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Josiane Mesquita da Silva
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS IDENTIFICADAS EM RECEITAS DE
PACIENTES IDOSOS HIPERTENSOS ATENDIDOS NA FARMÁCIA
MUNICIPAL DO AURENY III, PALMAS - TO
PALMAS – TO
2015/1
Josiane Mesquita da Silva
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS IDENTIFICADAS EM RECEITAS DE
PACIENTES IDOSOS HIPERTENSOS ATENDIDOS NA FARMÁCIA
MUNICIPAL DO AURENY III, PALMAS - TO
Monografia apresentada como requisito parcial da
disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso
(TCC) em Ciências Farmacêuticas do curso de
Farmácia, coordenado pela Profª. Me. Grace
Priscila Pelissari Setti, no Centro Universitário
Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA).
Orientadora: Prof.ª Me. Márcia Germana Alves de A. Lobo.
PALMAS – TO
2015/1
Josiane Mesquita da Silva
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS IDENTIFICADAS EM PRESCRIÇÕES DE
PACIENTES IDOSOS HIPERTENSOS ATENDIDOS NA FARMÁCIA MUNICIPAL
DO AURENY III, PALMAS - TO
Monografia apresentada como requisito parcial da
disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso
(TCC) em Ciências Farmacêuticas do curso de
Farmácia, coordenado pela Prof.ª Me. Grace
Priscila Pelissari Setti, no Centro Universitário
Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA).
Aprovado em: _____/_____/2015.
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________________
Orientadora: Prof.ª Me. Marcia Germana Alves de A. Lobo.
Centro Universitário Luterano de Palmas
__________________________________________________________
Prof.ª Me. Elisângela Luiza Vieira Lopes Bassani dos Santos.
Centro Universitário Luterano de Palmas
____________________________________________________________
Prof.ª Me. Áurea Welter
Centro Universitário Luterano de Palmas
PALMAS – TO
2015/1
RESUMO
SILVA, J. M. Interações medicamentosas identificadas em receitas de pacientes
idosos hipertensos atendidos na Farmácia Municipal do Aureny III, Palmas- TO.
2015. 52 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Farmácia, Centro
Universitário Luterano de Palmas, Palmas/TO, 2015.
Com o avanço tecnológico voltado para área da saúde, bem como campanhas de
vacinações e saneamento básico, a expectativa de vida da população brasileira tem
crescido significativamente, sobretudo nos últimos anos, resultando em uma maior
longevidade no grupo de pessoas que apresentam idade igual ou superior a 60 anos.
Contudo esses indivíduos têm maior prevalência de patologias, dentre elas, a hipertensão
arterial sistêmica é identificada como uma das mais prevalentes, sendo caracterizada por
níveis elevados e persistentes da pressão arterial sistêmica. Fica evidente, que o elevado
índice de doenças concomitantes à hipertensão arterial sistêmica no idoso, principalmente
as crônicas, tem como consequência a prescrição da polifarmácia, tornando-se uma
situação de normalidade na clínica médica, que associada às alterações fisiológicas
decorrentes da idade, representam fatores de risco importantes para ocorrência de
interação medicamentosa nesse grupo etário. Diante do exposto, o presente trabalho teve
como objetivo analisar as interações medicamentosas a partir de receitas arquivadas de
pacientes idosos hipertensos atendidos na Farmácia Municipal do Aureny III, Palmas-TO.
A análise foi feita por meio da base de dados DrugsReax® System do Micromedex
®, que
classifica as interações quanto a gravidade em: contraindicado, importante, moderada
secundária e desconhecida. Para o levantamento dos dados dos pacientes, como idade e
sexo, foi utilizada a ficha B – HA (ficha de acompanhamento de hipertensos) do
programa SIAB (Sistema de Informação da Atenção Básica). Na análise das receitas
verificou-se a presença de polifarmácia na população estudada. Foi observado que a
quantidade de interações medicamentosas foi diretamente proporcional ao número de
fármacos receitados, sendo que as moderadas foram as mais prevalentes, seguidas das
classificadas como importante. A combinação de ácido acetilsalicílico e hidroclorotiazida
foram à interação mais frequente. A aplicabilidade prática demonstrou que as interações
medicamentosas é um evento frequente nos idosos hipertensos estudados, evidenciando a
importância do farmacêutico em monitorar esses pacientes, contribuindo para prevenção
e identificação dessas interações medicamentosas.
Palavras-chave: Hipertensão arterial sistêmica. População idosa. Polifarmácia.
LISTA DE TABELAS
Tabela I - Classificação da pressão arterial de acordo com a medida casual no consultório
(> 18 anos)........................................................................................................................11
Tabela 2 - Prevalência de interações medicamentosas verificadas nas prescrições de
pacientes idosos hipertensos atendidos na Farmácia Municipal do Aureny III, Palmas –
TO, 2015......................................................................................................................... 22
Tabela 3 – Frequência da prescrição e interação medicamentosa envolvendo os anti-
hipertensivos prescritos para os pacientes idosos hipertensos atendidos na Farmácia
Municipal do Aureny III, Palmas – TO,
2015................................................................................................................................ 24
Tabela 4 – Distribuição, gravidade e implicações clínicas das interações medicamentosas
observadas em prescrições de pacientes idosos hipertensos que adquiriram os
medicamentos na Farmácia Municipal do Aureny III, Palmas, TO, 2015, de acordo o
Micromedex
(2014)............................................................................................................................. 27
Tabelas 5 – Pacientes idosos hipertensos com interações medicamentosas atendidos na
Farmácia Municipal do Aureny III, Palmas – TO, 2015, conforme faixa etária, sexo e o
número de medicamentos
prescritos.........................................................................................................................30
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Classificação quanto à gravidade das interações medicamentosas identificadas
nas prescrições de pacientes idosos hipertensos atendidos na Farmácia Municipal do
Aureny III, Palmas – TO,
2015................................................................................................................................... 25
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
CEULP - Centro Universitário Luterano de Palmas
CIM - Centro de Informação sobre Medicamentos
HAS - Hipertensão Arterial Sistêmica
HCTZ - Hidroclorotiazida
HIPERDIA - Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e
Diabéticos
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IM - Interação medicamentosa
PAS - Pressão arterial sistêmica
PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
REMUME - Relação Municipal de Medicamentos Essenciais
SIAB - Sistema de Informação da Atenção Básica
SUS - Sistema Único de Saúde
ULBRA - Universidade Luterana do Brasil
USF - Unidades de Saúde da Família
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................8
2 OBJETIVOS...................................................................................................................10
2.1 Objetivo geral...............................................................................................................10
2.2 Obejtivos específicos...................................................................................................10
3 REFERENCIAL TEÓRICO...........................................................................................11
3.1 Hipertensão arterial sistêmica......................................................................................11
3.2 Tratamento anti-hipertensivo.......................................................................................13
3.3 Farmacoterapia para pacientes idosos..........................................................................14
3.4 Interação medicamentosa.............................................................................................15
4 METODOLOGIA...........................................................................................................16
4.1 Desenho do estudo (Tipo de estudo)............................................................................16
4.2 População e amostra.....................................................................................................16
4.3 Forma de seleção, acesso e/ou contato.........................................................................17
4.4 Local e período de realização da pesquisa...................................................................17
4.5 Critérios de iInclusão e exclusão.................................................................................18
4.6 Variáveis......................................................................................................................18
4.7 Instrumento de coleta de dados, estratégias de aplicação, processamento, análise e
apresentação dos dados......................................................................................................19
4.8 Aspectos Éticos - Atendimento a Resolução CNS 466/12 (BRASIL, 2012)...............20
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................................21
6 CONCLUSÃO................................................................................................................32
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................33
APÊNDICE A....................................................................................................................37
ANEXO I...........................................................................................................................48
ANEXO II..........................................................................................................................49
ANEXO III.........................................................................................................................52
8
1 INTRODUÇÃO
Nos últimos anos tem-se observado um significativo aumento na longevidade da
população brasileira, resultando em um elevado número de idosos, que segundo a
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) divulgada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2014), apontou que a participação de
idosos na população em 2013 foi de 13,0%, 0,4 ponto percentual maior que em 2012.
Contudo o envelhecimento populacional tem impacto no âmbito clínico e econômico,
uma vez que esse grupo etário tem maior prevalência de patologias crônicas, o que faz
dele usuário frequente dos serviços de saúde e de alto consumo de medicamentos
(BALDONI, 2010; SECOLI, 2010). Estima-se que 23% da população brasileira
consomem 60% da produção nacional de medicamentos, principalmente os indivíduos
acima de 60 anos (FLORES; MENGUE, 2005).
Dentre as doenças crônicas que acometem a população idosa, a hipertensão
arterial sistêmica (HAS) é tida como uma das mais frequentes, atingindo cerca de 50%
dos indivíduos na faixa entre 60 a 69 anos, podendo chegar até 75% em indivíduos
acima de 70 anos. “Este agravo à saúde é caracterizado por níveis elevados e
sustentados de pressão arterial e tem origem reconhecidamente multifatorial”
(FREDERICO, 2012, p. 9).
No tratamento anti-hipertensivo atual o uso de múltiplos fármacos é essencial,
pois dependendo do estágio da doença, a monoterapia é ineficaz, sendo necessária a
associação de mais de dois fármacos, o que permite obter um efeito sinérgico e/ou
aditivo, aumentando assim as chances de sucesso na terapia (BRANDÃO et al., 2009;
FREDERICO, 2012). Em um estudo realizado por Restini, Santos e Faria Jr (2012) com
pacientes hipertensos em uma farmácia comunitária de Pradópolis – SP, foi constatado
que do total de prescrições médicas avaliadas, apenas 16,30% se baseou na monoterapia
anti-hipertensiva, enquanto 83,70 % havia a existência de politerapia.
Além disso, com frequência o paciente hipertenso necessita também de outros
fármacos de uso contínuo, para tratamento de patologias associadas e/ou complicações
do próprio quadro hipertensivo (BISSON, 2007).
O uso de múltiplos fármacos, entretanto, favorece um aumento no risco e na
gravidade de reações adversas, interações medicamentosas e toxicidade cumulativa,
podendo elevar a morbimortalidade nos idosos (SECOLI, 2010), uma vez que o
9
processo de envelhecimento modifica o funcionamento do organismo de maneira
altamente variável, gerando mudanças em alguns parâmetros farmacocinéticos e
farmacodinâmicos (BALDONI, 2010; FREDERICO, 2012).
Visto que uma interação medicamentosa pode comprometer a eficácia do
tratamento anti-hipertensivo e a segurança do paciente idoso, a necessidade de
identificá-la é de extrema importância, pois serve de alerta para que a equipe
interdisciplinar possa avaliar e monitorar a terapêutica medicamentosa desses pacientes,
no sentido de prevenir e minimizar as consequências dos seus efeitos, além de sugerir
apropriadas intervenções quando necessárias, contribuindo dessa forma para obtenção
de um resultado ótimo da farmacoterapia anti-hipertensiva e consequentemente menor
risco para os pacientes idosos, proporcionando assim melhor qualidade de vida à estes.
10
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Analisar as interações medicamentosas em receitas de pacientes idosos
hipertensos atendidos na Farmácia Municipal do Aureny III de Palmas-TO.
2.2 Objetivos específicos
Identificar as receitas contendo medicamentos anti-hipertensivos que apresentam
interação com outro medicamento na mesma receita;
Analisar a severidade das interações medicamentosas encontradas;
Verificar os medicamentos prescritos de maior risco para causar interação
medicamentosa;
Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes idosos hipertensos.
11
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3. 1 Hipertensão Arterial Sistêmica
A pressão arterial sistêmica (PAS) é a pressão que o sangue exerce na parede das
artérias, podendo variar conforme alguns fatores como idade, estado emocional,
temperatura ambiente, posição postural (em pé, deitado, sentado), estado de vigília ou
sono e o uso de algumas drogas como fumo, álcool, entre outras (CRF-SP, 2010;
SILVA, 2012).
Com a aferição da PAS, são determinadas duas pressões: máxima (sistólica) que
revela o esforço do coração para bombear o sangue através do sistema vascular; e
mínima (diastólica), que indica a tensão nas paredes dos vasos nos momentos de
descanso do coração. Os limites de PAS considerados normais são arbitrários (Tabela
I), sendo sua aferição o elemento-chave para estabelecer o diagnóstico da HAS (CRF-
SP, 2010).
Tabela I - Classificação da pressão arterial de acordo com a medida casual no
consultório (> 18 anos).
Fonte: VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC),
Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) e Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) - 2010.
A HAS é definida pela persistência de pressão arterial sistólica ≥140 mmHg e
diastólica ≥ 90 mmHg, sendo considerada genericamente de dois tipos: a essencial ou
idiopática e a secundária (SBC/SBH/SBN, 2010; SILVA, 2012).
Classificação Pressão sistólica (mmHg) Pressão diastólica (mmHg)
Ótima < 120 < 80
Normal < 130 < 85
Limítrofe 130–139 85–89
Hipertensão estágio 1 140–159 90–99
Hipertensão estágio 2 160–179 100–109
Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110
Hipertensão sistólica
isolada ≥ 140 < 90
12
A hipertensão essencial corresponde a 95% a 97% de todos os casos, sua causa é
multifatorial e seu desencadeamento está relacionado com o histórico familiar e hábitos
deletérios, como a elevada ingesta de sódio, baixa ingesta de potássio, obesidade,
inatividade física, álcool e estresse, portanto, as mudanças no estilo de vida são
entusiasticamente recomendadas na sua prevenção e isso é notadamente percebida nos
indivíduos com PAS limítrofe (SBC/SBH/SBN, 2010; SILVA, 2012). Para esses
indivíduos com comportamento limítrofe da PAS, o tratamento medicamentoso é
recomendado apenas em condições de risco cardiovascular global alto ou muito alto
(SBC/SBH/SBN, 2010).
Já a hipertensão secundária está associada a alterações vasculares, neurológicas e
endócrinas podendo então, suas causas, serem identificadas e que dependendo da
detecção precoce e de uma abordagem específica, é potencialmente curável
(BORTOLOTTO, MALACHIAS, 2011; SILVA, 2012).
Nos últimos anos, a hipertensão secundária na população adulta tem se mostrado
mais prevalente, sobretudo em grupos populacionais específicos, merecendo destaque: a
doença renovascular por aterosclerose, em decorrência de maior longevidade e
envelhecimento da população; o hiperaldosteronismo primário, pela mudança de
paradigmas de rastreamento; e a apneia obstrutiva do sono, principalmente associada à
obesidade na maioria dos indivíduos (BORTOLOTTO; MALACHIAS, 2011).
O grupo de pacientes hipertensos em que existe a maior chance de causa
secundária é o formado por pacientes com hipertensão resistente, ou seja, pacientes que
permanecem acima da meta pressórica apesar do uso de medicamentos anti-
hipertensivos de diferentes classes em doses otimizadas, tendo preferencialmente um
diurético tiazídico, ou diante de uma PAS controlada com quatro ou mais medicações
(BORTOLOTTO; MALACHIAS, 2011; PASSARELLI JR, 2011).
Portanto, antes de se iniciar o tratamento medicamentoso, deve-se conhecer as
causas pertinentes a cada uma das formas clínicas, pois qualquer adição de
medicamento poderá ser ineficaz para o controle pressórico em si, como frequentemente
ocorre, além de provocar efeitos colaterais indesejáveis (SILVA, 2012).
13
3.2 Tratamento Anti-hipertensivo
A HAS é um fator de risco muito importante para as doenças cardiovasculares e
a decisão terapêutica deve ser baseada em tal risco. Considera-se a presença de fatores
de risco: lesão em órgão-alvo e/ou doença cardiovascular estabelecida e não apenas no
nível de PAS (SBC/SBH/SBN, 2010; SILVA, 2012). Desse modo, o objetivo primordial
do tratamento da HAS é a redução da morbidade e da mortalidade cardiovasculares
(SBC/SBH/SBN, 2010).
A HAS apresenta alta morbimortalidade, com perda importante da qualidade de
vida, o que reforça a importância do diagnóstico precoce (BRASIL, 2013). A doença
pode ser tratada e controlada dependendo da gravidade, da elevação nos valores da PAS
e do risco individual, por mudanças no estilo de vida ou com medicamentos
comprovadamente eficazes (SBC/SBH/SBN, 2010; BRASIL, 2013).
A mudança no estilo de vida abrange situações de menor risco pessoal e menores
elevações de PAS, e envolve medidas para controle do peso e mudanças nos padrões de
alimentação, com ingestão de ácidos graxos insaturados, fibras, proteínas de soja,
redução no consumo de sal e de álcool; regularidade na prática de atividade física;
combate ao tabagismo; técnica de respiração lenta e o controle do stress psicossocial
(SBC/SBH/SBN, 2010). O efeito anti-hipertensivo obtido com a dieta de baixo sal em
pacientes com HAS resistente é comparado ao efeito combinado de dois medicamentos
anti-hipertensivos (PASSARELLI JR, 2011).
O tratamento medicamentoso, por sua vez, deve ser iniciado quando esgotadas
as alternativas das terapias não farmacológicas e por ser bastante diversificado, deve ser
baseado em estudos farmacológicos das drogas e no perfil individual e único de cada
paciente (VERONEZ; SIMÕES, 2008; SILVA, 2012). Segundo a Sociedade Brasileira
de Cardiologia, (2010), existem sete classes de fármacos anti-hipertensivos, são elas:
diuréticos, inibidores do sistema simpático, vasodilatadores direto, antagonistas dos
canais de cálcio, inibidores da enzima conversora de angiotensina, antagonistas dos
receptores da angiotensina II e inibidores de renina.
O uso de um único anti-hipertensivo pode ser a estratégia inicial para pacientes
com HAS estágio 1 e com risco cardiovascular baixo a moderado, porém estágios de
gravidade mais avançados da doença, onde a monoterapia é insuficiente deve-se
associar dois ou mais medicamentos (SBC/SBH/SBN, 2010; FREDERICO 2012).
14
3.3 Farmacoterapia para Pacientes Idosos
O idoso é definido como o indivíduo que possui idade igual ou superior a 60
anos segundo o estatuto do idoso (BRASL, 2003). Nota-se que a população brasileira
tem sido representada pela maior participação desse grupo etário, que vem crescendo
muito nas últimas décadas, devido, sobretudo, às ações de saúde pública, como
vacinação e saneamento básico e também aos avanços médico-tecnológicos
(PETEADO, 2002; SILVA; SCHMIDT; SILVA, 2012).
Com a longevidade crescente a incidência de doenças agudas e crônicas também
é progressiva, os idosos, diferentemente dos jovens, apresentam em média de três a
cinco doenças crônicas associadas, sendo que somente 6% não possuem afecções
(LONGO, 2011; NASCIMENTO, 2013). Dentre as doenças mais comuns na terceira
idade destacam-se a osteoartrite, a artrite reumatoide, cardiopatias, diabetes, cânceres e
doenças infecciosas (PETEADO, 2002; NASCIMENTO, 2013).
Com a alta prevalência de doenças, a utilização de medicamentos por parte dessa
população também é elevada, chegando a constituir 50% dos usuários de múltiplos
fármacos, constituindo a polifarmácia nos idosos uma situação de normalidade na
clínica médica (PETEADO, 2002; LINS, 2013). Contudo a farmacoterapia do paciente
idoso exige cuidados especiais, tendo em vista que este indivíduo apresenta alterações
fisiológicas que alteram a absorção, a distribuição, metabolismo e excreção de
fármacos, afetando o tempo para atingir a concentração máxima e consequentemente
retardando o início do efeito farmacológico, podendo ainda ocasionar toxicidade.
(BALDONI, 2010; SILVA; SCHMIDT; SILVA, 2012).
A multiplicidade de doenças e a introdução de um número crescente de
especialidades farmacêuticas e de diferentes terapias, associadas às alterações
relacionadas ao envelhecimento e os processos patológicos, podem apresentar como
consequência, os frequentes problemas da farmacoterapia, como graves interações
medicamentosas e reações adversas nesses pacientes, sendo assim, é preciso considerar
esses fatores quando se prescrever um medicamento ao paciente idoso (BALDONI,
2010; PENTEADO, 2002).
15
3.4 Interação Medicamentosa
Interação medicamentosa é definida quando os efeitos de uma droga são
alterados pela presença de outra droga, alimento, bebida ou de alguns agentes químicos
ambientais, que podem resultar na redução ou anulação da eficácia terapêutica ou
provocar um aumento na toxicidade da droga afetada. Contudo na clínica usam-se
muitas associações de drogas visando-se um resultado benéfico, seja para obter um
efeito sinérgico ou aditivo. Porém ao lado dessas interações úteis, existem outras que
podem provocar reações adversas graves (SILVA, 2012).
De acordo com os mecanismos das interações droga-droga, estes podem ser
classificados em: 1) físico-químico – uma droga é física ou quimicamente incompatível
com outra, apesar de que alguns autores excluírem essa interação, pois consideram
apenas incompatibilidades farmacêuticas; 2) farmacocinético – quando uma droga
interfere na absorção, distribuição, metabolismo e excreção de outra droga; 3)
farmacodinâmico – uma droga modifica a atividade de uma segunda droga, com
diferente local de ação; uma droga modifica a atividade de outra droga, ao nível ou
perto do receptor farmacológico (SILVA, 2012).
Os riscos de uma interação medicamentosa ocorrer, bem como, a sua gravidade,
dependem de algumas variáveis, entre as quais, a condição clínica do paciente, número
e características dos medicamentos prescritos, duração do tratamento, idade ou ainda
podem ser agravadas pelo desconhecimento dos profissionais sobre as ações dos
fármacos (FLORES, MENGUE, 2005; CAMPANHARO et al., 2013).
Desse modo, pode-se afirmar que a população idosa está mais propensa as
interações medicamentosas, em virtude do aumento de morbidades que aparecem com a
idade, o que favorece o uso excessivo de medicamentos e que quase sempre os
resultados são desastrosos (FLORES, MENGUE, 2005; SILVA; SCHMIDT; SILVA,
2012).
16
4 METODOLOGIA
4.1 Tipo de estudo
Foi realizado um estudo transversal, documental, retrospectivo e descritivo.
4.2 População e amostra
A amostra investigada foi constituída de todas as receitas de pacientes com idade
igual ou superior a 60 anos, atendidos na Farmácia Municipal do Aureny III nos meses
de janeiro e fevereiro de 2015. Em função da unidade não possuir o sistema HIPERDIA
(Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos)
atualizado, a coleta dos dados dos pacientes foi feita por meio do seu cadastro no SIAB
(Sistema de Informação da Atenção Básica), um programa do Ministério da Saúde
(MS).
De acordo com a Unidade de Saúde da Família do Aureny III, 720 pacientes
hipertensos estão cadastrados no programa SIAB, desse total de pacientes foram
identificados 223 idosos, porém não foi possível analisar todas as fichas de
acompanhamento de hipertensos (ficha B – HA) (ANEXO I), em virtude de algumas
não terem sido disponibilizadas.
Foram identificadas 91 receitas desses idosos hipertensos, a diferença do número
de receitas encontradas e a quantidade de idosos cadastrados no programa SIAB, pode
ser explicado pelo fato de alguns anti-hipertensivos prescritos não fazerem parte da
REMUME (Relação Municipal de Medicamentos Essenciais) ou por não ter o
medicamento na farmácia disponível no momento para dispensação, assim sendo, esses
pacientes podem adquirir a medicação na Farmácia Popular do Brasil.
17
4.3 Forma de seleção, acesso e/ou contato
As informações relativas aos pacientes quanto à idade e sexo foram obtidas por
meio da ficha B – HA, um anexo do programa SIAB.
Quanto à avaliação das interações medicamentosas e a classificação quanto a sua
severidade, bem como a identificação dos medicamentos prescritos de maior risco para
causar interação, os dados foram obtidos através da consulta às receitas (91) desses
pacientes cadastrados que compareceram a Farmácia Municipal do Aureny III nos
meses de janeiro e fevereiro de 2015 para retirada dos medicamentos.
4.4 Local e período
A pesquisa foi desenvolvida durante o mês abril de 2015 na Farmácia Municipal
do Aureny III em Palmas - TO.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o município conta com 11 farmácias
regionalizadas, sendo que cinco delas estão localizadas dentro das Unidades de Saúde
da Família (USF).
O local de estudo foi assim escolhido devido à farmácia em questão estar dentro
de uma das USF, uma vez que o programa SIAB está vinculado a essas unidades e a
coleta dos dados referentes aos pacientes ter sido feita mediante o cadastramento na
base de dados desse programa. Além disso, a responsável técnica pela farmácia é
parceira da instituição Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA), à
medida que recebe estagiários, o que facilitou o acesso aos registros. Considerou-se
ainda que os medicamentos padronizados no SUS são os mesmos disponibilizados em
todas as Farmácias Municipais.
18
4.5 Critérios de inclusão e exclusão
Critérios de Inclusão
Receitas de pacientes hipertensos com idade igual ou superior a 60 anos;
Receitas de pacientes idosos hipertensos cadastrados no programa SIAB;
Receita com no mínimo dois medicamentos, sendo um anti-hipertensivo;
Receita com legibilidade.
Critério de exclusão
Receita de pacientes com idade inferior a 60 anos;
Receita não legível, incompleta e que não contenha medicamento anti-
hipertensivo;
Receita de pacientes que não estiverem cadastrados no programa SIAB;
Receita com apenas um medicamento;
Duplicidade de receita.
4.6 Variáveis
Idade;
Sexo;
Anti-hipertensivos prescritos;
Número de medicamentos prescritos.
19
4.7 Instrumentos de Coleta de Dados, estratégias de aplicação, processamento,
análise e apresentação dos dados.
Os dados epidemiológicos dos pacientes atendidos na Farmácia Municipal do
Aureny III, foram levantados por meio de seu cadastro no programa SIAB.
Para a identificação dos medicamentos anti-hipertensivos que apresentaram
interação com outro medicamento e a verificação dos fármacos prescritos de maior risco
que causaram interação medicamentosa, as informações foram obtidas através da
consulta às receitas dos pacientes cadastrados no SIAB.
As características das interações medicamentosas droga-droga, foram
identificadas e classificadas quanto sua severidade, conforme as monografias dos
fármacos da base de dados DrugsReax® System do Micromedex
®, disponibilizada pelo
site de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES), com acesso restrito a algumas instituições. Deste modo o acesso foi realizado
mediante o Centro de Informação sobre Medicamentos (CIM) do CEULP/ULBRA.
A base de dados do DrugsReax®
System do Micromedex® classifica as
interações em cinco níveis: contraindicado - quando os medicamentos são
contraindicados para uso concomitante; importante - quando a interação pode
representar perigo à vida e/ou requerer intervenção médica para diminuir ou evitar
efeitos adversos graves; moderada - quando a interação pode resultar em exacerbação
do problema de saúde do paciente e/ou requerer uma alteração no tratamento;
secundária - a interação resultaria em efeitos clínicos limitados, sem demandar uma
alteração importante no tratamento; e desconhecida - quando não tem definição do grau
de gravidade.
Posteriormente os dados foram apresentados em tabelas e gráficos construídos
através do programa Microsoft Office Excel®.
20
4. 8 Aspectos Éticos – Atendimento a Resolução CNS 466/12 (BRASIL, 2012)
O presente estudo se fundamentou em dados secundários, por meio da ficha B –
HA do programa SIAB e através do acesso às prescrições arquivadas na Farmácia
Municipal do Aureny III, sendo assegurada a confidencialidade das informações
levantadas.
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética do CEULP/ULBRA, de
acordo com a Resolução CNS nº 466/12 (ANEXO II) que normatiza pesquisa
envolvendo seres humanos, após analisado e aprovado pela Secretaria Municipal de
Saúde de Palmas – TO (ANEXO III).
21
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram analisadas 91 receitas arquivadas, dos meses de janeiro e fevereiro de
2015, de pacientes idosos atendidos na Farmácia Municipal do Aureny III em
Palma/TO. Destas, 53 receitas (58,2%) eram de idosos do sexo feminino e 38 (41,8%)
do sexo masculino, com média de idade de 71,8 anos (amplitude de 60 a 99 anos).
Esses dados estão em concordância com os resultados obtidos em um estudo
realizado por Frederico (2014), que também analisou interações medicamentosas em
pacientes idosos que faziam uso de anti-hipertensivos, no qual a maior porcentagem dos
indivíduos avaliados correspondia ao gênero feminino 61% e a idade média destes foi
de 72 anos.
Outros trabalhos similares a este, que avaliaram prescrições de pacientes idosos
hipertensos, também apresentaram predominância do sexo feminino (55,5% a 65,5%)
(SCHROETER et al., 2007; PINTO et al., 2014).
O fato da amostra ser composta em sua maioria por mulheres, pode ter relação
por elas atingirem maior longevidade comparado aos homens, cujo número de idosas
têm sido superior ao de idosos na faixa etária de 65 anos ou mais (DAVIM et al., 2004).
Além disso, elas apresentam maior preocupação em relação à saúde e as condutas
medicamentosas, sendo, portanto, mais frequente a procura por parte delas pelos
serviços de saúde (RESTINI; SANTOS; FARIA JÚNIOR, 2012; OLIVEIRA;
OLIVEIRA, 2013).
Na análise da polifarmácia em termos quantitativos, considerando cada princípio
ativo como um evento independente de medicação, foi observado um número médio de
4,4 princípios ativos por paciente, totalizando 399 drogas prescritas para estes usuários
cadastrados nesta unidade.
Nas pesquisas em idosos que não são institucionalizados, a definição mais
empregada de polifarmácia quantitativa é a utilização de 4 ou mais medicamentos por
idoso (CARVALHO, 2007). Desse modo o consumo de fármacos pela população
estudada pode ser caracterizado como polifarmácia.
Por outro lado no estudo realizado por Pinto e colaboradores (2014), que
avaliaram interações medicamentosas em prescrições de pacientes idosos hipertensos de
uma Unidade de Saúde em Ribeirão Preto/SP, o resultado encontrado foi uma média de
7,5 fármacos por idoso. Já nos achados de Restini, Santos e Faria Júnior (2012), que
22
também avaliaram interações medicamentosas em pacientes hipertensos, porém em
indivíduos na faixa de idade < 26 e > 85 anos, observa-se que a média de medicamentos
por pessoa foi inferior (3,1), este resultado pode ter relação em função do estudo
envolver outros pacientes não idosos.
A faixa etária pode influenciar o consumo de fármacos, isso fica evidente no
estudo realizado por Flores e Mengue (2005) sobre o uso de medicamentos por idosos,
que constataram que a polifarmácia aumentou conforme a progressão da idade, e que
isso pode estar relacionado a diversos fatores, sobretudo ao aumento da morbidade
nesses pacientes.
A quantidade de fármacos distintos receitados foi 61, variando de 2 a 14 por
receita, enquanto que as interações medicamentosas identificadas tiveram amplitude de
0 a 14, conforme Apêndice A.
Em relação às interações encontradas, verificou-se um alto índice, pois, 72
(79,1%) das 91 receitas analisadas apresentaram interações medicamentosas, sendo que
estas contabilizaram um total de 254, com média de 3,5 interações por paciente (Tabela
02).
Tabela 02 - Prevalência de interações medicamentosas verificadas nas prescrições de
pacientes idosos hipertensos atendidos na Farmácia Municipal do Aureny III, Palmas –
TO, 2015
VARIÁVEIS Nº
Total de receitas com interação
medicamentosa
72
Total de interações medicamentosas 254
Média de interações medicamentosas por
paciente
3,5
Total de interações distintas identificadas 65
Sobre a prevalência de interações medicamentosas, o resultado encontrado foi
superior ao observado em outros estudos, cuja amostra destes não era constituída
somente por idosos, como no trabalho realizado por Veronez e Simões (2008) que
analisaram a ocorrência de interações medicamentosas em prescrição de pacientes
hipertensos atendidos pelo SUS, relataram que dos 218 pacientes estudados, 102
23
apresentaram interações medicamentosas (47%). Já nos estudos de Restini, Santos e
Faria Júnior, (2012) das 600 prescrições analisadas, verificou-se 1140 interações
medicamentosas com média de 2,4 interações por pessoa.
Acredita-se que a elevada incidência de interações medicamentosas encontradas
nas receitas pode estar relacionada à exposição a grande quantidade de medicamentos
nessa população, uma vez que a prevalência de doenças nesse grupo etário é maior do
que no restante da população (BALDONI, 2010; SECOLI, 2010). Corroborando com
Delafuente (2003) ao afirmar que embora haja evidências de que o uso de múltiplos
fármacos por parte de idosos possa diminuir a morbidade e a mortalidade nesses
indivíduos, o potencial de interações medicamentosas clinicamente significativas
aumenta consideravelmente.
Entre os medicamentos anti-hipertensivos utilizados pelos idosos, que
corresponderam um total de 14 fármacos, 12 deles participaram de algum tipo de
interação medicamentosa identificada no estudo. Dentre eles os que mais ocasionaram
interações foram hidroclorotiazida (88), propranolol (35), captopril (30), anlodipino
(27), losartana 26, enalapril (25) e atenolol (17) (Tabela 03).
24
Tabela 3 – Frequência da prescrição e interação medicamentosa envolvendo os anti-
hipertensivos prescritos para os pacientes idosos hipertensos atendidos na Farmácia
Municipal do Aureny III, Palmas – TO, 2015.
Frequência dos
medicamentos anti-
hipertensivos
prescritos
Nº
Frequência dos
medicamentos anti-
hipertensivos mais
envolvidos nas IM
Nº
Hidroclorotiazida 56 Hidroclorotiazida 88
Losartana 38 Propranolol 35
Anlodipino 27 Captopril 30
Captopril 22 Anlodipino 27
Enalapril 15 Losartana 26
Atenolol 15 Enalapril 25
Propranolol 15 Atenolol 17
Carvedilol 05 Carvedilol 4
Furosemida 4 Furosemida 4
Nifedipina 3 Nidedipina 4
Doxazosina 2 Clonidina 2
Espironolactona 1 Espironolactona 1
Hidralazina 1 Doxazosina 0
Clonidina 1 Hidralazina 0
IM = interação medicamentosa
Assim, como em uma investigação realizada com pacientes hipertensos em
Campina Grande/PB, cuja amostra era constituída principalmente por idosos, a
hidroclorotiazida, losartana, enalapril e anlodipino estavam entre os medicamentos anti–
hipertensivos mais utilizados e seguidos do propranol, atenolol e captopril,
corresponderam às interações medicamentosas mais prevalentes entre os anti-
hipertensivos (LINS, 2013).
É notadamente visível que o número de interações medicamentosas envolvendo
esses fármacos tem relação em parte, com a frequência em que eles foram prescritos.
Ademais, de acordo Secoli (2010) os betabloqueadores, inibidores da enzima
conversora de angiotensina (IECA) e os diuréticos, estão entre as classes de fármacos
25
que possuem potencial de interação medicamentosa, dentre as quais são comumente
utilizadas por idosos.
Portanto é de extrema importância que os profissionais da área da saúde
conheçam os medicamentos potencialmente interativos prescritos a essa população, no
intuito de prevenir eventos adversos decorrentes da combinação entre fármacos
(SECOLI, 2010).
Após análises feitas na base de dados Micromedex (2015), do total de interações
encontradas durante a pesquisa, nenhuma foi identificada como contraindicada. Com
89,0%, (226), as interações moderadas foram as mais prevalentes, seguido das
classificadas como importantes 5,9%, (15); já as secundárias representaram 5,1% (13)
(Figura 01).
Figura 01 - Classificação quanto à gravidade das interações medicamentosas
identificadas nas prescrições de pacientes idosos hipertensos atendidos na Farmácia
Municipal do Aureny III, Palmas – TO, 2015
Foi realizado um estudo na cidade de Ribeirão Preto/SP, também no contexto da
atenção primária, cuja maior porcentagem de interações classificadas como moderada,
representaram 82,2% das 169 interações identificadas (PINTO et al., 2014).
De acordo com o Micromedex (2015) as interações moderadas são aquelas que
podem resultar na piora do estado clínico do paciente
5,9%
89,0%
5,1%
Importante
Moderada
Secundária
26
e/ou requerem uma alteração no tratamento. Diante do alto índice dessas interações
ocorridas, fica evidente a necessidade da implantação de uma atenção farmacêutica aos
pacientes assistidos nessa unidade, que vise à adoção de medidas estratégicas
juntamente com a equipe multidisciplinar na prevenção, no controle e no manejo das
mesmas.
As interações ditas importantes são definidas como aquelas que podem
representar perigo à vida e/ou requer intervenção médica para diminuir ou evitar efeitos
adversos graves (MICROMEDEX HEALTHCARE SERIES, 2015). No presente estudo
a prevalência dessas interações não foi tão elevada, mas devido o seu grau de
importância clínica demonstra a necessidade do conhecimento dos profissionais da área
da saúde sobre os riscos e a gravidade potencial que um fármaco pode exercer sobre o
outro quando utilizados concomitantemente, com o objetivo de prevenir eventos
adversos da combinação terapêutica (BUENO et al., 2010).
As interações secundárias são consideradas aquelas que resultam em efeitos
clínicos limitados (MICROMEDEX HEALTHCARE SERIES, 2015). Essas interações
apesar de uma menor ocorrência nos resultados apresentados e de sua menor gravidade
comparada com as já citadas podem apresentar elevada significância clínica em
pacientes idosos, uma vez que esse grupo etário é mais sensível aos efeitos terapêuticos
e tóxicos ocasionado por medicamentos (CORRER et al., 2007).
As interações medicamentosas mais prevalentes identificadas nas prescrições
avaliadas nesse estudo e suas respectivas gravidades, reações adversas e medicamentos
envolvidos são apresentadas na Tabela 4.
5,9%
89,0%
5,1%
IMPORTANTE
MODERADO
SECUNDÁRIO
27
Tabela 04 – Distribuição, gravidade e implicações clínicas das interações
medicamentosas observadas em prescrições de pacientes idosos hipertensos que
Interações
Medicamentosas Nº de interações Gravidade
Reações adversas
ao medicamento
Anlodipino x
Sinvastatina 6 Importante
Risco de miopatia, e
rabdomiólise
Ácido
acetilsalicílico x
Hidroclorotiazida
26 Moderada
Diminuição da
eficácia anti-
hipertensiva e
diurética
Ácido
acetilsalicílico x
Losartana
19 Moderada
Aumento do risco
de insuficiência
renal e os efeitos
anti-hipertensivos
diminuem
Hidroclorotiazida x
Metformina 16 Moderada
Resulta em piora do
controle glicêmico.
Ácido
acetilsalicílico x
Anlodipina
14 Moderada
Aumento do risco
de hemorragia e /
ou antagonismo do
efeito hipotensor
gastrointestinal
Captopril x
Hidroclorotiazida 12 Moderada
Resulta em
hipotensão postural
(primeira dose)
Hidroclorotiazida x
Propranolol 10 Moderada
Resulta em
hiperglicemia,
hipertrigliceridemia.
Ácido
acetilsalicílico x
Propranolol
10 Moderada
Diminuição do
efeito anti-
hipertensivo.
Ácido
acetilsalicílico x
Captopril
8 Moderada
Disfunção renal ou
diminuição da
eficácia anti-
hipertensiva
Cálcio x
Hidroclorotiazida
8 Moderada Aumento do risco
de hipercalcemia.
Enalapril x
Metformina 8 Moderada
Resulta em acidose
láctica
hipercalêmica.
Ácido
acetilsalicílico x
Atenolol
6 Moderada
Diminuição do
efeito anti-
hipertensivo
Ácido
acetilsalicílico x
Enalapril
6 Moderada
Disfunção renal ou
diminuição da
eficácia anti-
hipertensiva
28
Ácido
acetilsalicílico x
Glibenclamida
6 Moderada Aumento do risco
de hipoglicemia.
Enalapril x
Hidroclorotiazida 6 Moderada
Resulta em
hipotensão postural
(primeira dose).
Hidroclorotiazida x
Glibenclamida 6 Moderada
Aumento do risco
de hiperglicemia;
aumenta as
necessidades de
administrar
insulina.
A interação moderada mais prevalente foi entre o ácido acetilsalicílico e
hidroclorotiazida, totalizando 26 das 226 interações moderadas observadas. Já nos
estudos de Lins (2013) e Pinto et al (2014) essa interação foi a segunda maior, sendo a
primeira a associação de hidroclorotiazida e losartana, e enalapril mais ácido
acetilsalicílico, respectivamente. Pode-se inferir que a diferença nos resultados está
relacionada quanto à frequência dos medicamentos prescritos, já que as classes de
fármacos citadas são encontradas em ambos os estudos e o perfil de morbidade entre os
idosos é semelhante.
A combinação de ácido acetilsalicílico e hidroclorotiazida pode comprometer a
segurança da farmacoterapia do paciente, pois além de reduzir o efeito anti-hipertensivo
e diurético (MICROMEDEX HEALTHCARE SERIES, 2015), apresenta potencial de
induzir disfunção renal no idoso, bem como o desequilíbrio eletrolítico (SECOLI, 2010;
PINTO et al., 2014). Contudo apesar do AAS poder causar redução da eficácia da
hidroclorotiazida, acredita-se que o benefício relacionado à prevenção de doença
cardiovascular dessa associação seja superior ao risco (GOTARDELO et al., 2014).
A interação de gravidade importante mais frequente neste estudo foi à
associação dos medicamentos anlodipino e sinvastatina, assim como na investigação
realizada na cidade de Ribeirão Preto/ SP que apresentou um percentual de 15,0% das
29 interações graves (PINTO et al., 2014). Essa interação droga-droga pode levar a
complicações severas, pois apresenta potencial de aumentar o risco de miopatias,
inclusive a rabdomiólise (MICROMEDEX HEALTHCARE SERIES, 2015), doença
caracterizada pelo comprometimento muscular, que pode resultar em insuficiências
respiratória e renal aguda (PRADO; RAMOS; VALE, 2007). No entanto para se reduzir
29
o risco desse agravo, a dose de sinvastatina não deve exceder 20 mg/dia quando em
associação com anlodipino (FOOD AND DRUG ADMINISTRATION, 2011).
Diante dos resultados apresentados (Tabela 04) foi possível observar a
relevância do ácido acetilsalicílico e da hidroclorotiazida como os medicamentos
prescritos mais citados pelo Micromedex (2015) como causadores de interação
medicamentosa, mostrando, portanto, ser um indicador de medicamento de alto risco
para a população estudada.
Na Tabela 5 é apresentado o número de pacientes em que ocorreu no mínimo
uma interação medicamentosa, conforme as variáveis, faixa etária, sexo e número de
medicamentos prescritos.
Tabelas 5 – Pacientes idosos hipertensos com interações medicamentosas atendidos na
Farmácia Municipal do Aureny III, Palmas – TO, 2015, conforme faixa etária, sexo e o
número de medicamentos prescritos
Variáveis Prescrições médicas com IM
(n = 72)
Interações Medicamentosas
(n = 254)
Nº (%) Nº (%)
Faixa etária
60 a74 46 63,9 144 56,7
≥ 75 26 36,1 110 43,3
Sexo
Feminino 44 61,1 152 59,8
Masculino 28 38,9 102 40,2
Número de
medicamentos
2 a 4 53 58,2 81 31,9
5 a 7 35 38,5 147 57,9
8 a 14 3 3,3 26 10,2
IM = Interação medicamentosa
Quanto à faixa etária e a existência de interação medicamentosa, os indivíduos
com 60 a 74 anos de idade apresentaram maior ocorrência de interações, deve-se
provavelmente, pelo fato da amostra em sua maioria ser constituída por esse grupo
etário.
30
Nas prescrições aos homens foram identificados 157 medicamentos com um
total de 102 interações medicamentosas, já nas prescrições às mulheres foram
encontrados 240 medicamentos e 152 interações.
Nota-se que na relação entre sexo e interações medicamentosas, foi constatado
que as mulheres apresentaram maior frequência de interações, o que pode ser justificado
pelo fato da amostra estudada ser constituída em sua maioria por pacientes do sexo
feminino. Assim como nos resultados encontrados por Restini, Santos e Faria Júnior
(2012) cuja participação das mulheres na pesquisa também foi mais prevalente (55,5%),
apresentando 877 interações medicamentosas contra 563 nos homens.
Ao relacionar o número de medicamentos prescritos e a ocorrência de interações
medicamentosas, o estudo demonstrou que a quantidade de interações é diretamente
proporcional ao número de fármacos em uso, visto que a prevalência destas foi maior
em receitas que continham de 5 a 7 medicamentos se comparado à quantidade de
receitas quando prescritos somente 2 a 4 fármacos.
Esses resultados corroboram com os encontrados por Frederico (2012), ao relatar
que a proporção de indivíduos sujeitos a interação medicamentosa foi maior naqueles
que usavam 5 ou mais medicamentos comparado aos que consumiam somente 4. A
quantidade de medicamentos prescritos é um fator considerável na ocorrência de
interações medicamentosas, uma vez que quanto maior o número de fármacos utilizados
concomitantemente maior o risco de ocorrer interações entre eles.
Estima-se que a probabilidade de uma interação medicamentosa ocorrer em
idosos que utilizam até 2 fármacos seja de 13%, sendo esse risco aumentado para 58%
no caso em que o uso desses agentes é igual a 5. A incidência eleva-se para 82% quando
o número de medicamentos utilizados é igual ou superior a 7 (DELAFUENTE, 2003).
Nesse sentido a atenção farmacêutica ao idoso surge como estratégia para
garantir uma farmacoterapia racional e segura, em que o farmacêutico ajuda o prescritor
na seleção apropriada dos medicamentos para esses pacientes, bem como o provimento
de promoção e educação em saúde, orientação, dispensação e seguimento
farmacoterapêutico. Dessa forma o farmacêutico torna-se essencial nesse processo na
disponibilidade das informações para a tomada de decisão mais fundamentada,
assumindo responsabilidade direta na colaboração com outros profissionais de saúde e
com os pacientes idosos, auxiliando dessa forma na manutenção do melhor estado de
31
saúde possível desses indivíduos e minimizando assim, os riscos da farmacoterapia para
estes pacientes (LOCATELLI, 2007; PILOTO; CARDOSO, 2014).
A atenção farmacêutica a idosos foi avaliada em um estudo multicêntrico na
Europa, onde foi verificado a redução de custos e aumento da qualidade de vida,
controle da doença e alto nível de satisfação dessa faixa etária na população, onde as
opiniões dos profissionais da saúde foram favoráveis à atenção farmacêutica
(BERNTEN et al., 2001 apud PILOTO; CARDOSO, 2014, p.60).
32
6 CONCLUSÃO
Os resultados apresentados demonstraram que houve maior participação do sexo
feminino na amostra estudada e a média de idade correspondeu a 71,8 anos.
A partir da análise das receitas, observou-se que o número de princípio ativo
prescrito foi de 4,4 por paciente o que em termos quantitativos pode ser caracterizado
como uma polifarmácia.
O ácido acetilsalicílico e a hidroclorotiazida foram os medicamentos mais
envolvidos nas interações medicamentosas, sendo estas identificadas como um evento
frequente na população estudada, o que chama bastante atenção, principalmente pelo
fato do predomínio das interações moderadas, cuja reação adversa pode resultar na
exacerbação do problema de saúde do paciente e/ou requerer uma alteração no
tratamento.
Desse modo, o estudo possibilitou identificar a interação medicamentosa como
um fator de risco à saúde dos idosos hipertensos, deixando evidente a importância do
profissional farmacêutico juntamente com a equipe multidisciplinar em monitorá-los,
principalmente os que fazem uso de medicamentos como o ácido acetilsalicílico e a
hidroclorotiazida, tornando-se dessa forma uma fonte de informação importante para
consulta, bem como para o planejamento de ações na prevenção e identificação das
interações medicamentosas, garantindo assim uma terapia segura e oferecendo melhor
qualidade de vida aos pacientes idosos.
33
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SCHROETER, G.; TROMBETTA T.; FAGGIANI, F. T.; GOULART, P. V.;
CREUTZBERG, M.; VIEGAS, K.; SOUZA, A. C. A.; CARLI, G. A.; MORRONE, F.
B. Terapia anti-hipertensiva utilizada por pacientes idosos de Porto Alegre/RS, Brasil.
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SECOLI, S. R. Polifarmácia: interações e reações adversas no uso de medicamentos por
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Ciênc. Farm. Básica Apl. v. 29, n. 1, p. 45-51, 2008.
37
APÊNDICE A – Tabela com registro de medicamentos utilizados pelos pacientes
idosos com as respectivas interações medicamentosas identificadas nas receitas
atendidas na Farmácia Municipal do Aureny III, Palmas-TO, 2015.
Paciente Sexo Idade Medicamentos prescritos Interações ocorridas
A. S. A F 84
Losartana 50 mg
HCTZ 25 mg
____
A. S. B F 81
Captopril 25 mg
Glibenclamida 5 mg
Sinvastatina 20 mg
Captopril X Glibenclamida = Moderada
A. J. S M 65
Losartana 50 mg
HCTZ 25 mg
Metformina 850 mg
Nifedipino 20 mg
Metformina X HCTZ = Moderada
Metformina X Nifedipina = Secundária
A. P. S M 76
Carvedilol 12,5 mg
Furosemida 40 mg
____
A. S. P F 78
Ácido Acetilsalicílico
100 mg
Alendronato de sódio 70 mg
Carbonato de Cálcio 600 +
Colecalciferol
Carvedilol 3,125 mg
Losartana 50 mg
Ácido Acetilsalicílico X Caverdilol =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X Carbonato de
cálcio = Moderada
Ácido Acetilsalicílico X Losartana =
Moderada
Alendronato de sódio X Carbonato de
cálcio = Secundária
B. T. M M 69
Anlodipino 10 mg
Doxazosina 2 mg
Omeprazol 20 mg
____
B. F. D. M 82
Ácido Acetilsalicílico
100 mg
Enalapril 20 mg
HCTZ 25 mg
Metformina 850 mg
Propanolol 40 mg
Ácido Acetilsalicílico X Enalapril =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X HCTZ =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X Propranolol =
Moderada
Enalapril X Metformina = Moderada
Enalapril X HCTZ= Moderada
Metformina X HCTZ = Moderada
Metformina X Propranolol = moderada
Propranolol X HCTZ = Moderada
C. R. S. M 76
Ácido Acetilsalicílico 100
mg
Amitriptilina 25 mg
Ácido Acetilsalicílico X Cálcio =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X Enalapril =
38
Cálcio + Colecalciferol
Enalapril 20 mg Metformina
850 mg
HCTZ 25 mg
Propranolol 40 mg
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X HCTZ =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X Propranolol =
Moderada
Cálcio XHCTZ = Moderada
Cálcio X Propranolol = Moderada
Enalapril X Metformina= Moderada
Enalapril X HCTZ = Moderada
Metformina X HCTZ = Moderada
Metformina X Propranolol = Moderada
HCTZ X Propranolol = Moderada
Amitriptilina X Propranolol =
Moderada
D. M. A F 75
Ácido Acetilsalicílico 100
mg
Anlodipino 10 mg
Captopril 25 mg
HCTZ 25 mg
Metformina 850 mg
Ácido Acetilsalicílico X Anlodipina =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X Captopril =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X HCTZ =
Moderada
Captopril X HCTZ = Moderada
Captopril X Metformina = Moderada
HCTZ X Metformina = Moderada
D. P. B F 60
Anlodipina 10 mg
Atorvastatina 10 mg
Glibenclamida 5 mg
Metformina 850 mg
____
D. M. B M 61
Alopurinol 100 mg
Anlodipino 10 mg
Carbonato de cálcio 600 +
Calecalciferol
HCTZ 25 mg
Losartana 50 mg
Carbonato de cálcio X HCTZ =
Moderada
HCTZ X cálcio = Moderada
D. S. S F 81
Ácido Acetilsalicílico 100
mg
Alendronato de sódio 70 mg
Glibenclamida 5 mg
Losartana 50 mg
Metformina 850 mg
Propranolol 40 mg
Ácido Acetilsalicílico X Propranolol =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X Losartana =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X Glibenclamida
= Moderada
Glibenclamida X Propranolol =
Moderada
Metformina X Propranolol = Moderada
D. O. S M 60 Losartana 50 mg
HCTZ 25 mg ____
D. T. S F 65
Carbonato de cálcio 600 +
Calecalciferol
HCTZ 25 mg
Losartana 50 mg
Sivastatina 20 mg
HCTZ X Carbonato de cálcio =
Moderada
Carbonato de cálcio X HCTZ =
Moderada
39
E. L. M M 72
Ácido Acetilsalicílico 100
mg
HCTZ 25 mg
Losartana 50 mg
Metformina 850 mg
Ácido Acetilsalicílico X HCTZ =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X Losartana =
Moderada
HCTZ X Metformina = Moderada
E. P. N M 63 Atenolol 50 mg
Omeprazol 20 mg ____
E. S M 71
Ácido Acetilsalicílico 100
mg
HCTZ 25 mg
Losartana 50 mg
Betaistina 24 mg
Nifedipina 10 mg
Ácido Acetilsalicílico X HCTZ =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X Losartana =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X Nifedipina =
Moderada
F. M. C F 99
Metformina 850 mg
Glibenclamida 5 mg
Captopril 25 mg
Albendazol 400 mg
Metformina X Captopril = Moderada
Captopril X Glibenclamida = Moderada
F. C. G F 61
Captopril 25 mg
HCTZ 25 mg
Ácido Acetilsalicílico 100
mg
Captopril X HCTZ = Moderada
Captopril X AAS = Moderada
HCTZ X AAS = Moderada
F. M. C F 77
Alendronato
Anlodipino 10 mg
Glibenclamida
HCTZ 25
Losartana 50 mg
Metformina 850 mg
HCTZ X Glibenclamida = Moderada
HCTZ X Metformina = Moderada
F. S. F M 65
Captopril 25 mg
Simeticona
Hidróxido de Alumínio
Metoclopramida
Omeprazol 20 mg
Captopril X Hidróxido de Alumínio
= Moderada
F. F. S M 65 Losartana 50 mg
HCTZ 25 mg ____
G. M. T F 77 Losartana 50 mg
HCTZ 25 mg ____
G. S. L F 61 Losartana 50 mg
HCTZ 25 mg ____
G. A. S M 62 Captopril 25 mg
HCTZ 25 mg Moderada
G. E M 75
Ácido acetilsalicílico 100 mg
Amitriptilina 25 mg
HCTZ 25 mg
Propranolol 40 mg
Ácido acetilsalicílico X HCTZ =
Moderada
Ácido acetilsalicílico X Propranolol =
Moderada
Amitriptilina X Propranolol =
Moderada
40
HCTZ X Propranolol = Moderada
I. B. S F 68
Anlodipina 10 mg
HCTZ 25 mg
Losartana 50 mg
____
I. S. C F 64
Atenolol 50 mg
HCTZ 25 mg
Prometazina 25 mg
Omeprazol
Biperideno 2 mg
____
J. P. C M 80
Ácido acetilsalicílico 100mg
Glibenclamida 5 mg
HCTZ 25 mg
Metformina 850 mg
Propranolol 40 mg
Sinvastatina 20 mg
Ácido acetilsalicílico X Glibenclamida
= Moderada
Ácido Acetilsalicílico X HCTZ =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X Propranolol =
Moderada
HCTZ X Glibenclamida = Moderada
HCTZ X Metformina = Moderada
HCTZ X Propranolol = Moderada
Glibenclamida X Propranolol =
Moderada
Metformina X Propranolol = Moderada
J. B. B F 76
Ácido acetilsalicílico
Enalapril 20 mg
Propranolol 40 mg
Sinvastatina 20 mg
Ácido acetilsalicílico X Enalapril =
Moderada
Ácido acetilsalicílico X Propranolol =
Moderada
J. D. S.
S F 60
Anlodipino 10 mg
Glibenclamida 50 mg
Insulina NPH
Losartana 50 mg
Metformina 850 mg
Glibenclamida X Insulina NPH =
Moderada
Insulina NPH X Losartana = Moderada
Insulina NPH X Metformina =
Moderada
J. S. C M 69
Ácido Acetilsalicílico 100mg
Atenolol 50 mg
HCTZ 25 mg
Ácido Acetilsalicílico X Atenolol =
moderada
Ácido Acetilsalicílico X HCTZ =
moderada
J. F. J F 84
Alendronato de sódio 70 mg
Atenolol 50 mg
Cálcio + Calecalciferol
Ciprofloxacina 500 mg
Sinvastatina 20 mg
Omeprazol 20 mg
Alendronato de sódio X Cálcio =
Secundária
Atenolol X Cálcio = Secundária
Ciprofloxacino X Cálcio = moderada
Ciprofloxacino X Sinvastatina =
Importante
J. B. O M 85
Anlodipino 5 mg
HCTZ 25 mg
Losartana 50 mg
Omeprazol
Supradyn
____
41
J. P. S M 68
Enalapril 10 mg
Glibenclamida 5 mg
HCTZ 25 mg
Metformina 850 mg
Enalapril X Glibenclamida = Moderada
Enalapril X HCTZ = Moderada
Enalapril X Metformina = Moderada
Glibenclamida X HCTZ = Moderada
HCTZ X Metformina = Moderada
J. S. P. F M 74
HCTZ 25 mg
Losartana 50 mg
Metformina 850 mg
Somalgin (AAS + Carbonato
de magnésio)
HCTZ X Metformina = Moderada
HCTZ X AAS = Moderada
Ácido Acetilsalicílico X Losartana =
Moderada
J. B. S F 85
Ácido Acetilsalicílico 100mg
Anlodipino 10 mg
HCTZ
Losartana 50 mg
Metformina 850 mg
Ácido Acetilsalicílico X Anlodipina =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X HCTZ =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X Losartana =
Moderada
HCTZ X Metformina = Moderada
J. V. S F 72
Ácido Acetilsalicílico 100mg
Enalapril 20 mg
Glibenclamida 5 mg
Metformina 850 mg
Omeprazol 20 mg
Ácido Acetilsalicílico X Enalapril =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X Glibenclamida
= Moderada
Enalapril X Metformina = Moderada
Glibenclamida X Enalapril = Moderada
L. M. B F 70
Ácido Acetilsalicílico 100mg
Atenolol 25 mg
HCTZ 25 mg
Losartana 50 mg
Omeprazol 20 mg
Sinvastatina 20 mg
Ácido Acetilsalicílico X Atenolol =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X HCTZ =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X Losartana =
Moderada
L. C. M M 73 HCTZ 25mg
Enalapril 10 mg Moderada
L. D. S F 77
Captopril 25 mg
Ácido Acetilsalicílico 100mg
HCTZ 25 mg
Captopril X Ácido Acetilsalicílico
= Moderada
Captopril X HCTZ = Moderada
HCTZ X Ácido Acetilsalicílico
= Moderada
L. L. S F 80
Anlodipino 20 mg
Captopril 25 mg
Sinvastatina 20 mg
Sinvastatina X Anlodipino = Importante
L. L F 66
Enalapril 20 mg
Fenitoína 100 mg
HCTZ 25 mg
Propranolol 40 mg
Enalapril X HCTZ = Moderada
Fenitoína X Propranolol = Moderada
HCTZ X Propranolol = Moderada
L. R. C M 72 Propranolol 40 mg
Enalapril 20 mg ____
L. P. M. F 62 Bromazepam 3 mg Captopril X HCTZ = Moderada
42
S Captopril 25 mg
HCTZ 25 mg
Propranolol 40 mg
HCTZ X propranolol = Moderada
L. R. S F 67
Ácido Acetilsalicílico
Fluoxetina 20 mg
Glibenclamida 5 mg
HCTZ 25 mg
Losartana 50 mg
Metformina 500 mg
Losartana X Ácido Acetilsalicílico =
Moderada
Metformina X HCTZ = Moderada
HCTZ X Ácido Acetilsalicílico =
Moderada
HCTZ X Glibenclamida = Moderada
Glibenclamida X Ácido Acetilsalicílico
= Moderada
Glibenclamida X Fluoxetina =
Moderada
Fluoxetina X AAS = Importante
M. B. C M 83
Atenolol 50 mg
HCTZ 25 mg
Losartana 50 mg
Sinvastatina 20 mg
____
M. G. S M 64
Captopril 25 mg
Ciprofibrato
Metformina 850 mg
Sinvastatina 20 mg
Sinvastatina X Ciprofibrato =
Importante
Metformina X Captopril = Moderada
M. P. S M 71
Ácido Acetilsalicílico 100mg
Anlodipina 5 mg
Enalapril 10 mg
HCTZ 25 mg
Omeprazol 20 mg
Sinvastatina 20 mg
Ácido Acetilsalicílico X Anlodipina =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X Enalapril =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X HCTZ =
Moderada
Anlodipina X Sinvastatina =
Iimportante
Enalapril X HCTZ = Moderada
M. P. S M 72
Carvedilol 6,25
Cefadroxil 500 mg
Enalapril 5 mg
Espironolactona 25 mg
Furosemida 40 mg
Furosemina X Enalapril = moderada
Espironolactona X Enalapril =
Importante
M. R. S M 70 Propronolol 40 mg
Ácido Acetilsalicílico 100mg Moderada
M. R. S f 93
Ácido Acetilsalicílico 100mg
Anlodipino 5 mg
Captopril 25 mg
Ácido Acetilsalicílico X Anlodipina =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X Captopril =
Moderada
M. A. O F 72
Ácido Acetilsalicílico 100mg
Albendazol 400 mg
Anlodipino 10 mg
Bactrin (Sulfametoxazol +
Trimetroprima
Ácido Acetilsalicílico X Ranitidina =
Secundária
Ácido Acetilsalicílico X anlodipina =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X furosemida =
43
Furosemida 40 mg
HCTZ 25 mg
Losartana 50 mg
Omeprazol 20 mg
Ranitidina 150 mg
Moderada
AAS X HCTZ = Moderada
AAS X Losartana= Moderada
Losartana X Sulfametoxazol =
Moderada
Losartana X Trimetroprima =
Importante
M. C. S F 68
Ciprofibrato 100 mg
Enalapril 10 mg
Gabapentina 300 mg
Glicazida MR 30 mg
Metformina 850 mg
Metformina X Enalapril = Moderada
M. S. M F 76
AAS 100 mg
Ácido Fólico 5mg
Anlodipina 10 mg
Atenolol 50 mg
Carbonato de cálcio 500 mg
Cilostazol 100 mg
Clonidina 0,100mg
Complexo B
Hidralazina 50 mg
Insulina NPH
Losartana 50 mg
Omeprazol 20 mg
Sinvastatina 20 mg
AAS X Anlodipina = Moderada
AAS X Atenolol = Moderada
AAS X Carbonato de cálcio =
Moderada
AAS X Insulina NPH = Moderada
AAS X Losartana = Moderada
AAS X Cilostazol = Importante
Anlodipina x Atenolol = Moderada
Anlodipina x Sinvastatina = Importante
Atenolol x Carbonato de cálcio =
Secundária
Atenolol x Clonidina = Importante
Cilostazol x Omeprazol = Importante
Clonidina x Insulina = Moderada
Insulina NPH x Atenolol = Moderada
Insulina NPH x Losartana = Moderada
M. J. G.
R F 66
Alondipino 10 mg
HCTZ 25 mg
Losartana 50 mg
____
M. C. V F 64
AAS 100 mg
Alendronato de sódio 70 mg
Cálcio + Colecalciferol
Carvedilol 3,125 mg
HCTZ 25 mg
Omeprazol 20 mg
Sinvastatina 20 mg
Levocetirizina
HCTZ X AAS = Moderada
HCTZ X Cálcio = Moderada
Carvedilol X AAS = Moderada
Carbonato X AAS = Moderado
Alendronato X Cálcio = Secundária
M. R. T F 68
Glibenclamida 5 mg
HCTZ 25 mg
Losartana 50 mg
Metformina 850
Nifedipina 20 mg
Somalgin (AAS + Carbonato
de magnésio)
Glibenclamida X HCTZ = Moderada
Glibenclamida X AAS = Moderada
Glibenclamida X Carbonato de
magnésio = Secundária
HCTZ X AAS = Moderada
HCTZ X Metformina = Moderada
Losartana X AAS = Moderada
Metformina X Nifedipina = Secundária
Nifedipina X AAS = Secundária
44
M. D. G.
M F 66
Atenolol 50 mg
Captopril 25 mg Moderada
M. F. L F 63
AAS 100 mg
HCTZ 25 mg
Losartana 50 mg
AAS X HCTZ = Moderada
AAS X Losartana = Moderada
M. L. L.
A F 63
AAS 100 mg
Anlodipino 20 mg
Antenolol 25 mg
HCTZ 25 mg
Losartana 50 mg
Sinvastatina 20 mg
ASS X Anlodipina = Moderada
ASS X Atenolol = Moderada
ASS X HCTZ = Moderada
ASS X Losartana = Moderada
Anlodipina X Sinvastatina = Importante
Anlodipina X Atenolol = Moderada
M. M. S.
A F 66
Atenolol 50 mg
HCTZ 25 mg ____
M. G. B F 62
Captopril 25 mg
HCTZ 25 mg
Neomicina + Bacitracina
(uso tópico)
Sinvastatina 20 mg
Captopril X HCTZ = Moderada
M. V. C.
H F 69
Enalapril 20 mg
Anlodipino
Sinvastatina 30 mg
Sinvastatina X Anlodipino = Importante
M. C. A M 63
Ácido Acetilsalicílico 100mg
Anlodipino 10 mg
Captopril 25 mg
HCTZ 25 mg
Ácido Acetilsalicílico X Anlodipino =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X Captopril =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X HCTZ =
Moderada
HCTZ X Captopril = Moderada
M. F. S F 60
HCTZ 25 mg
Losartana 50 mg
Propranolol 40 mg
HCTZ X Propranolol = Moderada
M. G. P M 69
Captopril 25 mg
HCTZ 25 mg
Miconazol (uso tópico)
Captopril 25 mg X HCTZ 25 mg =
Moderada
N. B F 74
Ácido Acetilsalicílico 100mg
Anlodipino 10 mg
Captopril 25 mg
HCTZ 25 mg
Propranolol 40 mg
Sinvastatina 20 mg
Ácido Acetilsalicílico X Anlodipino =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X Captopril =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X HCTZ =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X Propranolol =
Moderada
Anlodipina X Sinvastatina = Importante
Anlodipina X Propranolol = Moderada
HCTZ X Propranolol = Moderada
O. D. R F 70 Albendazol 400 mg
Atenolol 50 mg
Omeprazol X Sulfato ferro = Moderada
45
Captopril 25 mg
Omeprazol 20 mg
Secnidazol
Sulfato ferroso
O. Q. S F 72
Ácido Acetilsalicílico 100mg
Losartana 50 mg
Metformina XR 500 mg
Sinvastatina 20 mg
Ácido Acetilsalicílico X Losartana =
Moderada
O. R. S F 67
Artrolive ( sulfato de
glicosamina 500 mg
sulfato de condroitina)
Carbonato de cálcio 600 +
Colecalciferol
HCTZ 25 mg
Losartana 50 mg
Metformina 500 mg
Omeprazol 20 mg
Carbonato X HCTZ = Moderada
HCTZ X Metformina = Moderada
P. N. V F 73 Ácido Acetilsalicílico 100mg
Losartana 50 mg Moderada
P. B. S M 76
Ácido Acetilsalicílico 100 g
Anlodipino 10 mg
Losartana 50 mg
Metformina 850 mg
Losartana X Ácido Acetilsalicílico =
Moderada
Anlodipina X Ácido Acetilsalicílico =
Moderada
P. M. S M 84
Ácido Acetilsalicílico 100mg
Anlopino 10 mg
Ibuprofeno
Losartana 50 mg
Ácido Acetilsalicílico X Anlodipino =
moderada
Ácido Acetilsalicílico X Ibuprofeno =
moderada
Ácido Acetilsalicílico X Losartana =
moderada
Anlodipina X Ibuprofeno = Moderada
Ibuprofeno X Losartana = Moderada
P. S. B F 63
Ácido Acetilsalicílico 100
mg
Anlodipina 10 mg
Captopril 25 mg
Ácido Acetilsalicílico X Anlodipina =
Moderada
A Ácido Acetilsalicílico X Captopril =
Moderada
R. N. S M 64
Ácido Acetilsalicílico 100mg
Amitriptilino 25 mg
Anlodipino 10 mg
Caverdilol 6,25 mg
Furosemida 40 mg
Propranolol 40 mg
Ácido Acetilsalicílico X Anlodipino =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X Carvedilol =
Moderada
A Ácido Acetilsalicílico X Furosemida
= Moderada
Ácido Acetilsalicílico X Propranolol =
Moderada
Amitriptilina X Propranolol =
Moderada
Anlopidina X Carvedilol = Moderada
46
Anlopidina X Propranolol = Moderada
Furosemida X Propranolol = Moderada
R. R. N M 96
Atenolol 50 mg
Carbonato de cálcio 600 +
Colecalciferol
HCTZ 25 mg
Atenolol X Carbonato de cálcio =
Secundária
Carbonato de cálcio X HCTZ =
Moderada
R. S. A.
S M 77
Carbonato de cálcio 600 +
Colecalciferol
Captopril 25 mg
HCTZ 25 mg
Nimesulida 100 mg
Sinvastatina 20 mg
HCTZ X Carbonato de cálcio =
Moderada
HCTZ X Captopril = Moderada
HCTZ X Nimesulida = Moderada
Carbonato de cálcio X Captopril =
Moderada
Captorpil X Nimesulida = Moderada
R. M. J.
F F 81
Alendronato de Sódio70 mg
Carbonato de cálcio 500 mg
Enalapril 10 mg Nortreptilina
25 mg
Omeprazol 20 mg
Colecalciferol
Alendronato de Sódio70 mg X
Carbonato de cálcio = Secundária
R. P. S F 62
Anlodipina 10 mg
Ciprofibrato
HCTZ 25 mg
Losartana 50 mg
____
R. B. R M 75
AAS 100 mg
Atenolol 25 mg
HCTZ 25 mg Captopril 25
mg
AAS X Atenolol = Moderada
AAS X HCTZ = Moderada
AAS X Captopril = Moderada
HCTZ X Captopril = Moderada
S. B. S M 81 Enalapril 20 mg
Metformina 850 mg Moderada
S. M. P.
S F 71
Captopril 25 mg
HCTZ 25 mg
Metformina 850 mg
Captopril X HCTZ = Moderada
Captopril X Metformina = Moderada
HCTZ X Metformina = Moderada
T. S. L M 78
AAS 100 mg
Amiodarona 200 mg
Atenolol 50 mg
Losartana 50 mg
Omeprazol 40 mg
Sinvastatina 40 mg
AAS X Atenolol = Moderada
AAS X Losartana = Moderada
Amiodarona X Atenolol = Importante
Amiodarona X Sinvastatina =
Importante
Amiodarona X Losartana = Moderada
T. A. A F 73
HCTZ 25 mg
Insulina NPH
Losartana 50 mg
Sinvastatina 20 mg
Somalgin (AAS + Carbonato
de magnésio)
HCTZ X Insulina NPH = Moderada
HCTZ X AAS = moderada
Insulina NPH X Losartana = Moderada
Losartana X AAS = Moderada
T. M. A F 81
AAS 100 mg
HCTZ 25 mg
Propranolol 40 mg
AAS X HCTZ = Moderada
AAS X Propranolol = Moderada
HCTZ X Propranolol = Moderada
47
HCTZ = hidroclorotiazida
T. M. S M 95
Anlodipina 10 mg
Doxazosina 2 mg
Losartana 50 mg
____
V. C. T.
N F 67
Anlodipina 10 mg
Atenolol 25 mg
Calcio + Colecalciferol
Omeprazol 20 mg
Anlodipina X Atenolol = Moderada
Atenolol X Cálcio = Secundária
V. B. M M 67
HCTZ 25 mg
Losartana 50 mg
Sinvastatina 50 mg
____
V. Q. C F 65
Ácido Acetilsalicílico 100mg
Anlodipino
Diazepam 5 mg
Enalapril 10 mg
Glibenclamida 5 mg
HCTZ 25 mg 10 mg
Metformina XR 500 mg
Ácido Acetilsalicílico
X Enalapril = Moderada
Ácido Acetilsalicílico X Glibenclamida
= Moderada
Ácido Acetilsalicílico X AnlodipinO =
Moderada
Ácido Acetilsalicílico X HCTZ =
Moderada
Enalapril X Glibenclamida = Moderada
Enalapril X HCTZ = Moderada
Enalapril X Metformina = Moderada
Glibenclamida X HCTZ = Moderada
HCTZ X Metformina = Moderada
V. D F 61
Alendronato de sódio
Captopril 25 mg
Carbonato de cálcio
HCTZ 25 mg
Propranolo 40 mg
Alendronato X Cálcio = Secundária
Captopril X Carbonato de cálcio =
Moderada
Captopril X HCTZ = Moderada
Carbonato de cálcio X HCTZ =
Moderada
Carbonato de cálcio X Propranolol =
Moderada
Propranolol X HCTZ = Moderada
48
ANEXO I - Ficha B – Acompanhamento de hipertenso
49
ANEXO II – Parecer consubstanciado do Comitê de Ética e Pesquisa
50
51
52
ANEXO III – Parecer da Comissão de Avaliação de Projeto e Pesquisa