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José Paschoal Rossetti 1
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE METALURGIA E MATERIAIS – ABMMETALURGIA E MATERIAIS – ABM
56º Congresso Anual – Internacional56º Congresso Anual – Internacional
José Paschoal RossettiJosé Paschoal Rossetti
Pesquisador e Consultor da Fundação Dom Cabral
* Conferência proferida na solenidade oficial de abertura do Congresso
Belo Horizonte, Minascentro, 16 de julho de 2001.
O AMBIENTE DE NEGÓCIOS NO NOVO MILÊNIO:
AS MÚLTIPLAS DIMENSÕES DA COMPETITIVIDADE
José Paschoal Rossetti 2
ConteúdoConteúdo
1. O novo ambiente de negócios
Aspectos relevantes do ambiente global
Aspectos relevantes do ambiente nacional
Uma síntese das grandes mudanças
2. As múltiplas dimensões da competitividade
Ampla visão das condições para competitividade
O diamante de Porter
Fatores sistêmicos de competitividade
Aglomerados e cadeias competitivas
Empresas competitivas: os fatores-chave
Posicionamento do Brasil
José Paschoal Rossetti 3
ConteúdoConteúdo
3. A competitividade do setor mínero-metalúrgico brasileiro
Percepção dos fatores sistêmicos
Fatores de impulsão da competitividade
Posicionamento competitivo: auto-avaliação
4. Os grandes desafios
A reconfiguração estrutural do setor no Brasil
O novo mundo corporativo
José Paschoal Rossetti 4
1. O novo ambiente de negócios1. O novo ambiente de negócios Aspectos relevantes do ambiente globalAspectos relevantes do ambiente global
PMB/PPA: CRESCIMENTO REAL PROJETADO, DÉCADA 2001/10PMB/PPA: CRESCIMENTO REAL PROJETADO, DÉCADA 2001/10
Produto Mundial Bruto 2001 (PPA, critério FMI):
Américas: US$13,6 trilhões
Ásia/Oceania: US$13,3 trilhões
Europa: US$12,1 trilhões
África/Oriente Médio: US$2,6 trilhões
AnosAnos
US$ Trilhões de 2001Taxas anuais geométricas
US$ Trilhões de 2001Taxas anuais geométricas
1,5%1,5% 2,0%2,0% 2,5%2,5%
2002 42,2 42,4 42,62004 43,5 44,1 44,72006 44,8 45,9 47,02008 46,2 47,8 49,42010 47,6 49,6 51,9
2002 42,2 42,4 42,62004 43,5 44,1 44,72006 44,8 45,9 47,02008 46,2 47,8 49,42010 47,6 49,6 51,9
José Paschoal Rossetti 5
1. O novo ambiente de negócios1. O novo ambiente de negócios Aspectos relevantes do ambiente globalAspectos relevantes do ambiente global
EXPANSÃO COM MUDANÇAS DE ALTO IMPACTOEXPANSÃO COM MUDANÇAS DE ALTO IMPACTO
Expansão positiva do PMB, definindo patamares absolutos historicamente inusitados.
Avanço dos processos de globalização/desfronteirização. Macroalianças nacionais: constituição de uniões, mercados comuns, blocos
de integração. Abertura de mercados: global-localização das empresas e entrada de novos
competidores em todos os negócios. Impactos, sem precedentes históricos, da onda global de fusões, aquisições e
alianças. Constituição de megacompetidores, presentes em todas as cadeias de
negócios. Concorrência crescentemente acirrada, mais densa e de maior peso. Competidores crescentemente mais qualificados. Novo posicionamento do estado: desengajamento como produtor
(privatizações) e maior engajamento como regulador (criação de agências nacionais).
José Paschoal Rossetti 6
1. O novo ambiente de negócios1. O novo ambiente de negócios Aspectos relevantes do ambiente globalAspectos relevantes do ambiente global
FLUXOS REAIS CRESCENTES INTERFRONTEIRASFLUXOS REAIS CRESCENTES INTERFRONTEIRAS
ANOSUS$ TRILHÕES CORRENTES
COMÉRCIO MUNDIAL(EXPORTAÇÕES + IMPORTAÇÕES)
RELAÇÃO (%)COM PMB
(a)
1970 0,7 21,21980 3,0 26,81985 4,7 33,81990 8,6 39,41991 8,8 39,81992 9,5 40,81993 9,5 38,91994 10,5 41,01995 12,4 45,91996 13,1 46,51997 13,4 45,71998 14,3 47,51999 15,2 48,9
Projeções (b)2001 16,2 50,02010 25,8 65,5
(a) PMB expresso pelo critério taxas de câmbio ajustadas.(b) US$ de 2001.
José Paschoal Rossetti 7
1. O novo ambiente de negócios1. O novo ambiente de negócios Aspectos relevantes do ambiente globalAspectos relevantes do ambiente global
FLUXOS CRESCENTES DE INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETOFLUXOS CRESCENTES DE INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO
RelaçõesIED/PMB
Períodos
1984-89
1990-95
1996-99
2000-05
Relações
1,89
2,06
2,45
3,08
237
485
739
1.050
0
200
400
600
800
1000
1200
1984-89 1990-95 1996-99 Projeção 2000-05
US$ Bilhões
(Médias anuais)
José Paschoal Rossetti 8
1. O novo ambiente de negócios1. O novo ambiente de negócios Aspectos relevantes do ambiente globalAspectos relevantes do ambiente global
MAIOR DISPERSÃO DOS FLUXOS GLOBAIS DE IEDMAIOR DISPERSÃO DOS FLUXOS GLOBAIS DE IED
ANOS PAÍSESDESENVOLVIDOS
EMERGENTES E EM DESENVOLVIMENTO
DESTINOS DOS IED (% DO TOTAL)
EM TRANSIÇÃOINSTITUCIONAL
Estimativaanos 70 e 80
1990 83,0 16,5 0,51991 71,4 26,7 1,91992 67,4 29,7 2,91993 62,4 34,4 3,21994 57,1 40,5 2,41995 63,0 32,4 4,61996 58,4 38,0 3,61997 59,1 36,8 4,11998 70,8 26,2 3,01999 73,6 23,9 2,5
85,0 15,0 –
66,8 30,1 3,1Média ponderada
anos 90
Tendência 2001-10
José Paschoal Rossetti 9
1. O novo ambiente de negócios1. O novo ambiente de negócios Aspectos relevantes do ambiente globalAspectos relevantes do ambiente global
MUDANÇA NA ESTRUTURA DA COMPETIÇÃO GLOBALMUDANÇA NA ESTRUTURA DA COMPETIÇÃO GLOBAL
1991 53,1 46,91992 69,7 30,31993 77,1 22,91994 79,4 20,61995 71,8 28,21996 75,8 24,21997 73,1 26,91998 82,4 17,61999 76,3 23,7
ANOS FUSÕES EAQUISIÇÕES
NOVOSPROJETOS
APLICAÇÕES DO IED (% DO TOTAL)
Médiaponderada
anos 9075,8 24,2
Tendências 2001-10
José Paschoal Rossetti 10
1. O novo ambiente de negócios1. O novo ambiente de negócios Aspectos relevantes do ambiente nacionalAspectos relevantes do ambiente nacional
AS GRANDES MUDANÇAS: EM DIREÇÃO A UMA NOVA ORDEMAS GRANDES MUDANÇAS: EM DIREÇÃO A UMA NOVA ORDEM
A política. Desradicalização político-ideológica.
O governo. A nova postura: do autoritarismo ao poder compartilhado.
A estratégia. Reorientação: revisão radical dos fundamentos.
As empresas. A nova postura: reengenharia de negócios, benchmarking, competitividade, certificações.
José Paschoal Rossetti 11
1. O novo ambiente de negócios1. O novo ambiente de negócios Aspectos relevantes do ambiente nacionalAspectos relevantes do ambiente nacional
AS GRANDES MUDANÇAS: REORDENAMENTOS ESTRATÉGICOSAS GRANDES MUDANÇAS: REORDENAMENTOS ESTRATÉGICOS
POLÍTICA, GOVERNO E ESTRATÉGIAPOLÍTICA, GOVERNO E ESTRATÉGIA EMPRESASEMPRESAS
De ParaDe Para De ParaDe Para
Radicalização ideológica.
Degradação de valores.
Estado ditatorial.
Centralismo e estatização.
Interesses históricos resistentes.
Nacionalismo e protecionismo.
Estratégia de auto-suficiência.
Radicalização ideológica.
Degradação de valores.
Estado ditatorial.
Centralismo e estatização.
Interesses históricos resistentes.
Nacionalismo e protecionismo.
Estratégia de auto-suficiência.
Desradicalização.
Restauração.
Estado de direito.
Poder compartilhado e desengajamento do estado-empresário.
Reformas estruturais.
Abertura de mercados.
Modelo de integração.
Desradicalização.
Restauração.
Estado de direito.
Poder compartilhado e desengajamento do estado-empresário.
Reformas estruturais.
Abertura de mercados.
Modelo de integração.
Cartelizações.
Cartorização.
Verticalizações.
Operações deficientes: Inflação. Reservas de mercado.
Introversão.
Empresariamento fechado.
Sucateamento de plantas.
Cartelizações.
Cartorização.
Verticalizações.
Operações deficientes: Inflação. Reservas de mercado.
Introversão.
Empresariamento fechado.
Sucateamento de plantas.
Competição.
Desregulamentação.
Focalização.
Produtividade: Moeda estável. Abertura.
Global-localização.
Alianças e fusões.
Defasagem tecnológica zero.
Competição.
Desregulamentação.
Focalização.
Produtividade: Moeda estável. Abertura.
Global-localização.
Alianças e fusões.
Defasagem tecnológica zero.
José Paschoal Rossetti 12
1. O novo ambiente de negócios1. O novo ambiente de negócios Aspectos relevantes do ambiente nacionalAspectos relevantes do ambiente nacional
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
41,0
32,3
25,3
21,2
17,1
14,2
14,5
13,6
13,8
16,7
10,8
11,5
41,0
32,3
25,3
21,2
17,1
14,2
14,5
13,6
13,8
16,7
10,8
11,5
100,0
96,0
104,6
106,8
115,3
126,7
130,3
140,9
151,7
160,2
171,6
172,5
100,0
96,0
104,6
106,8
115,3
126,7
130,3
140,9
151,7
160,2
171,6
172,5
Anos
Tarifasmédias deimportação
ProdutividadeIndustrial
(Produto p/hora trabalhada)
O O TRADE-OFFTRADE-OFF ABERTURA-PRODUTIVIDADE ABERTURA-PRODUTIVIDADE
1989
90
91
92
98
99
9394 95
9697
40 –
36 –
32 –
28 –
26 –
22 –
18 –
14 –
10 –
0 | | | | | | | |
100 110 120 130 140 150 160 170
Tarifas
Produtividade
2000
José Paschoal Rossetti 13
1. O novo ambiente de negócios1. O novo ambiente de negócios Aspectos relevantes do ambiente nacionalAspectos relevantes do ambiente nacional
O NOVO AMBIENTE COMPETITIVOO NOVO AMBIENTE COMPETITIVO
Declínio do modelo nacionalista. Estratégia de extroversão competitiva, com alta inserção global.
Nova configuração do balanço internacional de pagamentos: equilíbrio por megaingressos de capitais, em substituição aos megasuperávits comerciais.
Alta atratividade para ingresso de investimentos estrangeiros diretos. Presença crescente de empresas globais. Reestruturações setoriais, envolvendo controle e modelos de gestão. Nova estrutura de competição em praticamente todos os negócios:
Fusões e aquisições Entrada de novos players Competidores mais agressivos Um novo “par paradoxal”: maior concentração, com maior competição.
Crescente deslocamento, para o interior, dos pólos de desenvolvimento econômico e social. Maior acesso das classes de média e baixa renda a todos os mercados. Processo de inclusão política ocorrendo em maior velocidade que o de inclusão sócio-
econômica: mudanças à vista no cenário político.
José Paschoal Rossetti 14
1. O novo ambiente de negócios1. O novo ambiente de negócios Uma síntese das grandes mudançasUma síntese das grandes mudanças
BRASIL: AS GRANDES MUDANÇAS NAS CADEIAS DE BRASIL: AS GRANDES MUDANÇAS NAS CADEIAS DE SUPRIMENTOS E DE PROCESSAMENTOSUPRIMENTOS E DE PROCESSAMENTO
Redução do custo total médio de produção.
Compressão de margens.
Redução dos preços finais.
Oferta/Procura Leque mais aberto de produtos finais. Maior elasticidade-preço da procura.
Mercados Aumento da relação RR/PP. Maior acesso dos estratos de baixa renda.
Cadeias finais Mudança na demanda agregada de consumo. Maior proporção dos bens duráveis. Ampliação das cadeias de suprimentos à
demanda final.
Tecnologia Assimilação do mundo virtual pelo consumidor. Obsolência tecnológica antecipando-se à
funcional. Renovação de estoques: estimulação dos
fluxos de demanda.
Destruição de postos de trabalho “a montante”.
Novos (e ainda desconhecidos) efeitos multiplicadores.
Criação de postos de trabalho “a jusante”.
Estratégia nacional Abertura/integração. Competição
globalizada. Privatizações. Desregulamentação.
Estratégia de negócios Reestruturações setoriais. Alianças, fusões e
aquisições. Internacionalização das
cadeias produtivas. Reducionismo: menor
quantidade de insumos por unidade de produto final.
Produtividade como meta crucial.
Gestão de empresas Reengenharia de processos. Redesenho organizacional. Assimilação do e-management.
Tecnologia Automação avançada. Mecatrônica/robótica. Assimilação do e-business.
José Paschoal Rossetti 15
1. O novo ambiente de negócios1. O novo ambiente de negócios Uma síntese das grandes mudançasUma síntese das grandes mudanças
A RECONFIGURAÇÃO DOS MERCADOSA RECONFIGURAÇÃO DOS MERCADOS
AB
CD
E
Acesso fácil Produtos mais
sofisticados Baixos custos de
oportunidade
Acesso difícil Produtos mais
simples Altos custos de
oportunidade
MERCADOS DE BENS E SERVIÇOS FINAIS
População Renda Nacional
Estratos sócio-econômicos
José Paschoal Rossetti 16
2. As múltiplas dimensões da competitividade2. As múltiplas dimensões da competitividade Ampla visãoAmpla visão
AS CONDIÇÕES DO AMBIENTE EXTERNO AS CONDIÇÕES DO AMBIENTE EXTERNO E AS DEFINIDAS PELAS EMPRESASE AS DEFINIDAS PELAS EMPRESAS
CONDIÇÕES SISTÊMICAS
Macrofatores: Instituições. Economia. Infra-estrutura.
Microfatores: Management. Escalas. Produtividade. Mercados.
CONDIÇÕES SETORIAIS
Rivalidades construtivas.
Cadeias competitivas. Aglomerações. Mercados exigentes.
CONDIÇÕES EMPRESARIAIS
Estratégia de negócios. Inserção global. Pessoas e gestão. Plantas e tecnologias. Criação de riqueza.
José Paschoal Rossetti 17
2. As múltiplas dimensões da competitividade2. As múltiplas dimensões da competitividade O diamante de PorterO diamante de Porter
O AMBIENTE DE NEGÓCIOS EM QUATRO DIMENSÕESO AMBIENTE DE NEGÓCIOS EM QUATRO DIMENSÕES
AGLOMERAÇÕES
Massa crítica de desenvolvimento.
CADEIAS DE SUPRIMENTOS
Disponibilidade, qualidade e custos.
MERCADOS EXIGENTES
Pressões crescentes por melhorias.
RIVALIDADE ENTRE EMPRESAS
Vigorosa competição.
José Paschoal Rossetti 18
2. As múltiplas dimensões da competitividade2. As múltiplas dimensões da competitividade Fatores sistêmicosFatores sistêmicos
n = Número de variáveis por fator
InstituiçõesCondições políticas e legais e sistema de valores alavancadores de negócios
Condições Sistêmicas Condições Sistêmicas de Competitividadede Competitividade
Mercado de Trabalho e Pessoas
Disponibilidade e qualificação dos recursos humanos
AberturaParticipação nos fluxos
internacionais de comércio e investimentos
Ciência e TecnologiaCapacitação tecnológica e científica de geração e
absorção
GovernoGrau em que as
políticas do governo induzem a
competitividade
Infra-estruturaRecursos e sistemas adequados para servir às necessidades básicas dos
negócios
ManagementEmpresas governadas de forma
inovadora, rentável e responsável
FinançasDesempenho do mercado de
capitais, qualidade e custos dos serviços financeiros
n = 42 n = 27 n = 34
n = 34
n = 25 n = 28
n = 17
n = 17
José Paschoal Rossetti 19
2. As múltiplas dimensões da competitividade2. As múltiplas dimensões da competitividade Fatores sistêmicosFatores sistêmicos
PREMISSAS DE AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES SISTÊMICASPREMISSAS DE AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES SISTÊMICAS
FATORESFATORES PREMISSASPREMISSAS
1. Abertura
2. Governo
3. Finanças
4. Tecnologia
5. Infra-estrutura
6. Gestão
7. Trabalho
8. Instituições
1. Abertura
2. Governo
3. Finanças
4. Tecnologia
5. Infra-estrutura
6. Gestão
7. Trabalho
8. Instituições
Redução das barreiras Maior participação no comércio mundial Maior receptividade a investimentos
Menor interferência Competência: eficácia em tributar e alocar Menor número de tributos e alíquota agregada menor Desestatização: menor tamanho
Menor spread Intermediação: extensão e eficiência Menor risco financeiro Alta relação poupança/PIB
Maior geração doméstica Capacidade de absorção
Ampla, suficiente e tecnologicamente atualizada Suporte para execução de projetos Custos competitivos em termos globais
Bom desempenho em indicadores estratégicos e funcionais Capacitação dos quadros
Habilidade e produtividade Flexibilidade e eficiência de programas sociais Negociações eficazes: menos problemas
Qualidade de instituições legais: eficiência funcional Segurança pública e segurança social Rigidez em leis anti-truste e anti-monopólio
Redução das barreiras Maior participação no comércio mundial Maior receptividade a investimentos
Menor interferência Competência: eficácia em tributar e alocar Menor número de tributos e alíquota agregada menor Desestatização: menor tamanho
Menor spread Intermediação: extensão e eficiência Menor risco financeiro Alta relação poupança/PIB
Maior geração doméstica Capacidade de absorção
Ampla, suficiente e tecnologicamente atualizada Suporte para execução de projetos Custos competitivos em termos globais
Bom desempenho em indicadores estratégicos e funcionais Capacitação dos quadros
Habilidade e produtividade Flexibilidade e eficiência de programas sociais Negociações eficazes: menos problemas
Qualidade de instituições legais: eficiência funcional Segurança pública e segurança social Rigidez em leis anti-truste e anti-monopólio
José Paschoal Rossetti 20
2. As múltiplas dimensões da competitividade2. As múltiplas dimensões da competitividade Aglomerados e cadeiasAglomerados e cadeias
Massa Crítica de Fornecedores
Atração de fornecedores próximos, com ganhos logísticos
Aglomerados e Aglomerados e cadeias competitivascadeias competitivas
Sinergias e InformaçõesCapacitações ampliadas
Segmentos IntegradosP&D de materiais, processos e
produtos
Políticas Públicas de Apoio
Regulação e investimentos
infra-estruturais
Rivalidade CriativaAvanços conjuntos, mas competitivos
Esforços CompartilhadosFoco em inovações, equalizações
globais e busca por melhores práticas
Promoções ConjuntasForos de desenvolvimento e
exposição de resultados
Investimentos Interconectados
Atração de investidores para suprimentos complementares
José Paschoal Rossetti 21
2. As múltiplas dimensões da competitividade2. As múltiplas dimensões da competitividade Empresas competitivasEmpresas competitivas
Tecnologia e OperaçõesQualificação das unidades de
produção e das redes externas de conexão com mercados
A Empresa Competitiva: A Empresa Competitiva: Fatores-ChaveFatores-Chave
Inserção GlobalEstruturas instaladas, acesso a
tecnologias e a recursos, presença em megamercados
Estratégia de NegóciosVisão, clareza, comprometimento,
agressividade e exeqüibilidade
Posicionamento no Ambiente de Negócios
Fatores críticos de sucesso: equalização com melhores competidores globais.
Criação de RiquezaCriação de riqueza para os acionistas, em condições socialmente sancionáveis
RH e GestãoÉtica, liderança, estrutura,
processos e clima: orientação para resultados
José Paschoal Rossetti 22
2. As múltiplas dimensões da competitividade2. As múltiplas dimensões da competitividade Posicionamento do BrasilPosicionamento do Brasil
QUADRO DE REFERÊNCIA DE AVALIAÇÕES COMPARATIVAS: QUADRO DE REFERÊNCIA DE AVALIAÇÕES COMPARATIVAS: CRITÉRIO IMDCRITÉRIO IMD
Eficiência Governamental
Performanceeconômica
Condições infra-estruturais
Eficiênciaempresarial
Condições institucionais
Fundamentosmacro
Sistema devalores
Impacto daglobalização
Estratégia nacional
Empregoe crescimento
Infra-estruturaeconômica
Práticas de gestão
Política educacional
Estabilidade dos preços C&T Produtividade
Finanças públicas
Fluxos externosreais P&D Mercado de
trabalho
Políticatributária
Fluxos externosfinanceiros Meio ambiente Mercado
financeiro
José Paschoal Rossetti 23
2. As múltiplas dimensões da competitividade2. As múltiplas dimensões da competitividade Posicionamento do BrasilPosicionamento do Brasil
O BRASIL NO RANKING GLOBALO BRASIL NO RANKING GLOBAL
SUBCONJUNTOS DE FATORES
SUBCONJUNTOS DE FATORES 19971997 19981998 19991999 20002000 20012001
Eficiência governamental 29 30 32 31 36
Performance econômica 41 43 39 35 31
Condições infra-estruturais 31 34 32 29 31
Eficiência empresarial 32 36 37 28 28
Eficiência governamental 29 30 32 31 36
Performance econômica 41 43 39 35 31
Condições infra-estruturais 31 34 32 29 31
Eficiência empresarial 32 36 37 28 28
POSIÇÃO PONDERADA 34 35 34 31 31
José Paschoal Rossetti 24
Posicionamento do BrasilPosicionamento do Brasil2. As múltiplas dimensões da competitividade2. As múltiplas dimensões da competitividade
Estados Unidos: 1º no ranking
Brasil: 31º no ranking
Eficiência governamental
Eficiência empresarial
Infra-estruturas
Performanceeconômica
José Paschoal Rossetti 25
Posicionamento do BrasilPosicionamento do Brasil2. As múltiplas dimensões da competitividade2. As múltiplas dimensões da competitividade
POSICIONAMENTOS COMPARATIVOS EM POSICIONAMENTOS COMPARATIVOS EM RANKINGSRANKINGS GLOBAIS GLOBAIS
Rank
Países
Tamanho da economiaPNB/PPA
Imagem mundial
IDH
Competitividade
Capacidadeempreen-
dedora
Gestãodas
empresas
Todosos
fatores
Estados Unidos
Brasil
1º
9º
4º
32º
3º
41º
3º
20º
1º
20º
1º
31º
IDH
3º
32º
Graude
Globali-zação
José Paschoal Rossetti 26
Fatores sistêmicosFatores sistêmicos
PERCEPÇÃO DO SETOR: AS CONDIÇÕES SISTÊMICAS NO BRASILPERCEPÇÃO DO SETOR: AS CONDIÇÕES SISTÊMICAS NO BRASIL
3. A Competitividade do setor mínero-metalúrgico brasileiro3. A Competitividade do setor mínero-metalúrgico brasileiro
Fatores Considerados Avaliação
Gestão
Instituições e Economia
Finanças
Internacionalização
Infra-estrutura
Ciência e Tecnologia
Pessoas e Mercado de Trabalho
Governo
7,32
6,46
6,08
5,91
5,76
5,10
4,99
4,79
Média de todos os fatores 5,80
José Paschoal Rossetti 27
Fatores sistêmicosFatores sistêmicos
PERCEPÇÃO DO SETOR: AS DEZ MELHORESPERCEPÇÃO DO SETOR: AS DEZ MELHORESCONDIÇÕES SISTÊMICASCONDIÇÕES SISTÊMICAS
3. A Competitividade do setor mínero-metalúrgico brasileiro3. A Competitividade do setor mínero-metalúrgico brasileiro
Indicadores Considerados Avaliação Preocupação das empresas com o binômio produtividade-
competitividade.
Eficiência operacional das empresas.
Valores, cultura e posturas observadas na gestão das empresas.
Qualidade da estratégia das empresas.
Tecnologia e agilidade do sistema financeiro.
Qualificação, habilidade e preparação profissional dos trabalhadores.
Disponibilidade e eficácia dos sistemas de telecomunicações.
Qualidade das escolas de administração.
Abrangência institucional e portfólio de produtos financeiros.
Estabilidade macroeconômica.
7,86
7,61
7,18
7,14
6,96
6,89
6,86
6,79
6,71
6,50
José Paschoal Rossetti 28
Fatores sistêmicosFatores sistêmicos
PERCEPÇÃO DO SETOR: AS DEZ PIORESPERCEPÇÃO DO SETOR: AS DEZ PIORESCONDIÇÕES SISTÊMICASCONDIÇÕES SISTÊMICAS
3. A Competitividade do setor mínero-metalúrgico brasileiro3. A Competitividade do setor mínero-metalúrgico brasileiro
Indicadores Considerados Avaliação
Legislação trabalhista e encargos sociais.
Investimento público em P&D.
Estrutura tributária.
Qualidade da administração pública.
Movimento e pressões sindicais.
Disponibilidade de energia.
Grau de interferência do governo nos mercados.
Condução das reformas estruturais que impactam positivamente a competitividade.
Custo e disponibilidade das fontes de financiamento.
Comportamentos adversos das pessoas (absenteísmo, turnover).
3,07
3,89
4,04
4,25
4,61
4,68
4,96
5,07
5,21
5,39
José Paschoal Rossetti 29
Fatores de impulsãoFatores de impulsão
FATORES EXTERNOS QUE TÊM IMPULSIONADO FATORES EXTERNOS QUE TÊM IMPULSIONADO A BUSCA DA COMPETITIVIDADE PELO SETORA BUSCA DA COMPETITIVIDADE PELO SETOR
3. A Competitividade do setor mínero-metalúrgico brasileiro3. A Competitividade do setor mínero-metalúrgico brasileiro
Os mais importantes
Os menos importantes
1º Privatização do setor.
2º Pressões crescentes dos clientes mundiais pela combinação de alta qualidade com preços baixos.
3º Pressões crescentes dos clientes nacionais pela combinação de alta qualidade com preços baixos.
4º Estratégias competitivas mais agressivas dos concorrentes nacionais e globais.
5º Competição mais “robusta”: fusões e aquisições no exterior e no país.
6º Quebra de barreiras de entrada no setor: presença crescente de global players no país.
7º Globalização dos mercados. Global procurement.
8º Desenvolvimento de substitutos para o aço e outros metais.
9º Crescente sensibilidade dos clientes à “ampliação” dos produtos: certificações, garantias e serviços.
10º Oportunidades de substituição de outros insumos pelo aço e outros metais.
José Paschoal Rossetti 30
Fatores de impulsãoFatores de impulsão
IMPORTÂNCIA ATRIBUÍDA A FATORES INTERNOS QUE CONTRIBUEM IMPORTÂNCIA ATRIBUÍDA A FATORES INTERNOS QUE CONTRIBUEM PARA O AUMENTO DA COMPETITIVIDADEPARA O AUMENTO DA COMPETITIVIDADE
3. A Competitividade do setor mínero-metalúrgico brasileiro3. A Competitividade do setor mínero-metalúrgico brasileiro
Os mais importantes
Os menos importantes
1º Escalas de produção.
2º Qualidade dos produtos.
3º Tecnologias de processo produtivo.
4º Custos e preços comprimidos.
5º Modelo eficaz de distribuição.
6º Pesquisa e compreensão do mercado.
7º Produtos inovativos.
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Posicionamento: auto-avaliaçãoPosicionamento: auto-avaliação
AVALIAÇÃO DO POSICIONAMENTO COMPETITIVO E DO DESEMPENHO AVALIAÇÃO DO POSICIONAMENTO COMPETITIVO E DO DESEMPENHO DAS EMPRESAS, SEGUNDO GRANDES CONJUNTOS DE FATORESDAS EMPRESAS, SEGUNDO GRANDES CONJUNTOS DE FATORES
3. A Competitividade do setor mínero-metalúrgico brasileiro3. A Competitividade do setor mínero-metalúrgico brasileiro
Conjuntos de fatoresAvaliação média(Escala 0 a 10)
Estratégia de negócios
Desempenho econômico-financeiro
Desempenho no ambiente de negócios
Recursos humanos e gestão
Sítios de operações e perfil tecnológico
Grau de inserção global
7,7
7,4
7,3
7,3
6,9
6,2
MÉDIA DE TODOS OS CONJUNTOS 7,1
José Paschoal Rossetti 32
Posicionamento: auto-avaliaçãoPosicionamento: auto-avaliação
SÍNTESE DO POSICIONAMENTO COMPETITIVO DO SETORSÍNTESE DO POSICIONAMENTO COMPETITIVO DO SETOR
3. A Competitividade do setor mínero-metalúrgico brasileiro3. A Competitividade do setor mínero-metalúrgico brasileiro
Alta
Mediana
Baixa
Baixa Mediana Alta
10,0
6,7
3,3
0 3,3 6,7 10,0
Qualidade daEstratégia
Desempenho Operacional
José Paschoal Rossetti 33
Posicionamento: auto-avaliaçãoPosicionamento: auto-avaliação3. A Competitividade do setor mínero-metalúrgico brasileiro3. A Competitividade do setor mínero-metalúrgico brasileiro
Desempenhono ambiente de
negócios
Recursos Humanose gestão
Sítios de operaçõese perfil tecnológico
Grau deinserção
global
Estratégiade negócios
Desempenhoeconômico-financeiro
0
2
4
6
810
Competências
Hiatos
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O novo mundo corporativoO novo mundo corporativo4. Os grandes desafios4. Os grandes desafios
Quebra de “barreiras de entrada” em praticamente todos os mercados: Mudanças na estrutura da concorrência (novos players). Substitutos: leque aberto. Maior elasticidade da procura: erosão dos preços. Margens comprimidas.
Economias crescentes de escala como resposta: deslocamento para baixo da curva de custo total médio.
Mudanças na estrutura de custos: Expansão: P&D (materiais, processos, produtos e soluções), “ampliação” do
produto (atenções pré e pós-venda, garantias, serviços) e distribuição. Redução: estrutura organizacional e processos.
Conluios e cartéis em baixa. Alianças estratégicas e fusões em alta:
Riscos compartilhados. Economias de escala. Maior âmbito geográfico de atuação. Complementação de capacitações.
Nova estrutura da concorrência: Concentração em termos globais. Maior número de competidores nos mercados nacionais.
Mudanças de países e empresas nos rankings de competitividade.
BARREIRAS QUEBRADAS E NOVA ESTRUTURA DA CONCORRÊNCIABARREIRAS QUEBRADAS E NOVA ESTRUTURA DA CONCORRÊNCIA
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A reconfiguração do setor no BrasilA reconfiguração do setor no Brasil4. Os grandes desafios4. Os grandes desafios
A. ESTRUTURA DO CAPITALA. ESTRUTURA DO CAPITAL
100%
0
100%
0
EstataisEstatais
Setorprivado
Gruposprivadosnacionais
Global players
100%
0
Setorprivado
Estatais
Décadasprecedentes
Anos 90 Visão
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A reconfiguração do setor no BrasilA reconfiguração do setor no Brasil4. Os grandes desafios4. Os grandes desafios
B. GLOBAL-LOCALIZAÇÃO DOS GRUPOS PRIVADOS NACIONAISB. GLOBAL-LOCALIZAÇÃO DOS GRUPOS PRIVADOS NACIONAIS
Estruturas de atuação estabelecidas no Brasil
Estruturas globais de atuação
Visão
0
100%
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4. Os grandes desafios4. Os grandes desafios
C. GESTÃO: ÊNFASES E POSTURASC. GESTÃO: ÊNFASES E POSTURAS
Voltadas para dentro: aprevalência da usina
Voltadas para fora: a prevalência do mercado
Visão
0
100%
A reconfiguração do setor no BrasilA reconfiguração do setor no Brasil
José Paschoal Rossetti 38
4. Os grandes desafios4. Os grandes desafios
D. PRODUTOS “AMPLIADOS”: D. PRODUTOS “AMPLIADOS”: A LÓGICA ESTRATÉGICA DA DIFERENCIAÇÃOA LÓGICA ESTRATÉGICA DA DIFERENCIAÇÃO
Produtos “ampliados”
Logística e centros de serviços descentralizados
Presença nos clientes Desenvolvimento de
soluções Alianças “a jusante”
Negócios e produtos“as usual”
Visão
0
100%
A reconfiguração do setor no BrasilA reconfiguração do setor no Brasil
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A construção da competitividadeA construção da competitividade4. Os grandes desafios4. Os grandes desafios
VantagensComparativas
VantagensCompetitivas
A riqueza é definida pela disponibilidade de recursos naturais
A riqueza é criada pelas escolhas da nação: governos,
empresas, pessoas
“A prosperidade nacional é criada, não herdada. Ela não brota dos atributos geoeconômicos de um país, mas de condições
construídas, da capacidade de inovação e da competição a que suas empresas são submetidas”.
M. Porter, The Competitive Advantage of Nations