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Gruta da Casa Mãe de Rodeio SC

Faz memória, quem tem história. A história tem seu sentido, encanto e beleza, misturada com o sacrifício e persistência do momento histórico.

A ideia de construir uma gruta dedicada a Nossa Senhora de Lourdes na Mãe de Rodeio foi de Irmã Hilda Schweitzer. A cooperação para a compra das imagens em 1946, foi dos pais das aspirantes, de leigos e leigas de Rodeio; e a gruta de pedras, por volta de 1955 e 1956, dez anos depois, pelas mestras e juvenistas.

Em l945 e 1946, Irmã Hilda era mestra e acompanhava uma turma de aspirantes, que frequentavam o Grupo Escolar “Osvaldo Cruz” em Rodeio, fazendo o Curso Complementar, sendo ela também aluna do Curso. Costumava muito contar histórias de santos e santas, aos domingFalava-nos que a Virgem e Mãe Imaculada, na aparição de Lourdes, anunciou ao mundo, animadora mensagem. À luz da gruta, vestida de branco, com o terço na mão, convidou a rezar e a mudar o coração.

A ideia da gruta foi amadurprovidenciar as imagens de Nossa Senhora de Lourdes e de Santa Bernardete. Não havia dinheiro para isso. Fosse hoje, teríamos mil maneiras para adquiride olhos.

Quem poderia ajudar, seriam as pessoaspirantes. Em 1946, já postulantes, no final de ano, fomos pela primeira vez, visitar os familiares. Recebemos o pedido que, além de trazer o dinheiro para pagar as dívidas do colégio, trouxéssemos um pouco para a comp

Lembro que meu pai vendeu um porquinho para as duas finalidades. Dá para calcular a alegria que senti quando meu pai me entregou o dinheiro e, chegando a Rodeio, com alegria e cabeça erguida, sanei as dívidas e contribuí dando para Irmã Hilda uma parte? Não! Você, de hoje, não faz ideia. Éramos filhas de colonos que naquele tempo, não tinham dinheiro nos bancos, só no paiol.

A mesma coisa devem ter feito e sentido minhas companheiras de turma. Irmã Paula Oenning lembra bem disso. E ela, lempara umas amigas leigas de Rodeio. Por exemplo: Havia perto do Grupo Escolar uma costureira e bordadeira, não lembramos o nome, que preparava nossos bordados com bainhas e rendas para a exposição. Irmã Hilda pediu parabordada, e a entregou para a costureira vendê

Gruta da Casa Mãe de Rodeio SC – Brasil

Faz memória, quem tem história. A história tem seu sentido, encanto e beleza, misturada com o sacrifício e persistência do momento histórico.

A ideia de construir uma gruta dedicada a Nossa Senhora de Lourdes na de Irmã Hilda

Schweitzer. A cooperação para a compra das imagens em 1946, foi dos pais das aspirantes, de leigos e leigas de Rodeio; e a gruta de pedras, por volta de 1955 e 1956, dez anos depois, pelas mestras e

e 1946, Irmã Hilda era mestra e acompanhava uma turma de aspirantes, que frequentavam o Grupo Escolar “Osvaldo Cruz” em Rodeio, fazendo o Curso Complementar, sendo ela também aluna do Curso. Costumava muito contar histórias de santos e santas, aos domingos à tarde, para as aspirantes.

nos que a Virgem e Mãe Imaculada, na aparição de Lourdes, anunciou ao mundo, animadora mensagem. À luz da gruta, vestida de branco, com o terço na mão, convidou a rezar e a mudar o coração.

A ideia da gruta foi amadurecendo junto com a devoção, mas precisava providenciar as imagens de Nossa Senhora de Lourdes e de Santa Bernardete. Não havia dinheiro para isso. Fosse hoje, teríamos mil maneiras para adquiri

Quem poderia ajudar, seriam as pessoas leigas. Naturalmente, os pais das aspirantes. Em 1946, já postulantes, no final de ano, fomos pela primeira vez, visitar os familiares. Recebemos o pedido que, além de trazer o dinheiro para pagar as dívidas do colégio, trouxéssemos um pouco para a compra das imagens.

Lembro que meu pai vendeu um porquinho para as duas finalidades. Dá para calcular a alegria que senti quando meu pai me entregou o dinheiro e, chegando a Rodeio, com alegria e cabeça erguida, sanei as dívidas e contribuí dando para Irmã

lda uma parte? Não! Você, de hoje, não faz ideia. Éramos filhas de colonos que naquele tempo, não tinham dinheiro nos bancos, só no paiol.

A mesma coisa devem ter feito e sentido minhas companheiras de turma. Irmã Paula Oenning lembra bem disso. E ela, lembra também, que Irmã Hilda ia pedindo para umas amigas leigas de Rodeio. Por exemplo: Havia perto do Grupo Escolar uma costureira e bordadeira, não lembramos o nome, que preparava nossos bordados com bainhas e rendas para a exposição. Irmã Hilda pediu para Irmã Paula uma toalha bordada, e a entregou para a costureira vendê-la, a fim de começar a caixinha. E ela o

Brasil

Faz memória, quem tem história. A história tem seu sentido, encanto e beleza,

A ideia de construir uma gruta dedicada a Nossa Senhora de Lourdes na casa

os à tarde, para as aspirantes. nos que a Virgem e Mãe Imaculada, na aparição de Lourdes, anunciou ao

mundo, animadora mensagem. À luz da gruta, vestida de branco, com o terço na mão,

ecendo junto com a devoção, mas precisava providenciar as imagens de Nossa Senhora de Lourdes e de Santa Bernardete. Não havia dinheiro para isso. Fosse hoje, teríamos mil maneiras para adquiri-las num piscar

as leigas. Naturalmente, os pais das aspirantes. Em 1946, já postulantes, no final de ano, fomos pela primeira vez, visitar os familiares. Recebemos o pedido que, além de trazer o dinheiro para pagar as dívidas

Lembro que meu pai vendeu um porquinho para as duas finalidades. Dá para calcular a alegria que senti quando meu pai me entregou o dinheiro e, chegando a Rodeio, com alegria e cabeça erguida, sanei as dívidas e contribuí dando para Irmã

lda uma parte? Não! Você, de hoje, não faz ideia. Éramos filhas de colonos que

A mesma coisa devem ter feito e sentido minhas companheiras de turma. Irmã bra também, que Irmã Hilda ia pedindo

para umas amigas leigas de Rodeio. Por exemplo: Havia perto do Grupo Escolar uma costureira e bordadeira, não lembramos o nome, que preparava nossos bordados com

Irmã Paula uma toalha la, a fim de começar a caixinha. E ela o

fez. As serventes de então, da Escola Osvaldo Cruz, Mafalda Scoz (Fani) e Anice Tambosi Venturi (Nice) também ajudaram com uns trocados.

Em 1947, compradas as imagens, foram feitos: um pedestal para as imagens, uns arranjos, plantadas umas pequenas árvores, xaxins, flores e um genuflexório. Agora, já noviças, lá íamos nós, mais as aspirantes e irmãs rezar o terço e entoar belos cantos. Porém, faltava a gruta de pedras. Onde buscá-las? Tudo tem seu tempo. A ideia amadureceu. Dez anos depois, as mestras Irmã Cléglia Ânesi e Irmã Paula Oenning, a superiora da casa de Rodeio Irmã Blandina Ciz e outras, dinamizaram o serviço.

A turma que festejou os 50 anos de VRC no dia 14 de janeiro de 2012, no encontro feito em Itapema – Meia Praia – SC, depois de relembrar fatos referentes à história da gruta, por meio de Irmã Dalvina Piva, escreve o seguinte:

“Por volta de 1955 e 1956, as juvenistas da época, iam de carrocinha buscar

pedras nos pastos, no rio, onde houvesse, até em Rio Morto. O empregado Valério, ia

assentando as pedras e as juvenistas faziam a argamassa, buscando água no rio.

Com o trabalho de muitas mãos a gruta ficou pronta. Foi ornamentada com

plantas e colocada uma fonte de água corrente. Ao redor foram plantadas muitas

árvores e flores. Era um espaço de muitas celebrações, coroações de Nossa Senhora e

desabafos. Aos pés de Maria, procuravam-se soluções e tomavam-se decisões.

Maria era companheira de caminhada. Sentíamos isso de perto. Até hoje,

recordamos com muita alegria e saudade, cada vez que retornamos a Rodeio”. Irmã Eliza Schafaschek lembra que recebeu o encargo de plantar um pé de canela, com a recomendação de Irmã Cléglia Ânesi, de não contar a ninguém, “senão as safadinhas

iriam tirar a casca e as folhas e a plantinha não poderia se desenvolver”.

Numa ocasião, no chão, em frente à gruta, foi escrito com mãos engenhosas a frase: “Ave Maria” com plantinhas verdes. Lembram? O que nos impressiona é a

resistência das imagens. São 66 anos ao ar livre!

Como vimos, teríamos muitas lembranças para contar, mas, queremos dirigir nossos corações ao Coração da Mãe Imaculada, pedindo que a humanidade, os seus filhos e filhas se abram a uma vida nova, marcada pela dignidade e fidelidade ao Deus, Fonte do Amor.

Irmã Augusta Neotti

Blumenau-SC