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Karina Mansur Chuchene
A INTERCUL TURALIDADE NA SALA DEAULA DE liNGUA INGLESA
Trabalho de Conclusao de Cursoapresentado ao curso de Letras daFaculdade de Ci~ncias Humanas, Letras eArtes da Universidade Tuiuti do Parana,como requisito parcial para obtenyao dotitulo de Licenciatura.Orientadora: Denise Hibarino
CURITIBA2009
RESUMO
A principal proposta deste trabalho e analisar a importancia dainterculturalidade no ensina da lingua inglesa e compreender como se da apratica de sala de aula dos professores de duas escalas de idiomas de Curitiba(Words e InFlux) e qual a expectativa dos alunos sobre 0 ensino da cultura.Para este trabalho, serao apresentadas as multiplas abordagens de ensino eseus elementos estruturantes na qual esta presente a abordagem comunicativae sua metodologia, direcionada it pratica social do processo deensino/aprendizagem do ingles e sua importancia no contexto alua!. Nasequencia, sera apresentado 0 fesultado da pesquisa qualitativa, realizada comas professores, na qual se buscaram dados sabre suas fungoes, sua formac;aoe sua pratica, bern como a da pesquisa quantitativa, realizada com as alunos,aplicada com a finalidade de se obter urna visao mais ampla sabre como edesenvolvido e reconhecido a ensina intercultural em sala de aula. Ambas, coma prop6sita de fornecer subsidios para uma reflexao continuada sabre apossibilidade de se construir um trabalho com lingua inglesa, qualificado eefetivo. A analise dos dadas evidenciau certa divergencia entre a discursa e apratica dos professores e a cotidiano da sala de aula e ainda, par parte dosalunos, uma necessidade maior de intera980 com as professores e de seaproximarem conceitos aprendidos em sala de aula a conviv€mcia social que asimplicac;oes interculturais exigem como garantia para uma aprendizagem maissignificativa no que diz respeito ao cantata com falantes de lingua inglesa querpor raz6es de estudo, de passeio ou de trabalho.
Palavras- chave: interculturalidade; abordagem comunicativa; cultura; estudoempirico.
LlSTA DE GRAFICOS
Gn;fico 1 e 11: Sexo dos alunos
Grafico 2 e 12: Nivel de forma9ao
Grafico 3 e 13: Itens curriculares trabalhados em aula
Grafico 4 e 14: Trabalho com temas culturais em aula
Graico 5 e 15: Interesse pelo estudo de temas culturais
Grafico 6 e 16: A importitncia do estudo de temas culturais
Gr<3fico7 e 17: Temas culturais que 0 aluno gostou de estudar
Gratico 8 e 18: Formas de trabalho com temas culturais
Grafico 9 e 19: Rela9ao intercultural feita pelo professor
Grafico 10 e 20: Experiencia em pais de cultura inglesa e/ou norte-
americana
SUMARIO
1 INTRODU<;AO 8
2 OS ENSINO DA LiNGUA INGLESA E SUAS RELA<;OES CULTURAIS 12
2.1 ABORDAGEM TRADICIONAL 14
2.1.1 Metoda da gramatica e tradu9ao 14
2.1.2 Metoda da leitura 15
2.2 ABORDAGEM ESTRUTURAL 15
2.2.1 Metodo audiolingual ou audio-oral 16
2.2.2 Metodo estrutural situacional 16
2.2.3 Metodo estrutural- Global audiovisual (SGAV) 17
2.3 ABORADAGEM COMUNICATIVA 17
2.3.1 Metoda funcional-nocional ' 20
2.3.2 Ensino estrutural de linguas estrangeiras ..
31NTERCULTURALIDADE NO ENSINO DA liNGUA INGLESA ..
3.1 DEFININDO CUL TURA .
. 20
. 22
. 22
3.2 DEFININDO AS DIFERENTES CONCEPCOES DE INTERCUL TURALIDADE. 25
3.3 INTERCULTURALIDADE EM SALA DE AULA 27
4 ESTUDO EMPiRICO 32
4.0 RESULTADO DAS PESQUISAS ........................................................ 33
4.1 Escola de idiomas Words 33
4.1.1 Oescric;:ao da escola 33
4.1.2 Resultado da pesquisa qualitativa ..
4.1.3 Resultado da pesquisa quantitativa.
. 34
. 40
4.2 Escola de idiomas InFlux 51
4.2.1 Descri9ao da escola 51
4.2.2 Resultado da pesquisa qualitativa .. . 52
4.2.3 Resultado da pesquisa quantitativa 58
5 CONSIDERACOES FINAlS 68
REFERENCIAS 71
APENDICE . ...73
1. INTRODU~AO
~[... l 0 sujeito que aprende uma lingua estrangeira aprende tamMm quesua identidade nacional nao e a unica passivel; nem a melhor [ ...r(JORDAO, 2004, p.31)
Entre as diversos fatores que nortearam 0 progresso do homem e sua
comunical):c30 com 0 mundo ate sua chegada a era tecnol6gica, estao presentes as
teorias educacionais e suas relat;6es com 0 processo de ensino/aprendizagem das
linguas falantes neste universa, entre elas 0 ingles que, par quest6es de ordem
social, cultural, educacional e economica, entre outras, foram evoluindo ate chegar
aos nassos dias com uma proposta de ensina voltada a construyao de urn
conhecimento cnde a comunicayao ultrapassa 0 ensina de sala de aula e permite a
intera,ao do aluno com 0 mundo social que habita.
Os primeiros manuais destinados ao ensino do ingles como lingua estrangeira
comec;aram a aparecer no sec. XVI, e desde entao vern surgindo novas teorias,
correntes e concepc;5es sobre as melhores metodologias, abordagens e rnetodos a
serern usados no desenvolvimento do trabalho com 0 ensino da lingua, em sala de
aula, de forma a tornar a aprendizagem mais eficiente.
Na decada de 70, comec;ou a surgir urn maior interesse, por parte dos
estudiosos, sobre as func;5es da linguagem quanto ao seu aspecto social, iniciando-
se entao, a busca por um metodo cuja abordagem levasse os aprendizes de lingua
estrangeira a, ah3m de obterem 0 conhecimento gramatical, fossem capazes de usa-
la adequadamente em situa95es de intera9aO social.
A partir de 1980 e do surgimento da abordagem comunicativa, come,aram a
aparecer no Brasil diversos materiais didaticos nos quais a lingua passava a ser
vista como integrante do processo das interac;oes sociais como importante elo de
comunicac;ao. E, para que fosse eficiente, era necessario que 0 individuo aprendiz
adquirisse conhecimento gramatical, lexical e de usa social e construisse seus
proprios conhecimentos.
Hoje, a maioria das escolas de idiornas trabalha com 0 ensino da lingua
inglesa atraves da abordagem cornunicativa, na qual a aluno aprende ingles a mais
perto passive I da fluemcia de urn "falante nativ~", sem a preocupac;:ao de direciona-l0
para as regras gramaticais, mas voltado ao ensino/aprendizagem que conternple
mais a parte cultural e critica do que apenas centralizada no faco da gramatica,
memorizac;:ao e repetic;:ao. Como afirmam Mota e Scheyerl. quando se referem a
"alienac;:ao" dos programas de ensina de lingua estrangeira - ingles:
( ... ) necessidade de: a) situar a lingua dentro de urn contexto s6cio-culturalhistoricamente construido; b) considerar os componentes identidarios dosalunos que se confliluam com aqueles outros expostos pelos materia isdidaticos e pelas falas pretensamente monocullurais dos professores e c)integrar os conteudos lingOisticos em cenarios pluricullurais mediadores deuma conscientizacao intercultural critica, a partir do reconhecimento da suacultura origem. (MOTA; SCHEYERL. 2004, p. 13-14)
Com a necessidade de urn aprendizado mais dirigido na preparac;:ao do aluno
em se comunicar bem com 0 mundo global, as escolas tem procurado, como urn
pre-requisito de contrata980 para desenvolver urn trabalho com estes objetivos,
professores que possuam alguma experiencia no exterior, algum tempo de vivencia
nos Estados Unidos au qualquer outro pais cuja lingua materna seja 0 ingles, bem
como a usa de materiais didaticos que apresentem textos e/ou artigos de diversos
lugares e falas, com a preocupac;:ao de mostrar a grande variedade linguistica e
cultural que existe entre os paises que falam a lingua inglesa e que 0 aluno precisa
conhecer para aumentar seu poder de comunicac;:ao, para compreender melhor a
sua lingua e a sua cultura e assim poder estabelecer relac;:6es e tolerar as
diferen~as.
\0
( ... ) ao combinar a linguagem crltica com uma linguagem de possibilidade,tais educadores podem desenvolver um projeto politico que amplie ascontextos sociais e polfticos nos quais a atividade pedag6gica podefuncionar como parte de um a estrategia contra-hegem6nica. (GIROUX,1997, p.251 apudMOTA: SCHEYERL, 2004, p. 13-14)
A globalizaC;2Io e 0 cantata com 0 mundo exterior, bern como a atitude que 0
falante constr6i com a lingua estrangeira, sao fatores socia is determinantes no
aprendizado do ingles entre crianr;as, adolescentes e adultos que precisam fazer
parte da "era digital" para naD S8 sentirem excluidos do grupo social a que
pertencem principalmente, por ser 0 ingles, a lingua de comunicac;ao que mais
abrange a comunidade mundial, seja no espac;o academico, profissional, turistico, au
afim.
Todas essas mudangas demonstram 0 esforgo que se tem feito nos ultimos
anos para renovar 0 en sino de linguas estrangeiras e quanto e importante a
capacitac;ao e a farmac;ao continuada do professor de ingles, uma vez que, so a
desafio de falar bem 0 ingles ja nao e 0 unico fatar importante no ensino de uma
lingua. Este enfoque se justifica, pOis a presente estudo tem como objetivo gera!
analisar a importancia da interculturalidade na aprendizagem do ingles, para isso,
faz-se necessario verificar, par meio de um estudo empirico, como 0 carater
intercultural do ensino vem sendo trabalhado pelos professores, de duas escolas de
idiomas de Curitiba (Wards e InFlux), e como os a[unos destas escolas
compreendem este enfoque que em sala de aula, baseado em novas tecnicas
metodologicas, e importante no sentido de levar 0 aprendiz a superar suas
deficiencias na aprendizagem e no desenvolvimento de um pensamento mais critieo
em relac;ao a si mesmo, ao outro e ao mundo, quebrando as estereotipos ex;stentes
par falta de conhecimento e entendimento das varias culturas de paises falantes de
lingua inglesa e/ou norte-americana que possam influir positiva ou negativamente no
processo de ensino/aprendizagem da lingua, seus componentes e sua significancia.
II
o presente trabalho e dividido em duas partes: a primeira e composta por
uma revisao bibliografica sabre as varias abordagens de ensina da lingua inglesa no
decorrer dos anos e a segunda, composta por urn estudo empirico com duas
escolas de idiomas de Curitiba (Words e InFlux), realizado por meio de uma
pesquisa quantitativa com alunos e qualitativa com as professores, atraves de um
questionamento sabre a importancia da interculturalidade no ensina da lingua, como
ela e apresentada e desenvolvida em sala de aula pelos professores e como esse
trabalho e entendido pelos alunos.
o propos ito deste trabalho nasceu da preocupa/yao em identificar como 0
enfoque intercultural, a abordagem comunicativa e a metodologia. no ensina da
lingua inglesa esta sen do utilizada nessas duas escolas de idiomas, destacando seu
lado pratico e instrumental, tendo em vista sofrer influencias complexas e variaveis
em sua aplicagao.
As considerac;:oes finais deste trabalho apresentarao os resultados finais
obtidos nas pesquisas realizadas, que tern como principais objetivos, auxiliar na
reflexao sobre a pratica pedagogica e na compreensao de como os alunos e
professores de lingua inglesa vem a proposta do ensino intercultural em sala de
aula, sua forma de aplicagc3o, recursos metodologicos utilizados e como estas
escolas e seus professores estabelecem dialog os entre essas duas culturas, de
forma que 0 aluno possa aprender atraves da identificacrc30de sua propria cultura, a
presenc;:acultural do outro e como estabelece estas relac;:oes.
12
2.0 ENSINO DA LiNGUA INGLESA E SUAS RELA~6ES INTERCULTURAIS
o desenvolvimento dos pavos atraves dos tempos e as significativas
mudan(fas ecanomicas e socia is ocorridas despertaram nos hom ens a necessidade
de melhorar a comunjca~ao entre as diversas culturas que existiam no mundo. Este
entendimento suscitou nos individuos a compreensao de que, alem da propria lingua
e da sua cultura, era imprescindivel conhecer Qutras linguas e Qutras culturas e,
des sa forma, ter acesso ao comercio com as Qutros paises.
Consequentemente, 0 conhecimento a respeito da grande diversidade cultural
e a transmissao de informa90es chegou ate 0$ nOSSDS dias e vern exigindo dos
sujeitos, cada vez mais, uma reflexao critica sobre a importancia de conhecer a
grande diversidade de Ifnguas e de culturas entre os povos.
Historicamente falando, as linguas e as culturas comec;aram seu
desenvolvimento a partir da civilizac;ao sumeriana, tida como a primeira civilizac;ao
no mundo a utilizar uma lingua escrita. Em seguida, surgiu 0 ensino escolarizado da
escritura hieratica entre os egipcios e 0 cultivo a lingua classica entre os gregos.
Com 0 passar do tempo, surgiu 0 latim classico e 0 cristao, seguido pelo ensino de
linguas vivas das na90es europeias emergentes.
Com 0 tempo, as linguas emergentes fcram suplantando 0 [atim, como lingua
de comunicac;::ao, e demonstrando a preocupac;ao com 0 ensino de outras Hnguas.
Esta necessidade possibilitou, principal mente nas familias rna is abastadas, 0
surgimento da figura do preceptor, pessoa de grandes conhecimentos e de vasta
cultura, que desempenhava a fun9aO de ensinar a lingua e instruir moral e
intelectualmente as crianc;as.
13
Esta tradiryao chegou ate a principio da era contemporimea, podendo S8
concluir que, desde la e ate as dias de hoje, a necessidade de entendimento,
comunic8ryao, neg6cios e estudos norteiam 0 ensina da LE.
Assim, a partir das considerac;oes feitas acima, esta primeira parte do trabalho
tern como objetivo analisar a dimensao social e cultural na aprendizagem de lingua
inglesa.
Sera apresentado urn hist6rico das suas principais abordagens, a fim de
demonstrar a necessidade de S8 repensar posturas para urn ensina intercultural
mais significativD, que possam transpor as barreiras da pr6pria cultura que nao pade
ser independente e nern superior a Qutras, sendo dirigido naD 56 ao conhecimento,
mas a realidade e a diversidade socials, adqulrlndo relevancia especial na
supera,ao das diferen,as.
Ao retomar 0 historico de ensino de lingua inglesa e sabido que, por volta do
seculo XI, durante 0 reinado de Guilherme, Duque da Normandia e rei da Inglaterra,
o ldioma oflcial da corte era 0 frances. 0 ingles, na epoca, era dividida em varios
dialetos e se constituia na lingua falada pelo povo. So no seculo XIV, portanto no fim
da Era Medieval, e que 0 ingles suplantou 0 frances e passou entao a ser, 0 idioma
aficial da Inglaterra.
as primeiros manuais destinados ao ensino do ingles, como lingua
estrangeira, comegaram a aparecer no final do sec. XVI e, com 0 passar do tempo, 0
enfoque dirigido ao ensino-aprendizagem passou por varias mudangas e diferentes
abordagens a respeito da interculturalidade, com a finalidade de levar 0 aprendiz a
uma melhor interagc30 com a mundo e com as pessoas falantes da lingua.
o reconhecimento de que 0 ensino de uma lingua estrangeira possibilita ao
individuo refletir sobre novas maneiras de se expressar e valorizar outras culturas
14
aprofundou a discussao sabre a forma como 0 ensine da lingua inglesa deveria ser
trabalhado, permitindo a surgimento de multiplas abordagens e metodos dentre as
quais, na visa a de Silveira, (1999) tem destaque a abordagem tradicional,
abordagem estrutural e abordagem comunicativa, que serao detalhadas a seguir:
2.1 ABORDAGEM TRADICIONAL
Esta abordagem preconiza a natureza da lingua como sendo a expressao do
pensamento, cuja enfase reca; sabre a nomenclatura e 0 estudo das classes
gramaticais. Aqui 0 papel do aprendiz e 0 da memoriza9ao, 0 professor e a
autoridade dominante e 0 unico detenter do saber, naD precisando saber falar a LE,
uma vez que as aulas sao ministradas na lingua materna. Nesta concep9ao, a
oralidade e quase nula e pouca atenc;ao e dada it pronuncia, dando enfase a
exercicios de tradu9ao e versao e aplicac;ao de itens gramaticais e de vocabulario.
Nesta visao, nao ha uma preocupa9ao com os aspectos culturais da lingua
inglesa e, sendo assim, nao permite ao aluno 0 conhecimento intercultural e sua
pratica social.
Dentro destas abordagens concentram-se:
2.1.1 Metoda da gramatica e tradu9ao
Neste metodo, suas caracteristicas estao intimamente relacionadas com as
da abordagem tradicional e sua aceita9ao ainda e muito utilizada atualmente. Aqui, 0
aprendiz deve saber os elementos gramaticais e 0 vocabuliuio da LE para traduzir e
verter para sua lingua materna;
15
2.1.2 Metodo da Leitura
Este metodo, muito valorizado nos Estados Unidos na decada de 30, surgiu
como rea9ao aD metoda direto que partia do principia basico de que qualquer
individua, em contato direto e duradouro com uma lingua, e [evade a aprende-Ia.
Similar ao metodo da gramatica e traduc;ao, cujo diferencial esta em dar mais
atenc;ao as ideias e conteudos de urn texto do que apenas a sua compreensao,
exigia uma preocupac;ao urn paueD maior com a pronuncia e trabalho com urn
volume maior de leitura, dentro e fora da sala de aula.
2.2 ABORDAGEM ESTRUTURAL
Esta concepc;ao defende 0 treino das habilidades linguisticas na seguinte
ordem: compreensao oral, expressao oral, compreensao escrita e expressao escrita.
Aqui, 0 aprendiz e urn mera repetidor de modelos que Ihe sao oferecidos sem
preocupa.yao com a reflexao e 0 professor, como na abordagem tradicional, assume
os comandos das atividades atraves de drills1. Esta abordagem valoriza como
elementos culturais os temas relacionados ao trabalho, a escola e lazer.
o conte lido e apresentado conforme 0 grau de semelhan9a das estruturas, no
qual he':! um cuidado maior com a pronuncia e a entonagao, sao treinadas por meio
de repeti90es e a gramatica e apresentada de forma indutiva.
Dentro desta abordagem estao inseridos tres metodos de trabalho:
I Frascs pronlas dcntro do COnlexto do tema (aula) cm que 0 professor fala e 0 aluno repete (traduyao minha)
16
2.2.1 Metodo Audiolingual ou Audio-oral
Este metodo surgiu nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial,
pela necessidade de formar sold ados falantes de outras linguas e ficou conhecido
como "metoda do exercito", a qual nao durou mais que dais anos, sendo
sistematizado nos anos 50, pelos linguistas Robert Lado, Charles Fries, Nelson
Brooks e Qutros.
Segundo Totis (1991, p.24-30), a aprendizagem dos alunos segue a seguinte
sequencia: primeiro ouvern, depois falam e 56 depois escrevem; depend em da
mimica, da memoriz8C;Bo e da repetiC;Bo; a gramatica e aprendida indutivamente, na
qual 0 professor e urn treinador que trabalha a gramatica de forma indutiva.
Para Allen (1983, p.27, apud GERMAIN, 1993, p.146), "este metodo funciona
bern em seus estagios iniciais, mas as praticas tornam-se ineficazes, repetitivas e
entediantes no decorrer das fases intermediarias e avanyadas, necessitando
modifica,oes".
Neste metoda, Dutra questao a ser discutida e a transferencia, ja salientada
por Rivers (1964) na qual, depois de muito tempo de treinamento, 0 aluno ainda nM
5er capaz de transferir 0 que aprendeu para a pratica de usa do idioma na vida real.
2.2.2 Metodo Estrutural-Situacional
As origens deste metodo remontam entre 1920 e 1930, sendo legitimado
entre as decadas de 50 e 60, como 0 metodo oral britanico, com base estrutural e
behaviorista, na qual a gramatica e ensinada de forma indutiva, dentro de um
17
contexto ou situac;ao em que e passivel utilizar posters, flashcards, figuras e
materiais didcJticos, como guias de aprendizagem, diferencianda-a da americana.
2.2.3 Metodo Estruturo - Global Audiovisual (SGAV)
Este metodo preve 0 desenvolvimento das quatro habilidades (com preen sao
oral, leitura e compreensao, gramatica e tala), recaindo a prioridade sabre a lingua
falada.
Dentro dos temas das lic;6es enos dialogos existentes, as elementos culturais
da LE aparecem no modo de vida e nos costumes dos falantes nativQscom 0
objetivo de envolver 0 usc da lingua em praticas significativas, apresentadas a partir
de palavras, dialog as e situac;6es utilizadas normalmente pelas pessoas na vida
diaria, favorecendo a compreensao per parte dos alunes.
As atividades propostas exigem mais do aluno uma vez que, al8m de ouvir, repetir,
memorizar, pode falar livremente dentro dos temas abordados. Neste metodo 0
desenvolvimento das lic;:6es passa par tres fases: a apresentac;:ao, 0 reemprego e a
fixac;:ao, sempre utilizando os sentidos para a percepc;:ao dos multiplos fatares que
envolvem 0 uso da lingua em varias situac;:6es, priarizando os estudos sobre 0 uso
social da lingua, em detrimento do estudo formal da lingua.
2.3 ABORDAGEM COMUNICATIVA
Um dos pressupostos da abordagem comunicativa e a aquisi9ao da lingua
vista como um processo continuo, na qual a aprendizagem e vista como uma
18
conquista pessoal em que as atividades cognitivas individualizadas e as atividades
comunicativas levam a aquisic;ao e a maturidade lingGistica.
Nos anos 70, devido ao grande movimento de imigrac;ao na Europa, ocorreu
uma busca de metod os eficazes que levassem as pessoas a buscarem nao apenas
o conhecimento gramatical das LEMS, mas que pudessem utilizar adequadamente
estas linguas em situac;oes reais de interag80 social, principalmente nos postas de
trabalho, nas universidades, nas institui90es publicas, etc. Neste contexte nasceu a
abordagem comunicativa, utilizando conteudos centrados em atos de fa/a2 e naD
mais centrad as somente em iiens gramaticais.
A partir de 1980 e dessa nova abordagem comet;aram a aparecer, no Brasil,
diversos manuais didcflticos nos quais a lingua passou a ser vista como integrante do
processo das intera90es socia is, e para que a comunica9ao numa lingua estrangeira
fosse eficiente, era necessario que 0 indivfduo aprendiz adquirisse conhecimento
gramatical, lexical e de uso social, construindo seus pr6prios conhecimentos.
Nesta abordagem, 0 aprendiz utiliza suas estrategias de aprendizagem
durante as atividades proposta e constr6i os seus conhecimentos por meio da
interac;ao com os colegas e com 0 professor e deve conscientizar-se de que e
responsavel pela sua aprendizagem. Assim, a figura tradicional do professor,
transmissor de conteudo, muda para urn professor inforrnante, agente de mudan9as,
organizador de tarefas, coordenador de discussoes, observador, analista e avaliador
das necessidades e interesses e desempenho dos alunos e de si proprio.
Seu papel e de um comunicador e, para isso, as atividades devem partir
sempre do universe cultural do aprendiz e irern se expand indo a medida que vai
2 A tcoria dos atos de fala tcrn como base a confcrcncia dc Austin, publicada em 1962, que concebc a linguagcmcomo uma atividadc conslruida pelo (as) inlerlocutores (as), all scja, 0 ato de estar falando cm si - a linguagemnao c assim, dcscri~ao do mundo, mas ac;ilo.
19
alcanc;ando estagios mais altos. Cabe a ele utilizar-s8 dos mais variados recursos
para abter, do aluno, 0 desenvolvimento da competencia textual e discursiv8.
Alem disso, 0 professor deve ter em maos urn material didatico como urn
recurso para S8 desenvolverem as atividades interessantes e significativas, com
proposta de textos de jornais, revistas e livros para leitura, selecionados entre
aqueles que circulam na sociedade maderna e lentarn trazer a cultura de paises de
lingua estrangeira para denlro de sala de aula.
A abordagem comunicativa em questao Irata de maneira especial a questao
textual e discursiva, nas quais ha uma enfase nas atividades de leitur8 e escrita e
mais coesao e coeremcia dos enunciados. A leitura e a escrita voltam a ter a mesma
importancia do que a compreensao 8 produyao oral no desenvolvimento da
habilidade de entender 0 que individuos de parses de culturas estrangeiras diriam
em determinadas situac;6es, levando a uma reflexao mais profunda tanto de outras
culturas como a do pr6prio pais.
Segundo Silveira (1999), a gramatica conslitui-se num ponto poh§mico, uma
vez que uns defendem que ela deve ser indutiva, condenando a analise explicita dos
aspectos gramaticais. Qutros defendem que, uma vez expostos as conteudos
comunicativos, pode-s8 adotar uma atitude urn pouco formal nos exerdcios escritos,
com a finaJidade de se sistematizar minimamente os pontos gramaticais.
A LE deve ser utilizada preferencialmenle na maior parte do lempo, e a lingua
materna apenas em estagios iniciais com 0 intuito de explicar contextos e situac;6es
para que alguns elementos da LE sejam melhores compreendidos, sendo aceita a
Iradu,ao em alguns casas.
Denlro desla abordagem estao siluados:
20
2.3.1 Metoda Funcional-Nocional
Este metoda S8 confunde com os principios da abordagem comunicativa,
dando enfase nos aspectos funcionais dos enunciados linguisticos. 0 primeiro
programa luncional basico de ensino de ingl"s para brasileiros loi 0 English in Brazil,
em 1983. Porem, na decada de 90 loi desativado, dando espa90 para a serie Infer
English, dentro da abordagem comunicativa e com tratamento metodol6gico
funcional-nocional.
2.3.2 Ensino Instrumental de Linguas Estrangeiras
Muitos metodos foram implantados desde 0 inicio da decada de 80 nas
universidades brasi[eiras com a funyao de auxiliar os alunos necessitados da [eitura
em lingua estrangeira, para ter acesso a informac;:oes cientificas e tecnol6gicas.
Suas concep«oes partiram do conceito de competencia comunicativa e da
cham ada analise de necessidades comun;cativas, como afirma Lynn Mario Trindade
Menezes de Souza:
o ensino instrumental, como um desenvolvimento dos ultimos vinte anos,apareceu como uma rearyao contra 0 ensino global da lingua estrangeiralevando em conta 0 en sino para fins profissionais e academicos. Esteensino se caracteriza pelos conteudos IingO[sticos altamente especificos epor sua natureza redutora- redutora porque em vez do en sinoindiscriminado das habilidades e conteudos lingOisticos, 0 ensinoinstrumental geralmente se concentra em uma ou duas habilidadesespecificas e conteudos morfossintaticos e semanticos bem definidos.(1986, p.11-12)
Neste metodo, 0 loco do ensino-aprendizagem da lingua inglesa esta
diretamente assaciada a necessidade da aluna quanta aa lexica e termas
especificos que 0 ajudem em seu estudo academico, possibilitando a leitura e
21
escrita em ingles, sem S8 preocupar com todas as habilidades necessarias para a
boa comunicac;:aoem lingua inglesa.
A partir do sec. xx, novas abordagens e metodos surgiram e vern tendo
grande influencia no en sine de idiomas no Brasil de forma equilibrada e coerent8, e
voltados aos propositos a serem alcanryadas. A escolha desta au de qualquer das
Qutras abordagens, metodos ou tendencias a ser adotado no en sine de urna lingua
estrangeira necessita estar de acordo com a contexto em que vai ser desenvolvido,
contemplar as necessidades dos aprendizes e dialogar com as novas necessidades
de mercado.
Assim, neste contexto de desafios, no qual a globa1iza9ao exige uma maior
conexao com a mundo, adolescentes e adultos aprendem ingles para naD S8
senti rem excluidas do grupo social a que pertencem. Estas e muitas outras razoes
que levam em conta as questDes socia is, a inclusao da diversidade cultural e um
novo "olhar" sobre as quest6es de ensino e cultura, considerando as diferentes
linguas e linguagens no universo brasileiro e outros paises do mundo global,
reportam para a importancia e a necessidade, cad a vez maior, de uma
conscientizayao intercultural critica que s6 acontece quando se aprende uma lingua
estrangeira e a relaciona com a cultura da lingua de origem.
Esta conscientizayao ganha cada vez mais importancia e destaque na
comunidade global onde a competencia de se inter relacionar, ter contato com
outras culturas e a identidade com a cultura de origem sao razoes fundamentais
para que os aspectos interculturais de explorayao das diferenc;as, comparac,;:c3oentre
culturas e explora9ao de significados sejam considerados fundamentais no processo
de ensino-aprendizagem de linguas estrangeiras.
22
3. INTERCULTURALIDADE NO ENSINO DA liNGUA INGLESA
o reconhecimento da necessidade de S8 adotar, em sala de aula, a
abordagem comunicativa no ensina de LE, em contra partida as concep96es
tradicionais de ensina, permitiu 0 surgimento de uma pedagogia multicultural, na
qual ferramentas pedag6gicas diversas auxiliam na compreensao dos canceitos de
cultura e interculturalidade.
Esses canceitos permitem que as individuos compreendam a importElnciado
respeito as identidades e singularidades multiculturais presentes no Brasil e ao redor
do mundo e, com isse, ampliem seus horizontes.
3.1 DEFININDO CULTURA
A aprendizagem de uma lingua necessita sempre da aprendizagem de
cultura, uma vez que a cultura sempre esta par tras da comunica9ao. dando sentido
ao que esta a sua volta. Desta forma, varias concep90es de cultura podem ser
encontradas em diferentes obras e centextes hist6ricos.
A cultura construida pelos individuos influenciara a maneira como eles se
comunicam com a outro e como eles se percebem no mundo, uma vez que as
enriquecem com uma grande variedade de valores, normas, regras e
comportamentos que as ira guiar tanto em suas percep90es quanta em suas
concep90es, definida por Storti (2001, apud CHAMBERLAIN, 2004) como um
sistema de cren9as e valores divididos por um grupo particular de pessoas.
Segundo Mota e Scheyerl (2004) na perspectiva antropol6gica, cultura e a
incorpora~ao dos distintos modos de vida, valores e significados, compartilhados por
diferentes grupos em determinados perfodos historicos. Jel, para Lima,
conhecimento cultural e:o conjunto (dinamico) de conhecimentos que 0 ser humano acumula apartir do grupo a Quepertence e a partir de suas experi€mciaspessoais,principalmente no Quediz respeito ao uso dos sistemas simb6licos em suavida cotidiana. 0 conhecimento cultural esta na origem das rear;:Oesque apessoa apresenta e na interpretar;:aoque faz das informar;:Oesque recebe.Ele esta na base dos processos interacionais e nas formas de ar;:aoespontaneamente elaboradas ou assumidas pelos individuos em sua vidacotidiana. Poderiamos dizer Que 0 conhecimento cultural e 0 acervodisponivel ao sujeito para a elaborar;:aode suas ar;:Oese pensamentos epara construr;:aode significados. (1997, p.16-7, apud PADILHA, 2004)
Desta forma, conhecimento sobre cultura pode ser vista como 0
compartilhamento de crenc;:as e valores acumulados durante 0 processo de
formac;:aodos individuos e construc;:aode sua identidade socio-cultural fortalecendo
suas concepc;:oesde mundo.
Ja na questao do ensino de lingua estrangeira, a cullura pode ser vista como
conhecimento aprendido, "todo complexo que inclui conhecimentos, crenc;:a,arte,
moral, leis, costumes au qualquer outra capacidade au habitos adquiridos pelo [ser
humano] como membra de uma sociedade" (TYLOR, 1871, apud LARAIA, 1986,
p.25)
Se analisarmos todos os metodos que foram citados acima, pode-se concluir
que todos privilegiam 0 estudo da lingua e que nao existe um metodo perfeito, ao
contrario, todos apresentam aspectos positiv~s e negativos na ulilizac;:aode suas
metodologias e lados procuram desenvolver uma certa autonomia do aluno em
relac;:aoa sua aprendizagem, inctependenteda forma como a lingua foi ensinada au
que estrategias foram usadas.
A renova9ao dos metodos e tecnicas de aprendizagem de uma lingua foi
amadurecendo e modificando seu foco ate chegar aos dias atuais, com a visao de
que a ensino e a aprendizagem estao centrados em seus aspectos comunicativos e
24
significativos, voltados a prepara~ao do atuno em lidar com situat;;oes de
COmUniC8C;aOcom 0 mundo real e em perfeita interaC;c30 com os aspectos culturais
envolvidos nesse processo. Portanto, 0 abjetivo da comunicac;ao em lingua inglesa
8Sta na busca da competencia comunicativa intercultural como forma de possibilitar
aDs individuos uma postura critica diante do fato de ela ser largamente utilizada na
nflpida movimentac;ao do homem pelas varias partes do mundo.
Dentro do contexte de real necessidade de comunic8c;ao eficaz do sujeito
com 0 mundo e a diversidade cultural que nele habita, a importancia do
desenvolvimento da competencia intercultural no aprendizado da lingua inglesa edeterminante, mas e preciso deixar claro que qualquer extremismo pode ser
prejudicial ao entendimento entre pessoas de culturas diferentes e, par isso, einteressante distinguir as dais tipos de cultura existentes na lingua, como a cultura
com "C" e a cultura com "c".
Segundo a antropologa Margareth Mead (1973)
cultura "C" consiste no conhecimento e na aprendizagem de aspectostradicionais de comportamento desenvolvidos ao longo dos tempos pelohomem e repassados de geral):ao para geral):aO, e cultura "CO, referindo-se aaspectos tradicionais intrfnsecos e/ou abstratos de uma certa sociedade,uma certa epoca ou um certo periodo de tempo, permitindo a identifical):aode urn certo grupo como tal.
Para Cholpek (2008).
a chamada cultura "C" consiste nos aspectos trivia is de uma cultura a seraprendida e sao facilmente estudados uma vez que se refere ao ensino dasartes, literatura, datas festivas, musica, teatro, filmes e danl):a. Ja, muitosaspectos da cultura "c", podem ser percebidos, mas nao vistas par seremintrfnsecos ao ser humano como, crenl):as, atitudes, percepl):Oes, normas devalores, relacionamento social, costumes, rituais, conven~oes de educayaoe elc. que somente serao reconhecidos quando em contato com outrasculturas que as diferenciam.
Eo importante ressaltar neste ponto que trabalhar em sala de aula com a
cultura "C" e de certa maneira simples e facil parque a material necessaria e
25
largamente encontrado em livros, jornais, revistas, filmes e etc. e facilitado pelas
escalas de idiornas que oferecem oportunidades de comemora9ao de datas festivas
tradicionais dos paises falantes da lingua inglesa.
JtJ 0 trabalho com a cultura UC", apesar de sua grande importancia, e mais
difieil e mais complexo por necessitar urn maior conhecimento dos varios aspectos
culturais por parte dos professores, os quais deverao procurar despertar nos alunos,
um maior entendimento das diferen9as culturais do outro e de sua pr6pria cultura.
3.2 DEFININDO AS DIFERENTES CONCEP<;:OES DE INTERCULTURALIDADE
Com a identificac;ao da cultura como elemento essencial no aprendizado de
uma lingua estrangeira, a constru9ao de uma competencia intercultural pode e deve
ser desenvolvida em qualquer metodologia de ensina que pressuponha urn ens ino-
aprendizagem contextualizado, no qual S8 acredita ser necessario que 0 aprendiz
desenvolva cada vez mais sua sensibilidade e com preen sao das diferenc;as. Desta
forma, 0 terrno interculturalidade3 pode ser definido como urna tentativa de
denominar processos na sociedade nos quais pessoas com Hnguas e culturas
diferentes interagem e trocam experiencias.
Segundo Santos (1995), "0 dialogo intercultural implica 0 reconhecimento
mutuo das incompletudes culturais de cada uma das culturas em presen9a (...r.Neste caso, 0 ensino/aprendizagem intercultural ajudara no processo de interac;aa,
uma vez que apenas 0 dominic de uma lingua nao e suficiente, mas e necessaria
que se erie urn espac;o de mediac;aa entre culturas, no qual serao consideradas suas
J Grifomeu
26
diferenC;8S, particularidades e contrastes na busca da compreensao da lingua e
cultura estrangeira e da sua propria.
Da mesma forma, e possivel usar a definiyao de Fleuri (2000, apud Ferreira
Silva, 2005) a "situayao em que pessoas de cultura diferentes interagem, ou uma
atividade que requer tal interagao" Como exemplo, podemos citar 0 processo de
imigrayao, no qual pessoas de diferentes nacionalidades S8 misturam trazendo
consigo costumes, linguas, aries, culinaria, etc. criando sua propria identidade
cultural e respeitando as tradic;oes.
Pode-S8 concluir que a interculturalidade desafia 0 homem na busca da
compreensao e aceitayao do mundo multicultural em que vive como forma de
melhorar sua adapta9ao a globalizayao, adotando atitudes positivas diante de
barreiras culturais tradicionais e interagindo com comunidades que tem car<3ter
global. Conforme Morin:
Aprender a eslar aqui significa: aprender a viver, a dividir, a comunicar, acomungar; e 0 que se aprende somenle nas - e por meio de - cullurassingulares. Precisamos doravante aprender a ser, viver, dividir e comunicarcomo humanos do planeta Terra, nao mais somente pertencer a umacullura, mas tambem ser terrenos. Devemo-nos dedicar nao s6 a dominar,mas a condicionar. melhorar, compreender. (2001, p.7S apud MOTA;SCHEYERL, 2004)
Neste contexto, pode-se dizer que aprender a viver significa 0 esforc;o do
individuo para desenvolver a habilidade em atravessar fronteiras e buscar
compreender sua cultura e as diferentes, no qual 0 proposito de urn entendimento
positivo se apresenta como uma vitoria da comunicac;ao.
27
3.3 INTERCULTURALIDADE EM SALA DE AULA
Considerando as perspectivas sabre cultura e interculturalidade discutidas
aeirna, assume-S8 que adquirir competencia intercultural na inten.yao de dominar
Dutro idioma eo fator preponderante no processo de ensino/aprendizagem. Como
afirma Chlopek (2008). "A aprendizagem de uma lingua sempre necessita de urn
pouco de aprendizagem de cultura",
Essas especificidactes permitiram que nos anos 80 a ensina fosse dirigido
para urn objetivo no qual a competencia comunicativa estivesse presente, pois 0 fata
do aprendiz apenas compreender e expressar-s8 no idioma estudado ja nao
bastava, era preciso ultrapassar os limites da comunicayao.
Mais recentemente, esta competencia exige uma abordagem comunicativa
que tambem trabalhe aspectos interculturais, diferente de trabalhar somente as
estruturas gramaticais que nao dao conta das diferentes situagoes.
Adotar a comunicac;ao como expressao criativa trouxe junto com sua
finalidade, perspectivas concretas e desafiadoras de S8 desenvolverem prcHicas
pedag6gicas que permitam um dialogo entre diferentes culturas 8 respeitem as
Este fato determinou certa urgencia em se definir projetos pedag6gicos 8
materiais didaticos onde estejam presentes jogos, simulagoes, entrevistas e etc.,
cujo objetivo, alem de focar 0 estudo da cultura dos povos falantes da ingua-alvo,
esteja voltado para a forma9ao da consciencia cultural e critica do aprendiz.
De acordo com as palavras de Mota e Scheyerl:
o aprendiz de lingua estrangeira gerencia permanentemente a diversidadeno seu processo de aprendizagem e, par conseguinte, revisa principios,reorganiza seus vinculos socioculturais, reelabora sentimentos acerca de simesmo e do mundo. (2004, p.75)
28
Essas propostas nao fcram percebidas durante 0 estagio em lingua
estrange ira nas escolas da rede publica. Ao contrario, 0 que pude observar foi urn
ensine voltado a abordagem tradicional, ande 0 usa de estrategias mecanicas e a
pura automatizac;ao de estruturas formais da lingua sem a devida atengEio para a
produc;:ao de significados e a constante. A lingua e tratada superficialmente,
constituindo-se nurn espac;o de fiCg80 porque a relag80 com a realidade nao existe e
o professor, com au sem 0 auxilio de qualquer material didatico, continua sendo a
gerenciador das informac;6es, limitando sua atu8c;ao na transmissao de conteudos
valtados ao contexto lingGfstico ende 0 aluno e urn mera expectador.
A preocupa9ao com a cultura ou 0 trabalho com aspectos culturais em
nenhum momenta foi introduzido em sala de aula, mesmo ela estando equipada com
recursos como a TV pendrive a qual se encontra a disposil;;ao do professor como
auxilio para desenvolver seu trabalho pedag6gico e estimular 0 conhecimento do
aluno atraves de um filme ou de uma musica, uma vez que a musica alem de ser
vista como manifestac;:ao cultural, pode ser usada como facilitadora da compreensao
do vocabulario e identifica9ao de aspectos culturais.
A partir dessas evidencias pode-se concluir que a proposta da abordagem
comunicativa, defend ida por muitos estudiosos e tambem presente nas diretrizes
curricula res, nao acontece na pratica diaria de sala e 0 aprendizado da lingua
inglesa esta centrado no desenvolvimento de habilidades e compet€mcias presentes
nas praticas curricula res tradicionais.
Este panorama se constitui num desafio e numa das principais tarefas da
contemporaneidade, abrindo espac;:o para que as aulas de lingua inglesa sejam
redimensionadas de modo a levar para dentro das salas de aula a compreensao
desse mundo cad a vez mais intercultural, que vern sendo modificado diariamente
29
pela midia, promovendo 0 crescimento da tecnologia e afetando a vida cotidiana do
aprendiz e do professor, obrigando-nos a refletir sabre as atuais praticas socia is de
ensina.
No Seminario sobre Interculturalidade, Parana e Almeida (2005) situa bem
esta pratica quando dizem que:
Num mundo onde diferentes culturas coexistem, e preciso pensar emestabelecer relacoes entre as mesmas de tal forma que, ao entrar emcontata com culturas diferentes, a ser humano possa ser [evado a refletirsabre a cullura com a qual esla entrando em cantata bem como sua pr6priacultura, desenvolvendo assim maior compet~ncja intercultural, numexerclcio de questionamento, busca e constrw;ao de conhecimento queleve a uma melhor interatyao com 0 diferente.
Por essa razao, conlorme Utley (2004),
as professores interculturais possuem tr~s objelivos principais;1) Cognitiv~, que e aumentar 0 estoque de conhecimento do aprendiz;2) Afetivo, que e mudar a atitude do aluno desenvolvendo tolerancia,
aceitar;c'!lo,abertura e conscll:ncia;3) Comportamental, 0 aluno aprende 05 sim e 05 naos do novo ambiente.
Neste caminho, recursos metodologicos e atividades interativas podem ser
utilizadas pelos professores em sala de aula e, desta forma, explorar as
potencialidades, a capacidade de expressao, a produ9BO lingOistica, a competencia
comunicativa e cultural de seus aprendizes, unindo 0 que acontece em classe com 0
que se passa no mundo em que vive.
Em muitas escolas e cursos de ingles, a cultura estrangeira e apenas
apresentada de lorma superficial e estereotipada sem ser discutida seriamente e
sem cumprir sua fun9Bo social. A consciencia que se tern hoje sobre a necessidade
do ensino/aprendizagem de uma lingua estrangeira vai de encontro com uma certa
resistencia dos prolessores em mudar este perfil, as vezes por lalta de tempo, outras
por lalta de conhecimento sobre 0 luncionamento da lingua e seus aspectos
30
culturais, ou do real entendimento dos objetivos do ensina da lingua inglesa. Par
comodismo, continuam a foear sua pratica numa abordagem pseudo-comunicativa, a
qual aeaba par gerar, na maieria das vezes, as estereotipos, deixando de lado
aspectos merecedores de atenQ80 por motivDs de cunho social, politico au
ideologica, que impedem a busca par urnmundo mais compreensivQ e solidario.
E importante considerar 0 prop6sito de fazer com que 0 aluno reflita sabre as
diferenQas existentes e compare-as com a sua de maneira critica, sem criar
estereotipos e/au emitir juizo de valor sobre outras sociedades e suas culturas. 0
que verifieD hoje e uma exalta98o, por parte dos alunos e ate mesma de alguns
professores, da cultura inglesa e/ou americana como melhor ou mais interessante do
que a sua propria.
Dentro de uma perspectiva reflexiva da pratica pedagogica, acredito ser
importante reavaliar a forma como as escolas, principalmente as de idiom as, estao
trabalhando com a abordagem comunicativa intercultural da lingua inglesa em sala
de aula.
Para verificar como a interculturalidade est;' sendo trabalhada dentro da
abordagem comunicativa e necessario, primeiramente, entender como este trabalho
esta sendo feito pelos professores e pelas escolas e como as alunos entendem esta
abordagem intercultural.
Como foi procurado demonstrar ao longo deste trabalho, 0 ensino da lingua
inglesa esta sendo direcionado para a abordagem comunicativa, 0 que nao permite
mais a encaminhamento do ensino da lingua de forma tradicional e que seu estudo
seja alga estanque.
A aula de ingles deve ser urn momento de comunica9ao global onde a
format;ao seja contextualizada e os aprendizes estejam inseridos nas suas
31
realidades socioculturais. Muitas escolas de idiomas e ate mesmo novos materiais
didalicos vern promovendo 0 ensino com base nesta abordagem, 0 que promove urn
melhor ensino/aprendizagem.
32
4. ESTUDO EMPiRICO
Conforme justificado na introdw;ao e no capItulo anterior, esta pesquisa teve
como finalidade levantar dados sabre como os professores e alunos de duas escolas
de idiomas de Curitiba (Words e InFlux) desenvolvem 0 trabalho de sala de aula com
o ensina da lingua inglesa de perspectivas interculturais, fcram realizadas duas
pesquisas exploratorias, uma de abordagem qualitativa com as professores, com
respostas especificas para perguntas especificas, levando em Gonta as respostas
exatamente como constam e Dutra de abordagem quantitativa com os alunos.
o objetivo foi de refletir sabre a priltica pedagogica e apresentar as resultados
de como a proposta da abordagem comunicativa e vista pelos professores e alunos
em seu cotidiano escolar e no contexte em que esta acontecendo esta pratica
pedagogica, ja que ambas as escolas afirmam utilizar esta abordagem como base
de ensino e oferecer infra-estrutura minima em termos de equipamentos e
capacitayEio de docentes para melhor desenvolver 0 processo de en sino-
aprendizagem.
A motivayEio para a realizayEio da pesquisa surgiu da minha experiencia como
professora de lingua inglesa das duas escolas de idiomas (Words e InFlux) de
Curitiba e do interesse em pesquisar, estudar e analisar como 0 processo de ensino
intercultural e visto, construido, e trabalhado em sala de aula, uma vez que percebo
muitos estere6tipos culturais presentes, tanto no discurso dos professores quanto
dos alunos, em relayEio a cultura estrangeira.
33
4.0 RESULTADOS DAS PESQUISAS
4.1 Escola de Idiomas Words
4.1.1 Descri,ao da escola
Esta pesquisa foi realizada com professores da escola de Idiomas Words de
Curitiba/PR, nas sedes Santa Felicidade, Batel e Guabirotuba, nos periodos da
manha, tarde e naite.
As tres sedes tern em seu curricula os idiomas ingles, espanhol e frances,
sendo que a maioria dos alunos freqOenta os cursos de ingles. Pectagogicamente.
utiliza como material didatico as livros da editora Oxford: Stardust, para criam;:as,
Adventures para adolescentes, New English File e American Eglish File para jovens
e adultos e 0 Master Class como prepara,ao para 0 First Certificate.
A partir do trabalho com a abordagem comunicativa, a escola oferece aos
professores todos os recursos materia is necessarios como: TV, DVD, jogos
pedag6gicos, computadores para usa dos alunos e professores e livros de leitura
para todos os niveis. Alem disso, oferece aos alunos atividades ludicas, fora do
horiuio das aulas, como: pimbolim e rockband, as quais se transformam em
competiy6es comemorativas de final de ano, em conjunto com a apresentay80 do
resultado de projetos executados por professores e alunos abrangendo peyas
teatrais, apresentayoes musicais e outros.
34
4.1.2 Resultado da pesquisa qualitativa
Da totalidade de professores da escola (25), foram selecionados para
participar da pesquisa dezoito e destes, catorze responderam (77,7%) e quatro se
abstiveram da resposta, alegando esquecimento e falta de tempo.
Os catorze professores participantes da pesquisa (100%), responderam que
trabalham de segunda a sabado alternadamente, entre as period os da manha, tarde
e naite e atendem turmas que variam do nivel infantil ao avanc;ado. Para
desenvolver as trabalhos em sala de aula usam como apoio os livros da editora
Oxford, Stardust, New English File e American File Elementary, Pre-intermediate,
Intermediate and Advanced e Adventures do elementary ao intermediate, ah§m do
Master Class usado com as alunos do Curso FC (First Certificate).
Na primeira questao sabre a importancia de se trabalhar com as culturas de
Lingua Inglesa e/au norte-americana em sala de aula, 100% deles respondeu que
sim, mas quatro deles (28,5%) nao deram explica9ao para a afirma9ao, um (10%)
destacou a fata de que 0 estudo da cultura agrega atitudes na vida diaria, cinco
(50%) disseram que a cultura esta intimamente ligada a lingua e quatro (40%)
afirmaram que 0 ensine da cultur8 faz com que 0 aluno compreenda a lingua e seu
contexto cultural.
A propOSiC;c30 demonstrou que existe, par parte dos professores, a
preocupa9ao em trabalhar aspectos culturais no desenvolvimento da lingua e que
process os de ensino/aprendizagem contemplando aspectos culturais sao
importantes para a auto-perceP9ao dos alunos como cidadaos do mundo.
Na segunda questao sabre as aspectos culturais que costumam trabalhar,
treze professores (93%) disseram que desenvolvem trabalhos culturais voltados
35
para datas comemorativas, costumes e tradic;6es, pontcs turisticos, gastronomia,
artes, valores, habitos, familia, escola, leis, entretenimento e express6es
idiomaticas. Apenas urn professor (7%) respondeu naD ter tido, ainda, a
oportunidade de trabalhar com aspectos culturais par estar atuando na escola hapeueD tempo.
A lalta de oportunidade mencionada pelo prolessor aponta para a
inseguranc;;a que muitos deles apresentam quando questionados, esquecendo-se
das caracteristicas culturais que the sao pr6prias e que podem ser exploradas em
beneficia do seu desempenho profissional.
Ja na terce ira questao sabre qual metoda e utilizado para trabalhar as temas,
as treze professores (93%) que responderam confundiram metoda com recursos
materiais usados para 0 desenvolvimento das aulas deixando, desta forma, a
questao sem a resposta pretend ida e aglutinada a questeo seguinte, que se referia
aos recursos usados em cia sse para desenvolver trabalhos relacionados com
cultura, no qual loram citados videos, textos, m0sica, filmes, conhecimento pessoal,
jornais, etc. Um dos professores (7%) nao respondeu a questao tres, nem a questao
cinco, pelo mesmo motivo mencionado na questao aeima.
Ao analisar as respostas dos professores pode-se observar que nao esta
clara a diferem;:aentre metodo e recursos. Esta constata-;:aopermite afirmar que a
metodologia e a pratica que realizam em sala de aula ou e advinda de sua
experiencia ou do que aprendeu na laculdade.
Este lato reporta as condigoes objetivas de trabalho docente, a lalta tempo e
espa-;:opara refletir com os colegas sobre a experiemcia pedag6gica de cad a urn e 0
estudo te6rico e sistematizado sobre instrumentos didaticos que possam auxiliar na
compreensao de metodos, tecnicas e recursos didaticos que iraQ se constituir em
36
roteiros para as diferentes situayoes de ensina, conforme a abordagem pedag6gica
adotada pela escola de atua9ao.
Ao serem perguntados sabre a capacidade dos alunos em identificar e
manifestar sua posi9c30 sabre 0 trabalhado desenvolvido com lemas culturais e como
isto acontece, treze professores (93%) responderam que sim, os alunos sao
capazes de se manifestarem e um (7%), se absteve. Oestes treze (100%) que
responderam de forma afirmativa, quatro (30,7%) deram como motivQ 0 interesse
que a cultura inglesa e/au americana desperta nos alunos, seis (46,2%) disseram
que seus alunos sao capazes de estabelecer relac;oes entre a Gultura brasileira e a
americana etou inglesa e trIOs(23,1%) nao explicaram.
Esta questao revela que estas relayoes tern a ver com a importancia pratica
que a aprendizagem do ingles pode trazer para a vida de cad a urn, tanto no que S8
refere a expansao de horizonles quanta a vida pessoal e sua conexao com 0 mundo
virtual.
Outro ponto interessante foi constatado na quinta questao que pergunta
sabre as recursos utilizados em sala de aula para desenvolver a trabalho
intercultural. Ela foi respondida junto com a questao de n"mero trIOsque perguntava
sobre metodo de ensino ficando, portanto, com as mesmas respostas da referida
questao.
A referencia da sexta questao sobre a capacidade dos alunos em discutir e
estabelecer relac;6es entre os aspectos culturais estudados e a cultura brasileira, dos
catorze professores envolvidos, um (7%) nao respondeu, um (7%) respondeu que
"as vezes", mas nao explicou e doze (86%) responderam sim. Oestes, sete (58,4%)
nao explicaram a resposta, quatro (33,3%) disseram que utilizaram a cultura
37
brasileira como foea de compara~o e urn (8,3%) citou a facilidade de acesso amidia como forma de estabelecer essas relac;6es.
Em termos praticos, estes numeros representam a visao dos professores em
relac;:ao as diferenc;:as e semelhanc;:as que os alunos observam em outras culturas
porque, muitas vezes, esta percepC;:8o naD se da de modo muito visivel nem e
percebida imediatamente, uma vez que pode ocorrer fora do espaC;:D da escola de
idiomas, em filmes, acessos a midia au conversas com pessoas que ja moraram fora
do pais e possibilitam essas relac;:6es.
Na setima questao sobre trabalhos extraclasse realizados com as alunos
entre as culturas inglesa e/au norte-americana, dos catarze professores (100%)
entrevistados, dais (14,3%) nao responderam, sete (50,6%) disseram que nao
realizam trabalhos extraclasses e cinco (35,7%) responderam que sim. Dentre estes,
um (20%) faz oral project', dais (40%) usam a recurso da pesquisa em sites, a ser
realizada em casa e dais (20%) naa explicaram 0 que e como fazem.
As repostas afirmativas demonstram que alguns professores desenvolvem
atividades extraclasses porque citam a Internet e a projeto oral da escola como
ferramentas. 0 tato de Qutros professores nao responderem a questao e os demais
nao explicarem como e 0 que fazem permite-nos perceber certa dificuldade em
entender 0 significado e a importfmcia de realizar essas atividades e como ela pode
ser relacionada com 0 trabalho diario.
Na oitava questao relacionada com 0 fato deles ja terem trabalhado com a
cultura de outros paises falantes de lingua inglesa como Austn;lia, Nova Zelandia,
Escocia, Irlanda, etc. sete (50%) des professores selecionados responderam sim e
apontaram as culturas da Australia, Irlanda, Canada e Escocia. Para aqueles (50%)
4 Apresenta~i'lo de trabalho oral, a cada final de scmestre, rcalizado pclos alunos com tcmas escolhidos por c[cs,individualmcnte ou cm grupo, com a supervisao dos professores.
38
que responderam de forma negativa e que demonstraram nao desenvolver este
trabalho, subtencte-se 0 fato de nao terem experiencias relacionadas a esses paises.
A nona pergunta questionava S8 0 professor jil tinha alguma experiencia de
visitar au morar em paises de lingua inglesa e/au norte-americana e em que pais S8
deu essa experiemcia.
Dos professores que participaram (100%), qualro (28,6%) disseram nunca ter
visitado ou morado em Dutro pais e dez (71,4%) responderam ter essa experiencia e
citaram como paises visitados ou de moradia, as Estados Unidos da America e
Reino Unido.
Apesar de nao terem mencionado 0 porque de terem escolhido estes paises,
o resultado demonstra que e urn dos criterios importante para a escola ter urn born
numero de professores com vivencia em paises falantes de lingua inglesa porque
islo possibilita a quebra de estereolipos e a conslru9ao de paralelos entre a cultura
do aluna e a destes paises, tarnanda a aprendizagem mais significativa.
A decima questao sabre como essa experiencia os auxiliou no trabalha
intercultural com os alunes em sala de aula, dos dez (100%) professores que
disseram ter experiencia no exterior com lingua e cultura inglesas, tres (30%)
afirmaram que ela facilita 0 trabalha intercultural e permite que ele seja rna is realista,
seis (60%) disseram que a experiencia fara do pais permite, aos alunos, melhor
compreensao sobre como e a vida fora de seu pais e um (10%) deles salientou a
importancia desta vivencia no auxilio das explicac;oes sobre a usa da lingua e de
expressoes coloquiais.
Para estes professores, par trabalho intercultural mais realista, ou seja, mais
pr6ximo do seu conhecimento pratico, subentende-se estabelecer uma aproximac;:ao
maior entre a sua vivencia no exterior e as perspectivas do aluno sabre a
39
entendimento da lingua e da cultura-alvo como incentivo a aprendizagem e aelimjna~ao de preconceitos QU estere6tipos.
A decima primeira questao tinha como objetivo saber S8 a escola tern 0
costume de fazer comemorac;:6es festivas de datas comemorativas inglesas e/au
norte-americanas, quais sao elas e como sao realizadas, as catorze professores
(100%) responderam afirmativamente sobre este costume e destacaram entre elas,
o Halloween, 0 St Patrick days e Christmas como as mais festejadas.
Para homenagear estas datas, a escola promove festas, gincanas,
apresentac;:6es teatrais e decorac;:6es alusivas nas salas como refon;o as datas e
afirmaC;:8o de layQs de amizade entre colegas.
Estas comemorac;:6es sao vistas como oportunidades que a escola tern para
chamar a atenc;ao dos alunos sabre os costumes dos americanos e/ou ingleses e
estimular reflex6es sobre as tradic;6es de cad a pais, oportunizando uma comparac;ao
com as comemorac;6es brasileiras.
as dados obtidos com as res pastas dos professores mostram que as
aspectos culturais fazem parte das aulas e sao entendidos como importantes no
aprendizado da lingua. Porem, tambem demonstram nao possuir esclarecimentos
especificos sobre 0 que e cultura e quais aspectos devem ser observados no
trabalho de sala de aula, posto que a maioria demonstra desenvolver um trabalho
direcionado rna is ao ensino da cultura "G", ou seja, contemplando aspectos
tradicionais, transmitidos de gerac;ao para gerac;ao, em detrimento a cultura "c", que
e mais importante par permitir reflexao e identificac;ao dos diferentes grupos socia is
atraves de seus aspectos intrinsecos.
40
4.1.3 Resullado da pesquisa quantitativa
Com 0 objetivo de verificar como 0 ensina intercultural e apresentacto em sala de
aula e como e entendido pelos alunos, foi realizada uma pesquisa quantitativa, par
amostragem nao-probabilistica par conveniencia, com a estimativa de que 167
alunos respondessem. Mas, par motivQs variados como, ausencia no dia da
aplicac;ao, naD devoluc;ao da pesquisa e Qutros naD especificados, urn total de 104
alunos fizeram parte da pesquisa.
o questionario de pesquisa fai entregue aos alunos que frequentam as cursos de
ingles, em tres sedes da escola (Santa Felicidade, Batel e Guabirotuba), nos niveis
elementary, pre-intermediate, intermediate, upper-intermediate e first certificate, nos
perfectos da manha, tarde e noite. as alunos dos perioctos iniciais, Starters, naD
fizeram parte da amostra por nao terem, ainda, a experiencia necessaria para
responder as questoes.
Os resultados obtidos na pesquisa feita com os alunos permitiram a
conclusao de que 0 trabalho com a cultura e importante porque permite que sejam
estabelecidas rela90es entre 0 ensino da lingua e a cullura que a envolve, uma vez
que ela e presente no dia-a-dia dos alunos, na sociedade a que pertencem e no
mundo que os cerca.
Permitiu tambem a percep9ao de que grande parte dos conhecimentos que os
aprendizes tern sobre outras culturas, e oferecida pela facilidade de acesso a rede
rnundial de cornputadores, 0 que vern e e comentado pela televisao, pelos pais e
pelas escolas que frequentam, 0 que facilita muito a visao estereotipada e, na
maioria das vezes, equivocada a respeito da cultura de outros paises, a qual e
41
estabe1ecida a partir do conhecimento superficial que adquirem atraves dos meios
de comunicat;:aoa que tern acesso.
A pesquisa quantitativa que foi realizada com os alunes e demonstrada,
graficamente nas quest6es a seguir, teve como um dos seus principais objetivos,
auxiliar na identifica~o das formas como a metodologia do ensina intercultural,
combinado com a abordagem comunicativa e desenvolvido em sala de aula e como
e compreendido pelos aprendizes que freqOentam os cursos de ingles dessa escola.
Questao 1: Sexo
47""
53%
Gnlfico 1: sexo dos alunos
Dos 104 (100%) alunes abrangidos pela pesquisa, 55 (53%) sao do sexo
feminino e 49 (47%) sao do sexo masculino.
42
Questao 2: Nivel de Forma9ao
16%
20%
GrafteD 2: nlvel de forma9ao des alunos
Destes, quanto ao nivel de forma9ao, 31 (30%) estao cursando 0 Ensino
Fundamental, 31 (30%) estao cursando 0 Ensino Medio, quatro (4%) jll completaram
o Ensino Medio, 21 (20%) estao cursando 0 Ensino Superior e 17 (16%) ja possuem
o Ensino Superior completo.
43
Questao 3: 0 que voce estuda nas suas aulas de ingles? (marque mais de uma
ap98a se far necessaria)
IDQaretica I.~crall
I
~D~L.ei=e~1Dsbate
Misica JlOS
20'10
Grafico 3: Itens curriculares trabathados em aula
Na resultada da pergunta sabre a que as alunas estudam durante as aulas de
ingles, 102 (22%) das alunas marcaram gramatica, 99 (20%) marcaram
campreens8a aral (listening), 99 (20%) marcaram leitura e campreens8a (reading),
52 (11%) marcaram filmes, 45 (9%) marcaram debates, 83 (17%) marcaram musica
e quatro (1%) marcaram a ap9ao autros e citaram cama exempla, vacabularia e
pronuncia.
44
Questao 4: Voce ja estudou algum tipo de tema cultural nas suas aulas, como:
Halloween, Christmas, Thanksgiving, etc?
7%
Grafico 4: Trabalho com temas culturais em aula
Em relayao ao estudo sobre temas culturais em sala de aula, 78 (75%) alunos
responderam ja terem estudado e citaram Halloween, Christmans, St. Patrick,
Easter, 4th of July e diferenyas entre EUA X UK, como os pontos rnais abardados,
19 (18%) responderam nao terem estudado e sete (7%) disseram nao saber.
45
Questao 5: Voce gosta de estudar estes topicos?
8%
Grafico 5: Interesse pelo estudo de temas culturais
Perguntados sobre gostarem ou nao, de estudar topicos culturais, 85 (81%)
alunos disseram que sim, 11 (11 %) disseram que nao e oito (8%) disseram nao
saber.
46
Questao 6: Voce considera importante esse estudo?
8%
GrcUico6: A importancia do estudo de temas culturais
Do total de alunos entrevistados, 85 (83%) consideram importante 0 estudo
de tapicos culturais, nove (9%) nao consideram importante esse estudo e dez (8%)
disseram nao saber.
47
Questao 7: Qual desses itens culturais voce mais gostou de estudar? (pede marcar
mais de um)
~s~• H31lo.o.Een
o Pditica D=b3tes
o Oriosities
I_ D:lily rcx.rt:ires
o ltarl<s9~rgo 5ddock teg (BR)
~ cs tan» <Dmo!
Grafico 7: Temas culturais que 0 aluno gostou de estudar
as alunos deveriam escolher, tambem, entre aos t6picos culturais citados,
aquetes que mais gostaram de estudar e os resultados apresentados foram as
seguintes: 27 (13%) respostas fcram para Christmans, 43 (20%) foram para
Halloween, 20 (9%) foram para Political Debates, 44 (22%) foram para Curiosities,
58 (28%) fcram para Daily Routines, dois (1%) !oram para Thanksgiving, cinco (2%)
foram para 5 o'clock tea (BR) , 11 (5%) disseram nunca terem estudado as temas
acima e apenas urn (0%) aluno nac respondeu a questao e nac justificou.
48
Questao 8: Como seu professor trabalha os itens culturais em sala de aula?
0%FI_ Textos
36%
ID~ca
10 Artig;:s de reYsta
• PesqLisas
ID~oraJ cl:sa/lfllSI sd:re lI'n terra[]OJtro;
Grafico 8: Formas de trabalho com temas culturais
Os itens sugeridos no questioninio, como formas do professor desenvolver 0
trabalho com assuntos culturais em sala de aula, foram assim respondidos pel os
alunos: 24 (11%) marcaram videos, 74 (36%) textos, 45 (21%) musicas, seis (3%)
artigos de revistas, 18 (9%) pesquisas, 36 (17%) apresenta9ao oral dos alunos sobre
urn tema e seis (3%) marcaram a oP'tc3O outros e citaram como exemple, a livre
didatico, debates e internet e urn (0%) aluno nao respondeu questao
49
Questao 9: Seu professor, durante as aulas, estabelece comparac;oes entre as
temas culturais Ingleses e/ou Norte-Americanos e os Brasileiros?
14%
Grafico 9: Relacao intercultural feita pelo professor
Quando perguntados S8 seus professores estabelecem comparay6es entre as
temas culturais ingleses e/au norte-americanos e as brasileiros, durante as aulas, 89
(86%) alunos responderam afinmativamente e 15 (14%) responderam de forma
negativa a questao.
50
Questao 10: Voce ja passou pela experiemcia de visitar ou morar em urn pais de
cultura Inglesa e/ou Norte-Americana?
Gr.Uico 10: Experil!ncia em pals de cultura inglesa e/ou norte-americana
A experiencia de visitar ou morar em urn pais de cultura inglesa e/au norte-
americana foi respondido por 15 (15%) alunos, de forma afirmativa, os quais citaram
as Estados Unidos e a Inglaterra como destin~, mas naD explicitaram 0 motivD e 87
(84%) deles disseram naa terem passado, ainda, par esta experi€mcia. Apenas urn
(1%) aluno nao respondeu a questao.
51
4.2 Escola de Idiomas InFlux
4.2.1 Descri,ao da escola
Esta pesquisa foi realizada na escola de Idiomas In Flux de CuritibalPR, na
sede Sao Braz, localizada na Rua Toaldo Tulio, 2680.
A escola oferta Ingles e Espanhol para criangas, adolescente e adulto, sendo
que grande parte dos alunos opta pelo ingles. Como material didatico usa apostilas
proprias, que VaGdo nivel um (basico) ate 0 cinco (avan,ado) e os livros Clockwise,
no curso de conversagao e Markel Leader, no curso de Business.
Sua metodologia de trabalho foi desenvolvida pela equipe pedagogica da
escola, tendo como base a abordagem comunicativa e a abordagem lexical que, par
meio de situac;6es do cotidiano, faz com que os alunos vivenciem situa90es pelas
quais certamente passarao na vida real. Oferece aos professores recursos materiais
como: TV, DVO, jogos pedag6gicos, uma cozinha para aulas extras. Ja para as
alunos, sao oferecidas atividades ludicas fora do horario das aulas, constando entre
elas, sess6es de cinema e conversation day, realizada em parceria com a livraria
FNAC, com palestras, bate-papos e apresentac;ao de temas com a finalidade de
praticar 0 idioma e avaliar 0 conhecimento.
Fora das atividades norma is de aula, comemora 0 Halloween e a formatura
dos alunos do ultimo nivel com a presen9a de pais, alunos, colegas e professores,
onde todos sao motivados a construir um ensino interligado a vida.
52
4.2.2 Resullado da pesquisa qualitativa
Foram selecionados para responder a pesquisa, oito (100%) participantes.
Destes, cinco (62,5%) devolve ram os questionarias respondidos e tres (37,5%) nao
responderam, segundo eles, par falta de tempo e par terem esquecido a data de
entrega.
Dos cinco (100%) prolessores que responderam a pesquisa, 4 (80%) disseram
que lecionam em tados os niveis, ou seja, elementary, pre-intermediate,
intermediate, advanced enos cursos de conversa98o e "Business" e um (20%) da
aulas somente para elementary, pre-intermediate e intermediate. Todas as aulas
estao distribuidas entre as horiuias da manha, tarde e noite, de segunda a sabado.
A Escola InFlux utiliza como material de apoio livros preparados por ela propria,
as quais vao do numero1 ate 0 numero 5, referentes as turmas dos starters ao
advanced, a livro Cfocckwise para as turmas de conversa9ao e a Market Leader nas
turmas de "business"
Ao serem questionados sabre a importancia de trabalhar com a cultura inglesa
e/ou norte-americana em sala de aula, dos cinco (100%) professores entrevistados,
tad as respanderam afirmativamente, mas apenas um deles (20%) explicou a
resposta, dizendo que a importancia esta em se obter maior conhecimento cultural e
maior interagao entre 0 aluno e a lingua que esta sendo aprendida.
As respostas dadas pelos prolessores a esta questao demonstra que, apesar de
considerarem as aspectos cutturais como fatares importantes no contexto do
ensino/aprendizagem da lingua inglesa, a lalta de esclarecimentos sobre como
desenvolvem esta tarela demonstra nao compreenderem muito bem como devem
proceder para abrangerem estas questoes no trabalho diario com os alunos. Este
53
procedimento naD S8 apresenta nas repostas dos professores da escola Words, as
quais demons tram estar mais seguros em rela-;:ao a apresentayao das quest6es
culturais quando dizem que desta forma podem auxiliar seus alunos a S8
perceberem como cidadaos do mundo.
Na pergunta de numero dois sabre as aspectos culturais que costumam
trabalhar, as cinco professores (100%) responderam que trabalham com estes
aspectos e destacaram entre eles: costumes do dia a dia, datas festivas, musicas,
filmes, gastronomia e diferen,as de vocabulario entre 0 ingl,;,s britfmico e 0
americano.
E possivel perceber nas respostas dadas a esta questao, diferente do que ficou
destacado no enfoque dos professores da escola Words, que a comunica,ao parece
fiear apenas no nivel da troea de informa96es, sem muita observay8o sobre 0
comportamento socia-cultural dos falantes da lingua, necessarios e importantes para
a aprendizagem e para 0 conhecimento global compartilhado, principalmente se
forem lev ados em conta a ensina envalvendo quest6es de cren-;:as, valores e
comportamento.
Ja na pergunta numero tres sobre qual 0 metodo usado para 0 desenvolvimento
do seu trabalho, apenas urn (20%) professor citau 0 metoda oral expositivo. Os
demais (80%), ao citarem videos, textos, musicas, etc, demanstraram confundir
metodo com recursos elou materiais utilizados para 0 desenvolvimento das aulas.
Na resposta desta questao, assim como os professores da escola Words, os
professores da escola InFlux evidenciaram a confusao estabelecida entre 0 que
entendem por metoda e recursos. Na verdade, talvez por falta de tempo, de
conhecimento au ate de atualiza-;:ao profissional que deveriam ser pramovidas pelas
54
escolas, acabam S8 distanciando desse conhecimento e deixando de contribuir
efetivamente para 0 processo de ensino/aprendizagem.
Na pergunta numera quatro aa respanderem sabre a capacidade das alunas
identificarem e S8 manifestarem sabre a trabalho desenvolvido com temas culturais
e como fazem isso, todos os professores (100%) responderam de forma afirmativa,
mas 80% nao explicaram como S8 da 85sa identifica~ao e apenas urn deles (20%)
disse que as alunos S8 manifestam atraves do trabalho de comparaC;ao com
seriados e filmes.
Assim como os professores da escola Words, a resposta afirmativa dos
professores a esta questao mostra que as alunos sao capazes de identificar e S8
manifestar sabre 0 trabalho com temas culturais, mas no momento em que a maioria
nao explica como se da esta manifestac;ao, deixando a pergunta sem uma resposta
clara e objetiva, evidencia uma leve inseguran9a sabre a entendimento do professor
quanta ao reconhecimento dessas manifesta90es.
Ao serem questionados, na pergunta numero cinco, sabre a usa de recursos
usados em sala de aula para desenvolver a trabalho intercultural, observa-se que as
respastas foram as mesmas dadas para a pergunta de numero tres, que se referia a
metoda, permitindo-se concluir que esta pergunta ja foi respond ida ao serem citadas
filmes, textos, musicas e outros. A mesma situac;ao foi verificada nas respostas dos
professores da Words, demonstrando a falta de clareza que todas apresentam em
rela,aa a diferen,a que existe entre metada desenvalvida e recursas aplicadas na
trabalha de classe.
Na pergunta numera seis, cujo questionamenta se refere aa fata das alunas
serem capazes de discutir e estabelecer relac;oes entre as aspectos culturais
estudados e a cultura brasileira, as cinca prafessores (100%) respanderam que sim,
55
mas nenhum deles respondeu como isso e feito em sala, em bora isto estivesse
implicito na questao.
Observa-se nesta questao que, apesar de todos terem respond ida de forma
afirmativa, naD S8 pade admitir que as alunos sejam realmente capazes de
estabelecer essas rela,oes, pelo fato de nenhum professor ter explicado como isso
acontece. Se comparadas as respostas destes professores com as dadas pelos
professores da escola Words, e passive] verificar que apesar de nao haver
unanimidade nas explicac;6es das respostas, as relac,;6es entre as culturas inglesas
e/au norte-americanas e a brasileira parecem estar presentes na sala de aula, a que
me permite crer que sao feitas a partir de conhecimentos previos, valores pessoais
DU ate experiencias vivenciadas fora do pais.
Na pergunta numero sete sabre como sao feitos as trabalhos extraclasse
referentes a cultura inglesa e/au americana, as cinco professores, portanto 100%
deles, responderam que fazem trabalho extraclasse, mas somente um deles (20%)
explicou como taz e citou a "conversation day".
o "conversation day", segundo 0 professor, e uma atividade realizada pela
escola, em parceria com a livraria FNAC, localizada no Shopping Park Brigue, em
cujo local e dia marcado com antecedencia, 56 se fala em ingles e alunos e
professores se encontram para conversarem e participarem de discussoes e
comentc'uios sobre a tema que sera abordado naquele dia.
Estes temas sao escolhidos previamente pelos professores, que preparam a
atividade com urn assunto que esteja de acordo com 0 interesse dos alunos que vaa
participar do encontro, discarre sabre ele e depois questiona. incentivando as alunos
a debaterem, com a objetivo de tornar a aprendizagem mais significativa.
56
As res pastas das duas escolas para esta questao, conversation day na InFlux e
oral project na Words, demonstra a importancia que as escolas daD ao trabalho
realizado fora de sala de aula e como a comunicaC;ao em lingua inglesa S8 faz
presente no curriculo, constituindo-se em objetivo importante na formac;ao dos
alunos.
Na pergunta de numero oito procurando saber S8 0 professor, alguma vez,
trabalhou com a cultura de Qutros paises falantes de lingua inglesa como a Australia,
Nova Zelandia, Escocia, Irlanda ou Dutro, em sala de aula, dos cinco professores
(100%) questionados, dois (40%) responderam de forma afirmativa, mas nao citaram
quais e tres (60%) responderam que nao.
A resposta dos professores desta escola mostra, de forma diferente dos
professores da Words que, apesar de naD serem citados os paises cuja cultura foi
trabalhada, eles tem conhecimento de outras culturas falantes da lingua e levam a
cultura desses paises para dentro da sala de aula, desenvolvendo um trabalho de
conscientizayao cultural. 0 mesma parece nao acontecer com os demais
professares que, talvez par nao possuirem 0 mesmo conhecimento ou nao estarem
suficientemente alertados para sua impartancia, nao 0 realizam.
Ao procurar saber se os professores ja tiveram alguma experiemcia de visitar ou
morar em paises de cultura inglesa elo norte-americana e em que pais essa
experiencia foi realizada, a pergunta nove mostrou que os cinco (100%) disseram
que sim e entre eles, quatro (80%) foram para os Estados Unidos da America e um
(20%) para a Nova Zelandia.
Na pergunta numero dez, a partir das respostas afirmativas para a questao
anterior, todos os professores (100%) responderam que a vivencia no exterior os
57
ajuda muito em sala de aula, apesar de naD darem muitas explicayoes sabre ate que
ponto isso aconteee.
Analisando as respostas dos professores das duas escolas, InFlux e Words,
verifica-se que a experiemcia de viver em Dutro pais falante da lingua, enriquece
positivamente 0 trabalho dos professores e que, na medida em que convivem com
pessoas, realidades e culturas diferentes lransformam sua propria visao de cultura.
Par meio delas podem redimensionar tambem, a abordagem do ensina lingua
estrangeira em sala de aula e trazer beneffcios concretos para 0 aluno, a medida
que proporcionam reflexoes interculturais que poderao ajuda-Ios em sua formac;ao.
Na pergunta numero onze sabre como a escola costuma fazer as comemorac;:oes
festivas sobre as datas comemorativas inglesas e/ou norte-americanas, quais sao
elas e como sao realizadas, os cinco professares (100%) responderam que a escola
realiza comemora<;6es e disseram ser 0 Hallowenn a principal, par fazer parte do
calendario e por ser a escola preparada e decarada para a ocasiao, na qual todos os
alunos e professores participam em jogos, brincadeiras, vestem fantasias, se
divertem e confraternizam.
Assim como nesta escola, na escola Wards as datas comemorativas tambem sao
festejadas. Compreende-se porque os alunos, principal mente as crian9as, aguardam
essas comemora<;6es ansiosas, visto que sao transfarmadas em oportunidades para
os professares fazerem paralelos com as datas brasileiras e com os aspectos
culturais ai envolvidos, alem de desenvolverem a cria<;ao, a observa<;ao, a
imagina,80 e a forma,80 de habitos de trabalho, ou seja, observa,ao, paciencia,
determina<;a.o e coerencia entre Qutros.
58
4.2.3 Resultado da pesquisa quantitativa
A pesquisa quantitativa realizada com os alunos do curso de ingles da escola foi
feita par amostragem e teve a finalidade de verificar como 0 ensina intercultural e
apresentado em sala de aula e como e entendido pelos alunos. A amostragem
visava atingir urn total de 104 alunos, porem, par motivQs naG conhecidos e nem
explicados, somente 82 questionarios fcram respondidos e devolvidos para
computayao dos dados.
o questioniuio foi realizado com os alunos dos turnos da manha, tarde e noite,
nos niveis elementary, pre-intermediate, intermediate, advanced, enos cursos de
conversation e business. Assim como na escola Words, as alunos do nivel 1 nao
participaram da pesquisa par naG terem, ainda, 0 conhecimento e a experiencia
necessaria para responder as questoes.
Os dad os coletados permitiram-nos concluir que eles demonstram gostar de
estudar tern as culturais, mas nao possuem uma visao nitida sobre a necessidade de
relacionar 0 aprendizado da lingua com a cultura que Ihe e intrinseca.
o resultado reflete, ainda, que a compreensao dos alunos sobre cultura e
determinada pelo que eles veem na mfdia, no que e ensinado pelo professor em
sala de aula e no que a sociedade a sua volta determina. Este processo acaba por
facilitar a cria9ao de estere6tipos e cren9as equivocadas a respeito da cultura do
"Dutro", que se reflete principalmente na inseguran9a demonstrada, tanto por parte
dos professores quanta dos alunos, quando sao focalizados temas interculturais ern
sala de aula e a importancia que assumem na intera9ao com 0 processo de
ensino/aprendizagem da lingua.
59
A pesquisa mostrou tambem que a metodologia aplicada pela escola, com
abordagem comunicativa e lexical, permite a intera9ao aluno/professor, a discussao,
e a reflexao sabre assuntos interculturais men cion ados em sala de aula, conforme
pede ser verificado nos gnificos a seguir:
Questao 1: Sexo
Grafico 11: Sexo dos alunos
Dos 82 (100%) alunos participantes, 48 (59%) sao mulheres e 34 (41%) sao
homens.
Questao 2: Nivel de formayao
60
15% [
FU"daTentaj i~
M3doin::::c:rrpletot-Mdoo:::rrpeto&p:!ricr iro:::rTlXeto
&\Jeri.,. """""eta
Grafico 12: Nlvel de formayllo
Desse total, 16 (20%) possuem 0 ensino Fundamental incompleto, 12 (15%) 0
Ensino Medio incompleto, 12 (15%) 0 Ensino Medio completo, 19 (23%) 0 Ensino
Superior incompleto e 23 (27%) 0 Ensino Superior completo.
Questao 3: 0 que voce estuda nas suas aulas de ingles? (marque mais de uma
opyao se for necessario)
Grafico 13: Itens curriculares trabalhados em aula
61
Perguntados sobre 0 que estudam em suas aulas de ingles e podendo escolher
mais de uma das OP90esapresentadas, 72 (24%) responderam gramatica, 73 (24%)
compreensao oral (listening), 82 (27%) leitura e compreensao (reading), 24 (8%)
filmes, 21 (7%) debates, 23 (8%) musica e seis (2%) marcaram a 0P9i!o "outros" e
citaram como exemplo. 0 usa de dicionarios, pesquisas, internet, vocabulario e
express6es.
Questao 4: Voce ja estudou algum tipo de tema cultural nas suas aulas, como:
Halloween, Christmas, Thanksgiving, etc?
5%
Grafico 14: Trabalho com temas culturais em sala de aula
Procurando saber se os alunos ja haviam estudado algum tipo de tema cultural,
como Halloween, Christmans, Thanksgiving e outros, em suas aulas, 56 (68%) dos
alunos responderam que sim. citando como as mais estudados 0 Halloween,
Christmans, Vatentine's Day e 4th of Juty, 22 (27%) responderam que nao e quatro
(5%) responderam nao saber.
62
Questao 5: Voce gosta de estudar estes tapicos?
Grafico 15: Interesse pelc estudo de temas cutturais
Ao serem questionados sabre gostarem au nao de estudar os topicos culturais,
66 (80%) responderam afirmativamente, nove (11 %) responderam negativamente e
sete (9%) responderam nao saber.
63
Questao 6: Voce considera importante esse estudo?
Grtlfico 16: A importa;ncia de temas culturais
Os resultados obtidos para a questao sobre a importancia desse estudo foram:
63 (77%) para sim, nove (11%) para nao e dez (12%) disseram nao saber.
64
Questao 7: Qual desses itens cutturals voce mais gostou de estudar? (pode marcar
mais de um)
Grafico 17: Temas culturais que 0 aluno 905tOU de estudar
Entre as diversos ltens culturais que foram citados com 0 objetivo de saber quais
os alunes mais goslaram de esludar, podendo marcar mais de um 25 (15%) deles
marcaram Christmans, 29 (17%) marcaram Halloween, Ires (2%) Political Debates,
41 (25%) Curiosities, 36 (21%) Daily Routines, oilo (5%) Thanksgiving, dois (1%) 5
o'clock tea (BR), 22 (13%) nunca esludaram os lemas acima e 2 (1%) nao
responderam a questao.
Questao 8: Como seu professor trabalha os itens culturais em sala de aula?
65
4% 2% 5%
o Video
Grafico 18: Forma de trabalho com temas culturais
- Textcs IOMJslca I10 Attlgo de fE>AStas
I_ Pesq..isas
lo_~-.-l~:-=_JQuando perguntados sobre os recursos utilizados pelo professor para
desenvolver 0 trabalho com temas cullurais em sala de aula, cinco (5%) alunos
responderam video, 55 (56%) responderam textos, 15 (15%) musica, um (1%)
respondeu pesquisas, 17 (17%) apresentayao oral dos alunos sobre um tema,
quatro (4%) marcaram a OP980 "outros~ e exemplificaram com experiencias do
(0%) marcou a opyao "artigos de revistas".
professor, livros e naUcias, dais (2%) naD responderam a questao e nenhum aluno
66
Questao 9: Seu professor, durante as aulas, estabelece compara~oesentre os
temas culturais Ingleses etau Narte-Americanas e as Brasileiras?
Gr~fico19: Relayao intercultural feita pelo professor
Quanta aa trabalha da prafessar em estabelecer, nas aulas, rela90es entre as
temas culturais ingleses etau narte-americanas e as brasileiras, 70 (86%) alunas
afirmaram existir este trabalha, 11 (13%) disseram naa existir e urn (1%) naa
respandeu a questaa.
67
Questao 10: Voce ja passou pela experiencia de visitar au morar em urn pals de
cultura Inglesa elou Norte-Americana?
5"k
~I.-i0 _ rESpnBJi
Grafico 20: Experiancia em pars de cultura inglesa e/ou norte-americana
Quando indagados sabre a fato de jil terem passado pela experiencia de visitar
au morar em um pais de cultura inglesa e/ou norte-americana, obteve-se como
resultado, sete (32%) alunos com resposta sim e citando as Estados Unidos e a
Inglaterra, sem especificar se para morar au visitar, 74 (63%) com resposta nao e
urn (5%) que nM respondeu a questao.
68
5. CONSIDERA!;OES FINAlS
No mundo cada vez mais globalizado em que vivemos, 0 exito da educ8Qao
intercultural centraliza a importancia que referencias hist6ricas e culturais adquirem
quando se pretende desenvolver politicas educacionais que contemplem propostas
de ensina e aprendizagem relacionadas a diversidade multicultural das sociedades.
Oesta forma, a aspecto intercultural do ensina da Hngua inglesa S8 constitui
nurn processo que envolve naD 56 0 dominic do c6digo linguistico. 0 aspecto da
comunica~ao ou 0 fundo cultural isolados, mas 0 direcionamento para uma
abordagem de ensina e de aprendizagem cnde a rela9ao lingua-cultura contemple a
formac;ao de individuos de consci€mcia mais critica, mais humana e mais
enriquecedora no contato com culturas distintas.
Os resultados apresentados pelas duas escolas de idiomas focalizadas na
pesquisa (Escala de Idiamas Wards e Escala de Idiamas In Flux) canlribuiram para a
canclusaa de que adalar uma abardagem centrada na aluna e na passibilidade da
sua participa9c3o ativa no processo de ensino, como a abordagem comunicativa, em
contraposi980 a abordagens tradicionais, assume carater relevante porque permite
deslacar a papel da prafessor cama delenlor da saber para a de mediador da
aprendizagem, redimensianar a usa de maleriais dididicas e encaminhamenlas
pedag6gicas, cam a abjetiva de manter as alunas malivadas e inleressadas em
conhecer culturas diferentes.
Na busca par ressaltar a importElncia da reflexao intercultural no
ensino/aprendizagem da lingua inglesa, a entrevista realizada com as professores
demonstrou que muitos deles compreendem a pratica pedag6gica focada na
interculturalidade como, ah3m de importante ser imprescindivel, mas quando
solicitados a se expressarem sobre as diferentes formas de estabelecer essas
rela,oes na canstru,aa da fazer calidiana apresenlaram certa canfusaa nas
conceitos de metodo e recursos, alem da evidencia de nao estarem conseguindo dar
canta das questoes referentes a diversidade cultural na campa da educa,aa.
Eslas canstala,oes, acrescentadas a falla de tempa, falta de canhecimenla
sabre abardagens pedag6gicas canlemparaneas na seu cursa de farma,aa, falla de
experiencia fora do pais ou mesmo de atualiza9c3o profissional, sinalizam para a
perspectiva de que os aspectos interculturais estao sendo esquecidos no desenrolar
69
do trabalho pedagogico apesar do discurso ser Dutro, necessitando de imediata
reformulaC;:8ona pratica pedag6gica dos professores.Pelo enfoque intercultural pede-se compreender melhor a POSiC;:80dos alunos
enquanto agentes de aprendizagem que demonstraram, em suas respostas apesquisa, necessitarern de participac;:aomais ativa em sal a de aula e fora dela em
atividades extraclasse, viabilizaC;:8o maior de usc das novas tecnologias,
encaminhamentos mais especificos de como buscar esse conhecimento,direcionamento para selecionar e interpretar informac;:oes presentes na midia e 56
assim S8 tornarem capazes de poder estabelecer relac;oesque visem a competenciacomunicativa e a formac;ao intercultural e suas implicac;6es como parte daaprendizagem da lingua inglesa.
o reconhecimento da diversidade cultural e das diferentes concepc;6es quepermitem visualizar 0 outro como diferente, dando espac;o para manifestac;6es desentimentos, de afetos, de valores pode trazer para a realidade dos alunos, 0
desafio de se trabalhar com a cultura "c", como perspectiva para se construir algonovo e diferente. Esta possibilidade ficou constatada na fala de alguns prolessores
quando disseram: "eu trabalho dentro da realidade, eu fain de outras culturas emsala, eu fac;o comparac;6es" porque expressam professores preocupados com 0educando, com seus sentimentos e esperanc;as para ahamda sala de aula.
E posslvel obselVar atraves do que foi registrado nas pesquisas que a noc;aode interculturalidade em sala de aula, como espa90 para se estabelecerem inter-
rela90es, esta implicita no discurso dos prolessores e no seu trabalho cotidiano nao
se constituindo como um problema que interfira no processo de en sino ou na
comunica98o com as alunos.Portanto, a compreensao do conceito de cultura e de interculturalidade
usados neste trabalho como amparos para produzir uma reflex80 sobre essasabordagens sustenta 0 proposito de que novos papeis sejam assumidos pelas
escolas, as quais devem responder par urn ensino mais relevante e rna is
competente neste aspecto, alem de atualiza90es mais constantes na pratica
pedagogica dos seus professores, como possibilidade de minimizar os problemas
dos alunos que buscam aprender a lingua estrangeira como estrategia de
desenvalvimento pessoal, cultural e profissianal.
Dai a necessidade de prepara9ao dos alunos para a comunica9ao
intercultural que hoje, lace a globaliza9ao, e tao importante por implicar nao so em
70
aprender a lingua, mas em ter acesso aos meies de comunica921o, as informagoes
da Internet, it busca de dados sabre a cultura do pais cuja lingua aprende e, 0 mais
importante, 0 reconhecimento dos Qutros como individuos iguais a eles, apesar de
apresentarem ideias diferentes e nem par isso serem considerados inferiores au
superiores, favorecendo vivemcias enriquecedoras.
71
REFERENCIAS
CHLOPEK, Zofia. The Intercultural Approach to EFL Teaching and Learning. English
teaching Forum. volume 46. numero 4, 2008.
Etinicidade e Interculturalidade. Disponivcl em: http://www.metoder.nu Acessado em:
Outubro,2009.
GIMENEZ, Telma; JORDAO, Clarissa Menezes; ANDREOni, Vanessa. Seminarios
sabre interculturalidade - em busca do resgate da cultura no ensino de linguas
estrangeiras.ln: Perspectivas Educacionais e 0 Ensino de Ingles na
Escola Publica. Pelotas: Educat, 2005. p. 69-83
GIMENEZ, Telma; JORDAO, Clarissa Menezes; ANDREOni, Vanessa. Ensino de
ingles como espa9D de embates culturais e de politicas da diferenc;a.
In: Perspectivas Educacionais e 0 Ensino de Ingles na Escola Publica.
Pelotas: Educat, 2005. p. 49-66
GIMENEZ, Telma. "Eles comem cornflakes, n6s comemos pao com manteiga":
Espa90 para rellexao sobre cultura na aula de lingua estrangeira. Disponivel em
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72
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novas perspectivas multiculturais no ensina de linguas estrangeiras. In: _
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LingOisticos,Area de concentrayao: Teorias de Aquisiyao de Segunda Lingua, Setor
de Ciencias Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Parana, 2006.
73
APENDICE
1. Voce considera importanle Irabalhar com as culluras de Lingua
Inglesa e/ou Norte-Americana em sala de aula?
Words InFlux
-100% respondeu que sim - 100% dos professores entrevistados
quatro (28.5%) nao deram responderam afirmativamente
explicavao para a afirmavao urn (20%) explicou a resposta,
- urn (10%) destacou a tato de que a dizendo que a importancia esta em S8
estudo da cultura agrega atitudes na obter maior conhecimento cultural e
vida diaria maior interacao entre 0 aluno e a
- cinco (50%) disseram que a cultura lingua que esta sendo aprendida.
est;, intimamente ligada ;, lingua
quatro (40%) afirmaram que a
ensina da cultura faz com que 0 aluno
compreenda a lingua e seu contexto
cultural.
2. Quais sao os aspectos culturais que voce costuma trabalhar?
Words InFlux
- 13 professores (93%) disseram que cinco professores (100%)
desenvolvem trabalhos culturais responderam que trabalham com
voltados para datas comemerativas, esses aspectos e destacaram entre
costumes e tradi9oes, pontos eles: costumes do dia a dia, datas
turisticos, gastronomia, artes, valores, festivas, musicas, filmes, gastronomia
habitos, familia, escola, leis, e diferen9as de vacabulario entre 0
entretenimento e express6es ingles britanico e 0 americano.
idiomaticas.
- urn professor (7%) respondeu nao
ter tido, ainda, a oportunidade de
trabalhar com aspectos culturais par
estar atuando na escola ha pouca
tempo.
3. Qual e a metoda que voce utiliza para trabalhar os temas culturais
em sal a de aula?
Words InFlux
as 13 professores (93%) que - urn (20%) professor citou a metoda
responderam, confundiram metoda oral expositivo.
com recursos materia is usados para 0 - Os demais (80%) citaram videos,
desenvolvimento das aulas. textes, musicas, etc.
- foram citados videos, textos, musica,
filmes, conhecimento pessoal, jornais,
etc.
Urn dos professores (7%) nao
respondeu
4. Em sua opiniao, os alunos sao capazes de identificar e se
manifeslar sobre 0 trabalho desenvolvido? Como?
Words InFlux
- um (7%), se absteve. todos os professores (100%)- 13 professores (93%) responderam responderam de forma afirmativa;
que sim, as alunos sao capazes de se - 80% nao explicou como se da essa
manifestarem e: identifica~ao
quatro (30,7%) deram como motivo a - urn (20%) disse que as alunos se
interesse que a cultura inglesa e/ou manifestam atraves do trabalho de
americana desperta nos alunos; compara9ao com seriados e filmes.
seis (46,2%) disseram que seus
alunos sao capazes de estabelecer
relagoes entre a cultura brasileira e a
americana e/au inglesa;
- tres (23,1%) nao explicaram.
5. Sao usados recursos para isso? Quais?
Words InFlux
Foi respondida junto com a questao Foi respondida junto com a questao
de numero tres. de numero tres.
6. Os alunos sao capazes de discutir e estabelecer relac;oes entre os
aspectos culturais estudados e a cultura brasileira?
Words InFlux
- um (7%) nao respondeu; os cinco professores (100%)
- urn (7%) respondeu que uas vezes", responderam que sim, mas nenhum
mas nao explicou; deles respondeu como iss a e feito em
- 12 (86%) responderam sim. Oestes: sala.
sete (58,4%) nao explicaram;
quatro (33,3%) disseram que
utilizaram a cultura brasileira como
foco de cOmpara9aO;
um (8,3%) citou a facilidade de
acesso a midia como forma de
estabelecer essas relac;6es.
7. Faz algum trabalho extra-classe sabre a cultura Inglesa elau Norte-
Americana? Quais?
Words InFlux
- dois (14,3%) nao responderam; os cinco professores (100%)
- sete (50,6%) disseram que nao responderam que fazem trabalho
realizam trabalhos extra-cia sse; extra-classe
- cinco (35,7%) responderam que sim. - um deles (20%) explicou como faz e
Oentre estes: citou 0 "conversation day".
um (20%) faz "oral project"????
dois (40%) usam 0 recurso da
pesquisa em sites, a ser realizada em
casa;
dois (20%) nao explicaram 0 que e
comofazem.
8. Voce alguma vez ja trabalhou com a cultura de outros paises
falantes da lingua inglesa como, Australia, Nova Zelandia, Escocia,
Irlanda, e etc?
Words InFlux
sete (50%) responderam sim e - dois (40%) responderam de forma
apontaram as culturas da Australia, afirmativa, mas nao citaram quais
Irlanda, Canada e Esc6cia - tres (60%) responderam que nao.
sete (50%) responderam nao,
demonstrando que trabalham com
esta questao, apenas os professores
que ja tiveram a experiemcia de morar
nestes paises.
9. Como professor, voce jil teve alguma experiencia de visitar ou
morar em paises de cultura Inglesa e/ou Norte~Americana? Onde?
Quando?
Words InFlux
- quatro (28,6%) disseram nunca ter - os cinco (100%) disseram que sim e
visitado ou morado em outro pais; entre eles, quatro (80%) Icram para
- dez (71,4%) responderam ter essa as Estados Unidos da America e urn
experiencia e citaram como paises (20%) para a Nova Zelandia.
visitados ou de moradia, os Estados
Unidos da America e Reino Unido.
10.Se sua resposta acima foi sim, de que forma sua experi€mcia 0
auxilia no trabalho intercultural com os alunos em sala de aula?
Words InFlux. Dos dez (100%) professores lodos as professores (100%)
que disseram ter experiencia no responderam que a vivencia no
exterior com lingua e cultura inglesas: exterior os ajuda muito em sala de- tres (30%) afirmaram que ela facilita aula, mas nao deram explica90es
a trabalho intercultural e permile que sobre ate que ponto isso acontece.
ele seja mais realista,;
seis (60%) disseram que a
experiencia fora do pais permite, aosalunos, melhor compreensao sabre
como e a vida fora de seu pais;urn (10%) deles salientou a
importancia desta vivencia no auxlliodas explica90es sabre 0 usa da lingua
e de express6es coloquiais.
11. Sua escola costuma fazer comemoralYoes festivas sobre as datas
comemorativas Inglesas e/au Norte-Americanas? Quais? Como erealizada esta comemoray30?
Words InFlux
as 14 professores (100%) as cinco professores (100%)
responderam afirmativamente sabre responderam que a escola realizaeste costume e destacaram entre comemora90es e disseram ser a
elas, a Halloween, a St Patrick days e Hallowenn a principal.
Christmas como as rna is festejadas.
Este questionario refere-se a minha pesquisa de monografia de conclusao do
curso de letras na Universidade Tuiuti do Parana, cujo objetivo e levantar
dados sobre a forma como aspectos da cultura Inglesa e/ou Norte-Americana
sao abordados em sala de aula. Nao e preciso identificar-se, apenas responda
as perguntas de forma rna is completa possivel e identifique 0 nivel e/ou livre
com 0 qual trabalha. Obrigada!
Niveis que leciona: _
Livros: _
Horarios: _
1- Voce considera importante trabalhar com as culturas de Lingua Inglesae/ou Norte-Americana em sala de aula?
2- Quais sao os aspectos culturais que voce costuma trabalhar?
3- Qual e 0 metoda que voce utiliza para trabalhar os temas culturais emsala de aula?
4- Em sua opiniao, os alunos sao capazes de identificar e se manifestarsobre 0 trabalho desenvolvido? Como?
5- Sao usados recursos para isso? Quais?
6- Os alunos sao capazes de discutir e estabelecer relac;6es entre osaspectos culturais estudados e a cultura brasileira?
7- Faz algum trabalho extra-classe sabre a cultura Inglesa e/ou Norte-Americana? Quais?
8- Voce alguma vez ja trabalhou com a cultura de outros paises falantes dalingua inglesa como, Australia, Nova Zelandia, Esc6cia, Irlanda, e etc?
9- Como professor, voce jil teve alguma experiencia de visitar au morar emparses de cultura Inglesa e/au Norte-Americana? Onde? Quando?
1O-Se sua respasta acima foi sim, de que forma sua experiencia 0 auxilia notrabalho intercultural com as alunos em sala de aula?
11-Sua escola costuma fazer comemorac;6es festivas sobre as datascomemorativas Inglesas e/ou Norte-Americanas? Quais? Como erealizada esta comemorac;ao?
Este questioniuio refere-se a minha pesquisa de monografia de conclusao do
curso de letras na Universidade Tuiuti do Parana, cujo objetivo e levantar
dados sobre a forma como aspectos da cultura Inglesa e/au Norte-Americana
sao abordados em sua sala de aula. Nao e preciso identificar-se, apenas
ass ina Ie as perguntas e identifique 0 nivel e/ou livre que esta cursando.
Obrigada!
Dia:
Hon;rio: _
Nivel: _
Livro: _
Idade: _
1) sexo feminino ( sexo masculino ( )
2) Nivel de forma9ao:
) Ensino Fundamental Completo () Ensino Fundamental Incompleto
) Ensino Medio Completo ( ) Ensino Medio Incompleto
) Ensino Superior Completo ( ) Ensino Superior Incompleto
3). 0 que voce estuda nas suas aulas de ingles? (marque mais de uma opc;;aose for necessario)
gramatica ( ) Filmes ( )
Compreensao Oral (Listening) ( Debate ( )
Leitura e compreensao ( Musica ( )
outros ( ) Quais? _
4). Voce ja estudou algum tipo de tema cultural nas suas aulas, como:Halloween, Christmas, Thanksgiving, etc?
Sim () Nao ( ) Nao sei ( )
Quais: _
5. Voce gosta de estudar estes t6picos?
Sim () Nao ( ) Nao sei ( )
6. Voce considera importante esse estudo?
Sim () Nao () Nao sei ( )
7. Qual desses itens culturais voce mais gostou de estudar? (pode marcar maisde um)
Christmas ( ) daily routines eg: food, school time, nightlife, sports, etc (
Halloween ( ) Curiosities ( )
Political Debates ( Thanksgiving (
5 o'clock tea (BR) ( ) Nunca estudei nenhum dos temas acima (
8) Como seu professor trabalha os itens culturais em sala de aula?
Videos( )
Textos( )
Artigos de revistas (
Pesquisas ( )
Musica ( ) Apresenta9ao oral dos alunos sobre urn tema (
Outros ( ) Quais: _
9) Seu professor, durante as aulas, estabelece compara96es entre os temasculturais Ingleses e/ou Norte-Americanos e os Brasileiros?
Sim( ) Nao ( )
10) Voce ja passou pela experiencia de visitar ou morar em urn pais de culluraInglesa e/ou Norte-Americana?
Sim( ) Nao ( )
Qual? _