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DN DireitoNet Artigos Da impenhorabilidade do Fundo de Previdência Complementar e do Seguro de Vida Sobre a impenhorabilidade dos recursos referentes à previdência privada e ao seguro de vida. Por Elias Marques Medeiros Neto I ndubitavelmente, o moderno conceito de ação de execução está atrelado às noções de eficácia, celeridade e economia processual, de modo que a satisfação do crédito detido pelo credor não deve ser prejudicada pela morosidade na prestação da tutela jurisdicional, morosidade esta que, como cediço, inúmeras vezes é acarretada por infundados e procrastinatórios incidentes interpostos pelo devedor. Todavia, muito embora esteja em voga a certeza de que a ação de execução deve ser célere e eficaz, até por sua natureza de canal processual adequado à cobrança de títulos líquidos, certos e exigíveis, o legislador, como exceção ao disposto na primeira parte do artigo 591 do Código de Processo Civil , impôs algumas restrições, notadamente no que se refere aos bens do devedor suscetíveis de constrição. Neste contexto, destaca-se o artigo 649 do Código de Processo Civil, o qual enumera os bens considerados como absolutamente impenhoráveis, ou seja, imunes, em geral, às tentativas de constrição por parte dos credores. Veja-se: Artigo 649. São absolutamente impenhoráveis: I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução; II - as provisões de alimento e de combustível, necessárias à manutenção do devedor e de sua família durante 1 (um) mês; III - o anel nupcial e os retratos de família; IV - os vencimentos dos magistrados, dos professores e dos funcionários públicos, o soldo e os salários, salvo para pagamento de prestação alimentícia; V - os equipamentos dos militares; Vl - os livros, as máquinas, os utensílios e os instrumentos, necessários ou úteis ao exercício de qualquer profissão; Vll - as pensões, as tenças ou os montepios, percebidos dos cofres públicos, ou de institutos de previdência, bem como os provenientes de liberalidade de terceiro, quando destinados ao sustento do devedor ou da sua família; Vlll - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se estas forem penhoradas; IX - o seguro de vida; X - o imóvel rural, até um modulo, desde que este seja o único de que disponha o devedor, ressalvada a hipoteca para fins de financiamento agropecuário. (Inciso acrescentado pela Lei nº 7.513, de 9.7.1986)”(g.n.). Da impenhorabilidade do Fundo de Previdência Complementar e... http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1855/Da-impenhorabil... 1 de 5 09/04/2014 21:34

Jurisprudência Sobre Previdência Privada_09.04.14

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Arquivo sobre jurisprudência previdenciária

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  • DN DireitoNet Artigos

    Da impenhorabilidade do Fundo de Previdncia

    Complementar e do Seguro de Vida

    Sobre a impenhorabilidade dos recursos referentes previdncia privada e ao seguro

    de vida.

    Por Elias Marques Medeiros Neto

    I ndubitavelmente, o moderno conceito de ao de execuo est atrelado s noes de eficcia, celeridade

    e economia processual, de modo que a satisfao do crdito detido pelo credor no deve ser prejudicada

    pela morosidade na prestao da tutela jurisdicional, morosidade esta que, como cedio, inmeras vezes

    acarretada por infundados e procrastinatrios incidentes interpostos pelo devedor.

    Todavia, muito embora esteja em voga a certeza de que a ao de execuo deve ser clere e eficaz, at por

    sua natureza de canal processual adequado cobrana de ttulos lquidos, certos e exigveis, o legislador,

    como exceo ao disposto na primeira parte do artigo 591 do Cdigo de Processo Civil, imps algumas

    restries, notadamente no que se refere aos bens do devedor suscetveis de constrio.

    Neste contexto, destaca-se o artigo 649 do Cdigo de Processo Civil, o qual enumera os bens considerados

    como absolutamente impenhorveis, ou seja, imunes, em geral, s tentativas de constrio por parte dos

    credores. Veja-se:

    Artigo 649. So absolutamente impenhorveis:

    I - os bens inalienveis e os declarados, por ato voluntrio, no sujeitos execuo;

    II - as provises de alimento e de combustvel, necessrias manuteno do devedor e de sua famlia durante 1 (um)

    ms;

    III - o anel nupcial e os retratos de famlia;

    IV - os vencimentos dos magistrados, dos professores e dos funcionrios pblicos, o soldo e os salrios, salvo para

    pagamento de prestao alimentcia;

    V - os equipamentos dos militares;

    Vl - os livros, as mquinas, os utenslios e os instrumentos, necessrios ou teis ao exerccio de qualquer profisso;

    Vll - as penses, as tenas ou os montepios, percebidos dos cofres pblicos, ou de institutos de previdncia,bem como os provenientes de liberalidade de terceiro, quando destinados ao sustento do devedor ou da suafamlia;

    Vlll - os materiais necessrios para obras em andamento, salvo se estas forem penhoradas;

    IX - o seguro de vida;

    X - o imvel rural, at um modulo, desde que este seja o nico de que disponha o devedor, ressalvada a hipotecapara fins de financiamento agropecurio. (Inciso acrescentado pela Lei n 7.513, de 9.7.1986)(g.n.).

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  • Bem de ver que o inciso VII do acima referido artigo 649 aponta as penses percebidas dos institutos de

    previdncia como sendo absolutamente impenhorveis, desde que tais penses estejam destinadas ao

    sustento do devedor e/ou de sua famlia.

    A questo da penhorabilidade do fundo de previdncia complementar, no panorama atual, tem clara

    relevncia, haja vista a grande tendncia da populao em depositar uma razovel parte de seus

    rendimentos em fundos de previdncia complementar, sempre se almejando obteno de um padro de

    vida seguro e razovel.

    No que toca ao tema, a doutrina leciona que:

    O artigo 649, VII, torna impenhorveis as penses, tenas e montepios, ou seja, dinheiro peridico que oExecutado recebe do Estado, de institutos de previdncia oficial ou privada, ou por liberalidade de terceiro,quando destinados ao sustento do devedor ou de sua famlia [1].

    Neste contexto, deve-se notar que a lei e a doutrina mencionam, em sntese, quanto impenhorabilidade

    dos crditos referentes previdncia complementar:

    (i) que so impenhorveis as penses, ou seja, os benefcios decorrentes do plano de previdncia

    complementar; e que tais benefcios, ou penses, precisam ser destinados ao sustento do devedor e de sua

    famlia.

    (ii) A jurisprudncia, em geral, tende a julgar pela impenhorabilidade dos benefcios decorrentes da

    previdncia complementar, conforme ementas abaixo transcritas:

    Se a penhora, no processo de execuo, recaiu em conta corrente destinada ao recebimento de aposentadoria,

    violou direito lquido e certo do executado. Com efeito, o artigo 649, VII, do CPC qualifica como absolutamenteimpenhorveis as penses percebidas de institutos de previdncia [2]. (g.n.).

    Ao Declaratria Excluso de Verbas, relativas aposentadoria, de bloqueio de conta corrente Necessidade Impenhorabilidade patente. As tais verbas excludas do bloqueio so mesmo impenhorveis.Tratam-se de verbas atinentes aposentadoria (ou complementao de) do agravado [3]. (g.n.).

    O v. acrdo hostilizado consignou que os depsitos bancrios so provenientes do pensionamento pago peloINSS e da respectiva complementao pela entidade de previdncia privada (...) Com efeito, os valoresdepositados so a prpria penso, por isso mesmo que so absolutamente impenhorveis, a teor da regracontida no inciso VII, do artigo 649 do Cdigo de Processo Civil [4]. (g.n.).

    Contudo, certo que existem julgados no sentido contrrio, ou seja, permitindo a penhora de benefcios

    oriundos da aposentadoria complementar:

    Ao de Execuo de Ttulo Extrajudicial Penhora sobre Crditos oriundos de Contribuies Para aPrevidncia Privada. Possibilidade. A devoluo das contribuies vertidas para o plano previdencirio, sendo denatureza particular, facultativa, no se revestindo da condio peculiar de salrio indireto, de verba alimentar, est

    sujeita constrio judicial [5]. (g.n.).

    Todavia, ainda assim, no obstante existncia de julgados em contrrio, poderamos afirmar e

    sustentar que, uma vez preenchidos os requisitos expressos no referido artigo 649, VII, do Cdigo de

    Processo Civil, seria aplicvel a impenhorabilidade estipulada pela Lei, e aceita, em sua maioria, pela

    doutrina e jurisprudncia.

    Questo controvertida, todavia, a se a impenhorabilidade estabelecida no artigo 649 do Cdigo de

    Processo Civil seria aplicvel ao:

    (i) montante total aplicado no fundo de previdncia privada que, aps preenchidos os requisitos para o

    recebimento da aposentadoria complementar, sustenta e gera o benefcio periodicamente pago ao devedor

    ou ao beneficirio; e

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  • (ii) montante total aplicado no fundo de previdncia privada que, antes de preenchidos os requisitos

    para o recebimento da aposentadoria complementar, corresponde ao total acumulado e destinado

    futura percepo das penses peridicas de aposentadoria.

    A Lei, a Doutrina e a Jurisprudncia no so muito claras quanto impenhorabilidade de tais

    montantes, parecendo-nos razovel, contudo, sustentar que tais quantias seriam totalmente

    impenhorveis, j que destinadas formao de um fundo de sobrevivncia do beneficirio.

    Assim, uma vez que a Lei, a Doutrina e a Jurisprudncia consideram impenhorveis as penses

    oriundas da aposentadoria complementar, desde que demonstrado que tais valores seriam

    destinados ao sustento do devedor e/ou de sua famlia, parece-nos razovel a alegao no

    sentido de que todos os recursos aplicados na instituio financeira e vinculados ao fundo de

    previdncia complementar poderiam ser beneficiados com a impenhorabilidade, j que tais

    recursos nada mais so do que a fonte, presente ou futura, das penses peridicas a serem

    pagas ao beneficirio, a ttulo de aposentadoria privada.

    Ao que parece, o Egrgio Tribunal de Justia do Estado de So Paulo j adotou o mesmo

    posicionamento:

    Penhora Crdito derivado de plano de aposentadoria complementar do devedor Impenhorabilidade Artigo 649,VII, do Cdigo de Processo Civil (...) O fenmeno que afetaria aefetividade do processo de execuo no incide em caso de disputa por penhora de crditos decorrentes de

    plano de aposentadoria privada (suplementar), que o devedor realizou com o Bradesco. As recentes

    reformas do sistema previdencirio afetaram a maioria dos trabalhadores e, com a ltima proposta em

    tramitao (aumento da idade mnima para 60 anos e imposio de um teto mximo para todos), serpreciso estimular a constituio de uma aposentadoria alternativa (privada), que ir complementara oficial para aproximar do que auferia em atividade, sem o que o trabalhador sucumbe na velhice,dada a impossibilidade de manter o padro de vida que os vencimentos da ativa proporcionavam.Ora, se os planos de aposentadoria suplementar foram supervalorizados no atual estgio dasociedade brasileira, ganhando o status de bem essencial, no poder o Judicirio permitir que sepenhorem os crditos. Isso porque a penhora dos valores pagos poder justificar a transfernciadeles para o arrematante, o que significa a excluso do aderente de um projeto de vida voltado aconseguir uma passagem para a terceira idade com garantia razovel de sobrevivncia [6] (g.n.).

    Outro tema de destaque no cenrio atual diz respeito impenhorabilidade do seguro de vida, o

    qual, tambm, vem sendo escolhido como importante opo para depsitos de boa parte dos

    rendimentos de grande parcela da populao.

    Nessa linha, vale dizer que o j referido artigo 649, em seu inciso IX, bem decreta a

    impenhorabilidade absoluta do seguro de vida.

    A doutrina, acerca do tema, esclarece que:

    Quanto ao seguro de vida (inciso IX), refere-se o texto expectativa que, para o beneficirio, decorre do

    negcio jurdico tpico de que se origina. No ao valor j recebido que, eventualmente, integre o patrimnio

    do executado. Em outros termos, se o devedor o segurado, nada lhe resulta do contrato de seguro,seno o encargo de pagamento dos prmios respectivos. Se o beneficirio, uma de duas: ou oevento que faz desencadear a prestao securitria j se verificou e o valor respectivo bempatrimonial suscetvel de penhora; ou no se verificou aquele evento e a expectativa de receber, nofuturo, o valor do seguro, impenhorvel. Esse o sentido do texto [7]. (g.n.).

    Se o executado o beneficirio, a soma que poder receber ainda no est em seu patrimnio, nemda pessoa estipulante, e a lei faz imune penhora o direito expectativo soma, quer esteja com oestipulante, quer com o beneficirio (isso depende de poder, ou no, o estipulante revogar, isto , dizerqual o beneficirio) (...). Quando o executado o estipulante, tambm no est com ele a soma, est odireito expectativo soma, se ele pode revogar a indicao do beneficirio. O artigo 649, IX, fazimpenhorvel este direito (...) Depois de devida a soma, parte do patrimnio do beneficirio,insere-se na sua esfera jurdica, no mais o seguro; e somente estaria imune penhora se fosseseparada do resto, em virtude da clusula de inalienabilidade ou de impenhorabilidade [8]. (g.n.).

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  • Dos ensinamentos acima, poder-se-ia afirmar que:

    (i) A quantia objeto da indenizao do seguro de vida no seria penhorvel por credores

    do segurado/estipulante (quem institui o seguro de vida), salvo, na hiptese de o

    segurado/estipulante, de alguma forma, incorporar diretamente ao seu patrimnio a

    quantia objeto da indenizao; e

    (ii) A quantia objeto da indenizao do seguro de vida no seria penhorvel por credores

    do beneficirio da indenizao, salvo quando tal quantia ingressar diretamente no

    patrimnio do beneficirio ou seja, quando a indenizao do seguro for devida. E mesmo

    para esta ltima hiptese, existiria a alternativa de o estipulante gravar a quantia

    objeto da indenizao do seguro com a clusula de impenhorabilidade, de modo que,

    neste caso, o beneficirio no teria o valor de sua indenizao penhorado por seus

    credores.

    No mesmo sentido, na maioria das vezes, j decidiu a jurisprudncia. Veja-se:

    Nos termos do artigo 649, inciso IX, do Cdigo de Processo Civil, o Seguro de Vida absolutamente impenhorvel, no podendo sofrer qualquer constrio judicial. A soma a serpaga ao beneficirio no est sujeita s obrigaes ou dvidas do segurado [9] (g.n.).

    O seguro de vida impenhorvel, e, portanto, o seu pagamento no poder ser suspensopara garantir dvida que no pertence aos agravantes [10] (g.n.).

    absolutamente impenhorvel o seguro de vida, forte no disposto no artigo 649, IX, do CPCe doutrina referente [11] (g.n.).

    O Seguro de vida impenhorvel, seja por dvida do segurado, seja por dvida dobeneficirio [12] (g.n.).

    A proibio legal do artigo 649, IX, do referido cdigo limita-se aplice ou direitos deseguro de vida. Entrando o dinheiro do seguro de vida para o patrimnio do beneficirio, noh razo para que seja a mesma, per si, excluda da execuo, a menos que o segurado lhehaja imposto clusula de impenhorabilidade [13] (g.n.).

    Pelo exposto, pode-se concluir o que segue:

    A Lei (artigo 649, IX, do Cdigo de Processo Civil), a doutrina e a jurisprudncia, em sua

    maioria, estipulam que a quantia objeto da indenizao futura ao beneficirio, em razo de

    seguro de vida, no seria penhorvel, seja por dvidas do segurado/estipulante (pessoa que

    institui o seguro), seja por dvidas do prprio beneficirio (pessoa que receber o seguro de

    vida);

    O valor da indenizao s seria penhorvel por credores do segurado/estipulante quando,

    de alguma forma, a quantia for resgatada pelo segurado/estipulante, de modo a integrar

    diretamente o patrimnio do mesmo; e

    O valor da indenizao s seria penhorvel por credores do beneficirio quando a quantia a

    ser indenizada j for devida a este ltimo, salvo se tal montante estiver gravado com a

    clusula de impenhorabilidade (artigo 649, I, do Cdigo de Processo Civil).

    Portanto, parece-nos clara a possibilidade de o devedor se valer do artigo 649 do Cdigo de

    Processo Civil para proteger os recursos depositados em fundos de previdncia

    complementar e/ou em seguros de vida.

    Ocorre, todavia, que a proteo imposta pelo artigo 649 do Cdigo de Processo Civil, at em

    razo da necessidade de a ao de execuo ter um curso clere e eficaz, no pode ser

    utilizada como um srdido mecanismo destinado a impedir a satisfao de crditos,

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  • acobertando-se fraudes.

    Certo , assim, que o artigo 649 do Cdigo Civil to-somente deve socorrer aqueles

    que tenham promovido operaes e investimentos em conformidade com a Lei, ou

    seja, sem qualquer infrao a disposies legais.

    [1] Assis, Araken. In Comentrios ao Cdigo de Processo Civil, Vol. 09, RT, Pg. 80

    [2] TRT-SP 02905/2001-3 Ac SDI 2002005433 DOE 30.04.2002 Rel. Nelson

    Nazar.

    [3] Primeiro Tribunal de Alada Civil SP AI 933.568-6 16.08.2000 Rel. Antonio

    Carlos Malheiros

    [4] STJ REsp 536.760-SP 2003 Rel. Min. Csar Asfor Rocha

    [5] TJDF AI 20010020056597 AGIDF 14.04.2003 Rel. Dcio Vieira

    [6] TJSP AI 288.888-4/8 13.05.2003 Rel. Enio Santarelli Zuliani

    [7] Neves, Celso. In Comentrios ao Cdigo de Processo Civil. Vol. VII. Forense. Pg.

    18.

    [8] Miranda, Pontes. In Comentrios ao Cdigo de Processo Civil. Vol. X. Forense.

    Pg. 145.

    [9] TJDF AI 20010020053925 AGIDF 05.11.2001 Rel. Haydevalda Sampaio

    [10] TJRO AI 03.003518-0 16.09.2003 Rel. Sebastio Chaves

    [11] TJRS AI 70007517295 06.11.2003 Rel. Marcelo Cezar Muller

    [12] JTACciv/SP 100/171

    [13] 1 TAC-SP AI 819. 239-6 20.10.98 Rel. Cndido Alem

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