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106 Anos 160 ANOS VIAGEM APOSTÓLICA Jerusalém Notre Père 9 DE NOVEMBRO São Theodoro

160 ANOS VIAGEM APOSTÓLICA Jerusalém 9 DE NOVEMBRO … · Carta para Ir. Ernestine Samson ´Há alguns quilômetros daqui, numa cidadezinha chamada Lourdes, uma gruta que se tornou

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106 Anos

160 ANOS

VIAGEM APOSTÓLICA

Jerusalém

Notre Père

9 DE NOVEMBRO

São Theodoro

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Boletim

IN SION

Ano 3 N. 21

Fevereiro, 2019

Equipe de Eventos da

Congregação

Rua Costa Aguiar, 1266

São Paulo - SP

[email protected]

sion.org.br/boletim-in-sion

Queridos Confrades em Sion Somos agradecidos a Deus por nossa Vocação e pelos trabalhos que temos a realizar como Congregação, a serviço da Igreja. Apresentamos toda nossa vida e nossa consagração religiosa nas mãos da Virgem Maria, Mãe de Sion. Nossas origens nos atestam que Sion nasceu por intermédio de Maria. Antes mesmo do 20 de Janeiro, o Pe. Theodoro já testemunhava um grande amor pela Virgem Maria. Nossa Congregação guarda a marca de ser uma congregação ‘mariana’. Celebramos em fevereiro a festa de N. Sra. de Lourdes. Apresentamos trechos em que nossos Fundadores relatam sua relação com N. Sra. de Lourdes. Nós também nos alegramos como Congregação com a publicação da obra de Pierre Lenhardt sobre o mistério da Santíssima Trindade a partir da “escuta da tradição de Israel na Igreja”. Esperamos que a leitura, estudo e reflexão proposta por Ir. Pierre nos ajude como Congregação a aprofundar nossa fé no mistério central e fundamental de nossa fé cristã. Nos alegramos também por saber que mais e mais nossa Congregação tem oferecido à Igreja e aos fieis bons conteúdos baseados na Tradição de Israel e da Igreja. Nos alegramos e acompanhamos com nossa oração todos os confrades que assumem novas missões neste novo ano, como Pe. Osmar em Castro, Pe. José de Faria, em São Sebastião do Paraíso, Pe. Carlos em Mauá e Pe. Benedito Vieira e Ir. Oberdan em Arujá. Que a Virgem de Sion acompanhe cada um de nossos Religiosos em suas atividades e abençoe nossa Família Sion.

Maycon Custódio, nds

EDITORIAL

Nossa Senhora de Lourdes.

CAPA

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Pe Ilário Mazzarolo , nds (trad.)

Nossa Senhora de Lourdes e Pe Maria

Narrativas feitas pelo Pe Maria.

Passagem do Pe Maria por Lourdes, retornando de Caterets, onde fez

um tratamento para cuidar de seus males de laringe.

20 de julho de 1858

Carta para Ir. Ernestine Samson

“ H á a l g u n s

quilômetros daqui,

numa c idadezinha

chamada Lourdes, uma

gruta que se tornou

célebre em toda a

região. Uma pobre

camponesa de 15 anos lá

foi encontrada diversas

vezes no estado do mais

completo êxtase, após

aparições da Virgem

Santa. Uma fonte

milagrosa surgiu desde este tempo na gruta de

Lourdes, as povoações ai se rendem em massa.

Constata-se lá curas prodigiosas e instantâneas a cada

dia. O Prefeito achou que era seu dever fechar a

entrada e a multidão dos visitantes se torna cada vez

mais numerosa.

O bispo de Tarbes mandou fazer uma pesquisa.

Irei rezar por vocês na gruta. Rezem por mim e

diga à ir Laurence (sua irmã) que reze por mim:

“Senhor, fazei que o pe Marie veja a vontade do Pai

celeste”.

OS PADRES FUNDADORES E NOSSA SENHORA DE LOURDES

3

Gru

ta da A

parição, 1858, L

ourdes

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Jerusalém, março de 1880

Anais da Missão de Nossa Senhora de Sion na Terra Santa (13, p. 46)

“Falava-se bastante de uma pobre pastora, chamada Bernadette, que

dizia-se, fora favorecida com frequentes aparições da Virgem Imaculada.

Isto se passava a pouca distância de Cauterets, em meio aos rochedos que

margeiam o rio Gave, e próximo à estrada que leva à sorridente aldeia de

Lourdes.

Prometiam-me visitar Bernadette e me levar ao local das aparições.

Era tentador, confesso, mas tive que me abster; fiquei sabendo que as

autoridades eclesiásticas haviam imposto ao clero de se manter numa total

reserva quanto a este acontecimento, até que as pesquisas fossem

concluídas e que a Santa Sé tivesse falado.

Contudo por ocasião de minha saída de Cauterets, sem descer da

carruagem, eu pedi que me mostrassem, passando, os famosos rochedos de

Massabielle onde explodiam tantos milagres, e invoquei a Virgem Maria,

afim de obter por seu intermédio a graça de minha cura e, a partir disto, a

de continuar minhas atividades e meus trabalhos em Jerusalém.

Este favor me foi concedido, minha cura foi radical quando retornei a

Paris; retomei logo minhas viagens de mendicante na França, na

Inglaterra, na Irlanda, na Escócia, na Bélgica e na Espanha.”

Amor do Padre Maria por Nossa Senhora de Lourdes

26 de outubro de 1871

Carta a Dom Raess, bispo de Estrasburgo

“Durante minha doença, eu prometi uma peregrinação a Nossa

Senhora de Lourdes.”

17 de março de 1873

Carta de uma irmã aos Magnan

“Como ele tem muita dor nos joelhos, por causa de uma queda de

burrico, ele se faz friccionar com água de Lourdes.”

3 de abril de 1873

Madre Laure, nds

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“Meus olhos e meus joelhos estão quase curados, graças às fricções que

estou fazendo com água de N. Sra. De Lourdes que Pierre me enviou

quando de sua chegada na França”.

3 de março de 1874

Irmã Marie Gonzague Renault, nds

“No dia 11 de fevereiro eu começava uma novena a Nossa Senhora de

Lourdes e a São José para obter meu inteiro restabelecimento” (Depois de

uma grande doença).

23 de junho de 1874

Diário de Ein Kerem

“O Pe Maria distribui uma pequena estátua de Nossa Senhora de

Lourdes a cada Filha de Maria, que ele lhes trouxe de França. A alegria e

satisfação das crianças em rever o Pe Maria com boa saúde, rejuvenesce

totalmente o próprio padre: ele esquece sua fraqueza e suas enfermidades

quando está junto a nossas queridas ovelhas.”

24 de junho de 1874

Diário de Ein Kerem

“Festeja-se o Pe Maria. As crianças estão sentadas sobre os degraus da

escada. Nossa Senhora de Lourdes, nossa bela estátua, domina esta

corrente viva.”

1º de maio de 1875

Diário de Ein Karem

“Nós lemos o Mês de Maria de Nossa Senhora de Lourdes, em nossa

reunião diária. É a história de Maria neste lugar que agora ela já tornou

célebre.”

20 de junho de 1875

Diário de Ein Karem

Procissão: “Carrega-se, num andor bem decorado, Nossa Senhora de

Lourdes e a estátua do menino Jesus.”

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O Pe Maria na Gruta de Lourdes 21 de fevereiro de 1878

(depois de sua última estadia em Roma do dia 26 de janeiro até 2 de fevereiro)

16 de fevereiro 1878

Madre Laure, nds

“Eu só partirei quarta-feira de manhã para Lourdes. Quarta de manhã

celebrarei a missa em Nossa Senhora de Lourdes.”

21 de fevereiro de 1878

Diário do Pe Maria

O aspecto da santa Gruta lhe pareceu simples e imponente:

“Contudo, eu teria preferido, escreve, que não houvesse estátua neste

rochedo privilegiado, mas somente estas palavras: Eu sou a Imaculada

Conceição. A própria Bernadette declara que esta estátua é bonita, mas

não é isto!...

Milhões e milhões de pessoas atestam o amor cristão pela Virgem

Imaculada...

E não se sai de Lourdes sem ter vontade de retornar. Sente-se aí a

presença de Maria. Eu ai senti algo das emoções que senti em minha

última viagem a Roma.” (Este diário foi queimado em 1925. Ele é citado por M.

Benedicta de Ligondes, que o teve entre suas mãos, na Vida do Reverendíssimo pe.

M. Teodoro Ratisbonne. T. 2, p581).

21 de fevereiro de 1878

O Pe Maria escreve de

Lourdes

- Ir. Marie Paul

Hibon, Secretária Geral

“Sinto aqui algo do

que senti ultimamente em

Santo André.”

- Ir. Louise Weywada,

“Quanto a mim, eu

Foto do albu

m do P

e Maria. L

ou

rdes, 1876

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aqui agradeço; tenhamos confiança; todo o resto irá bem”.

- A seus amigos de Magnan que estavam com ele em Roma:

“Meus queridos amigos, viva Leão XIII. Eis-me aqui em Lourdes há

algumas horas. Uma cálida recordação da gruta de Bernadette. Isto é

magnifico e surpreendente. Aqui experimento algo de minhas impressões

de Roma. Confiança. Maria está conosco; Ela nos abençoa. Lourdes: é

também aqui que se vê as maravilhosas obras oferecidas a Maria

Imaculada. Eles chegam dos quatro cantos do mundo.”

7 de março de 1878

Irmã Angele de Jésus, nds

“Lourdes. É também lá que se vêem as mais maravilhosas obras

oferecidas a Maria Imaculada. Elas chegam dos quatro cantos do

mundo.”

1 de maio de 1879

Ein Kerem

“Procissão com a estátua de Nossa Senhora de Lourdes.”

A morte de Santa Bernadette

11 de maio de 1879

Madre Louise Weywada, nds

“Anuncia-se a morte de Bernadette.”

12 de maio de 1879

Madre Louise Weywada, nds

“Já lhe anunciei a morte de Bernadette? Ela nasceu em 1844.”

15 de maio de 1879

Diário de Ein Karem

“O Padre Maria prega durante o mês de Maria, falando-nos de

Bernadette, cuja morte ele ficou sabendo pelos jornais. Ele nos mostra a

fotografia da piedosa jovem que se tornou religiosa.” 7

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O Padre Theodoro em Lourdes

No livro da vida do pe Teodoro,

t.2, p. 528 e 529, Madre Benedicta

escreveu:

30 de junho de 1873

Louise Weywada, nds

“Todos me pressionam para ir a

Cauterets. O próprio bom Deus

parece que me está aconselhando...

Por isto vou obedecer ao dr. Sée, e

consagrar todo um mês para esta

estação de curas, a fim de retornar

bem fortificado e renovado.”

Os Pirineus lhe pareciam ter uma analogia com as montanhas da

Judéia.

14 de julho de 1873

Madre Rose Valentin, nds

“É talvez por isto que a Santa Virgem as visitou muitas vezes. Três

ou quatro santuários, nas proximidades de Cauterets atestam estes

favores memoráveis: a mesma gruta de Lourdes está a duas léguas daqui.

Que região feliz! Uma casa em meio a estas colinas, a estas cachoeiras, a

estes rochedos imensos, me agradaria bastante.”

19 de julho de 1873

Madre Rose Valentin:

“Agora eu penso na romaria de Lourdes que coroará meu tratamento.

Colocarei por escrito todas minhas petições, e no altar não esquecerei

ninguém!”

De fato ele celebrará a Missa e pregou três vezes na mesma jornada.

Pe M

aria tinh

a um

a foto da Ir Bern

adette religiosa

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PREFÁCIO DO LIVRO “A UNIDADE DA TRINDADE”

Maria Freire da Silva, icm

Escrever sobre a unidade da

Trindade é como descortinar o

universo e fazê-lo aparecer na

dimensão do belo! Essa é a

tentativa artística e fascinante do

Irmão Pierre Lenhardt ao escrever

sobre ‘a unidade da Trindade e a

escuta da tradição de Israel na

Igreja’ segue o itinerário da

revelação.

A primeira parte é como os

músicos que compõem suas

valsas, sentindo cada sonoridade,

medindo cada compasso, como

num concerto para violino,

Lenhardt vai enriquecendo seu

e s t i l o , p r e c i s a n d o s e u s

conhecimentos, marcando-os com as notas da sua própria originalidade.

Como mosaico de precioso valor, os textos rabínicos dão a condição

policroma ao texto, onde a Torá, em sua complexidade, assume uma

perspectiva de Poliedro apresentando-se orquestradamente como num

grande e admirável teatro, num jubiloso espetáculo ostentoso do Midrash,

onde os passos do Shemá são ritmados, a Oração Sinagogal, as Bênçãos

num melodioso processo de uma exuberante valsa inacabada. O texto

demostra a infinita dinâmica da revelação e do escondimento de Deus,

nos paradoxos: Criação, Revelação e Redenção.

Na segunda parte, a partir da unidade da Torá, estuda-se sobre: Deus

Um e Único! Em seguida, analisa o que a Escritura ensina referente aos

números: Um e Dois, Três, e sobre as tríades. De forma, cadenciada,

demostra o que a Tradição de Israel apresenta em âmbito da Unidade

Divina de Deus e sua Shekhiná articulando ao Espirito Santo como Voz

Celeste! Portanto, três grandes Pilares fundamentais constituem o 9

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o pensamento dessa obra: Escritura e a Tradição de Israel e da Igreja. O

autor parte claramente de sua identidade cristã, para daí, mergulhar na

escuta da Tradição de Israel.

Lenhardt se expressa em variações de crescente complexidade

linguística e ornamentação harmônica de rara e indescritível beleza,

característica da diversidade em sua inacabada busca do Mistério divino,

referente a proclamação: Deus é Um, onde faz o encontro mantendo

distinção entre a Tradição de Israel e a Tradição da Fé Cristã. Tem

consciência de que seu ponto de partida é a fé cristã, porém não se limita

a esta. Vai sondando, aquilo, que na Tradição de Israel pode esclarecer a

fé no mistério trinitário. São vislumbrados no Novo Testamento apenas

percursos de uma trajetória da linguagem onde Jesus emerge como a

Shekhiná.

Seu estudo é como uma composição em vários movimentos onde a

Torá confere a obra sua qualidade sinfônica. A pesquisa sobre os números

em sua referencia do Um para o Dois e para o Três, como em uma

partitura, vai delineando o inédito das díades: a unidade de Deus e da

Shekhiná; a unidade da Shekhiná e do Espirito Santo até chegar a

compreensão da Tríade judaica: Deus, a Torá e Israel! É relevante

perceber que no coração da realidade frontal, o UM, estão sintetizadas a

pluralidade e a unidade. Dessa forma, demostra a incapacidade da

linguagem exegética em dizer o dito autentico do Mistério revelado.

Oferece uma original contribuição ao diálogo com os judeus, e sobretudo,

para a teologia trinitária. O livro é um espetáculo coreográfico onde a

caixa de ressonância é o coração. É um itinerário que parece ‘transcender’

o tempo (Kronos) rumo ao um desfecho exuberante que é a experiência de

deixar-se habitar pela Tradição de Israel e após, escutá-la, dizer o que

ouviu. A terceira parte demonstra que é possível adentrar-se nas raízes da

fé e dizer o indizível, em seus Mistério trinitário!

Muito obrigada, Irmão Pierre, por oferecer a teologia trinitária esse

tesouro! É uma pesquisa ostentosa no que se refere à multiplicidade de

textos pesquisados. Seu livro muito me enriquecerá nos estudos sobre a

Trindade! Seus anos de estudos trazem o diferencial, o dinamismo

complexo do conhecimento sobre o Deus UM. O Deus Trindade! Fonte: A Unidade da Trindade. São Paulo: Fons Sapientiae, 2019. p. 13-14.

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CONVITE

Jerusalém, 02 de fevereiro de 2019

Queridos confrades, irmãs e amigos de Sion, Em maio do ano passado, todos recebemos uma carta da Equipe de Cristologia, uma equipe conjunta composta pelas duas congregações de Sion. A carta anunciava que, em 20 de janeiro de 2019, nossas duas congregações estariam iniciando um estudo, cuja duração seria de um ano, do livro escrito pelo Irmão Pierre Lenhardt, NDS, “l´Unité de la Trinité, à l´Écoute de la Tradition d´Israël, en Eglise, Paris: Parole et Silence, 2011 (“A Unidade da Trindade: à Escuta da Tradição de Israel”, na Igreja, São Paulo, CCDEJ/Fons Sapientiae, 25/01/2019). (Cf.loja.sion.org.br ) Compreendemos este estudo enquanto uma resposta ao convite feito pelo documento de 2015 do Vaticano: “PORQUE OS DONS E O CHAMADO DE DEUS SÃO IRREVOGÁVEIS” (Rm 11,29) - REFLEXÕES SOBRE QUESTÕES TEOLÓGICAS CONCERNENTES ÀS RELAÇÕES CATÓLICO-JUDAICAS POR OCASIÃO DO 50º ANIVERSÁRIO DA ‘NOSTRA AETATE’ (Nº 4)”. Este documento afirma que “as transformações fundamentais nas relações entre cristãos e judeus, que tiveram início no documento “Nostra Aetate” (N.º 4), também precisam ser divulgadas às gerações vindouras, devendo ser recebidas e disseminadas por elas.” (Parágrafo 45, também em tradução livre). Nossa esperança é de que este estudo compartilhado nos conduza a uma compreensão mais profunda sobre as implicações teológicas dos últimos 50 anos no tocante às relações judaico-cristãs. Esta compreensão mais profunda tem o potencial de fortalecer ainda mais o alicerce de conhecimentos necessário à contribuição de Sion para esta discussão contínua que ocorre no seio da Igreja. Iniciando agora nosso ano, como o 20 de janeiro, enviamos esta carta para incentivar a todas as nossas Irmãs, irmãos e integrantes da família de Sion a se engajarem no estudo deste livro. O idioma original do livro é o francês, e a obra já se encontra traduzida para o inglês, espanhol e publicada em italiano e português. Infelizmente, esta obra ainda não foi publicada em inglês e espanhol, então a equipe enviará uma versão eletrônica do livro para todos (as) que falam inglês e espanhol. Um dos integrantes da equipe, Donizete Luiz Ribeiro, preparou uma sinopse bastante útil de cada capítulo, o que nos ajudará a estudar o livro sessão por sessão ao longo deste ano. O guia de estudos encontra-se anexado a esta carta. Esperamos ter concluído o estudo até 20 de janeiro de 2020. Outro integrante da equipe, Elio Passeto, preparou generosamente um vídeo para introduzir este estudo. O vídeo segue também em anexo. Esperamos que o estudo enriqueça e proporcione vida nova a cada um e cada uma! Com nosso amor e votos de que o estudo seja frutífero para toda a família de Sion.

EQUIPE CONGREGACIONAL NDS DE CRISTOLOGIA Donizete L. Ribeiro, Elio Passeto, Therese Fitzgerald e Mary Reaburn

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Natalício

02.1988. - Ir Nayon N C Melo 05.2000 - Post Gabriel M Luz 21.1960 -Pe Benedito D Vieira 25.1992 - Nov Jorge A C Silva

Presbiteral

25.1968 - Pe Jenuário Béo 07.2015 - Pe Heleodoro dos R G.

ANIVERSÁRIOS

Theodoro Ratisbonne

2 DE FEVEREIRO PURIFICAÇÃO DA SANTÍSSIMA VIRGEM E APRESENTAÇÃO DE JESUS NO TEMPLO

"E quando se completou o tempo da purificação, conforme a lei de Moisés, levaram Jesus a Jerusalém, para ser apresentado ao Senhor" (Lc 2, 22).

Contemplemos o maravilhoso espetáculo que se nos oferece hoje no templo de Jerusalém. O Filho de Deus, sob os delicados tragos de uma criancinha, apresenta-se aí pela primeira vez. Em volta de Jesus estão Maria, José, Simeão e Ana, a profetisa. O conjunto de tão augustas figuras comoveu sempre a piedade cristã, a ponto de serem chamados esses mistérios: festa do bom encontro. Gesto admirável da Providência! Todos os que andam ante o Senhor com reto coração encontram em seu caminho um facho luminoso que os conduz, por atalhos diversos, a um mesmo alvo, para se unirem no amor de Deus. Existe entre as almas piedosas uma secreta atração que as aproxima; e seja qual for sua idade ou condição ou a distância que as separe, reúnem-se aos pés de Jesus para nunca mais se separarem. Se, por vezes, é áspero o caminho; se, como sucedeu a Simeão e a Ana, é a paciência longamente experimentada, não se deverá desanimar; é no final da jornada que a perseverança recebe seu prêmio e sua recompensa! O mistério da Encarnação mostra-nos o quanto estão identificadas a missão de Maria e a de Jesus. De um lado, Jesus Cristo, o Santo dos santos, cumpre a lei prescrita ao homem pecador. Do outro, a Virgem imaculada submete-se igualmente às prescrições legais que não atingiam às virgens. Estes dois exemplos memoráveis reúnem-se para consagrar a obediência religiosa e o respeito às santas regras. As almas verdadeiramente humildes, seja qual for sua perfeição, não procuram jamais subtrair-se à sua observância; para elas, a prática da obediência passa por cima de toda consideração. Foi após esses atos de humildade que Simeão entoou o hino em que celebrou conjuntamente as grandezas de Maria e as magnificências daquele que é a luz das nações e a glória do povo de Israel.

MIGALHAS EVANGÉLICAS