo

log

ia e

m

rela

ção

à e

stre

la c

lass

ific

ação

de

un

idad

es d

e al

oja

men

to, es

trutu

ra e

em

seg

und

o l

ugar

a c

riaç

ão d

e u

ma

aval

iaçã

o s

iste

ma

da

qu

alid

ade

do h

ote

l e

serv

iço

de

rest

aura

nte

."

" Pes

qu

isa

e an

ális

e d

e ou

tro

s m

éto

do

s p

ara

aval

iaçã

o d

a qu

alid

ade

do

ser

viç

o p

rest

ado

em

ho

téis

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 97: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

95

LA

KS

HM

AN

(2006

)

Est

e ar

tigo

des

envo

lve

um

a te

ori

a d

e li

der

ança

de

qual

idad

e, c

om

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no

s tr

aço

s do

líd

er, val

ore

s e

com

po

rtam

ento

s bas

eado

s em

pri

ncí

pio

s de

TQ

M.

1)

O g

rau

em

qu

e o

s lí

der

es c

om

un

icar

a i

mpo

rtân

cia

do

s cl

ien

tes

inte

rno

s e

exte

rno

s à

un

idad

e m

emb

ros

serã

o p

osi

tivam

ente

rel

acio

nad

a co

m o

des

emp

enho

da

unid

ade;

2)

O g

rau

em

que

os

líd

eres

vee

m s

eus

clie

nte

s in

tern

os

e ex

tern

os

com

o p

arce

iros

em u

m r

elac

ionam

ento

co

op

erat

ivo

ser

á po

siti

vam

ente

rel

acio

nad

a co

m o

des

emp

enho d

a un

idad

e; 3

) O

gra

u e

m q

ue

a

par

tici

paç

ão líd

eres

val

or

e tr

abal

ho

em

equ

ipe

e co

mpar

tilh

amen

to d

e in

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açõ

es e

star

á d

iret

amen

te r

elac

ion

ada

aos

seu

s co

mp

ort

amen

tos

de

com

un

icaç

ão s

ob

re a

im

po

rtân

cia

do

tra

bal

ho

em e

qu

ipe

e, a

ssim

, p

rom

ov

er u

ma

aber

tura

OS

cult

ura

org

aniz

acio

nal

e c

om

par

tilh

amen

to d

e in

form

açõ

es e

ntr

e to

dos

os

nív

eis;

4)

Nív

eis

mai

s el

evad

os

de

efic

ácia

par

tici

paç

ão d

entr

o d

a

unid

ade

vai

lev

ar a

nív

eis

mai

s al

tos

de

des

emp

enh

o d

a un

idad

e; 5

) O

gra

u e

m q

ue

os

líd

eres

usa

m e

qu

ipes

au

to-g

estã

o,

com

o p

arte

do

pro

jeto

glo

bal

da

org

aniz

ação

ser

á po

siti

vam

ente

rela

cio

nad

os

ao d

esem

pen

ho d

a q

ual

idad

e d

a o

rgan

izaç

ão;

6)

da

equip

e d

e p

roje

to e

de

coac

hin

g c

om

po

rtam

ento

s do

líd

er s

erá

po

siti

vam

ente

rel

acio

nad

a co

m o

des

empen

ho

das

eq

uip

es;

7)

O g

rau

em

qu

e os

líd

eres

apo

iar

as e

quip

es,

forn

ecen

do

auto

rid

ade

par

a to

mar

dec

isõ

es c

ríti

cas

serã

o p

osi

tiv

amen

te r

elac

ion

ada

com

o d

esem

pen

ho

da

unid

ade;

8)

O g

rau

em

qu

e os

líd

eres

mel

ho

rar

a co

munic

ação

en

tre

mem

bro

s d

a eq

uip

e e

entr

e eq

uip

es s

erão

po

siti

vam

ente

rel

acio

nad

a co

m o

des

emp

enh

o d

a u

nid

ade;

9)

com

po

rtam

ento

s L

íder

est

rutu

rante

s q

ue

mel

ho

ram

tan

to o

"co

ntr

ole

" e

"exp

lora

ção

" as

pec

tos

de

estr

utu

ras

de

equ

ipe

irá

resu

ltar

em

mel

ho

r tr

abal

ho

em

equ

ipe

e p

arti

cipaç

ão;

10

) L

íder

es a

lta

con

scie

nti

zaçã

o s

ão m

ais

con

tro

le

em s

ua

estr

utu

raçã

o C

on

sid

eran

do q

ue

os

líder

es e

levad

os

em p

ensa

men

tos

são m

ais

exp

lora

r em

seu

co

mpo

rtam

ento

est

rutu

raçã

o. L

íder

es e

lev

ados

em a

mb

os

os

traç

os

são

mai

s ef

icaz

es,

forn

ecen

do

am

bo

s o

s ti

po

s d

e co

mport

amen

tos

estr

utu

ran

tes;

11

) O

gra

u q

ual

os

líder

es c

om

un

ican

tes

a im

po

rtân

cia

da

CI

de

pro

cess

os

de

trab

alho

e o

s re

sult

ado

s se

rão

posi

tiv

amen

te

rela

cio

nad

a co

m a

su

a ef

iciê

nci

a e

par

a o

des

emp

enh

o d

a u

nid

ade;

12

) O

s lí

der

es q

ue

val

ori

zam

CI

e sã

o r

ico

s em

pen

sam

ento

s par

a se

env

olv

er e

m c

om

po

rtam

ento

s de

exper

imen

taçã

o

mai

s si

stem

átic

os

par

a C

I; 1

3)

A m

edid

a em

qu

e o

s lí

der

es d

e d

esig

n e

co

ndu

zir

exp

erim

ento

s si

stem

átic

os

sob

re o

im

pac

to d

as v

ariá

vei

s-ch

ave

no d

esem

pen

ho

de

qual

idad

e es

po

siti

vam

ente

rel

acio

nad

a co

m o

des

empen

ho

ger

al d

a un

idad

e; 1

4)

Líd

er s

iste

mát

ica

com

po

rtam

ento

s de

exper

imen

taçã

o p

ara

max

imiz

ar a

rel

ação

sin

al-r

uíd

o d

e var

iáv

eis

do r

esult

ado

estã

o p

osi

tiv

amen

te r

elac

ionad

os

com

efi

ciên

cia

de

líd

er e

des

emp

enh

o d

a u

nid

ade;

15

) A

med

ida

em q

ue

os

líder

es s

ão m

ais

cap

azes

de

sep

arar

as

var

iáv

eis

sinal

das

var

iáv

eis

de

ruíd

o,

em t

erm

os

de

seu

s ef

eito

s so

bre

as

dim

ensõ

es-c

hav

e d

e des

emp

enh

o,

está

po

siti

vam

ente

rel

acio

nad

a co

m e

fici

ênci

a do

s lí

der

e d

esem

pen

ho

da

un

idad

e.

" Co

mo

: L

evan

tam

ento

Bib

liog

ráfi

co

Q

uan

do

:2006

Tal

co

mo a

con

tece

co

m q

ual

qu

er t

este

teo

ria,

vár

ios

estu

do

s u

sand

o u

ma

var

ied

ade

de

met

odo

log

ias

são s

usc

eptí

vei

s p

ara

ser

ben

éfic

o n

a v

alid

ação

do r

efer

enci

al t

eóri

co p

rop

ost

o a

qu

i.

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS

FUTUROS

RESULTADOS METODO

Page 98: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

96

Bar

czak

e W

ilem

on

(200

1)

Iden

tifi

car

a dir

eção

, p

ara

qu

e as

açõ

es a

pro

pri

adas

po

ssam

ser

to

mad

as p

ara

esta

bel

ecer

equ

ipes

co

m m

aio

r p

robab

ilid

ade

de

suce

sso

, co

m ê

nfa

se s

ob

re o

s fa

tore

s qu

e in

flu

enci

am a

sati

sfaç

ão d

os

mem

bro

s d

a eq

uip

e e

as a

ções

qu

e o

s ger

ente

s p

reci

sam

to

mar

par

a g

aran

tir

que

esse

s d

river

s sã

o t

ota

lmen

te a

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os

" F

ora

m i

den

tifi

cado

s se

is f

ato

res-

chav

es d

o n

oss

o e

stud

o n

a d

ireç

ão d

a sa

tisf

ação

do

s m

emb

ros

da

equip

e. E

las

são:

(1

) ca

ract

erís

tica

s da

equ

ipe;

(2

) as

met

as d

o p

roje

to c

laro

s;

(3

) cl

arez

a so

bre

av

alia

ção

e r

eco

mp

ensa

s;

(4

) u

ma

lid

eran

ça e

fica

z;

(5

) d

e ap

oio

à g

estã

o;

(6

) n

ívei

s ad

min

istr

ávei

s de

con

flit

o e

est

ress

e.

" " " E

ntr

evis

tas

em p

rofu

nd

idad

e, u

tili

zan

do u

m e

stru

tura

do

pro

toco

lo f

ora

m r

eali

zado

s co

m 7

1 m

emb

ros

Equip

es N

PD

bas

eado

s n

a te

cnolo

gia

div

ersi

fica

da

em 1

8 e

mp

resa

s. E

stas

em

pre

sas

fora

m e

sco

lhid

as a

par

tir

de

um

a v

arie

dad

e de

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úst

rias

, in

clu

ind

o t

ecn

olo

gia

méd

ica,

so

ftw

are,

ele

trô

nic

a, a

uto

maç

ão i

ndu

stri

al,

tele

com

unic

açõ

es, b

iote

cno

logia

e h

ard

war

e.

Em

pre

sas

par

ticu

lare

s fo

ram

esc

olh

ido

s d

evid

o a

su

a uti

liza

ção d

e lo

ng

a dat

a do

NP

D,

equ

ipes

mult

ifun

cionai

s, a

cess

ibil

idad

e p

ara

os

pes

quis

ado

res

e dis

pon

ibil

idad

e p

ara

par

tici

par

do

estu

do

.

Mem

bro

s in

div

iduai

s d

a eq

uip

e fo

ram

sel

ecio

nad

os

par

a ra

zões

sim

ilar

es. T

odas

as

entr

evis

tas

fora

m g

ravad

as e

tra

nsc

rita

s. O

com

pri

men

to m

édio

de

cad

a en

trev

ista

fo

i d

e ce

rca

de u

ma

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ra e

mei

a.

Tod

os

os

ind

ivíd

uo

s e

as e

mp

resa

s fo

ram

co

m b

ase

nos

EU

A.

Cer

ca d

e 6

8 p

or

cen

to d

os

inqu

irid

os

eram

do

eng

enh

aria

en

qu

anto

o r

esta

nte

de

32

po

r ce

nto

os

mem

bro

s d

a eq

uip

e er

am d

e outr

as á

reas

fun

cio

nai

s, c

om

o m

ark

etin

g, gar

anti

a d

e q

ual

idad

e

e fa

bri

caçã

o.

Cer

ca d

e 54

po

r ce

nto

do

s m

emb

ros

da

equip

e ti

nh

am o

gra

u d

e b

ach

arel

enq

uan

to 3

4 p

or

cen

to t

inh

am m

estr

ado

s.

" "1)

Imp

lica

ções

par

a a

ger

ênci

a sê

nio

r: a

) C

on

stru

ir u

ma

cult

ura

org

aniz

acio

nal

qu

e s

up

ort

a tr

abal

ho

em

eq

uip

e. b

) A

sseg

ura

r q

ue

os

líd

eres

de

equ

ipe

poss

uem

trê

s co

nju

nto

s d

e h

abil

idad

es

crít

icas

: in

terp

esso

al, p

roje

to e

ges

tão t

écn

ica.

c)

Rec

on

sider

ar o

s cr

itér

ios

de

contr

ataç

ão

par

a in

clu

ir h

abil

idad

es i

nte

rpes

soai

s, j

unta

men

te c

om

fun

cion

al e

esp

ecia

liza

ção.

d

) M

elho

rar

a fo

rma

com

o o

s m

emb

ros

da

equip

e sã

o a

val

iado

s e

reco

mpen

sado

s po

r se

us

esfo

rço

s.

e) E

star

cie

nte

das

cau

sas

de

estr

esse

e d

esen

vo

lver

ati

vid

ades

par

a aj

udar

os

mem

bro

s da

equ

ipe

lid

ar c

om

str

ess.

2)

Im

pli

caçõ

es p

ara

os

líder

es d

e eq

uip

e: a

) D

esen

volv

er,

ger

enci

ar e

man

ter

o r

elac

ion

amen

to d

a eq

uip

e co

m a

ger

ênci

a sê

nio

r.

b)

Co

mp

reen

der

a d

inâm

ica

inte

rna

das

equ

ipes

fu

nci

onai

s e

tom

ar a

s m

edid

as a

deq

uad

as p

ara

ger

enci

ar e

ssas

rel

ações

. 3

) Im

pli

caçõ

es p

ara

os

mem

bro

s da

equ

ipe:

a)

Po

ssuir

as

cap

acid

ades

nec

essá

rias

par

a se

r u

m e

fica

z m

emb

ro

da

equ

ipe.

b

) R

eco

nh

ecer

que

as f

ort

es h

abil

idad

es d

e co

mun

icaç

ão n

ão s

ão s

ufi

cien

tes

par

a se

r u

m e

fica

z m

embro

de

equip

e. c

) R

eco

nh

ecer

qu

e as

fo

rtes

hab

ilid

ades

de

com

unic

ação

não

são

su

fici

ente

s par

a se

r u

m m

emb

ro d

e eq

uip

e ef

icaz

.

"

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 99: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

97

Zac

caro

, R

ittm

an a

nd M

ark

s 200

1

" E

ste

arti

go,

apre

senta

um

qu

adro

co

nce

itu

al p

ara

refl

etir

sob

re o

s ef

eito

s d

a li

der

ança

no

des

empen

ho

da

equ

ipe.

A

rgum

enta

qu

e a

lider

ança

pro

cess

a a

efic

ácia

da

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ipe

pel

a su

a

infl

uên

cia,

co

m e

feit

os

sob

re q

uat

ro c

onju

nto

s de

pro

cess

os

de e

quip

e: c

ogn

itiv

a, m

oti

vac

ion

al, af

etiv

o e

coo

rden

ação

.

Po

de-

se a

rgu

men

tar

ain

da

que

um

a sé

rie

de

cara

cter

ísti

cas

ambie

nta

is, o

rgan

izac

ionai

s e

cara

cter

ísti

cas

de

equip

e po

dem

mod

erar

a m

agnit

ude

des

ses

efei

tos.

"

Pro

po

siçã

o 1

: A

ex

ten

são e

qu

alid

ade

das

ati

vid

ades

qu

e dão

sen

tid

o a

s at

ivid

ades

de

lider

ança

s es

tão p

osi

tivam

ente

rel

acio

nad

as c

om

a p

reci

são e

gra

u d

e co

mp

arti

lham

ento

da

equ

ipe

com

os

mo

del

os

men

tais

. P

ropo

siçã

o 2

: E

qu

ipes

co

m l

íder

es q

ue

des

envo

lvem

cap

acid

ades

no

s m

emb

ros

par

a fa

zer

pro

cess

amen

to d

e in

form

açõ

es e

ince

nti

var

a s

ua

par

tici

paç

ão n

a re

solu

ção

de

pro

ble

ma

gar

ante

qu

e a

equip

e vai

se

envo

lver

em

mai

s p

roce

ssam

ento

s d

e in

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ações

co

leti

vas

do

que

as e

qu

ipes

com

líd

eres

que

usa

m m

ais

o e

stil

o d

ireti

vo. P

rop

osi

ção

3:

As

equip

es

com

líd

eres

qu

e des

env

olv

em e

moti

vam

mem

bro

da

equip

e co

m c

apac

idad

es c

og

nit

ivas

e f

orn

ecem

fee

dba

ck s

ob

re o

des

empen

ho

adeq

uad

o s

ão m

ais

pro

pen

sos

a se

en

volv

erem

em

con

ecti

vid

ade

cole

tiv

a ef

icaz

do q

ue

equip

es c

om

líd

eres

qu

e não

ex

ibem

ess

es c

om

po

rtam

ento

s d

e li

der

ança

. P

rop

osi

ção 4

: A

s eq

uip

es c

ujo

s lí

der

es e

stab

elec

em m

etas

de

alto

des

emp

enho,

exo

rtam

e e

nco

raja

m o

s m

emb

ros

a ad

apta

r e

atin

gir

ess

as m

etas

, fo

rnec

em e

stra

tég

ias

de

des

emp

enho

par

a al

cança

r es

sas

met

as e

est

raté

gia

s d

e des

emp

enho

são

o m

od

elo

ap

rop

riad

o q

ue

irá

exib

ir m

aio

r ef

icác

ia d

a eq

uip

e e

coes

ão d

o q

ue

as e

qu

ipes

co

m l

íder

es q

ue n

ão s

e en

volv

em e

m t

ais

ativ

idad

es.

Pro

po

siçã

o 5

: A

s eq

uip

es c

ujo

s lí

der

es f

orn

ecem

met

as d

e d

esem

pen

ho

clar

as,

atri

buiç

ões

de

funçã

o e

est

raté

gia

s de

des

emp

enh

o v

ão r

eagir

men

os

emoci

onal

men

te,

com

men

or

estr

esse

e m

eno

r co

ntá

gio

às

circ

unst

ânci

as e

moci

onai

s do

qu

e as

eq

uip

es c

ujo

s

líd

eres

ofe

rece

m p

ouca

ou

nen

hum

a es

tru

tura

e d

ireç

ão.

Pro

po

siçã

o 6

: S

eleç

ão c

ujo

s lí

der

es e

stab

elec

em n

orm

as e

in

cen

tivam

o c

ontr

ole

em

oci

on

al v

ão e

xib

ir m

eno

s co

nfl

ito

s af

etiv

os

do

que

os

líder

es q

ue

não

est

abel

ecem

tai

s n

orm

as. P

ropo

siçã

o 7

: eq

uip

es c

ujo

s lí

der

es c

om

bin

am c

apac

idad

es indiv

iduai

s co

m o

s p

apéi

s n

eces

sári

os,

ofe

rece

m e

stra

tég

ias

clar

as d

e d

esem

pen

ho,

mo

nit

ora

m e

fo

rnec

em f

eedb

ack

so

bre

açõ

es d

os

mem

bro

s d

a eq

uip

e n

a re

aliz

ação

des

sas

estr

atég

ias,

aju

stam

as

cond

ições

de

mud

ança

am

bie

nta

l e

com

iss

o a

s aç

ões

vão

ser

mel

ho

r

coo

rden

adas

e m

ais

efic

azes

, do

que

equip

es q

ue

os

líd

eres

não

exib

em e

ssas

ati

vid

ades

.

" "Nes

te a

rtig

o,

apre

sen

tam

os

um

quad

ro c

once

itu

al p

ara

pen

sar

sob

re o

s ef

eito

s d

a li

der

ança

no

des

empen

ho

da

equip

e.

Arg

um

enta

mo

s q

ue

a li

der

ança

pro

cess

a a

efic

ácia

da

equip

e p

ela

sua

infl

uên

cia

com

efe

ito

s so

bre

qu

atro

con

jun

tos

de

pro

cess

os

de

equ

ipe:

co

gn

itiv

a, m

oti

vac

ional

, af

etiv

o e

co

ord

enaç

ão.

Po

der

íam

os

argu

men

tar

aind

a qu

e u

ma

séri

e d

e ca

ract

erís

tica

s am

bie

nta

is, org

aniz

acio

nai

s e

cara

cter

ísti

cas

de

equip

e p

od

em m

oder

ar a

mag

nit

ud

e des

ses

efei

tos.

"

"Nó

s ta

mb

ém s

ug

erim

os

que,

co

mo a

s eq

uip

es a

lcan

çam

um

nív

el s

ign

ific

ativ

o d

e ex

per

iên

cia,

ou

tros

mem

bro

s po

dem

ass

um

ir f

un

çõe

s d

e li

der

ança

, en

quan

to o

s lí

der

es d

esig

nad

os

resp

eita

m o

lim

ite

das

suas

res

po

nsa

bil

idad

es. F

inal

men

te, n

ós

esb

oça

mo

s b

rev

emen

te v

ária

s fo

rmas

pel

as q

uai

s as

equ

ipes

in

flu

enci

am a

efi

cáci

a do

líd

er.

As

teo

rias

de

lider

ança

de

equip

e ex

iste

nte

s te

ndem

a m

inim

izar

in

flu

ênci

as d

os

con

trib

uin

tes

par

a ca

da

um

des

tes

pro

cess

os.

Iss

o c

ond

uz

a u

ma

min

imiz

ação

in

feri

or

da

com

pre

ensã

o

com

ple

ta d

o d

esem

pen

ho

da

tom

ada

de

dec

isão

cole

tiv

a. E

m e

qu

ipes

co

mo

unid

ades

mil

itar

es,

ou

aq

uel

es e

m f

orm

as o

rgan

izac

ion

ais

mai

s tr

adic

ionai

s, q

ue

no

rmal

men

te s

ão o

rgan

izad

as

nu

ma

fort

e es

trutu

ra h

ierá

rqu

ica,

um

a g

rand

e po

rção

de

var

iân

cia

no

des

emp

enh

o p

od

e r

esid

ir f

ato

res

asso

ciad

os

à li

der

ança

. A

inca

pac

idad

e de

com

pre

end

er e

sta

rela

ção

pod

e li

mit

ar a

trei

nam

ento

e d

esen

volv

imen

to d

e ta

is e

qu

ipes

e l

íder

es, re

spec

tivam

ente

. A

lter

nat

ivam

ente

, ta

l co

mo

muit

as o

rgan

izaç

ões

, pas

sar

de

um

a es

trutu

ra h

ierá

rqu

ica t

radic

ion

al p

ara

um

a eq

uip

e

de

bas

e, e

quip

e p

roce

sso

s tê

m u

ma

infl

uên

cia

cada

vez

mai

s im

po

rtan

te d

o l

íder

e e

feti

vid

ade

org

aniz

acio

nal

. T

ais

infl

uên

cias

pre

cisa

m s

er c

on

sid

erad

as c

om

mai

s cu

idad

o e

mod

elad

as e

m

teo

rias

de

lid

eran

ça o

rgan

izac

ion

al e

est

raté

gic

a.

"

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 100: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

98

ST

ER

MA

N, R

EP

EN

NIN

G,

KO

FM

AN

(199

7)

Est

e ar

tigo

in

dic

a que

a re

solu

ção

do

par

ado

xo

dev

e si

tuar

-se

no

s ef

eito

s se

cun

dár

ios

bem

-su

cedid

os

em m

elho

ria,

não

em

fo

rças

qu

e im

ped

em a

mudan

ça o

u e

ven

tos

econ

ôm

ico

s

exte

rno

s. E

ste

arti

go

exp

lora

as

cau

sas

e co

nse

qu

ênci

as d

este

par

adoxo

.

Sim

ula

ções

mo

stra

ram

qu

e a

alte

rnat

iva

de

não

im

ple

men

tar

TQ

M e

ra p

ior;

Co

mo

foi

enco

ntr

ado

um

res

ult

ado

da

sim

ula

ção

de

que

a se

gu

ran

ça n

o e

mp

reg

o n

ão

é g

aran

tia

de

suce

sso

da

TQ

M, e

pod

e se

r au

to d

estr

uti

vo

, po

rtan

to m

ante

r a

polí

tica

de

não

-dem

issã

o n

ão é

rec

om

endad

o.

Co

m u

ma

polí

tica

em

um

cen

ário

fav

orá

vel

, po

der

ia im

ped

ir s

itu

ações

dif

ícei

s in

flu

enci

adas

pel

a cr

ise.

A r

eso

luçã

o é

o r

eco

nh

ecim

ento

de

qu

e a

ligaç

ão e

ntr

e a

mel

ho

ria

de

resu

ltad

os

e o s

uce

sso f

inan

ceir

os

é m

ais

com

ple

xa

do q

ue

a cr

ença

gen

eral

izad

a d

e que

os

ben

efíc

ios

fin

ance

iro

s d

evem

seg

uir

o p

roce

sso

bem

-su

cedid

o.

Pro

gra

mas

de

mel

ho

ria

estã

o i

nti

mam

ente

lig

ado

co

m a

s outr

as a

tivid

ades

da

emp

resa

, ju

nta

men

te c

om

os

seu

s cl

iente

s, o

mpet

tido

res,

e o

s m

erca

do

s fi

nan

ceir

os.

Um

res

ult

ado c

entr

al d

o m

od

elo é

o i

mp

acto

des

equ

ilib

rad

o d

e at

ivid

ade

de

mel

ho

ria

em d

ifer

ente

s p

arte

s do

s p

roce

sso

s o

rgan

izac

ionai

s.

" Qu

em:

Anal

og

Dev

ices

, In

c.;

C

om

o:P

esqu

isa,

lev

anta

men

to e

anál

ise

de

dad

os,

entr

evis

tas,

sim

ula

ções

.

Qu

and

o:

1997

Pes

qu

isas

Fu

tura

s e

test

es d

e ca

mpo

são

nec

essá

rio

s p

ara

test

ar a

efe

tiv

idad

e de

ferr

amen

tas

com

o:

qu

alit

y f

un

ctio

n d

eplo

ym

ent

(Hau

ser

and C

lau

sing

1988

), H

osh

in p

lann

ing

S

hib

a et

al.

1993

), s

oft

sy

stem

s m

ethod

s (C

hec

kla

nd 1

98

1),

and

sim

ula

tio

n a

nd g

amin

g (

Mo

recr

oft

and

Ste

rman

1994

).

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 101: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

99

OP

RIM

E, M

EN

DE

S,

PIM

EN

TA

(2

01

0)

O o

bje

tivo

des

te a

rtig

o é

id

enti

fica

r e

anal

isar

fat

ore

s cr

ític

os

no d

esen

volv

imen

to d

e at

ivid

ades

de

mel

ho

ria

con

tín

ua

em e

mp

resa

s in

du

stri

ais

bra

sile

iras

.

Ver

ific

ou

-se

qu

e a

prá

tica

de

trei

nam

ento

de

pes

soal

em

fer

ram

enta

s de

solu

ção d

e p

rob

lem

as t

em i

mpac

to p

osi

tivo

no r

esult

ado d

as a

tiv

idad

es d

e m

elho

ria

con

tínua.

A m

esm

a si

tuaç

ão f

oi

ob

serv

ada

par

a a

exis

tên

cia

de

pla

no

s d

e su

ges

tão n

a em

pre

sa.

A c

om

unic

açã

o f

ace

a fa

ce a

pre

sen

tou

co

rrel

ação

po

siti

va

com

os

indic

ado

res

de

resu

ltad

o r

elac

ion

ado

s à

sati

sfaç

ão d

os

clie

nte

s e

ao d

esen

volv

imen

to d

e hab

ilid

ades

do

s em

pre

gad

os.

É c

on

stat

ada

qu

e a

exis

tênci

a d

e u

m s

iste

ma

de

ince

nti

vo

s te

m i

nfl

uên

cia

po

siti

va

no a

um

ento

da

pro

duti

vid

ade,

na

redu

ção

do

lea

d tim

e e

no

des

envo

lvim

ento

das

hab

ilid

ades

do

s em

pre

gad

os.

Oit

o f

erra

men

tas

apre

sen

tam

ev

iden

cias

est

atís

tica

s de

contr

ibu

ição

par

a m

elh

ora

r o

des

empen

ho

das

ati

vid

ades

de

MC

:

ferr

amen

tas

de

iden

tifi

caçã

o d

e p

rob

lem

as,

as s

ete

ferr

amen

tas

bás

icas

de

qual

idad

e, a

s se

te f

erra

men

tas

ger

enci

ais

da

qual

idad

e, a

s fe

rram

enta

s de

map

eam

ento

de

pro

cess

os,

QF

D,

as

ferr

amen

tas

de

vis

ual

izaç

ão,

técn

icas

de

sim

ula

ção e

o c

on

tro

le e

stat

ísti

co d

e p

roce

sso.

A p

rinci

pal

dim

ensã

o r

ela

cion

ada

à p

rom

oçã

o d

as p

ráti

cas

de

MC

é a

fo

rmal

izaç

ão d

e polí

tica

s d

e

ince

nti

vo

s.

Q

uan

to a

o s

upo

rte

e li

der

ança

do p

roce

sso d

e m

elh

ori

a, d

esta

cam

-se

a li

der

ança

ger

enci

al e

as

vis

itas

reg

ula

res

ao c

hão

de

fáb

rica

pel

a ger

ênci

a. F

ora

m i

den

tifi

cado

s fa

tore

s

crít

ico

s co

mo:

o t

rein

amen

to e

m f

erra

men

tas

de

solu

ção d

e p

roble

mas

, o

in

centi

vo a

sug

estõ

es,

a uti

liza

ção

de

com

un

icaç

ão f

ace

a fa

ce,

o u

so d

e vis

itas

ao c

hão

de

fáb

rica

e a

do

ção d

e

sist

emas

de

ince

nti

vo

s.

" Qu

em: 46

Em

pre

sas

bra

sile

rias

de

po

rtes

e s

eto

res

div

erso

s.

O

nde:

Bra

sil

Co

mo: su

rvey

, qu

esti

onár

io c

om

res

po

nsá

vei

s na

ges

tão

de

pro

gra

mas

ou

ati

vid

ades

de

mel

ho

ria

Quan

do:

2007

Co

mo l

imit

ação

, ai

nd

a qu

e se

ob

serv

e r

elat

iva

con

fiab

ilid

ade

do

s co

nst

ruct

os,

est

es a

inda

são s

uje

ito

s a

mel

ho

rias

, in

corp

ora

nd

o-s

e no

vas

dim

ensõ

es a

ele

s. O

utr

a li

mit

ação

dec

orr

e da

abra

ng

ênci

a do t

ema

trat

ado

, su

jeit

o a

gra

nd

e nú

mer

o d

e v

ariá

vei

s su

bje

tivas

, o q

ue

imp

lica

na

nec

essi

dad

e de s

erem

in

corp

ora

do

s n

ovo

s te

mas

rel

acio

nad

os

às a

tiv

idad

es d

e M

C,

qu

e n

ão

fize

ram

par

te d

o e

scop

o d

este

tra

bal

ho

, m

as q

ue

po

dem

ser

co

nsi

der

ado

s em

tra

bal

ho

s fu

turo

s. A

lém

des

tas,

outr

a li

mit

ação

co

nsi

ste

no

fat

o d

e a

amo

stra

ter

sid

o b

asea

da

som

ente

em

emp

resa

s que

po

ssu

em I

SO

90

00

, n

ão p

oss

ibil

itan

do

, d

essa

fo

rma,

gen

eral

izar

, an

alis

ar o

im

pac

to d

e ce

rtif

icaç

ões

de

qual

idad

e so

bre

as

qu

estõ

es a

qui

lev

anta

das

qu

anto

à M

C. E

sta

lacu

na

pod

e se

r ex

plo

rad

a em

tra

bal

ho

s fu

turo

s so

bre

o t

ema.

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 102: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

100

SIL

VA

et

al. (2

00

8)

O o

bje

tivo

des

te t

rab

alho

é a

pre

senta

r u

ma

inci

ativ

a de

inte

gra

r a

pro

mo

ção d

as m

etodo

log

ias

Lea

n M

anu

fact

uri

ng

e S

ix S

ugm

a n

a bu

sca

de

um

mel

ho

r d

esem

pen

ho

op

erac

ion

al.

"A e

mp

resa

con

segu

iu e

stab

elec

er c

on

diç

ões

mai

s fa

vo

rávei

s p

ara

con

cili

ar a

ap

lica

ção d

a L

M e

SS

atu

and

o s

ob

re a

s d

imen

sões

da

org

aniz

ação

, d

irec

ion

amen

to,

amb

iente

e m

éto

do d

e

mel

ho

ria.

A

o

esta

bel

ecer

o

C

on

selh

o

LS

S,

a em

pre

sa es

tabel

eceu

u

ma

lid

eran

ça

ún

ica

par

a co

man

dar

e

con

cili

ar

a d

isse

min

ação

d

as

met

odo

logia

s L

M e

SS

e

apro

vei

tar

as

com

ple

men

tari

dad

es e

xis

ten

tes

entr

e el

as;

Co

m o

red

esen

ho d

a es

trutu

ra d

e su

sten

taçã

o, a

mel

ho

r co

mu

nic

ação

da

estr

utu

ra L

SS

co

m a

hie

rarq

uia

da

emp

resa

pas

sou

a a

judar

os

BB

s a

obte

r o

res

pal

do

nec

essá

rio

ao

des

envo

lvim

ento

e ex

ecu

ção d

os

pro

jeto

s, f

acil

itan

do a

con

du

ção

do

s p

roje

tos

LS

S n

os

pro

cess

os

de

neg

óci

o c

om

bas

e no

sis

tem

a m

atri

cial

; O

s p

roje

tos

LS

S c

om

par

tilh

am o

fat

o d

e se

rem

ori

gin

ado

s a

par

tir

de

um

est

ud

o d

e M

FV

e d

e, n

a fa

se d

e im

pla

nta

ção

, in

clu

ir a

det

erm

inaç

ão d

o T

P d

o p

roce

sso m

elho

rado o

u d

o n

ovo p

roce

sso

, bem

co

mo

o t

rein

amen

to d

as p

esso

as e

nvo

lvid

as n

a su

a

exec

uçã

o.

Ain

da

qu

e nu

m p

roje

to L

SS

pre

dom

ine

a ab

ord

agem

SS

, p

ara

fin

s d

e tr

ein

amen

to p

ráti

co d

as p

esso

as e

nvolv

idas

, é

acio

nad

o o

mec

anis

mo d

e re

aliz

ar e

ven

tos

Kai

zen;

Co

m o

adv

ento

da

LS

S,

a fo

rma

estr

utu

rad

a d

a se

quên

cia

DM

AIC

fo

i es

tend

ida

ao d

esen

volv

imen

to d

e p

roje

tos

com

ên

fase

em

LM

; C

om

a L

SS

, ai

nda

qu

e nu

m p

roje

to p

redo

min

e a

apli

caçã

o d

e fe

rram

enta

s an

alít

icas

da

SS

, o

seu

des

env

olv

imen

to to

rnou

-se

mai

s co

mple

to, in

clu

indo

um

cu

idad

o m

aio

r co

m a

im

pla

nta

ção

do

TP

e a

der

ênci

a a

ele.

O c

aso

est

ud

ado f

orn

ece

evid

ênci

as d

e qu

e a

pro

moçã

o d

a ab

ord

agem

in

teg

rati

va

da

LS

S e

stim

ula

a i

nco

rpo

raçã

o d

e el

emen

tos

da

SS

em

pro

jeto

s em

qu

e p

reval

ece

o e

nfo

qu

e da

LM

e v

ice-v

ersa

."

" Qu

em:E

mp

resa

fab

rica

nte

de

auto

peç

as

C

om

o:

Est

udo

de

caso

, en

trev

ista

s se

mie

stru

tura

das

co

m g

esto

res

O

nd

e: B

rasi

l

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 103: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

101

TA

RÍ,

SA

BA

TE

R (

20

03

)

Nes

te t

rab

alho

, re

aliz

ou

-se

um

est

udo

em

pír

ico

, a

fim

de

ver

ific

ar a

im

po

rtân

cia

des

sas

ferr

amen

tas

e té

cnic

as p

ara

mel

ho

ria

TQ

M e

seu

efe

ito

.

"TQ

M f

ato

res

crít

ico

s es

tão

po

siti

vam

ente

rel

acio

nad

os

com

as

ferr

amen

tas

e té

cnic

as p

ara

mel

ho

ria

da

qual

idad

e. R

esu

ltad

os

de

TQ

M e

stão

po

siti

vam

ente

rel

acio

nad

os

com

as

ferr

amen

tas

e té

cnic

as p

ara

mel

ho

ria

da

qu

alid

ade.

As

emp

resa

s co

m u

m n

ível

mai

s el

evad

o T

QM

têm

im

ple

men

tado

em

mai

or

med

ida

as f

erra

men

tas

e té

cnic

as p

ara

mel

ho

ria

da

qu

alid

ade.

As

emp

resa

s

com

mel

ho

res

resu

ltad

os

TQ

M t

êm i

mp

lem

enta

do e

m m

aio

r m

edid

a as

fer

ram

enta

s e

técn

icas

par

a m

elho

ria

da

qual

idad

e. A

s re

spo

stas

qu

e re

ceb

emo

s m

ost

ram

que

as m

ais

uti

liza

das

ferr

amen

tas

e té

cnic

as s

ão,

pri

nci

pal

men

te,

as a

udit

ori

as e

grá

fico

s. S

PC

e f

luxog

ram

as e

stão

em

ter

ceir

o l

ug

ar e

quar

to,

mas

co

m u

ma

gra

nd

e dif

eren

ça e

m r

elaç

ão a

os

do

is p

rim

eiro

s

inst

rum

ento

s. O

s m

eno

s uti

liza

do

s sã

o c

urv

as d

e P

aret

o,

dia

gra

mas

de

causa

-efe

ito

e d

iag

ram

as d

e co

rrel

ação

. O

s o

ito

fat

ore

s cr

ític

os

(de

lid

eran

ça,

ges

tão

de

pes

soal

, a

apre

nd

izag

em,

o

pla

nej

amen

to d

a qu

alid

ade,

ges

tão d

e fo

rnec

edo

res,

foco

no

cli

ente

, ges

tão

de

pro

cess

os,

mel

ho

ria

contí

nua)

são

todo

s si

gnif

icat

ivam

ente

rel

acio

nad

a co

m T

QM

T, e

xce

to o

fat

or

de

lid

eran

ça,

o q

ue

pod

e in

dic

ar q

ue

a ges

tão

não

est

á co

mp

rom

etid

a o s

ufi

cien

te p

ara

um

uso

mai

s am

plo

des

tas

ferr

amen

tas

e té

cnic

as e

ntr

e o

s fu

nci

on

ário

s. .

"

" Qu

em:

10

8 e

mp

resa

s ce

rtif

icad

as c

om

a I

SO

900

0 n

a re

giã

o d

o A

lica

nte

O

nd

e: E

span

ha

Co

mo:

En

trev

ista

s es

tru

tura

das

bas

eadas

em

um

ques

tio

nár

io e

qu

estõ

es a

ber

tas.

Pro

cedim

ento

rea

liza

do

com

os

resp

on

sáv

eis

pel

a ár

ea d

e qu

alid

ade.

Q

uan

do:

2002

Fin

alm

ente

, es

tas

contr

ibuiç

ões

pod

eria

m s

er a

deq

uad

amen

te c

om

ple

men

tad

as p

elo

futu

ro t

rabal

ho

de

inves

tigaç

ão e

m t

rês

dir

eçõ

es:

estu

dar

ess

es a

spec

tos

em u

ma

emp

resa

mai

or

da

amo

stra

, an

ális

e de

estu

do

s d

e ca

so,

a fi

m d

e v

erif

icar

a u

tili

zaçã

o d

este

s in

stru

men

tos

e té

cnic

as e

est

ud

ando

em

pre

sas

qu

e u

sam

um

a v

arie

dad

e de

mét

odo

s d

e qu

alid

ade,

mas

não

est

ão

cert

ific

ado

s. e

téc

nic

as e

ntr

e o

s fu

nci

on

ário

s. .

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 104: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

102

FR

YE

R, A

NT

ON

Y,

DO

UG

LA

S (

2007

)

Det

erm

inar

os

fato

res

crít

icos

de

suce

sso

(C

SF

) p

ara

pro

jeto

s de

mel

ho

ria

contí

nu

a no

set

or

púb

lico

.

"No

set

or

bli

co,

o c

om

pro

mis

so d

e g

estã

o f

oi

un

iver

salm

ente

cit

ado c

om

o s

endo c

ríti

co.

Ges

tão d

e cl

ien

tes,

ges

tão

de

pro

cess

os

e ca

pac

itaç

ão d

os

funci

on

ário

s fo

ram

fu

ndam

enta

is e

m

75

po

r ce

nto

do

s p

apéi

s. O

des

ign

do

pro

duto

foi

list

ado

em

um

pap

el.

Ges

tão

de

forn

eced

ore

s, g

estã

o d

e cl

ien

tes,

a m

ediç

ão d

e d

ado

s e

elab

ora

ção

de

rela

tóri

os

de

qu

alid

ade,

cu

ltu

ra d

e

qual

idad

e, t

rabal

ho e

m e

qu

ipe,

cap

acit

ação

de

fun

cion

ário

s, e

stru

tura

org

aniz

acio

nal

e p

erm

anen

te m

onit

ori

zaçã

o e

aval

iaçã

o d

e av

alia

ção f

ora

m l

ista

do

s em

met

ade

do

s p

apéi

s. D

os

29

arti

gos

rev

isad

os,

ap

enas

um

pap

el n

ão c

on

sid

erav

a o

co

mp

rom

isso

de

ges

tão

co

mo

um

CS

F, in

dep

end

ente

men

te d

o s

ecto

r ou

lo

cali

zaçã

o g

eog

ráfi

ca. S

em o

apo

io v

isív

el e

ati

va

de

ofi

ciai

s

super

iore

s é

imp

rováv

el t

er s

uce

sso

um

pro

gra

ma

de

mel

ho

ria

con

tínua.

To

man

do

-se

com

o o

s p

rinci

pai

s fa

tore

s, a

qu

eles

lis

tad

os

em m

ais

de

meta

de

dos

arti

go

s, ú

nic

o c

lien

te g

estã

o e

co

mp

rom

isso

de

ges

tão

fo

ram

fun

dam

enta

is p

ara

todo

s o

s tr

ês s

eto

res.

O

seto

r p

úb

lico

era

dif

eren

te d

e am

bos

os

sect

ore

s in

du

stri

ais

e de

serv

iço

s em

qu

e o e

mpo

wer

men

t d

os

fun

cio

nár

ios

e ges

tão d

e p

roce

sso

s es

tav

am n

o t

op

o d

a li

sta.

Tra

bal

ho

em

equ

ipe

e

estr

utu

ra o

rgan

izac

ional

tam

bém

era

m m

ais

impo

rtan

tes

no s

eto

r p

úbli

co d

o q

ue

no

s se

tore

s de

man

ufa

tura

ou d

e se

rviç

os.

dif

eren

ças

entr

e o

s se

tore

s, c

om

org

aniz

açõ

es d

o s

eto

r pú

bli

co

con

centr

ando

-se

em Q

CA

sob

re p

roce

sso

s e

capac

itaç

ão d

os

fun

cion

ário

s, o

rgan

izaç

ões

do

set

or

de

serv

iços

em u

ma

cult

ura

de

qual

idad

e e

org

aniz

ações

de

man

ufa

tura

con

centr

ando

-se

na

form

ação

e a

pre

nd

izag

em.

Un

ifo

rmem

ente

em

todo

s o

s se

tore

s, o

co

mp

rom

isso

de

ges

tão

est

á li

stad

o c

om

o o

top

o C

SF

com

ges

tão

de

clie

nte

s d

e p

erto

. ."

" Th

eore

tica

l pap

er b

ased

on

a l

iter

atu

re r

evie

w.

"A r

essa

lva

a es

te t

rabal

ho é

qu

e te

m h

avid

o t

rabal

ho p

ub

lica

do

in

sufi

cien

te p

rodu

zido

par

a d

esen

har

qu

aisq

uer

con

clu

sões

est

atis

tica

men

te s

ignif

icat

ivas

sob

re a

s d

ifer

ença

s e

sem

elhan

ças

em C

SF

de

entr

e o

s d

ifer

ente

s se

tore

s."

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 105: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

103

Fle

ury

; F

leu

ry (

AN

O)

"Est

e T

rabal

ho

Pro

cura

res

po

nd

er À

s se

gu

inte

s qu

estõ

es:

Qu

al a

Rel

ação

En

tre

Co

mp

etên

cias

org

aniz

acio

nai

s e

Est

raté

gia

s C

om

peti

tiv

as n

as E

mp

resa

s? N

o c

aso d

e em

pre

sas

situ

adas

em

dif

eren

tes

nív

eis,

quai

s se

riam

as

impli

caçõ

es d

essa

inte

raçã

o:

Est

raté

gia

e C

om

pet

ênci

as.

"

Fo

i ob

serv

ado

qu

e o

mod

elo p

rop

ost

o f

oi

refe

rên

cia

impo

rtan

te p

ara

anál

ise

das

men

cion

adas

est

raté

gia

s e

com

pet

ênci

as o

rgan

izac

ionai

s d

as e

mp

resa

s p

esq

uis

adas

, e

m d

ifer

ente

s par

tes

da

cadei

a p

rodu

tiva.

O u

so d

a ti

po

logia

, se

gm

enta

nd

o o

mer

cad

o/

pro

du

to e

m s

erv

iços

de

mas

sa,

loja

de

serv

iço

s e

serv

iço

s p

rofi

ssio

nai

s, p

oss

ibil

itou

evid

enci

ar a

s co

mpet

ênci

as n

eces

sári

as

aos

forn

eced

ore

s de

equ

ipam

ento

s.

" "O T

rab

alho

est

á E

stru

tura

do e

m trê

s p

arte

s. A

pri

mei

ra e

sta

con

stit

uíd

a in

tro

du

ção, a

segun

da

diz

res

pei

to à

par

te c

on

stru

ção

do

model

o teó

rico

: to

ma

a o

rig

em d

o c

once

ito

de

com

pet

ênci

a,

apre

senta

-se

o c

once

ito

em

seu

s vár

ios

nív

eis

de

com

pre

ensã

o c

amin

ha-

se a

ela

bo

raçã

o d

e u

m m

od

elo d

e an

ális

e. n

/ d

ter

ceir

a, p

rocu

ra-s

e il

ust

rar

esse

mod

elo a

par

tir

da

apre

sen

taçã

o d

e

um

a pes

qu

isa

real

izad

a en

tre

as e

mp

resa

s d

a In

dúst

ria

de

Tel

eco

mun

icaç

ões

. E

ssa

Pes

qu

isa

po

ssib

ilit

ará

refe

ren

ciar

em

pir

icam

ente

qu

estõ

es p

rop

ost

as n

este

est

ud

o

" Os

entr

evis

tad

os

adm

item

ser

nec

essá

rio

des

envo

lver

co

mpet

ênci

as o

u r

eorg

aniz

ar a

s co

mp

etên

cias

an

tes

de

se p

assa

r as

mu

dan

ças

nas

ori

enta

ções

est

raté

gic

as. O

mo

del

o d

e ges

tão d

e

com

pet

ênci

as e

stá

em c

on

stru

ção:

colo

ca a

o p

esqu

isad

or

des

afio

s te

óri

cos

e, a

os

pro

fiss

ionai

s, o

des

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do

eq

uac

ion

amen

to d

a a

mb

iguid

ade

entr

e d

iscu

rso e

prá

tica

.

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 106: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

104

Vie

ra;

Lu

z (2

005

)

Rec

up

erar

o d

ebat

e re

lati

vo

ao

s co

nce

ito

s de

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ific

ação

e d

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mp

etên

cia,

rev

elan

do

suas

dim

ensõ

es s

oci

al,

con

ceit

ual

e e

xper

imen

tal,

e b

usc

ando

ev

iden

ciar

se

e co

mo

tai

s d

imen

sões

são

fo

rtal

ecid

as e

/ou

en

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uec

idas

na

pas

sag

em d

a q

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ific

ação

par

a a

ges

tão

das

co

mp

etên

cias

.

As

evid

ênci

as e

mpír

icas

en

contr

adas

po

ssib

ilit

am a

con

clu

são d

e q

ue,

no

s d

ois

cas

os

estu

dad

os,

a d

imen

são

conce

itual

da

qual

ific

ação

é u

sad

a p

ara

refo

rçar

a “

cult

ura

de

apre

nd

izag

em”,

um

a v

ez q

ue

qu

alq

uer

tip

o d

e fo

rmaç

ão a

pre

senta

da

pel

o tra

bal

had

or

aten

de

aos

pro

sito

s das

em

pre

sas

pes

quis

adas

, se

nd

o n

eces

sári

a a

form

ação

em

nív

el s

up

erio

r ap

enas

par

a o

s g

esto

res.

Ev

iden

cio

u-s

e q

ue

os

dip

lom

as e

cer

tifi

cad

os

per

dem

seu

pre

stíg

io s

e n

ão f

ore

m c

om

ple

men

tado

s pel

a ex

per

iên

cia

qu

e, e

m g

eral

, é

mai

s im

po

rtan

te d

o q

ue

a fo

rmaç

ão a

cadêm

ica.

A p

erda

de

pre

stíg

io d

os

dip

lom

as a

carr

eta,

com

o c

on

sequ

ênci

a, o

ex

ercí

cio d

e ca

rrei

ras

sem

um

dir

ecio

nam

ento

def

inid

o d

as p

rofi

ssõ

es e

ocu

paç

ões

, se

ndo

in

úm

ero

s o

s ca

sos

em q

ue

as p

esso

as

ocu

pam

po

siçõ

es q

ue

nad

a tê

m a

ver

co

m a

fo

rmaç

ão r

eceb

ida.

Deb

ilit

a-s

e, a

ssim

, o c

om

pro

met

imen

to d

o t

rabal

had

or

com

os

val

ore

s p

rofi

ssio

nai

s e

des

apar

ece

a so

lid

arie

dad

e à

cate

go

ria,

favo

rece

ndo

o e

stab

elec

imen

to d

e re

laçõ

es d

e tr

abal

ho

ind

ivid

ual

izad

as.

" "O T

rab

alho

est

á E

stru

tura

do

em

trê

s par

tes.

A p

rim

eira

E e

sta

con

stit

uíd

a in

tro

du

ção. a

seg

unda

diz

res

pei

to à

par

te c

on

stru

ção

do

mod

elo

teó

rico

: to

ma

a o

rig

em d

o c

once

ito

de

com

pet

ênci

a,

apre

senta

-se

o c

on

ceit

o e

m s

eus

vár

ios

nív

eis

de

com

pre

ensã

o

cam

inha-s

e a

elab

ora

ção

de

um

mod

elo

de

anál

ise.

n /

d t

erce

ira,

pro

cura

-se

ilu

stra

r es

se m

odel

o a

par

tir

da

apre

sen

taçã

o d

e

um

a pes

qu

isa

real

izad

a en

tre

as e

mp

resa

s d

a In

dúst

ria

de

Tel

eco

mun

icaç

ões

. E

ssa

Pes

qu

isa

po

ssib

ilit

ará

refe

ren

ciar

em

pir

icam

en

te q

ues

tões

pro

po

stas

nes

te e

stud

o

" Os

resu

ltad

os

da

pes

quis

a co

rro

bo

ram

a t

ese

do

des

loca

men

to e

mo

stra

m q

ue

a dim

ensã

o e

xp

erim

enta

l é

refo

rçad

a na

ges

tão

de

com

pet

ênci

as.

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 107: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

105

Far

ris,

Van

Ak

en,

Do

ole

n, W

orl

ey (

200

8)

"Est

e ar

tigo

ap

rese

nta

os

resu

ltad

os

de

um

est

ud

o d

e ca

mp

o d

e 5

1 e

ven

tos

Kai

zen e

m s

eis

org

aniz

açõ

es d

e m

anu

fatu

ra d

e n

avio

s, o

nd

e a

reg

ress

ão m

últ

ipla

foi

uti

liza

da

par

a te

star

o

rela

cio

nam

ento

en

tre

a en

trad

a do

even

to K

aize

n e

ati

tud

es e

de

reso

luçã

o d

e p

roble

mas

. O

s re

sult

ados

são

usa

do

s par

a d

esen

vo

lver

dir

etri

zes

de

pro

jeto

par

a o

rgan

izaç

ões

qu

e u

tili

zam

even

tos

Kai

zen

.

" "Ap

ós

a co

ncl

usã

o d

o e

stud

o,

os

achad

os

fora

m r

elat

ado

s par

a as

org

aniz

açõ

es p

arti

cip

ante

s p

ara

aval

iar

a v

alid

ade

das

con

clu

sões

do

est

udo

e p

ara

per

mit

ir a

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aniz

ação

par

a b

enef

icia

r

do

s re

sult

ados.

Em

ger

al, o

s p

arti

cipan

tes

das

org

aniz

açõ

es e

nco

ntr

am

os

resu

ltad

os

do e

studo

conv

ince

nte

e u

sados

estu

dar

ret

orn

o p

ara

aval

iar

a ef

icác

ia d

e su

as p

ráti

cas

atu

ais

e id

enti

fica

r

po

ssív

eis

alte

raçõ

es. C

om

o m

enci

on

ado, o e

studo

fo

rnec

eu a

po

io p

arci

al p

ara

a tr

ês h

ipó

tese

s d

e in

ves

tig

ação

lar

gas

. D

esco

bert

as e

spec

ífic

as d

o e

studo

são

os

seguin

tes:

Pro

cess

os

inte

rnos

e cl

arez

a o

bje

tiv

o e

ram

os

mai

s fo

rtes

pre

dit

ore

s de

amb

as a

s ca

pac

idad

es e

ati

tude

kai

zen

. A

poio

à g

estã

o e

eq

uip

e h

eter

ogên

ea f

unci

on

al f

ora

m p

red

ito

res

sig

nif

icat

ivo

s d

e at

itud

e, m

as

não

cap

acid

ades

de

kai

zen

. A

uto

no

mia

Tea

m,

com

pro

met

imen

to a

feti

vo

de

mu

dar

, d

ific

uld

ade

obje

tivo

, ár

ea d

e tr

abal

ho,

kai

zen

eq

uip

e ex

per

iênci

a e

equip

e d

e ex

per

iênci

a de

líder

fo

ram

sign

ific

ativ

amen

te r

edit

ore

s ca

tiv

as d

e ca

pac

idad

es k

aize

n m

as n

ão a

titu

de.

Alg

um

as v

ariá

vei

s p

ropo

sta

par

a af

etar

ev

ento

Kai

zen

saí

da

vem

, ou

sej

a, o

rien

taçã

o d

e aç

ão,

a q

ual

idad

e d

a

ferr

amen

ta,

e do

pro

cess

o d

e pla

nej

amen

to d

e ev

ento

s, n

ão m

ost

rou

rel

acio

nam

ento

sig

nif

icat

ivo

par

a q

ual

qu

er r

esu

ltad

o n

este

est

ud

o.

" " "Est

a pes

quis

a uti

lizo

u u

m c

amp

o tra

nsv

ersa

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ult

i-si

te e

stud

o d

e se

is o

rgan

izaç

ões

de

man

ufa

tura

(T

abel

a 3 )

. Org

aniz

ações

fo

ram

sel

ecio

nad

os

de

modo

não

ale

ató

rio, d

evid

o à

nec

essi

dad

e

de

aces

so a

os

dad

os

a par

tir

de

vár

ios

even

tos,

bem

co

mo c

erto

s d

ado

s em

nív

el d

e o

rgan

izaç

ão, ex

igin

do

to

p g

estã

o m

ento

de

bu

y-i

n e

co

mp

rom

isso

de

long

o p

razo

co

m o

est

udo

.

" Par

a co

nhec

imen

to d

os

auto

res,

est

e es

tudo

foi o

pri

mei

ro a

em

pir

icam

ente

in

ves

tigar

as

rela

ções

quan

tita

tiv

as e

ntr

e as

var

iávei

s de

entr

ada

e d

e p

roce

sso e

hu

man

o inic

ial re

curs

o r

esu

ltad

os

em e

ven

tos

Kai

zen,

usa

nd

o v

ário

s ev

ento

s a

par

tir

de

vár

ias

org

aniz

açõ

es.

A p

esqu

isa

adic

ion

al é

nec

essá

ria

par

a co

nfi

rmar

e e

sten

der

esse

s ac

had

os.

Outr

o e

stu

do d

e li

mit

açõ

es i

ncl

ui:

Em

bo

ra o

s dad

os

fora

m c

ole

tado

s de

51

even

tos

Kai

zen

e m

ais

de

300

par

tici

pan

tes,

a a

mo

stra

rep

rese

nta

apen

as s

eis

org

aniz

ações

. A

lém

dis

so,

os

crit

ério

s d

e se

leçã

o d

elib

erad

amen

te

resu

ltar

am n

a se

leçã

o d

e fa

bri

caçã

o o

rgan

izaç

ões

que

fora

m r

elat

ivam

ente

exp

erie

nte

s n

o u

so e

stra

tégic

o d

e ev

ento

s K

aize

n.

Ass

im,

é po

ssív

el q

ue

ach

ado

s po

dem

não

gen

eral

izar

par

a

mar

cad

amen

te d

ifer

ente

s co

nte

xto

s o

rgan

izac

ionai

s.

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 108: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

106

"Mar

ia T

erez

a L

eme

Fle

ury

Afo

nso

Fle

ury

(2

001

: 183

-19

6)"

"O o

bje

tiv

o d

este

tex

to é

rec

up

erar

o d

ebat

e t

eóri

co a

res

pei

to d

a n

oçã

o d

e co

mp

etên

cia,

est

abel

ecen

do

o d

iálo

go e

ntr

e a

lite

ratu

ra a

mer

ican

a e

euro

péi

a.

Bu

scan

do

expli

cita

r o

con

ceit

o e

m s

eus

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ios

nív

eis

de

com

pre

ensã

o,

elab

ora

mo

s o

mod

elo

, re

laci

on

ando

-o à

s es

trat

égia

s o

rgan

izac

ion

ais

e ao

s p

roce

sso

s d

e ap

rend

izag

em v

isan

do a

o

des

envo

lvim

ento

de

com

pet

ênci

as."

"Tra

bal

har

o c

on

ceit

o d

e co

mpet

ênci

a as

soci

ado à

est

raté

gia

e à

ap

ren

diz

agem

org

aniz

acio

nal

, co

m t

odo

o s

eu p

ote

nci

al h

eurí

stic

o,

imp

lico

u u

ma

via

gem

pel

o A

tlân

tico

, p

rocu

rando o

diá

logo

entr

e a

lite

ratu

ra a

mer

ican

a e

euro

pei

a. A

tro

pic

aliz

ação

do

con

ceit

o,

po

r nó

s re

aliz

ada,

fo

i fr

uto

não

ap

enas

de

um

a re

flex

ão t

eóri

ca,

mas

res

ult

ado

de

trab

alh

os d

e p

esqu

isa

e

con

sult

ori

a (F

leu

ry e

Fle

ury

,

2000

). A

noçã

o d

e co

mp

etên

cia,

exp

lora

da

nes

te t

exto

, la

nça

lu

z so

bre

um

asp

ecto

im

po

rtan

te:

se p

or

um

lad

o,

agre

ga

val

or

eco

mic

o à

org

aniz

ação

, po

r ou

tro

não

men

os

rele

van

te d

eve

agre

gar

val

or

soci

al a

o i

ndiv

íduo

, ou s

eja,

as

pes

soas

, ao

des

env

olv

erem

co

mpet

ênci

as e

ssen

ciai

s par

a o

su

cess

o d

a o

rgan

izaç

ão,

estã

o t

ambém

inv

esti

ndo

em

si

mes

mas

, n

ão s

ó c

om

o

cid

adão

s o

rgan

izac

ion

ais,

mas

com

o c

idad

ãos

do

pró

pri

o p

aís

e d

o m

undo

."

" Deb

ate

acad

êmic

o d

as l

iter

atu

ras

rela

cio

nad

as a

o c

once

ito

de

com

pet

ênci

a n

a li

tera

tura

am

eric

ana

e eu

rop

eia

"A n

oçã

o d

e co

mpet

ênci

a, e

xplo

rada

nes

te t

exto

, la

nça

luz

sob

re u

m a

spec

to i

mp

ort

ante

: se

po

r u

m l

ado

, ag

reg

a val

or

eco

mic

o à

org

aniz

ação

, p

or

ou

tro

não

men

os

rele

van

te d

eve

agre

gar

val

or

soci

al a

o i

nd

ivíd

uo,

ou

sej

a, a

s p

esso

as,

ao d

esen

volv

erem

co

mpet

ênci

as e

ssen

ciai

s par

a o s

uce

sso

da

org

aniz

ação

, es

tão

tam

bém

inv

esti

ndo e

m s

i m

esm

as,

não

co

mo

cid

adão

s

org

aniz

acio

nai

s, m

as c

om

o c

idad

ãos

do p

róp

rio p

aís

e d

o m

un

do

."

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 109: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

107

Tan

aka,

Mun

iz e

Far

ia 2

01

2

An

alis

ar f

ato

res

qu

e in

flu

enci

am a

im

pla

nta

ção

de

pro

jeto

s d

e m

elho

ria

no

am

bie

nte

oper

ário

indu

stri

al. C

om

o o

bje

tivo

esp

ecíf

ico

, te

m-s

e: (

a) i

den

tifi

caçã

o d

e fa

tore

s re

laci

onad

os

à

impla

nta

ção d

e p

roje

tos

de

mel

ho

ria

e (b

) av

alia

ção d

e fa

tore

s re

laci

onad

os

à im

pla

nta

ção

de

pro

jeto

s d

e m

elho

ria.

"Est

e tr

abal

ho a

pre

senta

dez

esse

te f

ato

res

crít

ico

s q

ue,

na

opin

ião d

e lí

der

es d

e p

roje

to e

co

nsu

lto

res

de

dif

eren

tes

seto

res

e ex

per

iênci

a, s

ão r

elev

ante

s p

ara

a im

pla

nta

ção

de

pro

jeto

s d

e

mel

ho

ria

de

mel

ho

ria

no a

mb

ien

te o

per

ário

ind

ust

rial

. •

FC

2 -

Com

pro

met

imen

to d

a al

ta d

ireç

ão.

• F

C3

- L

ider

ança

.

• F

C11

– P

roje

tos

alin

had

os

com

as

met

as d

o n

egó

cio.

• F

C1

– C

ult

ura

de

mel

ho

ria

contí

nu

a.

• F

C13

- M

etas

.

• F

C4

– E

xem

plo

do l

íder

• F

C1

5 –

Aco

mp

anham

ento

do

s re

sult

ado

s P

ode-

se o

bse

rvar

qu

e o

su

cess

o d

os

pro

jeto

s de

mel

ho

ria

dep

end

e de

cert

os

fato

res,

os

qu

ais

fora

m c

lass

ific

ado

s co

mo

crí

tico

s par

a o

suce

sso.

Ate

nd

er p

arte

des

tes

fato

res

não

é g

aran

tia

sufi

cien

te d

e q

ue

os

pro

jeto

s de

mel

ho

rias

sej

am i

mp

lan

tado

s e

man

tido

s. O

suce

sso

é d

efin

ido

quan

do

a e

mp

resa

é c

apaz

de

trab

alhar

em

har

mo

nia

co

m t

odo

s el

es.

Rec

om

end

a-se

qu

e as

org

aniz

açõ

es q

ue

bu

scam

su

cess

o n

a im

pla

nta

ção

do

s p

roje

tos

de

mel

ho

ria

aval

iem

o p

roce

sso

de

impla

nta

ção

ten

do

em

vis

ta o

s fa

tore

s cr

ític

os

de

suce

sso

id

enti

fica

dos

e an

alis

ado

s nes

te t

rab

alho

. O

bse

rvou

-se

qu

e am

bas

as

exp

eriê

nci

as d

esse

s pro

fiss

ion

ais

indic

am q

ue

fato

res

com

o “

FC

2 –

Co

mp

rom

etim

ento

da

Alt

a D

ireç

ão”,

“F

C3

– L

ider

ança

” e

“FC

11

– P

roje

tos

alin

had

os

com

as

met

as d

o n

egóci

o”

se d

est

acam

. A

nal

isan

do

os

resu

ltad

os

ob

tido

s, o

bse

rva-s

e que

alg

un

s fa

tore

s sã

o i

gu

alm

ente

rec

on

hec

ido

s co

mo

fat

ore

s de

suce

sso p

elos

lid

eres

e c

on

sult

ore

s. E

ntr

e es

tes

fato

res,

a m

aio

ria

das

cit

açõ

es r

emet

e ao

co

mp

rom

etim

ento

da

alta

dir

eção

e à

lid

eran

ça, q

ue

na

lite

ratu

ra p

esquis

ada

(Fig

ura

3)

são d

ois

do

s tr

ês f

ato

res

que

po

ssuem

po

siçã

o u

nân

ime

pel

os

auto

res.

O t

rab

alho

tam

bém

av

alia

os

refe

rido

s fa

tore

s po

r m

eio d

e p

esqu

isa

fech

ada

com

lid

eres

de

pro

jeto

de

um

a tr

adic

ional

em

pre

sa d

e d

esen

vo

lvim

ento

e f

abri

caçã

o d

e p

rod

uto

s in

ovad

ore

s.

Res

pond

endo

a p

erg

un

ta q

ue

ger

ou e

ste

trab

alho

, po

de-s

e diz

er q

ue

os

pri

nci

pai

s fa

tore

s cr

ític

os

par

a a

impla

nta

ção

do

s p

roje

tos

de

mel

ho

ria

são

:"

" Pes

qu

isa

qu

alit

ativ

a e

tem

du

as e

tap

as d

e co

leta

s d

e dad

os

(a)

entr

evis

tas

(qu

esti

onár

io s

emie

stru

tura

do

) co

m c

onsu

lto

res

e lí

der

es d

e p

roje

tos

de

mel

hori

a em

in

stri

as d

e div

erso

s se

tore

s

(B)

qu

esti

on

ário

fec

had

o e

m t

rês

empre

sas

de

um

gra

nd

e g

rupo

qu

ímic

o c

om

tra

diç

ão e

m p

esq

uis

a e

des

envo

lvim

ento

.

"Co

m r

elaç

ão a

tra

bal

ho

s fu

turo

s, a

lgum

as s

uges

tões

pod

em s

er f

eita

s. P

rim

eira

men

te, su

ger

e-s

e re

pet

ir o

est

ud

o c

om

am

ost

ras

mai

ore

s p

ara

val

idar

ten

dên

cias

qu

e fo

ram

id

enti

fica

das

nes

ta

pes

quis

a, m

as q

ue

não

fo

ram

est

atis

tica

men

te t

esta

das

.

Co

m r

elaç

ão a

os

fato

res

crít

ico

s en

contr

ado

s, s

uger

e-se

dim

inu

ir o

mer

o d

e fa

tore

s cr

ític

os

pes

qu

isad

os,

est

abel

ecen

do

rel

açõ

es d

e h

iera

rqu

ia p

or

mei

o d

e m

étodo

s d

e d

ecis

ão m

ult

icri

téri

o,

pois

alg

un

s do

s F

C i

den

tifi

cado

s n

a en

trev

ista

ab

erta

não

fo

ram

co

nsi

der

ado

s co

mo

im

po

rtan

tes

na

pes

qu

isa

fech

ada.

É s

ug

erid

o t

ambém

am

pli

ar a

pes

quis

a par

a in

ves

tig

ar a

tax

a d

e co

ncl

usã

o d

os

pro

jeto

s d

e m

elho

ria

e o

ret

orn

o f

inan

ceir

o, b

em c

om

o d

elim

itar

o f

utu

ro e

stu

do

ao

s p

roje

tos

de

mel

ho

ria

qu

e

apre

senta

ram

efi

cáci

a em

su

a im

ple

men

taçã

o."

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 110: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

108

"To

ledo

, et

al

2008

" Est

e ar

tig

o a

pre

senta

os

resu

ltad

os

de

um

a p

esqu

isa

de

levan

tam

ento

, co

ndu

zida

com

o o

bje

tivo

de

iden

tifi

car

e an

alis

ar a

s p

ráti

cas,

bem

co

mo o

s p

rin

cipai

s p

roble

mas

e t

end

ênci

as,

da

ges

tão

do P

DP

em

em

pre

sas

da

indú

stri

a b

rasi

leir

a d

e au

top

eças

.

"De

um

mo

do

ger

al, fo

i o

bse

rvad

o q

ue

as e

mp

resa

s d

a am

ost

ra já

ado

tara

m o

u e

stão

ad

ota

nd

o m

od

elo

s d

e re

ferê

nci

a p

ara

a g

estã

o d

o P

DP

. O

uso

des

ses

mo

del

os

de

refe

rênci

a es

tá a

ssoci

ado

a u

ma

mai

or

val

ori

zaçã

o d

esse

pro

cess

o p

or

par

te d

as m

atri

zes

das

em

pre

sas

(no

cas

o d

e m

ult

inac

ion

ais)

, à

dif

usã

o d

a Q

S 9

000

na

déc

ada

de

19

90

e d

a T

S 1

69

49

mai

s re

cente

men

te,

que

exig

em a

ado

ção

de

um

mod

elo

de

estr

utu

raçã

o m

ínim

a par

a o

des

envo

lvim

ento

de

pro

du

to d

o t

ipo

AP

QP

, e

à n

eces

sid

ade

de

cap

acit

ação

das

un

idad

es l

oca

is p

ara

par

tici

par

em d

e p

roje

tos

de

co d

esig

n c

oo

rden

ado

s po

r cl

iente

s (m

on

tado

ras

e/ou

sis

tem

ista

s).

Con

jun

tam

ente

co

m o

s m

od

elo

s, s

ão a

do

tado

s al

gun

s m

éto

do

s e

técn

icas

de

apo

io à

ges

tão

do

PD

P,

com

o F

ME

A,

Eng

enh

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Sim

ult

ânea

, B

ench

mar

kin

g,

Pro

jeto

de

Exper

imen

tos

e

ferr

amen

tas

de

supo

rte

tecn

oló

gic

o à

ati

vid

ade

de

pro

jeto

e d

e ar

maz

enam

ento

de

dad

os,

co

mo C

AD

e E

ng

inee

rin

g D

ata

Man

agem

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(ED

M).

O u

so d

essa

s té

cnic

as p

od

e se

r co

nsi

der

ado

com

o c

on

soli

dad

o n

a g

rand

e m

aio

ria

das

em

pre

sas

estu

dad

as. E

las

são

per

cebid

as p

elas

em

pre

sas

com

o c

ontr

ibu

indo p

osi

tiv

amen

te p

ara

o d

esem

pen

ho e

m q

ual

idad

e (q

ual

idad

e d

o p

roje

to),

em t

emp

o e

em

cu

sto (

pro

duti

vid

ade)

do P

DP

, se

nd

o q

ue

a in

ten

sidad

e p

erce

bid

a d

essa

con

trib

uiç

ão v

aria

entr

e as

em

pre

sas.

"

"Dad

o o

obje

tiv

o d

a p

esqu

isa,

a p

esquis

a d

e le

van

tam

ento

, ta

mbém

conh

ecid

a co

mo s

urv

ey, é

a m

ais

apro

pri

ada

po

r per

mit

ir, po

r m

eio

de

um

a am

ost

ra,

refl

exões

par

a to

da

a po

pula

ção d

e

estu

do

, qu

e sã

o a

s em

pre

sas

bra

sile

iras

de

auto

peç

as q

ue

real

izam

ati

vid

ades

de

des

envo

lvim

ento

de

pro

du

to.

Dev

e-s

e des

taca

r qu

e is

to i

mpli

ca n

a ex

clu

são

de

um

a p

arte

das

em

pre

sas

liad

as a

o S

indic

ato

Nac

ion

al d

a In

stri

a d

e C

om

pon

ente

s par

a V

eícu

los

Auto

moto

res

(Sin

dip

eças

), u

ma

vez

qu

e nem

tod

as a

s em

pre

sas

de

auto

peç

as r

eali

zam

ati

vid

ades

de

des

envo

lvim

ento

de

pro

duto

e o

u d

e p

roce

sso n

o p

aís.

Seg

undo

o S

ind

ipeç

as,

no a

no d

e 2003

ex

isti

am n

o p

aís

cerc

a d

e 90 e

mp

resa

s d

e au

top

eças

co

m m

ais

de

500

fun

cion

ário

s q

ue

real

izar

iam

ati

vid

ades

de

des

envo

lvim

ento

de

pro

duto

lo

cais

, ai

nd

a q

ue

em d

ifer

ente

s g

rau

s d

e co

mp

lexid

ade

e de

esco

po

das

ati

vid

ades

do

pro

jeto

(al

gu

mas

fas

es d

o d

esen

vo

lvim

ento

, p

or

exem

plo

, p

od

em s

er

real

izad

as n

as m

atri

zes

das

auto

peç

as o

u m

esm

o n

as m

onta

do

ras)

.

Alé

m d

essa

s em

pre

sas,

tam

bém

ex

isti

riam

no p

aís

cerc

a d

e 30 e

mp

resa

s d

e peq

uen

o e

méd

io p

ort

e qu

e re

aliz

aria

m a

tiv

idad

es d

e d

esen

volv

imen

to d

e p

rod

uto

. P

ara

tod

as e

ssas

em

pre

sas

(cer

ca d

e 1

20

) hav

ia i

nfo

rmaç

ões

ou

fo

rtes

ind

ício

s d

a re

aliz

ação

de

ativ

idad

es d

e des

env

olv

imen

to d

e p

rod

uto

, dev

ido a

alg

um

as c

arac

terí

stic

as d

as m

esm

as,

com

o p

or

exem

plo

: o t

ipo e

com

ple

xid

ade

do p

roduto

fo

rnec

ido

, ce

rtif

icaç

ões

QS

900

0 (

ou

TS

1694

9)

e IS

O 9

00

1(q

ue

abra

ng

e o

pro

cess

o d

e d

esen

vo

lvim

ento

de

pro

duto

), u

so d

o m

od

elo

AP

QP

– A

dv

ance

Pro

du

ct

Qu

alit

y P

lan

nin

g e

o tip

o d

e cl

ien

te d

a em

pre

sa (

mo

nta

do

ra, s

iste

mis

ta o

u m

erca

do

de

rep

osi

ção

). N

orm

alm

ente

as

emp

resa

s qu

e fo

rnec

em d

iret

o p

ara

as

mo

nta

do

ras

e as

sis

tem

ista

s re

aliz

am

ativ

idad

es d

e d

esen

vo

lvim

ento

de

pro

duto

em

alg

um

gra

u. D

esta

fo

rma,

a p

opu

laçã

o to

tal,

co

m p

ote

nci

al p

ara

faze

r p

arte

da

amo

stra

pes

quis

ada,

era

est

imad

a em

120

em

pre

sas.

Todas

essa

s

emp

resa

s fo

ram

id

enti

fica

das

e a

equ

ipe

de

pes

quis

ado

res

entr

ou

em

co

nta

to (

po

r te

lefo

ne

e p

or

e-m

ail)

co

m o

s re

spo

nsá

vei

s p

elo d

esen

volv

imen

to d

e p

rod

uto

das

mes

mas

. A

mai

ori

a das

emp

resa

s n

ão a

ceit

ou

rec

eber

a v

isit

a do

s p

esqu

isad

ore

s p

ara

apli

caçã

o i

n l

oco

do

ques

tion

ário

, al

egan

do

qu

e, p

or

razõ

es e

stra

tég

icas

do d

esen

volv

imen

to d

e p

rod

uto

s, n

ão p

oder

iam

resp

ond

er a

o q

ues

tionár

io. F

ora

m v

isit

adas

pes

soal

men

te 3

2 e

mp

resa

s, e

ntr

etan

to, em

9 e

mp

resa

s, o

s en

trev

ista

do

s al

egar

am q

ue p

reci

sav

am d

e u

ma

auto

riza

ção, da

dir

eto

ria

super

ior,

par

a

lib

erar

em a

po

ster

iori

o q

ues

tion

ário

. Des

sas

9 e

mp

resa

s, s

eis

info

rmar

am q

ue

não

fo

ram

au

tori

zadas

a f

orn

ecer

o q

ues

tion

ário

res

pon

did

o e

trê

s em

pre

sas

reto

rnar

am o

s qu

esti

on

ário

s ap

enas

par

cial

men

te r

espo

nd

ido

s, o

s qu

ais

não

pud

eram

ser

ap

rov

eita

do

s.

Ass

im,

con

segu

iu-s

e 23

ques

tion

ário

s, o

u s

eja,

um

a am

ost

ra q

ue

rep

rese

nta

19

% d

a pop

ula

ção

id

enti

fica

da.

Ess

e ín

dic

e d

e re

spo

sta

está

co

eren

te c

om

pes

quis

as d

e ca

mp

o s

ob

re g

estã

o d

o

PD

P r

eali

zad

as e

m o

utr

os

paí

ses

(GR

IFF

IN,

19

97;

MA

RC

H-S

OR

et

al., 2

002

; S

ÁN

CH

EZ

; P

ÉR

EZ

, 200

3).

O q

ues

tion

ário

tin

ha

a m

aio

ria

das

ques

tões

fec

had

as,

e fo

i d

esen

vo

lvid

o

com

bas

e nas

prá

tica

s as

soci

adas

às

dim

ensõ

es t

rad

icio

nai

s d

a ges

tão

do

PD

P,

con

form

e a

bib

liog

rafi

a da

área

(d

imen

sões

: es

trat

égic

a, o

rgan

izac

ional

, et

apas

/ati

vid

ades

, re

curs

os

e

info

rmaç

ões

). I

nic

ialm

ente

o q

ues

tionár

io f

oi

test

ado

em

du

as e

mp

resa

s da

regiã

o d

e C

ampin

as, p

ara

a

real

izaç

ão d

as a

deq

uaç

ões

nec

essá

rias

. O

qu

esti

onár

io a

bra

ng

eu q

uat

ro c

onju

nto

s d

e qu

estõ

es:

• d

ado

s ger

ais

e de

cara

cter

izaç

ão d

a em

pre

sa;

• p

ráti

cas

da

ges

tão

do

PD

P;

• in

dic

ado

res

de

des

emp

enho

do

PD

P;

e

• p

rin

cipai

s p

roble

mas

e t

end

ênci

as d

o P

DP

."

Em

bo

ra h

aja

um

a d

efas

agem

tem

po

ral

entr

e a

real

izaç

ão d

esta

pes

qu

isa

de

cam

po

e a

dif

usã

o d

e se

us

resu

ltad

os

nes

te a

rtig

o,

a p

erce

pçã

o d

os

auto

res

é d

e qu

e n

ão h

ou

ve,

nes

se p

erío

do,

um

a m

ud

ança

no

set

or

de

auto

peç

as c

om

im

pli

caçõ

es s

ignif

icat

ivas

na

ges

tão

do P

DP

, e

que

é p

rov

ável

que

as c

ham

adas

boas

prá

tica

s d

e ges

tão

est

ejam

mai

s co

nso

lid

adas

e d

ifund

idas

nas

emp

resa

s b

rasi

leir

as d

o s

eto

r, e

m f

unçã

o d

a in

ten

sifi

caçã

o d

as e

xig

ênci

as d

a T

S 1

694

9,

da

inte

gra

ção e

ntr

e au

top

eças

(si

stem

ista

s e

forn

eced

ore

s) e

as

mon

tado

ras,

e d

a m

aio

r d

ifu

são

de

técn

icas

de

ges

tão

de

pro

jeto

s e

de

ferr

amen

tas

Lea

n–

Sig

ma

apli

cad

as a

o d

esen

volv

imen

to d

e p

rodu

to.

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS

FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 111: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

109

Dav

id A

. W

ald

man

Dav

id e

t al

(199

8)

O o

bje

tivo

des

te e

stu

do

fo

i re

aliz

ar u

ma

pes

quis

a qu

alit

ativ

a, o

rien

tada

par

a in

ves

tig

ação

in

duit

iva

de

lid

eran

ça e

esf

orç

os

par

a m

elho

ria

da

qu

alid

ade

(QI)

E

sta

abo

rdag

em f

oi

esco

lhid

a

ten

do

em

conta

qu

e há

rela

tiv

amen

te p

ouca

ev

idên

cia

a re

spei

to d

a nat

ure

za d

a li

der

ança

efi

caz

nas

org

aniz

ações

. E

xis

tem

pote

nci

ais

dif

eren

ças

entr

e n

ívei

s g

eren

ciai

s, b

em c

om

o o

esf

orç

o

e p

ersi

stên

cia

de

lider

ança

par

a ev

olu

ir.

An

ális

es q

ual

itat

ivas

en

vo

lven

do

a i

den

tifi

caçã

o d

e te

mas

rel

evan

tes

ou

esq

uem

as c

ateg

óri

cos,

cole

ta d

e d

ado

s d

e u

ma

form

a ab

erta

est

rutu

rad

a, e

des

envo

lvim

ento

da

teo

ria

de

aco

rdo c

om

os

dad

os

cole

tado

s. C

om

bas

e n

as a

nál

ises

, d

esen

vo

lveu

-se

um

mo

del

o p

ropo

sto d

e ca

min

ho

s al

tern

ativ

os

de

lid

eran

ça e

com

pro

mis

so g

eren

cial

em a

sso

ciaç

ão c

om

um

pro

cess

o d

e Q

I. U

m c

amin

ho

qu

e en

vo

lve

com

pro

mis

so c

on

tinuan

do

par

a o

s es

forç

os

de

QI

resu

lta

em u

ma

cult

ura

de

mu

dan

ça.

Em

contr

aste

, u

m s

egund

o c

amin

ho

env

olv

e co

mp

rom

isso

vac

ilan

te e

po

der

ia l

evar

a r

esu

ltad

os

neg

ativ

os

tais

co

mo c

inis

mo

so

bre

a p

oss

ibil

idad

e de

org

aniz

ação

mud

ar. E

m s

um

a, e

ste

estu

do

dem

on

stra

o p

ote

nci

al v

alo

r de

pro

sseg

uir

um

a ab

ord

agem

indu

tiva

em p

esqu

isas

sob

re l

ider

ança

.

Ali

nham

ento

entr

e av

alia

do

res

fora

m r

eali

zado

s p

ara

cad

a u

m d

os

caso

s. A

con

fiab

ilid

ade

foi

med

ida

com

o u

m p

erce

ntu

al d

e ac

ord

os

div

idid

o p

elo

con

ceit

o c

on

tag

ens

tota

is.

Per

centu

ais

var

iara

m d

e 48

% -

78%

. D

epois

da

con

fiab

ilid

ade

fora

m c

alcu

lado

s, d

ois

dos

pes

quis

ado

res

neg

oci

ado u

m a

cord

o s

ob

re t

od

as a

s ac

usa

ções

co

nce

ito

, de

modo

qu

e o

s ac

ord

os

cheg

aria

m a

loo

%,

ou

sej

a, d

e co

mu

m a

cord

o.

Est

as c

onta

gen

s fo

ram

usa

das

no

s re

sult

ado

s e

são

ap

rese

nta

do

s na

Tab

ela

1 a

bai

xo.

A T

abel

a 1

in

clui

ho

men

s- a

ções

de

lid

eran

ça u

sando

tan

to a

lta

e

méd

ia g

erên

cia

(ou

sej

a, s

eus

com

po

rtam

ento

s e

ações

) co

mo

o f

oco

do m

enci

ona.

" O p

rese

nte

est

ud

o e

nv

olv

e u

m d

esig

n m

últ

iplo

de

estu

do

de

caso

uti

liza

ndo d

ado

s qu

alit

ativ

os.

Em

cas

os

de

indú

stri

a: o

fere

ce u

m e

squ

ema

de

clas

sifi

caçã

o d

e p

esqu

isa

qu

alit

ativ

a co

m b

ase

no g

rau

de

par

tici

paç

ão n

a o

rgan

izaç

ão e

m e

ven

tos

adic

ionai

s po

r par

te d

o p

esqu

isad

or.

A c

ole

ta d

e d

ados

se b

aseo

u e

m e

ntr

evis

tas

real

izad

as e

m t

rês

caso

s. O

s d

ado

s das

entr

evis

tas

fora

m

acre

scid

os

de

ob

serv

ação

e e

xam

es d

e d

ocu

men

tos.

Est

e ú

ltim

o p

od

e se

r es

pec

ialm

ente

úti

l par

a v

erif

icar

a v

alid

ade

das

in

form

açõ

es o

bti

das

a p

arti

r d

e m

éto

do

s co

mo;

entr

evis

tas

(Bry

man

,

1989

). E

stu

do

de

caso

é u

m m

étod

o d

e in

ves

tig

ação

ap

rop

riad

o q

uan

do

a p

ergu

nta

pes

qu

isa

é ex

plo

rató

ria

na

nat

ure

za,

conte

mp

orâ

nea

, e

even

tos

sign

ific

ativ

os

ou

var

iáv

eis

não

pod

e se

r

man

ipu

lad

o (

Yin

, 1

989

).

A p

esqu

isa

futu

ra p

od

eria

ten

tar

det

erm

inar

a e

xte

nsã

o e

m q

ue

esse

s ca

min

hos

são g

ener

aliz

açõ

es c

apaz

de

ou

tro

s co

nte

xto

s o

rgan

izac

ion

ais.

Alé

m d

isso

, ex

iste

um

a n

eces

sidad

e d

e

com

pre

end

er a

esp

ecíf

ica

con

seq

uên

cia

resu

ltad

os

de

po

siti

vo

s, tai

s co

mo m

udan

ças

cu

ltu

rais

volt

adas

par

a Q

I. N

a p

rese

nte

pes

qu

isa

no

tam

os

con

exões

entr

e an

edóti

cos

mu

dan

ça d

e cu

ltu

ra

e des

empen

ho o

s re

sult

ado

s, b

em c

om

o s

e o

s es

forç

os

P T

enho c

onti

nu

ou a

o l

on

go

do

tem

po n

o c

aso

de

três

rea

ções

. U

sand

o u

ma

abo

rdag

em d

eduti

va,

Po

wel

l (1

99

5)

forn

eceu

alg

uns

dad

os

esp

ecif

ica-

inic

ial

ligan

do

asp

ecto

s de

QI

mud

ança

de

cult

ura

e o

s re

sult

ado

s de

des

empen

ho

. A

o m

esm

o t

emp

o, el

e pod

e se

r ai

nd

a m

ais

ben

éfic

o p

ara

ente

nd

er o

im

pac

to d

e ci

nis

mo

ou a

pat

ia e

m d

ireç

ão a

org

aniz

ação

- e

stra

tég

ias

org

aniz

acio

nai

s, m

ud

ança

s em

ger

al,

e o

s es

forç

os

de

QI,

em

par

ticu

lar.

Ser

á q

ue

o m

ento

inic

ial

des

env

olv

imen

to d

e ci

nis

mo

im

ped

e o

futu

ro s

alto

de

par

tida

de

no

vo

s es

forç

os

de

QI?

Ser

á qu

e a

resi

stên

cia

ser

mu

ito f

ort

e, o

u p

od

eria

lid

eran

ça c

om

bin

ada

com

ou

tras

est

raté

gia

s, c

om

o a

trit

o e

sel

eção

ser

uti

liza

das

par

a

reno

var

os

pro

cess

os

de

QI?

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 112: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

110

Pau

l E

. M

adlo

ck 2

008

O p

rese

nte

est

ud

o a

nal

iso

u a

in

flu

ênci

a da

com

pet

ênci

a de

com

un

icad

or

do

su

per

vis

or

e se

u e

stil

o d

e li

der

ança

no t

rab

alho

rel

acio

nad

os

a sa

tisf

açã

o d

o e

mp

reg

ado

.

A p

rim

eira

hip

óte

se p

rev

ê re

laçõ

es s

ign

ific

ativ

as e

posi

tiv

as e

ntr

e co

mp

etên

cia,

co

mu

nic

ação

, su

per

vis

or

do

tra

bal

ho,

sati

sfaç

ão d

o e

mp

reg

ado

e c

om

unic

ação

. O

s re

sult

ado

s d

as t

rês

corr

elaç

ões

de

Pea

rson

apoia

m a

hip

óte

se in

dic

ando

rel

ações

po

siti

vas

est

atis

tica

men

te s

ignif

ican

tes

entr

e o p

redit

or

e v

ariá

vei

s d

e cr

itér

io. F

oi en

con

trad

a u

ma

fort

e re

laçã

o e

ntr

e su

per

vis

or

com

un

icad

or,

com

pet

ênci

a e

sati

sfaç

ão c

om

unic

ação

do

em

pre

gad

o.

Con

sid

eran

do

qu

e fo

i en

contr

ada

um

a re

laçã

o m

od

erad

a en

tre

sup

erv

iso

r co

mu

nic

ado

r, c

om

pet

ênci

a e

sati

sfaç

ão n

o

trab

alho

do

s fu

nci

onár

ios.

A s

egu

nda

hip

óte

se p

revê

rela

cionam

ento

s si

gn

ific

ativ

os

e p

osi

tiv

os

entr

e su

per

vis

or,

est

ilo

de

lider

ança

rel

acio

nal

co

mu

nic

ação

e s

atis

façã

o d

o e

mp

reg

ado

no

trab

alho

. O

s re

sult

ado

s da

corr

elaç

ão d

e P

ears

on a

po

iam

a h

ipóte

se, in

dic

and

o r

elaç

ões

po

siti

vas

est

atis

tica

men

te s

ign

ific

ante

s en

tre

as v

ariá

vei

s d

e p

rev

isão

e d

e cr

itér

io. E

spec

ific

amen

te,

um

a fo

rte

rela

ção

foi en

contr

ada

entr

e su

per

vis

or,

est

ilo e

lid

eran

ça r

elac

ion

al, sa

tisf

ação

, co

mun

icaç

ão d

o e

mp

regad

o, en

quanto

que

um

a fr

aca

rela

ção e

ra e

nco

ntr

ada

entr

e su

per

vis

or

esti

lo

de

lid

eran

ça r

elac

ional

e s

atis

façã

o d

o e

mp

reg

ado

no

tra

bal

ho

. U

ma

fort

e re

laçã

o f

oi

enco

ntr

ada

entr

e su

per

vis

or

com

unic

ado

r, c

om

pet

ênci

a d

e co

mu

nic

ação

e s

atis

façã

o d

o e

mp

reg

ado,

enq

uan

to f

oi

enco

ntr

ada

um

a re

laçã

o m

oder

ada

entr

e co

mpet

ênci

a, s

up

erv

iso

r co

mu

nic

ado

r, e

sat

isfa

ção n

o t

rab

alh

o d

os

fun

cion

ário

s.

" Os

par

tici

pan

tes

fora

m 2

20

adult

os

de

trab

alh

o (

52

,7%

do

sex

o m

ascu

lin

o, n

= 1

16;

e de

47,3

% f

emin

ino,

n =

10

4),

co

m u

m i

nte

rval

o e

m p

oss

e de

1 a

40 a

no

s (M

= 8

,6, D

P =

10

,0).

Os

par

tici

pan

tes

fora

m 2

20

adult

os

de

trab

alh

o (

52,7

% d

o s

exo

mas

culi

no, n

= 1

16

; e

de

47,3

% f

emin

ino

, n =

10

4),

co

m u

m i

nte

rval

o e

m p

oss

e d

e 1

a 4

0 a

nos

(M =

8,6

, D

P =

10

,0).

Dos

par

tici

pan

tes,

11

2 r

elat

aram

tra

bal

har

par

a u

m s

up

erv

iso

r do s

exo

fem

inin

o e

10

8 r

elat

ado a

tra

bal

har

par

a u

m s

uper

vis

or

do s

exo

mas

culi

no.

Os

par

tici

pan

tes

tinh

am id

ades

de

18 a

64 (

M =

34,5

, D

P =

14

), a

o p

asso

que

super

vis

ore

s v

ario

u d

e 2

2 a

75

(M

= 4

2,6

; D

P =

10

,7).

Os

par

tici

pan

tes

rela

tara

m a

tra

bal

har

par

a u

ma

var

ied

ade

de

org

aniz

açõ

es i

ncl

uin

do

a e

duca

ção (

7,0

%),

gov

erno

(15

,0%

), s

erv

iço

s (4

7,3

%),

alt

a te

cno

log

ia (

7,1

%),

indú

stri

as t

ran

sfo

rmad

ora

s (1

4,9

%),

ad

min

istr

ação

púb

lica

(4,2

%)

e o

utr

os

(4,5

%).

A lit

erat

ura

rev

isad

a par

a es

te e

stud

o p

arec

e ap

oia

r a

noçã

o d

e qu

e co

mun

icaç

ão e

ntr

e o

s em

pre

gad

os

e su

per

vis

ore

s te

m u

ma

infl

uên

cia

sob

re o

sat

isfa

ção

no

tra

bal

ho

do

s fu

nci

on

ário

s. C

om

bas

e na

pes

quis

a e

aval

iaçã

o a

lac

un

a n

a p

esqu

isa

ante

rio

r re

levan

te p

ara

a in

flu

ênci

a q

ue

super

vis

or

com

unic

ador

com

pet

ente

est

ilo d

e li

der

ança

de

tare

fas

e es

tilo

de

lid

eran

ça r

elac

ion

al

têm

em

pre

gad

o e

m t

rab

alho

e s

atis

façã

o d

e co

mu

nic

ação

, as

seg

uin

tes

hip

óte

ses

e p

esqu

isa

per

gun

tas

fora

m a

van

çado

s. H

ipó

tese

s e

Qu

estõ

es d

e P

esq

uis

a. H

ipóte

se 1

: H

aver

á u

ma

rela

ção

sign

ific

ativ

a e

po

siti

va

entr

e co

mpet

ênci

a de

com

un

icaç

ão e

su

per

vis

or

do

tra

bal

ho d

o e

mp

reg

ado e

co

mu

nic

ação

- s

atis

façã

o. H

ipó

tese

2:

Hav

erá

um

a re

laçã

o s

ign

ific

ativ

a e

po

siti

va

entr

e

super

vis

or

esti

lo d

e li

der

ança

rel

acio

nal

e d

o t

rab

alho

do

em

pre

gad

o e

com

unic

ação

sat

isfa

ção

caç

ão.

Hip

óte

se 3

: H

aver

á u

ma

rela

ção

sig

nif

icat

iva

e po

siti

va

entr

e es

tilo

de

lider

ança

a

tare

fa d

o s

up

erv

iso

r e

do

tra

bal

ho

do e

mp

reg

ado

e c

om

unic

ação

sat

isfa

ção

hip

óte

se 4

: H

aver

á u

ma

rela

ção

sig

nif

icat

iva

e po

siti

va

entr

e a

tare

fa d

e u

m s

up

erv

iso

r e

esti

lo d

e li

der

ança

rela

cio

nal

e c

om

unic

ação

co

mp

etên

cia.

Per

gu

nta

Res

earc

h 1

a: Q

ual

o c

om

port

amen

to e

xib

ido

po

r u

m s

uper

vis

or-

tare

fa lid

eran

ça, li

der

ança

rel

acio

nal

, ou c

om

pet

ênci

a co

mun

icad

or

vonta

de

serv

ir c

om

o u

m p

redit

or

de

mai

or

sati

sfaç

ão c

om

unic

ação

do

em

pre

gad

o?

Per

gunta

Res

earc

h 1

b:

Qu

al o

co

mport

amen

to e

xib

ido

po

r u

m s

up

erv

iso

r-ta

refa

lid

eran

ça,

lider

ança

rel

acio

nal

,

ou v

on

tade

e co

mp

etên

cia

do c

om

unic

ado

r

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 113: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

111

Bro

tman

Lio

y, et

al

19

98

O o

bje

tivo

da

pre

sente

Art

igo é

co

meç

ar o

diá

logo

entr

e p

sico

logis

tas

sob

re a

nec

essi

dad

e d

e se

to

rnar

mai

s p

ró-a

tiv

a a

tom

ada

de

dec

isão

no

s es

forç

os

edu

cati

vo

s e

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inir

a e

spec

iali

dad

e

de

coac

hin

g e

xec

uti

vo

. O

art

igo

dis

cute

mo

del

os

usa

ndo

fee

db

ack

360

° (

Die

dri

ch,

1996

); o

uso

de

con

stru

ção

de

rela

cion

amen

to,

des

envolv

imen

to d

e co

mp

etên

cias

(P

e-

Ter

son

,

1996

); a

bo

rdag

em b

asea

da

em s

iste

mas

, co

nte

xtu

al (

Tob

ias,

199

6);

sis

tem

a al

tam

ente

est

rutu

rado

bas

eado

s em

abo

rdag

em (

Kie

l, R

imm

er,

Wil

liam

s, &

Doy

le,

199

6);

a

nec

essi

dad

e d

e

mu

dan

ça d

e cu

ltu

ra e

a p

rom

oçã

o d

a div

ersi

dad

e no

lo

cal d

e tr

abal

ho

(K

atz

& M

ille

r, 1

996

); s

up

ort

e p

ara

exec

uti

vo

s co

m b

ase

na

cap

acid

ade

do

tre

inad

or

(Lev

inso

n, 199

6).

Sap

ori

to (

1996

)

apo

nto

u q

ue

o c

oac

hin

g b

em-s

uce

did

o p

ode

levar

colo

qu

e ap

enas

qu

ando e

stá

clar

o p

ara

líder

es o

rgan

izac

ion

ais

que

o p

roce

sso

de

coac

hin

g é

co

nsi

sten

te e

ali

nhad

a co

m a

s re

alid

ades

emp

resa

riai

s. W

ith

ersp

oo

n e

Wh

ite

(1996

) su

ger

iram

qu

e o

s tr

ein

ado

res

pod

em d

esem

pen

har

qu

atro

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ções

dif

eren

tes

qu

e p

reci

sam

ser

esc

lare

cid

os

cedo

tre

inam

ento

pro

cess

o.

Ele

s

iden

tifi

cara

m t

rein

ado

r (a

) p

ara

as c

om

pet

ênci

as f

oca

da

em t

aref

as e

spec

ífic

as;

(b)

par

a des

empen

ho

, d

e fo

rma

mai

s am

pla

fo

cada

na

exec

uti

va

(c)

par

a o

des

envo

lvim

ento

, co

m o

fo

co

sob

re o

futu

ro p

apel

do

ex

ecuti

vo

ou e

mp

rego

; e

(d)

par

a o

tra

bal

ho

fo

cado n

a ag

end

a do

ex

ecuti

vo

.

Coac

hin

g e

xec

uti

vo f

oi

iden

tifi

cado

co

mo u

ma

"co

mp

etên

cia

emer

gen

te",

na

prá

tica

de

con

sult

a p

sico

lógic

a par

a o

rgan

izaç

ões

. P

sicó

log

os

em t

od

o o

mun

do

est

ão a

judan

do

ex

ecuti

vo

s

tale

nto

sos

em f

azer

mud

ança

s co

mpo

rtam

enta

is q

ue

pro

duze

m f

ort

e li

der

ança

par

a eq

uip

á-l

os

par

a d

esen

vo

lver

seu

s su

cess

ore

s. N

a fa

lta

de

cred

enci

amen

to, a

prá

tica

do

exec

uti

vo

tre

inad

o

esta

bel

ece

pad

rões

def

inid

os

de

com

pet

ênci

a p

ara

pre

serv

ar a

in

teg

ridad

e do

cam

po

e a

co

nfi

ança

do c

on

sum

ido

r. P

orq

ue

o o

bje

tiv

o f

inal

de

coac

hin

g e

xec

uti

vo é

fre

qu

ente

men

te s

ust

enta

r

mu

dan

ça d

e co

mp

ort

amen

to, is

to é

alc

ança

do

po

r m

eio

da

apli

caçã

o d

e p

rin

cípio

s p

sico

lóg

ico

s es

tabel

ecid

os.

Psi

cólo

go

s tê

m a

ob

rigaç

ão d

e def

inir

as

com

pet

ênci

as n

eces

sári

a p

ara

se o

bte

r

o c

om

po

rtam

ento

su

sten

táv

el, al

tera

r p

or

mei

o d

e tr

ein

amen

to p

oss

ibil

itan

do

que

o e

xec

uti

vo

sej

a p

roat

ivo

na

tran

smis

são

do

s pad

rões

de

com

pet

ênci

a p

ara

o p

úb

lico

.

" Co

m b

ase

no

no

sso

ex

per

imen

tal

, id

enti

fica

mo

s u

ma

séri

e d

e nú

cleo

s d

e co

mp

etên

cias

qu

e o

ex

ecuti

vo

tre

inad

or

con

trat

ado

dev

e te

r par

a aj

ud

ar a

tra

zer

du

rado

ura

mud

ança

de

com

po

rtam

ento

Po

rqu

e o

ob

jeti

vo

fin

al d

e co

achin

g e

xec

uti

vo

é f

requ

ente

men

te s

ust

enta

da

mu

dan

ça d

e co

mpo

rtam

ento

, es

te é

o m

elh

or

con

seg

uid

o p

or

mei

o d

a ap

lica

ção

de

esta

- p

rincí

pio

s psi

coló

gic

os

esta

bel

ecid

os.

psi

cólo

go

s tê

m a

ob

rig

ação

de

def

inir

as

com

pet

ênci

as n

eces

sári

a par

a se

obte

r o c

om

po

rtam

ento

sust

enta

da

alte

rar

po

r m

eio d

e ex

ecuti

vo t

rein

ar e

ser

pro

ativ

o n

a tr

ansm

issã

o

esse

s pad

rões

de

com

pet

ênci

a p

ara

o p

úb

lico

. S

ó d

esta

fo

rma

pod

e es

tar

em r

ápid

o d

esen

vo

lvim

ento

rei

no d

entr

o d

a p

sico

logia

ch

egar

ao p

ote

nci

al c

om

o u

m r

ecu

rso i

nes

tim

ável

par

a o

neg

óci

o e

xec

uti

vo

s.

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

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112

Dav

id A

. W

ald

man

1993

O o

bje

tivo

des

te tra

bal

ho

fo

i fo

rnec

er u

ma

expli

caçã

o m

ais

teó

rica

par

a a

con

exão

entr

e li

der

ança

e T

QM

, do

qu

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é ag

ora

tem

sid

o c

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sid

erad

a. P

ara

essa

med

ida,

fo

ram

des

crit

os,

con

teúd

o

e p

roce

ssos

de

lid

eran

ça r

elev

ante

s e

as l

igaç

ões

co

m a

cult

ura

org

aniz

acio

nal

lev

ando

em

con

ta o

con

texto

soci

al.

Vár

ias

ques

tões

de

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quis

a sã

o r

elev

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s par

a o

mod

elo

mo

stra

do

na

Fig

ura

I.

Em

pri

mei

ro l

ug

ar,

um

a co

mum

um

co

nju

nto

de

ele

men

tos

cara

cter

ísti

cos

ori

enta

da

de

um

TQ

M-

org

aniz

acio

nal

cult

ura

? E

mbo

ra B

ush

e (1

98

8)

der

ivad

o t

rês

tais

ele

men

tos,

ele

ad

mit

iu q

ue

seu t

rabal

ho s

ó e

stá

foca

do n

a fa

bri

caçã

o d

efin

içõ

es e

que

a in

ves

tigaç

ão a

dic

ion

al f

oi

nec

essá

ria

iden

tifi

car

TQ

M-

cult

ura

s o

rien

tadas

em

ou

tro

s am

bie

nte

s. C

om

efe

ito,

Saf

fold

(1

988

) ques

tion

aram

a e

xte

nsã

o e

m q

ue

elem

ento

co

mu

m d

e cu

ltu

ra p

od

e se

r ca

ract

erís

tica

da

de

alto

des

empen

ho o

rgan

izaç

ões

. E

m s

egu

nd

o l

ug

ar, d

e ac

ord

o c

om

a s

itu

ação

-pes

soa

pon

to d

e v

ista

, é

a re

laçã

o e

ntr

e li

der

ança

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rgan

izac

ion

al c

ult

ura

ver

dad

eira

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te r

ecíp

roca

? Q

uai

s sã

o o

s

mec

anis

mo

s p

elo

s qu

ais

um

a cu

ltu

ra m

old

a o c

om

po

rtam

ento

de

líder

es?

Qu

e as

pec

tos

de

um

a si

tuaç

ão p

od

e fa

zer

com

qu

e o in

ato, tr

ansf

orm

acio

nal

qual

idad

e d

e li

der

ança

de

um

ind

ivíd

uo

a su

rgir

? A

im

po

rtân

cia

de

tais

per

gu

nta

s fo

i re

cen

tem

ente

des

taca

da

po

r K

ozl

ow

ski e

Do

her

ty (

1989

), q

ue

ped

em m

ais

pes

quis

a ex

amin

ar a

s li

gaç

ões

entr

e li

der

ança

e o

rgan

izac

ional

cli

ma.

" Um

a te

rcei

ra q

ues

tão

env

olv

e as

met

od

olo

gia

s d

e pes

quis

a qu

e po

de

ser

mel

ho

r ap

lica

do

par

a ex

amin

ar a

s re

laçõ

es n

a F

igu

ra 1

. T

al c

om

o r

efer

ido

po

r S

chei

n (

199

0)

org

aniz

acio

nal

-cu

ltu

ra

pes

quis

a es

tá n

um

a ev

olu

tiv

a fa

se e

, co

mo

tal

, es

tá n

a nec

essi

dad

e de

etnog

ráfi

co,

clín

ico

-des

crit

ivo

, m

etodo

logia

s e

induti

vo.

Est

e ti

po d

e ab

ord

agem

foi

feit

o c

om

suce

sso

po

r B

ush

e

(198

8).

A m

eto

do

log

ia m

ais

ded

uti

va t

alv

ez i

nco

rpo

rand

o p

ronta

men

te q

uan

tifi

cávei

s m

edid

as d

e in

qu

érit

o,

po

de

ser

men

os

acon

selh

ável

, u

ma

vez

que

ass

um

iria

con

hec

imen

to a

van

çado

das

dim

ensõ

es r

elev

ante

s a

ser

estu

dad

a (S

chei

n, 19

90

). E

spec

ialm

ente

no

que

diz

res

pei

to a

os

elem

ento

s co

mu

ns

de

um

a o

rien

tada

TQ

M-

cult

ura

, ta

l co

nhec

imen

to n

ão d

eve

ser

assu

mid

o

nes

te p

onto

no

tem

po

.

A c

om

unid

ade

emp

resa

rial

tem

avan

çado

rap

idam

ente

em

ten

tati

vas

de

imp

lem

enta

r T

QM

. E

stas

ten

tati

vas

têm

sid

o e

nca

beç

ada

s p

or

escr

ito

res

imp

lora

ndo

a n

eces

sid

ade

de

lid

eran

ça

com

po

rtam

ento

, m

as e

ste

arti

go tem

tid

o u

ma

ori

enta

ção m

ais

teó

rica

a f

im d

e m

elh

or

com

pre

end

eras

ques

tões

e o

s vín

culo

s qu

e ex

iste

m n

o q

ue

diz

res

pei

to à

lid

eran

ça e

TQ

M.

A e

sper

ança

é qu

e es

ta p

ersp

ecti

va

po

de

aju

dar

os

pes

quis

ado

res

a g

uia

par

a si

stem

atiz

ação

ender

eço

qu

estõ

es d

e li

der

ança

de

imp

ort

ânci

a a

TQ

M p

rati

can

tes.

O m

od

elo e

sten

deu

aq

ui

é d

e âm

bit

o g

eral

e, p

ort

anto

, re

flex

o d

a es

cass

ez d

e p

esq

uis

a ex

amin

and

o l

igaç

ões

en

tre

cult

ura

, li

der

ança

e T

QM

. N

o f

utu

ro,

a m

odel

o p

od

e se

r m

ais

elab

ora

da

e to

rnad

a m

ais

esp

ecíf

ica,

po

r ex

emp

lo,

con

sid

eran

do

lig

ações

en

tre

fato

res

esp

ecíf

ico

s d

e li

der

ança

e c

om

po

rtam

ento

s T

QM

esp

ecíf

ico

s o

u p

olí

tica

s. A

lém

dis

so,

outr

os

de

lider

ança

e c

ult

ura

fat

ore

s an

tece

den

tes

pod

eria

ser

incl

uíd

o n

o o

mod

elo p

ara

form

ar u

ma

imag

em m

ais

com

ple

ta d

o d

esen

vo

lvim

ento

TQ

M.

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

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113

JAS

ON

Fer

tig

, G

eral

d Z

eitz

, G

ary

BL

AU

(2

00

9)

Ate

star

a c

om

pet

ênci

a d

os

trab

alh

adore

s, f

om

enta

r o d

esen

volv

imen

to d

o e

mp

reg

ado,

e em

últ

ima

anál

ise,

mel

ho

rar

o d

esem

pen

ho d

o t

rab

alho

(K

lein

er,

2006

; L

ivin

go

od &

Au

ld,

2001;

Ray

mond

, 20

01

). I

sto p

od

e se

r re

feri

do c

om

o "

tend

o b

om

" (c

f. G

ioia

& C

orl

ey,

20

02

). P

or

ou

tro

lad

o,

cert

ific

açõ

es s

ão s

ímbolo

s po

der

oso

s qu

e po

dem

ser

uti

liza

do

s p

elo

s tr

abal

had

ore

s

par

a g

anhar

po

sto

s de

trab

alho e

sal

ário

s m

ais

elev

ado

s e

pel

os

emp

regad

ore

s p

ara

ang

aria

r p

rest

ígio

e i

nfl

uên

cia

. E

sta

fun

ção p

od

e se

r ch

amad

a d

e "b

oa

apar

ênci

a".

Em

bo

ra a

mbo

s "s

er

bo

m"

e "b

oa

apar

ênci

a" t

em u

m l

ug

ar l

egít

imo

, es

tam

os

de

aco

rdo

co

m o

s cr

ític

os

(po

r ex

emplo

, C

oll

ins,

200

7)

que

suger

em q

ue

a co

nce

ntr

ação

exce

ssiv

a na

últ

ima

pod

e co

mp

rom

eter

a

efic

ácia

de

cert

ific

ação

sis

tem

as d

e re

síduo

s e

esfo

rço

e r

ecu

rso

s. N

o r

esta

nte

des

te a

rtig

o,

des

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olv

er d

uas

pro

po

siçõ

es g

erai

s. P

rim

eiro

, ce

rtif

icaç

ões

adq

uir

ido

s e

uti

liza

do

s p

rim

ar-

por

razõ

es i

nte

rnas

ou

autô

no

mo

s sã

o m

ais

pro

pen

sos

a at

ingir

seu

ofi

cial

pro

pósi

tos

e re

sist

ir a

ser

im

pla

nta

do

co

mo

mer

os

sím

bo

los.

Em

seg

un

do l

ugar

, as

est

raté

gia

s es

tão

dis

po

nív

eis

capaz

de

org

aniz

açõ

es, co

mu

nid

ades

pro

fiss

ion

ais

e o

s o

rgan

ism

os

de

cert

ific

ação

par

a p

roje

tar

e ap

rese

nta

r o

pro

cess

o d

e ce

rtif

icaçã

o, d

e ta

l fo

rma

a in

centi

var

mo

tivaç

ões

- in

tern

as e

ntr

e aq

uel

es

que

des

envo

lvem

, o

bte

r e

uti

liza

r as

cer

tifi

caçõ

es d

os

emp

reg

ado

s.

"Cer

tifi

caçõ

es t

ambém

pod

em c

ontr

ibuir

par

a o

des

envo

lvim

ento

do

em

pre

gad

o.

Ele

s p

rovid

enci

am m

etas

esp

ecíf

icas

, d

esaf

iado

ras

que

mo

tiv

am o

s tr

abal

had

ore

s a

adqu

irir

em n

ovas

hab

ilid

ades

de

trab

alho

(Pie

rson

, F

roli

ck, &

Chen

, 20

01;

Ry

an &

Con

nel

l, 1

989

). A

pre

sen

ça d

e u

m b

em a

ceit

o s

iste

ma

de

cert

ific

ação

par

a u

m tra

bal

ho

pod

e au

men

tar

o in

centi

vo

par

a in

ves

tir

em c

apit

al h

um

ano,

po

rque

a ce

rtif

icaç

ão d

á a

van

tagem

co

mpet

itiv

a ao

tra

bal

had

or

(Kle

iner

, 20

06

). A

val

iaçõ

es d

e ce

rtif

icaç

ão d

ão a

o t

rab

alhad

or

feed

bac

k ú

til

sob

re c

onh

ecim

ento

s e

hab

ilid

ades

im

po

rtan

te

rela

cio

nad

o c

om

o t

rab

alh

o.

A r

eali

zaçã

o d

e pas

sar

po

r u

m e

xam

e de

cert

ific

ação

e a

quis

ição

das

co

mpet

ênci

as a

ssoci

adas

po

de

aum

enta

r a

auto

esti

ma

pes

soal

e b

em-e

star

psi

coló

gic

o

(Ry

an &

Dec

i, 2

00

0).

A c

on

clu

são

bem

-su

ced

ida

de

um

pro

cess

o d

e ce

rtif

icaç

ão p

od

e m

udar

au

to-

iden

tidad

e. O

tra

bal

had

or

pode

sen

tir-

se m

ais

com

o u

m "

"pro

fiss

ion

al""

e s

er m

ais

incl

inad

os

par

a ab

ord

ar a

s ta

refa

s de

um

a fo

rma

de

reso

luçã

o d

e p

roble

mas

. P

oss

uin

do

um

a ce

rtif

icaç

ão p

od

e p

rom

over

a c

olo

cação

de

trab

alho

ad

equ

ado

na

econ

om

ia d

o c

onh

ecim

ento

""ag

ente

liv

re""

" Par

a d

escr

ever

o p

apel

da

mo

tivaç

ão i

nte

rna

usa

mo

s A

uto

det

erm

inaç

ão T

eori

a (S

DT

), u

ma

vez

que

tenh

a si

do

des

env

olv

ido p

or

Ed

war

d D

eci,

Ric

har

d R

yan

, e

ou

tro

s (B

aum

eist

er &

Lea

ry,

1995

; D

eci

& R

yan

, 19

85

, 200

0;

Dec

i, E

gh

rari

, P

atri

ck,

& L

eon

e, 1

99

4;

gag

ne

& D

eci,

200

5;

Van

stee

nk

iste

, D

eci,

Sh

eldon

, S

imon

s, e

Len

s, 2

004

; V

anst

eenk

iste

et

al.,

2007

). S

DT

é ú

til

aqu

i par

a tr

ês r

azões

. P

rim

eiro

, el

e in

corp

ora

um

a sé

rie

de

teo

rias

so

bre

o p

apel

do

inte

rno e

mo

tivaç

ões

in

trín

seca

s n

o l

oca

l de

trab

alho (

ver

Sac

hau

, 200

7).

Em

seg

undo

lugar

, é

apo

iada

po

r m

uit

a pes

quis

a em

pír

ica

(Dec

i, K

oes

tner

, e

Ry

an,

19

99

; H

od

gin

s &

Lie

bes

kin

d,

2003

). L

ewis

e V

izin

ho

s (2

00

5)

con

stat

ou

que

su

jeit

os

de

pes

qu

isa

de

gra

du

ação

que

eram

mai

s (u

ma

cara

cter

ísti

ca c

hav

e au

tod

eter

min

ada

de

moti

vaç

ão i

nte

rna)

era

m m

eno

s p

ropen

sos

a diz

er q

ue

iria

usa

r au

to a

pre

senta

ção

tát

icas

em

um

cen

ário

des

crit

o p

elo

s p

esqu

isad

ore

s. D

rory

e

Zai

dm

an (

2007

) es

tud

aram

o u

so d

e p

ráti

cas

de

ges

tão

de

imp

ress

ão e

m r

elaç

ão o

rgân

ica

org

aniz

açõ

es b

uro

crát

icas

. O

rgan

izaç

ões

org

ânic

as s

ão m

eno

s hie

rárq

uic

a e

tip

icam

ente

mai

s

pre

ocu

pad

o e

m d

esen

vo

lver

fo

rtes

mo

tivaç

ões

de

trab

alho

in

trín

seca

em

seu

s m

emb

ros.

Est

e es

tudo

de

208

funci

onár

ios

de

org

aniz

açõ

es d

e I

& D

mil

itar

e d

esco

bri

u q

ue

mem

bro

s d

a

org

aniz

ação

mec

anic

ista

(M

ilit

ar)

fora

m m

ais

pro

pen

sos

a u

sar

táti

cas

de

ger

enci

amen

to d

e im

pre

ssão

, e

este

s fo

ram

des

tin

adas

pri

nci

pal

men

te n

os

sup

erv

iso

res.

Em

con

tras

te, o

s m

emb

ros

das

org

aniz

açõ

es o

rgân

icas

(I

& D

) fo

ram

men

os

pro

pen

sos

a u

sar

o g

eren

ciam

ento

de

imp

ress

ão, e

este

s fo

ram

dir

igid

os

igu

alm

ente

em

sup

erv

iso

res

e co

leg

as.

Em

ter

ceir

o lu

gar

, fo

rnec

e u

ma

anál

ise

SD

T s

ofi

stic

ada

do

s v

ário

s ti

po

s d

e m

oti

vaç

ão p

rov

ável

qu

e es

teja

pre

sen

te e

ntr

e aq

uel

es q

ue

pro

cura

m o

u u

sand

o e

mp

reg

ado h

abil

idad

es c

erti

fica

ções

de

aju

ste

(ver

Tab

ela

1).

Que

a m

oti

vaç

ão i

ntr

ínse

ca p

od

e se

r u

m p

oder

oso

vig

or

no l

oca

l de

trab

alho t

em s

ido d

efen

did

o p

or

vár

ios

escr

ito

res

(Dem

ing

, 198

6;

Her

zber

g,

19

66;

Her

zber

g,

Mau

sner

, &

Sny

der

man

, 1

959

; M

cgre

go

r, 1

96

0;

Veb

len,

192

2).

Ry

an e

Dec

i (2

00

0)

des

crev

em a

mo

tivaç

ão i

ntr

ínse

ca c

om

o "

" te

nd

ênci

a in

eren

te p

ara

pro

cura

r nov

idad

e e

des

afio

s, p

ara

este

nd

er e

exer

cíci

o u

m d

e ca

pac

idad

es,

par

a ex

plo

rar,

e p

ara

apre

nd

er "

"(p

. 7

0).

A p

esqu

isa

ind

ica

que

ele

pro

duz

um

a v

arie

dad

e d

e b

enef

ício

s: m

ais

envo

lvim

ento

co

m u

ma

ativ

idad

e,

mel

ho

r ta

refa

des

empen

ho

, m

aio

r p

ersi

stên

cia

tare

fa,

mai

or

sati

sfaç

ão,

e um

sen

so d

e b

em-e

star

pes

soal

(B

aard

, D

eci,

e R

yan

, 2

004

; D

eci

& R

yan

, 1

985

; L

yn

ch,

Pla

nta

, e

Ry

an,

2005;

Utm

an, 19

97

). É

esp

ecia

lmen

te i

mpo

rtan

te p

ara

as t

aref

as "

"Exig

indo

cri

ativ

idad

e, f

lexib

ilid

ade

cogn

itiv

a e

com

pre

ensã

o c

once

itu

al""

" "As

reiv

indic

açõ

es q

ue

fize

mo

s nes

te a

rtig

o d

evem

ser

exam

inad

as e

mp

iric

amen

te.

Esp

ecif

icam

ente

, a

inv

esti

gaç

ão d

eve

inv

esti

gar

os

tipo

s e

forç

a d

e m

oti

vaç

ões

par

a a

cert

ific

ação

, o

s fa

tore

s q

ue

ger

am e

ssas

moti

vaç

ões

, e

seu

s ef

eito

s so

bre

o f

unci

onam

ento

do

pro

cess

o

de

cert

ific

ação

. Is

to i

ncl

uir

ia m

oti

vaç

ões

en

tre

os

trab

alhad

ore

s que

as p

rocu

ram

, o

s em

pre

gad

ore

s q

ue

eles

, o

uso

Ass

oci

açõ

es p

rofi

ssio

nai

s qu

e pat

roci

nam

e d

efen

dem

ele

s, e

fun

cion

ário

s d

as a

gên

cias

cer

tifi

cad

ora

s q

ue

os

forn

ecem

.

A r

elaç

ão e

ntr

e ti

po

s de

moti

vaç

ão p

ara

cert

ific

ar e

ori

enta

ções

de

trab

alho

dev

e ta

mbém

ser

in

ves

tigad

a. W

rzes

nie

wsk

i, M

cCau

ley,

Ro

zin e

Sch

war

tz (

199

7)

esbo

ço t

rês

ori

enta

ções

dif

eren

tes

pes

soas

po

dem

ter

para

seu

tra

bal

ho:

com

o u

m t

rab

alho

, u

ma

carr

eira

, o

u u

m c

ham

ado.

O t

rab

alho

é v

isto

co

mo

um

tra

bal

ho

se

o i

nte

ress

e p

rin

cipal

é o

s b

enef

ício

s m

ater

iais

forn

ecid

os.

Est

a o

rien

taçã

o p

arec

eria

par

a g

erar

a f

orm

a de

moti

vaç

ão p

ara

cert

ific

ar c

ham

ado r

egula

ção e

xte

rna.

A c

erti

fica

ção é

pro

cura

da

apen

as p

ara

gan

har

rec

om

pen

sas

extr

ínse

cas,

tais

com

o s

alár

ios

mai

s el

evad

os.

Dar

ori

enta

ção,

a p

esso

a v

ê o

seu

tra

bal

ho c

om

o u

m m

eio

de

adq

uir

ir s

tatu

s so

cial

mai

s el

evad

o,

pod

er e

auto

- es

tim

a d

o t

rab

alho

. E

sta

ori

enta

ção

par

ece

pro

váv

el p

ara

ger

ar a

fo

rma

de

mo

tivaç

ão r

efer

ido c

om

o r

egula

ção

iden

tifi

cad

a. C

erti

fica

ção s

eria

m p

erse

gu

ido

s p

rinci

pal

men

te c

om

o u

m m

eio d

e co

nst

ruçã

o d

e au

to-e

stim

a e

stat

us

soci

al.

O t

rab

alho

é v

isto

co

mo

um

a vo

caçã

o, se

fo

r fe

ito

par

a a

sati

sfaç

ão e

rea

liza

ção q

ue

pro

po

rcio

na,

bem

co

mo s

uas

con

trib

uiç

ões

par

a o

s cl

iente

s e

par

a a

soci

edad

e. T

al o

rien

taçã

o p

arec

eria

incl

ina

a pes

soa

em d

ireç

ão m

oti

vaç

ões

alt

amen

te i

nte

rno

s par

a a

cert

ific

ação

: in

teg

rado

ex

trín

seca

e m

oti

vaç

ão i

ntr

ínse

ca.

"

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS

FUTUROS

RESULTADOS METODO

Page 116: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

114

Sen

Sen

dja

ya,

Jam

es C

. S

arro

s e

Jose

ph C

. S

anto

ra

Est

e ar

tigo

ex

amin

a o

des

envo

lvim

ento

e v

alid

ação

in

icia

l d

e u

ma

med

ida

de

com

po

rtam

ento

mu

ltid

imen

sio

nal

de

lid

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ça s

erv

ido

ra (

Ser

van

t L

ead

ersh

ip C

om

po

rtam

ento

Sca

le).

Am

bo

s

são

est

ud

os

qual

itat

ivo

s e

qu

anti

tati

vos

rela

tado

s p

ara

esta

bel

ecer

pro

pri

edad

e p

sico

mét

rica

pre

lim

inar

par

a u

ma

nov

a m

edid

a co

m 3

5 i

ten

s em

sei

s dim

ensõ

es.

"Tab

ela

IV a

pre

senta

as

méd

ias,

des

vio

s-p

adrã

o,

corr

elaç

ões

e c

on

fiab

ilid

ade

par

a o

s se

is f

ato

res

de

lider

ança

ser

vid

ora

. A

con

fiab

ilid

ade

e co

nsi

stên

cia

inte

rna

de

tod

os

os

seis

fat

ore

s

exce

did

o o

nív

el r

eco

men

dad

o d

e 0

,70

par

a co

efic

iente

de

Cro

nbac

h a

lfa

(Nu

nn

ally

, 197

8),

qu

e var

ia e

ntr

e 0

,72 e

0,9

3.

Cad

a u

ma

das

sei

s su

b e

scal

as (

ou

sej

a, v

olu

ntá

rio

Subo

rdin

ação

, au

to a

utê

nti

co,

Pac

tual

Rel

acio

nam

ento

, M

ora

lidad

e R

espon

sáv

el,

Tra

nsc

enden

tal

Esp

irit

ual

idad

e, t

ran

sfo

rman

do

in

flu

-

Ser

vo C

om

po

rtam

ento

de

Lid

eran

ça n

as O

rgan

izaç

ões

cia

) fo

i an

alis

ada

indiv

idual

men

te p

ara

det

erm

inar

se

os

iten

s p

rodu

zido

s um

bo

m a

just

e par

a o

dad

o.

Os

resu

ltad

os

do p

roce

sso

iter

ativ

o-e

spec

ific

ação

par

a ca

da

um

do

s se

is f

ato

res

são

ap

rese

nta

do

s na

Tab

ela

V, co

mp

aran

do

o b

em-o

f-fi

t es

tatí

stic

as d

o i

nic

ial

e fi

nal

mo

del

os.

O p

roce

sso

de

mod

elo

-esp

ecif

icaç

ão f

oi co

ndu

zid

o n

a b

ase

do

val

or

teó

rico

ju

stif

icaç

ão (

Hoyle

, 19

95

; M

acC

allu

m, 1

995

), e

mb

ora

os

índ

ices

de

mod

ific

ação

fo

ram

igu

alm

ente

co

nsi

der

ado

s.

Um

a vez

qu

e as

ten

tati

vas

par

a m

elho

rar

a m

ediç

ão d

e um

mo

del

o,

excl

usi

vam

ente

co

m b

ase

no

s ín

dic

es d

e m

odif

icaç

ão p

od

e re

sult

ar e

m e

stru

tura

ab

surd

a e

esti

mat

ivas

de

par

âmet

ros

(Hai

r et

al.

,

Tab

ela

IV. M

édia

, des

vio

pad

rão, co

rrel

ações

e c

on

fiab

ilid

ade

de

esca

la c

om

po

rtam

ento

de

lid

eran

ça s

ervo

fato

res

com

73

ite

ns

(N =

27

7)

" " "En

trev

ista

s se

mie

stru

tura

das

co

m 1

5 e

xec

uti

vo

s se

nio

res

em f

ins

lucr

ati

vos

e n

ão t

em f

ins

lucr

ativ

os

anál

ise

fato

rial

con

firm

ató

ria

(CF

A)

par

a m

odel

ar a

s es

tru

tura

s de

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r de

o S

LB

S,

per

mit

ind

o a

nál

ises

ind

epen

den

tes

de

ambo

s a

med

ição

e c

om

- es

tru

tura

de

com

po

nen

tes

da

con

stru

ção

(A

nder

son

e G

erbin

g, 1

982

; F

assi

ng

er, 19

87

).

" "In

ves

tig

ações

em

pír

icas

fu

turo

s das

pro

pri

edad

es p

sico

mét

rica

s da

lid

eran

ça s

erv

ido

ra s

ão e

ssen

ciais

no d

esen

volv

imen

to e

val

idaç

ão d

e co

nst

ruto

, te

nd

o e

m c

onta

qu

e es

ta-

inst

itui

as

pro

pri

edad

es p

sico

mét

rica

s d

e m

edid

as c

om

po

rtam

enta

is é

um

co

mple

xo e

dem

ora

do

pro

cess

o (

Anas

tasi

e U

rbin

a, 1

99

7;

Cro

nb

ach

e M

eeh

l, 1

955

). É

rec

on

hec

ido q

ue

pod

e hav

er

pre

ocu

paç

ões

sob

re a

val

idad

e d

iscr

imin

ante

do

fat

or

de

seis

mo

del

o d

esen

vo

lvid

os

no e

studo

. A

an

ális

e do

mo

del

o c

on

corr

ente

ser

ia n

eces

sári

a em

futu

ros

est

udo

s p

ara

com

par

ar o

s ín

dic

es

de

aju

ste

rela

tivo

do m

od

elo

de

seis

fat

or

corr

elac

ionad

a e

mo

del

o d

e um

fat

or.

O m

odel

o d

e se

is f

ato

r co

rrel

acio

nad

o d

ever

á se

r si

gn

ific

ativ

amen

te s

up

erio

r à

do

fat

or

mo

del

o e

outr

os

mod

elos

con

corr

ente

s. N

esta

fas

e, n

o e

nta

nto

, acr

edit

amo

s qu

e é

impo

rtan

te p

ara

man

ter

o m

od

elo d

e se

is f

ato

res,

à l

uz

de

suas

co

rrel

ações

co

m a

nte

ced

ente

dif

eren

te e

var

iáv

eis

de

des

fech

o.

Ou

tra

dir

eção

de

pes

quis

a im

po

rtan

te é

est

abel

ecer

a p

red

itiv

a e

con

corr

ente

e v

alid

ade

da

med

ida

à lu

z de

alg

un

s an

tece

den

tes-

chav

e e

resu

ltad

os

do

ser

vo

Lid

eran

ça.

Par

a es

te f

im,

exam

inam

os

a li

der

ança

ser

vid

ora

em

um

a o

rgan

izaç

ão m

aio

r co

nte

xto

nes

ta s

eção

e s

uger

ir a

lgun

s ca

min

ho

s p

ara

futu

ros

estu

do

s de

val

idaç

ão d

o S

LB

S.

"

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 117: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

115

Kri

sko

, M

ary

Ell

en (

200

1)

Est

e es

tud

o e

xam

ina

a re

laçã

o e

ntr

e o

pro

fess

or

e a

lid

eran

ça e

m u

m p

asso

alé

m d

a p

apel

tra

dic

ional

do

pro

fess

or,

o d

esen

volv

imen

to d

e u

m p

erfi

l d

o p

rofe

sso

r lí

der

.

Os

resu

ltad

os

rev

elar

am o

ito

atr

ibu

tos

iden

tifi

cáv

eis

de

líd

eres

de

pro

fess

ore

s, q

ue

com

pre

end

em o

s co

mpon

ente

s b

ásic

os

do l

íder

pro

fess

or

per

fil.

O p

erfi

l d

e lí

der

pro

fess

or

iden

tifi

ca

ind

ivíd

uo

s qu

e sã

o c

riat

ivas

, ap

ren

diz

es e

fica

zes

/ ef

icie

nte

s, f

lex

ívei

s, e

ao l

on

go d

a vid

a qu

e tê

m u

m s

enti

do d

e h

um

or,

est

ão d

isp

ost

os

a co

rrer

ris

cos

resp

on

sávei

s, e

têm

bo

a in

trap

esso

al

senti

do e

fo

rtes

hab

ilid

ades

in

terp

esso

ais.

" Est

es d

escr

ito

res

fora

m e

xam

inad

os,

org

aniz

ado

s e

clas

sifi

cad

os

em c

ateg

ori

as tem

átic

as. E

spec

ífic

o C

ateg

ori

as s

up

ort

ado

hab

ilid

ades

in

terp

esso

ais

e in

trap

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ais

sen

so d

e si

mes

mo, co

mo

bem

co

mo h

ábit

os

da

men

te.

"Ex

per

iênci

as d

e li

der

ança

no

s p

rim

eiro

s an

os

de

pro

po

rcio

nar

opo

rtu

nid

ades

par

a o

s in

div

íduo

s par

a es

tab

elec

er e

con

stru

ir a

co

nfi

ança

, re

forç

ando

os

atri

buto

s de

lider

ança

e h

abil

idad

es.

Os

pro

fess

ore

s q

ue

exer

cem

um

a ex

ten

sa i

nfl

uên

cia

na

sala

de

aula

e d

a co

mu

nid

ade

esco

lar

têm

sen

tido

exce

pci

onal

e i

ntr

apes

soal

são

mes

tres

em

hab

ilid

ades

in

terp

esso

ais.

Em

um

a co

mun

idad

e de

apre

nd

izag

em d

e p

rofe

sso

res

líder

es i

nce

nti

vam

co

mpar

tilh

ada

resp

on

sab

ilid

ades

.

"

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 118: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

116

Pau

la l

ord

e B

loo

m (

1992

)

Est

e ar

tigo

do

cum

enta

res

ult

ado

s d

e fo

rmaç

ão e

m t

rês

área

s: (

1)

nív

el d

e per

cepçã

o d

e co

mpet

ênci

a; (

2)

a qu

alid

ade

do

en

sino

na

sala

de

aula

(3

) a

qu

alid

ade

de

vid

a n

o t

rab

alho

par

a o

pes

soal

.

"A c

om

par

ação

do

s d

ado

s de

test

es p

reli

min

ares

e p

ost

erio

res

revel

aram

um

fo

rte

aum

ento

est

atis

tica

men

te s

ign

ific

ativ

o n

o n

ível

de

per

cep

ção

de

com

pet

ênci

a do

s par

tici

pan

tes

em t

od

as

as c

inco

clu

ster

s. O

s par

tici

pan

tes

rela

tara

m u

m a

um

ento

no

seu

nív

el d

e co

nhec

imen

to e

hab

ilid

ade

em t

odas

as

28

zon

as.

O p

ré-t

este

esc

ore

méd

io s

om

ando

to

das

as

área

s fo

i d

e 80

,38;

a

esco

re t

ota

l p

ós-

test

e m

édia

foi

112

,17

, p

ara

um

au

men

to m

édio

de

32 p

on

tos.

Qu

ando

con

vid

ado a

ref

leti

r so

bre

com

o e

les

hav

iam

cre

scid

o p

rofi

ssio

nal

men

te a

par

tir

de

par

- pan

do

no

pro

gra

ma,

as

resp

ost

as m

ais

com

un

s par

ecem

rel

acio

nar

co

m u

m g

anh

am e

m

auto

con

fian

ça,

que

po

r su

a v

ez p

arec

ia t

radu

zir-

se n

um

a m

ais

fort

e c

onv

icçã

o p

rofi

ssio

nal

e u

m r

essu

rgim

ento

da

ener

gia

e e

ntu

sias

mo e

m r

elaç

ão a

edu

caçã

o i

nfa

nti

l. A

dec

lara

ção

, ""

Eu

me

sin

to m

uit

o m

ais

con

fian

te c

om

o u

m e

du

cado

r d

e in

fânci

a, "

"foi

ecoad

a p

or

muit

os

do

s p

arti

cip

ante

s em

suas

ref

lex

ões

. E

les

apar

ecer

am a

pro

cura

r, e

en

contr

ar a

po

io e

ref

orç

os

men

to

par

a, m

uit

as d

as p

ráti

cas

que

eles

hav

iam

est

abel

ecid

o p

or

mei

o d

a ex

per

iênci

a.

E,

em u

ma

bas

e m

ais

amp

la, p

arti

cip

ação

e c

oncl

usã

o d

o m

estr

ado

pro

gra

ma

de

refo

rço

da

auto

esti

ma.

Rel

acio

nad

o c

om

est

as p

erce

pçõ

es

fora

m d

ecla

raçõ

es s

ob

re o

au

men

to d

a co

mp

reen

são

po

siçã

o e

con

seq

uen

te m

elh

ori

a d

e h

abil

idad

es i

nte

rpes

soai

s. M

uit

os

com

enta

ram

sob

re a

nat

ure

za

po

siti

va

do

pro

cess

o d

e g

rupo e

o c

resc

imen

to e

xp

erim

enta

do p

or

mei

o d

e in

tera

ções

de

gru

po

. D

e u

m m

odo s

emel

han

te,

outr

os

par

tici

pan

tes

fala

ram

de

sua

mai

or

asse

rtiv

idad

e, m

ais

pro

fiss

ional

co

mpo

rtam

ento

, e

sua

von

tade

de

def

end

er a

s cr

ian

ças

e o

s p

rofi

ssão

. ""

Est

iquei

est

e an

o""

, d

isse

um

alu

no

. ""

Saí

co

m a

mb

os

pés

e n

ão c

aiu

. N

a v

erd

ade,

eu

vo

ei!

""O

utr

o

estu

dan

te c

aptu

rou a

sen

tim

ento

s d

e m

uit

os

quan

do

ela

co

men

tou

: ""

Eu

est

ava

mo

rren

do

len

tam

ente

pro

fiss

ional

men

te

--E

u E

stav

a em

um

bar

ranco

. V

ocê

abri

u m

eus

olh

os,

au

men

tou

min

ha

auto

esti

ma,

e m

e m

oti

vou

a s

e en

volv

er e

m q

ues

tões

da

pri

mei

ra i

nfâ

nci

a. "

Tre

ze p

rofe

sso

res

e 9 d

iret

ore

s de

cen

tro

s H

ead S

tart

com

pu

sera

m a

am

ost

ra-a

lvo

par

a es

te e

stu

do

. E

stes

in

div

íduos

fora

m s

elec

ionad

os

de

um

gru

po

de

31 p

arti

cipan

tes

na

form

ação

inic

ial

Lid

eran

ça I

nfâ

nci

a P

rog

ram

a p

orq

ue

eles

tin

ham

a r

espo

nsa

bil

idad

e de

sup

erv

isão

im

edia

ta p

ara

a q

ual

idad

e das

prá

tica

s d

e en

sino

em

suas

res

pec

tiv

as s

alas

de

aula

ou c

entr

os.

Os

ind

ivíd

uos

fora

m t

od

as a

s m

ulh

eres

, ti

nha

trab

alh

ado n

o c

amp

o d

a ed

uca

ção

na

pri

mei

ra i

nfâ

nci

a sã

o u

ma

méd

ia d

e 12

an

os,

tev

e re

spon

sab

ilid

ades

fam

ilia

res,

e f

ora

m e

m g

eral

in

cert

os

sob

re s

ua

capac

idad

e ac

adêm

ica.

Par

a fo

rnec

er d

ado

s d

e co

mp

araç

ão,

um

mer

o i

gual

de

dir

eto

res

Hea

d S

tart

e p

rofe

sso

res

de

chu

mbo q

ue

não

rec

eber

am t

rein

ame

nto

fo

ram

co

nv

idad

os

a par

tici

par

em

o e

stud

o.

Est

es

volu

ntá

rio

s fo

ram

so

lici

tado

s po

r m

eio

de

cart

as e

nv

iadas

a H

ead

Sta

rt p

rogra

mas

em

Ch

icag

o e

po

r co

nta

tos

pes

soai

s. T

abel

a I

(p. 58

2)

pró

- v

ides

um

res

um

o d

as c

arac

terí

stic

as d

o g

rupo

-

alv

o d

e fu

nd

o (

aqu

eles

rec

eben

do

tre

inam

ento

) e o

gru

po

de

com

par

ação

. U

m t

este

T f

oi

real

izad

a nas

var

iáv

eis

de

bas

e ob

serv

adas

na

Tab

ela

1 p

ara

dis

cern

ir s

e ho

uv

e es

tati

stic

amen

te

dif

eren

ças

sig

nif

icat

ivas

entr

e o

gru

po a

lvo

e o

gru

po

de

com

par

ação

ante

s do

cic

lo d

e tr

ein

amen

to c

om

eço

u.

Em

to

das

as

área

s, n

ão d

ifere

m e

stat

isti

cam

ente

e s

ignif

icat

ivam

ente

à t

on

a.

" "Ap

esar

des

tas

lim

itaç

ões

, o

s re

sult

ado

s d

este

est

ud

o f

orn

ecem

ev

idên

cia

par

a ap

oia

r a

afir

maç

ão d

e qu

e o

dir

eto

r d

e u

m p

rog

ram

a de

pri

mei

ra i

nfâ

nci

a é

in-

escr

itu

ra "

"gu

ard

iã d

e

qual

idad

e.""

Am

bo

s o

s dad

os

qu

anti

tati

vo

s e

qu

alit

ativ

os

ates

tam

o i

mp

acto

ev

iden

te q

ue

o p

rog

ram

a d

e tr

ein

amen

to t

eve

sob

re o

pro

gra

ma

dir

eto

res

qu

e, p

or

sua

vez

, p

rom

ov

eu m

udan

ças

no a

mb

iente

de

trab

alho

par

a o c

orp

o d

oce

nte

. E

ste

esfo

rço

de

inte

rven

ção p

arec

e te

r m

elho

rad

o a

com

pet

ênci

as d

e su

per

vis

ão e

de

lider

ança

do

s par

tici

pan

tes.

Con

tinuaç

ão p

rofi

ssio

nal

izaç

ão d

o c

amp

o d

a p

rim

eira

in

fân

cia

terá

que

ter

pre

par

ação

e t

rein

amen

to d

e dir

eto

res

e ou

tro

s ad

min

istr

ado

res,

co

mo

bem

co

mo

os

pro

fess

ore

s q

ue

asp

iram

a

po

siçõ

es d

e li

der

ança

. E

ssa

form

ação

, co

mo e

ste

estu

do

sug

ere,

dev

e ben

efic

iar

tan

to o

s p

rofi

ssio

nai

s en

volv

ido

s e

os

filh

os

mat

ricu

lado

s em

su

as s

alas

de

aula

.

"

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS

FUTUROS

RESULTADOS METODO

Page 119: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

117

Jane

Ste

war

t, e

t al

(2

000

)

"Est

e tr

abal

ho

rev

isa

a li

tera

tura

so

bre

au

to-

aval

iaçã

o e

dis

cute

as

pes

quis

as q

ual

itat

ivas

de

peq

uen

a es

cala

que

exp

lora

ram

o t

erm

o c

om

pet

ênci

a, m

edid

as ú

teis

em

um

a es

cala

de

auto

aval

ição

. A

pre

ciaç

ão,

de

com

pet

ênci

a sã

o t

erm

os

úte

is p

ara

ofe

rece

r in

form

açõ

es q

ue

exp

ress

am c

ren

ças

sob

re a

sua

cap

acid

ade

par

a re

aliz

ar o

seu

tra

bal

ho

. E

ste

estu

do

an

alis

a o

qu

e as

pes

soas

sab

iam

sob

re a

sua

cap

acid

ade

e se

bas

eou

na

exp

eriê

nci

a an

teri

or

do i

ndiv

íduo

sob

re a

tar

efa.

" Os

auto

res

sug

erem

que

o p

roce

sso

de

aval

iar

a si

mes

mo é

com

pli

cad

o,

e po

r su

a p

róp

ria

nat

ure

za n

unca

po

de

ser

obje

tiv

a ou l

ivre

das

cre

nça

s e

val

ore

s in

div

íduo

s d

etêm

cer

ca d

e si

.

Po

rtan

to i

nst

rum

ento

s d

e au

to a

val

iaçã

o s

ão m

ais

uti

liza

do

s par

a aj

ud

ar a

ind

icaç

ão a

nal

isar

suas

prá

tica

s de

trab

alho

e p

ara

pro

mov

er r

eaçã

o n

o d

esem

pen

ho

. E

les

não

dev

em s

er u

tili

zado

s

par

a ju

lgar

o `

pre

cisã

o"

da

aval

iaçã

o d

o i

nd

ivíd

uo.

" Usa

mo

s u

ma

técn

ica

Del

ph

i p

ara

iden

tifi

car

o t

aref

as e

co

mp

etên

cias

qu

e o

s su

per

vis

ore

s ed

uca

cio

nai

s p

ara

torn

ar o

tra

bal

ho

de

pré

reg

isto

. N

a fa

se 2

foi

uti

liza

do

um

est

ud

o q

ual

itat

ivo

em p

equen

a es

cala

(v

er T

abel

a 1

) p

ara

explo

rar

o v

alo

r do

s te

rmos

`de

com

pet

ênci

a 'c

om

o m

edid

as d

e p

erce

pçã

o d

e su

a ca

pac

idad

e p

ara

uso

em

no

sso i

nst

rum

ento

de

auto

av

alia

ção

.

Tín

ham

os

iden

tifi

cado

as

ativ

idad

es d

o t

rab

alho (

tare

fas)

e a

s hab

ilid

ades

pes

soai

s nec

essá

rias

par

a fu

nci

on

ar d

entr

o d

o t

rab

alho (

hab

ilid

ades

) e,

po

rtan

to, nec

essá

rio

s p

ara

cria

r es

cal

as p

ara

as d

uas

tar

efas

e h

abil

idad

es.

As

med

idas

obje

tiv

as 'n

ão s

eria

m a

tingív

eis

pel

as r

azõ

es a

ludid

as a

cim

a, m

as a

s no

ssas

esc

alas

nec

essá

rias

par

a m

edid

as r

eais

e s

ign

ific

ativ

os

de

cap

acid

ade

e

pro

gre

ssão

. P

or

con

segu

inte

, a

esca

la t

eve

de

ser

lin

ear

e, m

eno

s bip

ola

r (p

or

exem

plo

, de

'bo

m' p

ara

`mau

'). Já

mo

stra

mo

s q

ue

as p

rinci

pai

s m

udan

ças

repo

rtad

as

par

a o

s de

casa

s ao

long

o

do a

no f

ora

m a

per

cep

ção d

o n

ível

de

apo

io q

ue

era

nec

essá

rio

par

a at

ingir

prá

tica

co

mp

eten

te e

um

a re

du

ção e

m s

uas

an

sied

ades

.

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 120: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

118

Giu

sepp

e B

erio

(200

5)

Per

mit

ir m

over

-se

par

a té

cnic

as d

e en

gen

har

ia, d

e co

nh

ecim

ento

e t

ecn

olo

gia

s, a

fim

de

aum

enta

r a

flex

ibil

idad

e (a

lter

açõ

es e

m c

om

pet

ênci

as),

o u

so e

a i

mple

men

taçã

o (

po

r ex

emplo

, co

m

alg

um

as t

ecn

olo

gia

s w

eb r

elac

ion

adas

co

m a

onto

logia

[G

uar

ino

, 95

]),

de

um

a co

mp

etên

cia

em s

iste

ma

de

info

rmaç

ão d

e ges

tão.

Par

a es

te o

bje

tiv

o,

po

r u

m l

ado

, an

alis

ou

-se

a li

tera

tura

sob

re f

erra

men

tas

de

ges

tão

de

com

pet

ênci

as e

xis

tente

e a

pli

caçã

o d

e ab

ord

agen

s té

cnic

as d

e co

nh

ecim

ento

(qu

e es

tam

os

clas

sifi

cand

o n

a aq

uis

ição

de

con

hec

imen

to, c

on

hec

imen

to e

xtr

ação

e té

cnic

as d

e ra

cio

cínio

). P

or

ou

tro

lad

o,

inv

esti

ga-s

e té

cnic

as d

e co

nhec

imen

to q

ue

pod

em s

er u

sad

as e

m d

ireç

ão a

o o

bje

tivo

.

"Na

lite

ratu

ra,

div

erso

s tr

abal

ho

s d

e p

esq

uis

a es

tav

am i

nte

ress

ado

s n

a ap

lica

ção d

e té

cnic

as p

ara

des

env

olv

er c

onh

ecim

ento

e c

om

pet

ênci

a d

e g

estã

o.

Est

e tr

abal

ho

ref

erên

cia

os

vár

ios

pro

cess

os

de

ges

tão

de

com

pet

ênci

as. E

las

cost

um

am u

sar

um

a li

ngu

agem

fo

rmal

(L

D,

F-L

ogic

, X

ML

, et

c.)

par

a d

efin

ir u

ma

met

odo

logia

de

com

pet

ênci

a e

par

a ra

cio

cin

ar s

ob

re e

le.

Par

a

sim

pli

fica

r a

com

pet

ênci

a ex

iste

a a

val

iaçã

o, el

es u

sam

mét

odo

s par

a ex

trai

r co

mpet

ênci

as a

dq

uir

idas

a p

arti

r de

do

cum

ento

s re

laci

on

adas

co

m i

ndiv

íduo

s, s

eus

inte

ress

es o

u a

s ta

refa

s que

des

empen

ham

. F

inal

men

te, par

a re

cup

erar

um

a co

rres

pon

dên

cia

sem

ânti

ca e

ntr

e p

erfi

s ex

igid

os

e ad

quir

idas

, el

es p

ropõ

em a

lgo

ritm

os

bas

eado

s em

dis

tân

cias

sem

ânti

cas.

No

en

tanto

, el

es

pri

ori

zar

um

tip

o d

e p

roce

sso

s en

tre,

id

enti

fica

ção

, av

alia

ção

e a

qu

isiç

ão.

Ele

s sã

o,

po

r v

ezes

, m

odu

lare

s co

m r

espei

to à

mo

del

ação

co

mpet

ênci

a; p

or

exem

plo

, el

es n

ão

dis

ting

uir

en

tre

com

pet

ênci

as e

qu

alif

icaç

ão, ou

a d

isp

on

ibil

idad

e e

com

pet

ênci

as;

eles

mal

dis

ting

uir

entr

e co

mp

etên

cias

req

uer

idas

e a

dqu

irid

as.

" " "O m

od

elo C

RA

I su

ger

e qu

e h

á dois

ele

men

tos

pri

nci

pai

s n

eces

sári

os

par

a a

mo

del

agem

de

com

pet

ênci

as:

o m

od

elo d

e em

pre

sa [

Ver

nad

at, 9

6],

que

forn

ece

a ra

zão p

ara u

ma

com

pet

ênci

a

e a

def

iniç

ão d

a p

róp

ria

com

pet

ênci

a. A

def

iniç

ão d

a co

mp

etên

cia

nec

essá

ria

pod

e se

r ab

ord

ada u

sand

o o

nto

logia

s, o

u s

eja,

a in

trod

uçã

o d

e u

ma

onto

logia

ex

plí

cita

das

co

mp

etên

cias

requ

erid

as [

Po

sea,

04

], [

Vas

con

celo

s, 0

3],

[C

olu

cci,

03

]. E

sta

com

pet

ênci

a de

on

tolo

gia

po

de

aind

a se

r co

mpo

sto

po

r u

ma

on

tolo

gia

esp

ecíf

ica

e u

ma

onto

logia

de

refe

rênci

a (p

or

exem

plo

,

[ V

asco

nce

los,

03

]).

Par

a d

efin

ir c

om

pet

ênci

as o

mai

s p

ráti

co é

rel

acio

nad

o c

om

a u

so d

e E

ntr

evis

ta (

estr

utu

rado

s o

u n

ão,

cole

tad

os

auto

mat

icam

ente

) [L

ey, 03

].

As

razõ

es p

ara

um

a co

mp

etên

cia

(ist

o é

, nes

te c

onte

xto

, p

or

isso

é n

eces

sári

a um

a co

mp

etên

cia)

: E

ste

asp

ecto

car

acte

riza

as

com

pet

ênci

as n

eces

sári

as d

e ac

ord

o c

om

a m

issã

o o

u p

ara

o

obje

tiv

o a

ati

ng

ir.

On

tolo

gia

é f

requ

ente

men

te r

epre

sen

tado

em

alg

um

as l

ógic

as d

e d

escr

ição

mes

mo

no

con

tex

to d

e m

odel

agem

co

mp

etên

cia

[Colu

cci,

03

]. E

sta

rep

rese

nta

ção

lóg

ica

per

mit

e o u

so d

e co

mp

etên

cias

e p

ropo

rcio

na

um

supo

rte

par

a a

evo

luçã

o c

om

pet

ênci

a

24

Ber

io G

., H

arza

llah

M .

: G

estã

o d

o C

onh

ecim

ento

par

a G

estã

o d

e C

om

pet

ênci

as

pel

o e

xem

plo

, m

ecan

ism

o d

e cl

assi

fica

ção

auto

mát

ica.

In

scri

ção l

óg

icas

tam

bém

pod

e se

r ad

equad

o

par

a a

mod

elag

em d

e d

efin

ição

inco

mp

leta

de

com

pet

ênci

as [

Co

lucc

i, 0

3].

" "Co

m b

ase

na

clas

sifi

caçã

o e

rea

liza

da

a an

ális

e de

ob

ras

exis

tente

, par

ece

inte

ress

ante

par

a nó

s par

a fo

rnec

er u

ma

rep

rese

nta

ção u

nif

icad

a d

e u

ma

arqu

itet

ura

co

nce

itu

al a

po

iar

os

div

erso

s p

roce

sso

s d

e ges

tão d

e co

mpet

ênci

as.

Est

a ar

quit

etu

ra i

nte

gra

tan

to a

lit

erat

ura

rev

isad

a (r

efer

ênci

a co

mp

etên

cia

onto

logia

, onto

logia

com

pet

ênci

a de

ges

tão

, si

stem

a d

e e-l

earn

ing,

etc.

) e

do C

RA

I

"

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 121: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

119

"JA

SO

N F

eRT

Ig g

eRA

LD

ZeI

TZ

gA

RY

BL

AU

" Nes

te a

rtig

o,

des

crev

em u

ma

abo

rdag

em à

cer

tifi

caçã

o q

ue

sug

erim

os

que

pod

e se

rvir

de

bas

e p

ara

a p

esq

uis

a em

pír

ica,

bem

com

o a

ap

lica

ção

úti

l. E

spec

ific

amen

te,

pro

po

mo

s q

ue

a

cert

ific

ação

tem

um

ou

do

is g

um

es c

arac

tere

(cf

. A

shfo

rth

& g

ibb

s, 1

990

; K

lein

er,

2006

). P

or

um

lad

o,

o s

eu p

rop

ósi

to d

ecla

rad

o é

ate

star

a c

om

pet

ênci

a do

tra

bal

had

or,

pro

mov

er o

des

envo

lvim

ento

do

s co

labo

rado

res

e, f

inal

men

te,

mel

ho

rar

o d

esem

pen

ho

de

trab

alho

(K

lein

er,

20

06;

Liv

ingo

od

& A

uld

, 20

01;

Ray

mon

d,

2001

). I

sto

pod

e se

r re

feri

do

co

mo

"se

r bo

m"

(cf.

gio

ia &

Co

rley

, 2002

). P

or

ou

tro

lad

o, a

s ce

rtif

icaç

ões

são

po

tente

s sí

mb

olo

s qu

e po

dem

ser

usa

do

s p

elo

s tr

abal

had

ore

s p

ara

obte

r em

pre

go

s e

salá

rio

s m

ais

elev

ado

s e

pel

os

emp

regad

ore

s

par

a an

gar

iar

pre

stíg

io e

in

fluên

cia.

Est

a fu

nçã

o p

ode

ser

cham

ada

de

"bonit

o"

Cer

tifi

caçõ

es s

ão s

usc

eptí

vei

s de

aum

enta

r a i

mp

ort

ânci

a d

as a

pti

es d

os

emp

reg

ado

s em

pre

val

ênci

a e

os

trab

alh

ado

res

cada

vez

to

rnam

-se

mai

s m

óvei

s e

as o

rgan

izaç

ões

cad

a v

ez m

ais

recr

uta

m d

e lo

cais

dis

tan

tes

e p

ouco

co

nh

ecid

os

e co

nfi

am n

os

serv

iço

s d

e p

rov

edo

res.

Cer

tifi

caçõ

es d

e te

rcei

ros

forn

ece

m u

ma

man

eira

co

nv

enie

nte

e r

elat

ivam

ente

bar

ata

par

a es

tim

ar a

nat

ure

za e

a q

ual

idad

e das

com

pet

ênci

as. N

o e

nta

nto

, o a

um

ento

de

cert

ific

açõ

es, p

od

e si

gn

ific

ar u

ma

ten

dên

cia

par

a im

pla

ntá

-las

co

mo

sím

bolo

s p

ara

gan

har

pre

stíg

io, p

od

er e

rec

om

pen

sas.

Lid

ar c

om

iss

o s

erá

um

des

afio

con

stan

te p

ara

aqu

eles

que

des

ejam

man

ter

a in

teg

rid

ade

e a

efic

ácia

do

s si

stem

as d

e ce

rtif

icaç

ão.

Par

a te

r ce

rtez

a, m

uit

os

fato

res

técn

ico

s e

inst

itu

cion

ais

estã

o e

nvo

lvid

os

em s

iste

mas

de

cert

ific

ação

, co

mo

fo

i des

env

olv

ido p

or

mu

ito

s au

tore

s (H

ale,

200

0;

Ray

mo

nd

, 20

01

). N

este

art

igo

, su

ger

imo

s a

olh

ar p

ara

a nat

ure

za d

as m

oti

vaç

ões

env

olv

idas

na

obte

nçã

o e

uti

liza

ção

de

cert

ific

açõ

es.

Sug

erim

os

que

um

a m

aio

r m

oti

vaç

ão i

nte

rna

entr

e to

das

as

par

tes

po

de

me

lho

rar

suas

fin

alid

ades

pre

tend

idas

e m

ante

r so

b c

ontr

ole

a

ten

dên

cia

par

a u

sá-l

os

apen

as p

elo

seu

val

or

sim

bóli

co.

"A c

red

enci

al d

o ter

mo

é p

or

vez

es u

tili

zado

na

lite

ratu

ra c

om

o u

ma

cate

go

ria

mai

s ger

al q

ue

com

pre

end

e o

s ti

po

s v

olu

ntá

rio

s e

ob

rig

ató

rio

s (A

sso

ciaç

ão A

mer

ican

a de

pes

quis

a ed

uca

cion

al

de

ver

: w

ww

.aer

a.net

). P

refe

rim

os

não

usa

r cr

eden

ciai

s n

esse

sen

tido

po

rque

tem

ou

tro

sig

nif

icad

o, u

sado n

este

art

igo

. N

a se

guin

te d

iscu

ssão

, n

ós

usa

mo

s o

ter

mo

cer

tifi

caçã

o p

ara

refe

rir-

se a

hab

ilid

ade

de

terc

eiro

s fo

rmal

con

junto

tes

tam

ento

s se

jam

vo

luntá

rio

s o

u o

bri

gat

óri

os.

"As

dec

lara

ções

qu

e fi

zem

os

nes

te a

rtig

o p

reci

sam

ser

exam

inad

as e

mp

iric

amen

te.

Esp

ecif

icam

ente

, a

inv

esti

gaç

ão d

eve

inves

tig

ar o

s ti

po

s e

a fo

rça

das

mo

tiv

açõ

es p

ara

cert

ific

ação

,

fato

res

que

ger

am e

ssas

moti

vaç

ões

e s

eus

efei

tos

sob

re o

fun

cion

amen

to d

o p

roce

sso

de

cert

ific

ação

. Is

to i

ncl

uir

ia m

oti

vaç

õe

s en

tre

os

trab

alh

ado

res

que

bu

scam

a e

les,

os

emp

regad

ore

s

que

os

usa

m,

as a

sso

ciaç

ões

pro

fiss

ion

ais

que

pat

roci

nam

e d

efen

dem

os

fun

cion

ário

s nas

agên

cias

de

cert

ific

ação

que

forn

ecê-l

os.

A r

elaç

ão e

ntr

e ti

po

s de

mo

tivaç

ão p

ara

cert

ific

ar e

ori

enta

ções

de

trab

alho

tam

bém

dev

e se

r in

ves

tigad

a. W

rzes

nie

wsk

i, M

cCau

ley

, R

ozi

n e

Sch

war

tz (

1997

) des

crev

em t

rês

dif

eren

tes

ori

enta

ções

, as

pes

soas

pod

em t

er n

a d

ireç

ão d

e se

u t

rab

alho

: co

mo u

m e

mp

reg

o,

um

a ca

rrei

ra o

u u

ma

vo

caçã

o.

Tra

bal

ho é

vis

to c

om

o u

m t

rab

alho

, se

o i

nte

ress

e p

rim

ário

é o

s b

enef

ício

s

mat

eria

is f

orn

ecid

os.

Ess

a o

rien

taçã

o p

arec

e g

erar

a f

orm

a d

e m

oti

vaç

ão p

ara

cert

ific

ar a

ch

amad

a re

gu

laçã

o e

xte

rna.

É p

edid

a a

cert

ific

ação

só p

ara

gan

har

rec

om

pen

sas

extr

ínse

cas

com

o

mai

or

rem

uner

ação

. U

ma

carr

eira

ori

enta

ção

sig

nif

ica

os

po

nto

s de

vis

ta d

a p

esso

a se

u t

rab

alho

co

mo

um

mei

o d

e ad

quir

ir s

tatu

s so

cial

mai

s el

evad

o, po

der

e a

uto

esti

ma

do

tra

bal

ho.

Ess

a

ori

enta

ção

par

ece

pro

váv

el g

erar

a f

orm

a d

e m

oti

vaç

ão r

efer

ida

com

o id

enti

fica

do

o R

egula

men

to. C

erti

fica

ção

iri

a se

r p

erse

gu

ida

pri

nci

pal

men

te c

om

o u

m m

eio

de

con

stru

ção

de

auto

esti

ma

e st

atu

s so

cial

. T

rab

alho

é v

isto

co

mo u

ma

voca

ção

se

for

feit

o p

ara

a sa

tisf

ação

e a

sat

isfa

ção

pro

po

rcio

na,

bem

com

o s

uas

con

trib

uiç

ões

ao

s cl

iente

s e

à so

cied

ade.

Tal

um

a o

rien

taçã

o

par

ece

incl

inar

a p

esso

a em

dir

eção

a m

oti

vaç

ões

alt

amen

te i

nte

rnas

par

a ce

rtif

icaç

ão:

inte

gra

da

extr

ínse

ca e

a m

oti

vaç

ão i

ntr

ínse

ca.

"

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 122: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

120

John

Nic

holl

s 199

4

"A l

ider

ança

est

raté

gic

a da

org

aniz

ação

tam

bém

aju

da

a co

mple

tar

esta

lac

una,

co

loca

ndo u

ma

ênfa

se i

gu

al e

m c

amin

ho

- d

esco

ber

ta e

con

stru

ção d

e cu

ltu

ra [

4].

Ass

im,

tal

com

o d

escr

ito

nu

m c

om

pan

hei

ro a

rtig

o,

em o

utr

os

lugar

es [

5],

a l

ider

ança

est

raté

gic

a es

trel

as -

com

val

or

par

a o c

lien

te e

m s

eu c

ora

ção –

tem

evo

luír

am p

ara r

eun

ir t

od

os

os

conce

ito

s e

técn

icas

aci

ma

refe

rido

s nu

m q

uad

ro c

once

ptu

al.

Isto

tem

foi

enco

ntr

ado

um

gu

ia ú

til

par

a o

s g

esto

res

na

sua

estr

atég

ica

Lid

eran

ça. C

om

o p

ode

ser

vis

to n

a F

igu

ra 1

, o o

bje

tivo

cen

tral

no

co

raçã

o d

a es

trel

a es

trat

égic

o lid

eran

ça é

a e

ntr

ega

de

val

or

par

a o

cli

ente

. T

al c

om

o m

ost

rado

, est

e re

qu

er r

adic

al m

udan

ças

de

par

adig

ma

em d

ireç

ão a

am

bo

s o

s p

ovo

s e

os

clie

nte

s qu

e vai

pra

tica

men

te v

irar

a o

rgan

izaç

ão d

e ca

beç

a p

ara

bai

xo e

do

av

ess

o.

Tra

zend

o o

cli

ente

no

cen

tro

da

org

aniz

açã

o é

rei

vin

dic

ada

po

r A

lbre

cht

[6]

par

a se

r a

mai

s im

po

rtan

te p

rio

ridad

e d

e q

ual

qu

er o

rgan

izaç

ão. Is

to c

oin

cid

e co

m a

sug

estã

o, fe

ita

ante

rio

rmen

te

em o

utr

o l

ug

ar [

7],

ess

e v

alo

r p

ara

o c

lien

te f

oi,

de

fato

, a

mel

ho

r ex

pre

ssão

da

unid

ade

fund

amen

tal

po

r tr

ás d

a ev

olu

ção

do

TQ

M.

Isto

é, in

tere

ssan

te n

ota

r qu

e es

ta v

isão

em

erg

ente

é, de

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, u

ma

indic

ação

de

con

tençã

o d

e P

eter

Dru

cker

[8

], f

eita

pel

a p

rim

eira

vez

mai

s d

e 40

ano

s at

rás,

qu

e ""

só h

á u

ma

def

iniç

ão v

álid

a da

fin

alid

ade

do n

egó

cio:

cria

r u

m c

lien

te "

".

" "A e

stre

la e

stra

tégic

a li

der

ança

olh

a es

trat

égia

a p

arti

r de

um

a p

ersp

ecti

va

de

lid

eran

ça.

A l

ider

ança

est

raté

gic

a da

org

aniz

ação

req

uer

igual

ate

nçã

o t

anto

cam

inho

e c

on

stru

ção d

e cu

ltu

ra.

Isto

sig

nif

ica

que,

na

real

izaç

ão d

o p

apel

de

lid

eran

ça,

form

ula

ção

e e

stra

tég

ia d

e im

ple

men

taçã

o n

ão s

ão s

equ

enci

ais

e se

par

ada,

mas

são

sub

sum

ido

s nas

ati

vid

ades

de

lid

era

nça

com

ple

men

tare

s de

cam

inh

o e

con

stru

ção d

e cu

ltu

ra.

Da

mes

ma

form

a, u

ma

per

spec

tiv

a d

e li

der

ança

aju

da

a fo

rnec

er u

m q

uad

ro e

m q

ue

se r

elac

ion

ar c

om

os

muit

os

no

vo

s co

nce

ito

s e

técn

icas

dec

orr

ente

s d

a ev

olu

ção

da

estr

atég

ica

pen

sando

e do

cam

po

em

ráp

ida

evolu

ção

da

mu

dan

ça g

estã

o.

Par

a g

aran

tir

o s

uce

sso

com

pet

itiv

o e

m r

ápid

a m

udan

ça d

e h

oje

am

bie

nte

de

neg

óci

os

po

r m

eio

de

um

des

empen

ho a

deq

uad

o d

e o p

apel

de

lider

ança

est

raté

gic

a, a

ges

tão

de

qual

qu

er

org

aniz

ação

dev

e p

rim

eiro

faz

er d

ois

par

adig

mas

esse

nci

al t

urn

os.

Est

es e

nv

olv

em m

ud

ança

s fu

nd

amen

tais

na

man

eira

ele

s p

ensa

m e

se

com

po

rtam

em

rel

ação

a a

mbas

as

pes

soas

e

" " "Est

e ar

tigo

an

alis

a o

s co

mpon

ente

s da

estr

ela

em p

orm

eno

res.

Ind

ivid

ual

men

te,

eles

ten

dem

a s

er c

ois

as q

ue

par

ecem

sen

sata

s, m

as e

stão

apto

s a

per

der

fo

rça

um

a vez

qu

e o

""s

ab

or

do

mês

"" s

e es

goto

u.

Olh

ou

em

no

co

nte

xto

da

estr

ela,

no

en

tanto

, qu

e ca

da

um

del

es

des

empen

har

o s

eu p

apel

em

um

quad

ro g

lobal

que

tem

um

a ló

gic

a co

nv

ince

nte

, co

m u

m c

om

pet

itiv

o

clar

o.

" "Par

a g

aran

tir

o s

uce

sso

co

mp

etit

ivo

em

ráp

ida

mud

ança

de

hoje

am

bie

nte

de

neg

óci

os,

po

r u

m d

esem

pen

ho

ad

equ

ado

de

o p

apel

de

lid

eran

ça e

stra

tégic

a, a

ges

tão

de

qu

alqu

er o

rgan

izaç

ão

dev

e p

rim

eiro

faz

er d

ois

par

adig

mas

esse

nci

al t

urn

os.

Est

es e

nv

olv

em m

ud

ança

s fu

nd

amen

tais

na

man

eira

ele

s pen

sam

e s

e co

mpo

rtam

em

rel

ação

a a

mb

as a

s p

esso

as e

cli

ente

s.

Um

a vez

qu

e es

sas

mud

ança

s d

e p

arad

igm

a tê

m s

ido

ab

sorv

idas

pel

a h

iera

rquia

de

ges

tão

inte

ira,

de

cim

a p

ara

bai

xo

, a

org

aniz

ação

pode

com

eçar

a f

azer

as

mudan

ças

nec

essá

rias

par

a

imple

men

tar

um

con

junto

de

prá

tica

s q

ue

sup

ort

am o

nov

o p

ensa

ndo

. Ju

nto

s, e

stes

irã

o a

sseg

ura

r qu

e a

org

aniz

ação

é v

olt

ada

par

a al

can

çar

o s

uce

sso

co

mpet

itiv

o p

ela

entr

ega

de

um

val

or

super

ior

ao c

lien

te.

A e

stre

la e

stra

tégic

a m

udan

ça é

um

gu

ia c

on

ceit

ual

, dan

do

co

erên

cia

par

a a

gra

nd

e v

arie

dad

e de

con

ceit

os

mod

ern

os

e té

cnic

as p

ara

qu

e o

s ges

tore

s dev

em d

edic

ar s

uas

ener

gia

s.

"

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 123: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

121

Sh

elle

y D

. D

ion

ne

e F

ranci

s J.

Yam

mar

ino

(2

004

)

"Co

mo

tal

, n

ós

dis

cuti

mo

s a

lid

eran

ça t

ran

sfo

rmac

ion

al c

om

o t

eori

a pod

e fo

rnec

er u

m q

uad

ro n

o q

ual

a i

nv

esti

gar

o i

mp

acto

de

um

líd

er n

o d

esem

pen

ho

da

equip

e.

Po

stu

lam

os

qu

e a

infl

uên

cia

idea

liza

da

/ m

oti

vaç

ão in

spir

ada,

est

ímu

lo inte

lect

ual

e c

on

sider

ação

ind

ivid

ual

izad

a p

od

eria

pro

du

zir

resu

ltad

os

inte

rmed

iári

os,

tai

s co

mo

vis

ão c

om

par

tilh

ada,

equ

ipe

com

pro

mis

so, u

m a

mb

ien

te d

e eq

uip

e h

abil

itad

a e

con

flit

o e

qu

ipe

fun

cion

al. P

or

sua

vez

, es

tes

resu

ltad

os

inte

rméd

ios

po

dem

afe

tar

po

siti

vam

ente

a e

qu

ipe

de

com

un

icaç

ão, co

esão

e co

nfl

ito g

estã

o.

Imp

lica

ções

par

a o

des

envo

lvim

ento

da

equ

ipe,

tre

inam

ento

da

equip

e e

estr

utu

ra d

a eq

uip

e sã

o a

pre

senta

das

.

" "Per

spec

tiv

as d

e v

ário

s nív

eis

em d

esen

vo

lvim

ento

teo

ria

mel

ho

rar

a n

oss

a co

mp

reen

são

da

com

ple

xid

ade

das

equ

ipes

, rec

on

hec

endo

a im

po

rtân

cia

de

del

inea

r re

laçã

o e

ntr

e as

car

acte

ríst

icas

do

s in

div

ídu

os,

dup

las

e g

rupo

s (Y

AM

MA

RIN

O, 19

96

;. Y

amm

arin

o e

t ai

, 1

998

). E

m ú

ltim

a an

ális

e, e

stes

de

nív

el m

últ

iplo

per

spec

tiva

sco

uld

pro

mo

te b

ette

r le

ader

ship

/ tea

m p

erfo

rman

ce

pro

cess

mod

els.

Alg

um

as q

ues

tões

ori

enta

das

à p

ráti

ca e

nvo

lvem

tip

os

de

equ

ipes

e m

emb

ro d

a eq

uip

e ca

ract

erís

tica

s. C

on

sider

ação

das

equ

ipes

em

tod

os

os

nív

eis

den

tro

da

org

aniz

ação

, das

pri

nci

pai

s

equ

ipes

de

ger

enci

amen

to p

ara

equ

ipes

de

pro

duçã

o,

pod

eria

ref

inar

ain

da

mai

s u

ma

lid

eran

ça /

des

emp

enh

o d

a eq

uip

e m

od

elo

co

nce

itu

al.

Av

alia

ção

de

qu

ais

os

tipo

s d

e am

bie

nte

s ou

fato

res

da

equip

e pod

em a

feta

r o

s p

roce

sso

s d

e tr

abal

ho

em

equ

ipe

e des

emp

enh

o t

amb

ém p

oder

ia s

er b

enéf

ico,

com

o e

vid

ênci

a m

ost

ra q

ue

a eq

uip

e co

mpar

tilh

ada

mo

del

os

men

tais

e

pro

cess

os

de

com

un

icaç

ão p

od

em s

er a

feta

do

s p

ela

no

vel

a co

ntr

a ro

tin

a am

bie

nte

s (M

ark

s et

al.

, 20

00

). I

nves

tigan

do

ess

as q

ues

tões

po

der

iam

mel

ho

rar

pra

tica

nte

s de

gen

eral

izaç

ão e

guia

de

ajud

a n

a def

iniç

ão d

o q

ue

o t

rabal

ho

em

equ

ipe

pro

cess

os

pod

em s

er m

ais

rele

van

tes

par

a co

nsi

der

ar e

m q

ue

nív

el.

Em

rel

ação

às

cara

cter

ísti

cas

mem

bro

da

equ

ipe,

pou

cos,

se

hou

ver

, es

tudo

s ex

amin

aram

as

impli

caçõ

es d

a div

ersi

dad

e eq

uip

e so

bre

os

req

uis

ito

s de

lider

ança

. D

iver

sid

ade

den

tro

a e

quip

e

pod

eria

po

ten

cial

men

te a

feta

r o

fu

nci

onam

ento

da

equip

e, t

om

ada

de

dec

isão

e c

oes

ão.

Pes

qu

isas

fu

tura

s p

od

eria

m e

xam

inar

o i

mp

acto

da

tran

sfo

rmaç

ão l

ider

ança

em

div

ersa

s eq

uip

es, ou

o i

mpac

to d

e d

iver

sas

equ

ipes

na

lid

eran

ça r

equ

isit

os.

Am

bas

as

inv

esti

gaç

ões

pod

eria

m m

elho

rar

a no

ssa

com

pre

ensã

o d

e

Lid

eran

ça e

eq

uip

e d

esem

pen

ho

" " No

enta

nto

, D

e G

roo

t et

ai.

(2

000

, p.

363

) ob

serv

aram

em

su

a m

eta-a

nál

ise

qu

e, q

uan

do a

lid

eran

ça e

des

empen

ho

fo

ram

ex

amin

ado

s "r

esu

ltad

os

mo

stra

m u

m t

aman

ho

de

efei

to a

o n

ível

do

gru

po

de

anál

ise

qu

e é

o d

ob

ro e

m m

agn

itude,

em

rel

ação

ao

tam

anho

do

efe

ito

no

indiv

íduo

nív

el".

Po

rtan

to, a

s ev

idên

cia

s su

ger

em q

ue

a li

der

ança

tra

nsf

orm

acio

nal

e e

qu

ipe

des

emp

enho

pod

e se

r u

ma

área

fru

tífe

ra p

ara

um

a m

aio

r ex

plo

raçã

o.

"Em

rel

ação

a d

ireç

ões

fu

tura

s, p

reci

sam

os

con

sid

erar

qu

estõ

es t

anto

em

pír

icas

/ s

ub

stan

tiv

as

(o

u s

eja,

qu

estõ

es o

rien

tad

as p

ara

a in

ves

tig

ação

), e

qu

estõ

es d

e gen

eral

izaç

ão (

ou

sej

a, q

ues

tões

ori

enta

das

par

a o p

rati

can

te).

A q

ues

tão d

e p

esqu

isa

ori

enta

da

mai

s ób

via

é q

ue

este

mo

del

o

dev

e se

r co

mp

leta

men

te t

esta

do.

Dev

ido

à n

atu

reza

das

pro

po

siçõ

es e

nvolv

endo

am

bo

s o

s lí

der

es e

equ

ipes

(m

inim

amen

te),

nív

eis

de

anál

ise

de

impli

caçõ

es e

m o

des

enho

, a

reco

lha

de

dad

os,

e t

écn

icas

an

alít

icas

pre

cisa

ser

con

sider

ado.

"

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 124: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

122

C.

Sh

awn

Bu

rke

(20

07

)

"Po

rtan

to,

o o

bje

tivo

des

te a

rtig

o s

erá

o d

e ap

rese

nta

r u

m m

od

elo i

nte

gra

do

r d

e co

nfi

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na

lider

ança

. P

ara

des

envo

lver

est

e m

odel

o,

obte

mo

s ap

rovei

tad

o a

exte

nsa

pes

qu

isa

qu

e fo

i

con

du

zid

a n

as á

reas

de

con

fian

ça,

lider

ança

e c

on

fian

ça e

m L

ider

ança

. A

ên

fase

fo

i co

loca

da

na

iden

tifi

caçã

o d

e an

tece

den

tes

da

con

fian

ça q

ue

atra

ves

sam

os

nív

eis

org

aniz

acio

nai

s e

rep

rese

nta

m c

onte

xto

org

aniz

acio

nal

. A

lém

dis

so, em

bo

ra s

e re

conh

eça

que

a co

nfi

ança

é u

m p

roce

sso

rec

ípro

co q

ue

exis

te d

entr

o e

en

tre

os

dif

eren

tes

nív

eis

org

aniz

acio

nai

s

" Nes

te a

rtig

o,

um

a re

vis

ão d

os

ante

ceden

tes,

mod

erad

ore

s e

resu

ltad

os

de

con

fian

ça n

a li

der

ança

fo

ram

fo

rnec

ido

s. I

sto

é e

sper

ava

que

usa

ndo

a e

stru

tura

de

org

aniz

ação

de

com

pet

ênci

a,

ben

evolê

nci

a e

inte

gri

dad

e al

gum

a cl

arez

a é

ofe

reci

da

sob

re a

s q

ues

tões

qu

e es

tão r

eceb

endo a

tençã

o e

mp

íric

a e

lacu

nas

exis

tente

s. A

lém

dis

so,

cham

a a

aten

ção p

ara

um

sub

con

junto

de

ques

tões

de

med

ição

rel

acio

nad

as a

co

nfi

ar e

m p

esq

uis

a.

" "o p

rese

nte

art

igo

tem

um

a per

spec

tiv

a de

bai

xo p

ara

cim

a ce

ntr

ado

pri

nci

pal

men

te n

a co

nfi

ança

na

lid

eran

ça a

par

tir

da

per

spec

tiv

a do

s nív

eis

indiv

idu

ais

e d

e eq

uip

e. F

inal

men

te,

as

ques

tões

sel

ecio

nad

as r

elac

ionad

os

com

a a

val

iaçã

o e

mpír

ica

de

a co

nst

ruçã

o d

e co

nfi

ança

ser

ão d

iscu

tid

os.

" "Esp

era-

se q

ue

com

est

a m

aio

r at

ençã

o, o

s p

esqu

isad

ore

s po

ssam

co

nsi

der

ar m

etod

olo

gia

s d

e pes

qu

isa

alte

rnat

ivas

e a

lav

anca

r o c

onh

ecim

ento

ad

icio

nal

adqu

irid

a em

rel

açõ

es d

e co

nfi

ança

par

a fo

rnec

er a

van

ços

teó

rico

s e

solu

ções

prá

tica

s. D

uas

ques

tões

que

requ

erem

ex

ame

futu

ros

incl

uem

a e

xp

ansã

o d

a p

esq

uis

a d

e co

nfi

ança

de

dup

las

par

a co

nfi

gu

raçõ

es (

ou

sej

a, t

rês

ou

mai

s in

div

íduo

s) e

um

a av

alia

ção

so

bre

se

os

com

pon

ente

s d

a eq

uip

e d

e co

nfi

abil

idad

e (c

om

pet

ênci

a, b

enev

olê

nci

a e

inte

gri

dad

e)

são

igu

alm

ente

im

po

rtan

tes

no

s re

sult

ado

s d

e co

nfi

ança

.

A q

ues

tão d

e ex

pan

dir

a p

esqu

isa

par

a as

con

fig

ura

ções

de

con

fian

ça d

a eq

uip

e d

eco

rre

do

fat

o d

e qu

e as

per

cepçõ

es i

ndiv

idu

ais

pod

em s

er i

nfl

uen

ciad

as d

iret

a e

ind

iret

amen

te p

or

aqu

eles

a qu

em e

les

inte

rag

em r

egu

larm

ente

co

m.

"

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 125: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

123

"Gil

ad C

hen

, P

ayal

Nan

gia

Sh

arm

a,

Su

zann

e K

. E

din

ger

, e

Deb

ra L

. S

hap

iro

(201

0)

" " O p

ropó

sito

de

no

sso a

rtig

o é

abo

rdar

trê

s la

cun

as e

spec

ífic

as n

o e

nte

nd

imen

to d

e c

om

o e

quan

do a

s eq

uip

es e

xer

cem

in

flu

ênci

as c

on

textu

ais

sob

re a

mo

tivaç

ão d

os

mem

bro

s de

contr

ibuir

par

a su

as e

qu

ipes

.

No

ssa

pes

quis

a ta

mb

ém o

fere

ce d

uas

im

pli

caçõ

es i

mp

ort

ante

s par

a m

anag

ers

e o

rgan

izaç

ões

. P

rim

eiro

, n

oss

os

resu

ltad

os

indic

am q

ue

os

líder

es d

e eq

uip

e qu

e se

en

volv

em e

m

com

po

rtam

ento

s d

e li

der

ança

cap

acit

ar s

ão s

usc

eptí

vei

s d

e ex

erce

r in

flu

ênci

as m

oti

vac

ionai

s so

bre

os

mem

bro

s de

sua

equip

e, m

as q

ue

tal

infl

uên

cias

po

siti

vas

são

mai

s p

rováv

eis

de

oco

rrer

quan

do

a r

elaç

ão c

on

flit

o e

m e

qu

ipes

é m

anti

do

a n

ívei

s m

ais

bai

xos.

Usa

nd

o e

studo

s d

e la

bo

rató

rio

e d

e ca

mpo

in

terc

ult

ura

l co

m a

mo

stra

s de

líd

eres

, fu

nci

on

ário

s e

estu

dan

tes

de

os

Est

ado

s U

nid

os

e a

Rep

úbli

ca P

op

ula

r da

Chin

a, e

xam

inam

os

com

o

estí

mulo

s em

nív

el d

e eq

uip

e, i

ncl

uin

do c

apac

itaç

ão d

e li

der

ança

e c

on

flit

o d

e re

laci

on

amen

to,

se c

om

bin

am p

ara

infl

uen

ciar

os

mem

bro

s do "

indiv

ídu

o i

nsp

irad

or

esta

do

de

capac

itaç

ão

psi

coló

gic

a e

afet

iva.

Co

mp

rom

isso

. C

om

o p

revis

to,

ver

ific

ou

-se

que

este

s es

tad

os

mo

tivac

ion

ais

são

indiv

idu

alm

ente

e e

m c

on

junto

in

fluen

ciad

o p

elo

nív

el d

e ca

pac

itaç

ão d

as e

qu

ipes

e

lid

eran

ça c

on

flit

o d

e re

laci

on

amen

to e

qu

e es

ses

esta

do

s m

oti

vac

ionai

s m

edia

r as

rel

ações

en

tre

estí

mu

los

da

equ

ipe

e co

mp

ort

amen

tos

inov

ado

res

e tr

abal

ho

em

equ

ipe

do

s m

emb

ros

da

equ

ipe

e in

ten

ções

de

mud

ança

. A

lém

dis

so,

os

resu

ltad

os

real

izad

os

ap

esar

de

con

tro

lar

a n

acio

nal

idad

e e

cole

tivis

mo d

os

mem

bro

s d

a eq

uip

e. N

ós

dis

cuti

mo

s co

ntr

ibu

ições

do

no

sso

estu

do

à m

oti

vaç

ão d

a eq

uip

e, c

on

flit

o e

lit

erat

ura

s de

estr

esse

.

"A

lém

dis

so, co

leta

mo

s d

ado

s em

apen

as d

ois

paí

ses:

os

Est

ado

s M

emb

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da

Rep

úbli

ca P

opu

lar

da

Chin

a. E

mbo

ra e

stes

do

is p

aíse

s sã

o d

ifer

ente

s em

mu

itas

var

iáv

eis

cult

ura

is,

eles

não

rep

rese

nta

m t

oda

a g

ama

de

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ura

s d

ispo

nív

eis

par

a es

tud

ar.

Pes

quis

a re

aliz

ada

em u

ma

mat

riz

mai

or

de

conte

xto

s cu

ltu

rais

per

mit

iria

afi

rmaç

ões

mai

s co

ncl

usi

vo

s q

ue

seja

m f

eita

s a

resp

eito

do

pap

el d

a cu

ltu

ra n

a in

tera

ção

entr

e eq

uip

e es

tím

ulo

s, m

oti

vaç

ão n

o t

rab

alh

o e

com

po

rtam

ento

s do

s em

pre

gad

os.

Fin

alm

ente

, em

bo

ra a

esc

olh

a do

pre

dit

or,

med

iado

r, d

o r

esult

ado

var

iávei

s fo

i te

ori

cam

ente

fun

dam

enta

da,

pes

quis

a ad

icio

nal

po

deri

a ex

pan

da

o g

rup

o d

e v

ariá

vei

s te

stad

as. P

or

exem

plo

,

uso

de

dif

eren

tes

con

jun

tos

de

des

afio

e d

e im

ped

imen

to e

stre

sso

res

(tai

s co

mo

abu

siva

vis

ão o

u p

apel

de

sob

reca

rga;

cf.

LE

PIN

E e

t al

., 2

00

5),

bem

co

mo

con

sid

eraç

ão d

e d

ifer

ente

s

estí

mulo

s d

e m

oti

vaç

ão d

a eq

uip

e (p

or

exem

plo

, tr

ansf

orm

ação

lid

eran

ça, a

coes

ão d

a eq

uip

e, a

cap

acit

ação

da

equ

ipe)

, fa

ria

per

mit

ir u

ma

mai

or

inte

gra

ção

entr

e o

s m

odel

os

de

mo

tivaç

ão

da

equip

e e

emp

reg

ado

str

ess.

Alé

m d

isso

, outr

os

de

esta

do

s m

oti

vac

ion

ais

capac

itaç

ão p

sico

lógic

a e

com

pro

met

imen

to a

feti

vo (

com

o p

erce

pçõ

es d

e ju

stiç

a o

u m

oti

vaç

ão i

ntr

ínse

ca),

bem

com

o a

in

clu

são

do

s es

tad

os

afet

ivo

s (p

or

exem

plo

, es

tad

os

emo

cion

ais

neg

ativ

os

e po

siti

vo

s), dev

e se

r co

nsi

der

ada

em m

od

elo

s su

bse

qu

ente

s.

"

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 126: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

124

Riv

ers

Kim

Tir

ou

Buch

(200

1)

" OS

Ob

jeti

vo

s des

te e

stu

do

são

do

is:

med

ir o

Im

pac

to d

e u

m p

rog

ram

a de

mud

ança

TQ

M e

os

indic

ado

res

de

des

empen

ho

so

bre

as

atit

ud

es d

os

fun

cion

ário

s, e

explo

rar

o i

mpac

to d

a

lid

eran

ça e

cu

ltu

ra s

ob

re e

stes

res

ult

ado

s.

" " "Est

e es

tudo

ofe

rece

um

su

po

rte

par

a p

rop

or

teó

rica

s li

gaç

ões

a r

espei

to d

a im

po

rtân

cia

da

lider

ança

e d

a cu

ltu

ra p

ara

o s

uce

sso

de

um

a in

icia

tiv

a T

QM

. Os

resu

ltad

os

sug

erem

um

a m

ud

ança

dif

ícil

de

cult

ura

qu

e po

ssib

ilit

a s

ust

enta

r u

ma

seq

uên

cia

de

inte

rven

ções

de

qu

alid

ade,

esp

ecia

lmen

te e

m r

ost

o d

a m

ud

ança

in

tern

a e

amea

ças

exte

rnas

. P

or

qu

e co

mo

am

eaça

s ex

tern

as s

ão

inev

itáv

eis

par

a co

mo o

rgan

izaç

ões

de

hoje

, e

impo

rtan

te p

arág

rafo

os

líd

eres

e a

gen

tes

de

mu

dan

ça c

on

scie

nte

do

s se

us

efei

tos

po

tenci

ais

sob

re p

lanej

ado

mud

ança

s, e

spec

ialm

ente

um

a

ten

dên

cia,

ob

serv

ada

aqui,

em

dir

eção

a u

ma

resp

ost

a am

eaça

, ri

gid

ez.

Do

líd

er s

upo

rte

par

a u

ma

mu

dan

ça e

esp

ecia

lmen

te i

mpo

rtan

te, n

ão e

nta

nto

, ta

mb

ém a

mais

dif

ícil

rit

mo

par

ágra

fo

man

ter

a. f

orm

ação

, a r

eco

mp

ensa

, e s

iste

mas

de

supo

rte

dev

e se

r uti

liza

do

par

a co

mbat

er a

ten

dên

cias

nat

ura

is p

ara

rever

ter

a id

ade,

pad

rões

est

abel

ecid

os

em e

nfr

enta

r as

exte

rnas

am

eaça

s.

Fin

alm

ente

, es

te e

stud

o d

esta

ca u

ns

per

igo

s p

ote

nci

ais

de

pro

gra

mas

de

mud

ança

en

vo

lven

do

múlt

ipla

s in

terv

ençõ

es,

esp

ecia

lmen

te q

uan

do

tem

im

pli

caçõ

es o

po

stas

par

a co

mp

ort

amen

to

do l

íder

e d

esen

volv

imen

to d

os

funci

on

ário

s. R

efer

ênci

as A

nd

erso

n,

j., R

UN

GT

US

AN

AT

HA

M,

e m

. S

CH

RO

ED

ER

, r.

(199

4),

``

a te

ori

a d

a qu

alid

ade

"

AUTOR OBJETIVO RESULTADOS METODO TRABALHOS FUTUROS

Page 127: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

125

Mar

k A

. P

apw

ort

h D

erek

Mil

ne

Geo

rge

Bo

ak,

(2009

)

" O p

rese

nte

est

udo

tem

co

mo

ob

jeti

vo e

xp

lora

r a

rela

ção

en

tre

o c

om

po

rtam

ento

de

dis

curs

o l

ider

ança

e a

ex

per

iênci

a su

per

vis

ionan

do

em

bo

ra o

exam

e d

e se

ssões

de

sup

erv

isão

bem

-

suce

did

o

As

entr

evis

tas

fora

m t

ran

scri

tas

e p

rov

a de

leit

ura

. C

odif

icaç

ão c

ateg

ori

as a

ssoci

adas

co

m o

co

nte

úd

o m

anif

esto

fo

ram

def

inid

as p

or

mei

o d

a an

ális

e p

reli

min

ar s

eleçã

o d

e se

gm

ento

s de

entr

evis

ta e

pel

o d

esen

vo

lvim

ento

de

um

dic

ion

ário

de

cod

ific

ação

nu

m i

tera

tivo

mod

al[

2];

To

do o

tex

to f

oi

codif

icad

o e

m c

ateg

ori

as m

utu

amen

te e

xcl

usi

vas

. E

xem

plo

s d

e ca

tego

rias

são

dad

as n

a p

rim

eira

tab

ela.

As

entr

evis

tas

fora

m o

s co

nte

údo

s an

alis

ado

s po

r m

eio

da

med

ição

da

quan

tid

ade

de

tex

to a

ssoci

ado

co

m c

ada

cate

go

ria

usa

ndo

a f

un

ção

Mic

roso

ft W

ord

"co

nta

gem

de

pal

avra

s".

Alg

um

as

cate

go

rias

fo

ram

co

mb

inad

as p

ara

as a

nál

ises

de

esta

r em

con

sonân

cia

com

os

ofe

reci

do

s p

ela

Her

sey

et

al.

(200

1).

Anál

ises

est

atís

tica

s d

e in

ves

tigaç

ão f

ora

m

real

izad

os

(Web

er, 1

990

) p

ara

com

par

ar a

s dif

eren

ças

no

per

fil d

e en

trev

ista

e d

e co

nte

údo

em

rel

ação

ao

s nív

eis

seg

uid

or

de

pro

nti

dão

. Fin

alm

ente

, mai

s d

etal

had

a qu

alit

ativ

a "m

icro

anál

ise"

foi

real

izad

o a

o l

on

go

de

um

a en

trev

ista

.

"Am

ost

ras

de

sess

ões

de

super

vis

ão d

o t

erap

euta

fo

ram

captu

rado

s p

or

gra

vaç

ão e

m v

ídeo

. O

s in

div

ídu

os

conv

idad

os

par

a g

ravar

est

as s

essõ

es d

e su

per

vis

ão f

ora

m e

spec

iali

stas

reco

nh

ecid

os.

A p

arti

r de

um

a am

ost

ra o

rigin

al d

e 1

2 f

itas

, o

ito

fo

ram

sel

ecio

nad

os.

Po

rqu

e o

s su

per

vis

ore

s cl

aram

ente

exp

ress

avam

alt

os

nív

eis

de

sati

sfaç

ão d

entr

o d

as s

essõ

es e

exp

lici

tam

ente

des

crit

o s

uas

nec

essi

dad

es /

pro

ble

mas

cum

pri

do

s p

ela

super

vis

ão.

Ass

im,

apen

as a

s se

ssões

de

con

tro

lo b

em-s

uce

did

os

fora

m u

sad

as p

ara

aval

iar

a hip

óte

ses.

Nív

eis

de

pro

nti

dão

seg

uid

ora

s fo

ram

sis

tem

atic

amen

te e

qu

ipar

ado

s ao

s nív

eis

de

pro

fiss

ional

des

envo

lvim

ento

. C

ateg

ori

zaçã

o f

oi

sincr

on

izad

o p

or

mei

o d

os

indic

ado

res

ofe

reci

do

s p

ela

auto

res

do

mo

del

o (

Her

sey

e B

lan

char

d,

1969

;. H

erse

y e

t al

, 2

001

). D

entr

o d

e u

m c

on

texto

edu

caci

on

al,

Her

sey

e B

lanch

ard

(196

9)

gra

du

and

os

ante

rio

rmen

te a

trib

uíd

os

a R

1,

estu

dan

tes

senio

res

e

estu

dan

tes

de

mes

trad

o p

ara

R2

/ 3

e e

stu

dan

tes

de

do

uto

rado p

ara

R4

. N

a n

oss

a am

ost

ra,

o d

esen

vo

lvim

ento

pro

fiss

ion

al e

stá

atr

asad

o e

m c

om

par

ação

co

m s

ua

amo

stra

po

rqu

e ao

lo

ngo

pis

ta p

rofi

ssio

nal

de

um

ter

apeu

ta R

eino

Un

ido,

po

uco

ou

nen

hu

m c

on

tato

co

m o

cli

ente

oco

rre

em n

ível

de

gra

duaç

ão.

Ass

im,

R1

é i

gu

alad

o a

o n

ovat

o,

form

ação

pré

-pro

fiss

ion

al,

mas

tera

peu

ta d

e pó

s-g

radu

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. R2

é ind

icat

ivo

de

um

ter

apeu

ta e

m f

orm

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em

qu

e o

s in

div

íduo

s sã

o d

esen

vo

lver

mai

s ra

pid

amen

te h

abil

idad

es e

co

nhec

imen

tos.

R3

equ

ival

e a

um

qu

alif

icad

o

rece

nte

men

te. F

inal

men

te, R

4 e

qu

ival

e à

po

siçã

o d

e u

m p

rofi

ssio

nal

mai

s ex

per

iente

. C

om

o tal

, es

ta a

mo

stra

co

nsi

stiu

de

um

R1

-, q

uat

ro R

2-

e tr

ês ter

apeu

tas

de

nív

el R

3 c

uja

s nec

essi

dad

es

e aj

ust

e ca

ract

erís

tica

com

o m

odel

o. N

ão h

á p

rati

can

tes

de

nív

el R

4 p

arti

cip

ou

; co

nse

quen

tem

ente

, as

car

acte

ríst

icas

das

ses

sões

seg

uid

or

R4

não

po

der

iam

ser

inv

esti

gad

os.

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 128: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

126

Fo

tis

Dra

gan

idis

Gre

go

ris

Men

tzas

, (2

006

)

"obje

tiv

o d

o p

rese

nte

tra

bal

ho

é r

evis

ar a

mai

s co

mu

m e

gen

eral

izad

a ges

tão

de

com

pet

ênci

as s

iste

mas

(C

M),

par

a es

tud

ar s

uas

ap

lica

ções

car

acte

ríst

ico

s e

par

a fo

rnec

er d

ireç

ões

fu

tura

s

pes

quis

as.

Alé

m d

e def

inir

o c

on

ceit

o d

e "c

om

pet

ênci

a" n

ós

iden

tifi

cam

os,

quat

ro m

acro

s fa

ses

em u

m c

iclo

de

vid

a co

mpet

ênci

a em

um

sis

tem

a C

M:

ou s

eja,

map

eam

ento

de

com

pet

ênci

as;

dia

gnó

stic

o;

des

env

olv

imen

to;

e m

onit

ora

men

to e

as

anal

isam

os

em d

etal

he.

Alé

m d

isso

, nó

s des

de

um

alg

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tmo

par

a o

des

envo

lvim

ento

de

um

mo

del

o d

e co

mp

etên

cias

, o

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torn

o d

o q

ual

um

a si

stem

a de

CM

é b

asea

do

.

" Co

m e

sse

trab

alh

o f

oi

forn

ecid

o d

ireç

ões

de

pes

qu

isa

nas

áre

as d

e p

adrõ

es a

ber

tos

(XM

L,

web

ser

viç

os,

RD

F),

tec

nolo

gia

s se

mân

tica

s (o

nto

logia

s e

da

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sem

ânti

ca)

e po

rtai

s co

m

tecn

olo

gia

s de

self

-ser

vic

e. N

oss

a es

tim

ativ

a é

qu

e es

sas

área

s vão

ter

um

pap

el s

ignif

icat

ivo

na

evolu

ção

do

s si

stem

as d

e C

M.

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 129: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

127

Jay

Kan

dam

pu

lly

, (2

002

)

"Est

ud

ar o

s fa

tore

s su

bja

cente

s ao

cre

scim

ento

no

set

or

de

serv

iço

s e

emer

gen

tes

ponto

s d

e vis

ta s

ob

re o

que

con

stit

ui

um

rec

urs

o p

ara

os

serv

iço

s d

e o

rgan

izaç

ões

. E

ste

estu

do

sug

ere

qu

e

o c

on

hec

imen

to a

mo

rfo

rep

rese

nta

o v

erd

adei

ro r

ecu

rso

em

um

a em

pre

sa d

e se

rviç

os

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últ

ima

anál

ise,

fo

rnec

e o p

ote

nci

al c

riat

ivo

par

a a

ino

vaç

ão a

ch

amad

a co

mp

etên

cia

centr

al.

As

emp

resa

s fo

cadas

no c

lien

te s

ão p

assí

vei

s d

e n

ov

as e

mel

ho

res

form

as d

e fa

zer

cois

as p

ara

o b

enef

ício

de

seu

s cl

ien

tes.

Tec

nolo

gia

, co

nhec

imen

to e

red

es, re

pre

senta

m u

m ú

nic

o c

onju

nto

de

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res

qu

e p

od

em a

bas

tece

r a

inov

ação

nas

org

aniz

açõ

es.

Est

e se

rviç

o é

o e

feit

o c

om

bin

ado

do

s tr

ês e

lem

ento

s q

ue

pro

po

rcio

na

um

a ca

pac

idad

e d

e co

nce

ntr

ar s

eus

recu

rso

s am

orf

os

sob

re o

futu

ro a

ind

a n

ão e

xp

ress

o d

as n

eces

sidad

es d

os

clie

nte

s.

"

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 130: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

128

Ral

f M

ull

er, R

od

ney

Tu

rner

(20

09

)

"Est

e es

tud

o e

xam

inou a

rel

ação

en

tre

4 a

uto

rel

ato

s de

aco

nse

lham

ento

mu

ltic

ult

ura

l co

mp

etên

cias

med

idas

e u

m í

nd

ice

ger

al d

e h

abil

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e so

cial

. O

s au

tore

s in

ves

tig

aram

tam

bém

a

asso

ciaç

ão e

ntr

e es

sas

4 e

scal

as m

ult

icu

ltu

rais

e c

once

itu

ação

cas

o m

ult

icu

ltura

l h

abil

idad

e. O

s re

sult

ado

s re

vel

aram

rel

açõ

es

po

siti

vas

sig

nif

icat

ivas

en

tre

3 d

os

4 m

ult

icult

ura

l ac

on

selh

and

o

os

esto

qu

es d

e co

mp

etên

cia

e u

ma

med

ida

de

atit

ud

es e

hab

ilid

ade

soci

al.

Alé

m d

isso

, ap

ós

o c

on

tro

le d

a h

abil

idad

e so

cial

, nen

hu

ma

do

s au

tos

rela

tos

de

acon

selh

amen

to m

ult

icu

ltu

ral

esca

las

de

com

pet

ênci

a fo

i si

gn

ific

ativ

am

ente

rel

acio

nad

o c

om

a c

apac

idad

e ca

so c

once

itu

ação

mu

ltic

ult

ura

l. L

imit

ações

de

auto

rel

ato

med

idas

de

com

pet

ênci

a d

e ac

on

selh

amen

to

mu

ltic

ult

ura

l sã

o d

iscu

tido

s, e

im

pli

caçõ

es d

os

resu

ltad

os

par

a a

form

ação

de

acon

selh

amen

to, p

ráti

ca e

pes

quis

a sã

o d

elin

ead

as.

"Os

ger

ente

s de

pro

jeto

da

mai

ori

a do

s p

roje

tos

de

eng

enhar

ia d

e su

cess

o m

ost

ram

fo

rtes

co

mp

etên

cias

de

pen

sam

ento

crí

tico

(IQ

), d

esen

volv

imen

to (

MQ

), b

em c

om

o in

flu

ênci

a, m

oti

vaç

ão

e co

nsc

ienti

zaçã

o (

três

EQ

com

pet

ênci

as).

Su

as c

om

pet

ênci

as n

as d

imen

sões

ges

tão

de

recu

rso

s h

um

ano

s re

laci

onad

os

clas

sifi

car

méd

io.

Os

ger

ente

s d

e p

roje

to d

os

mai

s bem

-su

cedid

os

pro

jeto

s de

info

rmaç

ão e

tec

nolo

gia

de

tele

com

un

icaç

ões

são

fo

rtes

em

tod

as a

s co

mp

etên

cias

, ex

ceto

vis

ão (

IQ),

que

está

a u

ma

forç

a m

édia

.

Os

ger

ente

s d

e p

roje

to d

os

pro

jeto

s d

e m

ud

ança

org

aniz

acio

nal

mai

s b

em-s

uce

did

os

são

fo

rtes

em

tod

as a

s co

mpet

ênci

as,

mas

em

des

envolv

imen

to, al

can

çar

(am

bo

s M

Q)

e in

tuiç

ão (

EQ

).

Ges

tore

s do

s p

roje

tos

mai

s b

em-s

uce

did

os

com

méd

ia c

om

ple

xid

ade

são f

ort

es e

m p

ensa

men

to c

ríti

co (

IQ),

ges

tão

de

recu

rso

s, c

apac

itan

do

e d

esen

volv

endo (

três

co

mp

etên

cias

MQ

), b

em

com

o a

au

toco

nsc

iên

cia,

sen

sibil

idad

e, i

nfl

uên

cia

e co

nsc

iên

cia

(quat

ro E

Q c

om

pet

ênci

as).

Ger

ente

s de

pro

jeto

s m

ais

bem

-suce

did

os

e o

s co

ntr

ato

s de

pre

ço f

ixo m

ost

rar

forç

a em

tod

as

as c

om

pet

ênci

as, ex

ceto

intu

ição

(E

Q).

Ges

tore

s em

pro

jeto

s m

ais

bem

-suce

did

os

com

co

ntr

ato

s d

a co

rreç

ão m

ost

rar

forç

a na

mai

ori

a d

as c

om

pet

ênci

as,

mas

não

na v

isão

e p

ersp

ecti

va

estr

atég

ica

(am

bo

s IQ

), c

om

unic

ação

,

capac

itan

do

, al

can

çand

o (

três

co

mp

etên

cias

MQ

) e

intu

ição

(E

Q).

Ger

ente

s d

e p

roje

tos

mai

s b

em-s

uce

did

os

com

con

trat

os

de

alia

nça

tam

bém

mo

stra

r fo

rça

na

mai

ori

a das

co

mp

etên

cias

. A

pen

as v

isão

e p

ersp

ecti

va

estr

atég

ica

(am

bo

s Q

I), au

tori

zando

, em

des

envo

lvim

ento

(ta

nto

as

com

pet

ênci

as M

Q),

a r

esil

iênci

a em

oci

on

al e

intu

itiv

o (

tan

to a

s co

mp

etên

cias

) fo

ram

infe

rio

res

a 3

. O

s re

sult

ado

s par

a es

tes

pro

jeto

s es

tão, no

enta

nto

, co

m b

ase

em u

m p

equen

o t

aman

ho

da

amo

stra

de

apen

as 1

2 r

espo

stas

.

"

"A f

im d

e d

esen

vo

lver

per

fis

de

lider

ança

do

s ger

ente

s d

e p

roje

to b

em-s

uce

did

as e

m d

ifer

ente

s ti

po

s d

e p

roje

tos

que

ado

tara

m a

per

spec

tiv

a d

a es

cola

de

com

pet

ênci

as c

om

o o

en

ten

dim

ento

atu

alm

ente

mai

s av

ança

do d

a li

der

ança

. O

s co

nce

ito

s fo

ram

op

erac

ion

aliz

ado

s p

ara

per

fis

de

lid

eran

ça:

pel

o u

so d

o D

esen

vo

lvim

ento

Ques

tionár

io d

e L

ider

ança

(L

DQ

). E

sta

ferr

amen

ta d

e

aval

iaçã

o p

ara

a es

cola

de

com

pet

ênci

as d

e li

der

ança

é f

requ

ente

men

te u

sad

a em

est

ud

os

rece

nte

s so

bre

lid

eran

ça e

m g

eren

ciam

ento

de

pro

jeto

s (p

or

exem

plo

, G

eog

heg

an e

Dule

wic

z

(200

8),

ller

e T

urn

er (

200

7),

Tu

rner

et

al.

(20

09

), Y

oun

g e

Du

lew

icz

(20

06

), W

ren e

Dule

wic

z (2

00

5))

. S

uce

sso

: p

elo u

so d

a m

edid

a d

e su

cess

o d

e 1

0 p

roje

to d

imen

sio

nal

(T

abel

a 2

),

des

envo

lvid

o p

or

Tu

rner

e M

ull

er (

200

5),

co

m b

ase

no

Mo

del

o d

e E

xce

lênci

a P

roje

to (

West

erv

eld,

200

3).

Tip

os

de

pro

jeto

s: p

elo u

so d

o C

raw

ford

et

al.

(2005

) si

stem

a d

e ca

teg

ori

zaçã

o,

lim

itad

o à

s ca

tego

rias

mai

s uti

liza

das

(T

abel

a 3

).

"Est

udo

s fu

turo

s po

der

ão d

esen

volv

er e

val

idar

os

resu

ltad

os

atu

ais,

aval

iand

o o

pap

el d

a cu

ltu

ra o

rgan

izac

ion

al o

u n

acio

nal

no

s dif

eren

tes

per

fis,

bem

com

o a

inte

raçã

o d

os

ges

tore

s co

m

dif

eren

tes

per

fis

com

suas

equ

ipes

e a

s p

arte

s in

tere

ssad

as n

o p

roje

to.

s m

ost

ram

os

que

a ca

ract

eriz

ação

é f

requ

ente

men

te u

tili

zad

a p

ara

iden

tifi

car

um

a p

esso

a m

ais

adeq

uad

a p

ara

um

a fu

nçã

o o

u p

osi

ção e

m u

ma

org

aniz

ação

. N

este

art

igo a

pre

senta

mo

s os

per

fis

de

lid

eran

ça d

os

ges

tore

s de

pro

jeto

s b

em-s

uce

did

os.

Ist

o f

orn

ece

aos

ger

ente

s de

ger

ente

s d

e p

roje

to c

om

um

per

fil

de

des

tin

o p

ara

os

seu

s ger

ente

s d

e p

roje

to e

m p

roje

tos

de

tipo

dif

eren

te. D

esen

vo

lvim

ento

de

esti

los

de

lider

ança

do

s ges

tore

s d

e p

roje

to p

ara

este

s per

fis

de

des

tino

irá

contr

ibuir

par

a m

elho

res

resu

ltad

os

do p

roje

to e

su

cess

o p

esso

al d

os

indiv

íduo

s."

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 131: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

129

Car

los

A. A

lbac

ete-

Sáe

z M

aria

Mar

Fu

ente

s-F

uen

tes

An

a M

aría

Bo

jica

, (2

01

1)

"O o

bje

tiv

o d

este

art

igo

é e

scla

rece

r se

dif

eren

ças

na

imple

men

taçã

o d

e g

estã

o d

e qu

alid

ade

(QM

) e

os

resu

ltad

os

obti

do

s, c

om

bas

e na

po

siçã

o d

a pes

soa

resp

on

sável

par

a Q

M e

seu

s /

suas

pri

ori

dad

es e

stra

tég

icas

.

Um

pri

mei

ro r

esu

ltad

o é

qu

e g

estã

o d

e qu

alid

ade

é m

ais

fort

e q

uan

do

é i

mple

men

tad

a p

elo g

eren

te g

eral

do q

ue

pel

o g

eren

te d

e q

ual

idad

e. E

ste

fato

most

ra q

ue

o c

om

pro

mis

so d

a g

eren

te

ger

al p

ara

a qu

alid

ade

con

fere

mai

or

cred

ibil

idad

e no

res

to d

a o

rgan

izaç

ão. E

le t

ambém

co

nfi

rma

o p

apel

dif

eren

te d

e ca

da

ges

tor

na

apro

vaç

ão d

o p

rese

nte

sis

tem

a d

e g

estã

o, u

ma q

ues

tão

que

dev

e se

r es

tudad

o e

m m

aio

r d

etal

he.

Qu

anto

a p

erce

pçã

o d

o n

ível

do

s re

sult

ado

s fi

nan

ceir

os,

não

en

contr

amos

dif

eren

ças

entr

e es

tes

dois

tip

os

de

ges

tore

s. S

e, c

om

o m

ost

ra a

lit

erat

ura

,

ges

tão

da

qu

alid

ade

con

trib

ui

par

a u

m m

elho

r re

sult

ado,

e se

a s

ua

apli

caçã

o é

mai

or

qu

ando

o g

eren

te g

eral

dir

ige,

em

seg

uid

a, a

hip

óte

se s

uger

ida

dev

eria

ter

sid

o c

ontr

asta

da.

O f

ato

de

que

as p

erce

pçõ

es d

e des

emp

enh

o f

inan

ceir

o s

ão s

emel

han

tes

no

s le

va

a p

ensa

r qu

e n

enh

um

do

s ger

ente

s p

erce

be

ges

tão

de

qu

alid

ade

com

o u

m f

ato

r es

sen

cial

par

a al

can

çar

um

alt

o n

ível

de

des

emp

enho

fin

ance

ira

ou

, p

rov

avel

men

te,

qu

e el

es a

cred

itam

em

ou

tros

fato

res

(Hac

km

an e

Wag

eman

, 1

995

). O

s re

sult

ado

s d

este

est

udo

su

ger

em t

ambém

que

os

ger

ente

s g

erai

s, a

o

con

trár

io d

e g

esto

res

de

qual

idad

e, n

ão p

erce

bem

ges

tão d

e qu

alid

ade

com

o d

iret

amen

te r

elac

ion

ada

com

o d

esem

pen

ho f

inan

ceir

o.

Em

bo

ra e

sta

últ

ima

qu

estã

o é

su

rpre

end

ente

, el

e é

supo

rtad

o p

or

resu

ltad

os

ante

rio

res.

"Os

dad

os

de

256

em

pre

sas

qu

e im

ple

men

tara

m Q

M s

ão c

ole

tado

s. U

ma

anál

ise

mu

lti-

gru

po

co

m L

ISR

EL

é e

mp

reg

ado p

ara

con

tras

tar

as h

ipó

tese

s u

tili

zando

um

a am

ost

ra d

e g

ener

al

ger

ente

s, p

or

um

lad

o e

de

ges

tore

s de

qual

idad

e, p

or

ou

tro

. A

chad

os

- E

ste

estu

do

mo

stra

que

QM

é m

ais

fort

e im

ple

men

tad

o q

uan

do

é e

nca

beç

ado

pel

o g

ener

al g

eren

te d

o q

ue

pel

o g

eren

te

de

qu

alid

ade.

Os

auto

res

tam

bém

des

cob

rem

qu

e, e

m a

mb

as a

s am

ost

ras

de

ger

ente

s ger

ais

e o

s ger

ente

s d

e qual

idad

e, a

pen

as u

ma

das

trê

s p

rio

rid

ades

est

raté

gic

as a

nal

isad

as,

ori

enta

ção

par

a o

s cu

sto

s, m

ost

ra u

m e

feit

o p

osi

tiv

o n

os

resu

ltad

os

fin

ance

iro

s. Q

uan

do

a i

nfl

uên

cia

do

QM

no

s re

sult

ados

fin

ance

iro

s é

con

sider

ada,

a r

elaç

ão é

sig

nif

icat

iva

apen

as n

o c

aso

de

a

amo

stra

de

adm

inis

traç

ão d

e qu

alid

ade.

As

lim

itaç

ões

da

anál

ise

real

izad

os

sug

erem

lin

has

de

pes

qu

isa

qu

e po

ssam

en

riqu

ecer

a a

nál

ise

do

pap

el d

a g

estã

o n

a im

ple

men

taçã

o d

e si

stem

as d

e Q

M s

ub

stan

cial

men

te.

É n

eces

sári

o

con

tinu

ar a

van

çan

do n

esta

lin

ha

par

a co

nse

gu

ir m

ais

escl

arec

edo

res

dad

os.

Um

pri

mei

ro p

asso

ser

ia e

xp

and

ir a

am

ost

ra d

o e

stud

o,

um

a v

ez q

ue

suba

a am

ost

ra g

eral

os

ger

ente

s n

ão e

ram

mu

ito g

rand

es.

Info

rmaç

ões

sob

re a

ex

per

iên

cia

fun

cional

ou

tre

inam

ento

po

der

ia e

scla

rece

r o f

oco

est

raté

gic

o a

dota

do

pel

os

ges

tore

s. P

or

exem

plo

, B

arker

e M

uel

ler

(2002

) ex

amin

aram

as r

elaç

ões

entr

e as

car

acte

ríst

icas

do

CE

O e

inves

tim

ento

em

I &

D e

des

cob

rira

m q

ue

os

dir

eto

res

mai

s jo

ven

s e

aqu

eles

co

m e

xper

iên

cia

em m

ark

etin

g, en

gen

har

ia e

P &

D f

azer

mai

ore

s

inv

esti

men

tos.

Alé

m d

isso

, o

utr

a var

iáv

el d

e in

tere

sse

qu

e a

inv

esti

gaç

ão f

utu

ra d

eve

con

sider

ar é

pe

rcep

ção d

o a

mb

iente

, u

ma

vez

que

os

ges

tore

s sã

o u

m i

mpo

rtan

te m

eio

pel

o q

ual

org

aniz

açõ

es r

espon

der

e g

erir

as

amea

ças

e in

cert

ezas

no

am

bie

nte

(H

arri

son e

t al

., 1

988

). O

u s

eja,

as

ações

das

org

aniz

açõ

es

são b

asea

das

em

par

te n

as p

erce

pçõ

es g

estã

o d

e to

po t

em d

e

seu a

mbie

nte

(S

utc

liff

e e

Hub

er, 19

98).

Po

r o

utr

o l

ado, m

uit

as e

mp

resa

s dec

idam

im

ple

men

tar

sist

emas

de

qu

alid

ade

par

a en

fren

tar

mud

ança

s no o

am

bie

nte

. N

a v

erd

ade,

est

ud

os

mo

stra

m

que

um

mai

or

din

amis

mo

e c

om

pet

itiv

idad

e das

o a

mbie

nte

vai

ex

igir

mai

ore

s nív

eis

de

exec

uçã

o e

m a

lgu

ns

elem

ento

s par

a al

can

çar

os

resu

ltad

os

esp

erad

os

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 132: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

130

Ves

na

Spas

oje

vić

Brk

ić , N

iko

la D

ond

ur

1 M

irko

Ko

mat

ina

1 D

ejan

Cu

rovic

e M

iliv

oj

Kla

rin

"O o

bje

tiv

o d

este

tra

bal

ho

é a

rea

liza

ção

de

pes

quis

a em

pír

ica

sob

re s

e fa

tore

s de

ges

tão

da

qu

alid

ade

serv

ir c

om

o c

on

fiáv

el e

pre

dit

ore

s v

álid

os

de

pro

du

tivid

ade

tota

l d

os

fato

res

(PT

F)

e

em c

aso a

firm

ativ

o, co

mo

ele

s in

flu

enci

am.

O a

chad

o c

entr

al d

este

est

ud

o é

qu

e os

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res

de

QM

, co

mo

s m

od

elam

os

em u

m e

stud

o l

ong

itud

inal

, sã

o c

on

fiáv

eis

e in

stru

men

tos

vál

ido

s par

a a

esti

mat

iva

da

pro

du

tiv

idad

e to

tal

do

s

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res

- a

efic

ácia

da

ges

tão

da

qual

idad

e ex

pli

ca a

var

iaçã

o n

a p

rodu

tivid

ade

tota

l do

s fa

tore

s de

emp

resa

s. D

ois

do

s el

emen

tos

de

QM

, lid

eran

ça e

apo

io à

ges

tão

de

pro

gra

mas

de

qu

alid

ade

e m

elho

ria

da

qu

alid

ade

têm

um

sig

nif

icat

ivam

ente

po

siti

va

efei

to s

ob

re a

TF

P,

mas

as

ou

tras

cat

ego

rias

em

no

sso

est

udo

fiz

eram

não

. H

á ta

mb

ém u

ma

boa

do

se d

e v

ariâ

nci

a em

TP

F, que

per

man

ece

sem

ex

pli

caçã

o p

or

no

ssos

elem

ento

s Q

M, co

mo t

esta

do

po

r an

ális

e de

reg

ress

ão.

"Os

dad

os

fora

m r

eco

lhid

os

no p

erío

do

de

200

4 a

200

9 a

par

tir

de

um

a am

ost

ra a

leat

óri

a es

trat

ific

ada

extr

aído

s de

emp

resa

s in

du

stri

ais

sérv

ios

cert

ific

ado

s d

e ac

ord

o c

om

a I

SO

900

0 c

om

um

mer

o t

ota

l d

e 176 o

bse

rvaç

ões

do

s in

stru

men

tos

de

pes

qu

isa.

Em

ord

em p

ara

det

erm

inar

a p

roduti

vid

ade

tota

l d

os

fato

res

po

r m

eio d

a fu

nçã

o d

e p

rod

uçã

o, as

var

iáv

eis

qu

e d

escr

ever

a d

epen

dên

cia

do

val

or

acre

scen

tado

e tra

bal

ho

e c

apit

al f

ato

res

de

pro

duçã

o f

ora

m u

tili

zado

s. P

ara

o D

ado

s de

QM

, os

resu

ltad

os

fora

m s

ubm

etid

os

a an

ális

e fa

tori

al e

cál

culo

s co

nfi

abil

idad

e

com

po

sta

de

mod

o a

ser

uti

liza

da

po

ster

iore

s co

mo

var

iáv

eis

ind

epen

den

tes

na

reg

ress

ão m

últ

ipla

. O

ach

ado

cen

tral

des

te e

studo

é q

ue

os

fato

res

de

QM

fo

rnec

e u

m i

nst

rum

ento

vál

ido e

con

fiáv

el p

ara

a p

rev

isão

de

pro

du

tivid

ade

tota

l do

s fa

tore

s. D

ois

do

s el

emen

tos

de

QM

, li

der

ança

e a

poio

à g

estã

o d

e p

rog

ram

as d

e qu

alid

ade

e m

elho

ria

contí

nua

da

qual

idad

e, p

rovou

ter

um

efe

ito

sig

nif

icat

ivam

ente

po

siti

vo n

a T

FP

, en

quan

to a

s ou

tras

cat

ego

rias

em

no

sso

est

udo

não

o f

ez.

o r

esu

ltad

os

da

pes

qu

isa

são

dir

igid

as p

ara

mo

stra

nd

o a

s em

pre

sas

com

rec

urs

os

lim

itad

os

que

os

elem

ento

s Q

M e

les

dev

eria

m p

rest

ar m

ais

aten

ção n

o o

bje

tivo

de

alca

nça

r u

ma

mai

or

pro

du

tivid

ade.

Ap

esar

do

fat

o d

e qu

e no

ssa

pes

quis

a te

nh

a al

can

çado

sig

nif

icat

ivo

s re

sult

ado

s ver

ific

ávei

s, d

eve-

se e

nfa

tiza

r q

ue

qual

quer

fal

ha n

a p

rese

nte

inv

esti

gaç

ão,

em p

rim

eiro

lug

ar h

aste

do

tam

anh

o d

o a

mo

stra

, e,

em

bo

ra a

val

idad

e in

tern

a do

s no

sso

s v

ariá

vei

s é

ace

itáv

el f

ort

e, e

le e

stá

lon

ge

de

ser

per

feit

o, po

r is

so h

á p

ropo

stas

par

a fu

tura

s p

esqu

isas

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 133: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

131

Muh

amm

ad A

sif

Khan

, S

hah

eed

Zulf

ikar

, A

li B

hu

tto

"O o

bje

tiv

o d

este

est

udo

é i

nv

esti

gar

em

pir

icam

ente

as

bar

reir

as d

e ges

tão d

a qu

alid

ade

tota

l im

ple

men

taçã

o e

xper

imen

tado

po

r o

rgan

izaç

ões

de

serv

iço

no

Paqu

istã

o.

Os

resu

ltad

os

iden

tifi

cara

m a

fal

ta d

e p

lanej

amen

to, fa

lta

de

recu

rso

s h

um

ano

s ef

icie

nte

s p

ráti

cas,

de

infr

aest

rutu

ra i

nad

equad

a p

ara

a ges

tão d

a q

ual

idad

e to

tal,

a f

alta

de

apoio

de

lid

eran

ça

e fa

lta

de

foco

no

cli

ente

co

mo b

arre

iras

sig

nif

icat

ivas

par

a a

imple

men

taçã

o d

esta

in

icia

tiv

a. O

s re

sult

ado

s fo

rnec

eram

um

a op

ort

un

idad

e p

ara

ger

ente

s de

qual

idad

e, p

rofi

ssio

nai

s de

recu

rso

s hu

man

os

e p

rofi

ssio

nai

s p

ara

pro

sseg

uir

a i

nte

rven

ção

ap

rop

riad

a es

trat

égia

s par

a co

mp

ensa

r o

s ef

eito

s des

sas

bar

reir

as

"fo

ram

sel

ecio

nad

as d

ez o

rgan

izaç

ões

de

serv

iço

s, c

inco

de

cada

par

a ca

da

fato

r. F

ato

r d

e ca

rga

de

tele

com

unic

açõ

es, as

in

stit

uiç

ões

fin

ance

iras

, co

m v

alo

r in

feri

or

a 0

,50

não

fo

ram

lev

adas

em a

nál

ise.

Fo

ram

sel

ecio

nad

as a

s que

tinham

a e

xp

eriê

nci

a n

eces

sári

a de

Fat

ore

s co

m v

alo

r su

per

ior

a 1

,00 q

ue

esta

vam

im

ple

men

tando

TQ

M [

2,3

]. U

sand

o a

mo

stra

gem

de

con

ven

iên

cia

man

tid

a té

cnic

a, u

ma

amo

stra

de

150

ger

ente

s e

exec

uti

vos

fora

m s

elec

ionad

os

par

a o

est

udo

. U

m q

ues

tio

nár

io c

om

res

ult

ado

s da

auto

adm

inis

traçã

o f

oi

uti

liza

do

par

a co

leta

r o

s d

ado

s. O

inst

rum

ento

do

est

ud

o f

oi

adap

tad

o a

par

tir

Cen

to e

tri

nta

qu

esti

onár

ios

pre

ench

ido

s Q

ues

tion

ário

est

rutu

rad

o f

oi

uti

liza

do

par

a co

leta

r o

s dad

os

a p

arti

r d

e um

a am

ost

ra d

e 1

20

ges

tore

s.

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 134: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

132

Gin

és S

anti

ago M

arco

Per

les

"To

tal

Qu

alit

y M

anag

emen

t (T

QM

) é

um

a fi

loso

fia

de

ges

tão

glo

bal

que

incl

ui

um

con

jun

to d

e p

rincí

pio

s cu

ja a

pli

caçã

o e

stá

a au

men

tar.

O m

undo

dos

neg

óci

os

e in

stit

uiç

ões

públi

cas,

tai

s

com

o h

osp

itai

s, u

niv

ersi

dad

es o

u c

âmar

as m

unic

ipai

s, s

ão p

rog

ram

as d

e q

ual

idad

e M

enti

ng

. N

o e

nta

nto

, ap

esar

da

ampla

dif

usã

o d

e T

QM

, a

tax

a d

e su

cess

o d

este

tip

o d

e in

icia

tiv

a é

lim

itan

do o

s re

sult

ado

s, h

eter

og

êneo

. A

cad

êmic

os

e p

rofi

ssio

nai

s sã

o,

po

rtan

to,

tenta

ndo i

den

tifi

car

as c

hav

es q

ue

expli

cam

o s

uce

sso o

u a

fal

ha

de

este

tip

o d

e in

icia

tiv

a. D

ifer

ente

s

exp

lica

ções

têm

foi

dad

o,

mas

a m

aiori

a d

a li

tera

tura

con

cord

a q

ue

com

pro

mis

so, im

pli

caçã

o e

lid

eran

ça s

ão e

lem

ento

s in

dis

pen

sáv

eis

em u

ma

imp

lem

enta

ção

bem

-su

cedid

a d

e T

QM

.

Est

e ar

tigo

art

icu

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azõ

es q

ue

just

ific

am a

nec

essi

dad

e de

lider

ança

par

a u

ma

impla

nta

ção

bem

-su

cedid

a d

e T

QM

. A

lit

erat

ura

esp

ecia

liza

da

é unân

ime

em i

nd

ican

do

a n

eces

sid

ade

de

ges

tão

par

tici

paç

ão,

com

pro

mis

so e

lid

eran

ça,

a fi

m d

e im

pla

nta

r es

ta f

iloso

fia

de

ges

tão

. C

on

tud

o,

não

é p

oss

ível

en

con

trar

arg

um

ento

s cl

aro

s p

ara

dis

ting

uir

entr

e o

com

pro

mis

so e

lid

eran

ça e

dem

ost

ra a

nec

essi

dad

e par

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ltim

o.

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lite

ratu

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re l

ider

ança

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io,

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cil

ob

serv

ar d

escr

içõ

es p

arci

ais

de

a re

lação

líd

er-s

eguid

or

qu

e n

ão p

erm

item

par

a o

bte

r u

ma

resp

ost

a co

mple

ta a

per

gun

tas

sob

re a

nec

essi

dad

e d

e li

der

ança

na

impla

nta

ção d

e T

QM

e s

eu d

inam

ism

o. E

m p

ouca

s p

alav

ras,

as

razõ

es i

mpu

lsio

nan

do a

s p

esso

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seg

uir

um

líd

er p

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ser

sin

teti

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m t

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dim

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psi

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co "

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ampo d

e T

QM

, o c

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e ges

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rese

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aqu

i,

no

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mit

e par

a re

solv

er a

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são

ter

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oló

gic

a o

corr

endo

anel

na

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ratu

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ntr

e o

s co

nce

ito

s de

"O c

om

pro

mis

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e "l

ider

ança

ger

enci

al".

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bém

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mit

e-n

os

dem

on

stra

r -

pel

o

men

os

em t

eori

a -

qu

e a

impla

nta

ção c

om

ple

ta d

o T

QM

pri

ncí

pio

s n

ão é

po

ssív

el s

em l

ider

ança

ger

enci

al.

Um

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ue

este

est

ud

o é

fo

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na

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imen

são d

a li

der

ança

, an

alis

amo

s a

Qu

e p

rin

cípio

s d

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med

ida

pod

e se

r des

envolv

ida

quan

do

ess

a dim

ensã

o e

stá

ause

nte

.

"No

enta

nto

, u

m e

studo

sob

re a

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ura

esp

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da

mo

stra

um

a co

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ter

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oló

gic

a en

tre

ges

tão

, co

mp

rom

isso

e l

ider

anç

a ger

enci

al.

O a

uto

r d

este

art

igo

def

ende

a te

se d

e que

"co

mp

rom

isso

" e

"lid

eran

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são s

inô

nim

os.

O d

ocu

men

to v

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ost

rar

que,

par

a co

mp

reen

der

a d

isti

nçã

o a

nte

rio

r, é

nec

essá

rio

con

sider

ar a

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ensã

o é

tica

da

lider

ança

co

mp

rom

etem

ges

tore

s p

od

em c

ondu

zir

o p

roce

sso

usa

nd

o e

xcl

usi

vam

ente

seu

pod

er (

com

a a

trib

uiç

ão d

e re

curs

o n

eces

sári

o),

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO

Page 135: JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de … · Campus de Guaratinguetá Universidade Estadual JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA ALMEIDA O perfil de liderança adequado à alta administração

133

Yai

r B

erso

n e

Jon

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D. L

into

n

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esq

uis

a re

cente

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fati

za a

lid

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ça t

ransf

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acio

nal

co

mo

um

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z es

tilo

mo

stra

do p

ara

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ver

o d

esem

pen

ho

nas

org

aniz

ações

A e

vid

ênci

a em

pír

ica

da

impo

rtân

cia

da

lid

eran

ça t

ran

sfo

rmad

ora

, par

a o

est

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ecim

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de

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e em

um

am

bie

nte

de

P &

D t

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ido

ofe

reci

do.

A l

ider

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tra

nsf

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acio

nal

, fo

i

enco

ntr

ado

, par

a su

po

rtar

o d

esen

vo

lvim

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de

um

a q

ual

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eio A

mb

iente

, li

der

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tra

nsf

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ten

de

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a ap

oia

r a

qu

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ade,

bem

co

mo a

sat

isfa

ção

em

P &

D a

mb

iente

s. A

rela

ção

entr

e a

lider

ança

e q

ual

idad

e tr

ansf

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acio

nal

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ran

saci

onal

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esta

tist

icam

ente

sig

nif

icat

iva

com

an

áli

se d

e re

gre

ssão

, m

as a

pen

as t

ran

sfo

rmac

ion

al é

est

atis

tica

men

te n

o m

odel

o

de

equaç

ões

est

rutu

rais

Est

e es

tudo f

oi

cond

uzi

do

em

org

aniz

ação

de

tele

com

un

icaç

ões

. A

em

pre

sa d

esen

volv

e p

roduto

s d

e har

dw

are,

tai

s co

mo

in

terr

upto

res,

o t

elef

one

pro

ved

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s d

e se

rviç

o.

Est

a em

pre

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stá

entr

e as

mai

ore

s o

rgan

izaç

ões

de

alta

tec

nolo

gia

e I

& D

in

stal

ações

em

Isr

ael.

2.2

00 d

e 2

.800 f

un

cion

ário

s p

arti

cip

aram

do

lev

anta

men

to,

o q

ue

rep

rese

nta

um

a ta

xa

de

par

tici

paç

ão d

e

79%

. D

os

2.2

00 p

arti

cipan

tes,

fo

ram

sel

ecio

nad

os

511

fu

nci

onár

ios

de

41

unid

ades

que

trab

alh

avam

em

R &

D c

on

fig

ura

ções

e 8

76

fun

cion

ário

s de

96 u

nid

ades

em

car

go

s ad

min

istr

ativ

os.

O r

esta

nte

do

s em

pre

gad

os

trab

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ou e

m e

mp

rego

s n

a in

stri

a e,

po

rtan

to,

não

faz

iam

par

te d

este

est

udo

. O

núm

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em u

nid

ades

de

I &

D v

ario

u c

on

sider

avel

men

te c

om

um

a m

édia

de

13 e

um

des

vio

pad

rão

de

9,3

5.

Em

un

idad

es a

dm

inis

trat

ivas

méd

ias

de

funci

on

ário

s po

r u

nid

ade

foi

de

9 c

om

um

pad

rão

des

vio

de

7. 69

,5%

do

s par

tici

pan

tes

de

Unid

ades

de

P &

D e

ram

do s

exo m

ascu

lino

e 7

3,5

% d

os

funci

onár

ios

adm

inis

trat

ivos-

era

m d

o s

exo

mas

culi

no

. O

pri

mei

ro a

uto

r ad

min

istr

ou

as

pes

quis

as p

ara

30

-60 f

un

cion

ário

s de

um

tem

po, ao

lon

go

de

um

per

íod

o d

e 2

mes

es. O

s fu

nci

on

ário

s fo

ram

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iu p

ara

men

cion

ar a

pen

as o

seu

dig

o d

a u

nid

ade,

a f

im p

ara

gar

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r se

u a

non

imat

o.

AUTOR OBJETIVO TRABALHOS FUTUROS RESULTADOS METODO