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7/21/2019 Juiz http://slidepdf.com/reader/full/juiz56d6c0301a28ab3016994f70 1/8 PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE LONDRINA - FORO CENTRAL DE LONDRINA VARA SUMARIANTE DO TRIBUNAL DO JÚRI DE LONDRINA (1ª VARA CRIMINAL) - PROJUDI Av. Duque de Caxias, 689 - Prédio Principal - Centro - Londrina/PR - CEP: 86.015-902 - Fone: (43)3372-3138 - E-mail: [email protected] Autos nº. 0040790-41.2015.8.16.0014 Processo: 0040790-41.2015.8.16.0014 Classe Processual: Inquérito Policial Assunto Principal: Homicídio Qualificado Data da Infração: 27/04/2015 Vítima(s): VICTOR HENRIQUE DIAS DA ROSA Indiciado(s):  GABRIEL HENRIQUE MARQUES BODON DE SOUZA FELIPE BATISTA DA SILVA ALÃN VENANCIO DE MELO FAZOLIN GIOVANI CASTILHO PAVIANI MAURO CESAR BARBOSA CLEMENTE Vistos e Examinados.  Requer o Representante do Ministério Público pela decretação da prisão preventiva em desfavor de ALÂN VENACIO DE MELO FAZOLIN, FELIPE BATISTA DA SILVA, GABRIEL HENRIQUE MARQUES BODON DE SOUZA, GIOVANI CASTILHO PAVIANI e MAURO , qualificados nos autos, com fundamento no artigo 311 e CESAR BARBOSA CLEMENTE seguintes do Código de Processo Penal.  A materialidade delitiva encontra-se consubstanciada pelo Boletins de Ocorrência de seqs. 4.3, 4.27 e 4.38, Informação de seq. 4.8, Autos de Exibição e Apreensão de seq. 4.25, 4.29 e 4.43, Laudo de Exame de Munição de seq. 4.1 e pelos depoimentos das testemunhas que atestam sua existência.  Comprovada a materialidade denota-se, ainda, a existência de indícios de autoria recaindo sobre os indiciados.  Versam os autos sobre o crime de homicídio, na forma tentada, ocorrido em data de 27 de abril de 2015, por volta das 19h:47min, na Avenida Saul Elkind, defronte ao nº 1503, Bairro Violim, nesta cidade e Comarca de Londrina – Paraná, em que figura como vítima Victor    D   o   c   u   m   e   n    t   o   a   s   s    i   n   a    d   o    d    i   g    i    t   a    l   m   e   n    t   e  ,   c   o   n    f   o   r   m   e    M    P   n    º    2  .    2    0    0   -    2    /    2    0    0    1  ,    L   e    i   n    º    1    1  .    4    1    9    /    2    0    0    6  ,   r   e   s   o    l   u   ç    ã   o    d   o    P   r   o    j   u    d    i  ,    d   o    T    J    P    R    /    O    E    V   a    l    i    d   a   ç    ã   o    d   e   s    t   e   e   m    h    t    t   p   s   :    /    /   p   r   o    j   u    d    i  .    t    j   p   r  .    j   u   s  .    b   r    /   p   r   o    j   u    d    i    /   -    I    d   e   n    t    i    f    i   c   a    d   o   r   :    P    J    5    N    S    W    3    E    9    Z    S    S    P    D    D    J    K    4    H    3 ROJUDI - Processo: 0040790-41.2015.8.16.0014 - Ref. mov. 14.1 - Assinado digitalmente por Elisabeth Khater:6636, 6/07/2015: DECRETADA A PRISÃO PREVENTIVA DE PARTE. Arq: Decisão

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7/21/2019 Juiz

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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁCOMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE LONDRINA - FORO

CENTRAL DE LONDRINAVARA SUMARIANTE DO TRIBUNAL DO JÚRI DE LONDRINA (1ª VARA

CRIMINAL) - PROJUDIAv. Duque de Caxias, 689 - Prédio Principal - Centro - Londrina/PR - CEP: 86.015-902 -Fone: (43)3372-3138 - E-mail: [email protected]

Autos nº. 0040790-41.2015.8.16.0014

Processo: 0040790-41.2015.8.16.0014Classe Processual: Inquérito PolicialAssunto Principal: Homicídio QualificadoData da Infração: 27/04/2015

Vítima(s): VICTOR HENRIQUE DIAS DA ROSAIndiciado(s):

 

GABRIEL HENRIQUE MARQUES BODON DE SOUZAFELIPE BATISTA DA SILVAALÃN VENANCIO DE MELO FAZOLINGIOVANI CASTILHO PAVIANIMAURO CESAR BARBOSA CLEMENTE

Vistos e Examinados.

 

Requer o Representante do Ministério Público pela decretação da prisão preventiva em

desfavor de ALÂN VENACIO DE MELO FAZOLIN, FELIPE BATISTA DA SILVA, GABRIELHENRIQUE MARQUES BODON DE SOUZA, GIOVANI CASTILHO PAVIANI e MAURO

, qualificados nos autos, com fundamento no artigo 311 eCESAR BARBOSA CLEMENTE

seguintes do Código de Processo Penal.

 

A materialidade delitiva encontra-se consubstanciada pelo Boletins de Ocorrência de

seqs. 4.3, 4.27 e 4.38, Informação de seq. 4.8, Autos de Exibição e Apreensão de seq. 4.25,

4.29 e 4.43, Laudo de Exame de Munição de seq. 4.1 e pelos depoimentos das testemunhas

que atestam sua existência.

 

Comprovada a materialidade denota-se, ainda, a existência de indícios de autoria

recaindo sobre os indiciados.

 

Versam os autos sobre o crime de homicídio, na forma tentada, ocorrido em data de 27

de abril de 2015, por volta das 19h:47min, na Avenida Saul Elkind, defronte ao nº 1503, Bairro

Violim, nesta cidade e Comarca de Londrina – Paraná, em que figura como vítima Victor

   D  o  c  u  m  e  n   t  o  a  s  s   i  n  a   d  o   d   i  g   i   t  a   l  m  e  n   t  e ,  c  o  n   f  o  r  m  e   M   P  n   º   2 .   2   0   0  -   2

   /   2   0   0   1 ,   L  e   i  n   º   1   1 .   4   1   9   /   2   0   0   6 ,  r  e  s  o   l  u  ç   ã  o   d  o   P

  r  o   j  u   d   i ,   d  o   T   J   P   R   /   O   E

   V  a   l   i   d  a  ç   ã  o   d  e  s   t  e  e

  m   h   t   t  p  s  :   /   /  p  r  o   j  u   d   i .   t   j  p  r .   j  u  s .   b  r   /  p  r  o   j  u   d   i   /  -   I   d  e  n   t   i   f   i  c  a   d  o  r  :   P   J   5   N   S   W   3   E   9   Z   S   S   P   D   D   J   K   4   H   3

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Henrique Dias da Rosa.

 

Verifica-se a existência de indícios de que os indiciados sejam, os autores do“a priori”,

delito em questão face às provas carreadas aos autos.

 

asseverou:Alan Venancio de Melo Fazolin “(...) QUE GIOVANI, que é seu amigo,

aproximou-se e pediu-lhe uma carona, pois precisaria resolveu “um negócio”; QUE GIOVANI 

lhe contou que havia apanhado de VITOR no dia anterior, dizendo que tinha invadido a casa

dele para retornar o anabolizante que VITOR teria comprado e não lhe pagado, momento em

que fora agredido por ele, e portanto queria revidar a agressão, com a ajuda de amigos; (...)

QUE MAURO combinou por telefone o encontro com VITOR para que os quatro (MAURO,

GIOVANI, VITOR e o interrogado) conversassem em frente a farmácia, fato presenciado por 

MICHELE e GIOVANA, pois ali permaneciam aguardando; QUE nesse interregno, antes de

VITOR chegar no local combinado, a pedido de GIOVANI, de nome GABRIEL, não sabendo

declinar o nome completo dele, apenas que ele faz tiro de guerra e frequenta a mesma

academia que o interrogado e GIOVANI [...] QUE, desceram do apartamento e entraram no

veículo conduzido pelo interrogado, além de GABRIEL, um outro rapaz, o qual o interrogado

não conhece, descrevendo-o como sendo branco, cabelos pretos e que possuí tatuagem no

 pescoço, possui por volta de 1,79 de altura; QUE GABRIEL e o segundo indivíduo, tatuado, de

apelido “farinha”, entraram no banco traseiro do veículo, enquanto que GIOVANI permaneceu

no banco do passageiro; QUE a pedido de GIOVANI estacionaram o veículo em uma esquina,

 para ficarem de campana, onde avistaram MAURO conversando com VITOR em frente a

farmácia; QUE findada a conversa com MAURO, VITOR ao virar a esquina e ao descer a rua, foi 

surpreendido pelo veículo do interrogado; QUE o interrogado aproximou o veículo ao lado de

VITOR, momento em que GIOVANI, sem nada dizer, abaixou o vidro e com um revólver em

 punho efetuou cinco disparos de arma de fogo em direção à VITOR (...) QUE, no caminho,

GIOVANI ofereceu ao indivíduo “tatuado”, de apelido “FARINHA”, o valor de R$3.000,00 paraque ele retornasse e matasse VITOR, pois percebeu que ele não havia falecido com os cinco

disparos (...) QUE, chegando em frente ao apartamento, ao deixar os rapazes, GIOVANI pagou

o indivíduo “tatuado”, o “FARINHA”, o valor aproximado de R$35,00 referente as munições

utilizadas; QUE GIOVANI passou para o interrogado o valor de R$20,00 para abastecimento do

carro (...) QUE no trajeto GIOVANI lhe contou que o indivíduo “tatuado”, o “FARINHA” era o

 proprietário da arma e teria ido junto para o cometimento do crime pois não quis emprestar a

 arma de fogo à GIOVANI (...)”.

 

aduziu:Felipe Batista da Silva “(...) QUE indagado sobre o ocorrido estava em seu

apartamento, localizado no residencial Catuaí, bairro Santa Cruz, quando GABRIEL, também

   D  o  c  u  m  e  n   t  o  a  s  s   i  n  a   d  o   d   i  g   i   t  a   l  m  e  n   t  e ,  c  o  n   f  o  r  m  e   M   P  n   º   2 .   2   0   0  -   2

   /   2   0   0   1 ,   L  e   i  n   º   1   1 .   4   1   9   /   2   0   0   6 ,  r  e  s  o   l  u  ç   ã  o   d  o   P

  r  o   j  u   d   i ,   d  o   T   J   P   R   /   O   E

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  m   h   t   t  p  s  :   /   /  p  r  o   j  u   d   i .   t   j  p  r .   j  u  s .   b  r   /  p  r  o   j  u   d   i   /  -   I   d  e  n   t   i   f   i  c  a   d  o  r  :   P   J   5   N   S   W   3   E   9   Z   S   S   P   D   D   J   K   4   H   3

ROJUDI - Processo: 0040790-41.2015.8.16.0014 - Ref. mov. 14.1 - Assinado digitalmente por Elisabeth Khater:6636,

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morador daquele residencial e amigo do interrogado lhe interfonou pedindo que descesse com

arma de fogo, nada mais; QUE GABRIEL sabia que o interrogado possuía arma de fogo; QUE ao

descer do lado externo do residência, estavam ali os amigos de GABRIEL, quais sejam, ALAN e

GIOVANI, os quais não conhecia; QUE adentraram todos no veículo conduzido por ALAN, um

carro prata, tendo GABRIEL dito ao interrogado que GIOVANI daria um susto em um menino

que havia batido nele; QUE o interrogado de pronto, após entrar no veículo retirou a arma da

cintura e a entregou a GIOVANI, fato que GABRIEL que estava ao seu lado e ALAN, que estava

dirigindo, presenciaram; QUE decidiu ir junto deles pois temia que eles pudessem ‘ratear’ sua

arma; QUE ALAN estava dirigindo o veículo, GIOVANI estava no banco do passageiro, GABRIEL

no banco traseiro atrás do condutor e o interrogado no banco traseiro atrás de GIOVANI; QUE 

no caminho GIOVANI disse que daria um susto no ‘menino’; QUE GIOVANI relatou que tinha

‘levado um pau’ do ‘menino’ e estava chorando e nervoso; QUE pararam perto do mercado do

Godoy, e do local que estavam avistaram um senhor conversando com a vítima, senhor que ointerrogado veio a saber posteriormente que se tratava de MAURO, pai de GIOVANI; QUE 

GIOVANI ofereceu para o interrogado o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) para que matasse

o ‘cara’; QUE GIOVANI disse que o pai dele estava conversando com ‘o pilantra’ na frente da

farmácia, e que poderia pagar o valor pois o pai dele tinha dinheiro e era agiota; QUE o

interrogado não aceitou a proposta pois a ‘fita’ era dele; QUE após cessar a conversa entre o

 pai de GIOVANI e a vítima, a mesma veio em direção ao veículo em que estavam, e assim que

a vítima passou pelo carro ALAN perguntou à GIOVANI ‘essa é a hora então, você vai querer 

fazer isso mesmo?’, tendo GIOVANI dito ‘essa é a hora’!; QUE ALAN ligou o veículo e desceu

em direção a vítima e quando se aproximou dela GIOVANI abaixou o vidro do carro e atirou

seis vezes contra a vítima; QUE a vítima foi atingida pelas costas e conseguiu escapar com vida

retornando em direção a farmácia; QUE evadiram-se do local, tendo ALAN levado o interrogado

e GABRIEL até o residencial em que residem; QUE GIOVANI efetuou o pagamento de R$ 50,00

(cinquenta reais), a pedido do interrogado, referente às seis munições utilizadas, para que o

interrogado pudesse substituí-las; QUE, perguntado sobre a arma, diz ser um revólver calibre

nominal .38, tendo o adquirido há 4 meses; QUE adquiriu a arma para se defender de ameaças

oriundas de um ex-namorado de sua atual namorada; QUE pagou pela arma o valor de R$

1.800,00 (...)”.

 

A vítima relatou:Victor Henrique Dias da Rosa “(...) que, sobre o crime relata que

na manhã do dia 27/04/2015 a residência do declarante foi furtada; Que como a residência do

declarante possui câmeras de vigilância, o declarante observou que o autor do furto foi a

 pessoa de GIOVANI, um conhecido seu; Que Giovani furtou anabolizantes, produtos que

haviam sido comprados pelo declarante de ALAN e devidamente pagos que diante da autoria

conhecida, o declarante encontrou-se com Giovani em via pública, por volta que Giovani 

relatou ter furtado de 17h00 daquela mesma data e acabaram brigando, pelo que entraram em

luta corporal os produtos uma vez que o declarante não havia pago a ALAN, fato desmentido

   D  o  c  u  m  e  n   t  o  a  s  s   i  n  a   d  o   d   i  g   i   t  a   l  m  e  n   t  e ,  c  o  n   f  o  r  m  e   M   P  n   º   2 .   2   0   0  -   2

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 pelo declarante (...) que em meio a briga instalada, Giovani ameaçou o declarante dizendo para

que ‘ficasse esperto’; Que, na mesma data, Mauro, padrasto de Giovani entrou em contato com

o declarante em três oportunidades (...) e insistia para que o declarante dissesse onde estava,

no entanto, o declarante receoso não informou; Que na penúltima ligação pediu para o

declarante dirigir-se até a Avenida Saul Elkind para conversar com ele na presença de Giovani 

e Alan e salientou que a ‘bronca agora era com ele (...) que o declarante foi até a avenida (...)

que permaneceu conversando com Mauro por uns 10 minutos, conversa presenciada pela

esposa de Mauro de nome Michele e sua filha Giovana (...) Que findada a conversa o declarante

andou por volta de 200 metros e ao dobrar a esquina escutou disparo de arma de fogo, foi 

quando percebeu que havia sido alvejado no ombro; Que avistou Giovani e Alan dentro de um

veículo, não sabendo precisar qual dos dois efetuava os disparos; Que mais quatro disparos

foram efetuados em direção ao declarante, tendo mais um disparo o atingido no braço, que

transfixou e acertou seu tórax e outro na perna direita; Que o declarante a fim dedesvencilhar-se dos disparos correu novamente em direção a farmácia (...)”.

 

Vislumbra-se dos autos que a vítima teria agredido Giovani no dia anterior aos fatos,

motivo pelo qual os investigados teriam, em tese, tentaram lhe ceifar a vida.

 

Os depoimentos acima transcritos apontam que todos os indiciados tiveram, em tese,

participação na prática delitiva.

 

Provada a existência do crime e havendo indícios suficientes de sua autoria, a prisão

preventiva deverá ser decretada, com o fito de garantir a ordem pública, para a conveniência

da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal, conforme prevê o artigo 312,

do Código de Processo Penal, caracterizando os requisitos objetivos, que figura como o “ fumus

”, da medida cautelar.boni iuris

 

Frise-se, outrossim, que encontram-se presentes os requisitos subjetivos, ou seja, o

: a garantia da instrução criminal e conveniência da instrução criminal, vez“periculum in mora” 

que os suspeitos residem na mesma região que a vítima e, caso em liberdade poderão reiterar

as condutas delitivas.

 

Os investigados, em liberdade, poderão ameaçar as testemunhas e seus familiares,

comprometendo a verdade real dos fatos, frustrando a aplicação da lei penal e abalando a

garantia da ordem pública.

   D  o  c  u  m  e  n   t  o  a  s  s   i  n  a   d  o   d   i  g   i   t  a   l  m  e  n   t  e ,  c  o  n   f  o  r  m  e   M   P  n   º   2 .   2   0   0  -   2

   /   2   0   0   1 ,   L  e   i  n   º   1   1 .   4   1   9   /   2   0   0   6 ,  r  e  s  o   l  u  ç   ã  o   d  o   P

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Note-se que há nos autos notícias de que Mauro Cesar Barbosa Clemente é agiota,

motivo pelo qual é indispensável a sua custódia cautelar.

 

STF - “Não há de se discutir sobre a validade da decretação da custódia

 preventiva do acusado, providencia essencial para garantir a instrução criminal,

assegurar a aplicação da lei penal e preservar a ordem pública nos termos do artigo

312, do Código de Processo Penal, uma vez confirmada a existência de provas

 suficientes da autoria do crime, bem como da periculosidade do agente e sua fuga do

 (STF - RTdistrito da culpa, o que evidencia a necessidade de uma medida constritiva” 

763/65).

 

Observa Antônio Magalhães Gomes Filho comentado por Fernando da Costa TourinhoFilho: “Na técnica processual, as providências cautelares constituem os instrumentosatravés dos quais se obtém a antecipação dos efeitos de um futuro provimentodefinitivo, exatamente com o objetivo de assegurar os meios para que esse mesmo

 provimento definitivo possa vir a ser conseguido e, principalmente, possa ser eficaz”.[1]

 

Frise-se que existem os pressupostos do artigo 313, do Código de Processo Penal, os

quais fixam requisitos alternativos para a decretação da prisão preventiva, quais sejam:

a) prática de crime doloso punitivo com pena de liberdade máxima superior a (04)

quatro anos;

b) prévia condenação do autuado por crime doloso em sentença transitada em julgado

que caracterize reincidência, caso a pena do crime doloso e punida com pena privativa de

liberdade que lhe é imputado seja inferior a quatro anos;

c) garantia de execução de medida protetiva de urgência no caso de crime que envolva

violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso ou pessoa enferma;

d) existência de dúvida acerca da identidade civil da pessoa ou quando esta não

fornecer elementos suficientes para esclarecê-la. Deve obrigatoriamente estar presente uma

das referidas hipóteses para que seja viável a decretação da prisão preventiva.

 

Vislumbra-se a necessidade da prisão cautelar em razão dos pressupostos que a

ensejaram, os quais não se limitam em prevenir apenas a reprodução dos fatos criminosos,mas também acautelar o meio social e a própria credibilidade da Justiça, em face da gravidadedo delito cometido e sua repercussão.

 

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   /   2   0   0   1 ,   L  e   i  n   º   1   1 .   4   1   9   /   2   0   0   6 ,  r  e  s  o   l  u  ç   ã  o   d  o   P

  r  o   j  u   d   i ,   d  o   T   J   P   R   /   O   E

   V  a   l   i   d  a  ç   ã  o   d  e  s   t  e  e

  m   h   t   t  p  s  :   /   /  p  r  o   j  u   d   i .   t   j  p  r .   j  u  s .   b  r   /  p  r  o   j  u   d   i   /  -   I   d  e  n   t   i   f   i  c  a   d  o  r  :   P   J   5   N   S   W   3   E   9   Z   S   S   P   D   D   J   K   4   H   3

ROJUDI - Processo: 0040790-41.2015.8.16.0014 - Ref. mov. 14.1 - Assinado digitalmente por Elisabeth Khater:6636,

6/07/2015: DECRETADA A PRISÃO PREVENTIVA DE PARTE. Arq: Decisão

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Portanto, entendo que os indiciados são portadores de periculosidade social e em

liberdade poderão colocar em risco a conveniência da instrução e a ordem pública.

 

Considerando que a prisão cautelar tem por fito a garantia de um futuro provimento

 jurisdicional, mister se faz a imposição da referida medida, uma vez que os indiciados em

liberdade poderão empreender fuga do distrito da culpa, dificultando a instrução criminal e

inviabilizando a aplicação da lei penal.

 

Atente-se, outrossim, que a prática de crimes de homicídio continua crescente na

Região do Norte do Paraná, sendo que a permanência dos indiciados em liberdade gera

insegurança ainda maior na sociedade.

 

Diante do exposto e nos termos do artigo 311 e seguintes, do Código de Processo

Penal, decreto a em desfavor dos indiciadosPRISÃO PREVENTIVA ALÂN VENACIO DE

MELO FAZOLIN, FELIPE BATISTA DA SILVA, GABRIEL HENRIQUE MARQUES BODON DE

SOUZA, GIOVANI CASTILHO PAVIANI e MAURO CESAR BARBOSA CLEMENTE,

qualificados nos autos, com fundamento na garantia da ordem pública, aplicação da lei penal e

conveniência da instrução criminal.

 

Cumpra-se integralmente a cota ministerial retro, que defiro.

 

Expeçam-se os Mandados de Prisão em desfavor dos indiciados ALÂN VENACIO DE

MELO FAZOLIN, FELIPE BATISTA DA SILVA, GABRIEL HENRIQUE MARQUES BODON DE

SOUZA, GIOVANI CASTILHO PAVIANI e MAURO CESAR BARBOSA CLEMENTE.

 

Ciência ao Ministério Público.

 

Intimem-se e Diligências legais.

 

   D  o  c  u  m  e  n   t  o  a  s  s   i  n  a   d  o   d   i  g   i   t  a   l  m  e  n   t  e ,  c  o  n   f  o  r  m  e   M   P  n   º   2 .   2   0   0  -   2

   /   2   0   0   1 ,   L  e   i  n   º   1   1 .   4   1   9   /   2   0   0   6 ,  r  e  s  o   l  u  ç   ã  o   d  o   P

  r  o   j  u   d   i ,   d  o   T   J   P   R   /   O   E

   V  a   l   i   d  a  ç   ã  o   d  e  s   t  e  e

  m   h   t   t  p  s  :   /   /  p  r  o   j  u   d   i .   t   j  p  r .   j  u  s .   b  r   /  p  r  o   j  u   d   i   /  -   I   d  e  n   t   i   f   i  c  a   d  o  r  :   P   J   5   N   S   W   3   E   9   Z   S   S   P   D   D   J   K   4   H   3

ROJUDI - Processo: 0040790-41.2015.8.16.0014 - Ref. mov. 14.1 - Assinado digitalmente por Elisabeth Khater:6636,

6/07/2015: DECRETADA A PRISÃO PREVENTIVA DE PARTE. Arq: Decisão

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Cumpra-se.

 

Londrina, 16 de julho de 2015.

 

Elisabeth Khater

Juíza de Direito

HEN

 

TOURINHO FILHO, 2005. p. 735.[1]

   D  o  c  u  m  e  n   t  o  a  s  s   i  n  a   d  o   d   i  g   i   t  a   l  m  e  n   t  e ,  c  o  n   f  o  r  m  e   M   P  n   º   2 .   2   0   0  -   2

   /   2   0   0   1 ,   L  e   i  n   º   1   1 .   4   1   9   /   2   0   0   6 ,  r  e  s  o   l  u  ç   ã  o   d  o   P

  r  o   j  u   d   i ,   d  o   T   J   P   R   /   O   E

   V  a   l   i   d  a  ç   ã  o   d  e  s   t  e  e

  m   h   t   t  p  s  :   /   /  p  r  o   j  u   d   i .   t   j  p  r .   j  u  s .   b  r   /  p  r  o   j  u   d   i   /  -   I   d  e  n   t   i   f   i  c  a   d  o  r  :   P   J   5   N   S   W   3   E   9   Z   S   S   P   D   D   J   K   4   H   3

ROJUDI - Processo: 0040790-41.2015.8.16.0014 - Ref. mov. 14.1 - Assinado digitalmente por Elisabeth Khater:6636,

6/07/2015: DECRETADA A PRISÃO PREVENTIVA DE PARTE. Arq: Decisão