JULGAMENTOS 5ª E 6ª TURMAS - trf4.jus.br não seja sede de Vara Federal poderá aforar a ação...
1898
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO Ano XIII – nº 146 – Porto Alegre, quinta-feira, 28 de junho de 2018 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO PUBLICAÇÕES JUDICIAIS SECRETARIA DO PLENÁRIO, CORTE ESPECIAL E SEÇÕES Boletim Secretaria dos Órgãos Julgadores Boletim Nro 0367/2018 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO Secretaria dos Órgãos Julgadores JULGAMENTOS 5ª E 6ª TURMAS 00001 APELAÇÃO CÍVEL Nº 0000256-71.2017.4.04.9999/RS RELATOR : Juiz Federal OSNI CARDOSO FILHO APELANTE : KAINÁ FÊNJA VERGUEIRA MINEIROS ADVOGADO : Rodrigo Oliveira de Borba APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 1 / 1898
JULGAMENTOS 5ª E 6ª TURMAS - trf4.jus.br não seja sede de Vara Federal poderá aforar a ação previdenciária perante o Juízo Estadual ... INSS a pagar o auxílio-doença desde
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JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO Ano XIII – nº 146 – Porto Alegre,
quinta-feira, 28 de junho de 2018
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO
PUBLICAÇÕES JUDICIAIS
Secretaria dos Órgãos Julgadores
Secretaria dos Órgãos Julgadores
APELANTE : KAINÁ FÊNJA VERGUEIRA MINEIROS
ADVOGADO : Rodrigo Oliveira de Borba
APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 1 / 1898
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA.
EXTINÇÃO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO. ART. 109, §3º, CF. PRINCÍPIO DA
PERPETUATIO JURISDICTIONIS. ARTIGO 43 DO CPC. PREVENÇÃO. ARTIGO 59
DO CPC. DOMICÍLIO DO SEGURADO À ÉPOCA DO AJUIZAMENTO. COMPETÊNCIA
DELEGADA DA JUSTIÇA ESTADUAL MANTIDA NA COMARCA ONDE AJUIZADA A
AÇÃO. SENTENÇA ANULADA.
1. Nos termos do disposto no §3º do artigo 109 da CF, o segurado
cujo domicílio não seja sede de Vara Federal poderá aforar a ação
previdenciária perante o Juízo Estadual da Comarca de seu
domicílio, no Juízo Federal com jurisdição sobre o seu domicílio
ou, ainda, perante as Varas Federais da capital do
Estado-membro.
2. Na esteira da regra da perpetuatio jurisdictionis prevista no
artigo 43 do CPC, a competência do órgão jurisdicional é fixada no
momento do registro ou da distribuição da petição inicial e
permanece até o final da decisão da lide. Assim, domiciliado o
segurado, à época do ajuizamento da ação, comprovadamente na
Comarca onde proposta, não há falar em extinção do feito para
propositura de nova demanda.
3. Nos termos do artigo 59 do CPC, o registro ou a distribuição da
petição inicial torna prevento o juízo, ou seja, no momento em que
foi distribuída a petição inicial à Comarca de Constantina/RS
fixou-se a competência, tendo em vista a aplicação do princípio da
perpetuatio jurisdictionis e do instituto da prevenção.
4. Sentença anulada, determinando-se o retorno dos autos à origem
para regular processamento.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, dar provimento ao recurso para
anular a sentença, determinando o retorno dos autos à origem para
regular processamento, nos termos do relatório, votos e notas de
julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente
julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00002 APELAÇÃO CÍVEL Nº
0004312-21.2015.4.04.9999/RS RELATOR : Juiz Federal OSNI CARDOSO
FILHO
APELANTE : EDI LUCY MARTINELLI GIRARDI
ADVOGADO : Ivo Signor
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMENTA
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 2 / 1898
INALTERADA.
1. Configura-se a coisa julgada sempre que houver identidade de
partes, pedido e causa de pedir.
2. Diante da identidade entre as partes e do direito invocado, é
necessário a comprovação de um fato novo no que diz respeito à
causa de pedir a fim de que a similiaridade entre as ações seja
afastada.
3. Apelo improvido. Mantida a sentença inclusive no que toca à
condenação à litigância de má-fé, configurada na hipótese.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, negar provimento à apelação, nos
termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo
parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00003 APELAÇÃO CÍVEL Nº
0007170-88.2016.4.04.9999/RS RELATORA : Juíza Federal TAÍS
SCHILLING FERRAZ
REL. ACÓRDÃO : Des. Federal JOÃO BATISTA PINTO SILVEIRA
APELANTE : DEISE FRANCIELE DA SILVA BENTO
ADVOGADO : Mario Lair de Souza e outro
APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. PAGAMENTO DE AUXÍLIO-DOENÇA. INCAPACIDADE
LABORATIVA TEMPORÁRIA COMPROVADA.
Comprovado pelo conjunto probatório que a segurada padecia de
moléstia que a incapacitava para o trabalho, é de ser dado parcial
provimento ao seu apelo para condenar o INSS a pagar o
auxílio-doença desde a cessação administrativa até a data de início
do novo vínculo empregatício.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por maioria, vencidos a relatora e o Juiz Federal
Artur César de Souza, dar parcial provimento ao recurso, nos termos
do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte
integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 13 de junho de 2018.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 3 / 1898
00004 MANDADO DE SEGURANÇA Nº 0000660-49.2017.4.04.0000/RS RELATOR
: Juiz Federal Osni Cardoso Filho
AGRAVANTE : LUIZ TADEU DE SOUZA
ADVOGADO : Vilmar Lourenco e outro
: Imilia de Souza
INTERESSADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO INTERNO. MANDADO DE SEGURANÇA. INADEQUAÇÃO
DA VIA ELEITA. INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL.
1. Está sedimentado na jurisprudência desta Corte o entendimento de
que o mandado de segurança contra ato judicial somente é cabível em
situações excepcionalíssimas, em que se constate ilegalidade
flagrante e grave, ou abuso, ou o proferimento de decisão que se
possa qualificar como teratológica.
2. A decisão inquinada de ilegal está devidamente fundamentada,
apresentando a compreensão da autoridade tida por coatora acerca da
questão controvertida, qual seja, a competência para o
processamento da demanda previdenciária em face da instalação da
UAA Integrada de Gramado e Canela. Logo, não reflete teratologia,
conquanto diametralmente oposta ao entendimento uníssono da 3ª
Seção deste Regional acerca do tema.
3. Decisão agravada mantida.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno,
nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam
fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00005 MANDADO DE SEGURANÇA Nº
0000664-86.2017.4.04.0000/RS RELATOR : Juiz Federal Osni Cardoso
Filho
AGRAVANTE : JOSÉ NIVALDO VIEIRA DOS SANTOS
ADVOGADO : Vilmar Lourenco e outro
: Imilia de Souza
INTERESSADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 4 / 1898
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO INTERNO. MANDADO DE SEGURANÇA. INADEQUAÇÃO
DA VIA ELEITA. INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL.
1. Está sedimentado na jurisprudência desta Corte o entendimento de
que o mandado de segurança contra ato judicial somente é cabível em
situações excepcionalíssimas, em que se constate ilegalidade
flagrante e grave, ou abuso, ou o proferimento de decisão que se
possa qualificar como teratológica.
2. A decisão inquinada de ilegal está devidamente fundamentada,
apresentando a compreensão da autoridade tida por coatora acerca da
questão controvertida, qual seja, a competência para o
processamento da demanda previdenciária em face da instalação da
UAA Integrada de Gramado e Canela. Logo, não reflete teratologia,
conquanto diametralmente oposta ao entendimento uníssono da 3ª
Seção deste Regional acerca do tema.
3. Decisão agravada mantida.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno,
nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam
fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00006 AGRAVO INTERNO EM MANDADO
DE SEGURANÇA Nº 0000620- 67.2017.4.04.0000/RS RELATOR : Juiz
Federal Osni Cardoso Filho
AGRAVANTE : RAMÃO DA COSTA
INTERESSADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
AGRAVADO : DECISÃO DE FLS.
PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO INTERNO. MANDADO DE SEGURANÇA. INADEQUAÇÃO
DA VIA ELEITA. INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL.
1. Está sedimentado na jurisprudência desta Corte o entendimento de
que o mandado de segurança contra ato judicial somente é cabível em
situações
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 5 / 1898
excepcionalíssimas, em que se constate ilegalidade flagrante e
grave, ou abuso, ou o proferimento de decisão que se possa
qualificar como teratológica.
2. A decisão inquinada de ilegal está devidamente fundamentada,
apresentando a compreensão da autoridade tida por coatora acerca da
questão controvertida, qual seja, a competência para o
processamento da demanda previdenciária em face da instalação da
UAA Integrada de Gramado e Canela. Logo, não reflete teratologia,
conquanto diametralmente oposta ao entendimento uníssono da 3ª
Seção deste Regional acerca do tema.
3. Decisão agravada mantida.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno,
nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam
fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00007 APELAÇÃO/REEXAME
NECESSÁRIO Nº 0016928-91.2016.4.04.9999/SC RELATOR : Juiz Federal
OSNI CARDOSO FILHO
APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
APELANTE : EDICLEIA LOPES
APELADO : (Os mesmos)
REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE
PAPANDUVA/SC
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIOS. AGRICULTORA. LAUDO CONCLUSIVO.
AUXÍLIO-DOENÇA. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. IMPLANTAÇÃO IMEDIATA DO
BENEFÍCIO. POSSIBILIDADE.
1. Atestado que a demandante se encontra incapacitada para as
atividades habituais, mas com possibilidade de readaptação, correta
a sentença que concede o benefício do auxílio-doença.
2. Determinada a imediata implantação do benefício, a ser efetivada
em 45 dias, nos termos do artigo 497 do CPC.
3. Remessa necessária não conhecida, apelações desprovidas.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, não conhecer da remessa necessária e
negar provimento às apelações, nos termos do relatório, votos
e
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 6 / 1898
notas taquigráficas que ficam fazendo parte integrante do presente
julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00008 APELAÇÃO CÍVEL Nº
0024418-38.2014.4.04.9999/RS RELATOR : Juiz Federal Osni Cardoso
Filho
APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
APELADO : SILMAR WEBER
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. ART. 1.040, II, DO CPC. JUÍZO DE
RETRATAÇÃO. SISTEMÁTICA DE ATUALIZAÇÃO DO PASSIVO. TEMA Nº 810 DO
STF. REFORMATIO IN PEJUS. COISA JULGADA MATERIAL. OFENSA. NÃO
OCORRÊNCIA.
1. Encontrando-se o acórdão proferido pela Turma em confronto com a
orientação consolidada no STF na sistemática da repercussão geral,
cabível exercer o juízo de retratação previsto na lei, nos termos
do art. 1.040, inc. II, do novo CPC.
2. A sistemática de atualização do passivo deverá observar a
decisão do STF consubstanciada no seu Tema nº 810. Procedimento que
não implica reformatio in pejus ou ofensa à coisa julgada
material.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, em juízo de retratação previsto no
art. 1.040, inc. II, do CPC, negar provimento à apelação do INSS e
à remessa oficial e, de ofício, aplicar o IPCA-E como índice de
correção monetária, nos termos do relatório, votos e notas
taquigráficas que ficam fazendo parte integrante do presente
julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00009 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM
APELAÇÃO CÍVEL Nº 0018724- 54.2015.4.04.9999/RS RELATOR : Juiz
Federal Osni Cardoso Filho
EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMBARGADO : ACÓRDÃO DE FOLHAS
ADVOGADO : Barbara Alcântara Vieira Burtet
EMENTA
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 7 / 1898
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ARTIGO 1.022 DO CPC.
REDISCUSSÃO. PREQUESTIONAMENTO.
1. De acordo com o disposto no art. 1.022 do CPC, cabem embargos de
declaração contra qualquer decisão judicial, para: I - esclarecer
obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto
ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a
requerimento; e III - corrigir erro material.
2. É vedada a rediscussão dos fundamentos da decisão prolatada pela
Turma na via estreita dos embargos de declaração.
3. Despicienda, frente ao disposto no art. 1.025 do CPC, a oposição
de aclaratórios com a finalidade específica de prequestionamento,
porquanto este está implícito no julgamento efetuado.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração,
nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam
fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00010 APELAÇÃO CÍVEL Nº
0013350-23.2016.4.04.9999/RS RELATOR : Juiz Federal Osni Cardoso
Filho
APELANTE : DELIR MARCHIORI
APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL. RUÍDO. LIMITES DE
TOLERÂNCIA. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. INEFICÁCIA.
PARAFINA SÓLIDA. INEXISTÊNCIA DE NOCIVIDADE. CONVERSÃO DE TEMPO DE
SERVIÇO COMUM EM TEMPO ESPECIAL: IMPOSSIBILIDADE. CONVERSÃO DE
TEMPO ESPECIAL EM COMUM: POSSIBILIDADE. REAFIRMAÇÃO DA DER: PROVA
DA CONTINUIDADE DA ATIVIDADE LABORAL. APOSENTADORIA POR TEMPO DE
SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO: REQUISITOS. ÔNUS SUCUMBENCIAIS: SUCUMBÊNCIA
RECÍPROCA.
1. O reconhecimento da especialidade e o enquadramento da atividade
exercida sob condições nocivas são disciplinados pela lei em vigor
à época em que efetivamente exercidos, passando a integrar, como
direito adquirido, o patrimônio jurídico do trabalhador.
2. O limite de tolerância para ruído é de 80 dB(A) até 05/03/1997;
90 dB(A) de 06/03/1997 a 18/11/2003; e 85 dB(A) a partir de
19/11/2003 (STJ, REsp 1398260/PR, Rel. Ministro Herman Benjamin,
Primeira Seção, j. 14/05/2014, DJe 05/12/2014, julgamento proferido
de acordo com a sistemática dos recursos representativos de
controvérsia - art.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 8 / 1898
543-C, CPC/1973). 3. A utilização de equipamento de proteção
individual (EPI) não afasta a
especialidade da atividade desenvolvida com exposição habitual e
permanente a níveis de ruído acima dos limites de tolerância
estabelecidos na legislação, pois não logra neutralizar os danos
causados pelo ruído no organismo do trabalhador.
4. Estando demonstrada a exposição a ruído superior a 80 decibéis
(entre 80,2 e 83,5 decibéis), deve ser reconhecida a especialidade
da atividade exercida até 05/03/1997, quando o limite de tolerância
passou a ser de 90 decibéis.
5. Restando consignado, no laudo pericial, que a parafina sólida
não acarreta toxicidade ao organismo humano -- havendo nocividade
apenas na parafina líquida, conforme reconhecido no Anexo 13 da
NR-15 --, não deve ser reconhecida a especialidade do labor
prestado sob sua exposição.
6. À luz do entendimento firmado pelo STJ no RESP nº 1.310.034-PR,
representativo de controvérsia, não é possível, a partir do advento
da Lei nº 9.032/05, converter o tempo de serviço comum em especial,
ressalvado apenas o direito adquirido de quem houver preenchido os
requisitos para a concessão do benefício antes do início da
vigência desse diploma legal.
7. É possível a conversão do tempo especial em comum mesmo após o
advento da MP nº 1.663, convertida na Lei nº 9.711/1998, pois não
foi revogado o § 5º do art. 57 da Lei nº 8.213/91 - que prevê a
referida conversão (REsp 1310034/PR, Rel. Ministro Herman Benjamin,
Primeira Seção, julgado em 24/10/2012, DJe 19/12/2012, julgamento
proferido de acordo com a sistemática dos recursos representativos
de controvérsia - art. 543-C, CPC/1973).
8. Embora se admita a reafirmação da DER em sede judicial -- a fim
de computar o tempo de contribuição posterior ao ajuizamento da
ação quando apenas no curso da demanda o segurado vem a preencher
os requisitos para a concessão do benefício --, é indispensável,
para tanto, que o segurado comprove o exercício de atividade
laboral no decorrer do processo.
9. Se o segurado se filiou à Previdência Social antes do advento da
EC nº 20/1998 e possui tempo de serviço posterior a esse marco,
deve ser examinado se preenche os requisitos para a aposentadoria
por tempo de serviço/contribuição previstos nas regras antigas, nas
regras permanentes e nas regras de transição.
10. Estando configurada a sucumbência recíproca em proporções
semelhantes, os ônus sucumbenciais devem ser igualmente
distribuídos.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, dar parcial provimento ao recurso de
apelação, a fim de reconhecer a especialidade da atividade exercida
de 18/05/1987 a 12/01/1988, 29/08/1988 a 23/09/1988, de 26/09/1988
a 23/07/1991, de 06/04/1992 a 05/07/1993, de 01/12/1993 a
13/09/1994 e de 14/09/1994 a 05/03/1997, distribuindo igualmente os
ônus sucumbenciais, nos termos do relatório, votos e notas de
julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente
julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00011 APELAÇÃO CÍVEL Nº
0015706-11.2009.4.04.7000/PR RELATOR : Juiz Federal OSNI CARDOSO
FILHO
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 9 / 1898
APELANTE : RENATO SIDNEI GASPAR
APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
: Procuradoria-Regional Federal da 4ª Região
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. JUÍZO DE RETRATAÇÃO. DECADÊNCIA. PRESCRIÇÃO.
REVISÃO. TETOS LIMITADORES. BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO CONCEDIDO
ANTES E APÓS A CF/88. EMENDAS CONSTITUCIONAIS 20/98 E 41/2003 (RE
Nº 564.354). CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS.
1. Não incide a decadência, prevista no artigo 103 da Lei nº.
8.213/1991, quando o pedido de revisão diz respeito aos critérios
de reajuste da renda mensal - utilização do excedente ao teto do
salário-de-benefício por ocasião de alteração do teto máximo do
salário-de-contribuição.
2. No benefício previdenciário de prestação continuada, a
prescrição não atinge o fundo de direito, mas somente os créditos
relativos às parcelas vencidas há mais de 5 (cinco) anos da data do
ajuizamento da demanda. A matéria objeto desta ação foi discutida
em ação civil pública ajuizada em 05/05/2011
(0004911-28.2011.4.03.6183). Assim, devem ser declaradas prescritas
as parcelas eventualmente vencidas anteriormente a 05/05/2006, ou
seja, 05 anos antes da data do ajuizamento da referida ACP.
3. A ausência de limitação temporal ao direito de revisão do
benefício previdenciário em face dos tetos, viável e pertinente
aquela, não obstante tenha sido esse concedido antes ou após a
CF/88. Precedentes do STF e deste Regional.
4. Honorários advocatícios invertidos e arbitrados. 5. Sistemática
de atualização do passivo observará a decisão do STF
consubstanciada no seu Tema nº 810. 6. Acolhido o juízo de
retratação.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, acolher o juízo de retratação e, por
consequência, dar provimento à apelação, nos termos do relatório,
votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do
presente julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00012 APELAÇÃO CÍVEL Nº
0000709-37.2015.4.04.9999/SC RELATOR : Juiz Federal Osni Cardoso
Filho
APELANTE : SUELI TERESINHA BLASIUS SOARES
ADVOGADO : Ivo Dalcanale
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 10 / 1898
INSS
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO DECORRENTE DE ACIDENTE DO TRABALHO.
COMPETÊNCIA. JUSTIÇA ESTADUAL.
1. Compete à Justiça Estadual a apreciação de demanda que objetiva
a concessão de benefício decorrente de acidente do trabalho.
Súmulas nºs 15/STJ e 501/STF. Precedentes.
2. Questão de ordem solvida para declinar da competência,
prejudicada a apelação.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, suscitar questão de ordem e solvê-la
no sentido de declinar da competência para a Justiça Estadual,
prejudicada a apelação, nos termos do relatório, votos e notas
taquigráficas que ficam fazendo parte integrante do presente
julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00013 APELAÇÃO/REEXAME
NECESSÁRIO Nº 0008817-55.2015.4.04.9999/RS RELATOR : Juiz Federal
OSNI CARDOSO FILHO
APELANTE : MARCIA LEICHTWEIS SIMON
APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE
CRISSIUMAL/RS
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA. CONSECTÁRIOS LEGAIS. CUSTAS.
HONORÁRIOS.
1. O art. 59 da Lei n.º 8.213/91 estabelece que o auxílio-doença
será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o
período de carência exigido na referida lei, ficar incapacitado
para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15
(quinze) dias consecutivos.
2. O art. 42 da Lei nº 8.213/91 estabelece que a aposentadoria por
invalidez será concedida ao segurado que, tendo cumprido, quando
for o caso, a carência exigida, for considerado incapaz e
insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que
lhe
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 11 / 1898
garanta a subsistência. 3. A Lei nº 8.213/91 estabelece que, para a
concessão dos benefícios em
questão, deve ser cumprida a carência correspondente a 12 (doze)
contribuições mensais (art. 25), a qual é dispensada nos casos
legalmente previstos (art. 26, II, da Lei nº 8.213/91).
4. O fato de a incapacidade temporária ser total ou parcial para
fins de concessão do auxílio-doença não interfere na concessão
desse benefício, uma vez que, por incapacidade parcial, deve-se
entender aquela que prejudica o desenvolvimento de alguma das
atividades laborativas habituais do segurado.
5. O acesso aos benefícios previdenciários de aposentadoria por
invalidez e de auxílio-doença pressupõe a presença de 3 requisitos:
(1) qualidade de segurado ao tempo de início da incapacidade, (2)
carência de 12 contribuições mensais, salvo as hipóteses previstas
no art. 26, II, da Lei nº 8.213/91, que dispensam o prazo de
carência, e (3) requisito específico, relacionado à existência de
incapacidade impeditiva para o labor habitual em momento posterior
ao ingresso no RGPS, aceitando-se, contudo, a derivada de doença
anterior, desde que agravada após o ingresso no RGPS, nos termos do
art. 42, § 2º, e art. 59, parágrafo único, ambos da Lei nº
8.213/91.
6. Em consonância com o entendimento fixado pelo Plenário do STF no
Tema 810, oriundo do RE 870947, a correção monetária incidirá a
contar do vencimento de cada prestação e será calculada pelos
índices oficiais e aceitos na jurisprudência, quais sejam: a) INPC
(de 04-2006 a 29-06-2009, conforme o art. 31 da Lei n.º 10.741/03,
combinado com a Lei n.º 11.430/06, precedida da MP n.º 316, de
11-08-2006, que acrescentou o art. 41-A à Lei n.º 8.213/91); b)
IPCA-E (a partir de 30-06-2009, conforme RE 870.947, j.
20-09-2017). Já os juros de mora serão de 1% (um por cento) ao mês,
aplicados a contar da citação (Súmula 204 do STJ), até 29-06-2009.
A partir de 30-06-2009, segundo os índices oficiais de remuneração
básica e juros aplicados à caderneta de poupança, conforme art. 5º
da Lei 11.960/09, que deu nova redação ao art. 1º-F da Lei nº
9.494/97.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, dar parcial provimento à remessa
necessária, para afastar a condenação do INSS ao pagamento das
custas processuais, em face de sua isenção legal, e dar provimento
à apelação da parte autora, para corrigir erro material e alterar
os consectários legais, nos termos do relatório, votos e notas de
julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente
julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00014 MANDADO DE SEGURANÇA Nº
0000391-10.2017.4.04.0000/RS RELATOR : Juiz Federal OSNI CARDOSO
FILHO
IMPETRANTE : JANE MARIA DE LIMA
ADVOGADO : Daniel Tician e outro
IMPETRADO : JUIZO DE DIREITO DA COMARCA DE TRÊS COROAS/RS
INTERESSADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMENTA
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 12 / 1898
PREVIDENCIÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA.
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL. CABIMENTO CORREIÇÃO
PARCIAL.
1. O mandado de segurança contra ato judicial somente é cabível em
situações excepcionais, em que se constate ilegalidade flagrante e
grave, abuso, ou, ainda, a prolação de decisão que se possa
qualificar como teratológica.
2. À luz da Lei do Mandado de Segurança e da Súmula nº 267 do
Supremo Tribunal Federal, somente deve ser admitido o mandado de
segurança na ausência de possibilidade de impugnação da decisão
judicial por recurso com efeito suspensivo ou por meio de correição
parcial.
3. A decisão inquinada de ilegal pode ser impugnada no próprio
recurso de apelação, de modo que o mandado de segurança não é o
meio processual adequado para se insurgir contra os seus
termos.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, indeferir a inicial, extinguindo,
por consequência, o mandado de segurança sem resolução de mérito,
nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam
fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00015 APELAÇÃO CÍVEL Nº
0013931-43.2013.4.04.9999/RS RELATOR : Juiz Federal OSNI CARDOSO
FILHO
APELANTE : DELMAR MOMBACH
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. PROVA PERICIAL INSUFICIENTE.
COMPLEMENTAÇÃO. NECESSIDADE. SENTENÇA ANULADA.
1. Revelando-se precária a perícia realizada nos autos, não sendo
suficiente para resolver, com segurança, a lide, deve ser refeita
para que, esclarecidos os pontos contraditórios, seja emitida
conclusão acerca da incapacidade e seus termos.
2. Sentença anulada para complementação da prova, reabrindo-se a
instrução para a realização de outras que se fizerem necessárias à
elucidação do caso.
ACÓRDÃO
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 13 / 1898
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, anular a sentença, reabrindo-se a
instrução, prejudicada a apelação, nos termos do relatório, votos e
notas taquigráficas que ficam fazendo parte integrante do presente
julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00016 APELAÇÃO CÍVEL Nº
0014621-09.2012.4.04.9999/RS RELATOR : Juiz Federal OSNI CARDOSO
FILHO
APELANTE : PEDRO JOAQUIM MARQUES
APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
APELADO : (Os mesmos)
PROCESSO CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. JUÍZO DE RETRATAÇÃO.
PREJUDICIALIDADE. TEMA 694. RUÍDO.
1. Prejudicada a realização do juízo de retratação quando se
verifica que o acórdão decidiu no mesmo sentido da tese firmada
pelo STJ, no caso, o Tema nº 694.
2. Mantido o resultado do acórdão anterior.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, julgar prejudicado o juízo de
retratação, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento
que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00017 APELAÇÃO CÍVEL Nº
0009097-26.2015.4.04.9999/RS RELATOR : Juiz Federal OSNI CARDOSO
FILHO
APELANTE : LORIVAL BUENO MASSOCO
APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. INCAPACIDADE LABORAL.
AUSÊNCIA.
1. A concessão de benefício previdenciário por incapacidade decorre
da convicção judicial formada predominantemente a partir da
produção de prova pericial.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 14 / 1898
2. A ausência de prova acerca da alegada incapacidade da parte
autora para o exercício de suas atividades laborais - habituais
e/ou que lhe garantam a subsistência - obstaculiza o deferimento de
benefício previdenciário de auxílio-doença e/ou de aposentadoria
por invalidez.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, negar provimento à apelação, nos
termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo
parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00018 APELAÇÃO CÍVEL Nº
0000151-94.2017.4.04.9999/RS RELATOR : Juiz Federal OSNI CARDOSO
FILHO
APELANTE : TERESA MAIA DE BASTOS
ADVOGADO : Carla Fabiana Wahldrich
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. PROCESSO CIVIL. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE.
AUXÍLIO-DOENÇA. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. COISA JULGADA.
INOCORRÊNCIA. AGRAVAMENTO DA MOLÉSTIA. NOVOS DOCUMENTOS. NULIDADE
DA SENTENÇA. RETORNO À ORIGEM PARA REGULAR PROSSEGUIMENTO.
1. Comprovado documentalmente por novos exames e atestados médicos
o agravamento da doença, está-se diante de hipótese de situação
fática diversa da analisada nas ações precedentes, o que
desconfigura, no caso, a ocorrência da coisa julgada.
2. Não estando caracterizada a denominada tríplice identidade, com
identidade de partes, de pedido e de causa de pedir, impõe-se seja
anulada a sentença, com o retorno dos autos à origem para regular
processamento.
3. Recurso provido para anular a sentença, determinando o retorno
dos autos à origem para reabertura da instrução probatória.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, dar provimento à apelação da parte
autora para anular a sentença, nos termos do relatório, votos e
notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente
julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 15 / 1898
00019 APELAÇÃO CÍVEL Nº 0009411-69.2015.4.04.9999/RS RELATOR : Juiz
Federal OSNI CARDOSO FILHO
APELANTE : AGATA MARGARIDA HECK
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSO CIVIL. EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO
DO MÉRITO. INDEFERIMENTO DA INICIAL. PRETENSÃO RESISTIDA
CONFIGURADA. INTERESSE DE AGIR. DESNECESSIDADE DE NOVO REQUERIMENTO
ADMINISTRATIVO ATUAL E RECENTE. SENTENÇA ANULADA.
1. Não se mostra razoável exigir-se do segurado, para fins de
caracterizar a pretensão resistida, que o requerimento
administrativo ou o indeferimento do benefício junto ao INSS seja
atual e recente. Precedentes deste Tribunal.
2. Sentença anulada, determinando-se o retorno dos autos à origem
para prosseguimento.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, dar provimento à apelação, nos
termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo
parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00020 AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº
0003885-82.2014.4.04.0000/RS RELATOR : Juiz Federal Osni Cardoso
Filho
AGRAVANTE : ELOI DE ALMEIDA SIQUEIRA
ADVOGADO : Neusa Ledur Kuhn
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. SISTEMÁTICA DE ATUALIZAÇÃO DO
PASSIVO. TEMA Nº 810 DO STF. DECISÃO PROFERIDA EM RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
Em consonância com o entendimento fixado pelo Plenário do STF no
Tema 810, oriundo do RE 870.947, a correção monetária incidirá a
contar do vencimento de cada prestação e será calculada pelos
índices oficiais e aceitos na jurisprudência, quais sejam: a) INPC
(de 04-2006 a 29-06-2009, conforme o art. 31 da Lei n.º 10.741/03,
combinado com a
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 16 / 1898
Lei n.º 11.430/06, precedida da MP n.º 316, de 11-08-2006, que
acrescentou o art. 41-A à Lei n.º 8.213/91); b) IPCA-E (a partir de
30-06-2009, conforme RE 870947, j. 20-09-2017).
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, determinar, de ofício, a aplicação
dos consectários legais de acordo com o entendimento do STF no RE
nº 870947 (Tema n° 810), mantendo, no mais, o acórdão originário,
nos termos do relatório, votos e notas taquigráficas que ficam
fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00021 MANDADO DE SEGURANÇA Nº
0000655-27.2017.4.04.0000/RS RELATOR : Juiz Federal Osni Cardoso
Filho
AGRAVANTE : ADEMIR MULLER
: Imilia de Souza
INTERESSADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO INTERNO. MANDADO DE SEGURANÇA. INADEQUAÇÃO
DA VIA ELEITA. INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL.
1. Está sedimentado na jurisprudência desta Corte o entendimento de
que o mandado de segurança contra ato judicial somente é cabível em
situações excepcionalíssimas, em que se constate ilegalidade
flagrante e grave, ou abuso, ou o proferimento de decisão que se
possa qualificar como teratológica.
2. A decisão inquinada de ilegal está devidamente fundamentada,
apresentando a compreensão da autoridade tida por coatora acerca da
questão controvertida, qual seja, a competência para o
processamento da demanda previdenciária em face da instalação da
UAA Integrada de Gramado e Canela. Logo, não reflete teratologia,
conquanto diametralmente oposta ao entendimento uníssono da 3ª
Seção deste Regional acerca do tema.
3. Decisão agravada mantida.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno,
nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam
fazendo parte integrante do presente julgado.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 17 / 1898
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00022 AGRAVO (INOMINADO, LEGAL)
EM MSeg Nº 0000627-59.2017.4.04.0000/RS RELATOR : Juiz Federal Osni
Cardoso Filho
AGRAVANTE : AIRTON MENEZES
ADVOGADO : Vilmar Lourenco
AGRAVADO : DECISÃO DE FLS.
INTERESSADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO INTERNO. MANDADO DE SEGURANÇA. INADEQUAÇÃO
DA VIA ELEITA. INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL.
1. Está sedimentado na jurisprudência desta Corte o entendimento de
que o mandado de segurança contra ato judicial somente é cabível em
situações excepcionalíssimas, em que se constate ilegalidade
flagrante e grave, ou abuso, ou o proferimento de decisão que se
possa qualificar como teratológica.
2. A decisão inquinada de ilegal está devidamente fundamentada,
apresentando a compreensão da autoridade tida por coatora acerca da
questão controvertida, qual seja, a competência para o
processamento da demanda previdenciária em face da instalação da
UAA Integrada de Gramado e Canela. Logo, não reflete teratologia,
conquanto diametralmente oposta ao entendimento uníssono da 3ª
Seção deste Regional acerca do tema.
3. Decisão agravada mantida.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno,
nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam
fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00023 APELAÇÃO/REEXAME
NECESSÁRIO Nº 0015277-24.2016.4.04.9999/RS RELATOR : Juiz Federal
OSNI CARDOSO FILHO
APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
APELANTE : NEUZA DAMEDA ZAMPIVA
APELADO : (Os mesmos)
REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DE
ENCANTADO/RS
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 18 / 1898
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. REMESSA NECESSÁRIA. DESCABIMENTO.
INCAPACIDADE TOTAL E PERMANENTE. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ APÓS A
PERÍCIA. AUXÍLIO- DOENÇA NO PERÍODO PRETÉRITO À PERÍCIA.
POSSIBILIDADE. QUALIDADE DE SEGURADO ESPECIAL EVIDENCIADA.
SISTEMÁTICA DE ATUALIZAÇÃO DO PASSIVO. TEMA Nº 810 DO STF.
REFORMATIO IN PEJUS. COISA JULGADA MATERIAL, OFENSA. NÃO
OCORRÊNCIA.
1. Tratando-se de sentença proferida antes do início da vigência do
novo CPC (Lei nº 13.105/2015) e, considerando que a controvérsia
não alcança valor superior a 60 (sessenta) salários mínimos
(valores recebidos por antecipação de tutela desde mar/12), a teor
do art. 475, § 2°, do Código de Processo Civil de 1973, descabe
conhecer a remessa oficial.
2. A teor do que dispõem os arts. 42 e 59 da Lei n.º 8.213/1991, a
concessão de benefícios por incapacidade pressupõe a incapacidade
laboral, assim como a demonstração do cumprimento do prazo de
carência, quando for o caso, e da qualidade segurado.
3. Nos termos do artigo 375 do NCPC (O juiz aplicará as regras de
experiência comum subministradas pela observação do que
ordinariamente acontece e, ainda, as regras de experiência técnica,
ressalvado, quanto a estas, o exame pericial.), o juízo acerca da
incapacidade pode ser valorado pelo Juiz com base, também, na prova
indiciária e nas evidências.
4. Caso em que, considerando o conjunto probatório dos autos,
possível se aferir incapacidade para as atividades habituais, no
mínimo em caráter temporário, no período pretérito à perícia,
fazendo jus a autora ao auxílio-doença.
5. Em se tratando de segurado especial (trabalhador rural), a
concessão de aposentadoria por invalidez, de auxílio-doença ou de
auxílio-acidente (no valor de um salário mínimo), independe de
carência, mas pressupõe a demonstração do exercício de atividade
rural no período de 12 meses anteriores ao requerimento
administrativo, ainda que de forma descontínua. Qualidade
evidenciada.
6. Sistemática de atualização do passivo observará a decisão do STF
consubstanciada no seu Tema nº 810. Procedimento que não implica
reformatio in pejus ou ofensa à coisa julgada material.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, não conhecer da remessa necessária,
negar provimento à apelação do INSS, dar parcial provimento à
apelação da parte autora e, de ofício, estabelecer a aplicação do
precedente do STF no RE nº 870.947, nos termos do relatório, votos
e notas taquigráficas que ficam fazendo parte integrante do
presente julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00024 APELAÇÃO CÍVEL Nº
0000427-28.2017.4.04.9999/RS RELATOR : Juiz Federal Osni Cardoso
Filho
APELANTE : MARIA CLAUDINEI RODRIGUES
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 19 / 1898
APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. PORTADOR DE HIV. ASSINTOMÁTICO. AUXÍLIO
DOENÇA/APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. IMPOSSIBILIDADE. BENEFÍCIO
ASSISTENCIAL. CONCESSÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA. FASE
DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. DIFERIMENTO. CONSECTÁRIOS LEGAIS. JUROS
E CORREÇÃO MONETÁRIA. JULGAMENTO DO RECURSO ESPECIAL 870.947, TEMA
810, PELO STF.
1. O fato de o requerente ser portador de síndrome de
imunodeficiência adquirida, por si só, não enseja a concessão do
benefício por incapacidade, no período em que assintomático.
2. Entretanto, a jurisprudência deste Tribunal, ainda que em
oposição ao laudo pericial, caminha para a concessão do benefício
assistencial previsto no art. 203, V da CF/88 em hipóteses de
portadores da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - HIV, ainda
que em período assintomático.
3. Comprovada a condição de pessoa deficiente ou idosa e a situação
de risco social da parte autora e de sua família, é devido o
benefício assistencial desde o requerimento administrativo.
4. Deliberação sobre índices de correção monetária e taxas de juros
diferida para a fase de cumprimento de sentença, a iniciar-se com a
observância dos critérios da Lei nº 11.960/2009, de modo a
racionalizar o andamento do processo, permitindo-se a expedição de
precatório pelo valor incontroverso, enquanto pendente, no Supremo
Tribunal Federal, decisão sobre o tema com caráter geral e
vinculante. Precedentes do STJ e do TRF da 4ª Região.
5. Impõe-se o cumprimento imediato do acórdão para a implementação
do benefício concedido.
6. Em consonância com o entendimento fixado pelo Plenário do STF no
Tema 810, oriundo do RE 870947, a correção monetária incidirá a
contar do vencimento de cada prestação e será calculada pelos
índices oficiais e aceitos na jurisprudência, quais sejam: a) INPC
(de 04-2006 a 29-06-2009, conforme o art. 31 da Lei n.º 10.741/03,
combinado com a Lei n.º 11.430/06, precedida da MP n.º 316, de
11-08-2006, que acrescentou o art. 41-A à Lei n.º 8.213/91); b)
IPCA-E (a partir de 30-06-2009, conforme RE 870.947, j.
20-09-2017). Já os juros de mora serão de 1% (um por cento) ao mês,
aplicados a contar da citação (Súmula 204 do STJ), até 29-06-2009.
A partir de 30-06-2009, segundo os índices oficiais de remuneração
básica e juros aplicados à caderneta de poupança, conforme art. 5º
da Lei 11.960/09, que deu nova redação ao art. 1º-F da Lei nº
9.494/97.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, dar parcial provimento à apelação,
bem como, de ofício, estabelecer a aplicação do precedente do STF
no RE nº 870.947 e determinar a imediata implantação do benefício,
nos termos do
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 20 / 1898
relatório, votos e notas taquigráficas que ficam fazendo parte
integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00025 APELAÇÃO CÍVEL Nº
0002579-49.2017.4.04.9999/RS RELATOR : Juiz Federal OSNI CARDOSO
FILHO
APELANTE : LETÍCIA DE MORAIS
APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSO CIVIL. LITISPENDÊNCIA. OCORRÊNCIA.
IDENTIDADE DE PARTES, PEDIDO E CAUSA DE PEDIR. NOVO PEDIDO
ADMINISTRATIVO. AUSÊNCIA DE MODIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO DE FATO.
EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.
Embora tenha a parte autora ingressado com novo requerimento
administrativo, considerando que não houve alteração na situação de
fato e uma vez verificada a existência de demanda anterior, também
de natureza previdenciária, em que as partes, a causa de pedir e o
pedido são idênticos ao do presente feito, resta configurada a
litispendência, devendo a presente ação ser extinta sem resolução
do mérito, com fulcro no art. 485, V, do CPC.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5a. Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, negar provimento à apelação, nos
termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo
parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00026 APELAÇÃO CÍVEL Nº
0004121-39.2016.4.04.9999/RS RELATOR : Juiz Federal OSNI CARDOSO
FILHO
APELANTE : VANESSA VALESAN
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMENTA
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 21 / 1898
1. Em se tratando de segurado especial (trabalhador rural), a
concessão de aposentadoria por invalidez ou de auxílio-doença
independe de carência, mas pressupõe a demonstração da qualidade de
segurado e de incapacidade laboral.
2. Considera-se comprovado o exercício de atividade rural havendo
início de prova material complementada por prova testemunhal
idônea.
3. Caracterizada a incapacidade total e temporária do segurado,
concede-se auxílio-doença em seu favor, no caso, desde a data
apontada na primeira perícia.
4. Determinado o cumprimento imediato do acórdão para a
implementação do benefício concedido.
5. Sistemática de atualização do passivo observará o entendimento
consubstanciado no Tema 810 do STF.
6. Consoante entendimento consolidado na Turma, tem-se fixado os
honorários advocatícios, vencido o INSS, à taxa de 10% sobre as
prestações vencidas até a sentença de procedência, ou do acórdão
que reforma a sentença de improcedência, nos termos da Súmula n.º
111 do Superior Tribunal de Justiça.
7. O INSS é isento do pagamento de custas processuais quando
demandado no Foro Federal (art. 4º, I, da Lei nº 9.289/96) e na
Justiça Estadual do Rio Grande do Sul (art. 11 da Lei nº 8.121/85,
com a redação dada pela Lei nº 13.471/2010).
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, dar parcial provimento à apelação,
determinando a implantação do benefício, nos termos do relatório,
votos e notas taquigráficas que ficam fazendo parte integrante do
presente julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. Boletim
Secretaria dos Órgãos Julgadores
Secretaria dos Órgãos Julgadores
JULGAMENTOS
5ª E 6ª TURMAS DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 22
/ 1898
00001 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº
0012427-31.2015.4.04.9999/RS RELATOR : Juiz Federal Osni Cardoso
Filho
EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMBARGADO : ACÓRDÃO DE FOLHAS
ADVOGADO : Joao Marcelo Braga da Silva
REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DE
TAQUARI/RS
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ARTIGO 1.022 DO CPC.
REDISCUSSÃO. PREQUESTIONAMENTO. SISTEMÁTICA DE ATUALIZAÇÃO DO
PASSIVO. TEMA Nº 810 DO STF. REFORMATIO IN PEJUS. COISA JULGADA
MATERIAL, OFENSA. NÃO OCORRÊNCIA.
1. De acordo com o disposto no art. 1.022 do CPC, cabem embargos de
declaração contra qualquer decisão judicial, para: I - esclarecer
obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto
ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a
requerimento; e III - corrigir erro material.
2. É vedada a rediscussão dos fundamentos da decisão prolatada pela
Turma na via estreita dos embargos de declaração.
3. Despicienda, frente ao disposto no art. 1.025 do CPC, a oposição
de aclaratórios com a finalidade específica de prequestionamento,
porquanto este está implícito no julgamento efetuado.
4. Sistemática de atualização do passivo observará a decisão do STF
consubstanciada no seu Tema nº 810. Procedimento que não implica
reformatio in pejus ou ofensa à coisa julgada material.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração
e, de ofício, adequar o acórdão na forma do Tema 810 do STF, nos
termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo
parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00002 AGRAVO INTERNO EM MANDADO
DE SEGURANÇA Nº 0000223- 71.2018.4.04.0000/PR RELATOR : Des.
Federal LUIZ FERNANDO WOWK PENTEADO
AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 23 / 1898
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
AGRAVADA : DECISÃO DE FOLHAS
INTERESSADO : JOSE VIEIRA DOS SANTOS
ADVOGADO : Fernando Lopes Pedroso e outro
EMENTA
AGRAVO INTERNO. MANDADO DE SEGURANÇA. HIPÓTESE DE NÃO CABIMENTO.
NEGATIVA DE SEGUIMENTO.
- "Não configurada situação de teratologia ou ilegalidade
manifesta, não há como admitir o mandamus como sucedâneo recursal.
A impugnação de decisão proferida por juiz deve ser veiculada por
meio do recurso cabível" (TRF4, MS nº 0004145- 28.2015.4.04.0000,
6ª Turma, rel. Des. Federal João Batista Pinto Silveira, D.E. de
24-11- 2015).
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia Turma Regional suplementar do Paraná do
Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negar
provimento ao agravo interno, nos termos do relatório, votos e
notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente
julgado.
Curitiba, 20 de junho de 2018. 00003 APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº
0001061-58.2016.4.04.9999/PR RELATOR : Des. Federal LUIZ FERNANDO
WOWK PENTEADO
APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
APELADO : VALDELEI RUI
ADVOGADO : Catia Regina Rezende Fonseca
REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE
BANDEIRANTES/PR
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL. AVERBAÇÃO. REMESSA
NECESSÁRIA NÃO CONHECIDA. COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE ESPECIAL. PPP.
AGENTE NOCIVO RUÍDO. LIMITES LEGAIS.
1. 1. Não é de ser conhecida a remessa necessária quando não
apurado proveito econômico decorrente da condenação.
2 . Comprovada a exposição do segurado a agente nocivo, na forma
exigida pela legislação previdenciária aplicável à espécie,
possível reconhecer-se a especialidade da atividade laboral por ele
exercida.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 24 / 1898
3. O perfil profissiográfico previdenciário, elaborado conforme as
exigências legais, supre a juntada aos autos do laudo
técnico.
4. O limite de tolerância para ruído é de 80 dB(A) até 05/03/1997;
90 dB(A) de 06/03/1997 a 18/11/2003; e 85 dB(A) a partir de
19/11/2003 (STJ, REsp 1398260/PR, Rel. Ministro Herman Benjamin,
Primeira Seção, j. 14/05/2014, DJe 05/12/2014, julgamento proferido
de acordo com a sistemática dos recursos representativos de
controvérsia - art. 543-C, CPC/1973).
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia Turma Regional suplementar do Paraná do
Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, não
conhecer da remessa necessária e dar parcial provimento à apelação,
nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam
fazendo parte integrante do presente julgado.
Curitiba, 20 de junho de 2018. 00004 CORREIÇÃO PARCIAL Nº
0000739-28.2017.4.04.0000/RS RELATOR : Juiz Federal OSNI CARDOSO
FILHO
REQUERENTE : MARIA IZABEL KASPER
ADVOGADO : Sergio Luis da Silva e outro
REQUERIDO : JUIZO DE DIREITO DA VARA JUDICIAL DA COMARCA DE
IGREJINHA/RS
INTERESSADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. DECLINAÇÃO DA COMPETÊNCIA. DECISÃO JUDICIAL NÃO
SUJEITA A RECURSO. CORREIÇÃO PARCIAL. NÃO CONHECIMENTO.
1. Se o juiz declina da competência para o processo e o julgamento
da ação e não se configura qualquer das hipóteses previstas no art.
66 do Código de Processo Civil, não cabe à parte suscitar conflito
de competência ou correição parcial.
2. Premissa textual, portanto, da correição parcial é que a atuação
do magistrado seja equivocada ou abusiva de modo a ocasionar, à
margem da lei, modificação na prática ordenada dos atos,
interrupção ou suspensão infundada dos processos ou, ainda,
prorrogação excessiva de prazos.
Em qualquer dessas situações não se pode enquadrar a decisão
judicial que, de forma fundamentada, não reconhece a competência do
juízo, livre de qualquer vinculação a precedente impositivo.
A correição parcial é a medida adequada, quando não houver recurso
previsto em lei, para reconduzir o processo a seu leito de natural
regularidade, mas jamais poderá representar a alternativa segura
para reformar toda e qualquer decisão não sujeita a recurso.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 25 / 1898
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, não conhecer da correição
parcial.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00005 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM
APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº 0006070-35.2015.4.04.9999/RS RELATOR
: Juiz Federal Osni Cardoso Filho
EMBARGANTE : ERNI MACIEL DA SILVA
ADVOGADO : Isac Cipriano Pasqualotto e outros
EMBARGADO : ACÓRDÃO DE FOLHAS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CABIMENTO. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. DIREITO INTERTEMPORAL. 1. A acolhida dos embargos
declaratórios só tem cabimento nas hipóteses de
omissão, contradição, obscuridade ou correção de erro material. 2.
Quanto à fixação dos honorários sucumbenciais, para as sentenças
anteriores
ao novo Código de Processo Civil, devem ser observados os
parâmetros do CPC/73 sem a possibilidade de majoração em razão da
sucumbência recursal.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração,
nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam
fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00006 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM
APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº 0005104-72.2015.4.04.9999/RS RELATOR
: Juiz Federal Osni Cardoso Filho
EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMBARGADO : ACÓRDÃO DE FOLHAS
INTERESSADO : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO
SUL
REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA COMARCA DE SOBRADINHO/RS
EMENTA
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 26 / 1898
PREVIDENCIÁRIO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO OPOSTOS PELO
INSS. OMISSÃO. ESCLARECIMENTO.
1. Segundo a regra do art. 1.022 do CPC, cabem embargos de
declaração contra qualquer decisão judicial, para: I - esclarecer
obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto
ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a
requerimento; e III - corrigir erro material.
2. Não há cumulação de benefícios previdenciários quando o
benefício assistencial e o auxílio-reclusão destinam-se a pessoas
diferentes, ainda que de uma mesma família.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, prover os embargos de declaração
apenas para fins de sanar omissão, sem, contudo, conferir-lhes
efeitos infringentes, nos termos do relatório, votos e notas de
julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente
julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00007 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM
APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº 2008.70.02.004678-0/PR RELATOR :
Juiz Federal Osni Cardoso Filho
EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMBARGADO : ACÓRDÃO DE FOLHAS
INTERESSADO : CARMEN AMELIA CARON
: Jacksanderson Farias Rizatti
PROCESSO CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO.
DECADÊNCIA. REVISÃO. RMI. RECLAMATÓRIA TRABALHISTA. CORREÇÃO
MONETÁRIA E JUROS DE MORA.
1. Examinados os embargos de declaração por determinação do STJ. 2.
Verificada a existência de omissão no julgado, os embargos de
declaração
merecem acolhimento. 3. Afastada a decadência do direito à revisão
da RMI de aposentadoria, com a
inclusão dos ganhos salariais obtidos nos autos da reclamatória
trabalhista, por ter sido postulada a revisão antes de findar o
prazo indicado no Tema 313 do STF.
4. Sistemática de atualização do passivo observará a decisão do
STF
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 27 / 1898
consubstanciada no seu Tema nº 810.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, acolher os embargos de declaração,
para sanar omissão, mantendo, contudo, a conclusão do acórdão
embargado, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que
ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00008 APELAÇÃO CÍVEL Nº
0022214-21.2014.4.04.9999/RS RELATOR : Juiz Federal OSNI CARDOSO
FILHO
APELANTE : CARMEN LUCIA MARCOS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. PROCESSO CIVIL. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO
DE MÉRITO. INDEFERIMENTO DA INICIAL. INTERESSE DE AGIR CONFIGURADO.
DESNECESSÁRIO O EXAURIMENTO DA VIA ADMINISTRATIVA. REPERCUSSÃO
GERAL. RE 631240. SENTENÇA ANULADA.
1. O indeferimento do benefício pelo INSS é suficiente para
caracterizar o interesse de agir do segurado que ingressa com
demanda judicial, não sendo necessário - muito menos exigível - o
exaurimento da via administrativa.
2. Na esteira do precedente do Supremo Tribunal Federal no
julgamento do RE 631240, em sede de repercussão geral, não é
exigível o esgotamento da via administrativa para que se permita o
acesso à via judicial, o que vem sendo reiteradamente observado por
este Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Precedentes.
3. Sentença anulada, determinando-se o retorno dos autos à origem
para regular processamento.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, dar provimento ao recurso para
anular a sentença, determinando o retorno dos autos à origem
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 28 / 1898
para regular processamento, nos termos do relatório, votos e notas
taquigráficas que ficam fazendo parte integrante do presente
julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00009 APELAÇÃO CÍVEL Nº
0004742-70.2015.4.04.9999/RS RELATOR : Juiz Federal OSNI CARDOSO
FILHO
APELANTE : CARMEN LUCIA RODRIGUES GOMES
ADVOGADO : Vilmar Lourenco
: Ademir Bonnes Cardoso
: Imilia de Souza
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSO CIVIL. REVISÃO DE BENEFÍCIO. ART. 29, II,
DA LEI 8.213/91. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. INTERESSE DE AGIR CONFIGURADO.
SENTENÇA ANULADA.
1. O acordo homologado nos autos da Ação Civil Pública nº 0002320-
59.2012.403.6183/SP, em 05 de setembro de 2012, não configura, por
si só, falta de interesse de agir, pois a parte autora almeja
receber os valores a que tem direito em virtude da revisão antes da
previsão informada pelo INSS na contestação. Demais, o decidido na
Ação Civil Pública não pode prejudicar a iniciativa individual da
parte autora.
2. Sentença anulada, determinando-se o retorno dos autos à origem
para regular processamento.
3. Ônus sucumbenciais invertidos em favor da parte autora, mantidos
os honorários advocatícios fixados em sentença.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, dar provimento à apelação, nos
termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo
parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00010 MANDADO DE SEGURANÇA Nº
0000624-07.2017.4.04.0000/RS RELATOR : Juiz Federal Osni Cardoso
Filho
AGRAVANTE : JOÃO OSMAR NOACK
INTERESSADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 29 / 1898
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO INTERNO. MANDADO DE SEGURANÇA. INADEQUAÇÃO
DA VIA ELEITA. INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL.
1. Está sedimentado na jurisprudência desta Corte o entendimento de
que o mandado de segurança contra ato judicial somente é cabível em
situações excepcionalíssimas, em que se constate ilegalidade
flagrante e grave, ou abuso, ou o proferimento de decisão que se
possa qualificar como teratológica.
2. A decisão inquinada de ilegal está devidamente fundamentada,
apresentando a compreensão da autoridade tida por coatora acerca da
questão controvertida, qual seja, a competência para o
processamento da demanda previdenciária em face da instalação da
UAA Integrada de Gramado e Canela. Logo, não reflete teratologia,
conquanto diametralmente oposta ao entendimento uníssono da 3ª
Seção deste Regional acerca do tema.
3. Decisão agravada mantida.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno,
nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam
fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00011 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM
APELAÇÃO CÍVEL Nº 0015542- 26.2016.4.04.9999/RS RELATOR : Juiz
Federal Osni Cardoso Filho
EMBARGANTE : ADEMIR RAMOS DA CUNHA
ADVOGADO : Natalia Brambilla Francisco e outros
INTERESSADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMBARGADO : ACÓRDÃO DE FOLHAS
PROCESSO CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ART. 1.022
CPC/2015. CONTRADISSÃO. OMISSÃO. OBSCURIDADE. CERCEAMENTO.
1. Conforme o disposto no art. 1.022 do CPC/2015, os embargos de
declaração tem cabimento contra qualquer decisão e objetivam
esclarecer obscuridade, eliminar contradição, suprir omissão e
corrigir erro material.
2. Os embargos de declaração não visam à cassação ou substituição
da decisão impugnada.
3. Nova apreciação de fatos e argumentos deduzidos, já analisados
ou incapazes
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 30 / 1898
de infirmar as conclusões adotadas pelo julgador, consiste em
objetivo que destoa da finalidade a que se destinam os embargos
declaratórios.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5a. Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração,
nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam
fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00012 APELAÇÃO CÍVEL Nº
0005438-09.2015.4.04.9999/RS RELATOR : Juiz Federal Osni Cardoso
Filho
APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
APELADO : ANTONIO GERALDO DE OLIVEIRA RAMOS
ADVOGADO : Rodrigo Godinho e outros
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. ATIVIDADE ESPECIAL. AGENTES
NOCIVOS: RUÍDO, HIDROCARBONETOS E ASBESTOS. LAUDO POR SIMILARIDADE.
CONCESSÃO. CONSECTÁRIOS LEGAIS. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA.
JULGAMENTO DO RECURSO ESPECIAL 870.947/SE, TEMA 810, PELO
STF.
1. O reconhecimento da especialidade e o enquadramento da atividade
exercida sob condições nocivas são disciplinados pela lei em vigor
à época em que efetivamente exercidos, passando a integrar, como
direito adquirido, o patrimônio jurídico do trabalhador.
2. Até 28-04-1995 é admissível o reconhecimento da especialidade
por categoria profissional ou por sujeição a agentes nocivos,
admitindo-se qualquer meio de prova (exceto para ruído e calor); a
partir de 29-04-1995 não mais é possível o enquadramento por
categoria profissional, sendo necessária a comprovação da exposição
do segurado a agentes nocivos por qualquer meio de prova até
05-03-1997 e, a partir de então, através de formulário embasado em
laudo técnico, ou por meio de perícia técnica.
3. A exposição a ruídos, hidrocarbonetos aromáticos e asbestos
enseja o reconhecimento do tempo de serviço como especial.
4. Até 05-03-1997 é considerada nociva à saúde a atividade sujeita
a ruídos superiores a 80 decibéis, conforme previsão mais benéfica
do Decreto n. 53.831/64, tendo em vista que, até aquela data, são
aplicáveis concomitantemente, para fins de enquadramento, os
Decretos nº 53.831/64, nº 72.771/73 e nº 83.080/79. Em relação ao
período posterior, exige- se a exposição a ruídos superiores a 90
decibéis até 18-11-2003 (Anexo IV dos Decretos nº 2.172/97 e nº
3.048/99, este na redação original) e, a partir de então, a ruídos
superiores a 85 decibéis, conforme a alteração trazida pelo Decreto
nº 4.882, de 18-11-2003, ao Decreto nº 3.048/99.
5. Demonstrada a similaridade entre a empresa empregadora do autor
e aquela
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 31 / 1898
em que produzido o laudo pericial, bem como a identidade das
atividades, deve ser admitida como prova a perícia realizada em
empresa similar.
6. Comprovada a exposição do segurado a agente nocivo, na forma
exigida pela legislação previdenciária aplicável à espécie,
possível reconhecer-se a especialidade do tempo de labor
correspondente.
7. Implementados mais de 25 anos de tempo de atividade sob
condições nocivas e cumprida a carência mínima, é devida a
concessão do benefício de aposentadoria especial, a contar da data
do requerimento administrativo, nos termos do § 2º do art. 57 c/c
art. 49, II, da Lei n. 8.213/91.
8. Em consonância com o entendimento fixado pelo Plenário do STF no
Tema 810, oriundo do RE 870947, a correção monetária incidirá a
contar do vencimento de cada prestação e será calculada pelos
índices oficiais e aceitos na jurisprudência, quais sejam: a) INPC
(de 04-2006 a 29-06-2009, conforme o art. 31 da Lei n.º 10.741/03,
combinado com a Lei n.º 11.430/06, precedida da MP n.º 316, de
11-08-2006, que acrescentou o art. 41-A à Lei n.º 8.213/91); b)
IPCA-E (a partir de 30-06-2009, conforme RE 870.947, j.
20-09-2017). Já os juros de mora serão de 1% (um por cento) ao mês,
aplicados a contar da citação (Súmula 204 do STJ), até 29-06-2009.
A partir de 30-06-2009, segundo os índices oficiais de remuneração
básica e juros aplicados à caderneta de poupança, conforme art. 5º
da Lei 11.960/09, que deu nova redação ao art. 1º-F da Lei nº
9.494/97.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo retido do
autor, dar parcial provimento ao apelo do autor, negar provimento à
apelação do INSS, bem como, de ofício, estabelecer a aplicação do
precedente do STF no RE nº 870.947 e determinar a imediata
implantação do benefício, nos termos do relatório, votos e notas de
julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente
julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00013 APELAÇÃO/REEXAME
NECESSÁRIO Nº 0015918-12.2016.4.04.9999/RS RELATOR : Juiz Federal
Osni Cardoso Filho
APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
APELADO : JOZIMAR NOGUEIRA BRANCO
ADVOGADO : Edson Ayres Torres
REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE SÃO
VALENTIM/RS
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-ACIDENTE. ART. 86 DA LEI Nº 8.213/91.
COMPETÊNCIA. JUSTIÇA ESTADUAL.
1. Compete à Justiça Estadual a apreciação de demanda que objetiva
a concessão de benefício acidentário, previsto no art. 86 da Lei nº
8.213/91. Precedentes.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 32 / 1898
2. Questão de ordem solvida para declinar da competência.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5a. Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, suscitar questão de ordem e solvê-la
no sentido de declinar da competência para o egrégio Tribunal de
Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, nos termos do relatório,
votos e notas taquigráficas que ficam fazendo parte integrante do
presente julgado.
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00014 APELAÇÃO/REEXAME
NECESSÁRIO Nº 0012356-97.2013.4.04.9999/RS RELATOR : Juiz Federal
OSNI CARDOSO FILHO
APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
APELADO : WILLIAN RAFAEL STULPEN
ADVOGADO : Felipe Floriani Becker e outros
REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE ESTANCIA
VELHA/RS
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO ASSISTENCIAL DE
PRESTAÇÃO CONTINUADA. PESSOA DEFICIENTE, INCAPACITADA DE PROVER A
PRÓPRIA MANUTENÇÃO OU TÊ-LA PROVIDA DE OUTRA FORMA. COMPROVAÇÃO.
CONCESSÃO.
1. Em matéria previdenciária, na atual sistemática, não haverá mais
reexame necessário, pois, salvo em hipóteses excepcionais, o valor
da condenação nunca chegará a superar o limite de um mil salários
mínimos.
2. O direito ao benefício assistencial pressupõe o preenchimento
dos seguintes requisitos: condição de deficiente ou idoso (65 anos
ou mais); e situação de risco social (estado de miserabilidade,
hipossuficiência econômica ou situação de desamparo) da parte
autora e de sua família.
3. Comprovada a condição de pessoa deficiente ou idosa e a situação
de risco social da parte autora e de sua família, é devido o
benefício assistencial, a contar da data do requerimento
administrativo.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por unanimidade, não conhecer da remessa oficial, dar
parcial provimento à apelação e, de ofício, estabelecer a aplicação
do precedente do STF no RE nº 870.947, nos termos do relatório, dos
votos e das notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante
do presente julgado.
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 33 / 1898
Porto Alegre, 19 de junho de 2018. 00015 AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº
0009716-19.2011.4.04.0000/PR RELATOR : Des. Federal LUIZ FERNANDO
WOWK PENTEADO
AGRAVANTE : JOAO MARIA FRANCA
AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO DE VALORES DECORRENTES
DE BENEFÍCIO RECONHECIDO EM JUÍZO, NA EXISTÊNCIA DE DEFERIMENTO
ADMINISTRATIVO DE BENEFÍCIO MAIS VANTAJOSO RECONHECIDO PELO INSS.
TEMA STF Nº 503. JUÍZO DE RETRATAÇÃO. REJEIÇÃO. DISTINÇÃO.
1. O acórdão originário reconheceu o direito à execução dos valores
compreendidos entre o termo inicial fixado em juízo para concessão
do benefício e a data de entrada do requerimento administrativo,
ainda que o segurado tenha optado por benefício mais vantajoso
concedido administrativamente na concomitância do procsso
judicial.
2. Matéria que não se amolda à tese fixada pelo Supremo Tribunal
Federal ao julgar o Tema nº 503 da sistemática da repercussão
geral. Distinção (distinguishing).
3. Juízo de retratação rejeitado.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Egrégia Turma Regional suplementar do Paraná do
Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, manter a
decisão proferida pela Turma e determinar o retorno dos autos à
Vice-Presidência para o competente exame de admissibilidade dos
recursos interpostos pelo INSS, nos termos do relatório, votos e
notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente
julgado.
Curitiba, 20 de junho de 2018. 00016 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM
APELA&C