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SECIL DE PORTAS ABERTAS de Resíduos Valorização Junho 2006 A valorização de resíduos é um processo onde estes substituem outros materiais. No caso da SECIL estes são utilizados como combustíveis alternativos e matérias-primas secundárias na produção de cimento. Valorização de resíduos Pág. 2 Comissão de Acompanhamento Ambiental Pág. 10 Semana de Portas Abertas Pág. 9

Junho 2006 SECIL DE PORTAS ABERTAS - secil-group.com · Por seu lado, a SECIL produz cimento ... central da Empresa, ... diferentes tipos de cimento. Por fim vem a embalagem e a

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SECIL DE PORTAS ABERTAS

deResíduosValorização

Junho 2006

A valorização de resíduos é um processo onde estes substituem outrosmateriais. No caso da SECIL estes são utilizados como combustíveis alternativose matérias-primas secundárias na produção de cimento.

Valorização de resíduos

Pág. 2

Comissão deAcompanhamentoAmbiental

Pág. 10

Semana de Portas Abertas

Pág. 9

3SECIL DEPORTAS ABERTAS

A exploração de calcário no Vale da Rasca

e da Mó remonta, pelo menos, ao séc. XVIII,

pois existe já registo daqui ter sido enviada

muita matéria-prima para a reconstrução

das cidades de Lisboa e de Setúbal após o

grande terramoto de 1755.

Por seu lado, a SECIL produz cimento

de qualidade em Setúbal há 75 anos, esta-

belecendo um vínculo forte com a Região

através da criação de emprego para ge-

rações de setubalenses e do impacto eco-

nómico da sua actividade.

Nas últimas décadas, muito mudou no

modo como encaramos a Arrábida e as

suas riquezas. Porque estamos conscien-

tes da nossa responsabilidade ao laborar no

Parque Natural, e do impacto desta activi-

dade, levamos a cabo importantes investi-

mentos na recuperação paisagística da

pedreira e na inovação e modernização tec-

nológica da fábrica, tendo em vista a sus-

tentabilidade do seu funcionamento.

Também temos vindo, nos últimos anos,

a contribuir activamente para a resolução do

problema dos resíduos em Portugal

usando-os como matéria-prima secundária

e como combustível alternativo (a chamada

co-incineração) em vez de serem colocados

nos aterros, lixeiras ou exportados para o

estrangeiro. Ao mesmo tempo, estamos a

criar riqueza para o País, diminuindo a de-

pendência da importação de combustíveis

fósseis.

Saiba, nas páginas seguintes, como

tudo isso tem vindo a ser feito e como pode

cooperar neste processo, nomeadamente

visitando a fábrica na Semana de Portas

Abertas e acompanhando a actividade da

nossa Comissão de Acompanhamento

Ambiental.

NUNO MAIA SILVA

Director de Comunicação Institucional SECIL Companhia Geral de Cal

e Cimento SA

A produção de cimento, realizada pelaSECIL desde 1930, é a actividadecentral da Empresa, a partir da qual secompreende a valorização de resíduos,quer como energia, quer como matéria--prima secundária.

O processo de fabrico de cimentoé feito através da extracção dosmateriais provenientes da pe-dreira. Em seguida, a pedra passapor um britador que a parte, demodo a ficar mais pequena e fá-cil de ser transportada.

Após estas etapas é necessáriomoer a pedra para que fique empó e, se for necessário, corrigir qui-micamente o material. Este pro-cesso chama-se moagem de cru.

Posto isto, o cru (a pedra moída)passa pela etapa da cozedura,em fornos que at ingem os2 000ºC, estando sujeito a tem-peraturas superiores a 1 450ºC

durante 10 segundos. Daqui surgeuma rocha artificial, chamada clín-quer, que, depois de misturada comaditivos como o gesso e outrosmateriais, é moída (moagem decimento), dando assim origem aosdiferentes tipos de cimento.

Por fim vem a embalagem e aexpedição do cimento.

Todas as emissões atmosféricassão controladas e sujeitas a um pro-cesso de filtragem, sendo utiliza-dos electrofiltros e filtros de mangas.

editorial

Processo

do cimentode fabrico

Valorização de resíduosO processo de fabrico permite a valo-rização de resíduos de dois modos di-ferentes. Os resíduos podem serutilizados como matérias-primas se-cundárias (sendo introduzidos durantea moagem de cru ou cimento) oucomo combustíveis (e são introduzi-dos no forno durante a cozedura).Estas substituições possuem uma du-pla vantagem, pois para além de sepoupar matérias-primas (combustíveisou inertes como areia ou rocha), édada utilidade aos resíduos, que deoutra forma têm que ser processadosou colocados em aterro.

Valorização de resíduos através da sua utilização comomatérias-primas secundárias Estas matérias podem ser introduzidaslogo no britador e seguir todo o per-curso do processo de fabrico ou ar-mazenadas em conjunto com osaditivos, sendo introduzidas posterior-mente nas moagens.

Quando são introduzidas no britadoracabam por servir de substituto ao ma-terial proveniente da pedreira (marga ecalcário).

Por exemplo, os resíduos provenien-tes de construções e demolições po-dem ser aqui reutilizados em lugar deserem depositados como entulho ematerros ou mesmo clandestinamente àbeira de uma qualquer estrada.

Se forem introduzidas nas moagenssignifica que estão a substituir aditivosnecessários para corrigir a composição doclínquer. Por exemplo, a granalha (óxidode ferro) e as areias provenientes da de-capagem de navios e fundições servemcomo aditivos na fase de moagem de cru.

Valorização energética de resíduos A etapa que mais energia consome naprodução de cimento é a cozedura.Tradicionalmente são utilizados com-bustíveis fósseis não renováveis, deri-vados do petróleo ou carvão.

É nesta fase que os resíduos podemser valorizados energeticamente, fun-cionando como combustíveis alternati-vos, ou seja, a queima de resíduossubstitui parcialmente a queima de com-bustíveis fósseis durante a cozedura. Avalorização energética de resíduos étambém designada por co-incineração.

CINZAS VOLANTES

AREIAS DE FUNDIÇÃOÓXIDO DE FERRO

RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO

FARINHAS E GORDURAS ANIMAIS

ESTILHA DE MADEIRA

RDF

PETCOQUE, FUEL

PETCOQUE

FLUFF

CHIPS DE PNEUS

1997 Início dautilização de matérias-primas secundárias(areias, tijolorefractário, pó depedra, resíduos de cale lamas de carbonatode cálcio) comcomposições químicassemelhantes àsnecessárias parafabricar cimento.

Vantagens ambientaisA valorização permite a re-dução do consumo de com-bustíveis fósseis (ex. carvão) ede matérias-primas primárias,o que leva a que estes recur-sos fiquem disponíveis paraoutras aplicações.

As emissões resultantes dautilização de combustíveis al-ternativos, como a madeira

proveniente da limpeza da flo-resta, fazem parte do ciclo nor-mal do CO2. Deste modo, pornão serem emissões adicionais,reduz-se o efeito de estufa.

A valorização energética deresíduos não produz efluenteslíquidos nem resíduos sólidos,isto é, não produz resíduos deresíduos. Para além disto, osresíduos ao serem valorizados

não vão ocupar um espaçoprecioso em aterro.

Vantagens económicas Este processo é vantajosopara a empresa pois pouparecursos económicos aosubstituir combustíveis fósseispor resíduos.

Para além de resolver umproblema nacional, que é o

t ra tamento de res íduos,poupa-se dinheiro ao evitar aexportação destes ou a co-locação em aterros e lixei-ras, o que ajuda a aumentara competitividade das em-presas por tuguesas. Aomesmo tempo diminui-se adependência de combustí-veis fósseis importados doexterior.

CronologiaSecil e Resíduos

CO-INCINERACÃODEPORTASABERTAS

4 CO-INCINERACÃODEPORTASABERTAS

5SECIL DEPORTAS ABERTAS

SECIL DEPORTAS ABERTAS

Tal como já foi referido, a cozedura é uma das etapas que maisrecursos energéticos não renováveis utiliza. No entanto, através davalorização energética de resíduos é possível reduzir este impacto.Foi com base nesta e noutras vantagens (ambientais e económicas)que a SECIL optou por valorizar resíduos.

Entre 1987 e 1997Valorização de maisde 700 000 toneladasde resíduos utilizadoscomo matérias-primassecundárias,nomeadamente cinzase granalha.

1997 Início dautilização de matérias--primas secundárias(como areias, tijolorefractário, pó depedra, resíduos de cale lamas de carbonatode cálcio) comcomposições químicassemelhantes àsnecessárias parafabricar cimento.

1997 As farinhas egorduras animaisforam os primeiroscombustíveisalternativos. Em 98 terminou estavalorizaçãoenergética.

2004 Início davalorização energéticade biomassa vegetal(estilha de madeira eoutros resíduosprovenientes dalimpeza de florestas)como combustívelalternativo.

2005Início da valorização energética defarinhas animais, chips de pneus eRDF (pedaços de tecido, papel eplástico). Os chips de pneus e osRDF já não podiam ser reciclados,tendo sido rejeitados pelasindústrias do ramo.

1904 - Fundação docomplexo fabril doOutão pelaCompanhia deCimentos dePortugal.

1925 - Os terrenossão arrendados àSociedade deEmpreendimentosComerciais eIndustriais, Lda.

1930 - A fusão daCompanhia Geral deCal e Cimento coma Sociedade deEmpreendimentosComerciais eIndustriais, Lda.,mais a participaçãode firmasdinamarquesas,deu origem à actualSECIL – CompanhiaGeral de Cal eCimento, S.A.

1965 - Primeiroestudo derecuperaçãopaisagísticaefectuado peloArquitectoPaisagista Prof. Edgar Fontes.

1971 - Início doprocesso do fabricode cimento por viaseca.

1972 - Medalha dePrata Direcção-Geral de Minas(ServiçosGeológicos) pelosserviços prestadosàs IndústriasExtractivas.

1976 - Criação doParque Natural daArrábida (PNA).

1981 - Aprovaçãodo projecto derecuperaçãopaisagística peloPNA.

1987 - Prémio deGestão Ambientalno Ano Europeu doAmbiente pelaexecução do Planoinovador deRecuperaçãoPaisagística dasPedreiras.

1998 - Certificaçãoambiental e daqualidade da“Exploração depedreiras e fabricode cimento nafábrica do Outão”segundo a ISO 14001 e ISO 9001.

2002 - Adaptaçãodo Sistema deGestão daQualidade à NormaNP EN ISO 9000:2000.

2004 - Certificaçãodo Sistema deGestão da Saúde eSegurança noTrabalho pelaNorma OHSAS 18001.

2005 - Inauguraçãodo espaçorequalificado daantiga fábrica devia húmida

Início de 1970Começo da utilizaçãode matérias-primassecundárias usandocomo aditivo agranalha (óxido deferro) na moagem de cru.

> História da Valorização de Resíduos

1970 1987 1997 2004 2005

76 SECIL DEPORTAS ABERTAS

SECIL DEPORTAS ABERTAS

Branco Farinhas Chips Farinhas + Chips

> DIOXINAS E FURANOS

CO

NC

EN

TRA

ÇÃ

O (n

g/N

m3 )

Valor limite

1/10 Valor limite

COMBUSTIVEL ALTERNATIVO

COMBUSTÍVEL ALTERNATIVO

> As concentrações apuradas dos com-postos HCl, SO2, NOx, CO e COT de-pendem do próprio processo de fabrico(como por exemplo da matéria-prima).

> Nos compostos Dioxinas/Furanos,Metais pesados, HF e Partículas não háqualquer relação com o processo. Em to-das as condições, o nível verificado deconcentração foi muito baixo, próximo dolimite de detecção.

> Não há qualquer influência nasemissões atmosféricas resultantes da co--incineração de combustíveis alternativos,em todos os compostos estudados, in-cluindo Metais pesados e Dioxinas/Furanos.

Nos gráficos anteriores (metais pesados e dioxinas e furanos) verifica-se que, independentemente de haver ou não combinaçõesde combustíveis alternativos, os resultados são sempre abaixo do valor limite legal. No caso dos metais pesados encontram-se50 vezes abaixo desse limite, enquanto que nas dioxinas e furanos os valores são 100 vezes inferiores.Para além desta análise, a Ergo refere no seu relatório a existência de valores de outros metais pesados 1 000 vezes inferior aolimite legal (como é o caso do Cádmio e Tálio). Para além disso, não existem diferenças significativas de emissões entre o “branco” (combustíveis tradicionais) e a valorização energética.

0,12

0,1

0,08

0,06

0,04

0,02

0

Análise

Atmosféricasde Emissões

Com o objectivo de avaliar o impacto nas emissõesatmosféricas resultantes da substituição do combustíveltradicional por combustíveis alternativos (valorizaçãoenergética), a SECIL contratou um laboratório alemão chamadoERGO, certificado para a análise de emissões atmosféricas.

A pedido da Comissão de Acompanhamento foiainda contratada a SGS (empresa de inspecção, ve-rificação e certificação) que acompanhou todo oprocesso de testes. Esta entidade responde direc-tamente à Comissão.

A ERGO avaliou as diferenças entre as emissõescom e sem valorização energética. A medição dasemissões sem valorização energética (fase designadapor “branco”) indica o resultado identificado duranteo normal funcionamento da fábrica, onde são utiliza-dos apenas combustíveis tradicionais.

Para uma melhor compreensão dos gráficosforam criadas duas linhas. A linha vermelharepresenta o limite legal enquanto que a linhaverde representa 1/10 do mesmo limite.

Em seguida são apresentados alguns gráficosretirados do relatório da ERGO1.

(1) O relatório encontra-se disponível em www.secil.pt, onde poderá consultar toda a informação. (2) Nesta análise constam os seguintes metais: Antimónio (Sb) + Arsénio (As) + Chumbo (Pb) + Crómio (Cr) + Cobalto (Co) + Cobre (Cu) + Manganês (Mn) + Níquel (Ni) + Estanho (Sn) + Vanádio (V)

Branco Farinhas Chips Farinhas + Chips

> METAIS PESADOS

CO

NC

EN

TRA

ÇÃ

O (m

g/N

m3 )

0,6

0,5

0,4

0,3

0,2

0,1

0

Da sua análise (com a replicação de ensaios e a variedade de combinações diferentes) a ERGO concluiu que:

Valor limite

1/10 Valor limite

ValorizaçãoSemana de Portas Abertasna Europa

de Resíduos

A valorização energética (co-incineração) é utilizada na Europa há mais de duas décadas. Toda esta experiênciapermite que a percentagem de resíduos utilizada no lugarde combustíveis fósseis seja elevada.

2,54 4

6

12

29 30 30

34 35

46

50

83

TAXA DE SUSTITUIÇÃO DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS PORCOMBUSTÍVEIS ALTERNATIVOS (EUROPA) ENTRE 2001 E 2003

O gráfico indica, em termos percentuais, a taxa de substituição de combustíveis fósseispor combustíveis alternativos. De realçar que a maioria dos países presentes no gráfico pro-cede à valorização energética de todo o tipo de resíduos. Entre estes destacam-se aAlemanha, o Reino Unido, a Suiça, a França e a Suécia.

A convenção de Estocolmo tem sido

utilizada como argumento contra a

co-incineração. Nela consta uma lista

de actividades (referentes à produção

não intencional de poluentes orgâni-

cos persistentes) que devem ser es-

tudadas de modo a serem evitadas

ou diminuídas. Esta lista inclui, entre

outras actividades, a utilização de ve-

ículos a motor, combustões com

lenha ou carvão, várias indústrias me-

talúrgicas, todas as queimas a céu

aberto, refinarias e a co-incineração.

No entanto, isto não significa que

a convenção proíba estas activida-

des, o que se pretende é uma estra-

tégia de redução de poluentes, que,

como vimos, no caso da SECIL está

a ser cumprido.

98 SECIL DEPORTAS ABERTAS

SECIL DEPORTAS ABERTAS

2004

Professora aposentada - 72 anos“Confesso que ao fazer esta visita fizcomo que uma operação de pazescom a SECIL. Vejo que estão a tentarreparar muitas infracções flagrantesde desrespeito pelo meio ambiente.Continuem! Parabéns, os resultadossó se verão a longo prazo mas estãono bom caminho. Obrigado pela ma-neira como fui recebida.”

Secretária - 49 anos “Foi pena estasvisitas não terem sido feitas antes dapolémica da Co-incineração. Toda agente necessitava de ser esclarecida.”

Engenheira - 48 anos “Continuar comesta semana aberta de modo a que apopulação de Setúbal possa ter conhe-cimento da realidade da fábrica.”

Bombeiro - 53 anos “Pela primeira vezfiquei com boa imagem da empresa.”

Reformada -72 anos “Foi muito elu-cidativa, teve muito interesse e permi-tiu-me dizer que o avanço tecnológicotem melhorado bastante o combate àpoluição. Por isto devem continuar.”

Economista - 29 anos “…é louvá-vel a iniciativa e a abertura a terceiros!Obrigado!”

As opiniões dos visitantes indicam que estamos no bom caminho

Licenciada, 29 anos “Fiquei agra-davelmente surpreendida após estavisita. Gosto bastante desta serra esempre tive uma impressão umpouco negativa desta empresa.Agora alterei por completo essaopinião.”

2005

Reformado - 62 anos “Parabénspelo que têm feito para recuperar omal feito antigamente. Continuempara o crescimento desta região queé a minha. Não percam o entusiasmo,esta é a minha leitura dos vossos co-laboradores que nos mostraram asinstalações Obrigado!”

Empregada de Escritório - 51 anos“Deviam proporcionar estas visitasmais vezes, não serem só uma vezpor ano. Penso que será proveitoso.É uma iniciativa pouco divulgada.”

Professora - 51 anos “Conheci aSECIL há vinte e tal anos e hoje tivea agradável surpresa de ver as alte-rações que tem vindo a sofrer.”

Trabalhadora estudante - 28 anos“Sugiro várias iniciativas neste âm-bito. Mais visitas regulares.”

“Parabéns pelainiciativa!

Continuem! Todasas actividades são

poluidoras. Tudodepende deencontrar o

equilíbrio entre aactividade

económica e oimpacte ambiental.Penso que estão nobom caminho para

encontrarem oequilíbrio

(desenvolvimentosustentável).”

Engenheira do Ambiente32 Anos

Reformada – 59 anos “Ao lado doprogresso de mãos dadas com o am-biente!”

Comerciante - 65 anos “Não tenhocríticas. Dentro do possível acho queestas visitas devem continuar, pois sóassim se pode ter uma ideia verda-deira da política ambiental da SECIL.”

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nha

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90

80

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60

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20

10

0

CONVENÇÃO DE ESTOCOLMO

De acordo com a política da SECIL de transparência e proximidade àComunidade, são efectuadas visitas à fábrica ao longo do ano para gruposinteressados. Como complemento, as portas da SECIL abrem-se,anualmente, durante uma semana consecutiva, a todos os interessados.Este evento ocorre desde 2004, recebendo mais de 400 visitantes por ano.

ComissãoAcompanhamento

Ambiental

de

1110 SECIL DEPORTAS ABERTAS Glossário

Em 2003 foi criada uma Comissão de AcompanhamentoAmbiental, que reúne regularmente com o intuito deanalisar e discutir as actividades da fábrica, esperando-secom a mesma aumentar a melhoria na performanceambiental e social da fábrica.

Principais assuntos debatidos

n Reflorestação das pedreiras do Outãon Requalificação visual e paisagística da fábrica de via húmidan Responsabilidade Social Empresarialn Protocolo de Quioton Valorização energética de resíduos industriais banaisn Semana de Portas Abertasn Plano de controlo e monitorização da valorização energética n Relatório ambientaln Testes de valorização energética de resíduos industriais banaisn Plano de monitorização das emissões atmosféricas

Da actividade da Comissão, a SECIL tem recolhido sugestões de modo a aprofundar a sua melhoria ambiental.

Para poder trabalhar da melhor ma-neira possível, a Comissão de Acom-panhamento Ambiental, segundo oseu regulamento, tem:

n Acesso a todos os relatóriosambientais.

n Entrada livre nas instalaçõesfabris do Outão (24h por dia).

n A liberdade de poder contratartécnicos independentes paraelaborar relatórios sobre ofuncionamento ambiental daempresa.

n A decisão absoluta no que tocaà sua constituição (alguns dosseus membros foram propostospela própria Comissão).

n Quercusn Parque Natural da Arrábidan Associação dos Bombeiros

Voluntários de Setúbaln Hospital do Outão

n Serviço Regional de Saúde de Setúbal

n LASA (Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão)

n Parque de Campismo do Outãon AERSET (Associação Empresarial

da Região de Setúbal)n Instituto Politécnico de Setúbal

ENTIDADES CONSTITUINTES DA COMISSÃO:

Desde 2003 até a presente data, a Comissão reuniu numtotal de 30 sessões (em média 9 vezes por ano).

Britagem - Operação de redução da gra-nulometria do calcário e marga, através deum britador, com o objectivo de se obtermaterial cuja dimensão seja inferior a 9 cm.

Calcário / Marga - Inertes extraídos depedreiras e utilizados no processo de pro-dução de cimento. O calcário e a margasão compostos, essencialmente, por cálcio,sílica, alumina, magnésio e ferro.

Chips de Pneus - Pneu cortado às lascas.

Cinzas volantes - Resíduos resultantesda combustão do carvão mineral que, nocaso da SECIL, são provenientes das cen-trais termoeléctricas a carvão.

Clínquer - Rocha artificial resultante dacozedura das matérias-primas e que cons-titui o principal componente do cimento.

CO - Monóxido de carbono.

Combustível alternativo - Qualquerresíduo industrial resultante de um processoprodutivo, que pelas suas característicasfísicas, químicas e poder calorífico pode serutilizado como combustível, substituindo autilização de combustíveis fósseis.

Combustíveis fósseis - Combustíveisnão renováveis formados há milhões deanos, daí o nome de combustível fóssil.Existem três grandes tipos de combustí-veis fósseis: o carvão, o petróleo e o gás na-tural. Uma vez esgotados, não é possívelfabricá-los, daí que sejam não renováveis.Na indústria cimenteira são utilizados paraaquecimento dos fornos.

Combustível tradicional - Combustíveisfósseis, derivados do petróleo (carvão, co-que de petróleo e fuel-óleo).

COT - Compostos orgânicos totais.

Cozedura - Operação de cozedura docru ou farinha, através de elevadas tempe-raturas (1450 ºC) que, por reacções quími-cas complexas, conduzem a um produtogranulado chamado clínquer.

Dioxinas e furanos - Compostos quími-cos resultantes de condições de combustãoincompleta. Também podem resultar deprocessos naturais como erupções vulcâ-nicas e fogos florestais. Para se formaremé preciso existir uma fonte de cloro, umafonte de matéria orgânica e uma tempera-

tura entre 200º C e 600º C. São substânciasaltamente tóxicas e cancerígenas.

Efeito de estufa - Processo natural eresponsável pelo aquecimento do planeta.Isto acontece porque existem certos ga-ses (como o dióxido de carbono) que, aocriarem uma espécie de telhado sobre aTerra (como o de uma estufa), deixam a luzdo Sol entrar, retendo o seu calor. Se nãoexistisse efeito de estufa, a temperatura dasuperfície terrestre seria, em média, cerca de34ºC mais baixa do que é actualmente. Noentanto, o aumento desmedido desses ga-ses (provenientes da actividade humana)está a potenciar o efeito, o que leva a queocorra um aquecimento global do planeta.

Electrofiltros - Equipamento destinado afiltrar os gases resultantes de um processoindustrial através de campos electromagné-ticos, retendo desta forma as partículas.

Estilha ou biomassa vegetal -Pedaços de madeira provenientes da lim-peza de florestas e tratamento de resíduosde embalagens de madeira (exemplo: pa-letes de madeira, entre outros).

Filtros de manga - Equipamento desti-nado a filtrar os gases resultantes de umprocesso industrial através de um conjuntode mangas (algodão, polyester ou teflon),onde as partículas de pequenas dimensõesficam retidas.

Fluff de pneu - Componente têxtil não re-ciclável do pneu.

Granalha - Resíduo do processamento deminérios de cobre, ferro ou outros, usado,por exemplo, na decapagem dos navios.

HCl - Cloreto de hidrogénio.

HF - Fluoreto de hidrogénio.

Matérias-primas primárias - Matériastradicionalmente utilizadas no processo pro-dutivo (calcário, marga e areia).

Matérias-primas secundárias -Qualquer resíduo industrial resultante de umprocesso produtivo, que pelas suas caracte-rísticas físico-químicas pode ser utilizado emsubstituição de matérias-primas primárias.

Metais pesados - Apresentam-se emconcentrações muito pequenas na natu-reza e são altamente reactivos do ponto de

vista químico, pelo que é difícil encontrá-losem estado puro. São metais bio-acumula-tivos, ou seja, o corpo humano ao assimi-lar este tipo de compostos não temcapacidade para os destruir ou rejeitar.Geralmente, os seres vivos necessitamapenas de alguns metais e em doses redu-zidas. Se ultrapassarem certas concen-trações, estes metais tornam-se perigosospara a saúde humana.

Moagem de cimento - Operação demoagem da mistura do clínquer, aditi-vos (calcário, cinzas volantes das cen-trais térmicas, escórias da siderurgia eoutros materiais com propriedades hi-dráulicas) e gesso. O tipo de cimentopretendido é que determina a compo-sição da mistura, sendo quase sempreo clínquer maioritário.

Moagem de cru - Operação de reduçãoda granulometria dos materiais-calcário,marga, areia e óxido de ferro a pó (cha-mado cru ou farinha).

Normal metro cúbico - Condição emque um gás ocupa um metro cúbico coma pressão de uma atmosfera e a tempe-ratura a 0ºC.

NOx - Óxidos de azoto

RIB (resíduos industrias banais) -Resíduos florestais, farinhas animais, pneus,plásticos, desperdícios de papel e cartão,entre outros, desde que isentos de substân-cias classificadas como perigosas.

RIP (resíduos industrias perigosos)- Resíduos provenientes da indústria quí-mica (solventes, tintas, óleos ou vernizes).

RDF (refused derived fuel) -Combustível alternativo resultante de umprocesso de tratamento de RIB (papéis,plástico, cartão, madeiras, pedaços de te-cido, entre outros) e que não é passível devalorização material (reciclagem).

Silos - Depósitos de armazenagem.

SO2 - Dióxido de enxofre.

Valorização energética - Operaçãode valorização de resíduos, em que estessubstituem combustíveis fósseis. No casodo processo de fabrico de cimento, os re-síduos são introduzidos no forno funcio-nando como combustíveis alternativos.

FICHA TÉCNICA

Edição

SECIL-Companhia

Geral de Cal

e Cimento, SA

Fábrica SECIL Outão

2901-864 Setúbal

Tel. 212 198 100

Fax 265 234 629

e-mail

[email protected]

www.secil.pt

Concepção gráfica

FCB

Impressão

EURO DOIS

Tiragem

50.000 exemplares

A Valorização de Resíduos não tem segredos.E a Secil também não.

VENHA CONHECER-NOS MELHOR

Mais uma vez a SECIL promove a “Semana de Portas Abertas”

na Fábrica do Outão. Trata-se de uma oportunidade de dar a

conhecer ao público em geral as nossas principais estruturas,

bem como explicar o processo de fabrico de cimento, as

acções de recuperação paisagística, as políticas sociais da

empresa e, sobretudo, o processo de valorização energética

de resíduos.

De 3 a 9 de Julho, abrimos as portas para duas visitas guia-

das por dia, às 10h e às 15h. Disponibilizamos também um au-

tocarro gratuito, que parte do Parque das Escolas em Setúbal,

para que possa deslocar-se mais facilmente até nós.

Semana de Portas Abertas de 3 a 9 de Julho.

Inscreva-se através da linha gratuita 800 206 709ou no site www.secil.pt e venha

conhecer de perto a realidade da SECIL.

75 Anos de Responsabilidade