JOSÉ_FERNANDO_MONOGRAFIA

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DESIGN E EDUCAO A DISTNCIA: PROJETO DE CENOGRAFIA PARA VDEOJos Fernando Oliveira SousaUNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIACENTRO DE ARTES E LETRASCURSO DE DESENHO INDUSTRIAL PROJETO DE PRODUTODESIGN E EDUCAO A DISTNCIA: PROJETO DE CENOGRAFIA PARA VDEOMONOGRAFIAJos Fernando Oliveira SousaSanta Maria, RS, Brasil2009DESIGN E EDUCAO A DISTNCIA: PROJETO DE CENOGRAFIA PARA VDEOporJos Fernando Oliveira SousaMonografia apresentada ao Curso de Desenho Industrial, Habilitao em Projeto de Produto, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), referente Disciplina Trabalho de Concluso de Curso II.Orientador: Prof. Carlos Gustavo Martins HoelzelSanta Maria, RS, Brasil2009FICHA CATALOGRFICASousa, Jos Fernando Oliveira, 1985-Design e Educao a Distncia: Projeto de Cenografia para Vdeo Santa Maria, RS: Desenho Industrial/UFSM, 2009.123p.: Il. (Monografia Graduao em Desenho Industrial Habilitao em Projeto de Produto, Universidade Federal de Santa Maria).1. Introduo 2. EaD, Cenografia e o Produto Audiovisual 3. Anlises 4 . Design de Cenografia para Vdeo 5. Estdio EaD UFSM 6. Desenvolvimento Tcnico e Implantao 7. Resultados e Discusses. 2009Todos os direitos autorais reservados a Jos Fernando Oliveira Sousa. A reproduo de partes ou do todo deste trabalho s poder ser com autorizao por escrito do autor.Endereo: Rua So Jorge, n. 79, Bairro Jardim das Palmeiras, Santo ngelo, RS, 98804-260.Fone 55 33128663; E-mail: [email protected] Federal de Santa MariaCentro de Artes e LetrasCurso de Desenho Industrial Projeto de ProdutoA Comisso Examinadora, abaixo assinada, aprova a MonografiaDESIGN E EDUCAO A DISTNCIA: PROJETO DE CENOGRAFIA PARA VDEOelaborada porJos Fernando Oliveira Sousacomo requisito parcial para obteno do grau deBacharel em Desenho IndustrialCOMISSO EXAMINADORA:Carlos Gustavo Martins Hoelzel, Dr. (Presidente/Orientador)Carolina Iuva de Mello, Ms. (UFSM)Ronaldo Martins Glufke, Ms. (UFSM)Santa Maria, 15 de dezembro de 2009.Aos aprovados no vestibular 2006 no curso de Desenho Industrial(pelo menos alguns deles)AGRADECIMENTOSA realizao deste trabalho foi possvel graas a ajuda, parceria e compreenso do orientador, professor Carlos Gustavo, bemcomo a atuao dos demais professores do curso de Desenhos Industrial e as sempre importantes consideraes do mestre Darcy.Agradeo em especial a minha famlia a compreenso esuporteeasfamliasqueformamosduranteestes anos de graduao: gangues, grupinhos fechados, famlias adotivas e comisses.Pela disposio emcontribuir como contedo do trabalho, agradeo ao escritrio Donini Arquitetos e ao Instituto Monitor e pela ajuda na materializao deste volume agradeo a Stefania, Bruno, Mateus, Maurcio e Bibiana.We hope you enjoy your stayIt's good to have you with us, even if it's just for the dayBrandon FlowersRESUMOVouo|a|aCurso de Desenho Industrial Projeto de ProdutoUniversidade Federal de Santa MariaDESIGN E EDUCAO A DISTNCIA: PROJETO DE CENOGRAFIA PARA VDEOAUTOR: JOSFERNANDO OLIVEIRA SOUSAORIENTADOR:CARLOS GUSTAVO MARTINS HOELZELData e Local da Defesa: Santa Maria, 15 de dezembro de 2009.Estamonografiaapresentaodesenvolvimentodeum projeto decenrio para gravaoetransmisso de aulas de educao a distncia da Universidade Federal de Santa Maria. Para isto utilizou-se uma metodologia baseada emBernd Lbach e Luiz Vidal Negreiros Gomes que guiou uma investigao sobre a evoluo dacenografianoteatro, importnciadaeducaoa distnciaedaproduoaudiovisual comorevisode bibliografia geral. Aps avaliados alguns cenrios relevantes de televiso e cursos a distncia, apresenta-sealgunscondicionantestcnicoscomoiluminaoe planos de cmera bem como o mobilirio que poder ser produzido e as vantagens do uso de cenrios reais evirtuais. Adefiniodosrequisitoseageraode alternativas so apresentadas seguidas do projeto detalhado e seus usos, ilustrados atravs de desenhos, documentos tcnicos e modelagens tridimensionais.Palavras-chaves: design, cenografia, educao a distncia.ABSTRACTMonographCourse of Industrial Design Product DesignFederal University of Santa MariaDESIGN AND DISTANCE EDUCATION: STAGE DESIGN FOR VIDEOAUTHOR: JOSFERNANDO OLIVEIRA SOUSASUPERVISOR: CARLOS GUSTAVO MARTINS HOELZELDate and Place of the Defense: Santa Maria, December 15th, 2009.This monograph presents the developing of a stage project for recording and transmission of distance education classesin theUniversidade Federal deSanta Maria (Federal University of Santa Maria). To accomplish this, was utilized a methodology based on Bernd Lbach and Luiz Vidal Negreiros Gomes that guided an investigation about the evolution of scenography in theatre, importance of distance education and audiovisual productionasgeneral literaturereview. After evaluating some relevant stages in television and distance education courses, its presented some technical constraints as lighting and camera shots as wellas furniture that could be produced and the advantages of using a real or virtual stage. Thedefinitionof therequestsandthealternative generation are presented followed by the detailed project and its uses, illustrated through draws, technical documents and three-dimensional modeling.Key-words: design, stage design, distance education.LISTA DE FIGURASFigura 1 - Envelope numerado de curso a distncia de 1957. Fonte: Instituto Monitor, 2006...............................................8Figura 2 - Anncio do Instituto Rdio Monitor de 1957.........9Figura 3 - Anncio veiculado em revista de 1970.................9Figura 4 - Cenas Telecurso 2000 e Novo Telecurso. Fonte: NOVOTELECURSO, 2009..................................................11Figura5-Transmissoviainternet deauladaUFSMem EaD no ambiente Multiweb.................................................12Figura 6 - Runas do Teatro grego da cidade de Epidauto. Fonte: UOL, 2009...............................................................15Figura7-RunasdoTeatroromanodeAspendos. Fonte: TARRACONENSIS, 2009...................................................15Figura 8 - Teatro Olimpico de Vicenza. Fonte: BP, 2009....16Figura 9 - Detalhe de cenografia do palco do Teatro Olimpico. Fonte: BED-BREAKFAST-ITALY, 2009..............16Figura10-TheBathhousedeMayakowski, cenografiade Meyerhold. Fonte: LOOSAVOR, 2009................................17Figura11- TeatroTotal deWalter Gropius, empretoas configuraes de palco. Fonte: VITRUVIUS, 2008.............19Figura 12 - Cmera fotogrfica do sculo XIX. Fonte: JAHA, 2009....................................................................................21Figura 13 - Cmera de vdeo contempornea. Fonte: FILMSTARRENTALS, 2009................................................22Figura 14 - Cenrio do Jornal da Globo. Fonte: RD1AUDIENCIADATV, 2009..............................................30Figura15- UsosdocenriodoJornal daGlobo. Fonte: RD1AUDIENCIADATV, 2009..............................................31Figura 16 - Anlises de composio visual do cenrio Jornal da Globo.............................................................................32Figura 17 - ngulo principal cenrio CNNInternacional. Fonte: MCCANNSYSTEMS, 2009......................................33Figura 18 - ngulo posterior do cenrio da CNN Internacional. Fonte: MCCANNSYSTEMS, 2009................33Figura 19 - Equilibrio bilaterale elementos de repetio do cenrio CNN Internacional..................................................34Figura 20 - Cenrio Minha MTV..........................................35Figura 21 - Objetos do cenrio Minha MTV.........................36Figura 22 - Anlises de composio visual do cenrio Minha MTV. ..................................................................................37Figura23- TreinamentoAdSenseparapesquisas. Fonte: YOUTUBE, 2009a...............................................................38Figura 24 - Cena do curso Java. Fonte: YOUTUBE, 2009b.............................................................................................38Figura 25 - Curso EaD AcessaSP. Fonte: YOUTUBE, 2009c.............................................................................................39Figura 26 - Video guia de produo de EaD. Fonte: YOUTUBE 2009d................................................................39Figura 27: Ligbron e-learning project. Fonte: YOUTUBE, 2009e..................................................................................40Figura 28 - Vdeo-aula UNIFACS. Fonte: YOUTUBE, 2009f.............................................................................................40Figura 29 -Imagens de cursos de EaD da UFSM..............41Figura 30 - Uso de cenografia real e fundo virtual do Jornal Nacional..............................................................................44Figura 31 - Programa de entrevistas Entre Aspas do canal Globo News........................................................................45Figura 32 - Modelo em acrlico. Fonte: LIBRARYJOURNAL, 2009....................................................................................48Figura33-Plpitoemmetal evidrocommesadeapoio. Fonte: JAMESHALLAM, 2009.............................................48Figura34- Modeloemmadeira. Fonte: EDUCATIONAV, 2009....................................................................................48Figura35- BancadadoJornal Nacional daRedeGlobo. Fonte: FOLHAILUSTRADA, 2009.......................................48Figura 36 - Poltrona Wassily. Fonte: MODERNFURNITURE, 2009....................................................................................49Figura 37- Monitor com a tecnologia touch screen. Fonte: THELAPTOPSBLOG, 2009................................................50Figura38- televisor deLCD. Fonte: SHOPCASAPRINT, 2009....................................................................................50Figura39: Refletor followspot oucanhodeluz. Fonte: ARCHIEXPO, 2009.............................................................52Figura 40: Refletor elipsoidal. Fonte: ARCHIEXPO, 2009...52Figura 41: Refletor spot fresnel. Fonte: ARCHIEXPO, 2009.............................................................................................52Figura 42 - Refletor mini light. Fonte: DEXEL, 2009...........53Figura 43 - Refletor do tipo scoopy. Fonte: THEATERLIGHTING ,2009................................................53Figura 44- Refletor soft light. Fonte: REDMANMOVIES, 2009....................................................................................53Figura 45 - Esquema bsico de iluminao de trs pontos.54Figura 46 - Grande plano geral. .........................................56Figura 47 - Plano Geral.......................................................56Figura 48 - Plano Mdio......................................................56Figura 49 - Plano Americano..............................................56Figura 50 - Plano Conjunto.................................................56Figura 51 - Primeirssimo plano..........................................57Figura 52 - Primeiro plano...................................................57Figura 53 -Modelagem tridimensional do auditrio.............60Figura 54 - Dimenses bsicas do auditrio.......................61Figura 55 - Conceito de ambientao.................................62Figura 56 - Alternativa de bancada mltipla........................62Figura 57 - Rafes de formas diferenciadas de mveis para o cenrio................................................................................62Figura 58 - Algumas das referncias visuais do projeto......63Figura 59 - Conceito de eixo...............................................64Figura 60 - Conceito de continuidade de linhas..................64Figura 61 - Enquadramento de espao do cenrio com bancada..............................................................................64Figura 62 - Ambiente sem a bancada.................................64Figura 63 -Primeiro refinamento do conceito......................65Figura 64 - Vista frontal do conceito....................................65Figura 65 - Dimensionamento da estrutura do cenrio.......66Figura 66: Painel e piso do palco integrados......................66Figura 67: Desenho inicial da bancada...............................66Figura 68 - Detalhes e formas de encaixe planejados para o plpito.................................................................................66Figura 69 - Planejamento do alapo.................................68Figura 70 - Modelagempara verificao de volumes e propores..........................................................................69Figura 71 - Perspectiva do fundo do palco..........................70Figura 72 - Dimenses bsicas da estrutura do palco........71Figura 73 - Modelagem da insero no palco no auditrio..72Figura 74 - Perspectiva das formas do palco......................72Figura 75 - Alapo de recolhimento do plpito..................72Figura 76 - Dimenses de espaos para comunicao visual. Fonte: PANERO, 1996.............................................73Figura 77 - Dimenses de espaos para estao de trabalho. Fonte: PANERO, 1996.........................................74Figura 78 - Dimenses de largura para espaos de trabalho. Fonte: PANERO, 1996........................................................74Figura 79 - Dimensionamento inicial bancada....................75Figura 80: Dimensionamento inicial plpito.........................75Figura 81 - Dimenses definidas do plpito e bancada.......75Figura 82- Detalhes e montagem do plpito.......................76Figura 83- Fechamento da bancada pararecolhimento no alapo...............................................................................76Figura 84 - Rendering do pulpito.........................................76Figura 85 - Rendering da bancada......................................76Figura 86 - Plano geral do cenrio......................................77Figura 87 - Plano geral visto frontalmente..........................77Figura 88 - ngulo para ilustrar acabamentos e propores.............................................................................................78Figura 89 - Cenrio sem os mveis projetados...................78Figura90- Planomdiocomdestaqueparaopainel de vidro....................................................................................78Figura 91 - Configurao diferenciada................................79Figura 92 - Cenrio com monitor fixado ao fundo...............79LISTA DE QUADROSQuadro1- Descriodasetapasdoprocessodeprojeto baseada na metodologia de Lbach (2001)..........................5Quadro 2 - Etapas do processo focadas no processo criativo, baseado nos estudos de Gomes (2003)..................5Quadro 3 - Elementos que determinama aparncia e contedo de uma forma, segundo Wong (1998).................28LISTA DE REDUESCPD Centro de Processamento de DadosEAD Educao a DistnciaEUA Estados Unidos da Amrica TV TelevisoUFSMUniversidade Federal de Santa MariaLISTA DE ANEXOSAnexo 1: Chapas de fibra de eucalipto Duratex.Anexo 2: Trecho catlogo de Acabamentos Sayerlack.Anexo 3: Lmina pr-composta padro Koto A1.Anexo 4: Piso laminado Formica.Anexo 5: Catlogo dobradias.Anexo 6: Luminria perfil de LEDs.SUMRIO 1. Introduo........................................................................1 1.1. Justificativa...................................................................2 1.2. Objetivos.......................................................................3 1.2.1. Objetivo Geral............................................................3 1.2.2. Objetivos Especficos.................................................4 1.3. Metodologia..................................................................4 1.4. Estrutura da Monografia................................................5 2. EaD, Cenografia e o Produto Audiovisual........................7 2.1. Educao a Distncia...................................................7 2.1.1. Atuao da EaD.......................................................10 2.2. Cenografia..................................................................13 2.2.1. Evoluo ao Longo da Histria dos Espetculos.....15 2.3. O Produto Audiovisual................................................20 2.3.1. A Evoluo Audiovisual............................................20 2.3.2. Usos do Vdeo.........................................................22 2.3.3. Organizao e Planejamento...................................24 3. Anlises.........................................................................27 3.1. Elementos de Anliseda Linguagem Visual..............27 3.2. Cenografias Relevantes..............................................29 3.2.1. Jornal da Globo........................................................29 3.2.2. CNN Internacional: Estdio Londres........................32 3.2.3. Minha MTV...............................................................34 3.2.4. Educao Distncia..............................................37 4. Design de Cenografia para Vdeo..................................42 4.1. Cenrio real X Cenrio virtual.....................................43 4.2. Elementos do Cenrio.................................................47 4.2.1. Plpitos....................................................................48 4.2.2. Bancadas.................................................................48 4.2.3. Poltronas..................................................................49 4.2.4. Monitores.................................................................49 4.3. Iluminao...................................................................50 4.3.1. Fontes de Luz..........................................................51 4.3.2. Iluminao de trs pontos........................................53 4.4. Planos.........................................................................55 4.5. Elementos complementares........................................58 5. Estdio EaD UFSM........................................................60 5.1. Requisitos do Projeto..................................................60 5.2. Gerao de Alternativas..............................................61 5.3. Refinamento do conceito e definio do projeto.........64 6. Desenvolvimento Tcnico e Implantao.......................70 6.1. Projeto detalhado........................................................70 6.1.1. Fundo.......................................................................70 6.1.2. Palco........................................................................71 6.1.3. Mveis.....................................................................73 6.1.4. Painel de vidro.........................................................77 6.2. Modelagens Finais......................................................77 7. Consideraes Finais.....................................................801 1. INTRODUOA Educao a Distncia (EaD), que no Brasil, tornou-seconhecidahmaisde60anos, uminstrumentode democratizao da informao e incluso social(CASTRO, 2008, p.2). Alm de institutos especializados no desenvolvimento de cursos dentro desta modalidade, as instituiesdeensinotambmsevalemdemateriaisno presenciaistantonodesenvolvimentodecursosregulares (educao bsica e superior), como na criao de material didtico complementar ou de treinamento e capacitao no ensinotcnico. DentrodaUniversidadeFederal deSanta Maria, existe a Coordenao de Educao a Distncia que desenvolve projetos na rea, visando a ampliao do alcance da educao atravs dos meios de comunicao e umadas formas comoissofeitoatravs devdeos instrucionais.Aproduodematerial audiovisual exigeumaboa ambientao para se ter um resultado visual positivo e o seu contedo valorizado e ilustrado. Odesigner de produto surgenestecontexto comoo desenvolvedor desta atravs do desenvolvimento dos elementos tridimensionais (mveis, objetos, ferramentas) que determinam a ocupao do espao em uma composio equilibrada, coerente, funcional e cabvel de produo industrial.2 1.1. JUSTIFICATIVAAlmde atender temas de interesse do autor, o desenvolvimento de umprojetode design decenrio para vdeos de EaD pode se apoiar em dois fundamentos: exigir um conhecimento transdisciplinar como ferramenta de obtenodeumprojetoinovadoreeficaz(prerrogativada atuaododesigner) eofatodeaeducaoadistncia, enquanto ferramenta de disseminao do conhecimento, necessitar de projetos de comunicao visual verdadeiramente estruturados e qualificados.Ao abordar os conhecimentos de produo audiovisual e as bases da educao a distncia, tem-se, no desenvolvimento do projeto a unio de disciplinas a fim de proporcionar um produto mais completo e coerente. Charles BezerranolivroODesigner Humilde(2008) determinao designer como solucionador de problemas e estes, no havendo como delimitar suas fronteiras, trazem a exigncia do profissionalda criao em conhecer vrias disciplinas e ser um pesquisador incansvel de diferentes reas.urap|er|ssapa|ase||uo.ado| 0.e|asco|sassob.A||as pe|spec|.as, .A||os uu|oseaspecos .... |rpo|aue e uudareua| pa|ao|uo.ado| ua.ea| er.A||asd|reus| es do cou|ec|reuo e eueude| que as so|u | es |uo.ado|as se eucou|ar uas euc|u.|||adas |ue|ecua|s e uas coue| es de cou|ec|reuos. (8E/ERR/, 2008)Podemos ainda apontar a educao a distncia como objeto que necessita de um trabalho cuidadoso para obteno de bons resultados. Um produto de EaD tambm exigeumaperspectivaque, segundoCastro(2008, p. 10) envolve o dilogo entre diferentes disciplinas como a Informtica, aPedagogia, aEducao, aEngenhariaea 3Comunicao para atingir [...] o acesso s informaes e a educao continuada. No citado pela autora, mas certamente inserido nesse contexto est o design. O desenvolvimento de um projeto onde o produto pode ser o um facilitador da comunicao,criando um espao familiar aos usurios, sendo confortvel, funcional, ilustrativo e prprio para a sua finalidade umdos meios de se comprovar isso.Aproduoatual dematerial audiovisual paraEaD nem sempre realizada em um ambiente desenvolvido para este fim. Alguns cursos, como sero apresentados no captulo de anlises da monografia, so captados em salas deaulacomuns, estdiosimprovisadosoudesenvolvidos por pessoas que no tem os conhecimentos de design ou de produo audiovisual. Isto certamente influencia no resultado dos cursos, tendo em vista que a imagem que este possui serveparalheconferir credibilidadeeestimulao aluno fazer uso do material. O autor no encontrou trabalhos acadmicos especficos sobre como a composio do cenrio pode ser til no desenvolvimento de vdeos instrucionais, portanto,estetrabalhopodeservircomouma das ferramentas de insero do design de produto na produo audiovisual de educao a distncia. 1.2. OBJETIVOS 1.2.1. Objetivo GeralProjetar um cenrio para produo de vdeos de EaD, baseadoemumainvestigaocenogrficadeestdiosde material audiovisual de carter informativo.4 1.2.2. Objetivos EspecficosInvestigar sobre as temticas necessrias ao desenvolvimento do projeto;Definir os requisitos de trabalho, a fimde evitar retrabalhos e aperfeioar o processo de criao;Desenvolver uma soluo (cenrio) adequada, vivel, contempornea, inovadora e funcional ao problema;Criar osdocumentostcnicos(desenhos, memoriais descritivos) para a viabilizao do produto; 1.3. METODOLOGIAParaodesenvolvimentodoprojeto, foramestudadas metodologias baseada em Lbach (2001), que determina o processos deumprojetodedesign divididos emquatro fases etendoapoiotambmnoqueGomes (2004) define com etapas de processo projetual, com enfoque no processo criativo.Etapas Objetivo MtodoPreparao Conhecimento e anlise do problema.Anlises (problema, necessidade, evoluo, relao social, funes, estado da arte, exigncias e determinantes)Gerao Produo de ideias para solucionar o problema.Gerao de conceitos e alternativas.Avaliao Seleo da melhor ideia e configurao do produto.Escolha e refinamento do projeto escolhido.Realizao Viabilizao do produto. Desenvolvimento de modelos, apresentaes e documentao.5Quadro 1 - Descrio das etapas do processo de projeto baseada na metodologia de Lbach (2001).Estgios Objetivos MtodoPreliminar Definio e delimitao do problema; Aquisio de informaes pertinentes ao projeto;Distanciamento do estudo do problema para busca das melhores solues; Pesquisa;Anlises; Elaborao de outros materiais e documentos do projeto que no esto associados a resoluo da problemtica;Limiar Representao visual das possveis solues;Busca e discusso acerca da melhor soluo;Rafes, esboos, modelagens preliminares, composies visuais;Reunieseseminriosparaapreciaodas idias;Psliminar Aprofundamento da soluo;Revisitasetapasparacerteza da elaborao de todos os documentos e da apresentao da melhor soluo.Desenvolvimento e comunicao do produto;Listas de verificao e avaliao.Quadro 2 - Etapas do processo focadas no processo criativo, baseado nos estudos de Gomes (2003). 1.4. ESTRUTURA DA MONOGRAFIAEste documento est dividido emsete partes. O conhecimento e desenvolvimento histrico das temticas (educaoadistncia, cenografiaeproduoaudiovisual) serodesenvolvidos nosegundocaptulodamonografia. Produtos de cenografia de televiso e vdeo-aulas relevantes sero apresentados no terceiro captulo para uma 6anlise de seus elementos dos pontos de vista formal, tcnico, esttico, semntico e de inovao.O quarto captulo dedicado aos elementos que so determinantesaumprojetodecenrioparavdeo. Neste, sero avaliado as vantagens sobre o uso de cenrios virtuais, apresentados elementos de iluminao e os principais planos de cmera, bem como sero vistos alguns dos objetos (mobilirio) encontrados em produtos audiovisuais de carter informativo.Japlicandoaolocal ondepretende-seimplantar o projeto, que o estdio para produo de material para EaD daUFSM, oscondicionantesdoprojetoeageraodas alternativas para soluo do problema faro parte do quinto captulo da monografia. O desenvolvimento tcnico do produto-cenrioeoplanejamentodesuaimplantaoso apresentados no sexto captulo e seus resultados avaliados no captulo sete.7 2. EAD, CENOGRAFIA E O PRODUTO AUDIOVISUALO texto a seguir apresenta as trs temticas abordadasparacontextualizaodoleitor, seguindouma sequncia de apresentao do ambiente gerador do problema (educao a distncia), passando pela forma como o problema se apresenta (construo de cenrios) e terminando no ambiente onde este ser aplicado (produo audiovisual). 2.1. EDUCAO A DISTNCIAEducaoadistanciaumamodalidadedeensino no presencial que se desenvolveu como o objetivo de ampliar ainserosocial epropagar conhecimentospara pessoas onde as oportunidades de ensino so dificultadas. ... a ca|ace|s|ca bAs|ca da educa o a d|s uc|a 0o esabe|ec|reuo de ura coruu|ca o de dup|a .|a, ua red|da er que p|oesso| e a|uuo u o se eucou|ar juuos ua resrasa|a |equ|s|audo, ass|r, re|os queposs|b|||era coruu|ca o eu|e arbos coro co||espoud0uc|a posa|, co||espoud0uc|a e|e| u|ca, e|eoue ou e|e, |Ad|o,'roder', .deod|sco cou|o|ado po| corpuado| ,e|e.|s o apo|ada er re|os abe|os de dup|a coruu|ca o, ec. (lERRY, 1987 apud NuNE', 1997).8AEaD organizada da maneira que o tutor (ou tutores) disponibilizaomaterial paraacessoaoaprendiz, ondeesteestiver, etemoseuestudoacompanhado e supervisionadopor meiodeveculos decomunicao. A escolhadesseveculodeveserfeitaemrazodotipodo pblico, custos operacionais, eficcia de transmisso, recepo, transformao e criao do processo educativo.Essa modalidade de aprendizado extremamente coerente com a forma como a organizao das sociedades contemporneas, emgeral, se apresenta. Levando em considerao que o seu pblico principal de pessoas adultas, ela se apresenta como alternativa para suprir anseios como a constante atualizao e criao de competncias mltiplas, para o profissional encaixar em um sistema onde a obsolescncia do conhecimento e das tcnicas tendncia do mercado de trabalho (LJOS, 1992 apud BELLONI, 1999).A evoluo das tecnologias de comunicao determinou o que se denominam as trs geraes de Ensino a Distncia. A primeira gerao caracterizada pelo ensino por correspondncia. A partir da Revoluo Cientfica (sculo VXII) as cartas passaram a ser utilizadas para envio de informaes cientficas. No sculo XIX j se tinha notcias deaesinstitucionalizadasdeeducaodistncia. Em 1856, Charles Toussaint e Gustav Langenscheidt fundaram uma escola de lnguas por correspondncia, dando inicio criao de varias outras escolas e at instituies de ensino superior, como a Universidade de Winsonsin e a Universidade de Chicago nos EUA, que propuseram cursos tandopresenciaiscomonanovamodalidade.. Noperodo entre guerras (de 1918 a 1939) a rede de correspondncias atingiu um nvel de organizao e eficincia muito maior. No Figura 1 - Envelope numerado de curso a distncia de 1957. Fonte: Instituto Monitor, 20069Brasil, criaram-se institutos como o Instituto Universal Brasileiro (em 1941) e o Instituto Radio Monitor (em 1939), fundado pelo hngaro Nicols Goldberger, que ofereceu um curso de Radiotcnico atravs dos correios, onde era enviado ao aluno material didtico e um kit de ferramentas e componentesnecessriosamontagemdeumrdiode8 vlvulas. OInstituitoMonitor cedeugentilmenteaoautor imagens do incio dos seus trabalhos, como o envelope de um de seus primeiros cursos (figura 1) e anncios de jornais e revistas (figuras 2 e 3).Asegunda gerao chamada de gerao dos telecursos oudateleducao. AiminnciadaSegunda Guerra Mundial promoveu a necessidade de treinamento de milharesderecrutasparaomanejodearmasdeguerra. Psiclogos e educadores norte-americanos foram convocados a desenvolver uma leva de filmes para o treinamento militar, inspirados na linguagem do cinema, e o sucesso (vitrianaguerra) impulsionouo desenvolvimento de cursos utilizando recursos tecnolgicos de comunicao. O rdio tornou-se aliado dentro da modalidade de ensino no Brasil, por exemplo, atravs do Projeto Minerva, iniciado em 1970, elaborado pelo governo federal, obrigatoriamente transmitido por todas as emissoras que tinha o objetivo de educar pessoas adultas. Porm, as experincias brasileiras, por mais que movimentassem grande nmero de pessoas e utilizassemde recursos financeiros altos, no obtinham resultados ainda suficientes para a aceitao da modalidade, principalmente pela descontinuidade dos projetos, a falta de memria administrativa pblica e medo de adotar procedimentos rigorosos de avaliao de programas e projetos (NUNES, 1997).Figura 3 - Anncio veiculado em revista de 1970.Figura 2 - Anncio do Instituto Rdio Monitor de 1957.10Considera-seterceira geraoda EaD, toda produo que incorpora osconceitos que a internet trouxe paraocotidianodasociedade. Ambientesvirtuais, chats, teleconferncias, acessos sncronos ou assncronos. A partir desta gerao, abriu-se espao para maior interao entre professor- aluno. Belloni (1999) aponta como tendncia para ofuturodaEaDumainserocadavezmaiordentrodos sistemas convencionais de educao, proporcionando a criao deformas hbridas deformao, quecombinam atividades tanto presenciais como distncia para promover um aprendizado mais completo. 2.1.1. Atuao da EaDEntre campos onde a educao a distncia utilizada podemos destacar a presena nademocratizao da educao formal, e isso se d atravs das instituies de ensino e fundaes disponibilizando os contedos de educao infantil, fundamental, mdio (educao bsica brasileira) e superior ao acesso de pessoas que no tem a oportunidade de participar de cursos presenciais. o caso do Novo Telecurso (antigamente chamado Telecurso 2000), ao da Fundao Roberto Marinho, Federao das Indstrias do Estado de So Paulo (FIESP), Servio Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Servio Social da Indstria (SESI) e outras instituies, que promovem cursos transmitidos pela televiso e disponibilizadosemvdeo, somadosamateriaisdidticos impressos para ensino de educao bsica e conceitos sobreavida produtiva ecooperativa (NOVOTELECURSO, 2009). Aimagemabaixomostramomentosdoscursosdo referido programa.11Vale salientar que a EaD pode ser aliada a educao presencial,como forma de complementao,atualizao e acessoaosconhecimentos, notendoaintenodeser uma substituta ao mtodo convencional, eficaz e extremamente necessrio para a formao social.Noambientecorporativo, tambmsepodeutilizar o ensino no- presencial, principalmente na rea de formao ecapacitaoprofissional, ondemuitasvezes grandes empresas, comunidadesdispersaspor vrioslugaresdo mundo, desejam manter o nivelamento do conhecimento de seus colaboradores. Ainda pode ser um meio de atualizao e melhor capacitao de professores, j que as disciplinas sofrem alteraes com as novas descobertas da cincia ou alteraes da lngua, por exemplo. possveltambm, atravs da educao a distncia promover a proliferao deexperincias sociaispara esclarecimentos emreas comoasade(prevenode Figura 4 - Cenas Telecurso 2000 e Novo Telecurso. Fonte: NOVOTELECURSO, 2009.12doenas), a cidadania (normas de conduta, leis de trnsito, direitos e deveres), a organizao comunitria, a organizao social, a formao sindical, entre outras.(NUNES, 1997). Onicho de produo de vdeos emeducao a distncia desenvolvido por produtoras de vdeo, empresas ou institutos voltados para EaDou dentro das prprias instituies de ensino. A Coordenao de Educao a Distncia da UFSM produz seu materialdidtico em vdeo comoapoiodoCentrodeProcessamentodeDados, que possui umpequeno auditrio combancada e tela para projeo. O ambiente em questo no foi desenvolvido para produo de material audiovisual. Apesar da qualidade tcnica dos equipamentos e de sua transmisso via internet, recursoscomoailuminaoeomobiliriosoadaptados para transmisso das aulas e de outros eventos.Figura 5 - Transmisso via internet de aula da UFSM em EaD no ambiente Multiweb.13 2.2. CENOGRAFIAEspetculos, programas de televiso, filmes publicitrios, videoclipes, etc. tem em comum serem produtos deumamultidisciplinaridadequeenvolvereas que vo desde o roteiro, a administrao at a comunicao visual que envolve figurino, iluminao, coreografia e cenografia. Define-se esta, como a arte, tcnica e cincia de projetar e executar a instalao de cenrios para espetculos .Ceuo|a|a 0o espa o e|e|o pa|a que ue|e acoue a o d|ara aoqua| que|erosass|s||. lo|auo, a|audodeceuo|a|a, pode|eroseueude|auooqueesAcou|douurespa o quauo o p| p||o espa o.(R/!!C, 2007)Percebe-se, portanto, queaatuaodacenografia atenderequisitostcnicos, poisa disciplinaque trata de todo o planejamento, criao e materializao do ambiente de atuao, levando em conta a percepo esttica, funcionalidade e linguagem.Cabeaqui, diferenciar aterminologiacenografiade arquitetura cnica, que o desenvolvimento arquitetnico de todo o edifcio onde ocorrer a atuao, suas estruturas, equipamentos e fluxos, responsabilidade de um profissional daconstruocivil. Acenografiaatuanodesenvolvimento do ambiente onde acontecer a ao do ator, que definimos no s como aquele que participa de uma representao, no caso de produtos de dramaturgia, mas toda pessoa que atua no local focado (palco/cenrio) como umapresentador, professor, danarino ou palestrante. 14Umcenrio ocompostodeelementos (reais ou virtuais) que compe o espao do acontecimento. Para produes audiovisuais e apresentaes artsticas com presenadopblico(apresentaesmusicais, deteatroe at programas de televiso e rdio com auditrio) o cenrio tanto pode ser construdo (ambientes em estdio e cidades cenogrficas) ouaproveitadolocal jexistente(locaes), comou seminterferncias na sua formatao natural (iluminao, composio, adio ou subtrao de elementos), real, simulado ou virtual (efeitos especiais). Jos Carlos Serroni (2003) apresenta em sua bibliografia sobre arquitetura cnica classificao do espao cniconarelaoentrepalcoeespectador, quepodem estar dispostos da maneira a seguir.Com relao ao espectador: Plateia: filas com espao de circulao lateral e central; Camarotes ou frisas: espaos para nmero limitado de espectadores; Balco: nvel superior a plateia Galeria: ltimo nvelCom relao ao palco: Arena: palco circular abaixo da plateia; Elisabetano: palco circundado por trs lados pelos espectadores; Italiano: palco retangular frontal ao espectador, fechado nos outros trs lados; Circundante: palco perimetral que envolve o pblico 360;Oespaoaindapodesercaracterizadoporrelaes menos estanques entre palco e espectador, como o caso dos espaos mltiplos, onde as disposies so adaptveis da maneira que se achar necessrio, e os espaos 15arquitetnicos alternativos, lugares existentes onde as suas prprias caractersticas, s vezes com modificaes parciais, permitem as aes. 2.2.1. Evoluo ao Longo da Histria dos Espetculos noteatroqueencontramososurgimento e grande partedodesenvolvimentodacenografia. Otermocenrio vem dostextosgregoserepresentaoembelezamentoda cenaatravsdepinturas, escritas, coresedesenhos. Ao definir cenateatral errneoimaginar aconcepodeste momentoemumpalco, massimnaquiloqueMantovani (2003) define como Lugar Teatral, que envolve tanto o lugar cnico como o lugar do espectador. Isto porque na Antiguidade as apresentaes teatrais (at o sc. V) aconteciam ao ar livre, os primeiros teatros foram construdos em madeira e s posterior a isso se tem registro de edificaes em pedra. O carter do teatro grego era extremamente religioso, asrepresentaescenogrficaseramdeelementoscomo cueinferno. JnaRomaAntiga, oespaoteatral se desenvolveu no intuito de oferecer diverso ao pblico e a construodosedifciosseguiaumapropostadediviso social, sendoosteatrosjfechados,conforme ilustram as figuras 6 e 7. Na Idade Mdia, ainda segundo Mantovani (2003), no se construram edifcioscnicos.O lugarera a praa e a temtica oficial era religiosa. Somente no Renascimento que temos a configurao do edifcio teatralcomo conhecemos hoje.Oteatro ganha carter culturale acenografia ganha forte desenvolvimento como representao do fazerteatral Figura 6 -Runas do Teatro grego da cidade de Epidauto. Fonte: UOL, 2009.Figura 7 - Runas do Teatro romano de Aspendos. Fonte: TARRACONENSIS, 2009.16da poca. OTeatro Olmpico de Vicenza, do arquiteto AndreaPalladio, umexemplomuitointeressante, como ilustramas figuras 8 e 9. Esta edificao continha um cenrio fixo de ruas e casas tridimensionais, o que caracterizava uma cenografia fortemente realista, que incentivou o retorno ao desenvolvimento de tcnicas de desenhos emperspectiva. Alguns teatros renascentistas contaram com pinturas em perspectiva de um ponto de fuga de artistas como Rafael Sanzio.No Barroco tem-se a consolidao do estilo de teatro definido como estilo italiano, onde o pblico se posiciona em nveis(deacordocomseupodersocial)eopalcouma espcie de janela, fechado por trs paredes, sendo apenas livre o vo frontal ao pblico. Nesse perodo so construdos grandiosos edifcios teatrais.ARevoluo Francesatraz profundas modificaes nos contexto da sociedade, consequentemente tambm nas artescnicasesuasdisciplinas. Almdosurgimentodo proletariado, das rupturas com o passado, do novo papel da mulher na sociedade e dos pensamentos sociolgicos sendo debatidos, a pesquisa histrica atinge um grau de desenvolvimento fantstico. Com isso o estilo de espetculos tende reproduo fiel dos perodos retratados, proporcionando cenografia papel de destaque, integrada a todos os elementos principais da produo (atuao, roteiro, figurino), sendo fundamental no resultado artstico.O advento da luz artificial tambm ampliou a importncia da cenografia e o seu aprimoramento. Isso porque se pde direcionar a iluminao para o espetculo, garantindo maior ateno da plateia e, consequentemente, impelindo maior cuidado na produo cenogrfica j que os detalhes passaramaser mais aparentes. Abusca pela Figura 9 - Detalhe de cenografia do palco do Teatro Olimpico. Fonte: BED-BREAKFAST-ITALY, 2009.Figura 8 - Teatro Olimpico de Vicenza. Fonte: BP, 200917realidadealiadaanovosrecursosdeiluminaotornoua produo do cenrio teatral extremamente realista, o que historicamentechamamosdenaturalismo. Nele, omodelo de teatro italiano chega a seu pice.No final do sculo XIX e incio do sculo XX temos o perodoquedenominamosModernidade, eumadassuas principais caractersticas o rompimento com os pensamentos correntes. Com isso surgem movimentos como expressionismo, simbolismo e cubismo e a produo artstica predominante passa a ser mais simblica e menos figurativa e realista. Essa nova corrente de produo, contou com nomes como o ator e diretor russo Vsevolod Meyerhold (1874 -1940) que prope nos cenrios de teatro maior interpretaodaplateiasobreosignificadodoselementos dacena, dandoprioridadeaosmovimentosdoator(figura 10) e propondo mais proximidade entre espetculo e espectador.Figura 10 - The Bathhouse de Mayakowski, cenografia de Meyerhold. Fonte: LOOSAVOR, 2009.18Almdosmovimentosdevanguarda, nocomeodo sculo XX surge o desenho industrial e com ele entram em pauta asanlisesdefuncionalidadeefabricaoemsrie dosobjetos. Nesteperodo, tericoscomoAdolpheAppia sugerem mudanas no fazer teatral, inserindo o movimento comoelemento doespetculo e oespao cnico como espao vivo a ser usado para destacar o trabalho do ator.A essncia de todas as aplicaes dos pensamentos modernistasnoteatroainserodadinmicatantonas representaes como nos seus elementos visuais (MANTOVANI, 1989). A Bauhaus (escola de design, artes plsticas e arquitetura), fundada em1919 umdos expoentes da produoartsticadoiniciodosculo, principalmentepor representar anovaviso(funcional efabril) dosobjetos ondeWalterGropius, seufundador, eratericoeprodutor deteatro, cenografiaearquiteturacnicaeprojetouem 1927umteatrooval, chamadoTeatroTotal, ondeopalco transforma-se de acordo com a necessidade do espetculo como maneira de estmulo criatividade do diretor. O projetopossui umaestruturaflexvel, queproporcionatrs configuraes de posio do palco, conforme mostra a figura11, eaindaprevaumsistemadeprojees de imagens para proporcionar sensaes mpares aos espectadores. Apesar de nunca executado um projeto que simbolizaabuscapelomovimentoedinmicadaarteda poca.19Havia tambm defensores do uso do teatro como uma grande mquina, repleta de mecanismos, inclusive o homem como um deles,como Moholy-Nagy,tambm professor da Bauhaus. Comtantas teorias surgidas nesseperodode efervescncia das artes, o estudo da cenografia ganha vrias vertentes e diversas aplicaes, desde os elementos simblicos,passando pelas abstraes at objetos cnicos didticos para apresentaes de carter poltico.Aps 1945, a sociedade novamente sofre fortes mudanas e passa aser cotidiano aespetacularizao da sociedade e do Estado. Surgem novas manifestaes artsticas (happening, performances) onde no teatro pode-se destacar Antoine Marie Artaud e Bertolod Brecht. O primeiro defende atuaes cnicas onde o centro (inclusive fsico) a plateia, negando o uso de cenrios, j Brecht prope um maior distanciamentoparalevar oespectador arefletir e tomar conscincia das questes de carter cientfico e sociolgicodasobrasqueprope. Brecht tiradopalcoas maquiagens da estrutura do lugar cnico, deixando a mostra luzes e maquinarias para que no enganar ou iludir o espectador que aquele espetculo apenas uma representao.Figura 11 - Teatro Total de Walter Gropius, em preto as configuraes de palco. Fonte: VITRUVIUS, 2008.20O lugar cnico sofre alteraes, crticas e cada movimentoqueaps-modernidadeconcebe, encaixado emalgumadas tipologias jexistentes dos espaos ou propeadaptaesnosmesmos. ocasodoteatrode arena, que no ps-guerra tornou-se a forma de teatro mais construda nos EUA, por ser a tipologia mais econmica e o teatropassaapartir dametadedosculoXXater seu espao dividido pelo cinema e televiso que passam a ser cada vez mais populares (MANTOVANI, 1989). importante salientar a presena e evoluo da cenografiacomoumdosmeiosdecomunicaovisual de todas as pocas retratadas. As manifestaes de arte tm na ambientao aliado fundamental e a evoluo das tecnologias neste campo um dos propulsores das inovaes nos espetculos. Atualmente o grande desenvolvimento da cenografia est tambm nas produes de cinema, televiso e vdeo e a EaD tambm com a busca de novas solues na rea, pois pode utiliz-las para promover melhorias naeficinciadesuas aulas sejana ilustraodecontedos, emumespaomaisconfortvel aosprofessoresounasformasdecomunicaocomos alunos. 2.3. O PRODUTO AUDIOVISUAL 2.3.1. A Evoluo AudiovisualAhistriadareproduoaudiovisual advmdeuma srie de pequenas evolues da qumica, ptica, 21eletromagnetismo, ondulatria, entreoutros. Armes(1999) define dentro desta histria trs grandes fases: Final do sculo XIX - marcado pela forte expanso nas comunicaes(estradasetelgrafos), surgimentodeuma imprensa mais popular e uma srie de descobertas e evolues tcnicas que foram fundamentais para o desenvolvimentodocinema, radioeteleviso. Sofatos comoosurgimentodafotografia, aapresentaodeum aparelhodeconversodeondas sonorasemoscilaes eltricas (princpio do telefone) por Alexander Grahan Bell, o desenvolvimento de mtodos de transmisso de dados sem fio por Gugliemo Marconi, entre outros, que marcam o inicio da histria do produto audiovisual. Revoluo eletrnica do rdio da dcada de1920- destacadapeloadventodeumsistemaondeaoinvsde produzir mecanicamente cpias das produes de imagem e som, estes podemser transmitidos de forma eletrnica instantaneamente para um grande nmero de receptores, a partir da o rdio e, posteriormente, a televiso surgem como veculos de transmisso de dados cada vez mais popularizados. Gravaes eletromagnticas no ps-guerra o desenvolvimento de um aparelho de gravao e reproduo de imagem e som (videoteipe)trouxe uma novarevoluo dentrodacomunicaoporagorapermitirareproduoe distribuio em escala muito maior dos materiais produzidos, servindo de apoio para a expanso do cinema, mudandoaformacomotelevisoerdiosoproduzidos, criando a possibilidade de reprises, registros de seus materiaisetambmcriandoumnovomercado, tantode produode aparelhos eequipamentos, comoproduoe distribuio de vdeos, no mbito domstico.Figura 12 - Cmera fotogrfica do sculo XIX. Fonte: JAHA, 2009.22 2.3.2. Usos do VdeoOusodovdeo, atualmente, nomaisrestrito emissoras de TV ou produtoras. Santoro (1989) define que porpossibilitar acriaoemateraisforadeemissorasde TV, a palavra vdeo passa a carregar tambm uma conotao de atividade, de processo, enfim, da produo e veiculao de mensagem.Se destacam quanto ao uso do vdeo as corporaes, parafinalidades comooacompanhamentoe registro de palestras e reunies, arquivamento de imagens para estudos, treinamentos, promoes, programas de integrao, mensagens institucionais, acompanhamentos de produo e testes de produto, alm de anncios publicitrios. Algumas empresas degrandeportecontam com espao para produzir seus prprios materiais, porm o usomaisconstanteatravsdaterceirizao. Umadas problemticas apontadas por Santoro (1989) a da qualidade do material, nem sempre produzido com a tcnica eartedemaior excelncia das produes deteleviso, parmetroinevitvel decomparaodos usurios. Outro usodovdeoochamadotelejornalismo, quepodemos apontar como todo tipo de produo de televiso, que trabalha com linguagens especficas e mtodos determinados para cada finalidade (informao, entretenimento, simulao, educao). Finalmente, hos vdeos populares, definidos como vdeos para expresso individual ecoletiva, particularmenteemcontextosondea represso poltica fechou os meios de comunicao em massa oposio democrtica [...] (IPAL, 1988 apud SANTORO, 1989) que exemplificar como vdeos organizados por grupos e instituies ligados a movimentos Figura 13 - Cmera de vdeo contempornea. Fonte: FILMSTARRENTALS, 2009.23populares ou independentes destes, mas voltados sob a sua tica. Porto e Moraes (2009) revisitando as classificaes de Santoroapresentamumcontextoemqueastecnologias digitais agregamumnovo olho olhar sobre a produo audiovisual, ondeovdeoganhoumaior notoriedadenos processos comunicacionais, sejam eles no espao tradicional (televiso ou cinema), sejam nos novos espaos agora presentes no cotidiano coletivo (internet, aparelhos de celular e outros dispositivos portteis). Cor a c|eada do .deo d||a|, uo.as o|ras de p|odu o passa|ar a se| deseu.o|.|das .... / s|rp||c|dade de ope|ac|oua||.a o dos equ|pareuos desr|s||cou a a|e do .deo, passaudo a| desa|o ua||a|.a, o|ra de coua| a ||s ||a, cous|u|| o d|scu|so ou resro de |eo|au|.A|o. ... /o|a, auoer|sso|as dee|e.|s oe|audes p|oduo|as coro p|oduo|es de .deos |udepeudeues e pa|s euus|asrados cor os p||re||os passos dos |||osa|ar a resra |uuaecuo| |ca, apo|ados pe|o s|sera d||a| de capa oecod||ca ode|raeuserro.|reuo.Oque muda agora a qualidade final do produto. (lCR!C e VCR/E', 2009, ||o uosso).MesmoacrescentandoaosestudosdeSantorouma nova perspectiva, ainda pode-se afirmar que o referencial de qualidadequeapopulaoconhecevemdosprodutosde televiso. Isto se confirma apoiadotambmemMunari (2006) que afirma que o repertrio de imagens que acumulamosaolongodavida(enestembitoaTVest presente) oquecrianossoscritriosereferenciaisde qualidade.lo| esa |a. o a esco||a do re|o 0uudareua| pa|a dee|r|ua o dos c d|os. C cou|ec|reuo das 24ca|ace|s|cas |ue|eues ao re|o des|uado pe|r|erao p|oduo| dareusaerau|||.a odec d|osqueso|ar reuo|es d|so| | es cor as |ue|e|0uc|as e |e.er o |ecepo| a |ue|p|ea | esra|sp| |rasdocoueodoo|||ua|.Signos conhecidos pelo emissor e que estejam no repert rio do receptor minimizamas distor es e permitem mensagens menos complexas para transmiss o po|0r cor ra|o| corp|e|dade de |uo|ra | es e que pode| o se| |ue|p|eadas pe|o |ecepo| coro ru|ro de d|so| o.(8/LL/N, 1997, ||o uosso.) 2.3.3. Organizao e PlanejamentoC re|cado de l|odu o /ud|o.|sua||uc|u|qua|que| p|oduo que eu|a coro |esu|ado a |ausr|ss o de ura |raer er ro.|reuo, seja qua| o| o re|o u|||.ado pa|a sua .e|cu|a o, |ep|odu o, |ausr|ss o ou d|us o. ('E8R/E, 2008)Uma produo audiovisual, qualquer seja a sua finalidade, exige para sua realizao uma srie de conhecimentos eaaplicaodemtodossistematizados para sua execuo a fim de obter os melhores resultados. O elementoprincipal desseplanejamentooroteiro, pois atravs dele que se tema viso total do processo da produo. Ccouce|ocorqueodo|oe|||sade.e||da| 0oda.|s o uudareua| da sequ0uc|a de e.euos, e |sso |uc|u| ua sos d|A|oos d|os pe|os auo|es coro arb0r a a|.|dade s|ca que ee|cer, o arb|eue que os ce|ca, o coueo deu|o do qua| a ||s ||a se deseu|o|a ..., a|0rde odas essas cous|de|a | es, o |oe||o p|ec|sa e| c|a|e.a o su|c|eue pa|a queod||eo|, o |ao, 0cu|codesoreodososou|os 25p|o|ss|oua|s c||erur||re quese assere||es|ueu | es o|||ua|s do |oe|||sa. (FCw/R0 , 199o)Aleitura detalhada de umroteiro, onde todos os fragmentos (elementos visuais, atores, tempo, locais, entreo outros) so detalhados por cada disciplina da produo chama-se decupagem. um processo que deve constar no planejamento de qualquer produo a fim de evitar desperdcios de tempo e material, consequentemente, recursos. Ballan(2003) afirmaquenonomomentoda gravaoqueoselementosdacenasodefinidos, eda mesma forma no na ilha de edio que deve ser decidido o produto. A concepo de todos os resultados esperados j deve estar registrada, bemcomo todos os elementos necessrios para chegar a tal objetivo. Cada tipo de produo possui suas especificidades de decupagemderoteiro, pormpodemos listarbaseadosna organizao proposta por Ballan (2003), os elementos principais a serem levantados: Elementos de cenografia: ambiente (ou ambientes) onde as aes acontecero, cabe aqui a listagem de todos osobjetosdecenaeoplanejamentodecomoelessero disponibilizados (construo, locao, caractersticas de cada elemento, uso, possveis substituies) Elementos de figurino: vestimentas que os atores utilizaroduranteascenas. Estasdevemestar coerentes tanto com o contexto do produto, como com a composio visual do ambiente. Emprodues de dramaturgia, por exemplo, prev-seter vrioselementosdefigurinoiguais para, emcasodealgumacidente, nohaver falhas de continuidade de tempo.26 Elementos para produo de arte: possveis intervenesnosobjetosdecena, figurinosoucenografia que sero necessrias para caracterizar alguma ao. Ex.: como maquiagem e efeitos especiais. Elementos para iluminao: recursos tcnicos necessrios para melhor captao da ao, e complemento da criao do ambiente onde ela acontece. Elementos de recursos humanos: profissionais envolvidosalmdaequipedeproduo, desdeatoresat especialistas convocados para fim determinado.Comisso, percebe-seumasriedeconhecimentos quesounidosparaacriaodeumprodutoaudiovisual seja ele um programa de televiso, um anncio publicitrio ou um vdeo musical, institucional ou de educao. Aliando isto coma conscincia da importncia do espao e o propsito do mesmo, temos uma viso geraldo problema, quepermiteumamelhor avaliaodaquiloqueseproduz atualmente para gerao do conceito do projeto.27 3. ANLISES 3.1. ELEMENTOS DE ANLISEDA LINGUAGEM VISUALA representao de um cenrio em vdeo forma, assim como umafotografia, uma imagemque pode ter leitura bidimensional, com elementos que precisam ser planejados parater umaleituravisual coesa. Aqui seroanalisados cenrios de produtos audiovisuais de uma maneira sistemtica, baseadonos elementos delinguagemvisual que Wong (1998) aponta como fundamentais para entendimentodedesenhos, nosprincpiosdecomposio de espaos de Ching (1982) e nos apontamentos de Dondis (2003). Os elementos principais definidos pelos autores podem ser classificados de acordo com o quadro abaixo:Elementos ConceituaisPonto Indica posio. Percebe-se no incio ou fimde uma linha ou no cruzamento entre elasLinhaTrajetriadomovimentodeumponto; temposioedireo. Forma bordas ou limites de um planoPlano Trajetria do movimentode umalinha (emoutra que no sua direo). Possui comprimento e largura, posio e direo. Volume Trajetria de um plano em movimento (em outro que no a sua direo). limitado por planos e pode ser ilusrio, em desenhos bidimensionais.28Elementos VisuaisFormatoProporciona a identificao principal para percepo.Tamanho Relativo, porm fisicamente mensurvelCor Distingue o formato de seu entorno, possui imensas variaes e classificaes.Textura Caractersticasdasuperfciedoformato, quepodeser percebidatanto pelo tato como ao olhar.Elementos RelacionaisDireo Relacionada com o observador, com o espao onde est contido ou com os formatos prximos.PosioRelacionada com a moldura ou estrutura do formato no espao.Espao Pode ser plano, ilusrio, sugerir ou apresentar profundidade. sentido e no percebido pelo observador.Gravidade Sensaopsicolgica, onde seatribui peso, estabilidade eformatos ou gruposElementos PrticosRepresentao Quandooformatorelativodealgoquejexiste, figurativo oude representao realista, estilizada ou quase abstrata.Significado Ligado a mensagem que os formatos transmitem.Funo Propsito a que servem os formatos.Quadro 3 - Elementos que determinam a aparncia e contedo de uma forma, segundo Wong (1998).Wong(1998) aindaafirmaquetodososelementos visuais constituem o que geralmente chamamos forma, que [...] no apenas uma figura que vista, mas um formato de tamanho, coretexturadefinidoseapresentaasmaneiras como as formas podem ser criadas, construdas ou 29organizadasdeacordocomasrelaesepropsitosdos desenhos. 3.2. CENOGRAFIAS RELEVANTESForam selecionados trs cenrios de televiso e alm de alguns cursos de EaD para serem avaliados. Durante a anlise dos produtos de TV sero apresentadas as formas de ordenao dos elementos visuais definidos anteriormente.Os cenrios de TV foram escolhidos por fazerem parte daculturavisual deumagrandeparceladapopulaoe, como foi abordado no captulo anterior, servemcomo referencialde qualidade. Soeles: o cenriodoJornal da Globo, da Rede Globo cujo projeto atual foi apresentado ao pblico em abril de 2009, escolhido por sua soluo formal e portercarterinformativo quese assemelhamuito coma linguagem da educao a distncia; o cenrio do programa Minha MTV, do canal MTV que possui uma linguagem mais despojada e voltada ao pblico jovem e o cenrio da CNN International de Londres que segue altos padres de tecnologiaepossui amesmalinguagemerecursosque estdios de outros lugares do mundo emumprojeto integrado ebem definido.ParacenriosdecursosdeEaDforampesquisadas aula em vdeo dos cursos de EaD UFSM e vdeo-aulas de outras universidades e instituies. 3.2.1. Jornal da GloboOtelejornal emquestoapresentadodesegunda-feira asexta-feira nohorrio noturno em redeabertaena 30madrugada em emissora de TV por assinatura. apresentadodesde1967eininterruptamentedesde1982, sendo referencial de noticirio noturno para a televiso brasileira.O programa possui dois apresentadores que apresentam e discutem as notcias sentados atrs de uma bancada de formas orgnicas, elevada de um piso em tons de madeira, como se v na figura 14. O cenrio posicionado com o ambiente de trabalho dos jornalistas ao fundo. Omvel principal possui espaonosparaos apresentadores, mas tambm para comentaristas e reprteresqueeventualmenteparticipamdotelejornal. Em segundo plano esto dispostos 2 teles que so vistos frontalmenteeocenrio contacommais 3teles para outros posicionamentos de cmera: direita para suporte e ilustrao das noticias apresentadas embancada, e esquerda dispostos em um plano posterior a uma passarela ondeapresentadoresou comentaristas discorrem sobre os acontecimentos ali mostrados, conforme mostra a figura 15.Figura 14 - Cenrio do Jornal da Globo. Fonte: RD1AUDIENCIADATV, 2009.31Ailuminaodocenrioamplaeperceptvel nos mveis principais e nos apresentadores. No restantedo ambiente (fundo) possui uma srie de elementos e televisorescomluzesmaisfracasqueocenrioprincipal. Percebe-se a reflexo de alguns pontos de luz na superfcie do mvel principal e em algumas sombras que este e a sua elevaoproduzemnopiso. Apesar dealguns materiais serem reflexivos, como o vidro na parte inferior da bancada enopisodapassarela, estesnoofuscamnemrefletem imagens que poderiam desviar a ateno do telespectador. Acombinaodemateriais modernos comacabamentos polidos e formas diferenciadas aliados ao piso de madeira comacabamentosbriocriaumacomposioharmnica, elegante e coerentecomohorrio de apresentao do telejornal. Os teles e a movimentao dos atores ilustram as notcias de maneira menos formal, ainda que sria, e a amplitude local mostrando o ambiente de produo das notcias (redao) tornam o ambiente mais amigvel.Figura 15 - Usos do cenrio do Jornal da Globo. Fonte: RD1AUDIENCIADATV, 2009.32Uma anlise da composio visual dos elementos, observandofrontalmenteocenrioapontaodestaquedo mvel central tanto pela sua forma e dimenses como pela sua elevao; verifica a existncia de simetria bilaterale a predominncia da horizontalidade e a posio dos apresentadoresseguindoospontosureosdeproporo, como ilustra a figura 16, em sentido horrio. Tais elementos foram determinados para compor o espao da produo na inteno de conferir segurana, confiabilidade e contemporaneidade com aproximao com o pblico. 3.2.2. CNN Internacional: Estdio LondresOsprodutosaudiovisuaisdocanal denotciasCNN seguemumpadro visual onde todos os elementos de cenografia nos seus principais estdios no mundo so Figura 16 - Anlises de composio visual do cenrio Jornal da Globo33padronizados, adaptando-se somente as dimenses do local onde aplicado (MCCANNSYSTEMS, 2009. traduo nossa). Dentrodocenriosoapresentadostelejornaise informativostantonabancadaprincipal, comespaopara dois apresentadores como nos teles da parede posterior e frontal e nos monitores das telas laterais com o apresentador emp. Ocenrio posicionado emum estdio amplo onde os equipamentos podem circular facilmente, como mostram as figuras 17 e 18.Compostonasuamaioriapor formaslineares, com referncia marcante na obra do artista plstico Piet Mondrian, o cenrio aparenta materiais bastante limpos, comtexturas lisas, iluminao fria e destaque para os recursos tecnolgicos (telas, luzes, painis luminosos). Somente percebe-se formas curvas na composio dos mveis e do ambiente na passarela ao fundo, na plataforma elevadaenabancadaprincipal, aindaassimdemaneira discreta. O piso apresenta grafismos e as cores predominantes so o cinza, o branco e o preto com detalhes em vermelho, azul e amarelo. Por representar a identidade de uma emissora de prestgio e alcance internacional, os elementos de Figura 18 - ngulo posterior do cenrio da CNN Internacional. Fonte: MCCANNSYSTEMS, 2009.Figura 17 - ngulo principal cenrio CNN Internacional. Fonte: MCCANNSYSTEMS, 2009.34cenografia criam um conjunto mais impessoal, pressupondo a prioridade na informao. Os teles trazem maior dinamismo s formas retas atravs das imagens em movimento e prope uma didtica maior nas atraes..A composio visual repete algumas caractersticas do produto anterior como a horizontalidade e a disposio dos atores em posies proporcionais. Podemos destacar desta vez aassimetriados elementos, emumadisposio de maneira equilibradae comelementosderepetio,como mostra a figura 19.Figura 19 - Equilibrio bilateral e elementos de repetio do cenrio CNN Internacional. 3.2.3. Minha MTVO programa Minha MTV foi apresentado na programao do ano de 2008 da MTV Brasil e tinha carter informativo com entrevistas com artistas e conversas sobre os principais fatos da semana. O pblico alvo da emissora predominantemente jovem e a composio dos seus cenrios geralmente mais informal, dinmica e inovadora. Noprodutoemquesto, ocenriocompostodeuma poltronaverde, comumpequenomvel deapoioeuma 35espciedearquibancadaformadaporformasretangulares suspensas onde se posicionam os entrevistados.Todaessacomposioseapoiaemumpisocom padres de aparncia em madeira que criam uma iluso de tridimensionalidade. Umplano lateral comuma espcie grade emmadeira protege uma srie de objetos pouco perceptveis ao fundo, como refletores antigos.Oprojetodocenriofoi desenvolvidopeloescritrio Donini Arquitetos, que gentilmente cedeu imagens do produto para anlise nesta monografia. Atravs delas podemos perceber que o espao aproveitado ao mximo, e os elementos cenogrficos temdimenses que no ultrapassamos planos de enquadramento do programa, como mostramas figuras 20 e 21. Na mesma figura, percebemos que h uma estrutura metlica, mvel e discretaquecriaailusodequeosgrandesretngulos esto suspensos no ar.Outros detalhes so interessantes na composio com poltronaquemerecedestaquetantopelasuaformacomo porseronicoelementodecordiferenciadadostonsde Figura 21 - Imagem do estdio do cenrio Minha MTV.Figura 20 - Cenrio Minha MTV.36madeiraeneutras dos outros elementos, eomvel de apoio, quepossui umamaletaabertasobresuaestrutura, comelementos de informtica antigos e uma tela que reproduz imagens relacionadas ao assunto tratado durante o programa, como percebemos na figura 21.Os elementos de destaque da composio do espao conferemsoomvel ondepermanecemosconvidados, que chama a ateno por sua dimenso e forma e a poltrona do apresentador, pela sua cor. Estes elementos o primeiro e terceiro quadrantes em uma composio que de destaca o equilbrio radial.Ainda podemos apontar o fundo com pouca iluminaodosplanosverticais(fundodaarquibancadae grades) que provocam a sensao de maior profundidade e amplitude do espao, mesmo este sendo pequeno. Na diagonal oposta aos elementos de destaque, verifica-se dois planos que, coincidentemente, so composies em malha: tantoa grade do plano que faz um dosfundos do cenrio como o piso que prope uma iluso de perspectiva.Figura 21 - Objetos do cenrio Minha MTV.37A figura 22 ilustra, em sentido horrio, os apontamentosacima: primeiroadivisodoplanoprincipal doprogramaemquadrantes, oselementos dedestaque (arquibancada e poltrona), os planos em malha e a iluso de profundidadeaosefazer usodeplanosemfrenteaum fundo escuro ou difuso. 3.2.4. Educao DistnciaNa rea da Educao a Distncia encontra-se disponvel na internet uma srie de cursos, ou trechos destes, almde treinamentos fornecidos por empresas, comoGoogle, parainstruir comotrabalhar emalgunsde seus produtos. Aqui sero mostrados alguns exemplos, comonafigura23, queensinaousodeferramentasde pesquisadosite. Ovdeoconsistenaausnciatotal de cenrios, oator seposicionaatrsdeumfundobranco, geralmente em umdos cantos datela pois, do outro lado, atravs decomputao grfica, soilustrados os temas Figura 22 - Anlises de composio visual do cenrio Minha MTV. 38abordados. Estaescolhacoerentecomaidentidadedo siteemquestoquefazusodepoucoselementosedo fundo branco, porm a diferena entre o fundo e o personagemno muito natural, deixando perceber a virtualidade, como mostra a figura 23.Outro produto encontrado trata de um curso a distnciaproduzidopor uminstitutobrasileiroquerealiza produes narea(figura24). Nocursoemquesto, a tutoraposicionadasentadaeumapoltronaeocenrio virtual simula um ambiente com televisor e estante de livros. Apesar deumtrabalhomaiselaborado, apercepoda virtualidadedocenrioaindaclara, devidoatexturae iluminao artificialdos materiais. O recurso do televisor uma boa alternativa para ilustrao do contedo.A seguir temos a imagem de um curso a distncia de uma universidade do estado de So Paulo onde o cenrio no virtual, porm, perceptvel a ausncia de ambiente adequado a produes audiovisuais. O ambiente, provavelmente uma sala de aula, tem materiais reflexivos ao fundo(lousa) eascoresdofundoefigurinoapresentam muitopoucocontrasteentresi. Orecursodeposicionar o ator descentralizado para inserir ilustraes no espao vazio aqui tambm utilizado.Figura 23 - Treinamento AdSense para pesquisas. Fonte: YOUTUBE, 2009a.Figura 24 - Cena do curso Java. Fonte: YOUTUBE, 2009b.39Tambm de uma universidade o video da figura 26, onde o cenrio virtual se difere dos apresentados acima por ser apenas umpainelcom grafismos em tons de azule o destaquetotal noator. Quandohanecessidade de ilustraodealgumasituao, atelainteirasubstituda pela ilustrao permanecendo somente o udio do ambiente anterior.Figura 25 - Curso EaD AcessaSP. Fonte: YOUTUBE, 2009c.Figura 26 - Video guia de produo de EaD. Fonte: YOUTUBE 2009d.40Foi analisadotambmumcursoadistnciaque transmitido por uma universidade dos Estados Unidos, onde alunos e professores interagem simultaneamente no recurso demultimdiadocurso, ouseja, enquantooprofessorfaz apontamentos e seleciona objetos na projeo da sua sala, esta reproduzida automaticamente na sala de aula distante. Este tipo de tecnologia traz umainovaodentro dosistemade aulas, pormparaa projeo foideixadaa sala muito escura, o que escondeu e desvalorizou a figura do professor, como percebe-se na figura 27.Por ltimo temos o exemplo de mais uma universidade brasileira, que possui seu ncleo de educao a distncia. Os cenrios neste caso so virtuais, sem simular ambientes existentes, apenas com espao delimitado para as ilustraes, como mostra a figura 28. Ao observar as produes desta modalidade, o autor percebeu uma grande falta de naturalidade dos professores ao apresentar o contedo. Acredita-se que o ambiente de produo do cenrio virtual seja um fator que prejudique as performances dos tutores, o quepretende-se explicar melhor nocaptulo seguinte.Figura 28 - Vdeo-aula UNIFACS. Fonte: YOUTUBE, 2009f.Figura 27: Ligbron e-learning project. Fonte: YOUTUBE, 2009e.41Nos cursos de EaDda UFSM, observa-se que o ambiente das aulas possuiapenas uma bancada principal, na cor azul, onde os professores se posicionam sentados ou emp. Orecursodeilustraoapenasumatelapara projees e as possibilidades de modificao desse leiaute sopoucas. Emalgumasaulas, almdosprofessores, h um tradutor para Libras (lngua brasileira de sinais), inserido por meiodecomputaogrficanatelaprincipal emum ambiente neutro para total compreenso de sua traduo.As anlisesfeitasmostramumadiferena grandena qualidadedos espaos desenvolvidos paraprodutos que nosodeteleviso. Osprojetosavaliados segundoos elementos de linguagem visual do cenrio mostram que uma coerncia na sua composio fundamental para obteno de bons resultados.Figura 29 -Imagens de cursos de EaD da UFSM.42 4. DESIGN DE CENOGRAFIA PARA VDEOO conjunto de disciplinas investigadas leva a descrio da atuao do designer dentro da soluo do produto a ser desenvolvido. A ocupao de espaos de maneira a torn-losmaisfuncionais, planejados, esteticamenteagradveis, comosendoumadashabilidadesdodesenhistaindustrial aplica-senodesenvolvimentodosespaoscnicostendo em visa que ceuo|a|a u o 0 apeuas ur s|uo que deuoa e couoa ur arb|eue e/ou ura 0poca, ou que |uo|ra urespa o, cou|u|audoo. a boa ceuo|a|a 0 a que pa||c|pa arb0r daa oua||a|.a, queu o0apeuasa|oee|uoaa o, deco|a|.areue, ras quese|deu||ca a0coroesado ps|co| |co dos pe|souaeus ou o arb|eue da ceua. Coro o uore esAd|.eudo, a ceuo|a|a 0 ura esc||u|a da ceua, 0 uraesc||au o.e|ba|, |c u|ca, que de.e |rb||ca|se uos dera|s e|ereuos d|arA|cos, |A|cos ou c r|cos.' (l|uaa||, 1984. 72 apud Ca|.a||o , 2009)A forma como este desenvolvimento deve acontece atravs do planejamento das ferramentas que tornam essa ocupao mais inteligente levando em considerao desde a concepo at o seu uso e descarte. Na rea de produo audiovisual pode-se desenvolver a ambientao da atuao dos atores de forma real ou virtual e os elementos que faro partedesseconjuntodevemser criados eaplicados de maneiraharmnica, ouseja, osmveisdocenriodevem 43estarcoesoscomailuminaoproposta, suasdimenses devemseguir propores ergonmicas aos usurios, os objetos complementares da mesma maneira, bemcomo suas disposies de acordo com as formas de captao de imagem que sero adotadas.Ser avaliado, portanto, os principais aspectos a seremplanejadosedesenvolvidos, apresentandoaqueles que se tornaro requisitos do projeto. 4.1. CENRIO REAL X CENRIO VIRTUALTendoemvistaqueoscenriosparaproduode vdeo podemtanto ser reais como virtuais, cabe aqui analisarmossobaticadaproblemticaproposta, qual a melhor soluo a ser desenvolvida. No p|ocesso de ceuA||os .||ua|s erse, de o|ra eu0||ca, ura|raer||radapo| urac re|aerurceuA||o|ea| corposa cor ura |raer e|ada po| corpua o |A|ca, pa|a c||a| a |raer |ua|.(/L8uCuERCuE, 1999)Para se produzir umprojeto de cenografia nesta modalidadeas exigncias tcnicas sobemdistintas da maneiratradicional. Oprincpiodeimagemreal captada aliadaaumaimagemmodeladapor computador exigeo controle de trs tipos de movimento: o movimento da cmera real, do ator e dos elementos virtuais todos perfeitamente alinhados para simulao eficaz da realidade.Para configurao de umcenrio virtual almdo controledemovimentosbsicos, exige-seoinvestimento em software especfico para a sincronia da modelagem 3D ou fundo com as imagens captadas pela cmera, 44geralmente utiliza-se umsistema chamado Chroma Key onde, emlinhas gerais, horeconhecimentodacor do fundo (geralmente verde) e esta substituda pela imagem virtual gerada anteriormente , como ilustra a figura 30.!erse, coro p|ob|era ceu|a|, cou|ece| a pos| o da c re|a |ea| (uo esod|o) er cada |usaue, pa|a que a c re|a .||ua| possa se| pos|c|ouada uo ceuA||o s|u0|co ua pos| o co||espoudeue. lso e|e ru|a p|ec|s o. Esa eapa 0deuor|uada s|uc|ou|sro de c re|a. (/L8uCuERCuE, 2009)Acenografiareal, ilustradanafigura31, aquela onde todos os elementos e objetos de cena so reais. Nela sodesenvolvidosmveiseequipamentosgeralmenteem tcnicas de marcenaria e serralheria ou adaptados produtos jexistentes. Adelimitaodoespaofeitaatravsde planos, paredes ou outros objetos. Apropostaaserdesenvolvidapeloautor, serada produo deumcenrio real, tantoparafazer usodos conhecimentos inerentes sua formao emdesign de produto, mas por tambm configurar uma soluo facilitadora do processo de transmisso e/ou gravao dos vdeosinstrucionais. Doisfatoressodeterminantespara esta escolha: a formao diversificada dos atores dos produtos audiovisuais que no necessariamente voltada Figura 30 - Uso de cenografia real e fundo virtual do Jornal Nacional.45comunicao ou s artes cnicas e a maior identificao dos do pblico com produtos audiovisuaisonde os cenrios so reais (programas de TV, telenovelas, entre outros).Nos vdeos instrucionais o professor exerce papelde destaque pois ele que transmite o informao (o conhecimento), queoobjetoprincipal doproduto. Em alguns casos, comono j citado Novo Telecurso, atores e profissionais da comunicao exercem o papel de emissores, pois possuem em sua formao conhecimentos e prtica em ambientes com equipamentos de captao de imagemesom. Soprofissionaisondenohaveriatanta dificuldade emfazer uso de umcenrio virtual, onde posiesdeterminadasemovimentosensaiadosjfazem parte da sua atuao. NosprojetosdeEducaoaDistnciadaUFSM, o modelo citado acima se torna invivel pois h tanto a produo de aulas com roteiro determinado, pr-produzidas, como a transmisso de aulas ao vivo via internet, onde h interao direta entre professore alunoparaexplanaes, dvidas e esclarecimentos. Como os professores que atuam em ambas modalidades de aulas, no so profissionais da Figura 31 - Programa de entrevistas Entre Aspas do canal Globo News.46comunicaosocial (algunsapenas possuem treinamentos e orientaes para suas apresentaes em vdeo), o fato do cenriosercomobjetosreaisumgrandefacilitador, por ser ambiente reconhecvel imediatamente pelo ator (professor), com objetos que ele possa interagir sem grande parte da preparao tcnica que um ambiente virtual necessitaria.Outrofatorquedeterminouaescolhapelaproduo deumcenrioreal abuscapor umasemelhanacom programas jornalsticos e informativos de televiso, um dos meios de comunicao mais importantes da cultura brasileira. Ojornalista Luiz Costa Pereira Jnior (2000), ilustra a forte presena da TV na vida do brasileiro comparando dados do IBGE do ano de 1999 que indicam que 87,5%dos lares brasileiros possuemaparelho de televiso, enquanto 82,5%possuem refrigerador. Aqui, defende-se a proximidade coma esttica deste tipo de contedocomointuitodenocausar estranhamentodo alunocomoambientedovdeoinstrucional emantendo certadistnciadoambientedasaladeaulaconvencional, proporcionando uma experincia de aprendizado diferenciada.No caso de popu|a o adu|a, a ra|o||a da c||eue|a da educa o a d|s uc|a, 0uudareua| que os p|ojeos eu|ar, desde seu |u|c|o, a pe|spec|.a de .a|o||.a o da epe||0uc|a |ud|.|dua|, u osoreue uoque se |ee|e aoeraase| esudado ras, p||uc|pa|reue, uo |aareuo dos coueodos a pa||| da epe||0uc|a de .|da e cu|u|a dos a|uuos (NuNE', 1997).47 4.2. ELEMENTOS DO CENRIODefinido queserproduzido umcenrioreal, passa-seentoadefinir quaisososprincipaiselementos queiroocupar oespaoondeserodesenvolvidos os vdeos instrucionais. urceuA||o 0corposo de pe as ceuo|A|cas e cou|a |e|as. 'eudoas pe as ceuo|A|cas apa|ees|uu|a| de suseua o, que esabe|ece os ||r|es do pe|re|o do ceuA||o e seus arb|eues. 'e||ar as pa|edes uura cous|u o c|.|| c|Ass|ca de ura o|ra e|a|. C cou|a |e|a 0 odaadeco|a o|ue||o| (d|ess|u) doceuA||o. Cuseja, o r|o|o do ceuA||o, corposo pe|o rob|||A||o e seus ade|e os, co||uas, p|sos, acabareuos, ec. (8/RRC', 2007)Para o projeto emquesto, cabe desenvolver a ocupao do espao e seu mobilirio. Como contra regras, no sero desenvolvidos elementos como cortinas e objetos pois apropostanoa criao de umasimulao de ambiente domiciliar, mas sim, de um espao de comunicao: apresentaodeinformaeseresposta dvidas.As atividades a seremdesenvolvidas durantes as aulassoasapresentaesdecontedoseodilogovia internet com os alunos. A forma e disposio do mobilirio nocenriodeterminaamaneiracomopodemserfeitase registradas essas atividades. Por observao, o autor selecionou para avaliao alguns mveis que se adequam a esse determinado fimque so os plpitos (ou ambo), bancadas (mesas ou estaes de trabalho), e poltronas.48 4.2.1. PlpitosTambm conhecidos como tribunas ou ambo, determinamos como plpito o espao onde umorador transmite sua mensagem, ou a bancada onde este est se apoia. Esta bancada, que pode ser fixa ou no, geralmente possui umplanohorizontal ouinclinadoondepodemser apoiadosdocumentos, leiturasou, nocasodecerimnias religiosas, livrosouescritossagrados. Paraousodeste mvel, o ator permanece em p e os modelos encontrados nomercadousammateriaiscomomadeira, acrlico, vidro, fibra de vidro e metal em diferentes formas. 4.2.2. BancadasUma das referncias do projeto a produo audiovisualde programas jornalsticos e um dos elementos existentes em grande parte destes a bancada, que simula uma estao de trabalho. Nesta bancada permite-se dispor os documentos e materiais de leitura, computador, anotaes e at mesmo objetos que facilitem o entendimento da informao. Na construo das mesmas, Figura 35 - Bancada do Jornal Nacional da Rede Globo. Fonte: FOLHAILUSTRADA, 2009.Figura 32 - Modelo em acrlico. Fonte: LIBRARYJOURNAL, 2009.Figura 33 - Plpito em metal e vidro com mesa de apoio. Fonte: JAMESHALLAM, 2009.Figura 34 - Modelo em madeira. Fonte: EDUCATIONAV, 2009.49usa-semateriaiscomomadeira, aglomeradosdemadeira, metal, vidro, fibra de vidro ou polmeros. 4.2.3. PoltronasOutraalternativadecomposiodeumcenriopara um produto de carter informativo posicionando os atores sentados em poltronas para a apresentao do contedo, de uma maneira menos formal do que como apoio de bancadas. Os materiais mais usados na estrutura deste tipo de mvelso a madeira emetal, alm do uso de espumas e tecidos ou couros para os assentos e apoios, conferindo maior conforto ao usurio. No mercado existem inmeros de modelos, nas mais variadas dimenses, formas e materiais. 4.2.4. MonitoresPara ilustrar os contedos apresentados, recursos audiovisuaissonormalmenteutilizadoscomoanimaes, vdeos, grficos e textos. Uma das formas de se inserir no cenrio um suporte para esse tipo de ilustrao atravs de projees ou monitores dispostos em locais especficos para ainteraodoator evisualizao dos alunos novdeo instrucional.As projees necessitamdeumlocal escuro para melhor visualizao do seu contedo, j aparelhos de televiso ou monitores funcionam bem em ambientes mais claros. No mercado atual, modelos de televisoresde cristal liquido(LCD) soalternativas quantoasuaimagemem ambientesclaros, etamanhodoaparelho, quepodeser fixado em paredes ou apoiado em um mvel de acordo com Figura 36 - Poltrona Wassily. Fonte: MODERNFURNITURE, 2009.50a sua necessidade. Uma tecnologia recente apresenta tambmmonitorescomosistematouchscreenondeos comandos, antesnormalmenteacionadospeloscliquesdo mouse ou cdigos digitados pelo teclado, podem ser acionados diretamente como toque dos dedos ou de objetos especficos na tela, como mostra a figura 37. 4.3. ILUMINAOFundamental para umresultado final satisfatrio, a iluminao de um cenrio exige uma srie de cuidados para que no haja perdas na qualidade da imagem. As dimenses do espao a ser ocupado, por exemplo, determinatantooposicionamentoeaspossibilidadesde movimentao de cmera, que sero apresentados posteriormente, como a quantidade e intensidade das luzes. O material Introduo para iluminao de vdeo e TV (2009) indicaqueespaosmuitopequenosalmdedificultarem movimentos de cmera, apresentam dificuldades na instalao das estruturas eltricas para iluminao.Um p Figura 38 - televisor de LCD. Fonte: SHOPCASAPRINT, 2009.Figura 37 - Monitor com a tecnologia touch screen. Fonte: THELAPTOPSBLOG, 200951direito (altura do piso ao teto) muito baixo prejudica tanto a composio visual do cenrio, que deve ocultar esse tipo de equipamento (na maioria dos casos) quanto o conforto dos atores, j que as luzes muito prximas e em um ambiente pequeno produzem um aumento da temperatura interna do estdio que pode ser desagradvel.Durante as gravaese transmisses prefervel que se evitem entradas de luzes externas no estdio, pois estas podem influenciar nas cores e intensidade da luz planejadas. Os materiais de todo o espao (peas cenogrficas e contra regras) devem ser o menos reflexivos possvel e necessrio extremo cuidado com cores vibrantes pois estas podemrefletir no tomde pele dos atores, tornando o resultado final insatisfatrio (INTRODUO..., 2009). O figurino de quem se apresenta em cena tambm deve ter os mesmos cuidados com a cor primeiramenteparaquehajacontrastecomosplanosde fundo e tambm para que no haja interferncia nos tons de pele ou at mesmo reflexo das luzes. Em alguns casos, os estdiospossuem algumas roupas masculinas e femininas para emprestar aos atores que estiverem vestidos roupas de tecidos ou cores inadequadas, em busca de uma qualidade constante nas produes. 4.3.1. Fontes de LuzAiluminao emgeral pode ser obtida por vrias fontes e importante saber qual o tipo de luz que cada uma destas produz para orquestr-las e atingir o resultado que se procura.E as |po|o|as da oue de |u. eua|.a|ar que pa|a cada |po deceua, de.erosuosu|||.a| deur|podeouede|u.. 52Coroaaua odeurrode|ode|e|eo| e|r|uaoude core a a aua o do p| |ro, os |e|eo|es poderse| esco|||dos e ap||cados adequadareue, |so|ados ou er coujuuos de d|e|eues |pos s|ru|aueareue, de a| so|e a obe|rosos|esu|adosdesejados pa|acadaceua(8/L/N, 1997).Em linhas gerais classifica-se os tipos de luz em dura e suave. Luz dura aquela que produz sombras definidas, ou seja, o limite entre a parte iluminada e a sombra so bem definidos pois uma luz chamada direcional. Asuave produz sombras desfocadas, difusa e no direcional.De acordo com o tipo de luz, Balan (1997) aponta alguns tipos de refletores e seus principais usos. Os principais refletores de luz dura so ofollow-spot ou canho de luz, que comumente utilizado em shows e grandes espetculos pois seu feixe de luz extremamente concentradoedegrandealcance(figura39); orefletor elipsoidalquetambmpossui longoalcance, pormcom uma transio de claro e escuro nas sombras menos marcada (figura 40) e o spot fresnel (figura 41) que possui uma luz menos concentrada e um mecanismo de foco que permiteconcentrar maisoumenosofeixeluminoso. Este ltimo o tipo mais utilizado em estdios de televiso como luz principal.Jostiposderefletoresdeluzsuaveapresentados por Balan (1997) possuem um sistema tico mais simples. O fill-lightassemelha-se aospot fresnel, pormdepouca atuaoesemlentes, tendoseuusomais prticopara ambientes fora de estdio e para preencher sombras criadas pelos spots. Para a iluminao de grandes reas, onde no existemdelimitaes to precisas, o refletor geralmente escolhidooscoopy, quepossui feixedeluzbastante aberto, semlenteseleveedefcil manuseio. O mini-lightumequipamentoleve ede luzpoucoconcentrada, Figura 41: Refletor spot fresnel. Fonte: ARCHIEXPO, 2009.Figura 40: Refletor elipsoidal. Fonte: ARCHIEXPO, 2009.Figura 39: Refletor follow spot ou canho de luz. Fonte: ARCHIEXPO, 2009.53quegerasombrassuaves, geralmenteretangular. Osoft-light umrefletor que praticamente no gerasombras perceptveis pois oseufeixeluminosoindireto, pouco concentrado e no direcional, desta maneira muito utilizadoparapreenchercomsualuzassombrasgeradas pelos refletores duros. Por timo h o rebatedor, que funciona, como o prprio nome diz, para rebater a fonte de luz dos refletores duros, servindo para espalhar a luz e as sombras no serem percebidas. 4.3.2. Iluminao de trs pontosO sistema mais utilizado em programas jornalstico e tambm o mais simples o de trs pontos. Tem este nome pois a iluminao construda atravs de trs fontes de luz, cada uma com sua funo prpria (INTRODUO..., 2009). A primeira fonte de luz, a chamada key-light ou luz principal, que d o foco nos personagens da cena. O refletor mais utilizado para este tipo de iluminao o do tipo spot fresnel eaconselhado, quandoemestdiospequenos, Figura 43 - Refletor do tipo scoopy. Fonte: THEATERLIGHTING ,2009.Figura 44 - Refletor soft light. Fonte: REDMANMOVIES, 2009.Figura 42 - Refletor mini light. Fonte: DEXEL, 2009.54seu posicionamento no alto, cominclinao de 45 em direo ao ator.Comoaluzprincipal gerasombrasbemdefinidas, necessriaumailuminaoqueminimizeestesefeitose esta luz utilizada chamada fill-light. Para obter o resultado desejadoeladeveestar opostakey-light, emrelao cmera e a sua intensidade deve ser de cerca de 90% da luz principal, em um refletor de luz suave.Oback-lightoterceiropontodesteesquemade iluminao e serve para proporcionar sensao de volume e profundidadepoisumailuminaodirecionadadofundo para a frente, geralmente em equipamentos de luz dura com bandeiras, que so colocados geralmenteemfrentes lentes dos refletores comafuno de delimitara emisso luminosa em determinadas reas (INTRODUO..., 2009). Essadelimitaoserveparaevitar quealuznoincida sobre a lente da cmera.A iluminao por trs pontos a configurao bsica deiluminaodospersonagens atuantesnocenrio. No casodemaisdeumapessoa, nohanecessidadede estruturar trs novos refletores para proporcionar a luz correta, pode-seacrescentarmaisumrefletorediagramar as posies de uma maneira onde a key light de um personagemsirvacomofill light deoutro. Almdisso, os elementos restantes do cenrio devem ter pontos de iluminao e minimizao de sombras, planejados de acordo com a sua posio, material e importncia dentro do contexto, semesquecer que esta iluminao deve ser, impreterivelmente, menor do que a dos atores (BALAN, 1997).C ra|s |ud|cado er |aba||os deu|o e o|a dos esod|os 0 a p|eseu a ob||a ||a de ura boa equ|pe de e|e||c|sas ou, uo Figura 45 - Esquema bsico de iluminao de trs pontos.55caso de pequeuas p|odu | es, ur p|o|ss|oua| ber capac|ado pa|a |eso|.e| p|ob|eras reuo|es.(lN!RC0u ` C..., 2009) 4.4. PLANOSTo importantes quanto os elementos a serem planejadoseailuminaoqueirincidir sobreeleseos atores, a maneira como a cmera ir captar as imagens, quais elementos mostrar eemquais situaes. estas distncias e variaes damos o nome de planos.la|a se da| a ||us o de pe|cep o |ea| das co|sas, ass|r coro acouece ua .|da, erque .eros as co|sas couo|re os ro.|reuos uau|a|s da uossa aeu o, urasucess o de p|auos 0baseada sob|e o uosso o||a| e sob|e o uosso peusareuo.(CECCl!lE', 2009)Segundo Sitetj (2009), espao da a mestre em Cincias da Comunicao Maria Francisca Canovas de Moura em podemos classificar os planos de acordo com a figura humana ou do objeto dentro de umquadro. As classificaes que so mais utilizadas emfotografia e programasdeTVseromostradasaseguir. Aoacreditar que a ilustrao dos planos seria melhor ao utilizar a mesma imagem, selecionou-seumafotografiadeumeditorial de modaparamostrar oscorte, poisnoforamencontradas imagenscomqualidadesuficientedeummesmoproduto para o mesmo.O grande plano geral (figura 46) descreve o cenrio, enelepoucopossvel reconhecer osatoresemcenae serve para mostrar ao espectador o ambiente e localizar os atores no mesmo, diferente do plano geral(figura 47), que j apresenta um ngulo de viso onde se percebe melhor a 56figura humana, tendo seu objetivo maior a identificao dos atores.Quando o ator mostrado da cintura para cima temos, segundoaautora(MariaFranciscaCanovasdeMoura), o plano mdio (figura 48) que bastante usado em projetos de carter informativo. O plano americano (figura 49) tem o objetivo de privilegiar a ao emrelao ao cenrio e enquadra os personagens acima do joelho. No caso de mais deumator, ondesetemanecessidadedeapresentaros mesmos enquanto grupo utilizado oplano conjunto (figura 50), que permite o reconhecimento dos mesmos e do espao em um enquadramento prximo a altura dos joelhos. Figura 46 - Grande plano geral.Figura 47 - Plano Geral.Figura 48 - Plano Mdio. Figura 49 - Plano Americano. Figura 50 - Plano Conjunto.57O plano principalno uso detelejornais o chamado primeiroplano (figura51), quecortaoatornaalturado bustoeprivilegiaocontedoaser apresentado, como cenrio aparecendo muito pouco. Emalguns momentos pode ser usada a aproximao at o chamado primeirssimo plano (figura 52), que possui forte impacto e direciona toda a ateno ao ator./|0r dos p|auos ac|ra desc||os poderos a.e| ro.|reuos de c re|a, ou e|o, e coras |eues da obje|.a. ... lauo| r|ca 0o ro.|reuo er que a c re|a ||a ao |edo| de ur e|o |ra|uA||o qua|que|, ser des|oca|se ros|audo ura pa|saerouceuA||o. C||coe(w||ppau) 0urro.|reuo ru|o |Ap|do que de|a a |raer erba|a||ada. !|a.e|||u0odes|ocareuo da c re|a erqua|que| d||e o. ('l!E!I, 2009)O conhecimento dos planos e movimento de cmera auxiliamnadeterminaodos espaos, comoalturados elementos, profundidade dimenses da ocupao do espao e sua relao com os atores.Figura 52 - Primeiro plano.Figura 51 - Primeirssimo plano.58 4.5. ELEMENTOS COMPLEMENTARESAinda antes do incio da concepo do cenrio, cabe destacar alguns pontos quetambmsodeterminantes para um projeto correto. O constante avano da tecnologia proporciona uma qualidade nas imagens tanto de televiso como as transmitidas via internet ou armazenadas em outras mdias, que gera uma ainda maior preocupao com o nvel de acabamento dos objetos e espao do cenrio. Culturalmente a produo cenografia alta e com um ciclo muito rpido, principalmente dentro de grande emissoras de TV e produtoras audiovisuais. Isto criou uma culturadedescarteeescolhademateriaismaisfceisde serem manufaturados, em vista que a resoluo dos aparelhos de televiso no mostra certas imperfeies dos objetos. O advento da televiso digitalno Brasil muda este contexto eaumenta o nvel de qualidade dos produtos, ainda que com ciclos de vida curtos./ ceuo|a|a e|Aque adapa|se a ese uo.o o|rao e e|Acoro|audedesa|ooape|e| oareuodaqua||dade. Na ceuo|a|a, ur pequeuo dee|o de juu o de ur ceuA||o ou ura p|uu|a ra| acabada se| o d|as|careue uoados, po|s a u||de. da |raer, a||adap|ouud|dade de carpo |ereudareue aureuada, po| ce|o deuuuc|a|Aesas a||as (lace |u Lure, 2000.apud Ca|doso, 2009).A escolha dos materiais e a forma como a produo serfeitatambmsodeextremaimportnciadentrodo projeto do cenrio. Amadeira, por exemplo, umdos materiais mais utilizados naproduocenogrficaeisto causa um forte impacto ao ambiente em situaes onde a produoaltaeodescartesedemumtempocurto. Nestas situaes o planejamento do reaproveitamento deste 59material, bem como dos outros materiais, visando a reduo do consumo, tambm uma responsabilidade do projetista, deacordocomBarros(2007). Sopontosquedevemser considerados, a partir de conceitos de ecodesign e sustentabilidade, segundo Medina (2006 apud Barros, 2007): Uso compartilhado dos produtos; Integrao de suas funes; Otimizao da funo dos produtos; Escolhademateriaisnotxicos, poucoenergticos, reciclveis ou reciclados; Reduodemateriaisempeso, volumeenmerode materiais diferentes; Busca de tcnicas alternativa de produo; Reduo do nmero de processos; Busca dar reduo do consumode energia e gerao de resduos; Eficincia na distribuio (transporte, empacotamento e logstica); Uso de fontes de energia limpas; Confiabilidade e durabilidades dos produtos finais; Facilidade de reparo e manuteno; Cuidado do usurio com o produto; Reuso do produto, ao final de seu objetivo principal; Possibilidade de remanufatura, reciclagem ou incinerao limpa.60 5. ESTDIO EAD UFSMOestudodastemticasanterioresfoi essencial para determinar aquilo que ser projetado: um cenrio realcom ocupaodoespaoecontraregras(mveis eobjetos) baseado na produo de programas jornalsticos de televiso, commobilidadeparaapresentaesdeacordo com a necessidade do programa e preferncia do professor (em p, sentado atrs de bancada, sentado sem mveis de apoio ou at mesmo caminhando pelo ambie