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–Ainda falta muito para chegarmos as terras de Stefanio, senhor ? –Falta pouco agora. Você tem que ser mais paciente meu jovem aprendiz - desse o tutor –E isso não é uma tarefa senhor. Não precisa ficar me chamando de senhor toda vez que se dirigir a mim - Já estava farto de ser chamado de senhor, ele nem era tão velho assim - Meu caro, a paciência é uma coisa que há de ser aprimorada dia após dia, mas existem aquelas pessoas que já possuem esse dom. –Dom... Você possui algum senh...? –Com certeza a paciência não é um dos meus dons, mas as vezes tento manter a calma em algumas circunstâncias. Mas todos nós possuímos algum dom, até mesmos os mais fracos. –E quais dons você possui mestre ? –Tudo em seu tempo. Além disso, todas as respostas chegarão pra você algum dia. Nada pode ser escondido nesse mundo, não nesse. ............................................................. ............................................. Já estavam há dias andando a carroça. Só paravam quando havia a necessidade de comer ou usar banheiros, fora isso estavam na estrada. O destino era as terras de Stefanio, seu pai (paradeiro desconhecido) havia lhe designado um galpão para usá-lo como um centro de treinamento intelectual e de batalhas. Queria transmitir os ensinamentos que seu pai demorara anos e anos pra lhe ensinar antes de sumir do mapa. Achava que pai pai tinha lhe mandado pra as terras de Stefanio por outro motivo, um motivo que ele não saberia dizer qual era.

Justiça ou Vingança ?

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Algo imprevisível acontece com dois 'simples' viajantes. Isso mudará não somente sua rota, mas também suas vidas.

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–Ainda falta muito para chegarmos as terras de Stefanio, senhor ?

–Falta pouco agora. Você tem que ser mais paciente meu jovem aprendiz - desse o tutor

–E isso não é uma tarefa senhor.

Não precisa ficar me chamando de senhor toda vez que se dirigir a mim - Já estava farto de ser chamado de senhor, ele nem era tão velho assim - Meu caro, a paciência é uma coisa que há de ser aprimorada dia após dia, mas existem aquelas pessoas que já possuem esse dom.

–Dom... Você possui algum senh...?

–Com certeza a paciência não é um dos meus dons, mas as vezes tento manter a calma em algumas circunstâncias. Mas todos nós possuímos algum dom, até mesmos os mais fracos.

–E quais dons você possui mestre ?

–Tudo em seu tempo. Além disso, todas as respostas chegarão pra você algum dia. Nada pode ser escondido nesse mundo, não nesse.

..........................................................................................................

Já estavam há dias andando a carroça. Só paravam quando havia a necessidade de comer ou usar banheiros, fora isso estavam na estrada. O destino era as terras de Stefanio, seu pai (paradeiro desconhecido) havia lhe designado um galpão para usá-lo como um centro de treinamento intelectual e de batalhas.

Queria transmitir os ensinamentos que seu pai demorara anos e anos pra lhe ensinar antes de sumir do mapa.

Achava que pai pai tinha lhe mandado pra as terras de Stefanio por outro motivo, um motivo que ele não saberia dizer qual era.

Por um momento pensou que tudo estava bem, mas quando tudo está bem, algo ruim irá chegar. E isso se tornou realidade,

A carroça havia parado.

– O que aconteceu ? - o mentor perguntou ao carroçeiro, mesmo já sabendo a resposta.

Houve um silêncio.

–Pule !!!!!

Não houve tempo para discussões nem questionamentos. O mentor e o aluno pularam desesperadamente da carroça. Suas vidas estavam salvas por questões de segundos. A carroça havia sido totalmente destruída pela explosão.

–Quem está aí ? Aprendiz você está aí ? - Estava sentido o perigo pairando no ar.

Por um momento acho que tinha perdido a visão, só conseguia vislumbrar alguns vultos, mas não saberia distinguir cada um deles.

Em outro momento viu o seu aprendiz sendo segurado por dois rapazes altos. Outros dois rapazes armados com facas em seus cintos estavam ali também.

–Soltem-o !!! - exclamou com vigor o aprendiz.

–Como você disse mesmo...hmm. "Tudo em seu tempo"

Sentiu isso como um desaforo.

–Vocês estavam nos seguindo ?

–Tenho de acompanhado durante anos a distância, mas parece que agora nós estamos cara a cara. Uma pessoa que lhe conhece me enviou até você para lhe dar alguns recados - houve uma pausa até que ele recomeçasse a falar - Essa pessoa que que você o encontre nas terras de Stefanio e participe do torneio que lá haverá.Se der sorte poderá enfrentá-lo.

–Quem é essa pessoa ? O que ela quer de mim ? - mesmo sabendo que eles não iriam dizer tinha de perguntar para descobrir algo.

–Agora não é a hora.Quando você entrar na arena para se apresentar como competidor a platéia, ele também se apresentará, e tenho certeza que você vai reconhecê-lo.

–Como?

– Como você sabe todo grupo tem um símbolo, e eu lhe apresento o nosso.

Eles abriu a mãe e mostrou duas setas se cruzando, cada um delas apontando pra um lado diferente.

O símbolo não lhe era estranho. Talvez não conhecesse o grupo, mas reconhecia o símbolo de algum lugar. Mas não se importava com isso agora, sua principal preocupação era salvar o jovem daquela situação.

–Eu já recebi o recado. Diga a pessoa que te mandou que eu estarei lá no torneio, mas por favor solte esse rapaz ele não tem nada a ver com isso - implorou.

–Como eu disse, são recados e não somente um recado. Eu só tenho mais um recado pra você.

– Qual é ? - perguntou o mentor ansioso.

O homem tirou sua faca da bainha com um leve e frio movimento cortou a cabeça de um jovem inocente.

O mentor ficou parado, imóvel, sem reação. Não soube o que dizer ou o que fazer. E pouco a poucos as lágrimas começaram a escorrer.

– Por favor não chore - debochou do mentor - Você não tem motivos para chorar por ele. Você realmente o conhecia ?

– Sim... na verdade não muito ...

– Mas eu o conheço tão bem quanto você.

E quem realmente ele era ? - questionou o mentor.

– Para eu falar ... você terá de arrancar de mim..

O mentor não hesitou e obedeceu. Era tudo que ele queria que o assassino de seu aprendiz dissesse.

Tirou todas as forças que ainda lhe restava apesar da longa jornada. Abriu sua mão e mirou no assassino.... com um movimento rápido jogou toda sua magia de morte nos seus três inimigos.

Voltou a mirar no assassino.

– Diga-me o que ele realmente era ? - não podia ser nada ruim, o aprendiz era uma das pessoas mais corretas que já conhecera, mas a curiosidade já havia tomado conta do seu corpo. Já era tarde demais.

– Não me enrole. Diga. Você sabe que eu não hesitar em matá-lo depois do que você vez com esse jovem inocente.

–Ta bom em falo - Ele deu uma longa pausa, e respirou fundo.

–Diga !!! - Já estava perdendo a calma e o controle.

– Ele era seu filho...