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Número UM Julho 12 1

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Revista independente de Skateboard e comportamento

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  • Nmero UMJulho 12

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  • Marcello Gouvea Ollie Renan Monteiro

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  • 3

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  • Yuri Formiguinha Noseslide de front Rodney Costa

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  • E a, beleza? Partiu rol!

    Ilustrao: Rafael Polon

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  • Agradecimentos:

    Raphael PharrWilson Domingues

    Tio VerdeGerson Jnior

    Marcelo GouveaDig Barbosa

    Felipe TvoraClissa Raiany

    Nmero UmColaboradores:

    Antonio Pedro TebyriCau Csik

    Pedro OrelhaRodney Santos

    Fabio TiradoAndre Lisboa

    Dalmo RogrioLouise Martins

    Renan Monteiro

    Capa:

    Renan Monteiroflagra

    Ionir Mera.

    Ilustrao: Rafael Polon

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  • Lorran Sujinho Rockslide de front Pedro Macedo

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  • Truculncia Crew14

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    80 Praa XV

    NDI

    CE

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  • Truculncia CrewBackstreet Boys do inferno

    40 Anderson PedreteConexo Brasil x Irlanda

    54 A verdade e o Skateboard

    Bob Burnquist & OiVert Jam

    Praa XVSubverso do uso

    98 Kuquearte, vida e brasilidades

    116 Muleque ChatoSrgio Santoro

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  • Humbe

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  • Seriam eles os Backstreet Boys dos infernos ? O Nsync das trevas ?

    Ou apenas mais um grupo de bebados gritando por ai ?

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  • Foda-se, isso pouco importa!

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  • z

    1- Fala Thiagueira. Como voc est ae por SP e o que voc manda?

    Ento, por SP est tudo certo, Roger. Tra-balhando, andando de skate, sando a noite. Sinto falta do RJ as vezes, de dar mais con-tinuidade no meu projeto musical com meus amigos, o Truculncia Crew, mas a gente vai segurando as pontas.

    2- Por que gmeos idnticos tm impresses digitais completamente diferentes?

    Porra, sei l! Mas uma boa pergunta pra se pensar sobre quando tiver chapado no sof, com uns amigos.

    3- Teria alguma msica do Truuln-cia para falar desse tema?

    Nunca tero. Na truculncia a gente s fala de putaria, personagens e fatos que acon-tecem na cena alternativa do Rio de Janeiro, tais como a Miss baldeao, Maria Vip, e tantos outros.

    4- Ham?

    Presunto? hahaha. Isso mermo que tu ou-viu, viado.

    5- Como voc tem mantido toda essa coisa de banda, trampo e sadas rolando? Est rolando tempo para o carrinho?

    Sempre rola. Fim de semana, por mais que eu saia na rua, pra algum rol ou at mesmo transtornar na Rua Augusta, eu vou estar com meu carrinho, se aquele filho da puta do So Pedro permitir e no mijar a porra da cidade toda. Mas no mais, tenho mantido tudo sob controle, dando um trampo, escrevendo umas letras no pode parar nunca, certo?!

    6- Vamos falar das coisas que realmente interessam aos lei-tores. Qual foi daquele papo de que bebidas quentes no refres-cam?

    Porra, bebida quente s estufa. Merda do caralho. Mas quando o budget curto na sesso, ou o mercadinho precrio, a gente tem que se conter com o que a vida oferece.

    boa pergunta pra se pensar sobre quando tiver chapado no sof, com uns amigos

    Dalmo Rogrio

    Munidos de suas garrafas que parecem nunca ter fim, e de suas loucuras que geram conflitos mentais e fisicos por onde passam, o fruto de toda essa putaria so muitas ressacas e boas historias sempre regadas a muito alcool e truculencia.

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  • seriam eles o backstreet boys dos infernos ? o nsync das trevas ? ou apenas mais um grupo de bebados gritando por ai ? foda-se, isso pouco importa! munidos de suas garrafas que parecem nunca ter fim, e de suas loucuras geram conflitos mentais psicologicos e fisicos por onde passam, o fruto de toda essa putaria so muitas ressacas e boas historias sempre regadas a mt alcool e truculencia.

    z 7- Paulistinha e No Comply. No, isso no uma pergunta!

    Curtiu o videozinho n viado? Gordo desse jeito, s os no-complies mesmo pra me divertir. E tem vagabundo que ainda acha impressionante. divertido.

    8- Fat. Voltando a falar do Truculncia. Com quem vocs es-to colando para produzir esse som e apresenta o pessoal todo ae?

    Ento parceiro, a situao a seguinte. A gente fecha com o nosso amigo Davi, mais conhecido na noite carioca como o Joel Mahrola. Ele que grava com a gente, acom-panha na maioria dos ensaios, pra verificar se t tudo correndo certinho, pra quando a gente for fazer merda no palco, fazer bem feito.

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    J no grupo, constituimos de 4 Mcs e o nos-so Dj, Gustavo Hipster Straight-Edge, a.k.a Velho Escroto, o Eronides, mais conhecido tambm como Mc Eroder, Vinicius Fontes, que atende por Mc Tesfon, nosso integrante mais fanfarro, Felippe Augusto, conhecido pelas ninfetas da noite carioca como Mc Foxxx a.k.a. Raposo, e eu, Thiago, ou Fat como a galera do skate carioca conhece, e que em cima dos palcos atendo por Mc Par-rudo.

    9- Voc poderia falar um pouco de suas experincias com o Jorge Levi?

    HAHAHA Willians Dentinho a.k.a. LIL TOOTH meu dolo. ublack!

    10 - Voc sabe que esse sofri-mento no est nem na metade, no ?

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  • z w

    Na real, acho que est na metade sim, pois essa a pergunta n 10, e voc havia me dito antes que seriam 20 perguntas. Mas como vc imprevisvel, pode ser que tenha mudado de ideia.

    Bem, eu no ligo, no sofrimento pra mim, estou me divertindo aqui hahaha.

    11 - Agora que voc aceitou o embate, gostaria de saber o que voc respon-deria para algum que ligou para o telefone fixo dasua casa e perguntou onde voc est?

    Eu simplesmente falaria - voc t de sacanagem n maluco? na casa da sua prima, caralho

    12- Sabemos da preferncia do nosso amigo Precisely por Chicken Nug-gets. Qual o seu prato favorito?

    Strogonhoq.

    13- Fale-me mais sobre isso!

    Eu sou um ligeiro f de strogonhoq. Quando chego em casa pego um prato fundo, encho de arroz, boto strogonhoq em cima e depois batata palha. Fica um prato to grande, mais to grande, que eu at se escondo atrs dele. Sabe como ?

    14- Um mineiro est num boteco, to-mando um caf com seu amigo gacho e eles comeam a falar de mulher. Por alguns momentoso gacho se sente ofendido por ter a sua masculinidade questionada. O maluco d um porrada na mesa e diz...- Na minha terra s tem macho, [] disse o gacho indignado.

    O mineiro respira por alguns segun-dos e responde.

    -Na minha tem metade macho e metade fmea e nis t achando bo di-mais da conta s!

    Allan Sieber.

    J tinha ouvido essa. hahaha. S ter macho osso. Na Tijuca tem macho, mas tem as preparadas tambm.

    15- A conquista do oprimido um trao marcante da ao antidialgi-ca. Voc acredita que por meio dela os opressores matam a admirao que os oprimidos tm pelo mundo, in-culcando neles a admirao por um falso mundo?

    Eu num itindi nada duqule fal.

    pego um prato fundo, encho de arroz, boto strogonhoq em cima e depois batata palha

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  • 16- Truculncia ou Peso?

    Os dois andam junto meu parceiro. No nosso bonde no tem peso pena. S mc 3 dgitos bolado, o terror das magrinhas!

    17- Gostaria que voc falasse a sua viso sobre as variveis impor-tantes, que diferem o skateboard em So Paulo e no Rio de Janeiro? se que existe essa diferena!

    Cara, quando vim morar aqui por meados de 2008, eu achava essa cidade o mximo. Vrios picos de rua, a cena forte a vera, muito skatista bom. A cidade muito cor-rida, e as vezes a gente no consegue acompanhar completamente. Nesses 4 anos morando aqui, fiz muitos amigos, con-segui me inserir no mercado do skateboard e ando de skate em timos spots. Mas nem tudo so flores, porque aqui o que tem de z povinho, de doer. Tem muito vaga-bundo invejoso e falso tambm. As vezes penso que seja por causa da panela que rola e de por ser uma cidade to grande e a cena to vasta, ningum realmente conhece ningum. J o RJ, sempre visei mais unio entre a galera, que se mexe para fazer o que tem que fazer, e ningum fica secando ou julgando ningum, muito mais acolhedor. Sempre achei que todo o skatista deveria ter essas qualidades, mas aprendi em SP que no bem assim. De qualquer forma, sinto saudade da vibe da galera do RJ, mas ainda amo SP e a galera que realmente corre comigo. Tambm amo o RJ, e todos meus parceiros.

    18- Porque que quem trabalha no mar se chama marujo? ento quem trabalha no ar deveria se chamar Arajo?Voc no acha que ns que trabalha-mos na terra deveramos ter um nome legal tambm? Eu queria com essa pergunta interessantssima falar dos nossos amigos Piratas. Cad os Piratas?

    hahaha. A pirataria t espalhada. Engraa-do que foi algo que surgiu por um perodo da nossa adolescncia mas todos ainda tem no sangue, e alguns, at na pele. O bonde sempre fechou junto, e sempre vai fechar, no importa o rumo que cada um tomar. O Def est em Portugal, o Geng-iskank t no Canad, eu estou em SP, o Defon, Paul, Godoy, e Ezekiel continuam no RJ No falo com o Mib muito tempo, mas ainda assim ele t no meu corao, irmo. De qualquer forma, geral t junto, mesmo estando longe, e mesmo vivendo vidas diferentes agora que t todo mundo cresci-do. Somos famlia!

    19- Queria falar um pouco sobre a inteligncia feminina com voc meu amigo Fat Masta. Eu j ouvi nessa minha vida vrias vezes que todo homem igual, que todo homem safado. Estou cansado dessa porra! se todos os homens so iguais, porque as mulheres escolhem tanto?

    Porra, fico pensando. Se elas conhecem todos os homens da face da terra pra falar que todos so safados, elas no so nem um pouco santas tambm porque provaram todos esses homens para ter tanta certeza.

    A pirataria t espalhada20

  • hahahahaha. Po, sei l irmo. Falem o que quiser dos homens, porque nos dias de hoje as mulheres no to muito distantes nessa corrida no, t ligado? hahahahaha.

    20- Voc sabe escrever Zero em al-garismos romanos?

    Cara, me perdoe se eu estiver errado, mas acho que no existe zero em algarismos romanos. Quer dizer, me perdoe um caralho! Hahahaha

    21- Eu gostaria muito de saber o mo-tivo da escolha do nome Truculncia Crew. Voc poderia falar um bocado sobre isso, ou vai continuar me dando resposta curtas?

    Eu sou o ltimo Mc a entrar no grupo, mas tem uma histria que um dos nossos inte-grantes, estava na Casa da Matriz, comple-tamente transtornado, chegando em todas as meninas da casa. A outro brother, que mais tarde tambm viraria um dos nos-sos Mcs, citou: Co neguin voc t muito TRUCULENTO hoje ein!

    Da essa palavra acabou fazendo parte do dialeto da galera. No comeo o bonde no tinha intuito algum de fazer funk, a galera simplesmente se reunia pra beber e sair na night.

    Saindo sempre, certas vezes a gente vol-tava para a casa do Eroder, com prolas do que aconteceu na noite, e como geral era envolvido com msica, a gente escrevia uns funks de zoao.

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  • z w

    24- O que existe de design entre o peso do som da banda e a flatulncia dos integrantes?

    HAHAHAHAHA

    25- Agora srio, o que tem de novo a pra sair, como esto os projetos?

    Temos uma nova msica pra soltar a na net, chamada melhor que nada Retrata que estar no 1 a 0, melhor do que est no 0 a 0. Que gol no precisa ser bonito, precisa apenas ser gol. Se que voc me entende, D-Rog. Esta ns j tocamos nos shows. Alm disso, temos outras msicas para adicionar ao repertrio, e shows a marcar, em SP e no RJ.

    26- Qual a primeira conduta visando reduzir eventos coronarianos que a banda deseja adotar ao ficar extrema-mente famosa?

    Na real eu no sei. Apenas sei que queremos camarim com toalhas brancas, garrafas de blacklabel e mad dog para acompanhar, alm de tequilas e muita cerveja, tudo isso acom-panhado de muitas fmeas e brenfa de quali-dade no recinto.

    27- Am I a good man?

    You are a very good man, Dalmo. I like you very much as a friend, and I also like your tre-flips.

    28- Queria saber quais dos truculentos, j teve o desprazer de se envolver com o skateboard alm de voc Fat Masta?

    Bem, todos so apreciadores do esporte e do lifestyle, mas acho que nenhum realmente se envolveu da mesma forma que eu. Geral mete o naipe, curte o visu, mas ningum anda, s eu mesmo. hahaha

    29- Pode me escrever alguns versos da sua msica favorita da banda?

    Eu gosto de todas, pelo fato de fazer parte difcil escolher uma favorita. Mas tem o verso da primeira que escrevi para o grupo que se chama from uk, dedicada para todas as modernas fanchas da atualidade - as from uk, gostam de piru que eu sei, mas elas num andam com macho, elas s tem amigo gay! para dar um confere, acho v-lido visitar nosso soundcloud - soundcloud.com/truculenciacrew, onde esto todas as nossas msicas.

    30- Posso encerrar essa merda? Noe No Comply Fat Masta!

    isso meu parceiro Roggie! Obrigado pela oportunidade, o bonde agradece! Ns.

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  • z w

    29- Pode me escrever alguns versos da sua msica favorita da banda?

    Eu gosto de todas, pelo fato de fazer parte difcil escolher uma favorita. Mas tem o verso da primeira que escrevi para o grupo que se chama from uk, dedicada para todas as modernas fanchas da atualidade - as from uk, gostam de piru que eu sei, mas elas num andam com macho, elas s tem amigo gay! para dar um confere, acho v-lido visitar nosso soundcloud - soundcloud.com/truculenciacrew, onde esto todas as nossas msicas.

    30- Posso encerrar essa merda? Noe No Comply Fat Masta!

    isso meu parceiro Roggie! Obrigado pela oportunidade, o bonde agradece! Ns.

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  • Renan Monteiro

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  • Fbi

    o Ti

    rado

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  • Willians Dentinho Nosegrind de back Renan Monteiro

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  • Douglas Gonzaga Nollie lipslide de front Gerson Jnior

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  • Raphael ndio Hippie jump Renan Monteiro

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  • Yuri Formiguinha Nosegrind de back Pedro Macedo29

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  • Dalm

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  • Flavio Zon Zuben

    Crooked

    Gerson Junior

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  • Michael Douglas Heelflip Gerson Junior

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  • Robinho DUO

    Ollie

    Renan Monteiro

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  • Chove muito aqui, mas tem picos que ningum nunca andou. Eu sempre ando na rua de olho para achar esses picos

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  • Anderson Pedrete um skatista paulista de 29 anos e 15 de skate que vive atualmente em Dublin, na Irlanda. Em entrevista para Journal ele descreve quais so as prin-cipais diferenas entre o estilo brasileiro e o irlandes de viver e de andar de skate. Para ele a vontade de morar no exterior que sempre foi forte e isso motivou sua saida do pas, alm do fator de poder ser fluente em outro idioma.

    O skateboard em terra europeia bastante diferenciado do encontrado aqui. No Brasil o skatista costumava andar em Itapecerica da Serra e na Praa Du. Em Dublin, que chove muito, tem diversos picos de rua que podem ser encontra-dos, basta procurar Chove muito aqui,mas tem picos que ningum nunca andou. Eu sempre ando na rua de olho para achar esses picos, relata ele. Disse tambm que sua viso do carrinho mudou ao chegar na Europa, tanto que ao deixar o Brasil, Anderson andava meio desacreditado com o estilo de vida. Era isso que faltava na minha vida, fazer o que realmen-te amo, que andar de skate.

    Um dos prximos objetivos de Anderson dar um rol em Barcelona para ver as famosas bordas de mrmore da cidade. Ele j havia visitado anteriormente onde colou na sesso com o Monico. Foi uma experincia muito boa, demos varios rols em Bara. Muita diverso, ele colou aqui na Irlanda tambm diverso garantida sem contar que o muleque manobra muito.

    CONEXO BRASIL IRLANDA

    Andr LisboaMarcello Gouvea

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  • Era isso que faltava na minha vida, fazer o que realmente amo, que an-dar de skate.

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  • Foi uma experincia muito boa, demos varios rols em Bara.

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  • Mauricio Nava Smith de back Pedro Macedo

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  • A esquerda:

    VAI

    NA B

    ORDA

    Raphael Gibson

    Noseslide de front

    Pedro Macedo

    A direita

    Andre Monicao

    Nosebump

    Renan Monteiro50

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  • Fabricio Matheus

    Noseslide

    Pedro Macedo

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  • A verdade e o Skateboard

    Fbio TiradoCau Csik e Clissa Rayane

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  • Bob apareceu sem avisar numa sexta feira a noite, dia que a praa fica lota-da, a galera mais jovem no entendeu nada!

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  • O churrasco que acontecia na rea de street foi praticamente esquecido e geral partiu pro bowl pra ver o cara andar, e te falar que nao andou pouco nao, se jo-gou, caiu muito, e mandou vrias cabulosas!

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  • Com sua simplicidade e humildade cativante, alguns locais que estavam presentes tiveram o prazer e a honra de fazer uma session a seu lado. +

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  • Essa sexta feira antecedeu o evento Oivert jam, que ja vinha causando bastante pol-mica pelo fato de muitos skatistas estarem insatisfeitos com esse tipo de evento, por no deixar legado algum pra cidade e pra galera que vive o skateboard no dia a dia.+

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  • Falavasse muito em boicote, revolta e protestos pro dia do evento caso nada fosse resolvido.Nas redes sociais fotos eram postadas com a estrutura do evento sendo montada sobre a rea de street. Criou-se ainda mais revolta e protestos, o que acabou fazen-do com que chegasse aos ouvidos da organizao do evento e eles entraram em contato com a famlia Du.

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  • Um pedido de desculpas por parte dos organizadores pela falta de assessoria e, com muita educaao e respeito, perguntaram quais eram as nossas opinies para que o evento fosse realizado de forma verdadeira. A galera exps seus pontos de vista e a produo concordou e decidiu ajudar. Foi doado R$ 40.000, 00 para refor-ma da praa Du, alm de ajudar com contatos e idas a Prefeitura para se conse-guir apoios.

    O evento aconteceu normalmente de forma tranquila, sem protestos.

    O que eu me pergunto sempre , porque skatistas que estao envolvidos com esse tipo de evento nunca falam nada com os organizadores sobre a possibilidade de deixar algum legado?

    A grande maioria dos skatistas nao depende do skate pra sobreviver. Eles esto ali todos os dias andando simplemeste porque amam o skate e nunca vo ter o n-vel de um Bob Burnquist, e sabem disso! Sabe essa galera? Esse o verdadeiro Skateboard!

    Vejo pessoas, que no tem o Skateboard como fonte de renda, fazer muito mais pelo Skate do que essas outras pessoas,que se dizem skatistas, que conseguem ganhar a vida trabalhando em eventos como esse e que s pensam em si mesmos.

    No final, s a verdade permanece, como se diz nas ruas, quem de verdade sabe!

    A galera mostrou muita unio e conscincia ao exigir o legado que lhe de direito.

    Esse na minha opinio, foi o maior legado deixado pro Skateboard nacional:

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  • Unio, verdade, respeito!

    Atualmente, o projeto da praa Du esta pronto, j aconteceram algumas reu-nies com a prefeitura que vem sendo muito receptiva e a expectat iva de que at o f inal do ano o Plaza esteja pronto.

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    Bia Sodre

    Ollie

    Tio Verde

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  • Lucas Cofrinho

    Tucknee

    Pedro Macedo

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  • Vicinius Paje

    Nollie heel

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  • Fabio Azul Rock`n`roll de back Pedro Macedo

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  • A XV um lugar que tem muita importncia para a histria do nosso pas. Alm de ser um dos prin-cipais portos do pas, decises polticas foram tomadas naquela praa, toda uma carga histrica e cultu-ral que os arredores dali carrega.

    Depois da reforma do projeto Rio Cidade em 1997, a praa se tornou um pico muito agradvel com um cho de pedra liso e grandes espaos livres com muitas rvores a beira da Baia de Guanabara de onde vem uma massa de ar puro.

    Passar a frequentar aquele lugar mudou a minha vida, pois na cabea de um moleque suburbano skatista, onde na dcada de 90 qualquer 10m2 de calada, mais ou menos lisa, valia ouro para dar algumas tricks, ver todo aquele espao livre com uma arquitetura diferente, onde a mistura modernista com a colonial pinta uma paisagem instigante para explorar com o carrinho de baixo dos ps. E no s pelo aspecto arquitetnico, mas tambm pelo cultural, pois ali esto os principais museus: CCBB, MNBA, MAM, Caixa Cultural, CCJF e CFB. Passei a fre-quentar esses picos graas ao skate, na noite frequentava

    XVWilson Domingues

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  • a Lapa, cheguei a pegar o final da primeira fase do Circo Voador (fechado pelo Conde) e todas as festas Zoeira no extinto Sinuca da Lapa.

    Em 1999 o prefeito Conde aprovou um projeto de lei que proibiu a prtica de skate, bicicleta em qualquer praa. A partir da comearam nossos problemas, passamos 12 anos batendo boca ou fugindo da guarda municipal. J aconteceram coisas desagradveis, um exemplo a ltima parte do nosso 1 vdeo 021, lanado em 2002, onde um policial (guarda municipal) prende o skate de um amigo meu e ao mesmo tempo uma menina que havia sido assaltada a pouco metros de onde estvamos, foi chorando at o policial pedindo ajuda, dizendo que havia sido assaltada com o namorado e ele ainda estava no local do crime, enquanto isso o meu amigo puxou o skate de forma sorrateira da mo do guarda, que ao invs de esquecer o skate e dar ateno a menina, ele voltou para agredir o skatista.

    Em 2011 coloquei este vdeo no youtube com o intuito de pressionar as autoridades e o mesmo teve mais de 345.000 acessos.

    Os protestos na XV comearam em 2008, sempre na semana do dia 21 de Junho (Dia Mundial do Skate), no incio a galera do Avuatauba deu um gs em fazer o pro-testo e Best Tricks em picos prximos, em 2010 eu junto ao meu brother Vaguinho, distribumos giz de quadro negro, para a molecada desenhar no cho as formas do corpo como marcas de cenas de crime, meio que dizen-do: Vamos ficar aqui at a morte, foi algo simblico para mostrar nosso amor pela praa.

    Em 2011 nos organizamos de forma difcil de acreditar, quando se trata de um bando de skatistas, mas a coisa deu muito certo. Nos reunimos desde o incio do ano uma vez por semana, religiosamente, no Circo Voador e

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  • planejamos meticulosamente nossa ao para Junho, incluindo um pro-jeto de proposta de adaptao do mobilirio da praa para a prtica do skate. Conseguimos contato com o secretrio de esporte e lazer, mas foi o sub-prefeito do Centro Thiago Barcelos que nos procurou para o dialogo, alm de termos como ma-drinha do movimento a atriz Cissa Guimares.

    No deu outra, conseguimos a lega-lizao do skate na praa XV e uma promessa de construo de um Plaza na regio central do Rio.

    Agora, passado um ano, continua-mos a nos encontrar no Circo Voador, todas as segundas e fundamos a Associao Cultural do Skate que tem o objetivo de desenvolver proje-tos e firmar o skate como atividade cultural, ferramenta de evoluo e mudana independente Do it your-self. Terminamos o projeto arquite-tnico do Plaza, assinado por nosso membro do grupo skatista/arquiteto Raphael Buarque Pharr e produzi-mos um evento de arte e debates

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  • Como diz o meu bom e velho amigo Palito: Aqui ningum cobra nada de ningum.

    com skatistas, artistas, acadmicos e repre-sentantes da sociedade, alm de exibio de filmes e bandas no Palcio da Repblica Museu da Repblica. O nome do evento Repblica do Skate, onde fizemos uma ex-posio com 56 artistas, todos com ligao direta ao skate.

    O mais foda dessa histria que desde quando comecei a frequentar o centro da mi-nha cidade e em especial a Praa XV para dar rol de skate, no me beneficiei apenas sob o aspecto territorial, arquitetnico ou cultural, mas principalmente no aspecto do significado de famlia pois passamos muitas fases ali, nos encontrando toda semana, muitos pararam de andar, outras geraes chegaram, quem se identificou e continuou compe a famlia que s cresce. Espero que isso continue se desenvolvendo com verda-de e respeito ao prximo, como sempre foi.

    Cada um tem a sua vida, paralela ao que acontece na XV e a maioria d duro e sofre as presses do dia a dia, mas quando est l, como se fosse uma ou-tra dimenso. Voc esquece de todos os problemas e anda livremente como se no houvesse amanh. uece de todos os problemas e anda livremente como se no houvesse amanh.

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  • Noturna

    Lorran Sujinho Heelflip de back Pedro Macedo

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  • Diego Korn

    Ollie de front

    Pedro Macedo97

  • EVOLUINDO NA ARTE DE SE REINVENTAR

    KUQUE

    Louise MartinsCaua Csik

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  • Kuque um daqueles caras que inspira a gente na primeira conversa, seja pela sua tra-jetria ou pela diversidade de coisas que se mete a fazer.Carioca do subrbio, reinveno a palavra de ordem na sua vida e o que antes comeava por necessidade, hoje o que o torna um dos skatistas mais versteis que conhecemos.E nessa vibe que a gente curte, de corao aberto e sem problema em falar o que pensa, Kuque cedeu um pedacinho da sua agenda ocupadssima para ser o entrevistado da vez aqui na Journal e aproveitou pra mandar um recado.Quer saber mais? S acompanhar o papo!

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  • A mdia no quer que

    as pessoas sonhem e cresam.

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  • KUQUE, VOC ARTISTA, SKATISTA, GRAFITEIRO, EMPREENDEDOR, PUBLI-CITRIO E TATUADOR. CONTA PRA GEN-TE UM POUCO DA TUA HISTRIA E COMO CONSEGUIU ATUAR EM TANTOS CAMPOS DIFERENTES

    Minha diversidade vem da necessidade. Antes na verdade quero reforar uma questo da brasilidade.

    Somos uma raa vira lata, misturadona e, por sorte, forte pra caramba. E sen-do do subrbio, uma rea bem menos privilegiada da cidade, a diversidade das coisas que fao fruto de necessidade e de garra.

    Sendo de uma famlia de classe media baixa, desde criana aprendi a elabo-rar, fazer e principalmente a cuidar dos meus brinquedos, pipa, pio, carrinho de rolim... Nos anos 80, tinha uma onde de fazer seu prprio shape de skate, que depois morreu e agora parece que est voltando.

    Ento acho que vem muito disso a, da necessidade, mas tambm por uma questo de raa mesmo! Conseguir algo que queramos era muito difcil fora de natal e aniversrios, ento a gente fazia. Colava com os tiozinhos que tinham

    habilidade daqui, levava no outro que tinha habilidade dali e assim amos fazendo e aprendendo.

    Tive a sorte de encontrar pessoas de garra e talento no meu caminho. Por isso pra mim muito importante valorizar a nossa brasilidade, reconhecer o talento e a garra que o brasileiro tem. Agora, o prprio brasileiro tem que se valorizar. Ouvir mais m-sica brasileira, usar mais roupa brasileira, contratar mais artistas brasileiros.

    E O QUE VOC V DE MAIS IMPORTANTE NESSA DIVERSIDADE?

    Se voc quer aprender, tem que estar aberto a diversidade. Eu digo sempre: se voc quer tocar violo, mas hoje trabalha colando sola de sapato, presta ateno no que voc est fazen-do porque essa sua experincia certamente vai te ajudar a tocar violo de uma outra forma. Vai ter seu jeito. Tudo que voc faz te d experincia para utilizar numa outra coisa. A diversidade bem legal, ela agrega em tudo que voc faz.

    QUEM CHEGOU PRIMEIRO NA TUA VIDA: ARTE OU SKATE?

    A arte apareceu primeiro do que o skate na minha vida, por uma questo de interesse pessoal mesmo. As cores das pipas, as embalagens de biscoitos... sei l, eu pancava com as composi-es e grficos.

    O skate veio depois: foi ganhar um patinete no natal e no outro dia logo de manh arrancar o guido. E l estava feito o meu primeiro skate! A bicho, fudeu! Desce ladeira. Onde que tem

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  • se voc quer tra-balhar com arte, voc pre-cisa mes-mo de dedica-o, como na maio-ria dos trabalhos

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  • pista? Que desenho esse aqui nessa revista? Constri jump ramp, tenta pular carro, que msica essa no vdeo de skate??? Tudo isso com 11, 12 anos de idade.

    Naturalmente o skate fez parte da minha evoluo.

    Desenho desde criana e tatuo profissionalmente h quase 20 anos, mas hoje estou numa fase que definitivamente quero trabalhar com marcas de skate, fazer arte pra skate. A Element chama artista brasileiro, mas tem marca brasileira que chama artista de fora.

    J fiz trabalhos pra vrias grandes marcas e clientes de diversos seg-mentos, mas at hoje no trabalhei com nenhuma marca brasileira de skate. E isso definitivamente o que quero.

    COMO VOC ENTROU PRO UNIVERSO DA TATUAGEM E O QUE TE INSPIRA NELE?

    Tatuei uns 10 anos num estdio de tatuagens na tijuca, A Supernova. Aprendi muita coisa l e eles foram motivadores da evoluo do meu trabalho no inicio. Obrigado Marcos Ribeiro, Luga, Henrique Mattos, Cludio e Rita. Obrigado.

    Depois acabei saindo pra montar meu primeiro estdio, que perdi pra um cara que eu ajudei.

    A o que fiz? Vendi meu carro e na raa recomecei do zero. Nessa mon-tei a LOVE TATTOO, entitulada A Primeira Galeria de Arte SUBurbana do Rio de Janeiro.

    A tatuagem abriu muitas portas para mim. Conheci diversos outros de-senhistas, me aprofundei em outros

    estilos e fui absorvendo.

    Por causa da tatuagem tive a opor-tunidade de viajar pra tatuar em Portugal, e depois Barcelona. Minha famlia nunca teria condies de me dar uma viagem dessas, mas meu trabalho me permitiu.

    Barcelona foi como uma dose cavalar de arte na minha veia! Voltei de l e disse: Foda-se. isso que eu fao, disso que vou continuar vivendo! E t a, vivo.

    O mais legal de tudo dizer que virei tatuador por causa da cultura do skate. Logo o Skate foi o primeiro a comear a abrir as portas para mim. Definitivamente minha melhor esco-la de artes foi os desenhos silkados dos shapes de skate da dcada de oitenta.

    E QUAL A RELAO DA TUA FA-MLIA COM SEU TRABALHO? PERGUN-TO, POIS, SE HOJE AINDA H MUITOS PAIS QUE OLHAM TORTO, IMAGINA QUANDO VOC COMEOU...

    Meu pai militar e minha me dona de casa. No incio no entendiam muito onde que esse negcio de ta-tuagens ia dar nem eu! Lembro do meu pai tentando me alertar, dizendo cuidado com ese negcio de tatu-agens, vai comear andar com um monte de viciados. Hahahahahha! Mdia maldita! Enquanto isso negui-nho de terno e gravata roubando e cheirando p malhado em tampa de privada de banheiro social... merda! Mas conforme o tempo foi passando, meu pai passou a respeitar e admi-rar mais o que eu fazia. S no teve

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  • FALA MAIS SOBRE ESSE LADO MAIS MERCADOLGICO DO VIVER DE ARTE

    Quem no faz arte ou no traba-lha com arte, acha que artista no trabalha e acaba no valorizando. importante tambm, para ambos os lados, se informar bastante, sempre! Por isso novas exposies, novas revistas, novos msicos so importantes, e isso a mdia no quer divulgar.

    Informao importante pro artis-ta saber melhor sobre o que est fazendo, mas serve tambm pra quem consome arte fugir da picare-tagem. O estudo, como sempre, bom pra tudo. E trabalhar um pouco tambm ajuda nos negcios.

    Acho que por ltimo, saber reco-nhecer o que surge, estar sempre aberto para o novo e sempre se considerar aprendiz, independen-te da experincia que tem. O teu aprendiz de hoje pode ser o teu professor amanh.

    E A CENA DE ARTE UNDERGROUND NO RIO, COMO EST? GENTE DEMAIS, QUALIDADE DE MENOS? MUITA BA-NALIZAO?

    Banalizao sempre existiu. Se as pessoas no aprenderem a valorizar a prpria arte, banaliza.

    A banalizao t ligada a pagamen-to. Cabe ao artista se prostituir ou no. Eu no quero me prostituir, no quero virar puta! Com todo res-peito a elas, adoro a franqueza do

    trabalho delas.

    Eu no preciso de rios de dinheiro e se as pessoas percebessem que elas tambm no precisam, a coisa no estaria to banalizada.

    E NESSA RELAO DO MERCADO X CULTURA UNDERGROUND, QUAL O PAPEL DAS MARCAS?

    Acho que chegou a hora das mar-cas olharem menos pras pessoas que ditam e fazem o estilo e passa-rem a dar mais valor aos artistas e skatistas.

    Em Barcelona tive a oportunidade de ver marcas que esto patroci-nando artistas como fazem com os skatistas. Isso muito legal, reconhecimento! E se voc a, dono duma marca que est pen-sando que a soluo pra aumen-tar os negcios importar shape, rodas e tnis da china, vale a pena repensar, porque novas marcas esto surgindo. Essa molecada que est a, vai crescer.... e a a fila vai andar! Depois no vai mais adiantar querer vir dar bon e adesivo no dia do campeonato no.

    Uma marca quando se queima, se fode. E skatista por natureza fiel pra caramba com as coisas que acredita. um timo momento para as marcas se posicionarem no mercado do skate brasileiro. A mdia no quer que as pessoas sonhem e cresam. Se as marcas no fizerem isso, ningum cresce. Nem as pes-soas, nem as marcas. S a mdia.

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  • at hoje no trabalhei com nenhuma marca brasileira de skate. E isso definitivamente

    o que quero.

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  • TEM MUITA MARCA QUE PATROCINA CAMPEONATO DE SKATE, QUE ESTIMULA ESSE TIPO DE COMPETIO. O QUE VOC ACHA DISSO?

    Acho esse universo do skate como esporte de competio bem complicado. A competio que te pe l no topo do pdium a mesma que vai fazer questo de te jogar no cho. natural, porque eles sempre vo precisar de novos dolos. Por isso, ande de skate pra se divertir com seus amigos, ande por prazer. Se voc ganhar um campeonato, que bom!

    ARTE, SKATE E TATUAGEM. PRA VOC, QUAL A PRINCIPAL RELAO ENTRE ESTES 3 MUNDOS?

    Evoluo. Apesar de acharmos o contrario, acho ns, os seres humanos, muito atrasados evolutivamente

    em relao as outras espcies vivas.

    A arte tem a capacidade de abrir novos caminhos, abrir ca-nais pra respirarmos melhor, sentir novas sensaes, ouvir, ver e muitas vezes nos ensina at a sermos criticados. Assim a gente se auto questiona, se modifica, e se modificando pra melhor, evoluimos.

    O skate uma forma de arte e acho que t nisso que eu falei. A tataugem vem do desenho, que tambem arte.

    O mundo precisa de arte. Ouvi essa frase uma vez de uma importante pessoa e lembrei pra sempre, porque isso mes-mo. Arte pra evoluir.

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  • Se voc quer aprender, tem que estar aberto a diversidade.

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  • E PRA FINALIZAR, COM TODA ESTA TUA BAGAGEM, QUAL MENSAGEM VOC PODE DEIXAR PRA ESSA GALERA NOVA QUE QUER VIVER DE ARTE E SKATE?

    Seja Honesto

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  • Seja honesto.

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  • Lucas Cofrinho

    Smith de back

    Pedro Macedo

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  • Willians Dentinho

    Wallride

    Renan Monteiro

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  • Muleque ChatoSergio Santoro

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  • Rodney dos SantosPedro Macedo e Rodney dos Santos

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  • Qual a sua idade?16

    Onde prefere andar de skate?Qualquer lugar com os amigos

    Como voc define seu estilo?Espontneo

    Qual manobra voc mais gosta de mandar?Backside flip

    O que te motiva a andar de skate?Amor pelo esporte e a satisfao na hora de acertar uma ma-nobra nova

    Voc pensa em sobreviver do skate?No pretendo abandonar os estudos mas o futuro so Deus sabe

    J viajou pra gringa pra andar?Comecei a andar l morando 5 anos no sul da California

    Quem sao seus dolos no skate?Aqueles que promovem a evoluao do esporte

    Vai mandar um beijo pra quem?Para os meus pais que sempre me apoiaram116

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  • Mauricio Nava Boneless nee

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  • Victor Cardoso Feeble Pedro Macedo

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  • 122

  • Raphael Indio

    Heelflip de front

    Pedro Macedo

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  • Yan Felipe Flip Pedro Macedo

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  • Ionir Mera Switch nosebump Dhani Borges

    Yan Felipe Flip Pedro Macedo

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  • Renan Monteiro

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  • Frederico Vegele Marc Recco

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  • Arte

    col

    etiv

    a: F

    bio

    Tir

    ado, A

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    nio

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    iry

    a, D

    ig B

    arbo

    sa

    Feli

    pe P

    eruca

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  • Julia Murad por Mariza Fonseca

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