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A GALOPE CHSA 2010 Programação 1º trimestre Retrospectiva 2009 Os destaques do CHSA Recordar é Viver Com Dora Borges Entrevista Karina Goldmann #3 – ano 2 – Janeiro 2010 – Órgão Oficial do Clube Hípico de Santo Amaro

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A GALOPE

CHSA 2010 Programação 1º trimestre

Retrospectiva 2009 Os destaques do CHSA

Recordar é ViverCom Dora Borges

Entrevista Karina Goldmann

#3 – ano 2 – Janeiro 2010 – Órgão Oficial do Clube Hípico de Santo Amaro

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2 Santo Amaro a Galope

Em junho de 1556, quando quase tudo ainda era mato na História do Brasil, a Companhia de Jesus, por ordem de seu superior, o Padre Provincial dos Jesuítas, Manoel da Nóbrega, resolveu dividir administrativamente a Capitania Hereditária de São Vicente em três: a Casa de São Vicente, no litoral; a Casa de São Paulo, em São Paulo dos Campos de Piratininga, atual capital deste Estado, e uma terceira região, que à falta de um santo a lhe permitir batismo imediato ficou conhecida por seu nome indígena, de Jeribatiba, ou, em tradução livre, Campo das Palmeiras.

Passados alguns anos, a pequena aldeia de Jeribatiba, que mostrava um crescimento incomum, poderia ser alçada por Padre José de Anchieta à condição de povoado; para isso, era imperativo, entretanto, mandar erguer uma capela. Para tal capela ser confirmada e reconhecida pela Santa Mãe Igreja, precisaria receber uma imagem pia, sendo que o santo retratado na imagem daria nome ao povoado. Há quase 500 anos, tal aquisição era bem difícil, pois dada sua raridade, quem tivesse uma, dela não se desfaria.

Depois de muito se procurar, descobriu-se que o Sr. João Paes e sua esposa, Dona Suzana, tinham uma imagem de sua devoção, que por total acaso era a de Santo Amaro. Assim, apenas em 1686 foi batizado este chão, que amamos, como Freguesia de Santo Amaro, por obra do Bispo do Rio de Janeiro.

Em 1832, Santo Amaro foi elevada a Cidade Autônoma do Estado de S. Paulo. Em 1935, alguns sócios da Sociedade Hípica Paulista – ainda localizada no bairro de Pinheiros e, à época, a única agremiação civil de equitação do Estado – resolveram deixar aquela entidade para, por conta própria, abrir um novo clube. Decidiram que este recanto se localizaria fora da capital, a ser encravado nas paragens da mata nativa da vizinha cidade de Santo Amaro.

Era o ideal daqueles pioneiros – em boa parte europeus ou seus descendentes – aproximar-se o mais possível da natureza, do que restava da exuberante Mata Atlântica original.

Até antes de se fazer a aquisição do terreno que receberia o sonho daqueles pais fundadores, já se esco-lhera que o nome da nova entidade equestre seria o da cidade que o abrigaria: Club Hippico de Santo Amaro. Iniciaram-se, então, as tratativas, encabeçadas por João Carlos Kruel, de se arrematar uma fazenda, o que resultou na compra da Fazenda Itaquerê, que tinha sua sede no nosso atual Casarão.

Quis o destino, porém, que toda a flor da equitação permanecesse na capital; ao mesmo tempo em que nossos antepassados iam do sonho à realidade, naquele mesmo 1935 o Governo do Estado de São Paulo incorporava, em definitivo, Santo Amaro à capital.

Neste ano, 75 anos depois dos sonhos e realidade de nossos pais fundadores, comemoramos o Jubileu de Diamante desse Club Hippico de Santo Amaro, que trocou algumas letras de seu próprio nome à medida que conquistava seu sucesso, suas vitórias e formava sua fértil descendência de cavaleiros e amazonas maravilhosos.

Homenagearemos nesse ano emblemático de aniversário au grand complet!Comemoraremos nosso convívio e a lembrança de quem nos precedeu, como bem merece esse chão.De minha parte, fico imaginando o que diria esse Club Hippico a todos aqueles seus filhos, presentes ou

idos, que tão bem acolheu nesses 75 anos, se “acaso” falasse... Ah! Se meu clube falasse, decerto usaria as palavras de Saint-Exupéry, que abaixo transcrevo:

“Cada um que passa em nossa vida passa sozinho,Porque cada pessoa é única para nós e nenhuma substitui a outra.Cada um que passa em nossa vida passa sozinho, mas não vai sozinho, nem nos deixa só.Leva um pouco de nós mesmos e nos deixa um pouco de si mesmos.Há os que levam muito, mas não há os que não levam nada.Há os que deixam muito, mas não há os que não deixam nada.Esta é a mais bela realidade da vida, a prova tremenda de que cada um é importanteE que ninguém se aproxima do outro por acaso.”

Santo Amaro, janeiro de 2010Duílio Martins, Presidente da Diretoria

Editorial

CONSELHO DIRETORDiretor Presidente - Luís Duílio de Oliveira Martins

Diretor Vice-Presidente - Luca MifanoDir. Adm. Financeiro - Michel Ernesto Setzer

Diretor Tesoureiro - William PereiraDiretor Jurídico - Renato Scott Gutfreund

Diretora de Salto - Karina Ivone SmithDiretora de Adestramento - Lindinha Macedo

Diretor de Vila Hípica - Pedro Fernando FrancoDiretor de Tênis - William Almeida de Oliveira Filho

Dir. da Escola de Equitação - Ana Claudia C. DelmaschioDiretor Comercial e Marketing - Marcelo Ramos

Diretor Médico - Arthur CorradiniDiretora Social - Sandra Smith de Oliveira MartinsAssuntos Internacionais - Joe Quagliotti de Faá

Assessor de Segurança - Pedro Fernando FrancoAssessora de Volteio - Joyce D. R. Altmann

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOPresidente - Davis Konfino Castro

Vice-Presidente - Gilson José RasadorSecretária - Fátima da Collina de Aguiar Comissão de Julgamento e Justiça

Coordenador - Gilson José RasadorEfetivos - Renato Luiz de M. Mange e Sérgio C. Fernandes

Comissão de SindicânciaCoordenador - Élcio Garcia Álvares

Efetivos - Sílvia Salles Milani e Fátima da Collina de Aguiar Comissão de Obras e Ecologia

Coordenador - Paulo André Jorge GermanosEfetivos - Paul von Bismarck e Enio Monte

CONSELHO FISCAL

Coordenador - Francisco José C. de ArrudaEfetivos - Tomas George Altmann e José Carlos Ávila

REALIzAÇÃO

Direção Geral - Eliseu UrbanReportagem, Edição e Revisão -

Cambacica Projetos Editoriais Direção de Arte - Cibele Cipola e Luciane Stocco

Colaboraram nesta Edição - redação: Érica Fernandes (Mtb 40.204/SP); fotos: Carola May e Rute Araújo;

estagiários de arte: Mariana Zanarelli e Phillipe Guedes Jornalista Responsável - Deborah Peleias

(Mtb 15.212/SP)

A GALOPE

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Sob a coordenação de Beth Pecho, aconteceu o bazar de Natal em 12 e 13 de dezembro, que contou com belas peças. A recordista de vendas foi a associada Beth Miranda (na foto ao lado) e um coquetel de confraternização brindou o encerramento do evento.

Bazar de Natal: sucesso garantido

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3 Santo Amaro a Galope

Sumário

13 Sócios que fotografam o Clube14 A paixão pelo hipismo – de pai

para filho16 O novo presidente da FPH17 Posse dos Conselheiros do Clube24 6ª Etapa do Campeonato

Brasileiro e Estadual de Volteio29 Duílio Martins na presidência

da Acesc33 Lucro no Restaurante34 Artigo - A pessoa com

deficiência e o emprego

o4 Atleta, mãe, instrutora e formadora de novos talentos

08 Retrospectiva 2009

12 Amazonas disputam pódio também no futebol

18 Perspectivas econômicas para 2010

22 Entrevista com Luiza Tavares

26 Resultados da XII Copa Santo Amaro

28 Conquistas e expectativas de jovens cavaleiros

30 Laços de família – uma homenagem ao

coronel Gérson Borges

1822o4 08

2612

28 30

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4 Santo Amaro a Galope

Destaque

Atleta, mãe, instrutora e formadora de novos talentos

Karina Goldmann, 43 anos, é um dos nomes mais importan-tes do salto no Brasil. Santamarense desde o início de sua carreira, Karina vem construindo uma história sólida com

muito trabalho, dedicação aos cavalos e aperfeiçoamento técnico. Atual campeã paulista Senior, representa o Clube nos concursos por equipe como resultado de sua experiência e talento. No seu dia a dia, Karina também se dedica à família e à formação de seus alunos e de cavalos novos do CHSA. Nesta entrevista à Santo Amaro a Galope, ela nos conta um pouco de sua trajetória de sucesso.

SAAG. Como você se interessou pelo hipismo e em qual idade começou a montar?KG. Comecei tarde, aos 12 anos, mas aos 8 eu já queria montar. Como em casa ninguém montava, acabei perdendo as categorias de base, mas aos 14 anos, eu já ensinava o pessoal mais novo na escoli-nha do Clube em troca de minhas aulas. Nesta época, havia muitas competições e provas e quando terminei o colegial resolvi fazer uma faculdade, fora do Brasil, que tivesse alguma relação com cavalos. Tentei ir para uma faculdade em uma cidadezinha dos Estados Uni-dos, onde dava para cursar zootecnia e montar. Quando cheguei lá, vi que a realidade não era o que o catálogo da universidade descrevia. Acabei desistindo, mas fiquei dois meses em Miami, na casa de pa-rentes, aperfeiçoando meu inglês. Voltei ao Brasil e comecei a montar profissionalmente e a dar aulas. Depois de um ano, fui para a Europa e fiquei um ano com o Neco, montando, trabalhando e participando de concursos. Isso foi em 1984.

SAAG. Você sempre gostou de salto?KG. Sim, sempre gostei, mas quem monta precisa conhecer o bási-co de adestramento. Fiz um pouco de adestramento, CCE, que é pura adrenalina, e senti que era um pouco demais para mim porque é muito veloz, sobe, desce, pula... Eu queria mesmo era saltar.

SAAG. O que lhe atrai nesta modalidade?KG. Boa pergunta. O adestramento não tem tanta adrenalina quanto o salto, que tem mais emoção. No salto, é preciso ter equilíbrio, um bom

ritmo e um bom traçado para abordar os obstáculos e, o mais impor-tante neste esporte, disciplina, harmonia e respeito para com o cavalo.

SAAG. E como é sua relação com o cavalo?KG. Costumamos brincar que quando o cavalo entra no sangue de uma pessoa, não sai mais... Nos apegamos e fazemos tudo por ele. Aliás, é uma satisfação muito grande comprar um cavalo novo e vê-lo crescer. Mas, às vezes, acontece de comprarmos um animal, prepará---lo e, quando está pronto, acabamos por vendê-lo. Foi o que aconte-ceu com uma égua. Cruzei-a com um garanhão que escolhi, nasceu o potro, o domei, montei e quando ele estava saltando as provas de 1,20 m, um colombiano me ofereceu um preço irrecusável. Para mim, foi como se estivesse vendendo meu filho! Mas também é gostoso quando você vende um animal e sabe que ele será bem cuidado e que o novo dono dará continuidade ao trabalho iniciado por você.

SAAG. E como é seu dia a dia?KG. Levo meus filhos para a escola dois dias da semana – nos outros, faço rodízio com uma amiga. Começo a montar às 8h, faço uma pau-sa para o almoço, busco as crianças na escola, volto e trabalho até às 17h e 18h, dependendo do dia. Na rotina do treinamento, reservo a parte da manhã para trabalhar os cavalos e à tarde me dedico aos alunos, que trabalham com muita dedicação e disciplina.

SAAG. Quais foram suas maiores dificuldades no hipismo até hoje?KG. Acho que sempre é preciso ter um bom cavalo debaixo da sela para poder ganhar e entrar nas grandes competições. E já fiquei fora de grandes concursos por não ter um bom cavalo. Por isso, dizemos que esse é um esporte em que você precisa se dedicar muito e trabalhar o cavalo pelo menos uma hora por dia. Para competir em nível inter-nacional, é necessário ter um animal que possua condições de saltar as provas de 1,50 m, e nem sempre estamos com esses animais.

Já tive ótimos cavalos e ótimas oportunidades. Em 2009, por exemplo, tive bons cavalos, mas nenhum de grande prêmio. Para 2010, espero ter bons animais para competir.

Eu sempre digo também que o hipismo é o único esporte em que

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5 Santo Amaro a Galope

Acima, a simpatia da santamarense Karina Goldmann durante a entrevista; abaixo, a amazona no lugar mais alto do pódio da Copa Santo Amaro, ladeada por Ricardo Monteiro da Luz (2º lugar); Vítor Alves Teixeira (3º lugar) e com Karina Smith, Pedro Fernando Franco e o Presidente Duílio Martins.

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Alguns cavalos

First Manga: cavalo que ganhou muito e perdeu muito, com o qual venceu muitos campeonatos e ganhou muita experiência.

Gamay: comprou na Ecurie Mathy aos 5 anos de idade para sua sobrinha Daniela e foi treinado por Karina da seguinte forma: enquanto Daniela saltava o Infantil, Karina treinava para 1,20 m. Daniela virou Mirim e, Karina saltava 1,30 m. Quando a sobrinha virou Junior, Karina saltava 1,45 m. “E, nesse tempo, ganhei muitos campeonatos com ele”, conta.

Grace: pulou provas de 1,50 m, ganhou muitos prêmios e foi vice-campeã brasileira de Senior em Brasília.

Kauana Waterloo: Sela Belga campeão da Copa Santo Amaro de Cavalos Novos 6 anos em 2009.

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6 Santo Amaro a Galope

o homem e a mulher disputam em igualdade em uma Olimpíada. Mas para a mulher é um pouco mais difícil, porque precisamos conciliar a vida pessoal com a profissional, precisamos dar atenção à família, aos filhos, ao marido, à casa. Então, é preciso saber equilibrar todas as tarefas para haver harmonia.

SAAG. Em 2010, você vai competir com o Kauana Waterloo?KG. O Waterloo tem 6 anos e já faz as provas de 1,35 m. Ele está em treinamento desde os 5 anos e completa 7 em 2010. Nesse ano, va-mos competir muito. Pretendo, também, trazer um cavalo de Gran-de Prêmio da Europa para 2010, saltar os concursos internacionais e me dedicar às clínicas administradas na Europa em parceria com Claudia Santos Mathy.

SAAG. Você tem ido muito à Europa para se aperfeiçoar?KG. Assim como o brasileiro gosta de futebol, o europeu gosta de cavalo. Por isso, o esporte é muito mais evoluído e aprendemos mui-to cada vez que vamos para lá. Todos os meses de novembro parti-cipo dos concursos europeus e nos últimos anos tenho organizado as winter clinics, em janeiro, e as summer clinics, em julho, na Bélgica, e têm sido um sucesso, graças a Deus. Em parceria com Claudia Santos Mathy, casada com o grande comerciante de cavalos europeu Fran-çois Mathy, organizamos as clínicas na Ecurie Mathy com a partici-pação de cavaleiros renomados internacionalmente, como McLain Ward, medalha de ouro por equipe nas Olimpíadas de 2008 e vice- -campeão do mundo, Trevor Coyle e François Mathy Junior. Os alu-nos aperfeiçoam muito sua equitação e atualizo meus conhecimen-tos, pois sempre temos o que aprender.

SAAG. Quais são seus principais títulos?KG. Já fui quatro vezes campeã brasileira e cinco vezes campeã pau-lista de Amazonas. Ganhei vários Campeonatos Paulistas represen-tando o CHSA e Brasileiros, a FHP. Em 2009, ganhei o Paulista de Seniors e fui campeã brasileira e paulista de Seniors em outros anos, além da Copa Santo Amaro de Cavalos Novos 6 anos, em 2009, e 1,20 m categoria Aberta. Já bati o recorde de cavalo Árabe de salto em altura e já ganhei vários grandes prêmios.

SAAG. Você foi criada aqui no CHSA, não foi?KG. Eu me sinto bem aqui. É a minha segunda casa. Eu tinha 16 anos quando fiquei sócia e o Clube, hoje, é o jardim de minha casa: os terrenos dividem os fundos. Então, é o paraíso. Tenho um bom relacionamento, conheço todo mundo e já fui Diretora Adjunta de Salto quatro vezes.

SAAG. Quais são suas melhores lembranças do Clube?KG. Ocorriam festas uma vez por semana para os adolescentes na Sede, onde hoje é a Academia. Foram bons tempos, e nos divertíamos muito. Além das pessoas, tem as vitórias conquistadas aqui, como o Paulista de Senior do ano passado. É sempre muito bom vencer den-tro de casa. Mas teve um acontecimento durante um Campeonato Paulista de Amazona que me marcou muito. Eu estava pulando com três cavalos e, na época, meu filho Felipe tinha 6 anos. Ele brincava enquanto eu me preparava para as provas, que iam acontecer no final da tarde no último dia. Um dos cavalos com o qual eu saltava estava na liderança, então pensei em levar meu filho para casa para poder me concentrar melhor no campeonato, mas quando fui procurá-lo, não o encontrei. Todos os seguranças e funcionários do Clube me ajudaram a procurá-lo, só que neste ínterim a prova começou. Per-di um cavalo, perdi o segundo... e nada de encontrar o Felipe. Em resumo, o que aconteceu é que um amigo nosso passou no Clube, convidou o Felipe para ir jantar com ele, e fez uma brincadeira muito infeliz: ligou em casa e falou para a babá “eu estou com o Felipe e não vou devolver”. Aí meu marido entrou em pânico e achou que o Felipe havia sido sequestrado. Comecei a chorar, a me emocionar, e desisti da prova, mas todo mundo me disse para continuar, porque

estava ganhando. Aí, o “grande amigo” resolveu entregar o Felipe e o meu marido me ligou dizendo que estava tudo bem, que era para eu entrar na prova. Foi um estresse enorme. Faltavam cinco cavalos para eu entrar na pista e nem sabia o percurso. Decidi não entrar, porque estava sem condições emocionais, mas meus amigos insistiram para eu continuar, o que foi muito legal. Subi no cavalo sem saber onde estava e o que estava fazendo. Fiz o percurso, ganhei e fui campeã. Esse foi um título muito comemorado. O que me deixou muito con-tente foi a preocupação de todo mundo do Clube com o que estava acontecendo. E eu ainda terminei campeã!

SAAG. O CHSA tem tradição em formar excelentes amazonas. Quais você destaca?KG. O Santo Amaro tem bons nomes, como a Camila Benedicto, que monta muito bem. Tem a Thereza Tourinho, que parou de montar para ter filho, mas já deve estar voltando, Daniela e Dominique, cam-peãs paulistas e brasileiras, que atualmente pararam de montar para cursar universidade fora do Brasil, e eu!

O tratador Dito está há 18 anos com Karina e ela garante que “existe uma harmonia muito grande”.

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Principais títulos brasileiros

• Campeã paulista e brasileira na categoria de cavalos novos

• Bi-campeã da prova das seis barras• Sete vezes campeã do Troféu Eficiência da

FPH, sagrando-se campeã em 2009• Várias vezes campeã paulista e brasileira por

equipe nas categorias Senior e Amazonas Top• Várias vezes campeã paulista e brasileira

por equipe• Campeã de Potência de Cavalos Árabes• Além de muitas outras participações e vitórias em

concursos nacionais e internacionais no Brasil e na Europa

Alguns títulos conquistados por seus alunos

• Campeonato Paulista de Mini-mirim• Campeonato Brasileiro de Mini-mirim• Vice-campeã brasileira Infantil• Campeã sul-americana Junior• Campeã sul-americana Jovens Cavaleiros

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7 Santo Amaro a Galope

SAAG. O Clube tem algum segredo para formar boas amazonas?KG. Eu acho que é um Clube muito caloroso, onde todos são ami-gos, todos se ajudam e isso é um diferencial. Tenho muitos alunos, a maioria é mulher e todas são muito boas. Tem a Fernanda Pereira de Araújo, que foi campeã paulista de Jovens Cavaleiros 1,20 m em setembro de 2009 e, por coincidência, o cavalo com o qual saltei e fui campeã no Paulista de Senior no ano passado – o MC Atlético – é dela. Tem a Mirella Bertezlian, que tem vários títulos, a Michele Alves e a Isabela Della Torre. Existem muitas mulheres montando hoje.

SAAG. Há uma idade ideal para começar a montar?KG. É importante começar nas categorias de base. Eu, por exem-plo, comecei na escolinha com 12 anos e não peguei essa base, que é fundamental para o desenvolvimento técnico na equitação. Acho 8 anos a idade ideal, porém é sempre bom o contato com o animal desde cedo. Minha filha Gabriela, por exemplo, iniciou aos 3 anos, montando pôneis na Escola do Clube. Fiquei muito contente com o trabalho em relação às crianças e aos pôneis.

SAAG. Como você vê o hipismo hoje no Brasil?KG. O hipismo está crescendo muito, principalmente depois da vi-tória do Rodrigo Pessoa nas Olimpíadas, e a própria Camila agora. É um esporte que se propagou e cresceu muito com as escolas de aces-so mais fácil. Vejo um futuro brilhante para o esporte no Brasil. Mas, ainda, para se profissionalizar e pensar em uma Olimpíada é preciso morar na Europa, porque lá é muito mais desenvolvido, além de que o cavaleiro ou a amazona pode participar dos vários concursos e apri-morar suas técnicas. É o que faço para me aperfeiçoar. Em resumo, é preciso ter esse contato com os cavaleiros europeus, caso se queira alcançar o nível internacional.

SAAG. Sua família tem tradição hípica?KG. Não. Meu marido, o Ulisses Lemos Torres, montava quando era criança – na época do coronel Moura e dos passeios pelas Mar-

ginais –, mas parou. Eu o conheci porque era dono de uma égua Árabe que eu montava em um haras. Ia ter uma prova de potência do cavalo Árabe e, como a dona do haras me disse que a égua não era dela, tive de pedir permissão ao Ulisses, que me deixou saltá---la. Foi nesse concurso que bati o recorde de salto em altura com cavalo Árabe, nós saltamos mais de 2 m. Isso aconteceu logo de-pois que voltei da Europa, em 1986 ou 1987.

SAAG. E seus filhos, também gostam de montar?KG. O Felipe está com 13 anos, gosta do animal, trota e galopa, mas não salta. Já a Gabriela, de 6 anos, adora montar e começou na es-colinha do Clube com os pôneis. Ela é louca para montar os cavalos grandes e diz que quer participar de provas. Para você ver como a Gabriela tem o cavalo no sangue, certa vez eu a levei comigo para a Europa – ela estava com 4 anos – e durante a clínica a deixei com uma amiga. Quando voltei, ela estava trotando. Ela disse que sabia trotar, galopar e saltar, e minha amiga acreditou! Hoje, a Gabriela monta duas vezes por semana com a Adriana Santoro e fala que vai saltar e ser campeã. Para ela, tudo é cavalo! Ela adora passar o dia comigo no Clube, fica com os tratadores e ajuda a cuidar dos cava-los, dos gatos... Aliás, na minha família, só as mulheres gostam de montar: eu, a Gabriela, minha irmã e minhas duas sobrinhas!

SAAG. Cite o momento em que você teve certeza de que todo o seu esforço tem valido a pena.KG. Em uma clínica que organizei, o McLain Ward me disse que, como amazona, ele me achava muito parecida com a Meredith Mi-chaels-Beerbaum, que é considerada a melhor amazona internacio-nal. Fiquei muito orgulhosa com esse elogio, isso foi muito impor-tante para mim.

SAAG. Por fim, seus agradecimentos vão para quais pessoas?KG. Agradeço ao meu patrocinador Kauana, que me apóia muito, ao cavaleiro Vítor Teixeira pela ajuda e à minha família pela admiração.

Participação de Karina Goldmann no Campeonato Paulista de Senior de 2008, no CHSA.

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8 Santo Amaro a Galope

Retrospectiva 2009

No ano passado, sediamos no CHSA as duas mais importantes clínicas de salto do País: em janeiro, com o mais

premiado cavaleiro da história do hipismo na-cional, Vítor Alves Teixeira, e com o medalhista pan-americano César Almeida, e em junho com o mito do hipismo mundial Nelson Pessoa.

Também participamos de 25 concursos de salto, dentre eles dois paulistas, dois na-cionais, um internacional e três brasileiros; realizamos dez etapas da Copa Santo Amaro e quatro provas da equitação fundamental.

O concurso em comemoração ao aniversário do CHSA, em sua 74ª edição, foi um sucesso indiscutível. Foram seis dias de evento, com provas para todas as categorias, recorde de inscritos, inovações como o telão, TV de plasma e shows ao vivo; além de uma superestru-tura de arquibancadas, área vip, lounges, restaurantes para o público e a ampla reforma do campo de polo, que conseguiu abrigar mais de 900 cavalos. Todos esses elementos sacramentaram o aniversário como o melhor concurso hípico do Brasil e da América do Sul.

Em termos de infraestrutura, destaco a reforma do piso do picadei-ro coberto de saltos, utilizando o que há de mais moderno no mundo, os novos obstáculos que nos dão o título de clube com a maior quanti-dade e variedade de obstáculos do Brasil, a reforma do piso da pista de grama e a construção da nova banqueta da pista de grama.

CHSA se despede de 2009 com grandes conquistasAs diretoras Karina Smith (Salto), Lindinha Macedo (Adestramento),

Joyce Altmann (Volteio) e Ana Claudia Delmaschio (Escola de Equitação)

fazem um balanço das atividades e conquistas de seus respectivos

departamentos no ano passado. A conclusão é unânime: o resultado

é muito positivo. Confira o depoimento de cada uma delas

Karina Smith – Diretora de Salto

Títulos conquistados em competições de salto pelo CHSA em 2009

Mario Francisco Cia Junior• Campeão da Prova de YR

do AOIHS• Campeão Paulista YR• Convocado para o Sul-

-americano YR na Colômbia

Yuri Mansur Guerios • 2º lugar no GP do Torneio de Verão• Campeão do Grande Prêmio de Abertura da Temporada• 1º e 2º lugares lugar no GP do Rio de Janeiro (início do ano)• 7º lugar no GP da Argentina e 1º lugar por equipe na

Copa das Nações• Campeão e vice-campeão do Grande Prêmio Oi Serra e Mar

Emyr Diniz Costa Neto• Vice-campeão Brasileiro de Pré-Mirim

Karina Goldmann Lemos Torres• Campeã Paulista de Senior Especial

Stephanie Behar Pires• 3º lugar Campeonato Paulista de Senior

Acima, Karina Smith no 74° aniversário do CHSA. Nas fotos abaixo, o lounge montado para as competições e a clínica com Nelson Pessoa.

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9 Santo Amaro a Galope

O ano passado foi muito rico para o adestramento. A primeira prioridade do CHSA foi o Campeonato de Ades-

tramento Interclubes (CAI), criado em 1973. O CAI é muito importante porque funciona como uma base de onde sairão os grandes cavaleiros. Ou seja, todos os cavaleiros que atingiram um nível bom no adestramento participam do CAI. Em 2009, incrementamos o campeonato com cinco etapas e muitos prêmios. E na última eta-pa conseguimos fazer uma inovação espetacular: a participação dos pôneis. O sucesso foi tão grande que a partir de 2010 será uma priori-dade nossa investir nas crianças.

Paralelamente, tivemos vários CDI’s (concursos internacionais de adestramento) para que, desta forma, pudéssemos formar uma equipe para o Mundial de Kentucky neste ano. Foram provas bastante interessantes e as estrelas foram Luiza Tavares e Rogério Clementino da Silva, ambos classificados para o Mundial, além de outros dois ca-valeiros que formam a equipe brasileira.

Para mim, os dois fatos mais importantes de 2009 foram se-diar o Campeonato Brasileiro e as várias etapas do Campeonato do Lusitano, sem falar no sucesso do CAI, com 62 inscrições. Este campeonato foi uma vitória para nós porque nos mostrou que o adestramento está em um nível muito melhor, mais perto do brilho do salto, embora ainda estejamos a anos-luz de diferença.

Uma inovação do ano passado foram as duas clínicas de recicla-gem para os profissionais do Clube, ministrada pela amazona e juíza internacional Janine Rohr.

Em 2009, a minha grande alegria foi ver a retomada do ades-tramento, que teve um hiato em 2007 depois que dois grandes cavaleiros deixaram as arenas, Macedo e Micheline Schulze. O adestramento, graças a Deus, caminhou a passos largos, tivemos CDI’s com juízes internacionais de primeira linha. Destaco tam-bém o Challenge realizado no Clube. Como o nome diz, consis-te de juízes internacionais escalados pela FEI que vão aos países para fomentar o desenvolvimento do adestramento. O Challenge foi um sucesso com vários participantes do CHSA no Advanced, Children e na São Jorge.

Meus agradecimentos são para o coronel Nigri, Diretor de Ades-tramento da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), que nos aju-dou muito, que lutou por nós e atendeu a todos os pedidos que fize-mos – ele é o baluarte da equitação, é um nome muito importante do adestramento brasileiro; também para Sandra Smith, que embora seja Diretora Social é uma amazona de adestramento de Grande Prêmio e que já participou de jogos pan-americanos, e ao nosso presidente, Du-ílio, que foi uma surpresa para mim em todos os sentidos e tem aten-dido a todos os pedidos do Departamento de Adestramento, como a reforma das pistas já no início desse ano. Também agradeço a Miche-line Schulze pelo apoio durante 2009 e ao diretor William Pereira, que é muito correto e uma pessoa maravilhosa.

Lindinha Macedo – Diretora de Adestramento

André Oliveira Campos Freire• Campeão Paulista de Senior• 2º lugar no Ranking CBH -

Jovens Cavaleiros

Marcello Artiaga de Almeida Castro• Campeão Paulista de Senior Top

Karina Ivone Smith• 3º lugar no Campeonato

Paulista de Amador Top• Campeã - Serra e Mar

(Amador)• Campeã GP Aniversário

CHSA Amador Top

Flávia Mendonça• 3º lugar no Campeonato

Paulista de Amador• Campeã Brasileira de

Amador• 1º lugar no Ranking CBH -

Amador

Para 2010, além das etapas do Paulista e do Brasileiro, teremos quatro etapas do CDI até o meio do ano, porque vamos tentar clas-sificar o Leandro Aparecido da Silva, que tem só um índice, e talvez mais cavaleiros, porque precisamos ter outros nomes como opções de substituição na equipe que irá para Kentucky, conjuntos que este-jam dentro das exigências da FEI.

E no primeiro trimestre vamos reeditar uma prova que não reali-zamos há tempos, que é o Torneio de Verão, já em fevereiro.

Na foto ao alto, a amazona Luiza Tavares e Samba,

estrelas do adestramento em 2009. No centro, pódio

do 1° Campeonato Brasileiro de Pôneis com as novas

estrelas do hipismo. À direita, a campeã Luana Mayumi Tone

montando Pingo ao lado do coronel Nigri.

José Roberto Reynoso Fernandez Filho• Vice-campeão Paulista de Senior Top• 2º lugar no Ranking CBH - Grande

Prêmio - Senior• 1º lugar no Ranking CBH - Grande

Prêmio - 1,30 m/1,40 m• 1º lugar no Ranking CBH - Junior/

Senior - 1,30 m /1,40 m

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10 Santo Amaro a Galope

Em 2009, tivemos seis etapas de volteio incluindo o Campeonato Internacional de Volteio e o Campeonato Brasileiro

de Volteio. A temporada 2009 teve etapas do Campeonato Nacional e do Campeonato Es-tadual de Volteio e sediamos a última etapa, que foi o Campeonato Brasileiro de Volteio e a sexta etapa do Campeonato Nacional e do Es-tadual de Volteio, em 14 e 15 de novembro.

Estivemos presentes em todas as etapas e trouxemos medalhas em todas elas. No começo de 2009, a CBH decidiu quais seriam os atletas integrantes da equipe brasileira de volteio, formada por dez integrantes, mas decidiu-se que esse não é um número folgado e, por isso, estamos treinando perto de 20, para integrar uma equipe Junior e uma Senior, e alguns individuais, para Kentucky 2010.

É preciso treinar uma equipe maior porque os imprevistos acon-tecem. Na equipe brasileira de volteio temos quatro representantes do CHSA envolvidos no projeto: duas atletas e duas técnicas, que são as atletas Victoria Zardetti e Yasmin Rodrigues Altmann, e as técnicas Eva Tavares Paes e Thaís Tavares Paes, que além de serem professoras e técnicas do CHSA, também são responsáveis por todo o projeto de volteio da CBH para o Mundial de Kentucky. Vale ressaltar que os trei-nos da equipe brasileira de volteio acontecem sempre aqui no CHSA e em 3 de janeiro realizamos uma clínica para as atletas da equipe brasi-leira com os técnicos Alexander Hartl e Michael Gnad.

Um dos destaques de 2009, sem dúvida, foi o CVI (Concurso Internacional de Volteio), realizado no Haras Larissa, em Monte

Joyce Altmann – Assessora de Volteio

Marcio Appel• Vice-campeão Paulista de

Amador Top• Vice-campeão Brasileiro de Amador Top• 2º lugar no Ranking CBH - Amador Top

Vítor Alves Teixeira• 3º lugar no Campeonato Brasileiro

de Senior Top

César Almeida• 3º lugar no Campeonato Paulista de Senior Top• 2º lugar no Ranking CBH - Senior• 2º lugar no Ranking CBH - Grande Prêmio - 1,30 m/1,40 m• 2º lugar no Ranking CBH - Junior/Senior - 1,30 m/1,40 m• 1º lugar no Ranking CBH - Mini GP - 1,30 m/1,40 m

Fernanda Ribeiro de Araújo Ferreira• Campeã Paulista de Jovens Cavaleiros

Isabella Galliez Pinto Salles• Vice-campeã Paulista de Jovens Cavaleiros Top• 2ª lugar no Ranking CBH -

Jovens Cavaleiros Top

Mario Appel• Campeão da Prova 1,50 m CSIO-W 2* -

Concurso de Salto Internancional - Buenos Aires - Haras El Capricho

Mor, que contou com cerca de 100 inscrições e teve como grande interesse os juízes e os atletas internacionais, que são os expoentes do volteio mundial.

Em resumo, o CHSA está se tornando uma potência em cada uma de suas modalidades, mesmo que uma tenha mais visibilidade do que outra, mostrando que todo o trabalho é feito com muita serie-dade. E no caso do volteio, com muito amor.

Da esquerda para a direita, representantes do CHSA no Campeonato Brasileiro de Volteio: Eva Tavares Paes, Nilberto Moratti e Thaís Tavares Paes.

Da esquerda para a direita, Júlia Gundlach, Thaís Tavares Paes e Yasmin Altmann durante o Campeonato Brasileiro de Volteio.

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Títulos conquistados em competições de salto pelo CHSA em 2009

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11 Santo Amaro a Galope

Em 2009, um dos grandes destaques foi o Campeonato de Pôneis, cujo sucesso ecoou para além do Estado de São Pau-

lo. Foi um trabalho contagiante e percebemos um empenho muito grande tanto dos profes-sores quanto das crianças, que têm entre 6 e 10 anos, e dos pôneis, que tiveram sua rotina mu-dada em 30 dias. No princípio, ficamos apre-ensivos se daria certo realizar esse campeonato, mas a força das parce-rias deu um resultado muito bom, principalmente porque temos uma diretoria que se importa com todos os departamentos e tem respeito pelos sócios, que também têm conseguido fazer essa troca conosco.

Em 2010, realizaremos novamente o Campeonato de Pôneis, e talvez seja em uma proporção maior porque somos a única escola de equitação a promover o campeonato.

O salto também se destacou no ano passado e a Escola partici-pou de todas as etapas da Equitação Fundamental. Sediamos algu-mas provas de campeonatos importantes, não apenas etapas de um dia, mas campeonatos mais longos como o Paulista, o de Amazonas, a Copa Paulista. Isso mostra que o Clube abre espaço para essa po-pulação, que tem uma vivência diferente e que está ingressando no hipismo. Foi uma grande conquista a retomada da participação da Escola nos campeonatos longos. Outra conquista da Escola é o nível de tratamento dos cavalos.

O sucesso da Escola em 2009 foi resultado das parcerias com outros departamentos e com os sócios, nos permitindo desenvolver novas ações e obter resultados positivos.

Nosso maior desejo, agora, é conseguir um espaço coberto para a Escola e para a Equoterapia. Para isso, vamos nos empenhar para realizar esse sonho, que será um diferencial importante para nós.

E, para finalizar, outra vitória do ano passado foram os cursos de reciclagem para os professores ministrados por excelentes pro-fissionais, além das parcerias e da participação dos alunos engran-decendo as provas.

Ana Claudia Delmaschio – Escola de Equitação

Jennifer Lauren Tardelli Foster• Vice-campeã Brasileira de Jovens Cavaleiros• 3° lugar no Campeonato Brasileiro de

Amazonas Top• 3º lugar no Ranking CBH - Jovens Cavaleiros

Carina Trigueiro Borba• Campeã Paulista de Amazonas

Thereza Tourinho• Vice-campeã Paulista de Amazonas

Fabiana Mendes Teixeira• 3° lugar no Campeonato Paulista de Amazonas B

Krizia Kartalian Ayrosa Galvão• Vice-campeã Brasileira de Amador A

Antonio Manoel Lopes Sanches• Vice-campeão Paulista de Master B• 1º lugar no Ranking CBH - Master B

Ana Eliza Aguiar Ramos• Campeã Brasileira de Amazonas

Giovanna Moreira Arcas• 3° lugar no Campeonato Brasileiro de Amazonas

Os números do CHSA em 2009 falam por si

Acima, alunas da Escola de Equitação.

Quantidade de conjuntos que saltaram nas etapas da CSA: 5.263 até IX Etapa

Quantidade de conjuntos somando todas as provas que foram realizadas no CHSA: 11.780 (incluindo a CSA)

Quantidade de premiação distribuída em todos os eventos de salto: R$ 632.240,00 (incluindo o final da CSA)

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Cavaleiros e amazonas afiliados à FPH:76 adestramento02 CCE02 enduro04 equitação especial54 equitação fundamental264 salto70 volteio

Cavalos afiliados à FPH:05 volteio147 adestramento1.105 salto

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12 Santo Amaro a Galope

Gente

Em clima bem descontraído, as amazonas parti-cipantes do Campeonato Brasileiro de Amazo-nas, realizado no CHSA entre 5 e 8 de novem-

bro, também participaram de um inusitado jogo de fu-tebol, de um churrasco e de uma saída para a balada.

Entre empurrões, quedas, chutes e unhas quebra-das, e incentivado pela empolgação da torcida, o time que se sagrou campeão do futebol foi o de São Paulo, que jogou contra as representantes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, e contou com a impor-tante presença do presidente do CHSA no gol, mos-trando que também é bom de bola.

Melhor do que descrever, é conferir nas fotos esse momento único promovido pelo Clube.

Amazonas disputam pódio também no futebol

Acima, Duílio Martins, presidente do Clube, atua como goleiro no time de São Paulo, faz grandes defesas e ajuda as amazonas a sagrarem-se campeãs.

Entre pontapés, empurrões,

unhas quebradas e atendimento

médico, as amazonas se

divertem no campo e comemoram

em grande estilo o final do

campeonato em uma balada na

noite paulistana.

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13 Santo Amaro a Galope

O Clube é lindo. Venho aqui e tiro mui-tas fotos de plantas, flores e cavalos.”

Lothar Haupt

O Clube Hípico de Santo Amaro é um dos lugares mais privilegiados do Estado

de São Paulo devido às suas belezas naturais. Em seu exterior, há uma reserva

da Mata Atlântica que encanta a qualquer pessoa. E essas belezas são a

inspiração para alguns associados realizarem fotografias espetaculares

O Clube sempre tem coisa legal para fo-tografar, tem macaquinho, passarinho, borboleta, mas gosto muito de fotografar os cavalos saltando e uso uma Canon EOS 40D. Para mim, a fotografia no CHSA é um hobby, porque gosto de fotografar em estú-dio e fazer foto de moda.”

Anna Paula Carvalho

Comecei a fotografar o Clube em julho de 2009 e uso uma câmera Samsung V40. Já tenho cinco DVDs de fotografias, divididos por temas: CHSA Inverno, Primavera, Pai-nel Santo Amaro, Belezas Ocultas e Cogu-melos e Verdes. Não sei quantas fotos são ao todo, e meu local preferido para fotogra-far é o exterior. Para falar a verdade, qual-quer canto do Santo Amaro dá um olhar e uma fotografia. O Clube é maravilhoso.”

Lydia Mourão

Um olhar... uma fotografia

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Gente

Santo Amaro a Galope14

Tênis e hipismoAs duas grandes paixões dos sócios do CHSA

A paixão pelo hipismo passa de geração para geração do CHSA

Paulo Germanos“Ainda passeio a cavalo pelo Clube, mas o tênis tem uma posição bastante privilegiada. Além da natu-reza, você joga em um lugar rodeado por árvores e tem uma oportunidade quase que diária de poder jogar sem perder tempo na espera por uma quadra. É um atrativo que o CHSA oferece, além de ter uma convivência agradável para o esporte.”

Beth Pecho“Quando adolescente, era sócia do Clube de Campo de São Paulo e ficava encantada com os cavalos. Sempre tive o sonho de aprender a montar. O tempo passou e, nos anos 1970, descobri o CHSA e entrei na Escola. Meu primeiro instrutor foi o Bira e passei a ter as primeiras aulas num lindo cavalo chamado Paladino. Tive três cavalos, o Pagé, um maravilhoso Puro Sangue Inglês que me ensinou muito. Em seguida, tive a sorte de encontrar o cavalo da minha vida, o Capuccino, que entrou comigo em muitas provas de adestramento. Meu último cavalo foi o Garuja, um Anglo-argentino com lindas andaduras. Depois de tantas alegrias com meus queridos cavalos, resolvi comprar uma raquete de tênis. Estou aprendendo a jogar e fiz amigos. O tênis, além de ser divertido, é um excelente exercício.”

Samir Bassit“Comecei com minha filha na Escola de Tênis e depois nos tornamos sócios do Clube e por cinco anos montamos cavalos. Depois passei a frequentar o tênis porque já jogava em outros clubes. Mas minha filha parou de montar e eu também e fiquei apenas com o tênis. O CHSA, para mim, é um espetáculo. Tudo o que eu quero encontro aqui: boas amizades e muita tranquilidade.”

No salto, momentos de integraçãoÉ comum ver Rafael Mariante Ramos da Silva, Patricia Wunderlich, Alexia Wunderlich Ramos da Silva, Andre Wunderlich Ramos da Silva e Marcelo Ramos da Silva nos picadeiros de salto do CHSA. Embora todos treinem, é a pequena Alexia que desponta como uma promessa no esporte. “Quando cada um dos meninos nasceu, achei que fossem se dedicar ao salto, mas as esperanças de nossa família estão depositadas em Alexia. Ela adora montar, principalmente o cavalo dela, o Sucrilhos, da raça Árabe”, diz a mãe orgulhosa.

Ao alto, Samir Bassit, no centro Paulo Germanos e, abaixo, Beth Pecho.

“Nos dias de hoje, sempre é bom ter os filhos perto da gente, praticando o mesmo esporte ou tendo um interesse ligado ao es-porte. Assim temos mais tempo de estarmos juntos. Se tiverem a oportunidade de montar com os seus filhos, recomendo aos pais que o façam, pois estar com eles é muito importante, e o tempo passa muito rápido...”

Mãe e filha no volteioAs volteadoras Eva e Thaís Paes são mãe e filha, respectivamente, e dedicam-se plenamente ao volteio. Eva era professora de equitação e montava. Quando Thaís tinha 11 anos, Eva conheceu o volteio e achou que era a modalidade ideal para iniciar uma criança no hipis-mo. Daí em diante, o volteio se tornou a vida dessas duas mulheres. Elas treinam diariamente por cerca de uma hora e já conquistaram vários prêmios juntas. “Nós treinamos com cavalo três vezes por semana e faço a preparação técnica no barril com ela”, diz Thaís.

O objetivo de ambas em 2010 é a preparação dos Jogos Equestres que acontecem em Kentucky, em outubro. Eva é técnica da equipe de volteio que representará o Brasil nos Jogos de Kentucky e Thaís é assistente técnica, e também representará o País individualmente.

Acima Alexia; ao lado, Eva e Thaís Paes.

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15 Santo Amaro a Galope

O talento da jovem santamarense Luiza Novaes Tavares de Al-meida foi reconhecido na noite de 21 de dezembro, quan-do recebeu o Prêmio Brasil Olímpico 2009 na modalidade

Hipismo – Adestramento, promovido pelo Comitê Olímpico Brasi-leiro (COB). Além de Luiza, também representaram o hipismo bra-sileiro os cavaleiros Serguei (Guega) Fofanoff, na categoria CCE, e Rodrigo Pessoa, no Salto.

Desde a instituição da premiação em 1999, importantes nomes do hipismo têm representado o CHSA nesse evento que consagra os atletas olímpicos brasileiros, como Micheline Schulze no Adestra-mento, premiada duas vezes, em 1999 e 2001, e Pia Aragão, também no Adestramento em 2003, 2004, 2005 e 2006; e Karina Johannpeter e Camila Benedicto no Salto, em 2002 e 2008, respectivamente.

No hipismo, o cavaleiro olímpico de salto Rodrigo Pessoa é o maior vencedor do Prêmio Brasil Olímpico com cinco prêmios (1999, 2000, 2004, 2005 e 2006), seguido de Pia Aragão, com quatro.

A cerimônia da 11ª premiação do COB, que homenageou no to-tal 42 atletas brasileiros, aconteceu no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, e contou com a presença do presidente Luis Inácio Lula da Silva, do presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, do Ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior, do prefeito do Rio de Janeiro, Edu-ardo Paes, e do governador do Estado do Rio, Sérgio Cabral.

Estrela do CHSA brilha em premiação do COB

Luiza Tavares de Almeida com Samba.

Serguei (Guega) Fofanoff com Ékus TW .

Rodrigo Pessoa.

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16 Santo Amaro a Galope

Gente

Aconteceu em 13 de janeiro a eleição para a presidência da Federação Paulista de Hipismo no biênio 2010/2011. Con-correram ao cargo Eduardo Pires do Rio Caldeira e Arthur

Caruso Junior e no cômputo final Caldeira venceu com o peso de 3.096 contra 1.486 de Caruso Junior. A cerimônia de posse será realizada em 3 de fevereiro, quando Francisco José Mari, o Kiko, presidente no biênio 2008/2009, transfere o cargo a Caldeira. José Batista Junior é o vice-presidente.

Compareceram e exerceram seu direito de voto, representantes legais e presidentes das entidades: Associação Paulista de Medici-na, Haras Agromen, Clube de Campo São Paulo, Clube Hípico de Santo Amaro, Sociedade Hípica de Campinas, Sociedade Hípica de Ribeirão Preto, Hípica Manège Alphaville, Haras Cooper, Centro Hípico Capi e Sociedade Hípica Paulista.

Após a eleição, Caldeira conversou com a Santo Amaro a Galope e falou sobre seus planos na presidência da Federação.

SAAG. Quais são seus principais objetivos em seu mandato?EPRC. Devemos ter sempre em mente o crescimento e o aprimo-ramento do esporte e, para isso, quero organizar o maior núme-ro possível de grupos do FEI Coach, um grande programa para a formação de instrutores. Com a ajuda da FEI e da CBH, pretendo que São Paulo tenha não apenas, como já temos, o maior e melhor grupo de técnicos e treinadores da América do Sul, mas o mais qua-lificado também.

Quero também modernizar todo o sistema de Tecnologia da In-formação da Federação para que possamos prestar serviços no nível hoje demandado pelos clubes e cavaleiros.

De uma forma não amadora, pretendemos criar um modelo que possa ajudar não só a Federação, mas também aos clubes e ca-valeiros a angariar patrocínios, usando recursos de comunicação modernos e profissionais de marketing qualificados. Também que-ro trazer para São Paulo o maior número possível de Campeonatos

Eduardo Pires do Rio Caldeira na presidência da FPHRealizada em janeiro, eleição transcorreu com

tranquilidade e contou com a participação do

presidente do CHSA, Duílio Martins

Brasileiros, além de manter e aprimorar os instrumentos adminis-trativos e, principalmente, a boa situação financeira da Federação que estou recebendo da gestão do Kiko Mari.

Temos como objetivo, ainda, criar instrumentos que possam desonerar os cavaleiros nas competições e também que permitam aos clubes a realização de torneios, fortalecer maneiras para que o hipismo cresça e se desenvolva no interior, sem depender da inter-ferência da capital para se manter.

Esses são objetivos que sempre estarão sujeitos a mudanças, pois estou aberto a sugestões e a ouvir opiniões divergentes.

SAAG. Quais serão seus maiores desafios na presidência da FPH?EPRC. Creio que o maior desafio seja encontrar a maneira de re-duzir o custo da participação dos cavaleiros nas competições. Não há uma ação isolada que permita isso no momento, mas sim um conjunto de ações que espero poder implementar.

SAAG. O sr. tem projetos para captação de recursos e/ou patrocínios para o desenvolvimento do esporte hípico no Estado?EPRC. Como disse anteriormente, pretendo desenvolver, de modo profissional, uma série de instrumentos que possa ser usada pela Federação, pelos clubes e pelos cavaleiros para levantar patrocí-nios. Já venho conversando com profissionais da área de marketing para elaborar um plano de trabalho e espero tê-lo em mãos o mais breve possível.

SAAG. A FPH é a maior entidade hípica no País em número de afi-liados e em realização de concursos, apesar disso há projetos para divulgação e ampliação de atletas hípicos no Estado de São Paulo?EPRC. Sem dúvida, a ampliação no número de participantes das diversas modalidades virá da equitação fundamental. Para que te-nhamos êxito é preciso dar às escolas, manèges e haras o apoio e as condições para que continuem sendo a principal porta de entrada de novos participantes no esporte.

SAAG. Com o quê as entidades afiliadas à FPH poderão contar du-rante seu mandato?EPRC. Podem sempre contar com um ouvinte atento e com uma mente aberta.

SAAG. Envie uma mensagem para os santamarenses.EPRC. Quero poder corresponder às mais altas expectativas daque-les que me apoiaram e também daqueles que espero venham a me apoiar. Gostaria de cumprimentar o CHSA e a sua diretoria pelo grande trabalho que vêm realizando pelo hipismo, fazendo o cavalo acontecer, como o faz com esta publicação, a revista Santo Amaro a Galope, que é sem dúvida uma das melhores dentre as publica-das por clubes no Brasil. Essa entidade é hoje, com muita justeza, o maior centro de hipismo do Brasil.

Batista, à esquerda, e Caldeira no dia da eleição.

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Os presidente e vice-presidente do Conselho da Administra-ção de 2009, Davis Konfino Castro e Gilson José Rasador respectivamente, foram reeleitos para 2010. “Após a elei-

ção interna, as Comissões se dedicarão às suas atribuições. O Con-selho manterá suas atividades normais, procurando colocar-se ao lado do Conselho Diretor no sentido de poder trilhar os caminhos para devolver ao CHSA todo o fulgor e viço que merece”, afirma Da-vis Castro Presidente do Conselho de Administração.

De acordo com o presidente, a reforma estatutária, em vigor desde o final de 2009, objetiva a sincronia do momento atual com as leis que regem o dia a dia do CHSA. Para 2010, as metas incluem projetos que pretendem eliminar diferenças ainda existentes e cor-rigir injustiças do passado. “Esperamos que o Conselho Diretor possa prosseguir com os projetos que vão gerar melhorias ao CHSA e acertar e regularizar todas as situações dos filhos de sócios que frequentam irregularmente o Clube. Este projeto deverá ser fina-lizado até abril e será colocado em curso de imediato. Será ótimo para todos”, garante Davis Castro, que aproveitou a conversa com a reportagem da Santo Amaro a Galope para enviar uma mensa-gem aos sócios: “desejo a todos um maravilhoso 2010, repleto de alegrias e sucesso. Espero que, como tem sido em anos anteriores, possamos fazer do CHSA um novo marco e uma nova referência no hipismo nacional”.

Novos conselheiros tomam posseEm reunião de 12 de janeiro,

foram eleitos os novos presidente

e vice-presidente do Conselho de

Administração e as comissões

internas para o exercício de 2010

Suplentes

José Carlos Ávila

Fátima A. C. de Aguiar

Paul von Bismarck

William Pereira

Sérgio C. Fernandes

Enio Monte

Marcelo Villaça M. Carvalho

Sílvia Milani

Davis Castro

Luca Mifano

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17 Santo Amaro a Galope

ComissõesSindicânciaCoordenador: Élcio Garcia ÁlvaresEfetivos: Sílvia Salles Milani e Fátima da Collina de AguiarSuplentes: Gilberto Costa Alves e Fábio de Siqueira RodarteJulgamento e JustiçaCoordenador: Gilson José RasadorEfetivos: Renato Luiz de Macedo Mange e

Sérgio Castanho FernandesSuplentes: José Carlos Ávila e Mário AppelObras e EcologiaCoordenador: Paulo André Jorge GermanosEfetivos: Paul von Bismarck e Enio MonteSuplentes: Tomas George Altmann e Francisco José Mari

Antonio M. Lopes Sanches, Achim Paul H. Schudt, Lígia C. Coelho, Marcello A. Servos e Mario Francisco Cia

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18 Santo Amaro a Galope

Finanças – Perspectivas 2010

Perspectivas econômicas para 2010A Santo Amaro a Galope perguntou

a sete sócios do CHSA quais são as

perspectivas econômicas para este

ano de acordo com as experiências

de cada um em suas respectivas

áreas de atuação. O resultado é

uma aula de economia!

Paulo Germanosempresário da construção civil

Comportamento da economia brasileira2010 será um ano em que a economia continuará ativa como aconte-ceu no segundo semestre de 2009. Depois da crise financeira inter-nacional, o Brasil conseguiu manter o ritmo de crescimento e a eco-nomia sofreu pouca influência da crise internacional. Algumas ativi-dades, especificamente a indústria imobiliária, mostraram a força de novos consumidores de outras classes de renda que não estavam no mercado e, provavelmente, essa força seguirá não apenas em 2010, mas também nos anos seguintes. De um modo geral, as perspectivas de 2010 para a economia são boas.

Comportamento do segmento da construção civilNa construção habitacional, existe o mercado financiado pela cader-neta de poupança e também pelo fundo de garantia, e essa atividade vem crescendo. Hoje, há mais famílias procurando apartamentos de dois dormitórios, mostrando que as classes C e D estão atingindo pa-tamares de classe média, e nesse mercado há bastante procura. Em 2009, as empresas que tinham estoque venderam muito e produzi-

Élcio GarciaÁlvaresempresário do segmento de embalagem para a indústria cosmética e farmacêutica

Comportamento da economia brasileiraEstou muito otimista em relação à economia brasileira em 2010. Passamos muito bem pela crise mundial. O governo agiu muito rá-pido com incentivos ao consumo, redução das alíquotas dos impos-tos e manutenção das linhas de crédito para o consumidor. Atitudes acertadas para um país ávido pelo consumo. Neste ano, se conso-lidam todas essas medidas e em nenhum momento o brasileiro se preocupou em reduzir o consumo, principalmente no mercado dos supérfluos, como higiene pessoal e lazer. E também nunca se viajou tanto no Brasil a turismo, uma vez que os custos estão baratos.

Comportamento da indústriaNo segmento de embalagens plásticas, o reflexo é o mesmo. Esta-mos trabalhando muito para atender à demanda e, particularmen-te, não vejo o que pode mudar esse cenário. Outra tendência que sentimos é em relação ao meio ambiente. Como somos fabricantes de embalagens plásticas, que têm sido o grande vilão da poluição, trabalhamos muito para desenvolver matérias-primas que sejam biossolúveis, ou seja, quando em contato com o solo se desfazem e se tornam adubos. E temos caminhado para desenvolver o plástico à base de cana-de-açúcar. Acho que no futuro deverão existir so-mente embalagens com essas propriedades.

Desafios do BrasilOs grandes desafios do Brasil para 2010 são, inicialmente, políti-cos, uma vez que é um ano de eleições e o que vemos hoje ainda é uma incógnita sobre os candidatos. Estamos vendo coligações partidárias das mais estranhas possíveis. Temos de escolher mui-to bem para não perdermos tudo o que já foi conquistado. O Brasil tem ainda muitos problemas sociais e ambientais que precisam ser encarados. Temos uma rede pública de saúde muito deficitária e os investimentos são pesados nessa área. Temos de encabeçar os projetos de substituição de agentes poluentes e controlarmos mais de perto o desmatamento de nosso grande patrimônio, a Floresta Amazônica. Tudo isso sem mencionar a educação e a se-gurança, que foram esquecidos no atual governo.

ram até menos unidades do que as vendidas. A expectativa para 2010, portanto, é que seja um ano de bastante atividade, com reposição de estoques e continuidade das vendas.

Desafios do BrasilO principal desafio, em minha opinião, é o equilíbrio nas contas do governo diante de um ano de eleições. Há uma tendência de o gover-no usar a máquina para soltar dinheiro, fazer gastos e deixar a conta para quem vier a sucedê-lo. Esperamos que não se cometa nenhum desatino nas questões dos gastos públicos durante o período eleitoral – e já houve alto grau de irresponsabilidade.

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19 Santo Amaro a Galope

Itsumi Katoempresário do segmentode importações de máquinas

Comportamento da economia brasileiraNa conjuntura atual, o Brasil conseguiu domar a inflação e se tornar autossuficiente em petróleo, aumentou a produção de etanol e a pro-dução de produtos agropecuários e minerais. A partir da recente crise originada nos Estados Unidos, nosso país começou a se recuperar antes que outros países. Então, o “país do futuro” não está mais no futuro, mas no presente, ou seja, o futuro começou. Por fim, creio que nos tornaremos, ao considerar a expansão de commodities (espe-cialmente alimentos), o país mais forte do BRIC (grupo econômico formado por Brasil, Rússia, Índia e China).

Comportamento da indústriaMinha empresa atua na área de vendas e serviços de máquinas im-portadas do Japão, e no quarto trimestre de 2009 o nível de vendas foi próximo ao do primeiro semestre de 2008, um dos maiores ní-veis já obtidos.

Desafios do BrasilNa minha opinião, há o risco do País sofrer com a conhecida “doença holandesa” – moeda forte que causou aumento da impor-tação e, consequentemente, enfraqueceu a indústria doméstica, ocasionando depressão. Observa-se grande entrada de investimen-tos no Brasil e, assim, o real ficou forte. A alta taxa interna de juros contribui para a entrada de grande quantidade de capital especula-tivo, o qual não incentiva o progresso do Brasil. Isso seria inibido caso se estabelecesse menor nível da taxa. O importante é diminuir a diferença dos juros em relação a outros países, de forma a reduzir o efeito carry trade (entrada de capital especulativo com o objetivo único de obter vantagem com a grande diferença do nível de juros). Os nossos juros não precisam ser um dos maiores do mundo. É la-mentável que o governo esteja perdendo a oportunidade de dimi-nuir os juros sem provocar inflação.

Tudo, no entanto, dependerá do novo governo que será eleito em 2010. Espero que o próximo governo mude a situação atual, a de gastar uma maior parte do capital arrecadado com despesas dos funcionários públicos em detrimento dos investimentos em infraestrutura. Empre-sas privadas conseguem por si só crescer, à medida que aumentam a qualidade de seus produtos e diminuem seus custos, mas para isso o governo precisa pelo menos investir em elementos essenciais como saúde, educação, transporte e segurança. É válido ressaltar, ainda, que seria benéfico a desburocratização e o fim da corrupção.

Davis Konfino Castroempresário do segmentode moda íntima

Comportamento da economia brasileiraApesar das eleições, que normalmente fazem com que todos fi-quem ansiosos e agitados, entendo que a economia brasileira dará sinais de muito vigor, especialmente nos setores beneficia-dos com reduções fiscais.

Comportamento da indústriaTrabalho num segmento que mescla, em proporções gigantescas, um fator chamado moda. Mas estamos convictos de um 2010 com crescimento bastante substancial. Prosseguiremos focados em nos-so plano de investimentos.

Desafios do BrasilO maior desafio será transpor um ano de eleições presidenciais man-tendo a economia sob controle. A política econômica hoje adotada pelo presidente Lula é calcada na mesma herdada pelo presidente Fernando Henrique, o que fará com que possíveis alternâncias de partidos no poder não gerem mudanças drásticas na condução de nossa economia.

Ezra Harariempresário

Comportamento da economia brasileiraTendo em vista que o consenso geral entre os diversos agentes econô-micos é o de crescimento em torno de 5% do PIB, e considerando que estamos partindo de um patamar onde já recuperamos as perdas do final de 2008 e início de 2009, tudo indica que teremos um ano bastan-te profícuo, com crescimento na taxa de emprego e boa rentabilidade para as empresas. É importante mencionar também que, em função da abertura do País ao mercado externo, não haverá, apesar do crescimen-to previsto, risco de aumento relevante nas taxas de inflação.

Comportamento da indústriaEm relação ao segmento em que atuo (importação e distribuição), a expectativa é que, em função do crescimento da economia como um

todo, teremos uma expansão importante, com aumento na oferta de empregos e da rentabilidade das empresas.

Desafios do BrasilO maior risco a ser vencido será evitar a deteriorização da economia pelo estresse do período pré-eleitoral.

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Marcelo Villaçaprofissional dosegmento financeiro

Finanças – Perspectivas 2010

Fábio Rodartecavaleiro

Comportamento da economia brasileiraAcredito que a economia brasileira se manterá estabilizada. Não será muito diferente de 2009.

Comportamento da equitaçãoAcredito que o mercado, e não só o de cavalos, tem a expectativa de melhorar em 2010. A tendência no CHSA é a estabilidade no nú-mero de sócios, e se por acaso aumentar, é claro que teremos mais cavalos e mais rentabilidade. Além disso, o Clube tem excelentes profissionais para atender aos sócios, o que é um diferencial.

E em virtude do CHSA promover o maior número de competi-ções entre todos os clubes de equitação, há uma tendência dos alu-nos de nossa Escola se tornarem novos sócios, aproveitando a in-fraestrutura que o Clube oferece também para o lazer e o dia a dia.

Desafios do BrasilOs principais desafios são a saúde, a segurança e, principalmente, o bem-estar das pessoas que estão em lugares de risco não só aqui em São Paulo. Já a crise econômica no Brasil não foi tão forte quan-to nos Estados Unidos e Europa, mas é preciso ficarmos alertas para não sermos tomados de surpresa em um ano de eleições.

Riscos externos para o BrasilCorrer risco faz parte da vida. Assim como na equitação, é a única for-ma de conhecer os limites. Saber medir o risco e mitigá-lo de alguma forma é onde está a questão. Para isso, vale a pena refletir um pouco sobre o passado recente. Apesar de algumas características específi-cas – alto nível de endividamento, baixa visibilidade dos balanços e resultados dos bancos devido ao uso de derivativos complexos e ori-gem nas economias desenvolvidas -, a crise deflagrada em 2008 tem alguns pontos em comum com situações anteriores: estouro de uma bolha nos preços dos imóveis; práticas bancárias deficientes levando

à tomada de risco em excesso; disciplina inadequada do mercado; sistemas de remuneração induzindo à tomada de risco excessivo ou desconhecido; regulação e supervisão deficientes.

Portanto, estamos todos aprendendo, provavelmente, the hard way. Só que, desta vez, podemos esperar algum grau de mudança re-gulatória, incidindo sobre o sistema financeiro e sua interação com os demais segmentos das economias. O risco aqui vem de duas for-mas extremas: um excesso de regulamentação ou a timidez da mu-dança. Em ambos os casos, ainda que por motivos diferentes, pode-mos comprometer o crescimento mais à frente.

Se pensarmos globalmente nos bancos, cujas perdas são estima-das em US$ 4 tri (61% nos Estados Unidos e 7% na América Latina), a trajetória de crescimento iniciada em 2003 já sofreu uma queda a patamares inferiores ao observado em 2000, com perdas em valores da ordem de US$ 5 tri e expectativa de crescimento 40% menor nos próximos anos. Ainda que as perdas tenham sido maiores no merca-do de capitais e nas seguradoras (a maior parte instituições especia-lizadas) as mudanças serão para todos: desinvestimento e redução da atividade econômica mundial (redução dos lucros e tamanho das instituições) e aumento da intervenção governamental (regulamen-tação mais severa e ampla). Regulamentação em excesso ou a falta de evolução da mesma só devem aprofundar essa redução da atividade, em momentos diferentes.

Esse é um risco que vem tanto do regulador interno quanto do externo, dado que o mercado financeiro provavelmente é o melhor ou verdadeiro exemplo da globalização. Outro risco de mensuração mais delicada é o quanto estamos sofrendo uma elevação exagerada de alguns preços, como, por exemplo, imóveis ou outros ativos para os quais há um fluxo grande de investimentos (especulativos).

Tendência globalPode-se ver a luz no fim do túnel. A recuperação deve ser vista em perspectiva (a partir do terceiro trimestre de 2009 em muitos países, além dos emergentes e da Ásia). A economia mundial recebeu um empurrão na direção certa por meio do estímulo fiscal e monetário, grande e contínuo. A combinação de liquidez, baixas taxas de juros e gastos fiscais, funcionou. Mas a questão atual é: o quão sustentável é esse crescimento? Se é sustentável, quão forte ele será? O quão cedo os governos podem retomar a gestão das políticas monetária e fiscal? Integrando essas questões emerge a perspectiva de crescimento em desequilíbrio, podendo ser essa a raiz para a necessidade de algum tipo de ajuste no futuro próximo.

Globalmente, fala-se que o crescimento deve seguir por mais três a seis meses antes de voltar a cair no verão deste ano do hemisfério nor-te, quando os efeitos da recomposição dos estoques e diminuição ou eliminação dos programas de ajuda governamentais terão cessado.

A perspectiva de crescimento melhorou com as economias emer-gentes sustentando alguma expansão. Ainda assim, a economia dos Estados Unidos segue sendo a maior do mundo e qualquer sinal de retomada teria impacto global. Mas não há certeza de crescimento – o setor privado segue fraco e há preocupação quanto ao endivida-mento excessivo. A inflação provavelmente será baixa e em queda (1,3% ao ano para 2009/2010 e queda em relação aos 2,7% de 2008). Historicamente, a inflação fica em queda durante dois anos após as crises e dessa vez não deve ser diferente. O desemprego (ao redor de 10%) apresentou o maior aumento desde 1930, ocasionando a maior queda nos salários, o que sustenta a inflação baixa. O desemprego deve seguir por mais dois anos no patamar de dois dígitos – e deve reduzir somente em 2012, criando risco de deflação para 2011. O PIB deve crescer um pouco em 2009 (de 2,5% a 3%) com potencial nova redução em 2010.

O crescimento atual é gerado pela recomposição dos estoques (que baixaram durante o auge da crise) e pelos gastos do governo (es-tímulos fiscais como os concedidos aos setores automotivo e de linha branca). No entanto, o consumo deve seguir em baixa em 2010, à me-

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dida que as famílias ajustam seus orçamentos à nova disponibilidade de crédito – cuja oferta também deve seguir em baixa à medida que os bancos baixam a prejuízo as concessões exageradas do passado e reforçam seus ratios de capital.

Pode-se esperar que a regulamentação vá requerer mais capital dos bancos (colchões de liquidez), reduzindo a rentabilidade de mui-tas dessas instituições. Seguirá a pressão de queda do dólar (vendas por parte de governos), que está 15% abaixo da média observada em 2000 – 7% abaixo da média dos últimos 40 anos. Essa pressão é ex-plicada pela baixa atividade econômica, déficit e menos percepção de risco fora dos Estados Unidos, que forçam o dólar para baixo no início de 2010.

Na zona do euro, o Reino Unido e os demais países seguiram caminhos parecidos na entrada na crise – desaceleração econômica forte. Mas a partir do segundo trimestre de 2009, França e Alema-nha começaram a sair da recessão, à frente do Reino Unido. O im-pacto positivo dos programas de ajuda dos governos teve um pico no segundo trimestre de 2009. A França, ainda que em termos menos generosos, estendeu seu programa de ajuda para 2010 e a proposta de redução dos impostos do novo governo alemão deve manter o estí-mulo fiscal em 2010. No Reino Unido, os sinais contraditórios foram sepultados culminando com a redução contínua do PIB no terceiro trimestre do ano passado (0,4%).

No geral, a performance deve ser positiva na zona do euro em 2010, com o crescimento de 1,5%. Espanha, Irlanda e Leste Europeu provavelmente seguirão com problemas (ocasionando ou se alimen-tando da menor atividade econômica).

Na Ásia, os dados seguem mostrando crescimento desde o se-gundo trimestre do ano passado, particularmente na Coreia do Sul, com três trimestres sucessivos de crescimento. Ainda assim, a Ásia não pode sustentar esse crescimento sem o Ocidente devido a sua dependência das exportações. Um fenômeno positivo e recente tem sido o impacto do pequeno aumento da demanda interna em alguns países da região, principalmente na China, que, pelo tamanho do mercado potencial, pode crescer bastante com o consumo do seu mercado interno.

A economia global mais do que nunca precisa estar equilibrada – o Ocidente poupando mais e o Oriente gastando mais, acompanha-dos de um ajuste no valor das moedas (câmbio). As moedas da Ásia devem aumentar de valor à medida que houver mais confiança na re-tomada do crescimento da região (potencialmente gerando inflação mais à frente), o que vai reforçar a tendência de queda do dólar. Em 2010, o dilema para as economias asiáticas será: retomar a trajetória de aumento dos juros (atraindo investidores de curto prazo interes-sados pela maior rentabilidade) X esperar sinais mais claros de reto-mada do crescimento (o que pode disparar o aumento dos preços dos ativos devido à liquidez fluir para os imóveis e propriedades).

Na África, o crescimento observado desde 2001 foi acompanha-do/motivado por uma melhor gestão da economia – boom das com-modities, crescimento das economias e esforços para reduzir a evasão fiscal. No entanto, essa crise gerou déficits na região, originados por redução na receita, degradando as contas dos governos. As maio-res deteriorações são observadas nos países produtores de petróleo (muitas vezes a única fonte de receita dos governos, como por exem-plo na Nigéria). Ainda assim, com a perspectiva de retomada nos pre-ços das commodities (projeta-se o preço do petróleo para US$80/82 a ser alcançado ao longo de 2010) o cenário pode ser encorajador para algumas regiões desse continente.

No Oriente Médio, o Conselho de Cooperação do Golfo esperava introduzir uma moeda única (nos moldes do euro) em 2010. Ainda que os benefícios fossem limitados, isso evitaria desvalorizações competitivas na região e eliminaria os riscos de variação no câmbio, barateando os custos do comércio entre os países da região. Porém, esse plano parece ter sido postergado. O recente pedido de renego-ciação da dívida do principal governo dos Emirados Árabes (Dubai)

adiciona risco ao Oriente Médio e, provavelmente, acaba com esse plano, ao menos por agora.

Esse cenário global não acena com equilíbrio nem com certeza quanto ao crescimento. Portanto, no Brasil vamos depender cada vez mais da demanda que possamos gerar internamente.

Comportamento da economia brasileiraO baixo endividamento (dívida/PIB), as reservas elevadas, as com-modities/recursos naturais com novo patamar de preços (mais ele-vados, ainda que não sob a tendência observada em 2008) somadas à percepção de menor risco (que atrai investimentos e dá liquidez) devem manter-se em 2010, explicando a disponibilidade de recur-sos (sejam privados ou governamentais) postos a serviço da expan-são econômica.

Com essa moldura, o quadro da demanda interna (assim como em outros países emergentes como a Índia e China) deve seguir ex-plicando a retomada do crescimento e saída da crise, não só para o País, mas no conjunto das economias emergentes. Isso servirá como saída para o mundo. Serão economias onde o consumo se-guirá gerando demanda: para alimentos, combustíveis, produtos manufaturados, serviços e capital. O fluxo intenso de capital (en-trada de investimento) atraído pela expectativa de maior retorno, particularmente no Brasil, quando comparado ao retorno nos paí-ses desenvolvidos, continuará a pressionar pela valorização do real (projeta-se US$ 1 = R$ 1,50 para o fim de 2010 – se o governo não intervir evitando a sua sobrevalorização).

A apreciação do real e os juros baixos podem significar, entre outros riscos, um novo: a ocorrência de um fluxo de liquidez para os ativos imóveis que teriam seus valores inflados para além do preço de equilíbrio (a chamada “bolha”). Isso acumularia potencial para um ajuste, ou redução, dos preços com impacto na economia como um todo no futuro. Por razões como essa, podemos esperar que os bancos, apoiados pelo Governo, insiram limites no crédito contra-tado (valor do crédito sobre o valor do bem ou da dívida; valor do crédito sobre o valor da renda) a fim de limitar o endividamento das famílias para além do desejado.

Em 2010, o crescimento no Brasil deve levar à necessidade de revisão para cima das taxas de juros mais cedo do que em outros países. O acúmulo de reservas (ingresso de dólares esterilizados via compra dos dólares que entram) seguirá nos levando para além dos US$ 320 bi acumulados, ou 15,3% do PIB observados em outubro de 2009, um crescimento de 71% em relação a fevereiro do mesmo ano.

A percepção de menos risco frente ao resto do mundo tem sido um fator de estímulo para o maior fluxo de capital. A elevação dos juros pode reforçar essa tendência, que em 2010 pode ser mais di-recionada para as ações (equities related > debt related). O ingresso de capital associado ao investimento em ações, ou participações em empresas, deve superar o ingresso associado ao endividamento di-reto das empresas (empresas contratando crédito).

Se de um lado há fatores que favorecem o crescimento, os pró-ximos anos também devem trazer, por exemplo, alterações regu-latórias que devem atenuar esse crescimento. Se não for em 2010, muito provavelmente será a partir de 2011 e particularmente sobre o serviço financeiro. No caso dos bancos, potencialmente exigindo que retenham mais capital em função do risco, seja ele de mercado ou de crédito.

Apesar da propaganda contrária, em 2010 permanecerão os problemas de baixa produtividade e baixo investimento gerando gaps na educação e segurança, sem falar que o sistema legal seguirá parecendo uma bagunça. As questões políticas também se acumu-larão tanto interna (reforma política, tributária) quanto externa-mente (Bolívia, Venezuela, Equador), onde o quadro sugere um novo ciclo para uma velha história – autoritarismo agora de esquer-da, somado à carência de pragmatismo econômico.

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Campeonato Brasileiro de Pôneis encerra temporadaCHSA sedia a primeira edição

da competição que emocionou

o público com as demonstrações

dos jovens talentos santamarenses

No sentido horário, o primeiro lugar com Luana Mayumi Tone, o segundo com Vitória Helenora M. Carvalho, também de 9 anos, com Coca Cola, e a homenagem ao coronel Nigri.

A amazona Luiza Novaes Tavares de Almeida, montando o Lu-sitano Samba, representará o Brasil e o CHSA na Final do FEI World Dressage Cup que acontece entre 25 e 27 de março na

Holanda. A vaga inédita para o Brasil foi conquistada em dois eventos no final de 2009: o primeiro em 23 de outubro, realizado no CHSA, e em 8 de novembro, na Sociedade Hípica Paulista, último CDI 3* da temporada. A Santo Amaro a Galope conversou com Luiza, de ape-nas 18 anos, para conhecer um pouco mais sobre suas conquistas, expectativas e sobre sua preparação para as competições de 2010.

SAAG. Como você se interessou pelo hipismo?LTA. Desde muito pequena eu montava na fazenda de meus pais em Itu, no interior de São Paulo, e pelo fato da minha mãe saltar no Clu-be, comecei pelo salto também.

SAAG. Por que optou depois para o adestramento?LTA. Comecei no salto com uns 6 anos e fiquei até os 12. Mas, como eu precisava melhorar minha postura, fui para o adestramento como uma coisa temporária. E acabei me apaixonando.

SAAG. Você e sua irmã, Thaísa, participam de competições em adestramento. Como é esse relacionamento no picadeiro? E no dia a dia? Vocês treinam juntas?LTA. Todos perguntam isso (risos) ... se há rivalidade. Pelo contrário. Minha irmã me ajuda e me apóia muito. Por ela ter começado no adestramento antes de mim, me dava muitos conselhos, e agora uma torce pela outra.

SAAG. Você é a mais jovem amazona a participar de uma Olimpíada. Como foi sua trajetória até representar o Brasil em Pequim?LTA. Bom, tudo começou com a medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos de 2007, no Rio de Janeiro, que deu a vaga para o Brasil ter uma equipe no adestramento. Depois disso, fui morar

na Europa para treinar com meu técnico e voltei para as competi-ções qualificatórias.

SAAG. E como foi a conquista da medalha de bronze por equipe nos Jogos Pan-americanos de 2007.LTA. Eu estava competindo na São Jorge e, então, comecei a fazer parte das clínicas com o técnico do Brasil, Eric Letter, que iria definir o time. O grupo começou com dez cavaleiros e acabou com cinco. Os titulares foram escolhidos e o Eric estava entre o Rogério Clementi-no e eu para pegar a vaga de reserva. O Roger foi o indicado. Fiquei muito triste mas a decisão foi justa! Um mês antes do time embarcar para o Rio de Janeiro, o cavalo de uma das titulares, a Pia Aragão, se machucou e teve que sair do time. Entrei como reserva e fui para o Rio. Dois dias antes da competição, o cavaleiro Dr. Jorge Rocha teve um intoxicação alimentar e não pôde competir. Aí, entrei para o time 24 horas antes. Foi incrível.

SAAG. Além destas duas competições, quais outros títulos você já conquistou e quais são os mais importantes para você?LTA. Campeã Junior 2006 e Campeã Senior Top 2008.

Esporte

Talento santamarense

A concentração da campeã santamerense Luiza Tavares se reflete nos resultados.

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A diretora da Escola de Equitação do CHSA, Ana Claudia, co-memorou o resultado do campeonato e afirmou que as crianças do Clube foram brilhantes porque se prepararam em tempo recorde. “Colhemos os frutos de um trabalho em equipe com muita disci-plina, força de vontade e paixão pelo o que fazemos.”

De acordo com o coronel Salim Nigri, juiz internacional e Di-retor de Adestramento da CBH, homenageado no evento por sua dedicação à modalidade, o 1º Campeonato Brasileiro de Pôneis foi, sem dúvida, um dos acontecimentos mais relevantes do ano pas-sado, “porque há anos tentamos incluir essa categoria nos eventos devido à importância que os animais exercem na sociabilidade e educação das crianças”.

O coronel Salim Nigri recebeu a homenagem das mãos de Ri-cardo Smith de Oliveira Martins, ginete de apenas 3 anos, e disse estar emocionado por encerrar o ano de trabalho recebendo a lem-brança de uma criança montada num pônei, representando a reno-vação e o futuro do esporte.

SAAG. Como foi o período em que você morou na Europa? Como foi ficar longe da família e dos amigos?LTA. Eu treinava muito. Senti muita falta não só da família e amigos, como do Brasil, do nosso sol! Porém, foi extremamente necessário!

SAAG. Quais os principais ensinamentos que você trouxe em sua bagagem ao retornar ao Brasil?LTA. Confiar em você mesmo e a importância da concentração.

SAAG. Como você se prepara para as competições? Tem algum ritual antes de entrar no picadeiro?LTA. Não tenho um ritual, mas sempre passo a pista em minha cabe-ça. Me imagino fazendo tudo certo. Pensamento positivo é importan-te (risos) e também a desenho várias vezes.

SAAG. Quais são seus próximos desafios? Qual sua expectativa para a World Dressage Cup em março na Holanda? Será uma prova difícil?LTA. Meu desafio mais próximo é o World Cup. Acredito que vá ser superdifícil, pois é uma prova muito concorrida entre os melhores cavaleiros do mundo.

SAAG. Quais são as maiores dificuldades em seu dia a dia? É difícil conciliar os treinamentos com os estudos?LTA. Agora que estou no último ano, as coisas apertaram um pou-co... mas sempre se acha um jeito!

SAAG. E como você concilia os treinos com a vida social? Você tem namorado?

LTA. É tudo normal... (risos)... não, não tenho namorado!

SAAG. Você foi eleita a musa dos Jogos Olímpicos de Pequim, é verdade? Durante as competições, nacionais e internacionais, rola um clima de paquera? Há tempo para isso?LTA. É verdade... (risos)... mas não percebi nenhum clima diferente.

SAAG. Além do hipismo, você pretende seguir alguma carreira profissional?LTA. Vou prestar vestibular para Direito em 2010!

SAAG. Qual a importância do CHSA para a sua formação de amazona?LTA. Comecei minha formação na escolinha e fazia aulas à noite. To-dos os meus professores fazem parte das minhas vitórias, pois acre-dito que aprendemos sempre um pouco com cada um!

SAAG. Você recebeu em dezembro o Prêmio Brasil Olímpico, conferido aos melhores atletas de 2009 de acordo com avaliação do COB. O que ele representa?LTA. O prêmio representa muito, pois é o reconhecimento de um ano de trabalho muito longo e suado. Acho importante para o atleta e também para o esporte.

SAAG. Qual conselho você dá para as jovens que sonham ser uma grande amazona como você?LTA. Acho que a dedicação é muito importante e, principalmente, gostar do que se faz.

Encerrando com brilho especial a temporada oficial de adestra-mento de 2009, o Clube Hípico de Santo Amaro foi sede do 1° Campeonato Brasileiro de Adestramento para Pôneis. Reali-

zado de 27 a 29 de novembro, o campeonato foi idealizado por Ana Claudia C. Delmaschio, diretora da Escola de Equitação do CHSA, e pela juíza Sandra Smith de Oliveira Martins, membro da Comissão de Adestramento da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH). A Escola de Equitação e o Pônei Clube do CHSA estiveram representa-dos por sete alunos, mostrando todo o potencial dos pequenos san-tamarenses e emocionando pais, familiares, juízes e o público.

O primeiro lugar ficou com Luana Mayumi Tone, 9 anos, com Pingo, seguida por Vitória Helenora M. Carvalho, também de 9 anos, com Coca Cola. O terceiro lugar ficou com Clara Bertan da Gama, com Nina, e completando o pódio da 4ª à 7ª posições os ir-mãos Martin Smith Oliveira Martins, com Coca Cola, e César Pousa Oliveira Martins, com Pingo, Karen Boss Pegler, com Nina, e Hele-na Lucila dos Santos, com Coca Cola.

Luiza recebe os cumprimentos dos pais por mais uma vitória; com o avô Manuel Tavares, e com a irmã Thaísa, também amazona de adestramento.

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C eleiro da modalidade no Brasil, o CHSA recebeu a 6ª Etapa do Campeonato Brasileiro e Estadual de Volteio em 14 e 15 de novembro. A competição teve julgamento a cargo da colom-

biana Doranne Wilcox e de Nilce Peçanha e Sylvie Depalle do Brasil, e as disputas por Equipe e Individual foram representadas pelo Clube Hípico de Santo Amaro, Hípica Manège Alphaville, Sociedade Hípica de Campinas e Sociedade Hípica Paulista.

Segundo Joyce Altmann, assessora de Volteio, “mais uma vez, ti-vemos uma participação brilhante. Nossos atletas desempenharam o seu melhor e nos colocaram novamente no pódio”.

Dos atletas do CHSA, Thaís T. Paes (longeur Eva T. Paes e cava-lo Olegário Mangaratiba) ficou com o primeiro lugar na categoria Individual Feminino A, seguida de Yasmin R. Altmann (longeur Eva T. Paes e cavalo Jemomu). Na categoria Individual Masculino CII, o santamarense Nilberto Moratti (longeur Eva T. Paes e cavalo Olegário Mangaratiba) conquistou o segundo lugar. E na categoria Equipe A, Amazonas P (Amandine Jamar, Laia Mathias, Julia e Stella Gundlach, Victoria Zardetti e Yasmin R. Altmann), após uma apresentação ele-gante e afinada, ficou com o primeiro lugar.

No último dia de provas, apresentaram-se também as equipes E, composta por atletas iniciantes.

“A equipe brasileira de volteio continua seus treinamentos para o WEG – Kentucky 2010 e o CHSA está representado pelas atletas Vic-toria Zardelli e Yasmin R. Altmann, além das técnicas Eva T. Paes e Thaís T. Paes, todas ‘prata da casa’ santamarense”, finaliza Joyce.

6ª Etapa do Campeonato Brasileiro e Estadual de Volteio

Resultado finalIndividual CI – Feminino1° Ana Hackett - longeur Priscila Botton - cavalo CS Grandioso - 6,639 - HMA2° Bruna Larissa - longeur Natália Perroni - cavalo Guabi Mad Max - 6,530 - HMA3° Alexia Lund - longeur Flávia Themudo - cavalo Jadida el Chat da Arga - 6,470 - SHP

Individual CI – MasculinoCampeão Leonardo Alckmin - longeur Natália Perroni - cavalo Guabi Mad Max - 6,751 - HMA

Individual CII – FemininoCampeã Carolina Mattar - longeur Eva Tavares Paes - cavalo Quatrilho Itapuã - 6,143 - CCSP

Individual CII – Masculino1° Willian dos Santos - longeur Flávia Themudo - cavalo Jadida el Chat da Arca - 7,265 - SHP2° Nilberto Moratti - longeur Eva Tavares Paes - cavalo Olegário Mangaratiba - 6,584 - CHSA

Individual A – Feminino1° Thaís Tavares Paes - longeur Eva Tavares Paes - cavalo Olegário Mangaratiba - 7,634 - CHSA2° Yasmin Altmann - longeur Eva Tavares Paes - cavalo Jemomu - 6,659 - CHSA

Individual B – Masculino1° Izac Araújo - longeur Eva Tavares Paes - cavalo Toledo Itapuã - 7,397 - CCSP2° Izac Araújo - longeur Jaqueline

Modinos - cavalo Oficioso GE - 6,921 - CCSP (hours concours - não válido)

Equipe E1° Experience - longeur Izaac Araújo - cavalo Magic Circle - 6,436 - CCSP2° Danger - longeur Fernando Bos - cavalo Magic Circle - 6,070 - CCSP3° Equipe Sunshine - cavalo Love Xangô - longeur Jacqueline Modinhos - SHC

Equipe D1° Athena - longeur Natália Perroni - cavalo Guabi Mad Max - 6,408 - HMA2° Equipe D - SHP - longeur Flávia Themudo - cavalo Jadida el Chat da Arca - 6,333 - SHP3° Equipe D - CHSA - longeur Thaís Tavares Paes - cavalo Quatrilho Itapuã - 6,283 - CHSA

Equipe CCampeã Avalon - longeur Izac Araújo - cavalo Toledo Itapuã - 6,743 - CCSP

Equipe BCampeã Charlie’s Angel - longeur Natália Perrone / Eva Tavares Paes (substituta) - cavalo Luar das Cataratas - 3,770 - CCSP (hours concours)

Equipe ACampeã Amazonas P - longeur Thaís Tavares Paes - cavalo Jemomu - 7,100 - CHSA

Atletas do CHSA novamente se

destacam e, como resultado de suas

performances, sobem ao pódio

Esporte

A campeã Individual CI da sexta etapa

do campeonato, Ana Hackett, com o cavalo

CS Grandioso.

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Como parte da XII Etapa da Copa Santo Amaro, realizada de 11 a 13 de dezembro, o Campeonato de Salto de Cavalos No-vos permitiu aos santamarenses mais uma vez dominarem

as provas nas quatro categorias. Dentre as estrelas da nova geração, Emyr Diniz Costa Junior,

montando Burggirl DC, brilhou nas nove provas da categoria 4 anos e finalizou o campeonato com 114,58 pontos. Na categoria 5 anos, Luiz Carlos da Costa Mata, montando Danger, finalizou a competi-ção em primeiro lugar com 137,31 pontos em 11 provas.

A experiência e talento de Karina Goldmann, com Kauana Wa-terloo, foram os destaques na categoria 6 anos, com 103,17 pontos em nove provas. Já Ricardo Monteiro da Luz, montando Ônix, levou o título de campeão na categoria 7 anos, com 37,00 pontos em seis provas. Os resultados completos por categoria:

Categoria 4 anos1° Emyr Diniz Costa Junior/Burggirl DC – 1,05 m – CHSA – 9 provas – 114,58 pontos2° Guilherme Lapenda/Espanhola T – 1,05 m – HTalis – 11 provas – 101,20 pontos3° Luiz Carlos da Costa Mata/Voldan – 1,05 m – CHSA – 11 provas – 101,18 pontos

Categoria 5 anos1° Luiz Carlos da Costa Mata/Danger – CHSA – 1,15 m – 11 provas – 137.31 pontos2° Proprietário Cavalos Novos/Athos Vale Verde – CHSA – 1,15 m – 9 provas – 61,80 pontos3° Rafael Mariante Ramos da Silva/Forest Dory do Bosque – CHSA – 1,15 m – 7 provas – 54,30 pontos

Campeonato de Salto de Cavalos NovosCavaleiros e amazonas do

CHSA dominam as provas

nas quatro categorias

Categoria 6 anos1° Karina Goldmann Lemos Torres/Kauana Waterloo – CHSA – 1,25 m – 9 provas – 103,17 pontos2° Ricardo Monteiro da Luz/Balou Chic – CHSA – 1,25 m – 11 provas – 91,10 m3° Proprietário Cavalos Novos/Wasiemooi Império Egípcio – CHSA – 7 provas – 87,80 pontos

Categoria 7 anos1° Ricardo Monteiro da Luz/Ônix – CHSA – 1,35 m – 6 provas – 37,00 pontos2° Renato Junqueira Arantes/Qualiana Império Egípcio – HJ – 5 pro-vas – 34,00 pontos3° Camila Mazza Benedicto/Garibaldi Rosebud – CHSA – 1,35 m – 5 provas – 23,00 pontos

O jovem cavaleiro Emyr Diniz Costa Neto é o campeão na categoria 4 anos.

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26 Santo Amaro a Galope

Resultados da XII Copa Santo AmaroOs melhores cavaleiros e amazonas

se encontraram no Clube Hípico de

Santo Amaro para abrilhantar o final

da temporada de salto 2009

Esporte

Todas as atenções estiveram voltadas para o CHSA no período de 11 a 13 de dezembro. O motivo foi a XII Copa Santo Amaro, que reuniu os melhores cavaleiros e amazonas do Brasil em

um show de talentos que fechou a temporada de 2009 da Federação Paulista de Hipismo com belíssimas apresentações dos cerca de 500 conjuntos participantes.

Com percurso desenhado por Marina Azevedo e júri presidido por Vera Marchevsky, com Nora Nor e Antonio Geraldo Celentano como membros, e Carlos Eduardo Banciella e Heitor Banciella Felipe como comissários, a XII Copa Santo Amaro teve como vencedor do Grande Prêmio “Lukarmona” o santamarense José Roberto Reynoso Fernandez Filho, montando Long Neck Sanol Dog Protécnica. Em segundo lugar ficou Renato Rodrigues dos Santos, com Nucleon 3K, representando a HCLIM, seguido novamente por José Roberto Rey-noso Fernandez Filho, desta vez com o cavalo Penny Fly Sanol Dog Protécnica.

Os santamarenses foram muito bem e se destacaram em todas as provas da Copa, marcando presença na maioria dos pódios e con-quistando as posições mais altas nas classificações finais. Grandes nomes do CHSA já reconhecidos dentro e fora do País participaram do evento, entre eles Fábio Rodarte, César Almeida, Karina Smith, Karina Goldmann Lemos Torres, Itsumi Kato, Yuri Mansur Guerios e Camila Benedicto.

Mas não foram apenas os cavaleiros e amazonas mais experien-tes que encantaram o público: novos talentos do hipismo também despontaram nas diversas categorias, como Emyr Diniz Costa Neto e Carina Trigueiro Borba, duas grandes promessas do CHSA, mos-trando que o Clube vibrará com as muitas conquistas dos jovens que saem daqui.

Finalizando a Copa Santo Amaro, foram sorteados um carro e uma moto 0 Km, e os felizardos foram Luiz Carlos da Costa Mata e Fábio Rodarte, respectivamente.

À direita a partir do alto: Vítor Teixeira e Karina Smith com os vencedores da categoria Mini-mirim, 1 m, Henrique Albertini Affonso (1º lugar), Daniel Wenzel (2º lugar) e Isabela Piovesan Dall Oglio (3° lugar); pódio da categoria 6 anos, 1,25 m, Karina Goldmann (1º lugar), Ricardo Monteiro da Luz (2º Lugar) e Vítor Teixeira (3º lugar) ladeado por Duílio Martins; vencedores da Categoria Master, 1 m, Ricardo Macedo Facchini (1º lugar), Emyr Diniz Júnior (2º lugar), representado por sua mãe Doralice, e Miguel Rodes Faus (3º lugar), com Pedro Fernando Franco; na Categoria Master, 1,10 m, subiram ao pódio Itsumi Kato (1º lugar), Luca Mifano representado por Michaela Porr (2º lugar) e Alexandre Galeno Luz (3º lugar).

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27 Santo Amaro a Galope

Fernanda de Araújo Pereira, com Vítor Teixeira e Karina Smith, é homenageada pelas conquistas em 2009; Camila Chuluck (1° lugar) e Fernanda Castilho (2º e 3º lugares), na categoria Jovens Cavaleiros B; e Luiz Carlos da Costa Mata, sorteado com a carro 0 Km.

Classificação Final

Grupo 1 - altura 0,80 m - Categoria Iniciantes1º Aline Oshiro - cavalo Rondon - 177,00 - CHFSB2º Rafaela Piovesan Dall’Oglio - cavalo Angelito - 149,00 - CHSA3º Alexandre Barbier Rigolo - cavalo Quartzo - 145,00 - CHFSB

Grupo 3 - altura 0,80 m - Categoria AB1º Mário Appel - cavalo Fogo -

102,00 - CHSA2º Joza Ferreira Angelo - cavalo Katita - 50,00 - CHPAGL3º Andrea Guzzo Muniz Ferreira - Koncordia Xango - 36,00 - CHSA

Grupo 1 - altura 1,00 m - categoria MMR1º Henrique Albertinni Affonso - cavalo Teatro - 69,00 - CHSA2º Daniel Wenzel - cavalo Libria - 51,00 - HMR3º Isabela Piovesan Dall’Oglio - cavalo Quick Time - 47,00 - CHSA

Grupo 2 - altura 1,00 m - categoria JCB1º Camila Chuluck - cavalo Q Astro - 217,00 - CHFSB2º Fernanda Castilho - cavalo Good Buck - 185,00 - CHFSB 3º Fernanda Castilho - cavalo Comand - 156,00 - CHFSB

Grupo 3 - altura 1,00 m - categoria AB1º Fábio Rodarte - cavalo Xandu Itapua - 171,00 - CHSA2º Fábio Rodarte - cavalo Sarha - 166,00 - CHSA3º Fábio Rodarte - cavalo Ouro Preto - 129,00 - CHSA

Grupo 4 - altura 1,00 m - categoria AM1º Francisco Fortunato - cavalo Granair - 130,00 - HFBV

2º Isabel Mangabeira Albernaz - cavalo Imperiale - 90,00 - CCSP3º Francisco Fortunato - cavalo Bambino - 86,00 - HBV

Grupo 5 - altura 1,00 m - categoria Master1º Ricardo Macedo Facchini - cavalo Greatness Império Egípcio - 98,00 - HTALIS2º Emyr Diniz Costa Junior - cavalo Happiness - 71,00 - CHSA 3º Miguel Rodes Faus - cavalo Kaled Carina - 70,00 - CHSA

Grupo 1 - altura 1,05 m - categoria CN41º Proprietário Cavalos Novos - cavalo Burggirl DC - 114,58 - CHSA 2º Guilherme Lapenda - cavalo Espanhola T - 101,20 - HTALIS 3º Luiz Carlos Da Costa Mata - cavalo Voldan - 101,18 - CHSA

Grupo 1 - altura 1,10 m - categoria PMR1º Emyr Diniz Costa Neto - cavalo Enadine Tok - 106,00 - CHSA 2º André Orsini Ardengh - cavalo Shine - 62,00 - CHSA 3º Sarah Rocha Vasconcellos - cavalo Penelope - 52,00 - SHC

Grupo 2 - altura 1,10 m - categoria JCA1º Ana Bárbara Fortunato - cavalo First Hand - 69,00 - HBV2º Ana Bárbara Fortunato - cavalo Shiva - 68,00 - FSBV 3º Rodolfo Braido Locoseli - cavalo Hommage - 58,00 - CHCAPI

Grupo 3 - altura 1,10 m - categoria AB1º Enedio de Oliveira Santana - cavalo Falcon Fire - 172,00 - CHSA 2º Mário Appel - cavalo New

Star - 164,00 - CHSA3º Luiz Carlos da Costa Mata - cavalo Pinocchio Doanjo - 112,00 - CHSA

Grupo 4 - altura 1,10 m - categoria AM1º Livia Descio - cavalo Nikkey Du Golf - 49,00 - CHSA 2º Patricia Nehemy - cavalo Torino Instituto da Visão - 47,00 - CHSA 3º Tiffany Mourão Zurita - cavalo Land-On-Fire do Feroleto - 38,00 - SHEZ

Grupo 5 - altura 1,10 m - categoria Master1º Itsumi Kato - cavalo Miss Brasil - 106,00 - CHSA 2º Michaela Porr - cavalo Paladin - 73,00 - CHSA 3º Luís Frias - cavalo Diogo For - 42,00 - CHSA

Grupo 1 - altura 1,15 m - categoria CN51º Luiz Carlos da Costa Mata - cavalo Danger - 137,31 - CHSA 2º Rafael Mariante Ramos da Silva - cavalo Athos Vale Verde - 56,80 - CHSA 3º Rafael Mariante Ramos da Silva - cavalo Forest Dory do Bosque - 54,30 - CHSA

Grupo 1 - altura 1,20 m - categoria MR1º Rodrigo Gonçalves Fernandes - cavalo Gran Noel - 18,00 - CESB 2º Rodrigo Gonçalves Fernandes - cavalo Tocantins Bawani - 18,00 - CESB 3º Giovanna Moreira Arcas - cavalo SL Seleto - 11,00 - CHSA

Grupo 2 - altura 1,20 m - categoria JC1º Fernanda de Araújo Pereira - cavalo MC Atlético - 107,00 - CHSA

2º Fernanda de Araújo Pereira - cavalo Hi Fi - 61,00 - CHSA 3º Daniel Steinbruch - cavalo Warlord Toy’s - 32,00 - CHSA

Grupo 3 - altura 1,20 m - categoria AB1º Karina Goldmann Lemos Torres - cavalo Piano Doanjo - 135,00 - CHSA 2º Mario Francisco Cia Junior - cavalo Play Flower I Jmen - 102,00 - CHSA 3º Luiz Carlos da Costa Mata - cavalo Danger - 94,50 - CHSA

Grupo 4 - altura 1,20 m - categoria AM1º Ten. Carlos Eduardo de Lima - cavalo Lz Rojão - 66,00 - PMESP 2º Livia Descio - cavalo Nikkey Du Golf - 64,00 - CHSA 3º Ana Eliza Aguiar Ramos - cavalo Jumbo Império Egípcio - 49,00 - CHSA

Grupo 5 - altura 1,20 m - categoria Master1º Itsumi Kato - cavalo Mister Simples - 70,00 - CHSA 2º Luca Mifano - cavalo Quena - 36,00 - CHSA 3º Alexandre Galeno Luz - cavalo Waterloo- 18,00 - CHSA

Grupo 1 - altura 1,25 m - categoria CN61º Karina Goldmann Lemos Torres - cavalo Kauana Waterloo - 103,17 - CHSA 2º Ricardo Monteiro da Luz - cavalo Balou Chic - 91,10 - CHSA 3º Vítor Alves Teixeira - cavalo Wasiemooi Império Egípcio - 69,80 - CHSA

Grupo 1 - altura 1,30 m - categoria AMT1º Karina Smith - cavalo Best Choice Oiti TW - 60,00 - CHSA 2º Ana Eliza Aguiar Ramos - cavalo Tyfoon Império Egípcio

- 38,00 - CHSA 3º Eloy Valles Prieto Junior - cavalo Kokoshka de Hayettes - 20,00 - HMR

Grupo 2 - altura 1,30 m1º Rodrigo Tsau - cavalo Teka GMS - Cat. JCT - 76,00 - UNIVAP 2º Vanessa Wasserman - cavalo - WS Excellence Império Egípcio - Cat. PJR - 27,00 - CHSA 3º Rodrigo Tsau - cavalo Adel Star - Cat. JCT - 23,00 - UNIVAP

Grupo 3 - altura 1,30 m - categoria AB1º Ricardo Monteiro da Luz - cavalo Jaboticaba - 211,00 - CHSA 2º Renato Junqueira Arantes - cavalo Special Way Império Egípcio - 146,00 - HJ 3º Vítor Alves Teixeira - cavalo Ularetti B Império Egípcio - 127,00 - CHSA

Grupo 1 - altura 1,35 m - categoria CN71º Ricardo Monteiro da Luz - cavalo Ônix - 37,00 - CHSA2º Renato Junqueira Arantes - cavalo Qualiana Império Egípcio - 34,00 - HJ 3º Camila Mazza Benedicto - cavalo Garibaldi Rosebud - 23,00 - CHSA

Grupo 1 - altura 1,40 m - categoria AB1º José Roberto Reynoso Fernandez Filho - cavalo Rock Fort Jmen Sanol Dog - 125,00 - CHSA 2º César Almeida - cavalo Torlando Império Egípcio - 100,00 - CHSA 3º André Campos Freire - cavalo Woelher Itapua - 96,00 - CHSA

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Jovens cavaleiros

Emyr Diniz Costa Neto, 12 anos• Resultados em 2009: no meu primeiro ano na categoria Pré-mirim,

conquistei diversos títulos: fui campeão das I e II Etapas do Torneio de Verão, campeão Brasileiro por equipe, vice-campeão Brasileiro individual, vice-campeão do Campeonato Paulista do Interior, vice---campeão do CSN Aniversário da SHCampinas, campeão do CSN Indoor da SHP, campeão da Copa Santo Amaro série 1,10 m e fui indicado ao Troféu Eficiência da FPH.

• Objetivos para 2010: manter minha companheira Enadine TOK saudável, participar competitivamente na categoria Mirim, tendo como professor o Zé Roberto, me classificar nos concursos Torneio de Verão, Campeonato Paulista, CSN do CHSA, SHC, SHP e SHB, Torneio Athina Onassis e no Campeonato Brasileiro. Também espero me classificar para o Campeonato Sul-americano e Final da FEI Children e liderar os rankings da Copa Santo Amaro, FPH e CBH.

Conquistas e expectativasConcentrados nas promissoras carreiras, os jovens santamarenses se preparam

com dedicação para as provas de 2010. A perspectiva é de grandes conquistas,

como contam Emyr Diniz Costa Neto e Carina Trigueiro Borba para os leitores

da Santo Amaro a Galope, a partir de um balanço dos resultados do ano passado

Carina Borba Trigueiro, 18 anos• Resultados em 2009: obtive bons resultados na Copa Santo Amaro,

fui campeã da Copa Paulista de Amazonas, vice no aniversário do Santo Amaro, campeã Indoor e campeã na minha categoria, 1,20 m, no Grande Prêmio, além de me classificar em 9° lugar na Copa Santo Amaro na categoria Jovens Cavaleiros, série 1,20 m.

• Objetivos para 2010: continuar treinando cada vez mais para evoluir e subir de altura, fazendo vários conjuntos com o meu cavalo atual, Lord Lancelot HI, que é relativamente novo. Não tenho nenhuma grande meta, como ganhar um campeonato, mas espero estar sempre montando bem, formando um bom conjunto com meu cavalo e treinando para estar concentrada nas provas, porque é desta forma que as conquistas acontecem. Quero que este meu ano hípico seja muito bom, com várias conquistas e, principalmente, espero que eu aprenda cada vez mais e evolua, dois fatores bastante importantes na carreira.

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Ao lado, Emyr Costa Neto e, acima, Carina Trigueiro entre Karina Smith e Vítor Alves Teixeira.

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Presidência CHSA

A eleição para a presidência 2010 da Associação de Clubes Es-portivos e Sócio Culturais de São Paulo (Acesc) aconteceu no Esporte Clube Sírio em 9 de dezembro. Por resultado unâ-

nime, Duílio Martins, diretor presidente do Clube Hípico de Santo Amaro, ocupará a cadeira neste ano. Esta é a primeira vez que um clu-be hípico está à frente da Acesc, entidade criada em 1995, e, por isso, a Santo Amaro a Galope conversou com Duílio para saber quais são seus planos na presidência da entidade, na qual permanecerá de 1° de janeiro a 31 de dezembro de 2010.

SAAG. Quais são seus planos no período em que estará na presidência da Acesc?DM. É preciso esclarecer que o objetivo da Acesc não é o da ingerência na política administrativa de nenhum clube, mas simplesmente o de auxiliar, de secundar seus afiliados na procura por soluções de alguns conflitos. Vejo para 2010, com simpatia, a busca de um estreitamento da Acesc com o poder público em relação a questões que surgem em todos os clubes, como cotas de empregos para pessoas deficientes; questões com a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente; mão-de-obra extra em eventos, dentre tantos outros.

SAAG. Como o sr. pretende fortalecer a entidade?DM. A Acesc, em si, já é bem forte de fato; entendo que a missão pre-cípua de seu presidente é manter a união entre seus membros, e da qual resulta uma força significativa. Por exemplo, considerados os sócios dos clubes componentes da Acesc, temos cerca de 100 mil as-

sociados de alto poder socioeconômico. Este número e todas as suas vertentes que daí se vislumbram, se trabalhados juntos, geram uma força considerável.

SAAG. Quais serão seus maiores desafios na presidência da Acesc?DM. Talvez o maior de todos seja manter o equilíbrio político de for-ças entre os grandes clubes de forma equidistante, sem ferir susceti-bilidades destas potências, das quais algumas delas têm orçamentos maiores do que de muitas cidades.

SAAG. Como presidente da Acesc, o sr. tem algum projeto específico para o hipismo?DM. Creio que não seja pretensão imaginar que o projeto maior seja aproximar do cavalo quem não tem familiaridade com o hipismo, dar uma oportunidade a este encontro, por meio de uma maior divulga-ção das provas hípicas entre os associados da Acesc. Basicamente, é isso, divulgar os eventos para possibilitar ao homem se aproximar do cavalo... daí a história nos mostra que o resto acontece por si!

SAAG. O sr. quer enviar uma mensagem para os associados do CHSA e para os clubes que compõem a Acesc?DM. Meus cumprimentos a todos aqueles que se associam e investem para criar e manter um modelo experimental de paz, lazer, esporte, cultura, justiça social, educação, trabalho – e ganha-pão de muita gen-te também –, que é o clube esportivo, este microcosmo precursor de um Brasil do futuro, do qual somos o laboratório e a maternidade.

Pela primeira vez, um clube hípico assume a presidência da AcescDuílio Martins, diretor presidente do CHSA,

é eleito por unanimidade para a presidência

da Associação de Clubes Esportivos

e Sócios Culturais de São Paulo

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Recordar é Viver

No 40° aniversário do Clube, o Renyldo sugeriu que fizéssemos uma apresentação com as alunas de adestramento e o Gérson organizou um carrossel – que é um grupo de amazonas ou cavaleiros que fazem figuras de adestramento dentro de um picadeiro, e o adestramento é considerado a parte de elite do hipismo porque são movimentos estudados, comandados pelo cavaleiro. É lindo! Essa equipe de amazonas se apresentava nas festas daqui e recebíamos convites de outros lugares.

O Gérson foi diretor de esportes muitas vezes, em diversas diretorias. Tanto que foi homenageado pelo presidente Thomas Barth (1991-1992) que batizou o picadeiro fechado com seu nome.

Uma paixão por cavalosO Gérson foi capitão da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, daí sua paixão pelo hipismo. Ainda em Porto Alegre, fazíamos a caça à rapo-sa e, por isso, acredito que já nascemos com esta paixão. Meu pai era da Infantaria, e desde pequena convivi com cavalos – e os adoro. Mi-nha casa é cheia de troféus e todos os meus quadros retratam cavalos. Inclusive, fui juíza de adestramento! O hábito de assistir às provas do meu marido me ensinou os regulamentos e, então, fiz cursos com juízes que o Clube trazia da Europa. Eu era juíza da Confederação até há quase três anos.

Assistência social aos funcionáriosComecei a desenvolver trabalhos sociais com os funcionários porque eu acompanhava o Gérson na cocheira e, conversando com eles, fui descobrindo suas necessidades. A assistência médica foi uma delas, que consistia em consultas e os remédios nós comprávamos para eles. Para não onerar o Clube, promovíamos bazares e jantares. O Renyldo nos dava todo o apoio. Também realizávamos o Natal dos empregados e montamos um coral com eles, que se apresentava nas festas natalinas, dávamos presentes e, no inverno, cobertores. Eu gostava muito dessas atividades sociais e participava de todas. Traba-lhamos esse apoio aos funcionários do Clube por quase 20 anos.

Como na época havia muitos analfabetos, entramos em contato

O coronel Gérson Borges foi campeão paulista e brasileiro de salto

e adestramento e professor no CHSA a partir de 1959. Sua esposa,

Dora Borges, relembra neste texto os dias maravilhosos que

passavam no Clube e cujos amigos eram parte de uma grande família

Dora de Oliveira Borges é viúva de Gérson Borges, aposen-tado como coronel da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, campeão paulista e brasileiro de salto e adestramento,

professor no CHSA a partir de 1959. Antes de vir para São Paulo, em 1952 Gérson integrou a equipe brasileira na Olimpíada de Helsin-que, na Finlândia, com o cavalo Fiori de Rose, e nesse mesmo ano se destacou em uma competição em Vicky, na França, vencendo a prova de seis barras e estabelecendo a marca de 1,90 m, considerada excepcional para esse tipo de competição. Dora, que hoje está com 84 anos, completados em dezembro, relembra os tempos em que ela e seu marido eram peças fundamentais no dia a dia do Clube.

Gérson Borges: campeão, professor e diretor de esporteViemos de Porto Alegre, meu marido Gérson Borges, eu e meus filhos, em 1959, depois do Gérson receber um convite do Clube para ser professor. Ele havia participado da Olimpíada de Helsinque, na categoria salto, e o hipismo no Rio Grande do Sul naquela época não era muito desenvolvido devido à distância das grandes capitais. Então, nós pegamos a bagagem e viemos para São Paulo, porque o ideal do meu marido sempre foi fortalecer o hipismo em todos os lugares. E aqui encontramos a família que deixamos no Sul.

O Gérson sempre foi campeão de salto, mas começou a fazer adestramento quando se reformou no Exército. Na Olimpíada de Helsinque, ele fez parte da equipe brasileira formada pelo coronel Renyldo Ferreira e pelo general Franco Pontes. Também participou de Jogos Pan-americanos pela equipe brasileira de adestramento, foi campeão paulista, campeão brasileiro diversas vezes. Sua vida foi o hipismo, que amou até falecer em 1990.

Ele ministrou aula de adestramento para meninas por muito tempo. Havia uma equipe grande de adestramento no Clube e foi ótimo porque ele era um pouco sisudo e as aulas o deixaram mais expansivo com as crianças, com os filhos e com a vida. Mesmo depois de nos associarmos, o Gérson permaneceu como professor por vários anos e participava sempre dos concursos – nós íamos para todos os lugares.

Laços de família

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Acima, Dora e Gérson na época em que ainda namoravam, no Rio Grande do Sul, e, abaixo, Dora e sua filha.

A turma do CHSA, acima, da época: a segunda família de Dora e Gérson. Abaixo, o casal no restaurante do Clube.

Santo Amaro a Galope

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com a Secretaria de Educação para que montassem uma sala do Mobral – hoje chamada de Educação de Jovens e Adultos. Eu cheguei a ser professora de alfabetização e o Gérson deu aulas para os tratadores com as técnicas da profissão. O resultado de tudo isso foi uma melhor assistência aos cavalos.

Laços fortesOs laços de amizade eram muito fortes e o Clube era uma família. Nós realizávamos muitas festas e o Casarão era quase uma sede de cultura. Nós fazíamos saraus com pianistas, tínhamos exposições... enfim, era um Clube sócio-cultural-esportivo, e tinha até uma boate para jovens, que funcionava para duas faixas etárias. E como o Clu-be é essencialmente hípico, todas as atividades sociais eram voltadas para o hipismo, mesmo as festas de aniversários.

Havia também muito intercâmbio com equipes nos campeonatos nacionais e internacionais, como com as do Chile, Paraguai e Argentina. Era uma tradição já da época do salto e depois continuou com a do adestramento.

Os Capacetes Brancos: uma boa lembrançaFazíamos exteriores junto com os Capacetes Brancos e suas mulhe-res. Íamos até a Hípica Paulista (ainda não existia a Marginal), nos juntávamos aos cavaleiros de lá e fazíamos esse exterior por todo o Morumbi, indo até Itapecerica da Serra. Passeávamos pela manhã e à noite. Na volta, ficávamos na sede, preparávamos um churrasco, cantávamos e celebrávamos até tarde. Os Capacetes Brancos são uma boa lembrança.

Os homens faziam também passeios pelo litoral, iam até São Sebastião a cavalo, e levavam uma equipe de apoio de caminhão. Recordo-me de nomes como Ubirajara Guimarães, Pedro Mari, Kiko, Pillon. Tinha bastante gente, eram uns vinte e tantos cavaleiros.

Fatos marcantesTudo que vivi no Clube marcou minha vida. Os concursos lindos, as festas maravilhosas. Como a sede antiga era muito pequenini-nha, a gente cobria a piscina para fazer os aniversários. Recordo com carinho das amizades que fizemos e também da Ordem dos Capacetes Brancos.

Lembro-me de algumas personalidades que frequentavam o Clube, como o Paulo Maluf, que vinha todos os domingos com os

filhos e netos; juízes internacionais; o ex-presidente João Figueiredo, que era apaixonado por hipismo e com quem convivíamos muito bem... Muita gente importante passou por aqui.

Eu conheci a Dulcinha, esposa do Renyldo, em Porto Alegre, na época em que ele competia e nossa amizade continuou no Clube. Ela continua a mesma, cheia de vida e de energia. A Dulcinha quando torcia para o Renyldo chamava a atenção da plateia inteira com seu grande entusiasmo!

E também não me esqueço do general Portinho, uma pessoa exemplar! Foi ele e o meu marido que fizeram o picadeiro de adestramento externo, porque naquela época os concursos eram em pista de grama – hoje não é mais. Nós passávamos por lá e víamos aqueles dois homens enormes agachados, plantando graminha por graminha.

Resumindo esses 60 anos, para mim o Clube foi o pros- seguimento da família que deixei em Porto Alegre. Atualmente, minha vida é fazer caminhadas todos os dias aqui, tomar um cafezinho e rever os amigos.

Santo Amaro a Galope32

Acima, o picadeiro coberto de adestramento do CHSA faz uma justa homenagem ao coronel Gérson Borges.

À esquerda, Gérson Borges, montando Fiori de Rose, vence a prova de seis barras em Vicky, na França, e estabelece a extraordinária marca de 1,90 m!

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33 Santo Amaro a Galope

Restaurante do CHSA:um negócio lucrativoCom um trabalho focado na rees-

truturação administrativa do Res-taurante do Clube, é com grande

satisfação dos envolvidos (Social, Res-taurante e Tesouraria) que informamos o resultado positivo alcançado em 2009, saindo de um déficit de quase R$ 280 mil em 2006 e fechando o ano passado com R$ 50 mil de lucro.

Para conseguir essa conquista, foram implantadas diversas provi dên cias no ano passado, como acom panhamento de preços e ações de di vulgação e de re-dução de custos, as quais contribuíram para o sucesso do negócio.

Todos estão de parabéns por mais essa grande ação em prol dos associados santamarenses.

Informe do Clube

Restaurante decorado para um jantar dançante.

Calendário de salto

Janeiro24 Prova Pré-Verão Picadeiro coberto Local: CHSA30 Prova Pré-Verão Picadeiro coberto Local: CHSA

Fevereiro6 e 7 Prova Pré-Verão Picadeiro coberto Local: CHSA19, 20 e 21 Clínica Nelson Pessoa Local: CHSA

Calendário de adestramento

Fevereiro27 e 28 Temporada de abertura de adestramento da FHPLocal: CHSA

Março11 a 14 CDI 3* CAN Local: CHSA27 e 28 I Etapa do Ranking Paulista da FHPLocal: CHSA

24 a 28 CSE – XXI Torneio de Verão I EtapaLocal: CHSA26 a 28 Torneio de Verão de Equitação FundamentalLocal: CHSA

Março3 a 7 CSN – XXI Torneio de Verão II EtapaLocal: CHSA19, 20 e 21 I Etapa Copa Santo AmaroLocal: CHSA

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Santo Amaro a Galope

Artigo

A pessoa com deficiência, o emprego e O Feitiço de Áquila

Nos anos 1980, o filme O Feitiço de Áquila, um sombrio conto de fadas medieval, mostrava o amor impossível entre uma linda jovem

que, por arte de magia negra, era transformada em um falcão assim que o sol despontava no horizonte e só volta-

va a ser humana ao anoitecer. A mesma maldição fazia com que seu amado vivesse como homem durante o dia e como lobo durante a noite. Permaneciam, assim, juntos o tempo todo, porém separados. Era preciso criar uma ponte entre estes dois mundos. E a ficção con-seguiu, por meio de um providencial eclipse, quando os dois pude-ram finalmente se encontrar e desfazer o feitiço.

Na vida real – e em uma sociedade como a brasileira, com tantos resgates sociais a fazer –, inúmeras pontes devem ser construídas, unindo mundos que ainda não conseguem se enxergar plenamente. Um desses caminhos a construir é o que liga o emprego ao conjunto de 24 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência; um milhão e meio deles vivendo na cidade de São Paulo. Segundo dados do Censo 2000, mais de 52% são considerados inativos e mais de 78% não ultrapassaram sete anos de educação formal.

Nesse caso específico, a ponte deverá ter como pilares básicos a legislação, a educação, o transporte e a informação. A equação é de fácil entendimento: sem acesso – arquitetônico, de transporte e pedagógico – ao ensino, a pessoa com deficiência não desenvolverá as habilidades necessárias à inserção no mercado de trabalho. E, mesmo aqueles que superam esse gargalo inicial, continuam tendo no transporte adequado e na eliminação das barreiras arquitetônicas as condições essenciais para exercer sua profissão. Os demais ficam longe do emprego, uma vez que muitos não têm sequer a atividade braçal como opção.

Os três primeiros alicerces têm evoluído bastante, com avanços concretos e experiências vitoriosas em diversos municípios. A lei já disciplina a acessibilidade física em locais de grande circulação e há 18 anos exige que as empresas com mais de 100 funcionários destinem entre 2% e 5% das vagas de trabalho às pessoas com deficiência.

Só na rede municipal de ensino, em São Paulo, são mais de 10 mil alunos matriculados com esse perfil. Na capital paulista também circulam 3.600 ônibus acessíveis e 30 táxis adaptados (de

um total de 80 alvarás expedidos), facilitando o acesso ao estudo, ao trabalho e ao lazer.

Por que, então, muitas empresas reclamam não encontrar no mercado pessoas com deficiência para preencher as cotas estabelecidas por lei, enquanto milhões de pessoas aguardam uma chance de bancar seu próprio sustento? A resposta pode estar no quarto pilar: a informação.

Diversas empresas, preocupadas apenas em cumprir a lei, reservam vagas em níveis hierárquicos inferiores e pior remunerados, sem perspectiva de ascensão na carreira. Já outros empregadores adiam a contratação de pessoas com deficiência – expondo-se até mesmo ao risco de sanções legais – simplesmente porque imaginam que terão de investir muito para adequar seu espaço e alterar muito a rotina de trabalho da empresa.

É urgente orientar o empresariado sobre como mapear melhor as vagas existentes e que possam ser oferecidas, de acordo com a formação e o tipo de deficiência de cada candidato. Da mesma forma, é importante mostrar quais adequações podem ser feitas, com eficiência e a baixo custo.

É isso que a Prefeitura de São Paulo vem fazendo por meio de programas como o Inclusão Eficiente, que já empregou mais de 4.500 pessoas, entre 13 mil cadastrados; o Sem Barreiras no Trabalho, voltado ao treinamento de profissionais de RH, e o Programa de Empregabilidade da Pessoa com Deficiência, que busca aproximar empresas e pessoas com deficiência, que possam orientar sobre a melhor forma de promover uma inclusão de fato produtiva da pessoa com deficiência em sua empresa.

Com o aperfeiçoamento desses quatro pilares, a sociedade brasileira estará construindo uma ponte eficaz entre o mundo do emprego e 24 milhões de famílias que abrigam pessoas com algum tipo de deficiência. A tarefa não é fácil e nem será resolvida com um passe de mágica. Mas deve ser enfrentada. Afinal, diferentemente do filme, não se trata de tornar viável um amor impossível, mas de trazer dignidade, propiciar a realização pessoal e assegurar a sobrevivência autônoma de um enorme contingente de brasileiros.

Marcos Belizário

Marcos Belizário,46 anos, é administrador de empresas, advogado e secretário Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida.

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