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A EVOLUÇÃO RECENTE DO TRABALHO DECENTE NO BRASIL: PRINCIPAIS AVANÇOS E DESAFIOS José Ribeiro Escritório da OIT no Brasil Seminário O Mundo do Trabalho na Visão da Administração Vitória-ES, 01 de novembro de 2012

José ribeiro evolução do trabalho decente no brasil

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Seminário O Mundo do Trabalho na Visão da Administração Palestra 1 “A Evolução recente do Trabalho Decente no Brasil: principais avanços e desafios”

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Page 1: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

A EVOLUÇÃO RECENTE DO TRABALHO DECENTE NO BRASIL:PRINCIPAIS AVANÇOS E DESAFIOS

José RibeiroEscritório da OIT no Brasil

Seminário

O Mundo do Trabalho na Visão da Administração

Vitória-ES, 01 de novembro de 2012

Page 2: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

ORGANIZAORGANIZAÇÇÃO INTERNACIONAL ÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO DO TRABALHO -- OITOIT

Fundada em 1919 (Tratado de Versalhes)1919 (Tratado de Versalhes)

MandatoMandato: promover a justiça social e o reconhecimento internacional dos direitos humanos e trabalhistas

Única Agência do Sistema ONU com estrutura estrutura tripartitetripartite empregadores, trabalhadores e governo

Formula as Normas Internacionais do Normas Internacionais do Trabalho Trabalho (189 convenções em 2011)

Atualmente conta com 184 Estados-Membros

Page 3: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

O Pacto Global foi anunciado internacionalmente pelo Secretário Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, no Fórum Econômico Mundial (Fórum de Davos) na reunião de 31 de janeiro de 1999, e foi oficialmente lançado em 26 de julho de 2000 no escritório da ONU em Nova Iorque;

Consiste numa Iniciativa das Nações Unidas, propondo à comunidade empresarial, às agências da ONU e organizações da sociedade civil o desafio de apoiar mundialmente a promoção de valores fundamentais em quatro áreas: direitos humanos, direitos do trabalho, proteção ambiental e combate à corrupção, refletidos em dez princípios;

O Pacto Global conta atualmente (23/10/2012) com mais de 10 mil empresas participantes e stakeholders, distribuídos em 145 países -maior iniciativa de responsabilidade corporativa voluntária do mundo.

3

O PACTO GLOBAL DA ONU

Page 4: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Os Dez Princípios do Pacto Global

Direitos Humanos

(Referência: Declaração Universal dos Direitos Humanos)

Page 5: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Direitos do Trabalho

Os Dez Princípios do Pacto Global

(Referência: Declaração da OIT sobre os Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho, de 1998)

Page 6: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Meio Ambiente

Os Dez Princípios do Pacto Global

(Referência: Princípios da Rio 92 sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento)

Page 7: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Combate à Corrupção

Os Dez Princípios do Pacto Global

(Referência: Conferência das Nações Unidas contra a Corrupção)

Page 8: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Perfil da Rede Brasileira 485 signatários (situação em 01/11/2012) Governança: Comitê Brasileiro do Pacto Global Ponto Focal: Instituto Ethos Composição dos signatários:

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Comitê Brasileiro do Pacto Global – CBPG

Criado em dezembro de 2003 Conta atualmente com 35 membros:

Associação Comercial do Paraná Banco Bradesco Banco do Brasil Banco Itaú Unibanco BASF BM&F BOVESPA Braskem Caixa Econômica Federal COPEL CPFL Endesa FGV Paraná FIEMG FIEP FIESP Fundação Dom Cabral Grupo Abril Grupo Libra Grupo Pão de Açúcar Instituto Ethos ISAE-FGV Paraná Itaipu Maersk Suplly Service Apoio Marítimo Natura Novozymes Latin America Nutrimental Petrobras Pricewaterhouse Coopers Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) – Brasil Promon Samarco SESI Souza Cruz Suzano Papel e Celulose Whirlpool Latin America Vale

Page 10: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

O CONCEITO E A O CONCEITO E A MEDIMEDIÇÇÃO DO ÃO DO

TRABALHO DECENTE TRABALHO DECENTE

10

Page 11: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

11

O conceito de O conceito de TRABALHO DECENTETRABALHO DECENTE

Formalizado pela OIT em 1999 Sintetiza sua missão histórica de:

Promover oportunidades para que Promover oportunidades para que homens e mulheres possam homens e mulheres possam

conseguir um trabalho produtivo conseguir um trabalho produtivo e de qualidade em condie de qualidade em condiçções de ões de liberdade, equidade, seguranliberdade, equidade, segurançça e a e

dignidade humanadignidade humana

Page 12: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

TRABALHO TRABALHO DECENTEDECENTEPonto de convergência

de 4 objetivos estratégicos

EQUIDADE: eixo transversal

A promoção dos DIREITOS DIREITOS no trabalho

A geração de mais e melhoresEMPREGOS EMPREGOS

A extensão daPROTEPROTEÇÇÃO ÃO

SOCIAL SOCIAL

O fortalecimento doDIDIÁÁLOGO LOGO SOCIAL SOCIAL

Ponto de convergência de 4 Ponto de convergência de 4 objetivos estratobjetivos estratéégicos gicos

MultidimensionalidadeMultidimensionalidade: dimensões quantitativas e qualitativas do emprego

Page 13: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

13

A quem se aplica o conceito de A quem se aplica o conceito de Trabalho Decente?Trabalho Decente?

Todas as pessoas que trabalham Todas as pessoas que trabalham tem direitos tem direitos –– assim como nassim como nííveis veis

mmíínimos de remuneranimos de remuneraçção, ão, proteproteçção e condião e condiçções de trabalho ões de trabalho --

que devem ser respeitados.que devem ser respeitados.

Ao conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras:

Não apenas aqueles que tem um emprego regular, estável, protegido, no setor formal ou estruturado da economia

Inclui também as pessoas que trabalham à margem do mercado de trabalho estruturado

Page 14: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Setembro de 2008 – Reunião Tripartite de Especialistas em Medição do Trabalho Decente (Genebra) / Proposta

Novembro de 2008 – O Conselho de Administração da OIT aprova a criação de um projeto inter-regional de cooperação técnica na área da medição do Trabalho Decente, com o apoio e financiamento da Comissão Europeia;

É criado o Projeto Monitorando e Avaliando o Progresso do Trabalho Decente (MAP), que trabalha conjuntamente com agências governamentais (incluindo os Ministérios do Trabalho), Institutos Nacionais de Estatística, organizações de empregadores e trabalhadores e institutos de pesquisa, com o objetivo de fortalecer a capacidade dos países em desenvolvimento em matéria de monitoramento e avaliação do progresso em termos do trabalho decente;

Trata-se de um projeto piloto em âmbito munidal, que abarca dez países, sendo dois deles na América Latina (Brasil e Peru); 14

O PROJETO MAP

Page 15: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Diferentes Tipos de Indicadores

• Um enfoque diferenciado dos indicadores:

- Indicadores principais: conjunto de indicadores básicos para medir o avanço nol progresso do Trabalho Decente (18 atualmente)

- Indicadores adicionais: para serem utilizados quando apropriado, desde que existam dados disponíveis (25 acualmente)

- Indicadores de contexto: proporcionam informação sobre o contexto econômico e social que condicionam a promoção do Trabalho Decente (11 acualmente)

- Indicadores que poderão ser incluídos no futuro: indicadores relevantes, mas que actualmente não são passíveis de construção, mas que serão incluidos quando os dados estiverem disponíveis (12 atualmente)

- Información sobre o marco legal (L): Tema abarcado pela informação sobre os direitos no trabalho e o marco jurídico para a promoção do Trabalho Decente (19 atualmente)

- Há uma recomendação de que boa parte dos indicadores sejam desagregados por sexo (e raça).

Page 16: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

NOVO RELATNOVO RELATÓÓRIO RIO SOBRE O PERFIL E A SOBRE O PERFIL E A

EVOLUEVOLUÇÇÃO DO ÃO DO TRABALHO DECENTE TRABALHO DECENTE

NO BRASILNO BRASIL

16

Page 17: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Mantidos os indicadores básicos de Trabalho Decente utilizados na 1ª edição (1999)

Novos indicadores sugeridos na Oficina de Consulta Tripartite realizada em Brasília (agosto/2009) grande parte construídos em parceria com o IBGE

Cobertura Territorial: Brasil, Grandes Regiões e 27 Unidades da Federação Experiência pioneira no mundo com base na metodologia OIT

Período de análise: predominantemente 2004-2009 (PNAD/cobertura rural integral) alguns indicadores referentes a 2010 e 2011 (Censo 2010 e

alguns registros administrativos dos ministérios)

Novas categorias de sexo e cor ou raça: homens e mulheres brancos/as e homens e mulheres negras

Capítulo inédito sobre Empresas Sustentáveis e Trabalho Decente.

NOVA EDIÇÃO DO RELATÓRIO PERFIL DO TRABALHO DECENTE NO BRASIL

Page 18: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

DIMENSÕES DE MEDIDIMENSÕES DE MEDIÇÇÃO ÃO DO TRABALHO DECENTE DO TRABALHO DECENTE

18

Page 19: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

DIMENSÕES PARA MEDIÇÃO DO TRABALHO DECENTE

1. Oportunidades de emprego2. Rendimentos adequados e trabalho produtivo3. Jornada de trabalho decente4. Conciliação entre trabalho, vida pessoal e familiar5. Trabalho a ser abolido6. Estabilidade e segurança no trabalho7. Igualdade de oportunidades e de tratamento no emprego8. Ambiente de trabalho seguro9. Seguridade social10. Diálogo social e representação de trabalhadores e de

empregadores Contexto Socioeconômico (que condiciona o TD)

19

Page 20: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

PRINCIPAIS RESULTADOSPRINCIPAIS RESULTADOS

BRASIL E EXTREMOS DASBRASIL E EXTREMOS DASDESIGUALDADES DESIGUALDADES

REGIONAISREGIONAIS

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Page 21: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

CONTEXTO ECONÔMICO CONTEXTO ECONÔMICO E SOCIAL E SOCIAL

21

Page 22: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Significativa redução da pobreza

ReduReduçção da pobrezaão da pobreza: 27,9 milhões de pessoas (2003-2009)

ReduReduçção da desigualdadeão da desigualdade ReduReduçção da desnutrião da desnutriçção infantilão infantil: 61% (2003-2010)

Principais fatores: efeitos dos programas de transferência de renda condicionada

(Bolsa Família) crescimento do emprego aumento real do salário mínimo ampliação da cobertura da previdência e assistência social

Page 23: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

0,506

0,511

0,530

0,5360,532

0,517

0,490

0,500

0,510

0,520

0,530

0,540

2004 2005 2006 2007 2008 2009

ÍNDICE DE GINI DO RENDIMENTO DO TRABALHO PRINCIPAL DAS PESSOAS 16 ANOS OU MAIS DE IDADE OCUPADAS COM RENDIMENTO

BRASIL, 2004-2009

Fonte: IBGE - PNAD

Page 24: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

OPORTUNIDADES OPORTUNIDADES DE EMPREGODE EMPREGO

24

Page 25: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Aumenta a participação feminina e diminui o diferencial em relação aos homens

74,4 75,0 74,8 75,3

62,9 64,2 64,0 64,8

86,8 86,6 86,4 86,7

74,5 74,8 74,675,2

74,475,3 75,0 75,4

50556065707580859095

2004 2006 2008 2009Total Mulheres Homens Negros Brancos

Taxa de Participação por sexo e cor ou raça - Brasil, 2004/2009

Fonte: IBGE - PNAD

Brasil 75,3Alagoas e Paraíba 65,5Pernambuco 68,3Santa Catarina 79,7Tocantins 80,7

Contrastes - 2009

Page 26: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

O desemprego diminui entre 2004 e 2008, cresce com a crise em 2009** Posteriormente segue a trajetória de declínio (próximo slide)

Fonte: IBGE - PNAD

Taxa de Desemprego por sexo e cor ou raça - Brasil, 2004/2009

Brasil 8,4Amapá 13,5Pernambuco 12,5Santa Catarina 5,2

Contrastes

Espírito Santo – 7,8%

Page 27: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Queda significativa do desemprego, apesar da Queda significativa do desemprego, apesar da crise financeira internacional crise financeira internacional

(Brasil, 2003 a 2011)(Brasil, 2003 a 2011)

12,411,5

9,3

10,09,9

6,7

6,0

8,1

7,9

5,0

6,0

7,0

8,09,0

10,0

11,0

12,0

13,0

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Fonte: PME/IBGE.OPO

RTU

NID

AD

ES D

E E

MPR

EG

OO

POR

TUN

IDA

DES

DE

EM

PRE

GO

Page 28: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

O desemprego juvenilainda é muito elevado

Fonte: IBGE - PNAD

Taxa de Desemprego de 15 a 24 anos por sexo e cor ou raça - Brasil, 2004/2009

18,1 17,7

15,5

17,8

23,3 23,020,5

23,1

14,2 13,8

11,913,9

18,9 18,716,3

18,817,2

16,714,3

16,6

5

10

15

20

25

30

2004 2006 2008 2009

Total Mulheres Homens Negros Brancos

Brasil 17,8Piauí 9,8Santa Catarina 11,5Distrito Federal 25,5Amapá 27,0

Contrastes - 2009Espírito Santo – 16,9%H – 13,7% e M – 21,2%

Page 29: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Percentual de jovens de 15 a 24 anos de idade que não estudam nem trabalham é elevado e resiste em declinar

Fonte: IBGE - PNAD

18,7 18,917,9 18,4

25,9 25,924,5 24,8

11,4 11,7 11,5 12,1

20,5 20,9 19,9 20,4

16,7 16,5 15,4 16,1

5

10

15

20

25

30

2004 2006 2008 2009

Total Mulheres Homens Negros Brancos

Brasil 18,4Santa Catarina 11,0Tocantins 12,8Alagoas 25,0Pernambuco 25,7

Contrastes - 2009

%

Espírito Santo – 19,2%H – 13,5% e M – 24,9%

Page 30: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

NÚMERO DE EMPREGOS FORMAIS EM 31 DE DEZEMBRO E VARIAÇÃOVARIAÇÃO ACUMULADA - ABSOLUTA E RELATIVABRASIL, GRANDES REGIÕES E UNIDADES DA FEDERAÇÃO, 2002 E 2010

2002 2010 Absoluta %Brasil 28.683.913 44.068.355 15.384.442 53,6Região Norte 1.296.597 2.408.182 1.111.585 85,7Rondônia 173.276 334.290 161.014 92,9Acre 68.439 121.187 52.748 77,1Amazonas 291.315 575.739 284.424 97,6Roraima 28.129 78.585 50.456 179,4Pará 546.251 951.235 404.984 74,1Amapá 55.960 108.191 52.231 93,3Tocantins 133.227 238.955 105.728 79,4Região Nordeste 4.859.397 8.010.839 3.151.442 64,9Maranhão 329.935 636.625 306.690 93,0Piauí 236.945 377.463 140.518 59,3Ceará 793.312 1.325.792 532.480 67,1Rio Grande do Norte 318.971 575.026 256.055 80,3Paraíba 375.537 579.504 203.967 54,3Pernambuco 943.895 1.536.626 592.731 62,8Alagoas 311.780 470.992 159.212 51,1Sergipe 239.305 369.579 130.274 54,4Bahia 1.309.717 2.139.232 829.515 63,3Região Sudeste 15.128.474 22.460.999 7.332.525 48,5Minas Gerais 3.046.362 4.646.891 1.600.529 52,5Espírito Santo 551.601 860.421 308.820 56,0Rio de Janeiro 2.922.463 4.080.082 1.157.619 39,6São Paulo 8.608.048 12.873.605 4.265.557 49,6Região Sul 5.075.659 7.557.531 2.481.872 48,9Paraná 1.812.631 2.783.715 971.084 53,6Santa Catarina 1.235.612 1.969.654 734.042 59,4Rio Grande do Sul 2.027.416 2.804.162 776.746 38,3Região Centro-Oeste 2.323.786 3.630.804 1.307.018 56,2Mato Grosso do Sul 349.600 560.789 211.189 60,4Mato Grosso 379.152 656.542 277.390 73,2Goiás 781.443 1.313.641 532.198 68,1Distrito Federal 813.591 1.099.832 286.241 35,2Fonte: MTE - RAIS

Variação Acumulada entre 2003 e 2010Área Geográfica

Número de Empregos

Page 31: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Taxa de Formalidade16-64 anos

Corresponde ao somatório de:

Trabalhadores com carteira de trabalho assinada (inclusive os trabalhadores/as domésticos/as + Militares e funcionários públicos estatutários +Empregadores e trabalhadores por conta própria que contribuem para a previdência social)

Dividido pelo número total de ocupados X 100

Page 32: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

A formalidade aumenta, mas ainda são expressivas as desigualdades de gênero, raça

e entre as UFs

48,450,4

53,3 54,3

45,247,0

49,650,750,7

53,056,1

57,0

39,642,1

46,1 46,8

56,258,3

60,461,9

35

40

45

50

55

60

65

2004 2006 2008 2009Total Mulheres Homens

Fonte: IBGE - PNAD

Taxa de Formalidade por sexo e cor ou raça - Brasil, 2004/2009

Brasil 54,3São Paulo 69,1Distrito Federal 69,0Maranhão 29,9Piauí 25,9

Contrastes - 2009

Espírito Santo:2004 – 49,0%2009 – 54,9%

Page 33: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

RENDIMENTOS ADEQUADOS RENDIMENTOS ADEQUADOS E TRABALHO PRODUTIVOE TRABALHO PRODUTIVO

33

Page 34: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Fonte: IBGE - PNAD

Page 35: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

TABELADISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DO RENDIMENTO TOTAL E VARIAÇÃO PATRIMONIAL MÉDIO MENSAL FAMILIARPOR TIPOS DE ORIGEM DOS RENDIMENTOSBRASIL, GRANDES REGIÕES E UNIDADES DA FEDERAÇÃO, 2008-2009

RendimentoTotal

Rendimentodo

Trabalho

Trans-ferência

Rendimento de Aluguel e

de Outras Rendas

Rendimentonão

Monetário

Brasil 100,0 95,6 61,1 18,5 3,3 12,8 4,4Área Urbana 100,0 95,5 61,8 18,3 3,2 12,2 4,5Área Rural 100,0 96,1 53,6 20,5 3,3 18,7 3,9Grandes RegiõesNorte 100,0 96,1 65,6 13,3 2,8 14,5 3,9Nordeste 100,0 97,1 57,8 22,5 3,2 13,6 2,9Sudeste 100,0 95,4 61,2 18,5 3,1 12,5 4,6Sul 100,0 94,2 60,3 17,1 4,0 12,9 5,8Centro-Oeste 100,0 96,7 66,4 16,1 2,9 11,2 3,3Unidades da FederaçãoRondônia 100,0 92,5 65,5 10,8 4,1 12,2 7,5Acre 100,0 94,5 59,6 9,5 3,6 21,9 5,5Amazonas 100,0 98,8 70,3 12,8 0,7 15,0 1,2Roraima 100,0 97,8 64,3 14,0 0,7 18,8 2,2Pará 100,0 96,4 64,0 14,5 3,4 14,4 3,6Amapá 100,0 99,0 72,8 12,8 1,3 12,2 1,0Tocantins 100,0 93,5 62,4 14,2 3,3 13,5 6,5Maranhão 100,0 97,8 60,4 20,5 3,3 13,7 2,2Piauí 100,0 96,3 55,1 25,4 2,3 13,5 3,7Ceará 100,0 97,3 55,7 25,8 2,9 12,9 2,7Rio Grande do Norte 100,0 96,7 55,8 24,9 3,5 12,5 3,3Paraíba 100,0 97,6 54,9 28,7 1,5 12,5 2,4Pernambuco 100,0 96,9 56,5 24,1 3,1 13,2 3,1Alagoas 100,0 97,7 59,2 25,2 1,6 11,8 2,3Sergipe 100,0 95,2 59,4 20,5 2,2 13,1 4,8Bahia 100,0 97,1 59,8 18,2 4,3 14,8 2,9Minas Gerais 100,0 97,0 59,7 21,9 3,0 12,3 3,0Espírito Santo 100,0 94,8 59,9 19,9 2,9 12,1 5,2Rio de Janeiro 100,0 94,8 59,5 22,5 1,5 11,3 5,2São Paulo 100,0 95,0 62,4 15,7 3,7 13,1 5,0Paraná 100,0 95,3 60,8 17,1 4,0 13,3 4,7Santa Catarina 100,0 93,3 61,5 14,1 4,9 12,8 6,7Rio Grande do Sul 100,0 93,8 59,0 18,8 3,3 12,6 6,2Mato Grosso do Sul 100,0 95,8 64,6 14,7 3,8 12,6 4,2Mato Grosso 100,0 97,4 70,1 11,2 2,4 13,7 2,6Goiás 100,0 95,8 66,2 15,7 3,4 10,4 4,2Distrito Federal 100,0 98,1 65,6 20,2 2,2 10,1 1,9Fonte: IBGE - Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009.

Área Geográfica

Distribuição do Rendimento Total e Variação Patrimonial Médio Mensal Familiar (%)

Total

Tipos de Origem dos Rendimentos

VariaçãoPatrimonial

Page 36: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

TRABALHO A TRABALHO A SER ABOLIDOSER ABOLIDO

36

Page 37: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

37

Significativa redução do trabalho infantil (Brasil)

NNúúmero de crianmero de criançças e adolescentes entreas e adolescentes entre5 e 17 anos envolvidos no trabalho infantil5 e 17 anos envolvidos no trabalho infantil

4.250.401

8.423.448

4.000.000

5.000.000

6.000.000

7.000.000

8.000.000

9.000.000

1992 1993 1995 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

49% de redução entre 1992 e 2009Source: IBGE - PNAD

Page 38: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

1,4

8,4

19,9

35,1

11,8

0,8

5,7

16,1

32,1

9,8

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

05 a 09 anos 10 a 13 anos 14 e 15 anos 16 e 17 anos 05 a 17 anos

2004 2009

GRÁFICO PERCENTUAL DE CRIANÇAS DE 05 A 17 ANOS DE IDADE

OCUPADAS, SEGUNDO GRUPOS ETÁRIOS BRASIL, 2004-2009

Fonte: IBGE - Microdados da PNAD

%

Page 39: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

GRÁFICO PERCENTUAL DE CRIANÇAS DE 05 A 17 ANOS DE IDADE

OCUPADAS, SEGUNDO GRUPOS ETÁRIOS ESPÍRITO SANTO, 2004-2009

Fonte: IBGE - Microdados da PNAD

0,8

8,1

23,9

38,4

19,6

0,9

5,4

11,1

33,9

13,5

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

05 a 09 anos 10 a 13 anos 14 e 15 anos 16 e 17 anos 10 a 17 anos

2004 2009

%

Page 40: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

NÚMERO DE ADOLESCENTES OCUPADOS E DE APRENDIZES DE 14 E 15 ANOSDE IDADE E PERCENTUAL DE APRENDIZES EM RELAÇÃO AO TOTAL DEOCUPADOS DE 14 E 15 ANOS DE IDADEBRASIL, GRANDES REGIÕES E UNIDADES DA FEDERAÇÃO, 2009

Número de Ocupados de 14 e 15 anos

Número de Aprendizes de 14 e 15 anos

% de Aprendizes

entre os Ocupados

Brasil 1.152.841 18.631 1,6Grandes RegiõesNorte 115.402 824 0,7Nordeste 463.708 1.326 0,3Sudeste 305.447 9.864 3,2Sul 174.772 4.083 2,3Centro-Oeste 93.512 2.534 2,7Unidades da FederaçãoRondônia 15.522 172 1,1Acre 6.614 72 1,1Amazonas 18.688 272 1,5Roraima 1.753 31 1,8Pará 53.058 205 0,4Amapá 3.311 33 1,0Tocantins 16.456 39 0,2Maranhão 59.107 45 0,1Piauí 30.576 247 0,8Ceará 93.710 128 0,1Rio Grande do Norte 24.954 127 0,5Paraíba 23.090 16 0,1Pernambuco 53.210 114 0,2Alagoas 23.038 200 0,9Sergipe 13.259 145 1,1Bahia 142.764 304 0,2Minas Gerais 139.062 1.364 1,0Espírito Santo 14.072 2.257 16,0Rio de Janeiro 28.286 1.174 4,2São Paulo 124.027 5.069 4,1Paraná 72.417 1.507 2,1Santa Catarina 49.554 986 2,0Rio Grande do Sul 52.801 1.590 3,0Mato Grosso do Sul 13.176 235 1,8Mato Grosso 24.501 393 1,6Goiás 52.469 1.130 2,2Distrito Federal 3.366 776 23,1Fonte: IBGE - Microdados da PNAD e MTE - RAISElaboração: Escritório da OIT no Brasil

Área Geográfica

2009

Page 41: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Número de Trabalhadores Resgatados em Condições Análogas à Escravidão (2008-2011):

o Brasil – 13.841 trabalhadoreso Centro-Oeste: 3.592 trabalhadores (26,0% do total)o Sudeste: 3.094 trabalhadores (22,4% do total)o Norte: 3.016 trabalhadores (21,8% do total)o Nordeste: 2.946 trabalhadores (21,3% do total)o Sul: 1.193 trabalhadores (8,6% do total)

Quatro Unidades da Federação (UFs) concentravam quase a metade (46,6%) do total de pessoas libertadas:

Pará: 1.929 (13,9%) Goiás: 1.848 (13,4%) Minas Gerais: 1.578 (11,4%) Mato Grosso: 1.099 (7,9%)

41

TRABALHO FORÇADO

Page 42: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

JORNADA DE JORNADA DE TRABALHO DECENTETRABALHO DECENTE

42

Page 43: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Diminui o percentual de trabalhadores com Jornada laboral acima de 44 horas semanais

Em 2009 – Variava de 16,9% no Piauí a 34,6% em Goiás

Page 44: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Indicador Normativo 4Duração máxima do trabalho

Legislação, políticas ou instituições: O art. 7º, inciso XIII, da Constituição, e o art. 58 da Consolidação das Leis do Trabalho estabelecem as normas básicas.

Número máximo de horas permitido: Nos termos da Constituição, os trabalhadores urbanos e rurais têm direito a duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e 44 semanais. Compensação de horários e redução da jornada podem ser estabelecidas por acordo ou convenção coletiva de trabalho. A Constituição determina que os trabalhadores urbanos e rurais têm direito a jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva. A CLT estatui que a duração normal do trabalho em qualquer atividade privada não excederá de oito horas diárias, a não ser que se fixe expressamente outro limite. O art. 59 da CLT estabelece que a duração normal do trabalho poderá ser acrescida de até duas horas diárias, por meio de acordo escrito entre empregador e empregado ou mediante contrato coletivo de trabalho, estabelecendo-se obrigatoriamente o valor da remuneração da hora suplementar, pelo menos 50% superior à normal. A duração máxima do trabalho semanal para os servidores públicos é de 40 horas. Cobertura da legislação: De acordo com o disposto no parágrafo único do art. 7º, da Constituição, os trabalhadores domésticos não estão cobertos pelos incisos XIII e XIV do mesmo art. 7º. A CLT se aplica a toda pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Excluem-se da proteção da CLT, salvo determinação expressa em contrário, a) os empregados domésticos; b) os trabalhadores rurais não empregados em atividades classificadas como industriais ou comerciais; c) os servidores públicos da União, dos Estados e dos Municípios; d) os servidores de autarquias paraestatais sujeitos a regime próprio de proteção ao trabalho que lhes assegure situação análoga à dos servidores públicos. Os trabalhadores domésticos são objeto de legislação especial: Lei n. 5.859, de 1972, regulamentada pelo Decreto n. 71.885, de 1973.

Evidência de efetiva implementação: Nenhuma informação obtida.

Ratificação de Convenções da OIT: Convênio sobre as Horas de Trabalho (Indústria), 1919 (n. 1), não ratificada.

Fontes: 1. Legislação nacional em NATLEX.

Page 45: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

CONCILIACONCILIAÇÇÃO ENTRE ÃO ENTRE TRABALHO, VIDA PESSOAL TRABALHO, VIDA PESSOAL

E FAMILIARE FAMILIAR

45

Page 46: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

A dupla jornada feminina e as desigualdades de gênero

POPULAÇÃO OCUPADA DE 16 ANOS OU MAIS DE IDADE NO TRABALHO PRINCIPAL QUE REALIZA AFAZERES DOMÉSTICOS POR SEXO SEGUNDO A MÉDIA DE HORAS SEMANAISDEDICADAS AO MERCADO DE TRABALHO E AOS AFAZERES DOMÉSTICOSBRASIL E UNIDADES DA FEDERAÇÃO SELECIONADAS, 2009

Média de Horas Semanais Média de Horas Semanais Jornada Semanalno Mercado de Trabalho Gastas c/ Afazeres Domésticos Total

(A) (B) (A + B)Brasil Homens 43,4 9,5 52,9 Mulheres 36,0 22,0 58,0Maranhão Homens 43,9 12,2 56,1 Mulheres 34,5 27,5 62,0Espírito Santo Homens 44,6 8,7 53,3 Mulheres 35,5 21,3 56,8Fonte: IBGE – Microdados da PNAD

Área Geográfica / Sexo

Page 47: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

A importância do tempo de deslocamento casa-trabalho e a realidade metropolitana

TABELATEMPO DE DESLOCAMENTO GASTO NO PERCURSO DA RESIDÊNCIA PARA O LOCAL DE TRABALHOBRASIL, TOTAL DAS REGIÕES METROPOLITANAS E METRÓPOLES DE SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO, 2009

Tempo de Brasil Regiões Região Metropolitana Região Metropolitanadeslocamento Metropolitanas de São Paulo do Rio de JaneiroAté 30 minutos 68,1 50,7 44,2 43,8Mais de 30 minutos até 1 hora 22,4 31,8 32,7 34,2Mais de 1 hora 9,5 17,5 23,1 22,0

Total 100,0 100,0 100,0 100,0Fonte: IBGE - Microdados da PNAD

Page 48: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

IGUALDADE DE IGUALDADE DE OPORTUNIDADES E OPORTUNIDADES E DE TRATAMENTO DE TRATAMENTO

NO EMPREGONO EMPREGO

48

Page 49: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

RENDIMENTOS E RENDIMENTOS E DESIGUALDADES DE DESIGUALDADES DE

SEXO E ECOR OU RASEXO E ECOR OU RAÇÇAA

49

Page 50: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Aumento do Rendimento Médio Real

O rendimento médio real dos trabalhadores aumenta 19,5% ao passar de R$ 896, em 2004 para R$ 1.071, em 2009.

Sob a ótica de gênero, entre 2004 e 2009, observa-se um crescimento um pouco mais rápido do rendimento médio das mulheres do que o dos homens: 21,6% contra 19,4%, respectivamente.

Ainda assim, as mulheres auferem rendimentos significativamente inferiores aos dos homens. Em 2009, enquanto que o rendimento médio feminino mensal era de R$ 861, o dos homens foi estimado em R$ 1.218, ou seja, as mulheres recebiam, em média, 70,6% do rendimento médio masculino.

o rendimento médio real dos negros passou de R$ 607 para R$ 788 (crescimento de 29,8%), ao passo que o dos brancos variou de R$ 1.143 para R$ 1.352 (aumento de 18,3%). Dessa forma, reduziu-se o diferencial de renda entre trabalhadores brancos e negros.

Enquanto, em 2004, os negros recebiam cerca de 53,0% do rendimento dos brancos, em 2009, essa relação era de aproximadamente 58,0%.

Influência do aumento real do Salário Mínimo neste processo

50

Page 51: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

TRABALHADORAS TRABALHADORAS DOMDOMÉÉSTICASSTICAS

51

Page 52: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Trabalhadoras Domésticas – Núcleo duro do Déficit de Trabalho Decente

Salário médio: inferior ao mínimo Alta incidência de trabalho infantil

Altas taxas de informalidade (2009): % de domésticas c/ carteira de trabalho assinada: Brasil: 27,2% São Paulo: 40,0% Maranhão: 7,0%

% de domésticas contribuintes à previdência Brasil: 31,0%

Page 53: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

26,728,6

25,627,2

22,725,4

7,96,77,3

6,30

5

10

15

20

25

30

35

2004 2009

Total Mulheres Mulheres Negras Mulheres Maranhão Mulheres Negras Maranhão

Proporção de Trabalhadoras e Trabalhadores Domésticos com Carteira de Trabalho Assinada, 2004/2009

Page 54: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

PESSOAS COM PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E INSERDEFICIÊNCIA E INSERÇÇÃO ÃO

NO MERCADO FORMAL NO MERCADO FORMAL DE TRABALHODE TRABALHO

54

Page 55: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

NÚMERO DE EMPREGOS EM 31 DE DEZEMBRO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA INSERIDAS NO MERCADO FORMAL DE TRABALHO E PERCENTUAL SOBRE O NÚMERO TOTAL DE EMPREGOSBRASIL, GRANDES REGIÕES E UNIDADES DA FEDERAÇÃO, 2007 E 2010

PCD Total PCD TotalBrasil 348.818 37.607.430 0,9 306.013 44.068.355 0,7Região Norte 11.310 1.954.641 0,6 12.138 2.408.182 0,5Rondônia 1.309 245.514 0,5 1.353 334.290 0,4Acre 200 92.009 0,2 438 121.187 0,4Amazonas 3.725 482.727 0,8 4.002 575.739 0,7Roraima 120 45.742 0,3 279 78.585 0,4Pará 4.846 796.152 0,6 4.763 951.235 0,5Amapá 316 88.898 0,4 611 108.191 0,6Tocantins 794 203.599 0,4 692 238.955 0,3Região Nordeste 60.110 6.567.837 0,9 58.170 8.010.839 0,7Maranhão 3.796 482.938 0,8 5.464 636.625 0,9Piauí 1.542 298.831 0,5 2.213 377.463 0,6Ceará 8.733 1.059.392 0,8 11.045 1.325.792 0,8Rio Grande do Norte 2.913 498.467 0,6 4.665 575.026 0,8Paraíba 5.362 475.471 1,1 4.379 579.504 0,8Pernambuco 12.265 1.239.499 1,0 14.143 1.536.626 0,9Alagoas 1.866 407.937 0,5 2.558 470.992 0,5Sergipe 2.243 320.676 0,7 2.185 369.579 0,6Bahia 21.390 1.784.626 1,2 11.518 2.139.232 0,5Região Sudeste 168.305 19.532.512 0,9 155.938 22.460.999 0,7Minas Gerais 40.224 4.036.203 1,0 29.232 4.646.891 0,6Espírito Santo 5.290 751.559 0,7 5.893 860.421 0,7Rio de Janeiro 17.420 3.665.846 0,5 20.508 4.080.082 0,5São Paulo 105.371 11.078.904 1,0 100.305 12.873.605 0,8Região Sul 60.944 6.502.575 0,9 56.442 7.557.531 0,7Paraná 21.059 2.378.931 0,9 19.742 2.783.715 0,7Santa Catarina 20.533 1.697.800 1,2 15.071 1.969.654 0,8Rio Grande do Sul 19.352 2.425.844 0,8 21.629 2.804.162 0,8Região Centro-Oeste 48.149 3.049.865 1,6 23.325 3.630.804 0,6Mato Grosso do Sul 4.960 472.170 1,1 2.932 560.789 0,5Mato Grosso 4.433 571.605 0,8 3.097 656.542 0,5Goiás 31.092 1.061.426 2,9 6.925 1.313.641 0,5Distrito Federal 7.664 944.664 0,8 10.371 1.099.832 0,9Fonte: MTE - RAIS

Área Geográfica2007 2010

Nº de Empregos Nº de Empregos% PCD / Total

% PCD / Total

Page 56: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

AMBIENTE DE AMBIENTE DE TRABALHO SEGUROTRABALHO SEGURO

56

Page 57: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Acidentes de TrabalhoAcidentes de Trabalhoem declem declíínionio

AM

BIE

NTE

DE

TR

AB

ALH

O S

EG

UR

OA

MB

IEN

TE D

E T

RA

BA

LHO

SE

GU

RO

p/ MilVínculos

Fonte: MPS e MTE - Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho

TAXA DE INCIDÊNCIA DE ACIDENTES DE TRABALHO BRASIL, 2009 E 2010

21,619,1

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

2009 2010

701.496Acidentes

733.365 Acidentes

Page 58: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Acidentes de TrabalhoAcidentes de TrabalhoA Taxa de Mortalidade diminui, apesar do A Taxa de Mortalidade diminui, apesar do aumento do naumento do núúmero absoluto de mero absoluto de óóbitos bitos

AM

BIE

NTE

DE

TR

AB

ALH

O S

EG

UR

OA

MB

IEN

TE D

E T

RA

BA

LHO

SE

GU

RO

Fonte: MPS e MTE - Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho

TAXA DE MORTALIDADE POR ACIDENTES DE TRABALHO BRASIL, 2009 E 2010

p/ 100 MilVínculos

7,47,6

0,0

5,0

10,0

2009 2010

2.560 Óbitos

2.712 Óbitos

Page 59: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

TAXAS DE INCIDÊNCIA E DE MORTALIDADE POR ACIDENTES DO TRABALHOBRASIL E UNIDADES DA FEDERAÇÃO, 2008-2010

Taxa de Incidência de Taxa de Mortalidade porUnidades Acidentes do Trabalho Acidentes do Trabalhoda Federação (por 1.000 Vínculos) (por 100.000 Vínculos)

2008 2009 2010 2008 2009 2010Brasil 23,0 21,6 19,1 8,6 7,6 7,4Rondônia 26,2 25,0 22,0 18,9 18,6 17,1Acre 12,8 15,7 14,6 10,9 7,1 5,4Amazonas 24,8 23,1 20,1 11,0 7,0 6,9Roraima 12,2 11,7 9,3 6,8 6,4 5,5Pará 18,8 19,3 16,8 14,5 11,7 10,6Amapá 11,3 11,9 9,7 7,0 4,8 5,8Tocantins 13,0 14,5 10,0 15,1 8,8 9,1Maranhão 15,3 15,4 14,2 10,0 11,3 11,6Piauí 10,9 12,3 11,4 7,9 7,5 8,8Ceará 11,4 12,7 11,6 6,1 5,1 6,5Rio Grande do Norte 21,1 21,6 15,7 7,0 5,1 3,4Paraíba 11,7 13,2 12,2 5,7 6,5 5,9Pernambuco 18,1 18,8 18,1 7,3 9,5 8,9Alagoas 30,9 32,3 30,2 11,2 10,3 9,5Sergipe 11,9 11,8 10,9 7,4 7,2 6,7Bahia 16,7 16,4 13,6 7,7 7,5 6,8Minas Gerais 21,0 20,5 18,2 9,4 8,1 8,4Espírito Santo 24,8 21,1 17,7 15,6 11,7 11,4Rio de Janeiro 18,8 17,0 15,0 6,0 5,3 4,6São Paulo 25,7 23,6 21,3 7,2 6,3 6,2Paraná 26,3 24,1 21,3 9,4 9,8 8,0Santa Catarina 31,8 30,0 26,3 9,6 6,8 8,5Rio Grande do Sul 29,5 28,3 24,6 6,7 6,1 6,4Mato Grosso do Sul 27,6 25,5 22,1 14,7 10,5 9,5Mato Grosso 26,9 25,8 22,7 25,2 23,3 17,7Goiás 19,4 17,6 14,6 11,1 10,2 12,4Distrito Federal 15,7 14,8 12,3 7,9 3,3 4,6

Fonte: MPS - AEAT INFOLOGO

Page 60: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

NÚMERO DE AUDITORES FISCAIS DO TRABALHO EM EXERCÍCIO, POPULAÇÃO OCUPADA DE 10 ANOS OU MAIS DE IDADE E NÚMERO MÉDIO DE AUDITORESFISCAIS DO TRABALHO POR 10 MIL OCUPADOS BRASIL, GRANDES REGIÕES E UNIDADES DA FEDERAÇÃO, 2009

Área Geográfica Nº Auditores Fiscais do Trabalho

Pop. Ocupada (mil pessoas)

Nº Auditores p/ 10 mil ocupados

Brasil 2.959 92.689 0,32Região Norte 200 6.889 0,29Rondônia 19 777 0,24Acre 12 324 0,37Amazonas 31 1.455 0,21Roraima 8 183 0,44Pará 104 3.216 0,32Amapá 9 248 0,36Tocantins 17 686 0,25Região Nordeste 726 24.365 0,30Maranhão 49 2.742 0,18Piauí 62 1.650 0,38Ceará 136 4.109 0,33Rio Grande do Norte 61 1.473 0,41Paraíba 54 1.546 0,35Pernambuco 133 3.590 0,37Alagoas 46 1.258 0,37Sergipe 45 921 0,49Bahia 140 7.076 0,20Região Sudeste 1.228 39.592 0,31Minas Gerais 310 10.401 0,30Espírito Santo 99 1.765 0,56Rio de Janeiro 273 7.254 0,38São Paulo 546 20.172 0,27Região Sul 453 14.802 0,31Paraná 139 5.566 0,25Santa Catarina 113 3.421 0,33Rio Grande do Sul 201 5.815 0,35Região Centro-Oeste 352 7.039 0,50Mato Grosso do Sul 46 1.217 0,38Mato Grosso 118 1.561 0,76Goiás 87 3.043 0,29Distrito Federal 101 1.218 0,83Fonte: IBGE, PNAT. MTE, SIT - Superintendência de Inspeção do Trabalho

2004 - BrasilMédia de Auditores por 10 mil ocupados: 0,35

Page 61: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

SEGURIDADE SOCIALSEGURIDADE SOCIAL

61

Page 62: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

A proporção de trabalhadores contribuintes àPrevidência Socialcresce ao longo do período

47,6

53,0 54,4

49,8

46,4

48,551,6

53,348,550,7

54,155,2

39,1

47,346,2

41,8

57,3

55,1

61,659,7

30

35

40

45

50

55

60

65

2004 2006 2008 2009

Total Mulheres Homens Negros Brancos

Fonte: IBGE - PNAD

Brasil 54,4Santa Catarina 71,0Distrito Federal 69,5Maranhão 31,8Piauí 25,9

Contrastes - 2009

Espírito Santo:2004 – 49,9% 2009 – 57,2%

Page 63: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

A percepção da população sobre pobreza e a importância do TrabalhoVertente de Indicadores qualitativos

Segundo os dados do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) do IPEA sobre pobreza:

Tratando-se da percepção sobre as principais causas da pobreza, 29,5% da população brasileira entende que o desemprego é o problema que mais influencia a geração e os níveis da pobreza.

No concernente à percepção de quais as principais formas para sair da pobreza, a criação de mais empregos foi mencionada por cerca de um terço (31,4%) dos entrevistados. As referências a melhorias salariais (ter salários maiores e aumentar o valor do salário mínimo) responderam conjuntamente por 16,1%.

Logo, metade da população entrevistada (47,5% do total) destacou que as principais ações para a superação da pobreza são diretamente atreladas ao mercado de trabalho.

Entre as pessoas entrevistadas com rendimento de até ¼ do salário mínimo per capita, ou seja, entre os mais pobres, a percepção sobre a relação entre pobreza e mercado de trabalho é ainda mais expressiva. Para 43,8% dos mais pobres o desemprego é a principal causa da pobreza. Acerca das principais formas de sair da pobreza, para 46,8% da população mais pobre é necessário mais empregos.

Page 64: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

DIDIÁÁLOGO SOCIAL E LOGO SOCIAL E REPRESENTAREPRESENTAÇÇÃO DE ÃO DE TRABALHADORES E TRABALHADORES E DE EMPREGADORESDE EMPREGADORES

64

Page 65: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Fonte: IBGE - PNAD

18,519,1

18,618,1

17,117,8

17,316,9

19,5 20,119,5 19,1

16,417,4 17,1

16,7

20,420,7

20,0 19,6

10

13

15

18

20

23

25

2004 2006 2008 2009

Total Mulheres Homens Negros Brancos

Taxa de Sindicalização da população ocupada por cor ou raça Brasil, 2004/2009

Em 2009 – Variava de 11,0% no Amazonas a 28,0% no Piauí

Espírito Santo – 22,5%

Estabilidade na Taxa de Sindicalização

Page 66: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Setores de Taxa de Sindicalização (%)

Atividade Econômica 2004 2009

Agrícola 24,4 26,4

Indústria de transformação 22,2 20,5

Construção 7,3 8,4

Outras atividades industriais 36,6 36,6

Comércio e reparação 11,3 11,5

Alojamento e alimentação 9,4 9,3

Transporte, armazenagem e comunicação 25,1 24,2

Administração pública 26,4 26,8

Educação, saúde e serviços sociais 30,1 28,6

Serviços domésticos 1,6 2,2

Outros serviços coletivos, sociais e pessoais 10,2 10,0

Outras atividades 24,2 21,4

Atividades maldefinidas 4,7 2,9

Total 18,5 18,1

TAXA DE SINDICALIZAÇÃO DA POPULAÇÃO OCUPADA DE 16 ANOS OU MAIS DE IDADE POR SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICABRASIL, 2004 E 2009

Page 67: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Negociações ColetivasDistribuição dos Reajustes Ssalariais

Brasil, 2008 a 2011

Fonte: DIEESE. SAS-DIEESE – Sistema de Acompanhamento de Salário Nota: Mesmas unidades de negociação

Page 68: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Tribunais Regionais do Trabalho Número de Magistrados

Magistrados por Cem Mil Habitantes

14ª Região (Roraima/Acre) 56 2,5

10ª Região (Distrito Federal/Tocantins) 93 2,4

24ª Região (Mato Grosso do Sul) 56 2,3

04ª Região (Rio Grande do Sul) 241 2,2

23ª Região (Mato Grosso) 64 2,1

12ª Região (Santa Catarina) 121 2,0

02ª Região (São Paulo) 408 1,9

15ª Região (Campinas) 364 1,8

17ª Região (Espírito Santo) 62 1,8

09ª Região (Paraná) 195 1,8

01ª Região (Rio de Janeiro) 272 1,7

13ª Região (Paraíba) 65 1,7

11ª Região (Amazonas/Roraima) 62 1,6

06ª Região (Pernambuco) 140 1,6

20ª Região (Sergipe) 31 1,5

19ª Região (Alagoas) 45 1,4

05ª Região (Bahia) 204 1,4

03ª Região (Minas Gerais) 284 1,4

18ª Região (Goiás) 81 1,3

08ª Região (Pará/Amapá) 104 1,3

21ª Região (Rio Grande do Norte) 38 1,2

22ª Região (Piauí) 32 1,0

16ª Região (Maranhão) 48 0,7

07ª Região (Ceará) 51 0,6

Total 3.117 1,6

QUADRONÚMERO DE MAGISTRADOS E MÉDIA DE MAGISTRADOS POR CEM MIL HABITANTESTRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO DO

BRASIL, 2010

Page 69: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

TABELADISTRIBUIÇÃO DAS PESSOAS DE 18 ANOS OU MAIS DE IDADE QUE TIVERAM SITUAÇÃO DE CONFLITO NO PERÍODO DE REFERÊNCIA DE 5 ANOS, POR ÁREA DE SITUAÇÃO DE CONFLITO MAIS GRAVE EM QUE SE ENVOLVERAMBRASIL E UNIDADES DA FEDERAÇÃO, 2009

Trabalhista Criminal FamíliaTerras

ou moradia

Serviços de água,

luz ou telefone

Benefícios do INSSou previ-dência

Bancos ou

instituiçõesfinanceiras

Outra

Brasil 100,0 23,3 12,6 22,0 4,8 9,7 8,6 7,4 11,6Rondônia 100,0 22,3 16,5 34,5 6,6 6,5 1,5 3,2 9,0Acre 100,0 15,7 29,2 25,3 4,3 8,9 3,8 4,0 8,9Amazonas 100,0 36,2 5,5 27,7 5,2 9,6 5,7 4,8 5,2Roraima 100,0 21,1 27,3 29,1 6,5 3,4 4,2 2,1 6,2Pará 100,0 23,5 15,3 30,7 7,7 5,0 5,1 4,3 8,4Amapá 100,0 24,8 11,2 35,2 5,9 4,0 6,0 8,1 4,8Tocantins 100,0 14,1 18,5 26,0 7,0 8,9 7,0 6,8 11,7Maranhão 100,0 16,5 10,0 34,4 5,8 8,6 6,9 7,9 10,0Piauí 100,0 11,7 15,0 27,5 6,2 5,8 15,4 5,4 12,9Ceará 100,0 15,8 17,1 31,3 5,9 4,6 10,3 5,6 9,4Rio Grande do Norte 100,0 24,7 15,5 22,3 4,8 9,4 7,8 6,2 9,3Paraíba 100,0 26,2 12,7 16,9 2,7 13,4 12,2 6,6 9,3Pernambuco 100,0 22,6 13,9 23,9 4,5 12,7 7,0 4,4 11,0Alagoas 100,0 26,7 10,5 18,6 5,7 3,6 13,8 10,9 10,1Sergipe 100,0 18,8 14,5 29,8 6,4 11,0 3,8 5,2 10,7Bahia 100,0 22,3 14,4 22,2 4,9 10,6 10,1 6,7 8,8Minas Gerais 100,0 21,1 14,8 25,7 5,1 6,9 7,8 6,3 12,3Espírito Santo 100,0 19,7 12,6 26,5 3,0 10,0 6,6 7,3 14,3Rio de Janeiro 100,0 23,8 9,1 16,5 4,2 15,9 5,8 10,9 13,8São Paulo 100,0 27,4 9,5 19,2 3,7 11,0 10,1 8,2 10,9Paraná 100,0 25,5 13,2 20,3 5,4 6,6 9,2 7,3 12,5Santa Catarina 100,0 19,6 12,0 16,6 6,5 9,4 11,1 10,2 14,5Rio Grande do Sul 100,0 23,7 12,0 18,6 4,9 9,8 9,4 7,5 14,2Mato Grosso do Sul 100,0 21,9 15,9 25,5 5,4 8,7 7,5 4,4 10,7Mato Grosso 100,0 23,3 18,0 27,3 4,4 7,4 5,5 3,6 10,4Goiás 100,0 21,3 14,1 24,8 4,6 6,9 8,6 8,7 10,9Distrito Federal 100,0 24,8 16,4 17,8 4,0 11,0 3,5 6,6 16,0Fonte: IBGE - PNAD 2009, Suplemento de Acesso à Justiça

Área da situação de conflito mais grave em que se envolveram

Distribuição das pessoas de 18 anos ou mais de idade que tiveram situação de conflito, no período de referência de 5 anos (%)

Unidades da Federação

Total

Page 70: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

EMPRESAS SUSTENTEMPRESAS SUSTENTÁÁVEIS E VEIS E TRABALHO DECENTE TRABALHO DECENTE

70

Page 71: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Justificativa e Importância

Em função da importância das empresas na economia e, conseqüentemente, no mercado de trabalho, este capítulo busca demonstrar o papel central do setor privado, reconhecido como elemento-chave para os desafios do desenvolvimento, incluindo a geração de emprego e a promoção do Trabalho Decente.

Ao apresentar um conjunto de indicadores e análises relativos às empresas, que podem desempenhar um importante papel nas políticas e ações em prol da promoção do Trabalho Decente, espera-se também contribuir para o desenvolvimento e aperfeiçoamento da metodologia de medição do Trabalho Decente.

A análise do importante papel desempenhado pelas empresas no mercado de trabalho foi realizada com base em estatísticas oficiais integrantes do Sistema Estatístico Nacional, a exemplo do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) do IBGE e a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Page 72: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

A Resolução da OIT sobre a Promoção das Empresas Sustentáveis

Durante a 96ª Conferência Internacional do Trabalho (CIT) foi aprovada uma Resolução sobre a Promoção de Empresas Sustentáveis na qual se enumera 17 pontos que abarcam as condições básicas para a criação de um ambiente propício para a promoção e desenvolvimento das empresas sustentáveis:

1. Paz estabilidade política2. Boa governança3. Diálogo social4. Respeito aos direitos humanos universais e às normas internacionais do trabalho5. Cultura empresarial6. Política macroeconômica coerente e estável e boa gestão da economia7. Comércio e integração econômica sustentável8. Ambiente jurídico e normativo propício9. Estado de direito e garantia dos direitos de propriedade10. Competição leal11. Acesso a serviços financeiros12. Infraestrutura física13. Tecnologias de informação e comunicação14. Educação, formação e aprendizagem permanente15. Justiça social e inclusão social16. Proteção social adequada17. Gestão responsável do meio ambiente

Page 73: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

BRASIL, 2010

GRÁFICOREMUNERAÇÃO DOS EMPREGADOS

POR SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICASEGUNDO O PORTE DO ESTABELECIMENTO

Elaboração: DIEESE - Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa 2010-2011 (SEBRAE/DIEESE)* Refere-se à remuneração em dezembro dos vínculos ativos em 31/12, excluídos aqueles c/ renda ignorada.

Page 74: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Disponível em: http://www.oitbrasil.org.br/node/880

Page 75: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

A CONSTRUA CONSTRUÇÇÃO DE ÃO DE AGENDAS SUBNACIONAIS AGENDAS SUBNACIONAIS DE TRABALHO DECENTEDE TRABALHO DECENTE

Page 76: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

76

O significado de uma O significado de uma Agenda de Trabalho DecenteAgenda de Trabalho Decente Expressão de um acordo entre governo, organizações de

empregadores e de trabalhadores e outras instituicões relevantes (do Estado e da sociedade civil) quanto aos:

principais desafios para a promoção do trabalho decente (prioridades)

objetivos e metas capazes de levar uma coletividade a um novo patamar de trabalho decente que evoluem em compasso com os avanços realizados e as possibilidades

existentes

Consiste, portanto, em uma estratestratéégia de gia de aaççãoão estruturada em um processo de

didiáálogo sociallogo social participativo e democrático

Page 77: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

ElaboraElaboraçção ão das Agendas de Trabalho Decentedas Agendas de Trabalho Decente

Um processo em 10 etapas:Um processo em 10 etapas:1. Mobilização dos atores2. Formalização da proposta (ex: assinatura de

um MOU)3. Criação de um Comitê Gestor4. Diagnóstico do trabalho decente

(déficits/oportunidades)5. Seleção das prioridades (áreas temáticas)

Page 78: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

ElaboraElaboraçção ão das Agendas de Trabalho Decentedas Agendas de Trabalho DecenteUm processo em 10 etapas:

6. Definição dos resultados e linhas de ação(metas e indicadores) (vinculados aos PPAs)

7. Elaboração do texto da Agenda8. Elaboração de planos de implementação

(para cada área temática)9. Execução das atividades (previstas nos

planos de implementação) 10.Monitoramento e avaliação

Page 79: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

AGENDAS ESTADUAIS E MUNICIPAIS AGENDAS ESTADUAIS E MUNICIPAIS DE TRABALHO DECENTEDE TRABALHO DECENTE

Ineditismo e importância da experiência brasileira de desenvolvimento de Agendas SubAgendas Sub--Nacionais de Trabalho Nacionais de Trabalho DecenteDecente Agenda BahiaBahia de Trabalho Decente (2007) Agenda Mato GrossoMato Grosso pelo Trabalho Decente (2009) Agenda Regional de Trabalho Decente da Região do Grande Grande

ABC paulistaABC paulista (2010) (7 municípios) Agenda do Trabalho Decente de CuritibaCuritiba (2011)

79

Page 80: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Agendas de Trabalho Decente: Agendas de Trabalho Decente: ALGUNS FATORES DE SUCESSOALGUNS FATORES DE SUCESSO

Vontade, compromisso e decisão política

Existência de um Grupo Técnico/Executivo/Gestor encarregado da coordenação do processo

Intersetorialidade (no âmbito governamental)

Diálogo social: consulta e participação ativa das organizações de empregadores e trabalhadores e outras organizações do Estado e da sociedade civil

Preocupação com a institucionalização do processo

Page 81: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Apoio da OIT Apoio da OIT ao Processoao Processo Assistência técnica permanente (formalizada

através de um MOU e participação nas instâncias gestoras e diferentes atividades, conforme demanda)

Plataforma para troca de experiências entre: Estados/Municípios que já têm Agendas de Trabalho

Decente Estados que estão no processo de construção de suas

agendas e já desenvolveram algum tipo de ação nesse sentido

Iniciativas nacionais (ANTDJ, ANTD-IR...) Indicadores de trabalho decente: importantes para

a realização dos diagnósticos/definição de prioridades

Page 82: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Módulo de Formação para a construção de Agendas Subnacionais de Trabalho Decente

Objetivos do Módulo: Sistematizar as experiências já existentes Propor um passo a passo para a construção de

Agendas (para que cada estado/município/região possa adaptá-lo à sua realidade)

Possibilitar a ampla disseminação das experiências (dentro e fora do Brasil)

Apoio da OIT Apoio da OIT no Processono Processo

Page 83: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

PARA CONCLUIR...PARA CONCLUIR.....DE VERDADE....ACREDITEM!!..DE VERDADE....ACREDITEM!!

A EVOLUA EVOLUÇÇÃO RECENTE DA ÃO RECENTE DA OCUPAOCUPAÇÇÃO DE ÃO DE

ADMINISTRADOR DE ADMINISTRADOR DE EMPRESAS NO MERCADO EMPRESAS NO MERCADO FORMAL DE TRABALHOFORMAL DE TRABALHO

83

Page 84: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

FONTE UTILIZADA: RELAFONTE UTILIZADA: RELAÇÇÃO ANUAL DE INFORMAÃO ANUAL DE INFORMAÇÇÕES SOCIAIS (RAISÕES SOCIAIS (RAIS) )

A RAIS é um Registro Administrativo, de periodicidade anual, criada com a finalidade de suprir as necessidades de controle, de estatísticas e de informações às entidades governamentais da área social.

Constitui um instrumento imprescindível para o cumprimento das normas legais, como também é de fundamental importância para o acompanhamento e caracterização do MERCADO FORMAL DE TRABALHO (estatutário, celetista, avulso e temporário).

ITEM RAIS CAGED

Levantamento Anual Mensal

tipo de vínculo qualquer tipo: estatutários, celetistas, temporários, avulsos;

apenas os celetistas

abrangência todos os empregados do ano base em 31/12 e movimentação dos admitidos e desligados mês a mês

apenas a movimentação de admitidos e desligados

obrigatoriedade todos os estabelecimentos, mesmo aqueles que não apresentaram movimentação

apenas os estabelecimentos que apresentaram movimentação

útil para estudos estruturais do mercado de trabalho formal

de análise de conjuntura do mercado de trabalho formal

Page 85: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

ADMINISTRADORES – RAIS – CBO 2002 (FAMÍLIA 2521)

Observação Metodológica Importante:

As informações são referentes à Família Ocupacional a qual pertence o empregado/servidor e, portanto, tendem a refletir um contingente menor do que o número de profissionais efetivamente inseridos no mercado formal de trabalho.

Apesar desta limitação, as informações são estratégicas e extremamente úteis para se conhecer a realidade e importantes aspectos da categoria profissional, fornecendo, portanto, importantes insumos para o planejamento do CFA e dos CRAs.

Page 86: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

ADMINISTRADORES – RAIS – CBO 2002 (FAMÍLIA 2521) Títulos2521-05 - AdministradorAdministrador de empresas, Administrador de marketing, Administrador de orçamento, Administrador de patrimônio, Administrador de pequena e média empresa, Administrador de recursos humanos, Administrador de recursos tecnológicos, Administrador financeiro, Administrador hospitalar, Administrador público, Analista administrativo, Consultor administrativo, Consultor de organização, Gestor público (administrador)

Descrição SumáriaPlanejam, organizam, controlam e assessoram as organizações nas áreas de recursos humanos, patrimônio, materiais, informações, financeira, tecnológica, entre outras; implementam programas e projetos; elaboram planejamento organizacional; promovem estudos de racionalização e controlam o desempenho organizacional. Prestam consultoria administrativa a organizações e pessoas.

Esta família não compreende1231 - Diretores administrativos e financeiros1232 - Diretores de recursos humanos e relações de trabalho2348 - Professores de ciências econômicas, administrativas e contábeis do ensino superior

Page 87: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

ADMINISTRADORES – RAIS – CBO 2002 (FAMÍLIA 2521)

Condições gerais de exercícioTrabalham em qualquer ramo de atividade econômica, serviços, comércio e indústria, incluindo-se a administração pública. São assalariados celetistas, estatutários ou autônomos. Geralmente, trabalham em equipe, em ambiente fechado e em horário diurno. Estão sujeitos a pressão por cumprimento de prazos e metas.

Formação e experiênciaPara o exercício dessa ocupação requer-se curso superior completo em Administração de empresas ou Administração pública, com registro no Conselho Regional de Administração (CRA).

Page 88: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

NÚMERO DE VÍNCULOS EMPREGATÍCIOS FORMAIS EM 31 DE DEZEMBROFAMÍLIA OCUPACIONAL 2521- ADMINISTRADORES (CBO 2002)BRASIL, GRANDES REGIÕES E UNIDADES DA FEDERAÇÃO, 2006 E 2011

2006 2011Var.

Absoluta 2006/2011

Var. % 2006/2011

Brasil 84.617 151.936 67.319 79,6Região Norte 3.214 9.101 5.887 183,2

Rondônia 332 714 382 115,1Acre 315 630 315 100,0Amazonas 757 1.661 904 119,4Roraima 87 413 326 374,7Pará 1.209 3.808 2.599 215,0Amapá 156 244 88 56,4Tocantins 358 1.631 1.273 355,6

Região Nordeste 9.968 19.616 9.648 96,8Maranhão 364 1.151 787 216,2Piauí 210 571 361 171,9Ceará 1.200 2.798 1.598 133,2Rio Grande do Norte 557 1.321 764 137,2Paraíba 951 1.165 214 22,5Pernambuco 1.828 3.353 1.525 83,4Alagoas 324 668 344 106,2Sergipe 473 897 424 89,6Bahia 4.061 7.692 3.631 89,4

Região Sudeste 45.030 83.425 38.395 85,3Minas Gerais 6.093 10.538 4.445 73,0Espírito Santo 1.206 2.368 1.162 96,4Rio de Janeiro 10.065 16.518 6.453 64,1São Paulo 27.666 54.001 26.335 95,2

Região Sul 16.013 22.223 6.210 38,8Paraná 4.258 7.225 2.967 69,7Santa Catarina 8.000 8.742 742 9,3Rio Grande do Sul 3.755 6.256 2.501 66,6Região Centro-Oeste 10.392 17.571 7.179 69,1

Mato Grosso do Sul 890 1.719 829 93,1Mato Grosso 723 1.761 1.038 143,6Goiás 1.327 2.574 1.247 94,0Distrito Federal 7.452 11.517 4.065 54,5Fonte: Microdados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) - MTEElaboração: Escritório da OIT no Brasil

Grandes Regiões e Unidades da Federação

Ano / Período

Page 89: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil
Page 90: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

79,6

40,7

54,8

39,9 31,7

-

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

Administradores Economistas Contadores e Auditores

Advogados Média Brasil

Variação % do Número de Vínculos Empregatícios

Entre 2006 e 2011 Famílias Ocupacionais Selecionadas e Média Brasil

%

Fonte: RAIS – MTEElaboração: Escritório da OIT no Brasil

Page 91: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

SociSocióólogo Herbert de Souzalogo Herbert de Souza

(Betinho)(Betinho)

“Sem Informação não há cidadania”

Page 92: José ribeiro   evolução do trabalho decente no brasil

Muito obrigado pela paciência!

92

Escritório da OIT no Brasil:www.oitbrasil.org.br

E-mail: [email protected]